34
CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodrigues novembro-2008 novembro-2008 ESTUDO DE CASO ESTUDO DE CASO

CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix RodriguesMarta Felix Rodrigues

novembro-2008novembro-2008

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASO

Marcos sexo masculino 2 anos e 10 meses Marcos sexo masculino 2 anos e 10 meses natural do Rio de Janeiro e residente em natural do Rio de Janeiro e residente em BonsucessoBonsucesso

IDENTIFICACcedilAtildeOIDENTIFICACcedilAtildeO

QUEIXA PRINCIPALQUEIXA PRINCIPALoldquoldquoDores nas juntasrdquoDores nas juntasrdquo

HISTOacuteRIA DA DOENCcedilA ATUALHISTOacuteRIA DA DOENCcedilA ATUAL

Responsaacutevel Monique (companheira do pai de Marcos haacute 2 anos) relata que haacute 6 meses Marcos apresentou dor bilateral no quadril com dificuldade de se levantar do chatildeo e claudicaccedilatildeo na marcha associada agrave febre natildeo aferida Procurou atendimento na emergecircncia do HMPW quando foi diagnosticada ldquoinflamaccedilatildeo dos nervosrdquo (SIC) e prescrito AINH com regressatildeo do quadro em 7 dias

Haacute 1 mecircs apresentou dor com calor e limitaccedilatildeo no ombro esquerdo e febre natildeo aferida que regrediram em 10 dias apoacutes uso de AINH feito por prescriccedilatildeo meacutedica (SIC)

Haacute 20 dias iniciou dor e edema em cotovelo esquerdomatildeo e punho esquerdos com limitaccedilatildeo funcional associada agrave febre natildeo aferida Procurou pediatra que prescreveu AINH por 5 dias sem melhora Haacute 1 semana aparecimento de fotofobia hiperemia e lacrimejamento dos dois olhos Procurou emergecircncia do HGB quando foi encaminhado para a reumatologia

HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSAHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSA

Companheira do pai bioloacutegico Monique convive com Marcos desde os 10 meses de vida e natildeo sabe informar de patologias anteriores

oNega viroses comuns da infacircncia alergiasoInternaccedilatildeo aos 20 meses por pneumoniaoDificuldade de ganho ponderal desde 1 ano de vida apesar de boa alimentaccedilatildeo oQuedas frequumlentes com equimoses de repeticcedilatildeo e dificuldade na cicatrizaccedilatildeo de feridas comunsoQueda de cabelo em dois episoacutedios com crescimento irregularoConjuntivites de repeticcedilatildeo

Pai 42 anoscaminhoneiro saudaacutevel Avoacutes paternos com histoacuteria de CA de pulmatildeo hipertensatildeo e coronariopatia

Matildee bioloacutegica 22 anos sem informaccedilotildees por natildeo aparecer desde que deixou o filho aos cuidados do pai Avoacute materna alcooacutelatra

Irmatildeo 8 meses filho do atual casamento do pai saudaacutevel

HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIARHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIAR

Gestaccedilatildeo natildeo desejada de relaccedilatildeo natildeo estaacutevel com tentativa de abortamento provocado com citotec e ldquochumbinhordquo segundo a madrasta

Matildee Gesta III Para II AI Parto anterior prematuro 7 consultas no preacute-natal Parto cesaacutereo no HGB por amniorexe prematura

Apgar 89 Capurro 32 semanas PN 1190g Internado na UTI neonatal por 2 meses com doenccedila de membrana hialina tendo necessitado surfactante ventilaccedilatildeo mecacircnica e O2

Alta com 1860g

HISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTOHISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTO

Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo

HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO

HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas

HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia

Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada

Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)

Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola

Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo

HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL

Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm

Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral

Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina

Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores

Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento

de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos

EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO

Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade

RESUMORESUMO

MAUS TRATOSMAUS TRATOS

HEMOFILIAHEMOFILIA

ESCORBUTOESCORBUTO

OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA

S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS

HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS

S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade

Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de

irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal

o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo

o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 2: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Marcos sexo masculino 2 anos e 10 meses Marcos sexo masculino 2 anos e 10 meses natural do Rio de Janeiro e residente em natural do Rio de Janeiro e residente em BonsucessoBonsucesso

