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suplemento Informativo REF ORCEMÓS O NOSSO MOVIMENTO I' COMBATAMOS A MILlTARIZAÇAO DA UN IVERSIDADE I .' .... , '" !/ kfa d fJ:) e::i uclanies de lia I 8 nossa LOTa! o e o saque à Associação de Medicina não significa sõ, "mais uma" As sociação encerrad a. Ela era um dos - poucos l ocais de apoio· técnico que res- tavam aos estudantes de Li sboa, um dos poucos loc ais de que nos podíamos utili zar para a feitura de comunicado s ou de sebentas. Foi tambem un loc al de reun i- ao para os do Tecnico, duran , - te o de ence. rramento do 1ST. A tentativ a de "acabar" com à Asso- ci ação de Medic i na e um passo import an- t e do Go v erno para militarizar as la s, para tentar cor tar p el a raíz a po- ssibilidade de os estudantes se org ani- zarem, reunirem, manterem uma i m prensa liv r e, lu tarem pela resolução dos seus problemas. pel a def esa das su as posiçÕes. Trata-se,à "sombra" da "desculpa" da ex is ncia de " caves clandestinas" duma clara tentativa de nos privar (aos estudant es de Medicina e a nôs estudan tes de Lisboa) de parte da apare lhagem tecnica e xtremamente importante para a manutenção de uma imprensa associat i va não controlada pelas autoridad es. ; t am em Medicina. tentar co rt ar a bilidade dos nossos colegas reunirem e discutir em na sua sala de Alunos , bem como a de aniquilar a estrutura sindi- cal lega l em Me dicina que a luta dos estudantes tinha imposto. Apôs a div isã o da esco la por rios locais (19 ano Junqueira, 29 e 39 Maria. 49, 59 e 69 nos civis) o direc- tor de Medicina as mãos à polí c ia e tenta assim dar um rude go lpe no Movi- mento Associativo de Medici na e de Lx. Mas a resposta que os estudantes de Medicina começaram a dar (e a que nôs estudantes do Técnico temos dado), anuncia que <às autoridades) "o tiro vai sair-lhes pela culatra". A e xperi ência de Mediéina e a nossa expe ri ê ncia no Técnico, mostram-nos que. se é ce r to que. cada vez . mais os directo res e os polícias fard a dos tentam fazer= -QDS sog obrar (e ao mesmo tempo mentir ao Povo sobre as nossas lutas). é ainda mais certo que, perante cada nova medida cont. pag. 3 MILlTARIZAÇAO DA UNIVERSIDADE: UM TIRO (DO GOVERNO) QUE OS ESTUDANTES (COM OS SEUS COLE- GAS DE MEDICINA 'A FRENTE) ESTAO A FAZER SAIR PELA CULATRA.' Assaltada a de Medicina 0 Na madrugada de domingo, dia 3, debai xo do c omando do conhecido Perei ra , do reitor da Universidade Clássi ca (Ve=- ríssimo e do director de Medicina, Célndido de Ol iv eira, uma da PSP e um corpo de bombeiros, armados de maçar i cos, invadiram a sala de alunos de Mediei na, rebentaram com as portas de ferro que- protegiam a de ·Folhas, prenderam o Melo, estudante e empregado da mesma (que muito jus tamente se recusara a abrir a por- ta àquela horda), roubaram os copiÓgrafos, máquinas de escrever e todos os comunica- dos associativos, destruiram o material que poderam levar (off-sets, gira-discos qu,! ,. brados, sebentas espezinhadas), arrancaram cartazes e selaram a conto pag o2 -

d fJ:) e::iuclanies de HerJi~i I LOTa! - amigoscoimbra70.pt de 1974 até 25... · ciação de Medici na e um passo importan ... res e os polícias fardados tentam fazer= -QDS sogobrar

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suplemento

Informativo

REF ORCEMÓS O NOSSO MOVIMENTO I' COMBATAMOS A MILlTARIZAÇAO DA UN IVERSIDADE I

i 2~;74

.' .... ,'"

!/ kfa d fJ:) e::iuclanies de HerJi~i lia I 8 nossa LOTa!

o a~~alto e o saque à Associação de Medicina não significa sõ, "mais uma" As sociação encerrada . Ela era um dos já -poucos l ocais de apoio· técnico que res­tavam aos estudantes de Li sboa, um dos poucos locais de que nos podíamos utili zar para a feitura de comunicados ou de sebentas. Foi tambem un loca l de reuni­ao para os estud~ntes do Tecnico, duran , -te o per~odo de ence.rramento do 1ST.

