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Curso Montagem Redes

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curso sobre montagem de rede

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Page 1: Curso Montagem Redes

Curso de Montagem e Manutenção de Micros e Redes Índice Objetivo do Curso Conteúdo Programático 1 – Informações Técnicas Sobre Informática 1.1 – História dos Microcomputadores 1.2 – Arquitetura Aberta 1.3 – Funcionamento Interno do Computador 1.3.1 - Hardware 1.3.2 - Software 1.4 – Bit e Byte 1.5 – Dispositivos de Armazenamento de Dados 2 – Energia Estática 3 – Placa Mãe 3.1 – Placa Mãe AT 3.2 – Placa Mãe ATX 4 - Fonte 4.1 – Fonte AT 4.2 – Fonte ATX 5 – Conector do Teclado 6 - Bateria 6.1 – Bateria de Lítio 6.2 – Bateria de Níquel Cádmio 6.3 – Bateria NVRAM 7 – Jumpers e Switches 7.1 - Exemplos 7.2 – Identificando o 1° pino de um Jumper 8 – Memória ROM 8.1 – BIOS 8.2 - POST 8.3 - SETUP 9 – Cabos Flats (Flat Cable) 10 – Microprocessadores 10.1 - Introdução 10.2 - Formatos 10.3 – Principais Microprocessadores 10.3.1 – Co-Processador 10.3.2 – Memória Cache 10.3.3 – Principais Microprocessadores 10.4 - Freqüência 10.5 – Tabela de Especificações de Processadores

10.6 – Identificando os Processadores 11 - Superaquecimento 11.1 – Problemas com a Ventoinha da Fonte 11.2 – Instalando mais uma Ventoinha 11.3 – Super aquecimento 11.4 – Super resfriamento

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12 – Slots de Expansão 12.1 - ISA 12.2 - PCI 12.3 - AGP 12.4 - AMR 12.5 - CNR 12.6 – USB 12.7 – PCI EXPRESS 13 – Memória RAM 13.1 – Tipos de Memórias 13.1.1 – Módulo SIMM – 30 Vias 13.1.2 – Módulo SIMM – 72 Vias 13.1.3 – Módulo DIMM - SDRAM 13.1.4 – Módulo DIMM – DDR 13.1.5 – Módulo RIMM 13.2 – Banco de Memória 14 – Memória Virtual 15 – Memória Cache 16 – Periféricos do Computador 16.1 - Teclado 16.2 - Mouse 16.3 - Joystick 16.4 - Scanner 16.5 - Impressoras 16.6 - Monitores 17 – Energia Elétrica 17.1 - Aterramento 17.2 – Proteções para Computador 18 – Montagem do Computador

18.1 – Ferramentas 18.2 - Gabinete 18.3 – Iniciando a Montagem 18.4 – Gabinete AT 18.5 – Gabinete ATX 18.6 - Parafusos

18.7 – Cabos Flats 18.8 – Conectando os Cabos Flats 18.9 – Identificando os Conectores a Adaptadores Onboard

18.10 – Cabos de Energia 18.11 – Chave Liga e Desliga da Fonte AT

19 – Instalação e Configuração do Processador 19.1 – Configurando o Processador 19.1.1 – Configuração através de Jumper 19.1.2 – Configuração através do Setup 20 – Instalação e Configuração dos Dispositivos IDE 20.1 – Opções de Instalação 20.2 – Procedimento Prático de Instalação 21 – Instalação de Memória RAM

21.1 – Módulos SIMM – 30 e SIMM – 72 Vias 21.2 – Módulos DIMM e RIMM

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22 – Dando Partida no Computador 22.1 – Avisos Sonoros – Bips 22.2 – Avisos em Mensagem 23 – Sistema Operacional 24 – Comandos Básicos do MS-DOS 25 – Particionando e Formatando o HD 26.1 – Particionando o Disco Rígido 26.2 – Criando as Partições 26.3 – Excluindo as Partições 26.4 – Formatando o Disco Rígido 25 – Instalando o Windows 98SE 26 – Setup 27 – Notebooks e Portáteis 27.1 - Introdução 27.2 - Bateria 27.3 - Processadores 27.4 – Memória RAM 27.5 – Discos Rígidos 27.6 – CD x DVD 27.7 – Disco Flexível 27.8 - Mouse 27.9 – Placa de vídeo 27.10 - Monitor 27.11 – Placa de Som 27.12 – Placa de Modem 27.13 – Placa de Rede 27.14 – Impressora 27.15 – Portas de Comunicação 27.16 – Ligação Via Cabo Entre 2 pcs 27.17 – Montando o Cabo Lap-Link 27.18 – Maleta Para Transporte 27.19 - Palmtops 28 – Redes

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OBJETIVO Capacitar o participante a executar a montagem, configurações, instalações e assistência técnica de microcomputadores. PROGRAMA

• Informações técnicas sobre informática; • Identificação de todos os componentes internos do gabinete:

- Placa-mãe (AT e ATX), Chipset e processadores; - Memórias (RAM, ROM, CMOS, CACHE); - Slots de barramento (ISA, PCI, AGP, AMR, CNR); - Drive’s e Fontes;

• Montagem e desmontagem - Cabos flats e cabos de energia; - Ligação entre os periféricos;

• Comandos básicos do DOS; • Particionamento e formatação do HD (FDISK - FORMAT); • Instalação dos sistemas operacionais(Windows 98 SE e Windows XP); • Instalação física e configuração lógica dos periféricos; • Gerenciamento de dispositivos; • Diagnóstico e correção de defeitos; • Conflitos de endereçamento e IRQ; • Atualização tecnológica dos equipamentos (UPGRADE); • Configuração do setup básico e avançado;

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1. INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE INFORMÁTICA 1.1 HISTÓRIA DOS MICROCOMPUTADORES

Nos dias de hoje, quando se ouve falar num processador de 1 GHz até nos dá sono, de tão comuns que eles já se tornaram. Pouca gente já ouviu falar no 8088, que foi o processador usado no PC XT, a quase 20 anos atrás, e muito menos no Intel 4004, o primeiro microprocessador, lançado em 71.

Na época dos nossos bisavós os computadores já existiam, apesar de extremamente rudimentares. Eram os computadores mecânicos, que realizavam cálculos através de um sistema de engrenagens, acionado por uma manivela ou outro sistema mecânico qualquer. Este tipo de sistema, comum na forma de caixas registradoras era bastante utilizado naquela época.

No final do século XIX surgiu o relê, um dispositivo eletromecânico, formado por um magneto móvel, que se desloca unindo dois contatos metálicos. O Relê foi muito usado no sistema telefônico, aliás algumas centrais analógicas ainda utilizam estes dispositivos até hoje. Os relês podem ser considerados uma espécie de antepassados dos transístores. Suas limitações era o fato de serem relativamente caros, grandes demais e ao mesmo tempo muito lentos: um relê demora mais de um milésimo de segundo para fechar um circuito, mais de dez milhões de vezes mais lento que um transístor atual.

Também no final do século XIX, surgiram as primeiras válvulas. As válvulas foram usadas para criar os primeiros computadores eletrônicos, na década de 40.

As válvulas têm seu funcionamento baseado no fluxo de elétrons no vácuo. Tudo começou numa certa tarde quando Thomas Edison, inventor da lâmpada elétrica estava brincando com a sua invenção. Ele percebeu que ao ligar a lâmpada ao polo positivo de uma bateria e uma placa metálica ao polo negativo, era possível medir uma certa corrente fluindo do filamento da lâmpada à chapa metálica, mesmo que os dois estivessem isolados. Havia sido descoberto o efeito termoiônico, o princípio de funcionamento das válvulas.

As válvulas já eram bem mais rápidas que os relês, atingiam frequências de alguns Megahertz, o problema é que aqueciam muito, consumiam muita eletricidade e queimavam-se facilmente. Construir um computador, que usava milhares delas era extremamente complicado, e muito caro.

Apesar de tudo isso, os primeiros computadores começaram a surgir durante a década de 40, naturalmente com propósitos militares. Os principais usos eram a codificação e decodificação de mensagens e cálculos de artilharia.

Sem dúvida, o computador mais famoso daquela época foi o ENIAC (Electronic Numerical Integrator Analyzer and Computer), construído em 1945. O ENIAC era composto por nada menos do que 17,468 válvulas, ocupando um galpão imenso. Porém, apesar do tamanho, o poder de processamento do ENIAC é ridículo para os padrões atuais, suficiente para processar apenas 5.000 adições, 357 multiplicações e 38 divisões por segundo, bem menos até do que uma calculadora de bolso atual, das mais simples.

1.2 Arquitetura Aberta

Tanto o PC original quanto o AT utilizavam uma arquitetura aberta. Isso significa que qualquer fabricante poderia desenvolver micros e periféricos desse padrão. Esse é o fator do sucesso comercial do padrão PC.

A arquitetura aberta estimulou os fabricantes de hardware a desenvolverem não só periféricos para PCs mas micros compatíveis com o PC original. Os micros com arquitetura aberta são marcados por sua modularidade, ou seja, a capacidade do próprio usuário de abrir o

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micro e executar um upgrade, se seja de componentes já existentes seja adicionando-se novos componentes. 1.3 Funcionamento interno do computador

O funcionamento do computador é composto por quatro grupos. O processador(CPU) que é responsável pelo processamento dos dados, a memória que armazena as informações, as portas de entrada que recebem informações e as portas de saída que enviam as informações.

O computador é dividido em duas partes: hardware e software. O hardware é todo elemento físico do computador(teclado, monitor...) e o software é a parte lógica(programas, sistemas operacionais...) . 1.3.1 HARDWARE se divide em três grupos distintos: - Dispositivos de entrada(INPUT - I): enviam informações para dentro do micro. Ex.: mouse, scanner, teclado... - Dispositivos de saída(OUTPUT - O): recebem informações de dentro do micro. Ex.: monitor, impressora.... - Dispositivos de entrada e saída(INPUT/OUTPUT – I/O): enviam e recebem informações do micro. Ex.: Placa de fax-modem, HD, CDROM... 1.3.2 SOFTWARE - Sistemas Operacionais – S.O.: programa responsável por todo gerenciamento e funcionamento da máquina. Ex.: Windows 95, 98, ME, XP, linux, MS-DOS... - Driver: Software de configura de um dispositivo físico. Ex.: scanner, placa de rede... - Aplicativos: Programas que executam determinadas tarefas. Ex.: anti-vírus, office,... 1.4 BIT E BYTE

Os computadores "entendem" impulsos elétricos, positivos ou negativos, que são representados por 1 e 0, respectivamente. A cada impulso elétrico, damos o nome de Bit (BInary digiT). Um conjunto de 8 bits reunidos como uma única unidade forma um Byte.

Para os computadores, representar 256 números binários é suficiente. Por isso, os bytes possuem 8 bits. Basta fazer os cálculos. Como um bit representa 2 valores (1 ou 0) e um byte representa 8 bits, basta fazer 2 (do bit) elevado a 8 (do byte) que é igual a 256.

Os bytes representam todas as letras (maiúsculas e minúsculas), sinais de pontuação, acentos, sinais especiais e até sinais que não podemos ver, mas que servem para comandar o computador e são enviados pelo teclado.

Para que isto aconteça, os computadores utilizam uma tabela que combina números binários com símbolos: a tabela ASCII (American Standard Code for Information Interchange). Nesta tabela, cada byte representa um caractere ou um sinal.

A partir daí, foram criados vários termos para um entendimento melhor sobre a capacidade de armazenamento de dados dos computadores. São eles:

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1 Byte = 8 bits

1 Kilobyte ou Kbyte ou KB = 1024 bytes

1 Megabyte ou Mbyte ou MB = 1024 Kilobytes

1 Gigabyte ou Gbyte ou GB = 1024 Megabytes

1 Terabyte ou Tbyte ou TB = 1024 Gigabytes

É também através dos bytes que se determina o comprimento da palavra de um computador, ou seja, a quantidade de bits que ele utiliza na composição das instruções internas, como por exemplo:

8 bits - palavra de 1 byte

16 bits - palavra de 2 bytes

32 bits - palavra de 4 bytes

Na transmissão de dados entre computadores, geralmente usa-se medições relacionadas a bits e não a bytes. Assim, existem também os seguintes termos:

1 Kilobit ou Kb = 1024 bits

1 Megabit ou Mb = 1024 Kilobits

1 Gigabit ou Gb = 1024 Megabits

Note que quando a medição é feita em bytes, o B da sigla é maiúsculo (como em GB). Quando a medição é feita em bits, o B da sigla fica em minúsculo (como em Gb).

1.5 DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO DE DADOS

Existem dois tipos de unidades de armazenamento de dados: unidades de armazenamento PERMANENTE e TEMPORÁRIO. Ex.: U.A.PERMANENTE: HD, driver de disquete, cd... Ex.: U.A.TEMPORÁRIO: memória RAM, CMOS... 2. ENERGIA ESTÁTICA

A primeira coisa a saber sobre montagem de computadores é sobre a eletricidade estática. A estática surge devido ao atrito, e é facilmente acumulada por nosso corpo, principalmente em ambientes muito secos. Você já deve ter feito ou visto alguém fazer aquela brincadeira de esfregar as mãos no cabelo ou num pedaço de lã e conseguir aplicar um choque sobre um amigo apenas por toca-lo. Os componentes das placas de um computador são bastante sensíveis a cargas elétricas, podendo ser facilmente danificados por um choque como este.

Ao manusear o hardware vale à pena tomar certos cuidados para evitar acidentes. O primeiro é sempre tocar as placas, ou módulos de memórias pelas bordas, evitando tocar nos chips ou contatos metálicos. Assim, mesmo que você esteja carregado eletricamente, dificilmente causaria qualquer dano, já que a fibra de vidro que compõe as placas é um material isolante.

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Outro cuidado é não utilizar blusas ou outras peças de roupa de lã, pois com a movimentação do corpo estas roupas ajudam a acumular uma grande quantidade de eletricidade. Evite também manusear o hardware em locais com carpete, especialmente se estiver descalço. Também é recomendável, antes de tocar os componentes, descarregar a estática tocando em alguma peça de metal que esteja aterrada, que pode ser um janela ou grade de metal que não esteja pintada.

Mais uma solução seria utilizar uma pulseira ant-estática que pode ser adquirida sem muita dificuldade em lojas especializadas em informática. Esta pulseira possui um fio que deve ser ligado a um fio terra, eliminando assim qualquer carga elétrica do corpo. Na falta de algo de metal que esteja aterrado ou uma pulseira ant-estática, você pode descarregar a estática, embora de

maneira não tão eficiente, simplesmente tocando com as duas mãos a fonte, ou outra parte do gabinete que não esteja pintada.

Ao contrário do que pode parecer, não são tão comuns casos de danos a componentes devido à eletricidade estática, também por que não é tão comum conseguirmos acumular grandes cargas em nosso corpo. Alguns especialistas chegam a afirmar que a eletricidade estática não chega a ser um perigo real, geralmente argumentando que ao abrir o gabinete para mexer no hardware, o usuário invariavelmente toca em partes não pintadas do gabinete, o que por si já ajudaria a descarregar a estática. De qualquer maneira vale à pena tomar cuidado, caso contrário você poderá ser "a próxima vítima".

Certa vez eu realizei uma pequena experiência com alguns pentes de memória, que estavam funcionando perfeitamente. Num dia frio e seco estava usando uma blusa grossa de lã, experimentei tocar diretamente nos chips de memória sem cuidado algum. Apesar do micro inicializar aparentemente de maneira normal, passaram a ocorrer vários travamentos no Windows, claramente causados por falhas na memória. Concluindo o teste experimentei esfregar as mãos num novelo de lã e novamente tocar nos chips de memória. O resultado? Bem, espero que descansem em paz... :-)

Não precisa ficar com medo de tocar nos componentes do micro achando que vai danificar alguma coisa com estática, mas também não deixe de tomar cuidados, especialmente

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o de sempre pegar as placas pelas bordas, evitando ao máximo tocar nos chips ou nos contatos metálicos.

3. PLACA – MÃE

Também conhecida como "motherboard" ou "mainboard", a placa-mãe é, basicamente, a responsável pela interconexão de todas as peças que formam o computador. O HD, a memória, o teclado, o mouse, a placa de vídeo, enfim, praticamente todos os dispositivos, precisam ser conectados à placa-mãe para formar o computador. Este artigo mostrará as características desse item tão importante. 3.1 Placa-Mãe AT Indicações - O que são? 1 Chipset: Circuitos auxiliares na placa. Controlam o fluxo de entrada e saída de dados. Para sistemas AMD, as marcas mais comercialisadas são: Via e Ali 2 Socket Super 7: Local de instalação do processador. Possue bus de 100MHz e suporta clock variados, na casa dos 500MHz. 3 Conectores PCI: Varia de 3 a 4 conectores (32 bits) dependendo da placa. 4 Conectores ISA: Varia de 3 a 1 conector (16 bits) dependendo da placa. 5 Conector AGP: Conector (32 bits) para placas de vídeo. Sua taxa de transmissão varia de acordo com o hardware. 6 Conector de Memória DIMM: Banco de memória de 168 vias tipo SDRAM e EDO RAM. 7 Conector de Memória SIMM: Banco de memória de 72 vias tipo FPM e EDO RAM 8 Conectores IDE: Conexão de discos rígidos. 9 Portas de Comunicação: Comunicação externa, seja entre computadores ou mouse. 10 Conectores da Fonte: Pode ser padrão AT ou ATX. 11 Porta Paralela: Conexão para impressora ou outros meios de saída. 12 Floppy Disk: Drive de disquete. 13 BIOS: Gerenciamento do sistema. 14 Memória Cache: Memória de auxílio do processador.

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3.2 Placa-Mãe ATX

As placas-mãe são desenvolvidas de forma que seja possível conectar todos os dispositivos quem compõem o computador. Para isso, elas oferecem conexões para o processador, para a memória RAM, para o HD, para os dispositivos de entrada e saída, entre outros.

A foto a seguir exibe uma placa-mãe. Trata-se de um modelo Soyo SY-KT880 Dragon 2. As letras apontam para os principais itens do produto, que são explicados nos próximos parágrafos. Cada placa-mãe possui características distintas, mas todas devem possibilitar a conexão dos dispositivos que serão citados no decorrer deste texto.

Item A - processador

O item A mostra o local onde o processador deve ser conectado. Também conhecido como socket, esse encaixe não serve para qualquer processador, mas sim para um modelo (ou para modelos) específico. Cada tipo de processador tem características que o diferenciam de outros modelos. Essas diferenças consistem na capacidade de processamento, na quantidade de memória cache, na tecnologia de fabricação usada, no consumo de energia, na quantidade de terminais (as "perninhas") que o processador tem, entre outros. Assim sendo, a placa-mãe deve ser desenvolvida para aceitar determinados processadores. A motherboard vista acima, por exemplo, é compatível com os processadores Duron, Athlon XP e Sempron (todos da fabricante AMD) que utilizam a forma de conexão conhecida por "Socket A". Assim sendo, processadores que utilizam outros sockets, como o Intel Pentium 4 ou o AMD Athlon 64 não se conectam a esta placa.

Por isso, na aquisição de um computador, deve-se escolher primeiro o processador e, em seguida, verificar quais as placas-mãe que são compatíveis. À medida que novos processadores vão sendo lançados, novos sockets vão surgindo.

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É importante frisar que, mesmo quando um processador utiliza um determinado socket, ele pode não ser compatível com a placa-mãe relacionada. Isso porque o chip pode ter uma capacidade de processamento acima da suportada pela motherboard. Por isso, essa questão também deve ser verificada no momento da montagem de um computador.

Item B - Memória RAM

O item B mostra os encaixes existentes para a memória RAM. Esse conector varia conforme o tipo. As placas-mãe mais antigas usavam o tipo de memória popularmente conhecido como SDRAM. No entanto, o padrão mais usado atualmente é o DDR (Double Data Rate), que também recebe a denominação de SDRAM II (termo pouco usado). A placa-mãe da imagem acima possui duas conexões (ou slots) para encaixe de memórias DDR.

As memórias também trabalham em velocidades diferentes, mesmo quando são do mesmo tipo. A placa-mãe mostrada acima aceita memórias DDR que trabalham a 266 MHz, 333 MHz e 400 MHz. Supondo que a motherboard só aceitasse velocidades de até 333 MHz, um pente de memória DDR que funciona a 400 MHz só trabalharia a 333 MHz nessa placa, o máximo suportado.

Em relação à capacidade, as memórias mais antigas ofereciam 4 MB, 8 MB, 16 MB, 32 MB, 64 MB, etc. Hoje, já é possível encontrar memórias que vão de 128 MB a 1 GB de capacidade. Enquanto você lê este texto, pode ser que o limite atual já esteja maior.

Para saber mais sobre memórias, clique aqui. Para conhecer melhor a memória DDR, clique aqui. Item C - Slots de expansão

Para que seja possível conectar placas que adicionam funções ao computador, é necessário fazer uso de slots de expansão. Esses conectores permitem a conexão de vários tipos de dispositivos. Placas de vídeo, placas de som, placas de redes, modems, etc, são conectados nesses encaixes. Os tipos de slots mais conhecidos atualmente são o PCI (Peripheral Component Interconnect) - item C1 -, o AGP (Accelerated Graphics Port) - item C2 -, o CNR (Communications Network Riser) - item C3 - e o PCI Express (PCI-E). As placas-mãe mais antigas apresentavam ainda o slot ISA (Industry Standard Architecture).

A placa-mãe vista acima possui um slot AGP (usado exclusivamente por placas de vídeo), um slot CNR (usado para modems) e cinco slots PCI (usados por placas de rede, placas de som, modems PCI, etc). A tendência atual é que tanto o slot AGP quanto o slot PCI sejam substituídos pelo padrão PCI Express, que oferece mais recursos e possibilidades.

Para conhecer melhor os slots clique aqui. Para saber a respeito do slot PCI Express, clique aqui.

Item D - Plug de alimentação

O item D mostra o local onde deve-se encaixar o cabo da fonte que leva energia elétrica à placa-mãe. Para isso, tanto a placa-mãe como a fonte de alimentação devem ser do mesmo tipo. Existem, atualmente, dois padrões para isso: o ATX e o AT (este último saiu de linha, mas ainda é utilizado). A placa-mãe da foto usa o padrão ATX. É importante frisar que a placa-mãe sozinha consegue alimentar o processador, as memórias e a grande maioria dos dispositivos encaixados nos slots. No entanto, HDs, unidades de CD e DVD, drive de disquete e cooler (um tipo de ventilador acoplado ao processador que serve para manter sua temperatura em limites aceitáveis de uso) devem receber conectores individuais de energia.

Item E - Conectores IDE e drive de disquete

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O item E2 mostra as entradas padrão IDE (Intergrated Drive Electronics) onde devem ser encaixados os cabos que ligam HDs e unidades de CD/DVD à placa-mãe. Esses cabos, chamados de "flat cables", podem ser de 40 vias ou 80 vias (grossamente falando, cada via seria um "fiozinho"), sendo este último mais eficiente. Cada cabo pode suportar até dois HDs ou unidades de CD/DVD, totalizando até quatro dispositivos nas entradas IDE. Note também que E1 aponta para o conector onde deve ser encaixado o cabo que liga o drive de disquete à motherboard.

Existe também, um tipo de HD que não segue o padrão IDE, mas sim o SATA (Serial ATA), como mostra a figura a seguir.

Item F - BIOS e bateria

O item F2 aponta para o chip Flash-ROM e o F1, para a bateria que o alimenta. Esse chip contém um pequeno software chamado BIOS (Basic Input Output System), que é responsável por controlar o uso do hardware do computador e manter as informações relativas à hora e data. Cabe ao BIOS, por exemplo, emitir uma mensagem de erro quando o teclado não está conectado. Na verdade, quando isso ocorre, o BIOS está trabalhando em conjunto com o Post, um software que testa os componentes de hardware após o computador ser ligado.

Através de uma interface denominada Setup, também presente na Flash-ROM, é possível alterar configurações de hardware, como velocidade do processador, detecção de discos rígidos, desativação de portas USB, etc.

Como mostra a imagem abaixo, placas-mãe antigas usavam um chip maior para o BIOS.

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Item G - Conectores de teclado, mouse, USB, impressora e outros

O item G aponta para a parte onde ficam localizadas as entradas para a conexão do mouse (tanto serial, quanto PS/2), teclado, portas USB, porta paralela (usada principalmente por impressoras), além de outros que são disponibilizados conforme o modelo da placa-mãe. Esses itens ficam posicionados de forma que, quando a motherboard for instalada em um gabinete, tais entradas fiquem imediatamente acessíveis pela parte traseira deste. A imagem abaixo mostra um outro modelo de placa-mãe da Soyo, a SY-P4VGM, desenvolvida para o processador Intel Pentium 4, que exibe esses conectores através de outro ângulo:

A disposição de entradas vista acima é semelhante em toda placa-mãe que segue o padrão ATX. No antigo padrão AT, esse posicionamento é de outra forma e alguns conectores são diferentes.

H - Furos de encaixe

Para evitar danos, a placa-mãe deve ser devidamente presa ao gabinete. Isso é feito através de furos (item H) que permitem o encaixe de espaçadores e parafusos. Para isso, é necessário que a placa-mãe seja do mesmo padrão do gabinete. Se este for AT, a placa-mãe deverá também ser AT. Se for ATX (o padrão atual), a motherboard também deverá ser, do contrário o posicionamento dos locais de encaixe serão diferentes para a placa-mãe e para o gabinete.

I - Chipset

O chipset é um chip responsável pelo controle de uma série de itens da placa-mãe, como acesso à memória, barramentos e outros. Principalmente nas placas-mãe atuais, é bastante comum que existam dois chips para esses controles: Ponte Sul (I1) e Ponte Norte (I2):

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Ponte Sul (South Bridge): este geralmente é responsável pelo controle de dispositivos de entrada e saída, como as interfaces IDE ou SATA. Placas-mãe que possuem som onboard (visto adiante), podem incluir o controle desse dispositivo também na Ponte Sul;

Ponte Norte (North Bridge): este chip faz um trabalho "mais pesado" e, por isso, geralmente requer um dissipador de calor para não esquentar muito. Repare que na foto da placa-mãe em que esse chip é apontado, ele, na verdade, está debaixo de uma estrutura metálica. Essa peça é dissipador. Cabe à Ponte Norte as tarefas de controle do FSB (Front Side Bus - velocidade na qual o processador se comunica com a memória e com componentes da placa-mãe), da freqüência de operação da memória, do barramento AGP, etc.

Os chipsets não são desenvolvidos pelas fabricantes das placas-mãe e sim por empresas como VIA Technologies, SiS e Intel (esta é uma exceção, já que fabrica motherboards também). Assim sendo, é comum encontrar um mesmo chipset em modelos concorrentes de placa-mãe.

Placas-mãe onboard

"Onboard" é o termo empregado para distinguir placas-mãe que possuem um ou mais dispositivos de expansão integrados. Por exemplo, há modelos que têm placa de vídeo, placa de som, modem ou placa de rede na própria placa-mãe. A motherboard estudada neste artigo possui placa de som (C-Media CMI9761A 6-channel) e placa de rede (VIA VT6103 10/100 Mbps Ethernet) integradas, ou melhor, onboard. Por esta razão, os conectores desses dispositivos ficam juntos às entradas mostradas no item G, visto anteriormente.

A vantagem de se utilizar modelos onboard é a redução de custo do computador, uma vez que deixa-se de comprar determinados dispositivos porque estes já estão incluídos na placa-mãe. No entanto, é necessário ter cuidado: quanto mais itens onboard uma placa-mãe tiver, mais o desempenho do computador será comprometido. Isso porque o processador acaba tendo que executar as tarefas dos dispositivos integrados. Na maioria dos casos, placas de som e rede onboard não influenciam significantemente no desempenho, mas placas de vídeo e modems sim.

As placas de vídeo, mesmo os modelos mais simples, possuem um chip gráfico que é responsável pela geração de imagens. Este, por sua vez, requer memória para tal, principalmente quando trata imagens em 3D. Uma placa de vídeo onboard, mesmo quando acompanhada de um chip gráfico integrado, acaba "tomando atenção" do processador, além de usar parte da memória RAM.

Se um computador é comprado para uso em uma loja ou em alguma aplicação que não requer muito desempenho, a compra de um computador com placa-mãe onboard pode ser viável. No entanto, quem deseja uma máquina para jogos e aplicações mais pesadas deve pensar seriamente em adquirir uma placa-mãe "offboard", isto é, com nenhum item integrado, ou no máximo, com placa de som ou rede onboard.

Finalizando

Existe uma série de empresas que fabricam placas-mãe. As marcas mais conhecidas são: Asus, Abit, Gigabyte, Soyo, PC Chips, MSI, Intel e ECS. Apesar da maioria dessas fabricantes disponibilizarem bons produtos, é recomendável pesquisar sobre um modelo de seu interesse para conhecer suas vantagens e desvantagens. Para isso, basta digitar o nome do modelo em sites de busca. Geralmente, o resultado mostra fóruns de discussão onde os participantes debatem sobre a placa-mãe em questão. A pesquisa vale a pena, afinal, a placa-mãe é um item de importância extrema ao computador.

4. FONTE DO COMPUTADOR

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Introdução

As fontes de alimentação são as responsáveis por distribuir energia elétrica a todos os componentes do computador. Por isso, uma fonte de qualidade é essencial para manter o bom funcionamento do equipamento. No intuito de facilitar a escolha de uma fonte, este artigo apresentará as principais características desse dispositivo, desde o padrão AT até o padrão ATX.

As fontes de alimentação

Essencialmente, as fontes de alimentação são equipamentos responsáveis por fornecer energia aos dispositivos do computador, convertendo corrente alternada (AC - Alternate Current) - grossamente falando, a energia recebida através de geradores, como uma hidroelétrica) - em corrente contínua (DC - Direct Current ou VDC - Voltage Direct Current), uma tensão apropriada para uso em aparelhos eletrônicos.

Nos computadores, usa-se um tipo de fonte conhecido como "Fonte Chaveada". Trata-se de um padrão que faz uso de capacitores e indutores no processo de conversão de energia. A vantagem disso é que há menos geração de calor, já que um mecanismo da fonte simplesmente desativa o fluxo de energia ao invés de dissipar um possível excesso. Além disso, há menor consumo, pois a fonte consegue utilizar praticamente toda a energia que "entra" no dispositivo. Por se tratar de um equipamento que gera campo eletromagnético (já que é capaz de trabalhar com freqüências altas), as fontes chaveadas devem ser blindadas para evitar interferência em outros aparelhos e no próprio computador.

Tensões fornecidas pelas fontes

Os dispositivos que compõem o computador requerem níveis diferentes de tensão para seu funcionamento. Por isso, as fontes de alimentação fornecem, essencialmente, quatro tipos de tensão (em Volts - V):

5 V - utilizada na alimentação de chips, como processadores, chipsets e módulos de memória;

- 5 V - aplicada em dispositivos periféricos, como mouse e teclado;

12 V - usada em dispositivos que contenham motores, como HDs (cujo motor é responsável por girar os discos) e drives de CD ou DVD (que possui motores para abrir a gaveta e para girar o disco);

- 12 V - utilizada na alimentação de barramentos de comunicação, como o antigo ISA (Industry Standard Architecture).

Os valores descritos acima são usados no padrão de fonte conhecido como AT (Advanced Technology). No entanto, o padrão ATX (Advanced Technology Extended), quando lançado, apresentou mais uma tensão: a de 3,3 V, que passou a ser usada por chips (principalmente pelo processador), reduzindo o consumo de energia.

As fontes ATX também trouxeram um recurso que permite o desligamento do computador por software. Para isso, as fontes desse tipo contam com um sinal TTL (Transistor-Transistor Logic) chamado Power Supply On (PS_ON). A fonte mantém esse sinal em um nível considerado como "desligado" quando as tensões estão sendo geradas, isto é, quando a placa-mãe está ligada e em uso. Se a placa-mãe estiver desligada, o PS_ON fica em nível alto e as tensões não são fornecidas. Esse sinal pode mudar seu nível quando receber ordens de ativação ou desativação dos seguintes recursos:

Soft On/Off - usado para ligar/desligar a fonte por software. É graças a esse recurso que o Windows ou o Linux consegue desligar o computador sem que o usuário tenha que apertar um botão do gabinete;

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Wake-on-LAN - permite ligar ou desligar a fonte por placa de rede;

Wake-on-Modem - possibilitar ligar ou desligar a fonte por modem.

O sinal PS_ON depende da existência de outro: o sinal 5VSB ou Standby. Como o nome indica, esse sinal permite que determinados circuitos sejam alimentados quando as tensões em corrente contínua estão suspensas, mantendo ativa apenas a tensão de 5 V. Em outras palavras, esse recurso é o que permite ao computador entrar em modo de descanso. É por isso que a placa de vídeo ou o HD podem ser desativados e o computador permanecer ligado.

O sinal Power Good

O sinal Power Good é uma proteção para o computador. Sua função é comunicar à máquina que a fonte está apresentando funcionamento correto. Se o sinal Power Good não existir ou for interrompido, geralmente o computador desliga automaticamente. Isso ocorre porque a interrupção do sinal indica que o dispositivo está operando com voltagens alteradas e isso pode danificar permanentemente um componente do computador. O Power Good é capaz de impedir o funcionamento de chips enquanto não houver tensões aceitáveis.

O Power Good é um recurso existente já no padrão AT. No caso do padrão ATX, seu sinal recebe o nome de Power Good OK (PWR_OK) e sua existência indica a disponibilização das tensões de 5 V e de 3,3 V.

Potência das fontes de alimentação

Se um dia você já teve que comprar ou pesquisar o preço de uma fonte de alimentação para seu computador, certamente pode ter ficado em dúvida sobre qual potência escolher. No Brasil, é muito comum encontrar fontes de 300 W (watts), no entanto, dependendo de seu hardware, uma fonte mais potente pode ser necessária. Para saber quando isso é aplicável, deve-se saber quanto consome cada item de seu computador. A tabela abaixo mostra um valor estimado:

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ITEM CONSUMO Processadores topo de linha (como Pentium 4 HT e Athlon 64) 60 W - 110 W Processadores econômicos (como Celeron e Duron) 30 W - 80 W Placa-mãe 20 W - 100 W HDs e drives de CD e DVD 25 W - 35 W Placa de vídeo sem instruções em 3D 15 W - 25 W Placa de vídeo com instruções em 3D 35 W - 110 W Módulos de memória 2W - 10 W Placas de expansão (placa de rede, placa de som, etc) 5 W - 10 W Cooler 5 W - 10 W Teclado e mouse 15 W - 25 W

Obviamente esses valores podem variar, pois não são precisos. Além disso, o consumo de energia de determinados dispositivos pode depender do modelo e do fabricante. O importante é que você analise a quantidade de itens existentes em seu computador e adquira uma fonte que possa atender a essa configuração de maneira estável. Por exemplo, se você tiver uma máquina com processador Athlon 64 FX, com dois HDs, um drive de CD, um drive de DVD, placa de vídeo 3D, mouse óptico, entre outros, uma fonte de 300 W não é recomendável. Basta somar as taxas de consumo desses itens para notar:

Athlon 64 FX 100 W (valor estimado) HD (cada) 25 W + 25 W (valor estimado) Drive de CD 25 W (valor estimado) Drive de DVD 25 W (valor estimado) Placa de vídeo 3D 80 W (valor estimado) Mouse óptico 25 W (valor estimado) Total 305 W *

* sem considerar os demais itens (placa-mãe, pentes de memória, etc).

É importante considerar ainda que dificilmente uma fonte de alimentação fornece a potência máxima indicada. Por isso, é bom utilizar uma fonte que forneça certa "folga" nesse aspecto. Para a configuração citada acima, por exemplo, uma fonte de 500 W seria adequada.

Conectores AT e ATX

Os conectores das fontes AT e ATX são mostrados a seguir. Repare que o único que muda entre um padrão e outro é o conector que alimenta a placa-mãe. No caso do padrão AT, esse conector possui 12 fios. No padrão ATX, esse conector possui 20 vias (ver foto abaixo).

Além disso, o encaixe do conector ATX é diferente, pois seus orifícios possuem formatos distintos para impedir sua conexão de forma invertida. No padrão AT, é comum haver erros, pois o conector é dividido em duas partes e pode-se colocá-los em ordem errada. A seqüência correta é encaixar os conectores deixando os fios pretos voltados ao centro.

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Abaixo segue uma ilustração que mostra os sinais e tensões de cada pino dos conectores para placas-mãe de fontes AT e ATX:

Existe ainda o conector que alimenta drives de CD/DVD, HDs e alguns modelos de coolers:

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Há também o conector que alimenta o drive de disquete:

Por fim, em alguns modelos (projetados principalmente para o processador Pentium 4) existe ainda um conector auxiliar de 6 pinos (com três vias em 0 V, duas em 3,3 V e uma em 5 V) e outro com 4 pinos denominado "conector 12V" (dois em 12 V e dois em 0 V), cujo local de encaixe é visto a seguir:

Esse esquema com 3 conectores para a placa mãe é denominado ATX12V.

Finalizando

Na hora de montar seu computador, é importante dar especial atenção não só ao processador, à placa-mãe e outros itens, mas também à fonte de alimentação. Uma fonte de qualidade tem menor risco de apresentar mal-funcionamento, consegue proteger a máquina em oscilações da rede elétrica e tem um eficiente sistema de dissipação de calor, seja através de cooler maiores ou melhor projetados, seja através da presença de mais de um desse item.

Pelo menos aqui no InfoWester, tem-se entre as marcas mais conceituadas a Akasa, a Cooler Master e a OCZ. No entanto, determinados modelos de marcas consideradas intermediárias, como Dr. Hank e Leadership também apresentam funcionamento satisfatório. Uma dica interessante é consultar listas e fóruns de discussão para encontrar opiniões sobre determinada fonte.

5. CONECTOR DO TECLADO

O teclado é ligado na parte traseira do computador, através da qual é acessada a parte traseira da placa de CPU. Na figura abaixo, vemos a conexão do teclado em uma placa de CPU padrão AT.

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Na figura abaixo, vemos a conexão do teclado em uma placa de CPU padrão ATX. Tome cuidado, pois o conector do teclado e o do mouse são idênticos. Nas placas de CPU modernas existe um código de cores. O conector do teclado é lilás e o do mouse é verde.

6. BATERIA: como trocar e tipos

Toda placa-mãe do PC possui uma bateria. Essa bateria serve para duas coisas: alimentar a memória de configuração (também chamada CMOS) e alimentar o relógio de tempo real do micro (relógio que marca a data e a hora).

Quando o micro começa a apresentar alguma das seguintes mensagens de erro quando você liga o micro, significa que está na hora de trocar a bateria da placa-mãe: CMOS CHECKSUM FAILURE, CMOS BATTERY STATE LOW, CMOS SYSTEM OPTIONS NOT SET e CMOS TIME AND DATE NOT SET. Outra situação que indica que a bateria está fraca é quando você atualiza o relógio do micro, ele funciona bem enquanto o micro está ligado, mas quando você liga o micro no dia seguinte ele está com a hora errada (relógio atrasando).

A bateria da placa-mãe pode ser construída com três tecnologias distintas: Níquel-Cádmio (NiCd), NVRAM (Non-Volatile RAM) e Lítio (Li). O tipo de bateria mais usado há muitos anos é a bateria de Lítio, que é uma bateria redonda (do tamanho de uma moeda) e facilmente encontrada em relojoarias e lojas de peças de computador. Para comprar uma bateria dessas, basta procurar por uma bateria modelo CR2032.

6.1 Bateria de Lítio (CR 2032)

Trocar a bateria de lítio da placa-mãe requer certos cuidados. Aparentemente esta substituição é uma tarefa simples, mas não é.

Existem basicamente três tipos de soquete que a bateria de lítio pode usar: soquete com presilha superior, soquete com presilha lateral e o soquete onde a bateria fica em pé e não deitada.

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Enquanto a substituição da bateria no soquete onde a presilha é lateral ou onde a bateria fica em pé é simples - basta você afastar com os dedos ou com uma chave de fendas pequena a presilha metálica existente e substituir a bateria - a subsituição da bateria onde o soquete possui uma presilha metálica superior cobrindo a bateria requer um cuidado extra. Neste tipo de soquete, se você levantar a presilha metálica para substituir a bateria, ela perderá pressão e a presilha não fará mais contato com a bateria, danificando o soquete. A correta substituição da bateria neste caso é feita pressionando-se com os dedos ou com uma chave de fendas pequena uma pequena trava plástica existente na lateral do soquete. Isso permitirá que a bateria "escorregue" lateralmente, não danificando a presilha superior.

Seja qual for o soquete usado, não se esqueça que a substituição da bateria deverá ser feita com o micro desligado.

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6.2 Bateria de Níquel-Cádmio

Se a bateria da sua placa-mãe não for de lítio, isto é, se você não encontrar uma bateria redonda e chata do tamanho de uma moeda da qual falamos na semana passada, isso significa que a bateria que a sua placa-mãe usa é de níquel-cádmio (NiCd) ou então é uma NVRAM.

A bateria de níquel-cádmio, ao contrário da bateria de lítio e da NVRAM, é uma bateria recarregável, o que em teoria significa que ela nunca precisaria ser substituída. Porém, se sua placa-mãe tem uma bateria desse tipo e o micro está apresentando os defeitos descritos na página anterior (como perda da data e hora), significa que será necessário trocar esta bateria. O problema é que a troca desse tipo de bateria requer um pouco de conhecimento de eletrônica e um pouco de perícia, pois é necessário dessoldar a bateria antiga da placa-mãe e soldar a nova. Por este motivo, recomendamos que você busque auxílio de um técnico em eletrônica para efetuar esta tarefa, caso não saiba manejar um ferro de solda.

O grande problema da bateria de níquel-cádmio é que ela tem uma alta propensão a vazar, o que pode até mesmo corroer a placa-mãe. Caso a bateria da sua placa-mãe tenha vazado, você terá de limpar a área afetada com o auxílio de uma escova de dentes velha embebida em álcool isopropílico. Você deverá observar se o ácido da bateria não corroeu nenhuma das trilhas da placa-mãe. Caso isso tenha ocorrido, as trilhas afetadas terão de ser refeitas com um fio. Se você não souber fazer isso, procure um técnico em eletrônica.

Os fabricantes mais comuns desse circuito são a Dallas, a Houston Tech, a Benchmarq, a Odin e a ST. Normalmente esse circuito está conectado à placa-mãe através de um soquete, facilitando a sua substituição. Para trocar esse circuito, você primeiro deverá comprar um. A Dallas é o único fabricante que ainda vende esse tipo de circuito, e você poderá comprá-lo na Internet, em http://www.maxim-ic.com. Aqui vai o grande macete. A Odin só fabricou um único circuito, o OEC12C887A. Se a sua placa-mãe tiver um circuito desse tipo, compre o Dallas DS12887A que é 100% compatível. O mesmo vale para o circuito M48T86 da ST, que é 100% compatível com o Dallas DS12887A. Quanto à Benchmarq, essa empresa foi comprada pela Texas Instruments e no site da Dallas há uma tabela completa de compatibilidade em http://www.maxim-ic.com/alternatives.cfm/show/TEXAS_INSTRUMENTS. Nessa tabela você

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encontrará qual circuito da Dallas é o equivalente da Benchmarq. Por exemplo, se a sua placa-mãe usa o circuito Benchmarq BQ3287, você poderá substitui-lo diretamente pelo Dallas DS12887, que é 100% compatível. Já os circuitos da Houston Tech usam nomenclatura idêntica da Dallas. Após adquirir o chip, basta substitui-lo com o micro desligado. Você deverá remover cuidadosamente o circuito antigo usando uma chave de fendas pequena ou um extrator de circuitos integrados. Ao colocar o novo circuito, observe a marcação de pino 1, isto é, o lado do circuito que tiver uma bolinha desenhada ou um chanfrado deverá coincidir com o lado do soquete que possui marcação similar.

Existe um macete para "recondicionar" a NVRAM, fazendo que você não precise comprar um circuito desses novo. Veja na página seguinte como isso pode ser feito.

6.3 NVRAM

Há caso em que a NVRAM pode não estar presa à placa-mãe através de um soquete, isto é, ela pode estar soldada diretamente sobre a placa. Neste caso, você terá de dessoldar o circuito velho e soldar o novo circuito. Essa tarefa é recomendada somente a pessoas que realmente tenham experiência na dessoldagem e ressoldagem de componentes eletrônicos.

Agora vamos ver como "recondicionar" a NVRAM. A NVRAM é um circuito contendo, em um único chip, um circuito de memória, um cristal e uma bateria de lítio. Dependendo da marca do circuito usado por sua placa-mãe, você poderá facilmente remover a parte de cima da NVRAM, que é uma "capa" plástica retangular preta, com o auxílio de uma chave de fendas pequena. Removendo essa "capa" você encontrará o cristal e a bateria de lítio. Ora, como a NVRAM também usa uma bateria de lítio, basta você dessoldar a bateria velha e trocá-la por uma bateria nova, observando atentamente a polaridade. Se você não tem habilidade com o ferro de solda, peça auxílio para um amigo que saiba manejar esta ferramenta ou a um técnico em eletrônica.

Se a "capa" plástica não sair com facilidade, você terá de forçá-la, ou seja, arrebentá-la "na marra", com o auxílio de uma lâmina e de uma chave de fendas pequena. O cuidado que você terá de ter é para não arrebentar o cristal. Como o cristal fica na ponta perto do pino 1 da NVRAM e como a bateria de lítio está localizada no meio do circuito, sugerimos que, nessa operação forçada, você só force a região do meio do circuito.

Outra saída é soldar a nova bateria "por fora" do circuito. O pólo positivo da nova bateria (que pode ser uma bateria de lítio CR2032 de 3 V) deve ser conectado ao pino 20 da NVRAM, enquanto o pólo negativo da nova bateria deve ser ligado ao pino 16 da NVRAM. Veja na figura como identificar esses pinos. O pino 1 é o pino onde há uma bolinha branca (ou em baixo relevo) marcada na parte superior da NVRAM.

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Após fazer o "recondicionamento" da NVRAM, você deverá providenciar para que a nova bateria e fios que você eventualmente usou fiquem isolados, sem contato com outros pinos ou componentes da NVRAM ou da placa-mãe.

7. JUMPERS E SWITCHES

Atualmente, as placas mãe oferecem suporte à vários processadores. Numa placa soquete 7 um pouco mais antiga, equipada com o chipset i430FX, i430VX, i430TX, i430HX ou equivalentes de outros fabricantes, por exemplo, podemos usar geralmente desde um Pentium de 75 MHz, até um Pentium 200 ou mesmo um 233 MMX, bastando para isso configurar corretamente jumpers encontrados na placa. Numa placa mãe soquete 7 mais recente, você já poderá usar até um K6-2 550, enquanto uma placa slot 1 mais moderna permitirá o uso de até um Pentium III.

Apesar de toda a sua fama, os jumpers são uma espécie em extinção atualmente, pois em praticamente todas as placas mães atuais toda a configuração é feita através do Setup. Em geral o único jumper encontrado em uma placa mãe moderna será o jumper para limpar o CMOS, útil caso você configure algo errado no Setup e a placa fique travada.

De qualquer forma, quem trabalha com manutenção de micros acabará trabalhando muito mais com aparelhos antigos do que com micros novos, acabando por conviver intensamente com os velhos jumpers. Pois bem, as páginas a seguir tratam justamente da configuração destas pecinhas chatas. Lembre-se que você só usará as informações a seguir em placas antigas.

Como já vimos, os jumpers são pequenas peças plásticas, internamente metalizadas que servem para criar uma corrente elétrica entre dois contatos. Através do posicionamento dos jumpers, informamos à placa mãe como ela deve operar. A configuração dos jumpers é a parte da montagem que exige maior atenção, pois uma configuração errada fará com que o micro não funcione adequadamente, podendo inclusive danificar componentes em casos mais extremos; configurando para o processador uma voltagem muito maior do que o normal, por exemplo.

Para saber a configuração correta de jumpers para a sua máquina, você deve consultar o manual da placa mãe. Note que cada jumper recebe um nome, como JP8, JP13, etc. Estes nomes servem para nos ajudar a localizar os jumpers na placa mãe.

Para saber a configuração correta de jumpers para a sua máquina, você deve consultar o manual da placa mãe. Como exemplo vou usar o manual de uma placa VX-Pro, o que lhe dará uma boa base para configurar qualquer placa mãe com a ajuda do respectivo manual. Escolhi o manual desta placa, pois está entre as soquete 7 antigas mais comuns, as que você terá como companheiras com mais frequência :-)

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Apesar do manual da placa ser bastante resumido (trata-se de uma placa de baixa qualidade), encontramos duas páginas dedicadas a nos ajudar a configurar os jumpers da placa, que podem ser vistas a seguir:

No manual da placa, além de tabelas contendo informações sobre o posicionamento dos jumpers, você irá encontrar um diagrama da placa mãe que indica a localização de cada jumper na placa. Este diagrama não mostra apenas a posição dos jumpers, mas nos ajuda a localizar portas seriais, paralelas, interfaces IDE, assim como os encaixes para o painel do gabinete.

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De posse do esquema dos jumpers e do diagrama da placa, fica fácil localizar a posição dos jumpers na placa mãe. Uma última coisa a ser observada, é a marcação do pino 1, que indica o lado correto.

A posição do pino 1 deve coincidir no esquema dos jumpers e no diagrama da placa, para evitar que invertamos a posição dos jumpers.

-DIP-Switch

Pequenas chaves de duas posições encontradas em algumas placas mãe, modems, etc... Tem a mesma função dos jumpers, permitindo configurar recursos relacionados à placa, como a frequência de operação e multiplicador (no caso de uma placa mãe).

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8. MEMÓRIA ROM

ROM é a sigla para Read Only Memory (memória somente de leitura). Já pelo nome, é possível perceber que esse tipo de memória só permite leitura, ou seja, suas informações são gravadas pelo fabricante uma única vez e após isso não podem ser alteradas ou apagadas, somente acessadas. Em outras palavras, são memórias cujo conteúdo é gravado permanentemente. Existem três tipos básicos de memória ROM: PROM, EPROM e EAROM:

- PROM (Programmable Read Only Memory) - um dos primeiros tipos de memória ROM, o PROM tem sua gravação feita por aparelhos especiais que trabalham através de uma reação física com elementos elétricos. Os dados gravados na memória PROM não podem ser apagados ou alterados;

- EPROM (Electrically Programmable Read Only Memory) - esse é um tipo de memória ROM geralmente usado para armazenar a BIOS do computador. A tecnologia EPROM permite a regravação de seu conteúdo através de equipamentos especiais (geralmente encontráveis em estabelecimentos de assistência técnica);

- EAROM (Electrically Alterable Read Only Memory) - são memórias similares à EPROM. Seu conteúdo pode ser apagado aplicando-se uma voltagem específica aos pinos de programação (daí o nome "electrically alterable - alteração elétrica");

Vale frisar que existem outros dispositivos que armazenam informações que não podem ser alteradas. O CD-ROM, por exemplo.

Um fato importante a ser citado é que, atualmente, usa-se um tipo diferente de memória ROM. Trata-se da FlashROM, um tipo de chip de memória para BIOS de computador que permite que esta seja atualizada através de softwares apropriados. Essa atualização pode ser feita por disquete ou até mesmo pelo sistema operacional. Tudo depende dos recursos que o fabricante da placa-mãe em questão disponibiliza.

9. CABO FLAT

O cabo Flat possui três conectores com espaçamento padronizado. São fabricados com fios finos, unidos, em paralelo, chamados de “vias”, pois são nessas “vias” que transitam os dados. São normalmente utilizados para conectar os leitores/gravadores de CD/DVD e HD na placa-mãe do microcomputador. [attachmentid=1288] Um cabo flat padrão de 40 vias. [attachmentid=1289] Um cabo flat padrão de 80 vias, adequado para interface Ultra DMA. Observe os 80 fios e os conectores: azul, cinza e preto. [attachmentid=1290] Exemplo comparativo de cabos flat de 80 e 40 vias. Observe que o fio de cor vermelha (as vezes de outra cor) serve de guia para ser conectado

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corretamente. Considerações: A qualidade do sinal transportado por um cabo flat de 40 vias é um grande problema para as velocidades mais altas de uma interface IDE/ATA. Eles foram tolerados enquanto essa velocidade era baixa. Com o aumento da velocidade da interface, as limitações do cabo flat não puderam mais ser ignoradas. Junto com os modos de Ultra DMA, padronizados na ATA/ATAPI-4, um novo cabo flat de 80 vias foi desenvolvido para substituir o cabo flat de 40 vias. Esse novo cabo flat tem 80 fios condutores, mas os conectores são os mesmos, de 40 pinos, compatíveis com o modelo anterior de 40 vias. Nenhuma troca foi feita nos conectores IDE/ATA, exceto o seu código de cor. Os 40 fios adicionais não transportam informações; eles apenas separam os demais fios que transportam informações, reduzindo as interferências e outros problemas de sinalização, associados com a transferência de dados em alta velocidade. Dessa forma, esses 40 fios extras estão aterrados e qualquer sinal perdido que poderia passar de um fio adjacente para outro serão absorvidos e aterrados, melhorando a integridade do sinal. Informações técnicas: Características do cabo flat de 80 vias - Utilização: O cabo flat de 80 vias é opcional para os padrões PIO, DMA e Ultra DMA, modos 0, 1 e 2. É obrigatório para o Ultra DMA, modo 3 e acima - Detecção: Uma vez que o cabo flat de 80 vias é obrigatório para o Ultra DMA, modo 3 e acima, o sistema tem que saber se ele está instalado. Isto é feito aterrando o pino #34 do conector que liga na placa-mãe. Os cabos flat de 40 vias não possuem esse pino aterrado. No boot do sistema, é efetuada uma verificação desse pino. - Suporte a CS (Cable Select), MA (Master) e SL (Slave): Todos os cabos flat de 80 vias suportam CS, Master e Slave automaticamente. O pino #28 é utilizado para a função de deteção de CS. - Tamanho: Um cabo flat de 80 vias possui praticamente a mesma largura do cabo flat de 40 vias, graças a utilização de fios mais finos. Os cabos flat possuem 18 polegadas de comprimento, o que corresponde a 45 centimetros. - Código de cores: O cabo flat de 80 vias tem uma função específica para cada conector; o cabo flat de 40 vias não tem: Azul - O conector azul deverá ser ligado na placa-mãe Cinza - O conector cinza, no meio do cabo flat, deverá ser ligado no drive em SLAVE (device 1). Preto - O conector preto, na outra ponta do cabo flat, deverá ser ligado no drive em Master ou CS (device 0). Não é uma boa idéia conectar um único periférico no meio do cabo flat porque o conector da ponta (desconectado) causará problemas de sinalização; ele funcionará como uma “antena”, captando as interferência internas ao gabinete. Em Ultra DMA este tipo de conexão não é apenas “não recomendado”; ela é ilegal !!! Um periférico tem que estar conectado no final do cabo flat e o final do cabo flat é para periféricos em MA ou CS !!! Portanto, não se pode ter um periférico em SLAVE ou CS no meio do cabo flat (conector cinza) sem ter outro como MASTER ou CS no final do cabo flat (conector preto). Recomendações: Os cabos flat de 80 vias possuem uma melhor qualidade na transferência de dados e podem substituir os cabos flat de 40 vias sem qualquer problema. A diferença de preço entre eles é irrisória.

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Cada Controladora IDE poderá utilizar um cabo flat de 80 vias; um cabo flat na IDE 0, para conectar o primeiro HD como Master (device 0) e o segundo HD, se houver, como Slave (device 1) e outro cabo flat na IDE 1, para conectar o leitor/gravador de CD/DVD como Master (device 0) e o segundo leitor/gravador de CD/DVD, se houver, como Slave (device 1). Em microcomputadores com HD Serial ATA (SATA), sem HD IDE, as Controladoras IDE 0 e IDE 1 poderão ser utilizadas para os leitores/gravadores de CD/DVD. Não se deve espetar o cabo flat na placa-mãe se não houver utilização para o mesmo (lembre-se da "antena"). Não se deve utilizar HD e leitor/gravador de CD/DVD no mesmo cabo flat, pois estes afetarão o desempenho do HD bem como a transfrência de dados entre os mesmos ficará seriamente comprometida. A instalação física ou a troca do cabo flat deverá ser realizada por algum técnico com experiência em montagem de microcomputador. 10. MICROPROCESSADORES – CPU 10.1 INTRODUÇÃO

O microprocessador é o principal componente de um computador. Um computador equipado com um processador Pentium, será ser chamado de "Pentium" e um outro com um processador 486 será chamado de "486". Porém, é importante entender que o desempenho de um computador não é determinado apenas pelo processador, e sim pelo trabalho conjunto de todos os componentes: placa mãe, memória RAM, HD, Placa de Vídeo, etc. Caso apenas um desses componentes ofereça uma performance muito baixa, o desempenho do computador ficará seriamente prejudicado. Não adianta colocar um motor de Ferrari num Fusca. Um mero Pentium MMX com bastante memória RAM, um HD Rápido e uma boa placa de vídeo pode facilmente bater em performance um Pentium II com um conjunto fraco.

Vamos agora falar sobre as características dos microprocessadores utilizados nos micros PCs, tanto os produzidos pela Intel quanto por outros fabricantes como a Cyrix e a AMD.

Processadores Risc x Processadores Cisc

Sempre houve uma grande polêmica em torno de qual dessas plataformas é melhor. Talvez você ache inútil estarmos falando sobre isso, mas é interessante compreender a diferença entre estas duas plataformas, para entender vários aspectos dos processadores modernos.

Um processador Cisc (Complex instruction set computer), é capaz de executar várias centenas de instruções complexas, sendo extremamente versátil. Exemplos de processadores CISC, são o 386 e o 486.

