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CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA CONCURSOS PROFESSORA SIMONE SCHROEDER

CURSO PROFESSOR ANDRESAN! CURSOS PARA … · conceder livramento condicional ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou superior a (2) dois anos. NÃO CABIMENTO DO LIVRAMENTO

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CURSO PROFESSOR ANDRESAN!

CURSOS PARA CONCURSOS

PROFESSORA SIMONE SCHROEDER

REGIME PENAL

1. Conforme entendimento do STF, a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido segundo a pena aplicada. Súmula 718 do STF

REGIME PENAL E REQUISITOS

2. Para a aplicação do regime prisional devem

ser observados alguns requisitos que estão

definidos no art. 33 do CP e merecem ser

devidamente fundamentados, em conformidade

com o princípio da individualização da pena. Tais

critérios são: qualidade da pena (reclusão ou

detenção), quantidade da pena, reincidência e as

circunstâncias judiciais do art. 59 do CP.

AUSÊNCIA DE VAGAS

3. O STF firmou entendimento no sentido de que deve ser

observado o cumprimento da pena privativa de liberdade

na forma prevista no título judicial. Configurada a

impossibilidade de imediato cumprimento da sanção no

regime de origem por deficiência estatal, não se pode

manter o condenado preso, em regime mais rigoroso do

que o imposto na sentença condenatória.

PENAS RESTRITIVAS - CARACTERÍSTICAS E

REQUISITOS

4. As penas restritivas de direito, cominadas no art. 43 do

CP, são substitutivas e autônomas. Sendo assim, são

aplicáveis na sentença, para substituir a pena privativa

de liberdade, desde que preenchidos os requisitos do art.

44 do CP. ( crime - pena - réu e circunstâncias).

PENAS RESTRITIVAS - CARACTERÍSTICAS

5. As penas restritivas de direito, em regra, terão

a mesma duração da pena privativa de liberdade

substituída, salvo a prestação de serviço à

comunidade ou entidades públicas, sendo

facultado ao condenado cumprila em menor

tempo, nunca inferiores à metade, DESDE QUE A

PENA SEJA SUPERIOR A 01 ANO.

PENAS RESTRITIVAS - CONDENAÇÃO

SUPERVENIENTE

6.A condenação superveniente a pena privativa de

liberdade pela prática de outro crime não impõe a

conversão da pena restritiva de direitos em

privativa de liberdade. Atenção! Por exemplo, é

necessária a impossibilidade de cumprimento

simultâneo das penas privativas de liberdade e

restritivas de direitos, em razão do regime aplicado

ser incompatível com o cumprimento de penas

diversas.

REINCIDÊNCIA ESPECÍFICA EM

CRIME DOLOSO

7. A reincidência específica em crime

doloso impede a substituição da pena.

NA APLICAÇÃO DA PENA

8. A incidência da circunstância atenuante

não pode conduzir a redução da pena

abaixo do mínimo legal (Súmula 231, do

STJ). Todavia, as causas de aumento e de

diminuição de pena, aplicadas na última

fase, podem ser fixadas aquém e além dos

limites previstos em lei.

NA SUBSTITUIÇÃO DA PENA - REQUISITOS9. Os critérios utilizados para a substituição da pena por pena restritiva

de direitos, se os crimes forem dolosos, são cumulativos, ou seja, o

juiz deve observar os requisitos previstos no art. 44 do CP, que são:

- quanto à pena: até 04 anos;

- quanto ao crime: ser cometido sem violência ou grave ameaça à

pessoa;

- quanto ao réu: não seja reincidente em crime doloso. Atenção! Há

uma exceção: se o juiz verificar que o réu é reincidente em crime

doloso, mas desde que não seja no mesmo crime (reincidência

específica) e a medida seja socialmente recomendável, o juiz poderá

substituir a pena (art. 44, § 3º, do CP);

- quanto às circunstâncias judiciais: a culpabilidade, os antecedentes,

a conduta social e a personalidade do condenado, bem como os

motivos e as circunstâncias, indicarem que essa substituição seja

suficiente.