A tentativa de "acabar" com à Asso­ci ação de Medici na e um passo importan­t e do Governo para militarizar as esco~ l a s, para tentar cor tar pela raíz a po­ssibilidade de os estudantes se organi­zarem, reunirem, manterem uma i mprensa livr e, lu tarem pela resolução dos seus problemas. pela de f esa das sua s posiçÕes.

Trata-se,à "sombra" da "desculpa" da exis tência de " caves clandestinas" duma clara tentativa de nos privar (aos estudantes de Medicina e a nôs estudan t e s de Lisboa) de parte da apare lhagem tecnica extremamente importante para a manutenção de uma imprensa associat i va não controlada pelas autoridades. ; t am b~m em Medicina. tentar cortar a possi~ bilidade dos nossos colegas reunirem e discutirem na sua sala de Alunos , bem como a de aniquilar a estrutura sindi­cal legal em Medicina que a luta dos estudantes tinha imposto.

Apôs a divisão da escol a por vários locais (19 ano Junqueira, 29 e 39 S~ Maria. 49, 59 e 69 nos civis) o direc­tor de Medicina dã as mãos à políc ia e tenta assim dar um rude golpe no Movi­mento Associativo de Medi c i na e de Lx.

Mas a resposta que os estudantes de Medicina já começaram a dar (e a que nôs estudantes do Técnico temos dado), anuncia que <às autoridades) "o tiro vai sair-lhes pela culatra".

A experiência de Mediéina e a nossa experiência no Técnico, mostram-nos que. se é cer to que. cada vez. mais os directo res e os polícias fardados tentam fazer= -QDS sogobrar (e ao mesmo tempo mentir ao Povo sobre as nossas lutas). é ainda mais certo que, perante cada nova medida

cont. pag. 3

MILlTARIZAÇAO DA UNIVERSIDADE:

UM TIRO (DO GOVERNO) QUE OS

ESTUDANTES (COM OS SEUS COLE­

GAS DE MEDICINA 'A FRENTE) ESTAO

A FAZER SAIR PELA CULATRA.'

Assaltada a Associaç~o de Medicina 0 · 0 •

Na madrugada de domingo, dia 3, debai xo do comando do conhecido capit~o Perei ra , do rei tor da Universidade Clássica (Ve=­ríssimo Serr~o) e do director de Medicina, Célndido de Ol iveira, uma divis~o da PSP e um corpo de bombeiros, armados de maçar i cos, invadiram a sala de alunos de Mediei na, rebentaram com as portas de ferro que­protegiam a Secç~o de ·Folhas, prenderam o Melo, estudante e empregado da mesma (que muito justamente se recusara a abrir a por­ta àquela horda), roubaram os copiÓgrafos, máquinas de escrever e todos os comunica­dos associativos, destruiram o material que n~o poderam levar (off-sets, gira-discos qu,!

,. brados, sebentas espezinhadas), arrancaram cartazes e selaram a Associaç~oo

conto pag o2

-

... face a uma campanha mentirosa da im­prensa oficial ..•

Os jornais de domingo, 3, informavam,em grandes parangonas, duma "operaçtJo polici­cial nas ' caves do hospital de Santa. Maria", onde teriam sido "descobertas construçeles cI andestinas abrigando maquinaria diversa e -grande quantitade de material subversi vo".

2Q e 32 feira prosseguiu a campanha , pa-ra justificar aos 01 hos da populaçtJo o encer­ramento da Associa çtJo: os jornais falavam na "descoberta de uma tipografia cl andestina", nas "instalações desconhecidas na cave de St2 Maria", etc., etc., e é o próprio Barradas de 01 iveira, velha raposa, que n . .i c6maras da televistJo fala demoradamente sobre a "sub verstJo" instalada por detrás das portas de fer ro do hospital de St2 maria.

... os estudú,ites de Medicina reabrem a As­sociaçtJo ...

