45
CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução Gilmar da Cunha Trivelato Pesquisador Titular FUNDACENTRO – Centro Regional de Minas Gerais E-mail: [email protected] Curitiba, 9 e 10 de maio de 2007.

CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

  • Upload
    ossie

  • View
    25

  • Download
    0

Embed Size (px)

DESCRIPTION

CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução. Gilmar da Cunha Trivelato Pesquisador Titular FUNDACENTRO – Centro Regional de Minas Gerais E-mail: [email protected] Curitiba, 9 e 10 de maio de 2007. Tópicos a serem abordados. - PowerPoint PPT Presentation

Citation preview

Page 1: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO

Introdução

Gilmar da Cunha TrivelatoPesquisador Titular

FUNDACENTRO – Centro Regional de Minas Gerais

E-mail: [email protected]

Curitiba, 9 e 10 de maio de 2007.

Page 2: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

• Conceito de risco e gestão de risco

• Paradigmas da Higiene Ocupacional

• Considerações gerais sobre chumbo e baterias chumbo-ácido.

Tópicos a serem abordados

Page 3: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

CONCEITO DE RISCO E GESTÃO DE RISCOS

Page 4: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

O QUE É RISCO?

O RISCO PODE SER OBSERVADO?

Page 5: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Dimensão técnica

• POSSIBILIDADE de uma perda ou dano (relação causal, que implica em necessidade)

• PROBABILIDADE de que tal perda ou dano ocorra (incerteza da ocorrência, distribuição no tempo) e a GRAVIDADE do resultado adverso.

O QUE É RISCO?

Page 6: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

RISCO = CENÁRIO, PROBABILIDADE, GRAVIDADE

DANO

RISCO = Exposição X Potencial de dano (hazard)

Conceitos básicos sobre Avaliação de Risco

Page 7: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Formas de avaliação do risco

Quantitativa: definir uma taxa (número provável de ocorrências em um ano para uma determinada população). Ex. morte no trânsito: ~ 1 x 10-4

Qualitativa: definir a chance em termos de categorias de probabilidade (baixa, média, alta ou improvável, pouco provável e provável, etc.)

Page 8: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

RISCO ..considerações gerais

• Dimensão técnica: possibilidade e probabilidade de ocorrência de um dano e a magnitude ou gravidade do dano. (R = P X G)

• Dimensão abrangente de risco: entram em jogo valores, crenças, experiências, interesses, etc.

• Dano = prejuízo ou perda - as pessoas podem valorizar uma mesma perda de forma diferente.

• Não existe risco zero ou situação totalmente segura. A aceitabilidade do nível de risco é uma questão social e não técnica.

Page 9: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

O risco pode ser observado?

Page 10: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

O risco pode ser observado?

• Risco não é observável. É uma inferência, isto é, depende do raciocínio dedutivo. Portanto, risco é uma representação simbólica da nossa mente atribuída a uma situação do mundo real.

• Os fatores de riscos ou perigos podem ser observados - pelos sentidos ou com auxílio de instrumentos. Ex. radiação, contaminantes atmosféricos (poeira contendo chumbo), atmosfera deficiente de oxigênio, atmosfera explosiva, etc

Page 11: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

RISCO

• A representação simbólica do risco (ou de uma situação de risco) depende de:– conhecimentos – valores

• As pessoas têm diferentes níveis de conhecimento e experiências – portanto representam os riscos (“percebem” os riscos) de diferentes maneiras.

• Para a gestão adequada dos riscos, em particular no processo de tomada de decisão, é necessário confrontar diferentes representações dos riscos, isto é, representações de diferentes atores sociais.

Page 12: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Gestão de riscos

Processo global de avaliar e controlar os riscos a níveis aceitáveis e, no caso de não ser possível a eliminação ou redução dos riscos, inclui também o financiamento dos riscos através de dois mecanismos: retenção e transferência.

Page 13: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

AVALIAÇÃO DE RISCO

É o processo global de estimar a magnitude do risco para um indivíduo, grupo, sociedade e meio-ambiente e decidir se o risco é ou não tolerável ou aceitável.

Page 14: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

CONTROLE DE RISCOS

É o processo de selecionar e implementar medidas para alterar os níveis de risco, e mantê-los a níveis aceitáveis ou toleráveis.

Page 15: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Reconhecimentodo risco

Estimativa do risco

Risco aceitável?

