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- CUSTAS JUDICIAIS NOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS Decreto-Lei n.º 324/03, de 27 de Dezembro CENTRO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DE JUSTIÇA

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CUSTAS JUDICIAIS

NOS

TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

Decreto-Lei n.º 324/03, de 27 de Dezembro

CENTRO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DE JUSTIÇA

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DIRECÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

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_______________________________________________________________________________________ CUSTAS JUDICIAS NOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

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CUSTAS JUDICIAIS UINTRODUÇÃO: O Código das Custas Judiciais é um diploma complementar das legislações processuais. Quando surgem alterações significativas aos processos (civil, penal, laboral e administrativo), é necessário fazer um ajuste ao Código das Custas, para se evitar uma colisão com aqueles códigos na aplicação das regras da taxa de justiça e encargos, ou seja, tem de haver uma harmonização das custas judiciais às regras de responsabilidade pelo seu pagamento, inscritas na lei de processo.

O termo custas encontra-se associado ao conceito de custo, o qual significa preço ou valor de uma coisa ou despesa necessária à manutenção de um serviço. No sentido técnico-jurídico, significa a despesa ou encargo judicial com os processos de natureza civil, criminal, administrativa, isto é, o dispêndio necessário à obtenção em juízo (tribunal) da declaração de um direito que se encontra lesado ou da verificação de determinada situação jurídica.

Com a entrada em vigor do Decreto – Lei n.º 324/03, de 27/12, procede-se a uma profunda revisão do Código das Custas Judiciais, aprovado pelo Decreto – Lei n.º 224 –A/96, de 26 de Novembro, alterado por sua vez, pelo Decreto Lei n.º 320 – B/00, de 15 de Dezembro. Esta reforma assenta nos seguintes pressupostos:

∑ simplificação da estrutura do código no acto de contagem; ∑ adopção de critérios de tributação mais justos e objectivos; ∑ adequada repartição dos custos da justiça; ∑ moralização e racionalização do recurso aos tribunais; ∑ compatibilização com as reformas da acção executiva e do

contencioso administrativo; ∑ redução do número de execuções por custas.

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___________________________________________________________________________ Adopta uma tabela única, (cfr. art.ºs 13.º, 23.º a 25.º)

restabelecendo – se assim, uma coincidência entre os montantes da taxa de justiça inicial e subsequente pagas durante a tramitação processual e a taxa global devida a final na contagem do processo. Constitui uma medida correcta para uma melhor administração da justiça, uma vez que facilita às partes calcular, de início, e com alguma certeza, as custas que terá de suportar a final, afastando-se assim, a hipótese de serem utilizados critérios subjectivos. Quanto à taxa de justiça, deixa de existir uma variedade de reduções, verificando-se apenas a redução da mesma a (1/2), quando houver dispensa do pagamento da taxa de justiça subsequente. É a partir da taxa de justiça de parte que se obtém o valor da taxa de justiça final do processo, correspondendo ao somatório das taxas de justiça inicial e subsequente de cada uma das partes. Esta forma de se encontrar a taxa de justiça do processo, é igualmente aplicável aos recursos, às execuções (em que não seja designado solicitador da execução) e aos incidentes típicos nominados, tais como a intervenção espontânea, embargos de terceiro, previstos nos art.ºs 320.º e seguintes do C.P.C. e processos cautelares, art.ºs 122º e segs. do CPTA. Em relação às custas de parte deixam, em regra, de ser incluídas na conta final. Assim, a parte vencedora vai solicitar o pagamento dos encargos que teve com a tramitação do processo, (cfr. art.º 33.º do CCJ) directamente à parte vencida e responsável pelo pagamento das custas, dispensando-se, assim e salvo raras excepções, a inclusão no corpo da conta. No que diz respeito à fixação do valor tributário do processo para efeito de custas, passa, em regra, a ser determinável no início da instância, não se levando em conta os juros vincendos, (cfr. art.º 5º, n.º 4). Como atrás se referiu, esta reforma do C.C.J. simplifica as regras a observar no acto de contagem. Esta operação passa a ser incumbência da secção de processos, nomeadamente, pelo funcionário a quem estiver distribuído o processo, saindo assim, da secção central.

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___________________________________________________________________________ Uma novidade nesta reforma são as custas relativamente aos processos administrativos e fiscais, as quais passam a ser reguladas por este código, com as especificidades previstas para a jurisdição administrativa e tributária, bem como os interesses em causa, atribuindo um limite máximo para efeitos de determinação da taxa de justiça do processo, (cfr. art.ºs 189º, n.º 2 do CPTA. e 73.º - B). A regra é que as custas devem ser suportadas por quem ficou vencido na lide, valendo dizer, pela parte que a elas houver dado causa, (cfr. art.º. 446º, n.º. 1 do C.P.C., por remissão do art.º 1º, do CPTA). A responsabilidade pelas custas resulta de uma condenação com trânsito em julgado ou de uma sucumbência definitiva, (cfr. art.ºs. 446º, n.ºs, 1 e 2 e 677º, ambos do C.P.C.). A decisão que condena a parte em custas tem um conteúdo jurisdicional, cabendo ao juiz a aplicação dos preceitos, sujeitando essa decisão aos mecanismos normais de impugnação. É exclusivamente sobre o juiz que recai o poder de proferir decisões que definam a responsabilidade pelo pagamento das custas. A importância da matéria sobre custas tem relevância também para os magistrados do Ministério Público. Além de defender o princípio da legalidade e acautelar os interesses do Estado nos tribunais, cabe emitir parecer ou promover a correcta aplicação dos preceitos referentes a custas judiciais, de modo a que sejam aplicados correctamente os normativos legais e arrecadados os quantitativos devidos. Aplica-se à contagem dos prazos referidos no Código das Custas Judiciais o disposto no art.º 144º do C.P.C. (ver art.º 11.º do Dec.Lei n.º. 324/03, de 27/12), ou seja, o diploma preambular do C.C.J. Não se aplica a este prazo o que está previsto no n.º 5 do art.º 145º do C.P.C., conforme nos dá conta o art.º 11.º n.º 2 do referido Decreto Lei.

O valor da unidade de conta (UC) determina-se de acordo com o disposto no art.º. 5º, n.º. 2, do Dec. Lei n.º 212/89, de 30/6. Corresponde a uma quantia em dinheiro equivalente a ¼ da remuneração mínima mensal

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___________________________________________________________________________ mais elevada, garantida, no momento da condenação, aos trabalhadores por conta de outrém, arredondada, quando necessário, para a unidade de euros mais próximo ou, se a proximidade for igual, para a imediatamente inferior. A UC é actualizada, trienalmente, a partir de 1992, atendendo-se, para o efeito, à remuneração mínima que tiver vigorado no dia 1 de Outubro do ano anterior. Calcula-se da seguinte forma: Salário mínimo nacional (mais elevado) a dividir por ¼ da UC No dia 01 de Outubro de 2003, esse salário cifrava-se em € 356,60 (trezentos e cinquenta e seis euros e sessenta cêntimos). Assim, temos € 356,60 : 4 = € 89,15 o qual se arredonda para € 89,00. Este montante da UC vai permanecer até 2006.12.31. NOTA: de ora em diante, todas as referências a artigos no presente trabalho, quando não expressamente indicada a fonte, referem-se a normas do Código das Custas Judiciais.

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1. CUSTAS ADMINISTRATIVAS

1.1 - Disposições legais Por força do art.º 189º, n.º 2 do CPTA foi incorporado no C.C.J. um capítulo específico sobre custas nos processos administrativos e fiscais. Os processos estão sujeitos a custas, (ver art.º 1.º , n.º 1). Assim, as custas administrativas compreendem a taxa de justiça e encargos, (cfr. art.º 1, n.º 2). Estas são uma contrapartida devida pelos particulares e pelo Estado e demais entidades públicas, (cfr. art.º 189º, n.º 1 do CPTA) quando recorrem aos serviços judiciais para resolução de conflitos. O montante apurado vai resultar de uma tabela única anexa ao C.C.J., conjugada com diversas disposições legais e corresponde ao pagamento do serviço público prestado pelo Estado (tribunal). A pré - determinação da taxa de justiça (cfr. tabela única dos art.ºs 13.º, 23.º e 25.º), constitui uma medida correcta para uma melhor administração da justiça, uma vez que facilita às partes calcular, de início, e com alguma certeza, as custas que terá de suportar a final, afastando-se assim, a hipótese de serem utilizados critérios subjectivos, como aliás atrás já foi referido. Excepção a esta regra são os incidentes anómalos, cuja tramitação, apesar de fixada entre dois limites, fica dependente de decisão judicial, (cfr. art.º 16º). 1.2 - Âmbito e isenções de custas Os processos administrativos, salvo os que forem isentos por lei, estão sujeitos a custas, as quais englobam a taxa de justiça e encargos, (cfr. art.º. 1º e 73º-A, n.º 1). Assim, instaurada qualquer acção administrativa ou deduzido qualquer incidente não abrangido por qualquer norma de isenção, está legalmente constituída a obrigação de pagamento de custas imputada à parte causadora da demanda. Trata-se de uma obrigação de natureza pecuniária, cujo cumprimento pode ser exigido coercivamente

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___________________________________________________________________________ pelo Estado, servindo de garantia todo o património do devedor (ver art.ºs 817º do C.C. e 821º do C.P.C. remissão feita pelo art.º 1º do CPTA). Emerge dos art.ºs 446º, n.º. 1 do C.P.C. e 189º, n.º 1, do CPTA que todos os processos respeitantes à parte administrativa estão sujeitos ao pagamento de custas, destinadas a suportar parte das despesas do tribunal pelo exercício da sua função de soberania de administração de justiça administrativa, a compensar a parte vencedora pelas despesas que efectuou com o pleito, a reembolsar entidades por despesas efectuadas ou a compensar intervenientes acidentais pelos serviços efectuados durante a demanda. Este artigo comporta a regra geral, segundo a qual, as custas devem ser suportadas pela parte que dá causa à acção ou ao incidente. NOTA: em tudo o que não estiver regulado no título II, aplica-se aos processos administrativos o que está previsto para as custas cíveis, com as devidas adaptações, (ver art.º 73º-A, n.º 3). As isenções de custas podem ser isenções subjectivas ou objectivas. 1.2.1 - As isenções subjectivas, (cfr. art.º sº 2º e 73º-C, n.º 1) dizem respeito à qualidade da pessoa ou entidade. Quando estas recorrem a tribunal para fazer prevalecer um direito, através de uma acção ou quando vão a juízo apresentar a sua defesa, estão isentas de custas. O regime de isenções subjectivas consagra que todos os sujeitos processuais estão sujeitos ao pagamento de custas, desde que possuam capacidade económica e financeira, com a excepção do que se encontra previsto nestes artigos. Assim, nos processos de natureza administrativa, o princípio geral é o de sujeição do Estado e de outras entidades públicas ao pagamento das custas judiciais, (cfr. art.º 189º, n.º 1 do CPTA) dando mais ênfase ao princípio da igualdade das partes. No entanto, a actuação do Ministério Público, quando em acções para as quais disponha de legitimidade própria, continua a gozar deste tipo de isenção.

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Sem prejuízo de normas avulsas, foram enunciadas no art.º 2º e 73º-C, n.º 1 para além da excepção anterior, as entidades que beneficiam de isenção de custas, de onde destacamos as seguintes:

∑ As pessoas colectivas de utilidade pública administrativa;

∑ As instituições particulares de solidariedade social; ∑ Qualquer cidadão, associação ou fundação que seja parte activa em processos destinados à defesa de valores e bens constitucionalmente protegidos, nos termos do n.º 3, do art.º 52.º da C.R.P., salvo em caso de manifesta improcedência do pedido;

∑ O impugnante, em caso de desistência no prazo legal após a revogação parcial do acto tributário impugnado;

∑ Aos agravados que, não tendo dado causa ou expressamente aderido à decisão recorrida, a não acompanhem;

∑ Os funcionários de justiça quanto às custas do processado inútil a que deram causa, se o juiz, em despacho fundamentado, lhes relevar a falta;

NOTA: Todas as normas contidas em legislação avulsa que consagram isenções de custas a favor do Estado e demais entidades públicas, foram revogadas pelo art.º 4º, n.º 7 do preâmbulo do Decreto Lei n.º 324/03 de 27/12. 1.2.2 - UAs isenções objectivasU, (cfr. art.º 3º e 73º-C, n.º 2)), funcionam a nível de processo. Não assentam na qualidade do sujeito, mas na natureza dos processos que, em princípio, deveriam ser tributados. Visam, por isso, proteger interesses dignos de protecção e que se não fossem isentos, podiam ficar gravemente afectados com a aplicação do princípio geral da onerosidade da intervenção dos tribunais.