No começo da década de 80, a tendência era construir chips com conjuntos de instruções cada vez mais complexos. Mas alguns fabricantes resolveram seguir o caminho oposto, criando o padrão Risc (Reduced instruction set computer). Ao contrário dos complexos Cisc, os processadores Risc são capazes de executar apenas algumas poucas instruções simples. Justamente por isso, os chips baseados nesta arquitetura são mais simples e muito mais baratos. Outra vantagem dos processadores Risc, é que por terem um menor número de circuitos internos, podem trabalhar com clocks mais altos. Um exemplo são os processadores Alpha que em 1997 já operavam a 600 Mhz.

Pode parecer estranho que um chip que é capaz de executar algumas poucas instruções, possa ser considerado, por muitos, mais rápido do que outro que executa centenas

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delas. Seria como comparar um professor de matemática com alguém que sabe apenas as quatro operações. O que acontece, é que um processador Risc é capaz de executar tais instruções muito mais rapidamente. Assim, em conjunto com um software adequado, estes processadores são capazes de desempenhar todas as funções de um processador Cisc, compensando suas limitações com uma velocidade maior de operação.

É indiscutível porém, que em instruções complexas, os processadores Cisc saem-se muito melhor. Por isso, ao invés da vitória de uma das duas tecnologias, atualmente vemos processadores híbridos, que são essencialmente processadores Cisc, porém que possuem internamente núcleos Risc. Assim, a parte Cisc do processador pode cuidar das instruções mais complexas, enquanto que o núcleo Risc pode cuidar das mais simples, nas quais é mais rápido. Parece que o futuro nos reserva uma fusão destas duas tecnologias. Um bom exemplo de processador híbrido é o Pentium Pro. 10.2 FORMATOS - Cartucho: processadores geralmente chamado de In-a-Box pelo fato de virem acompanhados de um cooler de ótima qualidadade que é fixo ao processador. - Pastilha: processador na forma quadrada, encaixados em sockets. A principal vantagem é o baixo custo de produção. Geralmente é necessário a instalação de um cooler. 10.3 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 10.3.1 CO-PROCESSADOR MATEMÁTICO

A função deste processador é auxiliar o processador principal no cálculo de números fracionários, ou de ponto flutuante. Em aplicações que fazem uso intenso deste tipo de cálculo, como programas gráficos e jogos com gráficos poligonais, a presença deste auxiliar é indispensável. Apesar do processador principal também ser capaz de executar tais funções, isto prejudicaria muito o desempenho. Por isso, apartir dos micros 486, o coprocessador passou ser um item obrigatório. O desempenho do coprocessador aritmético é tratado como "fpu" em benchmark comparativos.

Este recurso de criar chips auxiliares do processador principal é um recurso muito usado. Pois é muito mais racional usar chips baratos para executar ações simples que antes congestionavam o processador principal, do que investir em processadores mais velozes. Por exemplo, todos os modems atuais possuem Uart, que é um conjunto de circuitos que permitem

ao modem gerenciar ele mesmo o envio e recebimento de dados, deixando o processador principal livre para executar outras tarefas. Como não poderia deixar de ser, alguns fabricantes "espertos" lançaram versões de modems sem a Uart, que obrigam o processador a fazer todo o trabalho, degradando muito o desempenho geral do sistema. Tais modems são chamados de WinModems e não são uma boa opção de compra.

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10.3.2 MEMÓRIA CACHE

Os processadores, evidentemente, sofreram grandes aperfeiçoamentos ao longo dos anos. No entanto, chegou-se a um ponto em que estes evoluíram de forma tão rápida que o acesso à memória do computador ficou comprometida, pois apesar de também ter sofrido boas mudanças, a memória é mais lenta para ser acessada, fazendo com que o processador não conseguisse trabalhar com toda sua velocidade, devido a sua dependência da velocidade de acesso aos dados da memória. Esse problema ficou notável a partir do ano de 1990, quando os processadores passaram a trabalhar acima de 25 MHz.

Uma solução para este problema seria usar memórias rápidas, como a SRAM, mas estas eram muito caras e inviabilizariam a compra de computadores. Além disso, tais memórias eram complexas e grandes, o que exigiria mais espaço interno no gabinete da máquina. Mesmo assim, a idéia não foi totalmente descartada, pois serviu de base para uma solução eficiente: a memória cache.

A memória cache consiste numa pequena quantidade de memória SRAM, incluída no chip do processador. Quando este precisa ler dados na memória RAM, um circuito especial, chamado de controlador de Cache, transfere os dados mais requisitados da RAM para a memória cache. Assim, no próximo acesso do processador, este consultará a memória cache, que é bem mais rápida, permitindo o processamento de dados de maneira mais eficiente. Enquanto o processador lê os dados na cache, o controlador acessa mais informações na RAM, transferindo-as para a memória cache. De grosso modo, pode-se dizer que a cache fica entre o processador e a memória RAM. Veja a ilustração abaixo:

Com o uso da memória cache, na maior parte do tempo, o processador encontra nela os dados que precisa. Prova disso, é que se a cache de um processador atual for desabilitada, o computador pode ter queda de desempenho de mais de 30%.

Tipos de memória cache

Atualmente, existem 3 tipos de memória cache, que serão mostrados a seguir:

Cache L1 (Leve 1 - Nível 1 ou cache interno): trata-se de um tipo de cache em uso desde o processador 486. É chamado de cache interno porque se localiza dentro do procesador. O cache L1 é tão importante para o processador, que este, mesmo tendo clock inferior, pode ser mais rápido que um processador de clock superior, mas sem cache. O tamanho deste cache pode ir de 16 KB (como o Pentium) a 512 KB (como o Pentium 4). Os processadores 486 tinham cache de 8 KB.

Cache L2 (Level 2 - Nível 2 ou cache externo): o cache L1 não era totalmente perfeito, pois tinha tamanho pequeno e apresentava alguns erros, que obrigavam o processador a buscar os dados na memória RAM. Um solução foi a implantação de uma memória cache fora do processador. Eis a cache L2, que para ser usada, necessita de um controlador, que geralmente é imbutido no chipset da placa-mãe. É este chip que também determina o tamanho máximo do cache L2. O tamanhos mais comuns são os de 256 KB e 512 KB, mas é perfeitamente possível a existência de caches maiores. Um fato importante a ser citado, é que diversos processadores trazem o cache L2 embutido dentro de si, fazendo com que as terminologias Interno e Externo perderem o sentido.

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Cache L3 (Level 3 - Nível 3): trata-se de um tipo incomum, usado pelo processador AMD K6-III. Este possui o cache L2 embutido em si, de forma que o cache L2 existente na placa-mãe pudesse ser usado como uma terceira cache. Daí o nome L3. Tal fato fez do K6-III um processador muito rápido em sua época.

10.3.3 OS PRINCIPAIS MICROPROCESSADORES

Do 8086 ao Pentium

Talvez você ache pouco interessante ler sobre estes processadores obsoletos, mas é interessante conhecer seu funcionamento para entender muitos dos recursos utilizados nos processadores mais modernos. Na pior das hipóteses, você irá aprender um pouco mais sobre a história da Informática :-)

Intel 8086

Lançado em 1978, foi o primeiro processador de 16 bits a ser criado. Acabou sendo um grande fracasso, pois na época não existiam circuitos de apoio que pudessem trabalhar a 16 bits, sendo utilizado apenas em alguns sistemas corporativos. O 8086 podia acessar até 1 MB de memória RAM e permitia o uso de um coprocessador aritmético externo, o 8087 que poderia ser adquirido separadamente.

Intel 8088

O 8086 era idêntico ao 8086, mas apesar de internamente funcionar com palavras binárias de 16 bits, externamente trabalhava com palavras de 8 bits. Isto permite seu uso em conjunto com periféricos como placas de vídeo e discos de 8 bits, que eram muito mais baratos na época, sendo justamente este o motivo da sua popularização. O 8088 foi usado nos micros IBM PC e IBM XT, e também em clones de outros fabricantes, e possuía velocidade de operação de 4,77 Mhz

Intel 286

O i286 trabalhava usando palavras de 16 bits tanto interna quanto externamente. Foi lançado quando já existiam circuitos de apoio 16 bits a preços acessíveis, conseguindo uma espantosa aceitação. O 286 permitia também o uso de um coprocessador aritmético, o 80287 que deveria ser adquirido à parte. O 286 foi utilizado nos micros PC-AT da IBM e em clones de vários concorrentes.

O 286 trouxe um grande avanço sobre o 8086, seus dos modos de operação: o "Modo Real" e o "Modo Protegido". No modo real, o 286 se comporta exatamente como um 8086 (apesar de mais rápido) oferecendo total compatibilidade com os programas já existentes. Já no modo protegido, ele incorpora funções mais avançadas, como a capacidade de acessar até 16 megabytes de memória RAM, multitarefa e memória virtual em disco.

Assim que ligado, o processador opera em modo real, e com uma certa instrução passa para o modo protegido. O problema é que, quando em modo protegido, o 286 deixa de ser compatível com os programas escritos para 8088. E uma vez em modo protegido, não havia uma instrução que o fizesse voltar para o modo real, (somente reiniciando o micro). Assim, apesar de oferecer os recursos do modo protegido, poucos foram os programas capazes de usa-lo. Por este motivo, o computadores equipados com processadores 286 eram geralmente utilizados simplesmente como XT's mais rápidos.

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Intel 386

Lançado pela Intel em 85, o 386 trabalha interna e externamente com palavras de 32 bits, sendo capaz de acessar até 4 gigabytes de memória RAM e ao contrario do 286, ele pode alternar entre o modo real e o modo protegido. Foram então desenvolvidos vários sistemas operacionais como o Windows 3.1, OS/2, Windows 95 e Windows NT que funcionavam usando o modo protegido do 386.

O 386 era muito rápido para as memórias RAM existentes na época. Por isso, muitas vezes ele tinha que ficar "esperando" os dados serem liberados pela memória RAM para poder concluir suas tarefas, perdendo muito em desempenho. Para solucionar esse problema, foram inventadas as memórias cache (SRAM) que são utilizadas em pequena quantidade na grande maioria das placas mãe para micros 386 e superiores. Esta memória cache é um tipo de memória ultra-rápida que armazena os dados da memória RAM mais usados pelo processador, de modo que mesmo uma pequena quantidade dela melhora bastante a velocidade da troca de dados entre o processador e a RAM.

O 386 exige o uso de periféricos de 32 bits, que eram muito caros na época, por isso, a Intel lançou uma versão do 386 de baixo custo, chamada de 386 SX, que internamente trabalhava à 32 bits, porém externamente funcionava à 16 bits, possibilitando a fabricação de placas mãe mais baratas usando basicamente os mesmos componentes das placas de 286. Para não haver confusão, o 386 original passou a ser chamado de 386 DX.

O 386 permite o uso dos coprocessadores aritméticos 80387SX (para o 386 SX) e o 80387DX (para o 386 DX). Outros fabricantes como a AMD também lançaram seus modelos de 386.

486DLC e 486SLC

Lançados pela Cyrix, esses processadores nada mais são do que processadores 386 (respectivamente o DX e o SX) que possuíam um cache interno de 8 KB, usando inclusive placas mãe de 386. Apesar disso, devido ao cache, o seu desempenho era bastante superior aos processadores 386, e como se podia trocar apenas o processador num upgrade, acabou se tornando uma boa opção para Upgrades de baixo custo.

Modo real e modo protegido

Operando em modo real, o processador opera exatamente como um 8086, apenas funcionando a um clock maior. Não somente o 286 e o 386, mas todos os processadores atuais, podem alternar entre o modo real e o modo protegido. No modo real, rodamos o MS-DOS e alguns aplicativos mais antigos, enquanto no modo protegido rodamos o Windows e seus programas.

Com certeza, alguma vez ao tentar rodar um programa antigo, você já se deparou com uma enigmática mensagem de falta de memória, apesar dos manuais do programa dizerem que ele precisa apenas de 500 ou 600 KB de memória e você ter instalados 16, 32, 64 ou mesmo 128 megabytes no seu computador. Estas mensagens surgem por que estes programas rodam com o processador operando em modo real, onde -como o 8086- ele é capaz apenas de reconhecer o primeiro megabyte da memória RAM. Este primeiro megabyte é subdividido em dois blocos, chamados de memória convencional e memória estendida.

A memória convencional corresponde aos primeiros 640 KB da memória e é a área de memória usada pelos programas que operam em modo real. Os 384 KBytes restantes, são chamados de memória superior, e são reservados para uso do Bios. Nesta faixa de memória, são gravadas as ROMs de vários dispositivos, como da placa vídeo e também do próprio Bios.

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Mesmo assim, o programa não deveria rodar, já que ele precisa apenas de 600 Kbytes, e eu possuo 640 Kbytes de memória convencional? A resposta é não, pois apesar de possuirmos 640 bytes de memória convencional, pronta para ser usada por qualquer programa que opere em modo real, nem toda esta memória fica disponível, já que parte dela é usada pelo MS-DOS e drivers de dispositivos de modo real. Mas de qualquer forma e possível liberar mais memória convencional, editando os arquivos de inicialização do DOS ou do Windows 95, conseguindo assim rodar estes programas.

Quando o computador é ligado, o processador está operando em modo real. Quem dá o comando para que ele mude para o modo protegido é o sistema operacional. No caso do Windows, este comando é dado durante o carregamento do sistema.

Em modo protegido, o processador é capaz de reconhecer toda a RAM instalada no sistema, além de incorporar recursos como a multitarefa e a memória virtual em disco, é neste modo que usamos a interface gráfica do Windows e rodamos seus aplicativos.

Intel 486

Ao contrario dos processadores anteriores, fora a maior velocidade de processamento, o 486 não trouxe nenhuma grande inovação. Como o 386, ele trabalha a 32 bits e é capaz de acessar até 4 gigabytes de memória RAM. A diferença ficou por conta do acréscimo de um cache interno (L1) de 8KB e da adoção de um coprocessador aritmético interno. Apesar disso, devido às brutais mudanças na arquitetura, o 486 é cerca de duas vezes mais rápido do que um 386 do mesmo clock.

Como anteriormente, a Intel criou um 486 de baixo custo, chamado de 486 SX, que era idêntico ao original, porém sem o coprocessador aritmético interno, podendo ser acoplado a ele o 80487SX. O 486 original passou então a ser chamado de 486 DX. Foram lançadas versões do 486 à 25 Mhz, 33 Mhz e 40 Mhz, porém criou-se uma barreira, pois não haviam na época circuitos de apoio capazes de trabalhar a mais de 40 Mhz. Para solucionar esse problema, foi criado o recurso de Multiplicação de Clock no qual o processador trabalha internamente à uma velocidade maior do que a da placa mãe. Foram lançados então os 486 DX-2 (que trabalhavam ao dobro da freqüência da placa mãe) e logo depois os 486 DX-4 (que trabalhavam ao triplo da freqüência da placa mãe)

Velocidade do Processador

Velocidade da placa mãe Multiplicador

486DX-2 50 Mhz 25 Mhz 2x 486DX-2 66 Mhz 33 Mhz 2x 486DX-2 80 Mhz 40 Mhz 2x 486DX-4 75 Mhz 25 Mhz 3x 486DX-4 100 Mhz 33 Mhz 3x 486DX-4 120 Mhz 40 Mhz 3x

Com isso, surgiram também as placas mães "up-gradable" que suportavam a troca

direta de um DX 33 por um DX-2 66 por exemplo, simplesmente mudando-se a posição de alguns jumpers localizados na placa.

Mais uma novidade trazida pelo processadores 486, é a necessidade do uso de um ventilador (cooler) sobre o processador para evitar que ele se aqueça demais. O uso do cooler é obrigatório em todos os processadores 486 DX-2 e posteriores.

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Multiplicação de Clock

Este recurso consiste em fazer o processador trabalhar internamente a uma freqüência maior do que a placa mãe e os demais componentes do micro. Assim, apesar do processador trabalhar à sua velocidade nominal, ele comunica-se com os demais componentes na freqüência da placa mãe, que geralmente é de 66 ou 100 Mhz nos processadores mais recentes, sendo geralmente de 40 Mhz nos micros 486.

O uso da multiplicação de clock permite atingir velocidades elevadas, pois é muito mais fácil desenvolver processadores velozes do que placas mãe e circuitos de apoio que funcionem a tal velocidade. Claro que existe um limite, pouco adianta criar um processador super veloz e utilizar um multiplicador muito alto para faze-lo funcionar, se a todo momento o processador tem que ficar esperando para acessar dados na memória RAM ou HD, ou mesmo ficar esperando a placa de vídeo terminar de exibir uma imagem para poder enviar a próxima. Devido a isto, um computador equipado com um processador Pentium de 200 Mhz não é duas vezes mais rápido do que um de 100 Mhz com configuração semelhante, pois em ambos a placa mãe funciona a 66 Mhz. Na prática, o Pentium 200 mal chega a ser 70% mais rápido.

Intel Pentium

Sucessor do 486, o Pentium ainda é um processador de 32 bits. Pode-se pensar, então, que já que ele continua trabalhando com palavras binárias de 32 bits, qual seria a vantagem dele sobre o 486. São basicamente duas:

A primeira, é que ao contrário do 486, o Pentium acessa a memória usando palavras binárias de 64 bits. São acessados dois bits por vez ao invés de apenas um, o que melhora a velocidade de acesso às memórias, ajudando a solucionar o antigo problema da lentidão da memória RAM. Outra novidade é sua arquitetura superescalar. O Pentium funciona internamente com dois processadores de 32 bits distintos, sendo capaz de executar 2 instruções por ciclo de clock, preservando também a compatibilidade com programas escritos para processadores mais antigos.

A segunda é que o Pentium possui um cache L1 de 16 KB embutido e trabalha com velocidades de barramento de 50 à 66 Mhz, o que somado à maior velocidade de acesso à memória RAM, o torna cerca de 2 vezes mais rápido do que um 486 do mesmo clock.

Como no 486, os processadores Pentium possuem um coprocessador aritmético embutido e usam multiplicador de clock:

Velocidade do Processador

Velocidade da Placa Mãe Multiplicador

P-50 Mhz 50 Mhz 1x P-55 Mhz 55 Mhz 1x P-60 Mhz 60 Mhz 1x P-66 Mhz 66 Mhz 1x P-75 Mhz 50 Mhz 1,5 x P-80 Mhz 55 Mhz 1,5 x P-90 Mhz 60 Mhz 1,5 x P-100 Mhz 66 Mhz 1,5 x P-120 Mhz 60 Mhz 2 x P-133 Mhz 66 Mhz 2 x P-150 Mhz 60 Mhz 2,5 x P-166 Mhz 66 Mhz 2,5 x

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P-180 Mhz 60 Mhz 3 x P-200 Mhz 66 Mhz 3 x

Como nos 486, as placas mãe para Pentium mais recentes suportam várias freqüências de barramento e vários multiplicadores distintos, podendo ser configuradas para o uso com todos os processadores da família.

Processadores In-a-Box

"In-a-Box" significa numa tradução livre "numa caixa". Geralmente, um mesmo processador é vendido em duas versões, a In-a-Box e a OEM. Na versão in-a-box o processador vem dentro de uma caixa, acompanhado de holografias, manuais, e de uma garantia maior. A versão OEM é vendida para integradores, e não acompanha nenhuma das quinquilharias da versão in-a-box, tendo também uma garantia bem menor, passando segundo as más línguas, também por um controle de qualidade menos rigoroso. A principal vantagem dos processadores in-a-box, é o fato de virem acompanhados de um cooler de ótima qualidade, que é fixo sobre o processador.

Apesar de um pouco mais caros, vale investir um pouco a mais num processador in-a-box, pois além do ótimo cooler, temos a certeza de não se tratar de um processador remarcado.

AMD "586"

Este processador foi lançado pela AMD pouco depois do lançamento do Pentium pela Intel. Porém, ao contrário do que se pode pensar pelo nome, de Pentium esse processador não tem muita coisa. Ele usa placas de 486 utilizando barramento de 33 Mhz e multiplicador de 4x, totalizando os seus 133 Mhz. Devido à estratégia de Marketing, muitos pensavam se tratar de um "Pentium Overdrive" porém este processador não passa de um 486 um pouco mais rápido. Comparado com um 486 DX-4 100 a diferença de performance é de apenas 33%, servindo apenas como uma alternativa barata de upgrade. A Cyrix também lançou um processador muito parecido, chamado de Cyrix 586.

AMD K5

Pentium Compatível da AMD, oferece um desempenho bastante semelhante ao Pentium da Intel. Perde apenas no desempenho do coprocessador aritmético que é lento se comparado ao da concorrente. O K5 não chegou a se tornar muito popular devido ao seu lançamento atrasado. Quando finalmente saíram as versões de 100 e 133 Mhz do K5, a Intel já havia lançado as versões de 166 e 200 Mhz do Pentium, ficando difícil a concorrência.

Pentium Overdrive

Como fez com os antigos 386 SX, a Intel lançou também um Pentium "Low Cost". Este processador apesar de internamente ter um funcionamento idêntico a um Pentium, utiliza placas mãe para processadores 486, sendo por isso chamando de Overdrive. Foi lançado em duas versões: de 63 Mhz (25 Mhz x 2,5) e 83 Mhz (33 Mhz x 2,5).

Devido à baixa velocidade de barramento e à compatibilidade com os antigos componentes das placas de 486, estes processadores perdem feio em performance se comparados com um Pentium "de verdade": o de 63 Mhz apresenta performance idêntica ao 486 DX4 100 e o de 83 Mhz uma performance pouco superior. Não fizeram muito sucesso devido a serem muito caros considerando-se o ganho em performance, por isso é quase

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impossível encontrar um. Em termos de custo-beneficio o 586 da AMD é muito melhor.

Nos dias de Hoje

Finalmente acabamos a nossa "aula de história" e vamos agora falar sobre os processadores mais modernos. Note que as tecnologias que já discutimos, como a multiplicação de clock, modo real e modo protegido, coprocessador aritmético, Risc, Cisc e cache, entre outras, continuarão sendo utilizadas.

Pentium MMX

Lançado no inicio de 1997, o MMX é muito parecido com o Pentium clássico na arquitetura. Foram porém adicionadas 57 novas instruções ao conjunto x86, que era o mesmo desde o 8086. As novas instruções visam melhorar o desempenho do processador em aplicações multimídia e processamento de imagens. Nestas aplicações, algumas rotinas podem ficar até 400% mais rápidas com o uso das instruções MMX. É necessário porém que o software adotado faça uso de tais instruções, caso contrário não haverá nenhum ganho de performance.

Foi aumentado também o cache primário (L1) do processador, que passou a ser de 32KB o que o torna cerca de 10% mais rápido do que um Pentium clássico, mesmo em operações que não façam uso das instruções MMX.

O Pentium MMX pode ser encontrado em versões de 166, 200 e 233 Mhz. Todas usando barramento de 66 Mhz.

A Intel lançou também modelos de MMX Overdrive, que podem substituir antigos processadores Pentium 120, 100 ou 75 simplesmente substituindo o processador. O problema é que estes processadores são mais caros e difíceis de encontrar, não sendo muito atraentes, em termos de custo-beneficio. Caso a sua placa não ofereça suporte aos processadores MMX vale muito mais à pena troca-la também.

Falando em suporte, muitas pessoas ainda tem muitas dúvidas sobre a instalação do MMX em placas mais antigas. A verdade é que na maioria delas o MMX não pode ser instalado devido ao seu duplo sistema de voltagem. No MMX, os componentes internos do processador, ou "core" funcionam utilizando voltagem de 2.8V, enquanto que os circuitos de I/O que fazem a ligação do processador com o meio externo continuam funcionando a 3.3V como no Pentium Clássico.

Este sistema duplo foi criado para diminuir o calor dissipado pelo processador. Acontece que placas mais antigas estão preparadas para fornecer apenas as voltagens de 3.3V e 3.5V utilizadas pelo Pentium Standart e VRE, sendo unicamente por isso incompatíveis com o MMX. Até podemos instalar um MMX nessas placas, setando a voltagem para 3.3V porém, este procedimento é arriscado, pois estaríamos obrigando o processador a trabalhar com uma voltagem bem superior à original. Isso fará com que o processador aqueça muito mais do que o normal podendo danifica-lo. Você pode tentar minimizar isso melhorando a refrigeração do processador, mas de qualquer forma este não é um procedimento recomendável.

Na verdade qualquer placa que suporta o Pentium comum, poderia suportar também o MMX, pois o que muda são apenas os circuitos reguladores de voltagem, que além dos 3.3, e 3.5V devem suportar a voltagem dual de 2.8 e 3.3V. As instruções MMX são apenas software, e não requerem nenhum tipo de suporte por parte da placa mãe. Justamente por isso, todas as placas mãe para MMX suportam também o Pentium clássico, bastando setar corretamente os jumpers que determinam a voltagem.

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AMD K6

O K6, concorrente da AMD para o Pentium MMX, apresenta vantagens e desvantagens sobre ele. O K6 possui um cache L1 de 64 KB, contra os 32 KB do MMX, porem, é capaz de executar apenas uma instrução MMX por ciclo de clock contra duas do concorrente, perdendo em aplicativos que façam uso destas instruções. O coprocessador aritmético interno também é bem mais lento do que o encontrado nos processadores Pentium, por isso, o K6 perde também em aplicativos que façam muito uso de cálculos de ponto flutuante como a maioria dos jogos por exemplo.

Outro problema do K6 é o aquecimento exagerado apresentado por esse processador, que apesar de não oferecer problemas de operação, dificulta o overclock (overclock é um método para envenenar o processador, que vamos ver com detalhes no 13º capítulo deste livro).

Apesar das limitações, o K6 é mais veloz do que um MMX, de mesmo clock, em muitas aplicações. Usando o Business Winstone 97, famoso programa de benchmark para medir a performance do K6, obtemos os seguintes resultados:

Processador Performance rodando o Windows 95

Performance rodando o Windows NT 4.0

Performance em aplicativos que façam uso das instruções MMX

K6 233 Mhz 54.8 71.0 246.52 K6 200 Mhz 51.9 67.6 214.46 K6 166 Mhz 48.6 63.3 181.58 Pentium 200 Mhz MMX 50.2 64.3 246.57

Podemos notar através do Benchmark que a performance do K6 em ambiente

Windows é levemente superior à do MMX. Em aplicações MMX porém ele perde, sendo um K6 233 mais lento até mesmo do que um 200 MMX. Como dito anteriormente, ele perde também em programas e jogos que façam uso intensivo de cálculos de ponto flutuante, como o Quake 2, por exemplo.

Para aplicações de escritório como o Office, o K6 é uma boa opção, pois nestas aplicações ele é mais rápido do que o MMX, sendo bem mais barato.

A escolha entre estes dois processadores, depende da aplicação à qual o micro se destina. Para jogos ou edição de imagens, o MMX é melhor, enquanto que para aplicações mais corriqueiras, o K6 é superior (e mais barato).

Quanto mais elevada for a velocidade de operação de um processador, maior será a quantidade de calor gerado. Justamente por isso, os fabricantes procuram desenvolver novas tecnologias de fabricação, que permitam produzir chips com transistores cada vez menores, a fim de diminuir o consumo de energia e consequentemente a dissipação de calor. As primeiras versões do K6 utilizavam a técnica de produção de 0.35 mícron, com transistores medindo 0.35 milésimos de milímetro, e utilizavam voltagem interna de 2.9 ou 3.2 volts com voltagem externa de 3.3V. Estas primeiras séries são chamadas de "modelo 6".

Apartir da versão de 233 Mhz, o K6 passou a ser produzido usando uma nova técnica de produção de 0.25 mícron, o que garante uma dissipação de calor bem menor. Estas versões são chamadas de "modelo 7" e operam com voltagem menor, de apenas 2.2V.

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Note que apenas as placas mãe mais modernas oferecem a voltagem de 2.2V exigida pelos modelos mais recentes do K6. Ao comprar uma placa mãe para este processador, não se esqueça deste detalhe.

Todos os K6 de 166 e 200 Mhz são produzidos usando-se a técnica de produção de 0.35 mícron, enquanto que todos os processadores de 266 e 300 Mhz o são pela técnica de 0.25 mícron. O problema são os processadores de 233 Mhz, pois estes foram fabricados com ambas as técnicas. Para reconhecer um ou outro, basta olhar a voltagem que está estampada no processador, os de 0.35 mícron usam voltagem interna de 2.9 ou 3.2 e voltagem externa de 3.3, enquanto que os modelos de 0.25 mícron usam voltagem interna de 2.2V.

AMD K6-2

À exemplo da Intel ao incorporar as instruções MMX às instruções x86 padrão, a AMD incorporou 27 novas instruções aos seus processadores K6-2. Essas instruções são chamadas de 3D-Now! e tem o objetivo de agilizar o processamento de imagens tridimensionais, funcionando em conjunto com uma placa aceleradora 3D. A exemplo das instruções MMX, é necessário que o software adotado faça uso do 3D-Now!.

Além das novas instruções, os novos K6-2 trabalham com velocidade de barramento de 100 Mhz e tem versões apartir de 300 Mhz. Como o K6, ele é compatível com as instruções MMX, mas executa apenas uma instrução por ciclo de clock contra duas dos processadores Intel. Todos os K6-2 são fabricados usando-se a técnica de produção de 0.25 mícron, o que garante uma menor dissipação de calor. Como os K6 modelo 7, o K6-2 utiliza voltagem de 2.2V.

Apesar de funcionar com bus de 100Mhz, o K6-2 também pode ser utilizado em uma placa mãe mais antiga, que suporte apenas bus de 66 Mhz. Neste caso, um K6-2 de 300 Mhz, seria usado com bus de 66Mhz e multiplicador de 4,5x. perdendo um pouco em performance. Também é necessário que a placa mãe suporte a voltagem de 2.2V usada pelo K6-2.

Cyrix 686MX

O 686MX é o concorrente da Cyrix para o MMX da Intel. Como o K6, este processador possui um cache L1 de 64 KB, e funciona usando o soquete 7. A performance em aplicações Windows é muito parecida com um K6 do mesmo clock, porém o coprocessador aritmético é ainda mais lento do que o que equipa o K6, tornando muito fraco o seu desempenho em jogos e aplicativos que façam uso intenso de cálculos de ponto flutuante.

Para aplicações de escritório como o Office, o 6x86 é uma ótima opção devido ao seu baixo preço, mas ele não é muito adequado caso o principal uso do micro seja para programas gráficos ou jogos.

O 686MX usa voltagem dual de 2.9 e 3.3V, sendo 2.9 para o núcleo do processador e 3.3 para os circuitos de I/O. Caso a placa mãe não ofereça esta voltagem específica, podemos setar a voltagem para 2.8 e 3.3V, como no MMX, sem problemas.

O 686MX é encontrado nas versões PR150, PR166, PR200, PR233 e PR266. Note que nos processadores da família MX, o índice PR é diferente do clock do processador. O 686MX PR266 por exemplo, é vendido em versões com clock de 225 Mhz (3x 75Mhz) e 233 (3x 66Mhz). O Índice PR serve apenas como um comparativo, dizendo que apesar do clock, o PR266 tem desempenho 33% superior a um Pentium MMX de 200 Mhz.

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Cyrix MII

O MII nada mais é do que uma continuação da série 686MX, alcançando agora índices PR 300, 333 e 350, já sendo anunciado também o PR400. Como o 686MX, o MII utiliza voltagem dual de 2.9/3.3V, mas que pode ser setada para 2.8/3.3 sem problemas.

Cyrix Media GX

O Media GX é um processador 6x86MX acrescido de circuitos controladores de memória e cache, assim como controladores de vídeo e som, que se destina ao mercado de PC �s de baixo custo e principalmente a notebooks. Quando usado em computadores portáteis o media GX traz a vantagem de consumir pouca eletricidade, proporcionando uma maior autonomia da bateria. Já os micros de mesa equipados com o media GX pecam por oferecerem poucas possibilidades de upgrade.

Por exigir uma placa mãe específica, o media GX se destina somente aos computadores de arquitetura fechada. Justamente por isso, você nunca irá montar um micro usando este processador

Intel Pentium Pro

O Pentium Pro utiliza o soquete 8 e exige uma placa mãe especifica. A principal vantagem deste processador sobre o Pentium comum, é que nele o cache L2 é embutido no processador e utiliza a mesma freqüência que ele, o que garante um desempenho muito maior.

Justamente devido ao cache, o Pentium Pro era muito difícil de produzir, pois a complexidade do cache L2 resultava numa elevada taxa de rejeição. E, como no Pentium Pro o cache L2 está embutido no mesmo invólucro do processador, um defeito no cache L2 condenava todo o processador à lata de lixo. Estes problemas de fabricação contribuíam para tornar o Pentium Pro ainda mais caro.

Mais uma característica marcante do Pentium Pro é sua arquitetura otimizada para rodar aplicativos exclusivamente 32 bits como o Windows NT. Rodando o Windows 95, ou sistemas 16 bits como o DOS ou o Windows 3.x, ele apresenta uma performance pouco superior ou até mesmo inferior, em alguns casos, a um Pentium clássico do mesmo clock, sendo indicado apenas para servidores. Ele executa 3 instruções contra duas do Pentium comum por ciclo de clock mas não é compatível com as instruções MMX. Usando o Business Winstone para medir a sua performance, obtemos os seguintes resultados:

Processador Performance rodando o Windows 95

Performance rodando o Windows NT 4.0

Pentium MMX 200 Mhz 50.2 64.3 Pentium Pro 200 Mhz 52.4 71.2

Para uso doméstico não faria muito sentido o uso de um Pentium Pro, porém num servidor, o cache L2 funcionando na mesma velocidade do processador faz muita diferença, pois o processamento de dados nestas máquinas é muito repetitivo. Tanto que mesmo com o surgimento do Pentium II, onde o cache L2 apesar de ser de 512 KB funciona a apenas metade da velocidade do processador, muitos ainda preferem continuar usando o Pentium Pro, pois além do cache, ele oferece recursos interessantes para uma máquina servidora como a possibilidade de usar até quatro processadores em paralelo (o Pentium II é limitado a dois processadores), além da maior quantidade de memória suportada, recursos que só foram

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superados pelo Pentium II Xeon.

O Pentium Pro foi produzido em versões equipadas com 256, 512 ou 1204 KB de cache L2, e em velocidades de até 200 Mhz.

Pentium II

O Pentium II utiliza um novo tipo de encapsulamento e novo tipo de soquete, chamado de Slot One, o que exige uma placa mãe específica para ele.

Isso não deixa de ser uma política predatória da Intel, pois como o Slot One foi criado e patenteado por ela, os outros fabricantes não podem usar essa tecnologia nos seus processadores.

O Pen tium II apresenta 32 KB de cache L1 e 512 KB de cache L2 que é embutido no cartucho do processador. Ao contrario do L2 tradicional que fica na placa mãe, trabalhando na velocidade desta, o cache L2 do Pentium II trabalha à metade da velocidade do processador, o que melhora e muito o seu desempenho, pois no caso de um Pentium II de 266 Mhz por exemplo, o L2 funciona a 133 Mhz, ou seja, o dobro do barramento padrão de 66 Mhz utilizado pela maioria dos outros processadores. O Pentium II incorpora também as instruções MMX, executando 3 por ciclo de clock, além de várias características encontradas nos processadores Pentium Pro.

Estas características o tornam bastante rápido em ambientes exclusivamente 32 bits, proporcionados pelo Windows NT por exemplo, sem perder em performance rodando aplicativos 16 bits ou híbridos como ocorre no Pentium Pro.

O Pentium II é produzido usando-se duas arquiteturas diferentes. As versões de até 300 Mhz, utilizam a arquitetura Klamath, que consiste numa técnica de fabricação de 0.35 mícron, muito parecida com a utilizada nos processadores Pentium MMX. Nas versões apartir de 333 Mhz, é utilizada a arquitetura Deschutes de 0.25 mícron, que garante uma menor dissipação do calor, ocasionando uma maior durabilidade e confiabilidade do processador. Vale lembrar também que no Pentium II não precisamos nos preocupar em setar corretamente a voltagem do processador, pois isto é feito automaticamente pela placa mãe. Só por curiosidade, os processadores baseados na arquitetura Klamath utilizam 2.8volts, enquanto os baseados na arquitetura Deschutes utilizam 2.0volts.

Uma última consideração a respeito dos processadores Pentium II é sobre a velocidade de barramento utilizada pelo processador. As versões do Pentium II de até 333 Mhz, funcionam usando barramento de 66 Mhz, enquanto que as versões apartir de 350 Mhz utilizam barramento de 100 Mhz, o que acelera a troca de dados entre o processador e as memórias. Vale lembrar que apenas as placas mãe equipadas com chipsets i440BX ou i440GX suportam esta velocidade de barramento.

Celeron

A fim de abocanhar também uma fatia do mercado de PC �s de baixo custo, onde estava perdendo terreno para o K6 e o 6x86MX, a Intel lançou uma versão de baixo custo do Pentium II, batizada de Celeron, do Latin "Celerus" que significa velocidade. O Celeron nada mais é do que um Pentium II desprovido do Cache L2 e do invólucro metálico, e foi produzido produzido em versões de 266 e 300 Mhz.

O Cache L2 é um componente extremamente importante nos processadores atuais, pois apresar da velocidade dos processadores ter aumentado mais de 1000 vezes nas últimas duas décadas, a memória RAM pouco evoluiu em velocidade. Isto aconteceu pois é muito mais

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difícil criar memórias mais rápidas a preços acessíveis, do que processadores rápidos. Pouco adianta um processador veloz, se ao todo instante ele tem que parar o que está fazendo para esperar dados provenientes da memória RAM. É justamente aí que entra o cache secundário, reunindo os dados mais importantes da memória, para que o processador não precise ficar esperando. Retirando o cache L2, a performance do equipamento cai em mais de 30%. Justamente por isso, além de perder feio para o seu irmão mais velho, o Celeron perde até mesmo para processadores mais antigos, como o MMX, o K6 e o 6x86 MX. De fato, um Celeron de 266 Mhz, perde até mesmo para um 233 MMX na maioria das aplicações.

Um ponto a favor do Celeron é seu coprocessador aritmético que, sendo idêntico ao do Pentium II, é muito mais rápido do que o do MMX ou do K6, o que lhe garante um bom desempenho em aplicações gráficas. O Celeron possui também uma outra vantagem da qual podem tirar proveito os usuários mais corajosos: ele pode funcionar sem maiores problemas a 400 ou até mesmo 450 Mhz, em uma placa mãe que suporte Bus de 100 Mhz, neste caso estaríamos fazendo um Overclock no nosso Celeron. Trataremos com detalhes desse assunto no capítulo 13 deste livro.

Celeron A (Mendocino)

Devido ao baixo desempenho, o Celeron não conseguiu uma boa aceitação no mercado. Por isso, a Intel resolveu equipar as novas versões do Celeron com 128 KBytes de cache L2 que, ao contrário do cache encontrado no Pentium II, funciona na mesma velocidade do processador.

Estes 128 KB de cache fazem uma diferença incrível na performance do processador. Enquanto que um Celeron antigo é mais de 30% mais lento do que um Pentium II do mesmo clock, o Celeron Mendocino é menos de 5% mais lento, empatando em algumas aplicações. Isto acontece pois, devido ao Mendocino possuir uma quantidade 4 vezes menor de cache, nele, este funciona ao dobro da velocidade.

Como o Celeron Mendocino possui apenas uma pequena quantidade de cache, a Intel resolveu inclui-lo no próprio núcleo do processador. Aliás, a única diferença visível entre o Celeron antigo e o Celeron Mendocino é justamente o tamanho maior da capa de metal que envolve o núcleo do processador, como pode ser observado na figura:

O Preço do novo Celeron continua sendo atraente. Na época do lançamento, a Intel

estava vendendo a versão de 300 Mhz por US$ 149, muito menos do que um Pentium II da mesma velocidade, e além disso, continua existindo a possibilidade de overclock.

Pentium Xeon

O Xeon usa basicamente a mesma arquitetura do Pentium II, ficando a diferença por conta do cache L2, que no Xeon funciona na mesma velocidade do processador (como

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acontece no Celeron Mendocino e no Pentium Pro) sendo vendido em versões com 512, 1024 e 2048 KB de cache e (até o fechamento deste livro) em velocidades de 400 e 450 Mhz. O Xeon foi especialmente concebido para equipar servidores, pois nestes ambientes o processamento é muito repetitivo, e por isso o cache mais rápido e em maior quantidade faz uma grande diferença, não fazendo porém muito sentido sua compra para uso doméstico, justamente devido ao seu alto preço. Outro recurso importante do Xeon é a possibilidade de se usar até 8 processadores numa placa compatível, o que criaria um sistema multiprocessado de incrível desempenho a um custo relativamente baixo.

Intel Merced

O Merced será a próxima geração de processadores Intel. Desde o 8086 até o Pentium II, todos os processadores até aqui são baseados na mesma arquitetura x86, sendo compatíveis entre sí. O Merced, porém, será o inicio de uma nova arquitetura de processadores, contendo instruções de processamento totalmente diferentes dos processadores x86.

Apesar de nativamente incompatível com qualquer programa antigo, ele incluirá um mecanismo de emulação via hardware que permitirá executar programas antigos neste processador. Segundo a própria Intel, porém, perderá muito da performance executando tais aplicativos.

Pelo menos inicialmente, a idéia da Intel é criar um processador destinado a servidores de alto desempenho, mas não estão descartadas, no entanto, futuras versões para uso doméstico. Está previsto ,apenas para o final do ano 2000, o lançamento dos primeiros processadores Merced, de modo que atualmente ainda se sabe pouco sobre eles. Boatos dizem que suas primeiras versões terão velocidade entre 800 e 1000 Mhz, serão fabricados usando uma técnica de 0.18 mícron e funcionarão com bus de 200 Mhz.

10.5 TABELA DE ESPECIFICAÇÕES DE PROCESSADORES OBSERVAÇÕES GERAIS Versão: Nome comercial do processador. CPU Clock: Freqüência de operação do processador. CPU = Central Process Unit (Unidade Central de Processamento). (Unidade central de Processamento). BUS System: Freqüência de operação do barramento da placa-mãe, na comunicação entre o processador e o chipset. Multiplicador: Fator de multiplicação da freqüência do barramento. Cache L1: Quantidade de memória cache nível 1, total e subdivisão da quantidade reservada para dados e instruções. Faz parte do núcleo do processador, portanto, normalmente, opera na mesma freqüência do processador. Cache L2: "Quantidade de memória cache nível 2 que pode fazer parte do núcleo do processador (on chip) ou estar no encapsulamento do processador (off chip) - porém, quando ""onboard"" está localizada na placa-mãe, portanto sua quantidade depende da capacidade disponível na placa-mãe."

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Freqüência do cache L2: Freqüência de operação da memória cache nível 2. Dependendo da sua localização pode operar em diferentes freqüências de operação. Arquitetura: Nome código da versão do processador. Transistor (Mícron): Medida dos transistores do núcleo do processador, em microns (milésimos de milímetros). Voltagem do Núcleo (V): Voltagem de operação do núcleo do processador, em Volts. (core voltage). Fabricante: INTEL Processador: Pentium Clássico Conector: Socket 7 Encapsulamento: CPGA/SPGA/PPGA Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V)

Pentium 60 60MHz 60MHz 1.0 16K 8K 8K onboard 60MHz P5 0.80 5.00 Pentium 66 66MHz 66MHz 1.0 16K 8K 8K onboard 66MHz P5 0.80 5.00 Pentium 75 75MHz 50MHz 1.5 16K 8K 8K onboard 50MHz P54C 0.60 3.30 Pentium 90 90MHz 60MHz 1.5 16K 8K 8K onboard 60MHz P54C 0.60 3.30 Pentium 100 100MHz 66MHz 1.5 16K 8K 8K onboard 66MHz P54C 0.60 3.30 Pentium 120 120MHz 60MHz 2.0 16K 8K 8K onboard 60MHz P54C 0.35 3.30 Pentium 133 133MHz 66MHz 2.0 16K 8K 8K onboard 66MHz P54C 0.35 3.30 Pentium 150 150MHz 60MHz 2.5 16K 8K 8K onboard 60MHz P54C 0.35 3.30 Pentium 166 166MHz 66MHz 2.5 16K 8K 8K onboard 66MHz P54C 0.35 3.30 Pentium 200 200MHz 66MHz 3.0 16K 8K 8K onboard 66MHz P54C 0.35 3.30 OBS.: "Essa nova geração (Pentium) de processadores substituiu os 486s (100MHz) iniciando pelos de 60 e 66MHz que, na verdade, foram produzidos utilizando a pinagem ""Socket 4"". Esses primeiros processadores eram significativamente mais caros que os 486s." "As versões de 75/90/100/120/133 MHz utilizam pinagem ""Socket 5"" e podem ser usados em placas de CPU Socket 7 sem problemas. As versões de 150/166/200 MHz utilizam pinagem Socket 7 efetivamente." Existem, ainda, versões Overdrive dessa geração, nas velocidade de 120/125/133/150/166MHz, cujas características são similares às dos demais Pentium Clássicos. Os Pentium (P54C) com voltagem do núcleo de 3,30V são denominados STD (standard voltage), mas existem modelos VRE (voltage regulated extended) com voltagem de 3,52V. Quanto ao encapsulamento: CPGA= versões de 60/66/90/100/120/133/150/166 MHz - SPGA= versão de 75MHz - PPGA= versão de 200MHz.

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A partir do Pentium 100MHz houve grande popularização desses processadores. Fabricante: INTEL Processador: Pentium MMX Conector: Socket 7 Encapsulamento: PPGA Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) Pentium MMX 166 166MHz 66MHz 2.5 32K 16K 16K onboard 66MHz P55C 0.35 2.80 Pentium MMX 200 200MHz 66MHz 3.0 32K 16K 16K onboard 66MHz P55C 0.35 2.80 Pentium MMX 233 233MHz 66MHz 3.5 32K 16K 16K onboard 66MHz P55C 0.35 2.80 OBS.: MMX se refere a novas instruções multimídia incluídas nesse processador, as quais só aumentam o desempenho em softwares especialmente desenvolvidos para essas instruções. Como no Pentium Clássico, existem, também, versões Overdrive dessa geração (P55C), nas velocidade de 125/150/166180/200MHz, cujas características são similares às dos demais Pentium MMX. Fabricante: INTEL Processador: Pentium II Conector: Slot 1 Encapsulamento: SECC Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V)

Pentium II 233 233MHz 66MHz 3.5 32K 16K 16K 512K off chip 117MHz Klamath 0.35 2.80 Pentium II 266 266MHz 66MHz 4.0 32K 16K 16K 512K off chip 133MHz Klamath 0.35 2.80 Pentium II 266 266MHz 66MHz 4.0 32K 16K 16K 512K off chip 133MHz Deschutes 0.25 2.00 Pentium II 300 300MHz 66MHz 4.5 32K 16K 16K 512K off chip 150MHz Klamath 0.35 2.80 Pentium II 300 300MHz 66MHz 4.5 32K 16K 16K 512K off chip 150MHz Deschutes 0.25 2.00 Pentium II 333 333MHz 66MHz 5.0 32K 16K 16K 512K off chip 167MHz Deschutes 0.25 2.00 Pentium II 350 350MHz 100MHz 3.5 32K 16K 16K 512K off chip 175MHz Deschutes 0.25 2.00 Pentium II 400 400MHz 100MHz 4.0 32K 16K 16K 512K off chip 200MHz Deschutes 0.25 2.00 Pentium II 450 450MHz 100MHz 4.5 32K 16K 16K 512K off chip 225MHz Deschutes 0.25 2.00 OBS.: Essa nova geração de processadores da Intel, trouxe como novidade o conector (Slot 1) e o encapsulamento (SECC). Na época os demais processadores utilizavam conector socket 7. Derivado do Pentium Pro, no Pentium II o cache L2 está integrado na placa que compõe o encapsulamento do processador e opera na metade da freqüência do processador, tornando-o, na época o mais rápido processador do mercado para computadores desktop. Fabricante: INTEL Processador: Celeron Conector: Slot 1 Encapsulamento: SEPP Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem

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System (Mícron) núcleo(V) Celeron 266 266MHz 66MHz 4.0 32K 16K 16K - - Covington 0.35 2.00 Celeron 300 300MHz 66MHz 4.5 32K 16K 16K - - Covington 0.35 2.00 Celeron 300A 300MHz 66MHz 4.5 32K 16K 16K 128K on chip 300MHz Mendocino 0.25 2.00 Celeron 333 333MHz 66MHz 5.0 32K 16K 16K 128K on chip 333MHz Mendocino 0.25 2.00 Celeron 366 366MHz 66MHz 5.5 32K 16K 16K 128K on chip 366MHz Mendocino 0.25 2.00 Celeron 400 400MHz 66MHz 6.0 32K 16K 16K 128K on chip 400MHz Mendocino 0.25 2.00 Celeron 433 433MHz 66MHz 6.5 32K 16K 16K 128K on chip 433MHz Mendocino 0.25 2.00 OBS.: "Existem duas versões do Celeron 300, slot 1 - sendo que a denominada ""A"" possui arquitetura Mendocino (0,25 mícron) e, principalmente, 128K de cache L2 incorporado ao núcleo do processador. Portanto, a primeira série, Convigton (0,35 mícron), tem péssimo desempenho em função da ausência de cache L2." Fabricante: INTEL Processador: Celeron Conector: Socket 370 (PGA370) Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) Celeron 300 300MHz 66MHz 4.5 32K 16K 16K 128K on chip 300MHz Mendocino 0.25 2.00 Celeron 333 333MHz 66MHz 5.0 32K 16K 16K 128K on chip 333MHz Mendocino 0.25 2.00 Celeron 366 366MHz 66MHz 5.5 32K 16K 16K 128K on chip 366MHz Mendocino 0.25 2.00 Celeron 400 400MHz 66MHz 6.0 32K 16K 16K 128K on chip 400MHz Mendocino 0.25 2.00 Celeron 433 433MHz 66MHz 6.5 32K 16K 16K 128K on chip 433MHz Mendocino 0.25 2.00 Celeron 466 466MHz 66MHz 7.0 32K 16K 16K 128K on chip 466MHz Mendocino 0.25 2.00 Celeron 500 500MHz 66MHz 7.5 32K 16K 16K 128K on chip 500MHz Mendocino 0.25 2.00 Celeron 533 533MHz 66MHz 8.0 32K 16K 16K 128K on chip 533MHz Mendocino 0.25 2.00 OBS.: Além das versões do Celeron 300 e 300A - Slot 1, existe outra versão do celeron 300A, também Mendocino (0,25 mícron), porém, com conector Socket 370 no formato PPGA. Fabricante: INTEL Processador: Celeron Conector: Socket 370 (PGA370) Encapsulamento: FC-PGA Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V)

Celeron 533A 533MHz 66MHz 8.0 32K 16K 16K 128K on chip 533MHz Coppermine 0.18 1.50 Celeron 566 566MHz 66MHz 8.5 32K 16K 16K 128K on chip 566MHz Coppermine 0.18 1.50 Celeron 600 600MHz 66MHz 9.0 32K 16K 16K 128K on chip 600MHz Coppermine 0.18 1.50 Celeron 633 633MHz 66MHz 9.5 32K 16K 16K 128K on chip 633MHz Coppermine 0.18 1.65 Celeron 667 667MHz 66MHz 10.0 32K 16K 16K 128K on chip 667MHz Coppermine 0.18 1.70 Celeron 700 700MHz 66MHz 10.5 32K 16K 16K 128K on chip 700MHz Coppermine 0.18 1.70

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Celeron 733 733MHz 66MHz 11.0 32K 16K 16K 128K on chip 733MHz Coppermine 0.18 1.70 Celeron 766 766MHz 66MHz 11.5 32K 16K 16K 128K on chip 766MHz Coppermine 0.18 1.70 Celeron 800 800MHz 100MHz 8.0 32K 16K 16K 128K on chip 800MHz Coppermine 0.18 1.50 OBS.: "O Celeron 533 existe em duas versões, sendo que a versão ""A"" utiliza arquitetura Coppermine (0,18 mícron e 1,5V) e encapsulamento FC-PGA. " "Nessa versão pode-se considerar o Celeron como um ""Pentium III de baixo custo"". Pois, ele só perde em desempenho para o Pentium III Coppermine por ter metade do cache L2 e por seu BUS system operar em 66MHz, sendo que em relação ao Pentium III Katmai o desempenho se aproxima, pois, embora o Celeron tenha 1/4 da quantidade de cache L2, tem a vantagem de operar o cache L2 na mesma freqüência do processador, sendo que o Katmai opera na metade da freqüência." Como no Pentium III Coppermine, essa versão do Celeron incorpora instruções SSE. Em janeiro de 2001, foi lançado o Celeron 800MHz que como novidade traz o BUS System de 100MHz e voltagem de 1,50V. Fabricante: INTEL Processador: Pentium III Conector: Slot 1 Encapsulamento: SECC2 Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) Pentium III 450 450MHz 100MHz 4.5 32K 16K 16K 512K off chip 225MHz Katmai 0.25 2.00 Pentium III 500 500MHz 100MHz 5.0 32K 16K 16K 512K off chip 250MHz Katmai 0.25 2.00 Pentium III 500E 500MHz 100MHz 5.0 32K 16K 16K 256K on chip 500MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 533B 533MHz 133MHz 4.0 32K 16K 16K 512K off chip 267MHz Katmai 0.25 2.00 Pentium III 533EB 533MHz 133MHz 4.0 32K 16K 16K 256K on chip 533MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 550 550MHz 100MHz 5.5 32K 16K 16K 512K off chip 275MHz Katmai 0.25 2.00 Pentium III 550E 550MHz 100MHz 5.5 32K 16K 16K 256K on chip 550MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 600 600MHz 100MHz 6.0 32K 16K 16K 512K off chip 300MHz Katmai 0.25 2.05 Pentium III 600B 600MHz 133MHz 4.5 32K 16K 16K 512K off chip 300MHz Katmai 0.25 2.05 Pentium III 600E 600MHz 100MHz 6.0 32K 16K 16K 256K on chip 600MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 600EB 600MHz 133MHz 4.5 32K 16K 16K 256K on chip 600MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 650E 650MHz 100MHz 6.5 32K 16K 16K 256K on chip 650MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 667EB 667MHz 133MHz 5.0 32K 16K 16K 256K on chip 667MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 700E 700MHz 100MHz 7.0 32K 16K 16K 256K on chip 700MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 733EB 733MHz 133MHz 5.5 32K 16K 16K 256K on chip 733MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 750E 750MHz 100MHz 7.5 32K 16K 16K 256K on chip 750MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 800E 800MHz 100MHz 8.0 32K 16K 16K 256K on chip 800MHz Coppermine 0.18 1.65

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Pentium III 800EB 800MHz 133MHz 6.0 32K 16K 16K 256K on chip 800MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 850E 850MHz 100MHz 8.5 32K 16K 16K 256K on chip 850MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 866EB 866MHz 133MHz 6.5 32K 16K 16K 256K on chip 866MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 933EB 933MHz 133MHz 7.0 32K 16K 16K 256K on chip 933MHz Coppermine 0.18 1.70 Pentium III 1000EB 1000MHz 133MHz 7.5 32K 16K 16K 256K on chip 1000MHz Coppermine 0.18 1.70 Pentium III 1130EB 1130MHz 133MHz 8.5 32K 16K 16K 256K on chip 1130MHz Coppermine 0.18 1.80 OBS.: 1. O Pentium III Slot 1 existe em duas arquiteturas: Katmai (de 450, 500, 533, 550 e 600MHz) e Coppermine (500 MHz acima). 2. As principais diferenças das versões Katmai e Coppermine são: a) voltagens diferenciadas " b) Transistor (mícron) - Katmai = 0,25; Coppermine = 0,18" c) Cache L2 - Katmai = 512K (fora do núcleo, operando na metade da freqüência) - Coppermine = 256K (no núcleo operando na mesma freqüência). "3. A expressão ""E"" significa = Transistor 0,18 mícron e cache operando na mesma freqüência do processador." "4. A expressão ""B"" significa = BUS System de 133MHz" O Pentium III incorporou novas instruções multimídia SSE. Fabricante: INTEL Processador: Pentium III Conector: Socket 370 (PGA370) Encapsulamento: FC-PGA Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) Pentium III 500E 500MHz 100MHz 5.0 32K 16K 16K 256K on chip 533MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 533EB 533MHz 133MHz 4.0 32K 16K 16K 256K on chip 533MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 550E 550MHz 100MHz 5.5 32K 16K 16K 256K on chip 550MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 600E 600MHz 100MHz 6.0 32K 16K 16K 256K on chip 600MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 600EB 600MHz 133MHz 4.5 32K 16K 16K 256K on chip 600MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 650E 650MHz 100MHz 6.5 32K 16K 16K 256K on chip 650MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 667EB 667MHz 133MHz 5.0 32K 16K 16K 256K on chip 667MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 700E 700MHz 100MHz 7.0 32K 16K 16K 256K on chip 700MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 733EB 733MHz 133MHz 5.5 32K 16K 16K 256K on chip 733MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 750E 750MHz 100MHz 7.5 32K 16K 16K 256K on chip 750MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 800E 800MHz 100MHz 8.0 32K 16K 16K 256K on chip 800MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 800EB 800MHz 133MHz 6.0 32K 16K 16K 256K on chip 800MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 850E 850MHz 100MHz 8.5 32K 16K 16K 256K on chip 850MHz Coppermine 0.18 1.65

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Pentium III 866EB 866MHz 133MHz 6.5 32K 16K 16K 256K on chip 866MHz Coppermine 0.18 1.65 Pentium III 933EB 933MHz 133MHz 7.0 32K 16K 16K 256K on chip 933MHz Coppermine 0.18 1.70 Pentium III 1000EB 1000MHz 133MHz 7.5 32K 16K 16K 256K on chip 1000MHz Coppermine 0.18 1.70 Pentium III 1130EB 1130MHz 133MHz 8.5 32K 16K 16K 256K on chip 1130MHz Coppermine 0.18 1.80 OBS.: "Versão denominada ""E"" possui BUS de 100MHz e ""EB"" BUS de 133MHz." Esta versão do Pentium III (Coppermine) difere da mesma versão com Slot 1, evidentemente, pelo encaixe e encapsulamento, porém tem as mesmas características. Fabricante: INTEL Processador: Pentium 4 Conector: Socket 423 Encapsulamento: PGA423 Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) Pentium4 1400 1400MHz 100MHz (X4) 14.0 20K 12K 8K 256K on chip 1400MHz Willamette 0.18 1.70 Pentium4 1500 1500MHz 100MHz (X4) 15.0 20K 12K 8K 256K on chip 1500MHz Willamette 0.18 1.70 OBS.: O Pentium 4 é uma nova geração de processadores Intel. Possui um novo conector de 423 pinos (Socket 423) e seu BUS System opera a 400MHz (4x100). Inclusão de novas instruções multimídia, denominadas SSE2. Fabricante: AMD Processador: K5 Conector: Socket 7 Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) K5 - PR 75 75MHz 50MHz 1.5 24K - - onboard 50MHz 5k86 0.50 3.30 K5 - PR 90 90MHz 60MHz 1.5 24K - - onboard 60MHz 5k86 0.50 3.30 K5 - PR 100 100MHz 66MHz 1.5 24K - - onboard 66MHz 5k86 0.50 3.30 K5 - PR 120 90MHz 60MHz 1.5 24K - - onboard 60MHz K5 0.35 3.30 K5 - PR 133 100MHz 66MHz 1.5 24K - - onboard 66MHz K5 0.35 3.30 K5 - PR 166 116MHz 66MHz 1.75 24K - - onboard 66MHz K5 0.35 3.52 OBS.: A nomenclatura PR (performance rate) informa o desempenho do processador comparado com um Pentium Clássico. Embora seu CPU Clock seja menor. As versões PR75/90/100/120/133 são efetivamente Socket 5, porém podem ser usadas em Placas de CPU Socket 7 sem problemas. Pode-se notar que a versão PR 120 tem o mesmo Clock da PR 90 e, também, a PR 133 tem o mesmo Clock que a PR 100, porém, é evidente que os processadores PR 120 e PR

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133 são mais avançados por possuírem arquiteturas diferentes. Sua FPU (Floating-Point Unit) é pior que a do Pentium Clássico, porém é melhor que a do Cyrix 6x86. Exceto a versão PR 166 que tem multiplicador 1,75 vezes, todas as demais tem multiplicador 1,5 vezes. Fabricante: AMD Processador: K6 Conector: Socket 7 Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) K6 166 166MHz 66MHz 2.5 64K 32K 32K onboard 66MHz K6 0.35 2.90 K6 200 200MHz 66MHz 3.0 64K 32K 32K onboard 66MHz K6 0.35 2.90 K6 233 233MHz 66MHz 3.5 64K 32K 32K onboard 66MHz K6 0.25 3.20 K6 266 266MHz 66MHz 4.0 64K 32K 32K onboard 66MHz K6 0.25 2.20 K6 300 300MHz 66MHz 4.5 64K 32K 32K onboard 66MHz K6 0.25 2.20 Essa nova geração de processadores abandonou a denominação PR (performance rate), foram incluídas instruções MMX e é derivada do NX686 da empresa NexGen (adquirida pela AMD em 1996). Fabricante: AMD Processador: K6-2 Conector: Socket Super 7 Encapsulamento: CPGA Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) K6-2 266 AFR 266MHz 66MHz 4.0 64K 32K 32K onboard 66MHz K6-2 0.25 2.20 K6-2 300 AFR 300MHz 100MHz 3.0 64K 32K 32K onboard 100MHz K6-2 0.25 2.20 K6-2 333 AFR 333MHz 95MHz 3.5 64K 32K 32K onboard 95MHz K6-2 0.25 2.20 K6-2 350 AFR 350MHz 100MHz 3.5 64K 32K 32K onboard 100MHz K6-2 0.25 2.20 K6-2 380 AFR 380MHz 95MHz 4.0 64K 32K 32K onboard 95MHz K6-2 0.25 2.20 K6-2 400 AFQ 400MHz 100MHz 4.0 64K 32K 32K onboard 100MHz K6-2 0.25 2.20 K6-2 400 AFR 400MHz 100MHz 4.0 64K 32K 32K onboard 100MHz K6-2 0.25 2.20 K6-2 450 AHX 450MHz 100MHz 4.5 64K 32K 32K onboard 100MHz K6-2 0.25 2.40 K6-2 450 AFX 450MHz 100MHz 4.5 64K 32K 32K onboard 100MHz K6-2 0.25 2.20 K6-2 475 AHX 475MHz 95MHz 5.0 64K 32K 32K onboard 95MHz K6-2 0.25 2.40 K6-2 475 AFX 475MHz 95MHz 5.0 64K 32K 32K onboard 95MHz K6-2 0.25 2.20 K6-2 500 AFX 500MHz 100MHz 5.0 64K 32K 32K onboard 100MHz K6-2 0.25 2.20 K6-2 533 AFX 533MHz 97MHz 5.5 64K 32K 32K onboard 97MHz K6-2 0.25 2.20 K6-2 550 AGR 550MHz 100MHz 5.5 64K 32K 32K onboard 100MHz K6-2 0.25 2.30 OBS.: Os K6-2 se diferem dos demais processadores da geração Pentium por necessitar de placa-mãe que opere a 100MHz, portanto, as placas Socket Super 7 tem o mesmo conector das Socket 7, sendo a única diferença o BUS System de 100MHz.

