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_____________________________________________________________________________
Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Julio Julinho Marcondes de
Moura”
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
CAIQUE AGOSTINHO TOZATO
MATEUS ELIAS MORETTI
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO AUTOMÁTICA PARA AUTOMÓVEIS
GARÇA
2017
2
_____________________________________________________________________________
Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Julio Julinho Marcondes de
Moura”
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
CAIQUE AGOSTINHO TOZATO
MATEUS ELIAS MORETTI
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO AUTOMÁTICA PARA AUTOMÓVEIS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
a Faculdade De Tecnologia “Dr. Júlio Julinho
Marcondes de Moura”, como requisito para
conclusão do curso de Tecnologia em
Mecatrônica Industrial.
Orientador: Prof. Me. Ildeberto de Gênova
Bugatti
GARÇA
2017
3
__________________________________________________________________________________
Faculdade de Tecnologia de Garça “Deputado Julio Julinho Marcondes de
Moura”
CURSO DE TECNOLOGIA EM MECATRÔNICA INDUSTRIAL
CAIQUE AGOSTINHO TOZATO
MATEUS ELIAS MORETTI
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO AUTOMÁTICA PARA AUTOMÓVEIS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
a Faculdade De Tecnologia “Dr. Júlio Julinho
Marcondes de Moura”, como requisito para
conclusão do curso de Tecnologia em
Mecatrônica Industrial, examinado pela
seguinte comissão de professores:
Data da aprovação: ___/___/___
Prof. Me Ildeberto de Genova Bugatti
FATEC Garça
FATEC Garça
FATEC Garça
GARÇA
2017
4
SISTEMA DE ILUMINAÇÃO AUTOMÁTICA PARA AUTOMÓVEIS
Caique Agostinho Tozato 1 [email protected]
Mateus Elias Moretti
Prof. Me. Ildeberto de Genova Bugatti 2
Resumo - O projeto propõe o desenvolvimento de um sistema micro controlado para
controlar de forma eficiente e adequada os faróis de veículos automotivos, com o intuito principal de reduzir o alto índice de ocorrência de acidentes noturnos, motivados pelo uso e controle inadequado do sistema de faróis do veículo, ou pela qualidade de iluminação. No período noturno a visão humana é reduzida em 30%, trazendo como consequências a perca das noções de profundidade e percepção de detalhes. São inúmeras as situações onde os faróis são utilizados e controlados de forma inadequada, motivadas por fatores que influenciam a diminuição do fator segurança, tais como: desatenção e tempo de reação. O projeto proposto foi sintetizado, projetado e construído em várias etapas e de forma modular para gerar um Sistema de Iluminação Automatizado, utilizando técnicas de automação de sistemas com micro controladores. Palavras-chave: Iluminação de Veículos. Controle Automatizado. Segurança.
Abstract - The Project propose the development of a micro controlled system used
to control the automotive headlights in the most efficient and proper way, with the main intent in reduce the high index of night crashes, motivated by the inappropriate use of the vehicle’s headlight system, or due to the quality of the light ing. During the night time the human sight is reduced in 30%, bringing as consequences the loss of the details and depth notion. There are countless situations where the headlights are used and controlled in an inappropriate way, motivated by factors that reduce the safety, such as: inattention and response reaction time. The proposed Project was synthetized, design and built through many phases in a modular way to create an Automated Lighting System, using automation techniques of micro controlled systems. Keywords: Vehicles Lighting. Automated Control. Safety.
1 Alunos do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial FATEC-Garça 2 Docente FATEC-Garça
5
1. INTRODUÇÃO
A evolução tecnológica contínua e rápida proporciona grande
desenvolvimento nos processos de manufatura e geração de novos produtos. Nesse
cenário a automação surge como item fundamental para essas evoluções, já que
contribui na otimização e dinamização dos processos. Segundo Rosário (2005), a
automação busca melhorar a qualidade de processos, diminuição de custos e tempo
de produção, sendo essas suas principais vantagens. Como em vários setores, a
área automotiva acompanha e motiva mudanças que buscam identificar novas
necessidades e atendê-las, visto que o número de automóveis em tráfego segue em
constante aumento, como é possível observar na cidade de Garça-SP a partir do
comparativo dos anos de 2010 até 2016 na Tabela 1:
Tabela 1: Frota de veículos na cidade de Garça-SP
Veículo / Ano 2010 2013 2016
Automóvel 11.518 13.912 15.548
Caminhão 699 752 781
Motocicleta 4.603 5.430 5.867
Caminhonete 1.119 1.469 1.694
Ônibus 106 113 121
Trator de Rodas 2 4 2
Utilitário 46 73 121
Outros 492 609 728
Fonte: IBGE, 2016.
