Cursos TCM/GO aos

jurisdicionados

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Curso de Formação em

Controle Interno

ESCOLA DE CONTAS DO TCM/GOABRIL /2017

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MÓDULO II

Controle da Gestão de Suprimentos de Bens

e Serviços

Instrutoras:Cláudia Pires de Carvalho Amaral

Natália Naciff Bezerra

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OBJETIVO DO CURSO

NOÇÕES GERAIS SISTEMATIZADAS SOBREO TERMO DE REFERÊNCIA

CAPACITAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DOTERMOS DE REFERÊNCIA

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OBJETIVO DO CURSO

CAPACITAÇÃO PARA A AVALIAÇÃO DECONFORMIDADE DO TERMO DEREFERÊNCIA.

ORIENTAÇÃO SOBRE A NORMATIZAÇÃOQUANTO À ELABORAÇÃO DO TERMO DEREFERÊNCIA.

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O PLANO DO CURSO

PILARES

DIDÁTICO- PEDAGÓGICOS

DO CURSO

1º - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL,DOUTRINÁRIA E CONCEITUAL DO TERMODE REFERÊNCIA

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O PLANO DO CURSO

2º - NORMAS E PROCEDIMENTOSRELACIONANOS AO TERMO DEREFERÊNCIA.

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O PLANO DO CURSO

3º - INCONSISTÊNCIAS E IMPROPRIEDADESREAIS CONSTATADAS NAS ANÁLISESEFETIVADAS PELO TCM/GO EMCONTRATOS FIRMADOS PELAADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL.

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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

• 1 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Art. 22 - Compete privativamente à União legislarsobre:

XXVII – normas gerais de licitação e contratação, emtodas as modalidades, para as administraçõespúblicas diretas, autárquicas e fundacionais daUnião, Estados, Distrito Federal e Municípios,obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para asempresas públicas e sociedades de economiamista, nos termos do art. 173, § 1º, III.

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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Constituição Federal – 1988

Art. 37 – A administração pública direta e indiretade qualquer dos Poderes da União, dos Estados, doDistrito Federal e dos Municípios obedecerá aosprincípios de legalidade, impessoalidade,moralidade, publicidade e eficiência e, também, aoseguinte:

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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

XXI - ressalvados os casos especificados nalegislação, as obras, serviços, compras ealienações serão contratados mediante processode licitação pública que assegure igualdade decondições a todos os concorrentes, com cláusulasque estabeleçam obrigações de pagamento,mantidas as condições efetivas da proposta, nostermos da lei, o qual somente permitirá asexigências de qualificação técnica e econômicaindispensáveis à garantia do cumprimento dasobrigações.

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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL2 – LEI nº 8.666/93

Lei de Licitações e Contratos

Art. 3o A licitação destina-se a garantir aobservância do princípio constitucional daisonomia, a seleção da proposta mais vantajosapara a administração e a promoção dodesenvolvimento nacional sustentável e seráprocessada e julgada em estrita conformidadecom os princípios básicos da legalidade, daimpessoalidade, da moralidade, da igualdade, dapublicidade, da probidade administrativa, davinculação ao instrumento convocatório, dojulgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.

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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

MARCOS EVOLUTIVOS DO

TERMO DE REFERÊNCIA

A existência de uma prévia e completaespecificação do objeto a ser contratadopela Administração Pública comorequisito essencial à licitação foiintroduzida na legislação brasileira com aedição do Decreto-Lei nº 200/67.

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FUNDAMENTAÇÃO LEGALDECRETO –LEI Nº 200/67

Art. 139 – A licitação só será iniciada apósdefinição suficiente do seu objeto e, sereferente a obras, quando houveranteprojeto e especificações bastantespara perfeito entendimento da obra arealizar.

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FUNDAMENTAÇÃO LEGALDECRETO – LEI nº 2.300/86

Por meio deste Decreto foi mantida aexigência, referindo-se à necessidade deespecificação completa e suficiente doobjeto para obras e serviços e paracompras.

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FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

Art. 6º As obras e os serviços só podem serlicitados, quando houver projeto básicoaprovado pela autoridade competente, econtratados somente quando existirprevisão de recursos orçamentários.

Art. 13 Nenhuma compra será feita sem aadequada caracterização de seu objeto eindicação dos recursos financeiros paraseu pagamento.

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FUNDAMENTAÇÃO LEGALLEI 8.666/93

A Lei Geral de Licitações de 1993 seguiu omesmo raciocínio exigindo que o objetoda contratação pública fosse prévia esuficientemente especificado, mantendoa exigência do Projeto Básico para asobras e serviços e referindo-se somente àespecificação adequada do objeto no casode aquisições.

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Art. 7º As licitações para a execução de obras e para aprestação de serviços obedecerão ao disposto nesteartigo e, em particular, à seguinte sequência:

I – projeto básico:II – (...)

§ 2º As obras e os serviços somente poderão serlicitados quando:

I – houver projeto básico aprovado pela autoridadecompetente e disponível para exame dosinteressados em participar do processo licitatório;

§9º O disposto neste artigo aplica-se, no que couber,aos casos de dispensa e de inexigibilidade delicitação.

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Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se:

(...)

