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Apostila básica de hardware Histórico Evolutivo dos Computadores A Evolução dos Computadores Há momentos, na história da humanidade, em que uma descoberta, um evento, muda completamente o curso dos acontecimentos. Assim ocorreu com a descoberta do fogo, o advento da escrita, a invenção da moeda, a descoberta da eletricidade. Agora é a vez da Informática. Recentemente, na área da eletrônica, houve um verdadeiro salto qualitativo com o desenvolvimento dos transistores, em seguida, dos circuitos integrados. Isso permitiu a difusão em grande escala dos computadores e deu à Informática um lugar de enorme destaque na sociedade moderna. Hoje os computadores já estão nos escritórios, e em nossas casas como uma presença tão familiar quanto a mais comum Tv a cores. Estamos vivendo o momento em que a revolução da informática muda o curso da história e acelera o ritmo das conquistas do homem, abrindo horizontes que antes sequer existiam na ousada imaginação dos escritores de ficção científica. De todas as máquinas que o homem inventou para servi-lo, uma se destacou bem mais que as outras: o Computador Eletrônico. Um computador é uma máquina que processa e armazena dados eletronicamente, e que pode ser programada para realizar as mais diversas tarefas. Embora simples esta definição nos indique que o computador não é capaz de criar informações a partir do nada. Ele apenas faz o que nós o instruímos a fazer sobre os dados que lhe fornecemos. Portanto, ele tem que receber informações iniciais (dados de entrada), tem que receber as instruções (que lhe indicam o que fazer com as informações recebidas) e só então produz resultados (dados de saída). Isso quer dizer que não adianta fazer ao computador perguntas para as quais ele não recebeu informações e instruções necessárias. Não adianta colocar um $ na frente de um número e esperar que o computador entenda que se trata de reais ou dólares. Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 1

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Apostila básica de hardware

Histórico Evolutivo dos Computadores

A Evolução dos Computadores

Há momentos, na história da humanidade, em que uma descoberta, um evento, muda completamente o curso dos acontecimentos. Assim ocorreu com a descoberta do fogo, o advento da escrita, a invenção da moeda, a descoberta da eletricidade.

Agora é a vez da Informática. Recentemente, na área da eletrônica, houve um verdadeiro salto qualitativo com o desenvolvimento dos transistores, em seguida, dos circuitos integrados. Isso permitiu a difusão em grande escala dos computadores e deu à Informática um lugar de enorme destaque na sociedade moderna. Hoje os computadores já estão nos escritórios, e em nossas casas como uma presença tão familiar quanto a mais comum Tv a cores. Estamos vivendo o momento em que a revolução da informática muda o curso da história e acelera o ritmo das conquistas do homem, abrindo horizontes que antes sequer existiam na ousada imaginação dos escritores de ficção científica.

De todas as máquinas que o homem inventou para servi-lo, uma se destacou bem mais que as outras: o Computador Eletrônico.

Um computador é uma máquina que processa e armazena dados eletronicamente, e que pode ser programada para realizar as mais diversas tarefas.

Embora simples esta definição nos indique que o computador não é capaz de criar informações a partir do nada. Ele apenas faz o que nós o instruímos a fazer sobre os dados que lhe fornecemos. Portanto, ele tem que receber informações iniciais (dados de entrada), tem que receber as instruções (que lhe indicam o que fazer com as informações recebidas) e só então produz resultados (dados de saída).

Isso quer dizer que não adianta fazer ao computador perguntas para as quais ele não recebeu informações e instruções necessárias. Não adianta colocar um $ na frente de um número e esperar que o computador entenda que se trata de reais ou dólares.

Ele não vai entender que um determinado número corresponde a uma quantia apenas por estar associado a um item com nome, salário ou preço. Se você quer que isso aconteça, você precisa relacionar estes objetos no programa. Se você quer que os valores sejam calculados com aproximação de duas casas decimais e, além disso, arredondá-los para cima você tem que instruí-lo a fazer isso. E assim por diante.

Isso mostra que não há muito mistério no funcionamento de um computador. Há, isto sim, muito trabalho para programá-lo de maneira correta, eficiente e que facilite a vida do usuário.

Alguém já disse, com propriedade, que o computador é um ser completamente ignorante, mas com excelente capacidade de memorização e rapidez de execução de instruções, desde que estas instruções sejam absolutamente precisas, sem ambigüidade, e estejam em uma linguagem que ele possa entender.

Mas, se as coisas são assim, quais as vantagens de utilizarmos o computador ? Parte da resposta já está dada: sua enorme capacidade de memória e sua velocidade de processamento. Além disso, embora muita gente o critique, ele é extremamente confiável. A maioria dos erros

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identificados nos resultados emitidos por computador não passam de erros dos usuários, operadores ou programadores - isto é, erros humanos.

Existe ainda uma outra razão para a grande utilização dos computadores hoje em dia: a sua flexibilidade. Um mesmo equipamento, com programas diferentes, pode ser utilizado para vários propósitos em inúmeras áreas de trabalho: processamento de textos, planejamento financeiro, cálculos orçamentários, jogos, composição musical, artes gráficas, automação bancária, etc.

A Figura 2.1 lista algumas das máquinas marcantes a serem discutidas neste texto.

1834 Máquina Analítica

Babbage Primeira tentativa de se construir um computador digital

1936 Z1 Zuse Primeira máquina calculadora a relés a funcionar1943 COLOSSUS Governo britânico Primeiro Computador eletrônico1944 Mark I Aiken Primeiro computador americano de uso geral1946 ENIAC I Eckert/Mauchley A historia do computador moderno começa aqui1949 EDISAC Wilkes Primeiro computador de programa armazenado1951 Whirlwind I M.I.T. Primeiro computador de tempo real1951 UNIVAC I Eckert/Mauchley Primeiro computador vendido comercialmente1952 IAS von Neumann A maioria das máquinas atuais utiliza este projeto1960 PDP-1 DEC Primeiro minicomputador (50 vendidos)1961 IBM 1401 IBM Máquina comercial de pequeno porte muito popular1962 IBM 7094 IBM Dominou a computação científica no início dos anos 601963 B5000 Burroughs Primeira máquina projetada para uma linguagem de alto

nível1964 IBM 360 IBM Primeira linha de produtos projetados como uma família1964 CDC 6600 CDC Primeira máquina com amplo uso de paralelismo

internamente1965 PDP-8 DEC Primeiro minicomputador de venda em massa (50.000

vendidos)1970 PDP-11 DEC Minicomputadores que dominaram os anos 701974 8080 Intel Primeira CPU de uso geral em uma pastilha1974 CRAY-1 Cray Primeiro supercomputador1978 VAX DEC Primeiro supermini de 32 bits

Figura 2.1 - Alguns marcos importantes no desenvolvimento do computador digital

Histórico

O mais primitivo auxilio ao homem na execução das operações digitais, alem dos seus próprios dedos, foi, provavelmente, pequenas pedras ou seixos. Em verdade, nossa palavra cálculo é derivada do latim calculus, que significa seixos e se levarmos em conta que o termo COMPUTAR, significa fazer cálculos, contar, efetuar operações aritméticas, COMPUTADOR seria então o mecanismo ou máquina que auxilia esssa tarefa, com vantagens no tempo gasto e na precisão. Inicialmente o homem utilizou seus próprios dedos para essa tarefa, dando origem ao sistema DECIMAL que estudamos no capítulo anterior e aos termos DIGITAL e DIGITO. Para auxílio deste método, eram usados gravetos, contas ou marcas na parede.

Se tentarmos retrocedermos milhares de anos, até chegarmos ao mais elementar dos instrumentos destinados a facilitar o cálculo encontraremos: o ÁBACO, usado pelos chineses e romanos. Apesar de sua antigüidade, o ábaco continua sendo utilizado em alguns países da Ásia, onde teve origem. De fato, um operador de ábaco bem treinado pode somar muito mais rapidamente do que muitos operadores de calculadoras eletrônicas.

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Geração zero - Computadores Mecânicos (1642-1945)

Em 1728, o engenheiro francês Basile Bouchon construiu um tear, que podia tecer desenhos de seda, de acordo com instruções cifradas em um folha giratória de papel perfurado, onde somente trabalhavam as agulhas coincidentes com os furos. Em 1801 Joseph Marie Jacquard concluiu a máquina de tecer com cartões perfurados. Este dispositivo iria influenciar significativamente as idéias de como comandar uma máquina.

A primeira pessoa a construir uma máquina de calcular foi o cientista francês Blaise Pascal (1623-1662), em cuja honra deu-se o nome à linguagem de programação Pascal. Este aparelho, construído em 1642, foi projetado para ajudar seu pai, um coletor de impostos para o governo francês. Era inteiramente mecânica, e transferia os números da coluna das unidades para coluna de dezenas por um dispositivo semelhante a um velocímetro de autómovel. Pascal chamou sua invenção de Pascalina.

Apesar de realizar apenas adições e subtrações, a calculadora de Pascal podia ser utilizada indiretamente para efetuar multiplicações e divisões por adições e subtrações sucessivas. Pascal esperava comercializar sua máquina, mas, apesar de ter construído 50 versões diferentes, nenhuma delas funcionava confiavelmente, de modo que ele pouco lucrou. As máquinas de calcular, descendentes da Pascalina ainda hoje podem ser encontradas em uso por algumas lojas de departamentos.

Nos anos que se seguiram, vários projetos foram feitos com intuito de aperfeiçoar essa primeira calculadora. Entretanto nada de significativo aconteceu até que Charles Babbage (1792-1871), matemático e engenheiro britânico, considerado por muitos o verdadeiro pai do computador atual. Preocupado com os erros das tabelas matemáticas de sua época e, em meados de 1822, ele construiu um modelo de máquina para calcular tabelas - a máquina de diferenças. Esta máquina baseada no princípio dos discos giratórios e operada por uma simples manivela. Este dispositivo mecânico, que do mesmo modo que o de Pascal só podia somar e subtrair, foi projetado para calcular tabelas de números úteis à navegação naval. A máquina foi projetada para executar um algoritmo simples, o método das diferenças finitas utilizando polinômios. O aspecto mais interessante da máquina de diferenças era o seu método de saída: ela perfurava os resultados numa placa de cobre com um buril de aço.

Ela foi justamente idealizada para atender às necessidades da marinha real inglesa. Na época, as tabelas de navegação eram escritas manualmente por diversos funcionários, contratados para realizar sucessivas e repetidas operações de adição e multiplicação e imprimi-los. Foi constatado que, devido à natureza permanente e repetitiva do processo realizado pelo humanos, sempre ocorriam erros. O que Babbage se propunha era projetar uma máquina que realizasse de forma constante e sem erros o tedioso trabalho de cálculos, e registrasse, de forma também confiável, os resultados.

Embora a máquina de diferenças funcionasse razoavelmente bem, Babbage logo cansou-se dela, pois podia executar apenas um algoritmo. Ele começou então a gastar quantias crescentes de seu tempo e da fortuna de sua família. Em julho de 1823, o governo britânico concordou em financiar o projeto e construção de uma versão melhorada da máquina de diferenças, denominada Máquina Analítica. A máquina analítica possuía quatro componentes: o armazenamento (memória), o engenho (unidade de cálculo), a seção de entrada (leitora de cartões perfurados) e a seção de saída (saída perfurada e impressa).

Sua operação era comandada por um conjunto de cartões perfurados, de modo que, de acordo com os resultados dos cálculos intermediários, a máquina poderia saltar os cartões, modificando dessa forma o curso dos cálculos.

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O grande avanço da máquina analítica era ser de uso geral. Era possível fazer com que a máquina analítica executasse cálculos diferentes, algo que não era verdade na máquina de diferenças.

Uma vez que a máquina analítica era programável numa linguagem de montagem simples, ela precisava de software (programas). Para produzir este software, Babbage contratou uma jovem chamada Ada Augusta Lovelace, que era filha do famoso poeta britânico, Lord Byron. Ada foi assim a primeira programadora de computador do mundo. A moderna linguagem de programação Ada foi assim denominada em sua homenagem.

Infelizmente, a indústria ferramenteira da época não era suficientemente sofisticada para construir essa máquina. Como resultado, Babbage, foi obrigado a usar grande parte do seu tempo desenhando peças e ferramentas. Isso retardou o progresso de seu projeto. Suas idéias estavam muito a frente de seu tempo, e, até mesmo hoje, a maioria dos computadores modernos tem uma estrutura muito similar à máquina analítica. Somente um século depois, idéias semelhantes foram postas em prática.

Na década de 1880, um estatístico, Herman Hollerith (1860-1929), foi encarregado, pela Agência de Estatística dos Estados Unidos, de desenvolver uma técnica para acelerar o processamento dos dados do censo, que ocorre uma vez a cada 10 anos nos EUA. Como os dados do censo de 1880 levaram quase 8 anos para serem processados, temia-se que os dados coletados de 1890 não estivessem completamente analisados antes de 1900. Hollerith propôs que estes dados fossem perfurados em cartões e automaticamente tabulados, usando-se máquinas especialmente projetadas. Com este novo procedimento, os dados do censo de 1890 foram processados em menos de 3 anos. Influenciados pelo sucesso do esforço americano, os governos do Canadá, Áustria e Rússia também utilizaram as máquinas de Hollerith para o processamento de seus censos durante a década de 1890.

As máquinas de HOLLERITH (chamadas “Tabuladoras”) fizeram tanto sucesso, que ele montou uma empresa para construí-las. A empresa cresceu e após algumas mudanças deu origem em 1924 à IBM (International Business Machine).

O próximo grande marco de desenvolvimento ocorreu nos anos 30, quando um estudante alemão de engenharia chamado Konrad Zuse (1910-1995) construiu uma série de máquinas de calcular automáticas utilizando relés eletromagnéticos. Sua idéia era criar uma máquina que usava relés mecânicos que atuando como chaves, podiam abrir ou fechar automaticamente, o que levou à utilização de números binários em vez de algarismos decimais, utilizadas na engrenagens da máquina de Babbage.

Em 1936, Zuse deixou de ser estudante e profissionalmente criou sua primeira máquina, chamada Z1, baseada em relés mecânicos, que usava um teclado como dispositivo de saída e lâmpadas (dispositivo binário – acesso e apagada) com componente de saída. Zuse realizou alguns aperfeiçoamentos em seu “computador” até concluir, em 1941, o Z3, o qual utilizava relés eletromecânicos e era controlado por programa, sendo talvez o primeiro computador efetivamente operacional do mundo. A informação é introduzida por um teclado, e os resultados exibidos num painel de lâmpadas.

O Z4, último computador de Zuse no período de guerra, aumenta o tamanho das palavras para 32 bits. Levada para Gottingen quando os aliados marcham sobre Berlim, a máquina acaba em Basiléia, na Suíça, onde opera até 1954. Sem conseguir fabricar computadores na Alemanha ocupada, Zuse concentra-se na teoria, desenvolvendo a linguagem "Plankalkul". Ao conseguir novamente fabricá-los, monta a Zuse Company, a maior fabricante de computadores alemã até 1969, quando é incorporada pela Siemens.

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Zuse não conhecia o trabalho de Babbage, e suas máquinas foram destruídas pelo bombardeio de Berlim pelos aliados em 1944, de forma que seu trabalho não teve qualquer influencia nas máquinas posteriores. Mesmo assim, ele foi um dos pioneiros neste campo.

Logo depois, nos Estados Unidos, duas pessoas também projetaram calculadoras, John Atanasoff, no Iowa State College, e George Stibbitz, no Bell Laboratory. A máquina de Atanasoff era surpreendentemente avançada para sua época. Ela utilizava aritmética binária e possuía capacitores para a memória, que eram periodicamente refrescados para evitar que se descarregassem, processo esse denominado por ele de “estimulação da memória”. As pastilhas modernas de RAM (Random Access Memory) dinâmica funcionam exatamente da mesma maneira. Infelizmente, a máquina nunca se tornou operacional. De certa forma, Atanasoff foi como Babbage: um visionário derrotado pela inadequada tecnologia de hardware (parte física) de seu tempo.

O computador de Stibbitz, embora mais primitivo do que o de Atanasoff, funcionava realmente. Stibbitz fez uma demonstração pública em uma conferência no Dartmouth College em 1940. Uma das pessoas da audiência era John Mauchley, um desconhecido professor de física da Universidade da Pennsylvania. Posteriormente, o mundo da computação ouviria mais sobre o Prof. Mauchley.

Howard Aiken estava realizando manualmente tediosos cálculos numéricos como parte de sua pesquisa de doutorado em Harvard. Após seu doutorado, Aiken reconheceu a importância dos cálculos feitos por máquinas. Começou a ler sobre o assunto, e descobriu o trabalho de Babbage e decidiu construir com relés o computador de uso geral que Babbage não conseguiu construir com rodas dentadas.

A primeira máquina de Aiken, o MARK I, uma Calculadora Automática de Seqüência Controlada, foi terminada em Harvard (com o apoio da IBM e da marinha americana), em 1944. O MARK I podia realizar uma soma em seis segundos e uma divisão em 12 segundos. Quando Aiken acabou de construir o sucessor, o MARK II, computadores com relés estavam obsoletos. A era da eletrônica tinha começado.

O final da década de 1930 e o início da de 1940 testemunharam um grande alvoroço nas atividades de desenvolvimento de computadores. Este período, chamado de “anos efervescentes”, foi influenciado grandemente pelo início da II guerra mundial. O esforço de guerra intensificou a necessidade de cálculos científicos e, como exemplo, citamos a produção de tabelas balísticas, tornando possível o funcionamento de diversos projetos-chaves. Além disto, dispunha-se da tecnologia necessária.

Entre os projetos deste período está à construção encomendada pelo exército americano de uma série de cinco computadores de grande porte dos Bell Telephone Laboratories. Chamados de Computadores Bell a relé, devido ao uso de relés eletromecânicos como componente operacional básico, eles representaram um progresso significativo sobre as máquinas de calcular da época.

Ao contrário de alguns de seus contemporâneos, Aiken, que conhecia o trabalho executado por Babbage um século antes, reconheceu sua influência em seus escritos. De fato, o MARK I veio a ser chamado de “o sonho de Babbage torna-se realidade”.

ANALÓGICO X DIGITAL

A diferenciação entre o que chamamos de computador analógico e computador digital é que os analógicos realizam operações aritméticas por meio de analogia (sistema de representação de fenômenos por meio de pontos de semelhança), ou seja, não trabalham com

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números ou símbolos que representem os números, eles fazem analogia direta entre as quantidades; eles medem as quantidades a serem trabalhadas, tendo, portanto, uma analogia entre os valores com os quais pretende trabalhar e os valores internos da máquina.

Já os computadores digitais trabalham diretamente com números, ou seja trabalham realizando operações diretamente com os números, enquanto os analógicos medem.

Primeira Geração - Válvulas (1945-1955)

O estimulo para o computador eletrônico foi a segunda Guerra Mundial. Durante a primeira fase da guerra, os submarinos alemães estavam massacrando os navios britânicos. Ordens eram enviadas para os submarinos por rádio, mas as mensagens eram criptografadas utilizando um aparelho chamado ENIGMA.

A inteligência britânica conseguiu adquirir uma máquina ENIGMA da inteligência polonesa Para decodificar as mensagens, o governo britânico criou um laboratório altamente secreto que construiu um computador eletrônico denominado COLOSSUS. O matemático Alan Turing (1912-1954) ajudou a projetar esta máquina. O COLOSSUS ficou operacional em 1943, mas a linha COLOSSUS nasceu morta, pois todos seus projeto era segredo militar. Vale apenas salientar que foi o primeiro computador eletrônico digital do mundo.

Além de destruir as máquinas de Zuse e estimular a construção do COLOSSUS, a guerra também afetou a computação nos Estados Unidos. O exército precisava de tabelas de alcance para calibragem de mira de sua artilharia pesada, e achava que calculá-las manualmente consumia muito tempo e era sujeito a erros.

Em 1946 foi inventado o primeiro computador eletrônico, por John Mauchley, e seu aluno de pós-graduação, J. Presper Eckert, ao qual deram o nome de ENIAC (Electronic Numerical Integrator And Calculator), ou seja, Computador e Integrador Numérico Eletrônico. Ele foi construído de 1943 a 1946. O ENIAC usava válvulas eletrônicas, substituindo os relés do MARK I, que o tornava capaz de operar com velocidade 1.000 vezes maior. Entre seus muitos componentes, o ENIAC tinha em torno de 18.000 válvulas. Ele ocupava uma área de

aproximadamente 1.400m2, um terço de um campo de futebol e pesava 30 tonelada. O objetivo

do ENIAC era ajudar o exército americano durante a 2ª guerra mundial, ou seja ele podia calcular a trajetória ou ângulo de uma bomba em 20 segundos.

A máquina só ficou pronta em 1946, quando já era muito tarde para ter uso em seus objetivos originais. Entretanto, logo que a guerra acabou, Mauchley e Eckert obtiveram permissão para organizar um curso de verão para descrever o trabalho deles para colegas cientistas. Aquele curso de verão deu início a uma explosão de interesse na construção de grandes computadores digitais.

Após esse histórico curso de verão, muitos outros pesquisadores começaram a construir computadores eletrônicos.

Eckert e Mauchley começaram a construir uma nova máquina, O EDVAC (Electronic Discrete Variable e Automatic Computer, ou seja, Computador Automático Eletrônico de Variáveis Discretas), mas esse projeto foi seriamente afetado quando eles deixaram a Universidade da Pennsylvania para criar uma companhia, a Eckert-Mauchley Computer Corporation, na Philadelphia (o vale do silício não existia ainda). Após uma série de fusões, esta companhia tornou-se a atual Unisys Corporation.

Enquanto isso, uma das pessoas envolvidas no projeto ENIAC, John von Neumann (1903-1957), foi para o Instituto de estudos Avançados de Princeton, para construir sua própria

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versão do EDVAC, a máquina IAS. Neumann Sugeriu que as instruções de operação de um computador fossem armazenadas, não externamente como na fita perfurada, mas dentro da memoria do computador. Observou também que a desajeitada aritmética decimal utilizada pelo ENIAC poderia ser substituída por uma aritmética binária.

Seu projeto básico, agora conhecido como máquina de von Neumann, foi utilizado no EDSAC, o primeiro computador com programa armazenado, e é ainda a base de quase todos os computadores digitais, até mesmo hoje, quase meio século depois.

A máquina de Von Neumann possuía cinco partes básicas: a memória, a unidade lógica-aritmética, a unidade de controle de programa e os equipamentos de entrada e saída. Mais ou menos na mesma época em que von Neumann estava construindo a máquina IAS, pesquisadores do M.I.T. estavam também construindo um computador. Ao contrario do IAS, ENIAC e outras máquinas deste tipo, que possuíam células com comprimento longo e que visavam ao cálculo numérico pesado, a máquina do M.I.T., o Whirlwind I, possuía células de 16 bits e foi projetado para controle de tempo real.

Enquanto tudo isso acontecia, a IBM era uma companhia pequena engajada no ramo da fabricação de perfuradores de cartões e de máquinas mecânicas de classificação de cartões. Embora a IBM fosse um dos financiadores de Aiken, ela não estava muito interessada em computadores até produzir o IBM 701 em 1953, muito tempo depois da companhia de Eckert e Mauchley já ser a número um do mercado comercial com o seu computador UNIVAC (Computador Automático Universal). Foi a primeira de uma série de máquinas científicas que vieram a dominar a indústria em uma década. Em 1958, a IBM iniciou a produção de sua última máquina a válvulas, o IBM 709, que era basicamente uma versão melhorada do IBM 704.

Segunda Geração - Transistores (1955-1965)

O transistor foi inventado no Bell Labs em 1948 por John Bardeen, Walter Brattain e William Shockley, pelo qual foram agraciados com o prêmio Nobel de Física de 1956. Nos 10 anos seguintes o transistor revolucionou os computadores, e no final dos anos 50 os computadores a válvulas estavam obsoletos. O primeiro computador transistorizado foi construído no Lincoln Laboratory do M.I.T., uma máquina de 16 bits baseada no Whirlwind I. Foi denominada TX-0 (Transistorized eXperimental computer 0, ou seja, computador transistorizado experimental 0).

Quando o PDP-1 finalmente apareceu em 1961, o desempenho era a metade daquele do IBM 7090, a máquina transistorizada sucessora do 709, e o mais rápido computador do mundo naquele tempo. O PDP-1 custava US$ 120.000, e o IBM 7090 custava milhões. A DEC vendeu dezenas de PDP-1, e a indústria de minicomputadores nascia.

Um dos primeiros PDP-1 foi doado ao M.I.T., onde rapidamente atraiu a atenção de alguns desses jovens gênios tão comuns nesse instituto. Uma das muitas inovações que o PDP-1 trazia era um display visual (CRT - Tubo de Raios Catódicos) e a capacidade de se plotar pontos em qualquer posição de uma tela. Em pouco tempo, os estudantes já tinham programado o PDP-1 para jogar guerra nas estrelas, e o mundo tinha assim seu primeiro videogame.

Entrementes, a reação da IBM ao transistor foi construir uma versão transistorizada do IBM 709, o IBM 7090, como já dissemos antes, e mais tarde o IBM 7094. O 7090 e o 7094 marcaram o fim das máquinas do tipo ENIAC, e dominaram a computação científica durante vários anos na década de 60.

Ao mesmo tempo que a IBM tornou-se uma importante força na computação científica com o 7094, ela ganhou muito dinheiro vendendo uma pequena máquina de orientação comercial, denominada IBM 1401. Esta máquina podia ler e escrever em fitas magnéticas, ler e

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perfurar cartões, e imprimir quase tão rapidamente quanto o 7094, por uma fração do preço. Não era boa para aplicações científicas, mas perfeita para manter registros comerciais. O IBM 1401 era incomum no fato de não possuir registradores.

Em 1962 foram usados pela primeira vez discos magnéticos para o armazenamento de informações, no computador Atlas. Na época, além de serem gigantescos, os computadores usavam imensas unidades de fita magnética para o armazenamento de informações para uso posterior, além de sistemas de cartões perfurados, onde as informações que você queria passar para o computador eram marcadas através de perfurações feitas em cartões para a posterior leitura pelos computadores - processo extremamente demorado. Obviamente tais discos magnéticos ainda estavam longe de serem parecidos com os discos magnéticos como conhecemos hoje em dia.

Em 1964, uma nova companhia iniciante, CDC (Control Data Corporation), lançou o CDC 6600, uma máquina que era quase uma ordem de grandeza mais rápida que o poderoso IBM 7094. Foi amor à primeira vista entre os trituradores de números, e o CDC 6600 foi lançado assim para o sucesso. O segredo de sua velocidade, e a razão de ser muito mais rápido do que o IBM 7094, era que dentro do processador havia uma máquina altamente paralela. Ela possuía diversas unidades funcionais para fazer adições, outras para fazer multiplicações, e ainda uma outra para divisão, e todas elas podiam executar em paralelo.

Houve muitos outros computadores nesta geração, mas um sobressaiu-se por uma razão muito diferente, e vale mencionar: o Burroughs B5000. Os projetistas de máquinas como o PDP-1, o IBM 7094 e o CDC 6600 estavam todos completamente preocupados com o hardware, ou fazendo-o barato (DEC) ou rápido (IBM e CDC). O software era quase completamente irrelevante. Os projetistas do B5000 tomaram uma direção diferente. Eles construíram uma máquina com a intenção especifica de programá-la em Algol 60, uma linguagem de programação precursora do Pascal, e incluíram muitos aspectos no hardware para facilitar a tarefa do compilador. A idéia de que o software também importava nascia. Infelizmente, ela foi esquecida quase que imediatamente.

Terceira Geração - Circuitos Integrados (1965-1980)

Considerados uma evolução quase natural da tecnologia dos transistores, os circuitos integrados surgiram da necessidade cada vez maior de miniaturização e economia de custo dos circuitos eletrônicos.

Sua idéia fora proposta pela primeira vez por G. W. A. Dummer em 1952, mas a visão de Dummer fora um tanto adiantada para o seu tempo, e a tentativa de pôr em prática sua proposta fracassou.

O primeiro protótipo real do que viria a ser um circuito integrado foi desenvolvido por Jack Kilby, em 1958, enquanto trabalhava para a Texas Instruments. Este proto-chip media um centímetro de comprimento e continha apenas cinco componentes interligados uns aos outros por fios. O grande mérito de Kilby foi ter provado que era possível construir componentes, como resistores e capacitores, com o mesmo material semicondutor dos transistores. Deste modo era possível integrá-los em uma única placa.

Logo surgiur outro modelo, de fabricação mais fácil, desenvolvido pela empresa de Willian Shockley, que já havia sido o criador do transistor de junção. Entretanto, oito de seus melhores funcionários, cansados de suas excentricidades, resolveram fundar uma empresa própria: a Fairchild Semiconductor, responsável, juntamente com empresas dissidentes como a Intel, pelos maiores avanços nesse ramo de pesquisa, entre eles a criação da primeira memória ROM em um chip (256 bits).

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Em 1959, Robert Noyce, criou um novo dispositivo, bem mais eficiente que o de Kilby. Sua principal vantagem era que a ligação entre os diversos componentes era gravada no próprio material semicondutor - abandonando o método anterior de inserir manualmente pequenos fios, com a ajuda de um microscópio. Este circuito foi tão mais prático que o de Kilby que a própria Texas Instruments o adotou.

No terreno das memórias, a Intel foi a pioneira, companhia fundada por Noyce e outros ex-integrantes da Fairchild. Foi dela a criação da primeira memória RAM em um chip, capaz de armazenar 1 Kbit de informação. Um outro marco fundamental fincado pela Intel foi a criação do primeiro chip programável, o 4004, criado por Marcian Ted Hoff em 1971.

O último grande avanço desta tecnologia foi o aproveitamento do transistor MOS, inventado pela RCA na década de 60. O transistor MOS tornou possível "espremer" um número ainda maior de componentes em uma pastilha, a custos cada vez menores. Também possibilitou a criação de microprocessadores com capacidade igual ou até superior a de máquinas contemporâneas de grande porte.

A invenção do circuito integrado possibilitou que dezenas de transistores fossem colocados em uma única pastilha. Este encapsulamento tornou possível construir computadores menores, mais rápidos e mais baratos que seus predecessores transistorizados. Alguns dos mais significativos computadores desta geração são descritos abaixo.

Por volta de 1964, a IBM era o fabricante lider de computadores, e tinha um grande problema com suas máquinas de grande sucesso, o 7094 e o 1401: eram totalmente incompatíveis entre si. Uma era uma processadora de números altamente veloz (number cruncher), e a outra era uma excelente processadora de Entrada/Saída. Muitos clientes possuíam ambos, e não gostavam da idéia de ter dois departamentos de programação com nada em comum.

Quando chegou o momento de substituir estas duas séries, a IBM deu um passo radical. Lançou uma única linha de produtos, o System/360, baseada em circuitos integrados, projetada tanto para computação científica quanto comercial. O System/360 continha muitas inovações, a mais importante delas era que esta família, de cerca de meia dúzia de máquinas, possuía a mesma linguagem de montagem. Um cliente poderia substituir seu IBM 1401 por um 360 Modelo 30, e seu IBM 7094 por um 360 Modelo 75. O modelo 75 era maior e mais rápido (e mais caro), mas o software escrito para um deles poderia, em princípio, ser executado no outro. Na prática, o software escrito para o modelo pequeno executaria em um modelo maior sem problemas, mas, quando mudássemos para uma máquina menor, o programa poderia não caber na memoria. Todavia, este foi um grande avanço em relação à situação existente com o 7094 e o 1401. A idéia de família de máquinas foi aceita imediatamente, e poucos anos depois a maioria dos fabricantes de computadores possuía uma família de máquinas comuns apresentando uma grande variação de preços e desempenho.

Uma outra importante inovação do IBM 360 foi a multiprogramação, com vários programas presentes na memória simultaneamente, de forma que quando um estiver esperando pela Entrada/Saída ser completada, um outro poderia estar sendo executado.

O 360 também foi à primeira máquina que podia emular (simular) outros computadores. Os modelos menores podiam emular o 1401, e os maiores podiam emular o 7094, de forma que os clientes podiam continuar a executar seus antigos programas binários sem modificações, enquanto eram convertidos para o 360. Alguns modelos executavam os programas do 1401 tão mais rapidamente que o próprio, que muitos clientes nunca os converteram.

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O mundo do minicomputador deu um enorme passo à frente na terceira geração com o lançamento, pela DEC, do PDP-11, um sucessor de 16 bits do PDP-8. Tanto o IBM 360 e o PDP-11 possuíam registradores orientados para palavras e memória orientada para bytes (8 bits). O PDP-11 obteve um enorme sucesso, especialmente nas universidades, e manteve a liderança da DEC em relação aos outros fabricantes de minicomputadores.

Toda informação introduzida em um computador precisa ser entendida pela máquina, para que possa interpretá-la e processá-la.

Considerando que é muito mais simples e confiável projetar um circuito capaz de gerar e manipular o menor número de valores distintos, optou-se por uma máquina binária, isto é, capaz de entender apenas dois valores diferentes: 0 e 1.

Toda a informação introduzida em um computador é convertida para a forma binária. A menor unidade de informação armazenável em um computador é o algarismo binário ou dígito binário, conhecido como bit (contração das palavras inglesas binary digit). O bit pode ter, então, somente dois valores: 0 ou 1.

Evidentemente, com possibilidades tão limitadas, o bit pouco pode representar isoladamente; por essa razão, as informações manipuladas por um computador são codificadas em grupos ordenados de bits, de modo a terem um significado útil.

A primeira definição formal atribuída a um grupo ordenado de bits, para efeito de manipulação interna mais eficiente, foi instituída pela IBM e é, atualmente, utilizada por praticamente todos os fabricantes de computadores. Trata-se do byte, definido como um grupo ordenado de 8 bits, tratados de forma individual, como unidade de armazenamento e transferência.

Como os principais códigos de representação de caracteres utilizam grupos de 8 bits por caractere, os conceitos de byte e caractere tornam-se semelhantes e as palavras, quase sinônimas. É costume, no mercado, construírem memórias cujo acesso, armazenamento e recuperação de informações são efetuadas byte a byte. Por essa razão, em anúncios de vendas de computadores, menciona-se que ele possui “64 Kbytes de memória” ou 12 Mbytes de memória”.

A Miniaturização

Com o advento do circuito integrado, a principal preocupação dos projetistas passou a ser a diminuição do espaço físico dos circuitos. Isto permitiria baixar o preço dos componentes além de introduzir ganhos significativos de desempenho.

Quarta Geração - Computadores Pessoais e VLSI (1980-20??)

Nos anos 80, a VLSI (Very Large Scale Integration, ou seja, Integração em Escala Muito Grande) tornou possível colocar dezenas de milhares, depois centenas de milhares, e finalmente milhões de transistores em uma única pastilha. Este desenvolvimento levou a computadores menores e mais rápidos. Antes do PDP-1, os computadores eram tão grandes e caros que as companhias e universidades tinham que ter departamentos especiais, denominados centros de computação, para operá-los. Com o advento do minicomputador, um departamento podia comprar seu próprio computador. Por volta de 1980, os preços tinham caído tanto que era possível a uma pessoa física possuir seu próprio computador. A era do computador pessoal tinha começado.

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Os computadores pessoais foram utilizados de uma maneira bastante diferente daquela dos grandes computadores. Eles eram usados para processamento de texto, planilhas e inúmeras aplicações altamente interativas que os computadores maiores não realizavam bem.

Atualmente, os computadores podem ser divididos grosseiramente em cinco categorias, como mostrado na Figura 2.4. Elas se baseiam em tamanho físico, desempenho e áreas de aplicação. Na categoria de cima, temos os computadores pessoais, máquinas de mesa (desktop) que utilizam uma única pastilha processadora, geralmente dedicados a um único usuário. Eles são amplamente usados em escritórios, em ensino e para uso doméstico.

Máquina Tipo Exemplo Exemplo de uso

Computador Pessoal

IBM PS/2 Processamento de texto, Planilhas

Minicomputador PDP-11/84 Controle tráfego aéreo em tempo real, Automação industrial

Supermini SUN-4 Servidora de arquivos (rede), Sistemas de tempo compartilhado

Mainframe IBM-3090/300

Bancos, Reservas de passagens aéreas

Supercomputador Cray-2 Previsão do tempo Cinco tipos comuns de computadores

Os minicomputadores são amplamente utilizados em aplicações de tempo real, por exemplo, para controle de tráfego aéreo ou automação industrial. Dizer precisamente em que consiste um minicomputador é difícil, pois muitas companhias fabricam produtos que consistem em um microprocessador de 16 ou 32 bits, certa quantidade de memória e algumas pastilhas de Entrada/Saída, tudo em uma única placa.

O Supermini é essencialmente um minicomputador muito grande, quase sempre baseado em um processador de 32 bits, e geralmente equipado com dezenas de Gigabytes de memória. Tais máquinas são usadas como sistemas departamentais de tempo compartilhado, como servidoras de arquivos (em rede), e muitas outras aplicações. Estas máquinas modernas são muito mais poderosas do que o IBM 360 modelo 75, o mainframe mais poderoso do mundo quando foi lançado em 1964.

Os mainframes tradicionais descendem de máquinas do tipo IBM 360 e CDC 6600. As diferenças reais entre um mainframe e um supermini estão na capacidade de Entrada/Saída e nas aplicações para as quais são usados. Um supermini típico pode ter um ou dois discos de 1 gigabyte, um mainframe pode ter 100 deles. Os superminis são utilizados normalmente para aplicações interativas, enquanto que a maioria dos mainframes é usado para grandes jobs em lote (batch) ou para processamento de transações, tais como bancos ou reservas de passagens aéreas, onde grandes bancos de dados são necessários.

Na extremidade superior do espectro estão os supercomputadores. Normalmente são muito caros e muitos grandes para aplicações comerciais típicas. Eles tendem a serem usados basicamente em aplicações cientificas pesada, tais como o monitoramento de condições climáticas, projetos de aeronaves, pesquisa nuclear, etc. São tipicamente usados para simulações na exploração e produção de petróleo, análise estrutural, dinâmica computacional dos fluidos, física e química, projetos eletrônicos, pesquisas em energia nuclear e meteorologia. Também são empregados para imagens animadas de computação gráfica em tempo real.

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No total, existem poucas centenas destes computadores em uso nos EUA. Apenas os maiores fabricantes, como IBM, Control Data, Amdahl e Burroughs constróem estes computadores.

Durante anos, os nomes supercomputador e Seymour Cray foram quase sinônimos. Cray projetou o CDC 6600 e seu sucessor, o 7600. Depois ele criou sua própria companhia, a Cray Research, para construir o Cray-1 e o Cray-2. Em 1989, Cray deixou-a para formar uma outra companhia para construir o Cray-3.

A Lei de Moore

O aumento da capacidade de agrupamento de transistores num único chip sempre foi um dos grande objetivos das empresas produtoras de semicondutores já que este aumento deve estar diretamente relacionado a potencialidade de um microprocessador e consequentemente a computadores mais avançados.

Uma das frases mais conhecidas neste meio deve-se a Gordon Moore quando presidente

da Intel em 1965. Moore disse o que ficou conhecido como a Lei de Moore: "O poder de processamento dos chips dobra a cada dezoito meses".

Resumo das Gerações

1ª GeraçãoNesta geração, os computadores usavam milhares de válvulas, enormes sistema de refrigeração (para controlar a temperatura) e quilômetros de fios, ocupando verdadeiros edifícios. A velocidade de processamento era na ordem de milésimos de Segundos.

2ª GeraçãoOs transistores foram inventados, eliminando as inconvenientes válvulas, deixando as máquinas menores, mais baratas e mais rápidas. A velocidade passou para milionésimos de segundos.

3ª GeraçãoSurgiu a técnica dos micro-circuitos ou Circuitos de estado sólido (Chips de Silício), miniaturizando mais ainda a máquina. A velocidade vai para bilionésimos de segundos.

4ª GeraçãoUtiliza circuitos integrados em altíssima escala. É a geração atual. A velocidade atinge os trilionésimos de segundos quase a velocidade da luz.

Arquitetura de Computadores

Os Componentes Básicos de um Computador

A função de um computador é processar dados. Para processá-los é preciso movê-los até a (UCP ou CPU) Unidade Central de Processamento, armazenar resultados intermediários e finais em locais onde eles possam ser encontrados mais tarde e controlar estas funções de transporte, armazenamento e processamento. Portanto, tudo que um computador faz pode ser classificado

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como uma destas quatro ações elementares: processar, armazenar e mover dados ou controlar estas atividades. Por mais complexas que pareçam as ações executadas por um computador, elas nada mais são que combinações destas quatro funções básicas.

A função de mover dados é executada através do fluxo da corrente elétrica ao longo de condutores que ligam os pontos de origem e destino e não depende de elementos ativos. As funções de controle são igualmente executadas através de pulsos de corrente, ou "sinais", propagados em condutores elétricos (estes pulsos são interpretados pelos componentes ativos, fazendo-os atuar ou não dependendo da presença ou ausência dos sinais). Portanto estas duas funções, transporte e controle, para serem executadas só dependem da existência de condutores elétricos (fios, cabos, filetes metálicos nas placas de circuito impresso, etc.) e não exigem o concurso de componentes ativos.

Restam as funções de armazenar e processar dados.

Processar dados consiste basicamente em tomar decisões lógicas do tipo "faça isso em função daquilo". Por exemplo: "compare dois valores e tome um curso de ação se o primeiro for maior, um curso diferente se ambos forem iguais ou ainda um terceiro curso se o primeiro for menor". Todo e qualquer processamento de dados, por mais complexo que seja, nada mais é que uma combinação de ações elementares baseadas neste tipo de tomada de decisões simples. O circuito eletrônico elementar capaz de tomar decisões é denominado "porta lógica" (logical gate), ou simplesmente "porta".

Armazenar dados consiste em manter um dado em um certo local enquanto ele for necessário, de tal forma que ele possa ser recuperado quando o sistema precisar dele. O circuito lógico elementar capaz de armazenar um dado (expresso sob a forma do elemento mínimo de informação, o "bit", que pode exprimir apenas os valores numéricos "um" ou "zero" ou ainda os valores lógicos equivalentes, "verdadeiro" ou "falso") é a célula de memória – um dispositivo capaz de assumir um dentre dois estados possíveis e manter-se nesse estado até que alguma ação externa venha a alterá-lo (dispositivo "bi-estável").

Tendo isto em vista, pode-se concluir que todo computador digital, por mais complexo que seja, pode ser concebido como uma combinação de um número finito de apenas dois dispositivos básicos, portas lógicas e células de memória, interligados por condutores elétricos.

Resta ver como é possível implementar estes dispositivos usando componentes eletrônicos.

Lógica Digital

Todo o raciocínio lógico é baseado na tomada de uma decisão a partir do cumprimento de determinadas condições. Inicialmente tem-se os dados de entrada e uma condição (ou uma combinação de condições). Aplica-se a condição aos dados de entrada para decidir quais são os dados de saída. Talvez o exemplo mais célebre e mais sucinto disto seja o conhecido apótema de Descartes: "Penso, logo existo".

A lógica digital não é diferente. Mas apresenta uma peculiaridade: trabalha apenas com variáveis cujos valores alternam exclusivamente entre dois estados e não admitem valores intermediários. Estes estados podem ser representados por "um" e "zero", "sim" e "não", "verdadeiro" e "falso" ou quaisquer outras grandezas cujo valor possa assumir apenas um dentre dois estados possíveis. Portanto, a lógica digital é a ferramenta ideal para trabalhar com grandezas cujos valores são expressos no sistema binário.

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Para entender a lógica digital usemos como exemplo o estatuto do Clube do Bolinha. Quem desejar informações mais detalhadas pode consultar a literatura especializada (recomenda-se a coleção de revistas em quadrinhos que tratam do assunto), porém isso dificilmente será necessário, uma vez que o referido estatuto é singelo e consiste de um único artigo, excludente: "Menina não entra". Esta é a condição.

O dado de entrada é a situação do pretendente em relação à condição de ser menina. O dado de saída, ou seja, a decisão sobre o fato do pretendente poder ou não entrar no Clube, é obtido mediante a aplicação da condição ao dado de entrada. É menina? Sim ou não? A decisão é "sim" se o pretendente "não" for menina. E "não" se, "sim", for menina. Este é um exemplo da mais simples das condições, na qual há apenas um dado de entrada e o dado de saída é exatamente o oposto dele: um "sim" gera um "não" e um "não" gera um "sim". Esta condição é representada pela porta lógica NOT (o advérbio "não" em inglês).

Agora vamos dar um passo adiante. Imaginemos que o Sr. Bolinha decidiu dar uma festa para os membros do clube, porém resolveu cobrar o ingresso para cobrir os custos do evento. Portanto, para entrar, além de ser membro, há que comprar um ingresso. Numa situação como essa a condição é mais complexa. Os dados de entrada agora são dois: a situação do pretendente em relação ao fato de ser membro do clube (sim ou não) e a posse do ingresso (sim ou não). Para que o dado de saída seja "sim", ou seja, para que o pretendente ingresse na festa, ele tem que cumprir AMBAS as condições. Não basta ser membro do clube ("sim" para a primeira condição) se não possui o ingresso ("não" para a segunda). Nem basta possuir o ingresso ("sim" para a segunda condição) se não é membro ("não" para a primeira). A decisão é tomada submetendo os dados de entrada à condição. Para uma decisão "sim" que garante a entrada na festa é preciso, ao mesmo tempo, "sim", ser membro do clube e, "sim", dispor do ingresso. Ou seja, a saída somente será "sim" se ambos os dados de entrada forem "sim". Esta condição é representada pela porta lógica AND (a conjunção aditiva "e" em inglês).

Tomemos ainda outro exemplo. Imaginemos que os membros do clube tenham levado ao Presidente um reclamo: sendo eles membros, e sendo a festa no clube, por que razão tinham que pagar ingresso? O Sr. Bolinha considerou o pleito justo, mas alegou que ainda assim precisaria de recursos para cobrir os custos. Decidiu-se então abrir o evento à toda a comunidade e não apenas aos membros do clube, cobrando o ingresso apenas dos que não fossem membros. Então, para entrar, seria necessário ou ser membro do clube ou comprar um ingresso. Cumprida qualquer uma das duas condições, seja qual for, o pretendente poderia entrar, independentemente da outra. Examinemos a primeira condição. Comprou ingresso? Sim ou não? Se "sim", a primeira condição está cumprida e a decisão é "sim", o pretendente pode entrar. Mas imaginemos que, "não", ele não comprou o ingresso. Examinemos então a segunda condição. É membro do clube? Sim ou não? Se "sim", a segunda condição foi cumprida e "sim", ele pode entrar mesmo sem ingresso. Em um caso como este, para que o dado de saída seja "sim" basta que um dos dados de entrada seja "sim". Esta condição é representada pela porta lógica OR (a conjunção alternativa "ou" em inglês).

Em um computador, todas as operações são feitas a partir de tomadas de decisões que, por mais complexas que sejam, nada mais são que combinações das três operações lógicas correspondentes às condições acima descritas: NOT, AND e OR. Para tomadas de decisões mais complexas, tudo o que é preciso é combinar estas operações. E para isto é necessário um conjunto de ferramentas capaz de manejar variáveis lógicas.

Esse conjunto de ferramentas é a chamada "Álgebra Booleana".

Algumas Definições

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A Arquitetura de Computadores trata do comportamento funcional de um sistema computacional, do ponto de vista do programador (ex. tamanho de um tipo de dados – 32 bits para um inteiro). A Organização de Computadores trata da estrutura interna que não é visível para o programador (ex. freqüência do relógio ou tamanho da memória física). Existe um conceito de níveis na arquitetura de computadores. A idéia básica é que existem muitos níveis nos quais o computador pode ser considerado, do nível mais alto, onde o usuário executa programas, ao nível mais baixo, que consiste de transistores e fios. Máquina de Cálculo de Pascal executa operações aritméticas básicas (1a metade do século XVII). Não contém o que se consideram as partes básicas de um computador. Apenas no século XIX Babbage reuniu os conceitos de controle mecânico e cálculo mecânico numa máquina que possui as partes básicas de um computador digital.

O Modelo de von Neumann.

O modelo de von Neumann possui cinco componentes principais:

1. Unidade de Entrada; 2. Unidade de Saída;3. Unidade Lógica Aritmética;4. Unidade de Memória;5. Unidade de Controle.

O Modelo Barramento de Sistema

Refinamento do modelo de von Neumann, o modelo de barramento de sistema possui uma CPU (ALU e controle), memória e uma unidade de entrada/saída (I/O). A comunicação entre os componentes é realizada através de um caminho compartilhado chamado barramento de sistema (bus), constituído do barramento de dados, do barramento de endereços e do barramento de controle. Existe também um barramento de energia e algumas arquiteturas podem ter um barramento de I/O separado.

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Níveis de Máquinas

Existe um certo número de níveis em um computador (o número exato é discutível), do nível do usuário descendo ao nível do transistor. Descendo a partir do nível mais alto, os níveis se tornam menos abstratos e mais da estrutura interna do computador se torna visível.

Os 5 componentes do modelo de von Neumann são visíveis na placa mãe, assim como no barramento de sistema.

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Os supercomputadores, que são produzidos em baixo volume e possuem alto custo, foram muitas vezes substituídos por máquinas de baixo custo produzidas em larga escala que oferecem uma melhor relação preço-desempenho.Conhecendo o Computador

O que é um Computador?