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Deste tipo de isenções destacamos as seguintes do foro administrativo:

∑ Nos processos de contencioso eleitoral (ver art.ºs 97º a 103º, do CPTA); ∑ Nos processos de intimação para prestação de informações, consulta de processos ou passagem de certidões (ver art.ºs 104º a 108º, do CPTA); ∑ Nos processos de intimação para protecção de direitos, liberdades e garantias (ver art.ºs 109º a 111º do CPTA);

∑ Nas reclamações para a conferência julgadas procedentes sem oposição ( ver art.ºs 700º, n.ºs 3 a 5 do C.P.C., ex vi art.º 140.º, do CPTA e n.º 3 do art.º 18º do C.C.J.);

∑ Nos recursos com subida diferida que não cheguem a subir por desinteresse ou desistência do recorrente (art.ºs 735º, n.º 2 e 748º, n.º 2, do C.P.C., por força do art.º 140º, do CPTA );

∑ Nos depósitos e levantamentos a realizar pelas partes, que constituam actos normais da tramitação específica da respectiva forma de processos, bem como levantamentos nas cauções, nos inventários e nas execuções (são actos normais da tramitação processual);

∑ Nos incidentes de verificação de valor para efeitos de contagem, no que respeita à taxa de justiça ( está em conexão com os art.ºs 12º, n.º 2 do C.C.J. e art.ºs 317º e 318º, do C.P.C.).

A isenção de custas não abrange os reembolsos à parte vencedora a título de custas de parte, (cfr. art.º 4º, n.º 1). Se a parte vencida for o Ministério Público, os reembolsos de custas de parte são suportados pelo C.G.T., (ver n.º 2).

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___________________________________________________________________________ Se a parte vencida gozar de benefício de apoio judiciário na modalidade de dispensa total ou parcial do pagamento de custas, o reembolso das taxas de justiça autoliquidadas pela parte vencedora são igualmente suportados pelo C.G.T., (ver n.º 3). Na situação de haver decaimento, o reembolso atrás referido, é efectuado na proporção do vencimento, sendo descontadas as custas da sua responsabilidade, (ver n.º 4).

As entidades que gozem de isenção de custas e fiquem vencidas, devem suportar o valor do reembolso à parte vencedora do que ela haja despendido e se integre no conceito de custas de parte, ou seja, as despesas que a parte vencedora realizou no processo a que reporta a condenação e de que tenha direito a ser compensada. A esta norma está subjacente o princípio da justiça gratuita para a parte vencedora, o qual decorre do estipulado nos n.º 1 e 2 do art.º 446º do C.P.C.

NOTA: as custas de parte deixam, em regra, de ser incluídas na conta

final, cabendo à parte vencedora, solicitar o seu pagamento directamente à parte que for condenada, (ver art.º 33º-A, n.º 1).

2. VALOR DA CAUSA PARA EFEITO DE CUSTAS (ART.º 73º-D)

A toda a causa corresponde um valor processual expresso em moeda legal (cfr. art.º. 31º, n.º. 1, do CPTA) e que em todas as petições apresentadas em juízo deve ser indicado o respectivo valor da acção (cfr. art.º 78º, n.º 2, al. i), do CPTA, art.º 467.º, n.º 1 al. f) do CPC, por força do art.º 1.º do CPTA), sob pena de rejeição da mesma, por parte da secretaria (cfr. art.º 80º, n.º 1 al. c) do CPTA), ou de posteriormente se extinguir a instância, (cfr. art.º 314º, n.º 3, do C.P.C., por remissão do n.º 2 do referido art.º 80º do CPTA). A expressão, forma de processo, designa a sequência ordenada de actos e formalidades, a serem observadas na proposição e desenvolvimento da acção em tribunal. A cada pretensão apresentada em tribunal corresponde uma forma de processo típica. Vigora no CPTA o princípio da tipicidade das formas de processo.

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___________________________________________________________________________ Face ao CPTA, verifica-se uma dualidade de formas de processo, distinguindo-se a acção administrativa comum e a acção administrativa especial. Toda a causa tem dois valores, independentes ou autónomos, que podem ou não coincidir, que são : o valor processual e o tributário. 2.1 - O valor processual é fixado segundo as regras enunciadas nos art.ºs 32º a 34º, no CPTA). Serve este valor para determinar a forma de processo na acção administrativa comum, se o processo, em acção administrativa especial, é julgado em tribunal singular ou em formação de três juízes e se cabe recurso da sentença proferida em primeira instância e que tipo de recurso (cfr. art.º 31º, nº2 do CPTA). 2.2 - O valor tributário é fixado (cfr. art.º 31º, n.º 3 do CPTA e 73-D), segundo as regras estabelecidas na legislação respectiva, recorrendo-se, se necessário, às regras contidas nos art.ºs 5º a 12º. É com base neste valor que será fixada a taxa de justiça devida pelo processo, e através do qual, as partes se baseiam para efectuar a autoliquidação da taxa de justiça inicial e subsequente. Assim, para se calcular o valor para efeito de custas administrativas, recorre-se ao estipulado nos art.ºs 32º a 34º, do CPTA e art.º 73º-D. Se posteriormente, for necessário, recorre-se então, às regras estipuladas nos art.ºs 5º e seguintes do C.C.J. 2.2.1 - No art. 5º, está consagrada a regra geral para se achar o valor tributário N.º. 1 – nos casos não expressamente previstos, atende-se, para efeito de custas, ao valor resultante da aplicação da lei de processo. N.º. 2 – o valor declarado pelas partes é atendido, quando não seja inferior ao que resultar dos critérios legais. N.º. 3 – as custas são calculadas pelo valor do pedido inicial, ainda que, este venha a ser reduzido, por iniciativa do autor ou do tribunal.

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___________________________________________________________________________ N.º. 4 – o autor ou exequente indica, na petição inicial, a liquidação dos interesses já vencidos na data da sua apresentação em juízo, e pelo respectivo valor se elaboram as contas. De um modo geral, o valor processual coincide com o valor tributário, sendo a ele que deveremos recorrer nos casos não expressamente previstos. No entanto, há casos em que a divergência entre estes dois valores é evidente. Assim, a regra da coincidência entre o valor processual e valor tributário comporta algumas excepções previstas nos art.ºs 6º e 7º ou noutras normas avulsas. 2.3 - Nas execuções o valor é o indicado pelas partes, (cfr. art.º. 5º, n.ºs 1, 2 e 4). Para se calcular o valor, para efeito de custas, deve ter-se em conta a soma dos créditos exequendos ou o produto dos bens liquidados, se for inferior à quantia exequenda, (cfr. art.º 9º, n.º 1). Exemplo: o valor de uma execução para pagamento da quantia certa é de € 12.470,00. Foram penhorados bens e, posteriormente, vendidos pelo valor de € 3.232,00 . É este último valor que é atendido para a contagem final do processo. Nota: este preceito é utilizado caso a execução seja remetida à conta, nos termos do art.º 51º, n.º. 2 al. b) do C.C.J., ou seja, quando o processo é remetido à conta, em virtude de estar parado por mais de 5 meses, por facto imputável às partes. 2.3.1 - O valor no concurso de credores, sendo as custas a cargo do executado, vigora o estipulado no n.º 2 e 3 do art.º 9º, ou seja, a soma dos créditos reclamados ou o produto dos bens liquidados, se for inferior à soma dos créditos reclamados. Caso os bens não tenham ainda sido liquidados, atende-se ao valor dos bens penhorados, se for inferior aos dos créditos deduzidos.

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___________________________________________________________________________ 2.4 - Quando o réu deduz pedido reconvencional (cfr. art.ºs 501º e 274º, ambos do C.P.C.) ou haja intervenção principal, com pedidos distintos do formulado pelo autor, o valor a considerar para efeito de custas é o da soma dos pedidos, (cfr. art.º. 10º do C.C.J. e art.º. 308º, n.º. 2 do C.P.C.). Se um dos pedidos cessar e o processo prosseguir pelo outro, este determina o valor da causa a partir da cessação daquele, (cfr. art.º. 10º, n.º. 3). Exemplo: O autor propôs uma acção em tribunal, pedindo que o réu seja condenado a pagar-lhe a quantia de € 17.457,93 que alega dever-lhe. Citado regularmente, o réu contestou a acção e, em reconvenção, pede que o autor seja condenado a pagar-lhe a quantia de € 2.992,79. Aqui vamos aplicar as regras dos art.ºs 10º do C.C.J. e art.º. 308º, n.º. 2 do C.P.C. Assim, o valor processual e o valor tributário são coincidentes, uma vez que, vamos somar os dois pedidos, conforme o estipulado nos preceitos acima referidos. Valor do pedido inicial - - - - - - - - - - - - - - € 17457,93 Valor da reconvenção - - - - - - - - - - - - - - € 2 992,79 SOMA € 20.450,72 2.5 - Valor da causa nos recursos – (art.º. 11º) Nos recursos, o valor é o da sucumbência, quando esta for determinável, devendo o recorrente indicar o seu valor no requerimento de interposição do recurso. Nota: Face à natureza da causa e ao conteúdo da decisão de que se recorre, o valor da sucumbência (decaimento) é ou não determinável ou quantificável. No caso afirmativo, o valor da sucumbência é que releva para

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___________________________________________________________________________ determinação do valor tributário do recurso. No caso oposto, funciona o valor tributário da causa. 2.6 - Valor ilíquido, desconhecido ou inexacto – (art.º. 12º) Quando se constate que o valor real da causa se configura em termos de enquadrar uma das seguintes situações: iliquidez, imprecisão ou desconhecimento, deve a secretaria fazer o processo concluso ao juiz com a informação a prestar, a qual deverá ser precisa, objectiva e, sempre que possível, devidamente fundamentada, indicando o valor que lhe parecer correcto. NOTA: na sentença ou em despacho final, deve o juiz fixar a percentagem do decaimento, quando este não seja determinável por simples cálculo aritmético, (cfr. art.º 805.º, n.º s 1,2 e 3, do C.P.C.). Prevê o n.º 3 do art.º 73º-D que o valor para efeito de custas nos processos administrativos de valor indeterminável e nos processos sob a forma da acção administrativa especial sem cumulação de pedidos, a que corresponda a forma da acção administrativa comum, o valor da taxa de justiça do processo é fixado pelo juiz, segundo a complexidade da causa, a repercussão económica da acção para o responsável pelas custas e a situação económica destes, entre dois limites:

- limite mínimo 2 UC ( € 178,00); - limite máximo 20 UC ( € 1 780,00).

NOTA: As causas são de valor processual indeterminável, quando as respectivas pretensões sejam insusceptíveis de avaliação económica, (ver art.º 34º, n.º 1 do CPTA). Nestes processos as partes devem autoliquidar a taxa de justiça inicial e subsequente, pelo valor de € 3 740,98. (vidé art.ºs 6º, n.º 2 do ETAF e 24º, n.º 1 da Lei n.º 3/99, de 13/01 e art.º 73º-D, n.º 4).

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___________________________________________________________________________ 3. TAXA DE JUSTIÇA Como atrás ficou dito, a pré-determinação da taxa de justiça, (tabela

única dos art.ºs 13º, 23.º e 25.º) constitui uma medida correcta para uma melhor administração da justiça, porque facilita às partes, calcular, logo de início e antes de proporem as acções em tribunal, e com alguma certeza, as custas que terá de suportar a final. O C.C.J. consagra, como regra, o sistema da taxa de justiça fixa a qual vai ser proporcional ao valor da causa. Dessa regra resulta que a taxa de justiça devida, para cada parte, é a constante da tabela anexa a que refere os art.ºs 13.º, 23.º e 25.º, sendo calculada sobre o valor das acções, incidentes com estrutura de acções, recursos ou procedimentos cautelares. Com a adopção de uma tabela única, a taxa de justiça global vai corresponder ao somatório das taxas de justiça inicial e subsequente autoliquidadas por cada parte. Consagra-se a regra de que, em caso de pluralidade activa ou passiva das partes, o respectivo conjunto é considerado, para efeitos de cálculo da taxa de justiça, como uma única parte. A fim de se evitar pagamentos em excesso, consagra-se a regra da dispensa do pagamento de taxa de justiça subsequente, nas situações em que o pagamento da taxa de justiça inicial, paga pelas partes, se revele necessária, para assegurar o pagamento da totalidade da taxa de justiça de parte, (ver art.º 25.º, n,º2). Excepções a esta regra são os incidentes anómalos, cuja tramitação apesar de fixada, fica dependente de decisão judicial, (cfr. art.º 16º). Se o juiz não fixar o valor da taxa de justiça, o montante daquela, para efeito de custas, é fixado automaticamente em ½ da taxa de justiça do processo, com o limite máximo de 2 UC, (ver n.º 3 do art.º 16.º).

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3.1 Redução da taxa de justiça a metade (art.º 14.º e 73º-E) Nesta reforma consagra-se, como regra geral, um único grau de redução da taxa de justiça a metade. Assim, não se atende, como anteriormente acontecia, às reduções da taxa de justiça, em função da natureza das espécies processuais, da hierarquia dos tribunais e da fase processual em que terminava o processo. A taxa de justiça é reduzida a metade, não sendo devida taxa de justiça subsequente.

∑ Nos recursos dirigidos ao TCA, nos termos do n.º 2 do art.º 18º, não havendo lugar a outro tipo de redução;

∑ Nas acções administrativas especiais em que não haja lugar a

audiência pública (cfr. art.º 46º, n.º 1 do CPTA);

∑ Nos processos que tenham sido suspensos por aplicação do regime previsto no art.º 48º do CPTA, salvo se o autor requerer a continuação do seu próprio processo, ( processos em massa, isto é, quando forem intentados mais de vinte processos, e o presidente do tribunal determine o andamento apenas de um ou de alguns e a suspensão da tramitação dos outros (ver art.º 48º, n.º 2 do CPTA).