• IX – Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível deprecisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviçosobjeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares,que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental doempreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dosmétodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:

• a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra eidentificar todos os seus elementos constitutivos com clareza;

• b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma aminimizar a necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboraçãodo projeto executivo e de realização das obras e montagem;

• c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos aincorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultadospara o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

• d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos,instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o carátercompetitivo para a sua execução;

• e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a suaprogramação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dadosnecessários em cada caso;

• f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos deserviços e fornecimentos propriamente avaliados;

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Não se pode dizer, contudo, que oprojeto básico sirva apenas quandoda contratação de obras e serviços deengenharia, podendo/devendo serutilizado para quaisquer tipos deserviços, conforme se depreende daleitura do art. 12 da Lei de Licitaçõese Contratos.

(portaria, vigilância, limpeza, etc.)

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• Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos deobras e serviços serão considerados principalmente osseguintes requisitos:

• I - segurança;• II - funcionalidade e adequação ao interesse público;• III - economia na execução, conservação e operação;• IV - possibilidade de emprego de mão de obra,

materiais, tecnologia e matérias-primas existentes nolocal para execução, conservação e operação;

• V - facilidade na execução, conservação e operação, semprejuízo da durabilidade da obra ou do serviço;

• VI - adoção das normas técnicas adequadas;• VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de

segurança do trabalho adequadas;• VII - impacto ambiental.

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Quanto à especificação do objetodas aquisições, embora a lei aconsidere um requisito para alicitação de compras (ou dacompra direta – PU art. 15) nãose definiu uma forma ou umdocumento específico para talfim.

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Art. 14. Nenhuma compra será feita sem aadequada caracterização de seu objeto eindicação dos recursos orçamentáriospara seu pagamento, sob pena denulidade do ato e responsabilidade dequem lhe tiver dado causa.

Art. 15. As compras, sempre que possível,deverão: (...)

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• § 7o Nas compras deverão ser observadas, ainda:• I - a especificação completa do bem a ser

adquirido sem indicação de marca;• II - a definição das unidades e das quantidades a

serem adquiridas em função do consumo eutilização prováveis, cuja estimativa será obtida,sempre que possível, mediante adequadastécnicas quantitativas de estimação;

• III - as condições de guarda e armazenamento quenão permitam a deterioração do material.

Art. 16 – (...)Parágrafo único. O disposto neste artigo não se

aplica aos casos de dispensa de licitação previstosno inciso IX do art. 24.

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FUNDAMENTAÇÃO LEGALLEI 10.520/02

Com o advento da Lei do Pregão utilizou-sea expressão TERMO DE REFERÊNCIA parase referir ao documento em que deveestar especificado, de formapormenorizada, o objeto da licitação.

O Termo de Referência passa a ser exigidocomo parte da instrução do processoadministrativo do procedimentolicitatório.

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O Termo de Referência, contudo, não estáexpresso no corpo da Lei do Pregão.

Sua definição consta dos comandosregulamentares relativos ao pregãopresencial e ao pregão eletrônico, nosrespectivos decretos federais.

DECRETO nº 3.555/00

DECRETO nº 5.450/05

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DECRETO nº 3.555/00Art. 8º A fase preparatória do pregão observará as seguintes regras:

I - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e clara, vedadas especificaçõesque, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias, limitem ou frustrem acompetição ou a realização do fornecimento, devendo estar refletida no termo dereferência;

II - o termo de referência é o documento que deverá conter elementos capazes depropiciar a avaliação do custo pela Administração, diante de orçamento detalhado,considerando os preços praticados no mercado, a definição dos métodos, aestratégia de suprimento e o prazo de execução do contrato;

III - a autoridade competente ou, por delegação de competência, o ordenador dedespesa ou, ainda, o agente encarregado da compra no âmbito da Administração,deverá:

a) definir o objeto do certame e o seu valor estimado em planilhas, de forma clara,concisa e objetiva, de acordo com termo de referência elaborado pelo requisitante,em conjunto com a área de compras, obedecidas as especificações praticadas nomercado;

b) justificar a necessidade da aquisição;

c) estabelecer os critérios de aceitação das propostas, as exigências de habilitação,as sanções administrativas aplicáveis por inadimplemento e as cláusulas do contrato,inclusive com fixação dos prazos e das demais condições essenciais para ofornecimento; e

d) designar, dentre os servidores do órgão ou da entidade promotora da licitação, opregoeiro responsável pelos trabalhos do pregão e a sua equipe de apoio;27

DECRETO nº 5.450/05

Art. 9o Na fase preparatória do pregão, na forma eletrônica, seráobservado o seguinte:

I - elaboração de termo de referência pelo órgão requisitante, comindicação do objeto de forma precisa, suficiente e clara, vedadasespecificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias,limitem ou frustrem a competição ou sua realização;II - aprovação do termo de referência pela autoridade

competente;

§ 2o O termo de referência é o documento que deverá conterelementos capazes de propiciar avaliação do custo pelaadministração diante de orçamento detalhado, definição dosmétodos, estratégia de suprimento, valor estimado em planilhasde acordo com o preço de mercado, cronograma físico-financeiro,se for o caso, critério de aceitação do objeto, deveres docontratado e do contratante, procedimentos de fiscalização egerenciamento do contrato, prazo de execução e sanções, deforma clara, concisa e objetiva.