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Esse processador passou a incorporar novas instruções, denominadas 3DNow!. Como as instruções MMX, as 3DNow! só afetam o desempenho quando o software for especificamente projetado para elas. As siglas ao final das versões dos processadores significam: AFR = Voltagem do núcleo de 2,20V e temperatura máxima do gabinete de 70ºC AFQ = Voltagem do núcleo de 2,20V e temperatura máxima do gabinete de 60ºC AHX = Voltagem do núcleo de 2,40V e temperatura máxima do gabinete de 65ºC AFX = Voltagem do núcleo de 2,20V e temperatura máxima do gabinete de 65ºC AGR = Voltagem do núcleo de 2,30V e temperatura máxima do gabinete de 70ºC Fabricante: AMD Processador: K6-III Conector: Socket Super 7 Encapsulamento: CPGA Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V)

K6-III 400 AHX 400MHz 100MHz 4.0 64K 32K 32K 256K on chip 100MHz K6-III 0.25 2.40 K6-III 400 AFR 400MHz 100MHz 4.0 64K 32K 32K 256K on chip 100MHz K6-III 0.25 2.20 K6-III 450 AFX 450MHz 100MHz 4.5 64K 32K 32K 256K on chip 100MHz K6-III 0.25 2.40 K6-III 450 AHX 450MHz 100MHz 4.5 64K 32K 32K 256K on chip 100MHz K6-III 0.25 2.20 OBS.: O característica especial ao K6-III é o cache L2 com 256K integrado ao processador, podendo, portanto, o cache L2 da placa-mãe, ser utilizado como cache L3 (na quantidade disponível), além da inclusão de novas instruções 3DNow!. As siglas ao final das versões dos processadores significam: AHX = Voltagem do núcleo de 2,40V e temperatura máxima no encapsulamento do processador de 65ºC AFR = Voltagem do núcleo de 2,20V e temperatura máxima no encapsulamento do processador de 70ºC AFX = Voltagem do núcleo de 2,20V e temperatura máxima no encapsulamento do processador de 65ºC Fabricante: AMD Processador: Athlon Conector: Slot A Encapsulamento: CM Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) Athlon 500 A 500MHz 100MHz (X2) 5.0 128K 64K 64K 512K off chip 250MHz K75 0.18 1.60 Athlon 500 C 500MHz 100MHz (X2) 5.0 128K 64K 64K 512K off chip 250MHz K7 0.25 1.60 Athlon 550 A 550MHz 100MHz (X2) 5.5 128K 64K 64K 512K off chip 275MHz K75 0.18 1.60 Athlon 550 C 550MHz 100MHz (X2) 5.5 128K 64K 64K 512K off chip 275MHz K7 0.25 1.60

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Athlon 600 A 600MHz 100MHz (X2) 6.0 128K 64K 64K 512K off chip 300MHz K75 0.18 1.60 Athlon 600 C 600MHz 100MHz (X2) 6.0 128K 64K 64K 512K off chip 300MHz K7 0.25 1.60 Athlon 650 A 650MHz 100MHz (X2) 6.5 128K 64K 64K 512K off chip 325MHz K75 0.18 1.60 Athlon 650 C 650MHz 100MHz (X2) 6.5 128K 64K 64K 512K off chip 325MHz K7 0.25 1.60 Athlon 700 A 700MHz 100MHz (X2) 7.0 128K 64K 64K 512K off chip 350MHz K75 0.18 1.60 Athlon 700 C 700MHz 100MHz (X2) 7.0 128K 64K 64K 512K off chip 350MHz K7 0.25 1.60 Athlon 750 A 750MHz 100MHz (X2) 7.5 128K 64K 64K 512K off chip 300MHz K75 0.18 1.60 Athlon 800 A 800MHz 100MHz (X2) 8.0 128K 64K 64K 512K off chip 320MHz K75 0.18 1.70 Athlon 850 A 850MHz 100MHz (X2) 8.5 128K 64K 64K 512K off chip 340MHz K75 0.18 1.70 Athlon 900 A 900MHz 100MHz (X2) 9.0 128K 64K 64K 512K off chip 300MHz K75 0.18 1.80 Athlon 950 A 950MHz 100MHz (X2) 9.5 128K 64K 64K 512K off chip 317MHz K75 0.18 1.80 Athlon 1000 A 1000MHz 100MHz (X2) 10.0 128K 64K 64K 512K off chip 333MHz K75 0.18 1.80 OBS.: No Athlon o cache L2 está integrado na placa que compõe o encapsulamento do processador e opera a 1/2, 2/5 ou 1/3 da freqüência do processador. Até o modelo de 700MHz existem duas versões, a A (0,18 mícron) e a C (0,25 mícron). A partir do modelo de 750MHz passou a ser produzida SOMENTE a versão de 0,18 mícron. Inclusão de novas instrução 3DNow!. Fabricante: AMD Processador: Athlon Thunderbird Conector: Slot A Encapsulamento: CM Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) Athlon Tbird 650 650MHz 100MHz (X2) 6.5 128K 64K 64K 256K on chip 650MHz Thunderbird 0.18 1.70 Athlon Tbird 700 700MHz 100MHz (X2) 7.0 128K 64K 64K 256K on chip 700MHz Thunderbird 0.18 1.70 Athlon Tbird 750 750MHz 100MHz (X2) 7.5 128K 64K 64K 256K on chip 750MHz Thunderbird 0.18 1.70 Athlon Tbird 800 800MHz 100MHz (X2) 8.0 128K 64K 64K 256K on chip 800MHz Thunderbird 0.18 1.70 Athlon Tbird 850 850MHz 100MHz (X2) 8.5 128K 64K 64K 256K on chip 850MHz Thunderbird 0.18 1.70 Athlon Tbird 900 900MHz 100MHz (X2) 9.0 128K 64K 64K 256K on chip 900MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 950 950MHz 100MHz (X2) 9.5 128K 64K 64K 256K on chip 950MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 1000 1000MHz 100MHz (X2) 10.0 128K 64K 64K 256K on chip 1000MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 1000 1000MHz 133MHz (X2) 7.5 128K 64K 64K 256K on chip 1000MHz Thunderbird 0.18 1.75 OBS.: O Tbird é a nova versão de processadores Athlon, sendo que suas principais características são o cache L2 incorporado ao núcleo (on chip) com 256K e uso de BUS System de 200 ou 266MHz, rodando a 100MHz*2 ou 133MHz*2, a partir da versão 1G. Nas versões de 900/950/1000MHz existem modelos com voltagem de 1,70V. Fabricante: AMD Processador: Athlon Thunderbird Conector: Socket A

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Encapsulamento: PGA Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) Athlon Tbird 650 650MHz 100MHz (X2) 6.5 128K 64K 64K 256K on chip 650MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 700 700MHz 100MHz (X2) 7.0 128K 64K 64K 256K on chip 700MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 750 750MHz 100MHz (X2) 7.5 128K 64K 64K 256K on chip 750MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 800 800MHz 100MHz (X2) 8.0 128K 64K 64K 256K on chip 800MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 850 850MHz 100MHz (X2) 8.5 128K 64K 64K 256K on chip 850MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 900 900MHz 100MHz (X2) 9.0 128K 64K 64K 256K on chip 900MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 950 950MHz 100MHz (X2) 9.5 128K 64K 64K 256K on chip 950MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 1000 1000MHz 100MHz (X2) 10.0 128K 64K 64K 256K on chip 1000MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 1000 1000MHz 133MHz (X2) 7.5 128K 64K 64K 256K on chip 1000MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 1100 1100MHz 100MHz (X2) 11.0 128K 64K 64K 256K on chip 1100MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 1133 1133MHz 133MHz (X2) 8.5 128K 64K 64K 256K on chip 1133MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 1200 1200MHz 100MHz (X2) 12.0 128K 64K 64K 256K on chip 1200MHz Thunderbird 0.18 1.75 Athlon Tbird 1200 1200MHz 133MHz (X2) 9.0 128K 64K 64K 256K on chip 1200MHz Thunderbird 0.18 1.75 OBS.: O Tbird é a nova versão de processadores Athlon, sendo que suas principais características são o cache L2 incorporado ao núcleo (on chip) com 256K e uso de BUS System de 200 ou 266MHz, rodando a 100MHz*2 ou 133MHz*2, a partir da versão 1G. Nas versões de 650 até 850MHz existem modelos com voltagem de 1,70V. Fabricante: AMD Processador: Duron Spitfire Conector: Socket A Encapsulamento: PGA Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) Duron 600 600MHz 100MHz (X2) 6.0 128K 64K 64K 64K on chip 600MHz Spitfire 0.18 1.60 Duron 650 650MHz 100MHz (X2) 6.5 128K 64K 64K 64K on chip 650MHz Spitfire 0.18 1.60 Duron 700 700MHz 100MHz (X2) 7.0 128K 64K 64K 64K on chip 700MHz Spitfire 0.18 1.60 Duron 750 750MHz 100MHz (X2) 7.5 128K 64K 64K 64K on chip 750MHz Spitfire 0.18 1.60 Duron 800 800MHz 100MHz (X2) 8.0 128K 64K 64K 64K on chip 800MHz Spitfire 0.18 1.60 Duron 850 850MHz 100MHz (X2) 8.5 128K 64K 64K 64K on chip 850MHz Spitfire 0.18 1.60 OBS.: O processador Duron é considerado o Athlon de baixo custo da AMD. Vem com 64K de cache L2 incorporado ao núcleo e com BUS System de 200MHz (100MHz*2). Possui o mesmo conector dos Athons TBird (socket A), ou seja, facilitando um upgrade do processador. Em janeiro de 2001, logo após o lançado do Celeron 800MHz, foi lançado o Duron 850MHz.

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Fabricante: CYRIX Processador: 6x86 Conector: Socket 7 Encapsulamento: CPGA Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) 6x86-PR90+ 80MHz 40MHz 2.0 16K - - onboard 40MHz M1 0.6 3.30 6x86-PR120+ 100MHz 50MHz 2.0 16K - - onboard 50MHz M1 0.6 3.30 6x86-PR133+ 110MHz 55MHz 2.0 16K - - onboard 55MHz M1R 0.6 3.30 6x86-PR150+ 120MHz 60MHz 2.0 16K - - onboard 60MHz M1R 0.6 3.30 6x86-PR166+ 133MHz 66MHz 2.0 16K - - onboard 66MHz M1R 0.5 3.30 6x86-PR200+ 150MHz 75MHz 2.0 16K - - onboard 75MHz M1R 0.5 3.30 OBS.: O 6x86 é o primeiro processador Cyrix competidor com o Intel Pentium Clássico. Como os AMD K5, usam a denominação PR (performance rate) para compará-los ao Pentium Clássico. Ou seja, o 6x86 PR120+, embora seu clock seja de 100MHz, seu desempenho é comparado ao de um Pentium 120MHz. Os 6x86 possuem o pior FPU (unidade de ponto flutuante) entre os processadores dessa geração. Existem variações desse mesmo processador, cuja diferença é a voltagem do núcleo, ou seja, existe o 6x86L nas versões PR120/133/150/166/200 com 2,9V e o 6x86LV nas versões PR150/166/200+ com 3,52V. Fabricante: Via-CYRIX Processador: 6x86MX Conector: Socket 7 Encapsulamento: SPGA Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) 6x86MX-PR166 150MHz 60MHz 2.5 64K - - onboard 60MHz MX 0.35 2.90 6x86MX-PR200 166MHz 66MHz 2.5 64K - - onboard 66MHz MX 0.35 2.90 6x86MX-PR233 200MHz 66MHz 3.0 64K - - onboard 66MHz MX 0.35 2.90 6x86MX-PR266 208MHz 83MHz 2.5 64K - - onboard 83MHz MX 0.30 2.90 MII-PR300 225MHz 75MHz 3.0 64K - - onboard 75MHz MII 0.30 2.90 MII-PR333 250MHz 83MHz 3.0 64K - - onboard 83MHz MII 0.30 2.90 OBS.: As principais diferenças desse processador comparado ao 6x86, são o suporte para instruções MMX e o cache L1 com o quadruplo da capacidade. A Cyrix mudou o nome para MII para compará-lo aos Pentium II. Também continuam usando a denominação PR (performance rate), comparando ao Pentium. O FPU desse processador apresenta um péssimo desempenho, comparado aos da Intel e AMD. Fabricante: Via-CYRIX Processador: 6x86MX Conector: Socket Super 7

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Encapsulamento: SPGA Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) MII-PR366 250MHz 100MHz 2.5 64K - - onboard 100MHz MII 0.25 2.90 MII-PR400 285MHz 95MHz 3.0 64K - - onboard 95MHz MII 0.25 2.90 MII-PR433 300MHz 100MHz 3.0 64K - - onboard 100MHz MII 0.25 2.90 OBS.: Estas versões foram separadas nessa tabela em função de seu BUS System. A Via incorporou a Cyrix e continua produzindo as versões MII-PR300, PR333, PR400 e PR433. Fabricante: Via-CYRIX Processador: Cyrix III Conector: Socket 370 (PGA370) Encapsulamento: Flex370 (CPGA) Versão Clock BUS Multipli. Cache L1 Cache L2 Freq. Arquitet. Transist. Voltagem System (Mícron) núcleo(V) Cyrix III 500 500MHz 100MHz 5.0 128K - - - - Samuel 0.18 1.90 Cyrix III 533 533MHz 133MHz 4.0 128K - - - - Samuel 0.18 1.90 Cyrix III 550 550MHz 100MHz 5.5 128K - - - - Samuel 0.18 1.90 Cyrix III 600 600MHz 133MHz 4.5 128K - - - - Samuel 0.18 1.90 Cyrix III 650 650MHz 100MHz 6.5 128K - - - - Samuel 0.18 1.90 Cyrix III 667 667MHz 133MHz 5.0 128K - - - - Samuel 0.18 1.90 OBS.: O Cyrix III é o atual processador desenvolvido pela equipe da Via, cujo design foi baseado no Centaur da empresa Winchip, também adquirida pela Via. A designação de velocidade do Cyrix III corresponde verdadeiramente aos MHz do clock da CPU, abandonando a designação PR (performance rate). As desvantagens desse processador, diante dos concorrentes da Intel e AMD, são que, embora tenha cache L1 com 128K, não possui cache L2 e, principalmente, sua FPU que opera na metade do clock da CPU, ocasionando péssimo desempenho em operações de ponto flutuante, ou seja, jogos e gráficos 3D. SIGLAS CONECTORES Socket 4 Conector com 273 pinos ZIF (Zero Insertion Force) Socket 5 Conector com 320 pinos ZIF Socket 7 Conector com 321 pinos ZIF Socket Super 7 Conector com 321 pinos ZIF, BUS System 100MHz Slot 1 (SC242) Conector com 242 pinos Slot A (SC242) Conector com 242 pinos Socket 370 (PGA370)

Conector com 370 pinos ZIF

Socket 423 Conector com 423 pinos ZIF Socket A (PGA462)

Conector com 453 pinos ZIF

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ENCAPSULAMENTO PGA Pin Grid Array CPGA Ceramic Pin Grid Array SPGA Staggered Pin Grid Array PPGA Plastic Pin Grid Array SECC Single Edge Contact Cartridge SECC2 Single Edge Contact Cartridge 2 SEPP Single Edge Processor Package FC-PGA PGA423 CM Card Module, similar ao SECC2 da Intel. Flex370 Instruções Multimídia MMX Multi Media eXtension. D3Now! SSE Streaming SIMD Extension SSE2 Streaming SIMD Extension2 10.6 IDENTIFICANDO CARACTERÍSTICAS DOS PROCESSADORES

Quem precisa fazer manutenção ou upgrades de hardware, seja técnico ou usuário, freqüentemente esbarra no problema de identificar as características do processador, que nem sempre estão indicadas no chip. Qual é a sua voltagem interna, e a externa? Qual é o clock interno e o externo, qual é a temperatura máxima que suporta? No caso de processadores Intel, é fácil descobrir isso através do S-Spec number. É um código de 5 dígitos estampado na face superior do processador. O primeiro dígito é sempre “S”, e os outros quatro podem variar de acordo com o processador. De posse deste código, entre na página

http://processorfinder.intel.com/scripts/default.asp

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Localizador de processadores Intel

Note que existe na parte inferior da página (figura acima), um local para digitar diretamente o s-Spec number. Se você não sabe o valor, pode informar outras características do processador, como modelo, clock, etc. Escolha as características do processador, como indicado na figura acima, depois clique em Submit Query. Serão encontrados os modelos que atendem aos critérios, como mostra a figura abaixo.

Modelos encontrados de acordo com a especificação

Poderão ser encontrados diversos processadores, e a figura acima mostrará uma tabela com todos os modelos que conferem. Será preciso saber o s-Spec number para encontrar o modelo exato.

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Especificações do processador localizado

Se desde o início você já souber o s-Spec number, a busca é mais fácil. Digite o S-Spec number e serão apresentadas todas as informações técnicas a respeito do chip. Já que o S-Spec number é tão importante, devemos anotá-lo em um local seguro antes de instalar o cooler no processador. Se for preciso retirar o cooler para ler este código, teremos que remover e trocar a pasta térmica, pois o material de interface térmica não pode ser reaproveitado. Anotando o número antes de instalar o cooler não termos este problema.

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11. SUPERAQUECIMENTO

Tradicionalmente, pouca ou nenhuma atenção é dada na escolha do gabinete que será usado pelo micro. Só que, com os processadores esquentando cada vez mais, a correta escolha do gabinete é fundamental para que o micro não apresente problemas de superaquecimento.

Atualmente não é só o processador do micro que esquenta muito: o chipset da placa-mãe e o processador de vídeo da placa de vídeo também são responsáveis pelo aquecimento do ar que fica no interior do gabinete.

Se o seu micro está enfrentando problemas de superaquecimento, com certeza você será capaz de resolver o problema com este tutorial. O sintoma típico do micro com superaquecimento é ele estar travando (congelando) muito e dando erros de Falha Geral de Proteção ("Este programa executou uma operação ilegal e será fechado") e a famosa "tela azul da morte". Se você tirar a tampa do gabinete e, com o micro aberto, o micro parar de apresentar problemas, então significa que ele está com problema de superaquecimento. Note que esses sintomas também aparecem em outras situações de manutenção, ou seja, eles não necessariamente indicam que o micro está superaquecido.

O gabinete vem com a fonte de alimentação do micro junta. Pouca gente sabe, mas a fonte de alimentação tem um papel fundamental na ventilação interna do micro. Para entender isso, você deverá entender como funciona a circulação de ar dentro de um gabinete. Você já deve ter reparado que toda fonte de alimentação tem uma ventoinha. Essa ventoinha deve estar sempre funcionando no sentido de exaustão, isto é, soprando para fora do gabinete, jogando o ar quente de dentro do gabinete para o lado de fora.

Observe a Figura 1 para entender isso melhor. Como o ar quente tem a tendência natural de subir, o ar quente gerado pelo micro automaticamente sobe para a parte de cima do gabinete. A ventoinha da fonte, então, puxa esse ar quente de dentro do gabinete para fora, fazendo assim a correta ventilação do micro. O ar frio automaticamente entra pela parte da frente do gabinete, através de uma ranhura apropriada existente abaixo da baia destinada ao disco rígido.

Figura 1: Circulação de ar em um gabinete do tipo torre.

A fonte de alimentação deverá ter ranhuras em suas laterais de forma que o ar quente consiga sair do gabinete e o micro não fique superaquecido. O local exato dessas ranhuras dependerá do tamanho do gabinete, já que, dependendo do tamanho do gabinete e do tamanho da fonte de alimentação, a fonte poderá ficar acima, ao lado ou em frente ao processador do micro. Com um pouco de bom senso é fácil perceber onde essas ranhuras deverão existir. Vendo o micro da Figura 1 um pouco mais de perto (ver Figura 2), chegamos à conclusão que a sua fonte de alimentação está corretamente dimensionada para o gabinete. Repare que as ranhuras existentes na fonte de alimentação estão no caminho correto para a

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exaustão do ar quente gerado pelo processador e pelos demais componentes internos do micro, isto é, a posição da fonte de alimentação não atrapalha a exaustão do ar quente vindo do processador e as ranhura existentes estão praticamente em frente ao processador para que o ar consiga sair corretamente para fora do micro.

Figura 2: Detalhe do espaço entre o processador e a fonte de alimentação

do processador.

Escolhendo um Gabinete

A escolha de um gabinete não é só uma questão estética. Ele tem de ser capaz de dissipar corretamente o ar quente gerado no interior do micro. Mas como saber se um gabinete é apropriado para um determinado micro?

Observe as Figuras 3 e 4. Nela, mostramos o caso real de um micro que estava enfrentando problemas de superaquecimento. Ou seja, com o micro fechado, travamentos ocorriam. Quando tiramos a tampa, o micro parou de travar. Observando atentamente o local onde o processador está instalado e o tamanho da fonte de alimentação, fica claro o motivo do superaquecimento: primeiro, quase não há espaço entre a fonte de alimentação e a ventoinha do processador, impedindo que o ar quente do processador seja corretamente dissipado; segundo, a área da fonte de alimentação que fica em cima do processador não possui qualquer ranhura para dissipar o ar que vem do processador; terceiro, a parte de baixo da fonte não apresenta qualquer ranhura para dissipar o calor gerado pelos demais componentes internos do micro (placa de vídeo, chipset da placa-mãe, disco rígido, etc). Apesar de a fonte ter ranhuras em sua lateral, em frente às baias de 5 1/4" do gabinete, fica claro que essas ranhuras estão sendo insuficientes para eliminar o ar quente gerado no interior do micro.

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Figura 3: O cooler do processador está "colado" na fonte (visão de cima).

Figura 4: Repare como a fonte "tampa" a ventilação do ar vindo do cooler do processador.

MELHORANDO A REFRIGERAÇÃO

Se você acha que o seu micro está esquentando muito em seu interior e aparentemente está tudo o.k. com a posição do processador e, principalmente, da sua ventoinha, como vimos nas colunas anteriores, você pode melhorar a ventilação interna do micro de algumas formas.

A solução mais barata é fazendo furos na chapa metálica da parte de baixo da fonte de alimentação, isto é, a parte que fica virada para baixo quando o micro está em pé. Você também pode fazer furos na chapa que fica em frente às baias de 5 1/4" do gabinete. Esses furos só devem ser feitos caso não existam ranhuras para que o ar quente saia. Para fazê-los, você deve desligar o micro da tomada, remover a fonte do gabinete e abri-la, fazendo os furos na chapa com a mesma separada dos circuitos da fonte, pois caso contrário pedaços de metal poderão cair no circuito, provocando um curto-circuito quando você ligar o micro. Com esses furos, o ar quente sairá com mais facilidade do interior do gabinete, através do seu caminho natural, que é a fonte de alimentação.

Você pode ainda instalar ventoinhas auxiliares no interior do gabinete. Essas ventoinhas são encontradas com facilidade em lojas de informática, mas você também pode economizar e usar uma ventoinha que foi tirada de uma outra fonte de alimentação (de uma sucata, por exemplo). Se você for tirar uma ventoinha de sucata, tome cuidado. Fontes antigas usadas em gabinetes do tipo desktop (da época do XT e dos 286s) utilizam ventoinhas de 110/220V, que não servem. Você deverá usar ventoinhas de 12 V, que são as usadas na maioria das fontes encontradas em gabinetes do tipo mini-torre.

A instalação da ventoinha auxiliar pode ser feita em dois locais do gabinete. O local mais comum é abaixo das baias destinadas aos discos rígidos (ver foto), onde é a entrada de ar frio do micro. Ao aparafusar a ventoinha neste local, tome muito cuidado, pois ela deverá ser instalada no sentido de ventilação, ou seja, jogando o ar frio de fora do micro para dentro dele. Toda ventoinha tem em um de seus lados uma seta indicativa do fluxo de ar. Essa seta deverá estar, portanto, apontando para dentro do micro.

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Figura 5: Local para instalação de ventoinha auxiliar.

O segundo local nem todos os gabinetes têm: é no espaço entre a fonte de alimentação e as placas periféricas. Nesse caso, a ventoinha deverá ser instalada no sentido de exaustão, ou seja, jogando o ar quente de dentro do micro para fora. A seta da ventoinha deverá estar apontando, portanto, para fora do micro.

Figura 6: segundo local para instalação de ventoinha auxiliar (nem todos os gabinetes têm).

É muito importante que você observe o sentido correto do fluxo de ar das ventoinhas, pois caso você inverta o fluxo, é bem provável que o micro passe a esquentar mais, o que, definitivamente, não é o efeito desejado. A regra é simples: ventoinhas na parte traseira do micro devem estar no sentido de exaustão (dentro para fora) enquanto que ventoinhas na parte frontal do micro devem estar no sentido de ventilação (fora para dentro).

As ventoinhas mais novas, vendidas em lojas, possuem três fios e um plugue para ser ligado à placa-mãe, em um conector chamado "Chassis Fan", "Aux Fan" ou similar. Já as ventoinhas mais antigas têm dois fios e devem ser ligadas diretamente à fonte de alimentação, através de um dos plugues destinados a unidades de 5 1/4". Se você retirou a ventoinha de uma sucata, note que o fio preto da ventoinha deve ser ligado ao fio preto da fonte, mas o seu fio vermelho deverá ser ligado ao fio amarelo da fonte, que é a sua saída de 12 V, e não ao seu fio vermelho, como é de se supor (que é a saída de 5 V). O fio a mais que as ventoinhas mais novas possuem serve para medir a sua velocidade de rotação e, com isso, a placa-mãe sabe se a ventoinha está funcionando corretamente ou não.

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Se você, ao ler nossa coluna passada, teve vontade de instalar uma ventoinha auxiliar em seu gabinete mas não encontrou nenhum lugar para a sua instalação, não temproblema. Se o aquecimento no interior do seu gabinete estiver realmente alto, você pode simplesmente adaptar um local qualquer para a instalação dessa ventoinha.

Mas onde exatamente podemos instalar uma ventoinha auxiliar? Isso vai depender muito de que área do interior do gabinete está se superaquecendo. De acordo com a nossa experiência, temos visto que a parte de cima do gabinete tende a se aquecer mais por vários motivos. Primeiro e óbvio é que o ar quente sobe. Segundo, nessa área temos, em gabinetes ATX, o processador e a sua ventoinha. E, terceiro, nessa área temos também as baias de 5 1/4" e quem tem gravador de CD ou DVD vai encontrar um baita aquecimento dessa área, já que gravadores esquentam muito quando em operação.

Alguns gabinetes vêm com furos de ventilação em sua lateral. Esses furos formam um local perfeito para a instalação de uma ventoinha auxiliar, especialmente na parte de cima, onde o micro esquenta mais. Como não existem furos suficientes nem furos para a fixação da ventoinha, você deverá furá-los com uma furadeira (obviamente com a chapa do gabinete fora do micro). Nesse caso, a ventoinha deve ser instalada no sentido de exaustão. Você deve tomar cuidado para que a ventoinha seja instalada em um local onde haja espaço, pois ela irá ficar "pendurada" dento do gabinete e não poderá "bater" em nenhum componente interno. Isto é, ela deve ficar entre a fonte de alimentação e as baias de 5 1/4".

Figura 7: Os furos de ventilação lateral formam um excelente local para a instalação de uma ventoinha auxiliar.

Outro local que pode ser usado para a instalação de uma ventoinha auxiliar é a própria baia de 5 1/4". Como gabinetes do tipo mini-torre têm 3 baias e normalmente nós usamos somente uma, podemos facilmente fazer uma adaptação e instalar uma ventoinha nesse local, puxando o ar quente para fora do micro. Essa adaptação envolve recortar e furas as tampas de plástico das baias de 5 1/4". Alguns fabricantes, inclusive, já vendem ventoinhas prontinhas para serem encaixadas nessas baias, como é o caso da ventoinha CC-290 da CyberCooler.

Ou seja, você pode instalar uma ventoinha auxiliar onde achar que o micro está esquentando demais, fazendo as adaptações necessárias em seu gabinete. Apenas um adendo ao que temos falado sobre o sentido do ar: as ventoinhas auxiliares instaladas na parte de cima do gabinete devem ser instaladas no sentido de exaustão, enquanto que ventoinhas auxiliares instaladas na parte de baixo do gabinete devem estar no sentido de ventilação. Isso fará com que dentro do gabinete o fluxo de ar siga o seu correto caminho.

Outro detalhe que não comentamos é que existem ventoinhas de tamanhos menores e alguns gabinetes têm espaço para a instalação desse tipo de ventoinha, como você pode ver na foto, onde o gabinete possui o espaço para a instalação de uma ventoinha auxiliar de 50 mm (o tamanho padrão para ventoinhas auxiliares que temos falado até agora é de 75 mm). Muitas vezes esses locais passam despercebidos, pelo seu tamanho reduzido. Como o espaço

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está localizado na parte traseira do gabinete, a ventoinha deve ser instalada no sentido de exaustão, puxando o ar quente de dentro do gabinete para fora.

Figura 8: Local para a instalação de uma ventoinha auxiliar de 50 mm.

12. SLOTS DE EXPANSÃO

12.1 ISA

Industry Standard Architeture, padrão de barramento desenvolvido para os micros 286, mas usado até hoje. É composto pelos os slots pretos da placa mãe. Os processadores 8088, usados nos micros XT, comunicavam-se com os demais periféricos usando palavras binárias de 8 bits. Para o uso em conjunto com estes processadores, foi criado o ISA de 8 bits. Este barramento funciona usando palavras binárias de 8 bits e opera a uma frequência de 8 MHz, permitindo uma passagem de dados à uma velocidade de 8 megabytes por segundo, velocidade muito mais do que suficiente para um processador lento como o 8088. Já os processadores 286 comunicavam-se com os demais periféricos usando palavras de 16 bits. Para acompanhar esta melhora por parte do processador, foi criada uma extensão para o barramento ISA de 8 bits, formando o ISA de 16 bits. Este barramento, assim como o processador 286, trabalha com palavras de 16 bits, à uma frequência de 8 MHz, permitindo um barramento total de 16 MB/s.

12.2 PCI

Peripheral Component Interconnect. O padrão de barramento atual, usado pela maioria dos dispositivos. Os slots brancos da placa mãe. Além do baixo custo e da alta velocidade, o PCI possui outras vantagens, como o suporte nativo ao plug-and-play; sendo novos periféricos

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instalados em slots PCI automaticamente reconhecidos e configurados através do trabalho conjunto do BIOS e de um sistema operacional com suporte a PnP, como o Windows 95/98. Atualmente, todos os periféricos rápidos, placas de vídeo e controladoras de disco usam quase que obrigatoriamente o barramento PCI. Componentes mais lentos, como placas de som e modems ainda podem ser encontrados em versões ISA, apesar de mesmo nestes casos, o PCI já ser padrão.

12.3 AGP

Acelerated Graphics Port. Barramento de dados extremamente rápido usado pela placa de vídeo. Aparece como um slot marrom na placa mãe. Existem várias versões do AGP, chamadas AGP 1X, 2X, 4X e AGP Pro, o padrão mais novo. Os três primeiros, diferenciam-se pela velocidade: O AGP 1X permite transmissão de dados a 266 MB/s, o AGP 2X trabalha a 533 MB/s, enquanto o AGP 4X atinge 1066 MB/s. O AGP Pro por sua vez, diferencia-se dos demais por possuir uma capacidade maior de fornecimento elétrico. Enquanto os slots AGP tradicionais fornecem até 20 Watts de eletricidade, os slots AGP Pro fornecem 50 Watts (AGP Pro 50) ou 110 Watts (AGP Pro 110). Os slots AGP Pro são maiores que os tradicionais. Uma placa AGP comum pode ser usada sem problemas num slot AGP Pro, mas não o contrário.

12.4 AMR

A sigla AMR é a abreviação de "Audio Modem Riser". Este é um padrão de barramento que permite o encaixe de placas de som e modems controlados via software.

O slot AMR se parece com um slot AGP, mas tem apenas 1/3 do tamanho deste. O objetivo é permitir a criação de componentes extremamente baratos para serem usados em micros de baixo custo. A vantagem é claro, o preço, já que uma placa de som ou modem AMR não custam mais de 5 ou 7 dólares para o fabricante (um pouco mais para o consumidor final naturalmente). A desvantagem, por sua vez, é o fato destes componentes serem controlados via software, o que consome recursos do processador principal, tornando o micro mais lento. Usando ao mesmo tempo modem e placa de som AMR num Pentium III 800, a queda de performance é de mais de 10%. Claro que existe a opção de desprezar o slot AMR e utilizar componentes tradicionais. Como o chip controlador é embutido no próprio chipset, as placas de som e modems AMR contém um número extremamente reduzido de componentes, basicamente as entradas e

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saídas de som, o CODEC e, no caso dos modems, o Relay (o componente que permite o acesso à linha telefônica). Apesar disso, o AMR não chegou a fazer muito sucesso, pois não oferece suporte a Plug-and-play, o que dificulta a instalação dos dispositivos por parte dos usuários e suporta apenas placas de som e modems, deixando de fora as placas de rede e outros dispositivos comuns atualmente. Pensando em resolver estas limitações vários fabricantes se reuniram para desenvolver o ACR, um padrão aberto que substitui o AMR com várias vantagens, mantendo o baixo-custo.

12.5 CNR

Os slots CNR (Communication and Networking Rise) são um novo tipo de barramento criado pela Intel, com o objetivo de acomodar placas de som, modems e placas de rede. Pode ser encontrado em algumas das placas mãe mais modernas. Aparece como um pequeno slot marrom na placa mãe, em geral no canto oposto ao do slot AGP. (Não confundir com os slots AMR). Você pode encontrar mais informações sobre eles em: http://developer.intel.com/technology/cnr/

12.6 BARRAMENTO USB

Universal Serial Bus. Barramento plug-and-play relativamente lento (12 mbps) que pode ser usado por vários tipos de dispositivos. Todas as placas mãe atuais trazem pelo menos 2 portas USB. Cada porta pode ser compartilhada por vários dispositivos. USB 2.0 - O USB 2.0 foi desenvolvido em uma parceria entre a Intel, NEC, Philips, Lucent, Microsoft e Compac e visa resolver os dois principais problemas do USB antigo. Em primeiro lugar, a velocidade saltou dos antigos 12 mbps para incríveis 480 mbps, sim, isso mesmo, 480 mbps, ou 60 MB/s, velocidade próxima da permitida pelas Interfaces IDE atuais. A segunda vantagem é o custo: o USB 2.0 é um padrão aberto, livre de pagamento de royalties, o que será um grande estímulo para os fabricantes. Em termos de recursos, temos facilidades semelhantes ao USB atual: a possibilidade de conectar vários periféricos na mesma porta, suporte a plug-and-play, etc. Com estas duas vantagens é de se esperar que o USB 2.0 substitua o USB atual rapidamente. De fato, as primeiras placas mãe com suporte a ele devem estrear no mercado apartir do final de 2001. O novo padrão é compatível com todos os periféricos USB que seguem o padrão 1.1, isso corresponde à quase todos os periféricos USB fabricados de um ano pra cá e todos os novos. É de se esperar que com a grande evolução, finalmente o USB "pegue", o que facilitaria bastante nossa vida. Poderíamos finalmente aposentar as portas seriais e paralelas; lentas, limitadas e que adoram entrar em conflito com outros periféricos. Pela lógica, os primeiros periféricos USB 2.0 que devem chegar ao mercado são scanners de alta velocidade, gravadores de CD portáteis e unidades de armazenamento em geral, HDs externos por exemplo, seguidos por impressoras, mouses e todo tipo de periféricos externos. O problema é que isto só deverá acontecer perto do final de 2002 e, apartir daí podemos contar pelo menos mais um ano para a nova família de periféricos tornar-se padrão.

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12.7 PCI – EXPRESS

O PCI Express é o sucessor do barramento PCI, uma alternativa mais rápida que os velhos slots de 32 bits e mais barata que os slots de 64 bits. Até pouco tempo este padrão era conhecido como 3GIO (3rd generation I/O), o nome PCI Express foi adotado quando o desenvolvimento das especificações foi concluído. O PCI Express utiliza um barramento de 8 bits (4 bits em cada direção) que opera a frequências extremamente altas, 2.5 GHz no padrão original. Isto permite uma taxa de transmissão teórica de 2.5 gigabits (ou pouco mais de 300 MB/s) em cada sentido ou 5 gigabits no total, muito mais que os 133 MB/s do velho PCI de 32 bits. Existe ainda a possibilidade de adicionar mais vias de dados, multiplicando a velocidade de transmissão por 4x (32 bits), 8x (64 bits) ou 16x (128 bits) onde é possível atingir a espantosa taxa de transmissão de 40 gigabits de dados em cada sentido. O padrão de 16x está sendo desenvolvidos para ser o sucessor do barramento AGP. Um slot AGP de 8x atinge apenas 2 GB/s de taxa de transmissão de dados, enquanto o PCI Express 16x atinge 5 GB/s. Outro ponto interessante é que por utilizar apenas 8 bits de dados, o padrão 1x utiliza um slot muito pequeno, com cerca de ¼ do tamanho de um slot PCI tradicional. Com isto, o padrão prevê que estes slots sejam "encaixados" no espaço vago na borda da placa mãe, como uma sequência do slot PCI. Com isto, abrem-se as portas para uma transição gradual, como no caso do ISA para o PCI, onde durante vários anos as placas vinham com os dois tipos de slots e você podia misturar placas nos dois padrões. Este esboço publicado pela Intel mostra como isso funciona: 13. MEMÓRIAS RAM

Se o processador é o principal componente de qualquer computador, a memória RAM é a sua principal ferramenta de trabalho. Desde uma calculadora xing-ling, até um grande mainframe, não existe nenhum tipo que computador que não utilize memória RAM. O processador utiliza a memória RAM para armazenar programas e dados que estão em uso e fica impossibilitado de trabalhar sem ter pelo menos uma quantidade mínima dela. Aliás, nos computadores atuais, a velocidade de acesso à memória RAM é um dos principais determinantes da performance, daí a vital importância do uso da memória cache.

A sigla “RAM” significa “Ramdom Access Memory” ou “memória de acesso aleatório”. Este nome é mais do que adequado, pois a principal característica da memória RAM é a capacidade de fornecer dados anteriormente gravados, com um tempo de resposta e uma velocidade de transferência centenas de vezes superior à dos dispositivos de memória de massa, como o disco rígido.

Mais uma característica marcante da memória RAM é o fato dela ser volátil: precisa ser constantemente reenergizada para conservar os dados gravados. Como numa calculadora, perdemos todos os dados nela armazenados quando desligamos o micro. Se, por exemplo, você estiver escrevendo uma carta no Word e, de repente, houver um pico de tensão e o micro reinicializar, sem lhe dar tempo de salvar a carta no disco rígido, você perderá todo seu trabalho.

Existem claro, tipos de memória RAM não voláteis, como por exemplo as memórias Flash, que são utilizadas nos Palm Pilots e em outros computadores de mão, celulares, etc. O problema das memórias Flash é o preço. Enquanto escrevo, é possível comprar um módulo de memória SDRAM de 256 MB por R$ 200, com o dólar nas cucuias como está, isso corresponde a menos de 80 dólares, a preços de Brasil. Isso dá pouco mais de 30 centavos por megabyte. As memória Flash já são bem mais caras que isso, custam entre 5 e 10 dólares por megabyte, dependendo da aplicação. Isso sem contar o fato delas serem bem mais lentas.

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Na verdade, pode ser que no futuro algum tipo de memória não volátil venha a definitivamente substituir a memória RAM. A IBM por exemplo vem desenvolvendo as memórias MRAM, que armazenam dados na forma de sinais magnéticos. A promessa é que além de conservarem os dados gravados por anos a fio, elas sejam tão rápidas e baratas quanto as memórias atuais. Normalmente as promessas dos fabricantes são tão confiáveis quanto as promessas dos políticos em campanha, mas sempre existe uma esperança :-)

Já que vamos continuar usando memória RAM volátil durante mais alguns (ou vários) anos, que tal estudarmos sua história e as tecnologias se memória disponíveis atualmente? Puxe uma cadeira e seja meu convidado.

Preço x quantidade

Antigamente, os módulos de memória RAM custavam muito caro. Há poucos anos atrás, pagávamos mais de 40 dólares por megabyte. Em pleno início da década de 90, o preço da memória chegou a bater a marca dos 100 dólares por megabyte.

Com a memória custando este fortuna, é compreensível que a grande maioria dos PCs 386 e 486 viessem equipados com apenas 8 ou mesmo 4 MB de memória, sendo que o recomendável para rodar sistemas gráficos como o Windows 95, ou mesmo o XFree86 do Linux seriam pelo menos 16.

Felizmente, tivemos nos últimos anos uma queda vertiginosa no preço das memórias. Assim como os processadores evoluem, incorporando mais transístores, operando a frequências maiores e ainda assim custando cada vez mais baratos, com o passar do tempo os fabricantes de memória conseguem produzir chips de memória com transístores cada vez menores. Com isto, é possível aumentar a quantidade de memória em cada chip e o preço por megabyte despenca.

Voltando ao ramo dos processadores, um 486 tinha apenas 1.200.000 transístores, enquanto um Athlon Thunderbird tem 37 milhões. Mesmo assim, um Athlon custa hoje bem menos que um 486 custava na época em que era novidade. A chave para este salto é a miniaturização dos transístores.

Na memória RAM, cada transístor representa um bit de dados. Um módulo de memória com 64 MB é formado por cerca de 512 milhões de transístores. Conforme os fabricantes desenvolvem novas tecnologias, passam a ser capazes de produzir transístores menores. Com isso é possível incluir mais transístores, e consequentemente mais memória em cada chip. Os primeiros chips de memória RAM tinham apenas 1 Kb (um Kbit e não um Kbyte, preste atenção no B minúsculo :-), enquanto atualmente a moda é produzir chips com 128 Mb (megabits). Juntando 8 chips temos um pente de memória com 128 MB, juntando 16 temos um módulo de 256 MB e assim por diante. Chegamos assim aos 30 centavos por megabyte.

Os módulos de memória ainda não dão em árvore, mas estão perto disso, pelo menos em termos de preço.

O baixo preço atual, justifica o uso de 128 ou mesmo 256 MB de memória. Alguns usuários de aplicativos mais pesados já vão mais além, definindo 512 MB como o ideal. A quantidade e velocidade das memórias são mais importantes que a própria velocidade do processador, principalmente para quem costuma trabalhar com vários aplicativos abertos ao mesmo tempo, ou trabalha com arquivos pesados, imagens, vídeo, etc..

A equação é simples. Qualquer programa ou arquivo em uso precisa ser armazenado na memória. O processador começa a usar a memória RAM que é razoavelmente rápida, o suficiente para que (com a ajuda do cache) o processador possa usar todo o seu potencial. Mas, e quando a memória RAM se esgota? Bem, o que você prefere, ver uma mensagem de “não há memória suficiente”, ou ver o aplicativo rodando, mesmo que lentamente? Se você

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ficou com a segunda opção, agradeça ao engenheiro da Intel que trabalhou para incluir o recurso de memória virtual apartir 386.

A memória virtual é só um quebra galho. Serve para permitir que o processador simule mais memória RAM criando um arquivo no disco rígido e armazenando nele os dados que não couberam na memória. O problema é que o processador processa bilhões de instruções por segundo, enquanto um HD rápido tem tempos de acesso em torno de 10 milésimos de segundo.

Como o processador não pode fazer nada se não tiver dados para processar, precisa esperar até que o disco rígido possa lhe entregar o trabalho a ser feito. De nada adianta ter um processador muito rápido, se por falta de memória RAM ele é sub-utilizado devido ao uso de memória virtual, ficando limitado à performance do disco rígido.

Para você ter uma idéia do quanto a quantidade de memória RAM é importante, um simples 486DX4-100, com uma quantidade razoável de memória RAM (32 MB ou mais) é capaz de rodar o Windows 95/98 e a maioria dos aplicativos mais rápido do que um Pentium III de 1 GHz equipado com apenas 8 MB de memória. Afinal, o que é mais rápido, um processador 486, ou o disco rígido usado no Pentium III? :-)

Claro que o ideal é sempre termos um sistema equilibrado; não adianta também querer instalar 64 MB de memória RAM em um 386.

Como funciona

Os chips de memória RAM possuem uma estrutura extremamente simples. Para cada bit 1 ou 0 a ser armazenado, temos um minúsculo capacitor; quando o capacitor está carregado eletricamente temos um bit 1 e quando ele está descarregado temos um bit 0. Para cada capacitor temos um transístor, encarregado de ler o bit armazenado em seu interior e transmiti-lo ao controlador de memória. A memória RAM é volátil justamente devido ao capacitor perder sua carga muito rapidamente, depois de poucos milésimos de segundo.

A produção de chips de memória é similar ao de processadores: também utilizamos um waffer de silício como base e um laser para marcá-lo. A diferença é que os chips de memória são compostos basicamente de apenas uma estrutura básica: o conjunto capacitor/transístor, que é repetida alguns milhões de vezes, enquanto os processadores são formados por estruturas muito mais complexas. Devido a esta simplicidade, um chip de memória é muito mais barato de se produzir do que um processador. Um módulo de 128 MB tem pouco mais de 1 bilhão de transístores, quase 40 vezes mais que um processador Pentium III Coppermine. Apesar disso, o módulo de memória é mais barato.

Acesso a dados

Para ler e gravar dados na memória, assim como controlar todo o trânsito de dados entre a memória e os demais componentes do micro, é usado mais um circuito, chamado controlador de memória, que faz parte do chipset localizado na placa mãe.

Para facilitar o acesso a dados, dividimos os módulos de memória em linhas e colunas. Para acessar um determinado transístor (seja para gravar ou ler dados), o controlador de memória primeiro gera o valor RAS (Row Address Strobe), ou o número da linha da qual o transístor faz parte, sendo gerado em seguida o valor CAS (Collum Address Strobe), que corresponde à coluna.

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Formato

Os chips de memória são frágeis placas de silício, que precisam ser encapsulados em alguma estrutura mais resistente antes de serem transportados e encaixados na placa mãe. Assim como temos vários tipos de encapsulamento diferentes para processadores, (SEPP e PPGA por exemplo) temos vários formatos de módulos de memória. Inicialmente os chips são encapsulados em módulos DIP, que os protegem e facilitam a dissipação do calor gerado pelos chips. Estes por sua vez são soldados em placas de circuito, formando os módulos de memória. Existem atualmente 3 tipos de módulos de memória: os módulos SIMM de 30 vias, os módulos SIMM de 72 vias e, finalmente, os módulos DIMM de 168 vias.

Módulos DIP

Os módulos DIP são encapsulamentos de plástico ou cerâmica, que protegem os chips de memória, facilitam a dissipação do calor gerado durante seu funcionamento, e tornam mais acessíveis seus terminais, facilitando o encaixe ou a soldagem. O encapsulamento DIP também é usado em vários outros tipos de componentes.

Em PCs antigos, principalmente XTs, 286s e os primeiros 386s, os módulos DIP eram soldados diretamente à placa mãe, ou em alguns casos, encaixados individualmente em soquetes disponíveis na placa. Este era um sistema antiquado, que trazia várias desvantagens, por dificultar upgrades de memória ou a substituição de módulos com defeito. Imagine você, fazendo um upgrade de memória numa placa como a da foto abaixo:

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Módulos SIMM de 30 vias

Não é só você que não achou muito atraente a idéia de ficar catando chips de memória um a um. Foi questão de tempo até que alguém aparecesse com uma alternativa mais prática, capaz de tornar a instalação fácil até mesmo para usuários inexperientes.

Os módulos de memória são pequenas placas de circuito onde os chips DIP são soldados, que são encaixados em soquetes disponíveis na placa mãe.

Os primeiros módulos de memória criados são chamados de módulos SIMM, sigla que significa “Single In Line Memory Module”, justamente por que existe uma única via de contatos. Apesar de existirem contatos também na parte de trás do módulo, eles servem apenas como uma extensão dos contatos frontais, existindo apenas para aumentar a área de contato com o soquete. Examinando o módulo, você verá um pequeno orifício em cada contato, que serve justamente para unificar os dois lados.

Os primeiros módulos SIMM possuíam 30 vias e eram capazes de transferir 8 bits por ciclo. Estes módulos foram utilizados em micros 386 e 486, e foram fabricados em varias capacidades, os mais comuns foram os módulos de 512 KB, 1MB e 4 MB, apesar de terem existido módulos de até 16 MB, raros e caríssimos. (lembra-se dos 45 dólares por megabyte? ;-)

Como tanto o 386 quanto o 486 são processadores que acessam a memória usando palavras de 32 bits, é preciso combinar 4 módulos de 30 vias para formar cada banco de memória. Basicamente, o processador acessa os 4 módulos como se fossem um só, obtendo os 32 bits por acesso de que precisa.

Temos então que usar estes módulos em quartetos: 4 módulos ou 8 módulos, mas nunca um número quebrado. Nos micros equipados com processadores 386SX são necessários apenas 2 módulos, já que o 386SX acessa a memória usando palavras de 16 bits

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(para manter compatibilidade com os componentes de placas de 286, usados para baratear os PCs equipados com o 386SX).

Módulo SIMM de 72 vias

Apesar de serem muito mais práticos do que os chips DIP, os módulos SIMM de 30 vias ainda eram bastante inconvenientes, já que era preciso usar 4 módulos idênticos para formar cada banco de memória. Quem os criou devia achar que os processadores de 8 bits eram o futuro...

Para solucionar este problema, os fabricantes criaram um novo tipo de módulo de memória SIMM, de 32 bits, que possui 72 vias. Esse tipo de memória foi usado em micros 486 mais modernos e tornou-se padrão em micros Pentium, deixando de ser utilizados apenas depois do advento dos módulos de 168 vias, os mais usados atualmente.

Ao invés de quatro módulos, é preciso apenas um módulo SIMM de 72 vias para formar cada banco de memória nos micros 486. Como o Pentium acessa a memória usando palavras de 64 bits, são necessários 2 módulos em cada banco.

Na verdade, depois do Pentium, praticamente todos os processadores acessam a memória a 64 bits. Apesar do Pentium II, Pentium III, Celeron, Athlon, Duron, etc. serem todos processadores de 32 bits, acessar 64 bits por vez na memória ajuda a melhorar o desempenho. O processador é tão mais rápido que a memória RAM, que depois de esperar vários ciclos para poder acessá-la, o melhor a fazer é pegar a maior quantidade de dados possível e guardar tudo no cache. Naturalmente os dados serão processados em blocos de 32 bits, mas a poupança ajuda bastante. Não é à toa que quase dois terços dos transístores de um Pentium III Coppermine são usados nos caches L1 e L2.

Módulo DIMM de 168 vias

Ao contrario dos módulos SIMM de 30 e 72 vias, os módulos DIMM possuem contatos em ambos os lados do módulo, o que justifica seu nome, “Double In Line Memory Module” ou “módulo de memória com duas linhas de contato”. Como Os módulos DIMM trabalham com palavras binárias de 64 bits, um único módulo é suficiente para preencher um banco de memória em um micro Pentium ou superior, dispensando seu uso em pares. Caso você deseje

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instalar 64 MB de memória em um Pentium II, por exemplo, será preciso comprar apenas um único módulo DIMM de 64 MB.

Os módulos DIMM de 168 vias são os únicos fabricados atualmente. Você dificilmente encontrará módulos de 72 vias, ou placas mãe novas que os suportem à venda, apenas componentes usados. Veja na foto abaixo as diferenças de formato e tamanho entre os três formatos:

Bancos de Memória

Um processador x86 pode trabalhar com qualquer quantidade de memória, a partir de um mínimo de 64 KB. Porém, é preciso que exista um barramento de dados suficiente. Uma quantidade qualquer de memória, que atenda às exigências do processador quanto à largura de barramento é chamada de banco de memória.

No Pentium, cada banco de memória deve ser capaz de permitir o acesso de 64 bits de dados por vez, enquanto nos processadores 386 e 486 é necessário um barramento de 32 bits. Caso o módulo de memória possua um barramento de dados mais estreito que o necessário, é preciso combinar dois ou mais módulos para formar cada banco.

Como os módulos SIMM de 30 vias possuem um barramento de apenas 8 bits, são necessários 4 módulos para formar um banco de memória em um micro 386 ou 486. Se estes módulos antigos chegassem a ser utilizados em micros Pentium, seriam necessários 8 módulos para formar cada banco.

Os módulos SIMM de 72 vias já possuem um barramento de 32 bits, sendo um único módulo suficiente para completar um banco de memória em um 486, e 2 módulos necessários para completar os 64 bits exigidos pelo Pentium.