No dia-a-dia quanto maior o nível de segurança, maior será a qualidade de
vida, assim todo equipamento que contribua para aumentar os níveis de segurança
é de extrema importância. Nesse contexto, é dada atenção especial ao sistema de
iluminação devido aos inúmeros problemas que a utilização incorreta do mesmo
pode causar. O uso de forma adequada do sistema de iluminação pode ser fator
crucial na dirigibilidade, proporcionando melhor qualidade de visão quando são
utilizados de forma correta para evitar fatores que motivam acidentes.
O sistema de iluminação e sinalização dos veículos é composto de vários
componentes para exercer suas funções corretamente. No entanto, de acordo o
6
Código de Transito Brasileiro (CTB), apenas algumas das funções possuem regras e
limitações específicas para sua utilização, que são encontradas no Artigo 40:
Luz de Posição – Utilizada normalmente sob chuvas fortes e neblina.
Luz Baixa – Obrigatoriamente utilizada durante a noite.
Luz Alta – Destinado a iluminação a longa distância da via.
Pisca Alerta – Utilizado em orientações de sentido do veículo ou
indicação de emergência.
O projeto contribui de forma relevante ao efetuar a utilização adequada e
eficiente do sistema de iluminação, e propicia diminuição dos elevados índices de
acidentes.
A utilização de novas tecnologias é um fator importante para a meta de
prevenção de acidentes indicado pela Companhia de Engenharia e Tráfego de São
Paulo (CET), visto que as campanhas de conscientização dos motoristas e
pedestres são realizadas de forma constante e, no entanto, não sofrem efeitos
consistentes.
Considerando relatórios de pesquisas realizados em relação a acidentes de
trânsito em São Paulo pelo CET, foi elaborado um gráfico para apresentar os índices
de atropelamentos e acidentes (colisões, choques, entre outros) em relação ao
período noturno, onde é necessária maior atenção aos níveis corretos de
iluminação.
Figura 1 – Gráfico de índices de acidentes e atropelamentos noturnos
Fonte: Companhia de Engenharia de Tráfego, 2016
7
A partir da Figura 1 é possível notar o número de acidentes e atropelamentos
no período noturno (somando noite e madrugada), e chamando a atenção ainda
para o período da madrugada (entre as 00:00 às 06:00 da manhã), onde o número
de pedestres e veículos nas ruas é reduzido e a quantidade de acidentes e
atropelamentos é enorme.
Os acidentes no período noturno mostram números alarmantes em relação
aos demais momentos do dia, motivados por diversos fatores, entre eles: a falta de
iluminação nas vias; a utilização incorreta das luzes do farol do veículo, pelo
excesso de iluminação em pontos que podem ocorrer o ofuscamento da visão de
outros motoristas; não utilização da iluminação correta para determinadas situações,
ocasionando perda de visão. Em entrevista concedida ao Diário do Nordeste, o
presidente da Sociedade de Oftalmologia do Ceará (SOC), Dr. David Lucena, revela:
“Aos limites da visão, também se juntam a falta de iluminação pública e a agressão
dos faróis desregulados e das lâmpadas fortes, já que em condições de pouca
luminosidade, a capacidade de enxergar é reduzida em 30%”.
Dentre os fatores de risco, o cruzamento de veículos com o farol alto aparece
dentre as falhas mais corriqueiras durante o trafego de veículos a noite, onde o
número de acidentes cresce constantemente.