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INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 010/15 -TCM/GO

Art. 3º Os processos referentes aos procedimentospara contratação deverão conter, no que couber:

II - Termo de Referência, Projeto Básico, oudocumentação que lhes faça as vezes, contendotodos os elementos necessários e suficientes paracaracterizar o objeto da contratação, inclusiveorçamentos detalhados em planilhas queexpressem a totalidade dos insumos com seusrespectivos quantitativos e custos unitários;devendo demonstrar a necessidade efetiva dasquantidades a serem licitadas e, posteriormente,contratadas, bem como a destinação dosprodutos e/ou serviços, nos termos do art. 15, §7º, inciso II, da Lei nº 8.666/93 c/c art. 3º, incisos Ie II, da Lei nº 10.520/02, no que couber;

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JURISPRUDÊNCIA(...) termo de referência, documento que integra o

processo administrativo da contratação (...) – AC0531-13/07 – Plenário. TCU. Sessão: 04/04/07.Rel. Min. Ubiratan Aguiar

(...) Claramente, não há nos normativosmencionados acima (Lei 10.520/02 e Decreto3.555/02) exigência formal para que o termo dereferência, o qual contém o orçamento detalhado,acompanhe o edital, seja na forma de anexo ounão. O que há é disposição expressa para quehaja o termo de referência (...) – AC 5263/09 –Segunda Câmara. Sessão: 06/10/09. Rel. Min.José Jorge.

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CONCEITUAÇÃO

TERMO DE REFERÊNCIA

É o documento mediante o qual aAdministração explicita objeto,documentando de formasistemática, detalhada ecompleta o objeto da contrataçãoque pretende realizar.

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Embora a lei exija o Termo deReferência, de forma expressa,apenas para instruir procedimentoslicitatórios na modalidade pregão,este deve instruir todas as demaismodalidades, exceto quando setratar de obra ou serviço deengenharia não comum, cujodetalhamento é efetivado por meiode um Projeto Básico.

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TERMO DE REFERÊNCIAE PROJETO BÁSICO

Quando usar um ou outro?

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COMPRAS EM GERAL

SERVIÇOS EM GERAL

TERMO DE REFERÊNCIA

PROJETO BÁSICO

TERMO DE REFERÊNCIA OU PROJETO BÁSICO

OBRAS OU SERVIÇOS DE ENGENHARIA

RESPONSÁVEIS Quem são os responsáveis pela elaboração

do TERMO DE REFERÊNCIA?

Esta é uma atividade que dever ser feita,preferencialmente, de forma conjunta,multissetorial e sistematizada, incluindo-se a unidade requisitante, o setor decompras, o gestor e, quando necessário,um técnico (em relação ao objetolicitado).

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RESPONSÁVEIS Formação de grupo operacional

A elaboração multissetorial do TR promoveo engajamento dos diversos setores daunidade administrativa e,consequentemente, o aprimoramento dasatividades respectivas.

Grupo operacional: requisitante, cotista,comissão licitação, pregoeiro, gestor efiscal do contrato.

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QUEM ESPECIFICA O OBJETO

Utilizando-se de um grupo operacional paraa elaboração do Termo de Referência,serão colocados todos os elementosessenciais à sua concepção, contribuindopara que se evitem vícios, erros eobscuridades, resultando numprocedimento mais correto, maiscompetitivo, mais vantajoso para aAdministração Pública e que realmenteatenda ao interesse público.

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QUEM APROVA O TERMO DE REFERÊNCIA

O Termo de Referência é aprovado pelaautoridade competente.

Art. 9 do Decreto 5.450/05:

Na fase preparatória do pregão, na formaeletrônica, será observado o seguinte:

(...)

II – aprovação do termo de referência pelaautoridade competente.

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FUNDAMENTOS

A elaboração do Termo de Referência é um dosatos da chamada “Fase Interna da Licitação”.É a organização preparatória para a futuracontratação.

O TR repercute, também, na fase externa dalicitação, uma vez que é com base nosdados/elementos ali contidos que osinteressados em contratar com aAdministração Pública farão suas propostas.

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• Prevenção de desperdício:

ATIVO – ilícitos

PASSIVO – ineficiência

• Melhor qualidade dos gastospúblicos.

• Performance administrativa: tempo,qualidade, valor – eficiência, eficácia,efetividade e economicidade (4ES).

• Necessidade de visão sistêmica –administração como um todo.

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• Conhecimento geral sobre o ciclo decontratações públicas.

• Materialização de Programas e PolíticasPúblicas.

• Desenvolvimento econômico, social,ambiental – desenvolvimento sustentável.

• O TR condiciona a contratação.

SUCESSO – depende de um bom Termo deReferência.

FRACASSO – decorre de um Termo deReferência deficiente, insuficiente, comexcessos e/ou omissões.

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ATENDIMENTO DA NECESSIDADE/DEMANDA

A necessidade é o problema que precisa serresolvido pela Administração e que iniciao processo de contratação pública.