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Finalmente, os módulos DIMM possuem um barramento de 64 bits, sendo necessário apenas um módulo para formar um banco em micros equipados com processadores Pentium ou superiores.

Dentro de um banco, todos os módulos são acessados ao mesmo tempo, como se fossem um só. Por isso, é necessário que todos os módulos sejam capazes de responder aos chamados do controlador de memória sincronizadamente, como uma orquestra. A mínima falta de sincronia entre os módulos irá causar instabilidade no sistema, que poderá levar a travamentos. Por isso, é altamente recomendável que sejam utilizados sempre módulos idênticos dentro de um mesmo banco (mesma marca, mesma capacidade, mesmo tempo de acesso, etc.), de preferência comprados juntos.

Geralmente temos numa placa mãe, dois ou três bancos de memória, que são numerados a partir de 0 (banco 0, banco 1, banco 2, etc.). Não existe problema em usar módulos de memória diferentes em bancos diferentes. Você pode até mesmo misturar módulos de diferentes velocidades, de 70 e 60 nanos, por exemplo, desde que configure os tempos de espera no Setup para a velocidade do módulo mais lento.

Uma curiosidade é que algumas placas mãe para Pentium, podem trabalhar com apenas um módulo de 72 vias. Neste caso, a placa engana o processador, fazendo dois acessos de 32 bits consecutivos, e entregando os dados de uma só vez para o processador. Apesar de funcionar, este esquema reduz bastante a velocidade do micro, pois a velocidade de acesso à memória fica reduzida à metade.

Tecnologias utilizadas

Apesar de nem de longe as memórias terem acompanhado o desenvolvimento dos processadores, elas também contribuíram com sua parcela de desenvolvimento. Desde as primeiras memórias do início da década de 80, até as memórias produzidas atualmente, é usada a mesma estrutura básica formada por um capacitor e um transístor para cada bit de dados. Foram porém, realizadas melhorias na forma de organização física e na forma de acesso, que permitiram melhorar consideravelmente a velocidade de acesso.

Também foi possível aumentar a velocidade de acesso aos dados depositados na memória através do aumento do barramento de dados. O PC original era capaz de ler apenas 8 bits por ciclo de clock, enquanto o Pentium pode ler 64 bits por ciclo: 8 vezes mais.

Durante estas duas décadas, existiram várias tecnologias de memória, começando pelas memórias regulares, usadas nos XTs e alguns 286s, que evoluíram para as memórias FPM, usadas em PCs 386 e 486, em seguida para as memórias EDO, usadas nos últimos 486s e nos Pentium. Estas três primeiras tecnologias foram substituídas pelas memórias SDRAM, usadas pelos últimos PCs com processadores Pentium e Pentium MMX e padrão apartir do Pentium II e K6-2.

Mas, mesmo as memórias SDRAM já estão chegando ao seu limite. Atualmente já temos as memórias DDR e Rambus. Logo teremos também as memórias DDR 2. Todas estão tecnologias são a deixa para o restante deste tópico:

Memórias Regulares

As memórias regulares ou “comuns” foram o primeiro tipo de memória usado em micros PC. Neste tipo antigo de memória, o acesso é feito enviando primeiro o endereço RAS e em seguida o endereço CAS. Uma forma de acesso bem simples, que combina com a tecnologia da época, mas que não ajuda muito em termos de desempenho.

Este tipo de memória foi fabricado com velocidades de acesso a partir de 150 nonosegundos (bilhonésimos de segundo), mais do que suficientes para suportar o bus de 4.77

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MHz do PC original. Foram desenvolvidas posteriormente versões de 120, 100 e 80 nanos para serem utilizadas em micros 286.

As memórias regulares são encontradas apenas na forma de módulos DIP, e foram utilizadas em micros XT, 286 e em alguns dos primeiros PCs 386.

Memórias FPM (Fast Page Mode)

A primeira melhora significativa na arquitetura das memórias veio com o FPM, ou “modo acesso rápido.” A idéia é que, ao ler um arquivo qualquer gravado na memória, os dados estão na maioria das vezes gravados seqüencialmente. Não seria preciso então enviar o endereço RAS e CAS para cada bit a ser lido, mas simplesmente enviar o endereço RAS (linha) uma vez e em seguida enviar vários endereços CAS (coluna).

Devido ao novo método de acesso, as memórias FPM conseguem ser cerca de 30% mais rápidas que as memórias regulares.

Apesar de já não serem fabricadas há bastante tempo, foram utilizadas em PCs 386, 486 e nos primeiros Pentiums. Você encontrará memórias FPM na forma de módulos SIMM de 30 ou 72 vias e com tempos de acesso de 80, 70 e 60 nanos, sendo as de 70 nanos as mais comuns. Os tempos de acesso representam em quanto tempo a memória pode disponibilizar um dado requisitado. Quanto mais baixos forem os tempos de espera, mais rápidas serão as memórias.

Instaladas em uma placa mãe que trabalhe com Bus de 66 MHz, os intervalos de espera de memórias FPM podem ser de até 5-3-3-3, o que significa que o processador terá de esperar cinco ciclos da placa mãe para a memória efetuar a primeira leitura de dados e somente mais 3 ciclos para cada leitura subsequente. O primeiro acesso demora mais tempo, pois nele é preciso enviar os dois endereços, enquanto nos subsequentes é necessário enviar apenas os endereços de coluna.

Os tempos de espera das memórias podem ser configurados no Setup, através da opção “Memory Timing”. Em placas para 486, era comum existirem opções como 4-3-3-3 ou 3-2-2-2, que representavam o tempo de acesso à memória. Lembre-se que os processadores 486 trabalhavam com bus de 33 ou 40 MHz. Com menos acessos por ciclo, era natural que cada acesso à memória demorasse menos ciclos da placa mãe. Nas placas para processadores Pentium o mais comum são opções “slow”, “normal” e “fast”, que substituem os valores numéricos.

Memórias EDO (Extended Data Output)

As memórias EDO foram criadas em 94, e trouxeram mais uma melhoria significativa no modo de acesso a dados. Além de ser mantido o “modo de acesso rápido” das memórias FPM, foram feitas algumas modificações para permitir mais um pequeno truque, através do qual um acesso à dados pode ser iniciado antes que o anterior termine, permitindo aumentar perceptivelmente a velocidade dos acessos. O novo modo de acesso permite que as memórias EDO trabalhem com tempos de acesso de apenas 5-2-2-2 em uma placa mãe com Bus de 66 MHz, um ganho de 25%.

Apesar de já ultrapassado, este tipo de memória ainda é muito usado atualmente, sendo fabricado em velocidades de 70, 60 e 50 nanos, com predominância dos módulos de 60 nanos. As memórias EDO são encontradas em módulos de 72 vias, existindo também alguns casos raros de memórias EDO na forma de módulos DIMM.

As melhorias na arquitetura das memórias EDO tornaram-nas incompatíveis com placas mãe equipadas com chipsets mais antigos. Basicamente, apenas as placas para processadores Pentium e algumas placas mãe para 486 com slots PCI (as mais recentes) aceitam trabalhar com memórias EDO. Existem também placas “tolerantes” que funcionam com

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memórias EDO, apesar de não serem capazes de tirar proveito do modo de acesso mais rápido, e finalmente, as placas incompatíveis, que nem chegam a inicializar caso sejam instaladas memórias EDO.

Todos os módulos de 30 vias são de memórias FPM, enquanto (com exceção de alguns módulos antigos) todos os de 168 vias são de memórias SDRAM. A confusão existe apenas nos módulos de 72 vias, que podem ser tanto de memórias EDO quanto de memórias FPM. Para saber quem é quem, basta verificar o tempo de acesso. Todo módulo de memória traz seus dados estampados nos chips, na forma de alguns códigos; o tempo de acesso é indicado no final da primeira linha. Se ela terminar com –7, -70, ou apenas 7, ou 70, o módulo possui tempo de acesso de 70 nanos. Se por outro lado a primeira linha terminar com –6, -60, 6 ou 60 o módulo é de 60 nanos.

Como quase todos os módulos de 70 nanos são de memórias FPM, e quase todos os módulos de memórias EDO são de 60 nanos, você pode usar este método para determinar com 95% de certeza o tipo de memória usada.

Memórias BEDO (Burst Extended Data Output RAM)

As memórias BEDO utilizam uma espécie de Pipeline para permitir acessos mais rápidos. Em um Bus de 66 MHz, as memórias BEDO são capazes de funcionar com temporização de 5-1-1-1, quase 30% mais rápido que as memórias EDO convencionais. O mais interessante é que o custo de produção das memórias BEDO é praticamente o mesmo das memórias EDO e FPM.

O maior impedimento à popularização das memórias BEDO foi a falta de suporte por parte dos chipsets Intel, que suportavam apenas memórias EDO e SDRAM. No final, as sucessoras das memórias EDO acabaram sendo as memórias SDRAM, que apesar de um pouco mais caras, oferecem uma performance levemente superior às BEDO e desfrutam de compatibilidade com todos os chipsets modernos.

Na verdade, as BEDO nunca foram utilizadas em larga escala. Incluí esta tecnologia apenas como curiosidade.

Memórias SDRAM (Synchronous Dynamic RAM)

Tanto as memórias FPM quanto as memórias EDO são assíncronas, isto significa que elas trabalham em seu próprio ritmo, independentemente dos ciclos da placa mãe. Isso explica por que memórias FPM que foram projetadas para funcionar em placas para processadores 386 ou 486 (que trabalham com Bus de 25, 30, 33 ou 40 MHz), funcionam sem problemas em placas para processadores Pentium, que funcionam a 66 MHz. Na verdade, as memórias continuam trabalhando na mesma velocidade, o que muda são os tempos de espera que passam a ser mais altos. Assim, ao invés de responder a cada 2 ciclos da placa mãe, por exemplo, elas podem passar a responder a cada 3 ou 4 ciclos, funcionando normalmente.

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As memórias SDRAM por sua vez, são capazes de trabalhar sincronizadas com os ciclos da placa mãe, sem tempos de espera. Isto significa, que a temporização das memórias SDRAM é sempre de uma leitura por ciclo. Independentemente da velocidade de barramento utilizada, os tempos de acesso poderão ser de 5-1-1-1. Observe que apenas a partir do segundo ciclo a memória é capaz de manter um acesso por ciclo, o primeiro acesso continua tão lento quanto em memórias EDO e FPM, consumindo 5 ciclos.

Como é preciso que a memória SDRAM a ser usada seja rápida o suficiente para acompanhar a placa mãe, é possível encontrar versões com tempos de acesso entre 15 e 6 nanossegundos.

Para determinar a velocidade máxima de operação de um módulo de memória SDRAM, basta dividir 1000 pelo seu tempo de acesso: um módulo com tempo de acesso de 15 nanos poderia trabalhar a apenas 66 MHz, já que 1000/15 = 66. Outra com tempo de acesso de 12 nanos já poderia trabalhar a 75 ou até 83 MHz, já que 1000/12 = 83. Para confirmar a validade deste cálculo, basta dividir 1 segundo por 83 milhões de ciclos da placa mãe e teremos justamente 12 nanos.

Justamente o fato de trabalharem sincronizadas com os ciclos da placa mãe torna as memórias SDRAM muito mais rápidas que suas antecessoras. Um módulo com tempo de acesso de 12 nanossegundos consegue ser cerca de 30% mais rápido que módulos de memórias EDO de 60 nanos, a 66 MHz (5 + 1 + 1 + 1 = 8 ciclos por 4 acessos na memória SDRAM contra 5 + 2 + 2 + 2 = 11 ciclos por 4 acessos da memória EDO) e quase 50% mais rápido a 83 MHz (5 + 1 + 1 + 1 = 8 da memória SDRAM contra 6 + 3 + 3 + 3 = 15 da memória EDO). Caso fosse utilizado um barramento de 100 MHz (neste caso precisaríamos de memórias PC-100), as memórias EDO se mostrariam quase 2.5 vezes mais lentas (5 + 1 + 1 + 1 = 8 contra 7 + 4 + 4 + 4 = 19).

Por não trabalharem sincronizadas com o clock da placa mãe, as memórias FPM e EDO poderiam trabalhar com qualquer freqüência de barramento: 100, 133, 200 MHz, ou até mais, desde que os tempos de espera fossem setados corretamente. Porém, quanto mais alta a velocidade, maiores teriam que ser os tempos de espera e pior seria o desempenho das memórias. Por isso, não se costuma utilizar memórias EDO ou FPM em frequências de barramento superiores a 75 MHz, apenas memórias SDRAM.

Tecnologia

Tempos de espera mínimos (a 66 MHz)

Tempos de espera mínimos (a 83 MHz)

Tempos de espera mínimos (a 100 MHz)

Tempo de acesso mais comum

Regular 5-5-5-5 = 20 x x 120 nanos

FPM 5-3-3-3 = 14 6-4-4-4 = 18

(não utilizado) x 70 nanos

EDO 5-2-2-2 = 11 6-3-3-3 = 15 ( pouco utilizado)

7-4-4-4 = 19 (não utilizado) 60 nanos

BEDO 5-1-1-1 = 8 6-1-1-1 = 9

(não utilizado)

7-1-1-1 = 10 (não utilizado) 50 nanos

SDRAM 5-1-1-1 = 8 5-1-1-1 = 8 5-1-1-1 = 8 10 nanos

Memórias PC-100

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O padrão de memórias PC-100, desenvolvido pela IBM, consiste numa série de especificações que visam a fabricação de memórias capazes de funcionar estavelmente em placas mãe que operam a 100 MHz. Teoricamente, qualquer módulo de memória SDRAM com tempo de acesso abaixo de 10 nanos poderia funcionar a 100 MHz, pois 1000/10 = 100. O problema é que, apesar de alguns módulos de memórias SDRAM antigos (chamados de PC-66, por terem funcionamento garantido a apenas 66 MHz) oferecerem tempos de acesso de 10 nanos, elas muitas vezes possuem um tempo de latência muito alto, falhando quando obrigadas a funcionar a 100 MHz.

Apesar de inicialmente os fabricantes terem encontrado dificuldades para produzir as memórias PC-100, com a proliferação dos processadores que rodam com Bus de 100 MHz, como as versões de 350, 400, 450 e 500 MHz do Pentium II e os K6-2 de 300, 350, 400 e 450 MHz, as memórias PC-100 e mais recentemente também as PC-133 e PC-150 tornaram-se padrão.

Memórias PC-133

Com a evolução das técnicas de fabricação, foi sendo possível produzir módulos de memória SDRAM com tempos de acesso cada vez mais baixos. Apesar do processo de evolução ser bastante lento se comparado ao de outros componentes, atualmente já é possível produzir memórias SDRAM capazes de funcionar acima de 133 MHz.

Estas novas memórias, chamadas PC-133 são utilizadas pelas versões de 133 MHz do Pentium III e do AMD Athlon, e justamente por permitirem um acesso a dados mais rápido, contribuem para o aumento da performance global do micro. Vale lembrar que memórias PC-133 funcionam normalmente em placas mãe com bus de 66 ou 100 MHz, assim como as memórias PC-100 trabalham normalmente a 66 MHz. Existe uma freqüência máxima mas freqüências menores também são suportadas. Você pode inclusive misturar módulos DIMM de tempos diferentes na mesma placa mãe, desde que nivele por baixo, ou seja, utilize uma freqüência de barramento compatível com o módulo mais lento.

Existem alguns casos de incompatibilidades entre algumas marcas ou modelos de módulos de memória e alguns modelos específicos de placas mãe, assim com em algumas combinações de módulos de marcas diferentes. Por isso, em algumas combinações pode ser que o micro não funcione, mas bastará trocar os módulos de memória por outros de marca diferente. Existem também alguns casos de placas mãe antigas que são incompatíveis com módulos de memória DIMM PC-100 ou PC-133 ou módulos de mais de 64 MB.

Recentemente, passaram a ser comuns também os módulos de memória PC-150, capazes de trabalhar a 150 MHz. Por enquanto, nenhum processador utiliza esta frequência, mas muitas placas mãe oferecem esta opção para quem desejar fazer overclock.

Identificando módulos de memória

Como vimos, todos os chips de memória, trazem estampado um número de identificação. Este número pode ser utilizado para descobrir detalhes sobre o módulo, quem o produziu, qual é seu tempo de acesso, qual é freqüência máxima suportada, etc.

Os fabricantes disponibilizam tabelas com as especificações de seus produtos, mas existe um site que concentra a maioria das informações disponíveis, funcionando como um mecanismo de busca. Este site, o IC Master, disponível no endereço http://www.icmaster.com é extremamente útil, pois permite identificar não apenas módulos de memória, mas também outros tipos de circuitos integrados apenas com base no número de identificação. O serviço é gratuito, você precisará apenas se cadastrar. Eles também vendem um CD-ROM com uma versão off-line do site.

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Novas Tecnologias

Graças à multiplicação de clock, os processadores trabalham a frequências cada vez maiores que as usadas pela placa mãe e consequentemente pela memória. Veja o caso de um Celeron 700 por exemplo. Nele, a placa mãe a memória operam a apenas 66 MHz, o multiplicador usado pelo processadores é 10.5x! Ou ainda o caso de um Athlon de 1.4 GHz, que utiliza memórias à 133 MHz, com um multiplicador de, novamente, 10.5x.

Mesmo com a ajuda do cache, o desempenho da memória RAM está começando a limitar severamente o desempenho do processador, sobretudo nos jogos e aplicativos onde são manipuladas grandes quantidades de dados.

Atualmente, temos basicamente duas concorrentes ao posto de sucessora das memórias SDRAM: as memórias DDR-SDRAM, Direct Rambus. Já começam a ser ensaiados os passos da sucessora das memórias DDR, que vem sendo chamadas de memórias DDR 2.

Memórias DDR-SDRAM (Double Data Rate SDRAM)

DDR vem de double data rate, o que enfatiza a principal característica das memórias DDR: permitir duas transferências de dados por ciclo de clock, um esquema semelhante ao usado no AGP 2x. Enquanto num módulo de memória SDRAM PC-100 temos transferidos 64 bits por ciclo de clock, resultando em uma taxa de transferência de 800 MB/s, num módulo de DDR-SDRAM também de 100 MHz teríamos duas transferências de 64 bits em cada ciclo, alcançando 1.6 GB/s de transferência, simplesmente o dobro.

Este tipo de memória está sendo bastante utilizado atualmente em placas de vídeo 3D. Uma das primeiras foi a Nvidia GeForce DDR.

O principal trunfo das memórias DDR é o preço, pois produzidas em grande quantidade custam pouco mais do que memórias SDRAM comuns. Na verdade, muitos fabricantes já oferecem memórias DDR pelo mesmo preço das SDRAM, o que deve virar regra em pouco tempo.

Os módulos de memória DDR-SDRAM são parecidos com os módulos DIMM de memórias SDRAM tradicionais, apenas a posição da fenda é diferente, para evitar que um módulo DDR possa sem encaixado num slot DIMM comum. Na foto abaixo temos um módulo de memória DDR-SDRAM produzido pela Samsung

Memórias Rambus (RDRAM)

As memórias Direct Rambus, permitem um barramento de dados de apenas 16 bits de largura, em oposição aos 64 bits utilizados pelos módulos de memória SDRAM, suportando em compensação, freqüências de barramento de até 400 MHz com duas transferências por ciclo (como o AGP 2x), o que na prática eqüivale a uma freqüência de 800 MHz.

Trabalhando a 400 MHz com duas transferências por ciclo, sua velocidade máxima, as memórias Rambus permitem uma banda total de 1.6 Gigabytes por segundo.

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Diferentemente das memórias DDR e SLD que são apenas evoluções das memórias SDRAM, as memórias Direct Rambus trazem uma arquitetura completamente nova, que exige modificações muito maiores nos chipsets destinados a suportá-la, significando maiores custos de desenvolvimento e produção.

Os próprios módulos de memória Rambus ainda são gritantemente mais caros, custando até 4 vezes mais que memórias SDRAM comuns. Claro que existe tendência de queda caso aumente a produção deste tipo de memória, mas ainda demorará anos até chegarmos a um patamar próximo ao das memórias SDRAM, isso caso as memórias Rambus venham a tornar-se um padrão.

Devido a isto, muitos especialistas não acreditam que esta tecnologia de memória possa ser realmente viável, e apontam as memórias DDR como uma alternativa muito mais prática. Apesar de tudo, as memórias Rambus são as únicas nativamente suportadas pelos chipsets i820 (atualmente extinto) i840 e i850 (que antes do i845 era o único chipset disponível para processadores Pentium 4).

Um problema que diminui a velocidade do acesso a dados nas memórias Rambus é o fato dos módulos trabalharem a apenas 16 bits, enquanto os processadores atuais comunicam-se com a memória usando palavras de 64 bits. Para superar esta limitação, é preciso que o controlador de memória (embutido no chipset) faça vários acessos consecutivos aos módulos de memória e entregue os dados ao processador na forma de palavras de 64 bits. Quando é necessário gravar dados é feito o processo inverso; o controlador de memória recebe os dados do processador na forma de palavras de 64 bits, e tem de fazer vários acesos consecutivos aos módulos de memória para armazenar cada palavra de 64 bits.

Este procedimento de conversão aumenta os tempos de latência, ou seja, o tempo que o processador tem que esperar entre cada operação de leitura ou gravação de dados, retardando o acesso à memória. É por isso que apesar dos módulos de memórias Rambus serem mais rápidos, o ganho de performance em relação às memórias SDRAM comuns é pequeno. A largura de banda total é bem maior, mas em compensação perde-se mais tempo entre cada acesso.

Os módulos de memórias Rambus são chamados de “Rambus Inline Memory Modules” ou RIMMs. Como pode ser visto na ilustração acima, os módulos RIMM são bem semelhantes aos módulos DIMM, mas em geral eles vem com uma proteção de metal sobre os chips de memória, que também serve para facilitar a dissipação de calor, já que os módulos RIMM aquecem bastante devido à alta frequência de operação.

Apesar de desejável, o dissipador de calor é opcional, o fabricante dos módulos é quem decide se prefere utiliza-lo ou não.

Memórias DDR X Memórias Rambus

Existem basicamente três fatores que determinam a velocidade de um módulo ou tecnologia de memória. A primeira é naturalmente a freqüência de operação, a segunda é o barramento de dados, ou seja, quantos dados são transferidos por ciclo e, finalmente, temos o tempo de latência, o número de ciclos que o módulo demora para começar a transferir dados

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apartir do momento que eles são solicitados e o intervalo a ser aguardado antes de um novo acesso à memória.

Por exemplo, um módulo de memória SDRAM PC-100 típico, opera a 100 MHz, ou seja, realiza 100 milhões de transferências por segundo. A cada transferência de dados são transmitidos 64 bits de dados enquanto o tempo de latência, ou seja o valor CAS, é de 2 ou 3 tempos, dependendo do módulo. Com isto, temos um módulo capaz de transferir, em condições ideais, 800 MB de dados por segundo, mas bem menos que isso na prática.

Um módulo de memória DDR PC-2100 por sua vez opera a 266 MHz (133 MHz com duas transferências por ciclo), também transmite 64 bits de dados por transferência e novamente tem (num módulo típico) um tempo de latência de 2 ou 3 ciclos. Com isto temos um módulo capaz de transferir, em condições ideais, 2.1 GB de dados por segundo, bem menos na prática novamente.

Um módulo de memória Rambus PC-800, que é o tipo mais comum atualmente, opera a 800 MHz, muita coisa, porém transfere apenas 16 bits de dados por ciclo. Veja que apesar de realizar mais transferências de dados por segundo, o módulo transfere menos dados por ciclo, apenas 1/4 do transmitido por um módulo DDR. Com isto, temos um módulo capaz de transferir 1.6 GB de dados por segundo. É o dobro do módulo de memória PC-100, mas é menos do que o módulo DDR. Devido à arquitetura usada, o tempo de latência num módulo de memória Rambus é maior do que num módulo de memória SDRAM ou DDR, de 4 a 5 tempos, dependendo do módulo, isto faz com que o módulo demore mais tempo para iniciar cada transferência de dados, o que prejudica o desempenho sobretudo quando o processador está trabalhando com vários arquivos pequenos, situação comum num servidor de banco de dados por exemplo. Os tempos latência mais altos garantem que novamente os módulos alcancem na prática velocidades abaixo do prometido.

Como funcionam as memórias DDR

A sigla DDR vem de double data rate. A sigla indica justamente a capacidade das memórias DDR transmitirem dados duas vezes por ciclo, uma transferência no início do ciclo de clock e uma segundo transferência no final do pulso. Um módulo DDR de 266 MHz por exemplo, não trabalha a 266 MHz, mas sim a apenas 133 MHz, entretanto, como são feitas duas transferências por ciclo, o desempenho é equivalente ao que seria alcançado por um módulo de 266 MHz.

O mais interessante é que um módulo DDR é essencialmente um módulo de memória SDRAM PC-100 ou PC-133 comum, com apenas uma ligeira modificação no circuito de acesso, como então ele pode ser duas vezes mais rápido?

Os módulos de memórias DRAM e DDR são divididos logicamente em bancos. Dentro do módulo de memória, cada banco concentra uma certa parte dos endereços de memória disponíveis. Cada banco divide-se novamente em várias linhas que finalmente dividem-se em colunas. A combinação dos endereços de banco, linha e coluna, correspondem à localização dos dados a serem acessados.

Dentro de cada banco de memória, apenas uma linha pode permanecer ativa de cada vez, mas nada impede que seja feito mais de um acesso simultâneo, desde que a endereços diferentes.

Para isto não é necessário mudar a estrutura do módulo, apenas realizar algumas mudanças no circuito de acesso dentro dos módulos e no controlador de memória da placa mãe. Já existem no mercado tecnologias de memória que permitem 4 acessos por ciclo. Teoricamente seriam possíveis tecnologias ainda mais rápidas, porém, quanto maior a quantidade de dados sendo transferidos por ciclo, maior o nível de ruído eletromagnético, e mais difícil é fazer tudo funcionar.

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É por isso que se diz que produzidas em grande quantidade, as memórias custam pouco mais que as memórias SDRAM comuns, as diferenças de arquitetura são pequenas.

Possivelmente a única desvantagens das memórias DDR sobre as memórias SDRAM é o fato dos módulos serem incompatíveis. Ao comprar uma placa mãe que suporte memórias DDR, você poderá usar somente memórias DDR e vice-versa. Terá que trocar seus módulos de memória, e comprar apenas módulos DDR em upgrades futuros. É quase como um casamento :-)

Existem algumas placas mãe híbridas, que tragam por exemplo dois soquetes para memórias SDRAM comuns e dois encaixes para memórias DDR, permitindo escolher qual tipo utilizar.

Existem dois tipos de memórias DDR, as PC-1600 e PC-2100, que operam respectivamente a 100 e 133 MHz, sempre com duas transferências por ciclo. Os números referem-se às capacidades teóricas de transmissão de dados dos módulos, respectivamente 1600 e 2100 MB/s.

A necessidade de memórias DDR

O grande trunfo das memórias DDR é um grande apoio da indústria, que vem ganhando força depois do lançamento dos chipsets DDR para o Athlon (o AMD 760 foi o primeiro da lista) e para o Pentium III (liderados pelo Via Apollo 266). O primeiro chipset para Pentium 4 a suportar memórias DDR é o i845, seguido pelo SiS SiS645 e Ali M1671.

O ganho de desempenho usando memórias DDR varia de acordo com o aplicativo usado. Em aplicativos de manipulam pequenas quantidades de dados por vez, como por exemplo, aplicativos de escritório em geral, programas de compactação de áudio e vídeo, browsers, etc. o ganho é muito pequeno, já que a quantidade de dados de que o aplicativo necessita podem ser atendidos facilmente por um módulo PC-133 comum. este caso, os gargalos são o processador, cache, HD, etc. não a memória.

Porém, em aplicativos que manipulam grandes quantidades de dados, como por exemplo grandes bancos de dados, jogos 3D em geral, programas de engenharia como o CAD ou programas científicos, apresentam grandes ganhos de desempenho em conjunto com memórias DDR.

Isto vale para uma processador atual, um Athlon de 1.33, um Pentium 4, etc. Conforme os processadores forem evoluindo, o uso de memórias DDR trará ganhos de desempenho cada vez mais tangíveis, já que serão usados multiplicadores cada vez mais altos, aumentando o abismo entre a velocidade do processador e a velocidade da memória.

Um exemplo atual é o Celeron. Em suas primeiras versões, a 333, 366, 400 MHz, o Celeron, mesmo usando barramento de 66 MHz rivalizava em desempenho com os Pentium II de 350 e 400 MHz, que já utilizavam bus de 100, simplesmente por que a 366 MHz o Celeron ainda não era muito penalizado pela memória mais lenta.

Porém, conforme o Celeron foi sendo lançado em versões cada vez mais rápidas, o barramento de 66 MHz começou a limitar severamente a performance. A Intel resolveu então lançar no mercado o Celeron de 800 MHz usando bus de 100 MHz. A diferença de desempenho entre um Celeron 766 (que usa bus de 66) e um Celeron 800 (que usa bus de 100) chega a ser de quase 20% em alguns aplicativos, mesmo a freqüência do processador sendo quase a mesma. Afinal, o Celeron 766 usa multiplicador de incríveis 11.5 x, enquanto o Celeron 800 usa multiplicador de apenas 8 x, perdendo muito menos tempo ao acessar a memória.

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Como funcionam as memórias Rambus

As memórias Rambus não deixam de ser uma arquitetura bastante interessante, afinal, projetar um módulo de memória capaz de operar a 800 MHz tem seus méritos.

A grande diferença entre um módulo de memória Rambus e um de memória DDR, e justamente o que permite aos módulos RDRAM atingir frequências de operação altíssimas, é o fato de serem divididos num número muito maior de bancos de memória. Com mais bancos, é possível manter mais bancos transferindo dados ao mesmo tempo, obtendo frequências de operação mais altas.

Isto leva à segunda característica, que é ao mesmo tempo uma vantagem e desvantagem: o fato dos módulos transmitirem apenas 16 de dados bits por ciclo, enquanto os módulos DDR transmitem 64 bits.

Esta limitação surge em decorrência da freqüência de operação mais alta. Se cada via de dados realiza mais transferências de dados por segundo, consequentemente também gerará mais ruído eletromagnético, ou seja, gerará mais interferência. Com isto, as vias de dados precisarão ficar mais distantes umas das outras. Já que o espaço num módulo de memória é muito restrito, a única solução foi diminuir o número de vias de dados, de 64 para apenas 16.

Por outro lado, isto pode ser vantajoso do ponto de vista dos fabricantes de placas mãe, pois se os módulos de memória possuem apenas 16 vias de dados, será preciso usar menos trilhas na placa mãe, o que significa custos de desenvolvimento e produção mais baixos. Existe inclusive a possibilidade de aumentar o número de vias, de 16 para 32 e acessar dois módulos ao mesmo tempo. Com isto a velocidade de acesso a memória dobra.

Cada módulo transmite dados (limite teórico) a 1.6 GB/s, então dois módulos juntos transmitirão a 3.2 GB/s. Este sistema é usado no Pentium 4, onde é necessário usar os módulos RDRAM em pares. Mais dor de cabeça, mais gastos, porém acesso à memória mais rápido. Estes 3.2 GB/s de barramento com a memória são um dos principais motivos para o Pentium 4 ser muito rápido no Quake 3, um jogo que depende muito da velocidade do acesso à memória, mas não ajuda tanto em outros aplicativos.

O uso de mais bancos de memória traz um efeito colateral, que é a necessidade de usar um circuito de controle mais complexo, e mais caro. Este circuito de controle é um dos fatores que faz os módulos RDRAM serem mais caros, e é o culpado pelos tempos de latência mais altos.

A organização mais complexa e o circuito de controle mais lento, faz com que os acesso demorem muito mais tempo. O primeiro acesso à memória demora muito mais que num módulo DDR, apesar dos seguintes demorarem apenas um ciclo cada.

Isto explica por que um Pentium III espetado numa placa mãe o com o chipset i820, que usa memórias Rambus, é mais lento que um Pentium III usando memórias PC-100 comuns em muitos aplicativos, ganhando em outros. Apesar de transferir mais dados por ciclo, os módulos RDRAM demoram mais para começar a transferir dados, o que significa mais ciclos de processamento desperdiçados.

Aplicativos que realizam vários acessos a memória, transferindo um número pequeno de dados por acesso, acabam apresentando um desempenho inferior do que apresentariam com memórias PC-100 comuns, enquanto aplicativos que manipulam grandes quantidades de dados são beneficiados. É uma faca de dois gumes.

Memórias VC-SDRAM

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As memórias VC-DRAM são mais uma tecnologia fracassada, assim como as memórias BEDO que vimos a pouco. Entretanto, não deixam de ser uma tecnologia interessante.

As memórias VC-SDRAM, ou Virtual Chanel SDRAM, são uma tecnologia que consiste em incluir um pequeno buffer de dados em módulos de memória SDRAM comuns, que passam a ser módulos Virtual Channel.

Dentro do processador, existem vários registradores, de 32 bits cada. Os registradores armazenam as instruções que estão sendo processadas, e a cada ciclo são alimentados com novos dados. No caso dos módulos de memória VC-SDRAM o buffer visa permitir vários acessos simultâneos à memória, agilizando o acesso a dados. O nome “Virtual Channel”, ou “canal virtual” vem justamente desta característica.

Qualquer dispositivo que possa acessar a memória principal, seja o processador, uma placa de vídeo AGP, uma placa SCSI, etc. é chamado de mestre. Atualmente vários dispositivos tem permissão para acessar diretamente a memória principal, e muitas vezes acontece de vários dispositivos tentarem acessá-la ao mesmo tempo. No caso de um módulo de memória SDRAM comum, apenas um dispositivo pode acessar a memória por vez, ao terminar ele dará espaço para outro e novamente aguardará sua vez caso precise realizar mais transferências. A grande vantagem das memórias VC-SDRAM é o fato de permitirem (devido à existência do buffer) que vários dispositivos possam fazer acessos à memória, simultaneamente.

O problema é que, na pratica, os registradores servem para apenas diminuir o tempo de latência, mas a velocidade das transferências continua a mesma: 800 MB/s a 100 MHz ou 1.06 GB/s a 133 MHz, resultando em um ganho de performance muito pequeno.

Em termos de pinagem e requisitos elétricos, os módulos de VC-SDRAM são idênticos aos módulos de memória SDRAM comuns, porém, é necessário que haja suporte por parte do chipset. Uma placa mãe equipada com um chipset compatível pode trabalhar com os dois tipos de memória, sem precisar de modificações. Naturalmente só é possível usar um dos dois tipos de cada vez; não é permitido misturar módulos dos dois padrões. Como as memórias VC-SDRAM são essencialmente memórias SDRAM mais o conjunto de registradores e circuito de controle, também existe a divisão em memórias PC-100 e PC-133.

O chipset KT-133 da Via, que era utilizado por exemplo na Abit KT7 Raid oferecia suporte a este tipo de memória, porém, já que ninguém utiliza memórias VC de qualquer maneira, a Via, a fim de cortar custos, retirou o suporte no KT-133A, a versão mais recente do mesmo chipset.

ECC e Paridade

Por melhor que seja a qualidade, todos os tipos de memória são passíveis de erros, que podem ser causados por inúmeros fatores, que vão desde interferências momentâneas à defeitos físicos nos módulos de memória. Um dado adulterado pode causar os mais diversos efeitos colaterais. Para aumentar o grau de confiabilidade dos sistemas, foram criados métodos de diagnóstico e correção de erros. Talvez, num micro doméstico, um sistema de correção de erros não seja tão importante, pois um erro na memória no máximo causaria o travamento da máquina. Em aplicações críticas porém, como num banco, qualquer erro de processamento pode causar grandes prejuízos.

Atualmente, os métodos usados para a detecção de erros nas memórias são a Paridade e o ECC (“Error Correcting Code” ou “código de correção de erros”), que se baseiam em técnicas totalmente diferentes:

A Paridade é um método mais antigo, que somente é capaz de identificar alterações nos dados depositados nas memórias, sem condições de fazer qualquer tipo de correção. A

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paridade consiste na adição de mais um bit para cada byte de memória, que passa a ter 9 bits, tendo o último a função de diagnosticar alterações nos dados.

A operação de checagem dos dados na paridade é bem simples: são contados o número de bits “1” de cada byte. Se o número for par, o bit de paridade assume um valor “1” e caso seja impar, o 9º bit assume um valor “0”. Quando requisitados pelo processador, os dados são checados pelo circuito de paridade que verifica se o número de bits “1” corresponde ao depositado no 9º bit.

Caso seja constatada alteração nos dados, ele envia ao processador uma mensagem de erro. Claro que este método não é 100% eficaz, pois não é capaz de detectar a alteração de um número de bits que mantenha a paridade. Caso por exemplo, dois bits zero retornassem alterados para bits um, o circuito de paridade não notaria a alteração nos dados. Felizmente, a possibilidade da alteração de dois ou mais bits ao mesmo tempo é remota.

Exemplo de Byte de dados Número de Bits “1” no Byte Bit de paridade 00000000 0 1 10110011 5 0 00100100 2 1 11111111 8 1

O uso da paridade não torna o computador mais lento, pois os circuitos responsáveis pela checagem dos dados são independentes do restante do sistema. Seu único efeito colateral, é o encarecimento das memórias, que ao invés de 8 bits por byte, passam a ter 9, tornando-se cerca de 12% mais caras.

Antigamente quase não se fabricavam memórias sem paridade. As memórias EDO e SDRAM atuais porém, apresentam um bom nível de confiabilidade, o que torna o uso da paridade dispensável. De fato, poucos fabricantes ainda produzem memórias com o 9º bit.

Para sistemas destinados a operações críticas, foi desenvolvido o ECC, um método de diagnóstico bem mais eficiente, por ser capaz de além de identificar erros nos dados, corrigi-los através de algoritmos especiais. Numa memória com ECC encontramos mais 1, 2 ou até 3 bits para cada byte de memória. Quanto maior a quantidade de bits destinados ao ECC, mais complexos serão os códigos armazenados, e maior será a possibilidade de um eventual erro ser corrigido.

Apesar de ainda não ser muito usado em memórias RAM, justamente devido à boa confiabilidade das memórias atuais, o ECC é item obrigatório em discos rígidos e CD-ROMs, pois neles o corrompimento de dados é muito comum.

16. PERIFÉRICOS DO COMPUTADOR

16.1 Teclado: o teclado é um periférico que possui número variado de teclas dependendo o tipo do teclado. Suas teclas são de letra, números, setas e funções. Algumas teclas tem funções especiais.

16.2 Mouse: é um periférico que executa várias funções que antes só o teclado era capaz. Ele serve para seleção de item facilitando muito as operações. Normalmente tem 3 teclas que podem ser configuradas para destros ou canhotos. O mouse deve ser tratado com certo cuidado, mantendo sempre limpo o pedmouse, um emborrachado próprio que facilita o seus movimentos.

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16.3 Estabilizador: os micros apesar de já virem com fonte interna é de fundamental importância que se tenha um bom estabilizador de corrente com filtro de linha. A variação da corrente elétrica pode causar danos ao micro como queima de placas, queima da placa de CPU, danos ao Hard Disk, inutilização do microprocessador e de memórias. "Todo Cuidado é Pouco". Outra coisa importante é o aterramento do micro. Um bom aterramento evita muitos problemas de estática que podem também danificar seriamente o micro.

16.4 Scanner: são periféricos que através da absorção da luz das partículas de uma foto, gravura ou texto conseguem traduzir para o PC os sinais para serem gravados e utilizados nas editorações.

16.5 Impressora: são periféricos utilizados para impressão e são Matriciais (utilizam fita e tem um cabeçote com agulhas e são muito robustas), Jato de Tinta(utilizam cartucho pretos ou coloridos, excelente impressão), Laser(utilizam toner, podem ser colorida ou preto, excelente impressão e velocidade alta), Plotter(com canetas especiais serve para desenhos em vários tipos de papeis - Mecânica, Engenharia, Cartografia e etc).

16.6 Monitor: é um periférico de saída que pode ser colorido ou preto e branco e de vários tamanhos. Hoje em dia o mais encontrado é o colorido SVGA e de tamanho 14, 15, 17 e 21 polegadas e a resolução da tela é definida por número de pixels Dica: use o monitor a uma distância de 80 cm.

17. ENERGIA ELÉTRICA

17.1 ATERRAMENTO

Eletricidade só existe quando há diferença de potencial. Por exemplo, se temos dois fios, um com potencial 12 e outro com potencial 0, então temos uma diferença de potencial de 12 V. Se temos dois fios com potencial 12, então não há diferença de potencial e a tensão elétrica obtida entre esses dois fios será zero.

Assim, a rede elétrica é formada por dois fios, um chamado fase e outro chamado neutro. O fio neutro possui potencial zero e o fio fase é por onde a tensão elétrica é transmitida. Como haverá diferença de potencial entre a fase e o neutro, haverá tensão elétrica. Na rede

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elétrica a tensão é alternada, já que potencial elétrico do fio fase é uma forma de onda senoidal, isto é, varia ao longo do tempo.

O terra é um sinal que contém zero volt absoluto. Ele é usado para igualar o potencial elétrico entre equipamentos elétricos. Normalmente o terra é ligado à carcaça metálica do equipamento. Em equipamentos onde o gabinete seja plástico, o terra é ligado à carcaça metálica existente no interior do equipamento.

Você deve estar se perguntando qual é a diferença entre o terra e o neutro, já que ambos possuem potencial zero.

Acontece que o fio neutro pode ficar "sujo" devido a fugas apresentadas pelos equipamentos elétricos presentes na sua casa ou trabalho. Por exemplo, ele vem da rua com potencial zero mas, devido aos equipamentos que existem em sua casa, houve uma fuga (que é normal) e o neutro passou a ter um potencial ligeiramente maior, digamos 6 V. Se comparado com o fio fase, então, a diferença de potencial baixou, nesse caso, 6 V. Mas, como os equipamentos elétricos normalmente possuem uma tolerância alta, essa queda na tensão não alterará funcionamento deles (a tensão baixou de 127 V para 121 V nesse exemplo, o que fará com que os equipamentos continuem funcionando normalmente).

O terra apresenta, portanto, um potencial de zero volt absoluto. Isso é conseguido através da instalação de uma barra de ferro no solo (e daí o nome "terra"). Como a terra é uma fonte inesgotável de elétrons, o seu potencial é inalterável. Caso algum equipamento tente "sujar" o terra (como ocorre com o neutro), o excesso de tensão é encaminhado para a terra, mantendo o potencial elétrico sempre em zero.

A questão é que o fio terra só faz sentido quando estamos operando com equipamentos elétricos que irão ser interligados entre si e onde não pode haver diferença de potencial entre eles. Para um ferro de passar roupas, para um liqüidificador e para uma lâmpada, o uso do fio terra não faz o menor sentido, já que eles não precisam de uma referência do zero volt absoluto, pois a tolerância desses equipamentos permite a eles operarem corretamente mesmo quando o fio neutro está "sujo".

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Por esse motivo é que nas instalações elétricas residenciais só há, na maioria das vezes, os fios fase e neutro, já que assume-se que você não terá em casa equipamentos elétricos que necessitem de aterramento.

Terra Virtual

Você já tomou choque ao abrir a porta de uma geladeira? Isso ocorre caso o potencial elétrico da carcaça da geladeira não é igual a zero. Como você está com os pés no chão (que possui potencial zero), haverá uma diferença de potencial entre você e a geladeira, que criará uma corrente elétrica tão logo você encoste na carcaça metálica da geladeira, fazendo com que você sinta o choque.

Esse mesmo tipo de problema pode ocorrer com o gabinete do seu computador ou com qualquer equipamento elétrico ou eletrônico que possua carcaça metálica.

A função do fio terra é prover zero volt absoluto. O terra é ligado diretamente à carcaça metálica do equipamento e, com isso, você nunca tomará esse tipo de choque em equipamentos corretamente aterrados.

Agora imagine que você esteja ligando o micro a uma impressora. Essa ligação é feita através de um cabo, correto? O que acontecerá se o potencial elétrico da carcaça do computador for diferente do potencial elétrico da carcaça da impressora? Na pior das hipóteses, você queimará a porta paralela do seu micro ou da sua impressora.

Outra situação muito comum é entre micros conectados em rede. Se os micros não estiverem aterrados, você poderá queimar a placa de rede deles, caso a carcaça deles possuam potenciais elétricos diferentes. O cabo da rede fará o papel de interligar a carcaça dos micros, fazendo com que haja um choque entre eles (assim como você tomou um choque na porta da geladeira ou no gabinete do micro). Esse choque é uma diferença de potencial e fará com que, no caso mais simples, a rede não funcione e, no caso mais grave, você queime as placas de rede dos micros que possuem diferença de potencial entre eles. Já viu o que pode ocorrer em redes contendo vários micros (é óbvio que esse problema só ocorre em redes usando cabos metálicos, que conduzem eletricidade; em redes usando fibras ópticas esse tipo de problema não ocorre, já que ele transmite luz e não eletricidade).

Dessa forma, pode haver diferença de potencial entre equipamentos que possam ser interligados. A solução para não haver essa diferença de potencial é o aterramento.

Só que, como vimos, a maioria dos prédios não possui fio terra e muitas vezes sai caro (e complicado) criar o terra (pois, como vimos na página anterior, é necessário enterrar uma barra de ferro na terra - se você mora em uma casa, isso é moleza, mas digamos que você more no 10º andar de um prédio).

Então, qual é a solução para não haver diferença de potencial entre os equipamentos? A não ser que você esteja trabalhando em uma empresa onde há vários computadores ligados em rede (e aí realmente torna-se necessário criar um terra verdadeiro), pode-se usar a técnica do "terra virtual".

Em seu micro, você não terá esse problema de diferença de potencial entre os seus equipamentos se você igualar o potencial deles. Para isso, basta interligar os fios terra deles. O seu estabilizador de tensão pode fazer isso por você. Basta você não cortar o pino terra dos seus equipamentos e ligá-los ao mesmo estabilizador para que o potencial deles seja igualado, já que o estabilizador interliga os pinos terra dos equipamentos. O único problema será se houver diferença de potencial entre você e a carcaça do gabinete (porque você tomará um "choquinho" toda vez em que encostar no gabinete) ou se você for ligar vários micros em rede. Aí o terra será necessário.

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Para criar um terra verdadeiro, aconselhamos procurar um eletricista especializado em instalações prediais.

TERRA VERDADEIRO

A técnica do "terra virtual", funciona para igualar o potencial elétrico dos seus equipamentos e fazer com que eles não se queimem caso exista diferença de potencial entre eles. Para isso, basta interligar os terras dos equipamentos, o que é feito simplesmente conectando os equipamentos ao estabilizador de tensão. O pino terra dos cabos de força não poderão estar cortados, caso contrário essa técnica não funcionará. É claro que se você não tiver uma ligação de terra real, você terá de cortar ou então deixar desconectado o pino terra do estabilizador de tensão. Ou seja, o estabilizador será responsável por conectar os terras dos equipamentos nele conectados, porém seu próprio terra não estará ligado a lugar algum.

Vários leitores pediram para nós ensinarmos como é que eles podem fazer um terra verdadeiro sem a contratação de um profissional da área. A solução quebra-galho mais eficiente é você procurar um ponto metálico que faça a ligação do seu equipamento com o subsolo onde o seu prédio foi construído. Em apartamentos e salas comerciais, você tipicamente conseguirá isso através da tubulação de água, caso ela seja metálica, ou então através do vergalhão de ferro presente nas vigas de sustentação do prédio (atenção: janelas de alumínio não servem para fazer o terra). Assim, basta você comprar um fio com o comprimento necessário para ligar o pino terra da tomada do estabilizador ao cano ou viga escolhida e pronto, mãos à obra!

No caso de você decidir usar a tubulação de água para fazer o seu terra, não se esqueça de verificar se os canos que passam dentro da parede são de metal, pois caso eles sejam de PVC, você não poderá utilizar a tubulação. Note que muitas vezes, especialmente nos prédios mais novos, as torneiras são metálicas, mas o encanamento é de PVC. Por isso, olho vivo!

Outro cuidado a ser tomado é o de não ligar o pino terra da tomada do estabilizador ao neutro da rede elétrica. Infelizmente há muitas pessoas que fazem isso. O problema é que algum dia alguém pode equivocadamente inverter o fase e o neutro na caixa de distribuição e o seu micro literalmente explodir (nós já vimos isso acontecer).

Um outro detalhe técnico que esquecemos de deixar claro na primeira parte desta série é que nossas explicações estavam baseadas nas redes elétricas de 110 V. Em redes elétricas de 220 V, há duas formas de se conseguir essa tensão. Em uma das configurações usadas, um dos fios da tomada possui uma fase de 220 V e o outro é o neutro. Ou então outra possibilidade é de os dois fios serem fases independentes de 110 V, fazendo com que a tensão seja "dobrada" e, daí, atingindo os 220 V. Em redes 220 V formadas desta maneira, a presença do terra é ainda mais importante, já que a tomada não possui um fio neutro (que, como vimos anteriormente, possui potencial elétrico de zero volt).

O leitor Otto Fuchshuber Filho nos mandou a seguinte dica sobre esse assunto:

"Usei um conector fabricado especialmente para utilização das ferragens. É só instalar o conector em um vergalhão de uma coluna, levar o fio que vem preso ao conector até o quadro de distribuiçao e daí até as tomadas. Custa R$ 19,00 + despesas de postagem e pode ser adquirido em http://www.para-raios.com.br/produtos.htm".

12.2 PROTEÇÕES PARA COMPUTADOR: NOBREAK, FILTROS, ESTABILIZADORES

A maioria dos usuários quer (e deve) proteger o seu precioso equipamento. Afinal de contas, um computador ainda não é barato o suficiente para simplesmente o jogarmos fora cada vez em que apresenta um problema.

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Uma proteção essencial é a proteção elétrica. Como o computador é um equipamento eletrônico alimentado pela rede elétrica, problemas com a rede elétrica poderão influenciar diretamente em seu funcionamento, podendo até mesmo ocasionar a queima de componentes.

Todo computador deve ser ligado à rede elétrica no mínimo através de um estabilizador de tensão. O estabilizador de tensão é um equipamento responsável por manter a tensão elétrica em sua saída estável, mesmo que haja variações na rede elétrica. Assim, se a rede oferece picos ou está com a tensão acima (sobretensão) ou abaixo (subtensão) do valor ideal, esse equipamento oferece uma compensação e mantém a sua saída com um valor estável, protegendo, assim, o seu equipamento.

Infelizmente os estabilizadores de tensão mais baratos do mercado são ineficientes. Eles não protegem corretamente o equipamento, deixando que variações da rede passem para o computador.

Você pode verificar esse problema fazendo um teste extremamente simples. Ligue um abajur contendo uma lâmpada de 60W em uma das tomadas do estabilizador e deixe-o ligado enquanto você estiver mexendo em seu micro. Ao longo do tempo, o brilho da lâmpada não deverá variar, provando que a tensão da saída do estabilizador é fixa, isto é, na varia. Porém, em muitos casos, você verificará que o brilho da lâmpada aumenta ou diminui, provando que o estabilizador que você está usando não está funcionando adequadamente, já que a tensão presente em sua saída está variando.

Bons estabilizadores de tensão são caros. Os mais caros são, inclusive, "inteligentes". Esses estabilizadores podem ser conectados ao micro através da porta serial, permitindo que você monitore a condição da rede, inclusive com gráficos estatísticos.

Em relação aos filtros de linha, o papel desse tipo de equipamento é filtrar ruídos da rede elétrica, especialmente os gerados por motores, tais como liqüidificadores, condicionadores de ar, geladeiras, etc. Acontece que, o componente eletrônico responsável pela filtragem, chamado varistor, já está presente tanto dentro da fonte de alimentação dos micros, quanto dentro dos estabilizadores de tensão.

Isso significa que os filtros de linha não servem para absolutamente nada, e você não precisa gastar dinheiro à toa com esse tipo de equipamento. A não ser que você esteja precisando de mais tomadas para ligar os seus equipamentos ao estabilizador.

Um cuidado muito importante que deve ser tomado é com o fax modem. Como ele normalmente fica ligado direto à linha telefônica, é muito comum esse equipamento se queimar quando há algo de errado com a linha telefônica, especialmente quando a fiação da rede elétrica encosta na fiação telefônica durante tempestades. Preventivamente você deve remover o fio do modem durante tempestades, mas nem sempre lembramos de fazer isso.

A solução é o uso de um filtro entre o modem e a linha telefônica. Os melhores filtros são os que usam um centelhador a gás, que é uma ampola de vidro contendo gás onde a tensão elétrica em excesso é descarregada

- NOBREAK: O no-break (que em inglês é chamado UPS, Uninterruptible Power Supply) é um dispositivo que oferece uma proteção extra ao seu equipamento. No caso da falta de energia elétrica, o no-break continua alimentando o seu micro durante o tempo necessário para que você salve o seu trabalho.

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Essa alimentação é provida por uma bateria, que fica sendo carregada enquanto a rede elétrica está funcionando corretamente. Essa bateria possui uma autonomia, que em geral não é muito grande (nos no-breaks mais comuns, essa autonomia é de algo entre 10 e 15 minutos). Por isso, o no-break não deve ser usado para ficar usando o computador enquanto não há luz, mas sim para dar a oportunidade de salvar o seu trabalho e então desligar o micro.

Tanto que não é recomendado que você ligue outros periféricos ao no-break, tais como impressoras e scanners. Nesse equipamento você deve conectar somente o micro e o monitor de vídeo.

Os no-breaks são classificados em dois tipos: off-line e on-line. Os no-breaks off-line são os mais baratos e apresentam um retardo em seu acionamento. Quando a luz acaba, o no-break demora um tempo (tipicamente 16 ms) para detectar que a luz acabou e acionar a bateria. Embora esse retardo seja pequeno, pode afetar o funcionamento de equipamentos mais sensíveis. Um tipo de no-break off-line muito comum é o line interactive. Esse tipo de no-break oferece um retardo menor (tipicamente de 6 ms) e traz um estabilizador de tensão embutido.

Já os no-breaks on-line não oferecem qualquer tipo de retardo no acionamento da bateria quando a luz acaba, sendo, portanto, melhores do que os no-breaks off-line. Existem, no entanto, dois tipos de no-breaks on-line: on-line em paralelo e on-line em série.

Nos no-breaks on-line em paralelo, a sua bateria e a tensão da entrada do no-break são ligadas simultaneamente à saída do equipamento. Como a bateria está sempre ligada na saída do no-break, não há retardo em seu acionamento. Entretanto, como a eletricidade da entrada do no-break está presente em sua saída quando há luz, qualquer problema na rede elétrica (como variações de tensão) são repassados para a saída do no-break, ou seja, para o computador. Por isso dizemos que nesse tipo de equipamento a saída não está isolada da entrada.

Esse isolamento é conseguido no no-break em série, que é o melhor tipo de no-break existente (e é o que consideramos o "verdadeiro" no-break). Nesse equipamento, o micro é alimentado o tempo inteiro pela bateria e somente pela bateria. Quando falta luz, não há qualquer tipo de retardo. E como a tensão elétrica presente na entrada do no-break é usada apenas para ficar recarregando a bateria quando ela fica fraca, a saída do no-break fica totalmente isolada da entrada. Com isso, qualquer problema na rede elétrica (variações, ruídos, etc) não afeta o micro conectado na saída desse tipo de no-break.

Se você está pensando em comprar um no-break para proteger o seu micro, é questão de você ver no mercado os tipos existentes, seus preços e decidir o equipamento que oferece a melhor relação custo/benefício para você.

18. MONTAGEM DO COMPUTADOR

A primeira coisa a saber sobre montagem de computadores é sobre a eletricidade estática. A estática surge devido ao atrito e é facilmente acumulada por nosso corpo, principalmente em ambientes muito secos. Você já deve ter feito, ou visto alguém fazer, aquela brincadeira de esfregar as mãos no cabelo ou num pedaço de lã e conseguir aplicar um choque sobre um amigo apenas por tocá-lo. Os componentes das placas de um computador são bastante sensíveis à cargas elétricas, podendo ser facilmente danificados por um choque como este.

Ao manusear o hardware, vale à pena tomar certos cuidados para evitar acidentes. O primeiro é sempre ao manusear placas, ou módulos de memórias, tocá-las pelas bordas, evitando contato direto com os chips e principalmente com os contatos metálicos. Assim, mesmo que você esteja carregado elétricamente, dificilmente causará qualquer dano, já que a fibra de vidro que compõe as placas é um material isolante.

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Outro cuidado é não utilizar blusas ou outras peças de lã enquanto estiver manuseando os componentes, pois com a movimentação do corpo, estas roupas ajudam a acumular uma grande quantidade de eletricidade. Evite também manusear componentes em locais com carpete, especialmente se estiver descalço. Também é recomendável descarregar a eletricidade estática acumulada antes de tocar os componentes, tocando em alguma peça de metal que esteja aterrada, que pode ser um janela ou grade de metal que não esteja pintada.

Outra solução seria utilizar uma pulseira antiestática que pode ser adquirida sem muita dificuldade em lojas especializadas em informática. Esta pulseira possui um fio que deve ser ligado a um fio terra, eliminando assim qualquer carga elétrica do corpo. Na falta de algo de metal que esteja aterrado ou uma pulseira antiestática, você pode descarregar a estática, embora de maneira não tão eficiente, simplesmente tocando em alguma parte do gabinete que não esteja pintada com as duas mãos por alguns segundos.

Ao contrário do que pode parecer, não são tão comuns casos de danos a componentes devido à eletricidade estática, por não ser tão comum conseguirmos acumular grandes cargas em nosso corpo. Alguns especialistas chegam a afirmar que a eletricidade estática não chega a ser um perigo real, geralmente argumentando que ao abrir o gabinete para mexer no hardware, o usuário invariavelmente toca em partes não pintadas deste, o que por si já ajudaria a descarregar a estática. De qualquer maneira, vale à pena tomar cuidado.