Os acidentes de trânsito são resultados de uma situação de perigo, seja ela
isolada ou coletiva. É possível apresentar três grupos de fatores relacionados a
acidentes, conforme mostra a Investigação Científica desenvolvida pelo CET, são
eles: Fatores Humanos, Fatores da via e os Fatores Veiculares. A atenção com
esses itens é de suma importância para controlar e diminuir o número de acidentes,
pois os três fatores são considerados as principais causas de acidentes.
a) Fatores Humanos
São os fatores relacionados diretamente ao comportamento incorreto do
homem, podendo ser tanto como pedestre quanto como motorista. Desrespeitar as
leis de trânsito, como passagem ao semáforo em sinal vermelho, ultrapassar os
limites de velocidade e fazer manobras arriscadas são as falhas mais corriqueiras
cometidas pelo homem. Momentos de desatenção durante a rotina do dia-a-dia e
inexperiência também são características que contribuem para a ocorrência dos
acidentes.
8
b) Fatores de via ou ambientais
São condições irregulares da via onde está sendo transitado, podendo vir a
ocorrer acidentes devido à: pavimentação projetada de forma incorreta, falta de
sinalização, tais como a falta de faixas de pedestre, semáforos queimados ou
insuficiência de iluminação.
c) Fatores Veiculares
Podem ser apresentados como falhas ou defeitos que afetam a dirigibilidade.
As falhas mecânicas geralmente ocorrem devido à falta de manutenção preventiva
dos veículos, tais como: esquecer de fazer a verificação dos níveis de água e óleo
do motor, calibragem dos pneus, deixando o carro exposto a ocorrência de diversos
problemas. A vistoria com os itens do carro é de grande importância para prevenir os
mais diversos tipos de falhas, auxiliando assim na diminuição de acidentes.
De acordo com Paula e Régio (2008), os fatores humanos tornam-se
praticamente unânimes ao apresentar número de 98,6% em índices de acidentes,
que podem ser muitas vezes fatais. Ou seja, um momento de distração ou imperícia
pode comprometer um risco enorme durante a dirigibilidade, deixando em risco tanto
a própria vida, quanto a de terceiros.
Em pesquisas realizadas por Lamas (2012), a não utilização de novos
equipamentos voltados à segurança é diretamente ligado aos elevados preços de
aquisição e instalação do equipamento, além da conscientização dos motoristas
sobre os benefícios que o produto pode oferecer. A partir do que se refere, Dino
Lameira, presidente da ONG Proteste diz em entrevista ao site VEJA: “Tudo que é
vendido para os motoristas é a necessidade de ter um carro, e os mais baratos
acabam sendo invariavelmente os mais inseguros. O estado nesse caso é apenas o
mecanismo pelo qual se estabelecem padrões mínimos de segurança para um
problema que atinge toda a população. ”
Dentre as informações colhidas, é possível adaptar ao projeto um sistema de
custo reduzido para ser utilizado a qualquer tipo ou classe de veículos, visto que
muitos veículos são desprovidos de tecnologia, auxiliando evitar sua obsolescência.
9
1.1 Objetivo Geral
O projeto tem como meta desenvolver um dispositivo eletrônico para controlar
a comutação dos faróis baixo e alto, afim de proporcionar uma melhor qualidade de
visão com a iluminação correta em diversas situações de trânsito.
1.2 Objetivos Específicos
Através da utilização de sensores de iluminação, é realizado o monitoramento
de luminosidade afim de identificar as condições do ambiente melhorando a
qualidade de visão. Essas condições são identificadas como dia, noite e estrada
durante o período noturno, efetuando o controle do sistema de iluminação do veículo
para que ative automaticamente durante as diversas situações de trânsito.
Visto que em condições de iluminação intensa sobre outro motorista em
sentido contrário é prejudicial a visão, a comutação rápida e automática do farol alto
para baixo é feita a partir da identificação de luminosidade detectada pelo sensor em
veículos durante o cruzamento, garantindo assim melhor dirigibilidade e segurança
para o próprio motorista e terceiros.
O projeto é demonstrado em um protótipo afim de comprovar sua eficácia e
viabilidade para instalação em um veículo.
1.3 Relevância do Projeto
O projeto conta com os grandes avanços da tecnologia ao aumentar a
segurança durante o trafego de veículos, visto que muitos acidentes podem ser
evitados a partir da utilização correta do sistema de iluminação dos veículos,
gerando a qualidade da dirigibilidade com custo reduzido.