Opções de Controle

Tomada de decisão

Implementação

Monitoramentoe Avaliação

Risco aceitável

Manutenção e Revisão

Informações adicionais

Sim

Sim

Incerto

Não

Não

CONSULTA

E

COMUNICAÇÃO

CONTROLE

AVALIAÇÃO

Page 16: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Avaliação de Risco X Gestão de Risco

Avaliação de riscos gradual ou por camadas (tiers) visando a precaução e prevenção

Tratamento do risco

Avaliação exploratória

Avaliação aprofundada“tiers”

Page 17: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

  

SIM NÃO SIM NÃO

Investigação inicial

Investigação exploratória

O conhecimento é suficiente para

agir?

O conhecimento é suficiente para

agir?

Investigação aprofundada

Intervenção

Verificação da eficácia

Abordagem ATUAL – avaliação gradual ou por camadas (tiers approach) : Medir ou tomar ações corretivas diretamente?

Page 18: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

1. TER CONHECIMENTO DO PROBLEMA

2. ACEITAR O PROBLEMA

3. CONHECER A CAUSA

4. ENCONTRAR OU PROPOR UMA SOLUÇÃO

5. ACEITAR A SOLUÇÃO

6. CONHECER O FORNECEDOR

7. FINANCIAR

8. IMPLEMENTAR A MEDIDA

9. AVALIAR A EFICÁCIA

A ESCADA DO CONTROLE ("Como decisões sobre o ambiente de trabalho são tomadas na

empresa”)

Page 19: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

PARADIGMAS DA HIGIENE OCUPACIONAL

Page 20: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Ambiente(Insalubre)

Enfermidade Diagnóstico

PESSOASAUDÁVEL

TRATAMENTOE CURA

Ambiente(Insalubre)

Enfermidade Diagnóstico

PESSOASAUDÁVEL

TRATAMENTOE CURA

AMBIENTESALUBRE

RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO DO PROBLEMA

MEDIDAS PREVENTIVASDE CONTROLE

HÁ UMA AÇÃO CORRETIVA SOBRE O AMBIENTE

NÃO HÁ AÇÃO CORRETIVA

Page 21: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Higiene Ocupacional

Conceituação:• Reconhecimento • Avaliação• ControleDos fatores de riscos / riscos à saúde

relacionados ao trabalho+ Antecipação (avaliação e controle

antecipada dos riscos)

Page 22: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Higiene Ocupacional

DETERMINAÇÃO DO DANO

DANO OU EFEITO ADVERSO À SAÚDE

Fatores de risco

ambientais

Fatores de risco

individuais

Page 23: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Paradigmas da Higiene Ocupacional

Efeito 1

Efeito 2

Efeito 3

Dose

Capacidade

Agente

Exigência da tarefa

INDIVÍDUOAMBIENTE DE

TRABALHO

Exposição

Efeito

Page 24: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Paradigmas da Higiene Ocupacional

EXPOSIÇÃO

E F E I T O

Saúde

DoençaY

X

X = Efeito aceitável Y = Limite de Exposição

Page 25: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Paradigmas da Higiene Ocupacional

Limites de Exposição Ocupacional

Doses ou condições sob as quais acredita-se que a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, dia após dia, sem sofrer efeitos adversos à sua saúde.

Page 26: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Paradigmas da Higiene Ocupacional: modelo básico para o

controle

FONTE

(emissão)

TRAJETÓRIA

(propagação)

RECEPTOR

(trabalhador)

AMBIENTE DE TRABALHO

Page 27: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Paradigmas da Higiene Ocupacional: Medidas de

controle

Hierarquia das medidas de controle• Eliminação do risco (substituição do

processo ou material)• Controle da fonte (emissão)• Controle na trajetória• Controle no Indivíduo

Page 28: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução
Page 29: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Paradigmas da Higiene Ocupacional

Programas de Avaliação e Controle

• Processo sistematizado e contínuo

• Melhoria contínua (cliclo PDCA proposto por Deming)

Page 30: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Gerenciamentode Materiais

PerigososProteçãoRespiratória

Controles de Engenharia

Controles Administrativos

Controlesde Práticas

de Trabalho

Equipamento de Proteção Individual

Vigilância Médica

Epidemiologia

Comunicaçãode Risco

Educação e

Treinamento

Monitorizaçãoda Exposição

Avaliação da Exposição no

Centro de Programas

de HO

Page 31: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O CHUMBO E BATERIAS CHUMBO-

ÁCIDO

Page 32: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

CHUMBO

O chumbo, na sua forma elementar, é extremamente maleável – ele pode ser fundido, remodelado ou trabalhado para atender várias necessidades. O chumbo, como bem consumível, é uma fênix – assim que um dos seus usos desaparece através da obsolescência ou proscrição por razões de saúde, outro uso surge das cinzas do forno metalúrgico.