∑ Nos processos de contencioso pré – contratual. São processos com

carácter urgente, (art.ºs 100º a 103º, do CPTA). ∑ Nos processos de conflito de competências, (ver art.ºs 135º a 139º, do

CPTA); ∑ Nos processos cautelares, (ver art.ºs 112º a 134º, do CPTA)

∑ Nos processos de acção cautelar admitidos em processo judicial

tributário, (ver art.ºs 136º a 139º, 140º a 142º e 143º, do C.P.P.T.).

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___________________________________________________________________________ Além deste tipo de processos específicos do foro administrativo, aplica-se esta redução, aos processos do art.º 14º, com as devidas adaptações que se apliquem nos tribunais administrativos.

NOTA: O que atrás foi referido, não prejudica a obrigatoriedade de pagamento de taxa de justiça devida pela interposição de recurso ou execução de sentença. Assim, a redução atrás mencionada não é aplicável em sede de recurso das decisões proferidas naqueles processos, nem nas execuções dependentes das mesmas decisões.

3.2 Redução especial da taxa de justiça (art.º 15.º) Este artigo deve ser conjugado com os preceitos do art.º 150.º do C.P.C., por força da remissão feita dos art.ºs 1º, 35º e 78º, n.º 1, do CPTA, uma vez que, tem por princípio, a entrega dos articulados e das demais peças processuais. Assim, as partes ao optarem pelo envio de todos os articulados e peças processuais, através de correio electrónico ou de outro meio de transmissão electrónica de dados, a taxa de justiça inicial e subsequente das partes, é reduzida em um décimo (1/10). Exemplo: Numa acção comum ordinária com o valor tributário de € 25 000,00, o autor enviou a petição inicial por correio electrónico, a taxa de justiça é reduzida em 1/10. Valor tributário - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- € 25 000,00 Taxa de justiça inicial – tabela única anexa - - - - - - - - - - - - - € 178,00 Redução em 1/10 (art.º 15.º, n.º 1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- € 17,80 Taxa de justiça devida pelo autor - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - € 160,20

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___________________________________________________________________________ A parte que optar pelo envio de todos os articulados e peças processuais nos termos anteriores, a taxa de justiça é reduzida em 1/10. Assim, a taxa de justiça global será reduzida, em conformidade com a redução da taxa de justiça de parte. Esta opção deverá ser expressamente efectuada no primeiro acto processual praticado, por escrito, pela parte, produzindo efeitos até ao termo do processo. Se ocorrer em momento posterior à opção acima referida, a apresentação em juízo, através de qualquer meio previsto no art.º 150.º do C.P.C., fica sujeita à aplicação das cominações previstas para a omissão do pagamento das taxas de justiça inicial ou subsequente, consoante os casos. Esta multa nunca poderá ser inferior ao quádruplo do montante da redução da taxa de justiça de que a parte tenha beneficiado nos termos do n.º 1 deste artigo. Exemplo: Em momento posterior ao primeiro acto processual, praticado por escrito, pela parte, o autor enviou a réplica, sem ter utilizado o correio electrónico ou outro meio de transmissão electrónica de dados. Assim, não deu cumprimento à opção tomada no primeiro acto processual previsto nos n.ºs 1a 3 do art.º 15º, incorrendo nas cominações previstas nos n.ºs 4 e 5 do referido artigo. Valor tributário ................................................................................ € 25 000,00 Taxa de justiça inicial (tabela única) .......................................... € 178,00 Redução em 1/10 .......................................................................... € 17,80 Multa: quádruplo da taxa de justiça da redução (art.º 15º, n. 4): (€ 17,80 x 4) = € 71,20. Mas, como neste caso, se aplicam as regras para a omissão do pagamento da taxa de justiça inicial, a multa nunca pode ser inferior a uma

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UC (€ 89,00) conforme melhor consta no art.º 486º - A, n.º 3 do C.P.C., isto é, o seu limite mínimo.

3.3 Taxa de justiça noutras questões incidentais (art.º 16.º) Nestes incidentes anómalos, bem como em todas as questões incidentais não previstas no art.º 14.º e 73º-E, a taxa de justiça é fixada pelo juiz, em função da complexidade do valor da causa, do processado a que deu causa ou da sua natureza manifestamente dilatória, entre dois limites:

∑ limite mínimo de uma UC (€ 89,00);

∑ limite máximo de vinte UC (€ 1 780,00). Pode o juiz, de forma fundamentada, dispensar do pagamento da taxa de justiça. UNOTA:U Se o juiz condenar a parte em custas do incidente e não fixar o valor da taxa de justiça ou não dispensar o seu pagamento, o valor da referida taxa será automaticamente fixado em metade do valor da taxa de justiça do processo, não podendo, no entanto, exceder o valor de 2 UC (€ 178,00).

3.4 Taxa de justiça nos tribunais superiores (art.º 18.º e 73º-E) Estes artigos estipulam a equiparação entre a taxa de justiça devida na 1ª instância, e a devida nos recursos para os tribunais superiores. Deixa, assim, de haver reduções da taxa de justiça, evitando-se, com esta medida a prática de actos meramente dilatórios.

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Nas causas directamente intentadas nos tribunais superiores e nos recursos dirigidos ao STA, (ver art.º 73º-A, n.º 4) a taxa de justiça é calculada nos termos do art.º 13.º. Nos recursos dirigidos ao TCA, a taxa de justiça é metade da constante da tabela anexa, não sendo devida taxa de justiça subsequente e não havendo lugar a quaisquer reduções, (ver art.º 73º-E, n.º 1 al. a)). Nas reclamações para a conferência, (ver art.ºs 688.º e segs., do C.P.C.) nos recursos de decisões proferidas em incidentes e nos agravos de decisões interlocutórias que subam juntamente com outro recurso, aplica-se o disposto no art.º 16.º, isto é, a taxa de justiça é fixada pelo juiz entre 1UC e 20 UC. Se o juiz não fixar a taxa de justiça ou não dispensar do seu pagamento, o montante daquela, fica fixado, automaticamente, em metade do valor da taxa de justiça do processo com o limite máximo de 2UC (€ 178,00).

3.5 Redução da taxa de justiça no Supremo Tribunal Administrativo (art.º 19.º)

No S.T.A. (art.º 73º-A, n.º 4) a taxa de justiça é reduzida a metade, e consequentemente, não é devida taxa de justiça subsequente nas seguintes situações:

∑ se os recursos forem julgados desertos, ou terminarem antes da fase de julgamento;

∑ nos recursos de revisão e de oposição de terceiro que terminem antes

do termo do prazo da resposta;

3.6 Limite mínimo da taxa de justiça Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do art.º 16.º, a taxa de justiça global nos restantes procedimentos, nunca pode ser inferior a uma UC (€ 89,00), mesmo que sujeita a redução.

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3.7 TAXA DE JUSTIÇA INICIAL E SUBSEQUENTE

3.7.1 Pagamento gradual da taxa de justiça (art.º 22.º) Estas taxas são parcelas do pagamento gradual da taxa de justiça, (cfr. art.º 22º). A taxa de justiça é paga gradualmente pelo autor, requerente, exequente, réu, requerido ou executado que deduza oposição e recorrido que alegue, nos termos dos art.ºs 23º a 29º. Servem para garantir o pagamento integral da taxa de justiça do processo, no momento em que o tribunal proferir a decisão final. A dispensa de autoliquidação da taxa de justiça inicial e subsequente e do respectivo pagamento, apenas abarcam situações de isenção subjectivas ou objectivas da taxa de justiça, sem prejuízo das situações em que seja concedido o apoio judiciário, art.º 16.º da Lei n.º 34/04. de 29/07. Para além destas situações, também o C.C.J. dispensa a autoliquidação da taxa de justiça inicial e subsequente, nas situações previstas do art.º 29.º, n.º 1 al. a) a d), conjugado com a 1ª parte do n.º 2 do mesmo artigo.

3.7.2- TAXA DE JUSTIÇA INICIAL (Art.º 23º)

Para a promoção das acções, incidentes e recursos, é devido o pagamento da taxa de justiça inicial autoliquidada nos termos da tabela anexa ao C.C.J. Para a promoção de execuções, é devido o pagamento de uma taxa de justiça correspondente a ¼ UC ou ½ UC, consoante a execução tenha valor igual ou inferior ao da alçada do TCA (cfr. art.º 73.º-A, n.º 4) ou superior ao mesmo, aplicando-se com as devidas adaptações, o regime da taxa de justiça inicial. Está vedada a intervenção de solicitador de execução nas execuções dos tribunais administrativos, (cfr. art.º 73º-F, n.1).

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___________________________________________________________________________ 3.7.3 - Pagamento prévio da taxa de justiça inicial (Art.º 24º) O documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça inicial é entregue ou remetido ao tribunal com apresentação, (ver n.º. 1):

a) Da petição ou requerimento do autor, exequente, ou requerente; b) Da oposição do réu ou requerido; c) Das alegações e contra-alegações de recurso e, nos casos de

subida diferida, das alegações no recurso que motivou a subida ou da declaração no interesse da subida;

Nota: À petição inicial o autor deve juntar o documento comprovativo do prévio pagamento da taxa de justiça inicial ou da concessão do benefício do apoio judiciário, na modalidade de dispensa total ou parcial do pagamento da mesma. Quando o autor assim não proceda, a secretaria deve recusar o recebimento da petição inicial, devendo fundamentar, por escrito, o motivo da rejeição, nos termos do art.º 80º, n.º 1 , al. d) e n.º 2, do CPTA e art.º 474.º, al. f) do C.P.C. O documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça inicial perde a sua validade, no prazo de 90 dias, a contar da data da respectiva emissão, se não tiver sido, entretanto, apresentado em juízo. Se ocorrer esta situação, pode o interessado no prazo de 180 dias, a contar da data da respectiva emissão, requerer o reembolso ao I.G.F.P.J., mediante a entrega do original, sob pena do montante reverter para o C.G.T.

3.7.4 - TAXA DE JUSTIÇA SUBSEQUENTE (Art.º. 25º)

O montante da taxa de justiça subsequente é igual ao da taxa de justiça inicial, sendo autoliquidada nos termos da tabela em anexo. Quando haja mais de um autor, requerente ou recorrente, ou mais de um réu, requerido ou recorrido, e o montante da taxa de justiça inicial paga, se revelar suficiente para assegurar o pagamento da totalidade da taxa de

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justiça devida pela respectiva parte, são aqueles dispensados do pagamento da taxa de justiça subsequente.

3.7.5 - Prazo de pagamento da taxa de justiça subsequente (Art.º. 26º) O documento comprovativo do pagamento da taxa de justiça subsequente é entregue ou remetido ao tribunal, no prazo de 10 dias, a contar das notificações:

∑ para a audiência final; ∑ nos recursos, do despacho que mande inscrever o processo na

tabela.

UNOTA:U Quando houver lugar à dispensa do pagamento da taxa de justiça subsequente, (cfr. art.º 25.º, n.º 2) nas notificações acima referidas, deve mencionar expressamente a referida dispensa, sem prejuízo da mesma poder ser invocada pelas partes. 3.7.6 – Limite máximo (art.º 73º-B) e limite da taxa justiça inicial e subsequente (art.º 27º) Nas causas de valor superior a € 250 000,00, não é considerado o excesso, para efeito do cálculo do montante de taxa de justiça inicial e subsequente, (cfr., n. 1). Fixa o art.º 73º-B um limite máximo da taxa de justiça, relativo às acções que correm termos nos tribunais administrativos. Para efeito de custas, não é considerado o valor superior a € 250 000,00. O n.º 2 do mesmo artigo estatui sobre os recursos em processos administrativos ou tributários, que também não se considera, para efeito de custas o valor superior a € 250 000,00.

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___________________________________________________________________________ 3.8 - Omissão do pagamento pontual das taxas de justiça (art.º 28º) A omissão do pagamento das taxas de justiça inicial e subsequente dá lugar à aplicação das cominações previstas na lei de processo, (ver art.º s 1º e 80º, n.º 1 al. d) e n.º 2 do CPTA e 150º-A, 474º, 486.º-A, 512º-B e 690º-B, todos do C.P.C.).

3.8.1 Dispensa de pagamento prévio de taxa de justiça inicial e subsequente (art.º 29.º)

Estão dispensadas do pagamento prévio das referidas taxas as seguintes entidades:

a) O Estado, incluindo os seus serviços ou organismos, ainda que personalizados;

b) As regiões autónomas;

c) As autarquias locais e as associações e federações de municípios;

d) As instituições de segurança social e as instituições de previdência

social de inscrição obrigatória;

e) Qualquer cidadão, associação ou fundação, que seja parte activa em processos destinados à defesa de valores e bens, constitucionalmente protegidos, (o direito da acção popular, promover a prevenção, a cessação ou perseguição judicial das infracções contra a saúde pública, os direitos dos consumidores, à qualidade de vida, à preservação do ambiente entre outros).

f) As pessoas representadas por defensor oficioso, curador especial ou

pessoa idónea;

g) Os funcionários de justiça nos recursos de decisões que os sancionem.