O Computador nada mas é do que um aparelho (ferramenta) que executa tarefas repetitivas que sabemos como fazer e armazena uma grande quantidade de dados. Muitas vezes queremos poupar nosso tempo ou executar essas tarefas repetitivas de uma maneira prática e econômica. Podemos tomar como exemplo a criação e edição de um texto. Para que utilizar um computador para criar um texto se nós mesmos podemos escrevê-lo a mão ou digitá-lo em uma máquina de escrever? O Computador executa as tarefas repetitivas (escrever, apagar, corrigir, duplicar, aumentar, diminuir, pular a linha, centralizar, justificar) e nós, que operamos o computador, apenas criamos e editamos o texto no computador.

O Computador pode ser dividido em Hardware e Software, existe uma divisão quanto à aplicabilidade que divide o computador em Corporativo ou SOHO

Hardware é a parte física do computador.

Software é à parte dos: Programas, Aplicativos, Sistema Operacional, etc.

O conceito do Hardware do computador é dividido a partir de sua CPU (Central Processing Unity) ou UCP (Unidade Central de Processamento), que é o processador e ele está

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contido na placa mãe que está interna a um gabinete, que é a carcaça do computador, tudo aquilo que está fora do processador (da CPU) é chamado de Periférico, está entorno, envolta.

Então temos os periféricos INTERNOS (que estão dentro do mesmo gabinete que o processador, por convenção) e temos os EXTERNOS, que obviamente estão fora deste gabinete. Os Periféricos ainda se subdividem em: Periféricos de Entrada, Periféricos Saída ou Periféricos Híbridos (que simultaneamente são de entrada e saída). Muitos periféricos que num passado estavam na categoria de Saída, por exemplo, hoje são híbridos com o passar da evolução tecnológica.

O Gabinete, habitualmente é chamado de CPU, em alusão a em seu interior estar o processador, o CPU, isto é uma convenção.

Os Periféricos são Componentes, Aparelhos ou placas que enviam ou recebem informações do Computador. Cada periférico tem sua função definida e executa ou envia tarefas ao Computador de acordo com essa função.

Dispositivos

Analisaremos sequencialmente os componentes, entendendo seu funcionamento para só então conseguirmos entender o funcionamento do computador como um conjunto, uma unidade. Sem este conhecimento não será possível construir um diagnostico, pois está é a fase mais importante. Eu não tenho como saber se algo está errado quanto ao seu funcionamento, se desconheço como deveria funcionar. Este é o principio. Então devemos estar familiarizados com o funcionamento de cada parte, como se “encaixa”, qual papel preponderante desempenha, para conseguirmos ter a percepção da falha e podermos identificar o efeito e a causa.

Na área de informática muito se trabalha com conhecimento e lógica, mas também com intuição. E intuição é como um “sexto sentido” que se adquiri com o passar do tempo, com a experiência, com a segurança adquirida.

Conhecendo o Computador Periféricos Internos

Fontes

Fontes de alimentação, economia e os danos provocados quando há oscilação de energia.

As fontes de alimentação utilizadas nos micros, monitores, aparelhos de fax, televisores, videocassetes e outros  equipamentos modernos e atuais são do tipo chaveada, equipamentos mais antigos se utilizam fontes lineares. As fontes lineares empregam pesadíssimos transformadores e uma boa parte da potência consumida é perdida na forma de calor, cerca de 40 a 50%, ocupam grandes espaços e são de fácil manutenção utilizando semicondutores simples tais como diodos e transistores associados a capacitores. Já as fontes chaveadas cada vez mais leves, e confiáveis, têm um rendimento bastante elevado, com eficiências entre 70 e 80%. Decorrente desta eficiência, as perdas na forma de calor são baixas. Não requerem grandes transformadores e daí serem leves. Porém seus circuitos são mais complexos funcionam em altas freqüências e geram ruído mais eletromagnético que as às tradicionais fontes lineares demandando o uso de filtros especiais. O custo das fontes chaveadas é muito menor que o das fontes lineares, daí se trocar tais dispositivos em vez de consertá-los.

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Para os micros, dispomos dois tipos de fontes chaveadas: AT e ATX, e seu funcionamento básico é o mesmo. Os micros mais antigos usam as do tipo AT, que fornecem tensões  +5, +12,-5 e -12 Volts e um sinal denominado Power Good. A placa mãe está constantemente  monitorando este sinal e ao ser detectada alguma alteração a placa mãe, em teoria, "resseta" o sistema.

As fontes ATX, mais modernas apresentam novos recursos, complementando os anteriores. Foi acrescido um sinal denominado +5V Stand by o qual permanece ativo desde que a fonte esteja conectada a uma tomada. A sistemática de ativação foi alterada, o “chicote" de ativação da fonte foi dispensado e a chave de energização do painel passou a ser conectada à própria placa mãe, a qual conta com um circuito especial de ativação. Este sinal   (+5VStand by) garante um suprimento de um mínimo de energia  a dispositivos tais como placas de rede, modems, teclados e a própria placa mãe permitindo que estes possam 'acordar' a fonte ATX, este sinal viabiliza o recursos de inicialização rápida conhecidos por suspend to RAM (STR) e Wake on LAN. Assim sendo, se deve ter bem  mais cuidado ao manipular um  micro com tecnologia ATX, para o desligamento total, devemos desconectar cabo de força da tomada, mas devido à atuação do +5VStand by  quando se conecta de volta o cabo de força, tais equipamentos podem se ligar automaticamente. Isso não só acontece com os micros, acontece também com TVs e Videocassetes. No caso mesmo no estado de Power OFF estão energizados, aguardando um sinal do controle remoto.

Da mesma forma quando há falta de energia, ao retornar, isto também ocorre os equipamentos se ligam. Porém quando há oscilação de energia (quando fica piscando), tais equipamentos ficam num estado de liga e desliga, liga e desliga, oscilando, o que com certeza pode vir a danificá-los. A comissão de Energia declarou ser da responsabilidade das Distribuidoras, o ressarcimento de danos que possam vir a ocorrer devido aos apagões, mas aí é uma outra estória, para tal teremos que ir a uma delegacia e registrar um Boletim de Ocorrência BO e só depois ir reclamar os direitos. O melhor é desconectar com antecedência aparelhos das tomadas. Isto se "eles", das concessionárias, forem bonzinhos e nos e avisarem com antecedência o apagão.

Gabinetes

São “caixas”, construídas geralmente de metal e pintadas em cores branco gelo ou areia, hoje em dia esta ficando comum equipamento nas cores preto ou grafite o que era cor padrão para eletrodoméstico, mas existem outras cores em uso como o azul e vermelho. É nesta caixa onde são instalados os componentes que formam um micro (fonte de alimentação, placa mãe, disco rígido, unidade de cd-rom, disquete, placa de vídeo, memórias e demais periféricos internos).

Normalmente chamamos o gabinete de “CPU”, pois temos como referencia os periféricos internos (fonte de alimentação, placa mãe, disco rígido, unidade de cd-rom, disquete, placa de vídeo, memórias, etc) a CPU e os Externos (monitor. Mouse, teclado, impressora, scanner, caixas acústicas, etc), mas não confunda CPU – Gabinete com CPU – Central Única de Processamento, ou seja o processador do micro.

Há pouco tempo atrás, gabinetes eram praticamente todos iguais. Hoje, muitos "micreiros” e “gamers” querem, além de um computador poderoso, um gabinete que, além de funcional, seja bonito e diferenciado, tendo um desenho arrojado e agressivo. Além disso, todo micro atual de alto desempenho necessita de uma excelente refrigeração.

Existem gabinetes especiais para racks, geralmente utilizados por servidores (dados, internet, vigilância, firewall, etc), este tipo de gabinete tem como referencia de tamanho uma

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medição em U´s e variam normalmente de 1 U ate 4 U´s. o gabinete mais usual é o Desktop (que fica sobre o monitor) e o torre ou minitorre.

Disco Rígido

Os Discos Rígidos possuem dois tipos de componentes: internos e externos. Os componentes externos estão localizados na placa de circuito impresso chamada placa lógica, enquanto que os componentes internos estão localizados em um compartimento selado chamado HDA ou Hard Drive Assembly.

Você não deve abrir um disco rígido ou poderá correr o risco de inutilizá-lo. Os discos rígidos são montados em salas limpas (mais limpas do que centros cirúrgicos) e então são selados. Qualquer partícula de poeira dentro do HDA pode destruir a superfície do disco, já que os discos giram em alta velocidade (pelo menos 5.400 rpm nos dias de hoje). Isso não fará apenas com que haja perda de dados, mas também a destruição física da superfície do disco.

Por isso, não há muito que fazer dentro do HDA – pelo menos pelo técnico comum. Apenas empresas de recuperação de dados equipadas com salas limpas podem abrir e substituir componentes dentro do HDA. Por outro lado, a placa lógica pode ser substituída por qualquer técnico e este é um procedimento muito importante para recuperação de dados em discos rígidos considerados “mortos”.

Antes de explorarmos os componentes localizados tanto na placa lógica quanto dentro do HDA, daremos uma olhada nos conectores encontrados em um disco rígido.

Conectores

Os discos rígidos possuem basicamente dois conectores, um de alimentação e outro para troca de dados com o computador. Este segundo conector é mais conhecido como “interface”. A interface mais comum para usuários finais é chamada de ATA (Advanced Technology Attachment), enquanto que a interface SATA (Serial ATA) foi criada para substituir a ATA e começa a se tornar popular no mercado. Após o lançamento do SATA, a interface ATA passou a ser chamada de PATA (Parallel ATA). Uma outra interface famosa é a SCSI (Small Computer Systems Interface), mas ela é voltada para o mercado de servidores de rede e raramente utilizada em computadores para usuários finais.

Entre os conectores de alimentação e interface temos um conjunto de jumpers que selecionam o disco rígido. O jumper mestre/escravo (master/slave) em discos rígidos ATA pode ser configurado de três maneiras:

Mestre: Significa que este é o único disco rígido que estará ligado ao cabo ou será o primeiro disco rígido quando dois discos forem ligados ao cabo.

Escravo: Significa que este é o segundo disco rígido que estará ligado ao cabo. CS (Cable Select): Significa que, com a utilização de um cabo “especial”, chamado CS, a

configuração de quem será o mestre e o escravo será determinada pela posição do disco rígido no cabo e não pela configuração do jumper.

O padrão Serial ATA introduziu um novo conector de alimentação, que é muito diferente do conector padrão utilizado por discos rígidos. Como o padrão Serial ATA está começando a aparecer no mercado, você encontrará discos rígidos Serial ATA com ambos os conectores de alimentação. Você precisa usar apenas um deles, não os dois ao mesmo tempo.

Placa Lógica

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Na placa lógica você encontrará todos os circuitos responsáveis por controlar o disco rígido. Atualmente, com o alto grau de integração existente, você encontrará apenas três ou quatro circuitos integrados grandes na placa lógica. Geralmente o circuito maior é o controlador do disco rígido. Ele é responsável por controlar tudo: as trocas de dados entre o disco e o computador, o controle dos motores do disco rígido, o controle das cabeças para leitura e escrita dos dados, etc.

Opcionalmente, pode haver um circuito Flash-ROM onde o firmware do disco rígido fica armazenado. Firmware é o nome dado para todos os programas armazenados em memória ROM (Read Only Memory). O firmware do disco rígido é o programa que o seu controlador executa. Algumas vezes, esse circuito está embutido no controlador.

O controlador não consegue suprir corrente suficiente para ligar ou mover os motores do disco rígido. Por isso, todos os discos rígidos usam um chip chamado “driver dos motores”. Este chip é um amplificador de corrente. Ele recebe os comandos enviados pelo controlador para os motores e então repassa tais comandos para os motores, mas com uma corrente maior. Ou seja, este chip é localizado entre o controlador do disco rígido e os motores.

O quarto chip principal que você pode encontrar na placa lógica é o chip de memória RAM (Random Access Memory), também conhecido como buffer. Este chip tem uma importância crucial no desempenho do disco. Quando maior for a sua capacidade, maior será a taxa de transferência entre o disco e o computador. Você pode descobrir a capacidade do buffer do seu disco rígido indo no site do fabricante do chip na Internet. Por exemplo, set tivéssemos um chip de memória Hynix HY57V161610DTC, iríamos no site da Hynix em http://hynix.com/datasheet/eng/dram/details/dram_01_HY57V161610DTC.jsp você pode descobrir que a capacidade desse chip é de 16 Mb (Megabits). A capacidade dos chips de memória é dada em Megabits, enquanto que o uso de Megabyte refere-se à capacidade de armazenamento da memória. Por isso precisamos dividir o valor dado em Megabit por oito para obter o resultado em Megabytes. Portanto, a capacidade deste chip é de 2 MB (Megabytes) e dizemos que o disco rígido possui um buffer de 2 MB.

Existirão Disco que conterão um chip conversor SATA/ATA. Muitos fabricantes, em vez de desenvolverem um chip controlador Serial ATA, simplesmente pegam os seus chips controladores ATA e adicionam um chip conversor para converter discos rígidos Serial ATA em interface ATA. Este é o caso do chip conversor Marvell 88i8030. Portanto, apesar desse disco rígido ter interface Serial ATA, ele não é “verdadeiramente” Serial ATA (não é um disco rígido Serial ATA “nativo”), já que o seu controlador ainda é um chip ATA.

Você pode estar se perguntando como nós sabemos a funcionalidade de cada chip na placa lógica. Na verdade, é muito simples e você pode aprender essa dica com a gente. Simplesmente digite os números localizados na primeira linha do encapsulamento do chip no Google e ele retornará com várias informações a respeito do chip! Por exemplo, para obter informações sobre o chip Flash-ROM usado num determinado disco rígido, por exemplo: digite M29F102BB e o primeiro item retornado pelo Google será a página da ST Microelectronics com todos os detalhes técnicos deste chip.

Motor dos Pratos

Se removermos a placa lógica do HDA, você poderá ver claramente o motor dos pratos e seus contatos – que conecta este motor na placa lógica, e também os contatos dos dispositivos dentro do HDA, como o atuador voice coil e as cabeças. Em discos rígidos voltados para o mercado de desktops, o motor dos pratos gira a 5.400 rpm, 7.200 rpm ou até mesmo 10.000 rpm, dependendo do modelo do disco rígido. Quanto maior for à velocidade de rotação do

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motor, maior será a velocidade com que os dados podem ser lidos dos pratos. Discos rígidos voltados para o mercado de notebooks geralmente possuem velocidade de rotação de 4.200 rpm.

Por dentro do HDA

Se nós removemos a cobertura do disco rígido, vocês verão como é um disco rígido por dentro. Não faça isso com o seu disco rígido ou você irá danificá-lo. Se você é curioso, abra apenas discos rígidos que já estejam danificados (veremos isto na pratica).

O disco rígido pode ter vários discos. Existe uma cabeça de leitura/gravação para cada lado do disco – que também é chamado de prato. As cabeças ficam montadas em um braço. Por isso, todas as cabeças movimentam-se juntas.

Um motor (na verdade o termo correto é “atuador”) chamado voice coil move o braço. Ele é chamado “voice coil” porque ele utiliza à mesma idéia por trás dos alto-falantes: uma bobina dentro de um campo magnético gerado por um ímã. Dependendo da direção da corrente na bobina o braço move-se para um lado ou para o outro, e dependendo da intensidade da corrente, o atuador moverá mais ou menos.

Interfaces ATA-66, ATA-100 e ATA-133

Teoricamente um disco rígido ATA-33 trabalha com uma taxa de transferência máxima de 33 MB/s, um disco rígido ATA-66 trabalha com uma taxa de transferência máxima de 66 MB/s e assim por diante. Mas para alcançar a taxa de transferência máxima de um disco rígido ATA-33, por exemplo, não basta simplesmente conectá-lo ao computador. Muitas vezes, você não consegue obter nem mesmo uma taxa de transferência próxima da taxa máxima que o disco rígido consegue operar. Abaixo explicaremos porque isso acontece e como configurar corretamente o micro para obter a taxa de transferência máxima que o disco rígido é capaz de oferecer.

Você pode verificar qual é taxa de transferência que o seu disco rígido está operando através do programa HD Tach, disponível para download em alguns sites. Foi realizada uma experiência com um micro com um disco rígido ATA-66. A taxa de transferência máxima obtida pelo disco foi de apenas 8,2 MB/s, e mais de 90% de utilização do processador.

Explicaremos os motivos pelos quais discos rígidos não conseguem atingir suas taxas de transferências máximas e como configurá-los de acordo. Após a leitura desse tutorial e de aplicar os conhecimentos aqui ensinados, você deverá alcançar algo como conseguimos, onde o mesmo disco rígido, no mesmo computador, obteve uma taxa de transferência de 46 MB/s e 2,7% de utilização do processador.

Após a correta configuração do computador, o disco rígido obteve uma taxa de transferência de 46 MB/s e utilizou o processador apenas 2,7% do tempo.

Você deve ter em mente que a taxa de transferência anunciada pelos fabricantes (66 MB/s, 100 MB/s, 133 MB/s etc.) raramente é alcançada, como você pode perceber que mesmo bem configurado o disco rígido ATA-66 alcançou 46 MB/s. Mas muito melhor do que os 8 MB/s obtidos anteriormente.

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PIO versus DMA

Para entender porque isso acontece, preste atenção na seguinte tabela:

Padrão Taxa de Transferência MáximaPIO 0 3,3 MB/sPIO 1 5,2 MB/sPIO 2 8,3 MB/sPIO 3 11,1 MB/sPIO 4 16,6 MB/sUDMA mode 1 25 MB/sUDMA mode 2 (UDMA/33) 33,3 MB/sUDMA mode 3 44,4 MB/sUDMA mode 4 (UDMA/66) 66,6 MB/sUDMA mode 5 (UDMA/100) 100 MB/sUDMA mode 6 (UDMA/133) 133 MB/s

Obs: ATA-33 e UDMA/33, ATA-66 e UDMA/66 etc significa a mesma coisa.

A transferência de dados entre o computador e o disco rígido pode ser feita usando dois métodos: PIO (Programmed I/O) ou UDMA (Ultra Direct Memory Access). No primeiro método, o processador do micro comanda as transferências entre o disco rígido e a memória RAM. Já no segundo método, é o chipset da placa-mãe que comanda essas transferências. Isso significa que no modo UDMA o processador da máquina não é utilizado para transferir dados do disco rígido para a memória, o que aumenta significativamente o desempenho do micro, já que o processador ficará livre para fazer outras tarefas durantes essas transferências.

Isso explica porque na no primeiro experimento mais de 90% do tempo do processador foi utilizando para transferir dados do disco rígido: o computador foi configurado para operar no modo PIO. Na segunda experiência, a taxa de utilização do processador caiu para menos de 3% quando configuramos o disco rígido para operar no modo UDMA (também chamado de bus mastering).

Como você pode ver, discos rígidos com taxas de transferências até 16,6 MB/s utilizam o modo PIO, enquanto que discos rígidos com taxas a partir de 25MB/s utilizam o modo UDMA.

Todas as placas-mães suportam o modo PIO. Mas para poderem operar no modo UDMA alguns critérios devem ser levados em consideração:

O chipset (ponte sul) deve ser compatível com o modo UDMA do disco rígido, caso contrário o disco rígido será acessado com a taxa de transferência máxima do chipset. Por exemplo, se você instalar um disco rígido ATA-100 em uma placa-mãe ATA-66, a taxa de transferência máxima será de 66 MB/s por causa da limitação do chipset.

Os drivers de bus matering devem estar habilitados no sistema operacional. Os modos UDMA são programados através de software. O Sistema Operacional deve programar o chipset para realizar as transferências dispensando o processador dessa tarefa. Se o Sistema Operacional não estiver devidamente configurado, o disco rígido será acessado à apenas 16 MB/s, mesmo se você tiver um disco rígido ATA-133 instalado no micro.

Um cabo de 80 vias deve ser usado em discos rígidos ATA-66, ATA-100 e ATA-133, caso contrário o disco será acessado a no máximo 33 MB/s.

Limitação do Chipset

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Se sua placa-mãe não suporta a taxa de transferência máxima do disco rígido, o disco será acessado com a taxa máxima do chipset - ou menor, se você não levar em consideração os outros critérios listados.

Um bom exemplo é de um disco rígido ATA-133 instalado em uma placa-mãe com chipset Intel. Os chipsets da Intel não suportam o padrão ATA-133, nem mesmo em seus mais modernos chipsets da série 915 e 925. Isso significa que o seu disco rígido será acessado a no máximo 100 MB/s com esses chipsets, já que eles não suportam o padrão ATA-133. Um outro exemplo: se você instalar um disco rígido ATA-133 em uma placa-mãe antiga baseada no chipset Intel 815, ele será acessado a no máximo 66 MB/s, já que essa é a taxa de transferência máxima suportada pelo chipset.

Para saber qual é a taxa de transferência máxima suportada pela placa-mãe, simplesmente leia o seu manual. Na maioria das vezes essa informação pode ser encontrada na página onde estão listadas as principais características da placa. Se você não tem mais o manual da sua placa-mãe, entre no site do fabricante para baixá-lo. Se você não sabe quem é o fabricante, o modelo e nem mesmo o chipset usando em sua placa-mãe, rode um programa de identificação de hardware como o Hwinfo, Sandra ou Everest (esses programas estão disponíveis em varias sites para download).

Uma outra alternativa é ler as especificações do chipset –incluindo a taxa de transferência máxima das suas portas IDE- no site do seu fabricante. Aqui estão os principais fabricantes:

Ali; ATI; Intel; nVidia; OPTi; SiS; ULi; Utron; VIA.

Se as portas IDE da sua placa-mãe tiverem taxas de transferência menor do que a do seu disco rígido, você poderá resolver esse problema instalando uma placa de expansão contendo portas IDE com taxas de transferência mais elevadas. Duas empresas que fabricam esse tipo de placa são a HighPoint (http://www.highpoint-tech.com) e a Promise (http://www.promise.com).

IDE Bus Mastering

Esse é o principal problema de usuários que utilizam os Sistemas Operacionais Windows 95, 98 e ME, já o bus mastering não vem habilitado por padrão nesses sistemas. Portanto, se você simplesmente conectar o seu disco rígido ao micro ele será acessado a no máximo 16MB/s, mesmo se os critérios apresentados anteriormente forem levados em consideração. No Windows XP o bus mastering já vem habilitado, mas os fabricantes de chipsets recomendam a instalação dos seus drivers em vez dos drivers instalados pela Microsoft para que o desempenho máximo do disco possa ser obtido.

Você precisará instalar dois drivers: o drive do chipset e o drive IDE (bus mastering). Algumas vezes esses drivers estão disponíveis no mesmo pacote de instalação, como é o caso dos drivers da VIA. Outras vezes você precisará fazer o download dos arquivos separadamente, como é o caso dos drivers da SiS. A Intel chama os drivers dos seus chipset de “Inf Update File”.

Para fazer o download dos drivers, você precisará saber o nome do fabricante e o modelo da sua placa-mãe. Você pode descobrir o fabricante do chipset e o seu modelo utilizando um programa de identificação de hardware, como o Hwinfo, Sandra e Everest (esses programas estão disponíveis em nossa área de download).

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Feito isso, vá até nossa lista de fabricantes de chipset e clique no driver apropriado para baixá-lo. Faça o download da versão mais atual e proceda com a instalação.

Se você for até o Gerenciador de Dispositivos do Windows (clicando no ícone Sistema do Painel de Controle) verá algo parecido com a Figura 4 na chave Dispositivos do Sistema antes de instalar o driver do chipset. Como você pode ver, o chipset é listado como “padrão” (Ponte de CPU de host padrão PCI e Ponte ISA padrão PCI), significando que o chipset não foi detectado corretamente pelo Windows.

Figura 4: Antes da instalação do driver do chipset. Note que o chipset é listado como “padrão”.

Após a instalação do driver do chipset, o chipset será listado corretamente, como você pode ver na Figura 5. Os driver padrão foram substituídos pelos drivers específicos. O exemplo da Figura 5 é de uma placa-mãe com chipset Intel 440BX.

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Figura 5: Após a instalação do driver do chipset. O chipset agora foi reconhecido corretamente.

Após a instalação do driver do chipset, você deverá instalar o driver IDE do fabricante do chipset, caso o mesmo não tenha sido instalado junto com o driver do chipset. Abra a chave Controladores de discos e verifique se o driver listado é do tipo genérico ou específico para o chipset disponível em sua placa-mãe, como podemos ver na Figura 6.

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Figura 6: Driver IDE instalado corretamente.

Feito isso, você precisará abrir as propriedades do disco rígido e verificar se a caixa DMA está marcada. Abra a chave Unidades de disco e dê um duplo clique sobre o seu disco rígido, que pode estar sendo listado como “Generic IDE Disk Typer 47”. Na janela que aparecerá, clique na guia Configurações. Veja se a caixa DMA está marcada, como mostrado na Figura 7. Caso ela não esteja marcada clique sobre ela e em seguida em OK para poder habilitar o bus mastering. Caso a caixa DMA não esteja sendo mostrada, isso pode significar duas coisas. Primeiro, o bus mastering foi habilitado com a instalação do driver IDE do fabricante do chipset. Geralmente quando isso acontece, o nome fabricante do disco e o seu modelo será listado na chave Unidades de disco em vez de “Generic IDE Disk Type 47”. A segunda possibilidade é que o driver IDE não foi instalado. Em qualquer um dos casos você pode verificar se o bus mastering está ou não devidamente habilitado através do programa HD Tach, mencionado anteriormente. Essa é a melhor forma de determinar se o bus mastering foi corretamente habilitado. Preste atenção especial na taxa de utilização do processador. Caso essa taxa seja inferior a 10%, significa que os drivers de bus mastering foram instalados corretamente. Caso contrário, o micro estará operando no modo PIO.

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Figura 7: Habilitando o bus mastering

Cabo de 80 vias

Você precisará utilizar um cabo de 80 vias para instalar discos rígidos ATA-66 ou superiores. O cabo de 80 vias usa o mesmo conector de 40 pinos usado pelo cabo IDE de 40 vias, com a exceção da adição de fios terra extras entre os fios utilizados para a transmissão de dados de modo a cancelar o ruído.

Figura 8: Diferença entre cabos de 40 e 80 vias.

Nas figura 9 e 10 você pode ver exatamente o que ocorre se você usar um cabo de 40 vias em vez de um cabo de 80 vias. Na Figura 9 os dados são corrompido devido ao ruído causado

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nos fios, o que não ocorre quando um cabo de 80 vias é utilizado, como podemos ver na Figura 10.

Figura 9: Transmissão de dados de um Disco ATA-66 utilizando um cabo de 40 vias.

Figura 10: A mesma transmissão de dados usando um cabo de 80 vias.

Se você tem um disco rígido ATA-66 ou superior utilize um cabo de 80 vias, ou o seu disco transferirá os dados à no máximo 33 MB/s.

Após seguir os ensinamentos mostrados até aqui, verifique a taxa de transferência que o seu disco está operando com o programa HD Tach. A taxa de utilização do processador deve ser inferior a 10% e a taxa de transferência do disco deve ser maior do que a obtida anteriormente (antes de habilitar o bus mastering). Repare que é praticamente impossível alcançar a taxa de transferência máxima anunciada pelo fabricante do disco (100 MB/s em um disco ATA-100, por exemplo), já que essa é uma taxa de transferência máxima teórica. Na verdade, essa é a taxa máxima que a porta IDE consegue transferir dados, não a taxa máxima obtida pelo disco. Em discos ATA-66 espere uma taxa de transferência em torno de 40 MB/s e em discos ATA-133 algo em torno de 60 MB/s.

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Você pode brincar com os drivers de bus mastering, comparando o desempenho do driver instalado pela Microsoft com o driver do fabricante do chipset, para verificar qual deles oferece maior desempenho.

Memória

A memória é onde o processador do computador encontra seus programas e dados, quando o processador está realmente fazendo sua tarefa designada. A memória é o centro de atividades, o local onde tudo é mantido quando o computador está trabalhando numa tarefa. A memória do computador não é um depósito permanente de dados, diferente da memória dentro dos nossos cérebros. Ao invés disso, a memória do computador simplesmente fornece um local onde a computação pode ocorrer.

Embora o processador do computador faça uma distinção vital entre programa e dados, a memória do computador não faz. Para a memória do computador (e para muitas outras partes do computador) não há diferença entre programas e dados — ambos são apenas informações que podem ser registradas, temporariamente, nos circuitos da memória.

Os programas ou software dizem ao computador o que fazer. Há sempre algo novo que queremos fazer com nossos computadores, de modo que há sempre necessidade de novos programas. Há dois tipos de programas diferentes: programas de sistemas (software básico) e programas de aplicação (software aplicativos). Os programas de sistemas ou softwares básicos trabalham para ajudar a operar e gerenciar o computador, pois o funcionamento interno de um computador é muito complexo e não podemos fazer com que funcione sem os programas de sistemas.

Os programas de aplicações ou softwares aplicativos executam tarefas específicas. Alguns dos programas de sistemas que o computador precisa para gerenciar suas operações estão permanentemente embutidos no próprio computador. Esta parte do computador é chamada programas da ROM (Read Only Memory). Esses tipos de programas de sistema fazem o tipo mais fundamental de trabalho de supervisão e suporte, que inclui o fornecimento de serviços essenciais que todos os programas de aplicações usam. Esses programas de serviços são chamados Sistemas Básicos de Entrada/Saída, ou BIOS (BasicInput/Output System). Normalmente escutamos falar em BIOS ou ROM-BIOS.

Um computador não faz nada se não existe um software para gerenciá-lo. Quando você liga o computador, automaticamente o hardware procura um programa para carregar em sua memória e executá-lo. Este programa tem por função gerenciar todo o sistema de hardware do computador para que o usuário possa executar seus aplicativos.

Exigida para que o microprocessador possa realizar seus cálculos, a dimensão e a arquitetura da memória de um computador determinam como ele pode ser programado e, até certo ponto, o nível de complexidade dos problemas que ele pode solucionar.

Memória Principal

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É o dispositivo do computador onde os programas e seus dados que vão ser executados são armazenados. A memória principal é o depósito de trabalho do processador. As instruções e o dados do programa ficam armazenadas na M.P. e o processador vai “buscando” uma a uma à medida que a execução vai sendo processada.

Tipos de Memória Principal

RAM

A memória RAM (Random Access Memory) ou memória de acesso aleatório, tem a característica de que os dados e instruções podem nela ser gravados e lidos pelo processador "aleatoriamente". Ela constitui, portanto, a memória do processador, ou seja, sua área de trabalho. Sendo composta pôr pastilhas de silício (semicondutores), são voláteis, isto é, quando o computador é desligado os dados armazenados são perdidos.

ROM

A ROM (Ready Only Memory) é um tipo de memória cujo conteúdo é gravado pelo fabricante do computador e não pode ser regravado. Ela é, portanto, chamada de "Ready-Only" ou apenas de leitura. Além disso, esta memória é do tipo permanente, ou seja, seu conteúdo não se perde quando o computador é desligado. A ROM serve para armazenar rotinas (programas de check-up) ou tabelas de informações do sistema para o processador. Ex: BIOS - Basic Input Output System.Tipos de Memória RAMRAM estática – SRAM

São memórias que usam circuitos formados por flip-flops e mantém a informação enquanto estiver energizada, muito rápida, alto custo, usada tipicamente como memória cache.

RAM dinâmica – DRAM

Alta capacidade de armazenamento, baixo consumo de energia, velocidade de operação moderada, usa capacitores e transístores (1 transistor e 1 capacitor por bit, não usa flip-flops), necessita de refresh, alta capacidade de armazenamento, mais lentas, usadas tipicamente como memória principal. Como exemplo podemos citar:

 memória Fast Page Mode (FPM);memória Extended Data Out (EDO); memória Synchronous Dynamic RAM (SDRAM);memória Double Data Rate SDRAM (SDRAM-II ou DDR);memória Rambus DRAM

Padrões de memória RAM

A montagem destas memórias em pequenos circuitos (pentes de memória) seguem alguns padrões:

Memória SIMM — “Single In-line Memory Module” (uma linha de conectores em apenas um lado da placa). As primeiras memórias SIMM possuíam 30 pinos com capacidades de 1, 4 e 16 Mbytes. Foram utilizadas em computadores com processadores 386, 486 e Apple. Mais tarde foram desenvolvidos pentes de memória com 72 pinos.

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Memória DIMM — “Dual In-line Memory Modules” (uma linha de conectores em ambos os lados da placa). Memória de 168 pinos utilizadas em computadores Pentium, Pentium-PRO, Pentium-II entre outros.

Memória SODIMM — “Small Outline DIMM” Foram projetados para computadores pequenos onde o espaço físico é limitado como nos Notebooks.

O papel da memória RAM

O processador não possui uma capacidade de armazenamento interna muito grande. Por este motivo, precisa que os programas fiquem armazenados externamente à ele. Este papel cabe à memória (RAM). O processador está sempre em íntimo contato com a RAM, buscando programas (operação chamada "leitura") e armazenando dados (operação chamada "escrita").

Quando você "roda" um joguinho ou chama um processador de textos, o programa é transferido do disco rígido para a memória (RAM), onde o processador irá ler o programa e executá-lo. Isto significa que, quanto mais memória você tiver em seu micro, mais programas poderão estar "rodando" simultaneamente.

Graças à um recurso chamado memória virtual, a memória RAM não acaba. O processador, sempre que necessário, cria no disco rígido um arquivo (chamado arquivo de troca) que "simula" mais memória RAM. Em um micro com apenas 8 MB de RAM o microprocessador pode "simular" que o micro possua 32 MB ou até mais. A parte que não existe fica armazenada no arquivo de troca no disco rígido.

Como o processador, para processamento, somente "enxerga" dados que estão na RAM, ele deverá "trocar" o conteúdo da memória RAM com o arquivo de memória virtual do disco rígido (e daí o nome "arquivo de troca"). O disco rígido, entretanto, é muito mais lento que a memória RAM. A troca de dados com a memória virtual demora um bocado.

Quanto mais memória RAM o micro tiver, menos "estouros" de memória ocorrem. Com isto, menos vezes o processador terá que utilizar o recurso de memória virtual.

Conclusão: Um micro com mais memória RAM parecerá mais rápido que um outro que possua menos memória (por exemplo, um micro com 16 MB comparado a um micro com 8 MB). Este aumento de performance ocorre porque o processador precisará utilizar menos o recurso de memória virtual. Na prática dizemos que um micro será mais rápido se possuir mais memória RAM.

TIPOS DE MEMÓRIA ROM

MROM - ROM PROGRAMADA POR MÁSCARA

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São memórias escritas (programadas) pelo fabricante de acordo com as especificações do cliente. A maior desvantagem destas ROMs é o fato de elas não poderem ser apagadas e reprogramadas.

PROM - ROM PROGRAMÁVEL

São ROMs programáveis pelo usuário, isto é, elas não são programadas durante o processo de fabricação, e sim pelo usuário, de acordo com suas necessidades. Porém, uma vez programada, a PROM torna-se uma MROM, ou seja, não pode ser apagada e novamente programada.

EPROM - ROM PROGRAMÁVEL APAGÁVEL

A EPROM tem características semelhantes às ROM. A diferença é que a EPROM pode ser regravada, isto é, após ter sido programada seu conteúdo pode ser apagado expondo à radiação ultravioleta. (exposição de 15 a 30 minutos).

EEPROM - ROM PROGRAMÁVEL APAGÁVEL ELETRICAMENTE

A EEPROM pode ser programada bem mais rapidamente do que uma EPROM submetendo-se à ação da luz ultravioleta sem ser retirada do circuito. (pode ser apagada em 10 ms).

Ex: carga de novas versões de programas à distância ou possibilitar a eprogramação dinâmica de funções específicas de um programa.

A EEPROM pode ser programada bem mais rapidamente do que uma EPROM (a EPROM necessita ser retirada do circuito e ser submetida a luz ultravioleta por um período de 45 a 70 minutos), enquanto a EEPROM pode ser apagada no próprio circuito por diferença de potencial entre determinados pinos em 10 ms e imediatamente regravada no próprio circuito

APLICAÇÕES DAS ROMs

FIRMWARE ( MICROPROGRAMA ) - Programas que não estão sujeitos a mudança. Sistemas Operacionais, Interpretadores de linguagem.

MEMÓRIA DE PARTIDA FRIA ( BOOTSTRAP ) - Programa que leva o processador a inicializar o sistema, fazendo com que a parte residente do sistema operacional seja transferida da memória de massa para a memória interna.

CONVERSORES DE DADOS - Recebem um dado expresso em determinado tipo de código, e produzem uma saída expressa em outro tipo de código. Por exemplo, quando o microprocessador está mostrando saída de dados em binário puro, e precisamos converter tais dados para BCD.

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GERADORES DE CARACTERES - Armazena os códigos do padrão de pontos de cada caracter em um endereço que corresponde ao código ASCII do caracter em questão. Por exemplo: Endereço 1000001 ( 41H ) corresponde a letra "A".

Memória Auxiliar ou Memória Secundária

O objetivo da memória Secundária é garantir o armazenamento permanente de toda a estrutura de dados e programas do usuário. Pode ser constituída por diferentes tipos de dispositivos como Memórias de meio magnético, exemplos: disquetes, discos rígidos e fitas magnéticas e Memórias de meio óptico, exemplos: CD-ROM (leitura) e CD-RW (leitura e escrita)

.

Memória CACHE

No inicio a informática ocorreu problema onde o Acesso à memória, leitura e escrita, era um dos motivos da velocidade de processamento ser menor. Outro problema processador é muito mais rápido do que a transferência de dados.

Soluções:

- Processador deve executar outras instruções enquanto aguarda acesso à memória. Isto nem sempre é possível e é difícil de implementar.- Colocar memória principal no Chip do processador. Isto tornaria o chip maior e mais caro.- Uso de uma memória menor e mais rápida (em relação à memória principal) chamada Memória Cache.

O que é o cache de memória?

Vimos que o processador conversa intimamente com a memória RAM. Acontece que ela é mais lenta que o processador. Por isto, toda a vez em que o processador acessa à memória, ele fica esperando para que os dados sejam devidamente entregues ou armazenados, dependendo se a operação é de leitura ou escrita.

Não nos parece interessante que o processador fique tanto tempo esperando, não é mesmo? Ao longo do tempo, o processador ficará um bom tempo fazendo absolutamente nada. Na prática, o micro perderá performance.

Para fazer com que o processador consiga conversar de igual para igual com a RAM, entra na jogada uma memória mais rápida, chamada memória cache, que é um outro tipo de memória, chamada memória estática ou simplesmente SRAM. A memória RAM é chamada memória dinâmica ou simplesmente DRAM. A memória cache é capaz de conversar com o processador sem que ele precise ficar esperando, o que é excelente.

Acontece que este tipo de memória é muito grande e cara. No micro temos uma pequena porção deste tipo de memória - normalmente 256 KB ou 512 KB - que servirá de intermediária na conversa do processador com a RAM.

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Com a utilização da memória cache o micro fica mais rápido, pois não há espera na conversa do processador com a memória: em vez de "falar" diretamente com a memória, o processador fala com o cache, que consegue "conversar" à mesma velocidade.

Nem sempre quanto mais memória cache você tiver será melhor. O tamanho ideal de memória cache para o micro depende sobretudo da quantidade de memória RAM que o micro possua instalada. Em micros com até 16 MB, um cache de memória de 256 KB está de bom tamanho. A partir daí, o mais recomendado é possuir um cache de memória de 512 KB.

Aqui vai a dica: como a memória RAM hoje em dia é barata, vale mais a pena comprar uma placa-mãe com 512 KB de cache de memória logo de uma vez, pois a tendência é termos micros com bastante memória RAM.

Atualmente existem no mercado três tipos de cache de memória: Asynchronous, Synchronous Burst e Pipeline Burst, listado por ordem crescente de performance.

Funcionamento da memória CACHE

Tipos de Memória em uso nos computadores

A memória CACHE pode ser dividida em 3 níveis:

Cache L1 (primária) - interna ao processador. Cache L2 (externa) - instalada, em geral, na placa-mãe do computador. Cache L3 – Existente em alguns processadores mais novos, localizada externamente ao

processador.

Quanto mais próxima do processador, melhor será o desempenho do mesmo, obviamente teremos um limite.

Modem

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ProcessadorRAM

CACHE Quando o processador escreve na memória RAM principal, a memória cache armazena também o dados automaticamen-te.

Processador RAM

CACHE Quando o processador lê um dado na memória RAM principal, a memória cache armazena também o dados automaticamente.

ProcessadorRAM

CACHESe o dado que está sendo processado já existe na Cache, o processador não necessita acessar a memória principal.

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Modem, de modulador demodulador, é um dispositivo eletrônico que modula um sinal digital em uma onda analógica, pronta a ser transmitida pela linha telefônica, e que demodula o sinal analógico e o reconverte para o formato digital original. Utilizado para conexão à Internet, BBS, ou a outro computador.

O processo de conversão de sinais binários para analógicos é chamado de modulação/conversão digital-analógico. Quando o sinal é recebido, um outro modem reverte o processo (chamado demodulação). Ambos os modems devem estar trabalhando de acordo com os mesmos padrões, que especifica, entre outras coisas, a velocidade de transmissão (bps, baud), nível e algoritmo de compressão de dados, protocolo, etc).

O prefixo Fax se deve ao fato de que o dispositivo pode ser utilizado para receber e enviar fac-símile.

Existem modens internos (placas de Fax/Modem, inclusive de diversos barramentos) e modens externos, ou seja, que possuem uma carcaça, uma estrutura própria bem como uma fonte independente de alimentação.

Placa de Fax / Modem – Este periférico permite que façamos uma conexão do tipo dial-up com um provedor de Internet por exemplo, mas também nos permite conexões diretas com outros micros, sua função básica é conectar o micro de forma serial utilizando-se de uma rede telefônica.

Placa de Rede

Uma placa de rede (também chamada adaptador de rede ou NIC) é um dispositivo de hardware responsável pela comunicação entre os computadores em uma rede, hoje em dia tambem ja há placas de rede wireless. ...

A placa de rede é o hardware que permite aos micros conversarem entre sí através da rede. Sua função é controlar todo o envio e recebimento de dados através da rede. Cada arquitetura de rede exige um tipo específico de placa de rede; você jamais poderá usar uma placa de rede Token Ring em uma rede Ethernet, pois ela simplesmente não conseguirá comunicar-se com as demais. Além da arquitetura usada, as placas de rede à venda no mercado diferenciam-se também pela taxa de transmissão, cabos de rede suportados e barramento utilizado. Quanto à taxa de transmissão, temos placas Ethernet de 10 mbps e 100 mbps e placas Token Ring de 4 mbps e 16 mbps. Como vimos na trecho anterior, devemos utilizar cabos adequados à velocidade da placa de rede. Usando placas Ethernet de 10 mbps por exemplo, devemos utilizar cabos de par trançado de categoria 3 ou 5, ou então cabos coaxiais. Usando uma placas de 100 mbps o requisito mínimo a nível de cabeamento são cabos de par trançado blindados nível 5. No caso de redes Token Ring, os requisitos são cabos de par trançado categoria 2 (recomendável o uso de cabos categoria 3) para placas de rede de 4 Mbps, e cabos de par trançado blindado categoria 4 para placas de 16 mbps. Devido às exigência de uma topologia em estrela das redes Token Ring, nenhuma placa de rede Token Ring suporta o uso de

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cabos coaxiais. Cabos diferentes exigem encaixes diferentes na placa de rede. O mais comum em placas Ethernet, é a existência de dois encaixes, uma para cabos de par trançado e outro para cabos coaxiais. Muitas placas mais antigas, também trazem encaixes para cabos coaxiais do tipo grosso (10Base5), conector com um encaixe bastante parecido com o conector para joysticks da placa de som. Placas que trazem encaixes para mais de um tipo de cabo são chamadas placas combo. A existência de 2 ou 3 conectores serve apenas para assegurar a compatibilidade da placa com vários cabos de rede diferentes. Naturalmente, você só poderá utilizar um conector de cada vez.

PLACA DE SOM

Uma placa de som é um dispositivo de hardware que envia e recebe sinais sonoros entre equipamentos de som e um computador executando um processo de conversão AD(Analogico-Digital) e DA(Digital Analógico) respectivamente. É necessária para que este emita qualquer tipo de áudio com um mínimo de qualidade e também para gravação e edição.

Bits: Define a resolução do áudio capturado e reproduzido pela placa de som. As placas de som atualmente são de 16 bits, a mesma qualidade do CD.

Taxa de amostragem: É a quantidade de pontos por segundo que é capturada ou reproduzida pela placa de som. A maioria das placas de som trabalham com uma taxa máxima de 44.100 Hz, a mesma qualidade do CD de áudio. Diversas placas de som conseguem trabalhar com uma taxa de amostragem maior, em geral 48 KHz.

Resposta de freqüência: É a faixa de freqüência que uma placa de som consegue capturar ou reproduzir. A resposta de freqüência padrão adotada mundialmente é a faixa de 20 Hz a 20 KHz, que é a faixa de freqüência que o ouvido humano é capaz de escutar. Placas de som de melhor qualidade possui uma resposta de freqüência maior do que essa. Muitos fabricantes não fornece essa característica da placa de som.

Relação sinal/ruído: Essa característica mede o nível de ruído gerado pela placa de som. A maioria das placas de som possui uma péssima relação sinal/ruído, não sendo indicadas para o uso de áudio profissinal. Por esse motivo, a maioria dos fabricantes omite essa característica na relação de especificações técnicas da placa de som. Placas de som de boa qualidade irão trazer essa característica especificada, como é o caso da Sound Blaster Live!.

Sintetizador: O sintetizador é responsável pela reprodução de arquivos MIDI. Existem dois tipos de sintetizador: FM e Wave Table. Tome cuidado, pois alguns modelos mais baratos de placas de som são vendidas com tendo síntese de Wave Table mas, na verdade, possuem uma emulação de Wave Table por software.

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Memória RAM: Placas de som com sintetizador de Wave Table em geral vêm com uma pequena quantidade de memória RAM "on board" para a criação de novos instrumentos. Quanto maior a memória RAM "on board", melhor.

Sobreplaca: Algumas placas com sintetizador de Wave Table possuem um conector para a instalação de uma sobreplaca contendo 4 MB, 8 MB, 16 MB ou 24 MB de memória RAM, de modo que você possa expandir a capacidade de criação de novos instrumentos. Algumas placas com sintetizador de FM - como a Sound Blaster 16 - permitem a conexão de sobreplacas contendo um sintetizador de Wave Table, como a Wave Blaster e Wave Blaster II da Creative Labs, a SCB-7 (Sound Canvas) da Roland e a DB50XG da Yamaha.

Recursos Wave Avançados (AWE): As placas de som mais modernas possuem alguns recursos avançados, em especial o som 3D, que gera uma pequena reverberação no som, criando uma idéia de profundidade, a reverberação ("Reverb") e o chorus. Além disso, alguns modelos mais caros - como é o caso da Sound Blaster Live! possui outros tipos de efeito, além de som surround.

Amplificador: A placa de som geralmente possui duas saídas, uma de linha - chamada line out -, que não é amplificada, e uma saída amplificada, chamada spk out. A maioria das placas de som possui um amplificador "on board", para a conexão de caixas acústicas não-amplificadas. As placas de som mais baratas não possuem amplificador e, com isso, deverão obrigatoriamente utilizar caixas amplificadas (ou um amplificador externo) para que você consiga escutar o som produzido pela placa. Evite placas que não possuem esse componente.

Mixer: O mixer da placa de som é controlado por software e controla os níveis das entradas e das saídas da placa de som.

Entradas e saídas: As placas de som normalmente possuem duas entradas e duas saídas. As entradas são chamadas line in e mic in e servem, respectivamente, para a conexão de uma entrada de linha (tape deck, toca-discos, aparelho de CD, MD, DVD, televisão, etc) e uma entrada para microfone. Já as saídas são chamadas line out e spk out e servem, respectivamente para a conexão de uma saída de linha (amplificador, receiver, tape deck, MD, etc) e uma saída amplificada, utilizada para a conexão de caixinhas acústicas. Placas de som que não têm amplificador não possuirão a saída spk out e você não conseguirá controlar o volume da saída através do mixer (por exemplo, através do Controle de Volume do Windows 9x).

Entrada para CD: Todas as placas de som possuem um conector para a entrada do áudio da unidade de CD-ROM do micro.

Joystick: Todas as placas de som possuem uma porta para a conexão de um joystick.

MIDI: Todas as placas de som possuem uma interface MIDI, que permite a conexão do micro com instrumentos musicais que possuem essa interface, como teclados e baterias eletrônicas. A interface MIDI da placa de som utiliza alguns pinos da porta de joystick que normalmente não eram usados. Por esse motivo, você precisará de um cabo especial conversor joystick/MIDI caso queira usar essa porta da placa de som. O nome comercial desse cabo é "Sound Blaster MIDI Kit".

A placa de som já se tornou um periférico indispensável em qualquer micro que se preze. O mercado de informática está inundado de placas de som de tudo quanto é tipo. Em nosso Microteste de hoje fizemos um levantamento dos modelos de placas de som mais vendidos no Brasil e ensinamos tudo que você precisa saber sobre essa importante peça de seu micro.