IDENTIFICACcedilAtildeOIDENTIFICACcedilAtildeO

QUEIXA PRINCIPALQUEIXA PRINCIPALoldquoldquoDores nas juntasrdquoDores nas juntasrdquo

HISTOacuteRIA DA DOENCcedilA ATUALHISTOacuteRIA DA DOENCcedilA ATUAL

Responsaacutevel Monique (companheira do pai de Marcos haacute 2 anos) relata que haacute 6 meses Marcos apresentou dor bilateral no quadril com dificuldade de se levantar do chatildeo e claudicaccedilatildeo na marcha associada agrave febre natildeo aferida Procurou atendimento na emergecircncia do HMPW quando foi diagnosticada ldquoinflamaccedilatildeo dos nervosrdquo (SIC) e prescrito AINH com regressatildeo do quadro em 7 dias

Haacute 1 mecircs apresentou dor com calor e limitaccedilatildeo no ombro esquerdo e febre natildeo aferida que regrediram em 10 dias apoacutes uso de AINH feito por prescriccedilatildeo meacutedica (SIC)

Haacute 20 dias iniciou dor e edema em cotovelo esquerdomatildeo e punho esquerdos com limitaccedilatildeo funcional associada agrave febre natildeo aferida Procurou pediatra que prescreveu AINH por 5 dias sem melhora Haacute 1 semana aparecimento de fotofobia hiperemia e lacrimejamento dos dois olhos Procurou emergecircncia do HGB quando foi encaminhado para a reumatologia

HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSAHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSA

Companheira do pai bioloacutegico Monique convive com Marcos desde os 10 meses de vida e natildeo sabe informar de patologias anteriores

oNega viroses comuns da infacircncia alergiasoInternaccedilatildeo aos 20 meses por pneumoniaoDificuldade de ganho ponderal desde 1 ano de vida apesar de boa alimentaccedilatildeo oQuedas frequumlentes com equimoses de repeticcedilatildeo e dificuldade na cicatrizaccedilatildeo de feridas comunsoQueda de cabelo em dois episoacutedios com crescimento irregularoConjuntivites de repeticcedilatildeo

Pai 42 anoscaminhoneiro saudaacutevel Avoacutes paternos com histoacuteria de CA de pulmatildeo hipertensatildeo e coronariopatia

Matildee bioloacutegica 22 anos sem informaccedilotildees por natildeo aparecer desde que deixou o filho aos cuidados do pai Avoacute materna alcooacutelatra

Irmatildeo 8 meses filho do atual casamento do pai saudaacutevel

HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIARHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIAR

Gestaccedilatildeo natildeo desejada de relaccedilatildeo natildeo estaacutevel com tentativa de abortamento provocado com citotec e ldquochumbinhordquo segundo a madrasta

Matildee Gesta III Para II AI Parto anterior prematuro 7 consultas no preacute-natal Parto cesaacutereo no HGB por amniorexe prematura

Apgar 89 Capurro 32 semanas PN 1190g Internado na UTI neonatal por 2 meses com doenccedila de membrana hialina tendo necessitado surfactante ventilaccedilatildeo mecacircnica e O2

Alta com 1860g

HISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTOHISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTO

Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo

HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO

HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas

HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia

Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada

Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)

Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola

Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo

HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL

Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm

Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral

Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina

Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores

Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento

de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos

EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO

Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade

RESUMORESUMO

MAUS TRATOSMAUS TRATOS

HEMOFILIAHEMOFILIA

ESCORBUTOESCORBUTO

OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA

S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS

HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS

S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade

Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de

irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal

o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo

o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 3: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

HISTOacuteRIA DA DOENCcedilA ATUALHISTOacuteRIA DA DOENCcedilA ATUAL

Responsaacutevel Monique (companheira do pai de Marcos haacute 2 anos) relata que haacute 6 meses Marcos apresentou dor bilateral no quadril com dificuldade de se levantar do chatildeo e claudicaccedilatildeo na marcha associada agrave febre natildeo aferida Procurou atendimento na emergecircncia do HMPW quando foi diagnosticada ldquoinflamaccedilatildeo dos nervosrdquo (SIC) e prescrito AINH com regressatildeo do quadro em 7 dias