Diversos sistemas já encontrados no mercado fazem apenas o gerenciamento
da iluminação a partir somente da identificação de dia e noite, realizando o
acionamento automático do farol.
É possível não só controlar a identificação de dia e noite, como também fazer
o controle para iluminação dentro da cidade, nas estradas, e também a comutação
entre farol alto e baixo, evitando a cegueira de outros motoristas. Essa forma de
controle automática pode ser realizada através de diversos algoritmos de controle.
10
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Revisão Bibliográfica
2.1.1 Automação
A automação surge como principal resposta ao utilizar o baixo custo para a
produção dos melhores produtos, tudo isso devido a sua alta produtividade. Tem
como princípio a utilização de tarefas selecionadas por operadores humanos, sendo
transferidas aos conjuntos tecnológicos, que fazem a leitura e automatizam o
processo.
É a tecnologia que permite a realização de operação de modo sequencial, rápido e preciso, e com pouca (ou nenhuma) intervenção humana. Ao contrário do que muitos pensam, a automação não veio para tirar empregos, mas sim gera-los. (CAPELLI, 2015, p. 10)
Ou seja, novos métodos de trabalho foram e ainda são criadas devido a
automação, onde o trabalho realizado pelo homem passa a ser substituído por
máquinas ou processos que facilitam a produção ou algum sistema, necessitando de
novas qualificações profissionais a ponto de controlar as tarefas destinadas.
2.1.2 Linguagem de programação “C”
Criada no ano de 1972 por Dennis Ritchie, a programação em C surgiu para
substituir o assembly no Sistema Operacional UNIX. É uma das linguagens mais
utilizadas e populares no mundo todo devido sua facilidade de entendimento e da
ampla gama de compiladores existentes em C. Possui a extensão C++ que é a
derivada do C para suportar programações que são orientadas a objetos.
2.1.3 Sensores
Para que o sistema discorra da maneira correta é necessário um conjunto de
informações, onde são adquiridas através dos sensores. Estes que são muito
utilizados em qualquer sistema, conseguem com clareza e precisão, a obtenção de
dados a partir de diversas maneiras. Nos desenvolvimentos de projetos ou sistemas
é extremamente comum a utilização de sensores para auxiliar e efetuar uma lógica
de programação, visto que é possível controlar ou monitorar algo a partir de um
algoritmo.
Sensores são elementos provedores de informações para os sistemas de automação industrial. Eles podem ser utilizados no controle de processos discretos, com a medição de variáveis lógicas ou booleanas, e no controle de processos contínuos, em que
11
normalmente se medem grandezas analógicas (ROSÁRIO, 2005, p.54)
Os sensores são cada vez mais encontrados em diversas situações, como
por exemplo em carros, portas automáticas, elevadores, dentre outros, constituindo
também uma ampla gama de utilização dentro da automação, onde podemos citar a
área industrial, comercial e doméstica.
A partir das grandes áreas de atuação, é possível citar diversos tipos de
sensores que podem ser utilizados para diversas características, como por exemplo:
a) Sensores ópticos;
b) Sensores ultrassónicos;
c) Sensores de pressão e vazão;
d) Sensores capacitivos;
e) Sensores indutivos;
f) Sensor do tipo Hall;
g) Sensores de iluminação;
h) Sensores magnéticos.
Dentre os exemplos citados a cima é possível separar diversas atividades de
sensoriamento envolvendo eles, a partir de logicas programáveis para receber suas
determinadas variáveis.
O projeto desenvolvido será necessário a utilização de sensores LDR, onde
são feitas detecções de luminosidade, afim de controlar e adaptar as luzes do
veículo de acordo com a condição de iluminação do ambiente e da situação
ocorrida.
2.1.3.1 Sensor LDR
Tendo o projeto em questão, a utilização de um conjunto de sensores é
essencial para o seu funcionamento, onde os resultados obtidos só serão possíveis
com as eventuais detecções de luminosidade. Para o funcionamento inicial do
sistema é necessário o sensor LDR (Light Dependent Resistor ou Sensor
Dependente de Luz), onde será utilizado para a detecção de iluminação ou a falta
dela para efetuar a ativação automática das luzes do farol ou mesmo a comutação
rápida entre faróis baixo ou alto. Como o próprio nome já diz, o sensor LDR é um
12
componente eletrônico sensível a luz, onde é totalmente variável de acordo com a
iluminação incidida nele. Seu princípio de funcionamento é baseado na intensidade
de luz sobre ele, visto que quanto maior for a luz que incide sobre sua superfície
menor será a sua resistência e, sua resistência será maior quando menos luz atingir
sua superfície.