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UNOTA:U Nas entidades referidas nas alíneas a) a d), a referida dispensa, só se aplica aos processos que corram termo nos tribunais administrativos e tributários e, nos restantes casos, aos processos em que aquelas entidades sejam parte passiva no litígio. Com a excepção dos recursos e processos declarativos e incidentes que corram por apenso às execuções, não há lugar ao pagamento prévio da taxa de justiça inicial e subsequente nas seguintes situações:

∑ Nas execuções, sem prejuízo do disposto no n.º 2 do art.º 23º ; ∑ Nos pedidos de reforma da decisão quanto a custas e multa;

∑ Nas reclamações da conta.

UNOTA:U Não há lugar ao pagamento da taxa de justiça subsequente nos casos em que haja mais de um autor, requerente ou recorrente, ou mais de um réu, requerido ou recorrido e o montante da taxa de justiça inicial se revelar suficiente, para assegurar o pagamento da totalidade da taxa de justiça devida pela respectiva parte, (ver art.º 25º, n.º 2).

3.8.2 Taxa de justiça paga a final (art.º 30º)

As taxas de justiça não abrangidas pelos art.ºs 23º, 25º e 29º e o excesso são apurados na conta. 3 .8.3 - Reembolso e devolução da taxa de justiça (art.º. 31º) N.º. 1 – Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, as taxas de justiça pagas, por cada parte, integram as custas de parte, (ver alínea b) do n.º 1 do art.º 33.º). Incorpora o princípio da justiça gratuita para o vencedor. N.º. 2 – Quando há pluralidade subjectiva, activa ou passiva, o montante das taxas de justiça pagas em excesso, é devolvido aos

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___________________________________________________________________________ respectivos sujeitos processuais, nos termos dos pagamentos do art.º 69.º e seguintes, aplicando-se, caso seja necessário, a regra da proporcionalidade. N.º. 3 – Não é devolvida a taxa de justiça de valor igual ou inferior a ½ de UC. (Constitui um limite à devolução). Nota: a devolução prevista no n.º. 2 deste artigo fica documentada no processo (cfr. art.º 56º, n.º 4). O excesso entra sempre na conta (cfr. art.º 30º). Assim, se houver encargos a pagar, dá-se pagamento através do excesso de taxa de justiça, evitando-se assim, possíveis execuções por custas. O que está previsto no n.º. 3 excepciona, de certa forma, o princípio da justiça gratuita para o vencedor.

4. ENCARGOS NOTA: é uma matéria que não se encontra regulada no título II, isto é, nas custas administrativas. Assim, por força do art.º 73º-A, n.º 3, aplica-se as regras estabelecidas para as custas cíveis aos processos administrativos, com as devidas adaptações. 4.1 - Encargos em geral (art.º. 32º) As custas compreendem os seguintes encargos: Num primeiro grupo, surge o reembolso ao C.G.T. por despesas adiantadas, (ver art.º. 147º) incluindo entre outras, as relativas à transcrição das provas produzidas oralmente, (ver al. a) do n.º. 1).

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De seguida, aparece em conexão com os meios de prova documental previstos nos art.ºs 535º e 538º, ambos do C.P.C. por remissão do art.º 90º, n.º 2, parte final do CPTA, o montante correspondente ao custo de:

∑ certidões não extraídas oficiosamente pelo tribunal; ∑ documentos, pareceres e plantas;

∑ outros elementos de informação ou de prova ; ∑ serviços judicialmente requisitados.

Seguidamente, surgem as retribuições e compensação devidas a intervenientes acidentais no processo, por exemplo, as testemunhas, peritos, tradutores, encarregados da venda, depositário, etc., (ver al. c) do n.º. 1); Noutro grupo, surgem os encargos referentes às despesas de transporte e ajudas de custo, as quais abrangem os encargos com as deslocações dos intervenientes acidentais em geral, em conexão com o art.º. 36º, (ver al. d) do n.º. 1). Na alínea e), surgem os encargos referentes ao reembolso ao Estado do dispêndio com o apoio judiciário, incluindo, entre outros, o relativo a honorários pagos ou adiantados no âmbito do mesmo. Por último, a alínea f) reporta-se ao encargo referido no art.º 239.º, n.º 8 do C.P.C., ou seja, o custo da citação por funcionário de justiça, quando o autor declare, na petição inicial, que assim pretende. Sem prejuízo do disposto no art.º 4.º, o reembolso à parte vencedora, a título de custas de parte e de procuradoria, constitui encargo da parte vencida, na medida em que for condenada. Este grupo de encargos reporta-se ao reembolso à parte vencedora, a título de custas de parte, as quais estão previstas nos art.ºs 33º, 33.º-A. Nas situações em que tenha lugar a transcrição das provas produzidas oralmente, os custos com a mesma, são suportadas pelo recorrente, mediante o pagamento de preparo para despesas.

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UNOTA:U Todas as despesas suportadas pelo C.G.T. ficam documentadas no processo. Por fim, fala-nos este artigo, das remunerações a efectuar às entidades bancárias, que prestem ao tribunal a colaboração estabelecida no art.º 861.º-A, do C.P.C. Esta remuneração é fixada da seguinte forma:

∑ quando forem apreendidos saldos de conta bancária ou valores mobiliários existentes, em nome do executado, a remuneração a pagar é de 1/5 de UC;

∑ quando não haja saldo ou valores em nome do executado, a

remuneração é de 1/10 de UC. UNOTA:U A remuneração acima referida é reduzida a metade, quando sejam utilizados meios electrónicos de comunicação, entre o agente de execução e a instituição. 4.2 – Custas de parte (art.º 33.º) As custas de parte compreendem o que a parte haja dispendido com o processo a que se refere a condenação e de que tenha direito a ser compensada, (cfr. n.º 1). Estas despesas são efectuadas pelas partes com vista a implementarem a marcha do processo. As custas de parte compreendem entre outras:

∑ as custas adiantadas;

∑ as taxas de justiça pagas;

∑ a procuradoria;

∑ os preparos para despesas gastos;

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___________________________________________________________________________ Estas quantias, bem como o restante dispêndio de que a parte tenha direito a ser compensada, são objecto de nota discriminativa e justificativa. Estas notas discriminativas devem identificar, inequivocamente, a fase processual, incidente ou apenso a que se reportam as despesas. NOTA: a sentença constitui título executivo, designadamente, no que respeita às custas de parte. Em relação a estas custas de parte, deixam, em geral, de ser incluídas na conta final. Assim, a parte vencedora vai solicitar o pagamento dos encargos, que teve com a tramitação do processo, directamente à parte vencida e responsável pelo pagamento das custas, dispensando-se assim, e salvo raras excepções, a inclusão no corpo da conta. 4.2.1 – Pagamento das custas de parte (art.º 33.º-A) Sem prejuízo da sua cobrança, em execução de sentença, no prazo de 60 dias, a contar do trânsito em julgado da mesma, a parte que tenha direito a ser compensada das custas de parte, remete à parte responsável a respectiva nota discriminativa e justificativa, para que esta proceda ao seu pagamento, (ver n.º 1). Quando estes encargos devam ser pagos, por quantias depositadas nos autos, a referida nota discriminativa e justificativa é igualmente remetida, ao tribunal, o qual procede ao respectivo pagamento, (ver n.º 2). À nota discriminativa e justificativa, aplica-se, com as necessárias adaptações, o disposto nos art.ºs 60.º a 62.º (reclamação e reforma da conta), 64.º e 66.º (oportunidade do pagamento voluntário das custas). A admissão da reclamação e do recurso, (ver art.ºs 60.º a 62.º) dependem do depósito prévio do montante constante na nota discriminativa e justificativa, a efectuar directamente na C.G.D. ou através de sistema electrónico, a favor o I.G.F.P.J., ficando o mesmo à ordem da secretaria, (ver n.º 4).

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Esta reclamação é tributada como um incidente anómalo, sendo a taxa de justiça fixada nos termos do art.º 16.º, não sendo devida taxa de justiça inicial autoliquidada, por força do art.º 23º, n.º 1. Se o responsável não efectuar o pagamento das custas de parte e a parte interessada não requerer execução de sentença, pode a mesma solicitar ao M.º P.º que instaure execução por custas, indicando bens penhoráveis do devedor, (ver n.º 6).

4.3 Remuneração e compensação dos intervenientes acidentais

4.3.1 Remuneração dos intervenientes acidentais (art.º. 34º) O disposto neste artigo estipula o quantitativo da remuneração a atribuir aos intervenientes acidentais, mediante os conhecimentos especiais de cada um. Em regra, o pagamento a estes intervenientes acidentais, é feita pelos preparos para despesas, efectuadas anteriormente, pelas partes.

∑ peritos e louvados em diligências que não requeiram conhecimentos especiais – 1/5 de uma UC, mas com o limite de 2 UC para todas as diligências efectuadas no mesmo dia;

∑ peritos e louvados em diligências que requeiram conhecimentos

especiais – 1/3 de uma UC, mas com o limite de 2 UC por diligência;

∑ os liquidatários, os administradores e as entidades encarregadas da venda extrajudicial auferem o que for fixado pelo tribunal, até 5% do valor da causa, ou dos bens vendidos ou administrados, se este for inferior.

Os valores estabelecidos para peritos e louvados podem ser actualizados por tabela a aprovar por portaria do Ministério da Justiça (ver n.º 3).

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___________________________________________________________________________ A estes montantes pagos pelo I.G.F.P.J. deve reter-se o I.R.S., categoria B, (cfr. art.º 3º do Dec-Lei n.º. 442- A/88, de 30/11). Esta retenção na fonte é de 20% , (cfr. art.º 94º do mesmo diploma). A pessoa que esteja isenta deste imposto, para não ser tributada, deve comunicar, por escrito, ao Sr. Secretário de justiça respectivo e deve indicar no recibo verde de quitação com a menção “ sem retenção, nos termos do n.º. 1 do art.º. 9º do Dec-Lei n.º. 42/91 de 22/01”.

4.3.2 - Despesas com transportes de intervenientes acidentais (art.º. 36º) Aplica-se a todos os intervenientes acidentais que exijam o respectivo pagamento, pelo facto de não lhes ser disponibilizado meio de transporte pelas partes ou pelo Tribunal. Este pedido tem de ser feito até ao encerramento da audiência ou da inquirição e a importância a pagar por quilómetro é do montante de 1/400 de uma UC. 4.3.3 - Compensação às testemunhas (art.º. 37º) Este dispositivo está em conexão com o art.º. 644º do C.P.C. O único pressuposto para a testemunha ser compensada, é o facto de a mesma ter sido notificada para comparecer em Tribunal e efectivamente tenha comparecido, tenha ou não prestado o seu depoimento. O pagamento é efectuado por quem ofereceu as testemunhas, no prazo de 5 dias, a contar do montante fixado pelo Sr. Juiz (cfr. art.º. 43º, n.º. 2). Caso esta seja isenta de custas ou dispensada do seu pagamento, nos termos da Lei do apoio judiciário, o pagamento é adiantado pelo C.G.T. Esta despesa efectuada pelo C.G.T., entra a final em regra de custas.

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___________________________________________________________________________ NOTA: com esta reforma não se efectuam preparos para despesas, para pagamento às testemunhas. Após o montante ser fixado, a parte que oferecer as testemunhas se não efectuar o pagamento, podem estas, requerer ao M.º P.º que instaure execução por custas, indicando bens penhoráveis do devedor, (art.º 116.º, n.º 3, parte final).

4.3.4 - Despesas de transporte de magistrados e funcionários (art.º. 38º) As despesas de transportes e ajudas de custo em diligências, realizadas fora do tribunal, são fixadas anualmente (ver art.º 38.º do decreto Lei n.º 106/98, de 24/04). Não intervindo magistrados nas diligências, os meios de transporte a utilizar, são determinados pelo secretário de justiça.

4.3.5 - Anotação das despesas de transporte (art.º. 39º) Todos os pagamentos realizados com este tipo de despesas, devem ficar documentados no processo “ nota de despesas “, após a verificação pelo secretário de justiça da sua regularidade, com o respectivo visto e incluídas na conta final. 5 - PROCURADORIA

5.1 - Natureza e âmbito da procuradoria (art.º 40º) O vencedor da causa, na 1º e 2ª instância bem como no S.T.A., (ver art.º 73º-A, n.º 4, do CPTA) na proporção do seu vencimento, tem direito a receber do vencido ou de quem desistiu do pedido ou da instância uma quantia, a título de procuradoria, com a excepção dos incidentes, mesmo que haja oposição, (ver n.º. 1).