A requisição serve para materializar ademanda e não para descrever o objeto(solução).

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COMPRAS

OPORTUNIDADE

X

PLANEJAMENTO

Como fazer um bom Termo de Referência?

Especificando bem o objeto!

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FINALIDADESPor meio da elaboração do Termo de Referência de

forma correta e adequada, busca-se oatendimento de uma necessidade daAdministração.

Por meio dele:

se define o objeto

se define o preço / custo da contratação

é propiciada a elaboração das propostas

promove o julgamento objetivo das propostas

alcança-se a execução ideal do contrato futuro

atende à Administração, os interessados e ointeresse público.

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O QUE SE QUER?

QUEM QUER?

PARA QUE QUER?

PARA QUANDO QUER?

POR QUE QUER?

COMO QUER?

IDENTIFICAÇÃO DA DEMANDA

OBJETO

INTERESSE PÚBLICO

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ADEQUAÇÃO DA DEMANDA AO

MERCADO(PREÇO, VALIDADE, GARANTIA, ENTREGA)

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ADEQUAÇÃO DA DEMANDA ÀS NOVAS

TECNOLOGIAS DISPONÍVEIS

SUSTENTABILIDADE

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VERIFICAÇÃO DA DISPONIBILIDADE ORÇAMENTÁRIA

VERIFICAÇÃO EM RELAÇÃO AO PLANEJAMENTO DA

ADMINISTRAÇÃO(definição da dotação orçamentária mais adequada,

de acordo com o objeto e sua natureza)

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DESCRIÇÃO DO ITEM/OBJETO

Antes de se fazer um TERMO DEREFERÊNCIA são necessáriasalgumas perguntas que irãofornecer a base e afundamentação para adescrição do objeto.

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SÚMULA 177 - TCU

A definição precisa e suficiente do objetolicitado constitui regra indispensável dacompetição, até mesmo como pressupostodo postulado de igualdade entre oslicitantes, do qual é subsidiário o princípio dapublicidade, que envolve o conhecimento,pelos concorrentes potenciais das condiçõesbásicas da licitação, constituindo, nahipótese particular da licitação para compra,a quantidade demandada uma dasespecificações mínimas e essenciais àdefinição do objeto do pregão.

(Anexo I – Apostila)

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MODOS DE DEFINIÇÃO DO OBJETO

1 – Definição pelo próprio órgãorequisitante do produto ou serviçopretendido.

2 – Definição com base em dados decatálogos, listagens, tabelas, que serãofornecidas pela administração ao órgãorequisitante a quem caberá indicar osprodutos segundo codificações usuais demercado.

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A utilização destas ferramentas possibilita auniformização e padronização dos itens, visando amelhoria e otimização de serviços como amanutenção. Destaca-se que estes instrumentossão elaborados, no mais das vezes, comespecificações mais técnicas e detalhadas dosprodutos.

Deve-se observar que as tabelas/listagens/catálogosnão contemplam todos os dados necessários aopleno atendimento das necessidades daAdministração, portanto, devem ser completadosde acordo com os interesses relacionados aosprodutos e/ou serviços pretendidos.

(prazo de entrega, validade, etc.)52

Ainda sobre a possibilidade de utilização decatálogos de bens e serviços para adescrição do objeto, é de se observar que,se o projeto, catálogo ou protótipoutilizado for produzido por terceiro nãointegrante da administração, deverá sercitada a fonte e o autor. No caso dedesenho, é importante destacar que é denatureza ilustrativa.

(responsabilização por uso indevido deimagem, sem autorização)

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O TR deve conter todos os elementos quedarão suporte à futura contratação.

Desde a o início do procedimento decompras, deve-se ter conhecimento doque se quer adquirir, o quantitativoadequado para a satisfação danecessidade, custos estimados (definiçãoda modalidade licitatória ou por via decontratação direta).

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• A definição do objeto não pode ser nemmuito excessiva/ampla nem muitosucinta/restrita.

• Qualquer definição que não estejaadequada pode acarretar problemasfuturos, desde a avaliação das propostas(condições de exequibilidade do contrato)até a execução do contrato, refletindoainda na fiscalização (medições, controlena dispensação), sem falar nos custosadministrativos que serãocomprometidos.

55

• A descrição malfeita gera, também,contratações desnecessárias, emdesconformidade com a real necessidade(demanda real). ver Anexo I

• Busca-se a proposta mais vantajosa pelomenor preço (art. 3º Lei 8.666/93). Ou seja,o melhor produto/serviço, pelo menorpreço.

• Não se deve esquecer, contudo, que estavantajosidade deve abranger os 4ES:EFICIÊNCIA, EFICÁCIA, EFETIVIDADE EECONOMICIDADE.

56

• A definição dos elementos intrínsecos eextrínsecos do produto/serviço permitema compreensão do objeto em todas assuas dimensões.

• INTRÍNSECOS – aqueles que são própriosdo objeto, de acordo com sua natureza,composição – medida – quantidade.

É a definição do objeto em si.