Na figura 2 é possível identificar o funcionamento da resistência do sensor
LDR em condições de alta ou baixa luminosidade, a partir da sua curva
característica.
Figura 2 – Curva característica do LDR
Fonte: BRAGA, 2017
Os LDRs são utilizados como sensores ou olhos eletrônicos, isso devido a
identificação de intensidades de luz mais fracas do que o olho humano é capaz de
detectar. (BRAGA, 2017)
Ao receber uma grande quantidade de fótons devido a incidência da luz, é
absorvido os elétrons que melhoram a condutividade, reduzindo assim a resistência.
Tudo isso devido ao semicondutor de alta resistência que é constituído.
São bastante aplicados em fotocélulas ou foto relé, que são utilizados nas
lâmpadas encontradas em todos os postes, que se ligam sozinhos.
2.1.4 Micro controlador
O Micro controlador é um dispositivo que unifica o software e o hardware,
visto que é composto de CPU, memórias e entradas e saídas I/O’s, todos unificados
em um só componente.
Na mecatrônica e em muitas aplicações associadas como a robótica,
internet das coisas (IoT), vestíveis, etc., os micro controladores
ocupam hoje uma posição de destaque consistindo no “cérebro” dos
circuitos, pois eles reúnem as funções de inteligência, memória e
controle num espaço muito pequeno. (BRAGA, 2017)
Possui como fundamento básico, efetuar o controle de circuitos a partir de
dados e informações, feitos a partir de programações, que passamos a ele. A partir
13
de variadas lógicas é possível realizar os mais diversos tipos de algoritmos, a ponto
de utilizar periféricos ou sensores em conjunto para se auxiliar.
Portanto, o micro controlador se passa tudo em formato digital, ou seja, a
partir de diversas informações coletadas por sensores, é necessário transformar a
informação analógica em digital, sendo utilizado um conversor analógico digital
presente nas entradas do componente.
Os sistemas micro controlados estão sempre presentes nas mais diversas e
variadas áreas, as quais é possível citar a automação industrial, comercial, predial,
residencial, área automobilística, telecomunicações, área agrícola, dentre outros.
Tudo isso devido a facilidade de viabilizar produtos com maiores usabilidades,
eficiência, funcionalidades, qualidade e segurança (CORTELETTI, 2006).
3. METODOLOGIA DO PROTÓTIPO
A metodologia é baseada na síntese, projeto, construção e validação através
de uma bateria de testes elaborados no protótipo, para comprovar sua eficiência nas
diversas situações de trânsito, apresentando de forma simples e de fácil
entendimento o projeto desenvolvido. A primeira etapa foi dada pelos estudos de
normas e componentes aptos ao sistema. A partir de estudos do Código de Transito
Brasileiro vigente, foi possível adaptar o sistema em função das normas e
legislações de transito. Em relação aos dispositivos compostos, foi realizada uma
varredura em relação as características dos sensores utilizados e também do micro
controlador, afim de adaptar as melhores configurações ao funcionamento do
sistema.
Tem como objetivo o desenvolvimento de um dispositivo que proporcione
uma maior praticidade e segurança durante a dirigibilidade;
Testar e verificar funções e características propostas no projeto;
Produção de placa de circuito impresso com todos os componentes
necessários para seu funcionamento;
Na figura 3, é apresentado o diagrama elétrico do circuito micro controlado do
sistema.
14
Figura 3 – Esquema elétrico/eletrônico
Fonte: Os autores, 2017.
Efetuar programa em Linguagem C, afim da execução de todas as lógicas e
algoritmos propostos;
Apresentar o protótipo simulando um sistema de iluminação real de um
veículo.
Nas Figuras 4 e 5 é demonstrado o protótipo a partir da simulação de um
sistema de iluminação de faróis de um veículo.