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Se houver mais do que uma parte vencedora, a procuradoria é dividida por cada uma, na proporção do seu vencimento, (ver n.º. 2). É devida procuradoria nas transacções, salvo acordo das partes em contrário, (ver n.º. 3). UNOTA:U numa acção, em que o prazo da contestação não tenha ainda decorrido, as partes na transacção Unão podem prescindir de nenhumaU Uprocuradoria U, em virtude de esta pertencer, nesta fase processual, na sua totalidade, ao S.S.M.J., entrando na conta final, (cfr. nº. 6 deste dispositivo). Apesar da conexão que existe, entre a acção executiva e o apenso da reclamação de créditos, existe uma dupla procuradoria, ou seja, a procuradoria do apenso da reclamação de créditos é independente da procuradoria do processo executivo. A procuradoria da execução pertence ao exequente e a da reclamação de créditos pode pertencer, em parte, se o exequente também for reclamante, ou então, haja impugnado algum crédito e tenha saído vencedor ou em parte, (ver n.º. 4). A procuradoria da reclamação de créditos é rateada pelos reclamantes, isto é, pertence na proporção do valor dos créditos graduados, (ver n.º 5). A procuradoria reverte para os Serviços Sociais do Ministério da Justiça, entrando na conta final nos seguintes casos:

∑ nas execuções por custas;

∑ nos processos em que a parte vencedora seja isenta ou dispensada do pagamento de custas;

∑ nos processos em que a parte vencedora não seja representada por

advogado ou solicitador. (Nos processos do foro administrativo é sempre obrigatório a constituição de advogado. Assim, não se aplica a este tipo de processos – art.º 11º, do CPTA);

∑ nas acções que terminem antes de oferecida a contestação ou sem

esta, (ver n.º 6)

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No n.º. 7 está consagrada a regra do abatimento da procuradoria nas despesas extrajudiciais, nas indemnizações, nas diferenças de juro ou nas penas convencionais, a que o vencedor ou o exequente tenha direito a vir a juízo, com a excepção, nos casos em que a cláusula penal ou a estipulação congénere não sejam restritas ao caso da cobrança judicial e devam funcionar por outra razão.

5.2 - Critério da fixação da procuradoria (art.º. 41º) A procuradoria é fixada pelo tribunal, entre 1/10 e 1/4 da taxa de justiça devida a final, com base no valor e complexidade da causa , no volume e natureza desenvolvida e ainda da situação económica do responsável, (ver n.º. 1). Quando esta não for fixada pelo tribunal, este normativo estabelece que a mesma é a mínima, isto é, 1/10 da taxa de justiça devida a final, sem prejuízo do disposto no n.º 5 do art.º 33.º.

5.3 - GARANTIA DOS ENCARGOS

5.3.1- Finalidade e cálculo dos preparos para despesas (art.º. 43º) UOs preparos para despesas destinam-se ao pagamento dos seguintes encargos U:

∑ Custo de documentos (certidões, pareceres, plantas etc.) a quaisquer entidades e de outros elementos de informação ou serviços requisitados pelo tribunal, nomeadamente, ( ver al. b), n.º. 1 do art.º. 32º);

∑ retribuição aos intervenientes acidentais, (ver al. c), n.º. 1 do art.º. 32º);

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∑ despesas de transporte e de ajudas de custo, referidas na al. d), n.º. 1

do art.º. 32º, ∑ despesas relativas à transcrição das provas produzidas oralmente, (ver n.º 1) Estes preparos são calculados pela secção de processos com base em tabela a aprovar por Portaria do Ministro da Justiça e ficam sempre documentados no processo, (ver n.º. 2). No termo da diligência a que se destinam os preparos para despesas, procede-se à respectiva liquidação do depósito, efectuando-se, após o termo da fase de discussão e julgamento da causa, os pagamentos e devoluções a que haja lugar, (ver n.º 3). NOTA: Destes preparos, a secção de processos emite guias em duplicado, enviando-as às partes, salvo se existir responsabilidade solidária, caso em que serão entregues a quem primeiro as solicitar, (n.º 7 da Portaria n.º 42/04, de 14/01). 5.3.2 - Obrigação e momento do pagamento dos preparos para despesas (art.º. 44º) UO preparo para despesas deve ser efectuado:U

∑ por quem requereu expressa ou implicitamente a diligência; ∑ por quem indicou os meios de prova, (ver n.º. 1).

UNota:U se alguma diligência for requerida por ambas as partes, o cálculo para suportar o encargo deve ser efectuado, através da divisão do seu custo pelas referidas partes.

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UEstes preparos ou são imediatamente pagos ou então no prazo de 10 dias a contar U:

∑ da notificação do despacho que ordenou a diligência;

∑ da notificação do despacho que determinar a expedição ou o cumprimento da carta rogatória;

∑ da notificação do despacho que designou data para a audiência de

julgamento, (ver n.º. 2). UNota:U O prazo conta-se nos termos do art.º. 144º, com a presunção referida no n.º. 2 do art.º. 254º, ambos do C.P.C. No caso da parte responsável pelo pagamento do preparo para despesas ser isenta de custas, ou dispensada, por lhe ter sido concedido o apoio judiciário, na modalidade de dispensa de preparos, sem prejuízo do disposto nos n.ºs 2, 3 e 4 do art.º. 3º, o C.G.T. adianta o montante das despesas, (ver n.º 3). Como atrás já foi dito, estes encargos entram, no final, em regra de custas, se for caso disso, a fim de serem reembolsados, (cfr. al. a), do nº. 1 do art.º. 32º).

5.3.3 - Consequência da falta do preparo para despesas (art.º. 45º) Se a parte responsável pelo pagamento do preparo para despesas, não o efectuar, pode a parte contrária depositá-la, nos termos previstos do art.º. 46º.

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UConsequências do não pagamento do preparo para despesas U:

∑ A não realização da diligência. Este conceito de diligência refere-se a qualquer actividade, que implique encargos a suportar pelo referido preparo, tais como, o cumprimento de cartas rogatórias;

∑ A não notificação dos intervenientes acidentais para

comparência. (Caso a parte não efectue o preparo de despesas no prazo previsto no art.º. 44º, n.º 2, a secção de processos não vai notificar estes intervenientes, como por exemplo os peritos);

∑ A não emissão ou não cumprimento da carta rogatória;

∑ A não transcrição das provas produzidas oralmente, (ver al. a) a

e) do n.º 1). A parte ainda poderá realizar o preparo para despesas, depois de decorrido o prazo do art.º. 44º, n.º. 2, caso seja oportuno, nos cinco dias seguintes, com o acréscimo da taxa de justiça de montante igual ao preparo em falta, com o limite máximo de 3 UC, (ver n.º. 2). UExemplos: O autor não efectuou atempadamente o preparo para despesas (peritos) no prazo legal, no montante de 95,00 €. No terceiro dia posterior ao termo do prazo, compareceu o autor na secção a solicitar guias para o seu pagamento. A secção de processos passou guias no montante de: preparo para despesas em falta ---------------------------------------------- 95,00 € taxa de justiça sanção (art.º. 45º, n.º. 2) ------------------------------------ 95,00 € Total 190,00 € O réu não efectuou atempadamente o preparo para despesas (peritos) no prazo legal, no montante de 280,00 €. No segundo dia posterior ao termo, compareceu o réu na secção de processos a solicitar guias para o seu pagamento.

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___________________________________________________________________________ A secção de processos passou guias no montante de: preparo para despesas em falta -------------------------------------------- 280,00 € taxa de justiça sanção (limite de 3 UC) ----------------------------------- 267,00 € Total 547,00 € 6 - CONTA, PAGAMENTO DE CUSTAS E RATEIO 6.1 - Responsabilidade pelos encargos no caso de anulação do processado (art.º. 48º) Este dispositivo consagra normas de responsabilidade pelo pagamento de despesas provenientes de anulação de actos processuais. Nestes incidentes não há autoliquidação da taxa de justiça inicial, (cfr. art.ºs. 16º e 23º, n.º 1). Nestes casos, é norma ser o C.G.T. a adiantar o preparo para despesas, as quais vão ser reembolsadas nos termos da al. a), do n.º. 1 do art.º. 32º. 7 - CONTA DE CUSTAS EM GERAL

7.1 - Momento da elaboração da conta (art.º. 50º) A contagem de processos só é efectuada na sequência do trânsito em julgado da decisão final, no tribunal que funcionou em 1ª instância. Assim, a conta vai abarcar as custas da acção, dos incidentes e dos recursos.

7.2 - Remessa à conta e regime de elaboração da conta provisória (art.º 51º)

A secção de processos procede à contagem dos processos que impliquem o pagamento de custas, após trânsito em julgado da decisão final da causa, ou da sustação da execução.

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O n.º. 2 deste artigo reporta-se Uà contagem intermédiaU.

∑ os processos em que seja decretada a suspensão da instância, Use o juiz assim o determinarU, (ver al. a). São exemplos destas situações, as execuções suspensas nos termos dos art.ºs 871º e dos processos suspensos nos termos do art.º. 276º, n.º. 1, ambos do C.P.C.; ∑ os processos que estejam parados por mais de cinco meses, por facto imputável às partes, (ver al. b). Este normativo prescreve a obrigatoriedade da secção de processos oficiosamente efectuar a contagem dos processos parados, por mais de cinco meses, por facto imputável às partes).

∑ as execuções que devam ser remetidas para apensação ao processo de insolvência, (cfr. n.º 2, al. c) do art.º 51.º do C.C.J.). É obrigatória a contagem das execuções, que nos termos do art.º s 85.º e segs. do Decreto – Lei n.º 53/04, de 18/03, alterado pelo Decreto – Lei n.º 200/04, de 18/08, devam ser remetidas para apensação ao processo de insolvência.

UNota:U em qualquer das situações referidas nas alíneas a) e b), estamos perante uma conta provisória, dependendo da decisão final o reembolso das quantias adiantadas. O prazo dos cinco meses, não suspende nas férias judiciais.

7.3 - Liquidação do julgado resultante de graduação de créditos (art.º. 52º)

O pagamento aos credores preferentes deve ter lugar, quando o processo for à conta, pela primeira vez, depois da sentença de graduação dos créditos. Mesmo nos casos em que o processo é contado nos termos do art.º. 51º, n.º 2 alíneas a) e b), se nele existir quantia depositada, proveniente de venda dos bens, sobre o qual incidiu a reclamação de créditos, (cfr. art.º. 865º, n.º. 1, do C.P.C.), o funcionário que contar o processo deve dar pagamento a

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___________________________________________________________________________ esses créditos pela ordem em que foram graduados, após ter dado pagamento às custas, (cfr. art.º. 455º do C.P.C.). 8 - ELABORAÇÃO DA CONTA As regras a observar na elaboração de uma conta são as que se encontram previstas nos art.ºs 53º, 54º, 56º e 57º. A conta é elaborada de acordo com o julgado em última instância, abrangendo, numa só, as custas da acção, dos incidentes ou dos recursos, com a excepção das custas de parte e da procuradoria, salvo nos casos em que as mesmas devam ser consideradas na conta, se o responsável for o mesmo, ainda que haja mais do que um procedimento, (ver, n.º s 1 e 2, do art.º 53.º). O prazo de contagem é de 10 dias, (cfr. art.º. 55º, n.º. 1). A conta deve conter todos os elementos constantes do art.º. 56º, os quais estão previstos no sistema informático das custas. A restituição prevista no n.º 2 do art.º. 31º, deve ficar documentada no processo. Ao elaborar a conta, se as custas em dívida forem inferiores a ½ de uma UC , não é considerado para efeito de pagamento, procedendo-se a rateio, se necessário, nos termos da proporcionalidade na própria conta, (cfr. n.º. 1 do art.º. 57º). Caso se verifique um excesso depositado no IGFPJ e for inferior a ½ de uma UC, esse montante reverte para o C.G.T. (cfr. n.º. 2 do art.º. 57º). Quando tenha dúvidas sobre a conta, deve o funcionário expô-las e emitir o seu parecer, fazendo logo o processo com vista ao M.º P.º, após o que o juiz decidirá, (cfr. n.º 1, do art.º 58.º). A decisão acima referida considera-se notificada ao M.º P.º com o exame da conta e aos interessados com a notificação prevista no art.º 59.º, (ver n.º 2).

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Elaborada a conta, esta deve ser notificada aos interessados, sendo enviada a cópia da conta para efeitos de procederem ao pagamento ou para deduzirem alguma reclamação, (cfr. n.º s 1 e 2 do art.º. 59º). O prazo para o pagamento é de 10 dias, acrescendo as dilações previstas nas alíneas a) a c), do n.º. 1 do art.º. 64º, consoante os casos. UNOTA:U o prazo do pagamento voluntário das custas por parte das entidades públicas referidas nas alíneas a) a d) do n.º 1 do art.º 29.º, termina no último dia do mês seguinte àquele em que for feita a notificação da conta, (cfr. art.º 64.º, n.º 1). 8.1 – Reclamação e reforma da conta (art.º 60.º) Prevê-se a reforma, modificação ou alteração da conta, que não esteja conforme com a lei, oficiosamente, a requerimento do M.º P.º ou dos interessados. A reclamação da conta pode ser apresentada:

∑ pelo responsável pelo pagamento das custas, no prazo do pagamento voluntário, enquanto o não realizar;

∑ pelo interessado que tiver de receber quaisquer importâncias, até ao

seu recebimento, salvo se, anteriormente, fora notificado da conta caso em que a reclamação só pode ter lugar nos 10 dias posteriores à notificação;

∑ pelo M.º P.º, no prazo de 10 dias a contar da notificação da conta.

