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CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix RodriguesMarta Felix Rodrigues
novembro-2008novembro-2008
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASO
Marcos sexo masculino 2 anos e 10 meses Marcos sexo masculino 2 anos e 10 meses natural do Rio de Janeiro e residente em natural do Rio de Janeiro e residente em BonsucessoBonsucesso
IDENTIFICACcedilAtildeOIDENTIFICACcedilAtildeO
QUEIXA PRINCIPALQUEIXA PRINCIPALoldquoldquoDores nas juntasrdquoDores nas juntasrdquo
HISTOacuteRIA DA DOENCcedilA ATUALHISTOacuteRIA DA DOENCcedilA ATUAL
Responsaacutevel Monique (companheira do pai de Marcos haacute 2 anos) relata que haacute 6 meses Marcos apresentou dor bilateral no quadril com dificuldade de se levantar do chatildeo e claudicaccedilatildeo na marcha associada agrave febre natildeo aferida Procurou atendimento na emergecircncia do HMPW quando foi diagnosticada ldquoinflamaccedilatildeo dos nervosrdquo (SIC) e prescrito AINH com regressatildeo do quadro em 7 dias
Haacute 1 mecircs apresentou dor com calor e limitaccedilatildeo no ombro esquerdo e febre natildeo aferida que regrediram em 10 dias apoacutes uso de AINH feito por prescriccedilatildeo meacutedica (SIC)
Haacute 20 dias iniciou dor e edema em cotovelo esquerdomatildeo e punho esquerdos com limitaccedilatildeo funcional associada agrave febre natildeo aferida Procurou pediatra que prescreveu AINH por 5 dias sem melhora Haacute 1 semana aparecimento de fotofobia hiperemia e lacrimejamento dos dois olhos Procurou emergecircncia do HGB quando foi encaminhado para a reumatologia
HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSAHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSA
Companheira do pai bioloacutegico Monique convive com Marcos desde os 10 meses de vida e natildeo sabe informar de patologias anteriores
oNega viroses comuns da infacircncia alergiasoInternaccedilatildeo aos 20 meses por pneumoniaoDificuldade de ganho ponderal desde 1 ano de vida apesar de boa alimentaccedilatildeo oQuedas frequumlentes com equimoses de repeticcedilatildeo e dificuldade na cicatrizaccedilatildeo de feridas comunsoQueda de cabelo em dois episoacutedios com crescimento irregularoConjuntivites de repeticcedilatildeo
Pai 42 anoscaminhoneiro saudaacutevel Avoacutes paternos com histoacuteria de CA de pulmatildeo hipertensatildeo e coronariopatia
Matildee bioloacutegica 22 anos sem informaccedilotildees por natildeo aparecer desde que deixou o filho aos cuidados do pai Avoacute materna alcooacutelatra
Irmatildeo 8 meses filho do atual casamento do pai saudaacutevel
HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIARHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIAR
Gestaccedilatildeo natildeo desejada de relaccedilatildeo natildeo estaacutevel com tentativa de abortamento provocado com citotec e ldquochumbinhordquo segundo a madrasta
Matildee Gesta III Para II AI Parto anterior prematuro 7 consultas no preacute-natal Parto cesaacutereo no HGB por amniorexe prematura
Apgar 89 Capurro 32 semanas PN 1190g Internado na UTI neonatal por 2 meses com doenccedila de membrana hialina tendo necessitado surfactante ventilaccedilatildeo mecacircnica e O2
Alta com 1860g
HISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTOHISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTO
Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo
HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO
HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas
HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia
Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada
Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)
Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola
Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo
HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL
Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm
Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral
Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina
Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores
Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento
de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos
EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO
Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade
RESUMORESUMO
MAUS TRATOSMAUS TRATOS
HEMOFILIAHEMOFILIA
ESCORBUTOESCORBUTO
OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA
S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS
HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS
S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade
Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de
irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal
o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo
o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Marcos sexo masculino 2 anos e 10 meses Marcos sexo masculino 2 anos e 10 meses natural do Rio de Janeiro e residente em natural do Rio de Janeiro e residente em BonsucessoBonsucesso
IDENTIFICACcedilAtildeOIDENTIFICACcedilAtildeO
QUEIXA PRINCIPALQUEIXA PRINCIPALoldquoldquoDores nas juntasrdquoDores nas juntasrdquo
HISTOacuteRIA DA DOENCcedilA ATUALHISTOacuteRIA DA DOENCcedilA ATUAL
Responsaacutevel Monique (companheira do pai de Marcos haacute 2 anos) relata que haacute 6 meses Marcos apresentou dor bilateral no quadril com dificuldade de se levantar do chatildeo e claudicaccedilatildeo na marcha associada agrave febre natildeo aferida Procurou atendimento na emergecircncia do HMPW quando foi diagnosticada ldquoinflamaccedilatildeo dos nervosrdquo (SIC) e prescrito AINH com regressatildeo do quadro em 7 dias
Haacute 1 mecircs apresentou dor com calor e limitaccedilatildeo no ombro esquerdo e febre natildeo aferida que regrediram em 10 dias apoacutes uso de AINH feito por prescriccedilatildeo meacutedica (SIC)
Haacute 20 dias iniciou dor e edema em cotovelo esquerdomatildeo e punho esquerdos com limitaccedilatildeo funcional associada agrave febre natildeo aferida Procurou pediatra que prescreveu AINH por 5 dias sem melhora Haacute 1 semana aparecimento de fotofobia hiperemia e lacrimejamento dos dois olhos Procurou emergecircncia do HGB quando foi encaminhado para a reumatologia
HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSAHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSA
Companheira do pai bioloacutegico Monique convive com Marcos desde os 10 meses de vida e natildeo sabe informar de patologias anteriores
oNega viroses comuns da infacircncia alergiasoInternaccedilatildeo aos 20 meses por pneumoniaoDificuldade de ganho ponderal desde 1 ano de vida apesar de boa alimentaccedilatildeo oQuedas frequumlentes com equimoses de repeticcedilatildeo e dificuldade na cicatrizaccedilatildeo de feridas comunsoQueda de cabelo em dois episoacutedios com crescimento irregularoConjuntivites de repeticcedilatildeo
Pai 42 anoscaminhoneiro saudaacutevel Avoacutes paternos com histoacuteria de CA de pulmatildeo hipertensatildeo e coronariopatia
Matildee bioloacutegica 22 anos sem informaccedilotildees por natildeo aparecer desde que deixou o filho aos cuidados do pai Avoacute materna alcooacutelatra
Irmatildeo 8 meses filho do atual casamento do pai saudaacutevel
HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIARHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIAR
Gestaccedilatildeo natildeo desejada de relaccedilatildeo natildeo estaacutevel com tentativa de abortamento provocado com citotec e ldquochumbinhordquo segundo a madrasta
Matildee Gesta III Para II AI Parto anterior prematuro 7 consultas no preacute-natal Parto cesaacutereo no HGB por amniorexe prematura
Apgar 89 Capurro 32 semanas PN 1190g Internado na UTI neonatal por 2 meses com doenccedila de membrana hialina tendo necessitado surfactante ventilaccedilatildeo mecacircnica e O2
Alta com 1860g
HISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTOHISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTO
Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo
HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO
HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas
HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia
Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada
Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)
Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola
Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo
HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL
Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm
Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral
Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina
Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores
Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento
de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos
EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO
Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade
RESUMORESUMO
MAUS TRATOSMAUS TRATOS
HEMOFILIAHEMOFILIA
ESCORBUTOESCORBUTO
OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA
S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS
HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS
S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade
Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de
irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal
o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo
o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
HISTOacuteRIA DA DOENCcedilA ATUALHISTOacuteRIA DA DOENCcedilA ATUAL
Responsaacutevel Monique (companheira do pai de Marcos haacute 2 anos) relata que haacute 6 meses Marcos apresentou dor bilateral no quadril com dificuldade de se levantar do chatildeo e claudicaccedilatildeo na marcha associada agrave febre natildeo aferida Procurou atendimento na emergecircncia do HMPW quando foi diagnosticada ldquoinflamaccedilatildeo dos nervosrdquo (SIC) e prescrito AINH com regressatildeo do quadro em 7 dias
Haacute 1 mecircs apresentou dor com calor e limitaccedilatildeo no ombro esquerdo e febre natildeo aferida que regrediram em 10 dias apoacutes uso de AINH feito por prescriccedilatildeo meacutedica (SIC)
Haacute 20 dias iniciou dor e edema em cotovelo esquerdomatildeo e punho esquerdos com limitaccedilatildeo funcional associada agrave febre natildeo aferida Procurou pediatra que prescreveu AINH por 5 dias sem melhora Haacute 1 semana aparecimento de fotofobia hiperemia e lacrimejamento dos dois olhos Procurou emergecircncia do HGB quando foi encaminhado para a reumatologia
HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSAHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSA
Companheira do pai bioloacutegico Monique convive com Marcos desde os 10 meses de vida e natildeo sabe informar de patologias anteriores
oNega viroses comuns da infacircncia alergiasoInternaccedilatildeo aos 20 meses por pneumoniaoDificuldade de ganho ponderal desde 1 ano de vida apesar de boa alimentaccedilatildeo oQuedas frequumlentes com equimoses de repeticcedilatildeo e dificuldade na cicatrizaccedilatildeo de feridas comunsoQueda de cabelo em dois episoacutedios com crescimento irregularoConjuntivites de repeticcedilatildeo
Pai 42 anoscaminhoneiro saudaacutevel Avoacutes paternos com histoacuteria de CA de pulmatildeo hipertensatildeo e coronariopatia
Matildee bioloacutegica 22 anos sem informaccedilotildees por natildeo aparecer desde que deixou o filho aos cuidados do pai Avoacute materna alcooacutelatra
Irmatildeo 8 meses filho do atual casamento do pai saudaacutevel
HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIARHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIAR
Gestaccedilatildeo natildeo desejada de relaccedilatildeo natildeo estaacutevel com tentativa de abortamento provocado com citotec e ldquochumbinhordquo segundo a madrasta
Matildee Gesta III Para II AI Parto anterior prematuro 7 consultas no preacute-natal Parto cesaacutereo no HGB por amniorexe prematura
Apgar 89 Capurro 32 semanas PN 1190g Internado na UTI neonatal por 2 meses com doenccedila de membrana hialina tendo necessitado surfactante ventilaccedilatildeo mecacircnica e O2
Alta com 1860g
HISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTOHISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTO
Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo
HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO
HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas
HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia
Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada
Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)
Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola
Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo
HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL
Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm
Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral
Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina
Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores
Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento
de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos
EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO
Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade
RESUMORESUMO
MAUS TRATOSMAUS TRATOS
HEMOFILIAHEMOFILIA
ESCORBUTOESCORBUTO
OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA
S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS
HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS
S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade
Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de
irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal
o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo
o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSAHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSA
Companheira do pai bioloacutegico Monique convive com Marcos desde os 10 meses de vida e natildeo sabe informar de patologias anteriores
oNega viroses comuns da infacircncia alergiasoInternaccedilatildeo aos 20 meses por pneumoniaoDificuldade de ganho ponderal desde 1 ano de vida apesar de boa alimentaccedilatildeo oQuedas frequumlentes com equimoses de repeticcedilatildeo e dificuldade na cicatrizaccedilatildeo de feridas comunsoQueda de cabelo em dois episoacutedios com crescimento irregularoConjuntivites de repeticcedilatildeo
Pai 42 anoscaminhoneiro saudaacutevel Avoacutes paternos com histoacuteria de CA de pulmatildeo hipertensatildeo e coronariopatia
Matildee bioloacutegica 22 anos sem informaccedilotildees por natildeo aparecer desde que deixou o filho aos cuidados do pai Avoacute materna alcooacutelatra
Irmatildeo 8 meses filho do atual casamento do pai saudaacutevel
HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIARHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIAR
Gestaccedilatildeo natildeo desejada de relaccedilatildeo natildeo estaacutevel com tentativa de abortamento provocado com citotec e ldquochumbinhordquo segundo a madrasta
Matildee Gesta III Para II AI Parto anterior prematuro 7 consultas no preacute-natal Parto cesaacutereo no HGB por amniorexe prematura
Apgar 89 Capurro 32 semanas PN 1190g Internado na UTI neonatal por 2 meses com doenccedila de membrana hialina tendo necessitado surfactante ventilaccedilatildeo mecacircnica e O2
Alta com 1860g
HISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTOHISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTO
Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo
HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO
HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas
HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia
Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada
Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)
Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola
Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo
HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL
Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm
Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral
Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina
Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores
Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento
de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos
EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO
Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade
RESUMORESUMO
MAUS TRATOSMAUS TRATOS
HEMOFILIAHEMOFILIA
ESCORBUTOESCORBUTO
OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA
S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS
HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS
S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade
Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de
irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal
o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo
o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Pai 42 anoscaminhoneiro saudaacutevel Avoacutes paternos com histoacuteria de CA de pulmatildeo hipertensatildeo e coronariopatia