Como descobrir a marca de sua placa de som

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Um grande problema que muitos usuários passam é como descobrir a marca de sua placa de som, ainda mais se na hora de comprar o micro você não tiver especificado a marca que ela deveria ser. Muitos técnicos e vendedores acabam vendendo uma placa de som daquelas de R$ 30,00 "compatíveis com Sound Blaster 16" e você acaba ficando sem saber quais são as características da placa. Pior do que ficar sem saber as características é conseguir drivers atualizados de uma placa que você sequer sabe o nome!

A dica é a seguinte: todo periférico possui um número de identificação da FCC norte-americana, em geral estampado em silk-screen em algum canto da placa (algo como "FCC ID"). Através desse número, você conseguirá descobrir o fabricante de sua placa. Basta ir no endereço http://www.fcc.gov/fcc-bin/ead e entrar o número FCC no formulário existente. A página irá, então, informar qual é o fabricante de sua placa de som! Essa dica também é válida para qualquer outro periférico que você não saiba o fabricante!

Até pouco tempo atrás existiam poucos modelos de placas de som no mercado. Mesmo os

"clones" da Sound Blaster (o modelo mais conhecido de placa de som, que acabou tornando-se padrão de mercado) se resumiam a meia dúzia. Atualmente encontramos centenas de modelos diferentes de placas de som no mercado, com as mais diferentes características.

Para saber se uma placa de som é ou não boa, você deverá observar atentamente as suas características técnicas, como a resolução (número de bits que a placa manipula), a taxa de amostragem, e, principalmente, o tipo de sintetizador. A qualidade de uma placa de som é diretamente proporcional ao seu preço, ou seja, quanto mais cara for a placa de som, melhor ela será.

É claro que você talvez não queira gastar R$ 330,00 para ter uma Sound Blaster Live!, a placa de som topo de linha do mercado hoje. É bom analisar o custo/benefício e a aplicação que você deseja para a sua placa, de modo a definir o modelo que melhor atenderá às suas necessidades.

Se você quer uma placa de som apenas para fazer barulhinhos, sem nenhum compromisso com a qualidade, então qualquer placa de som dessas de R$ 30,00 servirá para você. Até mesmo a placa de som que vem "on board" em diversos modelos de placa-mãe resolverá o seu caso. Se você for um pouco mais exigente em relação à qualidade do som, então escolha uma placa de som que possua síntese de Wave Table, que tornará os sons MIDI mais realistas.

Compilamos uma tabela contendo os principais modelos de placas de som encontrados no mercado brasileiro e um resumo das principais características técnicas.

Marca Modelo Chipset Barramento Síntese Polifonia Preço

Asonic Gold 3D 16 PnP

Avance Logic ALS100 ISA FM - R$

35,00Creative Labs

Sound Blaster AWE 64 Creative ISA Wave Table 64 vozes R$

130,00Creative Labs

Sound Blaster 128 PCI Creative PCI Wave Table 128 vozes R$

100,00Creative Labs

Sound Blaster 256 PCI Creative PCI Wave Table 256 vozes R$

170,00Creative Labs

Sound Blaster Live! Creative PCI Wave Table 512 vozes R$

330,00Creative Labs Ensoniq PCI Creative PCI Wave Table 32 vozes R$

85,00

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Digitron Sound Card ISA 247 OPTi 82C933 ISA FM - R$

35,00

Dzone Sound Card S273

Avance Logic ALS120 ISA FM - R$

34,90

Genius Sound Maker 3DX2 Cystal CS4235 ISA FM - R$

27,50

Genius Sound Maker 64

Vortex AU8820 PCI Wave Table 64 vozes R$

80,00

Trident 4D wave DX ACD002 PCI Wave Table 64 vozes R$ 40,00

Yamaha 3D Sound Y719 YMF 719E-S ISA FM (Wave Table

por software) - R$ 35,00

PLACA DE VÍDEO

Uma placa de vídeo é uma componente de um computador que envia sinais para o monitor, de forma a que possam ser apresentadas as imagens ao utilizador (usuário). Normalmente possui uma memória própria, com uma capacidade medida em bytes. As placas de vídeo mais modernas possuem até 512 Mb de memória, embora a média do mercado continue sendo de 256 Mb.

Nos computadores de baixo custo, as placas de vídeo estão incorporadas na placa-mãe, não possuem memória, por isso utilizam à memória RAM do sistema, normalmente denomina-se memória partilhada. Como a memória RAM é mais lenta do que as que são fornecidas pelos fabricantes de placas de vídeo, e ainda têm de esperar pelo processador e outros periféricos para acedê-la, este método torna todo o sistema muito mais lento.

Conectores de vídeo

Existem vários tipos de conexões de vídeo que você pode encontrar no PC e em aparelhos eletrônicos como TVs, aparelhos de DVD e videoprojetores. Apesar de a finalidade geral desses conectores serem a mesma – conectar sinal de vídeo de um dispositivo para outro – a qualidade de vídeo obtida por cada tipo de conexão é completamente diferente. Como você provavelmente quer obter a melhor qualidade de vídeo possível de seus equipamentos, escrevemos este tutorial para explicar em detalhes as diferenças entre cada tipo de conexão e quando você deve usá-las, além de fornecer várias dicas de como aumentar a qualidade de vídeo de seu equipamento.

Os tipos de conexões que falaremos nesse artigo estão listados abaixo, listados por ordem crescente de qualidade:

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Radiofreqüência (RF) Vídeo Composto (RCA) Vídeo Separado (S-Video) Vídeo Componente Vermelho, Verde e Azul (RGB) Adaptador de Vídeo Gráfico (VGA) Interface de Vídeo Digital (DVI)

VGA (Adaptador de Vídeo Gráfico)

VGA é o conector usado para conectar seu micro a monitores de vídeo. Ele também é usado para conectar seu micro a videoprojetores. Esta conexão oferece melhor qualidade de vídeo porque usa fios independentes para cada sinal de vídeo: vermelho, verde, azul, sincronia horizontal e sincroniza vertical. O VGA usa um conector de 15 pinos também conhecido como D-Sub ou D-Shell. Alguns painéis HDTV também utilizam este tipo de conexão. A qualidade de imagem deste conector de vídeo é boa, mas você pode usar a conexão DVI se tanto a sua placa de vídeo quanto o seu monitor de vídeo (ou videoprojetor ou painel HDTV) aceitarem este tipo de conexão, que oferece melhor qualidade de imagem.

DVI (Interface de Vídeo Digital)

O DVI é o melhor tipo de conexão disponível hoje porque utiliza transmissão digital. Todos os outros tipos de conexão que falamos anteriormente são analógicos. Atualmente todas as placas de vídeo oferecem saída DVI, como você pode ver na Figura 22. Você também encontrará o conector DVI em monitores LCD, painéis HDTV e em alguns videoprojetores modernos. Vimos recentemente alguns aparelhos de DVD topo de linha com saídas DVI.

Como computares e aparelhos de DVD são equipamentos digitais, quando os sinais de vídeo são transmitidos em um meio analógico, como em saídas VGA ou de vídeo componente, eles devem primeiro converter os sinais de digital para analógico. Na outra extremidade do cabo, o monitor LCD, painel HDTV ou videoprojetor deve converter o sinal analógico de volta para digital, já que esses dispositivos também são digitais. Existe uma perda de qualidade de imagem nesse processo de converter o sinal de digital para analógico e de volta para digital.

É aí que o DVI entra em cena. Ele permite que todo processo seja digital. Portanto, se o seu monitor de vídeo ou painel HDTV possui este tipo de entrada, use-a!

É interessante notar que saídas DVI podem ser transformadas em saídas VGA através do uso de um adaptador que geralmente vem com a placa de vídeo. Com isso você pode transformar o conector DVI de sua placa de vídeo em uma segunda saída VGA, permitindo conectar dois monitores ao micro. Conectar dois dispositivos DVI ao micro, no entanto, é apenas possível se você tem uma placa de vídeo com duas saídas DVI, já que converter uma saída VGA para DVI não é possível.

Placa Mãe

Mainboard, também conhecida por placa-mãe, é considerada o elemento mais importante de um computador, pois tem como função permitir que o processador comunique com todos os periféricos instalados. É na motherboard que encontramos o microprocessador, a memória principal, os circuitos de apoio, a placa controladora, os conectores do barramento e o chipset, que é o principal circuito integrado da placa-mãe e é responsável por todas as suas principais características técnicas.

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Tipos de Placas Mãe

AT

Primeiro modelo, criado pela Intel, foi usado pelos fabricantes até meados de 1995/96, sendo substituído pelo formato ATX. O modelo AT tem como principais características para sua fácil identificação. Geralmente só virão os slots ISA, EISA, VESA nos primeiro modelos e, ISA e PCI nos mais novos AT (chamando de baby AT quando a placa-mãe apresenta um tamanho mais reduzido que os dos primeiros modelos AT). Somente um conector "soldado" na própria placa-mãe, que no caso, é o do teclado. Posição dos slots de memória RAM e socket de CPU sempre em uma mesma região na placa-mãe, mesmo quando placas de fabricantes diferentes. Nestas placas dificilmente serão encontrados slots de memória Rambus, DDR ou DDR-II, geralmente somente os slots de memória SIMM ou SDRAM, podendo vir com mais de um dos padrões na mesma placa-mãe. Geralmente nos modelos mais antigos de AT os slots de expansão mais encontrados são os ISA, EISA e VESA, nos modelos mais novos de AT já temos os slots ISA e PCI. Não suporta os processadores mais novos como os AthlonXP, Sempron, AMD64bits, Pentium IV, ou seja, geralmente todos os que trabalhem com FSB (freqüência de barramento) maiores que 133MHz. Entrada na própria placa-mãe para padrões de disco rígido IDE somente. Gerenciamento de energia debilitado, pois em placas-mãe AT o micro quando desligado, não "desliga sozinho", ou seja, ficará exibida na tela do monitor a mensagem de desligamento padrão do Windows até que o micro seja desligado pela chave de desligo encontrada no gabinete.

ATX

Modelo criado para suprir os "problemas" do modelo AT, tem como principais características para sua fácil identificação. Praticamente TODOS os conectores estarão soldados na própria placa-mãe. Posição dos slots de memória RAM e socket de CPU variam a posição conforme o fabricante. Nestas placas serão encontrados slots de memória SDRAM, Rambus, DDR ou DDR-II, podendo vir com mais de um dos padrões na mesma placa-mãe. Geralmente os slots de expansão mais encontrados são os PCI, AGP, AMR/CNR e PCI-Express. Entrada na própria placa-mãe para padrões de disco rígido IDE ou SATA. Gerenciamento de energia quando desligado o micro, suporta o uso do comando "shutdown", que permite o desligamento automático do micro sem o uso da chave de desligamento encontrada no gabinete.Se está placa mãe for alimentada por uma fonte com padrão ATX é possível ligar o computador utilizando um sinal externo como, por exemplo, uma chamada telefônica recebida pelo modem instalado nesta placa.

Periféricos

On-board:

Como o próprio nome diz o componente on-board vem diretamente conectado aos circuitos da placa mãe, funcionando em sincronia e usando capacidade do processador e memória RAM quando se trata de vídeo, som, modem e rede. Tem como maior objetivo

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diminuir o preço das placas ou componentes, mas, em caso de defeito o dispositivo não será recuperável, no caso de modem AMR, basta trocar a "placa" do modem AMR com defeito por outra funcionando, pois, este é colocado em um slot AMR na placa-mãe. São exemplos de circuitos on-board: vídeo, modem, som e rede.

Off-board:

São os componentes ou circuitos que funcionam independentemente da placa mãe e por isso, são separados, tendo sua própria forma de trabalhar e não usando o processador, geralmente, quando vídeo, som, modem ou rede, o dipositivo é "ligado" a placa-mãe usando os slots de expansão pra isso, têm um preço mais elevado que os dispositivos onboard, sendo quase que totalmente o contrário em todos os aspectos do tipo on-board, ou seja, praticamente todo o processamento é realizado pelo próprio CHIPSET encontrado na placa do dispositivo.

Slot

É um termo em inglês para designar ranhura, fenda, conector, encaixe ou espaço. Sua função é ligar os periféricos ao barramento e suas velocidades são correspondentes as do seus respectivos barramentos. Nas placas-mãe são encontrados vários slots para o encaixe de placas (vídeo, som, modem e rede por exemplo).

Bom, alguns exemplos de slots são os slots:

ISA (Industry Standard Achitecture): Que é utilizado para conectar periféricos lentos, como a placa de som e faz modem. (16 bits baixa velocidade)

PCI: Utilizado por periféricos que demandem velocidade, como a placa de vídeo. (32 bits, alta velocidade)

PCI Express é o padrão de slots para placas de PCs sucessor do AGP e do PCI. Sua velocidade vai de x1 até x32, sendo que mesmo a versão x1 consegue ser duas vezes mais rápido que o PCI tradicional. No caso das placas de vídeo um slot PCI Express de x16 é duas vezes mais rápido que um AGP 8x.Um dos frutos dessa evolução é o barramento PCI Express, o substituto do barramento PCI (Peripheral Component Interconnect) e do barramento AGP (Accelerated Graphics Port). A tecnologia PCI Express conta com um recurso que permite o uso de uma ou mais conexões seriais, isto é, "caminhos" (também chamados de lanes) para transferência de dados. Se um determinado dispositivo usa um caminho, então diz-se que este utiliza o barramento PCI Express 1X, se utiliza 4 conexões, sua denominação é PCI Express 4X e assim por diante. Cada lane pode ser bidirecional, ou seja, recebe e envia dados.

Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8 bits por vez, sendo 4 em cada direção. A freqüência usada é de 2,5 GHz, mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI Express 1X consegue trabalhar com taxas de 250 MB por segundo, um valor bem maior que os 132 MB do padrão PCI.

Atualmente, o padrão PCI Express trabalha com até 16X, o equivalente a 4000 MB por segundo. Certamente, com o passar do tempo, esse limite aumentará. A tabela abaixo mostra os valores das taxas do PCI Express comparadas às taxas do padrão AGP:

AGP 1X: 266 MBps PCI Express 1X: 250 MBps AGP 4X: 1064 MBps PCI Express 2X: 500 MBps AGP 8X: 2128 MBps PCI Express 8X: 2000 MBps PCI Express 16X: 4000 MBps

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AGP (Acceleratd Graphics Port): Utilizado esclusivamente por interface de vídeos 3D, é o tipo de slot mais rápido do micro. (32 bits, alta velocidade)

Barramentos:

ISA

ISA (acrónimo para Industry Standard Architecture), é um barramento para computadores, padronizado em 1981, inicialmente utilizando 8 bits para a comunicação, e posteriormente adaptado para 16 bits.

ISA de 8 bits

Utilizado para a comunicação com os periféricos nos antigos micros XT (processadores 8088), opera a uma frequência de 8 MHz utiliza 8 bits para comunicação, o que permitia a passagem de dados à velocidade teórica de 8 MB/s. Foi o primeiro barramento de expansão.

ISA de 16 bits

Expansão do ISA de 8 bits, para a utilização em processadores a partir do 286. A comunicação com os periféricos utiliza palavras de 16 bits e frequência de 8 MHz, permitindo a transmissão de dados à taxa de 16 MB/s. É um barramento do tipo compartilhado, compatível com placas ISA 8 bits.

EISA

O EISA (acrónimo para Extended Industry Standard Architecture) é um barramento compatível com o Barramento ISA, utiliza para comunicação palavras binárias de 32 bits e frequência de 8 MHz.

Por manter a compatibilidade, o EISA utiliza duas linhas de contato capazes de acomodar tanto placas ISA (8 e 16 bits) quanto as placas EISA. Estas por sua vez utilizam todos os contatos do slot, enquanto aquelas utilizam somente a primeira camada. Tipo de slot criado pela Compaq na época do 386, de forma a aumentar o desempenho no acesso a periféricos.

Na época, o tipo de slot mais usado era o ISA, que tinha uma taxa de transferência máxima de 8 MB/s, o que é muito pouco, mesmo para um 386 (o barramento externo de um 386DX-33, por exemplo, tem uma taxa de transferência máxima teórica de 132 MB/s).

O EISA era um slot de 32 bits mas, para manter compatibilidade com o ISA (slots EISA permitem que placas ISA sejam instaladas), mantinha o clock em 8 MHz. Com isto, a sua taxa de transferência máxima teórica era de 16 MB/s. Ou seja, melhorava um pouco o desempenho, porém não resolvia o problema.

O EISA foi um slot com baixa aceitação no mercado e acabou praticamente restrito a placas-mãe para servidores de rede.

VESA

O barramento VESA é uma extensão física do barramento ISA aceitando placas adaptadoras de 8 ou 16 bits ISA. Foi desenvolvida para processadores 486 não permitindo mais de três slots nas motherboards. O barramento VESA vem sendo substituído pelo barramento PCI.

PCI

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O Barramento PCI (Peripheral Component Interconnect - Interconector de Componentes Periféricos) é um elemento para conectar periféricos em computadores baseados na arquitetura IBM PC.

Foi criado pela Intel em junho de 1992 quando esta desenvolveu o processador Pentium. Tem capacidade de trabalhar a 32 ou 64 bits, oferecendo altas taxas de transferência de dados. Um slot PCI de 32 bits pode transferir até 132 MB por segundo. Suporta os recursos Plug and Play (PnP), permitindo que a placa instalada seja automaticamente reconhecida pelo computador.

Os slots PCIs são usados por vários tipos de periféricos, como placas de vídeo, placas de som, placas de rede, modem, adaptadores USB.

A Accelerated Graphics Port (Porta Gráfica Aceleradora) (AGP, muitas vezes também chamada Advanced Graphics Port (Porta Gráfica Avançada)) é um barramento de computador (computer bus) ponto-a-ponto de alta velocidade, padrão para conectar um periférico a uma placa-mãe de computador, geralmente é acoplado a esse slot uma aceleradora gráfica, que tem a função de acelerar o processamento de imagens 3D (terceira dimensão).

AGP

O AGP dinamicamente aloca a memória RAM do sistema para armazenar a imagem da tela e para suportar o mapeamento de textura, z-buffering e alpha blending.

AGP originada pela Intel, e esta empresa montou originalmente o AGP em um chipset para seu microprocessador Pentium II em 1997. As placas AGP normalmente excedem um pouco as placas PCI em tamanho. O AGP se tornou comum em sistemas mainstream em 1998.

A primeira versão do AGP, agora chamada AGP 1x, usa um barramento de 32-bits operando a 66 MHz. Isto resulta em uma máxima tranferência de dados para um slot AGP 1x de 266 MB/s. Em comparação, um barramento PCI de 32-bits a 33MHz padrão (o qual pode ser composto de um ou mais slots) consegue no máximo 133 MB/s.

A partir de 2003, novas versões do AGP incrementam a taxa de transferência dramaticamente de dois a oito vezes. Versões disponíveis incluem AGP 2x, AGP 4x, e AGP 8x. Em adição, existem placas AGP Pro de vários tipos. Elas requerem usualmente maior voltagem e algumas ocupam o espaço de duas placas em um computador (ainda que elas se conectam a apenas um slot AGP).

O AGP permite o uso eficiente da memória de frame buffer, ajudando assim também a performance dos gráficos 2D. De fato, muitos sistemas RAID para servidores "headless" (isto é, faltando um display conectado) se conectam no slot AGP vazio para pegar a vantagem de seu alto throughput em oposição ao PCI.

AGP provê um desenho da gerência de memória coerente, o qual permite ler dados dispersos da memória do sistema em rajadas. AGP reduz o custo geral de criar subsistemas gráficos de última geração usando a memória do sistema existente. Porém, a memória genérica do sistema, mesmo sendo barata, é muito mais lenta que a memória integrada na aceleradora gráfica, e tanto as aceleradoras gráficas de baixo custo como as de alto custo, tem sua alta performance dependente das memórias. Aceleradoras gráficas simples com pouca memória integrada foram beneficiadas pelo barramento AGP desde o começo dessa tecnologia, mas com a queda dos preços das memórias desde 2000, mesmo simples aceleradoras gráficas contam com grande quantidade de memória integrada, e por esse motivo gráficos 3D pouco usam da memória do sistema.

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O uso do barramento AGP poderá ser descontinuado por volta de 2005, desde que a Intel indicou que seus futuros chipsets (com sua introdução agendada em conjunto com o lançamento de seus CPU´s de núcleo "Tejas") irão substituir o slot AGP pelo PCI-Express. O futuro GPU NV40, da Nvidia, não trará suporte nativo ao barramento AGP, assim como com o futuro GPU R520 da archi-rival ATI, será necessário um circuito adicional par o uso destes em AGP.

CHIPSET

De uma forma geral, um chipset (anglicismo que significa grupo de chips) é o cérebro de uma placa de circuitos.

Na informática, é o cérebro da placa mãe, faz a comunicação do processador com as memórias, portas (USB, paralela, PS2, serial, etc) com o Sistema operacional. Esta é a "ponte norte" (chipset central).

Sobre a ponte sul, faz operação de HDs SATA entre outros. Na nova geração de Sockets 754 e 939 da AMD, não existe a ponte norte (ou Chipset), assim, o controlador de memórias fica dentro do próprio processador, por isso ele é mais rápido (com menor latência).

Processador

O processador é a parte mais fundamental para o funcionamento de um computador. Processadores são circuitos digitais que realizam operações como: cópia de dados acesso a memórias e operações lógicas e matemáticas.

Os processadores comuns trabalham apenas com lógica digital binária. Existem processadores simples, que realizam um número pequeno de tarefas, que podem ser utilizados em aplicações mais específicas, e também existem processadores mais sofisticados, que podem ser utilizados para os mais diferentes objetivos, desde que programados apropriadamente.

Processadores geralmente possuem uma pequena memória interna, portas de entrada e de saída, e são geralmente ligados a outros circuitos digitais como memórias, multiplexadores e circuitos lógicos. Muitas vezes também um processador possui uma porta de entrada de instruções, que determinam a tarefa a ser realizada por ele. Estas seqüências de instruções geralmente estão armazenadas em memórias, e formam o programa a ser executado pelo processador.

Em geral, fala-se que um processador é melhor do que outro na medida em que ele pode realizar uma mesma tarefa em menos tempo, ou com mais eficiência.

Processadores podem ser projetados para tarefas extremamente específicas, realizando-as com eficiência insuperável. Este é o caso nos processadores que controlam eletrodomésticos e dispositivos simples como portões eletrônicos e algumas partes de automóveis. Outros visam uma maior generalidade, como nos processadores em computadores pessoais.

Os processadores formam a classe mais elevada de circuitos digitais, precedidos pelas máquinas de estado e unidades de lógica e aritmética.

Apesar de cada microprocessador ter seu próprio desenho interno, todos os microprocessadores compartilham do mesmo conceito.

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Daremos uma olhada dentro da arquitetura de um processador genérico, para que assim você seja capaz de entender um pouco mais sobre os produtos da Intel e da AMD, bem como as diferenças entre eles.

O processador – que também é chamado de microprocessador, CPU (Central Processing Unit) ou UCP (Unidade Central de Processamento) – é o encarregado de processar informações. Como ele vai processar as informações vai depender do programa. O programa pode ser uma planilha, um processador de textos ou um jogo: para o processador isso não faz a menor diferença, já que ele não entende o que o programa está realmente fazendo. Ele apenas obedece às ordens (chamadas comandos ou instruções) contidas no programa. Essas ordens podem ser para somar dois números ou para enviar uma informação para a placa de vídeo, por exemplo.

Quando você clica duas vezes em um ícone para rodar um programa, veja o que acontece:

1. O programa, que está armazenado no disco rígido, é transferido para a memória. Um programa é uma série de instruções para o processador;

2. O processador, usando um circuito chamado controlador de memória, carrega as informações do programa da memória RAM;

3. As informações, agora dentro do processador, são processadas;4. O que acontece a seguir vai depender do programa. O processador pode continuar a carregar e

executar o programa ou pode fazer alguma coisa com a informação processada, como mostrar algo na tela.

Figura 1: Como a informação armazenada é transferida para o processador.

No passado, o processador controlava a transferência de informações entre o disco rígido e a memória RAM. Como o disco rígido é mais lento que a memória RAM, isso deixava o sistema lento, já que o processador ficava ocupado até que todas as informações fossem transferidas do disco rígido para a memória RAM. Esse método é chamado PIO (Programmed Input/Output - Entrada/Saída Programada). Hoje em dia a transferência de informações entre o disco rígido e a memória RAM é feita sem o uso do processador, tornando, assim, o sistema mais rápido. Esse método é chamado bus mastering ou DMA (Direct Memory Access - Acesso Direto à Memória).

Processadores da AMD baseados nos soquetes 754, 939 e 940 (Athlon 64, Athlon 64 X2, Athlon 64 FX, Opteron e alguns modelos de Sempron) possuem controlador de memória embutido. Isso significa que para esses processadores a CPU acessa a memória RAM diretamente, sem usar o chip da ponte norte mostrado na Figura 1.

Clock

Afinal, o que vem a ser clock? Clock é um sinal usado para sincronizar coisas dentro do computador. Dê uma olhada na Figura 2, onde mostramos um típico sinal de clock: é uma onda quadrada passando de “0” a “1” a uma taxa fixa. Nessa figura você pode ver três ciclos de clock (“pulsos”) completos. O início de cada ciclo é quando o sinal de clock passa de “0” a “1”; nós marcamos isso com uma seta. O sinal de clock é medido em uma unidade chamada Hertz (Hz), que é o número de ciclos de clock por segundo. Um clock de 100 MHz significa que em um segundo existem 100 milhões de ciclos de clock.

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No computador, todas as medidas de tempo são feitas em termos de ciclos de clock. Por exemplo, uma memória RAM com latência “5” significa que vai levar cinco ciclos de clock completos para começar a transferência de dados. Dentro da CPU, todas as instruções precisam de um certo número de ciclos de clock para serem executadas. Por exemplo, uma determinada instrução pode levar sete ciclos de clock para ser completamente executada.

No que diz respeito ao processador, o interessante é que ele sabe quantos ciclos de clock cada instrução vai demorar, porque ele tem uma tabela que lista essas informações. Então se há duas instruções para serem executadas e ele sabe que a primeira vai levar sete ciclos de clock para ser executada, ele vai automaticamente começar a execução da próxima instrução no 8o pulso de clock. É claro que esta é uma explicação genérica para um processador com apenas uma unidade de execução, processadores modernos possuem várias unidades de execução trabalhando em paralelo e podem executar a segunda instrução ao mesmo tempo em que a primeira, em paralelo. A isso chamamos arquitetura superescalar e falaremos mais a esse respeito mais tarde.

Então o que o clock tem a ver com desempenho? Pensar que clock e desempenho são a mesma coisa é o erro mais comum acerca de processadores.

Se você comparar dois processadores completamente idênticos, o que estiver rodando a uma taxa de clock mais alta será o mais rápido. Neste caso, com uma taxa de clock mais alta, o tempo entre cada ciclo de clock será menor, então as tarefas serão desempenhadas em menos tempo e o desempenho será mais alto. Mas quando você compara dois processadores diferentes, isso não é necessariamente verdadeiro.

Se você pegar dois processadores com diferentes arquiteturas – por exemplo, de dois fabricantes diferentes, como Intel e AMD – o interior deles será completamente diferente.

Como dissemos, cada instrução demora um certo número de ciclos de clock para ser executada. Digamos que o processador “A” demore sete ciclos de clock para executar uma determinada instrução, e que o processador “B” leve cinco ciclos de clock para executar essa mesma instrução. Se eles estiverem rodando com a mesma taxa de clock, o processador “B” será mais rápido, porque pode processar essa instrução em menos tempo.

E há ainda muito mais no jogo do desempenho em processadores modernos, pois processadores têm quantidades diferentes de unidades de execução, tamanhos de cache diferentes, formas diferentes de transferência de dados dentro do processador, formas diferentes de processar instruções dentro das unidades de execução, diferentes taxas de clock com o mundo exterior, etc.

Como o sinal de clock do processador ficou muito alto, surgiu um problema. A placa-mãe onde o processador é instalado não podia funcionar usando o mesmo sinal de clock.Se você olhar para uma placa-mãe, verá várias trilhas ou caminhos. Essas trilhas são fios que conectam vários circuitos do computador. O problema é que, com taxas de clock mais altas, esses fios começaram a funcionar como antenas, por isso o sinal, em vez de chegar à outra extremidade do fio, simplesmente desaparecia, sendo transmitido como onda de rádio.

Clock Externo

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Os fabricantes de processadores começaram a usar, então, um novo conceito, chamado multiplicação de clock, que começou com o processador 486DX2. Com esse esquema, que é usado em todos os processadores atualmente, o processador tem um clock externo, que é usado quando dados são transferidos de e para a memória RAM (usando o chip da ponte norte), e um clock interno mais alto.

Para darmos um exemplo real, em um Pentium 4 de 3,4 GHz, estes “3,4 GHz” referem-se ao clock interno do processador, que é obtido quando multiplicamos por 17 seu clock externo de 200 MHz. Nós ilustramos esse exemplo na Figura 4.

Figura 4: Clocks interno e externo em um Pentium 4 de 3,4 GHz.

A grande diferença entre o clock interno e o clock externo em processadores modernos é uma grande barreira a ser transposta visando aumentar o desempenho do computador. Continuando com o exemplo do Pentium 4 de 3,4 GHz, ele tem que reduzir sua velocidade em 17x quando tem que ler dados da memória RAM! Durante esse processo, ele funciona como se fosse um processador de 200 MHz!

Diversas técnicas são usadas para minimizar o impacto dessa diferença de clock. Um deles é o uso de memória cache dentro do processador. Outra é transferir mais de um dado por pulso de clock. Processadores tanto da AMD como da Intel usam esse recurso, mas enquanto os processadores da AMD transferem dois dados por ciclo de clock, os da Intel transferem quatro dados por ciclo de clock.

Figura 5: Transferindo mais de um dado por ciclo de clock.

Por causa disso, os processadores da AMD são listados como se tivessem o dobro de seus verdadeiros clocks externos. Por exemplo, um processador da AMD com clock externo de 200 MHz é listado como tendo 400 MHz. O mesmo acontece com processadores da Intel com clock externo de 200 MHz, que são listados como se tivessem clock externo de 800 MHz.

A técnica de transferir dois dados por ciclo de clock é chamada DDR (Dual Data Rate), enquanto que a técnica de transferir quatro dados por ciclo de clock é chamada QDR (Quad Data Rate).

Diagrama em Blocos de um Processador

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Na Figura 6 você pode ver um diagrama em blocos básico de um processador moderno. São muitas as diferenças entre as arquiteturas da AMD e da Intel, e planejamos escrever artigos específicos sobre cada uma delas num futuro próximo. Acreditamos que entender o diagrama em blocos básico de um processador moderno seja o primeiro passo para entender como funcionam os processadores da Intel e da AMD e quais são as diferenças entre eles.

A linha pontilhada na Figura 6 representa o corpo do processador, já que a memória RAM está localizada fora do processador. O caminho de dados entre a memória RAM e a CPU tem geralmente largura de 64 bits (ou de 128 bits quando é usada configuração de memória “dual channel”), rodando ao clock da memória ou ao clock externo do processador, o que for mais baixo. O número de bits usado e a taxa de clock podem ser combinados em uma unidade chamada taxa de transferência, medida em MB/s. Para calcular a taxa de transferência, a fórmula é o número de bits x clock / 8. Para um sistema usando memórias DDR400 em configuração single channel (64 bits) a taxa de transferência da memória será de 3.200 MB/s, ao passo que o mesmo sistema usando memórias dual channel (128 bits) terá taxa de transferência de memória de 6.400 MB/s.

Todos os circuitos dentro da caixa pontilhada rodam no mesmo clock interno do processador. Dependendo do processador, algumas de suas partes internas podem até mesmo rodar a uma taxa de clock mais alta. Além disso, o caminho de dados entre as unidades do

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processador pode ser mais largo, isto é, transferir mais bits por ciclo de clock do que 64 ou 128. Por exemplo, o caminho de dados entre a memória cache L2 e o cache de instrução L1 em processadores modernos tem normalmente 256 bits de largura. Quanto maior o número de bits transferidos por ciclo de clock, mais rápida a transferência será feita (em outras palavras, a taxa de transferência será mais alta). Na Figura 6 usamos uma seta vermelha entre a memória RAM e a memória cache L2 e setas verdes entre todos os outros blocos para expressar as diferentes taxas de clock e largura de caminho de dados usadas.Memória Cache

Memória cache é um tipo de memória de alto desempenho, também chamada memória estática. O tipo de memória usado na memória RAM principal do computador é chamado memória dinâmica. A memória estática consome mais energia, é mais cara e é fisicamente maior que a memória dinâmica, mas é muito mais rápida. Ela pode trabalhar no mesmo clock do processador, o que a memória dinâmica não é capaz de fazer.

Já que ir ao “mundo exterior” para buscar dados faz com que o processador trabalhe a uma taxa de clock inferior, a técnica da memória cache é usada. Quando o processador carrega um dado de uma certa posição da memória, um circuito chamado controlador de memória cache (não desenhado na Figura 6 em prol da simplicidade) carrega na memória cache um bloco inteiro de dados abaixo da atual posição que o processador acabou de carregar. Como normalmente os programas rodam de maneira seqüencial, a próxima posição de memória que o processador irá requisitar será provavelmente a posição imediatamente abaixo da posição da memória que ela acabou de carregar. Como o controlador de memória cache já carregou um monte de dados abaixo da primeira posição de memória lida pelo processador, o próximo dado estará dentro da memória cache, portanto o processador não precisa “sair” para buscar os dados: eles já estão carregados na memória cache embutida no processador, os quais ela pode acessar à sua taxa de clock interna.

O controlador de cache está sempre observando as posições de memória que estão sendo carregadas e carregando dados de várias posições de memória depois da posição de memória que acaba de ser lida. Para darmos um exemplo real, se o processador carregou dados armazenados no endereço 1.000, o controlador de cache carregará dados do endereço “n” após o endereço 1.000. Esse número “n” é chamado página; se um dado processador está trabalhando com páginas de 4 KB (que é um valor típico), ele carregará dados de 4.096 endereços abaixo da atual posição de memória que está sendo carregada (endereço 1.000 em nosso exemplo). A propósito, 1 KB é igual a 1.024 bytes, por isso 4 KB é igual a 4.096 e não 4.000. Na Figura 7 nós ilustramos esse exemplo.

Quanto maior a memória cache, maiores são as chances de que a informação necessária ao processador já esteja lá, então o processador precisará acessar diretamente a memória RAM com menos freqüência, e assim aumentando o desempenho do sistema (apenas lembre-se que toda vez que o processador precisa acessar a memória RAM diretamente, ele precisa diminuir sua taxa de clock para essa operação).

Chamamos de “acerto” (“hit”) quando o processador carrega uma informação requisitada do cache, e de “erro” (“miss”) se a informação requisitada não está lá e o processador precise acessar a memória RAM do sistema.

L1 e L2 significam “nível 1” (Level 1) e “nível 2” (“Level 2”), respectivamente, e referem-se à distância em que se encontram do núcleo do processador (unidade de execução). Uma dúvida comum é porque ter três memórias cache distintas (cache de dados L1, cache de instrução L1 e L2). Preste atenção na Figura 6 e você verá que o cache de instrução L1 funciona como “cache de entrada”, enquanto o cache de dados L1 funciona como “cache de saída”. O cache de instrução L1 – que é geralmente menor que o cache L2 – é particularmente eficiente

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quando o programa começa a repetir uma pequena parte dele (loop), porque as instruções requisitadas estarão mais próximas da unidade de busca.

Na página de especificações de um processador o cache L1 pode ser encontrado com diferentes tipos de representação. Alguns fabricantes listam duas memórias cache L1 separadamente (algumas vezes chamando o cache de instrução de “I” e o cache de dados de “D”), alguns acrescentam a soma dos dois e escrevem “separados” – então “128 KB, separados” significa 64 KB cache de instrução e 64 KB de cache de dados –, e alguns simplesmente somam os dois e você tem que adivinhar que o número é o total e que você deve dividi-lo por dois para saber a capacidade de cada cache. A exceção, entretanto, fica com os processadores Pentium 4 e os Celeron mais novos, baseados nos soquetes 478 e 775.

Os processadores Pentium 4 (e processadores Celeron soquetes 478 e 775) não possuem cache de instrução L1. Em vez disso eles possuem cache de rastreamento de execução, que é um cache localizado entre a unidade de decodificação e a unidade de execução. Portanto, o cache de instrução L1 está lá, mas com nome e lugar diferentes. Estamos falando isso porque esse é um erro muito comum, pensar que processadores Pentium 4 não possuem cache de instrução L1. Então, quando comparam o Pentium 4 com outros processadores, alguns podem achar que seu cache L1 é muito menor, porque estão contando apenas o cache de dados L1 de 8 KB. O cache de rastreamento de execução dos processadores Pentium 4 e Celeron é de 150 KB e deve ser levado em conta, é claro.

Processamento de Desvios

Como dissemos várias vezes, um dos principais problemas para o processador é ter muitos erros de cache, porque a unidade de busca tem que acessar diretamente a memória RAM lenta, e assim deixar o sistema lento.

Normalmente o uso da memória cache evita bem isso, mas existe uma situação típica em que o controlador de cache falha: desvios condicionais. Se no meio do programa houver uma instrução chamada JMP (“jump” ou “vá para”) mandando o programa para uma posição de memória completamente diferente, essa nova posição não será carregada na memória cache L2, fazendo com que a unidade de busca vá buscar aquela posição diretamente na memória RAM. Para resolver essa questão, o controlador de cache de processadores modernos analisa o bloco de memória carregado e sempre que encontrar uma instrução JMP lá carregará o bloco de memória para aquela posição na memória cache L2 antes que o processador alcance aquela instrução JMP.

Isso é bastante fácil de implementar, o problema é que quando o programa apresenta um desvio condicional, isto é, o endereço para onde o programa deve se dirigir depende de uma condição até então desconhecida. Por exemplo, se a =< b salta para o endereço 1, ou se a > b salta para o endereço 2. Nós ilustramos esse exemplo na Figura 9. Isso resultaria em um erro de cache, porque os valores de a e b são desconhecidos e o controlador de cache estaria procurando apenas por instruções do tipo JMP. A solução: o controlador de cache carrega ambas as condições na memória cache.Mais tarde, quando o processador processar a instrução de desvio condicional, ele simplesmente descartará aquela que não foi escolhida. É melhor carregar a memória cache com dados desnecessários do que acessar diretamente a memória RAM.

Processando Instruções

A unidade de busca é encarregada de carregar as instruções da memória. Primeiro ela vai verificar se a instrução requisitada pelo processador está no cache de instrução L1. Caso não esteja, ela vai para a memória cache L2. Se a instrução também não estiver lá, então ela tem que carregar diretamente da lenta memória RAM do sistema. Quando você liga seu computador

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todos os caches estão vazios, é claro, mas na medida em que o computador começa a carregar o sistema operacional, o processador começa a processar as primeiras instruções carregadas do disco rígido, fazendo com que o controlador de cache comece a carregar os caches e começar o espetáculo.

Depois que a unidade de busca pegou a instrução requisitada pelo processador para ser processada, ela a envia para a unidade de decodificação.

A unidade de decodificação irá então verificar o que aquela instrução específica faz. Ela faz isso através de consulta à memória ROM que existe dentro do processador, chamada microcódigo. Cada instrução que um determinado processador compreende possui seu próprio microcódigo. O microcódigo vai “ensinar” ao processador o que fazer. É como um guia passo-a-passo para cada instrução. Se a instrução carregada é, por exemplo, somar a+b, seu microcódigo dirá à unidade de decodificação que são necessários dois parâmetros, a e b. A unidade de decodificação vai então requisitar que a unidade de busca pegue a informação presente nas duas posições de memória seguintes, que seja compatível com os valores para a e b. Depois que a unidade de decodificação “traduziu” a instrução e coletou todas as informações necessárias para executar a instrução, ela irá passar todas as informações e o “guia passo-a-passo” sobre como executar aquela instrução para a unidade de execução.

A unidade de execução irá então finalmente executar a instrução. Em processadores modernos você encontrará mais de uma unidade de execução trabalhando em paralelo. Isso é feito para aumentar o desempenho do processador. Por exemplo, um processador com seis unidades de execução é capaz de executar seis instruções em paralelo, então, na teoria, ele pode alcançar o mesmo desempenho que seis processadores dotados de apenas uma unidade de execução. Esse tipo de arquitetura é chamado de arquitetura superescalar.

Normalmente processadores modernos não possuem diversas unidades de execução idênticas; eles têm unidades de execução especializadas em um tipo de instruções. O melhor exemplo é a unidade de ponto flutuante (FPU, Float Point Unit, também chamada “co-processador matemático”), que é encarregada de executar instruções matemáticas complexas. Geralmente entre a unidade de decodificação e a unidade de execução existe uma unidade (chamada unidade de despacho ou agendamento) encarregada de enviar a instrução para a unidade de execução correta, isto é, caso a instrução seja uma instrução matemática, ela a enviará para a unidade de ponto flutuante e não para uma unidade de execução “genérica”. A propósito, unidades de execução “genéricas” são chamadas ALU (Arithmetic and Logic Unit) ou ULA (Unidade Lógica e Aritmética).

Finalmente, quando o processamento termina, o resultado é enviado para o cache de dados L1. Continuando com nosso exemplo de soma a+b, o resultado será enviado para o cache de dados L1. Esse resultado pode ser então enviado de volta para a memória RAM ou para outro lugar, como a placa de vídeo, por exemplo. Mas isso vai depender da próxima instrução que será processada em seguida (a instrução seguinte pode ser “imprima o resultado na tela”).

Outra função interessante que todos os microprocessadores possuem há muito tempo é chamada de “pipeline”, que é a capacidade de ter várias instruções diferentes em vários estágios do processador ao mesmo tempo.

Depois que a unidade de busca enviou a instrução para a unidade de decodificação, ela ficará ociosa, certo? Então, em vez de ficar fazendo nada, que tal mandar a unidade de busca pegar a próxima instrução? Quando a primeira instrução for para a unidade de execução, a unidade de busca pode enviar a segunda instrução para a unidade de decodificação e pegar a terceira instrução, e por aí vai.

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Em um processador moderno com um pipeline de 11 estágios (estágio é outro nome para cada unidade do processador), ele provavelmente terá 11 instruções dentro dele ao mesmo tempo quase o tempo todo. Na verdade, visto que todos os processadores modernos possuem arquitetura superescalar, o número de instruções simultâneas dentro do processador será até maior.

Além disso, em um processador de 11 estágios, uma instrução terá que passar por 11 unidades para que seja completamente executada. Quanto maior o número de estágios, mais tempo uma instrução vai demorar para que seja totalmente executada. Por outro lado, tenha em mente que, por causa desse conceito, várias instruções podem estar rodando ao mesmo tempo dentro do processador. A primeira instrução carregada pelo processador pode demorar 11 passos para sair dele, mas uma vez que estiver fora, a segunda instrução sairá logo depois (e não outros 11 passos depois).

Existem muitos outros truques usados pelos processadores modernos para aumentar o desempenho. Nós explicaremos dois deles, execução fora de ordem (OOO, out-of-order execution) e execução especulativa.

Execução Fora de Ordem (OOO)

Lembra que dissemos que processadores modernos possuem diversas unidades de execução trabalhando em paralelo? Nós também dissemos que existem tipos diferentes de unidades de execução, como a ALU (Unidade Lógica Aritmética), que é uma unidade de execução genérica, e a FPU (Unidade de Ponto Flutuante), que é uma unidade de execução matemática. Apenas como exemplo genérico para entendermos o problema, digamos que um determinado processador possua seis unidades de execução, quatro “genéricas” e duas de ponto flutuante. Digamos também que o programa tenha o seguinte fluxo de instruções em um dado momento.

1. instrução genérica2. instrução genérica3. instrução genérica4. instrução genérica5. instrução genérica6. instrução genérica7. instrução matemática8. instrução genérica9. instrução genérica10. instrução matemática

O que vai acontecer?

A unidade de despacho/agendamento enviará as primeiras quatro instruções às quatro ALUs mas, na quinta instrução, o processador precisará esperar que uma de suas ALUs fique livre para continuar o processamento, já que todas as suas quatro unidades de execução genéricas estarão ocupadas. Isso não é bom, porque ainda teremos duas unidades matemáticas (FPUs) disponíveis, e elas estarão ociosas. Portanto, um processador com mecanismo de execução fora de ordem (todos os processadores modernos têm essa função) vai analisar a próxima instrução e ver se ela pode ser enviada a uma das unidades ociosas. Em nosso exemplo isso não é possível, porque a sexta instrução também precisa de uma ALU para ser processada. O mecanismo de execução fora de ordem continua sua busca e descobre que a sétima instrução é uma instrução matemática que pode ser executada em uma das FPUs disponíveis. Como a outra FPU continuará disponível, ele vai vasculhar o programa em busca de oura instrução matemática. Em nosso exemplo, ele vai passar pelas instruções oito e nove e carregará a décima instrução.

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Em nosso exemplo, as unidades de execução estarão processando, ao mesmo tempo, a primeira, a segunda, a terceira, a quarta, a sétima e a décima instruções.

O nome fora de ordem vem do fato de que o processador não precisa esperar; ele pode puxar uma instrução do fundo do programa e processá-la antes que instruções acima dela sejam processadas. É claro que a execução fora de ordem não pode ficar indefinidamente procurando por uma instrução se não puder encontrar imediatamente uma para ser executada em paralelo. A execução fora de ordem de todos os processadores tem um limite de profundidade até onde podem ir procurar por instruções (um valor típico seria 512).

Execução Especulativa

Vamos supor que uma dessas instruções genéricas é um desvio condicional. O que a execução fora de ordem vai fazer? Se o processador implementar uma função chamada execução especulativa (todos os processadores modernos fazem isso), ele executará ambos os desvios. Considere o exemplo abaixo:

1. instrução genérica2. instrução genérica3. se a=<b vá para instrução 154. instrução genérica5. instrução genérica6. instrução genérica7. instrução matemática8. instrução genérica9. instrução genérica10. instrução matemática…11. instrução matemática12. instrução matemática13. instrução matemática 14. instrução matemática15. instrução matemática16. instrução genérica…

Quando o mecanismo da execução fora de ordem analisar este programa, ele vai puxar a instrução 15 para uma das FPUs, já que ele vai precisar de uma instrução matemática para preencher uma das FPUs que estariam ociosas. Então, em um dado momento, podemos ter ambos os desvios sendo processados ao mesmo tempo. Se quando o processador terminar de processar a terceira instrução a for maior que a b, então o processador irá simplesmente descartar o processamento da instrução 15. Você pode achar que isso é perda de tempo, mas na verdade não é. Não custa nada ao processador executar aquela instrução específica, porque a FPU estaria ociosa de qualquer maneira. Por outro lado, se a=<b o processador terá um aumento no desempenho, já que quando a instrução 3 pedir a instrução 15 ela já terá sido processada, indo direto para a instrução 16 ou até mais longe, se a instrução 16 também já tiver sido processada em paralelo pelo mecanismo de execução fora de ordem.

É claro que tudo que explicamos neste tutorial é uma simplificação para fazer com que esse tema tão técnico fique um pouco mais fácil de ser entendido.

Exemplos de processadores:

Microprocessadores — São utilizados nos computadores pessoais, workstations e mainframes. Podem ser programados para executar as mais variadas tarefas;

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Processadores Digitais de Sinal (DSP) — são processadores mais simples, presentes em aparelhos de CD, DVD e televisores digitais. Em geral, realizam sempre uma mesma tarefas simples;

Microcontroladores — Processadores relativamente flexíveis, de relativo baixo custo, que podem ser utilizados em projetos de pequeno tamanho. Podem trazer facilidades como conversores A/D embutidos, ou um conjunto de instruções próprias para comunicação digital através de algum protocolo específico.

Histórico do Xeon

Em 1998 a Intel estabeleceu uma distinção entre seus processadores voltados para o mercado de servidores e estações de trabalho dos voltados para o mercado de usuários domésticos. Desde então, a Intel passou a incluir o termo “Xeon” (pronuncia-se “zíon”) no nome dos processadores voltados para o mercado de servidores e estações de trabalho. Esses processadores reconhecem mais memória RAM, permitem trabalhar em ambiente multiprocessado (isto é, com placas-mãe com vários processadores instalados sobre ela) e possui um desempenho maior que os processadores voltados para o mercado doméstico.

A Intel lançou versões para o mercado de servidores e estações de trabalho dos seus processadores Pentium II e Pentium III, chamadas, respectivamente, de Pentium II Xeon e Pentium III Xeon. Assim, o processador Pentium II era direcionado para o mercado de usuários domésticos enquanto que o Pentium II Xeon era um processador voltado para o mercado de servidores e estações de trabalho. A mesma coisa acontece com o Pentium III e Pentium III Xeon. No caso do Pentium 4, em vez do nome escolhido ter sido Pentium 4 Xeon, optou-se pelo nome Xeon. Ou seja, o Xeon é um processador voltado para o mercado de servidores e estações de trabalho baseado no Pentium 4.

Na tabela abaixo você pode ver os processadores voltados para o mercado de usuários domésticos e seus equivalentes no mercado de servidores e estações de trabalho.

Mercado Usuários Domésticos Mercado de servidores e estações de trabalhoPentium II Pentium II XeonPentium III Pentium III XeonPentium 4 Xeon e Xeon MP

Apresentaremos abaixo as principais características técnicas dos processadores Xeon (Pentium II Xeon, Pentium III Xeon, Xeon e Xeon MP) bem como listaremos todos os modelos desses processadores lançados até hoje.