TENTATIVA DO CRIME

10. Na tentativa de um crime, o Código Penal

prevê a diminuição de um a dois terços da pena

correspondente ao crime consumado. O critério

fundamental para o Juiz efetuar tal redução é

levar em conta o 'iter criminis', ou seja, o

caminho percorrido pelo agente, na execução da

tentativa.

REINCIDÊNCIA E ANTECEDENTES

11. A reincidência e os antecedentes são considerados

circunstâncias distintas, mas ambos serão observados

na dosimetria da pena. Aliás, segundo o STJ, a

reincidência penal é considerada agravante de pena, mas

não pode ser também, considerada, simultaneamente

como circunstância judicial (Súmula 241 do STJ).

NA APLICAÇÃO DA PENA

12. A incidência da circunstância atenuante não

pode conduzir a redução da pena abaixo do

mínimo legal (Súmula 231, do STJ). Todavia, as

causas de aumento e de diminuição de pena,

aplicadas na última fase, podem ser fixadas

aquém e além dos limites previstos em lei.

AS AGRAVANTES

13. As circunstâncias agravantes não

incidem nos crimes culposos, salvo a

reincidência.

AÇÕES PENAIS EM CURSO

14. Ações penais ou inquéritos policiais em curso não

podem ser considerados para estabelecer maus

antecedentes por parte do agente. Nesse sentido é a

súmula n. 444 do STJ.

CONFISSÃO ESPONTÂNEA QUALIFICADA

15. O STJ tem admitido a aplicação da atenuante

relativa à confissão espontânea mesmo quando

qualificada, isto é, nas situações em que o

agente confessa invocando simultaneamente

uma teses defensiva, como excludentes de

ilicitude e de culpabilidade.

NA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA

16. A reincidência em crime doloso não impede a

concessão da suspensão condicional da pena,

desde que na condenação anterior, seja aplicada,

exclusivamente, à pena de multa. Aliás, encontra-se

guarida na Súmula 499 do STF.

PENA UNIFICADA E LIMITE DE PENA

17. A pena unificada para atender o limite de trinta anos

de cumprimento de pena de cumprimento, determinado

pelo art. 75 do CP, não é considerada para a concessão

de outros benefícios, como o livramento condicional.

Súmula 715 STF

PENA DE MULTA - ART. 51 CP

18. A pena de multa é considerada dívida de

valor, aplicando-se as normas da legislação

relativa à dívida ativa da fazenda

PRESCRIÇÃO DA PENA DE MULTA

19. Quando a pena de multa for a única cominada ou

aplicada, a prescrição será de dois anos (2 anos).

Todavia, a multa prescreve no mesmo prazo estabelecido

para a prescrição da pena privativa de liberdade, quando

for alternativa ou cumulativamente cominada ou

cumulativamente aplicada. Art. 114 e 118 do CP.

A PENA DE PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA - PENA

RESTRITIVA DE DIREITO – art. 45, parágrafo 1ª do CP.

20. A pena de prestação pecuniária consiste no

pagamento em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou

a entidade pública ou privada com destinação social, de

importância fixada pelo juiz, não inferior a 10 (dez) dias-

multa nem superior a 360 ( trezentos e sessenta) dias-

multa. O valor pago será deduzido do montante de

eventual condenação em ação de reparação civil, se

coincidentes os beneficiários.

SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA

21. A suspensão condicional da pena é

aplicável se não for indicada ou cabível a

substituição da pena privativa de liberdade

por restritiva de direitos. ( art. 77 inc. III do

CP)

LIVRAMENTO CONDICIONAL

22. O art. 83 do CP dispõe que o juiz poderá

conceder livramento condicional ao condenado a

pena privativa de liberdade igual ou superior a

(2) dois anos.