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• EXTRÍNSECOS – os que são próprios doambiente em que está inserido –disponibilidade de mercado, preço,cronogramas, condições de entrega –diária, semanal, quinzenal, mensal (prazo,modo - unidade, pacote, caixas - local –almoxarifado, em cada unidaderequisitante), padrões, contratosacessórios (garantia, instalação,assistência técnica – se é no município, nafábrica – até mesmo fora do país).

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ATENÇÃO!!!!!

• DEVE SER EVITADA UMA DESCRIÇÃO COMESPECIFICAÇÕES QUE PODEM SERDIRECIONADORAS DE UM DETERMINADOOBJETO!!

• Restrição da competitividade

• Violação do princípio da isonomia

• Comprometimento da obtenção da propostamais vantajosa.

Anexo I - 7

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FUNDAMENTAÇÃO

• Toda aquisição/contratação daAdministração Pública deve estar/serfundamentada com base na realnecessidade, com indicação do interessepúblico a ser atendido.

• ACÓRDÃO TCU – 254/2007 – 1ª Câmara.

“9.3.2 – consigne, previamente, nos autos dosprocedimentos licitatórios, os motivos efundamentos da necessidade da realizaçãodo objeto das licitações.”

60

• Deve estar demonstrada a necessidade dacontratação, por meio, normalmente, dademonstração da razão pela qual o bemou serviço é necessário para que o órgãopossa desempenhar suas atividades.

• Na a elaboração do TR deve estardemonstrada a forma como foramestabelecidas as especificações técnicasdo bem.

61

As compras, sempre que possível, devem serplanejadas com base nos registros de consumodos materiais.

O planejamento pode ser feito com base em umBanco de dados criado nas próprias unidades daAdministração, que deve contemplar:

• Últimas compras (dois ou mais anos);• Marcas de materiais que tiveram boa aceitação;• Marcas de materiais que tiveram problemas

quanto ao uso – má qualidade;• Reclamações dos usuários e,• Análises técnicas com laudos e pareceres sobre os

itens de uso.Anexo I - 8

62

ELABORAÇÃO DO TERMO DE REFERÊNCIA

Procedimentos para assegurar a qualidade das contratações

Posicionamento jurisprudencial TCU

Anexo I - 9

63

PADRONIZAÇÃO • A padronização de um determinado produto no

âmbito da Administração deve ser feita com basena vivência da realidade da unidade que pretendepadronizar um tipo de produto, e deve ser feitacom fundamento em elementos técnicos quejustifiquem e motivem esta padronização, semque haja espaço para julgamento subjetivo doassunto.

• Deve-se ter em mente que este processo depadronização deve ser feito nos mesmos moldesde qualquer outro processo administrativo(formalidades e atendimentos às bases legais).

Anexo I - 10

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AMOSTRAS• Durante realização de procedimento

licitatório, a Administração poderá, seprevisto no documento de convocação,solicitar dos licitantes amostras ouprotótipos dos produtos ofertados.

• Devem ser estabelecidos no atoconvocatório da licitação as condições e oscritérios relativos ao exame das amostras ouprotótipos apresentados, inclusive quanto aodireito dos concorrentes de poderemacompanhar todos os procedimentosrespectivos.

65

• De modo a não restringir a participaçãode potenciais competidores situados emoutros estados da Federação, acompetitividade e a isonomia da licitação,deve ser estabelecido prazo suficientepara apresentação de amostras ouprotótipos solicitados ou para obtençãode laudos e certificados exigidos

66

• Apresentação de amostras ou protótipos, quando exigida, não pode constituir condição de habilitação dos licitantes. Deve limitar-se ao licitante classificado provisoriamente em primeiro lugar. Caso não seja aceito o material entregue para análise, deve ser exigido do segundo e assim sucessivamente até ser classificada empresa que atenda plenamente as exigências do ato convocatório.

67

• Quanto às exigências de amostras ouprotótipos, deve estar definido comclareza no ato convocatório, por exemplo,as seguintes: momento de entrega,critérios de avaliação e de julgamentotécnico, data e horário de inspeção paraque os licitantes interessados possamestar presentes.

Anexo I – 11 e 12

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LAUDOS

• É possível exigir a apresentação de laudos deprodutos, desde que a exigência sejarazoável e devidamente motivada.

• ACÓRDÃO 445/08 – TCU – Rel. Min.Benjamin Zymler – Aquisição de um sistemaorganizacional e modular de arquivosdeslizantes com acionamento eletrônico ebases com acionamento mecânico – pinturaantimicrobiana.

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Pode ainda a administração inserir em seuseditais cláusulas prevendo a necessidadede a empresa participante do certamedemonstrar, por meio de laudo expedidopor laboratório ou instituto idôneo, odesempenho, qualidade e produtividadecompatível com o produto similar ouequivalente à marca referênciamencionada no edital.

TCU, Acórdão 2.300/2007 – Plenário.

70

DIVISIBILIDADE DO

OBJETOLICITAÇÃO POR ITEM

• IN 005/10 – TCM/GO

71

• SÚMULA Nº 247 – É obrigatória a admissãoda adjudicação por item e não por preçoglobal, nos editais das licitações para acontratação de obras, serviços, compras ealienações, cujo objeto seja divisível, desdeque não haja prejuízo para o conjunto oucomplexo ou perda de economia de escala,tendo em vista o objetivo de propiciar aampla participação de licitantes que, emboranão dispondo de capacidade para aexecução, fornecimento ou aquisição datotalidade do objeto, possam fazê-lo comrelação a itens ou unidades autônomas,devendo as exigências de habilitaçãoadequar-se a essa divisibilidade.