Pentium II Xeon

A Intel lançou o Pentium II Xeon em junho de 1998. Ele é um processador Intel de 6ª geração, por ser baseado na mesma arquitetura usada pelo processador Pentium Pro.

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 56

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A principal diferença entre o Pentium II Xeon e o Pentium II é o clock em que o cache de memória L2 é acessado. Enquanto que o Pentium II Xeon acessa o seu cache L2 na mesma freqüência de operação interna (ex: 400 MHz em um Pentium II Xeon de 400 MHz), o Pentium II acessa o seu cache L2 na metade de sua freqüência de operação interna (ex: 200 MHz em um Pentium II de 400 MHz).

As principais características do Pentium II Xeon são as seguintes:

32 KB de cache L1 dividido, sendo 16 KB para instruções e 16 KB para dados. 512 KB, 1 MB e 2 MB de cache de memória L2 sendo acessado na mesma freqüência de

operação interna do processador. Barramento externo de 100 MHz. Acesso a até 64 GB de memória RAM. Multiprocessamento simétrico com até quatro processadores (os modelos com 2 MB de cache

L2 permitiam multiprocessamento com até oito processadores). O processador era acondicionado em um cartucho chamado SECC (Single Edge Contact

Cartridge) e conectado à placa-mãe através de um conector de 330 contatos chamado slot 2. Baseado no núcleo “Deschutes” (o mesmo usado pelo processador Pentium II com barramento

externo de 100 MHz) com tecnologia de fabricação de 0,25 µm e com 7,5 milhões de transistores, ocupando uma área de 203 mm2.

O Pentium II Xeon utilizava um slot parecido, porém incompatível, com o do Pentium II, chamado slot 2 (também conhecido como slot de 330 contatos). Isto significa que não poderíamos instalar um Pentium II Xeon em placas-mãe para Pentium II e vice-versa.

Na tabela abaixo você ver todos os modelos de Pentium II Xeon lançados.

sSpec Clock Interno

Consumo

Cache L2

Temp. Máx. (º C)

SL34H 400 MHz 30,8 W 512 KB 75SL34J 400 MHz 38,1 W 1 MB 75SL35N 400 MHz 30,8 W 512 KB 75SL35P 400 MHz 38,1 W 1 MB 75SL2RH 400 MHz 30,8 W 512 KB 75

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 57

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SL2NB 400 MHz 38,1 W 1 MB 75

SL36W 450 MHz 34,5 W 512 KB 75

SL2XJ 450 MHz 34,5 W 512 KB 75SL2XK 450 MHz 42,8 W 1 MB 75

SL354 450 MHz 34,5 W 512 KB 75SL2XL 450 MHz 46,7 W 2 MB 75SL33T 450 MHz 34,5 W 512 KB 75SL33V 450 MHz 46,7 W 2 MB 75SL33U 450 MHz 42,8 W 1 MB 75

Pentium III Xeon

A Intel lançou o Pentium III Xeon em março de 1999. Ele também é um processador Intel de 6ª geração, como o Pentium III e o Pentium II, por ser baseado na mesma arquitetura usada pelo processador Pentium Pro.

Figura 2: Processador Pentium III Xeon.

As principais características do Pentium III Xeon são as seguintes:

32 KB de cache L1 dividido, sendo 16 KB para instruções e 16 KB para dados. 512 KB, 1 MB e 2 MB de cache de memória L2 sendo acessado na mesma freqüência de

operação interna do processador. Barramento externo de 100 MHz ou 133 MHz. Acesso a até 64 GB de memória RAM. Multiprocessamento simétrico com até quatro processadores (os modelos com 2 MB de cache

L2 permitiam multiprocessamento com até oito processadores). O processador era acondicionado em um cartucho chamado SECC (Single Edge Contact

Cartridge) e conectado à placa-mãe através de um conector de 330 contatos chamado slot 2. Instruções SSE. Tecnologia de construção de 0,25 µm (nome-código “Tanner”) ou 0,18 µm (nome-código

“Cascades”).

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 58

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O Pentium III Xeon utilizava o mesmo slot do Pentium II Xeon, podendo usar a mesma placa-mãe (em alguns casos um upgrade de BIOS era necessário), desde que a placa-mãe fosse capaz de fornecer o clock externo requerido pelo processador. Este slot era incompatível com o usado pelo Pentium II e pelos primeiros modelos de Pentium III (slot 1). Isto significa que não poderíamos instalar um Pentium III Xeon em placas-mãe para Pentium III e vice-versa.

Na tabela abaixo você ver todos os modelos de Pentium III Xeon lançados.

sSpec Clock Interno

Clock Externo

Tecnologia

Consumo

Cache L2

Temp. Máx. (º C)

SL3CB 500 MHz 100 MHz 0,25 µm 36,2 W 2 MB 75SL3CA 500 MHz 100 MHz 0,25 µm 44 W 1 MB 75SL3C9 500 MHz 100 MHz 0,25 µm 36 W 512 KB 75SL3D9 500 MHz 100 MHz 0,25 µm 36 W 512 KB 75SL3DA 500 MHz 100 MHz 0,25 µm 44 W 1 MB 75SL3DB 500 MHz 100 MHz 0,25 µm 36,2 W 2 MB 75SL387 500 MHz 100 MHz 0,25 µm 36,2 W 2 MB 75SL386 500 MHz 100 MHz 0,25 µm 44 W 1 MB 75SL385 500 MHz 100 MHz 0,25 µm 36 W 512 KB 75SL2XW 500 MHz 100 MHz 0,25 µm 36,2 W 2 MB 75SL2XV 500 MHz 100 MHz 0,25 µm 44 W 1 MB 75SL2XU 500 MHz 100 MHz 0,25 µm 36 W 512 KB 75SL3LM 550 MHz 100 MHz 0,25 µm 34 W 512 KB 68SL3FR 550 MHz 100 MHz 0,25 µm 33,1 W 512 KB 68SL3FK 550 MHz 100 MHz 0,25 µm 33,1 W 512 KB 68SL3LN 550 MHz 100 MHz 0,25 µm 34 W 1 MB 68SL3LP 550 MHz 100 MHz 0,25 µm 39,5 W 2 MB 68SL3TW 550 MHz 100 MHz 0,25 µm 34 W 1 MB 68SL3Y4 550 MHz 100 MHz 0,25 µm 34 W 512 KB 68SL3CF 550 MHz 100 MHz 0,25 µm 39,5 W 2 MB 68SL3SS 600 MHz 133 MHz 0,18 µm 19,2 W 256 KB 55SL3BK 600 MHz 133 MHz 0,18 µm 19,2 W 256 KB 55SL3WM 600 MHz 133 MHz 0,18 µm 18,8 W 256 KB 55

SL3BJ 600 MHz 133 MHz 0,18 µm 18,8 W 256 KB 55SL3WN 600 MHz 133 MHz 0,18 µm 19,2 W 256 KB 55SL3DC 667 MHz 133 MHz 0,18 µm 21,3 W 256 KB 55SL3WP 667 MHz 133 MHz 0,18 µm 20,8 W 256 KB 55SL3WQ 667 MHz 133 MHz 0,18 µm 21,3 W 256 KB 55SL3BL 667 MHz 133 MHz 0,18 µm 20,8 W 256 KB 55SL3ST 667 MHz 133 MHz 0,18 µm 21,3 W 256 KB 55SL3WZ 700 MHz 100 MHz 0,18 µm 28,9 W 2 MB 65SL3X2 700 MHz 100 MHz 0,18 µm 29,6 W 2 MB 65SL49R 700 MHz 100 MHz 0,18 µm 28,9 W 2 MB 65SL3U4 700 MHz 100 MHz 0,18 µm 28,9 W 1 MB 65SL3U5 700 MHz 100 MHz 0,18 µm 29,6 W 1 MB 65SL4GD 700 MHz 100 MHz 0,18 µm 28,9 W 1 MB 65SL4GE 700 MHz 100 MHz 0,18 µm 29,6 W 1 MB 65SL4GF 700 MHz 100 MHz 0,18 µm 28,9 W 2 MB 65SL4GG 700 MHz 100 MHz 0,18 µm 29,6 W 2 MB 65

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 59

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SL3WS 733 MHz 133 MHz 0,18 µm 23,3 W 256 KB 55SL3WR 733 MHz 133 MHz 0,18 µm 22,8 W 256 KB 55SL3SU 733 MHz 133 MHz 0,18 µm 23,3 W 256 KB 55SL3SG 733 MHz 133 MHz 0,18 µm 23,3 W 256 KB 55SL3SF 733 MHz 133 MHz 0,18 µm 22,8 W 256 KB 55SL4H6 733 MHz 133 MHz 0,18 µm 22,8 W 256 KB 55SL4H7 733 MHz 133 MHz 0,18 µm 23,3 W 256 KB 55SL3V2 800 MHz 133 MHz 0,18 µm 25,4 W 256 KB 55SL3V3 800 MHz 133 MHz 0,18 µm 25,4 W 256 KB 55SL3VU 800 MHz 133 MHz 0,18 µm 25,4 W 256 KB 55SL3WU 800 MHz 133 MHz 0,18 µm 24,8 W 256 KB 55SL3WT 800 MHz 133 MHz 0,18 µm 24,5 W 256 KB 55SL4H8 800 MHz 133 MHz 0,18 µm 24,8 W 256 KB 55SL4H9 800 MHz 133 MHz 0,18 µm 28,5 W 256 KB 55SL4HB 866 MHz 133 MHz 0,18 µm 27,4 W 256 KB 55SL4HA 866 MHz 133 MHz 0,18 µm 26,8 W 256 KB 55SL4PZ 866 MHz 133 MHz 0,18 µm 27,4 W 256 KB 55SL4U2 866 MHz 133 MHz 0,18 µm 27,4 W 256 KB 55SL3WW 866 MHz 133 MHz 0,18 µm 27,4 W 256 KB 55

SL3WV 866 MHz 133 MHz 0,18 µm 26,8 W 256 KB 55SL4R9 933 MHz 133 MHz 0,18 µm 29,6 W 256 KB 55SL3WY 933 MHz 133 MHz 0,18 µm 29,6 W 256 KB 55SL3WX 933 MHz 133 MHz 0,18 µm 28,9 W 256 KB 55SL4U3 933 MHz 133 MHz 0,18 µm 29,6 W 256 KB 55SL4HD 933 MHz 133 MHz 0,18 µm 29,6 W 256 KB 55SL4HC 933 MHz 133 MHz 0,18 µm 28,9 W 256 KB 55SL4HE 1 GHz 133 MHz 0,18 µm 30,2 W 256 KB 55SL4HF 1 GHz 133 MHz 0,18 µm 30,8 W 256 KB 55SL4Q2 1 GHz 133 MHz 0,18 µm 30,8 W 256 KB 55

Xeon

Este processador deveria se chamar Pentium 4 Xeon, mas a Intel optou pelo nome Xeon. Como comentamos anteriormente, o Xeon é um processador voltado para o mercado de servidores e estações de trabalho baseado no Pentium 4, sendo, portanto, um processador Intel de 7ª geração. Como vimos os processadores anteriores da série Xeon usavam a arquitetura Intel de 6ª geração (a mesma do Pentium Pro).

Figura 3: Processador Xeon.

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 60

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A diferença entre os processadores Xeon MP e Xeon é que o primeiro permite multiprocessamento simétrico com quatro ou mais processadores, enquanto que o Xeon permite multiprocessamento com no máximo dois processadores. Antigamente, o processador Xeon era chamado “Xeon DP” (multiprocessamento simétrico com até dois processadores), sendo posteriormente renomeado para apenas “Xeon”.

Os processadores Xeon possuem 8 KB de memória cache L1 para dados (16 KB nos modelos que possuem a tecnologia de 64 bits EM64T) e um cache L1 de execução de 150 KB. O cache L2 pode ser de 512 KB, 1 MB ou 2 MB, sendo que alguns modelos possuem um cache L3, que pode ser de 1 MB, 2 MB, 4 MB ou 8 MB.

Na tabela abaixo listamos todos os modelos de Xeon lançados até hoje.

SSpecClock Interno

Clock Externo

Tecn.

TDP

Cache L2

Cache L3

Soquete

Temp. Máx. (º C)

SSE3

Execute Disable

64 Bits

Hyper Threading

SL4XU 700 MHz

100 MHz

0,18 µm

28,9 W 1 MB - 330 65 Não Não Nã

o Não

SL7ZB 3,80 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL8P2 3,80 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL84W 3,66 GHz

667 MHz

90 nm

110 W 1 MB - 604 73 Não Sim Si

m Sim

SL8UN 3,66 GHz

667 MHz

90 nm

110 W 1 MB - 604 73 Não Sim Si

m Sim

SL7ZC 3,60 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL8P3 3,60 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7ZJ 3,60 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7PH 3,60 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7HK 3,60 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Não Nã

o Sim

SL7VF 3,60 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7DZ 3,60 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7ZK 3,40 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL8P4 3,40 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7ZD 3,40 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7HJ 3,40 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Não Nã

o Sim

SL7DY 3,40 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 61

Page 62: Curso_Tecnico/Turma139/Montagem e... · Web viewApostila básica de hardware Histórico Evolutivo dos Computadores A Evolução dos Computadores Há momentos, na história da humanidade,

SL7PG 3,40 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7TE 3,40 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Nã

o Sim

SL8EY 3,33 GHz

667 MHz

90 nm

129 W 1 MB 8 MB 604 73 Não Sim Si

m Sim

SL8P5 3,20 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL8T3 3,20 GHz

800 MHz

90 nm

90 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7ZE 3,20 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL8ZP 3,20 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7HH 3,20 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Não Nã

o Sim

SL7TD 3,20 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Nã

o Sim

SL7DX 3,20 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7PF 3,20 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL73Q 3,20 GHz

533 MHz

130 nm

92 W

512 KB 1 MB 604 71 Não Não Nã

o Sim

SL7BW

3,20 GHz

533 MHz

130 nm

92 W

512 KB 2 MB 604 71 Não Não Nã

o Sim

SL72Y 3,20 GHz

533 MHz

130 nm

92 W

512 KB 1 MB 604 71 Não Sim Nã

o Sim

SL7AE 3,20 GHz

533 MHz

130 nm

92 W

512 KB 2 MB 604 71 Não Sim Nã

o Sim

SL84U 3,16 GHz

667 MHz

90 nm

110 W 1 MB - 604 73 Não Sim Si

m Sim

SL8UM

3,16 GHz

667 MHz

90 nm

110 W 1 MB - 604 73 Não Sim Si

m Sim

SL73P 3,06 GHz

533 MHz

130 nm

87 W

512 KB 1 MB 604 70 Não Não Nã

o Sim

SL72G 3,06 GHz

533 MHz

130 nm

87 W

512 KB 1 MB 604 70 Não Sim Nã

o Sim

SL6VP 3,06 GHz

533 MHz

130 nm

85 W

512 KB - 604 73 Não Sim Nã

o Sim

SL6GH 3,06 GHz

533 MHz

130 nm

85 W

512 KB - 604 73 Não Sim Nã

o Sim

SL6RR 3,06 GHz

533 MHz

130 nm

85 W

512 KB - 604 73 Não Não Nã

o Sim

SL6YR 3,06 GHz

533 MHz

130 nm

85 W

512 KB - 604 73 Não Não Nã

o Sim

SL7ZF 3 GHz 800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL8P6 3 GHz 800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL8SV 3 GHz 800 MHz

90 nm

55 W 2 MB - 604 86 Sim Sim Si

m Sim

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 62

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SL8ZQ 3 GHz 800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7PE 3 GHz 800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7TC 3 GHz 800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Nã

o Sim

SL7HG 3 GHz 800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Não Nã

o Sim

SL7DW 3 GHz 800

MHz90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Não Nã

o Sim

SL8EW 3 GHz 667

MHz90 nm

129 W 1 MB 8 MB 604 73 Não Sim Si

m Sim

SL6VW 3 GHz 400

MHz130 nm

85 W

512 KB - 603 73 Não Não Nã

o Sim

SL6WB 3 GHz 400

MHz130 nm

85 W

512 KB - 603 73 Não Sim Nã

o Sim

SL6X4 3 GHz 400 MHz

130 nm

85 W

512 KB - 603 73 Não Não Nã

o Sim

SL6YY 3 GHz 400 MHz

130 nm

85 W

512 KB - 603 73 Não Não Nã

o Sim

SL8ED 2,83 GHz

667 MHz

90 nm

129 W 1 MB 4 MB 604 73 Não Sim Si

m Sim

SL7ZG 2,80 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL8P7 2,80 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL8ZR 2,80 GHz

800 MHz

90 nm

110 W 2 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7DV 2,80 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Nã

o Sim

SL7HF 2,80 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Não Nã

o Sim

SL7PD 2,80 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Si

m Sim

SL7TB 2,80 GHz

800 MHz

90 nm

103 W 1 MB - 604 72 Sim Sim Nã

o Sim

SL7D5 2,80 GHz

533 MHz

130 nm

77 W

512 KB 1 MB 604 72 Não Não Nã

o Sim

SL7DG 2,80 GHz

533 MHz

130 nm

77 W

512 KB 1 MB 604 72 Não Não Nã

o Sim

SL6NS 2,80 GHz

533 MHz

130 nm

74 W

512 KB - 604 75 Não Não Nã

o Sim

SL6VN 2,80 GHz

533 MHz

130 nm

74 W

512 KB - 604 75 Não Não Nã

o Sim

SL73N 2,80 GHz

533 MHz

130 nm

77 W

512 KB - 604 72 Não Não Nã

o Sim

SL72F 2,80 GHz

533 MHz

130 nm

77 W

512 KB - 604 72 Não Não Nã

o Sim

SL6YQ 2,80 GHz

533 MHz

130 nm

74 W

512 KB - 604 75 Não Não Nã

o Sim

SL6GG 2,80 GHz

533 MHz

130 nm

74 W

512 KB 1 MB 604 75 Não Sim Nã

o Sim

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 63

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SL6Z8 2,80 GHz

400 MHz

130 nm

83 W

512 KB 2 MB 603 69 Não Não Nã

o Sim

SL6WA

2,80 GHz

400 MHz

130 nm

74 W

512 KB - 603 75 Não Sim Nã

o Sim

SL6M7 2,80 GHz

400 MHz

130 nm

68 W

512 KB - 603 70 Não Sim Nã

o Sim

SL6MS 2,80 GHz

400 MHz

130 nm

68 W

512 KB - 603 70 Não Não Nã

o Sim

SL6YX 2,80 GHz

400 MHz

130 nm

74 W

512 KB - 603 75 Não Não Nã

o Sim

SL6GF 2,66 GHz

533 MHz

130 nm

72 W

512 KB - 604 74 Não Sim Nã

o Sim

SL6NR 2,66 GHz

533 MHz

130 nm

72 W

512 KB - 604 74 Não Não Nã

o Sim

SL72E 2,66 GHz

533 MHz

130 nm

77 W

512 KB - 604 72 Não Não Nã

o Sim

SL73M 2,66 GHz

533 MHz

130 nm

77 W

512 KB - 604 72 Não Não Nã

o Sim

SL6VM

2,66 GHz

533 MHz

130 nm

72 W

512 KB - 604 74 Não Não Nã

o Sim

SL6YP 2,66 GHz

533 MHz

130 nm

72 W

512 KB - 604 74 Não Não Nã

o Sim

SL6EQ 2,60 GHz

400 MHz

130 nm

60 W

512 KB - 603 70 Não Sim Nã

o Sim

SL6W9 2,60 GHz

400 MHz

130 nm

71 W

512 KB - 603 74 Não Não Nã

o Sim

SL6K3 2,60 GHz

400 MHz

130 nm

60 W

512 KB - 603 70 Não Não Nã

o Sim

SL6YW

2,60 GHz

400 MHz

130 nm

71 W

512 KB - 603 74 Não Não Nã

o Sim

SL7DF 2,40 GHz

533 MHz

130 nm

77 W

512 KB 1 MB 604 72 Não Não Nã

o Sim

SL7D4 2,40 GHz

533 MHz

130 nm

77 W

512 KB 1 MB 604 72 Não Sim Nã

o Sim

SL6GD 2,40 GHz

533 MHz

130 nm

65 W

512 KB - 604 74 Não Sim Nã

o Sim

SL6YN 2,40 GHz

533 MHz

130 nm

65 W

512 KB - 604 74 Não Não Nã

o Sim

SL6NQ 2,40 GHz

533 MHz

130 nm

65 W

512 KB - 604 74 Não Não Nã

o Sim

SL72D 2,40 GHz

533 MHz

130 nm

77 W

512 KB - 604 72 Não Não Nã

o Sim

SL73L 2,40 GHz

533 MHz

130 nm

77 W

512 KB - 604 72 Não Não Nã

o Sim

SL74T 2,40 GHz

533 MHz

130 nm

65 W

512 KB - 604 74 Não Não Nã

o Sim

SL6VL 2,40 GHz

533 MHz

130 nm

65 W

512 KB - 604 74 Não Não Nã

o Sim

SL6EP 2,40 GHz

400 MHz

130 nm

65 W

512 KB - 603 74 Não Não Nã

o Sim

SL6W8 2,40 GHz

400 MHz

130 nm

65 W

512 KB - 603 74 Não Não Nã

o Sim

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 64

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SL6YV 2,40 GHz

400 MHz

130 nm

65 W

512 KB - 603 74 Não Não Nã

o Sim

SL687 2,40 GHz

400 MHz

130 nm

65 W

512 KB - 603 71 Não Não Nã

o Sim

SL65T 2,40 GHz

400 MHz

130 nm

65 W

512 KB - 603 71 Não Sim Nã

o Sim

SL6K2 2,40 GHz

400 MHz

130 nm

65 W

512 KB - 603 74 Não Não Nã

o Sim

SL6JZ 2,20 GHz

400 MHz

130 nm

61 W

512 KB - 603 75 Não Não Nã

o Sim

SL5ZA 2,20 GHz

400 MHz

130 nm

61 W

512 KB - 603 72 Não Sim Nã

o Sim

SL6W7 2,20 GHz

400 MHz

130 nm

61 W

512 KB - 603 75 Não Não Nã

o Sim

SL6YU 2,20 GHz

400 MHz

130 nm

61 W

512 KB - 603 75 Não Não Nã

o Sim

SL6EN 2,20 GHz

400 MHz

130 nm

61 W

512 KB - 603 75 Não Não Nã

o Sim

SL624 2,20 GHz

400 MHz

130 nm

61 W

512 KB - 603 72 Não Não Nã

o Sim

SL6NP 2 GHz 533 MHz

130 nm

58 W

512 KB - 604 70 Não Não Nã

o Sim

SL6RQ 2 GHz 533 MHz

130 nm

58 W

512 KB - 604 70 Não Sim Nã

o Sim

SL6VK 2 GHz 533 MHz

130 nm

58 W

512 KB - 604 70 Não Não Nã

o Sim

SL6YM 2 GHz 533

MHz130 nm

58 W

512 KB - 604 70 Não Não Nã

o Sim

SL72C 2 GHz 533 MHz

130 nm

58 W

512 KB - 604 70 Não Não Nã

o Sim

SL73K 2 GHz 533 MHz

130 nm

58 W

512 KB - 604 70 Não Não Nã

o Sim

SL6JY 2 GHz 400 MHz

130 nm

58 W

512 KB - 603 70 Não Não Nã

o Sim

SL623 2 GHz 400 MHz

130 nm

58 W

512 KB - 603 70 Não Não Nã

o Sim

SL6W6 2 GHz 400 MHz

130 nm

58 W

512 KB - 603 70 Não Não Nã

o Sim

SL6XL 2 GHz 400 MHz

130 nm

58 W

512 KB - 604 70 Não Não Nã

o Sim

SL5Z9 2 GHz 400 MHz

130 nm

58 W

512 KB - 603 70 Não Sim Nã

o Sim

SL6YT 2 GHz 400 MHz

130 nm

58 W

512 KB - 603 70 Não Não Nã

o Sim

SL6EM 2 GHz 400 MHz

130 nm

58 W

512 KB - 603 70 Não Não Nã

o Sim

SL5TH 2 GHz 400 MHz

0,18 µm

77,5 W

256 KB - 603 78 Não Não Nã

o Não

SL5U8 2 GHz 400 MHz

0,18 µm

77,5 W

256 KB - 603 78 Não Não Nã

o Não

SL6EL 1,80 GHz

400 MHz

130 nm

55,8 W

512 KB - 603 69 Não Não Nã

o Sim

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 65

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SL6JX 1,80 GHz

400 MHz

130 nm

55 W

512 KB - 603 69 Não Não Nã

o Sim

SL622 1,80 GHz

400 MHz

130 nm

55 W

512 KB - 603 69 Não Não Nã

o Sim

SL6W3 1,80 GHz

400 MHz

130 nm

55 W

512 KB - 603 69 Não Não Nã

o Sim

SL6YS 1,80 GHz

400 MHz

130 nm

55 W

512 KB - 603 69 Não Não Nã

o Sim

SL5Z8 1,80 GHz

400 MHz

130 nm

55 W

512 KB - 603 69 Não Sim Nã

o Sim

SL56N 1,70 GHz

400 MHz

0,18 µm

65,8 W

256 KB - 603 73 Não Não Nã

o Não

SL5U7 1,70 GHz

400 MHz

130 nm

65,8 W

256 KB - 603 73 Não Não Nã

o Não

SL5TE 1,70 GHz

400 MHz

0,18 µm

65,8 W

256 KB - 603 73 Não Não Nã

o Não

SL56H 1,70 GHz

400 MHz

0,18 µm

65,8 W

256 KB - 603 73 Não Não Nã

o Não

SL5TD 1,50 GHz

400 MHz

0,18 µm

59,2 W

256 KB - 603 70 Não Não Nã

o Não

SL4WY

1,50 GHz

400 MHz

0,18 µm

59,2 W

256 KB - 603 70 Não Não Nã

o Não

SL5U6 1,50 GHz

400 MHz

0,18 µm

59,2 W

256 KB - 603 70 Não Não Nã

o Não

SL4ZT 1,50 GHz

400 MHz

0,18 µm

59,2 W

256 KB - 603 70 Não Não Nã

o Não

SL56G 1,40 GHz

400 MHz

0,18 µm

56 W

256 KB - 603 69 Não Não Nã

o Não

SL4WX

1,40 GHz

400 MHz

0,18 µm

56 W

256 KB - 603 69 Não Não Nã

o Não

TDP, Thermal Design Power, indica a potência máxima que o processador pode dissipar.

Xeon MP

Como já explicamos, a diferença entre o Xeon MP e o Xeon é a quantidade de processadores suportados no modo de multiprocessamento simétrico: o Xeon suporta até dois processadores em uma mesma placa-mãe, enquanto que o Xeon MP suporta até quatro processadores por barramento.

Na realidade é possível construir servidores com mais de quatro processadores Xeon MP em uma mesma placa-mãe. Para isso, no entanto, os processadores devem ser agrupados de quatro em quatro – já que eles só suportam até quatro processadores por barramento – devendo haver uma conexão entre os chipsets. Por exemplo, em um servidor com oito processadores Xeon MP, os quatro primeiros processadores estarão interligados através do mesmo barramento, enquanto os outros quatro processadores estarão interligados através de um segundo barramento. A comunicação entre os barramentos locais será feita pelo chipset.

As principais características dos processadores Xeon MP são:

1. Soquete 603.2. Cache L1 de execução de 150 KB.3. Cache L1 de dados de 8 KB ou de 16 KB nos modelos com suporte à tecnologia EM64T

(tecnologia de 64 bits).

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 66

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4. Multiprocessamento simétrico diretamente com até quatro processadores.5. Tecnologia HyperThreading.

Na tabela abaixo listamos todos os modelos de Xeon MP lançados até hoje.

sSpec Clock Interno

Clock Externo

Tecnologia TDP Cache

L2Cache L3

Temp. Máx. (º C)

SSE3

Execute Disable

64 Bits

SL84W 3,66 GHz 667 MHz 90 nm 110

W 1 MB – 73 Sim Sim Sim

SL84UN

3,66 GHz 667 MHz 90 nm 110

W 1 MB – 73 Sim Sim Sim

SL8EY 3,33 GHz 667 MHz 90 nm 129

W 1 MB 8 MB 73 Sim Sim Sim

SL84U 3,16 GHz 667 MHz 90 nm 110

W 1 MB – 73 Sim Sim Sim

SL8UM 3,16 GHz 667 MHz 90 nm 110

W 1 MB – 73 Sim Sim Sim

SL79V 3 GHz 400 MHz 0,13 µm 85 W

512 KB 4 MB 71 Não Não Não

SL8EW 3 GHz 667 MHz 90 nm 129 W 1 MB 8 MB 73 Sim Sim Sim

SL8ED 2,83 GHz 667 MHz 90 nm 129

W 1 MB 4 MB 73 Sim Sim Sim

SL6YL 2,80 GHz 400 MHz 0,13 µm 72

W512 KB 2 MB 69 Não Não Não

SL79Z 2,70 GHz 400 MHz 0,13 µm 80

W512 KB 2 MB 70 Não Não Não

SL6Z2 2,50 GHz 400 MHz 0,13 µm 66

W512 KB 1 MB 70 Não Não Não

SL6Z7 2,50 GHz 400 MHz 0,13 µm 66

W512 KB 1 MB 70 Não Não Não

SL7A5 2,20 GHz 400 MHz 0,13 µm 65

W512 KB 2 MB 65 Não Não Não

SL6YJ 2 GHz 400 MHz 0,13 µm 57 W

512 KB 1 MB 69 Não Não Não

SL6Z6 2 GHz 400 MHz 0,13 µm 57 W

512 KB 1 MB 69 Não Não Não

SL6KD 2 GHz 400 MHz 0,13 µm 57 W

512 KB 2 MB 69 Não Não Não

SL66Z 2 GHz 400 MHz 0,13 µm 57 W

512 KB 2 MB 69 Não Não Não

SL6H2 1,90 GHz 400 MHz 0,13 µm 55

W512 KB 1 MB 68 Não Não Não

SL6KC 1,90 GHz 400 MHz 0,13 µm 55

W512 KB 1 MB 68 Não Não Não

SL5G8 1,60 GHz 400 MHz 0,18 µm 72

W512 KB 1 MB 78 Não Não Não

SL5S4 1,60 GHz 400 MHz 0,18 µm 72

W512 KB 1 MB 78 Não Não Não

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 67

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SL6GZ 1,50 GHz 400 MHz 0,13 µm 48

W512 KB 1 MB 67 Não Não Não

SL6KB 1,50 GHz 400 MHz 0,13 µm 48

W512 KB 1 MB 67 Não Não Não

SL5RW 1,50 GHz 400 MHz 0,18 µm 68

W256 KB

512 KB 76 Não Não Não

SL5G2 1,50 GHz 400 MHz 0,18 µm 68

W256 KB

512 KB 76 Não Não Não

SL5FZ 1,40 GHz 400 MHz 0,18 µm 64

W256 KB

512 KB 74 Não Não Não

SL5RV 1,40 GHz 400 MHz 0,18 µm 64

W256 KB

512 KB 74 Não Não Não

TDP, Thermal Design Power, indica a potência máxima que o processador pode dissipar.

Xeon de Núcleo Duplo

A tecnologia de núcleo duplo traz dois processadores inteiros dentro de um mesmo invólucro. Como os processadores Xeon de núcleo duplo têm a tecnologia HyperThreading – que simula a existência de dois processadores em cada núcleo – o sistema operacional reconhece cada processador Xeon de núcleo duplo como sendo quatro processadores. Assim, em um servidor com dois processadores Xeon de núcleo duplo, o sistema operacional reconhecerá oito processadores (quatro núcleos, dois por pocessador, e dois processadores lógicos por núcleo).

Todos os processadores Xeon de núcleo duplo possuem as seguintes características:

1. Soquete 604.2. Instruções SSE3.3. Cache L1 de dados de 16 KB e cache de execução de 150 KB.4. Suporte a multiprocessamento simétrico com até dois processadores por placa-mãe.5. Tecnologia Execute Disable.6. Tecnologia EM64T.7. Tecnologia HyperThreading.8. Tecnologia de Virtualização nos modelos 7xxx.9. Tecnologia Demand-Based Switching (DBS).10. Tecnologia Enhanced SpeedStep.

Na tabela abaixo listamos os modelos de Pentium Xeon com dois núcleos já lançados.

sSpec Modelo

Clock Interno

Clock Externo

Tecnologia TDP Cache L2 Temp. Max

(ºC)

SL8UB 7030 2,80 GHz 800 MHz 90 nm 165 W

1 MB + 1 MB 76

SL8UD 7041 3 GHz 800 MHz 90 nm 165 W

2 MB + 2 MB 76

SL8UC 7040 3 GHz 667 MHz 90 nm 165 W

2 MB + 2 MB 76

SL8UA 7020 2,66 GHz 667 MHz 90 nm 165 W

1 MB + 1 MB 76

SL8MA - 2,80 GHz 800 MHz 90 nm 135

W2 MB + 2 MB 72

TDP, Thermal Design Power, indica a potência máxima que o processador pode dissipar.

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 68

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AMD – SEMPRON

O Sempron é o processador da AMD voltado para o mercado low-end, ou seja, ele é destinado a usuários que não precisam de grande poder computacional e que estão mais preocupados com preço do que com desempenho. O concorrente do Sempron é Celeron D da Intel e você pode clicar aqui para ver uma comparação técnica entres esses dois processadores.

O processador Sempron está disponível em duas versões de soquete: 462 e 754. Os processadores Sempron soquete 462 são versões mais simples do Athlon XP, enquanto que os processadores Sempron soquete 754 são versões mais simples do Athlon 64.

Tome cuidado: como o Sempron soquete 462 usa uma arquitetura interna completamente diferente do Sempron soquete 754, uma comparação direta entre esses dois processadores não é possível.

A nomenclatura “PR” (Performance Rating) usada pelo Sempron só serve para a comparação entre modelos de Sempron usando o mesmo tipo de soquete. Não é possível comparar a nomenclatura PR do Sempron com a do Athlon XP ou com a do Athlon 64. Por exemplo, um Sempron 3000+ não é necessariamente mais rápido do que um Athlon XP 2800+ ou do que um Athlon 64 2800+. Da mesma forma, um Sempron 3000+ soquete 462 não é necessariamente mais rápido do que um Sempron 2800+ soquete 754. Só podemos usar esse sistema de numeração para comparar modelos baseados no mesmo soquete. Podemos afirmar, por exemplo, que um Sempron 3000+ soquete 754 é mais rápido do que um Sempron 2800+ também usando o soquete 754.

Vamos falar agora das características de cada série de Sempron (soquete 462 e soquete 754), onde listamos todos os modelos de Sempron lançados até hoje.

O Sempron é o processador da AMD voltado para o mercado low-end, ou seja, ele é destinado a usuários que não precisam de grande poder computacional e que estão mais preocupados com preço do que com desempenho. O concorrente do Sempron é Celeron D da Intel e você pode clicar aqui para ver uma comparação técnica entres esses dois processadores.

O processador Sempron está disponível em duas versões de soquete: 462 e 754. Os processadores Sempron soquete 462 são versões mais simples do Athlon XP, enquanto que os processadores Sempron soquete 754 são versões mais simples do Athlon 64.

Tome cuidado: como o Sempron soquete 462 usa uma arquitetura interna completamente diferente do Sempron soquete 754, uma comparação direta entre esses dois processadores não é possível.

A nomenclatura “PR” (Performance Rating) usada pelo Sempron só serve para a comparação entre modelos de Sempron usando o mesmo tipo de soquete. Não é possível comparar a nomenclatura PR do Sempron com a do Athlon XP ou com a do Athlon 64. Por exemplo, um Sempron 3000+ não é necessariamente mais rápido do que um Athlon XP 2800+ ou do que um Athlon 64 2800+. Da mesma forma, um Sempron 3000+ soquete 462 não é necessariamente mais rápido do que um Sempron 2800+ soquete 754. Só podemos usar esse sistema de numeração para comparar modelos baseados no mesmo soquete. Podemos afirmar, por exemplo, que um Sempron 3000+ soquete 754 é mais rápido do que um Sempron 2800+ também usando o soquete 754.

Vamos falar agora das características de cada série de Sempron (soquete 462 e soquete 754), onde listamos todos os modelos de Sempron lançados até hoje.

Tray) OPN (Box) Model Clock Consum Cache Temp. Máx Alim

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 69

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o o L2 (ºC) .SDA3000DUT4D

SDA3000BOX 3000+ 2 GHz 62 W 512 KB 90 1,6 V

SDC2800DUT3D

SDC2800BOX 2800+ 2 GHz 62 W 256 KB 90 1,6 V

SDA2800DUT3D

SDA2800BOX 2800+ 2 GHz 62 W 256 KB 90 1,6 V

SDA2600DUT3D

SDA2600BOX 2600+ 1,833

GHz 62 W 256 KB 90 1,6 V

SDA2500DUT3D

SDA2500BOX 2500+ 1,75 GHz 62 W 256 KB 90 1,6 V

SDC2400DUT3D

SDC2400BOX 2400+ 1,667

GHz 62 W 256 KB 90 1,6 V

SDA2400DUT3D

SDA2400BOX 2400+ 1,667

GHz 62 W 256 KB 90 1,6 V

SDA2300DUT3D

SDA2300BOX 2300+ 1,583

GHz 62 W 256 KB 90 1,6 V

SDC2200DUT3D

SDC2200BOX 2200+ 1,5 GHz 62 W 256 KB 90 1,6 V

SDA2200DUT3D

SDA2200BOX 2200+ 1,5 GHz 62 W 256 KB 90 1,6 V

Sempron Soquete 754

Os processadores Sempron soquete 754 são na realidade processadores Athlon 64 com menos memória cache e sem as extensões de 64 bits, sendo que modelos lançados mais recentemente passaram a contar com as extensões de 64 bits.

As principais características dos processadores Sempron soquete 754 são:

1. 64 KB de cache de memória L1 de instruções e 64 KB de cache L1 de dados.2. 128 KB ou 256 KB de cache de memória L2.3. Barramento HyperTransport trabalhando a 800 MHz (3.2 GB/s). Este clock pode também ser

referenciado como “1.600 MHz”.4. Configuração de memória DDR single channel.5. Conjunto de instruções SSE3 nos modelos que têm as extensões de 64 bits habilitadas.6. Processo de fabricação de 90 nm.

Tray) OPN (Box) Modelo

Clock

Consumo

64 bits

SSE3

Cache L2

Temp. Máx. (ºC)

Alim.

SDA3400AIO3BX

SDA3400BXBOX 3400+ 2

GHz 62 W Sim Sim 256 KB 69 1,4 V

SDA3300AIO2B SDA3300BOBO 3300+ 2 62 W Sim Sim 128 69 1,4 V

Montagem e Manutenção Básica de Microcomputadores 70

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O X GHz KBSDA3300AIO2BX

SDA3300BXBOX 3300+ 2

GHz 62 W Sim Sim 128 KB 69 1,4 V

SDA3300AIO2BA

SDA3300BABOX 3300+ 2

GHz 62 W Não Não 128 KB 70 1,4 V

SDA3300AIO2BA

SDA3300CVBOX 3300+ 2

GHz 62 W Não Não 128 KB 70 1,4 V

SDA3100AIO3BA

SDA3100CVBOX 3100+ 1,8

GHz 62 W Não Não 256 KB 70 1,4 V

SDA3100AIP3AX SDA3100AXBOX 3100+ 1,8

GHz 62 W Não Não 256 KB 70 1,4 V

SDA3100AIO3BA

SDA3100BABOX 3100+ 1,8

GHz 62 W Não Não 256 KB 70 1,4 V

SDA3100AIO3BO

SDA3100BOBOX 3100+ 1,8

GHz 62 W Sim Sim 256 KB 69 1,4 V

SDA3100AIO3BX

SDA3100BXBOX 3100+ 1,8

GHz 62 W Sim Sim 256 KB 69 1,4 V

SDA3000AIO2BA

SDA3000CVBOX 3000+ 1,8

GHz 62 W Não Não 128 KB 70 1,4 V

SDA3000AIO2BO

SDA3000BOBOX 3000+ 1,8

GHz 62 W Sim Sim 128 KB 69 1,4 V

SDA3000AIO2BX

SDA3000BXBOX 3000+ 1,8

GHz 62 W Sim Sim 128 KB 69 1,4 V

SDA3000AIP2AX SDA3000AXBOX 3000+ 1,8

GHz 62 W Não Não 128 KB 70 1,4 V

SDA3000AIO2BA

SDA3000BABOX 3000+ 1,8

GHz 62 W Não Não 128 KB 70 1,4 V

SDA2800AIO3BA

SDA2800BABOX 2800+ 1,6

GHz 62 W Não Não 256 KB 70 1,4 V

SDA2800AIO3BA

SDA2800CVBOX 2800+ 1,6

GHz 62 W Não Não 256 KB 70 1,4 V

SDA2800AIO3BO

SDA2800BOBOX 2800+ 1,6

GHz 62 W Sim Sim 256 KB 69 1,4 V

SDA2800AIO3BX

SDA2800BXBOX 2800+ 1,6

GHz 62 W Sim Sim 256 KB 69 1,4 V

SDA2600AIO2BA

SDA2600BABOX 2600+ 1,6

GHz 62 W Não Não 128 KB 70 1,4 V

SDA2600AIO2BA

SDA2600CVBOX 2600+ 1,6

GHz 62 W Não Não 128 KB 70 1,4 V

SDA2600AIO2BX

SDA2600BXBOX 2600+ 1,6

GHz 62 W Sim Sim 128 KB 69 1,4 V

SDA2600AIO2BO

SDA2600BOBOX 2600+ 1,6

GHz 62 W Sim Sim 128 KB 69 1,4 V

SDA2500AIO3BX

SDA2500BXBOX 2500+ 1,4

GHz 62 W Sim Sim 256 KB 69 1,4 V

Conclusão

A quantidade de processadores de modelos e fabricantes diferente são complexos ate para serem todos agrupados e listados, então nos limitamos a mostrar o histórico de apenas estes dois modelos, um de cada um dos principais fabricantes do mercado atual.

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Existe muita literatura principalmente no site de cada fabricante sobre tecnologias e novos lançamentos, é um ponto importante de pesquisa para um bom técnico, pois a evolução tecnológica não permite que fiquemos estáticos devemos ser bastante dinâmicos no buscar de novas informações e aprendizado.

UNIDADE DE DISQUETE

O disquete (ou a disquete) é um disco removível de amazenamento fixo de dados. O termo equivalente em inglês é floppy-disk, significando disco flexível.

Disquete 3,5 polegadas 1,44 MB

Pode ter o tamanho de 3,5 polegadas com capacidade de armazenamento de 720 KB (DD=Double Density) até 2,88 MB (ED=Extra Density), embora o mais comum atualmente seja 1,44 MB (HD=High Density), ou 5,25 polegadas com armazenamento de 160 KB (Single Side = Face Simples) até 1,2 MB (HD).

Tipo de disco Ano Capacidade8-inch 1971 80 kB8-inch 1973 256 kB8-inch 1974 800 kB8-inch dual-sided 1975 1MB5¼-inch 1976 180 kB5¼-inch DD 1978 360 kB5¼-inch QD 1984 1.2 MB3-inch 1984? 320 kB3½-inch 1984 720 kB3½-inch HD 1987 1.44 MB3½-inch ED 1991 2.88 MB

Histórico dos formatos de disquete, terminando com o último formato (3½-polegadas (inch) HD) a ser definitivamente adotado.

Outra forma de analisar os formatos dos disquetes mais usados

Formatos de disquete 5"1/4

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Tipo Usado em

Setores por trilha

trilhas por Face Capacidade Taxa de transferência

de bitsDouble Densité P.C./XT 8 40 160/320 KB 250 KBit/s

Dupla Densidade P.C./XT 9 40 180/360 KB 250 KBit/s

Alta Densidade AT 15 80 1,2 MB 500 KBit/s

A capacidade dos disquetes 5"1/4, nos modelos mais antigos de leitora, é limitado a uma face. Neste caso, embora a mídia permita, apenas uma das faces é acessada de cada vez. Nos modelos mais novos, com duas cabeças de leitura/escrita, ambas as faces são acessadas.

Formatos de disquete 3"1/2

Tipo Usado em

Setores por trilha

Trilhas por Face Capacidade Taxa de transferência

de bitsDupla Densidade P.C./XT 9 80 720 KB 250 KBit/sAlta Densidade AT 18 80 1,44 MB 500 KBit/sAlta Densidade Extra AT 36 80 2,88 MB 1 MBit/s

Desuso

O disquete já foi considerado um dispositivo com grande capacidade de armazenamento, porém hoje em dia se tornou um utilitário obsoleto por armazenar pouca informação nos padrões exigidos pelo mercado.

Por exemplo nos dias de hoje, os microcomputadores portáteis, os notebooks, já não possuem este periférico interno, porém alguns fabricantes ainda ofertam a opção do periférico externo, conectado por um cabo que o alimenta e faz a interface, mas notadamente está em desuso. Mesmo assim ainda encontramos situações como atualizações de BIOS que são feitas ainda exclusivamente por este periférico, creio que em brave os fabricantes optarão por outra forma de boot para realizar estes upgrades quando necessários.

Outras mídias substituiram sua função no dia-a-dia, tais como: e-mail, cartão de memória (memory stick ou flash), memory key (muitas vezes em formato de chaveiro), CD-ROM e DVD regravável, rede local etc.

Unidades Ópticas

Sem dúvida alguma o advento do CD - compact disc representa para todas as pessoas ligadas ou não ao mundo tecnológico um marco na evolução das técnicas de leitura e gravação de informações. Em 1967 registraram-se os primeiros experimentos quanto à gravação digital do som, desenvolvida pela NHK Techical Research Institute. A técnica ficou conhecida como PCM (Pulse Code Modulation). Em meados de 1972, a Denon, uma divisão da mega empresa Nippon Columbia fez em definitivo a primeira gravação digital para servir de matriz a um LP: nascia o primeiro disco pseudo-digital. Baseadas nestes experimentos três empresas japonesas (Sony, Mitsubishi e Hitachi) desenvolveram o primeiro equipamento DAD (Digital Audio Disc). Em 1977 estas mesmas empresas demonstraram publicamente o novo sistema que, comparado com o atual CD, era um tanto ou quanto primitivo, pois utilizavam discos do tamanho de LPs comuns e com pouca capacidade (cerca de meia hora de musica contínua). O disco laser tal como conhecemos hoje surgiu nos laboratórios da Philips em Eindhoven,

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Holanda. Foram nestes laboratórios que se aprimoraram as técnicas de gravações ópticas e digitalização de dados. A Sony, empresa que também desenvolvia pesquisas nesta área tecnológica, em meados de 1980 uniu-se à Philips para a troca e soma de tecnologias e assim, juntas, criam o que o mundo conheceria como CD player. Nesta divisão de trabalho, a Sony se dedica ao desenvolvimento de todo o software do sistema (algoritmo) enquanto a Philips se aplicava ao projeto de hardware.

A apresentação oficial do CD para mundo só ocorreu em outubro de 1982, quando levado para Tóquio e apresentado num stand de novidades internacionais de tecnologia (All Japan Audio Fair), que logo consolidou-se como a revelação do ano. Nesta feira de áudio foram lançados 30 modelos de toca-discos digitais e 145 títulos de discos produzidos pela CBS/Sony e por gravadoras européias lideradas pela Polygram. Em março de 1983, a novidade tecnológica entra na Europa e brilha em Paris. Nos EUA o áudio digital só chegou em junho de 83, no Consumer Electronics Show, realizado em Chicago. Os primeiros modelos comercializados tiveram preços que variavam entre U$ 900 e U$ 7.500. A abertura de vendas, em nível mundial, só ocorreu no final de 83. Em 1984, a Sony lançou o Discman , anunciado como o sucessor do Walkman - e que na verdade frustraria a todos. Ao final de 5 anos, já haviam sido vendidos mais de 30 milhões de leitores de CD e aproximadamente 450 milhões de discos digitais. Para nós simples mortais do Brasil, a Philips lançou em outubro de 84 o primeiro CD player (CD-204) que chegou às lojas em novembro, vencendo a corrida contra a Gradiente, que só lançou seu modelo no natal daquele ano.

É notória e indiscutível a superioridade do CD - compact disc sobre os aparelhos analógicos, porém esses equipamentos de alta tecnologia, grande precisão e incrível fragilidade têm uma duração muito menor do que realmente gostaríamos. Enquanto os discos ópticos duram décadas, o leitor poderá durar apenas algumas mil horas! É isso mesmo, muitos destes, durante o uso, já apresentam problemas muito antes de completar sua primeira milésima hora . Só para esclarecer, uma unidade óptica era projetada, no início, para durar até 10.000 horas. Infelizmente, na prática, pelo mau uso e com a queda de qualidade da produção, estas unidades duram entre 3.000 e 5.000 horas, com otimismo. Assim, pagamos um preço alto pelos benefícios do laser. A troca da unidade é algo crítico devido a seu preço, as unidades de CD mais baratas custam cerca de US$ 42 , já unidades de CD-ROM tem valores mais elevados, em torno de US$ 58, e as unidades de DVD podem superar a quantia de US$ 200. No caso de unidades ópticas de CD-R o problema é maior, visto que no modo gravação aumentamos a corrente sobre o diodo laser, desgastando-o mais rapidamente.