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8.1.1 – Tramitação (art.º 61.º) Apresentada a reclamação, estatui este artigo a ida imediata do processo ao funcionário que elaborou a conta, para se pronunciar, em cinco dias, indo, depois, o processo com vista ao M.º P.º para emitir parecer; seguidamente, é feito conclusão para o juiz decidir. UNOTA:U a conta, já reformada, que não obedeça aos termos das decisão que a determinou, é susceptível de reclamação, desde que o interessado faça o depósito das custas em dívida. 8.1.2 – Recurso da decisão sobre a reclamação da conta ou dúvidas do contador (art.º62.º) A admissibilidade do recurso depende do valor das custas contadas. Só é admissível recurso, se exceder o da alçada do tribunal, onde a conta foi elaborada. 8.2 - O pagamento das custas pode ser efectuado em prestações, (cfr. art.º 65º) se ocorrerem os seguintes requisitos:

∑ requerimento do responsável, dentro do prazo do pagamento voluntário; ∑ as custas sejam superiores a 4 UC (€ 356,00);

∑ as prestações mensais não podem ser inferiores a 1UC (€ 89,00) ;

∑ até ao período máximo de 12 meses.

A cada prestação acresce a taxa de justiça equivalente aos juros de mora, calculados sobre o valor da mesma. (Actualmente os juros de mora são de 1% ao mês, art.º. 3º do Dec-Lei n.º. 73/99, de 16/3).

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___________________________________________________________________________ Exemplo: Elaborada a conta, o réu foi notificado para proceder ao pagamento das custas da sua responsabilidade no montante de € 2 254,57. Dentro do prazo do pagamento voluntário, requereu que lhe fosse autorizado o pagamento das mesmas em quatro prestações. Por despacho, foi deferido o requerimento do réu. Termo do prazo para pagamento voluntário – Janeiro de 2004. Início do pagamento das prestações – Fevereiro de 2004. Montante de cada prestação - € 2 254,57 :4 = € 563,64. 1ª prestação: € 563,64 taxa de justiça–1% 5,64 €

-------------------------------------------------------------------------------------------- € 569,28

2ª prestação: € 563,64 taxa de justiça–2% 11,27 €

-------------------------------------------------------------------------------------------- € 574,91

3ª prestação: € 563,64 taxa de justiça–3% 16 ,91 €

-------------------------------------------------------------------------------------------- € 580,55

4ª prestação: € 563,65 taxa de justiça–4% 22 ,55 €

-------------------------------------------------------------------------------------------- € 586,20

À medida que as prestações forem pagas, são sucessivamente lançadas, em conformidade com a ordem de preferência do pagamento e do regime de rateio, (cfr. art.ºs 71º e 72º).

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8.3 - Pagamento voluntário das custas As custas devem ser pagas, dentro do prazo de 10 dias, a contar da notificação com o acréscimo da dilação, (cfr. art.º. 64º). Conta-se nos termos do art.º. 144º tendo-se em atenção a presunção referida no art.º. 254º, n.º 2, ambos do C.P.C, ou no prazo referido no art.º 64º, n.º 2 para as seguintes entidades:

∑ O Estado, incluindo os seus serviços ou organismos, ainda que personalizados;

∑ As Regiões Autónomas;

∑ As autarquias locais e as associações e federações de municípios;

∑ As instituições de segurança social e as instituições de previdência

social de inscrição obrigatória. Decorrido este prazo, e em qualquer momento, Uantes de ser proposta a acção executiva U, pode o responsável proceder ao pagamento, acrescido dos juros de mora, (cfr. art.ºs 67º, 111º e 112º). No caso do responsável ter algum depósito no processo, à ordem do tribunal, pode requerer que se proceda ao levantamento da quantia necessária para o pagamento, (cfr. n.º. 1 do art.º. 66º).

8.4 - Pagamento coercivo

Se existir algum depósito do responsável, à ordem do tribunal, e este não executar o pagamento das custas, pode o juiz ordenar o levantamento da quantia necessária ao referido pagamento, acrescida de juros de mora, (cfr. art.º. 114º). Caso esta situação não ocorra, o Magistrado do Mº. Pº., após obter através da secretaria, elementos necessários sobre a existência de bens penhoráveis, instaura a respectiva execução contra o devedor, conforme o dispostos nos art.ºs 115º e 116º.

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9 - PREFERÊNCIA DE PAGAMENTOS E RATEIO

9.1 - Pagamentos e lançamentos (art.º. 69º)

Sempre que tal se mostre necessário, a secção de processos procede aos pagamentos, de harmonia com a ordem de preferência a que se refere o art.º 71.º, (ver n.º 1). UNota:U Na hipótese da taxa de justiça autoliquidada pela parte vencedora, ser igual ou inferior a ½ de uma UC, não se procede à devolução, mas sim, ao lançamento da quantia a título de receita para o C.G.T, (cfr. art.º. 31º, n.º. 3). Este dispositivo excepciona, de certa forma, o princípio da justiça gratuita para o vencedor. O n.º. 2 prevê a situação dos processos, cujas contas só impliquem estornos, os quais são lançados, nos cinco dias posteriores ao termo do prazo da reclamação da conta. As contas só implicam estornos, quando o montante das taxas de justiça depositadas no processo, seja igual ou superior às custas contadas.

9.2 - Ordem de preferência do pagamento (art.º. 71º) Reporta-se este dispositivo à ordem de pagamento das diversas rubricas por uma determinada ordem de preferência. Assim, deve dar-se pagamento da seguinte forma:

∑ taxa de justiça; ∑ outros créditos do C.G.T.;

∑ créditos do Estado;

∑ custas de parte;

∑ créditos de outras entidades.

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Efectuados os pagamentos das três primeiras rubricas, se continuar a existir saldo, o montante desse remanescente é rateado pelos restantes credores, respeitando-se a ordem de preferência definida no art.º 71.º, (ver art.º. 72º). 10 - MULTAS PROCESSUAIS

10.1 - Multas aplicáveis em processos administrativos (ver art.º. 102º) UNotaU: as multas aplicáveis em processos administrativos, são fixadas, sem qualquer adicional. Estas multas, são fixadas pelo juiz entre dois limites (mínimo e máximo).

∑ para a litigância de má fé , (cfr. art.º. 456º, n.º. 2 do C.P.C.) é sancionada com multa compreendida entre 2UC e 100 UC (€ 178,00 e € 8 900,00), (ver alínea a));

∑ para os restantes casos não, especialmente regulados na lei, a

multa é aplicada entre uma UC e 10 UC (€ 89,00 e € 890,00), (ver alínea b)).

UNota:U às multas não se acrescenta qualquer adicional, nomeadamente, juros de mora, (cfr. art.º. 102º e 111º). A liquidação e pagamento das multas atrás referidas efectua-se após o trânsito em julgado da decisão nos seguintes casos: Processo administrativo – a multa é liquidada, no prazo de 10 dias, contados nos termos dos n.ºs 1 a 3 do art.º. 144º do C.P.C., da data da decisão condenatória, (ver art.º. 55º, n.º. 1) pela secção de processos, (cfr. n.º s 1e 2 do art.º. 103º).

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11 - ACTOS AVULSOS As receitas provenientes dos actos avulsos revertem para o C.G.T., (cfr. art.º. 131º, n.º. 1, alínea f) do C.C.J.). O pagamento das custas dos actos e diligências avulsos é feito no prazo de 10 dias a contar:

∑ da sua realização;

∑ da notificação para o efeito, se for caso disso, (ver n.º. 1 do art.º. 110º).

A conta é efectuada no respectivo requerimento, nota ou acto, e registada no livro próprio, (ver n.º. 2).

11.1 - Montante relativo a notificações e outras diligências avulsas (art.º. 105º)

Por cada citação, mediante contacto pessoal, notificação, afixação de editais ou outra diligência avulsa, para além da despesa de transporte, é devido uma UC (€ 89,00), (cfr. n.º. 1). O n.º. 2 reporta-se às citações, notificações e à afixação de editais no mesmo local e estatui que contam, para efeito de contagem, como um só acto. .

11.2 - Custo das certidões, traslados e cópias (art.º. 106º) Por cada lauda de certidão, ainda que extraída de processos penais, e pelos traslados, ainda que por fotocópia, é devido 1/50 de uma UC, (ver n.º. 1). A lauda pode ter qualquer número de linhas, considerando-se completa a última, (ver n.º. 3). A lauda é uma página, isto é, a face de uma folha de papel.

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___________________________________________________________________________ Nota: neste último caso, para se poder ter em conta, é necessário que contenha uma linha escrita, ainda que seja apenas a assinatura do funcionário. 11.3 - Montante devido pela confiança de processos (art.º. 108º) Pela confiança de processo, a quem não seja mandatário constituído pelas partes no processo, magistrado do M.º P.º ou não exerça o patrocínio oficioso, é devida 1/2 de UC. (ver art.ºs 169º a 173º, do C.P.C., por força do art.º 1.º do CPTA). NOTA: Sem prejuízo do depósito das quantias contadas em actos avulsos na conta do tribunal, o secretário de justiça é fiel depositário das importâncias pagas, (ver art.º 110,º, n.º 3).

12 - JUROS DE MORA 12.1 - Incidência dos juros de mora (art.º. 111º)

Sobre a totalidade das quantias contadas ou liquidadas, com a excepção das multas, incidem juros de mora, a partir do termo do prazo estabelecido na lei, para o respectivo pagamento. Nota: Nos termos do art.º. 4º, do Decreto - Lei 73/99, de 16/03 a liquidação dos juros de mora, não pode ultrapassar os últimos cinco anos anteriores à data do pagamento da dívida, sobre a qual incidem. Se o pagamento não for efectuado, acresce uma taxa de juro de 1% ao mês, incidindo no próprio mês, caso aquele prazo não termine no último dia do mês do calendário.

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12.2 - Taxa (art.º. 112º) A taxa de juros de mora é a taxa máxima estabelecida na lei fiscal. UNota:U A taxa de juro evoluiu nos últimos anos da seguinte maneira:

∑ 2% de 30/08/77 a 30/11/83 – Dec-Lei n.º. 353-L/77, de 29.08;

∑ 3% de 01/12/83 a 30/10/85 – Portaria n.º. 1044/83, de 16/10;

∑ 2,5% de =1/11/85 a 30/04/86 – Portaria n.º. 763/85, de 10/10;

∑ 2% de 01/05/86 a 27/03/96 –Portaria n.º. 174/, de =2/05 e art.º. 55º, n.º 1, da Lei n.º. 10- B/96, de 23 /03;

∑ 1,5% de 28/03/96 a 20/03/99, art.º. 83º do C. Proc.Tributário e art.º. 55º,

n.º. 1, da Lei n.º. 10-B/96, de 23/03;

∑ 1% desde 21/03/99, artº.3º do Dec.Lei n.º. 73/99, de 16/03.

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ANEXO I

TABELAS

Tabela de taxa de justiça ( A que se referem os artigos 13º, 23º e 25º do Código de Custas Judiciais )

Valor da acção, incidente ou recurso

Taxa de justiça de cada parte/conjunto de sujeitos processuais(UC)

Taxa de justiça inicial (UC)

Taxa de justiça subsequente (UC)

Taxa global

Até € 500 € 89,00 € 44,50 € 44,50 € 178,00 De € 500,01 a € 1875 € 133,50 € 66,75 € 66,75 € 267,00 De € 1875,01 a € 3750 € 178,00 € 89,00 € 89,00 € 356,00 De € 3750,01 a € 7500 € 222,50 € 111,25 € 111,25 € 445,00 De € 7500,01a € 15000 € 267,00 € 133,50 € 133,50 € 534,00 De € 15000,01a € 25000 € 356,00 € 178,00 € 178,00 € 712,00 De € 25000,01a € 40000 €489,50 € 244,75 € 244,75 € 979,00 De € 40000,01a € 70000 € 623,00 € 311,50 € 311,50 € 1246,00 De € 70000,01a € 100000 € 890,00 € 445,00 € 445,00 € 1780,00 De € 100000,01a € 135000 € 1157,00 € 578,50 € 578,50 € 2314,00 De € 135000,01a € 170000 € 1424,00 € 712,00 € 712,00 € 2848,00 De € 170000,01a € 210000 € 1735,50 € 867,75 € 867,75 € 3471,00 De € 210000,01a € 250000 €2136,00 € 1068,00 € 1068,00 € 4272,00

TABELA DE TAXA DE JUSTIÇA PARA PROMOÇÃO DE EXECUÇÕES (a que se refere o n.º 2 do art.º 23.º)

Valor da execução Taxa de justiça Em euros Até € 14 963, 94 Um quarto da UC € 22,25 A partir de € 14 963,95 Metade da UC € 44,50

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EXEMPLOS

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CONTAS

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Problema n.º 1

ACÇÃO ADMINISTRATIVA COMUM – FORMA SUMÁRIA Fernando Ribeiro Pontes e mulher Maria Rita Pontes, residentes na Rua Marco da Liberdade, 512-2º, na cidade do Porto, representados pelo advogado Dr. Paiva Mendes, com escritório no Largo do Carmo, 73, 5º Dt.º, Porto vem instaurar contra: O Estado Português representado pelo M.º P.º , acção administrativa comum sob a forma sumária sobre responsabilidade civil contratual do Estado nos termos do art.º 4º, n.º 1 al. g) do ETAF, pedindo a condenação do réu no pagamento aos autores de uma indemnização por danos patrimoniais e morais nunca inferior a € 14 900,00, sendo € 7 450,00 por cada um dos autores acrescidos de despesas de abertura de dossier, despesas administrativas e de expediente, taxa de justiça pagas, despesas com certidões e eventuais despesas de tradução de documentos, acrescidos de juros à taxa legal desde a citação. Valor da acção: 14 900,00. O M.º P.º foi devidamente citado, pedindo a prorrogação do prazo, nos termos do art.º 486.º, n.º 4, do C.P.C, o qual foi concedido, vindo posteriormente a contestar a referida acção. Realizado o julgamento, foi proferida sentença julgando a acção improcedente e não provada, absolvendo o Estado Português do pedido, com custas a cargo dos autores, art.º 189º do CPTA ex vi art.º 73º-A, n.ºs 1 e 3, do C.C.J. A fls. 73, encontra-se junto aos autos uma nota de pagamento adiantada pelo C.G.T., no montante de € 124,70.