15
Figura 4 – Demonstração da base do protótipo.
Fonte: Os autores, 2017.
Figura 5 – Demonstração da base do protótipo.
Fonte: Os autores, 2017.
16
3.1 Modo de funcionamento
O protótipo funciona a partir da simulação de um sistema de iluminação
frontal de um veículo, gerando um modelo próximo da versão real.
A partir do fluxograma de processos é possível transparecer as etapas do
funcionamento do sistema, observado na Figura 6.
Figura 6 – Fluxograma de processos do sistema
Fonte: Os autores, 2017
a) O sistema funciona inicialmente identificando com o Sensor LDR 1 condições
de dia, noite e estrada no período noturno. A partir da intensidade incidida no
sensor é possível controlar e verificar momentos de maior necessidade da
iluminação do farol (como a noite, ou mesmo em dias de chuva intensa) e
momentos onde não há necessidade de iluminação, identificado como dia. Na
Figura 7 é demonstrado o automóvel em condições de dia, mantendo a luz do
farol desligada.
17
Figura 7 – Condição de Dia/Farol Desligado
Fonte: SOUZA, 2017
Em situações onde o nível de iluminação do ambiente se encontre às
condições à noite, nas cidades, o farol baixo é automaticamente ligado como é
observado na Figura 8. Com a utilização do sensor LDR é efetuado as verificações
de luminosidade, ligando o nível baixo.
Figura 8 – Condição Noite/Farol Ligado
Fonte: SOUZA, 2017
18
b) Em situações de estrada noturna, é verificado menos intensidade de
iluminação sobre o sensor, efetuando assim a troca automática dos faróis,
desligando a luz baixa e ligando a luz alta, proporcionando melhor qualidade
de visão. A condição pode ser demonstrada na Figura 9, apresentando o farol
alto ligado em uma estrada sem iluminação.
Figura 9 – Veículo transitando a noite em estrada com Farol Alto.
Fonte: SOUZA, 2017
c) A troca automática durante cruzamento de veículos é feita a partir da
identificação com o sensor LDR 2 a partir do feixe de luz vindo em direção
contrária de outro veículo. O segundo sensor tem a função de identificar
apenas o alto índice de iluminação incidido durante o cruzamento de veículos,
efetuando assim o controle e diminuição do nível do farol. Como é observado
na figura 10, o farol que se encontra no nível alto é desligado, acionando
instantaneamente o farol baixo, afim de não prejudicar o motorista contrário
com ofuscamento devido à alta iluminação.
19
Figura 10 – Veículo com iluminação reduzida em cruzamento.
Fonte: SOUZA, 2017
3.2 Resultados
O trabalho está em fase de testes, satisfaz os requisitos iniciais do projeto e
todas as etapas propostas para o desenvolvimento. Foram realizados testes a nível
de laboratório para simulação e outra em condições de ambiente real e ambas
exerceram suas funções corretamente.
Em testes realizados podemos apontar as variáveis analógicas apresentadas
ao micro controlador. As variáveis identificam o nível de luminosidade do ambiente
afim de controlar as etapas do sistema a partir da lógica programada. Os níveis
apresentados podem ser observados na Tabela 2.
Tabela 2 – Variáveis de luminosidade
Fonte: Os Autores, 2017
CONDIÇÕES VARIÁVEIS
Dia 20 á 30
Noite 280 á 290
Estrada Noturna 1000 á 1010
Feixe do Farol 40 á 50
20
Os testes foram realizados com a utilização do micro controlador, que possui
um conversor AD (analógico digital) de 10 bits. A partir disso é possível obter 1024
diferentes níveis de tensão que são entregues ao micro controlador por meio dos
sensores (variando de 0 até 1023). Sendo assim é possível efetuar a conversão da
tensão para controlar nas variadas situações de ambiente, nos diversos períodos e
situações do dia. Os números apresentados na Tabela 2 são a demonstração das
conversões de tensão obtidos nos testes.
Com o sistema em funcionamento, é possível demonstrar a automação em
equipamentos do setor automobilísticos, afim de trazer uma maior praticidade no dia
a dia, como também aumentar a segurança e qualidade de vida durante a
dirigibilidade.