É importante dizer que nem sempre a falha de leitura se dá por esgotamento do cristal oscilador, principalmente quando as unidades são mais novas. Existem muitos outros fatores, como sujeiras e oxidações, que geram problemas idênticos, sem falar na necessidade dos ajustes. Por todas essas razões veremos durante nossa série de tutoriais como proceder para uma manutenção correta nestas frágeis unidades, com alguns cuidados podemos mantê-las funcionando por mais tempo.

Como não poderia faltar, a padronização do CD-DA (áudio) veio rápido. Para sua internacionalização através de códigos e normas, adotou-se o padrão Red Book A origem deste nome deve-se a um fato pitoresco: todas as anotações dessa tecnologia eram feitas em livros de capa vermelha. Com o passar dos anos e o aparecimento de novos formatos de CD, obviamente, houve a necessidade de novas padronizações, as principais que regem o mundo do CD são:

CD-DA (1982): Red Book CD-ROM (1985): Yellow Book CD-I (1987): Green Book CD-ROM MO/WO (1990): Orange Book DVD(1994): White Book

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Só a título informativo, as primeiras experiências com gravação de vídeo disco foram feitas nos antigos VLDs (Video Laser Disc). O processo básico de leitura/gravação era similar à tecnologia empregada hoje, mas as semelhanças param por aí. Os tamanhos do VLDs variavam de 7 a 30 cm (famosos bolachões). Num disco de 30 cm de diâmetro era possível colocarmos até 2 H de filme por lado. Oportunamente, serão feitas comparações entre estas várias modalidades de discos digitais.

Por fim, fica fácil perceber que o advento do laser, junto a fotônica, representa o que o transistor proporcionou à eletrônica no final da década de 40.

Tipos de Laser Laser Rubi

O primeiro Laser colocado em funcionamento data de 1960, desenvolvido pelo cientista Theodore Maiman. Nesta época, foi utilizado um cristal de rubi como oscilador e ficou conhecido como laser de bombeamento óptico.

Laser a Gás

Em um tubo aplicava-se uma mistura de gases nobres He-Ne (Hélio e Neônio) na proporção de 80% e 20%, respectivamente. Eram feitas descargas elétricas nestes elementos fazendo com que seus átomos se chocassem uns contra os outros. Desta colisão, obtinha-se diferentes níveis energéticos (liberação de fótons). No interior deste tubo existiam micro espelhos que aumentavam a concentração do feixe inicial, orientando-o.

Laser semicondutor

Consiste em um bloco semicondutor (junção PN-GaAlAS), que por intermédio de uma baixa corrente produzirá oscilações nesta junção. Estas oscilações gerarão colisões e recombinarão elétrons e lacunas, emitindo fótons ou elementos de luz. Por se mostrar o mais econômico, estável, com poucas dimensões e boa durabilidade, tornou-se o modelo mais popular para as aplicações técnicas em leitura de dados.

Laser Corante

Dispositivo que possui líquido circulante em suas estruturas que são excitados por lâmpadas ou outros tipos de lasers. Um dos materiais mais empregados é o RH 6G, elemento altamente fluorescente, largamente utilizado no início da era espacial. A grande vantagem deste tipo de laser é a de podermos variar sua freqüência bastando para isso girarmos um elemento chamado grade de difração que altera filtros internos deixando passar apenas a freqüência desejada. Estes lasers podem gerar pulsos extremamente curtos.

Introdução ao CD

Antes de mais nada é importante conhecermos alguns detalhes técnicos sobre o tão falado disco digital.

O disco compacto, como foi batizado no final da década de 70, é formado por uma quantidade gigantesca de micro cavidades dispostas em sua superfície na forma de espiral. Esta espiral é dividida em setores, cada setor possui rigorosamente o mesmo tamanho e, portanto, o mesmo volume de dados. No início e no fim de cada setor existem bits de sinalização para

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identificarem as mudanças de setores durante a leitura. Só como exemplo, um quadro de áudio digital (frame) gravado no disco possui 588 bits, divididos entre dados (408 bits), sincronismo (27 bits), canais (17 bits) e codificação de erros (136 bits). As dimensões destas micro cavidades ficam mais claras quando damos exemplos como: na largura de um fio de cabelo humano cabem 30 trilhas de disco óptico, sem falar que um feixe laser é 50 vezes mais fino que um fio capilar. Estas comparações nos permitem entender as dimensões envolvidas nesta tecnologia. Um CD convencional de áudio possui 34 milhões de frames, cada 3mm de trilha do disco tem 30 mil bits de correção de erros.

O mais fantástico ainda é o fato de que na combinação entre largura e comprimento destas micro cavidades, obteremos a informação digital. Sim, é exatamente isso: de acordo com o tamanho da cavidade e no conjunto delas, teremos mais ou menos luz refletida, assim como maior ou menor variação desta luz refletida para a unidade óptica, compondo a base da informação gravada (código binário).

O processo físico de fabricação e gravação dos discos envolveria uma análise bastante abrangente, fugindo do objetivo maior do nosso estudo. Sendo assim, se houver o interesse, existem muitas fontes sobre o tema.

Informações Adicionais

Um CD comum tem espessura de 1,2 mm. Tradicionalmente é composto de 99 trilhas. Seu tempo médio de reprodução é de 60 a 74 minutos. Seu diâmetro tradicional é de 12cm ou 8cm (menos popular). O sistema de CD musical tem uma resposta de freqüência de 20hz a 20khz, gama dinâmica de 90dB, distorção harmônica de 0,01%. Quando em giro, o disco digital inicia sua rotação a uma velocidade de 539 RPM, caindo posteriormente para 197 RPM quando se aproxima das bordas do disco. Esta variação de giro torna-se necessária para que sua velocidade linear fique constante no valor de 1,3 m/s. O circuito responsável por este controle é o CLV.

Com o passar dos anos, os CDs receberam alguns códigos que especificavam sua origem tecnológica dentro do procedimento de fabricação, chamados código SPARS. Assim temos:

AAA: Gravação analógica, mixagem analógica, matrizagem analógica e prensagem analógica.

AAD: Gravação analógica, mixagem analógica, matrizagem e prensagem digitais.

ADD: Gravação analógica, mixagem, matrizagem e prensagem digitais.

DDD: Todo o processo é digital.

Todo CD deveria ter este registro no selo do disco. Infelizmente isso não ocorre.

Existe em todo o processo de fabricação um grande cuidado para que não ocorra um efeito crítico chamado birrefrigência, também denominado refração dupla. Este é o nome dado ao efeito de uma onda de luz se dividir em outras duas ondas perpendiculares no instante em que são aplicadas ao policarbonato, espalhando-se sobre a superfície do disco e prejudicando a focalizarão do feixe sobre as trilhas de dados. Alguns problemas de leitura em discos de qualidade duvidosa estão justamente neste aspecto, exigindo uma focalização crítica para a unidade leitora. Quando o equipamento não consegue compensar esta falta de qualidade do disco, iniciam-se as dificuldades de leitura.

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Cabe lembrar os amigos que essa breve descrição não esgota de forma alguma esse assunto que é por demais extenso.

Teoria de Funcionamento

Em primeiro lugar, ao ligarmos nosso aparelho leitor de CD, seja qual for o tipo de unidade, sempre existirá uma rotina básica e comum a ser executada:

1. Recolher o disco da bandeja;2. Posicionar a unidade óptica próxima à circunferência interna do disco e ligá-la (acender o diodo

laser);3. Executar a focalização +¥ e -¥ sobre a superfície do disco;4. Ler o conteúdo da tabela que existe na primeira trilha do CD (TOC, Table Of Contents), pois é

neste local que são encontradas informações como tempo de música, número de faixas, etc;5. Por fim, basta acionar a tecla Play ou então clicar no ícone do CD e rodar o programa desejado.

Assim, depois de ocorrido esse rápido processo, poderemos iniciar a leitura do disco propriamente dito. Obviamente essa rotina de passos só será realizada se tudo estiver correto, isto é, se todos os circuitos estiverem em pleno funcionamento. Sendo assim, vamos conhecer as principais partes de um leitor de CD. São elas:

Fonte de Alimentação; Unidade Óptica; Placa de Processamento Digital; Sensores; Unidades Mecânicas; Motores.

DVD - Arquitetura

O tempo em que se especulava sobre o sucesso do DVD já passou. Tendo provado seu valor como uma mídia de alta qualidade para a distribuição de vídeo e multimídia, o DVD agora avança sobre o mercado de alta capacidade de armazenamento, com técnicas inovadoras na gravação bem como na tecnologia de regravação.

No início, o foco de interesse da indústria estava voltado às aplicações de vídeo. O sucesso do lançamento de vídeos em discos com 4.7 GB de capacidade foi prematuramente antecipado, sendo a qualidade do mesmo comparada com os discos laser e com a transmissão de televisão. Entretanto, de forma análoga ao que ocorre com toda nova tecnologia, vários foram os obstáculos pelos quais o DVD teve de passar até amadurecer e ganhar o espaço de mercado que hoje tem. Os primeiros DVD-5 produzidos foram testados em vários modelos de equipamentos, de diferentes fabricantes, e apresentaram alguns problemas relacionados com a qualidade de vídeo bem como com os leitores das mídias. Isto foi decisivo para que o processo de fabricação dos discos fosse melhorado de forma que se obtivesse uma maior qualidade a um menor custo. Ao mesmo tempo, os fabricantes de equipamentos delineavam os padrões de compatibilidade para os equipamentos. à medida que as melhorias eram implementadas, a expectativa de utilizarem-se CDs para armazenamento de informação de vídeo foi perdendo a força e o DVD começou a tornar-se um outro padrão de armazenamento, cujas versões estão mostradas na Figura 2.

Com o crescente aumento de demanda, não demorou muito tempo para que os 4,7 GB não fossem suficientes para atender às aplicações multimídia. Mas o DVD Fórum, segmento da indústria responsável pela normatização, já havia previsto uma padronização para a família de produtos DVD: DVD-9 e DVD-10. Com 9,4 GB de capacidade de armazenamento, o DVD-10,

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que na prática corresponde a nada mais que dois DVD-5 fundidos, tornou-se a solução mais simples.

Com a produção do DVD-5 já refinada, o processo de fusão usado para colocar dois discos unidos face à face não necessitou de considerações especiais. Entretanto, sob o ponto de vista da distribuição em massa, o DVD-10 é problemático. O disco não oferece qualquer face para que sejam colocadas identificações ou mesmo estampas decorativas. Além disto, a maioria dos leitores de DVDs dos consumidores contém somente uma cabeça de leitura ótica, o que os obriga a tirarem o disco do leitor e virarem a face de leitura. Esta deficiência compromete seriamente o produto pois nenhum usuário de títulos em DVD, consumidores vorazes de tecnologia, desejam ter preocupação com este tipo de detalhe.

Por outro lado, o DVD-9 oferece 8,5 GB em uma única face de disco. Isto é possível ao fundirem-se dois discos cujas faces se encontram voltadas para o mesmo lado. O processo, que é extremamente difícil de ser produzido e requer que uma camada (ou "layer") semi-reflexiva seja fundida à outra camada reflexiva. Desta forma, o laser do leitor ótico realiza primeiro a leitura da camada mais externa do disco e, então, atravessa o material fundido chegando até os dados impressos na camada mais interna. Como observado na figura 1, para que seja lida a informação da camada #1, é necessário interpretar o laser que percorreu o trajeto ("a", "d"), enquanto que a informação da camada #2 vem do feixe laser que atravessou a camada #1, ou seja, que percorreu ("a", "b", "c", "d"). Aparentemente, parece estranho que se possa recuperar as duas informações das duas camadas, que não são correlacionadas, ao mesmo tempo. Contudo, a geometria dos discos é constituída por um processo tal que permita a implementação de detetores em quadratura, graças à diferença de fase estrategicamente calculada introduzida pelo espaçamento entre as camadas.

Figura 1: Esquema de camadas nos discos DVD.

As vantagens do DVD-9 possuem um preço. Somente alguns replicadores de disco podem produzir discos em tempo adequado e a um custo razoável. O custo de produção de um DVD-9 é cerca de US$1 à US$1,50, maior que o custo de um DVD-5. Além disto, soma-se o valor do elevado custo de edição das duas camadas, que é o fato preponderante para o sincronismo na leitura dos dados.

Do DVD-5 ao DVD-18

Quando o DVD foi apresentado ao mercado, uma grande família de discos foi definida, abrangendo desde o DVD-5 até o DVD-18, cada um oferecendo um acréscimo significativo na capacidade de armazenamento e no número de camadas no disco. Para uma comparação entre os diversos formatos veja a tabela da Figura 2. A Warner Advanced Media Operations (WAMO) já está testando o processo de produção de DVD-14/18. De fato, a WAMO é o primeiro fabricante a anunciar a produção de DVD-18, o DVD de dupla face e dupla camada,

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que culminará nos 17GB de capacidade de armazenamento, prometidos para o final de ano. Ela também pretende oferecer o DVD-14, um híbrido entre o DVD-9 e o DVD-5.

Tipo face/no camadas Capacidade (GB) Capacidade (CDs)

DVD-5 simples / 1 4,7 7

DVD-9 simples / 2 8,5 13

DVD-10 dupla / 1 9,4 14

DVD-14 dupla / 1 (numa face) e 2 (na outra)

13,2 20

DVD-18 dupla / 2 17 26

Figura 2: Padrões de discos DVD comerciais.

O DVD permite que o áudio digital seja gravado a uma taxa de amostragem de até 96 kHz, com resolução de 24 bits, valores estes exageradamente superiores aos 44,1 kHz e aos 16 bits do CD. Essa qualidade antes era somente atingida nos modernos estúdios de gravação digital.

Além disso, o áudio pode ser gravado no padrão AC-3 que, em vez de dois canais (direito e esquerdo), reserva seis canais: esquerdo frontal, direito frontal, esquerdo traseiro, direito traseiro, central e um canal exclusivo para "subwoofers" (sons extremamente graves). Este padrão foi desenvolvido para atender a filmes e a transmissões de áudio da HDTV (televisão de alta resolução).

Para vídeo, o DVD apresenta diversas opções muito interessantes: oito opções de dublagem, 32 opções de legenda e 5 opções de formato de tela; tudo isto com um detalhe: utilizando áudio AC-3. A resolução do DVD é de 500 linhas, o dobro da resolução do vídeo-cassete tradicional.

É importante lembrar que o DVD é um sistema digital de acesso aleatório, ao contrário do vídeo-cassete, que é um sistema analógico de acesso seqüencial. Na prática, não é só o fato de a qualidade de áudio e vídeo serem muito superiores, já que a procura por um determinado trecho de filme é quase instantânea, não existindo a necessidade de "rebobinar o filme". Além disso, o DVD não gasta com o tempo e a qualidade da reprodução não é afetada com o uso.

O DVD-5 foi originalmente desenvolvido para armazenar filmes de 135 minutos. Utilizando a compressão MPEG-2, uma imagem em movimento requer 3500 Kbps. Já o áudio, gravado no padrão AC-3, requer mais 384 Kbps. Conforme a WAMO, o valor superdimensionado para as faixas adicionais de legenda e para a dublagem em diferentes idiomas é de aproximadamente 807 Kbps. Consolidando estes valores, constatamos que são necessários 4,75 GB.

Mas, como é possível que um disco com as mesmas dimensões das de um CD tenha 7 vezes a capacidade de um CD ? Basicamente, tornando os elementos de dados menores. O espaçamento entre as trilhas (em espiral) reduziu de 1,6 mícrons para 0,74 mícrons. Já o menor tamanho do dado que pode ser impresso na superfície do disco reduziu de 0,83 para 0,40 mícrons. O comprimento de onda (780 nanometros) do laser de leitores de CD ainda era grande para ler estas trilhas. Assim, os leitores de DVD utilizam um laser que produz um feixe luminoso com comprimento de onda de 640 nanometros.

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Esta configuração de comprimento de onda exige que a camada plástica protetora do disco seja mais fina, de tal forma que o laser não precise atravessar um meio tão espesso para chegar ao layer de dados. Por esse motivo, o disco de DVD teria apenas metade dos 1,2 mm de espessura do CD. No caso do DVD-5, um outro disco de 0,6 mm é colado ao DVD para manter a mesma espessura original do CD.

Entretanto, apesar dos 4,7 GB fornecerem uma enorme capacidade de armazenamento, por que não aumentar ainda mais este valor ? Por exemplo, ao invés de colar um disco vazio ao DVD, pode-se colar um outro disco de dados ao DVD, mantendo a mesma espessura do CD e dobrando a capacidade de armazenamento do DVD-5. Alguns filmes em DVD já se aproveitam desta vantagem, colocando uma versão de um filme formatado para uma TV normal ou mesmo um monitor de computador, em um lado, e, no outro, uma versão formatada para as telas mais largas como no padrão dos cinemas.

Regiões Geográficas

A indústria cinematográfica dividiu o mundo em um conjunto de seis regiões geográficas. A razão para esta divisão é permitir o controle do lançamento de filmes e home-vídeos em diferentes partes do mundo em diferentes épocas. Um filme, por exemplo, pode ser lançado na Europa e depois nos Estados Unidos, coincidindo com o lançamento do home-vídeo no Estados Unidos. Nessa situação, teme-se que cópias de discos DVD atinjam o mercado europeu prejudicando a arrecadação das bilheterias.

Desta forma, é dado ao leitor de DVD um código de região na qual ele foi vendido. O aparelho não disponibilizará o conteúdo dos discos em regiões nas quais ele não é autorizado. Os discos comprados em uma certa região, como por exemplo o Japão, podem não funcionar em leitores comprados por exemplo no Brasil. Uma outra subdivisão de áreas também ocorre devido aos diferentes padrões de vídeo adotados por cada país. Por exemplo, o Japão está situado na região 2 mas usa o padrão NTSC que é compatível com os Estados Unidos (região 1). A Europa, por sua vez, também está situada na região 2 mas utiliza o padrão PAL, que não é compatível com o NTSC.

A opção por incluir ou não um código de região a um disco DVD pertence ao estúdio ou ao distribuidor dos títulos. Entretanto, se seu disco não possuir código, então ele poderá ser reproduzido em qualquer parte do mundo. Alguns discos têm sido lançados sem código, mas, até o momento, nenhum destes lançamentos pertencem aos grandes estúdios. Muitos destes grandes estúdios pretendem laçar cópias sem código, contanto que não haja conflito entre este lançamento e a arrecadação das bilheterias. As 6 regiões citadas são compostas por:

1. Canadá e Estados Unidos

2. Japão, Europa, África do Sul, Oriente Médio (incluindo Egito)

3. Sudeste e Leste da Ásia (incluindo Hong Kong)

4. Austrália, Nova Zelândia, Ilhas do Pacífico, América Central, América do Sul, Caribe

5. Antiga União Soviética, Índia, África, Coréia do Norte e Mongólia

6. China

Alguns leitores são fabricados para que possam ser facilmente modificados pelos consumidores para reproduzirem vídeos com quaisquer códigos. Existe também um mercado negro bastante ativo que fornece leitores com modificações nos circuitos eletrônicos que

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despistam os códigos de regiões. Os sistemas de DVD-ROM aplicam o código de região somente aos discos de vídeo em DVD e não para os discos contendo software. Muitos dos leitores de DVD-ROM de computadores permitem mudar através de software o código da região, até que, após sucessivas trocas, este se torne permanente. Também neste caso, já existe um mercado negro de softwares que manipulam estes códigos.

Para encerrar, existem as denominações DVD-R, DVD-RAM, DVD+RW e DIVX, explicadas na Figura 3.

DVD-R Disco DVD que pode ser gravado por uma única vez

DVD-RAM Primeira especificação para um disco de DVD que pode ser regravável (capacidade de 2,6 GB por lado)

DVD+RW Especificação de disco DVD regravável feita pela Sony, HP e Philips (capacidade de 3 GB por lado)

DIVX Disco DVD com o atributo "per-per-view". O drive para este disco inclui um modem que se comunica com uma central de cobrança.

Figura 3: Denominações de discos DVD.

CD-ROM - Este é um periférico unicamente de entrada, onde inserimos discos de diferentes capacidades, podendo conter informações em forma de musica, texto, imagens, etc. hoje em dia é o principal meio de instalação de programas e aplicativos. Estes também podem ser do tipo Externo. Ao ler a inscrição externa 56x significa que ele consegue ler discos gravados ate esta velocidade, ou seja 56 vezes o padrão inicialmente criado.

CD-RW - É uma unidade de CDROM diferente, pois esta pode gravar um CD virgem ou ate mesmo um CD regravavel, portanto este é um periférico de entrada e Saída, de idêntica forma ao CDROM pode existir também numa versão externa. Na inscrição externa de identificação, Ex: 52x32x52x significa que este dispositivo consegue gravar em ate 52 vezes a velocidade padrão inicial, regravar numa mídia própria em ate 32 velocidades e lê discos gravados em ate 52 velocidades.

DVD - È um periférico de entrada que lê mídia em um formado de compactação chamado DVD, que tem uma capacidade muito superior ao CDROM, este periférico pode ser encontrado também na versão externa.

DVD-RW - A exemplo do CDRW este é um periférico de Entrada e Saída que lê mídia em um formado de compactação chamado DVD e também pode gravar numa mídia virgem, e que tem uma capacidade de armazenas dados muito superior ao CDROM, este periférico pode ser encontrado também na versão externa. Na inscrição externa pode conter só a informação 8x, que significa: que ele lê no formato DVD em qualquer velocidade que a mídia foi gravada e consegue gravar em ate 8 vezes a velocidade do padrão.

COMBO È uma denominação relativamente nova e é usada para referendar um periférico que Lê CD´s, Gravam CD´s e também Lêem DVD´s. Este periférico pode ser encontrado também na versão externa. Ao ler a inscrição 52x32x52 DVD 16x, significa: que este dispositivo consegue gravar em ate 52 vezes a velocidade padrão inicial de CD, regravar numa mídia própria em ate 32 velocidades e lê discos gravados em ate 52 velocidades e ainda ler discos no formado DVD em ate 16 vezes a velocidade inicial do padrão.

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USB

Universal Serial Bus (USB) é um tipo de conexão Plug and Play que permite a conexão de periféricos sem a necessidade de desligar o computador.

O USB foi concebido na óptica do conceito de Plug and Play, revolucionário na altura da expansão dos computadores pessoais, bem como minimizar o esforço de concepção de periféricos, no que diz respeito ao suporte por parte dos sistemas operacionais (SO) e hardware. Assim, surgiu um padrão que permite ao SO e à placa-mãe diferenciar, transparentemente:

A classe do equipamento (dispositivo de armazenamento, placa de rede, placa de som, etc); As necessidades de alimentação elétrica do dispositivo, caso este não disponha de alimentação

própria; As necessidades de largura de banda (para um dispositivo de vídeo, serão muito superiores às de

um teclado, por exemplo); As necessidades de latência máxima; Eventuais modos de operação internos ao dispositivo (por exemplo, máquina digital pode

operar, geralmente, como uma webcam ou como um dispositivo de armazenamento - para transferir as imagens).

Ainda, foi projetado de maneira que possam ser ligados vários periféricos pelo mesmo canal (i.e., porta USB). Assim, mediante uma topologia em árvore, é possível ligar vários dispositivos a uma única porta do computador, utilizando, para a derivação, hubs especialmente concebidos. Estes dispositivos especiais - também eles dispositivos USB, com classe específica -, são responsáveis pela gestão da sua sub-árvore e cooperação com os nós acima (o computador ou outros hubs). Esta funcionalidade foi adaptada da vasta experiência em redes de bus, como o Ethernet - o computador apenas encaminhará os pacotes USB (unidade de comunicação do protocolo, ou URB, do inglês Uniform Request Block) para uma das portas, e o pacote transitará pelo bus até ao destino, encaminhado pelos hubs intermédios.

Concepção

O padrão USB foi desenvolvido por um consórcio de empresas, entre as quais se destacam: Microsoft, Apple, Hewlett-Packard, NEC, Intel e Agere.

Foi muito difícil estas empresas encontrarem um consenso sobre a abordagem do controlador. Dividiram-se então as opiniões, formando dois grupos distintos:

UHCI, Universal Host Controller Interface, apoiado majoritariamente pela Intel, que transferia parte do processamento do protocolo para o software (driver), simplificando o controlador eletrônico;

OHCI, Open Host Controller Interface, apoiado pela Compaq, Microsoft e National Semiconductor, que transferia a maior parte do esforço para o controlador eletrônico, simplificando o controlador lógico (driver).

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Isto gerou algumas incompatibilidades e lançou a ameaça de dispersão do standard. Pela experiência anterior em casos de adaptação de standards (como o caso das extensões individualistas do HTML da Microsoft e da Netscape à versão 3 deste protocolo que, frequentemente, quebrava a compatibilidade entre site's), agora podia-se confirmar a desvantagem de não se conseguir a universalização. Porém, traria novas conclusões para a versão 2.0 deste protocolo, desta vez unidas sob o modelo EHCI, Enhanced Host Controller Interface, permitindo matar as falhas e reunir as qualidades dos dois modelos anteriores; mas sem dúvida, o avanço notável desta versão seria o aumento da largura de banda disponível - tornava-se agora possível, com um único driver, transferir som, vídeo e ainda assim usar a impressora, tudo isto pelo mesmo canal - até um total de 480 Mbits/s.

Especificações Técnicas

Classes de dispositivos

O USB, além de estabelecer um protocolo básico de detecção de dispositivos e especificações (alimentação, débito, etc.) - fase de identificação - permite complementar a inicialização de um dispositivo mediante a categoria em que ele se insira. Assim, para cada classe de dispositivos, existe um conjunto básico de comandos pré-definidos para operar o dispositivo sem ser necessário conhecer as especificidades do equipamento e/ou fabricante. Por outras palavras, se um dispositivo se insere na categoria de placa de rede, esse dispositivo, na ausência de drivers do fabricante, poderá operar num nível reduzido, deixando os comandos específicos a funcionalidades extra-padrão para os drivers do fabricante.

Este é a razão porque no Linux, por exemplo, se usa apenas um único driver para um USB Flash Disk: todos os dispositivos, se homologados com o logotipo USB, seguem o standard à risca, pelo menos no que diz respeito ao funcionamento padrão.

Funcionalidades extra, como a possibilidade de encriptação dos dados, serão, eventualmente, asseguradas por drivers específicos, geralmente providenciados pelo fabricante.

Versões

Com o sucesso do USB, rapidamente se procurou expandir as suas possibilidades, principalmente na velocidade. Assim, eis a evolução do protocolo:

USB 1.0 - Primeira versão, lançada em novembro de 1995, no mesmo ano em que a Apple começou a utilizar portas FireWire;

USB 1.1 - Lançada em janeiro de 1996, primeira versão de sucesso do USB. Transmite dados a 1,5Mb/s ou 12Mb/s;

USB 2.0 - Lançada em 2002, cuja maior novidade é o aumento da capacidade de velocidade de transferência de dados, e correção de alguns dados técnicos. Transmite dados a até 480Mb/s).

Obs: Atualmente encontra-se em investigação a extensão On-The-Go.

Porta Paralela

A porta paralela é uma interface de comunicação entre o computador e um periférico. Quando a IBM criou seu primeiro PC (Personal Computer) ou Computador Pessoal, a idéia era

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conectar a essa Porta uma impressora, mas atualmente, são vários os periféricos que utilizam-se desta Porta para enviar e receber dados para o computador (exemplos: Scanners, Câmeras de vídeo, Unidade de disco removível e outros).

A partir do Windows 95 é possível fazer a comunicação de dois computadores, a partir da porta paralela, usando um software nativo chamado: "comunicação direta via cabo". Esta rede é muito simples de ser implementada, bastando apenas que você possua um cabo DB25, conectado aos dois computadores. Entretanto como nem tudo é perfeito existe uma configuração necessária que deve ser realizada nos cabos para que a rede possa funcionar.

Porta Serial

A interface serial, também conhecida como RS 232 C é uma porta de comunicação utilizada para conectar modem, mouses e algumas impressoras. Na interface serial, os bits são transferidos em fila, ou seja, um bit de dados por vez.

Periféricos Externos

Monitor (ecrã)

Um dos periféricos mais populares e também um dos mais necessários é o vídeo (“display”). A razão da popularidade e importância vital do monitor de vídeo em um sistema de computação é porque é a maneira mais simples de o ser humano identificar uma informação.

Nos primórdios da computação, as informações eram apresentadas muitas vezes na própria forma binária do computador, através de lâmpadas na frente do painel da máquina. Essas lâmpadas, acesas ou apagadas, indicavam o valor 1 ou o valor 0 da informação.

Para produzir uma determinada imagem, o monitor usa uma interface chamada controladora de vídeo.

Os bits que constituem as informações sobre os símbolos que podemos mostrar na tela de um vídeo estão sempre armazenados em uma memória associada ao sistema de vídeo. Pode fazer parte do próprio vídeo, na memória principal do computador ou ainda na memória de interface ou controlador de vídeo, mais conhecido – placa de vídeo.

Os sistemas monocromáticos funcionam com um canhão que produz um feixe de elétrons, que acende e apaga um ponto luminoso na tela. No caso de vídeos coloridos há necessidades de três canhões, que gerem um feixe de elétrons para cada cor fundamental – vermelho, verde e azul. Os feixes são acionados para ligarem e desligarem de modo a produzir diferentes cores.

Atualmente, a maioria dos ecrãs ou monitores de vídeo, são policromáticos sendo o tamanho mais difundido atualmente de 17" (polegadas) de diagonal (51 cm). No caso de portáteis é usual ecrãs mais pequenos. Em sistemas mais orientados para gráficos usam-se ecrãs de 19", 20", 21", 22" e 24" ou dois ecrãs. O ecrã limita a resolução máxima que se pode ter. Num ecrã de 17" é habitual trabalhar-se com uma resolução de 1024x768.

A qualidade do ecrã é muito importante para os olhos do utilizador, e em especial para artistas e designers. Deve-se escolher um ecrã de baixa radiação e com boa qualidade de imagem. Existem ainda filtros que permitem proteger mais os olhos. Os ecrãs de cristais líquidos (LCD) custam em média o dobro de um ecrã normal equivalente.

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Os ecrãs LCD estão preparados para trabalhar numa resolução apenas. Noutras resoluções a qualidade de imagem fica pior.

O ângulo de visão, o contraste máximo, a luminosidade, a quantidade de cores e o tempo de resposta num ecrã de LCD's é regra geral inferior ao de um ecrã convencional mas cansa menos a vista.

Se usar o computador para jogos use um ecrã tradicional se for para trabalhar o LCD tem vantagens.

Tecnologias

CRT (sigla de Tubo de raios catódicos, em inglês) é o monitor "tradicional", iluminado por um feixe de electrões que incide sobre uma placa com pequenos poros de fósforo; tem um preço relativamente baixo, tamanho maior e qualidade de imagem mais comum. A maior desvantagem é o mal que fazem à visão, devido à taxa de refrescamento que origina intermitência na imagem (o cansaço deve-se ao facto do cérebro reduzir esta percepção de intermitência).

O LCD (sigla de Ecrã de cristais líquidos, em inglês), cujos cristais são polarizados para gerar as cores, tem preço consideravelmente mais alto, mas como vantagens tem uma imagem estável, que cansa menos os olhos, e não emite radiação praticamente nenhuma. Existem monitores LCD com boa qualidade de imagem, o seu preço é que muitas vezes é inibidor. Até 1997 este tipo de monitor era utilizado apenas em computadores portáteis, passando desde então a ser uma alternativa ao convencional CRT.

Historia

Como disse o professor Gabriel Torres: “O monitor é a principal porta de comunicação entre o microcomputador e o usuário”. Realmente não podemos imaginar um micro sem monitor: sem impressora é mole, sem fax-modem também, mas isso nem sempre foi assim. A entrada de dados já foi feita por cartões perfurados e a saída por impressoras.

Mas naquela época não existiam microcomputadores: Existiam computadores, maquinas que não caberiam dentro de nossas casas e que tinham a incrível capacidade de 2MB de RAM, usavam unidades de fita, memórias (ou vagas lembranças) de núcleo de ferrite e outras coisas pré-históricas. Com o advento dos micros e, tempos depois, das interfaces gráficas do usuário, o monitor tornou-se peça indispensável.

No começo, havia o televisor, peça de sonho de consumo de 10 entre 10 famílias, e que, naturalmente, se tornou o primeiro monitor. Perdi a conta de quantas TVs Phillips TX adaptei uma entrada de sinal de vídeo para os “poderosos” Comodore 64, TK 72 e outras coisas que até dá até arrepio em lembrar, funcionassem. Existia uma clara razão para isso: O televisor já existia e era amplamente difundido, o que significava que seu preço já era baixo porque o custo do projeto já tinha se diluído e os componentes eram baratos por serem produzidos em larga escala. Para as maquinas que existiam na época era mais que o suficiente, mas as maquininhas foram ficando poderosas e a resolução de um televisor (320 X 440, ladeira abaixo e desengrenado), já não era o bastante.

Não devemos nos esquecer que o projeto da transmissão de TV é de 1928, que o primeiro modelo comercial foi lançado em 1945 e que a TV a cores apareceu nos Estados Unidos em 1953. Para se ter uma idéia da precariedade tecnológica da época, o sistema de cor adotado pelos Estados Unidos (NTSC) foi chamado de “Never Twice the Same Color”.

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Evidentemente os monitores precisavam evoluir para além das limitações do televisor principalmente em termos de resolução e se afastar cada vez mais do padrão de TV, que era aceitável para imagens em movimento, mas com imagens estáticas suas limitações se tornavam visíveis.

Os circuitos foram projetados para atingir maiores freqüências de deflexão para permitir resoluções maiores, os cinescópios com pixels menores e a entrada de sinal deixou de ser em sinal composto, passando a ser em componentes (R,G,B, sync H e sync V).

Também foram acrescentados comandos para ajustes de posicionamento e forma da imagem, já que passou a trabalhar com várias resoluções e com imagem quase estática realçando os erros de geometria.

Agora vamos deixar a História e entender como esses aparelhos funcionam, quando e se funcionam.

Formação da Imagem

Elementos de Imagem.

Uma imagem fotográfica é basicamente um arranjo de pequenos pontos claros ou escuros. Se olharmos com uma lente a foto de jornal ou imagem da nossa TV ou monitor, veremos esses pequenos pontos também chamados de elementos de imagem, detalhes de imagem ou “pixels”. Na fotografia, a luz marca pequenos grãos de prata de acordo com sua intensidade, na TV a câmara registra as diferentes intensidades de cada elemento e as transmite seqüencialmente para o receptor, em cujo cinescópio, o detalhe será reproduzido pelo maior ou menor brilho de um ponto (ou retângulo) de fósforo dependendo da intensidade do feixe de elétrons que o atinge. Em um monitor, a placa de vídeo entrega ao monitor a informação sobre a intensidade de cada pixel e ele será reproduzido do mesmo modo que na TV.

Varredura Horizontal e Vertical.

Como uma tela possui duas dimensões (largura e altura), o feixe de elétrons terá que se mover ao longo dela para percorrer todos os pontos da imagem. Esse movimento é chamado de varredura. Ela desloca o feixe ao longo de toda a tela e, enquanto isso, o sinal de vídeo varia a intensidade do feixe, definindo se o pixel, ou elemento de imagem é mais claro ou mais escuro. Observe que temos duas coisas diferentes; a varredura ou trama que é provocada pêlos circuitos

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de deflexão do monitor, ou seja, não dependem do sinal de vídeo que o micro está enviando, enquanto a imagem depende do sinal que provoca a variação do feixe de elétrons.

OBS: Alguns monitores não “ligam” sem sinal de vídeo (na verdade sem o sinal de sync H). Isto é apenas um recurso para economia de energia (para que o monitor ligado se o micro não está?).

- Para observar a diferença entre trama e imagem, você pode:

a. Colocar sua TV fora de canal: A tela ‘abre’ (mesmo sem sinal);b. Ligar um monitor antigo sem o cabo de dados: Se aumentar o brilho, você vê a trama;

A varredura obedece sempre a um padrão, senão os monitores e televisores seriam incompatíveis entre si:

- Ela é feita da esquerda para a direita e de cima para baixo da tela.- Ao chegar ao canto direito da tela, o feixe é apagado ou cortado e deslocado novamente para o canto esquerdo. Esse movimento é chamado de retorno ou flyback e seu tempo varia de 5% a 16% do tempo de traço.

- Ao chegar á parte inferior da tela, o feixe é apagado e reconduzido á parte superior, como o tempo de retorno vertical é muito maior que o horizontal, algumas linhas serão perdidas nesse retorno.- Só existe sinal de vídeo, ou seja, informação de imagem ou pixel durante o traço.- A partir da existência de sinal de vídeo, essa varredura será sincronizada por sinais de sincronismo H (horizontal) e V (vertical).- Quando o feixe varre a tela inteira, ele varreu um quadro de imagem.

A idéia de quadro (ou frame) vem do cinema, onde a sensação de movimento é possível com a superposição de imagens sucessivas, em uma razão de 24 quadros (ou imagens) por segundo. O numero de quadros por segundo para permitir a sensação de continuidade pelo olho humano deve ser maior que 30 por segundo. O cinema resolveu o problema expondo cada quadro duas vezes, logo a uma razão de 48 por segundo (isso economizou muita película). A TV e os primeiros monitores utilizaram a varredura entrelaçada onde cada quadro é dividido em dois campos, par e impar, possibilitando uma exposição de 60 campos por segundo, mantendo a sensação de continuidade com freqüências baixas de varredura, que, com a técnica disponível na época, eram possíveis de obter.

Exemplo de Varredura Entrelaçada

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Com o avanço da tecnologia, foi possível aumentar a freqüência horizontal e usar a varredura não entrelaçada, sem cintilação ou “fliker” e sem os problemas causados pelo entrelaçamento incorreto (efeito Moiré) e com muito mais elementos de imagem (pixels).

Distorções na Trama

Como a imagem é formada sobre a trama, distorções na trama irão se refletir na imagem. Um formato de trama retangular, com correta relação de aspecto (relação entre a largura e altura da imagem, padronizada ate agora, em 4:3) é necessário para uma boa imagem.

Relação de Aspecto Incorreta:

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Os problemas mostrados acima são causados por saída insuficiente nos circuitos de deflexão horizontal e vertical. Alguns monitores antigos não conseguem abrir a telainteira em algumas resoluções, apesar de possuírem ajustes acessíveis ao usuário.Distorção Almofada (pincushion) e Barril (barrel):

É causada pela diferença de distancia do centro da tela e extremidades da tela aponto de deflexão do feixe no caso do efeito almofada, ou por compensação excessiva, caso do efeito barril. Nos monitores acromáticos o problema é resolvido com pequenos imãs permanentes colocados na bobina de deflexão. Já nos coloridos, são necessários circuitos especiais para alterar as correntes de deflexão nos bordos da tela.

Distorção Trapezoidal (Keystone):

Esta distorção é causada por deflexão assimétrica ou associada a problemas nasbobinas de deflexão. Monitores de tela grande possuem ajuste fino para pequenas compensações.

Varredura não linear:

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Quando os caracteres ou desenhos aparecem em tamanhos diferentes dependendo de sua posição na tela (em cima ou embaixo, à direita ou à esquerda), temos um problema de linearidade (vertical ou horizontal). Isso ocorre devido à variação de velocidade do feixe eletrônico, provocada por um crescimento não linear da onda dente de serra aplicada as bobinas de deflexão. Existem ajustes internos para o vertical e, em alguns modelos de monitor, também para o horizontal.

Falta de Sincronismo:

Ocorre quando a imagem não está sincronizada com a varredura. A imagem parece rolar (falta de sincronismo vertical) ou “cai em barras diagonais” (horizontal). Ascausas podem ser:

- O monitor não está recebendo os sinais de sincronismo por problemas na placa de vídeo, cabo ou conectores (aquele famoso pino do DB 15 afundados).- Ajuste ou defeito no monitor. Como alguns componentes eletrônicos se alteram com o tempo, é necessário um reajuste periódico.

O Sinal de Vídeo

Enquanto se desloca ao longo da tela, o feixe eletrônico é modulado (tem sua intensidade variada), de acordo com o sinal de vídeo, enviado pela CPU, via placa de vídeo. Os sinais de vídeo analógicos foram padronizados com amplitude de 1V pico a pico e polaridade de sincronismo negativa (as maiores amplitudes correspondem ao preto).

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Sinal de Vídeo para TV

Relação de Aspecto

Os tubos de imagem são fabricados em vários tamanhos, que são medidos diagonalmente, com uma relação entre largura e altura de 4:3. Para calcular a largura e a altura da tela, devemos nos lembrar do triangulo retângulo pitagórico, que tem seus catetos proporcionais a três e quatro com hipotenusa proporcional a cinco.

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Essa relação de aspecto foi herdada da televisão, já que por economia, os monitores começaram usando os mesmos tubos que os receptores de TV. Alias, os primeiros monitores eram televisores adaptados.

Devemos observar também o que o fabricante está informando com essa medida: Nos EUA, a FTC (Federal Trade Commission) exige que seja divulgado o tamanho da tela visível ou útil. Já os fabricantes, para outros paises, consideram essa medida como sendo “de orelha a orelha”, abrangendo até a parte sem imagem do tubo. Isso faz com que um monitor vendido como sendo de 14 polegadas tenha uma tela útil de 13,1 polegadas.

Características físicas

A face frontal dos tubos, que contem a tela luminosa, deve ter um vidro espesso o suficiente para resistir a pressão atmosférica e evitar danos ao usuário em caso de quebra. A implosão dos tubos de imagem era muito comum no inicio da TV, mas foi resolvida com duas técnicas: O vidro frontal passou a ser laminado, que tem uma camada de resina entre duas faces de vidro, como nos vidros de segurança dos automóveis. Foi acrescentada ainda uma cinta de aço pré-distendida em sua volta. Essa cinta força a tela a permanecer intacta em caso de quebra do tubo.

Os tubos de imagem são fabricados com várias tensões de filamento, dependendo de sua utilização, mas o valor mais comum é 6,3V, com uma corrente de até 600mA para os monocromáticos e de 1,8 A para os coloridos.

Ângulo de Deflexão

O ângulo máximo que o feixe eletrônico pode ser defletido sem bater nas paredes do tubo é chamado de ângulo de deflexão. O uso grandes ângulos de deflexão diminui a profundidade dos monitores, mas aumenta a corrente necessária para deflexão e, conseqüentemente, o consumo de energia. Atualmente a maioria dos fabricantes utiliza os tubos de 90º de deflexão.

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Conexões Elétricas

A alta tensão, necessária para atrair o feixe eletrônico em direção à tela, não pode ser conectada no soquete do tubo, devido à possibilidade de centelhamento. Em vez disso, é utilizado um conector localizado no sino, chamado de ultor ou “chupeta”. Essa conexão é muito crítica e costuma apresentar vazamentos de MAT (Muito Alta Tensão) devido ao ressecamento e acumulo de sujeira atraída pela tensão (o mesmo princípio da coifa eletrostática usada na cozinha). Esses vazamentos são caracterizados por cheiro de ozônio, chiado e estalos. Na maioria dos casos uma simples limpeza e aplicação de graxa de silicone resolvem o problema. O ultor conecta a MAT a um revestimento interno do tubo, de modo que toda a área interna do sino e a tela ficam com esse potencial. Na superfície externa também existe um revestimento de grafite, conectado ao terra por meio de uma cinta de aço, que junto com o vidro e o revestimento interno, constituem o capacitor de filtro da fonte de MAT. O valor do capacitor assim formado é em torno de 2.000 pF.

A tela também é revestida internamente por uma fina camada de alumínio, que é transparente ao feixe de elétrons e ainda reflete a luz para frente, aumentando o brilho.

Isso também impede que os íons formados pelas moléculas de gazes que permanecem dentro do tubo atinjam a tela, provocando uma mancha mais clara no centro da tela.

O Canhão Eletrônico.

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A figura acima é um diagrama simplificado de um canhão eletrônico. O catodo é um pequeno disco de óxido metálico colocado na ponta de um tubo cilíndrico que cobre o filamento. Apesar de o catodo ter de ser aquecido para produzir emissão termiônica, ele é eletricamente isolado do filamento. A frente do catodo está o cilindro da grade de controle, que o envolve quase totalmente, deixando apenas um pequeno orifício para a passagem do feixe. O potencial negativo dessa grade, em relação ao catodo, é que controla a intensidade do feixe eletrônico; quanto mais negativo for esse potencial, mais eletros serão repelidos e menos será a corrente do feixe. Quanto menos corrente, menos brilho na tela. O campo elétrico entre o catodo e a G1 produz a primeira focalização do feixe.

Foto de um Canhão de Elétrons

A segunda lente eletrônica, formada por G3 e G4, irá focalizar o feixe para formar o menor ponto possível na tela. A tensão de grade de foco é de 20% da tensão de anodo e cuidados de isolação devem ser tomados. O ajuste de foco está em um potenciômetro no módulo flyback, e deve ser ajustado com o brilho no máximo.

Deflexão Magnética

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A deflexão magnética é utiliza nos monitores devido a sua maior capacidade de deflexão, principalmente em tubos grandes com maiores níveis de MAT. A deflexão eletrostática tem a vantagem de ser praticamente independente da freqüência de varredura, daí seu uso em osciloscópios, mas seu poder de deflexão é baixo, fazendo com que os tubos fiquem muito compridos. Nesse tipo de deflexão dois pares de bobinas são montados em volta do pescoço do tubo, como mostra a figura abaixo.

Deflexão Magnética

Para entender o seu funcionamento, basta lembrar que a interação entre dois campos paralelos provoca uma força na direção do campo mais fraco. Na figura acima, o feixe vai para baixo e para a direita.

Na realidade, as bobinas são enroladas em forma de sela em um conjunto único denominado unidade defletora ou “YOKE”, como podemos ver na figura abaixo.

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Yoke desmontado

Para centralizar o feixe eletrônico, é usado um par de anéis magnéticos em volta do pescoço.

Isso é necessário para corrigir inclinações mínimas do canhão devido ao processo de montagem.

Tubos de Imagem Coloridos

São formados basicamente por três canhões eletrônicos e três tipos de fósforo na tela.

Cada canhão controla individualmente o feixe que irá atingir o fósforo verde, vermelho e azul. É usada uma máscara de sombra para separar as três cores.

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Estrutura do Tubo de Imagem Colorido

Essa máscara é uma tela perfurada em pontos ou listas (dependendo do tipo do canhão) montada atrás da tela de fósforo e só permite a passagem do feixe de elétrons correspondente àquela cor específica, ou seja, o canhão vermelho só “vê” fósforo vermelho, acontecendo o mesmo para o verde e azul. Campos magnéticos externos, incluindo o da Terra podem, contudo, desviar os feixes eletrônicos, provocando erros de pureza e convergência.

Com o processo de máscara de sombra, apenas 20 a 30% da corrente de feixe são realmente utilizados na excitação do fósforo, o que explica a necessidade de maior tensão de anodo e corrente de feixe nos tubos coloridos.

Os canhões podem ser montados em delta ou em linha e a abertura da máscara pode ter o formato de círculos, retângulos, losangos ou fendas continuas.

Adendo: Tecnologia de CRT - Tecnologia “Full Screen”

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A interface gráfica do usuário (GUI, Graphics User Interface), que foi lançada pelaMacintosh, agora é usada pelo Windows e outras aplicações multimídia. Devido a essecrescimento, a área de visualização de um monitor convencional de 14 polegadas pode se tornar muito pequena. Os ícones e caracteres podem ser muitos pequenos, principalmente nas bordas, tornando-os de difícil visualização.

Infelizmente, se um usuário necessitar de uma tela ou uma resolução maior, isso custará muito caro, especialmente para os maiores monitores.

Em um monitor de 14 polegadas, a tecnologia “full screen” pode aumentar a área de visualização em 20%, sem o custo de um monitor maior. Isso faz a área de um monitor de 15 polegadas apenas 13% menor que um monitor convencional de 17 polegadas. Isso é possível usando um ponto de fósforo menor, planificando a tela e eliminando as bandas de guarda.

As técnicas para aumentar o tamanho da tela, junto com uma maior resolução, permitem que a tela exiba mais caracteres e ícones. Isso significa que mais caracteres podem ser mostrados com uma resolução de 1024 X 768 do que em 640 X 480. Mas como esses caracteres são pequenos, a tabela abaixo sugere a resolução ideal para cada tamanho de tela. • 14 “– 640 X 480 (Maximo de 800 X 600)”.

• 15 “– 800 X 600”.• 17 “– 1024 X 768”.

Observação pessoal: Existem usuários, que gostam de contar vantagem, exaltando o fato de seu monitor de 14 polegadas “fazer” a resolução de 1024 X 768 ou maior. Ele vai precisar de uma lente para ler o que está escrito na tela.

Teclado

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O Teclado é um periférico do computador utilizado para a entrada de dados. Possui teclas com letras, números, símbolos e outras funções. Existem vários tipos de padrões de teclado, geralmente variando conforme o idioma e o país.

Teclados são peças de computador que podem durar bastante sem se tornarem desatualizados por modelos mais novos.

O formato mais conhecido dos teclados é o chamado QWERTY, baseado no teclado das antigas máquinas de escrever. Ao longo dos anos os teclados foram “crescendo” com a adição de teclas de cursor, das teclas numéricas, de função, de menu; mais recentemente muitas outras teclas foram adicionadas: teclas relacionadas com a Internet, E-mail, teclas multimídia, teclas programadas para executarem aplicações específicas, e inclusivamente para substituição do mouse; hoje em dia existem teclados com cerca de 150 teclas.