Haacute 1 mecircs apresentou dor com calor e limitaccedilatildeo no ombro esquerdo e febre natildeo aferida que regrediram em 10 dias apoacutes uso de AINH feito por prescriccedilatildeo meacutedica (SIC)

Haacute 20 dias iniciou dor e edema em cotovelo esquerdomatildeo e punho esquerdos com limitaccedilatildeo funcional associada agrave febre natildeo aferida Procurou pediatra que prescreveu AINH por 5 dias sem melhora Haacute 1 semana aparecimento de fotofobia hiperemia e lacrimejamento dos dois olhos Procurou emergecircncia do HGB quando foi encaminhado para a reumatologia

HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSAHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSA

Companheira do pai bioloacutegico Monique convive com Marcos desde os 10 meses de vida e natildeo sabe informar de patologias anteriores

oNega viroses comuns da infacircncia alergiasoInternaccedilatildeo aos 20 meses por pneumoniaoDificuldade de ganho ponderal desde 1 ano de vida apesar de boa alimentaccedilatildeo oQuedas frequumlentes com equimoses de repeticcedilatildeo e dificuldade na cicatrizaccedilatildeo de feridas comunsoQueda de cabelo em dois episoacutedios com crescimento irregularoConjuntivites de repeticcedilatildeo

Pai 42 anoscaminhoneiro saudaacutevel Avoacutes paternos com histoacuteria de CA de pulmatildeo hipertensatildeo e coronariopatia

Matildee bioloacutegica 22 anos sem informaccedilotildees por natildeo aparecer desde que deixou o filho aos cuidados do pai Avoacute materna alcooacutelatra

Irmatildeo 8 meses filho do atual casamento do pai saudaacutevel

HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIARHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIAR

Gestaccedilatildeo natildeo desejada de relaccedilatildeo natildeo estaacutevel com tentativa de abortamento provocado com citotec e ldquochumbinhordquo segundo a madrasta

Matildee Gesta III Para II AI Parto anterior prematuro 7 consultas no preacute-natal Parto cesaacutereo no HGB por amniorexe prematura

Apgar 89 Capurro 32 semanas PN 1190g Internado na UTI neonatal por 2 meses com doenccedila de membrana hialina tendo necessitado surfactante ventilaccedilatildeo mecacircnica e O2

Alta com 1860g

HISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTOHISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTO

Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo

HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO

HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas

HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia

Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada

Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)

Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola

Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo

HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL

Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm

Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral

Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina

Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores

Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento

de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos

EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO

Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade

RESUMORESUMO

MAUS TRATOSMAUS TRATOS

HEMOFILIAHEMOFILIA

ESCORBUTOESCORBUTO

OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA

S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS

HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS

S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade

Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de

irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal

o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo

o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 4: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSAHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA PREGRESSA

Companheira do pai bioloacutegico Monique convive com Marcos desde os 10 meses de vida e natildeo sabe informar de patologias anteriores

oNega viroses comuns da infacircncia alergiasoInternaccedilatildeo aos 20 meses por pneumoniaoDificuldade de ganho ponderal desde 1 ano de vida apesar de boa alimentaccedilatildeo oQuedas frequumlentes com equimoses de repeticcedilatildeo e dificuldade na cicatrizaccedilatildeo de feridas comunsoQueda de cabelo em dois episoacutedios com crescimento irregularoConjuntivites de repeticcedilatildeo

Pai 42 anoscaminhoneiro saudaacutevel Avoacutes paternos com histoacuteria de CA de pulmatildeo hipertensatildeo e coronariopatia

Matildee bioloacutegica 22 anos sem informaccedilotildees por natildeo aparecer desde que deixou o filho aos cuidados do pai Avoacute materna alcooacutelatra

Irmatildeo 8 meses filho do atual casamento do pai saudaacutevel

HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIARHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIAR

Gestaccedilatildeo natildeo desejada de relaccedilatildeo natildeo estaacutevel com tentativa de abortamento provocado com citotec e ldquochumbinhordquo segundo a madrasta