NÃO CABIMENTO DO LIVRAMENTO

CONDICIONAL

23. Não caberá livramento condicional aos

réus reincidentes específicos na lei dos

delitos hediondos ou equiparados. ( art. 83

inc. V, parte final do CP)

CONCURSO FORMAL PERFEITO E CRIME CONTINUADO

24. No concurso formal perfeito e no crime continuado, o

sistema de aplicação de pena será o da exasperação. Dessa

forma, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas,

ou a mais grave, se diversas, aumentada, em ambos os casos

de um sexto até a metade, se for caso de concurso formal

perfeito. Todavia, se for crime continuado, aumenta-se a pena,

de um sexto a dois terços. Atenção! Segundo o STF, os

critérios observados para a quantificação da exasperação

estão vinculados a dois critérios:

* quanto maior o número de infrações, maior deve ser o

aumento (crime continuado);

*bem como o número de vítimas (concurso formal perfeito).

PENAS SOMADAS E PENAS EXASPERADAS

25. Com relação ao concurso de delitos, o Código Penal

Brasileiro adotou o sistema de aplicação de pena do cúmulo

material para os concursos material e formal imperfeito, e

da exasperação para o concurso formal perfeito e crime

continuado.

MEDIDA DE SEGURANÇA

26. A medida de segurança é uma sanção penal prevista no

Código Penal aplicável aos inimputáveis. Todavia, como é

regida, também, pelo princípio da humanidade, é vedada a

prisão perpétua. O STJ acolheu o entendimento do

Supremo Tribunal Federal, que aplica, por analogia, o art. 75

do Código Penal, ou seja, o limite de 30 anos. Além disso,

recentemente, concluiu por aplicar os princípios da

isonomia, proporcionalidade e razoabilidade, estabelecendo

que a duração máxima da medida de segurança não deva

ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente

cominada ao delito praticado (Súmula 527 do STJ).

ANISTIA

27. A anistia é uma causa extintiva da punibilidade que

significa o esquecimento jurídico do fato, destina-se, em

regra, a crimes políticos, abrangendo, excepcionalmente,

crimes comuns. Aliás, consiste na exclusão, por lei

ordinária com efeitos retroativos, de um ou mais fatos

criminosos do campo da incidência do Direito Penal cujos

efeitos são ex tunc, isto é, extinguindo todos os efeitos

penais, mas não os efeitos extrapenais da conduta

perpetrada. É clemência estatal concedida pelo Congresso

Nacional, com a sanção do Presidente da República (art. 48,

VIII, da CF/88).

INDULTO

28. O indulto é clemência concedida espontaneamente pelo Presidente

da República a um número indeterminado de condenados que

preencherem os requisitos estabelecidos no decreto natalino, cujos

efeitos ocorrem a partir do dia 25 de dezembro de cada ano. O indulto

leva em consideração o tempo de pena cumprida do condenado

(requisitos objetivos), bem como o preenchimento de requisitos

subjetivos (comportamento carcerário e outros). Todavia, extinguem-se

as sanções penais, subsistindo os demais efeitos. A graça, por sua vez,

é o indulto individual e deve ser postulada por petição do condenado,

por iniciativa do Ministério Público, do Conselho Penitenciário, ou da

autoridade administrativa (art. 188, da LEP – Lei n. 7.210/84). Tais causas

extintivas da punibilidade, se declaradas, só atingem os efeitos

principais da condenação, ou seja, somente a pena imposta,

subsistindo os efeitos secundários e os extrapenais.

PRESCRIÇÃO

29. Segundo o STJ, não se admite, no Brasil, a extinção da

punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva com

fundamento em pena hipotética (Súmula 438 do STJ).

PRESCRIÇÃO EXECUTÓRIA

30. Segundo O CP, no caso de fuga do condenado,

a prescrição regula-se pelo tempo que resta da

pena. Art.113 do CP

BOA PROVA!