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Resolução do Problema n.º 1

Responsabilidade - AA 100%

Taxa de justiça autoliquidadas: AA 267,00 € ( tabela única dos art.ºs 13.º, 23.º e 25.º, ex vi art.º 73º-A, n.ºs 1 e 3. do C.C.J.)

O RR está dispensado da autoliquidação das taxas de justiça – art.º 29.º, n.º 1 al. a) e n.º 2 do CCJ.

Valor: 14.900,00 € ver art.ºs 31.º n.ºs 1 e 3, do CPTA ex vi art.ºs 73.º-D e n.º 4, do art.º 5.º do CCJ.

Taxa de justiça final – art.º 13º CCJ

art.º 13.º, n.º 2, do CCJ. 534,00 €

C.G.T. Reembolsos (art.º 32.º, ex vi art.º 73.º-A, n.º 3, ambos do CCJ) 124,70 €

SSMºJª ( art.ºs 40.º, nº 6, 41.º, n.º 2, por força do art.º 73.º -A, n.ºs 1e 3 do CCJ) 53,40 €

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TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

Conta Processo

nº 1 (taf) Acção administrativa comum -forma sumária

Responsáveis

Fernando Ribeiro Pontes; Maria Rita Pontes

Valor da Taxa pelo Autor: 267,00

Valor da Taxa pelo Réu: 0,00

Descrição Valor

Taxas Aplicáveis

Processo 267,00

Tributário: 14.900,00€ Artº: 13 Responsabilidade: 100%

Sub Total 267,00

Cofre Geral dos Tribunais

Taxa de Justiça devida ao CGT 534,00

Taxa de Justiça já paga ao Proceso 267,00

Reembolsos (Cível) - Artº 32º 124,70

Sub Total 391,70

Procuradoria

Procuradoria - S.S.M.J 53,40

Sub Total 53,40

Totais

Taxas de justila já Pagas 0,00

Total da Conta/Liquidação 445,10

Outros Pagamentos 0,00

Liquidação do Julgado 0,00

Custas Prováveis 0,00

C.G.T. (art 57º/2 C.C.J) 0,00

Custas não cobradas (Artº 57/1 C.C.J.) 0,00

Total a Pagar (EUR)

445,10

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Problema n.º 2

ACÇÃO ADMINISTRATIVA COMUM – FORMA ORDINÁRIA Manuel Seabra e mulher Ana Seabra, residentes no Largo do Cerco, n.º 32, Porto, representa dos pelo advogado Dr. Carlos Ferreira, com escritório na Rua do Arco, n.º 421-2.º, Dt.º, Porto vem instaurar contra: Instituto para a Construção Rodoviária – ICOR (anterior Junta Autónoma das Estradas, extinta pelo Decreto - Lei n.º 237/99) com sede no Porto, acção administrativa comum sob a forma ordinária, pedindo a condenação daquela a pagar aos autores uma indemnização no valor de € 17 200,00 a título de indemnização pelos prejuízos sofridos com a construção de uma variante rodoviária que lhe provocaram grandes estragos no imóvel, conforme prova através de vistoria realizada e obras que tiveram de efectuar no montante de € 9 500,00. A ré não cumpriu pontualmente as obrigações assumidas no auto de expropriação amigável, nomeadamente, executar as obras a que se obrigou no mesmo Auto. Assim, uma vez que aquele instituto não cumpriu, incorre em incumprimento contratual, devendo ressarcir os autores da quantia de € 17 200,00 acrescida de juros de mora à taxa legal, desde a citação até integral pagamento. Citado regularmente, o réu contestou a acção, pedindo a absolvição do pedido, juntando rol de testemunhas. Os autores replicaram nos termos do art.º 502.º do C.P.C. Realizado julgamento, foi proferida sentença julgando a acção procedente, e condenando o réu a pagar aos autores a quantia de € 17 200,00 acrescida de juros à taxa legal, desde a citação até integral pagamento, com custas a seu cargo, art.º 189.º, n.º 1 do CPTA.

_______________________________________________________________________________________ CUSTAS JUDICIAS NOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

DIRECÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

CENTRO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DE JUSTIÇA

___________________________________________________________________________

Resolução do Problema n.º 2

Responsabilidade - RR 100%

Taxa de justiça autoliquidadas: AA 356,00 € ( tabela única dos art.ºs 13.º, 23.º e 25.º, ex vi art.º 73º-A, n.ºs 1 e 3. do C.C.J.)

O RR está dispensado da autoliquidação das taxas de justiça – art.º 29.º, n.º 1 al. a) e n.º 2 do CCJ.

Valor: 17.200,00 € ver art.ºs 31.º n.ºs 1 e 3, do CPTA ex vi art.ºs 73.º-D e n.º 4, do art.º 5.º do CCJ.

Taxa de justiça final – art.º 13º CCJ

art.º 13.º, n.º 2, do CCJ. 712,00 €

Custas de parte: (art.ºs 33.º, n.ºs 1 e 2 e 33.º-A, n.º 1, do CCJ). Não entram no corpo da conta, vão ser pedidas pela parte vencedora à parte vencida extra – judicialmente.

Nota: as testemunhas continuam a ser notificadas para o dia e hora designado para julgamento, mas não se efectua preparo para despesas, (cfr. art.º 37.º do C.C.J, ex vi art.º 73.º-A, n.ºs 1 e 3, do CCJ).

_______________________________________________________________________________________ CUSTAS JUDICIAS NOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

DIRECÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

CENTRO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DE JUSTIÇA

___________________________________________________________________________

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

Conta Processo

nº 2 (taf) Acção administrativa comum -forma ordinária

Responsáveis

ICOR

Valor da Taxa pelo Autor: 356,00

Valor da Taxa pelo Réu: 0,00

Descrição Valor

Taxas Aplicáveis

Processo 356,00

Tributário: 17.200,00€ Artº: 13 Responsabilidade: 100%

Sub Total 356,00

Cofre Geral dos Tribunais

Taxa de Justiça devida ao CGT 712,00

Taxa de Justiça já paga ao Proceso 356,00

Sub Total 356,00

Totais

Taxas de justila já Pagas 0,00

Total da Conta/Liquidação 356,00

Outros Pagamentos 0,00

Liquidação do Julgado 0,00

Custas Prováveis 0,00

C.G.T. (art 57º/2 C.C.J) 0,00

Custas não cobradas (Artº 57/1 C.C.J.) 0,00

Total a Pagar (EUR)

356,00

_______________________________________________________________________________________ CUSTAS JUDICIAS NOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

DIRECÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

CENTRO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DE JUSTIÇA

___________________________________________________________________________ Problema n.º 3

Acção administrativa especial de pretensão conexa com actos administrativos

Teresa dos Santos Roca, casada, técnica administrativa tributária adjunta, do Quadro de Pessoal da DGI, residente na Rua Tenente Vasconcelos Maia, nº 132-2º Dtº, no Porto, representada pelo advogado Dr. Francisco Gomes, com escritório na Praceta António Palma, n.º 32-2º, Dt.º, Porto, vem nos termos do art.º 44º do ETAF e art.º 46.º e 50.º do CPTA, deduzir impugnação do acto administrativo, proferido pelo Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais que decidiu o recurso hierárquico com fundamento nos seguintes vícios do acto recorrido: - erro de interpretação de aplicação da lei; - de forma, por falta de fundamentação adquada; - de violação de lei por erro nos pressupostos de facto. Finaliza, pedindo que a acção deve ser julgada provada e procedente, e consequentemente o acto administrativo impugnado, deve ser anulado, por ilegal, já que enferma dos vícios atrás referidos Assim, nos termos dos art.ºs 4.º, n.º 2 al. c) e 47.º, n.º 2 al. b) do CPTA com o pedido principal de anulação, sejam declaradas como certas as respostas dadas pela impugnante, rectificando- se em conformidade a classificação final obtida. Valor: € 15 000,00. Citado o réu e todos os contra interessados identificados como candidatos aprovados ao concurso interno identificados nos autos. Foi entregue ao M.º P.º a petição inicial, art.º 85.º, do CPTA. Na contestação vem o réu dizer que deve ser recusada a anulação do acto administrativo impugnado por não terem sido violados quaisquer disposições legais, juntando aos autos o original do processo administrativo. Houve lugar a audiência pública por determinação do juiz e por sentença o réu foi absolvido do pedido, mantendo-se o acto administrativo impugnado, com custas da responsabilidade da autora. Inconformada com a decisão, a autora interpôs recurso de apelação para o TCA. Ambas as partes apresentaram as suas alegações. Foi proferido acórdão a confirmar a decisão do tribunal de círculo, condenando a autora nas custas da apelação.

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

DIRECÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

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___________________________________________________________________________

Resolução do Problema n.º 3

Responsabilidade - RR 100% (1ª e 2ª Instância )

Taxa de justiça autoliquidadas: AA 400,50 € ( tabela única dos art.ºs 13.º, 23.º e 25.º, ex vi art.º 73º-A, n.ºs 1 e 3. do C.C.J.)

Tribunal de Círculo: 267,00 €

Tribunal Central Administrativo 133,50 € 400,50 €

(artº 73-E, n.º1 al. a) O RR está dispensado da autoliquidação das taxas de justiça – art.º 29.º, n.º 1 al. a) e n.º 2 do CCJ.

Valor: Tribunal de Círculo: 15.000,00 € art.ºs 31.º n.ºs 1 e 3, do CPTA ex vi art.ºs 73.º-D e n.º 4, do art.º 5.º do CCJ

Tribunal Central Administrativo 15.000,00 € art.ºs 31.º n.ºs 1 e 3, do CPTA ex vi art.ºs 73.º-D e n.º 4, do art.º 5.º e 11º do CCJ

Taxa de justiça final Tribunal de Círculo: art.º 13.º, n.º 2 e 73.º-E, nº 1, al.b) 534,00 €

Tribunal Central Administrativo (art.º 73.º -E, n.º 1 al.a) 267,00 €

Soma: 801,00 €

SSMJ Tribunal de círculo e Trib. Central Administrativo 80,10 € (art.ºs 40.º, n.º 6 e 41.º, n.º 2)

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

DIRECÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

CENTRO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DE JUSTIÇA

___________________________________________________________________________

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

Conta Processo

nº 3 (taf) Acção administrativa especial

Responsáveis

Teresa dos Santos Roca

Valor da Taxa pelo Autor: 400,50

Valor da Taxa pelo Réu: 0,00

Descrição Valor

Taxas Aplicáveis

Processo 267,00

Tributário: 15.000,00€ Artº: 13 Responsabilidade: 100%

Recurso 133,50

Tributário: 15.000,00€ Artº: 18 (1/2) Responsabilidade: 100%

Sub Total 400,50

Cofre Geral dos Tribunais

Taxa de Justiça devida ao CGT 801,00

Taxa de Justiça já paga ao Proceso 400,50

Sub Total 400,50

Procuradoria

Procuradoria - S.S.M.J 80,10

Sub Total 80,10

Totais

Taxas de justila já Pagas 0,00

Total da Conta/Liquidação 480,60

Outros Pagamentos 0,00

Liquidação do Julgado 0,00

Custas Prováveis 0,00

C.G.T. (art 57º/2 C.C.J) 0,00

Custas não cobradas (Artº 57/1 C.C.J.) 0,00

Total a Pagar (EUR)

480,60

_______________________________________________________________________________________ CUSTAS JUDICIAS NOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

DIRECÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

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___________________________________________________________________________ Problema n.º 4

Acção administrativa especial de pretensão conexa com actos administrativos

- Maria Franco Pinto, casada, assistente administrativa principal do quadro do ISS, residente no Porto, - Joana França Morais, ajudante da acção directa do ISS, residente no Porto, ambas representadas por advogado: Vem intentar acção administrativa especial com pedido de citação prévia contra: 1ª) Conselho Directivo do ISSS, com sede em Lisboa; 2ª) Ministra do Estado das Finanças, com sede em Lisboa; 3ª) Centro Distrital do Porto do ISSS, com sede no Porto. Vem intentar a presente acção com os seguintes fundamentos: Pedido de aposentação antecipada nos termos do decreto – Lei n.º 116/85 de 19/04, o qual foi indeferido de acordo com as orientações no despacho identificado nos documentos juntos e que se dá por integralmente reproduzido. Assim, requer a declaração de ilegalidade “ in casu “ do despacho ministerial e ao mesmo tempo declarar nula e de nenhum efeito a deliberação n.º 23/03 do Conselho Directivo do SSSS,o do ISSS, tirada na esteira do referido despacho ministerial. Mais requer que as rés sejam condenadas solidariamente a pagar às representadas pelo autor uma justa indemnização correspondente aos danos sofridos, desde logo pelo tempo jamais recu perável, de serviço que tem de prestar ao Estado. Valor: 14 963,94 (art.º 34.º, n.º 1 e 2, do CPTA). Citados os réus nos termos do art.º 81.º do CPTA, vieram os mesmos apresentar a sua contes- tação e juntaram aos autos o original do processo administrativo. Aquando da citação dos réus, foi entregue ao M.º P.º cópia da petição inicial, art.º 85.º do CPTA As partes, tanto na petição como nas contestações, prescindiram de apresentar alegações finais. No despacho de saneador, nos termos do art.º 87.º, n.º1 al. b) o juiz julgou a acção totalmente improcedente por não provada, absolvendo as rés do pedido, com custas da responsabilidade da autora, fixando a taxa de justiça em 4 UC, art.º 73.º-D, n.º 3, do CCJ, ex vi art.º 189.º, do CPTA.