Apesar do grande desenvolvimento de outros aparelhos de introdução de dados, como o mouse (rato), os monitores sensíveis ao toque, canetas digitais, e reconhecimento de voz, o teclado, que entretanto também se começa a libertar da sua ligação física ao computador, (com a introdução da tecnologia wireless), continua a ser o meio mais comum e versátil para a introdução de dados diretamente no computador.

MOUSE

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O rato (termo utilizado em Portugal) ou mouse (termo em inglês e utilizado no Brasil) é um periférico de entrada que historicamente se juntou ao teclado como auxiliar no processo de entrada de dados, especialmente em programas com interface gráfica. O rato funciona como um apontador sobre o ecrã do computador e disponibiliza normalmente quatro tipos operações: movimento, click, duplo click e drag and drop (arrastar e largar). Existem modelos com um, dois, três ou mais botões cuja funcionalidade depende do ambiente de trabalho (programa que está a ser utilizado). Além do rato, existem outros dispositivos com funções similares, como a trackball e o joystick.

O teclado e o rato são normalmente ligados ao computador através de fichas PS2 ou, mais recentemente, USB (Universal Serial Bus).

O mouse original possui dois discos que rolavam nos eixos X e Y e tocavam diretamente na superfície. O modelo mais conhecido de mouse é provavelmente o mouse que contem uma pequena bola que entra em contato com a superfície e que gira dois discos. O movimento dos discos podia ser detectado tanto mecanicamente quanto por meio ótico.

Os modelos mais modernos de mouse são totalmente óticos, não tendo peças móveis. De modo muito simplificado, eles tiram fotografias que são comparadas e que permitem deduzir o movimento que foi feito. O mouse foi inventado por Douglas Engelbart, sendo a patente americana 3.541.541 de 1970.

IMPRESSORA

Uma impressora ou dispositivo de impressão é um periférico que, quando conectado a um computador ou a uma rede de computadores, tem a função de dispositivo de saída, imprimindo textos, gráficos ou qualquer outro resultado de uma aplicação.

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Interior de um rato. Legenda:

1. A bola, que faz girar a roldana;2. Roldana que irá alterar a passagem de luz entre o LED e o sensor;3. Sensor fotoeléctrico4. Botão de clique (esquerdo);5. LED.

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Herdando a tecnologia das máquinas-de-escrever, as impressoras sofreram drásticas mutações ao longo dos tempos. Também com o evoluir da computação gráfica, as impressoras foram-se especializando a cada uma das vertentes. Assim, encontram-se impressoras otimizadas para desenho vetorial e para raster, e outras otimizadas para texto.

A tecnologia de impressão foi incluída em vários sistemas de comunicação, como o fax.

Características

As impressoras são tipicamente classificadas quanto:

À escala cromática (em cores ou em preto-e-branco), Páginas por minuto (medida de velocidade) e tipo.

Resolução máxima

Uma impressora laser com uma resolução de cerca de 300 dpi consegue lidar consideravelmente com impressão de texto quase nítida. Assim sendo, porque deverá obter melhor qualidade? A resposta assenta na impressão fotográfica - algo para o qual as impressoras jato de tinta são excelentes. Basicamente, uma impressão de texto a 300 dpi fica perfeita para tipos de letras bem delineados, mas quando se constrói fotos quase perfeitas ao nível dos pixels, necessitamos de maiores resoluções.

Outra forma de aumentar as resoluções, adaptada pela maioria das impressoras jato de tinta, é variar o tamanho das gotas colocadas no papel. Isto significa que a máxima resolução disponível do conjunto de orifícios poderá ser aumentada diminuindo o tamanho das gotas e construindo assim uma matriz de orifícios mais fina sobre o papel.

As impressoras neste teste utilizam cada uma, sistemas proprietários de variação do tamanho das gotas, reduzindo o tamanho mínimo para três ou quatro picolitros microscópicos. O uso da variação do tamanho das gotas não serve só as fotos, já que o mesmo processo pode ser aplicado para melhorar os tipos de letra usados. Ou seja, e caso venha a imprimir fotos, procure impressoras que imprimam pelos menos a 1440 dpi na sua resolução máxima.

Qualidade do papel Uma das grandes questões que se colocam para obter uma boa qualidade de impressão é o tipo de papel utilizado na impressora. Mesmo para uma impressão banal, valerá a pena utilizar papel certificado para utilização em impressora, em vez do típico papel de fotocopiadora. Isto porque os papéis para jacto de tinta são menos absorventes e normalmente têm uma granularidade mais fina. À medida que a tinta se transforma em líquido e deixa a cabeça de impressão, é pouco provável que se espalhe pelo papel, evitando os borrões nas impressões.

Para impressão de fotografias, o melhor é restringir-se ao mesmo fabricante tanto para a impressora como para o papel. Desta forma, é garantido que obterá os melhores resultados para as suas fotos. Acima disso, muitos tipos de papel fotográfico (mesmo de grandes marcas) tendem a não gostar das impressoras de elevadas resoluções, especialmente das que utilizam seis tipos de cores em vez do usual CMYK. O resultado poderá ser o surgimento de padrões indesejados e de pequenas manchas. Outra vantagem de utilizar os produtos dos próprios fabricantes é a garantia de resultados por umas boas décadas.

Velocidade

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Quando se trata de impressoras, quando mais rápido forem, melhor são. No entanto, o número referido como páginas impressas por minuto pode ser algo enganador. O modo texto é normalmente classificado pelos fabricantes como modo "econômico" ou "de alta velocidade", o que representa, em termos práticos, baixa qualidade.

Pior ainda é quando se trata de impressão a cores. Se estiver imprimindo, por exemplo, uma fotografia colorida de 10x8 polegadas na qualidade máxima, a questão é tratada como "minutos por página" e não "páginas por minuto". Ainda assim, com um custo alto. São elevadas as hipóteses de não fazer uma grande quantidade de impressões, estando com certeza mais interessado em obter mais qualidade em troca de tempo. De qualquer das maneiras, incluímos um leque de velocidades para páginas de texto completas DTP a cores e impressão de fotos para todas as impressoras no teste, de forma a tornar-se simples a interpretação dos dados.

Impressão a cores

Quase todas as impressoras a jato de tinta fazem um bom trabalho na impressão fotográfica. Contudo, algumas se especializaram na arte, chamando-se a elas próprias de "impressoras fotográficas". Estas poderão igualmente imprimir páginas monocromáticas, mas serão mais lentas e caras para este tipo de trabalho. Em suma, terá de perguntar a si mesmo para que tipo de trabalhos pretenda a sua impressora - tanto para impressão fotográfica como de texto - e tomar uma decisão baseado nessa resposta.

Tipos de impressora

Matricial

Imprime por impacto de agulha sobre fita entintada contra o papel. É dividida por formado do papel que utiliza: 40, 80 e 132 colunas, pelo numero de agulhas que compões a sua cabeça 9, 18 ou 24 agulhas e também por velocidade e ate por capacidade de impressão em muitas vias simultaneamente.

Jato de Tinta

Esta tecnologia é subdividida basicamente em dois padrões o sistema de ejetores térmicos (utilizadas nas HP) e Pizoidal (utilizado nas impressoras Epson), independente destas diferenças a impressão ocorre por gotejamento de tinta sobre o papel e esta pode ser colorida, a formação da cor se da no ato da tinta tocar o papel por sobreposição de gotas. São utilizadas as três cores básicas: Cyan, Magenta blacK e Yellow e delas é formado todas as +/- 16 milhões de cores. Neste sistema também há subdivisões pelo tipo de tecnologia de impressão como vimos, pela velocidade e ate pela capacidade de utilizar cabeças de impressão separadas para cada cor, tudo isto influencia na performance geral. Térmicas

Se dá por uma descarga elétrica por um pente semelhante a agulhas, sobre um papel especial foto sensível. Esta tecnologia é muito antiga e utilizada nossa vida despercebidamente, como um terminais de consulta bancaria em aparelhos de fax, emissores de senhas, POS (maquinas de cartão de credito), etc.

Laser

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Esta impressão se da num processo de composto por etapas conhecidas como geração, formação, revelação, transferência e fusão. Onde uma imagem é transmitida pelo computador para a impressora e esta a processa num cilindro foto-sensível através de uma projeção em laser, e este e exposto a um componente magnético chamado toner e este por atração eletromagnética se prende ao papel que depois passa por uma parte chamada de fusor que eleva sua temperatura a 180º C e isto literalmente funde o toner ao papel tornando a impressão permanente. Existem impressoras laser coloridas, e a formação da cor é semelhante a da tecnologia jato de tinta, onde cada cor (das 4 básicas) é agregada uma a cada vez ao papel e a sobreposição delas é que formará todas as demais cores (+/- 16 milhões)

As impressoras a laser são o topo de gama na área da impressão e variam de algumas centenas a milhares de Dólares. É o método de impressão preferencial em tipografia e funcionam de modo semelhante às fotocopiadoras.

Plotter

Uma plotter é uma impressora especializada para desenho vetorial e muito comuns em estúdios de arquitetura e CAD/CAM

Este equipamento destina-se a imprimir desenhos em grandes dimensões, com elevada qualidade e rigor, como, por exemplo, plantas arquitetônicas, mapas cartográficos, etc.

Uma variação é a plotter de recorte, onde uma lâmina recorta adesivos de acordo com o que foi desenhado previamente no computador, através de um programa específico. O material assim produzido é utilizado na personalização de frotas de veículos e ambientes comerciais, como fachadas, vitrines, confecção de banners, luminosos, placas, faixas, etc....

OUTROS TIPOS

Impressora de sublimação

As impressoras de sublimação são um tipo de impressora que utilizam o calor para transferir a tinta para um papel especial, geralmente plástico.

Impressoras de Cera Térmica

Estas impressoras são mais usadas para transparências em apresentações empresariais e para prova de cor (criação de documentos e imagens teste para uma inspeção de qualidade antes do envio dos documentos mestre para serem impressos em impressoras industriais offset de quatro cores).

As impressoras de cera térmica utilizam tambores CMYK direcionados por uma fita, e papel ou transparência especialmente cobertos. A cabeça de impressão contém elementos quentes que derretem cada cor de cera no papel conforme ele rola pela impressora.

Impressoras Dye-Sublimation

Usadas em empresas como agências de serviço — onde a qualidade profissional dos documentos, panfletos e apresentações é mais importante que o custo dos consumíveis — as impressoras dye-sublimation (ou dye-sub) são os cavalos de batalha da impressão CMYK de qualidade. Os conceitos por trás das impressoras dye-sublimation são similares aos das

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impressoras de cera térmica, exceto pelo uso de filme dye plástico difusivo ao invés de cera colorida. A cabeça de impressão aquece o filme colorido e vaporiza a imagem em papel especialmente coberto.

A dye-sub é bastante conhecida no mundo do design e publicações, assim como no campo da pesquisa científica, onde é necessário ter precisão e detalhes. Tais detalhes e qualidade de impressão têm um preço, já que as impressoras dye-sub também são conhecidas por seus altos custos-por-página.

Impressoras de Tinta Sólida

Usadas principalmente nos setores de embalagens e design industrial, as impressoras de tinta sólida são famosas por imprimir numa variedade de tipos de papel. As impressoras de tinta sólida, como o nome implica, usam espetos de tinta endurecidos, que são derretidos e espirrados através de pequenos bocais na cabeça de impressão. O papel é então enviado através de um rolamento fusor, que por sua vez força a tinta sobre o papel.

A impressora de tinta sólida é ideal para provas e protótipos de novos designs de embalagens de produtos. Sendo assim, a maioria das empresas de serviços não tem necessidade deste tipo de impressora.

Scanner

Este é um periférico de Entrada, tem como funcionalidade básica digitalizar imagens (fotos, texto, desenhos, gráficos, figuras, etc), quando estas estão já em formato digital, podemos manipulá-las, para tal existem softwares apropriados, por exemplo, é possível digitalizar um texto e depois convertê-lo, através de um software de OCR (Reconhecimento óptico de caracteres), para um texto e novamente edita-lo.

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O scanner é um elemento que faz varreduras na imagem gerando impulsos elétricos através de um captador de reflexos. Serve para transferir desenhos, fotos e textos para o computador.

O scanner pode ser de dois tipos:

1. Scanner de Mão - O qual é parecido com um rato bem grande e que devemos passar por cima do desenho/texto a ser transferido para o computador. Este tipo de scaner já não é mais apropriado para trabalhos semi-profissionais.

2. Scanner de Mesa - Muito parecido com uma máquina de Xerox, onde devemos colocar o papel e abaixar a tampa para que o desenho seja então transferido para o computador.

Os scanners de mesa fazem a leitura a partir dos CCDs - Coupled Charge Device (Dispositivo de carga dupla) Para trabalhos profissionais o scanner utilizado é o cilíndrico. O scanner cilíndrico fazem a leitura a partir de fotomultiplicadores (PMT - Photomultiplier).

Sua maior limitação reside no fato de não poderem receber originais não flexíveis e somente digitalizarem imagens e traços horizontais e verticais. O scanner cilíndrico tem a capacidade de identificar um maior número de variações tonais nas áreas de máxima e de mínima.

Este periférico pode estar associado a outros periféricos dando origem a outros periféricos mais complexos como os multifuncionais.

O scanner é um periférico básico de entrada, porém quando associado a outros, como a uma impressora, ele se torna hibrido, ou seja, tanto de entrada quanto de saída.

BIOS & POST

BIOS significa “Basic Input Putput System” ou, em português, “Sistema Básico de Entrada e Saída”. O BIOS é a primeira camada de software do sistema, um pequeno programa que tem a função de “dar a partida” no micro, conhecido singularmente como “firmware”.

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Durante o processo de inicialização, o BIOS fica encarregado de reconhecer os componentes de hardware instalados, dar boot, e prover informações básicas para o funcionamento do sistema.

O BIOS é gravado em um pequeno chip instalado na placa mãe. Cada modelo de BIOS é personalizado para um modelo especifico de placa, não funcionado adequadamente em nenhum outro. Assim como o cartão de crédito e a escova de dente, o BIOS é “pessoal e intransferível”.

Quando inicializamos o sistema, o BIOS conta a memória disponível, identifica dispositivos plug-and-play instalados no micro e realiza uma checagem geral dos componentes instalados. Este procedimento é chamado POST que significa “Power On Self Test” ou, em português “testes realizados ao ligar” e se destina a verifica se existe algo de errado com algum componente, além de verificar se foi instalado algum dispositivo novo, a relação dos passos de cada POST é peculiar a seu fabricante do micro e como já foi dito personificado. Somente após o POST, o BIOS entrega o controle do micro ao Sistema Operacional, surge então à mensagem: “Iniciando o Windows 98”, por exemplo, ou qualquer outra mensagem dependente do Sistema Operacional instalado no dispositivo designado para carga (podendo ser um disco rígido, disquete, unidade óptica, dispositivo USB, boot remoto, etc).

Após o término do POST, o BIOS emite um relatório com várias informações sobre o Hardware instalado no micro. Este relatório é uma maneira fácil e rápida de verifica a configuração de um computador, para paralisar a imagem tempo suficiente para conseguir ler as informações, basta pressionar a tecla “Pause/Break” do teclado durante a exibição.

Upgrade de BIOS

Apesar da sua importância, o BIOS é um programa como outro qualquer, mas que, ao invés de ser gravado no disco rígido, fica armazenado em um chip de memória na placa mãe. Antigamente eram usados chips de memória ROM Read Only Memolry ou, em português “memória somente de leitura”, para armazenar o BIOS. A memória ROM é somente para leitura, sendo seu conteúdo inalterável. Nas placas mãe mais atuais, porém, o BIOS é gravado em memória Flash. O uso deste tipo de memória visa permitir que o BIOS seja modificado, de modo a corrigir eventuais bug´s ou aumentar o grau de compatibilidade da placa mãe, adicionando novos recursos.

A esta atualização damos o nome de “upgrade de BIOS”. Os fabricantes deixam tais upgrades disponíveis em suas páginas na Internet para download gratuito, sendo que, o upgrade geralmente vem na forma de um arquivo binário (.bin) e um utilitário que faz a gravação dos dados no chip que armazena o BIOS. De posse dos arquivos necessários, basta iniciar o micro através de um disquete de boot e executar o utilitário que fará a gravação.

Durante o upgrade, os dados do BIOS são completamente reescritos, processo que costuma durar poucos minutos. O problema e que se a atualização for interrompida, por um pico de luz que resete o micro, ou mesmo um esbarrão no botão liga-desliga, o BIOS ficará danificado, provavelmente impossibilitando ate mesmo iniciar o micro para recomeçar a atualização, inutilizando a placa mãe. Justamente por isto, os fabricantes não costumam dar nenhum tipo de garantia sobre danos causados por um upgrade de BIOS mal sucedido, alegando que o usuário deve corre seus próprios riscos.

O upgrade só deve ser feito em caso de real necessidade, justamente devido aos riscos que envolve. Se você possui acesso á Internet, pode conseguir upgrades de BIOS para sua placa mãe com facilidade. Caso você saiba a marca e modelo da sua placa, basta então procurar o upgrade no site do fabricante. Mesmo que você não saiba absolutamente nada sobre sua placa mãe, é possível encontrar o upgrade com a ajuda de alguns sites especializados.

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Um ótimo lugar para começar é o Win´s BIOS Page, no endereço http://www.ping.be/bios, este é um dos mais completos sites sobre este assunto disponibilizando inclusive programas que identificam a placa mãe e informam o endereço do fabricante.

Regravando o BIOS

O vírus CIH, também conhecido como Spancefilles e Chernobil, é talvez o vírus mais perigoso atualmente (para a BIOS), pois além de formatar o disco rígido, causando perda dos dados, é capaz de apagar o conteúdo da memória flash onde o BIOS da placa mãe fica gravado, sem o BIOS, a placa mãe torna-se inútil.Felizmente, mesmo que o vírus já tenha entrado em ação, e o estrago já tenha sido feito, é possível contornar a situação e regravar o BIOS. As dicas a seguir podem ser usadas também caso o BIOS da placa mãe tenha sido danificado por um upgrade de BIOS mal sucedido.

A primeira coisa a fazer é ir ate o site do fabricante da placa mãe na Internet, e baixar os arquivos necessários para fazer um upgrade de BIOS, pois usaremos para regravar o BIOS da placa mãe danificada. Upgrades para BIOS podem ser conseguidos sem dificuldades no Win´s BIOS page, disponibilizado no endereço: http://www.ping.be/bios/.

As maiorias das placas atuais, apesar de permitir a alteração do conteúdo do BIOS, trazem rotinas básicas (as que se presumem que não precisarão ser alteradas) gravadas em memória ROM. Neste caso, mesmo depois de um upgrade mal sucedido, ou de um ataque do Chernobil, ainda sobraria esta porção de BIOS gravada em ROM.Apesar de tratar-se apenas de algumas rotinas mais básicas, temos o suficiente para inializar o micro e regravar o BIOS titular. Você precisará de uma placa ISA, pois este “BIOS de reserva” não é capaz de acessar uma placa de vídeo PCI. Instalando a placa de vídeo ISA você deverá ser capaz de inicializar a máquina, dar um boot via disquete (em detrimento às mensagens de erro) e, reagravar o BIOS danificado. Em não sendo possível a instalação de uma placa compatível com o “BIOS remanescente”, poderás tentar um “vôo cego” tentando um boot por disquete e nele contendo o utilitário que normalmente apenas pede uma ou duas confirmações para efetivar a operação, caso não seja possível, busque adquirir uma nova placa mãe.

Existe também uma maneira indireta de barrar a ação do CIH, que consiste em desabilitar a possibilidade de regravação do BIOS. Em algumas placas mãe isto é feito mudando a posição do jumper “Flash ROM Voltage Selector” e em outras, desabilitando a opção “BIOS Update”, encontrada no Setup.

Limpando a COMS

Algum amigo colocou uma senha no Setup, esqueceu-a e agora não consegue mais inicializar o micro? Sem duvida ninguém gosta de passar por este tipo de situação, mas acidentes deste tipo, ás vezes acontecem. Porém, a solução para este problema e muito simples, bastando zerar a CMOS, o que apagará a senha.

O único efeito colateral é que junto com a senha perdemos todas as configurações do Setup, tendo que reconfigurar tudo antes de usar novamente o computador.

Como já vimos os dados do CMOS são guardados em uma pequena quantidade de memória volátil. Esta memória é sustentada por uma bateria, o que evita que seus dados sejam perdidos quando desligamos o micro, assim, para apagar os dados do CMOS basta retirar momentaneamente a bateria que o sustenta.

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Na maioria das placas mãe, é usada uma bateria de relógio comum, que pode ser retirada com facilidade, em outras é usada uma bateria fixa, em ambos os casos, é possível zerar o CMOS sem dificuldade.

Bateria de relógio

Se a sua placa mãe utiliza uma bateria comum, basta abrir o gabinete e retirar a bateria, recolocando-a no lugar alguns minutos depois. Para acelerara este processo você pode usar um objeto de metal para causar um pequeno curto aos terminais da bateria o que apagará instantaneamente os dados do CMOS, sem conteudo causar qualquer dano. Claro que você deve fazer tudo isto como o micro desligado, ligando-o novamente somente após recolocar a bateria.

Nas placas mãe mais modernas existe um jumper denominado “clear CMOS” que geralmente tem três posições: 1,2 e 3, quando esta de 1 para 2 esta em modo normal e de 2 para 3 em estado de clean (apagar), no manual de cada placa mãe tem uma orientação bem clara sobre a localização e seu posicionamento correto par cada situação.

Partição

Há várias formas diferentes de se usar um disco rígido, ou mesmo um flexível, pois há formas diferentes de se guardar arquivos.

Um disco rígido possui muitos bytes, mas que são inúteis até que seja criada alguma tabela de alocação. É possível definir para um disco mais de uma tabela de alocação (do mesmo tipo ou de tipos distintos). Isso é feito dividindo-se o disco em vários pedaços, chamados justamente de partições. Cada partição funcionará mais ou menos como um HD à parte (para quem está acostumado ao sistema Windows ou MS-DOS). É justamente isso que permite o uso em um mesmo computador de mais de um Sistema Operacional. As tabelas de alocação são guardadas em uma tabela de partições.

Particionar um disco significa dividi-lo em várias partes, este é um procedimento necessário para que o disco se torne funcional, sendo obrigatório a criação de no mínimo uma partição. Quando o disco é particionado, automaticamente gera-se uma tabela de partições, onde fica gravado o endereço e a característica da partição gerada, as partições possuem características individuais para cada tipo de sistema operacional. No sistema operacional Windows e MS-DOS são chamadas de fat16 ou fat32 o tipo de partição, em quanto que no Windows NT a partição pode ser do tipo NTFS e no linux esta é denominada EXT2, existem vários outros tipos de partição usadas por outros sistemas operacionais. Depois de gerar a partição torna-se necessário formatá-la, este procedimento é feito através de um comando específico do sistema operacional que será utilizado no disco, no caso do MS-DOS usamos o comando "Format" para dar forma a partição, possibilitando a instalação do sistema operacional em questão. A formatação é que define magneticamente a quantidade de trilhas e setores do disco, lembrando que em cada setor cabe apenas 512 bytes de informação.

De qualquer forma, o usuário só poderá usar um Sistema Operacional por vez, que é escolhido durante a incialização da máquina e dominará a máquina até que o computador seja desligado ou reinicializado. A escolha é feita com ajuda de um programa instalado numa parte estratégica do disco e que é executado durante a inicialização da máquina, como o Lilo e o Grub.

TIPOS DE PARTIÇÕES

Existem três tipos possíveis de partições: primária, estendida e lógica.

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Partições Primárias

Este tipo de partição contém um sistema de arquivos. Em um disco deve haver no mínimo uma e no máximo quatro partições primárias. Se existirem quatro partições primárias, nenhuma outra partição poderá existir neste disco. As partições primárias são nomeadas da seguinte forma:

/dev/hda1 /dev/hda2 /dev/hda3 /dev/hda4

Uma dessas partições deve estar marcada como ativa, ou seja, marcada como ‘bootável’ para que a BIOS possa iniciar a máquina por ela.

Partição Estendida

Isso mesmo, no singular. Só pode haver uma partição estendida em cada disco. Uma partição estendida é um tipo especial de partição primária que não pode conter um sistema de arquivos. Ao invés disso, ela contém partições lógicas. Se existir uma partição estendida, ela toma o lugar de uma das partições primárias, podendo haver apenas três.

Se houver, por exemplo, três partições no disco, sendo duas primárias e uma estendida, o esquema de nomes ficará assim:

/dev/hda1 (Primária) /dev/hda2 (Primária) /dev/hda3 (Estendida) Partições lógicas

Também chamadas de unidades lógicas, as partições lógicas residem dentro da partição estendida. Podem haver de uma a 12 partições lógicas em um disco. As partições lógicas são numeradas de 5 até 16. Em um disco contendo duas partições primárias, a partição estendida e 3 partições lógicas, o esquema seria o seguinte:

/dev/hda1 (Primária) /dev/hda2 (Primária) /dev/hda3 (Estendida) /dev/hda5 (Lógica) /dev/hda6 (Lógica) /dev/hda7 (Lógica)

Note que, neste caso, não há uma partição nomeada como /dev/hda4, pois os numeros de 1 a 4 são reservados para partições primárias e para a partição estendida.

Perceba que, mesmo sendo 16 o numero máximo de partições em um disco, apenas 15 poderão receber sistemas de arquivos, já que uma delas será estendida.

Diferenças entre DOS/Windows e GNU/Linux

Em sistemas DOS/Windows, as partições serão enxergadas pelo sistema operacional como letras de unidade. As partições primárias e lógicas recebem cada uma, uma letra de unidade iniciando com C (C:). A partição estendida não recebe uma letra de unidade já que não

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vai receber um sistema de arquivos e não vai ser usada para guardar dados e, por isso, não é acessível diretamente pelo usuário.

No linux a coisa é bem diferente. O usuário é quem controla o local onde serão montadas as partições do seu disco. Isso pode parecer um tanto estranho para quem está acostumado com o esquema do Windows, mas, se você parar pra pensar, faz bem mais sentido.

Para efeito de exemplificação, vamos imaginar um disco IDE, com 6 partições. A primeira, primária, é onde está instalado o Windows, a segunda, também primária, é uma partição Windows adicional. A terceira é a partição estendida, que contém três partições lógicas: uma onde será instalado o linux, a outra usada para swap e a terceira uma particão linux adicional para guardar dados do usuário.

Dessa maneira:

/dev/hda1 (Primária - Windows - sistema) /dev/hda2 (Primária - windows - adicional) /dev/hda3 (Estendida) /dev/hda5 (Lógica - Linux - sistema de arquivos raiz) /dev/hda6 (Lógica - Linux - swap) /dev/hda7 (Lógica - Linux - adicional)

No Windows nós poderíamos enxergar apenas duas destas partições, a primeira e a segunda - já que o Windows não reconhece partições linux - e elas seriam apresentadas como as unidades C: e D:. Ao acessar ou gravar um arquivo no disco, você terá que saber em qual das duas unidades o arquivo deverá ficar.

Já no linux você poderá enxergar todas as partições e poderá montar três delas (a estendida e a swap não podem ser montadas) no seu sistema de arquivos raiz (/). A situação seria mais ou menos a seguinte:

A quarta partição, /dev/hda5 (lógica), que é onde o linux está instalado, será montada como o sistema de arquivos raiz (/), e dentro desse sistema de arquivos você irá criar pontos de montagem, que são diretórios vazios, destinados apenas para montar um outro sistema de arquivos. É interessante ressaltar que o diretório que será usado como ponto de montagem não precisa, obrigatoriamente, estar vazio, mas a partir do momento que uma partição for montada nele, seus arquivos serão escondidos e só voltarão a ser acessíveis quando ela for desmontada.

Usando este exemplo de particionamento, vamos criar três pontos de montagem:

/mnt/win (onde será montada /dev/hda1, partição primária onde o Windows está instalado) /mnt/winad (para montar /dev/hda2, partição Windows adicional) /mnt/musicas (onde será montada /dev/hda7, partição linux adicional, neste caso usada para guardar músicas)

A partição swap não pode ser montada, pois é um espaço usado pelo kernel para memória virtual e não com dados voláteis.

Deste modo, ao invés de ter que se lembrar de letras de unidade, que não são nem um pouco descritivas, você poderá usar o nome que quiser e acessar todos os sistemas de arquivos como se fossem diretórios dentro do seu sistema de arquivos raiz.

Particionadores Gráficos

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Uma solução rápida para particionar é usar um Live cds que traga o excelente particionador Qtparted, capaz de redimensionar partições de modo bastante eficaz.

Outro particionador muito bom é o Gparted, que é em Português. Atualmente já está bem amadurecido, tanto que já se tornou o particionador gráfico do Kurumin.

Uma vantagem de se usar um particionador de um Live-CD é que você já inicia o particionamento direto, não sendo necessário sequer entrar no sistema instalado na máquina.

FORMATAÇÃO e PARTICIONAMENTO DA H.D., EXCLUSÃO DE PARTIÇÃO E INSTALAÇÃO DO WINDOWS 98 E XP

Formatação e Particionamento da H.D.

Antes de qualquer coisa veja como está a opção de boot na sua placa-mãe, (na BIOS).

Você deve modificar na sua placa-mãe a maneira como você faz o boot:

Mude na BIOS para dar Boot Pelo Disquete ou pelo CD-Rom (de acordo com seu modo de instalação), salve as configurações e saia da BIOS.

Uma medida de segurança para evitar posteriores dores de cabeça e perdas de dados.

Quando forem formatar ou particionar um H.D. não façam com outro H.D. ligado junto.

Desliguem seu PC e retirem qualquer outro H.D. que estiver ligado, só deixem ligado o que vocês querem trabalhar com ele na hora.

Este tópico é composto das seguintes instruções:

1. Formatação e Particionamento da H.D. (UMA ÚNICA PARTIÇÃO);2. Formatação da H.D. (DUAS PARTIÇÕES);3. Excluir uma Partição;4. Instalação do Windows 98 - (copiando o Windows para a H.D. antes de instalar);5. Instalação do Windows 98 – (direto do CD-ROM);6. Instalação do Windows XP (com o cd-rom);7. Instalação do Windows XP (num computador que já tem o Windows 98 ou ME instalado) –

DUAL BOOT;8. Instalando o Windows XP (num computador sem Sistema Operacional – NOVA

INSTALAÇÃO)

1 - Formatação e Particionamento da H.D. (UMA ÚNICA PARTIÇÃO).>> Primeiro Passo:

Inicie o computador com o boot pelo disquete ou se preferir pelo CD de boot. Terminada a inicialização, irá aparecer na tela escrito:

A:\> Digite: o comando Fdisk e tecle "Enter".

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Segundo Passo:

O FDISK perguntará se você deseja instalar um HD de grande capacidade. Se o HD a ser particionado puder armazenar mais que 2GB em dados digite S e tecle "Enter", caso contrário digite N e tecle "Enter".

Terceiro Passo:

Depois aparecerá um menu com quatro opções. Escolha a opção "1" e tecle "Enter", para que possamos ir ao menu onde criaremos as partições.

Quarto Passo:

Escolha a opção "1" e tecle "Enter" para criar a partição primária. Será feita uma verificação de integridade da mídia do HD. Deixe o H.D. fazer esta verificação, ela demora um pouco.

Quinto Passo:

O Fdisk perguntará se você deseja utilizar o tamanho máximo do HD para a partição primária. Para particionar em uma única partição, responda S., se preferir particionar sua H.D. em duas ou mais unidades, responda N e tecle "Enter".

Sexto Passo:

Será feita nova verificação de integridade nos discos do HD e logo depois ele será particionado automaticamente com apenas uma única partição, se você respondeu S (no quinto passo). Será exibida uma mensagem dizendo para que o computador seja reiniciado para que as alterações sejam feitas e que o disco possa passar a funcionar corretamente.

Sétimo Passo:

Teclar "ESC" para sair do Fdisk, retornando ao prompt do MS-DOS (A:\> . Tecle "CTRL + ALT + DEL" para reiniciar o computador.

Oitavo Passo:

No prompt do MS-DOS (A:\> digite format c: e tecle Enter para que o HD possa ser formatado. Ao ser perguntado se têm certeza que deseja formatar o HD (observe que todos os arquivos serão apagados do disco rígido), tecle S.

Nono Passo:

Ao final da formatação será solicitado um nome para o volume (disco rígido). Caso deseje digite um nome com até 11 caracteres ou simplesmente tecle Enter, deixando o HD sem rótulo. Isto é apenas uma identificação.

Agora seu HD está pronto para receber a instalação do Windows.

Depois de formatado. Seguir os passos abaixo com relação à instalação do Windows.

2 - Formatação da H.D. (DUAS PARTIÇÕES).

Repita os 5 primeiros passos citados para a formatação de uma só partição.

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Sexto Passo:

Será feita nova verificação de integridade nos discos do HD e surgirá uma tela perguntando quanto da capacidade total do HD você deseja utilizar para a partição primária. Neste exemplo vamos digitar 90% e teclar "Enter". Estará criada a partição primária, indicada em nova tela como unidade C. Tecle "Esc" para retornar à tela principal do Fdisk.

Sétimo Passo:

Na tela principal do Fdisk selecione a opção "1" e tecle "Enter". Na tela que surgirá, selecione "2" e tecle "Enter" para criar uma partição estendida utilizando o espaço restante do HD que é de 40%. Ao surgir a tela solicitando o volume para a partição estendida, apenas tecle "Enter" para aceitar o valor que corresponde aos 40% restantes do H.D. Será feita nova verificação de integridade do winchester. >>

Observe que o volume destinado à partição primária (90%) somado ao volume destinado à partição estendida (10%) devem sempre somar 100%, para não desperdiçar espaço em disco.

Tecle "Esc" e será feita nova verificação de integridade do winchester.

Oitavo Passo:

Nova tela será mostrada pelo Fdisk perguntando quanto do volume da partição estendida será destinado à esta unidade lógica. Tecle "Enter" para aceitar o valor total (100%). Observe que este valor total não inclui a partição primária, que não pode ser dividida.

Nova tela surgirá indicando a criação da unidade lógica "D". Tecle "Esc" para voltar à tela principal do Fdisk.

Nono Passo:

Há na tela principal do Fdisk um aviso solicitando a ativação de uma partição.

Selecione a opção "2" para ativar a partição "1" (partição primária). Digite "1" e tecle "Enter". O aviso "Partição 1 ativada" indica o sucesso desta operação. Tecle "Esc" para retornar à tela principal do Fdisk.

Décimo Passo:

Teclar "ESC" para sair do Fdisk, retornando ao prompt do MS-DOS (A:\> . Tecle "CTRL + ALT + DEL" para reiniciar o computador.

Em Seguida No prompt do MS-DOS (A:\> digite format c: e tecle Enter para que o HD possa ser formatado. Ao ser perguntado se têm certeza que deseja formatar o HD (observe que todos os arquivos serão apagados do disco rígido), tecle S.

Ao final da formatação será solicitado um nome para o volume (disco rígido). Caso deseje digite um nome com até 11 caracteres ou simplesmente tecle Enter, deixando o HD sem rótulo.

Décimo Primeiro Passo:

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Terminada a formatação da unidade C (partição primária), você precisará formatar também a unidade D (partição estendida). No prompt do MS-DOS (A:\> digite format d: e tecle Enter para que o HD possa ser formatado. Ao ser perguntado se têm certeza que deseja formatar o HD (observe que todos os arquivos serão apagados do disco rígido), tecle S.

Ao final da formatação será solicitado um nome para o volume (disco rígido). Caso deseje digite um nome com até 11 caracteres e tecle "Enter", ou simplesmente tecle Enter, deixando o HD sem rótulo que poderá ser colocado posteriormente utilizando o comando Label do MS-DOS.

Décimo Segundo Passo:

Agora seu HD está pronto para receber a instalação do Windows.

3 - Excluir uma partição

Primeiro Passo:

Inicie o computador com o boot pelo disquete. Terminada a inicializacão digite em A:\> ("prompt" do MS-DOS) o comando Fdisk e tecle "Enter".

Segundo Passo:

O Fdisk perguntará se você deseja instalar um HD de grande capacidade. Se o HD a ser particionado puder armazenar mais que 2GB em dados digite S e tecle "Enter", caso contrário digite N e tecle "Enter".

Terceiro Passo:

Depois aparecerá um menu com quatro opções. Escolha a opção "3" e tecle "Enter", para que possamos ir ao menu onde eliminaremos a partição primária.

Quarto Passo:

Escolha a opção "1" e tecle "Enter" para excluir a partição primária.

Quinto Passo:

Surgirá um aviso de que a partição primária foi excluída.

Sexto Passo:

Teclar "ESC" duas vezes para sair do Fdisk, retornando ao prompt do MS-DOS (A:\> . Tecle "CTRL + ALT + DEL" para reiniciar o computador.

Sétimo Passo:

Agora seu HD está pronto para ser novamente particionado e formatado.

Antes de qualquer coisa veja como esta a opção de boot na sua placa-mãe, (na BIOS).

Vc deve modificar na sua placa-mãe a maneira como você faz o boot:

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Mude na BIOS para dar Boot Pelo Disquete ou pelo CD-Rom (de acordo com seu modo de instalação), salve as configurações e saia da BIOS.

4 - Instalação do Windows 98 - (copiando o Windows para a H.D. antes de instalar)

(supondo que você particionou sua H.D. em duas unidades, respectivamente unidade “C:” e a unidade “D:”) a unidade de CD-Rom, será a unidade “E:”).

Insira o cd-rom do Windows 98.

Agora você tem duas opções instalar o Windows via CD ou então copiá-lo na sua H.D. para instalar mais rápido.

Inserido o CD, para você copiar o Windows na sua H.D., siga estes passos simples:

Aparecera no DOS a unidade a: (A:\>

Digite “md win98” sem aspas e pressione enter. (comando que criará uma pasta com o nome de win98 na sua H.D.)

Digite “cd win98” sem aspas e pressione enter. (Abre a pasta criada).

Digite “copy D:\win98” sem aspas e pressione enter (lembrando que a unidade que coloquei é a unidade “D:” que no caso uso para dados).

Ele irá carregar o Windows para a pasta determinada.

Após isso digitar no DOS:

Digite “cd..” sem aspas e pressione enter. (Para o caso de você estar em alguma pasta que não a raiz c: ou d: no DOS. Este comando “cd..” faz você retornar a opção anterior digitada).

Digitar na sua unidade “D:”

Digite “cd win98” sem aspas e pressione enter.

Digite “instalar” sem aspas e pressione enter.

5 - Instalação do Windows 98 – (direto do CD-ROM)

(supondo que você particionou sua H.D. em duas unidades, respectivamente unidade “C:” e a unidade “D:”) a unidade de CD-Rom, será a unidade “E:”).

Então no DOS você tem que digitar:

Digite “E:” sem aspas e pressione enter. (considerando “E:” como sendo sua unidade de CD-ROM).

Digite “cd win98” sem aspas e pressione enter. (vc entra na pasta do win98).

Digite “instalar” sem aspas e pressione enter. (vc instala o win98 na sua H.D.).

6 - Instalação do Windows XP (com o CD-Rom)

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(supondo que você particionou sua H.D. em duas unidades, respectivamente unidade “C:” e a unidade “D:”) a unidade de CD-Rom, será a unidade “E:”).

Insira o CD-Rom do Windows XP. (Seja ele com ou sem Service Pack 1)

Espere até aparecer uma tela onde estará escrito:

" Pressione qualquer tecla instalar ".

Como pedido pressione qualquer tecla para dar inicio a instalação. e vá seguindo a orientação das próximas telas que irão aparecer.

Se o seu computador for antigo e não tiver no Setup da BIOS a opção de boot pelo CD, siga os passos abaixo para fazer a instalação do Windows XP.

7 - Instalação do Windows XP (num computador que já tem o Windows 98 ou ME instalado) – DUAL BOOT

(supondo que você particionou sua H.D. em duas unidades, respectivamente unidade “C:” e a unidade “D:”) a unidade de CD-Rom, será a unidade “E:”).

Inicie o computador normalmente.

Insira o CD do Windows XP no drive de CD-ROM unidade “E:”.

Encontre no CD do Windows XP a pasta “/i386” e a copie para o “D:” (unidade de back up de dados).

Vá para D:\i386 e dê dois cliques no arquivo “winnt32.exe” para iniciar a instalação do Windows XP.

Escolha a opção “uma nova instalação” ou “corrigir a instalação”

DETALHE: ATENÇÂO!

“Corrigir a instalação” – para a instalação do XP já com o Windows 98 instalado ele pergunta se deve instalar o Windows XP na pasta já contida do Windows 98. se você optar por isso, no final da instalação terá somente o Windows XP instalado – (Escolha a mesma pasta onde está o Windows 98 ou ME para instalar o XP, caso queira ficar apenas com o Windows XP)

“Uma nova instalação” – escolha outra pasta de sua preferência na mesma partição ou em outra partição no HD para usar o Windows XP e o Windows 98 com a opção de dual boot. (se assim você preferir).

8 - Instalando o Windows XP (num computador sem Sistema Operacional – NOVA INSTALAÇÃO)

(supondo que você particionou sua H.D. em duas unidades, respectivamente unidade “C:” e a unidade “D:”) a unidade de CD-Rom, será a unidade “E:”).

Dê boot com o disquete de inicialização do Windows 98 ou ME.

Insira o CD do Windows 98 no drive de CD.

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Execute o arquivo “smartdrv.exe” que está na pasta Win98 do CD. (o arquivo smartdrv.exe é essencial para agilizar a instalação). Execute-o com o comando E:\smartdrv

Insira o CD do Windows XP no drive de CD.

Se você prefere uma instalação mais rápida faça isso descrito logo abaixo: (se não preferir vá logo para o item no final descrito da instalação).

Copie a pasta i386 do CD do Windows XP para sua partição de escolha. Eu como tenho duas utilizo a partição “D:” – copie a pasta com o comando:

Digite “md i386” sem aspas e pressione enter. (comando que criará uma pasta com o nome de winXP na sua H.D.)

Digite “cd i386” sem aspas e pressione enter. (Abre a pasta criada).

Digite “copy D:\i386” sem aspas e pressione enter (lembrando que a unidade que coloquei é a unidade “D:” que no caso uso para dados).

Ele irá carregar a pasta i386 para a pasta determinada.

Vá para o D:\i386 e digite winnt.exe para dar início à instalação do Windows XP.

Lembrando pastas ou documentos que costumam serem úteis após uma formatação e que costumamos salvar antes de formatar o Sistema Operacional Windows XP:

Como nome do usuário vou colocar username cada um tem seu próprio nome quando instala fiquem atento a isso !!

I – Pasta Favoritos:

C:\Documents and Settings\ username \Favoritos>>

II – Se você costuma salvar os documentos e as conversas que você realiza no seu MSN Messenger:

C:\Documents and Settings\ username \Meus documentos\Meus arquivos recebidos>>

III – Se você costuma usar o Word e tem seu dicionário constantemente alterado para você não perder suas alterações e correções: (dicionário do Office XP - local no Windows)

C:\Documents and Settings\ username \Dados de aplicativos\Microsoft\Prova>>

IV – Se você costuma usar o Word e tem seu dicionário constantemente alterado para você não perder suas alterações e correções: (dicionário do Office xp - local no Windows)

Quando feito à instalação do Windows XP como atualização: (vc instalando o Windows XP por cima do 98)]

C:\WINDOWS\Application Data\Microsoft\Prova>>

V – pasta dos arquivos temporários que são baixados quando estamos na net:

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C:\Documents and Settings\shadowfusion\Configurações locais\Temporary Internet Files\Content.IE5

Pasta dos arquivos temporários que são baixados quando estamos na net:

Quando feito a instalação do Windows XP como atualização: (vc instalando o Windows XP por cima do 98)

C:\Documents and Settings\shadowfusion\Configurações locais\Temporary Internet Files

VI – pasta do Outlook Express (os e-mails)

C:\Documents and Settings\shadowfusion\Configurações locais\Dados de aplicativos\Identities\{F457984-95B7-44CD-919D-6CCA0D7FB718}\Microsoft\Outlook Express

Nesta pasta onde temos muitos números acho que vai da instalação do Office de cada um.

Dicas

Dividam no mínimo em duas partições:

Partição "C:" rode o sistema operacional e instale os programas, utilitários, atualizações dos programas, hotfix’s do Windows, etc..)Partição "D:" façam de back up.. (cópia dos seus documentos, músicas, fotos, etc...)

Recomendo, que não deixem suas coisas na partição "c:" pois podem perdem por inúmeras razões...

Após isso tudo estar feito:

O particionamento, seu sistema operacional instalado e tudo mais que você quer que seja instalado junto com o sistema operacional...(programas, utilitários, atualizações dos programas, hotfix’s do Windows, etc..)isso terá levado um bom tempo garanto, instalar tudo direitinho.

Aí sim, você pode fazer uma imagem de tudo isso com o programa da Symantec – Norton Ghost (de preferência versão 2003 ou então uma versão mais recente do Software, que é de fácil manuseio. Mas as versões antigas também fazem o seu devido serviço.

Em questão de poucos minutos vc instá-la novamente uma imagem de tudo instalado, inclusive todas as atualizações do Windows Update da Microsoft já inclusas – isso tudo evita que fique baixando e perdendo mais de (1) uma hora para instalar tudo de novo após ter que formatar a H.D., principalmente se sua conexão é dial-up. Aí sim leva um bom tempo para baixar as atualizações do Windows.

E depois é só relaxar e qualquer problema é só instalar novamente esta imagem feita, sem muitas dores de cabeça.

Atenção eu não tive intenção com este texto de explicar tudo que deve ser feito. Por isso os interessados devem procurar orientação de técnicos ou dos participantes deste fórum, para saber exatamente como proceder.

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Procurem e utilizem a ferramenta de busca, do fórum do Baboo ela é muito útil..

Tópicos a serem procurados:

Disco de Boot, Cd de Boot, Particionamento, FDisk, Disk Wizard, Disk Manager (DM), Dos, Sistema Operacional Windows, Service Pack, Windows Update, Norton Ghost, Imagem de H.D.

MAIS ALGUMAS DICAS SOBRE PARTICIONAMENTO!

Particionar o HD não gera problema algum, não ocorre desgaste muito menos queda de desempenho,

O particionamento tem duas principais características:

Instalar mais de um sistema operacional e organizar melhor os dados.

Só vale a pena particionar em NTFS se você realmente precisa dos recursos do NTFS que são:

Permissões de acesso. Compressão e criptografia de arquivos e pastas...

Lembrando que o Windows 2000 e XP, são bootaveis, coloque o CD de um deles, se for instalar um deles óbvio, ele ira dar o boot, siga o procedimento de instalação e quando chegar para você selecionar a partição, o próprio CD lhe da a opção de formatar o HD, em NTFS, ou FAT32. Então fica a seu critério escolher entre NTFS e FAT32, e depois segui a instalação.

Por DOS, você não vai conseguir mesmo formatar em NTFS, apenas usando programas que rodam em DOS, exemplo o Partition Magic 8.

Métodos e programas mais usados e melhores para lidar com partição:

- Software Partition Magic 8.0 - www.powerquest.com

- Software Disk Manager (DM) de cada um dos fabricantes de H.D. (tipo Seagate, Samsung, maxtor,etc…)

- Fdisk do Windows – via Dos.

- Software Boot IT Next Generation. (funciona em qualquer sistema operacional e com qualquer tipo de partição – inclusive com o Windows 2003)

Recomendo deixar na unidade "C:" no máximo 10 GB (dependendo do tamanho de sua h.d.), acho ser suficiente para instalar seu sistema operacional e tudo mais que quiser.. (cada um decide o espaço que quer na sua H.D.).. e o resto para a unidade "D:"

Com relação a jogos eu prefiro deixar eles na Unidade D - unidade de back up, pois é um pouco cansativo ficar instalando todos os jogos que você possa vir a ter devido a erros do sistema. e com eles na unidade de back up, você apenas tem o trabalho de instalar sua imagem criada e pronto.

Use a unidade "D:" como armazenamento extra de suas informações utilizadas no seu computador. (Backup das informações que você possuiu, inclusive espaço para a imagem de sua unidade "C:" e, etc...).

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Uma coisa bem legal de se fazer também..:

- ao instalar tudo que se quer no gabinete deixar espaço em duas baias ou uma (isso vai de cada um) ()baias - são os espaços onde ficam geralmente o leitor de cd-rom e o gravador ou dvd)..para instalar a h.d. pois fica muito mais fácil manusear com a h.d. com a gaveta removível. Sem precisar ficar abrindo e fechando o gabinete toda hora...!!

- facilita muito ficar mudando jumpers, colocando outras h.d. para testes.. etc..!!

Instalando GNU/linux

Tradicionalmente, os CDS de instalação contêm pacotes individuais de instalação dos programas junto com um programa de instalação. Durante a instalação, você pode escolher quais pacotes quer instalar e o instalador se encarrega de "montar" o sistema, instalando individualmente os pacotes marcados.

Esta abordagem permite um controle maior sobre o que será instalado, mas possui também algumas desvantagens:

-Torna a instalação mais complexa e confunde os usuários iniciantes (e muitas vezes também os avançados), já que pouca gente conhece a função de cada pacote e não sabe bem quais instalarem. Nem sempre as descrições dos pacotes dão uma visão clara sobre sua função e importância. Para amenizar isso, os instaladores adotam um "meio termo", onde você inicialmente escolhe entre algumas categorias, como "Ferramentas de escritório", "Programação", "Servidores", etc., e acessa a tela de seleção manual de pacotes apenas se quiser personalizar a instalação.