72

Fundamento Legal

• Constituição Federal, art. 37, inciso XXI

• Lei nº 8.666, art. 3º, § 1º, inc. I;

• art. 15, inc. IV;

• art. 23, §§ 1º e 2º

FRACIONAMENTO DA DESPESA

Anexo I - 13

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INDICAÇÃO DE MARCA

• VEDAÇÃO – art. 7, § 5º e art. 15, §7º, I, da Lei 8.666/93

• Experiências em licitações públicas têmdemonstrado que os licitantes necessitam,para bem elaborar propostas, deespecificações claras e precisas, que definamo padrão de qualidade e o desempenho doproduto a ser adquirido. Se não for assim,corre-se o risco de o licitante ofertar o quetem de mais barato e não o que podeoferecer de melhor.

74

• São exemplos de compras realizadas rotineiramentepelo menor preço, sem indicação de qualquerparâmetro de qualidade, que aparentemente refletemmenores gastos, mas que trazem resultados, por vezes,insatisfatórios:

• canetas cuja tinta resseca, vaza ou falha ao ser usada; • tubos de cola que têm mais água do que componente

colante;• lápis de grafite duro, que fura o papel ao escrever;• borrachas que, ao apagar, se desfazem e às vezes não

apagam; • copinhos de plástico para café ou água excessivamente

finos (são necessários, às vezes, dois ou três para não queimar a mão ou derramar o líquido);

• clipes que enferrujam• mesas fabricadas com madeiras que incham, gavetas

que não deslizam, parafusos que espanam etc.75

• Por isso, é importante que o atoconvocatório da licitação definaclaramente critérios de análise dosprodutos ofertados, os quais deverãolevar em conta fatores de qualidade,durabilidade, funcionalidade edesempenho, dentre outros julgadosnecessários.

76

• Será admitida a indicação de marcacomo parâmetro de qualidade parafacilitar a descrição do objeto a serlicitado, quando seguida dasexpressões “ou equivalente”, “ousimilar” e “ou de melhor qualidade”.No caso, o produto deve ser aceitode fato e sem restrições pelaAdministração.

77

• O que a Lei de Licitações veda eos Tribunais de Contascondenam, especialmente o TCU,é a preferência por determinadamarca ou indicação sem devidajustificativa técnica nos autos.

Anexo I - 14

78

EQUIVALENTE OU DE MELHOR QUALIDADE

De acordo com as orientações básicaspublicadas pelo TCU acerca da realização delicitações, a indicação de marca comoparâmetro de qualidade pode ser admitidapara facilitar a descrição do objeto a serlicitado, desde que seguida das expressões“ou equivalente” e “ou de melhorqualidade”.

Anexo I - 15

79

• Exemplos:

• Caneta esferográfica, cor azul, referênciaBIC, Faber Castel, Compactor ou demelhor qualidade.

• A indicação de mais de uma marca dereferência comprova ainda mais o nãodirecionamento ilegal do objeto.

• Não se está indicando a marca BIC, masinformando que o padrão qualitativo é damarca sugerida.

80

PROBLEMAS REINCIDENTES

• Reprodução de especificação – solução:uso de catálogos abertos (BEC,COMPRASNET, TJ/RJ)Bolsa Eletrônica de Compras Públicas – BEC: www.bec.sp.gov.br

• Ausência de especificação de prazos – oprazo dever estar definido de formaexpressa – vedado prazo indeterminado.

81

• Toda obrigação atribuída às partescontratantes deve conter estipulação deprazo para seu cumprimento, sob pena detornar-se inócua. A expressão“imediatamente” não é um prazo.

• O prazo deve ser definido em horas ou dias(úteis ou corridos, conforme a conveniênciado setor requisitante e a necessidade doobjeto demandado), e a sua estipulaçãodeverá levar em conta o interesse daAdministração sem, contudo, perder de vistaa plausibilidade de seu cumprimento pelaempresa contratada.

82

• Indefinição por omissão quanto àsconsequências pelo cumprimento do prazode entrega do produto ou da prestação doserviço.

Dever ser estipulada sanção para odescumprimento de prazo por parte dacontratada. De forma expressa e adequada.

• O setor requisitante deve sempre explicitar,no termo de referência ou projeto básico,qual será a possibilidade e qual será aconsequência de receber o produto/serviçodemandado fora do prazo. (devolução doproduto ou apenas a aplicação depenalidade, por exemplo)

83

• A exigência de que os produtos sejam de “1ªlinha” e/ou “de boa qualidade”: o edital nãopode imprimir subjetividade na definição doproduto a ser licitado.

• Exigência de que os produtos sejamentregues em prazo exíguo a contar dorecebimento da ordem de compras. AAdministração Pública, no exercício de suasatividades, deve em um planejamento, deforma a não submeter o licitante vencedor asúbitas necessidades, colocando-o emeterno estado de prontidão para atender ademandas em prazo demasiado exíguo.