3.3 Dificuldades apresentadas
Dificuldades foram encontradas durante a elaboração do programa para
efetuar o controle dos níveis de luz, para assim fazer a comutação correta dos faróis
alto e baixo.
4. CONCLUSÃO
A produção do protótipo tem como objetivo aumentar a segurança e
proporcionar maior comodidade aos motoristas ao automatizar o sistema de
iluminação dos faróis do veículo, a ponto de diminuir riscos de acidentes
ocasionados por fatores humanos. A partir do desenvolvimento do projeto é possível
efetuar o controle de maneira automática das luzes do farol, garantindo melhor
qualidade de visão em momentos de maior necessidade. Com isso, um sistema de
custo reduzido foi produzido para adaptar a qualquer tipo de automóvel, a ponto de
realizar todas suas funções corretamente, aumentando significativamente a
segurança a carros desprovidos de tecnologia.
21
5. REFERÊNCIAS
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Interciência, 2011.
BRAGA, Newton. O básico sobre microcontroladores – parte 1. Disponível em:
<http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/eletronica/52-artigos-diversos/13263-o-
basico-sobre-os-microcontroladores-parte-1-mic139>. Acesso em: 17 out 2017.
BRAGA. Newton. Como funciona o sensor LDR. Disponível em:
<http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/almanaque-tecnologico/201-l/7547-ldr-
alm332>. Acesso em: 17 out 2017.
CAPELLI, Alexandre. Automação Industrial. 3ª ed. São Paulo: Érica, 2013.
CENTRO DE ESTUDOS AVANÇADOS E TREINAMENTO/TRÂNSITO. Colisões e
boletins de ocorrência. Disponível em: <http://ceatt.com.br/artigos/colisoes-e-
boletins-de-ocorrencia/>. Acesso em: 19 jun 2017.
CETINKUNT, Sabri. Mecatrônica. Rio de janeiro: LTC, 2008.
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO (CTB). Artigo 40. Disponível em:
<http://www.ctbdigital.com.br/?p=Comentarios&Registro=48&campo_busca=&artigo=
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COMPANHIA DE ENGENHARIA DE TRAFEGO. Análise da mortalidade ocorrida
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<http://www.cetsp.com.br/media/523410/parcial2016.pdf.> Acesso em: 10 jul 2017.
CONTROLE E INSTRUMENTAÇÃO. Automação Automotiva. Disponível em:
http://www.controleinstrumentacao.com.br/arquivo/ed_176/cv1.html. Acesso em: 24
out 2017.
CORTELETTI, Daniel. Introdução à programação de microcontroladores
Microchip PIC. Disponível em: http://sbrt.ibict.br/dossie-tecnico/downloadsDT/NTE=.
Acesso em: 20 out 2017.
DIÁRIO DO NORDESTE. Visão turva a noite. Disponível em:
<http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/suplementos/viva/visao-turva-a-noite-
1.124910>. Acesso em: 24 out 2017.
22
IBGE. Frota de Veículos. Disponível em:
<https://cidades.ibge.gov.br/painel/frota.php?codmun=350600>. Acesso em: 17 jun
2017.
LAMAS, Júlio. VEJA - Segurança nos carros: o Brasil ainda está na rabeira.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/esporte/seguranca-nos-carros-o-brasil-ainda-
esta-na-rabeira/#>. Acesso em 14 jun 2017.
PAULA, Max Ernani Borges de. Investigação de acidentes de trânsito fatal. 1ª ed.
São Paulo: Companhia de Engenharia de Tráfego, 2008.
RÉGIO, Maurício. 1000 relatórios de investigação de acidente de trânsito fatal.
1ª ed. São Paulo: Companhia de Engenharia de Tráfego, 2012.
ROSÁRIO, J. M. Princípios de Mecatrônica. São Paulo: Prentice Hall, 2005.
SOUZA, Paulo Ricardo Ribeiro Jacob de. Paulo Ricardo Design. Disponível em:
<pauloricardo.jacob1.wixsite.com/designeilustracao>. Acesso em: 05 nov 2017.
VIDA DE SILÍCIO. Sensor de Luz com LDR. Disponível em:
<https://portal.vidadesilicio.com.br/sensor-de-luz-com-ldr/>. Acesso em: 13 jul 2017.