Matildee Gesta III Para II AI Parto anterior prematuro 7 consultas no preacute-natal Parto cesaacutereo no HGB por amniorexe prematura

Apgar 89 Capurro 32 semanas PN 1190g Internado na UTI neonatal por 2 meses com doenccedila de membrana hialina tendo necessitado surfactante ventilaccedilatildeo mecacircnica e O2

Alta com 1860g

HISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTOHISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTO

Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo

HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO

HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas

HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia

Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada

Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)

Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola

Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo

HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL

Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm

Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral

Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina

Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores

Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento

de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos

EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO

Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade

RESUMORESUMO

MAUS TRATOSMAUS TRATOS

HEMOFILIAHEMOFILIA

ESCORBUTOESCORBUTO

OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA

S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS

HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS

S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade

Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de

irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal

o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo

o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 5: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Pai 42 anoscaminhoneiro saudaacutevel Avoacutes paternos com histoacuteria de CA de pulmatildeo hipertensatildeo e coronariopatia

Matildee bioloacutegica 22 anos sem informaccedilotildees por natildeo aparecer desde que deixou o filho aos cuidados do pai Avoacute materna alcooacutelatra

Irmatildeo 8 meses filho do atual casamento do pai saudaacutevel

HISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIARHISTOacuteRIA PATOLOacuteGICA FAMILIAR

Gestaccedilatildeo natildeo desejada de relaccedilatildeo natildeo estaacutevel com tentativa de abortamento provocado com citotec e ldquochumbinhordquo segundo a madrasta

Matildee Gesta III Para II AI Parto anterior prematuro 7 consultas no preacute-natal Parto cesaacutereo no HGB por amniorexe prematura

Apgar 89 Capurro 32 semanas PN 1190g Internado na UTI neonatal por 2 meses com doenccedila de membrana hialina tendo necessitado surfactante ventilaccedilatildeo mecacircnica e O2

Alta com 1860g

HISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTOHISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTO

Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo

HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO

HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas

HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia

Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada

Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)

Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola

Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo

HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL

Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm

Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral

Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina

Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores

Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento

de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos

EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO

Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade

RESUMORESUMO

MAUS TRATOSMAUS TRATOS

HEMOFILIAHEMOFILIA

ESCORBUTOESCORBUTO

OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA

S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS

HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS

S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade

Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de

irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal

o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo

o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 6: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Gestaccedilatildeo natildeo desejada de relaccedilatildeo natildeo estaacutevel com tentativa de abortamento provocado com citotec e ldquochumbinhordquo segundo a madrasta

Matildee Gesta III Para II AI Parto anterior prematuro 7 consultas no preacute-natal Parto cesaacutereo no HGB por amniorexe prematura

Apgar 89 Capurro 32 semanas PN 1190g Internado na UTI neonatal por 2 meses com doenccedila de membrana hialina tendo necessitado surfactante ventilaccedilatildeo mecacircnica e O2

Alta com 1860g

HISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTOHISTOacuteRIA DA GESTACcedilAtildeO E PARTO

Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo

HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO

HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas

HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia

Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada

Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)

Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola

Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo

HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL

Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm

Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral

Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina

Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores

Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento

de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos

EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO

Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade

RESUMORESUMO

MAUS TRATOSMAUS TRATOS

HEMOFILIAHEMOFILIA

ESCORBUTOESCORBUTO

OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA

S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS

HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS

S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade

Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de

irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal

o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo

o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 7: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Andou aos 14 meses e iniciou a fala logo apoacutesNatildeo tem controle dos esfincteres Marcos brinca mas Monique o acha muito ldquoquieto e paradordquo

HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E HISTOacuteRIA DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO

HISTOacuteRIA ALIMENTARHISTOacuteRIA ALIMENTARoNatildeo foi amamentado ao seio maternoUso de foacutermula laacutectea ateacute os 8 mesesoAlimenta-se bem com leite carnes legumes e frutas

HISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAHISTOacuteRIA IMUNOLOacuteGICAo PNI em dia

Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada

Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)

Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola

Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo

HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL

Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm

Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral

Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina

Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores

Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento

de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos

EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO

Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade

RESUMORESUMO

MAUS TRATOSMAUS TRATOS

HEMOFILIAHEMOFILIA

ESCORBUTOESCORBUTO

OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA

S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS

HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS

S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade

Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de

irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal

o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo

o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 8: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Casa alugada de alvenaria com 5 cocircmodos aacutegua tratada luz eleacutetrica e esgoto sanitaacuterioUso de aacutegua filtrada

Moram 6 pessoas na casa pai madrasta irmatildeo de 8 meses e 2 filhos de Monique ( Mateus 12 anos e Juacutelio de 9 anos)

Pai caminhoneiro autocircnomo Madrasta do lar Renda familiar de 50000 reaismecircs e 1500 reais de Bolsa Escola

Natildeo possuem animal de estimaccedilatildeo

HISTOacuteRIA SOCIALHISTOacuteRIA SOCIAL

Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm

Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral

Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina

Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores

Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento

de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos

EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO

Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade

RESUMORESUMO

MAUS TRATOSMAUS TRATOS

HEMOFILIAHEMOFILIA

ESCORBUTOESCORBUTO

OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA

S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS

HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS

S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade

Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de

irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal

o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo

o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 9: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Emagrecido com palidez cutacircneo-mucosa +4 Peso 11500g (P3-10) Estatura 94 cm(P50-75) Afebril Fc 90bpm FR 20irpm

Hiperemia conjuntival bilateral com lacrimejamento e dificuldade de abertura ocular por fotofobia Edema palpebral

Orofaringe com lesatildeo ulcerada na borda direita da liacutengua e na gengiva superior Lesatildeo crostrosa em narina

Couro cabeludo com vaacuterias aacutereas de rarefaccedilatildeo de cabelos Regiatildeo mentoniana com lesatildeo corto-contusa infectada Micropoliadenopatias cervicais moacuteveis e indolores

Aparelhos cardiovascular e respiratoacuterio sem alteraccedilotildees Abdome flaacutecido com fiacutegado palpaacutevel a 3 cm RCD Membros com equimoses em face anterior de tiacutebias Aumento

de volume do MSE no braccedilo cotovelo ateacute o punho endurecido com calor dor e limitaccedilatildeo dos movimentos

EXAME FIacuteSICO EXAME FIacuteSICO

Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade

RESUMORESUMO

MAUS TRATOSMAUS TRATOS

HEMOFILIAHEMOFILIA

ESCORBUTOESCORBUTO

OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA

S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS

HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS

S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade

Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de

irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal

o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo

o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 10: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Siacutendrome musculoesqueleacutetica ldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas recorrentes Alopeacutecia Equimoses Febre recorrente Hepatomegalia Baixo ganho ponderal Prematuridade

RESUMORESUMO

MAUS TRATOSMAUS TRATOS

HEMOFILIAHEMOFILIA

ESCORBUTOESCORBUTO

OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA

S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS

HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS

S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade

Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de

irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal

o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo

o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 11: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

MAUS TRATOSMAUS TRATOS

HEMOFILIAHEMOFILIA

ESCORBUTOESCORBUTO

OSTEOMIELITE OSTEOMIELITE CROcircNICACROcircNICA IMUNODEFICIEcircNCIAIMUNODEFICIEcircNCIA

S EHLERS DANLOSS EHLERS DANLOS

HIPOTESES DIAGNOacuteSTICASHIPOTESES DIAGNOacuteSTICAS

S musculoesqueleacuteticaldquoOlho vermelho recorrenterdquo Lesotildees cutacircneo-mucosas AlopeacuteciaEquimoses Febre recorrenteHepatomegaliaBaixo ganho ponderalPrematuridade

Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de

irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal

o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo

o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 12: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Hemograma Htc 35 Hg 112 8400 0300347407 400000 plaquetaso Coagulograma Normal Provas atividade inflamatoacuteria VHS 10mmmm Proteiacutena C reativa 12 Funccedilotildees renal e hepaacutetica normais Albumina 30 Calcio foacutesforo e fosfatase alcalina normais Sorologias VDRL HIV HTLV ToxoplasmoseCMV e EBV Imunoglobulinas normais