Os componentes mais sensíveis à estática são os módulos de memória. O pior neste caso é que o mais comum não é o módulo se queimar completamente, mas sim ficar com alguns poucos endereços danificados, ou seja ao ser usado, o módulo irá funcionar normalmente, mas o micro ficará instável e travará com frequência, sempre que os endereços defeituosos forem acessados. Se o Windows começar a apresentar telas azuis e travamentos com muita frequência os principais suspeitos são justamente os módulos de memória.

É muito comum comprar módulos de memória danificados em lugares onde os vendedores manuseiam os componentes sem cuidado algum. Fica a dica...

Certo

Errado!

18.1 FERRAMENTAS

Para montar um micro, não é preciso muitas ferramentas. Uma chave de fenda estrela e outra comum de tamanho médio, junto com um pouco de pasta térmica já dão conta do recado. Algumas outras ferramentas como chaves hexagonais (ou chaves “canhão”), pinças, um alicate de ponta fina e um pega-tudo também são bastante úteis. Os parafusos necessários acompanham o gabinete, a placa mãe e demais componentes, apesar algumas lojas também venderem parafusos avulsos.

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Podemos utilizar as chaves hexagonais para remover ou apertar a maioria dos parafusos, em especial os que prendem os fios das saídas seriais e paralelas do micro que só podem ser removidos com este tipo de chave, ou então um alicate. Outros parafusos, como os que prendem a tampa do gabinete, possuem encaixes tanto para chaves estrela, quanto chaves hexagonais. As pinças e o alicate são muito úteis para mudar a posição de jumpers em lugares de difícil acesso, enquanto o pega-tudo é útil para conseguir alcançar parafusos que eventualmente caiam no interior do gabinete. Outra utilidade para ele é segurar parafusos destinados a lugares de difícil acesso, como os que prendem a parte frontal do gabinete, a fim de conseguir apertá-los usando a chave de fenda.

18.2 GABINETE

Para iniciar a montagem, o primeiro passo é abrir o gabinete e desprender a chapa de metal onde encaixaremos a placa mãe. Após encaixada a placa mãe na chapa de metal, podemos realizar várias etapas da montagem antes de novamente prender a chapa ao gabinete, assim teremos muito mais facilidade para encaixar as memórias, processador, encaixes do painel do gabinete, cabos flat e também (caso necessário) para configurar os jumpers da placa mãe.

Para prender a placa mãe à chapa de metal do gabinete, utilizamos espaçadores e parafusos hexagonais. Os espaçadores são peças plásticas com formato um pouco semelhante a um prego, que são mais usados em gabinetes e placas soquete 7. Nos gabinetes ATX o mais comum é o uso dos parafusos, não se preocupe, pois o gabinete acompanha os encaixes adequados.

Não existe nada de muito especial nesta parte da montagem, mas para tirar qualquer dúvida que possa ter, vou dividir a explicação em duas partes, falando sobre gabinetes AT e ATX.

18.3 INICIANDO A MONTAGEM – FIXANDO A PLACA MÃE NO SUPORTE

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Iniciando a montagem, o primeiro passo é abrir o gabinete e desprender a chapa de metal onde encaixaremos a placa mãe:

Para prender a placa mãe à chapa de metal do gabinete, utilizamos espaçadores e parafusos hexagonais. Os espaçadores são peças plásticas com formato um pouco semelhante a um prego. A parte pontiaguda deve ser encaixada nos orifícios apropriados na placa mãe, enquanto a cabeça deve ser encaixada nas fendas da chapa do gabinete.

A placa mãe não ficará muito fixa caso usemos apenas os espaçadores. Para mantê-la mais firme, usamos também alguns parafusos hexagonais. O parafuso é preso à chapa do gabinete, sendo a placa mãe presa a ele usando um segundo parafuso. Dois parafusos combinados com alguns espaçadores são suficientes para prender firmemente a placa mãe.

Prender a placa mãe à chapa do gabinete, é uma das etapas mais complicadas da montagem. O primeiro passo é examinar a placa mãe e a chapa para determinar onde a furação de ambas se combina. Para apoiar melhor a placa mãe, você também pode cortar o pino superior de alguns espaçadores, usando um faca, tesoura ou estilete, e usá-los nos orifícios da placa mãe que não tem par na chapa.

O primeiro passo para fixar a placa mãe à chapa do gabinete é verificar em que pontos a furação se combina:

O próximo passo é encaixar os espaçadores na placa mãe:

... e os parafusos hexagonais nos orifícios da chapa que correspondem aos encontrados na placa mãe.

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Agora basta apenas encaixar a placa mãe. Nesta foto temos um espaçador sendo encaixado numa fenda da chapa do gabinete:

Finalizando o encaixe, temos agora apenas que parafusar a placa mãe onde colocamos parafusos hexagonais:

18.4 GABINETE ATX

A forma de encaixe pode variar um pouco de acordo com o gabinete. Em alguns gabinetes a chapa de metal é fixa, obrigando a fazer todo o trabalha-lho sem removê-la. Em outros a chapa pode ser removida, como nos AT, mas em qualquer um dos casos, os gabinetes ATX são bem maiores que os AT, o que facilita bastante a montagem.

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O procedimento continua sendo o mesmo, abrir o gabinete, soltar a chapa (se o gabinete permitir), prender os parafusos ou encaixes que vieram com o gabinete e, finalmente, encaixar e aparafusar a placa mãe.

Outra coisa prática nas placas ATX é que os encaixes das placas paralelas, seriais, USB, teclado e em alguns casos também som e rede onboard são dispostas na forma de um painel que é encaixado diretamente no gabinete. Não é preciso encaixar e prender um monte de cabos, como nos gabinetes AT.

18.5,6,7 CABOS FLATS

Finalizando a instalação das unidades de disco, resta apenas encaixar os cabos flat e os plugs de energia. Se você sobreviveu à configuração dos jumpers e à ligação dos fios do painel do gabinete, achará esta etapa muito simples. O único cuidado que você deve tomar será não inverter a posição dos cabos flat e do plug de energia do drive de disquetes.

Para não encaixar os cabos flat de maneira invertida, basta seguir a regra do pino vermelho, onde a extremidade do cabo que está em vermelho deve ser encaixada no pino 1 do conector. Para determinar a posição do pino 1 no conector IDE da placa mãe, basta consultar o manual, ou procurar pela indicação de pino 1 que está decalcada na placa mãe ao lado do conector. O mesmo é válido para o cabo do drive de disquetes

A tarja vermelha do cabo flat deverá coincidir com a indicação de pino 1 decalcada ao lado do encaixe na placa mãe

Ao encaixar a outra extremidade do cabo no HD, CD-ROM ou drive de disquetes, a regra é a mesma, encaixar sempre a tarja vermelha do cabo flat no pino 1 do conector. A tarja vermelha ficará na direção do cabo de força.

Muitas vezes, o conector da placa mãe possui um encaixe plástico com uma saliência em um dos lados, neste caso além do pino 1, você poderá simplesmente conectar o lado do cabo com ranhuras na direção da saliência no encaixe, como na foto abaixo:

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Você também encontrará esta saliência no encaixe da maioria dos HDs e drives de disquetes, bastando neste caso que o lado do cabo com as ranhuras coincida com a saliência (como pode ser visto nas fotos a seguir:).

18.8 ADAPTADORES ONBOARD

Você encontrará na placa mãe, duas interfaces seriais, uma porta paralela e, na maioria dos casos, também uma porta PS/2. Usamos cabos para conectar estas portas à parte traseira do gabinete, onde conectaremos mouses, impressoras e outros dispositivos que utilizem estas portas.

As saídas seriais aparecem na forma de encaixes de 10 pinos, enquanto as saídas paralelas possuem 26 pinos. As saídas PS/2 já possuem apenas 6 pinos, que se organizam na forma de um "C".

Assim como nos cabos flat do HD, utilizaremos a regra do pino vermelho aqui também, a fim de não inverter a posição dos cabos das portas serias e paralelas. Novamente, você poderá recorrer ao manual ou aos decalques encontrados na placa mãe para verificar a posição dos pinos.

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Você encontrará cabos seriais com saídas de 9 e de 25 pinos. Em ambos, o conector para a placa mãe e os sinais são os mesmos, apenas mudando o conector externo. As saídas de 25 pinos são um padrão mais antigo, pouco usado atualmente.

Tanto faz prender as saídas seriais e paralelas nas mesmas saídas da parte traseira do gabinete usadas pelas placas de expansão, ou soltá-las das chapas de metal onde normalmente vêem presas e prendê-las nas saídas próximas à fonte reservadas para elas. A última maneira é a mais recomendável, apenas por permitir um uso mais racional do espaço interno do gabinete. Para prender os parafusos hexagonais você poderá usar uma chave hexagonal, ou na falta de uma, improvisar com um alicate.

Em placas mãe padrão ATX, você não terá o trabalho de encaixar cabo algum, pois as saídas seriais, paralelas, assim como eventuais portas USB e PS/2 formam uma espécie de painel na parte anterior da placa, que é diretamente encaixado em uma abertura do gabinete.

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18.9 CABOS DE ENERGIA

- HD,CDROM E DRIVE DE DISQUETE

A conexão do cabo de força também é bastante simples, no caso do Disco Rígido e do CD-ROM, você não precisará se preocupar, pois o cabo só encaixa de um jeito, somente no caso do drive de disquetes existe a possibilidade de inverter o cabo. A posição correta do encaixe é mostrada na foto a seguir.

Já que estamos cuidando do encaixe dos cabos, aproveite e encaixe também o cabo de áudio que liga o CD-ROM à placa de som. Sem ele, você não poderá ouvir CDs de música no micro. Abaixo está mais uma foto mostrando o encaixe dos cabos:

- FONTE

Em fontes padrão AT, você encontrará dois cabos de força a serem ligados na placa mãe, bastando que os fios pretos de ambos os cabos fiquem no meio. Preste atenção para não inverter a posição dos cabos e deixar os fios pretos nos cantos, pois isto danificaria sua placa mãe.

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O cabo de força de uma fonte ATX é mais fácil de encaixar, dispensando inclusive o cuidado de posicionar os fios pretos no centro, pois o encaixe é único e o diferente formato dos conectores, combinado com a trava plástica encontrada em uma das extremidades, faz com que seja possível encaixar o conector apenas de um jeito.

18.10 PAINEL FRONTAL

O botão de Reset, o botão Turbo, o Keylock, assim como as luzes de Power, Hard Disk, e Turbo encontrados no painel frontal do gabinete, devem ser ligados à placa mãe para poderem funcionar. Numa placa mãe padrão AT, estes encaixes são de certa forma opcionais, pois mesmo que você não ligue nenhum, o micro irá funcionar. Simplesmente deixar de ligar alguns dos conectores do painel, não afetaria o funcionamento do micro, o único efeito colateral seria que o botão de reset, a chave turbo ou as luzes do painel frontal não funcionariam. No entanto, isso daria uma a impressão de desleixo por parte de quem montou o micro, não sendo muito recomendado se você pretende manter a sua reputação

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Porém, numa placa mãe ATX o botão liga-desliga do gabinete é ligado na placa mãe, se não liga-lo, o micro simplesmente não irá ligar. Este sempre será o encaixe mais importante.

Do painel do gabinete saem vários conectores, que devem ser ligados nos encaixes apropriados na placa mãe:

Apesar de sempre a placa mãe trazer impresso ao lado de cada encaixe o conector que deve ser nele acoplado, caso você encontre dificuldades para determinar a posição de algum encaixe, poderá sempre contar com a ajuda do manual. Alguns manuais trazem apenas um diagrama dos conectores, enquanto outros trazem instruções detalhadas sobre as conexões.

Botão liga-desliga ATX

Como disse, utilizando uma placa mãe ATX, o botão liga-desliga do gabinete deve ser ligado diretamente na placa mãe. O conector de dois pinos deve ser ligado no encaixe “Power Switch”, que fica junto com os demais conectores para o painel. Dependendo da placa mãe, o encaixe pode se chamar Power SW, Power Switch, ATX Power, Power On ou outro nome semelhante. Consulte o manual ou os nomes decalcados próximos dos conectores da placa para localizar o encaixe correto. Lembre-se se você conectar o cabo no local errado, ou um dos fios estiver partido o micro não ligará ao pressionar o botão.

Speaker

Mesmo que seu computador não possua uma placa de som, em muitas ocasiões você ouvirá alguns bips. Estes sons são gerados diretamente pelo processador, com a ajuda de um pequeno auto falante encontrado no gabinete, o que explica a sua baixa qualidade.

O conector do Speaker possui quatro encaixes, porém usa apenas dois fios, geralmente um preto e um vermelho, ligados nas extremidades do conector. Não se preocupe com a possibilidade de ligar o fio o conector do Speaker invertido, pois ele não possui polaridade. Basta apenas que seja conectado no encaixe correto da placa mãe

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Reset

Apesar de a qualquer momento podermos resetar o micro simplesmente teclando Ctrl+Alt+Del, algumas vezes o micro trava de tal maneira que é impossível até mesmo resetar o micro através do teclado. Nestas situações o botão de reset evita que tenhamos que desligar e ligar o micro.

O conector do reset possui apenas dois encaixes e dois fios, geralmente um branco e outro laranja. Este conector deverá ser ligado no encaixe da placa mãe sinalizado como “Reset SW”, “RST”, ou simplesmente “Reset”. Novamente você não precisa se preocupar em inverter o conector, pois, assim como o Speaker, ele não tem polaridade.

Keylock

O Keylock é uma maneira rudimentar de evitar que estranhos tenham acesso ao computador. Girando uma fechadura no painel do gabinete, o teclado fica travado.

Obviamente, este sistema não oferece nenhuma proteção real, já que qualquer um pode facilmente abrir o gabinete e desligar o fio que liga a fechadura à placa mãe, anulando seu funcionamento, ou mesmo com um pouco de "manha" destravar a fechadura, o que não é difícil de fazer, já que invariavelmente elas são extremamente simples.

Além disso, o Keylock serve apenas para travar o teclado, e não para restringir totalmente o acesso ao micro. As senhas a nível de sistema operacional, ou pelo menos a nível de Setup são muito mais eficientes.

Justamente por sua baixa eficiência e falibilidade, atualmente é raro encontrar à venda gabinetes com a fechadura, ou mesmo placas mãe para com o encaixe para o Keylock. Mais uma vez, a ligação não possui polaridade, bastando ligar o fio no encaixe apropriado.

Hard Disk Led e Power Led

Estas são as luzes do painel que indicam que o HD está sendo acessado e se o micro está ou não ligado. O Hard Disk Led, também chamado às vezes de HDD Led, ou IDE Led, é ligado na saída da placa mãe com o seu nome.

O conector para o HDD Led na placa mãe possui sempre 4 pinos. O problema é que o encaixe do painel do gabinete pode ter tanto 2 quanto 4 pinos. Se no seu caso ele possuir apenas 2, este deve ser ligado nos dois primeiros pinos da saída da placa mãe. Ao contrário de outros encaixes, o HDD Led possui polaridade. Geralmente o lado impresso do encaixe deve coincidir com o texto impresso na placa mãe.

O Power Led compartilha a mesma saída de 5 pinos do Keylock. Geralmente, a saída do Power Led é ligada nos 3 primeiros pinos e a do Keylock nos 2 últimos. Como no caso do HDD Led, este encaixe possui polaridade, por isso, se a luz do painel não acender ao ligar o micro, basta inverter a posição do conector.

Turbo Switch e Turbo Led

Diversos programas muito antigos, geralmente anteriores a 86, só funcionavam adequadamente em computadores lentos. Isso se aplica especialmente a alguns jogos desta época, que ficam muito rápidos quando rodados em qualquer coisa acima de um 286, tornando-se injogáveis.

Para permitir que estes programas pudessem ser rodados sem problemas, foi criada a tecla turbo do gabinete que, quando pressionada, diminuía a velocidade de operação do equipamento, fazendo-o funcionar a uma velocidade semelhante à de um micro 286.

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Hoje em dia, não existe mais utilidade alguma para tecla turbo, já que estes programas antigos a muito não são usados e ninguém, em sã consciência, gostaria de tornar seu micro ainda mais lento. Por este motivo, quase nenhuma placa mãe atual possui encaixe para o conector do botão turbo, sendo inclusive extremamente raros os gabinetes novos que ainda o trazem.

De qualquer maneira, é bem provável que você se depare com conectores para o botão turbo ao mexer em micros mais antigos. Não existe mistério em sua conexão, bastando ligar os conectores do botão tubo (Turbo SW ou TB SW) e a luz (turbo Led, ou TB Led) na saída correspondente da placa mãe.

Caso o conector do botão turbo possua três encaixes e a saída da placa mãe apenas 2, basta ligar apenas dois dos encaixes. Encaixar o Turbo SW invertido apenas irá inverter a posição de pressionamento do botão, assim o micro operará em velocidade alta quando o botão estiver pressionado e em baixa quando ele não estiver.

19. INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DO PROCESSADOR

Com a placa mãe firmemente presa à chapa de metal do gabinete, podemos continuar a montagem, encaixando o processador. Para encaixar um processador soquete 7, ou então um Celeron PPGA ou Pentium III FC-PGA, basta levantar a alavanca do soquete ZIF, encaixar o processador e baixar a alavanca para que ele fique firmemente preso. Não se preocupe em encaixar o processador na posição errada, pois um dos cantos do processador e do soquete possuem um pino a menos, bastando que os cantos coincidam.

O processador deve encaixar-se suavemente no soquete. Se houver qualquer resistência, certifique-se que está encaixando o processador do lado correto e veja se o processador não está com nenhum pino amassado. Se estiver você pode tentar acertá-lo usando uma pequena chave de fenda ou outro objeto de metal, tome apenas o cuidado de antes descarregar a estática, e principalmente, de não quebrar o pino, caso contrário, o processador será inutilizado.

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Para resfriar o processador quando em uso, devemos adicionar o cooler sobre ele. O mais comum é o cooler ser afixado ao soquete usando uma presilha metálica, como na foto. Caso o seu processador seja In-a-Box, você não precisará se preocupar em instalar o cooler, pois ele já virá preso ao processador. Não se esqueça também de ligar o fio do cooler no conector apropriado.

A instalação do cooler requer um certo cuidado, pois atualmente os coolers precisam exercer uma pressão muito forte sobre o processador para atingir sua máxima eficiência, por isso vêm com grampos muito duros.

Na maioria dos coolers atuais não é possível prender o grampo com a mão, você precisará usar uma chave de fenda. É aí que mora o perigo. Com a pressão que é necessário exercer para prender o cooler é comum da chave de fenda escapar e danificar a placa mãe.

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Local onde é encaixada a ponta da chave de fenda

Além do cuidado habitual, uma pequena dica é que você utilize uma placa de fenda com uma ponta grande e grossa, o que melhora o apoio dificultando as escapadas. As chaves mais baratas costumam ser melhores para isso, pois têm justamente estas características.

Outra coisa com que se preocupar, é que nos processadores Athlon, Duron, Pentium III e Celeron em formato soquete não existe nenhuma proteção sobre o núcleo do processador. Se você fizer muita pressão ao instalar o cooler, você pode quebra-lo, inutilizando o processador. Ao instalar o cooler, faça pressão apenas sobre o grampo e não sobre o cooler em sí.

Encaixando processadores em formato de cartucho

Ao contrário dos demais processadores que usam o soquete 7, o Pentium II e os Athlons antigos, assim como os modelos antigos do Celeron e do Pentium III, usam um encaixe diferente, respectivamente o slot 1 no caso dos processadores Intel e slot A no caso do Athlon. Ambos os encaixes são muito parecidos, mudando apenas a posição do chanfro central.

O primeiro passo é encaixar os suportes plásticos que servem de apoio ao processador, caso eles já não tenham vindo presos à placa mãe. Estes suportes são necessários pois estes processadores, devido ao seu invólucro metálico e ao cooler, são muito pesados, e poderiam mover-se com a movimentação do gabinete coso não tivessem uma fixação especial, gerando mal contato. Além do suporte principal, que é parafusado ao slot 1, usamos um segundo suporte, que é encaixado nos orifícios que ficam em frente a ele. A função deste suporte secundário é servir de apoio para o cooler, tornando ainda mais firme o encaixe.

O suporte é preso à dois orifícios na placa mãe usando presilhas. Pra encaixa-lo, basta soltar as duas presilhas, encaixa-las na placa mãe, encaixar o suporte e em seguida novamente parafusa-lo às presilhas.

Após prender os suportes à placa mãe, basta apenas encaixar o processador como um cartucho de vídeo game. Não se preocupe, não há como encaixar o processador de maneira errada, pois as fendas existentes no encaixe permitem que o processador seja encaixado apenas de um jeito. Não esqueça também de ligar o cabo de força do cooler ao conector de 3 pinos ao lado do encaixe

Encaixando o Pentium II

Desencaixar o processador neste caso, é uma tarefa um pouco mais complicada, pois ao mesmo tempo você deverá empurrar para dentro as duas travas que existem na parte superior do processador e puxá-lo. Você pode usar os dedos indicadores para empurrar a trava enquanto segura o processador com os polegares e os dedos médios.

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Configuração dos jumpers

Atualmente, as placas mãe oferecem suporte à vários processadores. Numa placa soquete 7 um pouco mais antiga, equipada com o chipset i430FX, i430VX, i430TX, i430HX ou equivalentes de outros fabricantes, por exemplo, podemos usar geralmente desde um Pentium de 75 MHz, até um Pentium 200 ou mesmo um 233 MMX, bastando para isso configurar corretamente jumpers encontrados na placa. Numa placa mãe soquete 7 mais recente, você já poderá usar até um K6-2 550, enquanto uma placa slot 1 mais moderna permitirá o uso de até um Pentium III.

Apesar de toda a sua fama, os jumpers são uma espécie em extinção atualmente, pois em praticamente todas as placas mães atuais toda a configuração é feita através do Setup. Em geral o único jumper encontrado em uma placa mãe moderna será o jumper para limpar o CMOS, útil caso você configure algo errado no Setup e a placa fique travada.

De qualquer forma, quem trabalha com manutenção de micros acabará trabalhando muito mais com aparelhos antigos do que com micros novos, acabando por conviver intensamente com os velhos jumpers. Pois bem, as páginas a seguir tratam justamente da configuração destas pecinhas chatas. Lembre-se que você só usará as informações a seguir em placas antigas.

Como já vimos, os jumpers são pequenas peças plásticas, internamente metalizadas que servem para criar uma corrente elétrica entre dois contatos. Através do posicionamento dos jumpers, informamos à placa mãe como ela deve operar. A configuração dos jumpers é a parte da montagem que exige maior atenção, pois uma configuração errada fará com que o micro não funcione adequadamente, podendo inclusive danificar componentes em casos mais extremos; configurando para o processador uma voltagem muito maior do que o normal, por exemplo.

Para saber a configuração correta de jumpers para a sua máquina, você deve consultar o manual da placa mãe. Note que cada jumper recebe um nome, como JP8, JP13, etc. Estes nomes servem para nos ajudar a localizar os jumpers na placa mãe.

Para saber a configuração correta de jumpers para a sua máquina, você deve consultar o manual da placa mãe. Como exemplo vou usar o manual de uma placa VX-Pro, o que lhe dará uma boa base para configurar qualquer placa mãe com a ajuda do respectivo manual. Escolhi o manual desta placa, pois está entre as soquete 7 antigas mais comuns, as que você terá como companheiras com mais frequência :-)

Apesar do manual da placa ser bastante resumido (trata-se de uma placa de baixa qualidade), encontramos duas páginas dedicadas a nos ajudar a configurar os jumpers da placa, que podem ser vistas a seguir:

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No manual da placa, além de tabelas contendo informações sobre o posicionamento dos jumpers, você irá encontrar um diagrama da placa mãe que indica a localização de cada jumper na placa. Este diagrama não mostra apenas a posição dos jumpers, mas nos ajuda a localizar portas seriais, paralelas, interfaces IDE, assim como os encaixes para o painel do gabinete.

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De posse do esquema dos jumpers e do diagrama da placa, fica fácil localizar a posição dos jumpers na placa mãe. Uma última coisa a ser observada, é a marcação do pino 1, que indica o lado correto.

A posição do pino 1 deve coincidir no esquema dos jumpers e no diagrama da placa, para evitar que invertamos a posição dos jumpers.

Agora que já localizamos os jupers responsáveis pela configuração dos recursos da nossa placa mãe, vamos configurá-los.

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Freqüência do Processador

No capítulo sobre processadores, vimos que os processadores atuais usam um recurso chamado multiplicação de clock. Isto significa que o processador internamente trabalha a uma frequência maior do que a placa mãe. Um Pentium 200, por exemplo, apesar de internamente funcionar a 200 MHz, comunica-se com a placa mãe a apenas 66 MHz. A frequência de operação do processador é chamada de clock interno (Internal clock), enquanto que a frequência da placa mãe é chamada de clock externo (External clock).

Continuando a tomar o Pentium 200 como exemplo, percebemos que a velocidade interna do processador (200 MHz) é 3 vezes maior que a da placa mãe (66 MHz), dizemos então que no Pentium 200 o multiplicador é 3x. Num Pentium 166, o multiplicador será de 2.5x, já que a frequência do processador (166 MHz) será 2.5 vezes maior do que a da placa mãe (66 MHz).

Nos micros equipados com processadores Pentium, o clock da placa mãe pode ser configurado como 50 MHz, 60 MHz, 66 MHz e, dependendo da placa mãe, também como 55 MHz, 75 MHz e 83 MHz. Placas mãe mais recentes já suportam operar também a 100 MHz, sendo que algumas atingem também 103, 112 e 120 MHz.

Às vezes, é possível configurar um processador de duas maneiras diferentes. Um Pentium 100, por exemplo, pode ser configurado tanto com um multiplicador de 2x e clock externo de 50 MHz, quanto com um multiplicador de 1.5x e clock externo de 66 MHz. Neste caso, a segunda opção é recomendável, pois apesar do processador continuar trabalhando na mesma frequência, os demais componentes do micro passarão a trabalhar 33% mais rápido, melhorando perceptivelmente a performance global do equipamento.

Placas um pouco mais antigas, são capazes de suportar multiplicadores de até 3x, porém, configurando o multiplicador como 1.5x, podemos instalar nelas o 233 MMX. Isso acontece por que este processador reconhece o multiplicador de 1.5x como 3.5x, com o objetivo de manter compatibilidade com estas placas mais antigas. Processadores similares, como o K6 de 233 MHz utilizam este mesmo recurso.

Apesar da Intel ter abandonado a fabricação do MMX após a versão de 233 MHz, passando a fabricar somente o Pentium II que usa placas equipadas com o slot 1, a Cyrix e a AMD continuaram a lançar processadores soquete 7 com clocks maiores. Para usar estes processadores, você precisará de uma placa mãe super-7, que suporte multiplicadores superiores a 3x e Bus de 100 MHz.

Segue agora, uma tabela com a configuração do multiplicador e do clock externo de vários processadores.

Processador Clock interno Multiplicador Clock externo Pentium 75 MHz 1.5x 50 MHz 100 MHz 1.5x 66 MHz 120 MHz 2x 60 MHz 133 MHz 2x 66 MHz 150 MHz 2.5x 60 MHz 166 MHz 2.5x 66 MHz 200 MHz 3x 66 MHz Pentium MMX 166 MHz 2.5x 66 MHz 200 MHz 3x 66 MHz 233 MHz 3.5x (configurado como 1.5x) 66 MHz

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Celeron 266 Mhz 4x 66 MHz 300 MHz 4.5x 66 MHz 466 Mhz 7x 66 MHz 500 MHz 7.5x 66 MHz 533 MHz 8x 66 MHz 566 MHz 8.5x 66 MHz 600 MHz 9x 66 MHz Pentium II 233 MHz 3.5x 66 MHz 266 MHz 4x 66 MHz 300 MHz 4.5x ou 3x 66 MHz ou 100MHz 333 MHz 5x 66 MHz 350 MHz 3.5 100 MHz 400 MHz 4x 100 MHz 450 MHz 4.5x 100 MHz AMD K6 166 MHz 2.5x 66 MHz 200 MHz 3x 66 MHz 233 MHz 3.5x (configurado como 1.5x) 66 MHz 266 MHz 4x 66 MHz 300 MHz 4.5 ou 3x 66 MHz ou 100 MHz AMD K6-2 300 MHz 4.5x ou 3x 66 MHz ou 100 MHz 350 MHz 3.5x 100 MHz 400 MHz 4x 450 Mhz 4.5x 500 MHz 5x 100 MHz

Os processadores Cyrix são uma exceção a esta regra, pois não são vendidos segundo sua freqüência de operação, mas sim segundo um índice Pr, que compara seu desempenho com um processador Pentium. Um 6x86 MX Pr 233 por exemplo, opera a apenas 187 MHz, usando multiplicador de 2.5x e clock externo de 75MHz, existindo também versões que operam a 200 MHz, usando multiplicador de 3x e clock externo de 66 MHz.

Processador Clock interno Multiplicador Clock externo6x86 MX Pr 166 133 ou 150 MHz 2x ou 2.5x 66 ou 60 MHz6x86 MX Pr 200 166 MHz 2.5x 166 6x86 MX Pr 233 187 ou 200 MHz 2.5x ou 3x 75 ou 66 MHz6x86 MX Pr 266 225 ou 233 MHz 3x ou 3.5x 75 ou 66 MHz6x86 MII Pr 300 225 ou 233 MHz 3x ou 3.5x 75 ou 66 MHz6x86 MII Pr 333 250 MHz 2.5x 100 MHz 6x86 MII Pr 350 300 MHz 3x 100 MHz

No caso do Pentium II, Pentium III, Celeron e AMD Athlon, as placas mãe são capazes de detectar automaticamente a frequência de operação do processador, não exigindo qualquer intervenção, a não ser claro que você pretenda fazer overclock.

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Voltagem do Processador

Por serem produzidos utilizando-se técnicas diferentes de fabricação, modelos diferentes de processadores demandam voltagens diferentes para funcionar corretamente. Como sempre, as placas mãe, a fim de manter compatibilidade com o maior número possível de processadores, oferecem a possibilidade de escolher através da configuração de jumpers entre várias voltagens diferentes.

Usar uma voltagem maior que a utilizada pelo processador, causará superaquecimento, que em casos extremos, pode até causar danos, ou mesmo inutilizar o processador. Caso a voltagem selecionada não seja suficiente, o processador ficará instável ou mesmo não funcionará.

No manual da placa mãe, encontraremos informações sobre as voltagens suportadas, assim como a configuração adequada de jumpers para cada uma.

Voltagem para o Pentium clássico (P54C)

Existem dois tipos de processadores Pentium, que apesar de possuírem performance idêntica, usam técnicas de fabricação ligeiramente diferentes, operando por isso, com voltagens diferentes. Os processadores VRE usam voltagem de 3.5v, enquanto os STD operam usando voltagem de 3.3v.

Para saber se o seu processador Pentium é VRE ou STD, basta olhar as inscrições em sua parte inferior. Aqui estão escritos vários dados referentes ao processador. Na terceira linha por exemplo, “A80502133” os três últimos dígitos indicam a freqüência do processador, no caso um Pentium 133. Na 4º linha, SY022/SSS, a primeira letra após a barra indica o tipo do processador. Se for um “S”, trata-se de um processador STD, e se for um “V” trata-se de um processador VRE.

Muitas placas mãe para Pentium oferecem apenas voltagem de 3.5 volts, não disponibilizando os 3.3 V ideais para o funcionamento de processadores STD. Mesmo que o seu processador seja STD, você pode setar a voltagem para 3.5 volts e usá-lo neste tipo de placa. Teoricamente este pequeno aumento na voltagem causaria um aumento na temperatura de operação do processador, justamente por não ser a voltagem ideal para o seu funcionamento. Na prática porém, esta configuração não causa danos, podendo ser usada sem maiores problemas.

Voltagem para o Pentium MMX (P55C)

O Pentium MMX utiliza voltagem de 2.8v. Na verdade, esta voltagem é utilizada apenas pelo core, ou núcleo do processador. Os circuitos que fazem a comunicação do processador com o chipset e demais componentes do micro funcionam usando 3.3 volts, como o Pentium STD. Por isso, dizemos que o MMX usa voltagem dual.

Como as instruções MMX são apenas software, este processador não exige nenhum suporte especial por parte da placa mãe. Qualquer placa que ofereça suporte ao Pentium 200, também suportará os processadores MMX de 166, 200 e inclusive a versão de 233 MHz, bastando neste último caso setar o multiplicador como 1.5x. O único problema é justamente a voltagem. Nem todas as placas mãe antigas oferecem a voltagem dual exigida pelo MMX, o que nos impede de usá-las em conjunto com estes processadores.

Mais uma vez, basta verificar no manual se a placa mãe oferece os 2.8 volts usados pelo MMX e qual é o jumper a ser configurado.

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Voltagem no AMD K6

Felizmente, os processadores K6 trazem estampada a voltagem utilizada em sua face superior, caso contrário, seria bem difícil determinar corretamente a voltagem utilizada por um determinado processador desta série. Nas primeiras versões do K6, a AMD usou duas técnicas ligeiramente diferentes de produção, batizadas de ALR e ANR. Os processadores ALR utilizam voltagem de 2.9 volts (caso a placa mãe não ofereça esta voltagem podemos usar 2.8 V sem problemas), enquanto os ANR usam 3.2 volts (na falta desta podemos usar 3.3 também sem problemas). Mais tarde, foram lançados também os processadores APR de 3.3 volts.

Para complicar ainda mais, as últimas versões do K6, que usam transistores de 0.25 mícron, usam voltagem de 2.2 volts. Por isso, não existe uma regra fixa para a voltagem do K6. Quando for instalar um destes processadores, você deverá ler as inscrições em sua parte superior para saber com segurança a voltagem utilizada.

Felizmente, esta confusão não se aplica aos processadores K6-2 e K6-3, que invariavelmente usam voltagem de 2.2 V. Este detalhe deve ser alvo de atenção ao comprar uma placa mãe para uso em conjunto com este processador, já que nem todas as placas soquete 7 oferecem esta voltagem.

Voltagem nos processadores Cyrix

Todos os processadores Cyrix 6x86MX ou 6x86MII utilizam voltagem de 2.9 v, mas, segundo a própria Cyrix, funcionam sem problemas com voltagem de 2.8 v, caso a placa mãe não ofereça a voltagem ideal. A exceção fica por conta dos antigos processadores Cyrix 6x86 (anteriores ao 6x86MX e 6x86MII) sem instruções MMX. Nestes processadores antigos a voltagem pode ser tanto de 2.9 v quanto de 3.3 ou 3.5 volts. Como no caso do K6, porém, os processadores Cyrix trazem impressa em sua face superior a voltagem utilizada, o que evita qualquer confusão.

Voltagem no Pentium II e Pentium III

Ao contrário dos processadores que usam o soquete 7, não precisamos configurar a voltagem ao usar um processador Pentium II. Isso acontece por que este processador é capaz de sinalizar para a placa mãe a voltagem que utiliza, dispensando qualquer configuração externa. Muitas placas são, inclusive, capazes de detectar também a velocidade de operação do processador Pentium II, dispensando qualquer configuração de jumpers.

Apenas a título de curiosidade, os processadores Pentium II, baseados na arquitetura Klamath, utilizam 2.8 V e os baseados na arquitetura Deschutes utilizam 2.0 V. O Pentium III, por sua vez consome 2.0v nas primeiras versões, de até 55 MHz com core Katmai, 2.05v na versão de 600 MHz com core Katmai, 1.6v nas versões 500E e 550E com core Coppermine, 1.65v em todas as demais versões com core Coppermine, de até 866 MHz, e finalmente, 1.75v na versão de 1 GHz.

Voltagem no Celeron

Assim como no caso do Pentium II, não é preciso configurar a voltagem nos micros baseados no Celeron, pois a placa mãe será capaz de detectar a voltagem automaticamente. Novamente apenas a título de curiosidade, as versões do Celeron de 266 a 533 MHz, que utilizam o core Deschutes, utilizam 2.0v, enquanto as versões de 533, 566 e de 600 MHz em diante, que utilizam o core Coppermine, utilizam 1.6v ou 1.7v, dependendo da versão.

Voltagem no AMD Athlon

Assim como nos processadores Intel, o Athlon é capaz de informar à placa mãe sua voltagem de operação, por isso, novamente você não precisará preocupar-se com ela. Apenas

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para constar, as versões do Athlon de até 750 MHz utilizam voltagem de 1.6v, as versões de 800 e 850 MHz usam 1.7v, enquanto as versões de 900, 950 e 1 GHz utilizam 1.8v.

As versões atuais, baseadas no core Thunderbird utilizam 1.75v, enquanto o Duron utiliza 1.6v ou 1.75v, dependendo da versão.

20. INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DOS DISPOSITIVOS IDE, HD, CDROM,...

Atualmente, além do disco rígido, conectamos vários outros periféricos nas interfaces IDE do micro, como CD-ROMs, Zip drives, drives LS-120, entre outros.

Encontramos no micro duas interfaces IDE, chamadas de IDE primária e IDE secundária. Cada interface permite a conexão de dois dispositivos, que devem ser configurados como Master (mestre) e Slave (escravo). O mestre da IDE primária é chamado de Primary Master, ou mestre primário, enquanto o Slave da IDE secundária é chamado de Secondary Slave, ou escravo secundário. Esta configuração é necessária para que o BIOS possa acessar os dispositivos, além de também determinar a letra dos drives.

Um disco rígido configurado como Master receberá a letra C:, enquanto outro configurado como Slave receberá a letra D:. Claro que estas letras podem mudar caso os discos estejam divididos em várias partições. Estudaremos a fundo o particionamento do disco rígido no próximo capítulo

A configuração em Master ou Slave é feita através de jumpers localizados no disco rígido ou CD-ROM. A posição dos jumpers para o Status desejado é mostrada no manual do disco. Caso você não tenha o manual, não se preocupe, quase sempre você encontrará uma tabela resumida impressa na parte superior do disco:

Geralmente você encontrará apenas 3 opções na tabela: Master, Slave e Cable Select. A opção de Cable Select é uma espécie de plug-and-play para discos rígidos: escolhendo esta opção, o disco que for ligado na extremidade do cabo IDE será automaticamente reconhecido como Master, enquanto o que for ligado no conector do meio será reconhecido como Slave.

O problema é que para a opção de Cable Select funcionar, é preciso um cabo flat especial, motivo pelo qual esta opção é pouco usada. Configurando seus discos como Master e Slave, não importa a posição do cabo IDE. Você poderá conectar o Master no conector do meio, por exemplo, sem problema algum, já que o que vale é a configuração dos jumpers.

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Numa controladora, obrigatoriamente um dos discos deverá ser configurado como Master, e o outro como Slave, caso contrário haverá um conflito, e ambos não funcionarão.

Em alguns discos, além das opções de Master, Slave e Cable Select, você encontrará também as opções “One Drive Only” e “Drive is Master, Slave is Present”. Neste caso, a opção one drive only indica que o disco será instalado como Master da controladora, e que não será usado nenhum Slave. A opção Drive is Master, Slave is Present, indica que o disco será instalado como Master da controladora mas que será instalado também um segundo disco como Slave.

Uma última dica sobre este assunto é que em praticamente todos os discos, ao retirar todos os jumpers, o HD passará a operar como Slave. Caso você não consiga descobrir o esquema dos jumpers de um disco, poderá apelar para este macete para instalá-lo como Slave de outro. Mais uma dica é que em quase todos os casos você poderá conseguir o esquema de configuração de jumpers no site do fabricante do HD, mesmo no caso de HDs muito antigos. Estes dias localizei o esquema de configuração de um Western Digital fabricado em 1995, sem maiores dificuldades.

A posição dos jumpers no HD varia de modelo para modelo, mas normalmente eles são encontrados entre os encaixes do cabo flat e do cabo de força, ou então na parte inferior do HD.

No caso dos CD-ROMs IDE, a configuração dos jumpers é ainda mais fácil, sendo feita através de um único jumper de três posições localizado na sua parte traseira, que permite configurar o drive como Master, Slave ou Cable Select. Geralmente você encontrará também uma pequena tabela, indicando a posição do jumper para cada opção. “MA” significa Master, “SL” Slave e “CS” Cable Select. É quase um padrão que o jumper no centro configure o CD como Slave, à direita como Master e à esquerda como Cable Select, sendo raras as exceções.

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Ao instalar dois dispositivos numa mesma interface IDE, ambos compartilharão a interface, causando perda de desempenho. Por isso, é sempre recomendável instalar um na interface primária e outro na interface secundária. Ao instalar um HD e um CD-ROM por exemplo, a melhor configuração é o HD como Master da IDE primária e o CD-ROM como Master ou mesmo Slave da IDE secundária.

21. INSTALAÇÃO DE MEMÓRIA RAM

O encaixe dos módulos de memória é uma operação bastante simples. Para encaixar um módulo de 30 ou 72 vias, basta primeiro encaixá-lo inclinado no soquete, empurrando-o a seguir para que assuma sua posição vertical.

Para evitar que o módulo seja encaixado invertido, basta verificar a saliência que existe num dos lados do pente, que deve corresponder à fenda encontrada em um dos lados do soquete:

Algumas vezes, em placas de baixa qualidade, ao empurrar o módulo você encontrará alguma resistência. Forçar poderia danificar o encaixe. Neste caso, puxe ambas as presilhas com os polegares e use os indicadores para empurrar o módulo.

Encaixar módulos DIMM de 168 vias também é bastante simples. Solte as travas plásticas do soquete, encaixe o módulo, como um cartucho de vídeo game, e em seguida feche as travas prendendo-o ao soquete. Não há como encaixar o módulo ao contrário, pois, devido à posição das saliências no soquete, ele só encaixa numa posição.

Page 116: Curso Montagem Redes

As saliências encontradas nos soquetes de memórias DIMM impedem que os módulos sejam encaixados invertidos. Por isso, para encaixar os módulos de memória, basta abrir as travas plásticas e encaixar as memórias da mesma forma que um cartucho de vídeo game. Faça força com ambos os polegares e ao mesmo tempo puxe as travas usando os indicadores. Se preferir, você pode também encaixar primeiro um lado e depois o outro, fazendo movimentos alternados. As travas fecharão conforme os módulos forem sendo encaixados.

22. DANDO PARTIDA NO COMPUTADOR

Durante o boot, o BIOS realiza uma série de testes, visando detectar com exatidão os componentes de hardware instalados no micro. Este teste é chamado de POST (pronuncia-se poust), acrônimo de “Power-On Self Test”. Os dados do POST são mostrados durante a inicialização, na forma da tabela que aparece antes do carregamento do sistema operacional, indicando a quantidade de memória instalada, assim como os discos rígidos, drives de disquetes, portas seriais e paralelas e drives de CD-ROM padrão IDE instalados no micro.

Além de detectar o hardware instalado, a função do POST é verificar se tudo está funcionando corretamente. Caso seja detectado algum problema em um componente vital para o funcionamento do sistema, como as memórias, processador ou placa de vídeo, o BIOS emitirá uma certa seqüência de bips sonoros, alertando sobre o problema. Problemas menores, como conflitos de endereços, problemas com o teclado, ou falhas do disco rígido serão mostrados na forma de mensagens na tela.

22.1 SINAIS SONOROS - BIPS

O código de bips varia de acordo com a marca do BIOS (Award ou AMI por exemplo) podendo também haver pequenas mudanças de uma placa mãe para outra. Geralmente, o manual da placa mãe traz uma tabela com as seqüências de bips usadas. As instruções a seguir lhe servirão como referência caso não tenha em mãos o manual da placa mãe:

1 Bip Curto:

Post Executado com sucesso: Este é um Bip feliz emitido pelo BIOS quando o POST é executado com sucesso. Caso o seu sistema esteja inicializando normalmente e você não esteja ouvindo este Bip , verifique se o speaker está ligado à placa mãe corretamente.

1 Bip longo:

Falha no Refresh (refresh Failure) : O circuito de refresh da placa mãe está com problemas, isto pode ser causado por danos na placa mãe ou falhas nos módulos de memória RAM

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1 Bip longo e 3 bips curtos:

Falha no Vídeo: Problemas com o BIOS da placa de vídeo. Tente retirar a placa, passar borracha de vinil em seus contatos e recolocá-la, talvez em outro slot. Na maioria das vezes este problema é causado por mau contato.

2 bips curtos:

Falha Geral: Não foi possível iniciar o computador. Este problema é causado por uma falha grave em algum componente, que o BIOS não foi capaz de identificar. Em geral o problema é na placa mãe ou nos módulos de memória

2 Bips longos:

Erro de paridade: Durante o POST, foi detectado um erro de paridade na memória RAM. Este problema pode ser tanto nos módulos de memória quanto nos próprios circuitos de paridade. Para determinar a causa do problema, basta fazer um teste com outros pentes de memória. Caso esteja utilizando pentes de memória sem o Bit de paridade você deve desativar a opção “Parity Check” encontrada no Setup.

3 Bips longos:

Falha nos primeiros 64 KB da memória RAM (Base 64k memory failure) > Foi detectado um problema grave nos primeiros 64 KB da memória RAM. Isto pode ser causado por um defeito nas memórias ou na própria placa mãe. Outra possibilidade é o problema estar sendo causado por um simples mal contato. Experimente antes de mais nada retirar os pentes de memória, limpar seus contatos usando uma borracha de vinil (aquelas borrachas plásticas de escola) e recoloca-los com cuidado.

4 Bips Longos:

Timer não operacional: O Timer 1 não está operacional ou não está conseguindo encontrar a memória RAM. O problema pode estar na placa mãe (mais provável) ou nos módulos de memória.

5 Bips:

Erro no processador O processador está danificado, ou mal encaixado. Verifique se o processador está bem encaixado, e se por descuido você não esqueceu de baixar a alavanca do soquete Zif (acontece nas melhores famílias :-)

6 Bips:

Falha no Gate 20 (8042 - Gate A20 failure): O gate 20 é um sinal gerado pelo chip 8042, responsável por colocar o processador em modo protegido. Neste caso, o problema poderia ser algum dano no processador ou mesmo problemas relacionados com o chip 8042 localizado na placa mãe

7 Bips:

Processor exception (interrupt error): O processador gerou uma interrupção de exceção. Significa que o processador está apresentando um comportamento errático. Isso acontece às vezes no caso de um overclock mal sucedido. Se o problema for persistente, experimente baixar a freqüência de operação do processador. Caso não dê certo, considere uma troca.

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8 Bips:

Erro na memória da placa de vídeo (display memory error) : Problemas com a placa de vídeo, que podem estar sendo causados também por mal contato. Experimente, como no caso das memórias, retirar a placa de vídeo, passar borracha em seus contatos e recolocar cuidadosamente no slot. Caso não resolva, provavelmente a placa de vídeo está danificada.

9 Bips:

Erro na memória ROM (rom checksum error): Problemas com a memória Flash, onde está gravado o BIOS. Isto pode ser causado por um dano físico no chip do BIOS, por um upgrade de BIOS mal sucedido ou mesmo pela ação de um vírus da linhagem do Chernobil.

10 Bips:

Falha no CMOS shutdown register (CMOS shutdown register error): O chamado de shutdown register enviado pelo CMOS apresentou erro. Este problema é causado por algum defeito no CMOS. Nesse caso será um problema físico do chip, não restando outra opção senão trocar a placa mãe.

11 Bips:

Problemas com a memória cache (cache memory bad): Foi detectado um erro na memória cache. Geralmente quando isso acontece, o BIOS consegue inicializar o sistema normalmente, desabilitando a memória cache. Mas, claro, isso não é desejável, pois deteriora muito o desempenho do sistema. Uma coisa a ser tentada é entrar no Setup e aumentar os tempos de espera da memória cache. Muitas vezes com esse “refresco” conseguimos que ela volte a funcionar normalmente.

22.2 AVISOS EM MENSAGEM

Se nenhum som está sendo emitido quando você inicializa o sistema, verifique se o fio do auto falante está ligado corretamente.

Quando são detectados problemas menores durante o post, que não impedem o funcionamento do sistema, ao invés de bips são mostradas mensagens de erro na tela, indicando o problema.

Mensagem de Erro Descrição e causa provável

Keyboard Error or Keyboard

not present

O Bios não conseguiu encontrar o teclado. Pode ser apenas um mau contato no encaixe do teclado, bastando aperta-lo, ou mesmo um defeito na placa

lógica do teclado.

KB/Interface Error

O Bios não está conseguindo se comunicar com o teclado devido a um defeito no conector para o

teclado localizado na placa mãe

HDD Controller Failure

O Bios não está conseguindo comunicar-se com a controladora do disco rígido. Caso seja um

computador antigo, que usa uma placa super-ide, o defeito está sendo causado por mau

funcionamento ou mal contato da placa, bastando

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fazer o limpeza dos contatos usando uma borracha ou substituí-la. Caso o computador possua interfaces IDE on-board, então talvez seja

necessário trocar toda a placa mãe, já que não é possível substituir os chips controladores das

interfaces IDE, pois fazem parte do chipset. Neste caso porém, tente antes instalar o disco na IDE secundária, pois é possível que ela ainda esteja

funcionando.

FDD Controller Failure Agora o problema é com o a controladora de disquetes. Valem as mesmas dicas do item

anterior.

FDD failure

O drive de disquetes está com problemas ou não foi configurado corretamente no Standard CMOS

Setup

Conflict I/O Ports: xxx

Foi detectado um conflito numa das portas lógicas do micro. É exibida esta mensagem seguida do

endereço que está sendo usado por dois ou mais periféricos. Geralmente este problema é causado

por um modem configurado para operar no mesmo endereço de uma das portas serias. Bastando para resolver o problema jumpear o modem para usar

um endereço diferente ou mesmo desativar a porta serial em conflito.

Cache Memory Bad, Do not

Enable Cache!

Foi detectado durante o post que o cache L2 está com problemas. O Bios então informa que está desabilitando o cache L2 para que o sistema

possa funcionar normalmente apesar da perda de performance.

CMOS Battery State Low A carga da bateria que alimenta o CMOS está fraca, e deve ser trocada com urgência.

CMOS System Options Not

Set

Os valores armazenados no CMOS foram corrompidos por algum motivo, ou então o bios não foi configurado. Neste caso basta entrar no

setup e configurar corretamente as opções.

CMOS Time and Date Not

Set

O Bios está avisando apenas que não foi configurado a hora e data no relógio do CMOS.

apesar desta configuração ser desnecessária para inicializar o micro, é bom entrar no setup e acertar o relógio pois ele é usado por vários programas.

CMOS Memory Size Mismatch

Em alguns Bios mais antigos, ao ser alterada a quantidade de memória instalada, era exibida esta

mensagem durante a primeira inicialização. Na verdade esta não é bem uma mensagem de erro, indicando apenas que a quantidade de memória

Ram foi alterada. Basta pressionar F1 para rodar o Setup e em seguida usar o comando Save & Exit,

mesmo sem fazer nenhuma alteração.

DMA Error

O circuito de DMA na placa mãe está com problemas, e talvez os canais de DMA estejam

indisponíveis para o uso dos periféricos.

Foi detectado um erro de paridade no endereço de memória informado na mensagem, o que indica

Page 120: Curso Montagem Redes

Memory Parity Error at xxxxx problemas na memória Ram. Se você desejar tentar inicializar o sistema mesmo assim, basta

entrar no setup e desativar a paridade. Vale lembrar porém problemas na memória Ram podem

causar as imprevisíveis conseqüências.

As mensagens de erro referentes ao teclado, drive de disquetes e conflitos nas portas lógicas, podem ser desativados através de opção "Halt On" encontrada no Standart CMOS Setup. Configurando esta opção com o valor "No Errors" qualquer erro referente a estes três itens será ignorado.

23. COMANDOS BÁSICOS DO MS-DOS

DOS (Disk Operating System) é um "sistema operacional" desenvolvido para permitir ao usuário realizar todas as funções básicas e essenciais no computador. Poucos foram os DOS produzidos até hoje: MS-DOS, da Microsoft, o PC-DOS, da IBM, DR-DOS, da Digital Research, o NOVELL, para redes, etc. O MS-DOS, pelo fato de ser o primeiro DOS do PC, domina amplamente o mercado, sendo considerado padrão. O DOS faz parte do Software Básico (programa indispensável ao funcionamento do computador). Ele, de certa forma, se encarrega do hardware do computador, por isso é tão especial. São raros os programas executados no Windows que possuem ajuda do DOS. Isso deixa claro que ele é mais usado para gerenciar e resolver problemas de sistema. O DOS é uma forma de você comunicar suas instruções ao computador. E tais instruções devem ser as que ele reconhece. Estas instruções, na maior parte, consistem em palavras baseadas na língua inglesa.

PROMPT

As funções do DOS são padronizadas e independentes do hardware de cada computador. Por outro lado, cada PC tem funções básicas elementares peculiares ao seu projeto eletrônico. Por isso, precisa ter um programa que decompõem as funções padrões do DOS nas suas funções elementares. Chamado de BIOS ( em inglês Binary Input Output System ), esse programa é gravado em memória permanente na placa-mãe do PC e tem a função de dar partida na operação BOOT, ativando o DOS e atuar durante toda a operação, fazendo a ligação entre o DOS e o hardware.

Antes de irmos aos comandos, veremos primeiro o que é PROMPT:

PROMPT é o chamado sinal de prontidão, pois indica que o computador está pronto para receber instruções. Ele mostra também sua localização, ou seja, em que drive (unidade de armazenamento) e diretório você está trabalhando. Veja o exemplo:

C:DOS>_

O exemplo indica que você está no drive C:, na pasta DOS. Ao lado do sinal >, há um "tracinho" piscando, chamado CURSOR. Ele indica aonde vai aparecer os carecteres que você digitar.

COMO ACESSAR O DOS

Para você acessar o DOS, existem basicamente, 3 formas. Se você estiver no Windows, basta clicar em Iniciar/Desligar e escolher "Reiniciar o computador em modo MS-DOS". Outra forma no Windows é, clicar em Iniciar/Programas e selecionar "Prompt do MS-DOS". Mas está última acessará o DOS com o Windows ainda carregado, o que significa que alguns comandos podem não funcionar. Se estiver com o computador desligado e quiser ir direto para o DOS, sem passar pelo Windows, fique clicando em F8 até um lista aparecer. Escolha "Somente Prompt de Comando", que normalmente é o penúltimo item.

Page 121: Curso Montagem Redes

Vale lembrar que, se você usa o Windows Millenium, o acesso ao DOS não é tão simples, visto que este sistema operacional é menos dependente do DOS do que o Windows98 ou 95. Se você quiser usar o DOS no WinMe, terá que reiniciar o computador com o disquete de boot, criado no próprio WinMe.

Outra coisa que vale lembrar é que você pode não ter o DOS completo se usa o Win98 ou 95. Isso porque o DOS completo era para ser usado sozinho, como um sistema operacional único. Com o Windows, alguns comandos foram retirados e deixado somente os essenciais. Mas você pode copiar os outros comandos para o seu computador se quiser. Mas isso não é recomendado, visto que não há nenhuma necessidade disto.

EXECUTANDO OS COMANDOS

Antes de começarmos a ver os comandos, é necessário saber como executá-los. No prompt, você verá o cursor piscando. Isso significa que você já pode digitar. Depois de ter escolhido o comando, tecle Enter. Aqui, para exemplificar usaremos o modelo de prompt "C:Windows>", mas vale lembrar que "C" pode ser qualquer unidade de disco no seu computador. Normalmente a letra A indica a unidade de disquete. E "Windows" pode significar qualquer pasta dentro da unidade que você está trabalhando. Mas, é importante saber que o DOS geralmente não visualiza nomes de arquivos com mais de 8 caracteres. Por isso, a pasta Meus Documentos, por exemplo, fica assim: MEUSDO~1.

COMANDOS:

DATE

Comando que atualiza a data do sistema operacional:

DD - DIA Dígito entre 1 - 31

MM - MÊS Dígito entre 1 - 12

AA - Ano Dígito entre 80 - 99

Separadores: Hífen ( - ), Barra ( / ) ou Ponto ( . )

Exemplo:

C:\>DATE

O Sistema apresentará a seguinte tela:

Em seguida, digita-se a data atual e pressiona-se .

TIME

Comando que atualiza a hora do Sistema Operacional:

Page 122: Curso Montagem Redes

hh - Horas - Dígito entre 0 - 24

mm - Minuto - Dígito entre 0 - 59

ss - Segundo - Dígito entre 0 - 59

Separadores: Dois Pontos ( : ) ou Ponto ( . ).

Exemplo:

C:\>Time

O Sistema apresentará a seguinte tela:

Em seguida, digita-se a hora atual e tecla-se .

VER

Comando que mostra a versão do Sistema Operacional:

C:\> VER

DIR

Comando que mostra a lista de arquivos de um diretório (pasta). Este comando pode conter algumas variações para obter-se uma resposta diferente:

* /P Lista o diretório com pausa, usado quando o diretório encontra-se com vários arquivos.

* /W Lista o diretório na horizontal.

* / ? Lista todas as opções do comando DIR.

O comando dir apresenta, ainda, três informações bastante importantes ao seu final: o número de arquivos contidos no diretório corrente, o espaço em disco ocupado por este(s) arquivo(s) e o espaço disponível no disco.

Exemplo:

C:\>DIR / W

Page 123: Curso Montagem Redes

C:\>DIR /P

C:\>DIR / W

CLS

Comando que limpa a tela e deixa o cursor no canto superior esquerdo:

Exemplo:

C:\>CLS

MKDIR ou MD

Comando que cria um diretório a partir do diretório corrente com o nome especificado:

Sintaxe: MD [caminho] { Nome } ou MKDIR [caminho] { Nome }

Exemplo:

C:\>MD PROFESSOR

C:\>MKDIR PROFESSORALUNOS

CHDIR ou CD

Comando que muda um subdiretório corrente a partir do diretório corrente:

Sintaxe: CD [caminho] ou CHDIR [caminho]

Exemplo:

C:\>CD PROFESSOR , alterna para o diretório PROFESSOR

C:\>CD PROFESSORALUNOS , alterna para o subdiretório ALUNOS do diretório

PROFESSOR

C:\>CD , alterna para o diretório raiz ( C:> )

C:\>CD , indica o caminho ( PATH ) atual.