(WARREN, 2000, p.258, tradução nossa)•

Page 33: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

CHUMBO

Metal (ponto de fusão 327 oC) –

– puro (sólido metálico maleável, brilho metálico)

– ligas (solido metálico menos maleável)

Compostos inorgânicos (sólidos cristalinos de cores variáveis, solubilidade variável)

Page 34: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Possíveis riscos relacionados ao Pb

Contaminação ambiental (solo, água, ar), incluindo o ambiente de trabalho.

Ameaças à saúde humana ( “perigo silencioso” ).

População sob risco:• Trabalhadores• Populações vizinhas de empreendimentos que usam Pb

(dependendo da localização do empreendimento e sistema de tratamento das emissões atmosféricas)

Page 35: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Possíveis riscos relacionados ao Pb

Exposição no ambiente de trabalho

Inalação de poeiras

Inalação de fumos (processos onde há fusão de chumbo)

Ingestão (deglutição da poeira inalada e hábitos inadequados de higiene)

Page 36: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Possíveis riscos relacionados ao Pb

Ação tóxica é devido à presença de íons Pb2+ , portanto qualquer forma de chumbo inorgânico tem os mesmos tipos de efeitos no organismos humano.

Page 37: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

CHUMBO

Panorama geral• Fabricação de baterias é o principal uso do

chumbo (> 70%)• Não há substitutos viáveis a curto e médio prazo

para as baterias chumbo-ácido.• O consumo de Pb para BCA está aumentando –

taxa anual de crescimento– Europa, USA – 2% ao ano– China – 3,4% ao ano.

• Pb reciclado (secundário) ≈ Pb primário

Page 38: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Componentes das Baterias Chumbo-Ácido veiculares

Page 39: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Placas de baterias chumbo ácido

GRELHA COM PASTA = PLACA

SEPARADOR

Page 40: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução
Page 41: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Baterias Chumbo-Ácido

BCA esgotadas energeticamente ou usadas são consideradas resíduo perigoso, mas também matéria prima.

Componentes potencialmente perigosos

• Chumbo (metal e compostos inorgânicos) – 70% em peso

• Solução de ácido sulfúrico (50%), contaminada com chumbo.

• Polipropileno, contaminado com chumbo.

Page 42: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

Reciclagem de BCA

As BCA tem elevadas taxas de reciclagem dos seus componentes (Pb e polipropileno)

Principais motivos• Econômico – suprir em parte a demanda de

chumbo como matéria prima para fabricação de BCA novas.

• Proteção ambiental (preocupação mais recente, a partir dos anos 1980).

Page 43: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução

PRODUÇÃO DE BATERIAS E PLACAS

DE BATERIAS

CONSUMO DE BATERIAS

TRANSPORTE / DIS-TRIBUIÇÃO DE

BATERIAS E PLACAS

PRODUÇAO SECUNDÁRIA DE PB

RECICLAGEM DE BATERIAS

REFORMA OU RECONCIONAMENTO

DE BATERIAS

Bateria novaBateria usada e

sucata com Pb

PRODUÇAO PRIMÁRIA DE

CHUMBO

COLETA/TRANS-PORTE DE BATERIAS USADAS

e SUCATA Pb

MINERAÇÃO DE CHUMBO

Transformação química do Pb

Produção de bens contendo Pb ou seus

compostos

Uso dispersivo de bens contendo Pb

Uso não dispersivo de bens contendo Pb

Pb puro

Bateria usada

Bateria usada

Carro com Bateria nova

Bateria novaPlaca de bateria

Bateria usada e sucata com Pb

Pb puro eligas

Pb puro eligas

Pb puro, ligas e óxidos de Pb

Bateria nova Bateria

nova

Bateria reformada

Placa de bateria

Bateria usada

Óxidos de PbCompostos de Pb

Pb puro

Pb puro, ligas e compostos de Pb

Sucata com Pb

Resíduos Pb Pb e

ligas

Minério de Pb

Minério de Pb

MERCADO NACIONAL

Bens contendo Pb metálicoou seus compostos

Sucata de bateria

Resíduosou sucata Pb

MERCADO EXTERNO

Bateria usada

Pb / ligas Pb puro

Bateria usada não reciclada

SETOR BCA

CICLO DE VIDA DO PB E BCA NO BRASIL

Page 44: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução
Page 45: CURSO SOBRE AVALIAÇÃO E CONTROLE DOS RISCOS DO CHUMBO Introdução