Na 22fe ira, a partir das 8,30, os estudan tes recusaram-se colectivamente a ir às aulas, engrossando os piquetes de informaçtJo ,que, a lém de relatarem o que se tinha passado, coo vocaram uma RGA para as II horas. -

Frente à sala de alunos, iniciada a RGA, os 600 estudantes concentrados decidiram que~ brar o selo da porta e irromperam pela sala de alunos! Á RGÁ realizou-se dentro da sala dos estudantes~

... desmascaram o director-fantoche ..•

Decretada a greve geral, os estudantes des­locaram-se em concentraçtJo ao director que es tava em reunitJo do consel ho escolar, para lhe exigir expl icaçeles sobre o seu papel no assalto à AE e sobre a sua posiçtJo face às nojentas no tas dos jornais. Perante a tentativa de um con-=­tínuo em impedir a entrada na antec6mara das instalaçeles do director, os cerca de 300 estu

dantes presentes forçaram Çl entrada e concen­traram-se junto do se u gabinete. lá dentro, o CE reunia. Ao fim de 20 minutos de espera e discusstJo acalorada no corredor, foi decidido I dar 5 minutos ao director para aparecer, .mro entrar-se-ia no seu gabinete. O director opa receu quase de imediato'. -

E tentou safor- se, apresentando a segu i nte verstJo: estava, ele, C6ndido, em casa, quando, altas horas da noite, fora acordado por um te lefonema do capittJo Pereira que lhe pedia pã ra se deslocar à sala de alunos de Medicina;­pois teria sido denunciada a existência de e le vada quantidade de explosivos nas ' instalaçeles associativas (um paiol~). Na sua ingenuidade, ele, C6ndidó, deslocou-se prontamente até ao Hospital onde, na companhia do reitor SerrtJo se dignou assistir ao extenuante esforço dos bom beiros e da polícia, que até às 5 horas da ma­nhtJ, estoiraram a maçarico (para quem "ia à­procura de explosivos", maçarico, hem?) uma após outra , as diferentes portas.

Quando se I he perguntou se ia mandar para os jornais uma nota a desmascarar publ icamen­te as mentiras publ icadas na imprensa fasc ista, ele respondeu que ntJo ."podia" .. ; fazer isso ... (ntJo podia ... sentJo perdia o "tacho"). Mas, pressionqdo pelos estudantes, reconheceu ter ti , do conhecimento (e de até figurar numa acta­do CE) da colocaçtJo das portas de ferro na sala de alunos, para obstar aos constante s as sal tos nocturnos que a Pide vinha fazendo. -

E procurando uma saída airosa, afirmou que fora obrigado a assistir aos acontecimentos,que ntJo concordava com a operaçtJo pol icial e que apresentaria a sua demisstJo de director. Esta posiçtJo fo i prontamente desmascarada, pois o director, ao demitir-se pura e simplesmente, sem uma tomada de posiçtJo firme quanto à nota ca luniosa da imprensa e o fecho da AE, ntJo preten tendia mais que "sacudir a água do capo te II .-

A porta da Sala de Alunos de Me

tdicina depoisde os estudantes .terem derrubado o muro erguido pela PIDE .

. .. derrubam o muro construído na entradt;J da Assoclaçdo. . . .-'

r ,

i

Verificando a nao comparência massiva às aulas dos estudantes, perante a firme determi­naçao dos estudantes de Medicina de nao per mitirem que lhes fosse roubado o seu princi-=­pai local de reun iao e d iscussao, a sa la de alunos, concretizada no rebentamento do se- ' lo de lacre que a fechava, os fasc istas e mpa ; redaram a entrada da sala de a lunos com t~ joio e c imento~ Assi m, 39feira pelas 22 ho­ras , numeroso bando de pides , bem proteg i­dos por grande nú mero de pol íeias , que inva diram o hospital d istribuindo-se \' .l los vários pisos, constroem a toda a pressa uma parede em fre nte da entrada da sala de alunos~

N

}\s " horas de 49 feira inicia-se uma RGA 'tendo os estudantes presentes, em número su­perior a 500, nao hesitado perante a nova parede: armando-se de barras de ferro, paus, etc., demol iram o muro construrdo durante a noite e impuseram a real izaçl!o da RGÁ den­tro da sa la de a lunos, com o caloroso apoio dõs doentes e trabal hadores do hosp i tal, que espre itavam pe las janelas dos andares superi­ores .