Page 124: Curso Montagem Redes

RMDIR ou RD

Comando que remove um subdiretório a partir do drive corrente. O subdiretório somente será eliminado se não contiver nenhum arquivo ou subdiretório em seu interior:

Sintaxe: RD [caminho] ou RMDIR [caminho]

Exemplo:

C:\>RDPROFESSORALUNOS , remove o subdiretório ALUNO do diretório PROFESSOR.

C:\> RDPROFESSOR , remove o diretório PROFESSOR.

TREE

Comando que exibe graficamente a árvore de diretórios e subdiretórios a partir do diretório-raiz para que o usuário tenha da organização hierarquia do seu disco. Este comando pode conter algumas variações para obter-se uma resposta diferente:

* /F Exibe a árvore de subdiretórios, mostrando também os arquivos existentes dentro dele.

* /A Instrui o comando TREE a usar os caracteres gráficos disponíveis em todas as Páginas de Código e permite um processo de impressão mais rápido.

Exemplo:

C:\>TREE

C:\>TREE /F

C:\>TREE /A

CHKDSK

Comando que checa o disco mostrando informações sobre este na tela:

Sintaxe: CHKDSK [unidade:]

Exemplo:

C:\>CHKDSK , checa o disco rígido C: .

C:\>CHKDSK , checa o disco flexível A: .

MEM

Comando que fornece informações sobre a memória:

Sintaxe: MEM

Exemplo:

C:\>MEM

RENAME ou REN

Page 125: Curso Montagem Redes

Comando que faz a renomeação (TROCA) do nome ou extensão de um arquivo a partir do drive corrente:

Sintaxe: RENAME ou REN [unidade:] [caminho] { Nome Antigo } { Nome Novo }

Exemplo:

C:\> REN SMART.DOC INSTRUTOR.DOC, alterna o nome do arquivo SMART .DOC para INSTRUTOR.DOC

C:\> REN PROJETO.DPR PROJETO1.PRG

COPY

Comando que copia um arquivo ou grupo de arquivos de uma ORIGEM para um DESTINO:

Sintaxe: COPY [unidade:] [caminho] { Nome Origem } [unidade:] [caminho] { Nome Destino }

Exemplo:

C:\>COPY A:TESTE.XXX C:AULA , faz a cópia de arquivo TESTE.XXX do DRIVE de origem A: para o DRIVE de destino C:AULA.

Neste comando utiliza-se muito os caracteres "curingas" que têm a função de substituir qualquer caracter ou grupos de caracteres dependendo do curinga. Os caracteres curingas são representados abaixo de acordo com a sua finalidade:

- * , para uma quantidade de caracteres variante.

- ? , para um caracter.

Exemplo:

C:\>COPY C:DOSS*.* C:AULA , faz a cópia de todos os arquivos que têm o nome que se inicia com a letra S do diretório de origem C:DOS para o diretório de destino C:AULA.

C:\>COPY C:DOSVENDAS?.DOC C:AULA , faz cópia de todos os arquivos que têm a palavra VENDAS + 1 CARACTER .

( ex: VENDAS1.DOC, VENDASX .DOC, etc.) do diretório de origem

C:\DOS para o diretório destino

C:\AULA

DISKCOPY

Quando necessitamos fazer uma cópia das informações de um disquete, podemos utilizar o comandos Diskcopy. Este comando faz a duplicação de um disco, sendo que os dois discos devem possuir o mesmo tamanho e capacidade. Este comando só permite a duplicação de discos flexíveis. Além disso, este comando pode conter variações para obter-se uma resposta diferente:

* /V = Faz a verificação durante a duplicação do disco.

Sintaxe: DISKCOPY [unidade:] [unidade:] /V

Page 126: Curso Montagem Redes

Exemplo:

C:\>DISKCOPY A: B: , faz a duplicação de um disco na unidade A: para unidade B:, sendo que os dois discos devem possuir o mesmo tamanho e capacidade.

XCOPY

Comando que copia arquivos seletivamente, lendo em sub-diretórios diferentes na origem e podendo criar os sub-diretórios na unidade de destino, se assim for desejado. Este comando pode conter variações para obter-se uma resposta diferente:

* ORIGEM Drive, caminho e nome dos arquivos de origem.

* DESTINO Drive, caminho e nome dos arquivos de destino.

* /M Copia os arquivos de origem e os "marca".

* /D: data Copia os arquivos de origem que foram modificados na data definida em

"data" ou depois dela, (mm,dd,yy é o formato default")

* /S Copia os arquivos em diretórios e subdiretórios, a não ser que estejam vazios.

* /E Copia os subdiretórios mesmo que estejam vazios.

Sintaxe: XCOPY [ ORIGEM] [DESTINO] /M /D:data /S /E /V

Exemplo:

C:\>XCOPY C:DOS A: , copia o diretório DOS para o drive A: .

MOVE

Comando que tem duas funções: Renomear diretórios ou mover arquivos de um diretório para outro:

Sintaxe: MOVE [unidade:] [caminho] [nome antigo] [nome novo] ou [Origem] [Destino]

Exemplo:

C:\>MOVE C:AULA C:TESTE , renomeia o diretório C:AULA para C:TESTE

C:\>MOVE C:AULA*.* A: , faz a movimentação de todos os arquivos do drive de origem C:AULA para o drive de destino A: deixando assim o diretório C:AULA vazio.

TYPE

Comando que exibe o conteúdo de um determinado arquivo:

Sintaxe: TYPE [unidade:] [CAMINHO] { Nome do Arquivo }

Exemplo:

C:\TYPE CONFIG.SYS Exibe o conteúdo do arquivo CONFIG.SYS na tela.

Page 127: Curso Montagem Redes

Utilizando este comando você pode também imprimir o conteúdo de um arquivo bastando para tanto adicionar a terminação > PRN ou > LPT1 ao comando.

Exemplo:

C:\>TYPE CONFIG.SYS > PRN Imprime o conteúdo do arquivo CONFIG.SYS.

MORE

Comando que exibe o conteúdo de um determinado arquivo, fazendo uma pausa cada vez que a tela é preenchida:

Sintaxe: MORE < [unidade:] [caminho] { Nome do Arquivo }

Exemplo:

MORE < TESTE.TXT

FORMAT

Antes de utilizar um disquete novo, você precisa prepará-lo para receber as informações e, essa preparação do disco é chamada de formatação, que tem a função de definir trilhas e setores na superfície magnética do disco. Num disco formatado podemos copiar um arquivo, um diretório de vários arquivos ou até um disco inteiro. A formatação deve ser aplicada com cuidado pois destrói o conteúdo anterior do disquete. Este comando pode conter algumas variações para obter-se uma resposta diferente:

/S Formata o disco na unidade especificada e insere o Sistema Operacional DOS

/4 Formata o disquete de baixa densidade em drives de alta densidade

/Q Formata rapidamente o disco da unidade ( Formatação Rápida )

/U formata o disco da unidade independente da condição ( UNCONDICIONABLE )

Sintaxe: FORMAT [unidade:] /Q /U /S /4

Exemplo:

C:\>FORMAT A: , formata o disco na unidade A:

ATENÇÃO: tenha cuidado nas formatações de discos pois elas fazem com que o conteúdo do disco seja perdido. Vale lembrar que esta operação se torna muito mais crítica quando estamos formatando a unidade C ( FORMAT C: ), operação raramente feita e não indicada para pessoas com pouco conhecimento.

UNFORMAT

Caso aconteça de você formatar um disco por acidente, o MS-DOS permite a recuperação das informações, há não ser que você tenha utilizado o parâmetro /U em sua formatação. O comando UNFORMAT recupera as informações de um disco formatado. Este comando pode conter variações para obter-se uma resposta diferente:

/L Recupera as informações de um disco, mostrando a lista de arquivos e diretórios

/TEST Lista todas informações, mas não refaz o disco

Page 128: Curso Montagem Redes

Sintaxe: UNFORMAT [unidade:] /L /TEST /P

Exemplo:

C:\>UNFORMAT A: , desformata o disco na unidade A:

DEL ou DELETE

Comando que faz a eliminação de arquivos:

Sintaxe: DEL [unidade] [caminho] { Nome do Arquivo }

Exemplo:

DEL C:WINWORDCASTAS.DOC , deleta o arquivo CARTAS.DOC do diretório WINWORD

DEL *.DOC , deleta todos os arquivos com extensão .DOC

do diretório corrente

DEL C:ADMIN*.* , deleta todos os arquivos do diretório ADMIN

UNDELETE

No desenvolvimento diário de suas tarefas do dia a dia é muito comum você apagar um ou mais arquivos, e depois descobrir que aquele(s) arquivo(s) era(m) importante(s). A partir da versão 5.0 do MS-DOS houve a implantação de um comando muito útil chamado Undelete, que nos permite (às vezes...) recuperar estes arquivos. Existem versões deste utilitário para o MS-DOS ou MS-Windows:

Sintaxe: UNDELETE [unidade:] [caminho] { Nome do Arquivo }

Exemplo:

UNDELETE C:WINWORDCARTAS.DOC , recupera o arquivo CARTAS.DOC do diretório WINWORD

DELTREE

Comando que apaga um ou mais subdiretórios do disco a partir do diretório corrente:

O comando deltree apaga todos os arquivos e subdiretórios dentro de um diretório de uma só vez. Como precaução ele sempre exibirá uma mensagem na tela perguntando se você realmente deseja apagar.

Exemplo:

C:\>DELTREE PROFESSOR

Utilizando-se deste comando o usuário poderá apagar subdiretórios com mais rapidez e eficiência.

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24. PARTICIONANDO E FORMATANDO O HD

Após configurar as opções essenciais do Setup, o micro deverá ser capaz de inicializar normalmente e de dar o boot através de um disquete. Como o disco rígido ainda não possui nenhum sistema operacional, vamos precisar de um disquete de boot para inicializar a máquina. Mesmo que você pretenda instalar o Windows 95, é recomendável usar um disco de boot do Windows 98, pois ele inclui suporte a drives de CD-ROM IDE e SCSI, sem necessidade de alterar os arquivos de inicialização, o que lhe poupará de uma boa dor de cabeça ao instalar o Windows a partir de um CD-ROM. Peça à um amigo que use o Windows 98 para fazer um disco de inicialização para você.

Após o boot, se você tentar acessar a sua unidade C, receberá uma mensagem de erro, como se não houvesse disco rígido nenhum instalado na máquina, pois o disco ainda precisa ser formatado para ser reconhecido e utilizado pelo sistema operacional.

Estudamos no capítulo sobre discos rígidos, que existem dois tipos de formatação, chamadas de formatação física e formatação lógica. Apesar do disco rígido vir fisicamente formatado já de fábrica, o que permite o reconhecimento por parte do Bios, ainda precisamos realizar a formatação lógica. Existem vários programas que realizam esta tarefa, mas iremos utilizar aqui o Fdisk que faz parte do disco de boot do Windows. Basta chamá-lo com o comando A:\FDISK

Tanto o Windows 95 Ors/2 (ou Windows "B"), quanto o Windows 98, oferecem suporte à Fat 32. Apenas o Windows 95 antigo não oferece suporte a este sistema de arquivos. Usando o Fdisk contido em um disquete de boot de uma versão do Windows que suporte a Fat 32, lhe será perguntado logo na inicialização do software, se você deseja ativar o suporte a discos de grande capacidade. Respondendo sim, seu disco será formatado usando a Fat 32, caso contrário, será usada a antiga Fat 16.

A Fat 16 é um sistema de arquivos bastante antiquado, usado desde o tempo do MS-DOS. Como neste sistema, cada cluster possuir um endereço de apenas 16 bits, é possível a existência de apenas 65.000 clusters por partição, já que dois clusters não podem ter o mesmo endereço e 16 números binários permitem apenas 65.000 combinações diferentes.

Como cada cluster em Fat 16 não pode ser maior do que 32 Kbytes, cada partição em Fat 16 também não poderá ser maior que 2 Gigabytes. Outro problema, é que usando clusters de 32 Kbytes, temos um brutal desperdício de espaço em disco, pois cada cluster não pode conter mais que um arquivo. Mil arquivos de texto, por exemplo, com apenas 1 Kbytes cada,

Page 130: Curso Montagem Redes

ocuparão 1000 clusters no disco, ou seja, 32 Megabytes. É possível o uso de clusters menores usando Fat 16, porém em partições pequenas:

Tamanho da partição: Tamanho do Cluster

De 128 a 255 MB 4 KB

De 256 a 511 MB 8 KB

De 512 a 1023 MB 16 KB

De 1024 a 2047 MB 32 KB

Devido às suas limitações, a Fat 16 é completamente inadequada aos discos modernos. Para particionar um disco de 8 Gigabytes em Fat 16, por exemplo, teríamos que dividi-lo em 4 partições. A Fat 32 permite superar estas limitações, permitindo partições de até 2 terabytes (1 terabyte = 1.024 Gigabytes) e clusters de apenas 4 Kbytes em partições menores que 8 GB. O tamanho dos clusters usando a Fat 32 varia de acordo com o tamanho da partição:

Tamanho da partição Tamanho do cluster

Menor do que 8GB 4 KB

De 8 GB a 16 GB 8 KB

De 16 BG a 32 GB 16 KB

Maior do que 32 GB 32 KB

A Fat 32 não é compatível com o Windows 95 antigo, apenas com sua versão OSR/2 ou com o Windows 98. Caso você tente instalar o Windows 95 antigo em um disco formatado em Fat 32, receberá uma mensagem de erro, pois o sistema não conseguirá acessar o disco.

Depois de escolher qual sistema de arquivos será usado, chegamos ao menu principal do Fdisk, onde nos deparamos com 5 opções:

A primeira opção, "Criar uma partição ou uma unidade lógica do DOS", permite criar partições no disco.

Page 131: Curso Montagem Redes

A segunda, "Definir uma partição ativa", permite determinar a partição através da qual será dado o boot. Sem definir uma das partições do disco como ativa, não será possível dar boot através do HD.

A terceira, "Excluir uma partição ou unidade lógica do DOS", permite excluir partições criadas anteriormente. Deletando uma partição, serão perdidos todos os dados nela gravados.

A quarta opção, "Exibir informações sobre as partições", gera um relatório informando sobre todas as partições que existem no disco.

E finalizando, a quinta opção, "Alterar a unidade de disco fixo atual", permite, no caso de você possuir mais de um disco rígido instalado, escolher qual será particionado.

Como pretendemos particionar e formatar o disco rígido, a fim de instalar o sistema operacional, podemos começar pela primeira opção. Escolhendo-a você chegará a um novo menu com três novas opções: "Criar uma partição primária do DOS", "Criar uma partição estendida do DOS" e "Criar unidades lógicas na partição estendida do DOS". Para retornar ao menu anterior basta pressionar Esc.

A partição primária será a letra C:\ do seu disco rígido, e será usada para inicializar o micro. O Fdisk permite a criação de uma única partição primária. Para particionar o disco rígido em duas ou mais partições, deverá ser criada também uma partição estendida, que englobará todas as demais partições do disco.

Dividir o disco rígido em várias partições traz algumas vantagens, como a possibilidade de instalar vários sistemas operacionais no mesmo disco e organizar melhor os arquivos gravados. Eu, por exemplo, estou usando um disco de 2,6 GB, dividido em três partições. Como uso tanto o Windows 98 quanto o Windows NT, esta organização é bem útil, pois permite usar uma partição para o Windows 98 e seus programas, outra para o Windows NT e reservar a última para guardar arquivos em geral. Até pouco tempo atrás, existia uma quarta partição, onde estava instalado o Linux, agora instalado em um HD à parte.

Do ponto de vista do sistema operacional, cada partição é um rígido distinto, aparecendo inclusive com uma letra diferente, sendo uma partição completamente independente da outra.

Page 132: Curso Montagem Redes

O uso de mais de uma partição traz também uma segurança um pouco maior. Usando duas partições (C e D), uma para o sistema operacional e os programas instalados, e outra para arquivos, por exemplo, você poderia até mesmo formatar a partição C destinada ao sistema operacional, que os seus arquivos continuariam intactos na partição D. Esta divisão traz também uma proteção maior contra a ação de vírus, pois, como muitos apagam apenas os dados da unidade C, seus arquivos estariam mais protegidos em uma unidade distinta.

Criando a partição primária

Você pode particionar o disco como uma única unidade, ou dividi-lo em duas, três ou mais unidades lógicas, de qualquer maneira, será necessário criar uma partição primária, caso contrário não seria possível inicializar a máquina através do HD.

Para criar a partição primária no disco, escolha a primeira opção do menu anterior. O Fdisk fará um rápido teste no disco rígido e em seguida perguntará se você deseja que a partição primária ocupe todo o disco e se torne a partição ativa. Se você optou por particionar o disco em uma única unidade, bastará responder "Sim". Novamente o Fdisk realizará um rápido teste e todo o disco será particionado com uma única partição. Neste caso, nosso trabalho no Fdisk estará completo, bastando que você pressione Esc duas vezes para sair do programa. Será exibida uma nova mensagem, pedindo que você reinicie o micro para que as alterações feitas no disco possam entrar em vigor. Pressione Esc novamente para sair do programa, e reinicie a máquina antes de formatar o disco.

Após reiniciar o micro, se você tentar acessar a unidade C, se deparará com a mensagem: "Falha geral lendo unidade C, Anular, Repetir, Falhar?". Isto acontece pois o Fdisk não formata o disco rígido, sua função é apenas estabelecer as partições e o sistema de arquivos a ser usado por cada uma, sendo necessário executar o bom e velho Format para formatar logicamente o disco rígido antes de poder utilizá-lo.

A sintaxe do comando Format é "Format" seguido de um espaço e da letra da unidade a ser formatada. Para formatar a unidade C:, por exemplo, basta usar o comando "Format C:"

O parâmetro /s indica que, após a formatação, serão copiados para o disco os arquivos de inicialização, tornando a unidade bootável. A sintaxe neste caso seria FORMAT C: /S. O uso do parâmetro /S é indiferente, pois os arquivos de inicialização serão copiados para o disco ao instalar o Windows de qualquer forma.

Ser-lhe-á perguntado se você realmente deseja formatar a unidade e, respondendo sim, a formatação será iniciada. Quanto maior for seu disco, mais tempo a formatação demorará. Um disco muito grande pode levar mais de uma hora para ser formatado.

Page 133: Curso Montagem Redes

Ao final da formatação, você terá a opção de nomear a unidade. Este será apenas um nome fantasia que inclusive poderá ser alterado posteriormente através do Windows Explorer, clicando com o botão direito do mouse sobre a letra do disco e acessando o menu de propriedades, e em nada afetará o funcionamento do disco. Escolha um nome qualquer ou simplesmente tecle Enter para que o disco não receba nome algum, e o seu disco estará pronto para ser usado.

Dividindo o disco rígido em várias partições

Para dividir o disco rígido em duas ou mais partições, a partição primária deverá ser criada ocupando apenas uma parte do disco rígido. Para isso, ao criar a partição primária, responda "não" quando o Fdisk lhe perguntar se você deseja usar o tamanho máximo disponível para uma partição do DOS.

Você deverá então, apontar qual será o tamanho da partição primária em Megabytes, ou qual será a porcentagem do disco que ela ocupará. Na foto, foi criada uma partição primária ocupando metade do disco.

Será apresentada uma nova tela informando que a partição foi criada com sucesso, e que 50% do espaço do disco rígido ainda está disponível para criar novas partições.

Page 134: Curso Montagem Redes

Após a partição primária, devemos criar uma partição estendida usando o restante do espaço do disco, pois o Fdisk permite a existência de uma única partição primária. Esta partição estendida englobará todas as demais partições do disco. Retorne ao menu principal do Fdisk, escolha novamente a opção "Criar uma partição ou uma unidade lógica do DOS" e em seguida a opção "Criar partição estendida do DOS".

Será perguntado qual será o tamanho desejado para a partição estendida. Simplesmente pressione Enter para que ela seja criada usando todo o restante do espaço disponível em disco. Será novamente exibida a tela de informações, indicando que agora o disco possui, além da partição primária, uma partição estendida, e que agora todo o espaço disponível foi ocupado.

Após criar a partição estendida, falta dividi-la em unidades lógicas. Após pressionar Esc, o Fdisk exibirá a mensagem de que nenhuma unidade lógica foi definida, e pedirá para que seja informado o tamanho em Megabytes ou porcentagem da partição estendida a ser ocupado pela partição lógica.

Para que a unidade lógica ocupe todo o espaço da partição estendida, basta pressionar Enter. Se você desejar mais que duas partições no disco, basta que a unidade lógica seja criada ocupando apenas uma parte do espaço da partição estendida. Neste caso, após criar a partição, o Fdisk informará que ainda existe espaço livre e dará a opção de criar mais uma unidade lógica. Será permitido criar novas unidades até que a partição estendida seja totalmente ocupada.

Page 135: Curso Montagem Redes

Definindo a partição ativa

Ao retornar ao menu principal do Fdisk, você receberá uma mensagem avisando que nenhuma partição está ativada, e é preciso que a partição primária seja definida como ativa para que o disco seja inicializável.

No menu principal, selecione a segunda opção "definir um partição ativa", e na tela seguinte, onde é perguntado qual partição deverá ser ativada, escolha a sua partição primária. Agora é só sair do Fdisk e formatar o disco. Note que cada partição assumiu uma letra distinta, pois para o sistema operacional é como se existissem vários discos rígidos instalados. Cada partição deverá ser formatada separadamente.

No outro exemplo, a partição primária foi automaticamente definida como ativa quando escolhemos que ela englobaria todo o disco. Optando por criar várias partições, o processo deixa de ser automático.

Excluindo partições

Para excluir partições, usamos a terceira opção do Fdisk. Surgirá uma nova tela contendo opções para excluir a partição primária do disco, excluir uma partição estendida, excluir uma unidade lógica de uma partição estendida, ou excluir uma partição formatada com um sistema de arquivos não suportado pelo Windows 95/98, como o NTFS ou o HPFS.

Geralmente a opção de excluir partições é usada quando se deseja que um disco dividido em várias partições volte novamente a ter uma única partição, mas você poderá usar este recurso para converter unidades formatadas usando a Fat 16 para Fat 32, por exemplo.

Não existe mistério nestas opções. Basta escolher a partição a ser excluída, e confirmar o nome do volume, que nada mais é do que o nome fantasia que você deu à partição quando a formatou, que também aparecerá escrito na coluna "volume". Caso a partição não tenha nome,

bastará teclar Enter. O Fdisk perguntará então se você tem certeza de querer deletar a partição, basta responder que sim.

Page 136: Curso Montagem Redes

Para excluir uma partição estendida, devemos antes deletar todas as suas unidades lógicas, usando a opção "Excluir unidades lógicas da partição estendida do DOS", para somente depois deletar a partição estendida em si. Vale lembrar mais uma vez que, ao excluir uma partição, todos os dados nela gravados são perdidos.

Caso chegue às suas mãos um disco rígido formatado com um sistema de arquivos não suportado pelo Windows 95/98, como o NTFS (usado pelo Windows NT) ou o HPFS (usado pelo OS/2) e você deseje formatá-lo em Fat 32 ou Fat 16 para usá-lo em conjunto com sua versão do Windows, basta usar a opção "Excluir uma partição não-DOS" para eliminar sua formatação e poder novamente particionar o disco usando o sistema Fat.

Instalando um segundo disco rígido

Ao instalar um segundo disco rígido como escravo do primeiro, bastará repetir os processos anteriores para formatá-lo, pois o novo disco só será reconhecido pelo sistema operacional depois de devidamente particionado e formatado.

Quando aberto, o Fdisk por default, irá mostrar seu disco rígido principal. Para acessar o segundo disco, que é o que desejamos particionar, basta acessar a 5º opção do menu do Fdisk: "Alterar a unidade de disco fixo atual". Será mostrado então um relatório informando todos os discos rígidos instalados no micro, assim como suas partições lógicas. Basta selecionar o novo disco e particioná-lo a seu gosto.

Note, que ao instalar um segundo disco rígido, as letras das unidades serão alteradas. Digamos que você tivesse um disco dividido em duas partições, chamadas "Windows" e "Arquivos", que respectivamente apareciam como C: e D:. Ao instalar um novo disco formatado

Page 137: Curso Montagem Redes

com uma única partição primária, chamada "Nova", a partição "Arquivos" que antes aparecia como D:, passará a receber a letra E:, e a partição "Nova" do novo disco rígido passará a receber a letra D:. O CD-ROM assumirá a próxima letra disponível:

Antes:

C: "Windows"

D: "Arquivos"

E: "CD-ROM"

Depois:

C: "Windows"

D: "Nova"

E: "Arquivos"

F: CD-ROM

A regra é que sempre a partição primária do disco principal será a letra C, e a partição primária do segundo disco será sempre a letra D. As demais partições lógicas de ambos os discos assumirão letras em sequência.

Digamos agora, que o disco rígido novo é muito mais rápido que o antigo, e você deseja transformá-lo em seu HD principal, deixando o antigo como escravo, apenas para gravar arquivos, sem contanto precisar reinstalar todos os seus programas no disco novo. Isto pode ser feito sem problemas.

Instale o novo disco a princípio como escravo do HD antigo. Rode o Fdisk e particione-o a seu gosto, não se esquecendo de definir sua partição primária como ativa, caso contrário, você não conseguirá dar o boot através dele mais tarde.

Depois de particionar e formatar o novo disco, inicialize o Windows, e no prompt do MS-DOS use o comando XCOPY C:\*.* D:\ /E /C /H /K para copiar todos os dados da partição primária (C:\) do disco antigo para a partição primária do novo disco (D:\). Para copiar também os dados de outras partições, basta usar novamente este comando mudando apenas as letras das unidades.

O comando deve ser dado a partir de uma janela MS-DOS dentro do Windows 95/98, para que seja usado o Xcopy de 32 bits. Este comando através do DOS usará o Xcopy de modo real, que quebrará os nomes de seus arquivos com mais de 8 caracteres, transformando-os em algo como arquiv~1, memora~1, etc.

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Após terminada a cópia dos arquivos, basta instalar o novo disco como mestre da IDE primária, e o disco antigo como escravo, para que a transferência esteja completa. Não se esqueça de jumpear adequadamente os discos.

Convertendo partições de Fat 16 para Fat 32

Sem dúvida, a Fat 32 traz várias vantagens sobre a Fat 16. Mesmo que seu disco rígido seja menor que 2 GB e possa ser formatado em uma única partição usando a Fat 16, devido aos clusters na Fat 32 serem de apenas 4 KB, contra os absurdos clusters de 32 KB encontrados em uma partição de mais de 1 GB formatada com a Fat 16, será possível armazenar muito mais arquivos, caso o disco seja formatado usando a Fat 32.

O raciocínio é simples: Como cada arquivo, por menor que seja, obrigatoriamente ocupa um cluster inteiro, teremos sempre espaços desperdiçados no disco. Um arquivo de texto de apenas 100 bytes ocupará um cluster inteiro, 32 KB! Imaginem se ao invés de um único arquivo tivéssemos 5.000 destes arquivos de texto? O espaço desperdiçado seria brutal.

Ao converter uma partição para Fat 32, geralmente temos uma diminuição de 15 a 40% no espaço ocupado em disco, um ganho nada desprezível. Quando converti uma partição de 1.7 GB do meu disco, onde estava instalado o Windows 95, para instalar o Windows 98, o espaço livre saltou de 250 para 600 MB, um ganho de 350 MB!

O Windows 98 traz um utilitário para fazer a conversão de unidades sem perda de dados, o que dispensa o uso de qualquer utilitário externo. Usando o Windows 95 OSR/2 porém, a coisa fica um pouco mais complicada. Apesar da conversão neste caso poder ser feita usando o próprio Fdisk, teríamos que deletar a partição antiga e criar uma nova em Fat 32, perdendo obviamente todos os dados. Existem vários programas que conseguem fazer a conversão sem perda de dados, como o Partition Magic da Power Quest.

25. INSTALANDO O S.O – WINDOWS 98SE

Para instalar o Windows 98 a partir de um disco de CDROM é necessário realizar um boot no computador com o disco de boot do Windows 98 e selecionar logo no menu de inicialização a opção de boot, que deverá ser a primeira que aplica o suporte a CD-ROM. Com isso, o próprio disco de boot irá detectar e instalar a unidade de CD-ROM, que será rotulada de “E:” No prompt “E:” deve-se digitar o comando de instalação, que na versão em português desse Windows é o “Instalar”. E:> INSTALAR Em seguida, tecle ENTER. Deste ponto em diante aparecerá a interface de instalação do Windows que, por ser intuitiva, permite seguir a orientações das telas para conseguir concluir a instalação. Em seguida, veremos como instalar o windows 98 a partir do hd. Primeiro coloque o disco de boot, depois coloque o boot para iniciar com suporte a cd-rom, aperte enter. coloque tambem o cd do win98, no drive de cd-rom. após o boot, ele estara localizado no drive A: assim A:\> Existe duas maneiras de realizar a instalação do win98, utilizando o cd do win98 ou utilizar uma copia feita no seu HD, irei ensinar as duas instalações. A primeira instalação, vai ser apartir do cd do win98. na sua tela estara assim A:\> você ira digitar a letra do CD-ROm, no caso de você só utilizar um drive de cd-rom, a letra dela estará como D: ou E:, assim sucessivamente. é só você digitar que ele ira localizar o cd-rom, é

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claro que para você ter uma resposta que existe aquele drive, você digita dir, digita a linha de comando dir, Se o seu drive estiver com a letra d:, após você digitar dir, ele ira te mostrar o conteudo do CD do win98, veja assim nesse exemplo: A:\> estou no drive de disquete A:\>F: digitei a letra f e apertei enter F:\> localizai um drive,mais ainda não sei se ele existe F:\>dir digitei a linha de comando dir, para ver o conteudo do CD após vc digitar, ele ira mostrar a você o conteudo do cd F:\>cd windows 98 agora você ira para a pasta em que esta os arquivos de instalação do windows 98, a linha de comando cd, ela abre as pastas. no caso de querer visualizar o conteudo do cd, digite dir F:\windows 98>dir ele ira mostrar o conteudo da pasta windows 98,apos ,você ira localizar o instalar.exe ou install.exe F:\windows 98>instalar.exe digite instala.exe ou install.exe para começar a instalar o windows 98 veja nessa imagem como ficou. após você digitar enter ele irá começar a instalação do windows 98, mais ainda temos que falar sobre a segunda instalação,no caso a que mais gosto de utilizar, copiar o arquivos de instalação do win98 para o hd. primeiro você tem que criar uma pasta no seu HD, no caso com a letra de c: estará assim depois do boot A:\> A:\> localizado no drive de disquete A:\>c: você ira digitar c: e ira aperte enter C:\> ele agora ira para o c:\> assim c:\>md win98 agora você ira digitar md win98, com esse comando ele ira criar uma pasta no hd, no caso a pasta onde iremos copiar os arquivos de instalação do windows98, o nome de win98, foi o nome que eu quis dar a pasta. C:\> após criar a pasta ele ira voltar para o c: C:\>f: depois você ira digitar a letra do seu drive de cd-rom, ou seja se você utiliza só um drive, ele deve vir com a letra d: ou e:, no meu caso, digitei f: , porque eu utilizo dois drivers de

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cd-rom. F:\> ele ira para o drive de cd F:\>cd windows 98 agora você ira para a pasta em que esta os drives de instalação do windows 98, a linha de comando cd, ela abre as pastas. no caso de querer visualizar o conteudo do cd, digite dir F:\windows 98>dir ele ira mostrar o conteúdo da pasta windows 98 F:\windows 98>cd win98 achamos a pasta win98 onde localiza os arquivos de instalação do windows 98 F:\windows 98\win98>dir digite dir, para ver o conteúdo F:\windows 98\win98>copy *.* c:win98 essa linha de comando ira copiar os arquivos da pasta win98 para a pasta win98 no c:, no caso a letra do seu HD. veja nessa imagem:

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após copiar os arquivos você terá que ir para a pasta c:\win98 do seu hd. você ira fazer isto; F:\windows 98\win98>c: você ira digitar c:, a letra do seu HD C:\> esta no c:, no caso seu hd C:\>cd win98 ira digitar cd win98, no caso ele abre a pasta win98 C:\win98> apos esta dentro da pasta win98, você ja pode realizar a instalação do windows 98 a partir dai. C:\>win98>instalar.exe digite instalar.exe para começar a instalação do windows 98. dai para frente o conteúdo é mais fácil. apos você digitar instalar.exe, ele ira amostrar essa imagem, ele ira fazer um scandisk para verificar o seu Hd, em busca de erros,ou badblocks, espero que você passe por essa etapa para começarmos a instalação.

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depois dessa verificação, clique em sair. Logo a frente, você terá que espera essa imagem.

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nessa opção você é obrigado a aceita os termos deles, se você não aceitar, não ira conseguir instalar, quando você aceitar ele ira te pedir o Serial, é necessário que tenha o serial para instalação do windows, é como se fosse uma senha de banco,para acessar esse instalação, você necessita de uma senha, no caso do windows. clique em avançar.

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digitar a senha ele ira para essa tela.clique em avançar.

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nessa opção ele quer saber em que pasta você deseja que fique os arquivos de instalação do windows 98, o ideal é deixar na opção C:\WINDOWS, deixe nessa pasta mesmo.clique em avançar.

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aqui ele ira perguntar a você que tipo de instalação você deseja obter, no caso como você esta aprendendo agora, o ideal é deixar com típica, deixe como está.clique em avançar.

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nessa opção coloque o nome para usuário e da empresa, é obrigatório só o nome de usuário.

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nesta opção deixe como está, instalar os componentes mais comuns, como disse você deve estar iniciando a instalação do windows 98. Clique em avançar.

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nesta opção ele mostra a você como ficou o nome do computador e do grupo, apenas clique em avançar.

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coloque Brasil, o país de onde mora.

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nessa opção,ela é de muita importância, ou seja, você pode criar um disquete de boot ou não, ai vai de você. É só colocar um disquete vazio, e aperta avançar, no caso de você já ter um disquete de boot, ignore essa opção, clique em avançar, depois clique em cancelar.

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clique em cancelar caso já tenha um disquete de boot.

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clique em avançar. Após clique em avançar ele ira começar a instalar o windows 98.

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após a instalação, ele ira pedir para reiniciar, reinicie o computador, mais antes de reiniciar retire qualquer cd ou disquete do computador.

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depois da reinicialização, ele ira continuar a instalação do window98.

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logo, você tem a opção de modificar a data e hora. Clique em fechar. Depois de configurar a data e hora, espere ele acabar de instalar, apos acabar de instalar ele ira pedir para reiniciar, reinicie.

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deixe ele iniciar e comece a usar.

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aperte ESC. Agora é só utilizar o windows 98.

26. SETUP

O Setup é um programa que nos permite configurar várias opções acerca do Hardware instalado, opções relacionadas desempenho do sistema, senhas etc. As configurações do Setup são cruciais para o funcionamento e bom desempenho do sistema, uma configuração errada do Setup pode tornar o sistema até 70% mais lento, ou seja, o seu computador pode virar uma carroça sem cavalos simplesmente devido à uma configuração errada do Setup do micro. O objetivo deste tutorial é justamente ensinar como configurar o Setup para um melhor desempenho.

Bios Bios significa "Basic Input Output system". O Bios é a primeira camada de software do sistema, um pequeno programa encarregado de reconhecer o hardware, realizar o boot, e prover informações básicas para o funcionamento do sistema. O Bios é personalizado para cada modelo de placa mãe, não funcionando em nenhum outro.

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CMOS

CMOS significa Complementary Metal Oxide Semicondutor". Nos primeiros PC s, tais como os antigos XT s e alguns 286 s, todos os dados referentes à configuração dos endereços de IRQ e DMA, quantidade e velocidade das memórias, HD s instalados etc., eram configurados através de jumpers na placa mãe. Não é preciso dizer que a configuração de tais jumpers era um trabalho extremamente complicado. Para facilitar isso, foi criado o Setup, que permite configurar facilmente o sistema. A função do CMOS é armazenar os dados do Setup pra que não se estes não sejam perdidos. O CMOS é uma pequena quantidade de memória Ram cerca de 128 bytes, geralmente embutida no cartucho da Bios. Como a memória Ram é volátil, o CMOS é alimentado por uma bateria, o que evita a perda dos dados. Porém, esta bateria não dura pra sempre, de modo que de tempos em tempos ela fica fraca e é preciso troca-la.

Upgrade de BIOS

O Bios é um programa que fica armazenado em chips de memória Flash Ram. O uso deste tipo de memória visa permitir que o Bios seja modificado. A esta modificação damos o nome de upgrade de Bios. De tempos em tempos, surgirem novas tecnologias, como o portas USB, barramento AGP, SCSI, etc. A função do upgrade de Bios é tornar o micro compatível com estes novos recursos. Muitas vezes são lançados upgrades também para corrigir Bus no Bios ou melhorar o suporte a dispositivos. Os fabricantes deixam tais upgrades disponíveis nas suas páginas para download gratuito, vindo os upgrades na forma de uma arquivo binário e um programa para gravação dos dados.

Durante o upgrade, os dados do Bios são completamente rescritos. Este é um processo que costuma durar poucos minutos, o problema é que se a atualização for interrompida de alguma forma, seja por falta de energia, um esbarrão no botão de reset, ou qualquer outro imprevisto. A Bios não irá funcionar mais, e sem ele a placa mãe se torna inútil. Por isso, quando for fazer o upgrade do seu Bios, cerque-se de cuidados. Certifique-se que o arquivo que pegou é o correspondente ao modelo da sua placa mãe e se possível ligue o micro em um no-break.

Atualmente os grandes fabricante de BIOS são a AWARD, com um Setup baseado em texto, e a AMI, com sua interface gráfica para o Setup. Apesar das diferenças na Interface, as opções disponíveis nos Bios destes dois fabricantes são parecidas, geralmente aparecendo apenas com nome diferentes. Em caso de opções que apareçam com nomes diferentes dependendo do modelo do Bios, citarei em primeiro lugar o nome mais comum, colocando outros nomes entre parênteses.

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Para entrar no Setup, basta apertar a tecla Del durante a contagem de memória. Dentro do Setup use as setas do teclado para se locomover entre as opções. As opções do Setup estão divididas em vários grupos, tais como Bios Features Setup, Chipset Features Setup, etc. Em Bios da Award, para acessar as opções de algum grupo use o Enter para voltar use o Esc. As teclas Page Up e Page Down servem para alterar os valores das opções. No setup de Bios da AMI você poderá utilizar o mouse para selecionar e mudar as opções, e o Esc para sair do Setup.

Vou explicar brevemente agora algumas das opções mais comuns. É possível que o seu BIOS tenha alguma opção não documentada aqui, ou não tenha todas, mas de qualquer maneira, este tutorial vai lhe dar uma boa base para configurar corretamente qualquer tipo de BIOS.

Standard CMOS Setup

Esta parte do Setup abriga informações básicas sobre o sistema, como data, hora e discos instalados, é praticamente igual em todos os modelos de BIOS

Date / Time : Permite alterar a data e hora do relógio do CMOS, estes dados são usados por vários programas como bancos de dados e pelo relógio do Windows

Hard Disks : Mostra os discos rígidos que estão instalados no computador. Através dessa opção é possível inserir manualmente o número de trilhas, setores, cabeças, etc. dos discos, mas é preferível usar a opção de IDE HDD Auto-Detection (está na tela principal do Setup) para detectar automaticamente os discos instalados. Aqui está também a opção de ativar ou não o modo de disco LBA, caso o seu disco seja maior do que 528 megas, esta opção deverá ficar ativada.

Drive A : Tipo de drive de disco flexível instalado como Drive A, o mais comum é possuirmos drives de 1,44 Mb e 3,5 polegadas, caso possua um drive mais antigo ou um de 2,8 Mb, basta selecionar a opção correspondente

Drive B : Tipo de drive de disco flexível instalado como drive B, caso não exista nenhum a opção correta é "none"

Vídeo : Caso você possua uma placa SVGA a opção correta é "EGA/VGA"

Halt On : Procedimento que o Bios deverá tomar caso sejam detectados erros de hardware durante o teste do sistema (POST)

All Errors : A inicialização será interrompida caso exista qualquer erro grave na máquina, como erro de teclado, nos drives de disquete, ou conflitos entre dispositivos

No Errors : O micro tentará inicializará apesar de qualquer erro que possa existir

All, But Keyboard : A inicialização será interrompida por qualquer erro, com exceção de erros de teclado

All, But Diskette : Qualquer erro com exceção de erros nos drives de disquete

All, but disk/Key : Exceção para erros no teclado e nas unidades de disquete

Bios Features Setup

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Configurações sobre o desempenho do sistema e opções do Post: (Enabled = ativado , Disabled = desativado)

Vírus Warning : Oferece uma proteção rudimentar contra vírus, monitorando as gravações no setor de boot e na tabela de alocação de arquivos. O problema é que alguns programas de diagnóstico e particionamento/formatação de disco também escrevem nestas áreas, o que pode acionar o alarme. Porém é melhor manter esta opção ativada, pois os vírus que se alojam no setor de boot do HD são difíceis de eliminar.

CPU Internal Cache : Permite habilitar ou desabilitar o cache interno do processador ou cache L1, esta opção deve ficar ativada, caso contrário o desempenho do computador irá cair cerca de 30%.

CPU External Cache : Habilita ou desabilita o cache da placa mãe, ou cache L2. Como a opção acima, esta também deve ficar ativada. Pode-se desativa-la caso haja alguma suspeita de defeito no cache L-2

Quick Power On Self Test (Quick Boot) : Caso ativada esta opção, durante o Post alguns componentes não serão checados, resultando em um Boot um pouco mais rápido.

Boot Sequence : Define a seqüência na qual os drives serão checados durante o boot:

A, C : Opção mais comum. O sistema irá checar primeiro o drive de disquete à procura de algum sistema operacional, caso não encontre nada, procurará no disco rígido

C,A : O disco rígido será checado primeiro, e em seguida o disquete

C only : Será checado somente o disco rígido

Dependendo do modelo do seu BIOS, haverá também a opção de dar o boot através do CD Rom.

1 st Boot Device, 2 nd Boot Device, 3 rd Boot Device, 4 th Boot Device : Estas opções, encontradas em Bios AMI, equivale à opção Boot Sequence e define a seqüência na qual os drives serão checados durante o boot, aqui poderá se definir se o bios tentará dar o boot primeiro através do drive de disquetes ou através do HD ou mesmo através de drive de CD Rom

Try Other Boot Device : Caso não encontre nenhum sistema operacional nos drives selecionados, o Bios irá procura-lo em outros meios de armazenamento, como Zip Drives e cartões de memória Flash, dependendo do nível de atualização do Bios. Recomendável a opção "yes"

S.M.A.R.T for Hard Disks : O Smart uma nova tecnologia na qual um HD pode emitir sinais informando que está com problemas e está prestes a "pifar". Caso o HD seja compatível, e em conjunto com um programa específico, o HD poderá lhe avisar quando o pior estiver prestes a acontecer, dando tempo de vc salvar os dados contidos nele. Esta opção não prejudica em nada o desempenho do HD e é recomendável mante-la ativada

PS/2 Mouse Function Control : Habilita ou não a porta PS/2. Caso o seu computador não possua mouse ou teclado PS/2 (aqueles com encaixe redondo de cerca de 0,7 cm de largura) esta opção deverá ficar desabilitada para desocupar um IRQ.

Swap Floppy Drive : Caso você tenha dois drives de disquetes, esta opção permite que sem a necessidade de mudar os cabos, inverta-se a posição dos drives, assim o Drive A passará a ser o drive B e vice-versa.

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Boot UP Floppy Seek : Habilita ou não a verificação do Bios para determinar se o drive de disquetes tem 40 ou 80 trilhas. Como somente os drives antigos de 180 e 360 kb possuíam 40 trilhas, é recomendável desabilitar esta opção para um boot um pouco mais rápido.

Boot UP Numlock Status : Define se a tecla Numlock será acionada ou não durante o boot.

Boot UP System Speed : Define em qual velocidade a CPU irá trabalhar durante o boot:

High : Boot na velocidade máxima do processador

Low : O Boot é executado na velocidade do barramento AT, alguns periféricos mais antigos (muito antigos :-) requerem que o boot seja dado nesta velocidade. À não ser que enfrente algum problema devido a algum periférico mais antigo, é recomendável a opção High para um boot mais rápido.

IDE HDD Block Mode : Esta opção é muito importante. O Block Mode permite que os dados sejam acessados em blocos, ao invés de ser acessado um setor por vez. Isto melhora muito o desempenho do HD. Somente HD �s muito antigos não aceitam este recurso. É altamente recomendável manter esta opção ativada, caso contrário, o desempenho do HD poderá cair em mais de 20%. Em alguns BIOS esta opção está na seção "Integrated Peripherals"

Gate 20 option : O Gate 20 é um dispositivo encarregado de endereçar a memória acima de 1 Mb (memória extendida) esta opção permite definir em qual velocidade será feito o acesso à memória. É recomendável a opção �fast"

Typematic Rate Setting : Habilita ou não o recurso de repetição de teclas

Typematic Rate (chars/sec) : Define o número de repetições por segundo de uma tecla pressionada

Typematic Rate Delay (msec) : Define quantos milessegundos o sistema deverá esperar antes de habilitar a repetição de teclas caso uma tecla fique pressionada.

Security Option : opção relacionado à senha do Setup:

Setup : A senha do micro será solicitada toda vez que se tentar entrar no Setup

System: A senha será solicitada toda vez que se iniciar o micro

USB Function : Habilita ou não o uso de um controlador USB (Universal Serial Bus) deixe esta opção ativada caso esteja fazendo uso de algum dispositivo USB

USB Kb/Mouse Legacy Support : Ativa o suporte por parte do Bios a mouses e teclados padrão USB

PCI/VGA Palette Snoop : Opção de se instalar mais de uma placa de vídeo, este recurso é suportado por muitos sistemas operacionais, como o win98 e o OS/2

Assign IRQ for VGA : Reserva uma IRQ do sistema para o uso da placa de vídeo. Geralmente as placas mais antigas não precisam desse recurso, neste caso ao o desativarmos ganharemos uma IRQ para ser usa por um outro dispositivo. Porém, A maioria das placas 3D modernas, Algumas placas porém, como a Viper V330 só funcionam corretamente se esta opção estiver ativada.

Os Select for Dram > 64 Mb (Boot to OS/2) : Esta opção visa manter compatibilidade com o OS/2 quando são instalados mais de 64 MB de memória Ram no sistema. Deve ficar ativada apenas caso você use o OS/2 e possua mais de 64 MB de Ram.

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System Bios Shadow : Permite que os dados do Bios sejam copiados para a memória Ram. O Bios contém informações sobre o hardware do micro que são acessadas a todo o momento pelo sistema operacional. Como a memória Ram é muito mais rápida do que a memória Rom onde estes dados estão inicialmente instalados. A ativação do Shadow irá melhorar o desempenho geral do sistema em aplicativos MS-Dos.

Vídeo Bios Shadow : Os dados do Bios da placa de vídeo serão copiados para a memória Ram. Recomenda-se a ativação dessa opção para melhorar o desempenho da placa de vídeo em aplicativos MS-Dos

C8000-CBFFF Shadow, CC000-CFFFF Shadow, D0000-D3FFF Shadow, etc. Através destas opções, Bios de outros dispositivos também serão copiados para a memória Ram, melhorando a velocidade de acesso a estes dispositivos.

Chipset Features Setup

Esta parte do Setup é a que possui maiores variações de opções dependendo da data e modelo da BIOS, colocarei todas as opções de que tenho conhecimento existirem, muitas não estarão disponíveis no Setup do seu micro. Aqui estão localizadas as opções referentes ao desempenho da memória Ram. Temos a opção de configurar os valores para o maior desempenho possível, sacrificando um pouco da confiabilidade do equipamento, ou optar por configurações menos agressivas a fim de aumentar a confiabilidade do equipamento. A escolha deve depender da qualidade do Hardware do seu equipamento e de quanto você pretende exigir da máquina. Em caso de problemas, bastará voltar aos valores antigos.

Auto Configuration : Através desta opção pode-se habilitar o recurso das configurações do Chipset Features Setup serem feitas pelo próprio Bios, utilizando-se valores defalt .Isto garante uma maior confiabilidade do micro, porém se perde em desempenho. O ideal é configurar manualmente as opções. Em alguns modelos de BIOS existe além das opções Enabled/Disabled a opção de auto-configuração para memórias de 70 nanos e de 60 nanos, podendo configurar a opção de acordo com o tipo de memória usado (ver o tutorial sobre memórias) Dram Timing Control : Opção para configurar a velocidade em que a memória Ram do sistema irá trabalhar, geralmente estão disponíveis as opções: normal, medium, fast e turbo, sendo a turbo a mais rápida. Quanto mais alta a velocidade, mais rápido ficará o micro como um todo, porém dependendo da qualidade das suas memórias, um valor muito alto poderá causar travamentos, experimente o valor Turbo primeiro, caso tenha problemas tente baixar um pouco a velocidade. Em alguns Bios os valores para esta opção aparecem na forma de seqüências de 4 números, que correspondem aos tempos de aceso. Neste caso, quanto mais baixos os números, maior a velocidade.

Dram Read Burst (EDO/FPM) : Define o tempo de espera entre cada ciclo de leitura da memória Ram. Quanto menor o tempo, mais rápida será a velocidade de operação das memórias. Geralmente estão disponíveis as opções: x222 , x333 e x444, sendo x222 o mais rápido. Caso esteja usando memórias EDO, provavelmente não terá problemas usando a opção x222. usando memórias FPM o valor correto será x333 ou x444.

Dram Write Burst Timing : Tempo de espera entre cada ciclo de escrita da memória Ram. Opções idênticas ao Dram Read Burst

Reduce Dram Leadoff Cycle : Opção de diminuir o tempo destinado ao primeiro ciclo das memórias, melhorando o desempenho do micro. Dependendo da qualidade das memórias o acionamento dessa opção pode causar travamentos, mas o ideal é mante-la ativada.

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Cache Timing : Velocidade na qual o cache L-2 da placa mãe irá funcionar. Geralmente estão disponíveis as opções fast e fastest . A menos que vc esteja desconfiado da qualidade da sua memória cache, ou o micro esteja trabalhando em overclock, use opção fastest para um melhor desempenho.

Dram RAS# Precarge Time : Número de ciclos de CPU reservados para o sinal RAS# (Row Adress Strobe) conservar sua carga antes da restauração dos dados da Ram (refresh), geralmente estão disponíveis as opções 3 e 4 , significando 3 ou 4 ciclos de CPU, é recomendável manter o valor mais baixo para um melhor desempenho.

Dram R/W Leadoff Timing : Número de ciclos de CPU dados à memória Ram antes de cada ciclo de leitura ou escrita. O valor mais baixo resulta em um melhor desempenho.

Speculative Leadoff : Alguns chipsets oferecem esse recurso, que pode ser ativado ou desativado no Setup. Quando ativado, ele aumenta a velocidade do primeiro acesso à memória de cada ciclo, conseguindo-se um pequeno aumento de performance

Interleaving : É uma técnica usada em alguns chipsets mais recentes para melhorar a performance das memórias, esta função pode ser ativa no Setup das pacas compatíveis. Com esse recurso o processador pode transferir mais dados para a Ram no mesmo espaço de tempo, aumentando a performance.

ISA Bus Clock : Velocidade de operação do barramento ISA em relação à velocidade do barramento PCI, nesta opção pode-se escolher entre 1/3 ou 1/ 4 da velocidade do barramento PCI. Usando Bus de 66 ou 100 mhz, a opção correta é 1/ 4. Caso o seu processador utilize bus de 50 mhz (Pentium 75) a opção correta é 1/3

System BIOS Cacheable : Habilita ou não o cacheamento da memória Ram ocupada pelo BIOS da placa mãe. Esta opção pode ficar ativada para um melhor desempenho do sistema em aplicativos MS-Dos

Vídeo BIOS Cacheable : Habilita ou não o cacheamento da memória Ram ocupada pelo BIOS da placa de vídeo, aumentando o desempenho dap laca em aplicativos MS-Dos

8 Bit I/O Recovery Time e 16 Bit I/O Recovery Time : Tempo de espera em ciclos de CPU em operações de transferência de dados do barramento PCI para o barramento ISA.

Peer Concurrency : Opção para dois ou mais dispositivos PCI funcionarem ao mesmo tempo, deve ficar ativada.

Power Management Setup

Aqui estão as configurações relacionadas ao modo de economia de energia, uma boa configuração pode economizar vários reais na conta do final do mês :- )

Power Management : Define o tempo antes da ativação dos modos doze, standby e suspend para economia de energia:

Disabled : todos os recursos de economia de energia ficarão desativados

Min Saving : Economia mínima de energia, os recursos entram em apenas depois de uma hora de inatividade do micro.

Max Savig : Economia máxima de energia todos os recursos de economia estarão ativados.

User Defined : Permite definir manualmente cada opção

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PM Control by APM : Define se o padrão APM (Advanced Power Management) existe no seu sistema, este permite uma maior economia de energia. Deve ficar ativada.

Doze Mode: Após o período escolhido nesta opção (pode ser de 1 mim até 1 hora) de inatividade do computador, a CPU entrará em modo de economia, voltando ao modo normal assim que houver qualquer atividade.

Standby Mode : Após o período escolhido nesta opção (pode ser de 1 mim até 1 hora) de inatividade do computador, o monitor e o HD serão desligados, voltando ao modo normal assim que houver qualquer atividade.

Suspend Mode : Após o período determinado, todos os dispositivos do micro, exceto a CPU serão desligados

HDD Power Down : Tempo definido antes do HD ser desligado em caso de inatividade do micro. Este modo não funciona em HD �s SCSI

Wake Up Events in Doze & Standby e Power Down & Resume Events : Serve para monitorar a atividade de algumas interrupções (IRQ �s) permitindo ou não que estas acordem o sistema: On: A interrupção selecionada pode acordar o sistema Off: A interrupção selecionada não irá acordar o sistema

PNP/PCI Configuration Setup

Permite configurar opções relacionadas com o suporte a dispositivos por parte do Bios:

Plug and Play Aware OS : Nesta opção você deverá informar se o sistema operacional instalado na máquina é compatível com o padrão plug and play. Caso você estrja usando o Windows 95 ou 98, escolha �Yes � caso esteja utilizando outro sistema operacional, como o Linux, OS/2, Dos, etc. escolha �No �, pois estes sistemas não são compatíveis com o padrão plug and paly.

Resources Controlled by :

Auto : O sistema atribuirá automaticamente as definições de IRQ e DMA para todos os dispositivos (opção altamente recomendada)

Manual : Permite atribuir as definições manualmente, neste caso, aparecerá uma lista de interrupções disponíveis e você deverá configura-las manualmente, este processo é difícil e qualquer erro pode impedir o boot do micro, selecione esta opção apenas se tiver problemas com a configuração automática ou gostar de desafios.

Reset Configuration Data : Reinicializa ou não o ESCD ao sair do COMS Setup

Enabled : O ESCD será reiniciado automaticamente quando for instalado um novo periférico, atribuindo endereços para ele automaticamente (opção recomendada)

Disabled : Não reinicializa o ESCD

PCI IDE IRQ Map To : Configura o tipo de controladora IDE em uso:

PCI-Auto : O sistema determina automaticamente qual o tipo de controladora de disco IDE está instalada no sistema (opção recomendada)

ISA: A controladora IDE é padrão ISA (use esta opção caso a sua controladora IDE seja daquelas antigas que são espetadas em um slot ISA)

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Primary IDE INT# e Secondary IDE INT# : Define qual a interrupção PCI que está associada às interfaces IDE. Não é recomendável alterar os valores defalt

Integrated Peripherals

IDE Primary Master PIO , IDE Secundary Master PIO, IDE Primary Slave PIO e IDE Secundary Slave PIO : Determina o PIO Mode (velocidade máxima de transferencia de dados, ver tutorial sobre HD �s) correspondente a cada disco ou CD-Rom Ide instalado:

Auto : O sistema irá determinar o PIO automaticamente (opção recomendada)

Mode 0 , Mode 1, Mode 2 e Mode 3 : modos usados em discos mais antigos.

Mode 4 :Usado na maioria dos HD �s de até 1 ano atrás

UDMA : Utilizado pelos HD �s mais novos

Prefira usar a opção Auto, para que o próprio Bios detecte o Modo usado por cda dispositivo

PCI IDE 2 nd Channel : Habilita ou não o uso de uma placa controladora IDE externa, conectada a um Slot PCI funcionando como IDE secundária

On-Chip Primary PCI IDE e On-Chip Secundary PCI IDE : Permite desabilitar as interfaces PCI embutidas na placa mãe:

Enabled : Habilita a interface IDE embutida na placa mãe)

Disabled : Desabilita a interface IDE da placa mãe para o uso de uma placa externa conectada a um Slot PCI.

USB Controller : Habilita ou não o uso de um controlador USB (Universal Serial Bus) deixe esta opção ativada caso esteja fazendo uso de algum dispositivo USB

Onboard FDD Controller : Habilita ou não a controladora de drivers de disquete embutida na placa mãe. Esta opção deverá ficar ativada à menos que vc vá conectar uma controladora externa.