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de

irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal

o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo

o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 13: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Ultrassonografia do cotovelo Ausecircncia de efusatildeo articular Diversas aacutereas de

irregularidade cortical em todo uacutemero associado agrave grosseira reaccedilatildeo periosteal

o Ultrassonografia Abdominal Fiacutegado algo aumentado regular homogecircneo

o Cintilografia oacutessea Fixaccedilatildeo anormal em todo uacutemeroo Biopsia oacutessea

EXAMES COMPLEMENTARESEXAMES COMPLEMENTARES

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 14: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

OFTALMOLOGIA ndash Uacutelcera de coacuternea e ceratite bilateral ORTOPEDIA -Invoacutelucro em uacutemero esquerdo- osteomielite crocircnica NUTROLOGIA HEMATOLOGIA CARDIOLOGIA GENEacuteTICA AMBULATOacuteRIO DA FAMIacuteLIA- acompanhamento PSICOLOGIA SERVICcedilO SOCIAL

AVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTASAVALIACcedilOtildeES DE ESPECIALISTAS

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 15: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Na internaccedilatildeo observou-se comportamento agressivo da madrasta por vaacuterias vezes impaciente ameaccediladora e batendo em Marcos com relato da enfermagem e de outras matildees

Por outro lado Marcos apresentava um comportamento inadequado extremamente quieto e pedindo ordem agrave madrasta para comer sentar dormir

EVOLUCcedilAtildeOEVOLUCcedilAtildeO

Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar Encaminhado o caso ao Conselho Tutelar para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico para investigaccedilatildeo por suspeita de abuso fiacutesico privaccedilatildeo alimentar e afetivaprivaccedilatildeo alimentar e afetiva

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 16: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

1ordm PARECER ldquoSra Monique ficaraacute como a guardiatilde da crianccedila jaacute que a

matildee bioloacutegica natildeo compareceu O genitor e a madrasta negaram a perpetraccedilatildeo de maus-tratos Acrescentaram que as marcas fiacutesicas decorriam de tombos

O genitor tem obrigaccedilatildeo de cuidar e dar amor a seu filho mantendo contato sempre com a crianccedila

Crianccedila demonstra normalidade e demonstra carinho pela madrastardquo

CONSELHO TUTELARCONSELHO TUTELAR

Alta hospitalarAlta hospitalar

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 17: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Vaacuterias consultas com lesotildees de face recorrentes

Pai separou-se da madrasta e natildeo quis ficar com o filho

Ganho ponderal insuficiente Reposiccedilatildeo vitamiacutenica

Manteve-se investigaccedilatildeo para doenccedila de base

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 18: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

5ordm MEcircS DE ACOMPANHAMENTO Vem a consulta marcada de rotina e aguarda a chamada das

800h ateacute as 1130h Traz na matildeo uma radiografia de toacuterax que acabou de fazer solicitada na consulta do mecircs anterior no ambulatoacuterio de Imunodeficiecircncia

Marcos estaacute sendo carregado no colo com facies de dor e gemente Estaacute hipocorado desidratado e com distensatildeo dolorosa do abdome

Quando indagada Monique relata que Marcos iniciou subitamente dor abdominal vocircmitos e recusa alimentar

haacute 24 horas

EVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIOEVOLUCcedilAtildeO NO AMBULATOacuteRIO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 19: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA SIacuteNDROME DA CRIANCcedilA ESPANCADA

Battered childBattered childA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoA crianccedila eacute viacutetima de deliberado trauma fiacutesico natildeoacidental provocado por uma ou mais pessoas acidental provocado por uma ou mais pessoas responsaacuteveis por seu cuidadoresponsaacuteveis por seu cuidado 1946- Caffey fraturas muacuteltiplas dos ossos longos e

hematoma subdural crocircnico em 6 lactentes 1961- Battered child -Preocupaccedilatildeo dos meacutedicos com as

crianccedilas viacutetimas de maus-tratos- Simpoacutesio da Academia Americana de Pediatria

1962- Kempe- Estudo multicecircntrico de casos de agressatildeo fiacutesica agrave crianccedila

1971- Kempe- 10-15 de todo trauma em crianccedila abaixo de 2 anos

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 20: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

1990 ndashPromulgaccedilatildeo do Estatuto da Crianccedila e do Adolescente-Lei Federal 80691990