. . . mantêm firmemente a greve pelo reconhe­c imento da reabertura da Ássociaçl!o e pela libertaçl!o do colega Melo~

Decretada a continuaçao da greve, ela tem sido mandida firmemente, estando programadas realizações culturais, meetings, reuniões de p i quetes , reunié5es de comissões de curso, conc; ") traçé5es junto dos elementos do CE. ,

Na 69fe ira real izou-se em Medicina um c mrcio dos estudantes de Lisboa, tendo a pol í"~-' cia cercado o hospital, com grande aparato (carro de água , etc.), e bufos prendido um es tudante . Foi "corrida" uma equipa de f i lma-~ gens que "cobria- a entrada da sala de alc~Jos

de um dos p isos superiores, e que por pouco ~, escapou a uma va lente coça. Interrompido o >

comício pela a meaça de entrada da pol ícia, veio a reuniao a prosseguir mais tarde. Aí se '" dec idiu convocar um Plenário dos estudantes de Lisboa , para 49feira (amanha), às 15 horas, em Medicina .

('

Ontem 29 fe ira , em R. G.A. ,os estudantes de Me_ dicina decidiram continuar a greve geral e ratificc:. ram a marcaçl!o do Plenário para 49fe ira, tendo c o.!:!. ,

, ~ocado uma concentraçao de todos os estudantes de Lisboa para 5Q feira junto ao MEN.

No Sábado passado, e quando nas instalações da faculdade de Ciencias, os estudantes de Medicina, que a í tem uma cadeira, boicotaram um exame, a

I

A LU l~niciMA

STUDAWTEs Dr (CO . 1>A rÁ'~ s)

repres siva (como as expu l sõe s e suspen­: oes no Têcni co, como agora o fecho da ,,~ de Medicina) aumenta o mfmero de es- , tudant es empenhados em a. anu lar , unif i ­cando as 3uas lutas por uma Univer s ida­de Nova. Por uma Universidade em que os têenicos,os engenheiros eos doutores não sirvam para ajudar 08 barrigudos a explorar o Povo trabalhador; em que os medicas não sirvam para t r atar os "enfar­tes" do s ricos enquanto aos pobr e s reg ... tam longas es peras em Caixas de Previdên cia , de onde os patrões arr ecadam chor u= dos l ucros.

O ataque a Medi~ina não fo i um a cto i s olado , como o não fo i nem está a ser, no Tecni ce: Ele faz parte de toda uma tent a tiva de mi~itarizat l as escolas de di vidir os estudantes, na ordem que ao Ve i ga ~mão e o Moreira Bap t i sta(e ao Sal es, e ao Pereira e ao Champ alimaud , e • •• ) comvem.

Apoiarmos os estudantes de Med i ci na não e dizer que s e apoia.

Fazê-lo de facto s i gni f i ca :

-NO TÉCNICO, não abdicarmos da luta con t r a cad a (e t odas) manifestaçãó da militarização (suspenções,expulsões, fecho da AEIST, çartões, Sales , policia, agravamento das caracter ísticas r eaccio nârias do ensino, por exemplo o despe-­j anço da materia), aumentando par a i sso a nossa organização, intensificando a n assa participação no trabalho das comia sões de curso , s eguindo a pa l avr a de or dem: NEM UMA DAS MANIFESTAÇÕES DA MIL!=­TARIZAÇÃO DO TECNICO FICARÁ DE PÉ!

-Participarmos em todas as reuniões do s estudantes de Lisboa, em todas as f or mas de luta de luta federat ivas de a [ _ ~ .. ..!dicina . Todos ao Plenár i o de ã ~~~2. a Medicina, 4a .feira, i s l~ horas, no RL ~Eit al de Santa Maria!

COMBATAMOS ~ MILITARIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE!. REFORCEMOS,{) NOSSO MOVIMENTO! APOIEMO S OS NOSSOS COLEGAS DE MEDICINA EM LUTA!