Onboard Serial Port 1 e Onboard Serial Port 2 : Permite habilitar/desabilitar e especificar os endereços para a porta para as postas seriais do micro. A porta serial primária geralmente é utilizada pelo Mouse e a segunda quase sempre está vaga (aquela saída de 25 pinos do lado da saída do mouse). Por defalt a porta serial primária (Onboard Serial Port 1) utilizada pelo mouse, usa a Com 1 e o endereço 3f8, caso vc instale algum periférico que vá utilizar esta porta (um modem configurado para utilizar a Com 1 por exemplo) poderá mudar a porta utilizada pelo mouse para evitar conflitos. As opções são:

Disabled : Desabilita a porta serial

3F8h, 2F8h, 3E8h, 2E8h : Especifica o endereço da porta

Onboard Parallel Port : Esta é a porta da impressora, aqui você poderá desabilita-la ou mudar o endereço atribuído para ela

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Onboard Parallel Port Mode : Determina o modo de operação da porta paralela do micro. Geralmente estão disponíveis as opções Normal, Bidirecional, ECP e EPP. Os modos Normal e Bidirecional são mais bem mais lentos. A diferença entre eles é que o modo Bidirecional permite comunicação bidirecional. O modo ECP é mais rápido, sendo usado por impressoras um pouco mais modernas, além de ser compatível com a maioria dos Scanners, Zip Drives e outros dispositivos que utilizam a porta paralela. Temos também o EPP com velocidade semelhante ao ECP porém com menos recursos. ECP Mode Use DMA : Especifica o canal DMA a ser usado pela porta paralela caso seja escolhido o modo ECP

Mais Opções

Load Setup Defalts Carrega os valores defalt do Bios para todas as opções do CMOS Setup. Password Setting :

No Setup também existe a opção de se estabelecer um senha para o uso do micro, esta senha poderá ser solicitada toda vez que se inicializar o micro, ou somente para se alterar os dados do Setup, isto pode ser definido na opção "Security Option" do Bios Features Setup. Caso se esqueça a senha do micro, é possível retirá-la apagando todos os dados do CMOS, para isso vc deverá abrir o micro e retirar a bateria da placa mãe por alguns minutos recolocando-a em seguida, em algumas placas mãe isto é feito mudando-se a posição de um jumper específico. IDE HDD Auto Detection :

Esta é a opção de permitir ao Setup configurar automaticamente todos os discos IDE que você tem no micro, ao instalar um disco novo, não deixe de usar esta opção para configura-lo automaticamente. Save & Exit Setup Salvar todas as auterações e sair

Exit Without Saving Sair sem salvar qualquer alteração

27. NOTEBOOKS E PORTÁTEIS

Durante as décadas de 60 e 70, os computadores eram classificados como computadores, mini-computadores ou micro-computadores, de acordo com seu tamanho. Naquela época, “mini-computador” era qualquer coisa do tamanho de um armário e os grandes computadores ocupavam facilmente uma sala inteira.

Atualmente, os termos da moda são outros. Os computadores de mesa são chamados de desktops. Os notebooks possuem os mesmos recursos dos micros de mesa, porém são mais leves e consomem menos energia, visando aumentar a autonomia das baterias. Comparados com os desktops, a vantagem dos notebooks é sua portabilidade, praticidade e estética e as desvantagens são os fatos de serem mais caros, mais frágeis e menos confortáveis de usar. Os primeiros computadores portáteis, lançados no início da década de 80 pesavam em média 12 quilos, enquanto os atuais não costumam pesar mais do que 3 Kg. Para quem precisa de portabilidade, mas ao mesmo tempo não abre mão de um micro com todos os recursos de um micro de mesa, os notebooks são a solução mais acertada.

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Notebooks

Atualmente já existem vários modelos de notebooks relativamente acessíveis, na faixa de 1500 dólares. Existe também a possibilidade de comprar um notebook usado, neste caso os preços variam muito, mas com 600 reais já da para pensar em comprar um 486.

Um notebook tem fundamente o mesmo hardware usado num micro de mesa, a diferença é que tudo é miniaturizado de forma a ocupar menos espaço e consumir menos energia. Aliás, energia é um dos grandes problemas quando falamos de micros portáteis, pois as baterias jamais evoluem tanto quanto os processadores ou placas de vídeo por exemplo, e sempre existe a demanda por aparelhos cada vez menores. Para conseguir fazer com que as mesmas baterias durem mais, é preciso desenvolver processadores, memórias, HDs, etc. que gastem cada vez menos energia. é justamente isto que vem impulsionando o aparecimento de processadores como o Crusoé da Transmeta, que a 700 MHz consome pouco mais de 1 watt de corrente, e HDs do tamanho de uma moeda de 1 real.

O objetivo deste capítulo é dar dicas gerais sobre notebooks, o que comprar, o que evitar, dicas gerais de manutenção, etc. Mais para frente também veremos outros aparelhos portáteis, como os handhelds da linha Palm e da Psion.

Baterias

No caso de um notebook, as baterias obrigatoriamente devem ser recarregáveis. Ao contrário do que vemos em alguns modelos de celulares, seria inviável financeiramente usar pilhas comuns, devido ao (comparativamente) alto consumo elétrico de um notebook. Quem precisa de mais autonomia é obrigado a comprar mais baterias junto com um ou dois carregadores, carregar as baterias durante a noite e ir trocando as baterias durante o dia,

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conforme se esgotam. Infelizmente não existe nenhuma lei de Moore para baterias, elas não dobram de capacidade a cada 18 meses como os processadores, mas de centímetro em centímetro vão avançando :-) Veja o que mudou no ramo de baterias nas últimas décadas:

Baterias de chumbo ácido: Este é o tipo de bateria usada em carros, caminhões. etc. são muito baratas, mas em compensação tem uma densidade de energia muito baixa e se descarregam muito facilmente se ficarem sem uso. Juntando tudo são completamente inadequadas a um notebook, a não ser que você queira levar a bateria numa mochila :-) Próxima...

Níquel Cádmio (NiCad): Este é o tipo de bateria recarregável menos eficiente usado atualmente. Uma bateria de Níquel Cádmio tem cerca de 40% da autonomia de uma bateria de Li-Ion do mesmo tamanho, é extremamente poluente e tem a desvantagem adicional de trazer o chamado efeito memória.

O efeito memória é uma peculiaridade deste tipo de bateria que exige o descarregamento total das baterias antes de uma recarga, que também deve ser completa. Caso a bateria seja recarregada antes de se esgotar completamente suas células passam a armazenar cada vez menos energia. Após algumas dezenas cargas parciais a autonomia das baterias pode se reduzir a até menos da metade da autonomia original.

Para reduzir este problema os fabricantes de notebooks incorporam dispositivos que descarregam completamente a bateria antes da recarga. Em alguns modelos este sistema vem na forma de um programa que deve ser instalado, por isso não deixe de consultar o manual.

Em contrapartida, as baterias de níquel cádmio trazem como vantagens o fato de serem mais baratas e de serem as mais duráveis. Este tipo de bateria tem sua vida útil estimada em mais de 700 recargas. Atualmente estas baterias ainda são muito usadas tanto em notebooks quanto em celulares.

Níquel-Metal Hydride (NiMH) : As baterias NiMH já são um pouco mais eficientes que as NiCad, uma bateria NiMH armazena cerca de 30% mais energia que uma NiCad do mesmo tamanho. Estas baterias não trazem metais tóxicos, por isso também, são menos poluentes. Também foi eliminado o efeito memória, o que exige menos cuidado nas recargas.

A desvantagem sobre as NiCad é a vida útil bem menor. Uma bateria NiMH tem sua vida útil estimada em apenas 400 recargas.

Lítio Ion (Li-Ion) : Estas são consideradas as baterias mais eficientes atualmente. Uma bateria Li-Ion armazena aproximadamente o dobro de energia que uma NiMH, e quase três vezes a energia armazenada por uma NiCad.

Estas baterias também não possuem efeito memória, mas infelizmente são as mais caras, o que está retardando sua aceitação. Uma Li-Ion chega a custar o dobro de uma Ni-Cad. Outra desvantagem é a baixa vida útil, estimada em aproximadamente 400 recargas.

Baterias inteligentes : Estas nada mais são do que baterias de Ni-Cad, NiMH ou Li-Ion que incorporam circuitos inteligentes, que se comunicam com o carregador (também inteligente) garantindo descargas – recargas mais eficientes, o que aumenta tanto a autonomia da bateria quanto sua vida útil. Em inglês são usados os termos “Inteligente Battery” ou “Smart Battery”.

Lítio Metálico : Esta provavelmente será a próxima geração de baterias, pois em forma metálica o lítio pode armazenar até três vezes mais energia que o Lítio iônico das baterias atuais. O problema é que este material é muito instável, o que justifica toda a dificuldade que os fabricantes estão encontrando em lidar com ele. Pode ser que a nova geração de baterias apareça no final de 2002, mas pode ser que demore bem mais.

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Dicas de compra:

Uma bateria de notebook nova não sai por menos de 150 dólares, dependendo do modelo pode passar de 300. No Brasil existe uma comércio muito forte de baterias recondicionados, que nada mais são do que baterias usadas, que passam por um processo de descarga completa e em seguida são recarregadas. Na prática não são mais do que meras baterias já bem rodadas.

A vantagem é naturalmente o preço, uma recondicionada chega a custar 1/3 do preço de uma nova, mas as condições da bateria são imprevisíveis, por isso caso opte por uma destas não deixe de testa-la para ver qual é sua autonomia em comparação com o tempo esperado de uma nova. Caso o vendedor se recuse a deixa-lo fazer o teste o melhor é ir comprar em outro lugar.

Você encontrará no mercado notebooks novos com os três tipos de bateria, por isso não deixe de checar qual é o tipo usado pelo modelo de seu interesse. O simples fato de usar baterias Li-Ion não significa que o notebook terá uma autonomia maior do que um modelo com uma bateria NiMH por exemplo, pois isto depende do consumo elétrico do aparelho, tamanho físico da bateria, etc.

Em geral os notebooks com processadores mais rápidos, telas maiores, etc. são os que consomem mais energia, além de serem maiores e mais caros. Leve isso em consideração. Assistir DVD num notebook é outra coisa que esgota as baterias rapidamente.

Nos notebooks novos a autonomia das baterias varia entre 2 e 6 horas. Praticamente a mesma autonomia vista em modelos mais antigos, onde o mais comum é algo entre 2 e 4 horas, caso a bateria se encontre em boas condições naturalmente. O grande problema é que os notebooks atuais trazem baterias Li-Ion, mais eficientes, mas ao mesmo tempo consomem muito mais energia, o que acaba equilibrando a balança. Ao comprar um notebook “de última” pense se realmente você vai utilizar o CD-Rom, DVD, a tela de 15 polegadas, os 256 MB de memória, o processador de 800 Mhz, etc. pois tudo isso gasta energia.

Lembre-se que as baterias para notebooks são especialmente frágeis, demandando certos cuidados. Nunca exponha as baterias a altas temperaturas, qualquer coisa acima de 70 ou 80º, o que pode ser facilmente atingido caso você as deixe no sol forte por exemplo.

Nunca deixe a bateria sem uso por muito tempo. Pelo menos uma vez por semana deixe o note ligado, até as baterias se esgotarem completamente e depois faça uma recarga completa.

Evite ao máximo fazer recargas parciais, isto tem efeitos negativos mesmo nas baterias que não possuem efeito memória.

Processador

Como vimos, o maior problema em se tratando de portáteis é justamente o consumo elétrico. Tanto que a Transmeta, fabricante dos processadores Crusoé, chips de baixíssimo consumo, destinado a notebooks, vem defendendo a criação de uma nova safra de benchmarks, que mediriam a eficiência do aparelho, entre desempenho, recursos e consumo elétrico, ao invés de apenas o desempenho. Se a idéia vai pegar ou não, ninguém sabe, mas já mostra a disposição dos fabricantes em desenvolver versões mais econômicas de seus processadores, destinadas especialmente ao mercado de portáteis.

Atualmente quem vem dominando este mercado é a própria Intel, que conta com versões mobile de seu Pentium III e Celeron. Correndo por fora vem a Cyrix, que a algum tempo atrás fez um razoável sucesso com seu Media GX e agora tenta popularizar o Cyrix III também entre os notebooks, aproveitando o baixo consumo elétrico do chip.

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A AMD oferece seu K6-2+, uma versão adaptada do K6-2 para desktops, enquanto enfrenta problemas para criar versões de baixo consumo dos seus Athlons e Durons, dois chips extremamente gulosos em termos de eletricidade. Finalmente, temos a Transmeta, que já conseguiu colocar seus chips em vários notebooks.

Intel

As versões mobile do Pentium III e do Celeron, oferecem um desempenho semelhante às versões para micros de mesa, mas trazem a vantagem de consumir um pouco menos energia, vindo inclusive num encapsulamento bem menor. As freqüências em que estes processadores estão disponíveis também são diferentes.

O mobile Pentium III pode ser encontrado em versões de 400 a 850 MHz, todas utilizando o mesmo core Coppermine, usado nos Pentium III para micros desktop. Mesmo usando o core Coppermine, o Pentium III não é exatamente um processador econômico, um mobile Pentium III de 500 MHz consome pelo menos 4 vezes mais energia que um 486. Para tentar diminuir a gulodice, a Intel criou o recurso de speedstep, que consistem em simplesmente reduzir a freqüência de operação e baixar sua voltagem do processador enquanto o notebook estiver sendo alimentado pelas baterias, voltando à operação normal quando este estiver ligado na tomada. Operando a uma freqüência mais baixa, o chip gasta muito menos eletricidade.

Este recurso é encontrado em todas as versões apartir de 500 MHz. Nos mobile Pentium III de 600, 700, 800 e 850 MHz a freqüência de operação cai para 500 MHz e a voltagem é baixada de 1.6 para 1.35v, enquanto na versão de 500 MHz é diminuída apenas a voltagem.

Mas espere um momento, se o usuário opta por comprar um notebook, presume-se que na maior parte do tempo o note estará operando a baterias, se fosse para mante-lo ligado na tomada teria comprado um desktop que é muito mais barato... Por que então pagar caro num Pentium III de 800 MHz, se enquanto o note estiver operando a baterias ele vai trabalhar a meros 500 MHz? Não seria melhor economizar comprando um Pentium III de 500 MHz, que sempre estará operando à freqüência pela qual se pagou?

Em quase todos os notebooks, é possível desabilitar o speedstep através do Setup ou então através de algum utilitário fornecido pelo fabricante. O problema é que desabilitado o recurso de economia de energia as baterias se esgotarão muito rapidamente. Com o speedstep ativado todas as versões do mobile Pentium III consomem 12.6 Watts, desativando o recurso o consumo sobe para 16.8 Watts na versão de 500 MHz, 20 watts na versão de 600 MHz, chegando a 31 Watts na versão de 850 MHz.

Já o mobile Celeron, pode ser encontrado em versões de 266 a 650 MHz. As versões de 266, 300, 333, 366, 400, 433 e 466 utilizam o antigo core Mendocino, enquanto as versões de 450, 500, 550, 600, 650 e versões futuras utilizam o core Coppermine. A vantagem das versões com core Coppermine é o fato de suportarem as instruções SSE do Pentium III e operarem com bus de 100 MHz (diferentemente das versões para desktop). Em termos de consumo elétrico, o mobile Celeron é tão guloso quanto o mobile Pentium III: o de 500 MHz consome 16.8 Watts, o de 550 MHz consome 18.4W, enquanto o de 650 MHz atinge insaciáveis 21.5W. O mobile Celeron não vem com speedstep.

Em termos de custo beneficio o Celeron acaba sendo uma opção melhor do que o mobile Pentium III, pois os aparelhos baseados nele são muito mais baratos e seu desempenho é mais do que suficiente para um notebook. O grande problema de ambos os processadores é o consumo elétrico, que compromete a autonomia das baterias. Os processadores da Cyrix, AMD e da novata Transmeta ganham com folga neste quesito.

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Cyrix

O Cyrix III, desenvolvido pela Cyrix e produzido pela Via, passou por uma grande reestruturação. A primeira versão deste chip, chamada de Joshua, vinha com 256 KB de cache L2, o que lhe dava um desempenho razoável, mas o tornava um chip relativamente caro. O Cyrix III produzido atualmente é chamado de Samuel, vem com 128 KB de cache L1, a mesma quantidade do Athlon, mas em compensação vem sem nenhum cache L2.

O desempenho é no mínimo ruim. Em alguns aplicativos, como o Word, Netscape e Power Point, o Cyrix III chega a apresentar um desempenho próximo de um Celeron do mesmo clock, mas em outros, como o Corel Draw, Photoshop, Adobe Premiere e Excel, o Cyrix III perde de lavada. Em alguns casos, um Cyrix III de 533 MHz apresenta um desempenho próximo do de um 233 MMX. Em jogos então, nem se fala.

Em termos de consumo elétrico, o Cyrix III até que está bem, a versão de 533 MHz consome apenas 8 Watts, mas a sua grande vantagem é o preço. de todos os chips que cito aqui ele é de longe o mais barato. Juntando o baixo consumo elétrico e o baixíssimo preço, este chip se torna uma solução muito atrativa para notebooks de baixo custo. A Cyrix vem prometendo uma nova versão de 0.15 mícron deste chip para o início de 2001. A nova série consumirá apenas 4 Watts, e estará disponível em freqüências acima de 1 GHz.

Outra opção da Cyrix é o Media-GX . Este é um processador bastante antigo, mas que ainda marca presença em muitos modelos de notebooks de baixo custo. Nada mais é do que uma versão do antigo Cyrix 6x86 MII com vídeo, som e chipsets integrados ao próprio processador. Com isto temos um conjunto bastante econômico, mas um baixo desempenho, já que tudo é controlado pelo processador, parasitando seu desempenho. O mais comum é encontrarmos o Media-GX de 266 MHz, este processador tem um desempenho próximo ao de um 233 MMX em aplicativos de escritório, mas perde para um Pentium 166 em aplicativos gráficos e jogos. Só valeria à pena comprar um destes se o preço estivesse bem em conta e o note fosse ser utilizado apenas para aplicativos leves... Com 64 MB de RAM o desempenho deve ficar razoável.

O K6-2+ é atualmente o melhor processador da AMD no ramo de notebooks. Esta é uma versão incrementada do antigo K6-2, que incorpora 128 KB de cache L2 trabalhando na mesma freqüência do processador. devido à presença do cache L2 integrado, o K6-2+ supera um Celeron do mesmo clock em aplicativos de escritório, e perde por uma margem de 10 a 13% em aplicativos gráficos. Não está nada mal, considerando o baixo custo deste chip, muito mais barato que um mobile Celeron.

Em termos de consumo elétrico o K6-2+ também está bem. Devido ao uso do PowerNow, uma tecnologia que reduz a freqüência de operação do chip enquanto estão sendo processados apenas aplicativos leves, economizando eletricidade, mas que automaticamente retorna à potência máxima sempre que necessário, permitindo economizar energia, sem sacrificar o desempenho. Veja que o PowerNow é bem diferente do speedstep da Intel, pois baixa a freqüência do processador apenas enquanto ele está ocioso.

O K6-2+ existe em versões de 475 a 550 MHz. A versão de 550 Mhz consome 14 Watts operando em sua capacidade máxima, mas usando o PowerNow, habilitado por defaut, o consumo cai para pouco mais de 8 Watts enquanto estiverem sendo rodados aplicativos leves.

Além do K6-2+, temos as versões mobile dos antigos K6-2 e K6-3, que ainda são bastante populares nos notebooks de baixo custo. O desempenho é equivalente ao das versões desktop destes processadores, apenas o consumo elétrico é mais baixo. O mobile K6-2 existe em versões de 266 MHz a 475 MHz, consumindo de 8 a 12.6 watts, dependendo da versão (quanto mais rápido mais guloso). O mobile K6-3 por sua vez existe em versões de 350 a 450 MHz, consumindo 12.6 Watts em todas as versões.

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Dicas de Compra

Num notebook o processador usado não conta tanto no desempenho quanto a quantidade de memória RAM, além disso, temos a desvantagem adicional dos processadores mais rápidos utilizarem mais energia, diminuindo radicalmente a autonomia das baterias.

Optando por um processador mais simples você economizará dinheiro suficiente para fazer uma expansão de memória, optar por um HD maior, ou mesmo optar por outro modelo que traga mais recursos.

Pense com calma se um processador mais rápido será útil para você. Se você estiver pensando em comprar um aparelho que se mantenha atualizado por muito tempo, vale mais à pena comprar um modelo com muita memória RAM, (128 MB ou mais) e um HD grande, do que comprar um com um processador rápido e apenas 64 MB de memória...

Upgrade de processador

Em termos de manutenção não há muito para dizer sobre processadores, pois de todos os componentes do micro é o que costuma dar menos problemas e de qualquer maneira, quando algo acontece não é possível conserta-lo, a única solução seria a troca.

Em termos de upgrade de processador, temos nos notebooks uma liberdade muito menor que num micro de mesa. Em primeiro lugar por que nenhum notebook não é possível trocar a placa mãe e segundo por que mesmo considerando processadores da mesma família as alternativas são bastante limitadas.

Em termos de compatibilidade, geralmente é possível substituir o processador por um outro, da mesma família, que utiliza a mesma freqüência de barramento, um Pentium III de 500 MHz por outro de 700 MHz por exemplo. Porém, os processadores para notebook são muito caros e dificilmente você conseguirá vender o processador antigo, como faria caso tivesse em mãos um processador para desktop. Juntando tudo, o upgrade de processador em notebooks acaba sendo uma opção muito ruim em termos de custo benefício. Na maioria dos casos o mais sensato seria comprar mais memória, ou mesmo pensar em trocar o HD por um maior.

Memória

Assim como num micro de mesa, a quantidade de memória RAM é o maior responsável pela performance do aparelho. Não considere a compra de nenhum modelo com menos de 64 MB, a menos claro que esteja procurando um notebook usado para rodar apenas aplicativos mais leves.

A quantidade de memória mínima recomendável depende do sistema operacional que pretender usar. Para o Windows 98, o mínimo para um bom desempenho é 64 MB de memória. Para o Windows 2000, ou para uma versão recente do Linux + interface gráfica, o mínimo sobe para 96 MB. Em qualquer um dos casos, o ideal seriam 128 MB.

Assim como no caso do processador, quanto mais memória RAM, maior será o consumo elétrico, por isso, evite usar muito mais memória RAM do que irá precisar. O melhor é deixar pra colocar 256 MB de memória mais pra frente, quando você realmente achar que precisa.

É preferível um processador lento, mas muita memória, do que um processador rápido com pouca RAM. Acredite, a memória RAM é o pior componente para se resolver economizar, principalmente num notebook.

Caso você encontre à venda um modelo que satisfaça suas necessidades, mas venha com pouca memória, você poderá aumentar a quantidade de memória, apenas adicionando mais um módulo. Praticamente todos os notebooks vem com 1 ou 2 encaixes vagos para

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módulos de memória. A adição dos módulos é bem simples, não requerendo nenhum tipo de configuração adicional. Em muitos modelos não é preciso sequer abrir o aparelho. Se não se sentir seguro para fazer o upgrade, peça para quem lhe vender instalar os módulos.

Slots de memória

Os módulos de memória usados em notebooks vem na forma de módulos SODIMM (small outline DIMM), são uma espécie de módulo DIMM miniaturizado. As memórias para notebook vem caindo de preço, mas ainda são de 50 a 80% mais caras que as memórias para desktop. Ainda como no caso dos desktops, existem memórias PC-66, PC-100 e PC-133 e os módulos de memória são padronizados, funcionando em qualquer notebook com slots SODIMM livres, salvo claro algum caso de incompatibilidade isolado. Apenas notebooks muito antigos, em geral 486s, utilizam módulos proprietários.

Disco rígido

Em notebooks utilizamos HDs de 2.5 polegadas, ao invés dos discos de 3.5 polegadas usados em desktops. O menor tamanho ajuda a construir HDs muito mais econômicos, mas em compensação consideravelmente mais caros.

É um pouco mais complicado descobrir as especificações de desempenho de um HD para notebook, do que de um modelo para desktop, pois os fabricantes nem sempre revelam esses dados. Uma dica sobre isso, é anotar o número ID do HD e seu fabricante e ir procurar direto na página do fabricante do HD. Esses dados vem numa etiqueta colada ao HD.

Quanto à capacidade, vai do que você acha que vai precisar, a velha lei da informãtica continua válida aqui, um HD de maior capacidade também vai custar mais caro :-) Se você está procurando um note que vai se manter atualizado por mais tempo, então um HD grande vai ser um bom investimento.

Atualmente praticamente todos os notebooks utilizam HDs IDE, que são padronizados, por isso um upgrade de HD será bem simples. O ruim no caso será que, por simples falta de espaço físico, não será possível manter o HD antigo como slave, como poderíamos fazer num desktop.

Ao contrário de outros componentes, um HD de maior capacidade não costuma ser sinônimo de um HD que consome mais eletricidade.

Manutenção

Os procedimentos de manutenção, recuperação de dados, etc. num notebook são os mesmos de num micro de mesa. O processo de particionamento e formatação é idêntico, e placas mãe de notebooks também podem ter as limitações quanto a HDs maiores que 504 MB ou 8 GB. Neste caso, valem as dicas do capítulo sobre HDs, ver se existe um upgrade de Bios disponível, ou instalar um DDO fornecido pelo fabricante.

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Caso comecem a surgir setores defeituosos, ou seja preciso recuperar dados deletados por qualquer motivo, as dicas do capítulo sobre HDs continuam válidas, no caso dos setores defeituosos, o disk Manager fornecido pelo fabricante pode corrigir alguns setores isolados, mas caso comecem a surgir muitos setores defeituosos, então é melhor trocar o HD antes que se comece a perder dados, pois o problema será físico. Para recuperar dados, use o Easy Recovery (http://www.ontrack.com) ou o Lost & Found (http://www.powerquest.com.br)

CD x DVD

Já existem vários modelos de notebooks com drives de DVD no lugar do CD-ROM. A vantagem do DVD é a possibilidade de poder assistir filmes num notebook. É bem legal poder ver um filme enquanto se viaja de ônibus ou de avião, o grande problema nesse caso é que o consumo elétrico sobe bastante, já que praticamente tudo no notebook, incluindo o processador operará com desempenho máximo a fim de exibir o filme, fazendo com que a autonomia das baterias caia bastante.

Se você não precisa deste tipo de luxo, então pode optar por um drive de CD comum. Se for usar o CD apenas para instalar programas e copiar arquivos, então um drive de 24x ou até menos vai lhe servir muito bem. Se o notebook for ser usado para apresentações multimídia, gravadas em CD então talvez um drive mais rápido seja mais adequado.

Caso você ache que não vai precisar do CD, existem no mercado vários modelos de notebooks que vem sem CD, permitindo o uso de um drive externo caso haja necessidade. Além de mais baratos, quase sempre estes modelos são mais finos e leves. Lembre-se que você poderá usar o CD-ROM de um desktop caso conecte o notebook a ele via rede, ou então através de um cabo paralelo.

Floppy

Apesar dos disquetes de 1.44 terem sido criados no início da década de 80, continuam sendo usados até hoje, não por serem avançados ou confiáveis, mas simplesmente pelos disquetes serem baratos, e por quase todo mundo ter um drive de disquetes. Sempre aparecerão várias situações onde um drive de disquetes será útil. Em alguns casos também existirá a opção de substituir o Floppy por um drive LS-120 ou algum outro tipo de drive removível. Se você precisar de um Zip, a melhor opção será comprar um externo, que utilize a porta paralela. Ainda não vi nenhum notebook com um Zip-drive interno.

De qualquer forma, assim como no caso do CD-ROM, existem muitos modelos sem drive de disquetes, permitindo acoplar um drive externo. O mais comum são os modelos que vem com CD e Floppy, mas onde existe apenas um encaixe. Ou seja, ou você encaixa o CD ou o Floppy, trocando quando houver necessidade de usar o outro. Existem também alguns poucos modelos combo, que vem com os dois. Neste caso provavelmente o laptop terá um tamanho bem acima da média para acomodar tudo.

Se você ainda está em dúvida sobre a diferença entre laptops e notebooks, os dois termos tem a ver com o tamanho do aparelho. Um laptop é qualquer micro portátil, geralmente é usado em relação aos aparelhos maiores, enquanto notebook se refere a um aparelho mais compacto, que seja um pouco maior que um caderno universitário. Também se usa o termos sub-notebook, neste caso com relação a aparelhos menores ainda, ultrafinos que não trazem nem CD, nem Floppy integrados.

Mouse

Existem três tipos de mouse usados em notebooks, o trackball, o touchpad e um terceiro tipo, o trackpoint, que se parece com um mini-joystick, usado nos modelos mais compactos.

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O trackball foi o primeiro modelo de mouse para notebooks, tem um sistema muito parecido com os mouses de mesa, a diferença é que você controla o movimento tocando diretamente na bolinha situada bem à frente do teclado.

O Touchpad é um sistema mais moderno, onde ao invés da bolinha, é usada uma tela sensível ao toque, um quadradinho cinza no mesmo local onde estaria o touchpad. A vantagem deste sistema é que é mais fino e não possui partes móveis.

Touchpad

O terceiro, o trackpoint consiste num minúsculo joystick posicionado entre as teclas G, H e B e teclado. A velocidade com que o ponteiro se move é proporcional à força que você fizer sobre ele.

Trackpoint

Pessoalmente, eu gosto mais do trackpoint, mas a escolha entre os três é mais uma questão pessoal mesmo. Todos os três tipos de mouse costumam apresentar problemas com o tempo, exigindo uma boa limpeza e lubrificação ou mesmo a troca. O touchpad vai perdendo gradualmente a sensibilidade, o trackball vai se ornando impreciso, como qualquer mouse antigo, que vai acumulando sujeira. O trackpoint é o que custuma durar mais, o mais comum é os botões começarem a apresentar mal contato.

Infelizmente, nem sempre é possível escolher um dos três tipos a gosto, dependerá do modelo de note que estiver namorando, mas de qualquer forma, sempre que estiver usando o notebook sob um superfície plana, poderá acoplar a ele um mouse comum, que sempre será muito mais confortável de usar. Em geral você poderá acoplar um mouse à porta PS/2, mantendo o mouse embutido habilitado, ficando com os dois. Para usar um mouse serial você precisará desabilitar o mouse embutido através do Setup.

Vídeo

O termo “placa de vídeo” é um tanto quanto inadequado a um notebook, já que em praticamente todos os casos o chipset de vídeo é integrado à placa principal.

O chipset de vídeo é um dos periféricos que você deve procurar se informar ao comprar um notebook qualquer, pois ao contrário da memória e do HD não será possível troca-

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lo mais tarde, a menos que você troque o notebook todo. Certifique-se que o desempenho do chipset usado atende suas necessidades.

Em termos de memória de vídeo, sempre a memória onboard será suficiente para exibir true color (24 ou 32 bits de cor) na resolução máxima suportada pela tela do note, porém, ao mesmo tempo quase todos os aparelhos oferecem a possibilidade de se acoplar um monitor externo, onde podem ser usadas resoluções mais altas.

Isto é bem útil para quem dá aulas ou faz apresentações, pois mesmo que a tela do notebook suporte apenas 800 x 600, você poderá acoplar a ele um telão e usar 1600 x 1200, ou até mais durante as apresentações. Mas, para isso é preciso que a memória de vídeo seja suficiente para a resolução e cores que pretender usar no monitor externo. Dica: na maioria dos modelos este recurso é ativado apenas através de um utilitário do fabricante.

O ideal seriam 8 MB, o mínimo recomendável seriam 4 MB. Um note com apenas 2 MB só deve ser considerado caso você não pretenda acoplar a ele um monitor externo.

Em termos de chipset de vídeo, praticamente todos os modelos em uso atualmente oferecem um desempenho suficiente em 2D, o grande problema é encontrar um com recursos 3D. O grande problema é que por executarem muito processamento, os chipsets de vídeo 3D gastam muita energia e geram muito calor, duas desvantagens fatais no ramo de portáteis.

As poucas opções em termos de 3D incluem os chipsets ATI Rage Mobility 128, S3 Savage/MX e SMI Lynx EM4. O desempenho é ridículo se comparado com os chipsets 3D para micros desktop, mas é o que há. Existem boatos do possível lançamento de uma versão mobile do GeForce MX da Nvidia, parece sensato, pois em sua versão desktop este chip já consome apenas 4 Watts, tornando uma versão mobile perfeitamente possível. Mas, enquanto escrevo, são só boatos.

Monitor

Qualquer modelo de notebook trará uma tela de LCD, o famoso cristal líquido. Este tipo de monitor se revela ideal para os portáteis, pois consome pouca energia, gera um mínimo de calor, é muito fino e perfeitamente plano.

Existem atualmente duas tecnologias de fabricação de telas de LCD, conhecidas como matriz passiva (DSTN) e matriz ativa (TFT). As telas de matriz passiva apresentam um angulo de visão mais restrito, e um tempo maior é necessário para a imagem ser atualizada. Enquanto num monitor CRT (os com tubo de imagem, usados em desktops) um ponto demora cerca de 10 a 20 milessegundos para mudar de cor (dependendo da taxa de atualização usada), num monitor LCD de matriz passiva são necessários entre 150 e 250 milessegundos. Por isso que é tão difícil enxergar o cursor do mouse na tela de um notebook mais antigo, ou mesmo rodar programas ou jogos que demandem mudanças rápidas de imagem de uma forma aceitável. A própria imagem nestes monitores apresenta uma qualidade inferior, devido ao baixo contraste. Felizmente os monitores de matriz passiva são encontrados apenas em equipamentos antigos.

Os LCDs de matriz ativa, usados atualmente, já apresentam uma qualidade muito superior, com um tempo de atualização de imagem mais próximo do dos monitores CRT, entre 40 e 50 milessegundos. Isto significa entre 20 e 25 quadros por segundo, o que já é suficiente para assistir a um filme em DVD por exemplo, apesar de ainda atrapalhar um pouco nos jogos de ação, onde a imagem é alterada muito rapidamente. Os monitores de matriz ativa também um maior ângulo de visão e contraste maiores, além de serem mais finos e leves.

A grande limitação dos monitores LCD diz respeito às resoluções suportadas. Nos monitores CRT temos à nossa disposição várias resoluções de tela diferentes, que vão desde os 320 x 200 pontos usados no MS-DOS até 1024x 768, 1200x 1024 ou até mesmo 1600x 1200, passando por várias resoluções intermediárias, como 400x300, 320x400, 320x480,

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512x384, 1152x864 entre outras, sendo que em todas as resoluções temos uma imagem sem distorções.

Os monitores de cristal líquido por sua vez são bem mais limitados neste aspecto, pois cada ponto da imagem é fisicamente representado por um conjunto de 3 pontos (verde, vermelho e azul). Num monitor LCD com resolução de 1024x 768 por exemplo tempos 3072 pontos horizontais e 768 verticais, sendo que cada conjunto de 3 pontos (verde, azul e vermelho) forma um ponto da imagem. Como não é possível alterar a disposição física dos pontos, temos a resolução máxima limitada ao número de pontos que compõe a tela. Podemos até usar resoluções menores, usando mais de um ponto da tela para representar cada ponto da imagem, recurso chamado de fator escala, porém jamais será possível utilizar resoluções maiores.

Além do fato da tela ser de matriz ativa ou passiva, você deve levar em conta qual é a resolução de tela que ela é capaz de exibir, já que será com esta resolução que você terá que trabalhar.

Os notebooks com telas de 11 ou 12 polegadas geralmente suportam apenas 800 x 600, o que pode ser bastante desconfortável e limitante se você for trabalhar com o Corel, Photoshop, Dreanweaver ou qualquer outro editor de imagens ou páginas Web por exemplo.

Os notebooks com telas de 13,1 ou 14 polegadas, os mais comuns atualmente, quase sempre exibem 1024 x 768, que já é uma resolução confortável para a maioria das aplicações.

Alguns laptops maiores, estão vindo com telas de 15,1 ou até mesmo 15,4 polegadas, que geralmente permite utilizar 1280 x 1024 ou até mesmo 1400 x 1050. O grande problema é que além de caros, estes modelos são muito grandes, já que é preciso acomodar esse exagero de tela. Ou seja, são mais confortáveis de usar, porém mais incômodos na hora de transportar e, principalmente, na hora de pagar :-)

Alguns notebooks mais antigos, com telas de 10 polegadas ou menos, assim como a maioria dos mini notebooks, suportam apenas resolução de 640 x 480, o que os torna muito desconfortáveis de trabalhar, principalmente para surfar na Net ou usar aplicativos gráficos. Melhor evitar estes modelos.

As telas de notebooks são formadas por duas placas de vidro, por isso são bastante frágeis. É muito comum a tela trincar ou mesmo se quebrar quando o notebook cair o sofre qualquer impacto mais forte. Apesar de na maioria dos casos a tela continuar funcionando, o trincado vai incomodar bastante.

Neste caso não existe muito o que fazer além de trocar o LCD. Os fabricantes vendem as telas separadamente, você pode importar, ou então comprar através de alguma loja especializada. O grande problema é que além das telas já serem caras, os fabricantes não costumam fazer um preço muito camarada, não se surpreenda se a tela custar mais da metade do preço de outro notebook. É uma situação em que é melhor prevenir do que remediar.

Som

Praticamente todos os notebooks atuais já vem com uma placa de som stereo embutida. Depois que inventaram o mp3 este recurso de tornou-se especialmente útil. Se você tiver um CD-ROM, então, melhor ainda, poderá ouvir seus CDs favoritos enquanto viaja por exemplo.

Neste quesito existem poucos diferenciais. Dê preferência aos chipsets de som compatíveis com a sound Blaster, pois assim o som funcionará mesmo dentro de aplicativos e jogos para MS-DOS. Considere também a qualidade do som dos speakers, alguns notes vem com alto-falantes realmente ruins. Alguns notebooks mais compactos, apesar de trazerem som

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onboard não trazem os speakers, de forma a economizar espaço interno, obrigando o usuário a usar fones de ouvido ou caixas externas.

Veja se existe uma porta para ligar caixinhas externas ou fone de ouvido e se o note já traz um microfone embutido, ou se pelo menos traz a entrada para um externo. Ele vai ser útil para gravar conversas, reuniões, palestras, notas de voz, ou principalmente se um dia você for usar o note para chat de voz ou videoconferência, recursos cada vez mais populares dentro das empresas.

Caso você esteja pensando em adquirir um aparelho mais antigo, que não venha com som, existe a possibilidade de usar uma placa de som PCMCIA. Porém, este geralmente não será um bom upgrade, pois além de absurdamente caras, elas gastam muita energia.

Uma nota sobre o assunto é que em muitos casos os fabricantes utilizam placas de som ou modems para os quais o Windows não possui drivers. Nestes casos você precisará procurar os drivers adequados dentro do site do fabricante para que estes dispositivos funcionem. Em alguns casos, para que o som e modem funcionem, será preciso instalar um utilitário do fabricante.

Modem e rede

Assim como no caso da placa de som, a maioria dos modelos atuais já trazem um modem 56k embutido, mas caso o seu aparelho seja uma das exceções, ou caso por algum motivo o modem onboard se queime, sempre existe a opção de usar um modem PCMCIA, que é um periférico relativamente acessível. É possível encontrar um modem PCMCIA de 56k apartir de 130 dólares. Modelos de 33.6 ou 14.4 k de sobra de estoque ou usados costumam ser muito baratos.

Quanto à placa de rede, é outro acessório que vem se tornando cada vez mais necessário atualmente, e por isso vem pouco a pouco se integrando aos notebooks. Alguns poucos modelos já trazem rede onboard, enquanto o preço das placas de rede PCMCIA vem caindo. Atualmente as mais baratas custam apartir de 60 ou 70 dólares.

Além do óbvio, que seria conectar o notebook a uma rede em casa ou no escritório, a placa de rede será necessária caso você vá utilizar um serviço de acesso à Internet, via cabo ou via ADSL (consulte o capítulo sobre modems) já que estes serviços trazem como pré-requisito que o micro tenha uma placa de rede, que é usada como meio de comunicação.

Impressora

Você pode conectar o seu notebook a qualquer impressora, mas existem alguns modelos de impressoras especialmente destinadas a notebooks, que além de serem extremamente leves já vem com baterias embutidas, que permitem imprimir enquanto estiver em trânsito. Todos os modelos de impressoras portáteis são de impressoras jato de tinta, pois uma impressora a laser precisa de uma quantidade absurda de eletricidade para imprimir cada folha.

Existem tanto impressoras mono quanto coloridas, que atualmente já não são tão mais caras. Vai do que você acha que vai precisar.

A maioria das impressoras para notebook suportam comunicação via infravermelho, recurso disponível na maioria dos notebooks e até mesmo em handhelds, como o Palm III e o Psion V, que permite impressão sem fio. No caso dos handhelds, você precisará apenas de um programa que ative o recurso. Num notebook será mais simples, pois o Windows 95 em diante já traz suporte nativo a este recurso.

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Impressão via infravermelho

Portas

Quando for comprar um notebook, leve em conta também a presença de portas USB, portas PS/2, seriais, monitor, etc., pois apesar de não custarem muito para o fabricante, estas portas vão fazer muita falta caso estejam ausentes. Veja abaixo as portas que um notebook pode trazer:

PCMCIA: Quase todos os notebooks trazem duas portas PCMCIA, que são necessárias para a conexão de um modem, placa de rede, cartão de memória, ou qualquer outro dispositivo PCMCIA, muito populares no ramo de portáteis. Alguns notebooks mais compactos trazem apenas uma porta, o que pode ser limitante, e se você precisar de um modem e uma placa de rede ao mesmo tempo?

Serial: É o básico, todos os modelos trazem pelo menos uma porta serial, alguns poucos trazem duas.

PS/2: é muito útil por permitir conectar um mouse externo ao note, mas ao mesmo tempo manter o mouse integrado funcionando. Você também poderá usar um mouse serial, mas neste caso terá que desabilitar o mouse integrado através do Setup.

Paralela: serve para a conexão de impressoras, o obvio, mas também é útil para fazer conexão via cabo com um micro de mesa, podendo transferir arquivos e acessar o CD-ROM do hospedeiro. Quebra um galho caso o seu note não tenha placa de rede.

VGA: É a porta para acoplar um monitor externo, praticamente todos os notebooks trazem uma.

Entrada e saída de vídeo: Este já é um caso mais raro, estas portas permitem usar o notebook para editar trechos de vídeo, capturados apartir de um videocassete ou câmera. é um recurso divertido, mas caro.

USB: s portas USB vem sendo cada vez mais usadas, já existem por exemplo gravadores de CD externos, em versão USB. Uma porta USB é bastante útil num portátil, mas ainda não são todos os modelos que as trazem.

Infravermelho: A porta infravermelho é um recurso presente na maioria das notebooks. É útil, mas infelizmente pouco usado. Em geral a porta infravermelho substitui a segunda porta serial, sendo reconhecida pelo Windows como COM2, a menos claro que seja desabilitada ou o endereço trocado através do Setup. A porta infravermelho pode ser usada para imprimir numa impressora com suporte a este recurso, ou mesmo para trocar arquivos entre dois notebooks, sem uso de cabos. No segundo caso, basta usar o acessório ligação direta via cabo do Windows, configure um micro como host, outro como convidado e escolha a porta infravermelho (geralmente aparecerá como serial 2) como meio de conexão. Usando um programa adequado, também pode servir para comunicação com um Palm, ou outro handheld com suporte a infravermelho.

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Docking Station

Mais uma solução interessante para aumentar os recursos de um notebook é usar uma docking station, um acessório relativamente barato, que traz portas adicionais, em geral uma placa de rede, drive de disquetes ou CD-ROM (caso o notebook venha sem um) conectores para teclado, ps/2, impressora, monitor externo, conector para joystick e, em muitos casos, também uma controladora SCSI e portas USB. Em alguns casos existe até mesmo a possibilidade de conectar placas de expansão PCI.

A docking station servirá apenas enquanto você estiver em casa, ou no escritório, trabalhando sobre uma mesa. Além do tamanho, ela não opera a baterias, por isso não é possível utiliza-la enquanto estiver em trânsito e mesmo seu transporte pode ser incômodo.

Docking Station

Outra opção é um replicador de portas, uma espécie de docking station simplificada, que traz apenas placa de rede, porta PS/2, conector para o monitor, conector para joystick, e em alguns casos USB e SCSI. Nada de CD-ROM ou outros acessórios maiores.

O replicador de portas é mais barato e também bem menor que a docking station, mas sua funcionalidade é bem limitada. Ambos os acessórios são opcionais, mas estão disponíveis na grande maioria dos notebooks. Apenas alguns modelos maiores, que já vem com CD, disquetes e rede embutidos às vezes dispensam estes acessórios.

Apesar de ser bem mais barata do que comprar placas SCSI e de rede PCMCIA e um CD-ROM externo, uma docking station tem uma funcionalidade bem limitada devido à falta de portabilidade. Serve melhor para quem usa o notebook principalmente em casa ou no escritório, saindo com ele apenas de vez em quando. Antigamente, quando os notebooks eram mais simples, estes acessórios faziam um relativo sucesso, mas hoje em dia andam bem fora de moda.

Maleta

Para quem vai carregar o notebook de cima para baixo, a maleta é mais um acessório indispensável. Existem maletas para todos os gostos e bolsos, algumas trazem espaço apenas para o notebook, outras acomodam a fonte externa, baterias sobressalentes, etc. Algumas são de couro, outras de nylon e algumas de plástico rígido, como aquelas maletas de executivo, estas últimas fornecem uma maior proteção.

O principal neste caso é escolher uma maleta que ofereça uma boa proteção para seu aparelho, protegendo conta quedas ou pancadas eventuais, e principalmente, que não se pareça com uma maleta de notebook, pois não existe coisa que um ladrão goste mais do que um notebook caro dando sopa pela rua....

Ligação via cabo

Com certeza você já ouviu falar da possibilidade de interligar dois micros através da porta da impressora, usando um cabo especial. Esta ligação permite compartilhar e transferir arquivos de um micro para o outro com uma velocidade razoável, e é bem fácil de se fazer.

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Em primeiro lugar, você vai precisar de um cabo Lap-Link. Você consegue este cabo em algumas lojas de informática, custa cerca de 12 reais, mais ou menos o mesmo preço de um cabo de impressora comum.

De posse do cabo, você deverá abrir o ícone redes do painel de controle, e instalar o "Compartilhamento de arquivos e impressoras para redes Microsoft" e o protocolo IPX-SPX. Faça isso nos dois micros. Em seguida, compartilhe os arquivos que você deseja que o segundo micro tenha acesso. Para isto, basta clicar com o botão direito do mouse sobre a pasta ou unidade de disco a ser compartilhada e clicar em "compartilhamento"

Depois de tudo pronto, basta ligar os dois micros usando o cabo, e utilizar o utilitário de ligação direta via cabo do Windows, que está no menu iniciar, programas, acessórios, comunicações. Você deve fazer isso nos dois micros ao mesmo tempo.

Configure o micro que irá fornecer os arquivos como servidor e o que irá acessar como convidado (guest). Quando solicitado, informe que será usada a porta LPT1 e voilà, estamos conectados. Agora é só transferir ou acessar os arquivos que desejar.

Esta ligação é muito útil quando se tem um desktop e um notebook, e não se quer gastar com a montagem de uma rede.

Uma dica, é não esquecer de configurar as portas seriais de ambos os micros como “ECP”, “EPC/EPP” ou então EPP no Setup, pois estes modos permitem transferências muito mais rápidas.

Montando um cabo Lap-Link

Apesar de ser um simples cabo, simples e barato como qualquer outro, o cabo Lap-Link usado para fazer a ligação direta via cabo é difícil achar em muitas cidades, o famoso componente raro que custa 10 reais :-(

Se você tiver um ferro de solda, não é muito difícil confeccionar este cabo, você pode usar como matéria prima dois cabos de impressora comuns, só vai dar um pouco de trabalho, já que é preciso soldar fio por fio.

Se você resolveu botar a mão na massa, a pinagem do cabo é a seguinte:

lado A (25 pinos fêmea)

lado B (25 pinos fêmea)

Ao todo serão usados apenas 7 fios para interligar os conectores:

Fio 1 (recebe dados): Pino 3 do lado A, pino 2 do lado B

Fio 2 (transmite dados): Pino 2 do lado A, pino 3 do lado B

Fio 3 (sinal de reset): Pino 20 do lado A, pino 6 e 8 do lado B (o fio deve ser soldado a ambos)

Fio 4 (terra): Pino 7 do lado A, pino 7 do lado B

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Fio 5 (sensor mensageiro): Pino 6 a 8 do lado A, pino 20 do lado B

Fio 6 (pedido de envio): Pino 4 do lado A, pino 5 do lado B

Fio 7 (checagem): Pino 5 do lado A, pino 4 do lado B

Handhelds e Palmtops

Para quem precisa apenas de recursos mais básicos, como processamento de textos, planilhas, agenda eletrônica ou apenas armazenar informações, os notebooks acabam sendo uma solução cara e antiquada. Além do peso, temos uma autonomia relativamente baixa das baterias, em geral 2 ou 3 horas, sem falar no tempo gasto para dar o boot e carregar o Windows toda vez que o equipamento é ligado.

Apartir dos anos 90, tivemos a popularização de mais duas classes de computadores portáteis, os handhelds e os palmtops. A idéia principal é criar aparelhos pequenos o suficiente para levar no bolso, que sejam leves e consumam pouca energia, mas, ao mesmo tempo, capazes de executar todas as funções básicas, como processamento de textos, planilhas, coleta de dados, acesso à Internet, jogos, etc.

Os dois tipos de aparelho possuem conceitos bem diferentes. Os handhelds são uma espécie de notebook em miniatura, com o mesmo desenho básico, com o teclado de um lado e a tela do outro. Exemplos de handhelds são o Cassiopéia, HP 620, Psion Series 5 e Sharp HC-4600. Com exceção do Psion, estes aparelhos utilizam o Windows CE, que é uma versão simplificada do Windows 98, que apesar de não rodar os mesmos programas que temos nos micros de mesa, possui versões compactas do Word, Excel e Power Point, além de permitir a instalação de programas ou jogos desenvolvidos para ele.

Os palmtops por sua vez, são ainda mais compactos e não possuem teclado. O texto é ou digitado sobre um teclado gráfico formado em parte da tela, ou então escrito à mão em um espaço reservado. O exemplo mais famoso e bem sucedido de palmtop é o Palm Pilot da 3com, que utiliza o PalmOS, um sistema operacional proprietário, extremamente leve e funcional. O sucesso do Palm Pilot estimulou os desenvolvedores a criar milhares de programas para ele, englobando praticamente todo o tipo de aplicações, de cálculos científicos a jogos. Estima-se que em Maio de 2000 já existiam mais de 25.000 programas, uma boa parte aplicativos freeware. Existem também modelos de palmtops que utilizam o Windows CE, a maioria com telas coloridas.

Em todos os casos, é possível fazer a conexão com um micro de mesa para fazer backup das informações gravadas, trocar arquivos e instalar novos programas.

Palm

Apesar do tamanho reduzido, do hardware simples e da pouca quantidade de memória (comparado com outros aparelhos portáteis) o Palm vem conquistando uma enorme legião de usuários, superando em vendas os aparelhos baseados no Windows CE. Atualmente, cerca de 65% dos palmtops vendidos são Palm-Pilots. Mas final, o que o Palm tem de tão especial?

A primeira vantagem é a praticidade. Um Palm está sempre pronto para o uso, não é preciso perder um ou dois minutos dando boot como num notebook, e os comandos são executados instantaneamente. Não existem ampulhetas de espera ou qualquer coisa do gênero.

O Palm tem ao todo 10 botões de funções, que podem ser configurados para abrir qualquer um dos aplicativos que estiverem instalados. Você pode configurar um dos botões para abrir a agenda de compromissos, outro para abrir o editor de textos, outro para o tradutor, outro para a calculadora científica, etc. Mesmo que o Palm esteja desligado, bastará um toque para que em menos de meio segundo você já esteja no aplicativo que deseja. Se você estiver

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num elevador, por exemplo, e se lembrar de algum compromisso ou tiver alguma idéia que gostaria de tomar nota, você não demorará mais do que 3 ou 4 segundos para tirar o Palm do bolso da camisa, pegar a caneta, abrir o aplicativo que deseja e começar a escrever. O uso do graffiti permite que você escreva mesmo em lugares em movimento.

Palm III

A segunda vantagem é o formato reduzido e o peso. O Palm é pequeno o bastante para levar no bolso da camisa, já com as baterias pesa apenas 150 gramas; é bem prático de transportar para todo lugar. Acredito que fora as agendas eletrônicas, os Palms sejam atualmente os aparelhos mais portáteis que existem.

A terceira é a grande variedade de programas disponíveis. A última estimativa de que tive notícia falava em cerca de 25.000 aplicativos disponíveis, entre programas Freeware, Shareware, comerciais, de domínio público, etc. Você poderá encontrar programas para quase tudo.

Em http://www.guiadohardware.net/palm/programas.html você encontrará alguns programas que separei, e em http://www.guiadohardware.net/palm/links.html você encontrará os endereços de outros sites que disponibilizam programas.

A quarta vantagem é o Hot Sink. O Palm vem com um cradle que é ligado a uma porta serial do desktop e um programa que deve ser instalado, o Palm Desktop. Depois de instalar ambos, a cada vez que você desejar atualizar os dados entre o desktop e o Palm, bastará encaixar o Palm no cradle e apertar um botão para que ele atualize tudo sozinho. Programas, arquivos, anotações, tudo será transferido automaticamente.

Também faz parte do Palm desktop um programa for Windows que tem todas as funções de um Palm. Através dele você pode editar a agenda de compromissos, anotações, etc. e da próxima vez que fizer Hot Sink tudo será transferido para o Palm automaticamente.

O Palm traz também um aplicativo de e-mail, que pessoalmente acho bastante útil também. Você conecta o desktop na Internet, baixa os mails, faz um Hot Sink, bota o Palm no bolso e vai trabalhar. No caminho você liga o Palm e voilà, todos os mais que chegaram estão no Palm. Você lê responde alguns, deleta outros e quando chega em casa faz outro Hot Sink. Você abre o programa de e-mails do desktop e está tudo do jeito que deixou no Palm: os mails que foram lidos no Palm estão marcados como lidos, os que foram respondidos estão no outbox, etc. No manual que acompanha o aparelho estão detalhes de como configurar o aplicativo de e-mail, basta consulta-lo para aprender a configurar tudo.

A quinta, (ufa) é a grande autonomia das baterias. Duas pilhas palito duram cerca de 30 horas de uso contínuo, o suficiente para um ou dois meses de uso normal. Não é preciso deixar o Palm ligado todo dia na tomada para recarregar as baterias, como um notebook. O

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Palm 5 já vem com baterias recarregáveis internas, que duram cerca de 15 horas de uso contínuo.

Reconhecimento de escrita

O reconhecimento de escrita é feito através do graffiti. O graffiti é um sistema simplificado de escrita, que demanda pouco poder de processamento para ser reconhecido, já que os caracteres possuem formas geométricas e são bem diferentes uns dos outros, diminuindo erros de reconhecimento. Desde que você consiga fazer bem o formato de cada letra, o índice de erros de reconhecimento é praticamente zero. A área destinada ao reconhecimento de caracteres se divide em duas áreas. O retângulo da esquerda se destina ao reconhecimento de letras, enquanto o da direita reconhece apenas números. Esta divisão serve para diminuir o índice de erros de escrita.

Clicando nos dois cantos inferiores, você pode abrir o teclado gráfico, que ocupará a parte inferior da tela. Você poderá então usar a caneta para digitar diretamente cada caracter. Se você for digitar um trecho grande de texto, o teclado gráfico será uma solução melhor que o graffiti, pois permite uma digitação mais rápida e menos cansativa. Entretanto, para notas rápidas o graffiti é melhor, pois permite que você escreva mesmo estando em movimento, no ônibus ou andando a pé por exemplo.

Veja nas ilustrações abaixo todo o alfabeto graffiti, incluindo acentuação e os caracteres especiais:

Como disse, também estão disponíveis teclados gráficos. Existem ao todo três teclados diferentes, um para letras, outro para números e mais um para caracteres acentuados. Pessoalmente, eu acho o sistema de teclados gráficos do Palm muito ruim, principalmente por que enquanto o teclado gráfico está ativado o grafitti deixa de funcionar, e é muito mais prático fazer a acentuação através do graffiti do que ficar alternando entre os teclados toda hora. Sem falar que os teclados para números e letras são separados, como você pode ver abaixo:

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Paus, bugs, resets e afins

O Palm OS é um sistema extremamente estável, é bem difícil ocorrer qualquer problema com ele. Porém, como o Palm OS oferece acesso de baixo nível ao sistema, às vezes alguns aplicativos mal escritos conseguem causar falhas. Neste caso, é necessário dar um soft reset.

Um soft reset reinicializa o sistema, mas não causa perda de dados, nem um único caracter que você tenha acabado de digitar. Em geral, ao ocorrer algum erro aparecerá uma mensagem na tela pedindo a confirmação para dar o reset. Você também pode der um soft reset pressionando (com a ajuda de um clipes ou algo pontudo) o botãozinho de reset da parte de trás do Palm. Apartir do Palm III, a caneta já vem com uma porta adequada para dar o reset, basta retirar a tampa da extremidade oposta.

Um segundo tipo é o hard reset. Um hard reset apagará todo o conteúdo da memória do Palm, ou seja, apagará tudo que estiver gravado, deixando o Palm como veio de fábrica. Para dar um hard reset você deverá manter pressionado o botão que liga o Palm, ao mesmo tempo que pressiona o botão de reset. Em geral você só vai usar um hard reset se for vender o Palm, ou dar para outra pessoa, e quiser deixar o Palm como veio de fábrica.