84

TERMO DE REFERÊNCIA x SUSTENTABILIDADE

• Como já exposto em “Fundamentos” (slide40), um dos pilares da licitação é a promoçãodo desenvolvimento sustentável.

• Há uma mudança de paradigma levando aum modelo de mecanismos de indução depráticas de sustentabilidade.

Licitação sustentável – é aquela que incluipadrões de sustentabilidade nascontratações públicas, com objetivo dereduzir os impactos à saúde humana, meioambiente e direitos humanos.

85

• Não se pode mais ignorar os custosambientais, sociais e econômicos de cadacontratação. Portanto, antes de qualquercontratação, na fase de planejamento,alguns questionamentos devem ser feitoscom vistas a garantir o atendimento destesnovos paradigmas.

• Há necessidade real da aquisição?

• Quais as circunstâncias de criação/produçãodo produto?

• Quais os materiais utilizados em suafabricação?

86

• Quais as condições de trabalho usadas em sua produção?

• Deve ser feita um avaliação em relação aoseu futuro, ou seja, como este produto secomportará durante sua fase útil e após asua disposição final.

• Sobre o tema – ausência de licitaçõessustentáveis, ver decisão do TCU –Acórdão 1752/2011 – Plenário.

87

Problemas na inclusão de exigências de produtos sustentáveis.

• Preço dos produtos com padrões desustentabilidade.

• Falta de produtos disponíveis nomercado.

• Suspeita dos gestores de que há umaviolação direta ao princípio daconcorrência e isonomia.

88

FUNDAMENTO LEGAL

• A Lei 12.187, de 29/12/2009, que trata daPolítica Nacional de Mudanças Climáticas,prevê, no artigo 6, XII, que é possívelestabelecer critérios de preferência naslicitações públicas para as propostas quepropiciem maior economia de energia,água e outros recursos naturais e reduçãoda emissão de gases de efeito estufa eresíduos sólidos.

89

• A Lei nº 12.305, de 02/08/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelece, no artigo 7, inciso XI, a prioridade nas aquisições e contratações governamentais de produtos reciclados e recicláveis, bem como de bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis.

90

• No âmbito federal, o Marco Regulatório nasCompras Sustentáveis – IN nº 01 de19/01/2010, do Ministério do Planejamento,Orçamento e Gestão, dispõe sobre oscritérios de sustentabilidade ambiental naaquisição de bens, contratações de serviçosou obras.

• Decreto Federal nº 7.746/12 – estabelececritérios, práticas e diretrizes para apromoção do desenvolvimento nacionalsustentável nas contratações realizadas pelaadministração.

91

• Utilizando-se destes parâmetros enormativos federais, os municípiospodem fazer ações pautadas nestescritérios.

• Normatizar e estabelecer seus próprioscritérios e diretrizes compatíveis com suasnecessidades e realidade local.

• Ao Controle Interno, caberia orientar enormatizar as compras e contratações deacordo com estes elementos desustentabilidade.

92

• Catálogos de materiais e produtossustentáveis.

• Catálogo de materiais – CATMAT do Sistemade Compras do Governo Federal(www.comprasnet.go.br )

• Catálogo sócio ambiental

• (www.bec.sp.gov.br )

• Guia prático de Compras PúblicasSustentáveis da Advocacia Geral da União(AGU), em São Paulo.

• Guia de contratações da Justiça do Trabalho.

93

Posicionamento do TCU

• Revista Licitações e Contratos, Orientações eJurisprudência do TCU: recomendação deque na definição do objeto há que seobservar as peculiaridades do mercado, asexigências da Lei de Licitações e os critériosde sustentabilidade ambiental.

• TCU, Acórdão 1152/2011 – os órgãos decontrole estão mais antenados e punirão nocaso de descuido com a sustentabilidade.

94

Padrões de sustentabilidade e motivação

• TCU aplicou sanção ao órgão pelaausência de motivação expressa nosautos do processo de contratação parainclusão de cláusula de exigência deapresentação de certificação ambiental,que implica em potencial aumento decustos e comprometimento dacompetitividade do certame. (Acórdão1687/2013 – Plenário)

95

• Esta exigência, no momento dahabilitação dos licitantes, é restritiva. Aespecificação de produto comcaracterísticas de sustentabilidade deveser feita no momento da descrição doobjeto – no Termo de Referência.

• Ex.: papel reciclado, lápis madeira dereflorestamento.

(apresentação de laudos para comprovação)

96

Recomendações do TCU para introduzir padrões de sustentabilidade

• Pertinência dos padrões de sustentabilidade como objeto.

• Motivação.• Indicação do normativo da exigência.• Previsão de parâmetros objetivos que permitam

avaliar o cumprimento ou não dos critériosinseridos no edital.

• Os requisitos de sustentabilidade devem constarda especificação do objeto. Na fase dehabilitação, a empresa deverá demonstrar quetem condições técnicas de fazê-lo.

Anexo I - 16

97

PESQUISA DE PREÇOS

O objetivo da pesquisa é:

• A estimativa da despesa a ser realizada.

• Viabilizar a fixação do preço máximo para alicitação.

• Apontar indício de preço inexequível.