Violecircnciandashproblema de Sauacutede Puacuteblica no mundo-Relatoacuterio Mundial sobre Violecircncia e Sauacutede(OMS 2002)1048766

No Brasil os acidentes e as violecircncias representam um problema de grande magnitude ndashimpacto na mortalidade e morbidade (BRASIL 2002)

Abordagem agrave questatildeo da violecircncia intrafamiliar contra a crianccedila e o adolescente envolve profissionais de diferentes campos de atuaccedilatildeo e efetiva mobilizaccedilatildeo da sociedade (BRASIL 2001 BRASIL 2002)

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 21: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

MANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICASMANIFESTACcedilOtildeES CLIacuteNICAS Lesotildees de pele e subcutacircneo Equimoses escoriaccedilotildees

hematomas e ferimentos provenientes de traumas tais como socos pontapeacutes beliscotildees etc

Queimaduras de primeiro segundo e ateacute terceiro grau provocadas por pontas de cigarros ou aparelhos domeacutesticos tais como ferro de passar roupas

Desnutriccedilatildeo

Lesotildees oculares

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 22: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Radiologia do esqueletoRadiologia do esqueleto Fraturas variadas nos ossos de todo o esqueleto cracircnio face toacuterax

membros superiores e inferiores em diferentes fases de consolidaccedilatildeo (dias e por espancamentos diferentes)

Lesotildees tiacutepicas metaacutefises dos ossos longos e com separaccedilatildeo de

pequenos fragmentos oacutesseos na regiatildeo da linha epifisaacuteria

Fraturas de costelas em diferentes fases de consolidaccedilatildeo

Hematoma subperiostal em ossos longos

Espessamento cortical indicando pequenas fraturas corticais metafisaacuterias

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 23: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Risco de VidaRisco de VidaTrauma cranianoTrauma craniano Tomografia Ressonacircncia

o Rotura de oacutergatildeosRotura de oacutergatildeos Fiacutegado baccedilo ureter bexiga hemorragias

intra-intestinais

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 24: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE Todo ato ou omissatildeo praticado por pais parentes ou responsaacuteveis contra crianccedilas eou adolescentes que ndashsendo capaz de causar dano fiacutesico sexual eou psicoloacutegico agrave viacutetima ndashimplica de um lado uma transgressatildeo do poderdever de proteccedilatildeo do adulto e de outro uma coisificaccedilatildeo da infacircncia isto eacute uma negaccedilatildeo do direito que crianccedilas e adolescentes tecircm de serem tratados como sujeitos e pessoas em condiccedilatildeo peculiar desenvolvimento(GUERRA 2001)

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 25: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTECRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Desigualdade de poder

Negaccedilatildeo da liberdade crianccedilaadolescente cuacutemplices- pacto do silecircncio

Eacute um processo de vitimizaccedilatildeo que agraves vezes leva meses ateacute anos

Tem na famiacutelia sua ecologia privilegiada

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 26: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA VIOLEcircNCIA DOMEacuteSTICA CONTRA A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTEA CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE

Atinge todas as classes sociais

Procura por vaacuterios Serviccedilos de Sauacutede sem se fixar em nenhum

Retardo entre a hora e o dia da ocorrecircncia e a busca do atendimento

Relato de uma histoacuteria natildeo condizente com a realidade

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 27: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

ABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeOABORDAGEM DA SITUACcedilAtildeO VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo VAacuteRIOS ldquoATORESrdquo

Da crianccedila

Da famiacutelia

Do agressor

Do profissional de sauacutede

Vivecircncias preacuteviasMomento atual de vida Meio social ndash valores e cultura

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 28: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAUacuteDESAUacuteDE

Identificaccedilatildeo Acolhimento Resoluccedilatildeo de questotildees especiacuteficas Encaminhamento a serviccedilos auxiliares Notificaccedilatildeo

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 29: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

ldquoldquoMITOSrdquo QUE DIFICULTAM O MITOSrdquo QUE DIFICULTAM O DIAGNOacuteSTICODIAGNOacuteSTICO Reconhece-se com facilidade os pais agressores