-Aumenta muito o trabalho dos desenvolvedores, que precisam se preocupar em checar as dependências de cada pacote, etc. para manter a instalação consistente, independentemente do que o usuário escolher.

-Neste caso o sistema pode ser apenas instalado, não roda direto do CD.

Nos live-CDs temos um sistema "base", já configurado que roda diretamente do CD. O instalador limita-se a copiar este sistema para o HD e fazer as alterações necessárias para que ele se adapte ao novo ambiente.

A instalação no HD mantém as configurações feitas durante o boot. Por isso, primeiro teste o sistema rodando a partir do CD e certifique-se que o vídeo está corretamente configurado, as placas de som e rede estão funcionando, etc. antes de iniciar a instalação.

KURUMIN

Um dos principais atrativos do Kurumin e outros live-CDs é o fato do sistema rodar diretamente a partir do CD-ROM, sem necessidade de alterar o que está instalado do HD e detectar o hardware da máquina no boot, dando-lhe um desktop funcional em poucos minutos.

Mas, ao contrário do que pode parecer à primeira vista, detectar todo o hardware de uma máquina atual e configurar o sistema para trabalhar sobre ele sem ficar perguntando, não é uma tarefa nada fácil.

Algumas placas-mãe mal projetadas podem travar durante o processo de detecção do ACPI, SCSI ou RAID, pode ser que a placa de vídeo não tenha um driver específico, ou que use

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um código de identificação diferente do padrão, pode ser que o mouse tenha scroll ou outro recurso especial que não seja possível detectar automaticamente e assim por diante. Além disso, o sistema simplesmente não tem como adivinhar que resolução de tela e taxa de atualização que você prefere usar, pode no máximo tentar "adivinhar" baseado nas características do monitor.

Logo no início do boot você verá uma tela gráfica que apresenta algumas opções de boot. Estas opções permitem alterar o comportamento padrão do sistema, fazendo com que ele dê boot em placas problemáticas ou que utilize a resolução de vídeo de sua preferência, entre outras configurações, que podem ser usadas em casas onde o sistema de detecção não dê conta do recado.

O Kurumin é capaz de dar boot diretamente em uns 90% dos micros, enquanto as opções permitem que ele funcione na maior parte dos 10% restantes. É raro um PC em que realmente não exista como fazer o Kurumin funcionar. Muitas destas opções são válidas também no Knoppix e nos outros live-CDs derivados dele, como o Kanotix e Mephis e também nos live-CDs derivados do Kurumin, como o Kalango e o Kurumin Games. A única mudança é que neles ao invés das opções começarem com "kurumin", começa com "knoppix", "kalango", ou o nome da distro.

Existem opções de boot para especificar a configuração do vídeo, para desabilitar a detecção de determinados componentes, opções para copiar a imagem do Kurumin para o HD e dar boot com o drive de CD livre, dar boot a partir de um arquivo .ISO salvo no HD e até algumas opções específicas, que variam de uma distribuição para outra.

No canto inferior da tela aparece um prompt (boot:) para digitar as opções. Se você apenas pressionar Enter, ou esperar 30 segundos, o sistema inicializa no modo default, tentando detectar tudo sozinho. As opções de boot permitem modificar o comportamento padrão do sistema, desabilitando algum recurso que está fazendo o micro travar no boot, alterar a resolução do vídeo e assim por diante.

Instalação

A opção de instalar o Kurumin está bem visível dentro da tela inicial do Painel de Controle, você pode também chamar o instalador usando o comando "sudo kurumin-install" num terminal. No Painel estão organizadas também outras funções que usamos para configurar o sistema.

O instalador é na verdade um script, localizado dentro da pasta "/usr/local/bin/". Você pode estudá-lo e até alterá-lo caso necessário, usando um editor de textos qualquer. Assim como o instalador, muitas ferramentas aparentemente complexas são na verdade scripts relativamente simples, que trabalham executando em ordem os comandos de texto necessários para realizar cada tarefa. Uma característica importante no Linux é que apesar de todas as ferramentas gráficas, toda configuração do sistema pode ser feita através do terminal, desde que você saiba os passos necessários.

As partições no Linux

Temos duas interfaces IDE na placa-mãe, onde cada uma permite a conexão de dois HDs, configurados como master ou slave. O primeiro HD, conectado à interface IDE primária e configurado como master, é reconhecido pelo Linux como hda, o segundo HD, slave da IDE primária é reconhecido como hdb, enquanto os dois HDs conectados à IDE secundária são reconhecidos como hdc e hdd.

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Caso você esteja usando um HD Serial ATA, então ele será visto como sda. Caso sejam dois, um será o sda e o outro sdb. O mesmo acontece ao usar HDs SCSI.Ao mesmo tempo, cada HD pode ser dividido em várias partições. Podemos ter um total de 4 partições primárias ou três partições primárias e mais uma partição extendida, que pode englobar até 255 partições lógicas. É justamente a partição lógica que permite a nós dividir o HD em mais de 4 partições.

Esta limitação das 4 partições primárias, é uma limitação que existe desde o primeiro PC, lançado em 1981. Os projetistas que escreveram o BIOS para ele, precisavam economizar memória e chegaram à conclusão que 2 bits (4 combinações) para o endereço das partições seriam suficientes, pois na época os HDs mais vendidos tinham apenas 5 MB e só existia um sistema operacional para PCs, o PC-DOS, de forma que era raro alguém precisar criar mais de uma partição. As coisas mudaram um pouco de lá pra cá, mas infelizmente esta limitação continua até os dias de hoje.

Para amenizar o problema, foi criado o recurso da partição estendida e das partições

lógicas. A partição estendida contém uma área extra de endereçamento, que permite endereçar as 255 partições lógicas. É possível criar até 4 partições extendidas, de forma que (em teoria) é possível dividir o HD em até 1020 partições.

A primeira partição primária, do primeiro HD (hda) é chamada de hda1. Caso o HD seja dividido em várias partições, as demais partições primárias são chamadas de hda2, hda3 e hda4. Porém, o mais comum ao dividir o HD em várias partições é criar apenas uma partição primária e criar as demais partições dentro de uma partição extendida. É isso que o particionador faz por default.

As partições extendidas recebem números de 5 em diante (hda5, hda6, hda7, etc.)

mesmo que as partições hda2 e hda3 não existam:

Neste mapa temos a partição primária, montada no diretório raiz (/) e uma partição extendida, que engloba tanto a partição swap quanto a partição montada em /home.

Este é o esquema de particionamento mais usado no Linux: três partições, sendo uma a partição raiz, onde o sistema fica instalado, a partição swap e uma terceira partição (opcional), montada no diretório /home.

A idéia é a mesma de dividir o HD em C:\ e D:\ no Windows: simplesmente manter seus arquivos pessoais numa partição diferente da dos arquivos do sistema, para melhorar a segurança e permitir que você possa tranqüilamente reformatar a partição do sistema quando precisar reinstalá-lo, sem correr o risco de perder junto seus arquivos pessoais.

Se estiver com dúvidas sobre como o HD está particionado, abra o gparted, que você encontra no Iniciar > Sistema. Ele mostra um mapa do HD.

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Instalando

Ao começar a instalação propriamente dita, o primeiro passo é escolher em qual HD o sistema será instalado, caso você tenha mais de um:

O particionamento do HD pode ser feito através do cfdisk, um particionador de modo texto que lembra um pouco o fdisk do Windows 98, ou usando o gparted, um particionador gráfico com uma interface parecida com o Partition Magic.

O cfdisk é mais prático quando você simplesmente quer formatar o HD todo e criar novas partições, enquanto o gparted permite que você redimensione partições do Windows e outras distribuições Linux para liberar espaço para instalar o Kurumin.

Particionando com o gparted

O gparted é um particionador gráfico, bem mais amigável. Ao usá-lo, é importante observar que todas as partições do HD devem estar desmontadas , ou seja, elas não devem estar em uso. Ao dar boot com o CD do Kurumin, todas as partições ficam por padrão desativadas. Elas são montadas quando você clica sobre os ícones das partições dentro do "Meu Computador" para ver os arquivos. Para desmontá-las, clique com o botão direito sobre o ícone e acione a opção "Desmontar".Na tela principal, você verá um "mapa" do HD, com todas as partições disponíveis e pode criar, deletar e redimensionar partições a partir dele. Neste exemplo, tenho uma partição Windows de 6 GB, formatada em NTFS, onde apenas 1.4 GB estão usados (a parte que aparece em amarelo no "mapa"). É possível redimensionar a partição reduzindo seu tamanho para algo próximo do espaço ocupado, 2 ou 3 GB por exemplo.

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Você pode usar o gparted para redimensionar a partição do Windows e liberar espaço para o Kurumin. Ele é capaz de redimensionar tanto partições FAT32 quanto partições em NTFS. A única exigência é que antes de redimensionar você deve primeiro desfragmentar a partição alvo (reinicie e use o defrag do próprio Windows). Caso a partição não esteja desfragmentada ele aborta a operação para evitar qualquer possibilidade de perda de dados.

Para redimensionar, clique na partição e em seguida sobre a opção "Redimensionar/Mover", onde você pode ajustar o novo tamanho da partição.

As alterações não são feitas automaticamente. Depois de revisar tudo clique no "Aplicar" para que as modificações sejam aplicadas. O gparted utiliza vários outros programas para checar as partições e fazer o trabalho pesado. Clique no botão "Details" para ver os passos que estão sendo executados.

O gparted tem como principal objetivo evitar perda de dados, de forma que sempre que ele encontra algum problema na partição, a operação é abortada. O problema mais comum ao redimensionar partições Windows é o fato da partição estar fragmentada. O gparted não tenta mover arquivos dentro da partição, ele apenas altera seu tamanho. Se houver arquivos gravados

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no final da partição, ele se recusará a tentar redimensioná-la, para evitar que estes arquivos sejam perdidos. Para corrigir o problema, volte ao Windows e desfragmente a partição.

Depois de concluído, você ficará com um bloco cinza, que representa espaço livre, não particionado. Para criar uma nova partição, clique com o botão direito sobre ele e em seguida sobre o botão "Novo". Na tela seguinte você pode escolher o sistema de arquivos em que a partição será formatada, seu tamanho e também se ela deve ser criada como uma partição primária, ou uma partição lógica. Lembre-se de que você só pode criar quatro partições primárias, ou até três primárias e uma extendida, com várias partições lógicas dentro dela. Ao terminar, clique no "Adicionar" para concluir a alteração.

Note que as alterações são realmente aplicadas apenas ao clicar sobre o "Aplicar". Se mudar de idéia, basta usar o botão "Desfazer".

Para instalar, você precisa de uma partição Linux, formatada em ReiserFS, EXT2 ou EXT3, e uma partição swap. A partição swap não é realmente obrigatória, você até pode passar sem ela se tiver 512 MB de RAM ou mais. Porém, mesmo com bastante memória RAM, é recomendável usar uma partição swap, pois ela permite que o sistema remova bibliotecas e arquivos que não estão sendo usados da memória, em caso de necessidade, deixando mais memória livre para rodar os aplicativos nos momentos em que você estiver rodando muita coisa ao mesmo tempo e o PC estiver sofrendo para acompanhá-lo.

Muita gente tem uma imagem errada do uso da memória swap por causa da forma burra como ela é gerenciada no Windows 98. Nele, mesmo com muita memória disponível, o sistema insiste em fazer swap, prejudicando o desempenho e tornando o sistema menos responsivo.

No caso do Linux, principalmente ao usar uma distribuição recente, com o Kernel 2.6, o gerenciamento é feito de forma muito mais inteligente. O sistema leva vários fatores em conta na hora de decidir se usa swap ou não, usando-a apenas em casos de real necessidade, ou quando seu uso vai melhorar o desempenho do sistema.

Usar swap para melhorar o desempenho parece paradoxal. Afinal, a swap é centenas de vezes mais lenta que a memória RAM e tudo que é colocado nela demora muito tempo para ser reavido. Porém, quando você abre muitos aplicativos e a memória RAM começa a acabar, mover para a swap arquivos e bibliotecas que possuem pouca chance de serem usados novamente faz sentido, pois libera memória para uso dos aplicativos que você realmente está usando.

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Outra coisa a levar em consideração é o cache de disco, espaços de memória que são usados para copiar informações que são freqüentemente lidas no HD, de forma a agilizar o acesso a elas. Você pode ver isso funcionando na prática: abra uma janela do OpenOffice ou o Firefox. Da primeira vez demora um pouco para carregar. Feche a janela e abra novamente. Da segunda vez já demorou bem menos, não é? Isto acontece justamente porque na segunda abertura o sistema acessou boa parte das informações a partir do cache, ao invés de ter de ler tudo novamente a partir do HD ou CD. O cache de disco é um recurso que acelera absurdamente o tempo de carregamento dos programas e arquivos. Com mais memória disponível, o sistema pode fazer mais cache, melhorando perceptivelmente o desempenho.

A terceira questão é que sem swap o sistema não tem para onde correr em situações onde você precisa abrir muitos programas ou executar alguma tarefa que realmente use toda a memória disponível. Sem memória, o sistema vai começar a ficar lento e, em situações mais extremas, os aplicativos começarão a fechar por falta de memória.

Se você tiver bastante espaço disponível no HD, crie uma partição swap de 1 GB ou 2 GB. Se o espaço estiver racionado, crie uma partição menor, de 300 ou 500 MB. O ideal é que a partição swap seja maior em micros com pouca RAM e menor em micros com mais memória. Para criar a partição swap no gparted, escolha "linux-swap" no campo "Sistema de Arquivos".

Uma dica é que o gparted também pode ser usado para criar partições FAT32 e NTFS do Windows. Ou seja, você pode usá-lo também para particionar um HD para a instalação do Windows ao invés daqueles ultrapassados disquetes de boot do Windows 98. Basta dar um boot com o Kurumin :).Lembre-se de que o Kurumin ocupa cerca de 1.2 GB ao ser instado, mas você precisará de espaço para guardar seus arquivos e instalar outros programas. O ideal é reservar pelo menos 2 GB para o sistema e mais uns 500 MB (ou mais) de espaço para a partição swap.

Se você tiver mais espaço disponível, aproveite para criar também uma partição extra para armazenar o diretório /home, que veremos como configurar a seguir. Esta partição separada permitirá reinstalar o sistema posteriormente sem perder seus arquivos, que ficarão protegidos numa partição separada.

Em muitos micros é preciso reiniciar depois de modificar o particionamento do HD para que o sistema seja capaz de perceber as alterações. A limitação neste caso é o BIOS da placa-mãe, que em muitos casos só é capaz de ler a tabela de partições do HD durante o boot. Se o instalador reclamar que não existem partições Linux disponíveis, mesmo que você tenha feito tudo corretamente, é provável que seja este seu caso. Reinicie e comece novamente a instalação, dessa vez passando batido pela parte de particionamento.

Copiando os arquivos

Depois de particionar o HD, chegamos à parte mais crucial da instalação, que é a cópia dos arquivos propriamente dita. O instalador pergunta se você deseja usar uma partição swap e em qual partição o sistema deve ser instalado. Note que a lista inclui apenas partições formatadas em sistemas de arquivos do Linux, para evitar o clássico acidente de formatar por engano a partição do Windows. Lembre-se de que a sua partição C:\ do Windows é a "/dev/hda1" no Linux.

O Linux suporta vários sistemas de arquivos diferentes. A função do sistema de arquivos é organizar o espaço disponível no HD, criar estruturas que permitem gravar e ler

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arquivos de forma organizada. Os primeiros sistemas de arquivos suportados pelo Linux, bem no começo do desenvolvimento, eram o Minix e o EXT. Ambos possuíam limitações graves com relação ao desempenho e o tamanho máximo das partições, de forma que ambos foram substituídos pelo EXT2, que continua em uso até hoje.

O EXT2 é um sistema similar à FAT32 do Windows. Os arquivos são organizados de uma forma simples, com o HD dividido em vários clusters (que no EXT2 chamamos de blocos), onde cada cluster armazena um arquivo ou um fragmento de arquivo. Um índice no início do HD guarda uma tabela com os endereços de cada arquivo no HD.

Muita gente gosta desta simplicidade e por isso continua usando o EXT2 até hoje. O problema é que, assim como o FAT32, o EXT2 tem uma grande tendência a perderem dados quando o micro é desligado incorretamente (o que num desktop é muito comum). Nestes casos entra em ação o fsck, que vasculha todos os arquivos da partição, de forma a detectar e corrigir erros, da mesma forma que o scandisk do Windows. Os dois problemas fundamentais com o fsck são que:

1- O teste demora muito. 2- Ele só corrige erros simples.

Sempre que um problema mais grave é detectado, o carregamento do sistema é abortado e você cai num prompt de recuperação (herança da época em que o Linux era feio, estranho e complicado), onde você precisa conhecer e saber usar os comandos necessários para reparar os erros manualmente.

Ou seja, a menos que você tenha um nobreak e seu micro nunca seja desligado no botão, não use o EXT2. Ele é um sistema obsoleto, assim com o FAT32 no Windows.

Temos em seguida o EXT3, uma evolução do EXT2, que inclui um sistema de journaling. O journal (diário) consiste numa espécie de log, que armazena todas as alterações que são feitas nos arquivos e quando elas foram concluídas.

Quando o micro é desligado incorretamente, o fsck consulta este jornal para corrigir os erros, sem precisar executar o teste completo. Isso diminui bastante o problema, mas não o corrige completamente, pois o journal é na verdade um arquivo, que assim como os outros pode ser perdido. Quando isso acontece, o fsck precisa realizar o teste completo e, caso encontre algum problema, te joga novamente no estúpido prompt de recuperação. Um terceiro problema é que o journal precisa ser atualizado conforme as alterações são feitas, um trabalho extra que reduz o desempenho de leitura e gravação de dados em até 30% em relação ao EXT2.

Finalmente, temos o ReiserFS, que está para o EXT2 e o EXT3 da mesma forma que o NTFS está para o FAT32 no Windows. Ele é um sistema mais moderno, que inclui muitos recursos para a proteção dos dados e do próprio sistema de arquivos no caso de problemas diversos e desligamentos incorretos. O ReiserFS também aproveita melhor o espaço, agrupando arquivos pequenos, de forma que eles sejam gravados de forma contínua. Isso acaba fazendo uma grande diferença, pois no Linux temos uma quantidade muito grande de pequenos executáveis, bibliotecas e arquivos de configuração.

O ReiserFS é um sistema bastante robusto, bem melhor adaptado para suportar os maus-tratos típicos de um desktop, por isso é o sistema recomendado.

Você pode ver uma descrição técnica dos recursos do sistema e alguns benchmarks no: http://namesys.com/.

Concluindo a instalação

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Depois de copiar o sistema, o instalador faz algumas perguntas, usadas para concluir a configuração. A primeira é sobre a configuração da rede, onde você pode definir um nome para a máquina e depois a opção de configurar a rede automaticamente via DHCP ou especificar manualmente o endereço IP, gateway e servidor DNS.

Uma observação importante é que o nome da máquina não pode conter espaços nem caracteres especiais. Usar um nome como "Dandão #$@" vai causar sérios problemas, pois o sistema não conseguirá atualizar o nome da máquina durante o boot e vários programas deixarão de funcionar corretamente. Use um nome simples, contendo apenas letras e números, ou mantenha o padrão.

Até o Kurumin 5.0, era perguntado se você queria configurar a rede durante a instalação. Se você conecta via ADSL com autenticação (Speedy, Velox, etc.) usando o pppoeconf, você deveria responder "Não" e deixar para configurar depois de concluída a instalação.

Para simplificar as coisas, a partir do 5.1, a configuração da rede passou a ser feita no primeiro boot depois da instalação, como parte do assistente de boas-vindas.

Claro, não poderíamos nos esquecer de escolher uma senha para o root e também para o usuário kurumin, que será usado depois de concluída a instalação. O instalador não aceita senhas em branco. É importante usar boas senhas ao acessar a internet, pois a senha é a última linha de proteção caso você mantenha o SSH ou outros servidores ativos. Senhas fáceis é a principal causa de invasões em sistemas Linux.

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O usuário kurumin (ou knoppix nas versões antigas) é uma espécie de power-user, criado com o objetivo de facilitar o uso do sistema para novos usuários. Ele tem acesso aos utilitários de configuração, permissão para instalar novos programas e configurar programas como o K3B, de modo que você não precise ficar toda hora fornecendo a senha de root.

O usuário kurumin possui privilégios suficientes para usar o sistema sem sobressaltos, mas sem abrir as várias brechas de segurança de usar o usuário root diretamente. É um meio termo entre segurança e praticidade. O Ubuntu adota um sistema similar, onde a conta de root é desativada e você usa o comando "sudo" (como no Kurumin) quando precisa executar comandos como root. A principal diferença é que o Ubuntu confirma a senha (da conta de usuário, não do root) periodicamente.

Se você é um usuário com mais experiência, pode preferir criar um novo usuário, este sim um usuário "comum", sem privilégios especiais. Para criar mais usuários depois da instalação, use o comando "adduser" (como root) como em "adduser joao". Os novos usuários aparecem automaticamente na tela de login.

Se preferir um utilitário gráfico, você pode usar o "users-admin", que pode ser executado pelo terminal, ou pelo ícone no "Iniciar > Sistema > Gnome System Tools". Ele pode ser encontrado também no Fedora (onde se chama "system-config-users") e no Mandriva (onde se chama "userdrake").

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Você pode ativar ou desativar o uso do sudo, que é o responsável pelos privilégios administrativos a qualquer momento, usando as opções dentro do painel dos ícones mágicos. Estas opções fazem as alterações necessárias no arquivo "/etc/sudoers" e a alteração passa a valer imediatamente. Não é preciso reiniciar o KDE.

Naturalmente, para ativar o sudo para um novo usuário, é preciso fornecer a senha de root.

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Configurando o Lilo

A última etapa da instalação é a configuração do Lilo, o gerenciador de boot usado para inicializar o sistema, e pode ser configurado para inicializar também o Windows e outras distribuições Linux instaladas no HD.

Você tem a opção de instalar o Lilo na trilha MBR do HD, fazendo com que o Kurumin passe a ser o sistema default (respondendo "Sim" à pergunta), ou instalar o Lilo na partição (respondendo "Não").

Quando você liga o micro, o BIOS da placa-mãe detecta o HD, CD-ROM, disquete e outros periféricos instalados. Depois de terminar seu trabalho, o BIOS procura por algum sistema operacional para carregar, seja no HD, CD-ROM, disquete ou mesmo via rede, de acordo com o configurado no setup.

No caso do HD, o BIOS lê apenas os primeiros 512 bytes, que são justamente a trilha 0, ou trilha MBR do HD. Neste pequeno espaço vai à tabela de partição e o gerenciador de boot.

Cada sistema operacional utiliza um gerenciador de boot próprio. Como o espaço no MBR é muito reduzido, apenas um pode ser instalado no MBR de cada vez. Quando um sistema grava seu gerenciador no MBR, automaticamente apaga o do anterior.

Ao ter mais de um sistema instalado, a solução é gravar apenas um deles no MBR e gravar dos demais no primeiro setor da partição onde cada sistema está instalado. Com isso, o gravado na MBR pode ser configurado para carregar os demais.

Se o Kurumin for o único sistema instalado, basta responder Sim e seus problemas acabaram. Se por outro lado você está instalando o Kurumin em dual-boot com o Windows ou outra distribuição do Linux, siga os seguintes passos para configurar os dois sistemas em dual-boot:

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1) Windows + Kurumin: Se o Windows já está instalado, responda "Sim" para que o lilo seja gravado na MBR. O Windows grava seu gerenciador de boot tanto na MBR quanto no primeiro setor da partição, por isso é o mais fácil de configurar. Por ser gravado na MBR, o lilo será carregado primeiro e oferecerá a opção de escolher entre carregar o Kurumin ou o Windows a cada boot.

Isso é feito adicionando duas linhas no arquivo de configuração do lilo, que explicam para ele que existe outro sistema instalado. A partir do Kurumin 5.0 esta configuração é feita automaticamente, nas versões antigas é necessário adicionar as linhas manualmente:

other = /dev/hda1label = Windows

2) Kurumin + Outra distribuição Linux: Ao instalar o Kurumin em dual boot com outra distribuição, é necessário que você configure um para gravar na MBR e o outro para gravar na partição. Instale a outra distribuição primeiro, responda que não quer gravar o gerenciador de boot na MBR durante a instalação e, ao instalar o Kurumin, adicione as mesmas duas linhas na configuração do lilo, dizendo a partição onde a outra distribuição está instalada e dando um nome para ela, como em:

other = /dev/hda2label = Mandriva

Uma observação importante: Os nomes não podem ter mais de 14 caracteres e não podem conter espaços ou caracteres especiais.

O arquivo de configuração do lilo é o "/etc/lilo.conf". O instalador lhe dá a chance de revisar a configuração do arquivo, onde você pode incluir as linhas caso necessário:

Os comentários no arquivo são auto-explicativos. Tudo o que você precisa fazer é retirar os comentários (#) das linhas referentes à partição onde está instalado o outro sistema

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operacional (caso ele não tenha sido detectado automaticamente pelo instalador) e salvar o arquivo.

No screenshot abaixo, por exemplo, o Kurumin está sendo instalado em dual-boot com o Windows XP. O instalador detectou o dual-boot e colocou as linhas referentes ao Windows automaticamente. O único erro é que o label ficou "WinNT(hda1)", mas, fora a questão estética isso não faz diferença. Você pode mudar o label para "WinXP" ou qualquer coisa do gênero se quiser:

Depois de salvar o arquivo, basta fechar a janela para continuar a instalação.

A partir daí você tem a opção de escolher qual sistema operacional será carregado durante o boot. Você pode configurar o lilo do Kurumin para inicializar vários sistemas diferentes se for o caso, basta ir “descomentando” (tirando o caracter que torna a linha um comentario) os pares de linhas correspondentes. Para modificar a configuração do lilo depois de concluída a instalação, abra o arquivo "/etc/lilo.conf" (como root) e, depois de salvar as alterações, execute o comando "lilo" (novamente como root) para que elas sejam gravadas no HD.

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Depois de instalado no HD, o desempenho do Kurumin fica melhor, pois o processador não precisa mais ficar descompactando os dados do CD, além de que um HD sempre oferece um tempo de busca bem menor.

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Configurando os Periféricos Internos

Durante a instalação do SO, seja ele qual for, terá inicio a esta etapa, a correta instalação dos drivers de cada dispositivo interno. Muitas vazes alguns drivers não são corretamente instalados automaticamente ou não são encontrados pelo instalador.

Neste caso você terá que posterior à conclusão da instalação do SO fazer o acerto destes drivers.

A maneira mais fácil de concluir esta etapa, evidentemente é usando o driver diretamente da mídia fornecida junto com o equipamento (na aquisição), porém nem sempre isto é uma verdade absoluta, ou estamos de posse dele. Pois em nosso País é muito comum na maioria das comercializações o driver simplesmente não ser entregue com o equipamento ou virem já instalados, e neste caso, na primeira pane que for necessária uma nova instalação de SO, estaremos com problemas. Nenhum usuário tem habito de fazer backup dos dados. “Só Jesus salva! Os homens fazem backup.”

Esse artigo mostra como saber, de maneira precisa e confiável, qual o driver correto para um dispositivo PCI usando o mínimo de ferramentas. Não importa qual Sistema Operacional você esteja usando.

Esse artigo se propõe a falar somente sobre a tarefa de "saber" qual o driver correto para um dispositivo. Instalar um driver qualquer é algo que está além do escopo desse artigo. Essa técnica dispensa o trabalho de ter que abrir o gabinete para ver o que está escrito na placa, até porque, em minha opinião, esse é um procedimento falho, já que o nome real de um dispositivo nem sempre está decalcado no chip.

A instalação de driver é uma "ciência inexata" e seu processo é irregular (pelo menos de

início).

Portanto, não existe um script ou programa que possa fazê-lo do começo ao fim sem intervenção humana.

Primeiramente, o que é um driver?

Driver é uma camada de abstração entre o hardware e o Sistema Operacional. O hardware não é manipulado diretamente pelo software. Cada dispositivo possui funções específicas e diferente funcionamento. Cada um precisa se comunicar com o sistema de maneira diferente.

Quando um Sistema precisa se comunicar com um dispositivo, ele consulta o driver, o qual manda a mensagem para o hardware de maneira que ele entenda, esse então obtém a resposta e manda de volta para o sistema.Driver também é um software, mas um software especial. Ele é um pedaço de código que contém instruções de baixo nível (funções muito próximas do hardware, intimamente vinculadas com o dispositivo em questão, rotinas que seriam pouco inteligíveis para seres humanos).

Por ser um software, é escrito por pessoas, então é muito comum que contenha bugs.

Como o Sistema Operacional sabe qual o driver correto para determinado dispositivoEssa é a questão chave desse artigo. Logicamente ele não adivinha, ele apenas usa informações que estão gravadas no chip do próprio dispositivo: VENDOR ID, DEVICE ID e CLASS ID - vou explicar cada uma delas:

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VENDOR ID:

VENDOR = "fornecedor", ID = abreviação de "identity", então, em português seria "Identificação do Fornecedor";

DEVICE ID:

DEVICE = "dispositivo", então: "Identificação do Dispositivo".

CLASS ID:

CLASS = "classe", então: "Classe do Dispositivo";

Na verdade, existem mais informações disponíveis no chip de um dispositivo, porém as que citei acima são as principais.

Para esse IDs, são reservados dois bytes de informação, então, numa placa de rede Realtek por exemplo, temos:

VENDOR ID 10ECDEVICE ID 8139CLASS ID 0200

Trata-se do popular modelo RTL8139.

Baseado nisso, é que o Sistema Operacional tem como localizar o driver correto para cada dispositivo.

Todo Sistema Operacional, procura por novos dispositivos a cada boot, o que é feito em segundo plano. O sistema mantém armazenado, em algum lugar, uma tabela geral dos dispositivos presentes no computador.

Durante todo boot, o sistema consulta a BIOS e varre todos os barramentos da placa e então é feita uma lista do que foi encontrado. Tal lista é comparada com a tabela já existente na intenção de saber se algum dispositivo foi desconectado ou se um novo foi adicionado. Caso algo tenha sido removido, o sistema ignora a carga do driver para o dispositivo em questão, caso algo tenha sido adicionado, são consultadas as informações contidas no próprio dispositivo e efetua-se uma busca no banco de dados de drivers existente no próprio sistema. Se ele encontrar algo que combine, o driver é instalado (geralmente) em segundo plano, caso contrário, o driver deverá ser instalado manualmente pelo próprio usuário.

Todo esse processo é baseado no PCI ID (VENDOR, DEVICE e CLASS ID). O nome que vemos quando o dispositivo já está instalado é algo secundário, usado apenas para ser mais amigável. Tal nome pode ser útil, mas não deve ser tratado com muita importância quando se usa para localizar um driver qualquer, isso pode gerar confusão, pois o nome às vezes varia em circunstâncias diferentes, por exemplo, a mesma placa pode ter um nome no Linux e outro ligeiramente diferente num sistema Windows.

Consulte um arquivo chamado "pci.ids", o qual pode ser encontrado em "The Linux PCI ID Repository" - http://pciids.sourceforge.net.

É um projeto comunitário que visa listar todos os dispositivos conhecidos num arquivo de texto, relacionando VENDOR e DEVICE ID com seus respectivos nomes "amigáveis". Ele não é completo, porém está sendo atualizado constantemente (já ocorreu comigo de baixar o

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arquivo e ver que o último release era de algumas horas atrás). Isso não é um programa, como podem ver apenas um arquivo de texto puro o qual pode ser usado por outros utilitários (como o lspci, por exemplo).

Tendo esse arquivo sempre por perto, basta pegar os PCI IDs do dispositivo e pesquisá-los no arquivo, usando um editor de texto qualquer (como o VIM ou o Notepad2).

Após obter o nome "amigável" do dispositivo, fica mais fácil pesquisar no Google ou então em http://www.driverguide.com (um cadastro gratuito é requerido).

Dica para WinUsers: Arquivos de driver para sistemas Windows são acompanhados de um arquivo com extensão INF. Isso é uma espécie de script o qual é processado pelo sistema durante a instalação do driver. Por ser um arquivo de texto puro, você pode abri-lo em qualquer editor de texto. Então você checa para ver se o PCI ID do dispositivo em questão consta dentro desse arquivo. Por exemplo, num driver para um modelo de modem Lucent qualquer, teremos a seguinte informação em algum lugar no arquivo INF:

VEN_11C1&DEV_0452&SUBSYS_1513144F&REV_00

Onde:

"VEN_11C1" indica o VENDOR ID"DEV_0452" indica o DEVICE ID

Algumas vezes, o driver vem acompanhado com um instalador (setup.exe, por exemplo). Quase sempre você pode ignorá-lo e instalar manualmente sem que ocorra nenhum problema. É muito útil fazer isso quando você quer que seja instalado somente o driver para o dispositivo, e nada softwares adicionais que muitas vezes nem usamos. Resumindo, uma instalação manual, apontando o local exato onde consta o arquivo INF e deixar que o Windows instale sozinho, é uma instalação mais "limpa" e leve, já que somente os arquivos essenciais serão instalados.

Como obter o PCI ID

Usando o POST:

Existem várias maneiras de você conseguir tais informações, sendo que o POST é a mais simples e eficiente em minha opinião. POST é uma abreviação de "Power On Self Test" (traduzindo, "Auto-Teste ao Ligar").

Existe uma outra descrição menos técnica para isso que todos conhecem (até mesmo minha vó): "Letrinhas Brancas que aparecem numa tela preta quando liga o PC".

Na maioria das vezes, o POST é dividido em duas partes. Na primeira, assim que ligamos o PC, ele exibe informações como nome e data da BIOS, modelo da placa-mãe, etc, faz um teste básico na memória RAM, detecta os dispositivos IDEs (HDs, DVD/CDs), daí então pula para a segunda parte, onde limpa a tela anterior e imprime informações gerais de todo o hardware numa tabela que ocupa geralmente a tela inteira. Aquilo que queremos está no final dela: "PCI Device listing".

Para pausar a execução do POST nessa tela, você pressiona "PAUSE-BREAK". Agora é possível ler, em varias linhas, o PCI ID de cada dispositivo conectado no barramento PCI.

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Porém existem algumas BIOS que exibem informações resumidas, ocultando o PCI ID e mostrando somente a descrição da classe dos dispositivos. Nesse caso, será necessário usar outra técnica.

Usando o Sistema Operacional:

Windows: você pode obter informações dos PCI IDs consultando o Registro, em máquina Win9x, use a chave:

HKEY_LOCAL_MACHINE\Enum\PCI... e, em máquinas NT/2000/XP, vá em: HKEY_LOCAL_MACHINE\System\CurrentControlSet\Enum\PCI

Linux: no shell, use o comando lspci. Mesmo não tendo esse sistema instalado na sua máquina, você pode usar uma distribuição que roda do CD, como Kurumin, por exemplo.

Obs.: tanto em Linux quanto Windows, não é preciso ter o driver instalado para obter tais informações (claro, senão de que valeria essa técnica), porém no caso de Sistemas Windows, é necessário que você conclua aquele assistente de instalação de driver mesmo que não tenha o driver para que ele grave as informações no registro. Outro detalhe, mesmo que você remova uma placa qualquer, o Windows ainda mantém as informações de tal dispositivo armazenadas no registro para o caso de você recolocá-lo novamente, isso também acontece quando você desabilita dispositivos on-board. Então o técnico desavisado pode se confundir, já que após muitas modificações de hardware, alguns ítens que você vê no registro simplesmente não existem mais.

Existem outras ferramentas que podem lhe ajudar:

* PCI Sleep - simples utilitário free open source que roda em FreeDOS ou MS-DOS* Procure no Google por "PCI Sniffer"* Procure também pelo utilitário Windows "Unknown Devices"

Técnicas que eu aconselho não usar:

* Abrir a CPU para ver o que está impresso na placa

Essa é a primeira técnica usada pelo técnico mais iniciante no assunto. Por impulso, é a primeira coisa que vem na cabeça quando você tem que instalar um driver e não conhece nem o fabricante nem o modelo. Mas como já disse acima, na placa nem sempre está impresso bonitinho o nome correto do modelo, algumas vezes, nem o nome correto do fabricante.

Por exemplo, existem alguns modems com chipset Motorola que são fabricados pela Digitron. Supondo que um cara desavisado, caiu de pára-quedas num problema onde precise instalar esse driver mas ele não conhece nem o fabricante nem o modelo. Então ele abre a CPU para ler o que está escrito na placa. Puxa, mas ela está conectada no slot mais inacessível e devido sua posição, não dá pra ler o que está escrito, nem mesmo inclinando-se a CPU. Solução, remover a placa. Hum! Com ela em mãos, o sujeito leu "Digitron" (pois estava em letras grandes) impresso em branco na parte verde, mas não reparou direito que num chip bem pequenininho, estava impresso de maneira pouca destacada o nome "Motorola", então ele recoloca a placa, fecha a CPU e inicia a procura pelo driver.

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Até aí já foram gastas algumas calorias desnecessárias, se abaixar, abrir CPU, poeira, suor, espirro.

Concluindo, se você procura na internet por "Digitron", é provável que você acabe encontrando o driver, porém seria muito mais eficiente e certeiro, procurar por "Motorola", ou "SM56" ou pelo DEVICE ID "3052".

* Instalar "Pacotes" fornecidos no CD (Windows)

Essa também não é uma técnica errada, porém, em minha opinião, é desnecessária, pois no final do processo, é muito provável que tenha sido copiado para seu HD, mais arquivos do que o necessário para seu dispositivo funcionar. Eu falo daqueles utilitários ou softwares que são instalados durante o processo e se registram para inicializar com o sistema na intenção de oferecer uma interface um pouco mais "amigável" para o usuário ou então acesso a recursos "especiais" do dispositivo. Tais utilitários são inofensivos, e algumas vezes trazem opções até interessantes, mas na prática quase ninguém usa, tornando a inicialização do sistema um poucochinho mais lento.

Nesse caso, você pode usar o CD, mas ao invés de deixar ele "se auto se instalar a si próprio", instale manualmente cada dispositivo apontando a pasta exata para que o Windows instale apenas o essencial.

Por outro lado, se você não se importa em ter o controle do que está acontecendo e quer apenas ver os drivers instalados o mais rápido possível, não há nada de errado em usar esse procedimento.

Dica rápidas para usuários Windows

* Em máquinas Windows XP, é mais fácil obter o PCI ID usando o "Gerenciador de Dispositivos". Acesse a guia de propriedades do dispositivo "desconhecido" e vá à aba "Detalhes". Lá estão as informações que podem ser encontradas no registro, porém são exibidos detalhes daquele dispositivo somente, reduzindo as chances de confusão.

* Supondo que você já saiba o PCI ID, e tem um diretório com muitos subdiretórios contendo os arquivos do possível driver (um CD de placa-mãe, por exemplo), use o localizar do próprio Windows e procure pelo DEVICE ID ou VENDOR ID dentro de arquivos com extensão INF.

Você também pode usar essa técnica para obter o PCI ID de uma placa de vídeo AGP, já que, apesar de ser um barramento separado, é derivado do PCI.Instalando os Periféricos Externos

Cada periférico externo necessita igualmente de um driver para comunicar seu firmware com a porta com se conectará e consequentemente com o SO. Muitas vezes não só para comunicação, mas também para gerenciamento deste.

Bom, este é mais fácil, pois, todo dispositivo é comercializado com as mídias de instalação e estas geralmente vem para diversos SO´s.

Não será nenhuma catástrofe se não tivermos a mão este driver, basta ter uma conexão com a Internet, pois no site do fabricante sempre estará disponível de forma gratuita.

De posse do driver correto é só seguir os passos básicos contidos nele próprio. Observando apenas alguns casos especiais.

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Para dispositivos USB principalmente, os fabricantes recomendam, antes de conectá-los ao micro, fazer a instalação do driver fornecido com o dispositivo, ou busca-lo no site do fabricante. O porquê disto? É que nos sistemas operativos atuais, temos os famosos plug-and-player que nem sempre funcionam corretamente, costumo chama de “plug-and-never-player”. Principalmente o Windows tenta adivinhar e coloca sua versão de driver para aquele dispositivo, e em alguns casos, Você terá que fazer uma nova instalação e seguir nosso conselho acima, ou então ter um ótimo conhecimento para editar o registro do Windows removendo as “besteiras” que ele escreveu.

Regra de ouro: evite ao Maximo utilizar driver padrão Windows em todas as circunstâncias, é bem mais seguro.

Redes de Computadores

      Uma Rede de Computadores é formada por um conjunto de módulos processadores (MPs) capazes de trocar informações e compartilhar recursos, interligados por um sistema de comunicação.

      O sistema de  comunicação vai se constituir de um arranjo topológico interligando os vários módulos processadores através de enlaces físicos (meios de transmissão) e de um conjunto de regras com o fim de organizar a comunicação (protocolos). Redes de computadores são ditas confinadas quando as distâncias entre os módulos processadores são menores que alguns poucos metros. Redes Locais de Computadores (ou LANs) são sistemas cujas distâncias entre os módulos processadores se enquadram na faixa de alguns poucos metros a alguns poucos quilômetros. Sistemas cuja dispersão é maior do que alguns quilômetros são chamadas Redes Geograficamente Distribuídas (WaNs).

Redes Locais (Local Area Networks - LANs)

      As Redes Locais surgiram dos ambientes de institutos de pesquisa e universidades. O enfoque dos sistemas de computação, durante a década de 1970, através de pesquisas que levavam em direção à distribuição do poder computacional. Surgiram para viabilizar a troca e o compartilhamento de informações e dispositivos periféricos (recursos de hardware e de software), preservando a independência das várias estações de processamento, e permitindo a integração em ambientes de trabalho cooperativo. Pode-se caracterizar uma rede local como sendo uma rede que permite a interconexão de equipamentos de comunicação de dados numa pequena região (distâncias entre 100m e 25Km), embora as limitações associadas às técnicas utilizadas em redes locais não imponham limites a essas distâncias.      

Quando a distância de ligação entre vários módulos processadores começa a atingir distâncias metropolitanas, chamamos esses sistemas não mais de redes locais, mas de Rede Metropolitanas (MANs).

Redes Metropolitanas (Metropolitan Area Networks - MANs).       Uma rede metropolitana apresenta características semelhantes às redes locais, sendo que as MANs em geral, cobrem distâncias maiores que as LANs, operando em velocidades maiores.   Redes Geograficamente Distribuídas (Wide Area Networks - WANs)

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      Surgiram da necessidade de se compartilhar recursos especializados por uma maior comunidade de usuários geograficamente dispersos. Por terem um custo de comunicação bastante elevado (circuitos para satélites e enlaces de microondas), tais redes são em geral públicas, isto é, o sistema de comunicação, chamado sub-rede de comunicação, é mantido gerenciado e de propriedade pública. Face a várias considerações em relação ao custo, a interligação entre os diversos módulos processadores em uma rede WAN determina a utilização de um arranjo topológico específico e diferente daqueles utilizados em redes locais. Ainda por problemas de custo, as velocidades de transmissão empregadas são baixas: da ordem de algumas dezenas de kilobits/segundo (embora alguns enlaces cheguem hoje à velocidade de megabits/segundo). Por questão de confiabilidade, caminhos alternativos devem ser oferecidos de forma a interligar os diversos módulos.

Usos de Redes de Computadores

- Aplicações Comerciais

Muitas empresas têm um número significativo de computadores. Por exemplo, uma empresa pode ter computadores separados para monitorar a produção, controlar os estoques e elaborar a folha de pagamento. Inicialmente, cada um desses computadores funcionava isolado dos outros, mas, em um determinado momento, a gerência deve ter decidido conecta-lo para poder extrair e correlacionar informações sobre a empresa inteira, a questão aqui é o compartilhamento de recursos, e o objetivo é tornar todos os programas, equipamentos e especialmente dados ao alcance d e todas as pessoas na rede, independente da localização física do recurso e do usuário.

- Aplicações Domésticas

Por que as pessoas compram computadores para usar em casa? No início, para processamento de textos e jogos; porém, nos últimos anos, esse quadro mudou radicalmente. Talvez agora a maior motivação seja o acesso à Internet. Alguns dos usos mais populares da Internet pra usuários doméstico são:

Acesso a informações remotas; Comunicação entre pessoas; Entretenimento interativo; Comércio eletrônico.

– Usuários Móveis

Computadores móveis constituem um dos segmentos de mais rápido crescimento da indústria de informática. Muitos usuários desses computadores têm máquinas de desktop no escritório e querem se manter conectados a essa base mesmo quando estão longe de casa ou em trânsito.

- Questões Sociais

A ampla introdução das redes trouxe novos problemas sociais, éticos e políticos. Uma característica popular de muitas redes são os newgroups, a partir dos quais as pessoas podem trocar mensagens com indivíduos que têm os mesmos interesses. Os problemas começam a vir à tona quando os newgroups abordam temas mais palpitantes, como política, religião ou sexo.

Características para implantação de Redes de Computadores

      A escolha de um tipo particular de rede para suporte a um dado conjunto de aplicações é uma tarefa difícil. Cada arquitetura possui certas características que afetam sua

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adequação a uma aplicação em particular. Nenhuma solução pode chamar para si a classificação de ótima quando analisada em contexto geral, e até mesmo em particular. Muitos atributos entram em jogo, o que torna qualquer comparação bastante complexa. Esses atributos   dizem respeito ao custo, à confiabilidade, ao tempo de resposta, à velocidade, ao desempenho, à facilidade de desenvolvimento, à modularidade, à disponibilidade, à facilidade, à complexidade lógica, à facilidade de uso, à facilidade de manutenção, e etc..

    O custo de uma rede é dividido entre o custo das estações de processamento

(microcomputadores, minicomputadores etc.), o custo das interfaces com o meio de comunicação e o custo do próprio meio de comunicação. O custo das conexões dependerá muito do desempenho que se espera da rede. Redes de baixo a médio desempenho usualmente empregam poucas estações com uma demanda de taxas de dados e volume pequeno, podendo assim utilizar interfaces de baixo custo e com alguma limitação de aplicações.

      Redes de alto desempenho já requerem interfaces de custos mais elevados, devido em grande parte, ao protocolo de comunicação utilizado e ao meio de comunicação.

      Várias são as medidas que caracterizam o desempenho de um sistema, com isso, faz-se necessário definir o que é retardo de transferência, retardo de acesso e retardo de transmissão.

      Chamamos Retardo de Acesso o intervalo de tempo decorrido desde que uma mensagem a transmitir é gerada pela estação até o momento em que a estação consiga obter somente para ela o direito de transmitir, sem que haja colisão de mensagens no meio.

      Retardo de Transmissão é o intervalo de tempo decorrido desde o início da transmissão de uma mensagem por uma estação de origem até o momento em que a mensagem chega à estação de destino.

      Retardo de Transferência é a soma dos retardos de acesso e de transmissão, incluindo todo o tempo de entrega de uma mensagem, desde o momento em que uma estação deseja transmiti-la, até o momento em que ela é recebida pelo destinatário.

      O retardo de transferência é, na grande maioria dos casos, uma variável aleatória, no entanto, em algumas redes, o maior valor que o retardo de transferência pode assumir é limitado, ou seja, é determinístico.

      A rede deve ser moldada ao tipo particular de aplicação a que ela se propõe, de modo a assegurar um retardo de transferência baixo. O sistema de comunicação entre os módulos deve ser de alta velocidade e de baixa taxa de erro, de forma a não provocar saturação no tráfego de mensagens. Em algumas aplicações, em particular as de controle em tempo real, a necessidade de retardo de transferência máximo limitado é de vital importância.

      A utilização efetiva do sistema de comunicação é apenas uma porcentagem da capacidade total que ela oferece. Uma rede deve proporcionar capacidade suficiente para viabilizar o fim a que ela se destina. Certos critérios devem ser levados em conta: a escolha adequada da arquitetura, incluindo a estrutura de conexão, o protocolo de comunicação e o meio de transmissão, a velocidade e o retardo de transferência de uma rede são essenciais para que ela apresente um bom desempenho.       A confiabilidade de um sistema em rede pode ser avaliada em termos de tempo médio entre falhas (Medium Time Between Failures- MTBF), tolerância a falhas, degradação amena (Gracefull Degradation), tempo de reconfiguração após falhas e tempo médio de reparo (MTTR - Medium Time to Repair).

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      O tempo médio entre falhas é geralmente medido em horas, estando relacionado com a confiabilidade de componentes e nível de redundância.       Degradação amena é dependente da aplicação, ela mede a capacidade da rede continuar operando em presença de falhas, embora com um desempenho menor.

      Reconfiguração após falhas requer que caminhos redundantes sejam acionados tão logo ocorra uma falha ou esta seja detectada.

      A rede deve ser tolerante a falhas transientes causadas por hardware e/ou software, de forma que tais falhas causem apenas uma confusão momentânea que será resolvida sem recursos de redundância. Mas essas não são de modo algum as únicas falhas possíveis. O tempo médio de reparo pode ser diminuído com o auxílio de redundância, mecanismos de auto-teste e diagnóstico e manutenção eficientes.       Modularidade pode ser caracterizada como grau de alteração de desempenho e funcionalidade que um sistema (rede) pode sofrer em mudar seu projeto original. Os três maiores benefícios de uma arquitetura modular são: a facilidade para modificação que é a simplicidade com que funções lógicas ou elementos de hardware podem ser substituídos, a despeito da relação íntima com outros elementos; a facilidade para crescimento diz respeito a configurações de baixo custo, melhora do desempenho e da funcionalidade e baixo custo de expansão; e a facilidade para o uso, quando existe um conjunto de componentes básicos fica mais fácil viabilizar um projeto, adicionar equipamentos à rede, fazer a manutenção do sistema como um todo.