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

DIRECÇÃO-GERAL DA ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA

CENTRO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DE JUSTIÇA

___________________________________________________________________________

Resolução do Problema n.º 4

Responsabilidade - AA 100%

Taxa de justiça autoliquidadas: AA Taxa de justiça inicial 89,00 € ( tabela única dos art.ºs 13.º, 23.º e 25.º, ex vi art.º 73º-A, n.ºs 1 e 3. do C.C.J.)

Acção de valor indeterminável (art.º 34º, do CPTA ex vi art.º 73.º-D, n.º 4, do CCJ)

Nota: neste processo não é devida taxa de justiça subsequente, uma vez que terminou antes da fase de julgamento (ver art.º 26, n.º 1 al. a) e não houve audiência pública, art.º 73.º -E, n.º 1 al. b)

Os RR estão dispensados da autoliquidação das taxas de justiça – art.º 29.º, n.º 1 al. a) e n.º 2 do CCJ.

Valor: (art.º 34.º, n.º 2, do CPTA, e art.º 73.º-D, n.º 1, do CCJ). 14.963,94 €

Valor 14 963, 94 €

Taxa de justiça final fixada nos termos do art.º 73.º D, n.º 3 do CCJ)- fixada pelo juiz entre dois limites:

- limite mínimo – 2UC; - limite máximo – 20 UC

Foi fixada neste processo a taxa de justiça de 4 UC 356,00 €

SSMJ (art.º 40.º, n.º 6 e 41.º, n.º 2 do CCJ). 35,60 €

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___________________________________________________________________________ TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

Conta Processo

nº 4 (taf) Acção administrativa especial

Responsáveis

Maria Franco Pinto; Joana França Morais

Valor da Taxa pelo Autor: 89,00

Valor da Taxa pelo Réu: 0,00

Descrição Valor

Taxas Aplicáveis

Processo 267,00

Tributário:14963,94 € ;Responsabilidade 100% ;obs.Artº 73-D, nº 3 CCJ

Sub Total 267,00

Cofre Geral dos Tribunais

Taxa de Justiça devida ao CGT 356,00

Taxa de Justiça já paga ao Proceso 89,00

Sub Total 267,00

Procuradoria

Procuradoria - S.S.M.J 35,60

Sub Total 35,60

Totais

Taxas de justila já Pagas 0,00

Total da Conta/Liquidação 302,60

Outros Pagamentos 0,00

Liquidação do Julgado 0,00

Custas Prováveis 0,00

C.G.T. (art 57º/2 C.C.J) 0,00

Custas não cobradas (Artº 57/1 C.C.J.) 0,00

Total a Pagar (EUR)

302,60

_______________________________________________________________________________________ CUSTAS JUDICIAS NOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

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___________________________________________________________________________ Problema n.º 5

Providência Cautelar

Maria da Conceição Ramos, solteira, professora auxiliar da Faculdade de Economia de ------, : residente na Rua ---------- propõe contra: O Vice – Reitor da Universidade de Economia de -------, com domicilio profissional na própria Universidade, e contra os contra – interessados: Dr. Francisco Pontes; Dr.ª Maria Manuela da Silva; Dr. Pedro Fonseca; Dr. Manuel Franco, todos com domicilio profissional na referida Universidade A presente providência cautelar em que requer que seja decretada a suspensão da eficácia do acto de classificação final do concurso para o provimento de quatro vagas de professor associado do II Grupo de Economia da Faculdade Economia da Universidade de -----------, aberto por edital publicado no D.R. II ª série de --------. Assim, ao abrigo do art.º 120.º n.º 1 al. a), do CPTA, requer a decretação ao Exm.º Vice – Reitor da Universidade de - - - - - -, Professor -. - - - - - - - -, da suspensão da eficácia do acto referido, com o conteúdo anteriormente descrito. Valor : € 15 000.00. Seguiu-se despacho liminar a admitir a providência cautelar de suspensão de eficácia do acto de classificação final do concurso de provimento de 4 vagas para professor do II Grupo, (cfr. art.º 116.º, do CPTA). Foram citados o requerido e os contra – interessados, tendo a entidade deduzido oposição a pedir que a providência cautelar fosse julgada improcedente. Efectuada a respectiva prova, por sentença, foi julgada improcedente por não provada e, em consequência, absolvida e entidade requerida do pedido, com custas pela requerente nos termos dos art.ºs 189.º, do CPTA ex vi art.º 73.º - A e 73.º - E, do CCJ.

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___________________________________________________________________________ Resolução do Problema n.º 5

Responsabilidade - Requerente 100%

Taxa de justiça autoliquidadas: ( tabela única dos art.ºs 13.º, 23.º e 25.º, ex vi art.º 73º-A, n.ºs 1 e 3. do C.C.J.)

Requerente: Taxa de justiça inicial 133,50 €

Requerida:

Taxa de justiça inicial 133,50 € 267,00 €

Valor: ( art.º 32.º, n.º 6, do CPTA e ex vi art.º 73.º - D, do CCJ). 15.000,00 €

Taxa de justiça final (art.º 73.º - E, al. f) – ½ ) 267,00 €

Custas de parte: (art.ºs 33.º, n.ºs 1 e 2 e 33.º -A, n.º 1). As custas de parte não integram o corpo da conta, são pedidas extra – judicialmente pela parte vencedora à parte vencida.

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___________________________________________________________________________ TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

Conta Processo

nº 5 (taf) Providência Cautelar

Responsáveis

Maria da Conceição Ramos

Valor da Taxa pelo Autor: 133,50

Valor da Taxa pelo Réu: 133,50

Descrição Valor

Taxas Aplicáveis

Processo 0,00

Tributário: 15.000,00€ Artº 14 (1/2) Responsabilidade: 100%

Sub Total 0,00

Cofre Geral dos Tribunais

Taxa de Justiça devida ao CGT 267,00

Taxa de Justiça já paga ao Proceso 267,00

Sub Total 0,00

Totais

Taxas de justila já Pagas 0,00

Total da Conta/Liquidação 0,00

Outros Pagamentos 0,00

Liquidação do Julgado 0,00

Custas Prováveis 0,00

C.G.T. (art 57º/2 C.C.J) 0,00

Custas não cobradas (Artº 57/1 C.C.J.) 0,00

Total a Pagar (EUR)

0,00

_______________________________________________________________________________________ CUSTAS JUDICIAS NOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

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___________________________________________________________________________

Problema n.º 6

Execução para pagamento da quantia certa (art.ºs 170.º a 172.º) Por douta sentença transitada em julgado, proferida nos autos de acção administrativa comum com a forma ordinária a Ré Junta de Freguesia de ------ foi condenada a pagar ao autor, a quantia global de € 15 545,00, acrescida de juros moratórios à taxa legal de 4%, desde a citação, até efectivo e integral pagamento, conforme translado que se junta. Apesar de condenada, a referida Junta de Freguesia ainda não pagou a quantia em dívida, nem se prontificou a pagar. O exequente solicitou o pagamento da referida quantia, por conta da dotação orçamental inscrita à ordem do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos. No requerimento executivo, indicou à penhora um imóvel devidamente identificado. Valor da execução em 14/04/04: € 15 957,44. A executada foi notificada nos termos do art.º 171.º n.º 1, do CPTA. Dentro do prazo da oposição, em 30/06/04 a executado depositou à ordem do tribunal, através de depósito autónoma, (cfr. art.º 124.º, n.º 3 do CCJ) a quantia de € 16 800,61. A execução sustou-se nos termos do art.º 916.º do C.P.C., ex vi art.º 1º do CPTA. Elabore a conta.

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___________________________________________________________________________

Resolução do Problema n.º 6

Responsabilidade - Executada 100%

Taxa de justiça autoliquidadas: 44,50 € (art.º 23.º, n.º 2, ex vi art.º 73.º-A., n.º 3)

Valor: (art.º 31.º, do CPTA, ex vi art.º 73.º - D, n.º 1 e art.º 5.º, n.º 4) 15.957,44 €

Taxa de justiça final (art.º 73.º -F, n.º 1). 712,00 € Assim, não se aplica a taxa final previstas no art.º 17.º, n.º 1, do CCJ.

Taxa de justiça final: (por força do art.º 73.º-F, n.º 1, não se aplica a taxa fixada no art.º. 17.º, n.º 1, ambos do CCJ). Assim, a taxa de justiça final é a prevista na tabela única dos art.ºs 13.º, 23.º e 25.º.

Custas de parte: (art.º 33.º, n.º 1 e 2, 33.º - A, n.º 1 do CCJ). As custas de parte são pedidas pelo exequente à executada, extra – judicialmente ou então nos termos do art.º 33.º -A, n.2, isto é, através da remessa da nota discriminativa e justificativa ao tribunal, para este efectuar o respectivo pagamento pela quantia depositada no processo.

Liquidação julgado: Em 1º lugar dá-se pagamento aos juros e quantia exequenda, uma vez que não se aplica o art.º 455.º do CPC ex vi art.º 1º, do CPTA.

Juros: 77 dias a 4% = € 131,17

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___________________________________________________________________________ TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

Conta Processo

nº 6 (taf) Execução de sentença

Responsáveis

Junta de Freguesia de ............

Valor da Taxa pelo Autor: 44,50

Valor da Taxa pelo Réu: 0,00

Descrição Valor

Taxas Aplicáveis

Processo 667,50

Tributário: 15.957,44€ Artº 13 Responsabilidade: 100%

Sub Total 667,50

Cofre Geral dos Tribunais

Taxa de Justiça devida ao CGT 712,00

Taxa de Justiça já paga ao Proceso 44,50

Sub Total 667,50

Totais

Taxas de justila já Pagas 0,00

Total da Conta/Liquidação 667,50

Outros Pagamentos 0,00

Liquidação do Julgado 712,00

Custas Prováveis 0,00

C.G.T. (art 57º/2 C.C.J) 44,50

Custas não cobradas (Artº 57/1 C.C.J.) 0,00

Total a Pagar (EUR)

0,00

Liquidação do Julgado

Descrição Valor Em dívida

Liquidação do Julgado - depósito autónomo: 16800,61 €

Quantia Exequenda e juros: 16.088,61 0,00

Custas 712,00 0,00

Restituir ao Responsável: 0,00

_______________________________________________________________________________________ CUSTAS JUDICIAS NOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

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CENTRO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS DE JUSTIÇA

___________________________________________________________________________ ÍNDICE

Introdução.................................................................................................................2 Disposições legais – âmbito e isenções de custas...............................................6 Valor da causa para efeito de custas..................................................................10 Taxa de justiça........................................................................................................15 Redução especial da taxa de justiça (art.º 15.º)................................................17 Taxa de justiça noutras questões incidentais (art.º 16.º)....................................19 Taxa de justiça inicial e subsequente..................................................................21 Omissão do pagamento pontual das taxas de justiça......................................24 Dispensa de pagamento prévio da taxa de justiça inicial e subsequente.....24 Encargos..................................................................................................................26 Custas de parte.......................................................................................................28 Compensação às testemunhas............................................................................31 Procuradoria............................................................................................................32 Garantia dos encargos..........................................................................................34 Consequência do não pagamento do preparo para despesas......................36 Conta de custas em geral.....................................................................................38 Reclamação e reforma da conta.........................................................................41 Pagamento das custas em prestações................................................................42 Pagamento voluntário e coercivo das custas.....................................................44 Preferência de pagamento e rateio.....................................................................45 Multas processuais..................................................................................................46 Actos avulsos...........................................................................................................47 Juros de mora..........................................................................................................48 Tabelas.....................................................................................................................50 Exemplos de contas nos Tribunais Administrativos..............................................51

_______________________________________________________________________________________ CUSTAS JUDICIAS NOS TRIBUNAIS ADMINISTRATIVOS

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