Matildee bioloacutegica 22 anos sem informaccedilotildees por natildeo aparecer desde que deixou o filho aos cuidados do pai Avoacute materna alcooacutelatra
Irmatildeo 8 meses filho do atual casamento do pai saudaacutevel
HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIARHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIAR
Gestaccedilatildeo natildeo desejada de relaccedilatildeo natildeo estaacutevel com tentativa de abortamento provocado com citotec e ldquochumbinhordquo segundo a madrasta
Matildee Gesta III Para II AI Parto anterior prematuro 7 consultas no preacute-natal Parto cesaacutereo no HGB por amniorexe prematura
Apgar 89 Capurro 32 semanas PN 1190g Internado na UTI neonatal por 2 meses com doenccedila de membrana hialina tendo necessitado surfactante ventilaccedilatildeo mecacircnica e O2
Alta com 1860g
HISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTOHISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTO
Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo
HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO
HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas
HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia
Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada
Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)
Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola
Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo
HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL
Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm
Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral
Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina
Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores
Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento
de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos
EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO
Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade
RESUMORESUMO
MAUS TRATOSMAUS TRATOS
HEMOFILIAHEMOFILIA
ESCORBUTOESCORBUTO
OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA
S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS
HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS
S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade
Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de
irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal
o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo
o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Gestaccedilatildeo natildeo desejada de relaccedilatildeo natildeo estaacutevel com tentativa de abortamento provocado com citotec e ldquochumbinhordquo segundo a madrasta
Matildee Gesta III Para II AI Parto anterior prematuro 7 consultas no preacute-natal Parto cesaacutereo no HGB por amniorexe prematura
Apgar 89 Capurro 32 semanas PN 1190g Internado na UTI neonatal por 2 meses com doenccedila de membrana hialina tendo necessitado surfactante ventilaccedilatildeo mecacircnica e O2
Alta com 1860g
HISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTOHISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTO
Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo
HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO
HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas
HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia
Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada
Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)
Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola
Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo
HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL
Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm
Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral
Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina
Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores
Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento
de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos
EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO
Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade
RESUMORESUMO
MAUS TRATOSMAUS TRATOS
HEMOFILIAHEMOFILIA
ESCORBUTOESCORBUTO
OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA
S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS
HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS
S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade
Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de
irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal
o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo
o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo
HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO
HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas
HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia
Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada
Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)
Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola
Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo
HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL
Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm
Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral
Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina
Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores
Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento
de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos
EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO
Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade
RESUMORESUMO
MAUS TRATOSMAUS TRATOS
HEMOFILIAHEMOFILIA
ESCORBUTOESCORBUTO
OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA
S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS
HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS
S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade
Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de
irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal
o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo
o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada
Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)
Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola
Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo
HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL
Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm
Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral
Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina
Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores
Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento
de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos
EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO
Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade
RESUMORESUMO
MAUS TRATOSMAUS TRATOS
HEMOFILIAHEMOFILIA
ESCORBUTOESCORBUTO
OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA
S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS
HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS
S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade
Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de
irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal
o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo
o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm
Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral
Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina
Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores
Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento
de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos
EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO
Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade
RESUMORESUMO
MAUS TRATOSMAUS TRATOS
HEMOFILIAHEMOFILIA
ESCORBUTOESCORBUTO
OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA
S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS
HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS
S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade
Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de
irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal
o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo
o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade
RESUMORESUMO
MAUS TRATOSMAUS TRATOS
HEMOFILIAHEMOFILIA
ESCORBUTOESCORBUTO
OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA
S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS
HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS
S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade
Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de
irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal
o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo
o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
MAUS TRATOSMAUS TRATOS
HEMOFILIAHEMOFILIA
ESCORBUTOESCORBUTO
OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA
S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS
HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS
S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade
Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de
irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal
o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo
o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de
irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal
o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo
o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de
irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal
o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo
o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea
EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL
AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees
Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir
EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO
Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a
matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos
O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila
Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo
CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR
Alta hospitalarAlta hospitalar
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes
Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho
Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica
Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das
800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia
Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome
Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar
haacute 24 horas
EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA
Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e
hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as
crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria
1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila
1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990
Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766
No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)
Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees
hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc
Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas
Desnutriccedilatildeo
Lesotildees oculares
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax
membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)
Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de
pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria
Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo
Hematoma subperiostal em ossos longos
Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia
o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias
intra-intestinais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento
Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Desigualdade de poder
Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio
Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos
Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada
VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum
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Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
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Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
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A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
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ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
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Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
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RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
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ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
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Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
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VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE
Atinge todas as classes sociais
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ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
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ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
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RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
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Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo
Da crianccedila
Da famiacutelia
Do agressor
Do profissional de sauacutede
Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores
A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais
Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
Os bebecircs satildeo propensos a acidentes
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
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Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
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Fundamentar as suspeitas
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Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
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RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
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Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE
Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo
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Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos
O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel
A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada
O abuso sexual limita-se ao estupro
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Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
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Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
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Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
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ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
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ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
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ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
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Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
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ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
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ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
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Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos
Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )
Medo de represaacutelia do agressor
Falta de preparo e conhecimento
Medo de envolvimento com questotildees judiciais
Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia
Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe
Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio
Descrenccedila nas instituiccedilotildees
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE
Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas
Fundamentar as suspeitas
Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo
Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso
Atitude compreensiva natildeo punitiva
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)
Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche
ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia
Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica
NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA
PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a
EXAMINAR Olhar para ver
TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo
RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO
ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
pessoais
ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia
dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares
Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias
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