• Possibilitar a escolha da modalidade nosprocedimentos relativos à Lei 8.666/93.

• Viabilizar o atendimento das exigências relativas àpublicidade legal no pregão.

• Subsidiar a análise e o julgamento das propostas.

Anexo I - 17

98

• O orçamento detalhado em planilhas com ospreços de mercado não é um documento/elemento obrigatório do Termo de Referência,mas deve fazer parte do processo administrativo(procedimento licitatório).

• Serve como base para estimativa do valorestimado da licitação o que possibilita a escolhada modalidade, caso não seja pregão.

• É por meio da pesquisa de preços que se obtém odimensionamento econômico do objeto,viabilizando o conhecimento e a adequação daparte financeira e orçamentária do procedimento.

99

• Vale dizer que a pesquisa de mercado éindispensável em todo e qualquerprocedimento de contratação daAdministração Pública, inclusive nacontratação direta (art. 26, Lei 8.666/93), epossibilita, além da verificação de existênciade recursos financeiros e da escolha damodalidade licitatória, a definição daamplitude da publicidade, a aceitabilidade eo julgamento das propostas e aexequibilidade do preço ofertado peloslicitantes.

Anexo I - 17

100

ALERTAS

A pesquisa de preços deve observar naslicitações comuns:

• Todo o período de vigência do contrato aser firmado e consideradas possíveisprorrogações, se admitidas.

• No caso de compras, a soma dos preçosunitários (multiplicados pelasquantidades de cada item ou grupo).

101

• Os preços correntes no mercado em queserá realizada a licitação ou a contrataçãodireta; nada obsta que se consulte preçospraticados em âmbito regional ou nacional, adepender da natureza do objeto, do local edas condições de sua execução.

• A qualidade do produto e a existência desimilares; a variação que possa ocorrer emrazão dessa qualidade; o volume dademanda, com reflexo nas vantagens daeconomia de escala; o local da prestação dosserviços, execução da obra ou entrega doproduto e a incidência de tributos.

102

RECOMENDAÇÕES de MELHORIA• Designar servidor como responsável pela

cotação.• Utilizar o maior número possível de métodos

de consulta.• Consultar empresas do ramo pertinente à

contratação desejada.• Não permitir que sejam feitas consultas com

empresas com vínculo societário.• Constar do orçamento dados da empresa

consultada.• Fazer juízo crítico dos valores apresentados

na cotação.

103

DISPONIBILIDADE ORÇAMENTÁRIA

• A lei nº 8.666/93 tem como efetivamentegrave e passível de anulação a comprarealizada sem a indicação dos recursosorçamentários para seu pagamento,consoante o art. 14. (Acórdão nº1034/2005, 1ª Câmara. Rel. Min. MarcosVinicius Vilaça)

104

PROPOSTAS INEXEQUÍVEISOU

SUPERFATURADAS

• Art. 48, II, Lei 8.666/93 – preço inexequível éaquele que não venha a ter demonstrada suaviabilidade por meio de documentação quecomprove que os custos dos insumos sãocoerentes com os de mercado, e que oscoeficientes de produtividade são compatíveiscom a execução do objeto do contrato, condiçõesestas necessariamente especificadas no atoconvocatório da licitação.

Anexo I -

105

ENTEDIMENTO DO TCU

De acordo com a Súmula 262 do TCU, ocritério definido no art. 48, inciso II, §1º,alíneas “a” e “b”, da Lei de Licitações,conduz a uma presunção relativa deinexequibilidade de preços, devendo aAdministração dar à licitante aoportunidade de demonstrar aexequibilidade de sua proposta.

106

SANÇÕES

Conforme previsão do art. 87 da Lei8.666/93

Anexo I - 19

107

DETALHAMENTO DOS

ELEMENTOS DO

TERMO DE REFERÊNCIA

108

1. Objeto *2. Motivação *3. Prazo, local e condições de entrega ou execução *4. Prazo e condições de garantia5. Condições e prazos de pagamento6. Responsável pelo recebimento (email e telefone) *7. Obrigações da contratante8. Obrigações da contratada9. Qualificação técnica10. Critério de avaliação das propostas *11. Valores referenciais de mercado12. Sanções13. Dotação orçamentária

ANEXO II

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• Modelo de Termo de Referênciadesenvolvido pela Procuradoria-Geral dejustiça do Rio Grande do Sul.

• Os campos marcados com asterisco (*)são de preenchimento obrigatório paraqualquer espécie de compra.

• Os campos são exemplificados, podendoo solicitante, conforme o objeto a sercomprado ou contratado, indicar,modificar ou eliminar alguns deles.

www.mp.rs.gov.br/areas/licitacao/arquivos/termo_sugestoes.docSimilares

110

Bibliografia• Licitação e Contratos Administrativos. Joel

de Menezes Niebuhr. Editora Fórum.

• Sistema de Registro de Preços e Pregão Presencial e Eletrônico. Jorge Ulisses Jacoby. Editora Fórum.

• Termo de Referência. Jair Eduardo Santana, Tatiana Camarão, Anna Carla Duarte Chrispim. Editora Fórum.

• Licitações e Contratos. Orientações e Jurisprudência do TCU.

111