Limitações

Um Palm pode ser um assistente pessoal ideal, desde que você saiba respeitar suas limitações. Se você precisa de um aparelho para manipular planilhas gigantescas, preparar apresentações multimídia, etc. então realmente você só vai ficar satisfeito levando um notebook debaixo do braço. Os handhelds com o Windows CE tem mais recursos nesse sentido, principalmente devido ao fato de trazerem telas coloridas e virem com versões reduzidas do Word e Excel, porém, na minha opinião, este aparelhos são muito lentos para se fazer algum trabalho produtivo manipulando arquivos pesados, e ao mesmo tempo possuem muitas limitações. Já tive um 620LX da HP, com um processador de 75 MHz e 16 MB de memória, e realmente era difícil achar alguma aplicação para ele, pois ele era lento até para usar a agenda de compromissos, travava muito etc. Surfar na Web então, só com muita paciência... Os aparelhos atuais já são mais poderosos, tem processadores de até 200 MHz e vem com até 32 MB de memória. O problema é que quanto mais poderoso for o aparelho, mais caro ele será e menor será a autonomia da bateria.

A minha opinião pessoal é que o Palm é uma solução ideal para quem precisa de um organizador pessoal, pois é relativamente barato e muito prático nesse sentido. Pra quem precisa de mais recursos, em especial se for manipular arquivos, planilhas, bancos de dados, acessar páginas da Net, etc., então a solução mais acertada seria um notebook (talvez complementado por um Palm) Os Handhelds com o Windows CE são uma espécie de meio termo, tanto em termos de recursos quanto em termos de preço, mas a combinação das duas coisas acaba os tornando adequados para poucos.

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Versões

Como tudo que existe, o Palm também teve seu processo evolutivo. As principais versões são as seguintes :

Pilot 1000 : Naquela época o Palm-Pilot se chamava apenas "Pilot" e era Fabricado Pela US Robotics. O nome mudou, pois "Pilot" era uma marca registrada de uma outra compania que acabou processando a US Robotics, que no final das contas também foi comprada pela 3Com, que é o fabricante atual. O Pilot 1000 foi o primeiro modelo da série e é realmente bastante limitado, pois possui apenas 128KB de RAM, e vem com o Palm OS 1.0, que não roda muitos dos aplicativos que temos atualmente.

Pilot 5000: Igual ao Pilot 1000, mas com 512 KB de memória. Melhorzinho em termos de capacidade de armazenamento, mas ainda com o Palm OS 1.0 e sem backlight.

Palm-Pilot Personal: Esta foi a terceira versão do aparelho. Este modelo, assim como o Professional, não é mais produzido, mas você encontrará muita gente vendendo usados por aí. Um destes vale entre 150 e 200 reais. O Pilot Personal vem com 512 KB de RAM e com o Palm OS 2.0. Ele já roda praticamente todos os aplicativos atuais, com excessão de alguns jogos que exigem tela com 16 tons de cinza (ele só tem 4) e de alguns poucos aplicativos. O maior problema dele é a pouca quantidade de memória

Palm-Pilot Professional: Igual ao Personal, mas já vem com 1 MB de memória RAM. Assim como ele, não é mais produzido, mas existe uma boa oferta de aparelhos usados. Um destes vale entre 200 e 250 reais. Tanto o Personal como o Professional trazem backlight, basta pressionar o botão que liga o Palm durante dois segundos.

Existe um módulo de upgrade que serve tanto no modelo Personal, quanto no Professional, que atualiza o sistema para o Palm OS 3.0, e aumenta a memória para 2 MB. Para trocar o módulo, basta abrir a tapa da parte inferior do Palm e trocar o módulo de memória antigo pelo novo. Existem dois problemas com este upgrade, primeiro que ele é caro e segundo que trocando o módulo você perde todos os dados gravados no Palm. Atualmente este upgrade não é mais produzido.

Upgrade de memória

Palm III: O Palm III original trouxe várias inovações sobre os modelos anteriores. Traz 2 MB de memória, a tela agora possui 16 tons de cinza, contra apenas 4 dos modelos anteriores, infravermelho, sistema operacional gravado em memória Flash e a possibilidade de atualizações de memória, como o Palm Professional. É o mínimo que você deve pensar em comprar hoje em dia (salvo Palms usados por preços tentadores naturalmente)

O infravermelho permite transferir dados diretamente de um Palm para outro e alguns programas comerciais permitem imprimir em impressoras que aceitem comunicação via infravermelho, o caso da maioria das impressoras para notebooks. Este recurso é útil em empresas onde muita gente use Palms.

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Palm IIIx: É uma nova evolução. Trás 4 MB de memória, a tela possui um contraste melhor que o das versões anteriores e também tem infravermelho. A principal novidade é o fato do Palm IIIx vir com um slot de expansão livre, o que permite upgrades de memória ou mesmo o uso de outros dispositivos.

Palm IIIxe: É igual ao IIIx, mas já vem com 8 MB de memória e alguns programas pré instalados a mais.

Palm IIIe: Este é o modelo mais barato que você encontrará à venda. É basicamente um IIIx com apenas 2 MB de memória e com o sistema operacional gravado em ROM ao invés de flash, o que acaba com a possibilidade de upgrades futuros via soft. Nos EUA este Palm custa apenas 150 dólares, por aqui você encontra por apartir de 500 reais nas lojas, ou um pouco menos se comprar com o pessoal do contrabando. A tela e o infravermelho são os mesmos do IIIx.

Palm IIIc: O "c" vem de Color. Este é o primeiro modelo de Palm com tela coloria. Vem com 8 MB de memória e o Palm OS 3.5, que oferece suporte ao uso de cores. Fora isso não existem grandes novidades. O

uso de uma tela coloria melhora bastante a estética, mas não adiciona muita funcionalidade ao aparelho, e traz a desvantagem de torna-lo muito mais caro (o Palm IIIc custa 400 dólares nos EUA). Como este modelo gasta muita energia, justamente por causa da tela, já vem com baterias recarregáveis embutidas.

Palm IIIc

Palm V: A grande vantagem do Palm V sobre o III, é a estética. O aparelho é mais fino, um pouco mais leve, e a capa externa é feita de alumínio escovado, ao invés de plástico. Realmente é um aparelho muito bonito, além de já vir com baterias recarregáveis embutidas. O grande problema é que apesar do preço, o Palm V vem só com 2 MB de memória.

Palm Vx: Igual ao Palm V, mas já vem com 8 MB de memória, atualmente é mais comum que o modelo antigo.

Palm VII: A grande vantagem do Palm VII é o acesso sem fio à Internet. Este serviço está disponível apenas nos EUA, e não existe previsão de quando vai chegar por aqui, por isso deixe para pensar em comprar este modelo apenas quando isto estiver definido. Este modelo é destinado ao usuário médio, por isso vem com apenas 2 MB de memória.

Apenas 2, 4 ou mesmo 8 MB de memória podem parecer muito pouco se comparados com os 16 ou 32 MB que os aparelhos baseados no Windows CE trazem, mas como os arquivos e aplicativos para o Palm são muito pequenos, o espaço acaba rendendo muito mais. Tem gente que diz que 4 MB de memória num Palm equivalem a mais de 32 MB num aparelho com o

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Windows CE. Acho essa afirmação meio exagerada, mas realmente, 4 MB num Palm é um espaço enorme, que pouca gente consegue realmente usar.

Psion Revo

A Psion é uma compania Inglesa especializada em micros portáteis. Porém, seus aparelhos não utilizam o Windows CE, nem o Palm OS, mas sim um sistema operacional proprietário, o Epox32, que apesar do nome esquisito, se revelou um sistema incrivelmente leve, estável e funcional.

O Revo é o último modelo lançado pela Psion, e é vendido nos EUA por 399 dólares. Aqui no Brasil ele custa em média 1200 reais. É mais do dobro do preço de um Palm III, mas ainda bem menos que um notebook. O Revo também é mais barato que a maioria dos Palmtops com o Windows CE.

Em primeiro lugar, o Revo é um Handheld, ou seja, possui aquele desenho que lembra um notebook em miniatura, dobrável, com a tela de um lado e o teclado do outro.

O teclado e incrivelmente confortável para um handheld. Realmente o melhor entre todos os modelos que já testei. Ao invés das teclas chiclete que são encontradas na maioria dos aparelhos similares, temos teclas de verdade, como num notebook. Com um pouco de pratica e possível digitar cerca de 150 caracteres por minuto.

A tela tem um contraste muito bom, com um sistema que permite a visualização em ambientes com pouca luz. Porem, peca por dois fatores, primeiro pelo fato de ser monocromática e segundo pela ausência de backlight. Isto significa que você conseguirá visualizar a tela em ambientes com pouca luz, mas se não houver luz alguma só se for com uma lanterna. Na minha opinam esta é a principal falha do aparelho.

Psion Revo

O CD que acompanha o Revo traz o PsionWin, o aplicativo que cuida da conectividade com o PC. Basta ligar o berço a uma porta serial e encaixar o Revo para começar a transferir arquivos. O uso do programa é bastante simples e intuitivo e os recursos são muitos, é possível até mesmo imprimir apartir do próprio Revo, usando a impressora do Desktop.

O Revo trás os aplicativos básicos: agenda de compromissos, lista de tarefas, agenda de telefones, editor de textos planilha etc. mas também é possível instalar aplicativos de terceiros. Existem vários programasdisponíveis.

Outro recurso muito interessante, é a possibilidade de sincronizar os e-mails entre o Psion e o desktop. Você baixa os e-mails normalmente, transfere-os para o Revo usando o PsionWin, e pode lê-los, responde-los

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etc. no próprio aparelho. Depois, ao novamente sincronizar com o desktop, todos os e-mails aparecerão no leitor de mails exatamente como você os deixou no Revo. Todos os lidos aparecerão marcados como lidos, as respostas estarão na pasta Unsent, etc. como se você tivesse feito tudo no próprio desktop. Pra quem passa o dia todo fora este recurso é incrivelmente útil, principalmente levando-se em conta que tanto a tela quanto o teclado do Psion são bastante confortáveis para ler e escrever textos longos numa boa.

O editor de textos também tem muitos recursos de formatação, e com a ajuda do Psion Win é bem fácil converter os textos para o formato Word, e vice-versa. Você pode começar a escrever um texto no Revo e depois termina-lo no desktop e vice-versa. Nos textos que testei não houve qualquer alteração na formatação ao fazer a conversão.

O Revo é um aparelho ideal para quem precisa de uma extensão do desktop, pois concilia muito bem as funções de assistente pessoal e micro portátil. Levando-se em conta o preço, ele oferece uma boa relação custo beneficio.

As especificações do aparelho são as seguintes:

Processador ARM 710 de 32 bits, operando a 36 Mhz 8 MB de memória Bateria recarregável suficiente para 12 horas de uso contínuo Infravermelho (permite a comunicação com outros aparelhos, ou mesmo imprimir diretamente em uma impressora com suporte a infravermelho) Dimensões: 157x79x17 milímetros

Um processador de 36 MHz pode parecer lento, mas é mais do que suficiente para o Revo, pois o sistema operacional é realmente muito leve. É possível alternar entre os aplicativos instantaneamente. Os 8 MB de memória também são suficientes na minha opinião, pois uma vez convertidos para o formato do Revo os arquivos ficam extremamente pequenos. Os aplicativos também ocupam pouca memória no aparelho.

A leveza do sistema operacional demanda pouco hardware, permitindo que o aparelho seja bastante compacto e tenha uma ótima autonomia. 12 horas é o dobro do encontrado na maioria dos aparelhos com o Windows CE e o quádruplo da maioria dos notebooks.

O Revo não vem com um modem interno, mas é possível comprar um modem separadamente. Também é possível conectar ia celular, usando os acessórios adequados. Uma vez conectado é possível tanto enviar receber e-mails quanto surfar. Eu não consegui encontrar nenhum aplicativo de IRC ou FTP, nem uma versão do ICQ para ele, mas talvez fosse apenas questão de procurar melhor.

28. Gerência Integrada de Redes e Serviços

28.1. Introdução

Há pouco tempo atrás, as operadoras de telecomunicações se preocupavam em aproveitar a máxima capacidade de transmissão dos sistemas existentes, se preocupando muito pouco com a qualidade do sistema e dos serviços prestados. Atualmente, este perfil vem mudando, ocorrendo o sacrifício da capacidade de transmissão de informações de usuário, em troca de uma capacidade transmissão de informações de gerência maior, para prover um serviço mais confiável e seguro, de qualidade indiscutivelmente maior.

Também podemos perceber que, devido à crescente digitalização da rede e o

aumento da capacidade e confiabilidade dos sistemas, as empresas operadoras perdem um pouco o seu papel típico de atuação na arquitetura das redes e passa a se preocupar mais com os serviços fornecidos aos usuários, que passa a ser um fator diferencial de fundamental importância no mercado. Ocorre, desta forma, um crescimento muito grande em termos de criação, implantação e oferta de novos serviços, baseados na integração de

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áudio, dados, textos, imagens e vídeo, ou seja, multimídia. Como exemplo de alguns serviços emergentes, podemos citar os serviços de rede inteligente (RI), serviços em terminais de uso público, processamento digital de sinais de áudio e vídeo e os próprios serviços multimídia.

As redes de telecomunicações podem ser vistas, independente do tipo e dos

equipamentos utilizados, como dividida em três níveis principais: aplicação, serviço e arquitetura .

A camada de aplicação é aquela empregada diretamente pelo usuário final. A

camada de serviço deve ser projetada pelo provedor de rede para suportar todas as aplicações do usuário e a camada de arquitetura provê as soluções de engenharia que devem prover o transporte de qualquer tipo de serviço vendido pela operadora ao usuário. O serviço é normalmente designado como a facilidade que o provedor vende a seus clientes e tipicamente suporta várias aplicações.

A necessidade de qualidade, a diversificação e a complexidade cada vez maior

destes serviços implica em uma necessidade tão vital quanto o próprio serviço: a sua gerência.

Dentro deste conceito de gerenciamento de redes de telecomunicações, começaram

a surgir alguns sistemas de supervisão específicos para cada situação (por exemplo, gerenciamento de falhas, de tráfego) e para cada fabricante, ou seja, os chamados sistemas de gerência proprietários (figura 1.1).

Na figura acima, por exemplo, podemos ter os equipamentos como sendo várias

centrais telefônicas de fabricantes distintos, cada uma com seu próprio sistema de gerência. As centrais são interligadas entre si, mas os sistemas de gerência são isolados. • Este tipo de sistema possui alguns problemas, como: • a impossibilidade de interconexão entre sistemas de diferentes fabricantes devido ao

uso de interfaces não padronizadas; • multiplicidade de sistemas: para cada novo tipo de equipamento/fabricante é

necessário um novo sistema de supervisão específico; • multiplicidade de terminais e formas de operação: cada sistema tem seus próprios

terminais e linguagem de comunicação homem-máquina; • multiplicidade de base de dados: cada sistema tem a sua própria base de dados local,

sendo necessário atualizar cada sistema isoladamente, o que acaba resultando em duplicidades e inconsistências.

Estes fatores acarretam em uma falta de integração entre processos que

impossibilita, por exemplo:

• obtenção de uma visão global do estado da rede e dos serviços; • integração de forma automatizada das atividades operacionais; • difusão de informações dos estados de circuitos e serviços de uma forma ampla; • flexibilidade de roteamento na rede; • operação e manutenção eficientes, etc.

Como conseqüência disto, temos:

• elevação do índice de falhas não detectadas;

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• congestionamento na rede; • falta de flexibilidade no roteamento; • indicação múltipla da mesma falha; • dados insuficientes para planejamento; • deficiência de operação e manutenção;

Que acarretam em perda de ligações e de receitas, insatisfação do usuário e

desperdício pelo aumento dos custos operacionais e investimentos extras. Baseado nestes fatores, tem-se procurado uma solução para o problema da falta de

integração entre os sistemas, que possibilite a Gerência Integrada de Redes e Serviços (GIRS), proposta pela TELEBRÁS, cujos conceitos se encontram na Prática 501-100-104.

28.2. Conceito de GIRS

De acordo com esta Prática, o conceito de GIRS é: "O conjunto de ações realizadas visando obter a máxima produtividade da planta e

dos recursos disponíveis, integrando de forma organizada as funções de operação, manutenção, administração e aprovisionamento (OAM&P) para todos os elementos, rede e serviços de telecomunicações"

A gerência deve ser integrada no sentido de:

• ser única para equipamentos semelhantes de fabricantes distintos; • ser feita de maneira consistente pelos vários sistemas; • ser feita desde o nível de serviço até o nível dos equipamentos; • um operador ter acesso a todos os recursos pertinentes ao seu trabalho,

independentemente do sistema de suporte à operação onde estes recursos estão disponíveis ou da sua localização geográfica;

• os sistemas se "falarem" de modo que as informações fluam de maneira automática.

Para se atingir este objetivo, é necessário, então: • processos operacionais com fluxo contínuo; • facilidades de reconfiguração em tempo real; • dados em tempo real agilizando a manutenção; • detecção da causa raiz das falhas; • terminal de operação universal com apresentação padrão; • eliminação da multiplicidade de sistemas de supervisão; • dados de configuração confiáveis.

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28.3. Requisitos básicos

Para se chegar à integração das funções de gerência são necessários:

• elaboração de um modelo conceitual de operação, administração, manutenção e aprovisionamento baseado nos objetivos e estratégias da empresa; ·

• padronização dos modelos de informações de elementos de rede e serviços de

telecomunicações; • padronização das interfaces homem-máquina; • automação de tarefas visando eficiência; • flexibilidade de arquitetura; • ambiente aberto, permitindo interconectividade e interoperabilidade; • alta confiabilidade e segurança.

28.4. Objetivos Básicos

Integrando as funções de todas as camadas funcionais, podemos atingir alguns

objetivos gerenciais, como: • minimizar o tempo de reação a eventos da rede; • minimizar a carga causada pelo tráfego de informações de gerenciamento; • permitir dispersão geográfica do controle sobre os aspectos de operação da rede; • prover mecanismos de isolação para minimizar riscos de segurança; • prover mecanismos de isolação para localizar e conter falhas na rede; • melhorar o serviço de assistência e interação com os usuários.

29. REDE LOCAL

“Quando você precisar de ir além do computador em cima de sua mesa, esta na hora de instalar uma rede local”. Quando interconectamos computadores eles podem trabalhar mais pelos usuários, e, quando as pessoas trabalham em equipes, concretizam tarefas inteiras, num menor espaço de tempo e com menos esforço. Podemos imaginar uma rede como um recurso valioso projetada para apoiar uma equipe de usuários. Interconectar os computadores, assim como gerenciar um grupo de pessoas é sem dúvida um desafio. O vocabulário de redes locais é repleto de siglas. Os preços podem variar de alguns Reais a milhares. Os benefícios de se conectar os recursos podem ser grandes (mas em alguns casos pode ficar pior com ela), e podem significar um avanço incalculável de benefícios que um micro isolado nunca poderia apresentar.

Atenta aos possíveis benefícios e recompensas, e apesar dos riscos, as empresas estão interconectando seus computadores em rítimo acelerado.

Antigamente as redes eram de difícil instalação e manutenção exigindo mão de obra altamente qualificada, mas atualmente esta história mudou muito, hoje encontramos kit’s para instalação de redes que qualquer pessoa pode instalar.

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Em um ambiente profissional é muito importante um responsável pelo bom funcionamento da rede, dentre as responsabilidades deste citamos: Coordenar tarefas, gerenciar problemas, monitorar progressos, administrar usuários etc.

Sem dúvida alguma um dos maiores benefícios de uma rede é o compartilhamento de informações entre os usuários ou mesmo oferecer um meio de armazenamento final superior ao que é utilizado sem a rede. Outros benefícios podem ser citados dentre eles temos: Compartilhamento de impressoras, CD-ROM, Fax/Modem, Drives, correio eletrônico, agenda eletrônica do grupo de trabalho. Tipos de rede: LAN, WAN, Internet Atualmente podemos contar com alguns tipos de rede quando a sua disposição física, vamos as principais.

LAN – Local Area Network - Rede de alcance local

Redes locais (LAN’s) são basicamente um grupo de computadores interconectados e opcionalmente conectado a um servidor.

Os usuários executam tarefas a partir de seus computadores. Entre as tarefas podemos destacar os banco de dados, planilhas e editores de texto. Normalmente temos um grupo destes usuários executando uma operação no servidor. Os módulos mais importantes de uma rede local são: . Servidores . Workstations (Clientes/usuários) . Recursos

WAN – Wide Area Network - Rede de alcance remoto

Interligação de computadores geograficamente distantes. As WAN’S utilizam linhas de transmissão oferecidas por empresas de telecomunicações como a Embratel, e suas concessionárias.

A necessidade de transmissão de dados entre computadores surgiu com os mainframes, bem antes do aparecimento dos PC’s. Com os PC’s houve um aumento da demanda por transmissão de dados a longa distância. Isto levou ao surgimento de diversos serviços de transmissão de dados (RENPAC, TRANSDATA, MINASPAC). Os serviços são geralmente de aluguel de linhas privadas (Leased lines) ou discadas (Switched) permitindo a utilização de diversos protocolos tais como SNA, PPP/TCP-IP, etc.

As redes WAN’s estão passando por uma evolução muito grande com a aplicação de novas tecnologias de telecomunicações com a utilização de fibra ótica (Optical fiber). Novos padrões estão surgindo como a ATM ( Asynchronous Transfer Mode) que disponibiliza a transmissão de dados, som e imagem em uma única linha e em altíssima velocidade ( 300Mbps ou superior). A velocidade passa a ser determinada pelos equipamentos que processam as informações (Clientes/Servidores) e não do meio físico.

A conecção entre os equipamentos geralmente e feita através de Modem’s de 33.6K ou 56K. Servidor

É um computador que eleva a capacidade do processamento, cuja função é disponibilizar serviços a rede. Em geral essa máquina processa grandes volumes de dados requerendo por tanto CPU’s rápidas e dispositivos de armazenamento de alta capacidade e acesso rápido. Esta máquina poderá ser fornecida por fabricantes especializados (IBM etc.) e por ser uma máquina especial entre as outras, possui características não encontradas nos modelos mais simples.

Em uma rede baseada em servidor, temos normalmente sistemas operacionais mais potentes como é o caso do Windows NT, Netware 4.x, LAN Server IBM, UNIX, sendo necessário um estudo mais criterioso para a definição de qual S.O utilizar. PC Desktop

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Os PC’s clientes também conhecidos por Workstation individuais de trabalho. A partir dela os usuários acessam informações no servidor (Bando de dados etc.) e rodam aplicações locais (Word, Excel etc). O harware da workstation varia entre 486 e Pentium e dependerá das informações a serem processados.

Recursos

Entre os recursos a serem utilizados na comunicação entre os equipamentos podemos citar: HUB com cabo par-trançado, cabo coaxial, placas de rede, repeaters, bridges etc. Internet

A Internet também pode ser considerada como uma WAN de alcance mundial. Onde vários computadores estão conectados através do protocolo TCP/IP e conecções discadas, ou dedicada. A grande maravilha talvez esteja no protocolo TCI/IP que possibilita total compartilhamento de recursos e informações, e ainda disponbiliza serviçoes como GOPHER, WWW e FTP.

Em nosso curso nos preocuparemos com a rede LAN por ter um uso mais difundido mas todas as informações serviram de base para a instalações de uma rede WAN, que também esta disponível nos dois principais S.O da microsoft: Windows 95 e NT.

Redes de 10Mb/100Mb

Nos dias de hoje quando a velocidade de comunicação das redes locais encontramos velocidades de 10 a 100Mb. A utilização de um padrão mais veloz estará na necessidade do usuário. Redes de 100Mb exigem um hardware especial (Placas e hub’s de 100mb) de curso elevado para redes pequenas.

As redes de 10Mb não necessita de nenhum hardware específico. Estas redes normalmente são instaladas em ambiente onde não é necessário executar aplicações no servidor com freqüência, pois isto tornaria lenta a velocidade de comunicação entre os equipamentos.

Redes de 100Mb são recomendadas onde a velocidade é fundamental ao bom funcionamento, normalmente é utilizada em locais onde seja necessário troca de informações como som e imagem ou também em redes maiores.

Quando ao tipo de cabeamento, para as redes de 10Mb poderemos utilizar tanto o cabo coaxial (10Base2) ou par trançado (10BaseT). Em uma rede 100Mb necessariamente utilizaremos cabos de par trançado (100BaseT) O ambiente cliente/servidor

Em um ambiente cliente/servidor utilizaremos a mesma rede local (10 ou 100Mb) porém o que irá mudar será a concentração dos dados ou dos sistemas a serem utilizados em um servidor o qual será utilizado somente para esta função (Salvo raras exceções).

Quando ao equipamento utilizado como servidor, normalmente encontramos máquinas IBM com a seguinte configuração: Pentium200Mhz com processador duplo, winchester ultra- SCSI 8GB, Memória RAM de 64Mb, Multimídia, sistema operacional Windows NT 4.0 com placa de rede on-board.

Em um ambiente cliente servidor, o grande gargalo das aplicações reside na taxa de transferência do winchester e na sua velocidade de leitura o que inviabiliza a utilização de máquinas convencionais.

Outra característica é a utilização de um sistema operacional com recursos avançados de gerenciamento de usuários e hardware. Entre os mais utilizados destaca-se o Novell 4.11 e o Windows NT. Temos atualmente um domínio da Novell porém com as novas versões do sistema Windows NT 4.0 e 5.0 assistimos a uma troca de posições.

Neste ambiente todo o processamento é realizado pelo servidor enquanto do lado do cliente ficam as aplicações visuais para acesso ao servidor. É comum encontrarmos ambientes

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em que o banco de dados se localiza do servidor, podendo ser um Windows SQL server, Oracle, DB2 da IBM. Do lado do cliente encontramos aplicações desenvolvidas em Visual Basic, PowerBilder, Delphi, FoxPro 5.0 etc. Estes programas não realizam nenhum tipo de processamento no ambiente cliente/servidor ficando para o servidor todo o gerenciamento de dados e manutenção de índices.

A aplicação no servidor é chamada de Back-end e no cliente Front-end. Um exemplo de Front-end seria os caixas eletrônicos de banco 24Hs onde solicitamos uma informação ao servidor (saldo, extrato) onde a informação e processada e repassada ao Cliente. Neste caso (bancário) temos uma conexão dedicada entre as agências bancárias o que agiliza o processamento.

Além de máquinas Intel podemos ter equipamentos maiores como servidores (Alpha, Risc) porém a base do funcionamento será sempre o mesmo. (O Windows NT poderá ser também instalado nestas máquinas). O Hardware (1) - Cabos e Placas Placas de rede

As placas de rede Ethernet que você irá adquirir deve ser adequada ao tipo de rede escolhido (10Mb ou 100Mb). Normalmente as placas vem com capacidades de conexão para todos os tipos de cabos ( RJ45, BNC etc). Porém devemos saber qual o tipo de barramento (PCI,ISA) disponível do equipamento a ser instalada a placa, sendo que, sempre que possível seria melhor o desempenho com a utilização de placas PCI.

Quando aos preços, uma placa de rede de 10Mb poderá variar entre R$45,00 e R$ 200,00 mudando apenas o fabricante e a origem da mesma. Já uma placa de 100Mb poderá custar entre R$ 200,00 e R$ 500,00.

Quando a instalação no equipamento deveremos ficar atentos para a sua configuração. Será necessário especificar uma IRQ e um Endereço para a placa. ( IQR 10, Endereço 300H são os mais utilizados), porém devemos tomar certo cuidado com o hardware já instalado para que não cause conflito este novo equipamento.

Procure produtos que ofereçam garantia de pelo menos 1 ano. Entre as funções de uma placa de rede temos:

Preparação dos dados: Para que possam ser enviados pelos cabos. A placa de rede converte os bits de dados em um sentido e no outro quando estes passam do computador para o cabo.

Endereçam os dados: Cada placa de rede tem seu próprio e único endereço, que

ela fornece a corrente de dados. A placa coloca um identificador nos dados quando estes são postos na rede.

Controlam o fluxo de dados: A placa dispõe de uma RAM para ajudá-la a controlar

o fluxo de dados e não sobrecarregar o computador nem os cabos. Faz a conexão com o outro computador: Antes de enviar alguma informação, cada

placa inicia primeiramente um diálogo com cada uma das outras placas da rede. Algumas informações sobre tamanho das palavras, intervalos de comunicação etc. são resolvidos nesta etapa.

Cabos

Os cabos talvez tenha 50% do fracasso ou do sucesso da instalação de uma rede. Muito dos problemas encontrados nas redes são identificados como causados pela má instalação ou montagem dos cabos. Um cabo bem feito contará pontos a seu favor no restante da rede, em caso de dúvidas com algum cabo o melhor é não utiliza-lo. Entre as ferramentas necessárias temos:

Alicate de grimpar para conectores BNC e RJ45

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Ferro de solda, ferramentas diversas

Para testes dos cabos contamos com equipamentos que medem com precisão o seu bom funcionamento. Para cada tipo de cabo temos vários tipos de testadores. O Hardware (2) – Outros componentes

Bridges

Conectam múltiplas LAN’s como por exemplo a LAN da contabilidade com a LAN do departamento de Marketing. Isto divide o tráfego na rede, apenas passando informações de um lado para outro quando for necessário.

Routers

Faz o papel de guarda de trânsito, garantindo que os pacotes de mensagens sejam dirigidos a endereços certos na rede.

Repeters

São equipamentos utilizados quando se deseja repetir o sinal enviado por um equipamento quando a distância a ser percorrida é maior do que o recomendado (180Mts). Ele realiza uma ampliação no sinal já fraco dando nova força para que chegue ao ponto de destino.

Você poderá conhecer outros aparelhos utilizados em revistas especializadas.

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ISO/OSI

O modelo OSI (Open System Interconect) foi criado em 1977 pela ISSO (International Organization for Standardization) com o objetivo de criar padrões de conectividade para interligar sistemas de computadores locais e remotos. Os aspectos gerais da rede estão divididos em 7 camadas funcionais, facilitando assim a compreensão de questões fundamentais sobre a rede.

A tabela apresentada mostra o modelo ISO/OSI e a atuação dos produtos de comunicação em cada uma das camadas deste modelo, em uma divisão muito clara das camadas de um sistema de comunicação. Este é um grande auxílio para o entendimento dos diversos protocolos de mercado.

7 Aplicação 6 Apresentação 5 Sessão 4 Transporte 3 Rede 2 Enlace 1 Física

Camada física

A camada 1 compreende as especificações de hardware (Mecânicos, elétricos, físicos) todos documentados em padrões internacionais.

Camada de enlace

Responsável pelo acesso lógico ao ambiente físico, como transmissão e reconhecimento de erros.

Camada de rede

Cuida do tráfego e roteamento dos dados na rede.

Camada de transporte

Controla a transferência dos dados e transmissões, isto é executado pelo protocolo utilizado.

Camada de sessão

Estabelece as sessões entre os usuários com a configuração da tabela de endereço dos usuários.

Camada de apresentação

Transfere informações de um software de aplicação para o sistema operacional.

Camada de aplicação

É representada pelo usuário final. Os serviços podem ser: correio, transferência de arquivos etc.

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Topologia

A topologia da rede é um nome fantasia dado ao arranjo dos cabos usados para interconectar os clientes e servidores. A maneira como eles são interligados tem algumas implicações sobre a maneira como o sistema operacional de rede gerencia tanto os clientes quanto o fluxo de informações sobre a rede, as topologias mais comuns são estrela, anel, e barramento.

☺ Topologia Estrela

. É mais tolerante a falhas

. Fácil de intalar usuários

. Monitoramento centralizado

. Custo de instalação maior porque recebe mais cabos.

Topologia Anel (Token Ring)

. Razoavelmente fácil de instalar.

. Requer menos cabos

. Desempenho uniforme

. Se uma estação para todas param.

. Os problemas são difíceis de isolar.

Topologia barramento

. Simples e fácil de instalar

. Requer menos cabos

. Fácil de enterder

. A rede fica mais lenta em períodos de uso intenso. . Os problemas são difíceis de isolar.

Padrões de rede

Ethernet

A rede Ethernet é a mais conhecida dentre as atualmente utilizadas, e , está no mercado há mais tempo do que as outras tecnologias de rede. A redução dos preços e uma relativa alta velocidade de transmissão de dados fomentaram a ampla utilização da Ethernet. Ela poderá ser utilizada com topologia barramento (Coaxial) ou Estrela (Par trançado com HUB).

Neste tipo de rede, cada PC “ouve” o tráfego na rede e se não ouvir nada, eles transmitem as informações. Se dois clientes transmitirem informações ao mesmo tempo, eles são alertados sobre à colisão , param a transmissão e esperam um período aleatório para cada um antes de tentar novamente, este método é conhecido como Carrier Sense Multiple Access with Collision Detection (CSMA/CD) . Vejamos um exemplo prático:

Vamos supor que você deseje armazenar uma planilha no winchester de uma outra máquina. Pelo método ethernet , a primeira coisa que sua placa de rede faz é escutar o que está acontecendo no cabo para determinar se, no momento, há alguém utilizando o cabo para transmitir dados. Essa é a parte carrier sense do CSMA/CD.

Aqui há duas possibilidades. Ou a rede, no momento, está ocupada, ou não está. Se a rede estiver ocupada sua placa continua tentando até que ela esteja livre. Uma vez que detecte que não existem dados trafegando então ela envia a planilha para o outro PC.

Em caso de colisão os dados são perdidos é cada um dos envolvidos na colisão aguardam o período para retransmitir não havendo perdas para o usuário.

A medida que o número de estações aumentam, aumentam também o número de colisões.

Token Ring

O método de acesso de token ring ( passagem de permissão) utiliza um método circular para determinar qual estação tem permissão para transmitir. O token ring opera em topologia em anel e garante que todas as estações da rede tenham chance de transmitir dados. Ele alcança esse objetivo utilizando um padrão especial de bit conhecido como token ou permissão. Em uma rede token ring, seu computador pacientemente monitora a rede até que ele veja um padrão especial de bits denominado permissão. Ao ver a transmissão ele envia um pacote de dados. Este pacote de dados viaja pelo anel e o destinatário recebe na passagem. Quando o

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pacote retornar ao transmissor ele passa o token para a próxima estação. Este processo se repete infinitamente. Os tempos necessários são medidos em frações de segundos. Protocolos de rede

Protocolos são basicamente a parte do sistema operacional da rede encarregada de ditar as normas para a comunicação entre os dispositivos. Vários são os tipos de protocolos, aqui explicaremos os mais utilizados.

TCP/IP

Transfer Control Protocol/Internet Protocol. Ele foi desenvolvido para ser um protocolo roteável, e serve como padrão para redes de longa distância (WAN’s) e para acesso a internet.

IPX/SPX

Significa Internet Packet Exchange/Sequence Packet Exchange. Ele foi desenvolvido para suportar redes NetWare, e suporta redes de tamanho pequeno e médio e também tem a capacidade básica de roteamento.

NetBeui

Significa Network Basic End User Interface. Ele suporta pequenas LAN’s é rápido e simples. Porém, tem uma estrutura arquitetônica inerente que limita sua eficiência à medida que a rede se expande.

Quando instalar uma rede, você terá a opção de instalar qualquer um ou todos esses transportes, instalar protocolos sem necessidade poderá deixar o equipamento mais lento nas comunicações em rede.

Selecione o IPX/SPX durante a instalação do Windows, ele é simples de definir e

oferece um desempenho melhor do que o NetBeui. Ele também deverá ser instalado caso na rede haja a necessidade de comunicação com uma rede NetWare.

O protocolo NetBeui apenas deverá ser instalado caso haja a necessidade de comunicação com redes antigas (LAN manager).

Selecione TCP/IP se você necessita imediatamente estabelecer uma comunicação com a internet ou intranet. Você irá precisar definir parâmetros de provedor, IP etc. Experimente seguir pela tabela a seguir:

Aplicativo NetBeui IPX/SPX TCP/IP Integrar com NetWare X

Conectar a Internet X Trabalhar com UNIX X Roteamento (WAN) X

Rede grande X Rede pequena X X X

O software da rede

O Sistema operacional de rede para a finalidade do curso são os da Microsoft baseado em Windows. O software de rede controla o as operações entre os equipamentos, permite controlar quem tem acesso a ele e regula o fluxo de informações entre cada usuário para o uso dos recursos entre todos. É uma grande tarefa.

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Parte do software de uma rede é o redirecionador da rede, assim chamado porque ele direciona e redireciona comandos que se encontram flutuando pela rede. O redirecionador agarra todos os comandos e examina-os para ver se um comando é alguma coisa da qual o equipamento deveria cuidar.

Protocolos também fazem parte do sistema operacional. Os protocolos são essencialmente um conjunto de regras de comportamento que devem ser seguidas para que existe uma comunicação efetiva entre os componentes.

Transportes são componentes de software menos importantes (no nosso caso) do sistema operacional. Eles cuidam da intercomunicação entre dois ou mais modelos de rede de fabricantes diferentes. Por exemplo, digamos que já tenhamos uma rede Novell em funcionamento e necessitamos adicionar um cliente Windows, isto seria resolvido adicionando um serviço para esta conecção. Projeto lógico

O primeiro passo de qualquer projeto é o planejamento, e isso certamente se aplica ao projeto da rede do qual você esta prestes a incumbir-se. Para garantir que sua rede atenda a todas as necessidades, é preciso que você primeiro defina as necessidades: Que dados vou compartilhar?

As redes permitem que você compartilhe informações. Que tipo de dados você deseja compartilhar? Você utiliza planilhas ? Possui um banco de dados no qual todos teriam acesso? Seria necessário senhas?

Comece identificando todos os documentos que serão compartilhados. Identifique todos os programas e suas determinadas máquinas. Lembre-se que a rede não lhe dá o direito de utilizar um determinado software em mais de uma máquina ao mesmo tempo, ou seja, para cada usuário do software em questão deverá haver uma licença de uso referente. Por exemplo, suponhamos que você terá 5 usuários acessando a um banco de dados em uma máquina servidora, então, serão necessários 5 licenças de uso deste mesmo software ( e não 5 caixas do mesmo) as licenças são mais baratas que o software completo.

Um programa executado pela rede é mais lento do que localmente, direto do HD. Em muitos casos é preferível instalar os programas localmente e apenas acessar os arquivos pela rede.

Aplicações que envolvem banco de dados (Contabilidade, estoque, financeiro etc) necessitam que o programa esteja adequado para utilização em rede (multi-usuário). Vou utilizar correio eletrônico?

Um dos benefícios que a rede proporciona é a utilização do correio eletrônico. Este é um meio de comunicação eficaz por ser mais rápido que o ato de fazer uma anotação e levá-la de um canto a outro na empresa.

Caso você queira utilizar correio eletrônico em sua rede, será necessário dispor de software que cuide do funcionamento dele por você. O correio eletrônico não é parte integrante da rede; ele é uma aplicação que roda em redes. Vou compartilhar impressoras?

Compartilhamento de impressoras é quase um sinônimo de rede de computadores. Na realidade, muitas das primeiras redes foram instaladas com essa finalidade apenas.

Em virtude da contínua redução dos presos de impressoras laser jato de tinta, o compartilhamento de impressoras já não tem a mesma importância que costumava Ter. No entanto compartilhar impressoras pode ajudá-lo a fazer economia. Será utilizado acesso remoto?

É possível configurar sua rede para que possa ser utilizada por um usuário remoto. Se pretende disponibilizar este recurso é bom dimensionar o equipamento adequadamente.

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Poderemos utilizar de uma tabela como a seguir para realizar o projeto lógico em uma rede Windows. Equipamento (Descrição):........................................................................................................................................ Nome de acesso na rede:....................................................... Grupo de trabalho:................................................... Pasta compartilhada(1):............................. Nome do compartilhamento:.............................. Senha:...................... (2):............................. Nome do compartilhamento:............................... Senha:...................... (3):............................. Nome do compartilhamento:............................... Senha:...................... Impressora :................................................ Nome do compartilhamento:............................... Senha:..................... Outras unidades:........................................ Nome do compartilhamento:............................... Senha:...................... Projeto físico e confecção dos cabos

Nesta etapa você ira identificar as necessidades físicas do ambiente onde será instalada a rede local.

Quando maior for as dimensões de sua rede maior deverá ser a preocupação com o projeto físico. Nesta etapa serão definidos:

Locais para as máquinas Dimensão e local para passagem dos cabos

Local para instalação do hub

Tipo de canaleta a ser utilizada para acomodar os cabos da rede.

Poderá ser contratado um profissional (eletricista) para executar o projeto.

Muitas vezes você necessitará do projeto elétrico do ambiente onde deseja instalar a nova rede pois talvez existam dutos nas paredes onde previamente já tenha sido projetado para acomodar os cabos de uma rede.

A EMI (Interferência eletromagnética) é uma das grandes causadoras de problemas nas redes locais, para resolver o problema recomenda-se utilizar cabo par trançado blindado (STP). Algumas fontes de interferência são: Condicionadores de Ar, lâmpadas fluorescentes, refrigeradores etc.

Procure “desenhar” o ambiente e as disposições dos equipamentos. Especifique também previamente os locais onde passaram os cabos, e os cabos que ficaram aparente. Localize todas as possíveis fontes de interferência. Refaça o projeto procurando caminhos alternativos para os cabos, conte com a ajuda do proprietário do imóvel poderá ou de alguém que conheça o ambiente, certamente isto tornará o seu serviço mais fácil.

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Exemplo de projeto físico

sala 1: atendimento

Ar condicionado

Ar condicionado. sala 2: diretoria

Módulo 2 – O Windows em rede O Windows 95

O Sistema Operacional Microsoft Windows é a versão mais nova entre sistemas operacionais desktop da Microsoft.

O Windows foi projetado para fornecer aos administradores e profissionais de suporte de sistemas uma série de ferramentas avançadas e recursos para melhor gerenciar seus computadores e reduzir os custos com suporte em empresas. Além disto, o Windows oferece um amplo conjunto de recursos e uma interface com o usuário aprimorada para aumentar a produtividade.

Com seus novos recursos para trabalho em rede, o Windows acaba com os antigos problemas encontrados em se instalar uma rede local, tornando mais fácil a instalação e manutenção.

Na verdade todos os recursos necessários para a instalação de uma rede já estão disponíveis no Windows, ficando para o administrador, tratar de assuntos como compartilhamento de recursos, cadastro de novos usuários, etc. Entre os recursos deste sistema operacional temos;

Melhor interface com o usuário

Plug and Play

Arquitetura 32 bits

Interligação em rede embutida

Segurança centralizada

Perfis de usuário e de hardware

Administração de Backup Remotos

Maior rapidez de processamento (Impressão, gravação, rede, desempenho geral)

Multitarefa Preemptiva para aplicativos de 32 bits

Dial-Up Networking

Envio/Recebimento de Mensagens Embutido

Scripts de Instalação personalizados

Page 204: Curso Montagem Redes

A rede Windows Conectividade fácil, avançada e estável.

O Windows dispõe de componentes de 32 bits de interligação em rede que permite seu funcionamento com a maioria das redes principais – Netware, Windows NT e outros servidores.

Os recursos do Windows para componentes de 32 bits foram projetados para serem executados em um ambiente multitarefa, esses componentes não utilizam memória de modo real e oferecem uma interligação em rede rápida e estável.

O Windows dispõe de versões de 32 bits de protocolos compatíveis com IPX/SPX e TCP/IP. Suporta também uma variedade de outros protocolos e clientes de rede de 16bits. Através do ambiente de rede (Network neighborhood) os usuários podem localizar os servidores da rede mesmo aqueles de diferentes fornecedores de rede – todos em um único espaço de nome, e com o suporte de nomes de caminho universal UNC (Universal Naming Convention). Acessar recursos da rede é tão fácil quanto acessar ao seu disco rígido. São os seguintes os componentes a serem instalados:

A placa de rede

Possibilita a conexão do computador a rede, muitas vezes conhecida como Adaptador de rede.

O cliente

Que permite acesso a recursos como pastas e impressoras que foram compartilhados. O serviço

Que permite compartilhar os recursos entre os usuários da rede.

O protocolo

A linguagem de comunicação entre os micros da rede.

A configuração poderá ser realizada no item Rede do painel de controle.

As duas partes principais da instalação de uma rede são: configuração do hardware e do software.

Antes de prosseguirmos verifique se o hardware (placa de rede) está instalada em seu computador e qual sua configuração. (IRQ e Endereço, isto poderá ser detectado utilizando-se o software da própria placa). Os 3 passos para configuração no Windows Instalação do Hardware

. Clique no botão iniciar, configurações e painel de controle. . Clique duas vezes em no ícone rede.

Vamos instalar a placa de rede (Hardware):

Page 205: Curso Montagem Redes

. Clique em adicionar, Adaptador, e em adicionar, selecione o adaptador NE2000 compatível informe os parâmetros de configuração de acordo com a placa de rede. (Outros adaptadores poderão ser utilizados de acordo com a placa utilizada)

Verifique a presença dos seguintes protocolos: . NetBeui e IPX/SPX compatível. Caso estes protocolos não estejam instalados você poderá faze-lo clicando em Adicionar, protocolo.

Definindo os recursos que serão compartilhados

Clique em Compartilhamento de impressão e arquivos e selecione a marque as duas opções. Caso nesta máquina não for compartilhar nenhum recurso, esta operação não necessitará de ser executada.

Identificando este equipamento na rede

Clique na guia identificação e informe um nome para este computador, este nome irá identifica-lo na rede, informe o nome do grupo de trabalho e uma descrição para este computador. O grupo de trabalho deverá ser único para um grupo de computadores que tiverem as mesmas características de operação.

. Controle de acesso a nível de compartilhamento ou usuário.

. Logon rápido ou efetuar logon e restaurar conexões da rede

. Efetuar logon no Domínio do NT

. Conflitos de hardware

. Protocolo a se utilizar

. O protocolo TCP/IP

Page 206: Curso Montagem Redes

Compartilhando recursos

De acordo com o projeto lógico, iniciaremos o compartilhamento de recursos; Dentre os recursos compartilhados temos: Winchester, CD, impressoras, Drivers etc.

O processo de compartilhamento de recursos será idêntico em todos os recursos

Clique com o botão direito no recurso, clique em compartilhamento, informe os dados do compartilhamento: Nome, senha etc. clique em OK e o novo compartilhamento estará estabelecido. A partir de agora, quem possuir a senha acessará o recurso (Se não for informada a senha a mesma não será solicitada).

Todos os componentes de cada máquina da rede deveram ser compartilhados, para isto, acompanhe o projeto lógico pois o mesmo trata deste compartilhamento. Conexão serial

Um dos novos recursos do Windows é o de comunicação via cabo serial ou paralelo. Isto nos permite criar pequenas redes para troca de arquivos entre equipamentos.

Estas redes são utilizadas normalmente para enviar informações de um notebook para um micro de mesa, pois frequentemente encontramos este caso em escritórios cujos funcionários trabalham externamente com notebooks e após coletas informações, estas precisam ser enviadas ao micro do escritório via cabo serial.

Esta opção poderá ser acrescentada pelo ícone, Adicionar ou remover programas no painel de controle.

Seu micro poderá ser configurado como Host (Servidor) ou Convidado (Cliente), esta informação será informada no momento de acionar a comunicação. (Acessórios). System Monitor

O System Monitor é uma ferramenta do Windows que pode ser utilizada para medir o desempenho do hardware, dos serviços de software e dos aplicativos. Quando você faz alterações na configuração do sistema, o System Monitor apresenta os efeitos de sua alteração no desempenho geral do sistema. O System monitor também poderá ser utilizado para medir o desempenho da rede.

Poderemos instalar o programa (Sysmon) a partir do menu Adcionar/Remover programas do Windows. Windows ( Características avançadas) Visão do processo de instalação

Ao ser instalado o Windows passa por várias etapas até ser completamente instalado. Conhecer estas etapas nos ajudaram a entender como o Windows 95 funciona. Windows vasculha o disco a procura de versões anteriores

Setup executa o Scandisk; e verifica se o equipamento possui as características mínimas.

Windows verifica a presença do hymem.sys ou instala um se for necessário

(Dinamicamente) Verifica a presença de TSR’s e drivers que causem problemas

Windows instala o shell

setup transfere o processador para o modo padrão e torna disponível a memória estendida.

Windows começa a coletar informações sobre os componentes a serem instalados.

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Detecção do hardware; Análise dos componentes instalados e periféricos conectados.

Em uma Bios Plug-and-Play o Windows consulta a lista do hardware.

Todas as informações coletadas são armazenadas na registry (System.dat, user.dat)

Após o reinicio do sistema o DOS e excluído dando lugar ao novo sistema operacional.

Paginação e desempenho

Paginação

O Windows utiliza um arquivo especial no seu disco rígido denominado arquivo de transferência de memória virtual (ou arquivo de paginação) . Através da memória virtual o Windows, alguns códigos de programa e informações são mantidos na memória RAM, enquanto outros são transferidos para a memória virtual. Quando estas informações são solicitadas novamente, o Windows as transfere de volta para a RAM e, se necessário transfere outras informações para a memória virtual. Esse processo é invisível, embora você possa perceber que seu disco rígido esteja trabalhando. O benefício resultante é que você poderá executar, de uma só vez, mais programas do que seria permitido normalmente pela quantidade de memória RAM que você possui.

O arquivo de transferência do Windows é dinâmico , podendo ser compactado ou expandido conforme a necessidade do sistema.

Para garantir o bom desempenho do arquivo de transferência o melhor e mante-lo em uma unidade com muito espaço livre o que permitirá um auto-ajuste conforme a necessidade. Outro ponto a verificar é a velocidade de acesso deste unidade; quanto mais veloz, maior será o desempenho final da paginação. Desempenho:

No Windows, o sistema de arquivos e o desempenho do disco poderão ser controlados com base na forma como o computador for utilizado. A opção para configuração do desempenho do sistema de arquivos é controlada apenas pelo usuário. Para otimizar o desempenho do sistema de arquivos; Clique em Sistema no painel de controle, clique sobre a guia performance e em seguida

em sistema de arquivos. Selecione a função mais comum para esse computador.

Poderemos também configurar o desempenho do CD-Rom e da capacidade gráfica

Registry

Os arquivos de registry do Windows, fornece um bando de dados exclusivo para armazenar os dados de configurações do aplicativo e do sistema de forma hierárquica. No registry ficaram todas as informações relativas ao equipamento. Trata-se de uma região onde somente alteraremos informações quando de maneira seguro, pois ao alterar dados errados poderemos causar uma pane geral no sistema fazendo com que o Windows não inicialize mais.

Os arquivos que armazenam o registry são: System.DAT; User.DAT, e, o programa utilizado para edita-los é o REGEDIT.EXE.

Existem por questões de segurança, cópias de reserva destes dois arquivos: (*.DA0) eles poderão ser recuperados caso ocorra algum erro nos arquivos originais.

Ao acionar o REGEDIT teremos os seguintes recursos abertos a alterações;

Hkey_Local_Machine -> Informações sobre o computador; parâmetros de software etc. Hkey_Current_Config -> Informações sobre o hardware atualmente selecionado.

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Hkey_Dyn_Data -> Informações dinâmicas sobre dispositivos, plug-and-play etc.

Hkey_Class_Root -> Informações sobre OLE, associações, arrastar e soltar etc.

Hkey_users -> Informações sobre todos os usuários.

Hkey_Current_User -> Informações sobre o usuário que estabeleceu o logon.

Otimização da impressão A impressão em uma impressora conectada em um servidor de arquivos ou de impressão é processada de forma diferente, dependendo do sistema operacional do servidor. Se você estiver executando a impressão em uma máquina servidora Windows, a renderização do formato EMF para a linguagem específica da impressora acontecerá no servidor. Isso significa que haverá menos trabalho realizado no computador cliente, proporcionando um melhor desempenho para o usuário. Para definir os parâmetros de impressão e ajustar o desempenho;

Clique em pasta Impressoras da opção configurações, entre em propriedades da impressora a verificar;

Entre os parâmetros que ajudam a melhorar o desempenho está a opção EMF que irá aumentar a velocidade de impressão a medida que o programa e liberado deste trabalho. Algumas impressoras antigas não suportam este formato. (Consulte o manual do fabricante) Cartões PCMCIA

A PCMCIA ( Personal Computer Memory Card International Association) criou o padrão utilizado para as placas de interface do tamanho de cartões de crédito. A tecnologia PCMCIA suporta toda a funcionalidade Plug and Play. O Windows fornece instalação automática e drivers para sockets PCMCIA compatíveis. O Windows também suporta drivers de modo Real ou Protegido para estes dispositivos.

O funcionamento de uma placa de rede padrão PCMCIA será idêntico a uma Ethernet, a única diferença será no processo de instalação. Slot PCMCIA será automaticamente reconhecido pelo Windows.

Ao ser encaixado o cartão, o mesmo será reconhecido e solicitado os discos com os

drivers, sendo que poderá ser utilizado o driver padrão do windows. Toda a configuração da rede seguirá normalmente (Prococolos, acessos, etc)

Dial-Up Network e computação móvel

O Dial-Up Network permite que usuários remotos trabalhem como se estivessem conectados diretamente a rede. Estabelecer uma conexão a rede com o Dial-Up funciona da mesma forma que estabelecer uma conexão no escritório – O usuário simplesmente dá dois cliques sobre um recurso da rede.

O usuário remoto utilizará o processo de discagem para acessar a rede e efetuado o logon terá acesso a todos os recursos disponíveis.

O hardware adicional necessário será placa de fax modem para cada um dos envolvidos (Cliente/Servidor). O software cliente Dial-Up está embutido no Windows e o servidor Dial-UP (que recebe as ligações) está disponível no pacote do Plus.

Page 209: Curso Montagem Redes

Deveremos instalar os mesmo itens comuns a uma rede local (adaptador, protocolo , serviços), porém, iremos adicionar o servidor Dial-Up do pacote do Plus na maq. Servidora isto fará com que ela funcione como “atendente” das ligações externas.

Na maq. Cliente instalaremos o adaptador Dial-Up na propriedade da rede, isto fará com que este micro disque para o servidor e estabeleça a rede. Opcionalmente poderemos informar senhas de acesso. Análise de um caso

Nesta etapa vamos analisar o caso de uma informatização completa de uma empresa, vamos inclusive determinar o hardware a ser adquirido.

Nossa empresa fantasia irá se chamar TECESTOQUE LTDA e terá como principais serviços a venda de peças a clientes distribuídos pelo Brasil. A Tecestoque conta com uma equipe de 10 vendedores que utilizará Notebooks para o envio de pedidos a matriz situada em Belo Horizonte.

A matriz da empresa terá apenas 5 funcionários e o planejamento deverá prever o uso de computadores por todos eles. Todas as informações serão informatizadas, a meta da empresa e ZERO de papeis circulando pela empresa. O atendimento é exclusivamente através da visita ao cliente (Não existe atendimento em balcão). Sistemas a serem implantados: (Escritório) Controle de Vendas Controle financeiro Controle de Estoque

Sistemas a serem implantados: (Vendedores) Controle de pedidos

Softwares a serem adquiridos: (Escritório + vendedores) 16 pacotes do Windows 1 pacote do Plus (Para instalação do servidor Dial-Up)

Hardware: (Escritório) 5 Equipamentos Pentium 166Mhz (1 cada um funcionário - Cliente) 1 Equipamento Pentium 200Mhz (Servidor da rede, impressão e comunicação) 1 Placa de fax Modem 33.6 padrão X2 1 Impressora Jato de tinta (Para impressão de documentos) 6 Placas de rede Ne2000 Cabos para instalação física

Hardware: (Vendedores) 10 NoteBooks Pentium 100Mhz 10 Placas Fax-Modem 33.6 padrão X2 (Para transferência de arquivos)

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Começaremos definindo o projeto físico do escritório que conta com três salas Atendimento Receptor das chamadas

Atendentes

Estoque

Controle do Estoque

Diretoria

Acesso pela diretoria dos serviços sendo executados

Após o projeto físico vamos ao projeto lógico

Equipamento (Descrição):........................................................................................................................................ Nome de acesso na rede:....................................................... Grupo de trabalho:................................................... Pasta compartilhada(1):............................. Nome do compartilhamento:.............................. Senha:...................... (2):............................. Nome do compartilhamento:............................... Senha:...................... (3):............................. Nome do compartilhamento:............................... Senha:...................... Impressora :................................................ Nome do compartilhamento:............................... Senha:..................... Outras unidades:........................................ Nome do compartilhamento:............................... Senha:...................... Todos os equipamentos deverão ser descriminados 1ª etapa - Configuração da rede local . Instalar a placa de rede em cada micro, definindo o endereço e Irq de cada placa. . Ir no ícone rede no painel de controle e adicionar os itens da rede. . Compartilhar os recursos entre os usuários . Criar os ícones de acesso aos sistemas . Conferir toda a instalação. 2ª etapa - Configuração da WAN . Instalação do servidor de Dial-Up na máq. Servidora (P200) – Windows. . Instalação da rede Dial-Up nos Notebooks. 3ª etapa – Testes finais de acesso

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Planejando sua rede

Realização de testes de laboratório. A lista a seguir apresenta um resumo dos testes a serem executados antes da instalação do novo ambiente. Vamos dividir o trabalho entre equipes sempre que necessário.

Antes da instalação

TAREFA EQUIPE Certificar se a configuração de hardware atual suporta o windows Instalação Desfragmentar o disco rígido e verificar vírus Instalação Backup dos dados, autoexec, config etc. Instalação Certifique-se de que todos os aplicativos estejam funcionando adequadamente

Instalação

Instale o Windows 95 em apenas um micro realizando toda a configuração

Planejamento/Instalação

Instale nos demais equipamentos Planejamento/Instalação Após a instalação TAREFA EQUIPE Você pode se conectar a todos os equipamentos da rede Planejamento Pode imprimir localmente Planejamento Pode imprimir remotamente em todas as impressoras Planejamento Pode executar as operações básicas de cada aplicativo localmente e na rede (Abrir, fechar, imprimir)

Planejamento

Teste o desempenho local e em rede Planejamento Facilidade de utilização para realização de tarefas comuns Planejamento Estabilidade do computador sob pressão Planejamento Compatibilidade com aplicativos e hardware Planejamento Documentação de todas as etapas Planejamento/Instalação Treinamento dos usuários Treinamento Monitorar o funcionamento nos primeiros dias de funcionamento Planejamento Atualize a lista de software/hardware da empresa Instalação