A violecircncia ocorre em famiacutelias pobres em virtude de problemas sociais

Pais que cometem maus-tratos odeiam seus filhos

O praticante de abuso sexual eacute um psicopata facilmente reconheciacutevel

A crianccedila costuma mentir e inventar que tenha sido maltratada

O abuso sexual limita-se ao estupro

Os bebecircs satildeo propensos a acidentes

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 30: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE POR QUE OS PROFISSIONAIS NAtildeO SE ENVOLVEMENVOLVEM Preconceitos

Estereoacutetipos culturais ( violecircncia eacute questatildeo de foro iacutentimo )

Medo de represaacutelia do agressor

Falta de preparo e conhecimento

Medo de envolvimento com questotildees judiciais

Receio quanto aos desdobramentos para a proacutepria famiacutelia

Falta de espaccedilos de discussatildeo na equipe

Inexistecircncia ou escassez de serviccedilos de apoio

Descrenccedila nas instituiccedilotildees

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 31: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA ATUACcedilAtildeO FRENTE Agrave VIOLEcircNCIA CONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTECONTRA A CRIANCcedilAADOLESCENTE

Compreender nossas proacuteprias reaccedilotildees ao abuso e tentar superaacute-las negaccedilatildeo anguacutestia indignaccedilatildeo medo revolta duacutevidas

Fundamentar as suspeitas

Levantar falsas suspeitas ou falhar no diagnoacutestico satildeo problemas ldquogecircmeosrdquo

Avaliar risco de vida e de reincidecircncia do abuso

Atitude compreensiva natildeo punitiva

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 32: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

Todos tecircm o dever de denunciar agrave autoridade competente ou ao Conselho Tutelar casos de maus-tratos para com infantes e jovens (art 227 da Constituiccedilatildeo Federal)

Algumas pessoas estatildeo legalmente obrigadas a denunciar sob pena de ser responsabilizadas Tecircm essa obrigaccedilatildeo o meacutedicoo professor e o responsaacutevel por estabelecimento de atenccedilatildeo agrave sauacutede e de ensino fundamental preacute-escola ou creche

ndashPena multa de trecircs a 20 salaacuterios de referecircncia aplicando-se o dobro em caso de reincidecircncia

Aleacutem de responder ao processo pela praacutetica

NOTIFICACcedilAtildeONOTIFICACcedilAtildeO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 33: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

ABORDAGEM DA VIOLEcircNCIA

PERGUNTAR SEMPRE Mostrar-se aberto a

EXAMINAR Olhar para ver

TER RESPOSTAS Evitar ldquojulgamentosrdquo

RECONHECER OS LIMITES DA ATUACcedilAtildeO

ENCAMINHAR ESTABELECER REDES DE APOIO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34
Page 34: CURSO DE PRECEPTORES DO INTERNATO Marta Felix Rodrigues Marta Felix Rodriguesnovembro-2008 ESTUDO DE CASO

ESTUDO DE CASOESTUDO DE CASOOBJETIVOS NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Abordagem humanista- indiviacuteduo Situaccedilatildeo-problema Aplicaccedilatildeo do conhecimento teoacuterico referente agrave assistecircncia

dados da anamnesedo exame fiacutesico interpretaccedilatildeo de exames complementares

Estiacutemulo agrave tomada de decisotildees para a soluccedilatildeo do problema Inclusatildeo de uma busca bibliograacutefica O processo de ensino-aprendizagem eacute centrado no aluno O conhecimento eacute construiacutedo com base em experiecircncias

pessoais

  • Slide 1
  • Slide 2
  • Slide 3
  • Slide 4
  • Slide 5
  • Slide 6
  • Slide 7
  • Slide 8
  • Slide 9
  • Slide 10
  • Slide 11
  • Slide 12
  • Slide 13
  • Slide 14
  • Slide 15
  • Slide 16
  • Slide 17
  • Slide 18
  • Slide 19
  • Slide 20
  • Slide 21
  • Slide 22
  • Slide 23
  • Slide 24
  • Slide 25
  • Slide 26
  • Slide 27
  • Slide 28
  • Slide 29
  • Slide 30
  • Slide 31
  • Slide 32
  • Slide 33
  • Slide 34