      Uma rede bem projetada deve permitir a adaptação modular das várias aplicações para as quais ela foi projetada, prevendo futuras instalações.

      De fundamental importância a compatibilidade será aqui utilizada como a capacidade que o sistema (rede) possui para se ligar a dispositivos de vários fabricantes, seja no uso de hardware ou a nível de software. Essa característica é extremamente importante na economia de custo de equipamentos já existentes.       Uma rede deve ter a capacidade de suportar todas as aplicações para qual foi destinada e mais aquelas que o futuro possa requerer. Quando possível, não deve ser vulnerável à tecnologia, prevendo a utilização de futuros desenvolvimentos, quer sejam novas estações, novos padrões de transmissão ou novas tecnologias de transmissão etc., a isso damos o nome de Sensibilidade Tecnológica.

Topologia de Rede

      A Topologia trata da distribuição geográfica de Elos e Nodos da rede. A topologia de uma rede depende do projeto das operações, da confiabilidade e do seu custo operacional. Ao se planejar uma rede, muitos fatores devem ser considerados, mas o tipo de participação dos nodos é um dos mais importantes. Um nodo pode ser cliente ou servidor de recursos, ou uma combinação de ambos.

           Elos

      Um elo ou ramo é uma trajetória de comunicação entre dois nodos. O termo elo é usado como sinônimo de canal e circuito, e pode ser de vários tipos: Rádio, Fibra óptica, Satélite, Cabo coaxial, Linha telefônica.            Nodos

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      Um nodo pode ser definido como qualquer ponto terminal de qualquer ramo da rede, ou a junção de dois ramos quaisquer. O hardware e o software de um nodo depende de sua função principal.       Existem duas grandes classes de sub-redes:

As que utilizam canais ponto-a-ponto, ou seja, a mensagem é transmitida diretamente  ao destinatário;

As que utilizam canais broadcast, onde todos os computadores recebem a mensagem, mas só o destinatário a utiliza. Topologias de rede ponto-a-ponto:

       As topologias de rede ponto-a-ponto são conhecidas como tipo estrela, tipo anel, tipo árvore, tipo completa e tipo irregular (quase completa).

Topologia Estrela

      Nesta topologia todas as estações de trabalho estão conectadas por ligações ponto-a-ponto, a um dispositivo central de comutação de circuitos que pode ser um hub ou um switch.

      Neste tipo de topologia o nó central (mestre) age como centro de controle da rede, interligando os demais nós (escravos). Redes em estrela podem operar com o nó central tendo tanto a função de gerência de comunicação, quanto às facilidades de processamento de dados.       O funcionamento da topologia em estrela depende do periférico concentrador utilizado, se for um hub ou um switch.       No caso da utilização de um hub, a topologia fisicamente será em estrela, porém logicamente ela continua sendo uma rede de topologia linear. O hub é um periférico que repete para todas as suas portas os pacotes que chegam, assim como ocorre na topologia linear. Em outras palavras, se a estação 1 enviar um pacote de dados para a estação 2, todas as demais estações recebem esse mesmo pacote. Portanto, continua havendo problemas de colisão e disputa para ver qual estação utilizará o meio físico.

      Já no caso da utilização de um switch, a rede será tanto física quanto logicamente em estrela. Este periférico tem a capacidade de analisar o cabeçalho de endereçamento dos pacotes de dados, enviando os dados diretamente ao destino, sem replicá-los desnecessariamente para todas as suas portas. Isso faz com que a rede torne-se mais segura e muito mais rápida. Além disso, duas ou mais transmissões podem ser efetuadas simultaneamente, desde que tenham origem e destinos diferentes, o que não é possível quando utilizamos topologia linear ou topologia em estrela com hub.

      Os principais problemas se referem à vulnerabilidade quanto a defeitos no comutador central e a dificuldade de se fazer broadcasting, emissão de mensagens de uma estação para todas as outras, ou multicasting, emissão de mensagens de uma estação para um grupo de outras estações. Falhas no nó central podem ocasionar a parada total do sistema. Outro problema é a modularidade, pois a configuração pode ser expandida até um certo limite imposto pelo nó central.

      Mas, ao contrário da topologia linear, onde a rede inteira parava quando um trecho do cabo se rompia, na topologia em estrela apenas a estação conectada pelo cabo pára. Além disso, temos a grande vantagem de podermos aumentar o tamanho da rede sem a necessidade de pará-

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la. Na topologia linear, quando queremos aumentar o tamanho do cabo necessariamente devemos parar a rede, já que este procedimento envolve a remoção do terminador resistivo.

Topologia em Anel       Uma rede em anel consiste em estações conectadas através de um caminho fechado. Na verdade, o anel não interliga as estações diretamente, mas consiste de uma série de repetidores ligados por um meio físico, sendo cada estação ligada a um repetidor, que amplifica o sinal e o envia para o seguinte.

      Quando uma mensagem é enviada por um nó, ela entra no anel e circula até ser retirada pelo nó de destino, ou então até voltar ao nó de origem, dependendo do protocolo empregado.

      Os repetidores da topologia em anel podem ser internos ou externos às estações.       Como o sinal passa através de todos os computadores, a falha em um computador pode ter impacto sobre toda a rede. Uma solução parcial para o problema de falha nos repetidores consta em prover cada um deles com um relé que pode removê-lo mecanicamente da rede em caso de falha.       Os dados podem ser recebidos em ambas as direções, no entanto, de forma a simplificar o projeto dos repetidores e tornar menos sofisticados os protocolos de comunicação, são implementados de forma unidirecional.

      Os repetidores são em geral projetados para receber e transmitir dados simultaneamente, diminuindo assim o retardo de transmissão.

      Esta topologia limita a taxa de transmissão porque ao receber uma mensagem, a estação deve verificar se o endereço é o seu, caso contrário deve repeti-la.

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Topologia em Árvore

      É muito semelhante à topologia em barra, mas, neste caso, o meio de transmissão possui divisões que permitem a comunicação em uma única direção.

Topologia Completa

Topologia Irregular (quase completa)

Topologias de rede broadcast:

Topologia em Barra

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      Neste tipo de topologia, também chamada topologia linear, os dados são transmitidos em um único canal (uma barra), de maneira bidirecional. Todas as estações compartilham o mesmo canal.       Essa topologia utiliza cabo coaxial, que deve possuir um terminador resistivo em cada ponta do canal. Caso o cabo se desconecte em algum ponto, a rede "sai do ar", pois o cabo perdeu a sua correta impedância (não há mais contato com o terminador resistivo), impedindo que comunicações sejam efetuadas - em outras palavras, a rede pára de funcionar.

      Existe uma variedade de métodos de controle de acesso ao barramento, que podem ser centralizados ou descentralizados. A técnica adotada para acesso à rede é uma forma de multiplexação no tempo.       Em um controle centralizado, o direito de acesso é determinado por uma estação especial da rede. Em um ambiente de controle descentralizado, a responsabilidade de acesso é distribuída entre todos os nós.

      Ao contrário da topologia em anel, as topologias em barra podem empregar interfaces passivas, nas quais as falhas não causam a parada total do sistema. Relógios de prevenção (watch-dog timers) em cada transmissor devem detectar e desconectar o nó que falha no modo de transmissão. A confiabilidade desse tipo de topologia vai depender em muito da estratégia de controle.

      O controle centralizado oferece os mesmos problemas de confiabilidade de uma rede em estrela. Mecanismos de controle descentralizados semelhantes aos empregados na topologia em anel podem também ser empregados neste tipo de topologia, acarretando os mesmos problemas quanto à detecção da perda do controle.       Nas redes em barra comum, cada nó conectado à barra pode ouvir todas as informações transmitidas, similar às transmissões de radiodifusão. Ou seja, os dados são enviados para todos os computadores na rede, mas as informações são aceitas apenas pelo computador para o qual é endereçado.

      Este tipo possui a facilidade de se fazer broadcasting e muticasting.

Topologias de rede Ponto-a-Multiponto       A mensagem é enviada a um equipamento que faz a retransmissão para os demais equipamentos da rede.       A transmissão de dados é baseada em um sistema de satélites ou de rádio difusão em terra; todas as máquinas podem ouvir a transmissão que uma máquina faz para o satélite o ou para o rádio difusor.

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Ambiente Cliente/Servidor

      Uma rede cliente/servidor é um ambiente em que o computador cliente faz uma solicitação e um computador, que atua como servidor, a atende.       A rede cliente/servidor constitui a maneira mais eficiente de oferecer: Acesso a banco de dados e gerenciamento para aplicativos como:   1. Planilhas,   2. Contabilidade,   3. Comunicações,   4. Gerenciamento de documentos ;

Gerenciamento de rede Armazenamento centralizado de arquivos.       

No modelo cliente/servidor, o software do cliente utiliza a linguagem de consulta estruturada (SQL) para traduzir o que o usuário visualiza, em uma solicitação que o banco de dados possa entender.

      O processo completo de solicitar e receber informações consiste nos seguintes passos:

1. O cliente solicita dados;2. A solicitação é traduzida para SQL;3. A solicitação SQL é transmitida através da rede em direção ao servidor;4. O servidor de banco de dados executa uma pesquisa no computador onde existem dados;5. Os registros solicitados são devolvidos ao cliente;6. Os dados são apresentados ao usuário.

Diagnostico

Diagnóstico significa conclusão. É o processo que se utiliza para chegar a uma conclusão, ou a conclusão em sí própria.

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Diagnosticar é uma arte. É a arte do bom profissional e só se chega a este “estado” da arte com muito estudo, pois para realizar um bom e perfeito diagnostico é necessário que o profissional saiba com segurança como o equipamento a ser diagnosticado funciona. É peciso que ele saiba exatamente qual é a rotina de inicialização de cada equipamento.

Geralmente estas informações vêm no manual de cada equipamento, portanto não vamos nos ater há um diagnostico especifico, mas ter uma visão geral do quadro e fazermos alguns exercícios. Para isto utilizaremos um micro e alguns periféricos.

Quando se faz um curso genérico como este, que tem como pretensão trazer luz sobre muitos pontos, fica deveras complexa a tarefa de “ensinar” diagnosticar, pois quando temos um curso direto e objetivo, como por exemplo, do microcomputador marca HP, modelo Brio Summer. Fica tranqüilo, pois aprendemos que em sua inicialização ele realiza um POST (Power On self Teste), então isto significa que durante a sua inicialização ele cumprirá passos que eu tenho conhecimento e se durante alguma destas rotinas ele parar e exibir uma mensagem de erro, este código de erro me levará há partes e peças prováveis. Com isto facilita em muito o diagnostico, pois na realidade ele realizou o diagnostico pra mim.

Mas nem sempre o elquipamento a ser diagnosticado possue um software interno que realiza diagnóstico (firware), e enstes casos teremos que buscar informação especifica do funcionamento daquele equipamento para então conseguir “enxergar” os porquês, a causa do não funcionamento.

Sempre iniciamos pelo básico e seguimos sempre um roteiro lógico. Quando pulamos etapas, normalmente acontece o que técnicamente chamamos de “loop”. Isto ocorre quando o profissional ao realizar um diagnostico, o faz apresadamente, pulando fases, e passa pela causa sem ver. Reinicia o processo e novametne não vê o erro, portanto ele fica em “loop” (andando em círculos).

Basicamente todo equipamento tem em seu manual algumas dicas sobre diagnostico, vamos listar abaixo algumas considerações sobre defeitos genéricos em equiapementos de infrmática bastante usuais.

Microcomputador

Defeito Reclamado: Não liga.

Passos para Diagnostico:

Verificar se existe alimentação chegando no equipamento, utilizando um multímetro verifica-se a tensão nominal da rede na tomada, depois no equipamento de proteção (filtro de linha, estabilizador ou nobreak) e depois na ponta do cabo que conecta a fonte.

Considerações:

Neste momento o próximo passo dependerá do resultado do primeiro, além de obviamente conhecermos seu funcionamento, ou seja, saber o que teria que acontecer ao ser alimentado. Veja abaixo um fluxograma para esta situação.

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Como vimos acima, iniciamos com a mais simples, ou seja, se havia tensão de alimentação, pois como o usuário não é técnico, muitas vezes ele tem um probelma no nobreak e pede intervenção no micro. Depois seguimos com o raciocineo lógico, para irmos eliminando as possíveis causas. Todo diagnostico é simples, os bassos tem que ser dados em seqüência e esta seqüência é baseada na lógica de funcionamento do euqipamento, lemos o manual e acompanhamos a inicialização, pois qualquer hardware possui internamente uma rotina de inicialização e teste, por mais simples que seja, portanto é possível nos valermos dela para diagnosticar.

Vejamos outro exemplo de diagnostico, um nobreak por exemplo, continuando no exemplo acima.

Você detecta que o porquê do não ligar do micro acima era um problema no nobreak. Tinha tensão na tomada, mas o nobreak não ligava então o micro não ligava também. Vamos analisar o nobreak.

Inicialmente para fazermos esta analise, se faz necessário conhecer o principio de funcionamento de um nobreak. Sabemos que internamente ele tem um filtro de linha, um estabilizador, um carregador de baterias, um banco de baterias, e um circuito que monitora a rede e controla seu funcionamento.

Iniciamos pelo básico, verificamos se o fusível externo não esta queimado, fazemos uma analise visual, alfativa, tátil e auditiva. Vamos entender cada uma delas mais a frente.

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Verificaremos a bateria e procuraremos por componentes danificados. Para isto seguimos uma lógica seqüência de acordo com cada marca e modelo em particular.

Visual – vamos constatar algum dano aparente, marcas de queimado, áreas escuras com aspecto anormal, algum componente quebrado, solto, ou mal soldado, alguma conexão frouxa, oxidada, etc.

Alfativa – normalmente quando há queima, fica um forte cheiro de queimado, facilmente perceptível, quando ele esta presente, não tente ligar o equipamento antes de encontrar a causa, poderá ter surpresas desagradáveis como um curto-circuito ou piorar o estado dele.

Tátil – ao tocar nosso tato consegueperceber pequenas vibrações o que poderia indicar que o equipamento esta ligado, ou sentirmos uma emissão de calor, por exemplo.

Auditiva – é característica de alguns componentes fazerem barulhos, por exemplo, um relé atracando quando o nobreak “enxerga” energia, outros modelos usam um bell (dispositivo sonoro) para informar as mudanças de estado.

Dizem que um bom técnico tem um sexto sentido. Espero que seja verdadeiro, pois muitas vezes nos valemos dele. Bom como foi possível acompanhar nos dois exemplos acima, para realizar um diagnostico é necessário além do conhecimento prévio do funcionamento do equipamento, de ferramentas adequadas para abrir o equipamento sem danificá-lo, instrumentos de medição, softwares de analise, nós ainda nos utilizamos muito dos nossos sentidos.

Não há uma receita de bolo para todos os diagnósticos, a não ser o bom senso e o que já comentamos acima.

Resumo:

Sempre iniciar pelo mais simples, Buscar conhecer as etapas de inicialização, Seguir um raciocineo lógico, Não pular nenhuma fase, Ter segurança no que esta fazendo, Utilizar ferramentas adequadas, Confirmar novamente seu diagnostico.

Veremos ainda alguns softwares de diagnostico, que facilitam nossa vida, pois um defeito do tipo relatado acima, facilmente se diagnostica utilizando os passos primários como podemos acompanhar. Porém existem situações onde o defeito não está muito visível e ou estão de forma intermitente. O que exije uma consentração maior, além de ferramentas de diagnostico.

Diversas são as ferramentas de diagnostico, praticamente deva existir uma para casa situação (ou pelo menso deveria), há também muita redundância, ou seja, para realizar a mesma coisa ferramentas diferentes de fabricantes diferentes e com um ou outro recurso diferencial. Portanto o mais indicado é que testem todas quanto possível e adotem um padrão, trabalhe com aquelas que melhos dominar, pois esta ferramente será parte de seus sentidos, pois ela auxiliará a conclusão do diagnostico.

Dentro do próprio S.O. (Sistema Operacional) Windows, temos ótimas ferramentas, como:

Scandisk – que faz uma verredura rápida ou completa, a procura de clusters danificados e ou inconsistentes.

Defrag – este utilitário desfragmenta o disco, e quando faz isto ele nos da uma idéia de como está o nosso disco rígido.

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Disco Rígido

Praticamente todos os HD´s modernos, possuem uma pequena área reservada no final do disco, que não é usada para gravar dados, mas sim para substituir setores defeituosos. Neste caso, ao rodar o programa adequado, o endereço dos clusters com defeito é alterado, e passa a apontar para um dos setores da área reservada. O cluster defeituoso deixa de ser visto, passando a ser usado seu "substituto". Esta mudança é feita diretamente nos endereços físicos dos setores e é completamente transparente ao sistema operacional.

Na verdade, a maioria dos HD´s novos saem de fábrica já com alguns setores defeituosos, que representam mínimas imperfeições na superfície magnética do disco. Porém, antes dos HD´s saírem da fábrica, os endereços dos clusters com defeito são alterados, apontando para outros da área reservada, de modo que o HD pareça imaculado.

Este ajuste não pode ser feito pelo Scandisk, NDD, ou outros programas de diagnóstico, é preciso usar o formatador do próprio fabricante. Quando se compra um HD na caixa, em versão retail, o formatador vem gravado num disquete. Porém, como aqui no Brasil quase tudo entra via descaminho e é vendido embrulhado em papel bolha, dificilmente recebemos os disquetes. Mas de qualquer forma, os fabricantes disponibilizam estes programas gratuitamente pela Internet. Os endereços dos principais fabricantes são:

Adaptec: http://www.adaptec.comDigital Research: http://www.dr-tech.comFujitsu: http://www.fujitsu.comIBM: http://www.ibm.comKingByte: http://www.kingbyte.comMaxtor: http://www.maxtor.comParadise: http://www.paradisemmp.comQuantum: http://www.quantum.comSeagate: http://www.seagate.comToshiba: http://www.toshiba.com

A maioria destes programas são feitos pela Ontrack e licenciados para os fabricantes. Na maioria das vezes temos apenas programas castrados, que funcionam apenas nos discos de um determinado fabricante. Porém, a Ontrack comercializa um programa chamado Ontrack Disk Manager (Disk Go!) que funciona com praticamente qualquer disco. Este programa é uma chave mestra que substitui a coleção de programas fornecidos pelos fabricantes, e custa aproximadamente 60 dólares. Mais informações podem ser encontradas em http://www.ontrack.com.

Abaixo alguns poucos softwares de diagnostico disponíveis.

Ferramenta ResumoEasyRecovery Lite Resgate de dados excluídos, formatados e corrompidos.Fresh Diagnose Faz relatório completo do harware e software do

computador.TuffTEST-Lite PC Diagnostic Testa todo o hardware3DMark Testa placas gráficasActive SMART Monitora o HD abusca de falhasActive@ UNDELETE Recupera arquivos deletados da lixeiraAida32 Faz relato sobre hardware e software

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Aquamark 3 Testa velocidade pra gráficos trimencionaisBurnin Test Pro 5 Testa HD, memória e outros.CD/DVD Diagnostic Verifica e recupera dados nestas mídiasDocMemory Diagnostic Verifica memóriaEasyRGB-PC Calibra monitoresJv16Power Tools Conjunto de utilitários para diagnosticoVoptXP Desfragmentador de disco rígidoWinpatrol Feramentas de diagnostico do SO

Manutenção Preventiva Consiste em uma serie programada de ações que visam prevenir problemas:

antecipar/antever falhas; corrigir pequenas falhas; limpar internamente garantindo o bom fluxo de ar; organizar internamente os cabos com o mesmo objetivo; organizar externamente os cabos (para evitar desconexões acidentais); limpeza externa para manter a aparência visual; substituir lubrificação, sempre usando os lubrificantes recomendados pelo fabricante; fazer ajustes, regulagens, calibração; substituir pasta térmica; conferir instalação elétrica, verificar elementos de proteção elétrica (nobreak principalmente); atualizar softwares (sistema operacional, aplicativos, antivírus, etc.); fazer varreduras por vírus, worms; spyware e outras pragas cibernéticas; apagar lixo (arquivos temporários, arquivos na lixeira, etc.); rodar softwares de busca e correção de cluster (scandisk no Windows); desfragmentar o disco rígido; entre outras ações.

A periodicidade de manutenção pode varia de acordo com cada equipamento, qualidade de seus componentes (pccooler com rolamentos duram mais do que a grande maioria que é só embuchamento), recomendações do fabricante. Um nobreak por exemplo que utiliza baterias seladas (chumbo/gel) tem uma vida estimada máxima de 24 meses, portanto 18 meses é um ótimo tempo para agendar a manutenção preventiva com a substituição do banco de baterias (uma ou mais, pois nunca troque parcialmente).

Abaixo tem uma pequena relação do que deve ser manutenido e como faze-lo, alem disto também as dicas de como fazer.

Software -Verificar temperaturas pela BIOS;-Verificar voltagens da fonte pela BIOS;-Executar teste de memória;-Scandisk completo via DOS ou por Disk Manager do fabricando do HD;-Desfragmentação pelo Windows;-Verificação/remoção de vírus (AVG, Avast, Norton, Etc.);-Verificação/remoção de spywares (Ad-ware, Spyboot);-Atualização de drivers de dispositivos-Limpeza de registro do Windows (Norton Utilities, System Mechanic, Regcleaner)-Limpeza de arquivos temporários, lixeira;-Remover aplicativos/utilitários sem uso;-Desativar restauração de sistema (WinME, não funciona mesmo...);-Fazer backup do registro do Windows (users.dat e system.dat);-Fazer um CD com o Windows sadio, drivers e programas essenciais, para uma recuperação mais rápida do PC depois.

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Hardware

-Remoção do excesso de poeira (usar pincel com cerdas macias e aspirador de pó);-Se necessário, lavar a placa com álcool isopropílico, tomando os devidos cuidados de secar, para isto use um soprador térmico;-Desmontar todos os componentes, começando pela fonte,-Limpeza dos contatos de cada peça com borracha (branca e macia) e verificar o estado individual de cada uma.-Limpeza dos coolers e verificação de suas eficiências de sua rotação (nuca imprima jato de ar aos coolers, isto os danifica irremediavelmente);-Se necessário lubrificá-los, o faça com grafite em pó, nunca use lubrificantes líquidos; -Limpeza do drivers removíveis, disquetes, CD-ROM, etc. (existem mídias adequadas);-Aplicação de anti-corrosivo ou tratamento adequado nas partes oxidadas nos gabinetes (antes de montá-las novamente); -Checagem do estado dos parafusos, fixação dos coolers e dos outros componentes. ;-Troca de pasta térmica do processador (que tem validade) -Teste as tesões da fonte, há uma tolerância, procure por capacitores estourados e substitua, se a tensão ainda ficar fora dos limites, substitua-a;-Verificar disposição dos cabos dentro do gabinete, devido à circulação de ar, use abraçadeiras plásticas para organizar os cabos, nunca use ligas de borracha; -Limpeza externa do gabinete, nunca use abrasivos, prefira uma pasta adequada, inclusive nas partes plásticas, pra ficar como novo. -Para remover a umidade interna, mantenha uma embalagem permeável com um pouco de sílica gel;

Como realizar a limpeza dos componentes

Placa Mãe

-Usar um spray de ar comprimido para tirar o excesso de poeira;-Usar pincel anti-estática (1 de cerdas longas outro de cerdas curtas) para limpar com mais precisão;-Se necessária, limpar ou lavar com álcool isopropílico;

Processador

-Usar um spray de ar comprimido para tirar o excesso de poeira;-Usar pincel anti-estática (um de cerdas longas outro de cerdas curtas) para limpar com mais precisão;-Se necessário, limpar ou lavar com álcool isopropílico;

Placa de Vídeo

-Usar um spray de ar comprimido para tirar o excesso de poeira;-Usar pincel anti-estática (um de cerdas longas outro de cerdas curtas) para limpar com mais precisão;-Se necessária, limpar ou lavar com álcool isopropílico.

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Placa de Som

-Usar um spray de ar comprimido para tirar o excesso de poeira;-Usar pincel anti-estática (1 de cerdas longas outro de cerdas curtas) para limpar com mais precisão;-Se necessária, limpar ou lavar com álcool isopropílico;

Placa de Rede

-Usar um spray de ar comprimido para tirar o excesso de poeira;-Usar pincel anti-estática (um de cerdas longas outro de cerdas curtas) para limpar com mais precisão;-Se necessária, limpar ou lavar com álcool isopropílico.

Modem

-Usar um spray de ar comprimido para tirar o excesso de poeira;-Usar pincel anti-estática (um de cerdas longas outro de cerdas curtas) para limpar com mais precisão;-Se necessária, limpar ou lavar com álcool isopropílico.

Memórias

-Usar um spray de ar comprimido para tirar o excesso de poeira;-Usar pincel anti-estática (1 de cerdas longas outro de cerdas curtas) para limpar com mais precisão;-Se necessária, limpar ou lavar com álcool isopropílico.

Teclado

-Retire as teclas e lave-as com sabão neutro (somente se estiverem muito sujas e nunca retire as teclas grandes);-Limpe a carcaça pincel e se necessário com um pano embebido em álcool;-Se julgar necessário, desmonte-o e lave-o (É chato botar as borrachinhas no lugar, mas você pode lavar toda a carcaça);-Use borracha para limpar os contatos metálicos e álcool isopropílico para os demais contatos;-Externamente, se não desmontou pra lavar, use pasta de limpeza que não contenha abrasivo, JAMAIS use algum produto tipo VEJA, este contem abrasivo e ataca o material do teclado.

Coolers

-Abra o fan, tirando uma trava que fica na pasta inferior do cooler usando uma chave de fenda pequena. Ela é frágil, tome cuidado para não destruí-la, pois você precisará colocar no lugar na hora de Fechar;-Dê uma boa limpada usando pincel ou um ‘cotonete” (pequenos bastões plásticos com algodão nas pontas) com álcool;-Não use nenhum tipo de óleo ou líquido, pois irá aderir a sujeira, o melhor é usar grafite em pó;-Dê uma limpada no dissipador;-Aproveite e troque a pasta térmica, pois com o tempo ela resseca e perde a eficiência.

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Monitores

-Usem um pouco de limpa vidros num pano de algodão e remova todas as sujeiras da tela, caso não tenha, use álcool isopropílico;-Enxugue com um pano de algodão macio e seco;-Use o pincel para remover a maioria da poeira acumulada nos furos para ventilação e no resto do gabinete, só se tiver segurança, poderá abrir e lavar as tampas plásticas.-Use o pano de algodão levemente umedecido com pasta de limpeza para remover eventuais manchas no plástico;-NUNCA abra o monitor para fazer uma limpeza interna, se não tiver segurança pra isto, sob pena de receber um choque elétrico que pode ser até fatal, são em media 25 mil volts.

Mouse

-Para limpar externamente, use um pano embebido em limpador multiuso nas partes plásticas e também no fio do mouse (que costuma ficar "preto" de tanta sujeira);-Use palito de dentes pode ser usado para retirar a sujeira acumulada nas ranhuras;-Retire a bolinha do mouse e limpe-a com água e sabão neutro;-Passe um pincel na cavidade para remover a poeira da mesma;-Com um cotonete embebido em álcool isopropílico, remova a sujeira acumulada nos rolos pressores;-Se julgar necessário, desmonte o mouse, tire a placa e lave toda a carcaça;-A placa limpe com álcool isopropílico (só se necessário).

Driver (unidade) de Disquete

-Retire a poeira parte externa;-Use um kit de limpeza para drives de disquete, que vem com 2 disquetes;-Pingue um pouco de álcool isopropilico no feltro do disquete, e insira no drive, e acesse o disquete, use o comando DIR, etc.;-Para auxiliar na limpeza, use esse programa: http://sac-ftp.gratex.sk/utildisk20.html. -A limpeza das cabeças do driver através da desmontagem do mesmo deve ser evitada, pois poderá causar um desalinhamento do driver;-Use um pano embebido em pasta de limpeza para limpar a parte plástica frontal.

Diver de CD-ROM

-Use o CD de limpeza;-Limpe a parte frontal com pasta de limpeza;-Limpe a bandeja do driver para retirar poeira;-Guia de Limpeza de Leitores Ópticos : http://www.guiadohardware.info/artigos/268/

CDRoms

- Use álcool isopropílico e um pano seco, mas não faça movimentos circulares em torno do centro do disco;-Se existirem arranhões na superfície do disco ótico, pode ser usada um pasta de polimento, desde que esta possua um grau de abrasão baixo.

Cabos

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-Limpem com solução de sabão neutro (ou pasta de limpeza), não deixe umidade no contato com o conector, neste use um aerossol de gás freon TF.

Periféricos

Cada periférico tem um grau diferente de dificuldade, uma peculiariedade de limpeza, lubrificação especifica, outros não usam lubrificação, mas a grande maioria tem ajustes nas partes internas que ao serem desmontados, por pessoa desavisada, poderá causa um efeito inverso, ou seja, criar um problema que ainda não existia.

Portando veja a manutenção preventiva de periféricos em um curso especifico de cada item.

Aplicativos

Abaixo tem uma relação de clássicos que, apesar de não serem diretamente relacionados a hardware, manutenção ou configuração de micros, é importante termos por perto, nesta lista está um ótimo kit.

Porém antes de usar em equipamento de cliente, faça testes, busque conhecer os detalhes, e principalmente, como em qualquer software, leia bem antes de responder a qualquer pergunta, se não estiver completamente seguro não prossiga, prudência e canja de galinha não faz mal a ninguém.

•Acdsee: Visualizador de arquivos gráficos. V. 2.43. •Acrobat: Leitor de arquivos Pdf. V. 5.0 em português. •Dap (Download Accelerator Plus) e Getright: Aceleram o download de arquivos na Internet. V. 5.0 e V. 4.5c, em português. •F-prot: Antivírus. V. 3.11b. •Winrar e Winzip: Compactadores de arquivos. Versões 2.9 e 8.1.

Programas para teste de desempenho.

•3dmark2001, 3dwb2000, Glmark2001, Video2000, Videobench e Villagemark: Programas para teste de desempenho 3D de sua máquina. •Audiowb99: AudioWinbench99, programa para teste de desempenho de sua placa de som, V. 1.0.1. •Bitrate: Analisa a taxa de transferência de unidades de DVD. V. 1.4. •Cachechk: Testa o desempenho da memória cache L1 e L2 do seu sistema. V. 4.0. •Hdtach: Programa para medir o desempenho de discos rígidos. V. 2.61. •Hmonitor: Host Monitor, programa para testar o desempenho de servidores presentes na Internet. V. 4.0. •Netbench: Testa o desempenho da rede local. Instale o programa em \Server no servidor de arquivos da rede e o programa em \client em um cliente da rede. V. 7.0.2. •Ptest: Performance Test, testa o desempenho de sua máquina. V. 3.5. •Pi: Super PI V. 1.1e. Veja quanto tempo sua máquina demora para calcular o PI e compare com outras máquinas. •Test: Programa para identificar e testar o desempenho da máquina. V. 5.4. •Wb99: Winbench 99, tradicional programa para testar o desempenho de sua máquina. V. 2.0. •Webbench: Programa para testar o desempenho do servidor web de sua rede. Você deve instalar o programa em \server no servidor web da rede e o programa em \client em um cliente

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da rede. Em \workload estão os arquivos necessários para testar o desempenho, de acordo com o sistema operacional. V. 4.1.

Programas relacionados à DVD.

•Creative: Firmwares para desbloquear a região das unidades de DVD Creative. •Driveinfo: Obtenha informações completas sobre a sua unidade de DVD. V. 2.1. •Remsel: Remote Selector permite desbloquear unidades de DVD. V. 2.0.1.

Programas relacionados a discos rígidos.

•Diskmanager: Programas que permitem a instalação de discos de alta capacidade em micros antigos. Separados de acordo com a marca do disco rígido: Fujistu, Maxtor,Quantum, Samsung, Seagate e Western Digital. •Lowlevel: Programas “formatadores de baixo nível”, separados de acordo com a marca do disco rígido: Fujistu, Maxtor, Quantum, Samsung, Seagate e Western Digital. •Mrecover: Recuperar dados de discos rígidos apagados pelo vírus Chernobyl (CIH).

Programas para identificação de hardware.

•Chkcpu, Cpuidw, Cpuinfo, Cpuz, Ctp2info, Testcpu, Wcpuid e Whatcpuis: Identificar o processador instalado na máquina. •Ctbios: Identificar a placa-mãe do micro. Três versões foram incluídas, 1.0, 1.3 e 1.5. •Ctpci: Identifica todos os dispositivos conectados ao barramento PCI da placa-mãe. Muito útil para descobrir chipsets desconhecidos. V. 3.03. •Dimm_id: Identifica detalhes sobre os módulos de memória RAM instalados na máquina. •Hwinfo: Identificar hardware. Muito útil para descobrir qual é o fabricante de sua placa-mãe, qual é o chipset, tipo de memória, etc. V. 4.8.3 para DOS e V. 1.05 para Windows. •Osd: Verifica as freqüências de operação do seu monitor de vídeo. •PCConfig: Programa para identificar hardware. Muito útil para descobrir qual é o fabricante de sua placa-mãe, qual é o chipset, tipo de memória, etc. V. 9.33 •Pcilist: Testa as capacidades do barramento AGP de seu micro e lista os dispositivos PCI instalados. •Smbios: Mostra todas as informações de configuração atualmente programadas no BIOS do micro. V. 1.06.

Utilitários para o aumento de desempenho da máquina.

•3dcharge: Programa para o ajuste de configurações normalmente escondidas de diversas placas de vídeo. •6x86: Programas para aumentar o desempenho de máquinas equipadas com o processador 6x86. •Bootvis: Programa que aumenta a velocidade do boot do Windows XP. •Cachebooster, Cacheman, Cachemaster e Winrambooster: Programas para configurar corretamente o cache de disco e a memória virtual do Windows, aumentando o desempenho do micro. •Cpuload: Programa para verificar, em tempo real, o quanto do seu processador está sendo usado. V. 2.0.

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•Cx486: Programa para aumentar o desempenho de máquinas equipadas com o processador Cyrix Cx486. •Maxmem e Rambooster: Otimiza e libera memória RAM, tornando o micro mais rápido. •Memdefrag: Desfragmenta a memória RAM em tempo real, aumentando o desempenho do micro. V. 2001 em português. •Pppboost e Winboost: Aumenta a velocidade da Internet, configurando corretamente parâmetros ocultos do Windows. •Rawpower: Executa ajustes finos no processador/placa-mãe para obter maior desempenho da máquina. V. 1.2.

Corrige importantes bugs do sistema operacional.

•Amdk6upd: Permite que o Windows 95 funcione corretamente em micro com processadores AMD K6 a partir de 350 MHz. •Win3x: Corrige o bug do Windows 3.x em português. Copie o arquivo Ddeml.dll para o diretório c:\windows\system do micro a ser corrigido. •Win95himem e Win98himem: Corrige o bug do Windows 95 e Windows 98 onde o Himem.sys ocupa bem mais de 1 KB de memória. •Win98shutdown: Corrige o bug do Windows 98 onde o micro não consegue ser desligado.

Fixes

•Resman: Resource Manager, lista todos os processos que estão sendo executados em sua máquina. Permite otimizar o uso da memória RAM. V. 1.41. •Tmgold: Tweak-me Gold, programa que permite inúmeros ajustes finos em seu Sistema Operacional para aumentar o desempenho de sua máquina, incluindo ajustes de cache de disco, memória, acesso a Internet e muito mais. •TweakBIOS: Efetue ajustes finos no BIOS do seu micro para obter o máximo de desempenho. V. 1.53b. •Wcpua2: Altera configurações de acesso ao cache L2 do processador Athlon para aumento de desempenho. •Wcpul2: Altera a latência usada pelo cache de memória L2 dos processadores Intel de 6ª geração (Celeron, Pentium II, Pentium III), aumentando o desempenho do micro. V. 2.6. •Win2000acc: Windows 2000 Accelerator, programa para aumentar o desempenho do Windows 2000. •Winalign: WinAlignGUI, programa que modifica a maneira com que os programas são chamados do disco, aumentando o desempenho do micro em até 20%. V. 1.0. •Wpcredit: Permite editar os registros de configuração do barramento PCI, para aumento de desempenho. V. 1.2a.

Utilitários relacionados à overclock.

•Cpuchecker: Programa para ser executado enquanto você está fazendo um overclock por software, para testar se o micro não irá travar. •Cpucool, Cpuice, Cpuidle, Hmonitor, Mbmonitor, Mbprobe, Rain e Waterfall: Programas para diminuir a temperatura do processador, monitorar a temperatura do processador e demais sensores da placa-mãe e controlar as ventoinhas da placa-mãe. •Cpufsb e Softfsb: Controlam por software o gerador de clock da placa-mãe, para overclock. •Cpustabtest: CPU Stability Test, V. 6.0. Testa a sua máquina para ver se ela está estável durante a após um overclock. •Powerstrip: Permite efetuar o overclock de praticamente todas as placas de vídeo do mercado. V. 3.12. •Video: Programas específicos para overclock e otimização de placas de vídeo, separados de acordo com a marca: 3dfx, Ati, Nvidia, Rendition e S3.

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•Wcpuclk: Mostra, em tempo real, o clock da máquina. Excelente para monitorar overclock que esteja sendo feito por software. V. 1.3.

Utilitários extremamente úteis para técnicos e usuários entusiastas.

•At-clock: Atomic Clock, sincroniza o relógio do micro com um relógio atômico, através da Internet. •Bioslogo: Permite alterar o logo gráfico da EPA que aparece quando ligamos o micro. Somente para BIOS Award. •Bootcelerator: Agiliza o processo de boot, permitindo que você desabilite algumas funções que normalmente são carregadas desnecessariamente. V. 2.0. •Cleaner: Usado para limpar a unidade de disquete em conjunto com um disco de feltro apropriado. Não deve ser usado sem este disco de feltro. •Directx81: DirectX V. 8.1 em português. Driver para a execução de jogos 3D. •Memview: Verifica como está o uso da memória RAM, permitindo configurar prioridade entre as aplicações atuais. V. 2.21. •Noba: Quebra o bloqueio de arquivos anexados do OutLook XP •Oscheck: Permite que integradores verifiquem se as máquinas estão com todos os softwares instalados corretamente. •Proxy e Wingate: Permite que todas as máquinas de sua rede acessem a Internet através de um único modem instalado. •Regclean: Procura e corrige erros no Registro do Windows. V. 4.1. •Shred: Super Shredder, permite que arquivos sejam realmente apagados do disco rígido, zerando o espaço ocupado por eles, tornando impossível a recuperação dos arquivos apagados usando este programa, mesmo usando utilitários para a recuperação de dados apagados. •Sysmech: System Mechanic, permite otimizar o sistema operacional, otimizar a conexão com a Internet, apaga arquivos inúteis, procura e corrige erros no Registro e muito mais. V. 3.6g. •Tweakxp: Permite personalizar o Windows XP através de opções normalmente não disponíveis no sistema operacional. V. 1.27.

Programas para testar e corrigir o “bug do milênio” em micros antigos.

•Mbr2000: Corrige o bug do milênio instalando um pequeno programa na MBR do disco rígido. •Y2000: Testa para ver se o seu micro possui ou não o bug do milênio.

Programas para teste e diagnóstico de componentes de hardware.

•Batmon: Battery Monitor: Monitorar e testar bateria de notebooks e no-breaks. V. 1.1. •Burnin: BurnIn Test, programa para diagnóstico de hardware, em duas versões: standard e pro. V. 2.3. •Dcctest: Testa a comunicação entre a placa de vídeo e monitores de vídeo plug-and-play. •Keytest: Keyboard Test, testa o funcionamento do teclado. V. 1.0. •Modemtest: Teste o funcionamento de seu modem e a sua velocidade de conexão. V. 1.1. •Monitester e Montest: Testam o funcionamento de seu monitor de vídeo. •Sandra: Programa para diagnóstico de hardware. Inclui identificação de hardware e teste de desempenho. V. 2002. •Soundchk: Sound Check, testa o funcionamento e o desempenho de sua placa de som. V. 1.0. •Uptime: Cronometra há quanto tempo o micro está ligado. V. 2.0

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Ética

Todo ser humano é dotado de uma consciência moral, que o faz distinguir entre certo ou errado, justo ou injusto, bom ou ruim, com isto é capaz de avaliar suas ações; sendo, portanto, capaz de ética. Esta vem a ser os valores, que se tornam os deveres, incorporados por cada cultura e que são expressos em ações. A ética, portanto, é a ciência do dever, da obrigatoriedade, a qual rege a conduta humana.

Isso implica dizer que ética pode ser conceituada com o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto.

O bem é uma forma de vida que mistura inteligência e prazer. O homem que vive pela razão não vive guiado pelo medo, deseja fazer o que é melhor para todos através até mesmo das leis do Estado, viver livremente.

Ainda podemos definir a ética como um conjunto de regras, princípios ou maneiras de pensar que guiam, ou chamam a si autoridade de guiar, as ações de um grupo em particular (moralidade), ou, também, o estudo sistemático da argumentação sobre como nós devemos agir (filosofia moral). A simples existência da moral significa a presença explicita de uma ética, entendida como filosofia moral, pois é preciso uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais.

Código de Ética Um Código de Ética Profissional reúne normas e princípios, direitos e deveres,

pertinentes a consulta ética do profissional que deverá ser assumido por todos.

O Código de Ética dos Profissionais de Informática levará em consideração, prioritariamente, a necessidade e o direito do Cliente, respeitando o código de defesa do consumidor, os interesses do profissional, as leis trabalhistas, as conquistas sindicais e de sua organização. Estará centrado na verdade e na justeza.

Atendimento ao Cliente Nossos clientes têm o direito de esperar que o equipamento deles funcione

corretamente. Quando os clientes pedirem ajuda, é porque o sistema deles está funcionando abaixo da expectativa dos níveis por eles esperados. Esta situação é uma oportunidade para ganhar clientes novos e ganhando a confiança e lealdade deles para serviços de apoio.

Porque o cliente está normalmente infeliz com esta situação, você tem que transformar o evento do serviço em uma experiência de serviço positiva. Demonstrar preocupação, determinação de uma maneira positiva e confiança são tão importantes quanto solucionar o problema depressa e com profissionalismo. Os Clientes se lembraram de uma experiência positiva e se torna um fator muito influente para aquisição de novo equipamento num futuro e também quando da necessidade de serviço. Aproveite toda oportunidade possível para reforçar uma decisão do cliente de comprar produtos e serviços contigo ou com a empresa onde você está.

Companhias são vulneráveis quando os sistemas deles tiverem mau funcionamento. É difícil de medir o verdadeiro custo de tempo de manutenção para uma companhia. Porém, nós sabemos que a produtividade sofre quando equipamentos são parados para conserto ou

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manutenção. Mantendo a qualidade e a disponibilidade consistente dos sistemas é uma tarefa crítica para Você.

Neste módulo você verá como satisfazer seus clientes, e introduz técnicas de comunicação efetivas. Tópicos inclusos:

Habilidades de atendimento efetivo ao consumidor Lidando com um cliente bravo

Objetivos

Os clientes podem tomar decisões iniciais de compra baseada em preço, mas bom atendimento ao consumidor é o que constrói os clientes leais. Para satisfazer seu cliente, você deve ser capaz de:

Comunicar-se efetivamente com seus clientes; Prover efetivo atendimento ao consumidor;

Clientes são potencialmente marketing constante

Os clientes provavelmente recomendarão a sua empresa ou você como profissional em detrimento de outros, se eles recebem excelente tratamento profissional, se foram atendimentos respeitosamente quanto ao Código de Defesa do Consumidor.

Clientes insatisfeitos difundiram sua insatisfação muito rapidamente, “queimando-o” no mercado, e desencorajam outros de escolherem você ou sua empresa no futuro.

Habilidades no trato com seu cliente durante o serviço, não só são boas para criar satisfação ao cliente, mas também é um componente importante de diagnosticar.

Estas habilidades formão uma ferramenta de diagnóstico efetiva.Habilidades efetivas de atendimento ao consumidor: (tom da voz)

Computadores são essenciais ao negócio cotidiano de uma companhia. Mas as pessoas ficam transtornadas quando eles não trabalharem como esperado. Sempre use o seguinte tom de voz com seus clientes:

Positivo se Preocupando Confiante quando determinado

Sempre fale baixo, nunca grite. Quando sorrir faça isto demonstrando satisfação por vê-lo e não com a situação em si. Não faça brincadeiras com a tragédia alheia, respeite a apreensão do cliente. Seja organizado, ético e profissional, nunca prometa o que você não tem certeza se será possível de cumprir, deixe isto sempre bem claro, transparência é sempre o melhor jeito de agir.

Use as habilidades de atendimento ao consumidor em frases diretas durante a comunicação com seus clientes:

Na solicitação da chamada de serviço, Durante o serviço e Após o atendimento

Ter sucesso é adquirir tanta informação quanto possível do cliente.

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Faça perguntas em aberto como: "descreva o problema...” e perguntas pontudas, como: ”você tem rodado software de vírus ultimamente?”.

Você é responsável pelo que diz, por sua aparência e atos, certamente também pelas conseqüências destes, portanto esta em suas mãos a conquista.

Como se perde um cliente?

a.. 1% por falecimento b.. 5% por mudança de endereço c.. 5% por amizades comerciais d.. 10% por maiores vantagens em outras organizações e.. 14% por reclamações não atendidas f.. 65% por indiferença do pessoal que os atende

Moral da Pesquisa: Atenda bem seus clientes!

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Bibliografia: Toda a pesquisa realizada foi adaptada para esta realidade, alguns textos, fotos, tabelas e

relatórios foram utilizados integralmente ou em partes ou apenas a sua excencia para gerar um novo texto, todo o material da pesquisa se baseou em material livre, disponibilizado na Internet nos links abaixo.

Este material no presente formato foi elaborado para o SENAC do Acre e a personalização do material ficou sobre a resposabilidade do técnico em informática Mariano Pereira Marques, CREA AC e RO 4646, diretor técnico da empresa Assistecnica, podendo ser a sua vontade: distribuído, copiado, reproduzido, desde que mencionado as fontes.

Todos os direitos sobre as marcas mencionadas pertencem a seus respectivos e legítimos proprietários, conforme registros legais apropriados.

http://www.bpiropo.com.br/arqcom1.htm#Aqui

http://www.gta.ufrj.br/~luish/EEL580/apresentacoes/Parte1.pdf

http://www.clubedohardware.com.br/

http://pt.wikipedia.org

http://www.guiadohardware.net/

http://www.babooforum.com.br/

http://pciids.sourceforge.net

http://www.pcisig.com/

http://www.linmodems.org

http://wikipedia.org/

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Cmyk

É a abreviatura do sistema de cores subtrativas formado por Ciano (Cyan), Amarelo (Yellow), Magenta (Magenta), e Preto (blacK). É utilizado em meios que têm fundo branco, como as impressões em papel. CMY é a mesma coisa, porém sem a cor preta. O resultado da sobreposição das três cores, na impressão gráfica, é uma cor intermediária entre o cinza e o marrom; por isso mesmo considera-se o preto a quarta cor primária.

Impressão

É a tarefa ou atividade de transferir para um suporte qualquer (papel, tecido, documento eletrônico etc.) um determinado conteúdo ou conjunto de signos (letras, palavras, textos, figuras), para fins de comunicação.

Postscript

É uma linguagem de representação de dados utilizada para descrever para o dispositivo de impressão ou para o monitor (display PostScript) o lay-out final da página a ser impressa ou mostrada. Foi desenvolvida pela Adobe.

Postscript baseia-se em conceito de pilha e dicionário sendo dicionário uma pilha. Sendo assim todos os elementos da linguagem processados no topo da pilha. Ex: Tendo dois números A e B resulta em C sendo assim a sintaxe prefixada seria A+B=C, em pilha utilizaremos A B + e o resultado fica residente no topo da pilha gerado pelo operador.

Clock

É um ciclo de controle gerado por um cristal de quartzo, este fluxo é gerado de acordo com a freqüência de operação de cada circuito. Um cristal de quartzo vibra 14.7 milhos de vezes por segundo. Cada transistor no circuito é como um farol, que pode estar aberto ou fechado para a passagem de corrente elétrica. Este estado pode alterar o estado de outros trasístores mais adiante, criando o caminho que o sinal de clock irá percorrer para que cada instrução seja processada.

Hertz- Hz

Unidade de freqüência usada nas medições elétricas e eletrônicas é igual a um ciclo ou a um comprimento de onda de energia elétrica por segundo.Corrente Elétrica

A corrente elétrica é um fluxo de elétrons que circula por um condutor quando entre suas extremidades houver uma diferença de potencial. Esta diferença de potencial chama-se tensão. A facilidade ou dificuldade com que a corrente elétrica atravessa um condutor é conhecida como resistência. Esses três conceitos: corrente, tensão e resistência estão relacionadas entre si, de tal maneira que, conhecendo dois deles, pode-se calcular o terceiro através da Lei de Ohm.

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