Faculdade foi de no~';;Y in~ida pela: pDHcraque ,~ prendeu um esudante lá &entrae tres nas imediaçê5e5 de C ienc ias, tendo sido auxiliado por um erof : . ' ~~ , de , 6 Renato que apontou aos seus col egOs,.,p,pJicias a lguns estudantes.

o DESPEJAR DE MAT RIA NAS AULAS E AS TENTATIVAS DOS PROFESSORES EM IMPEDIREM A INFOR MA AO NAS AULAS TÊM SIDO FIRMEMENTE COMBATIDAS

Um dos aspectos da militarização que temos que enfrentar, é a existênciade pr ofs. que ten­t am aproveitar-se da situação repressiva existente no Tê~nico para promoverem um despej anço ainda maior de matéria, e que ã menor manifestação de descontentamento por par te doe estudan tes, logo chamam em seu socorro oSales, os bufos, ou a poJ~cia.

O agravamento das caracterís t ... ::as rel'l.(' ionárias do ensino promovido por estes profs. sob a protecção do Sales e da restante bufaria, tem sido firmemente combatido • e em mui tos cas os têm as autoridades sido obrigadas a recuar.

~ ass im que nas aulas d gica e de Analise do 19 ano velho, o desinteresse dos estudantes ante a forma como estão a GIi' r- dadas as aulas se vê claramente no barulho enorme que reina nes­sas aulas e na pressão que ~~ 1 sido exerçid sobre os profs., distribuíndo e discutindo uma tajeta onde se lia nomeada'_ ce :

"O que é preciso, é termos consciência da chumbaria que nos espera. E é preciso termos também consciência de que o Campos tem as costas quentes e que conta com a protecção do Sales, que proíbe as nossas reuniões, ex­pulsa e suspende colegas nossos, dos pOlícias, prontos a intervir cada v~z que as nossas lutas. ultrapassam as di~iculdades criadas pela mimi tari zação , dos bufos, que tentam descobrir quem sao os estudantes mais acti' ~ vos,quem distribui os comunicados , quem faz as intervenções nas aulas , etc. ( ••• ) Estudantes do 19 ano, estão a gozar comnosco! Nós bem vimos o ano passado como a nossa posição f~e os obrigou a darem-nos mais datas para exames e a fazerem pontos mais acessíveis. O sr. Campos que não pense(e o sr. Gameiro também não) que lhes vamos deixar subir ã cabeça o galãozito de ajudante do Sales-bufo, ou o apoio da guarda pretoriana mascarada de vi­seira de plastico que o gajo para ca arranjou( ••• ). FORA O BUFO-~ALES E OS SEUS AJUDANTES DE CAMPO(S),COM VISEIRA OU SEM ELA!

Face a isto , os profs. de Física e Analise recuaram nas suas posições iniciais, dizendo os I, profs. de Física que afinal não havia programa minimo, vindo só para exame a matéria d ada nas aulas, e dizendo os profs. de An-alise que afinal não havia nota minima para iII e rpescagem.

Também os estudantes do 19 ano nov9 ante a forma como esta a ser dada a cadeira de QuímicaI têm manifest ado o seu descontentamento e o clima que reina~essas aulas é bem revelador do in­teresseque essas matérias despertam nos estu~ntes do 19 ano novo: as aulas decorrem num baru­lho infernal, ha aviões de papel pplo ar, etc. Quando os furas ou os denuncianaes vão ao quadro

' são apupados e toda a gente se ri.deles. OPeres Rodrigues , prof. de Álgebra que ja se tornou bem conhecido dos estudantes do 19 ano

novo pela ve l ccidade com que despeja a matéria e pelas suas tentativas de impedir todas as dis­cussõese reUlli.::; ~ ""as aulas, ante varias conçentrações lei1.4das a cabo por um grande número ie estudabtes .! em que se distribuIram e foram discutidas tarjetas, começou a recuar, dando ~ Las de repetiçao e autarizando as reuniões.O mesmo sucedeu ao Campos Ferreira, prof . de Anãlise lue ,"por acaso", no dia em que ' aparecéu uma tarjeta desmascarando as suas actuações de proib i r !studantes de falar e de tentar expilsa-los das aulas, e pondo em relevo a maneira como ele dã i cadeira, virada para o máximo despejanço de matéria e não para a boa compreensão desta por )arte dos estudantes, recuou também ,abrandando a velocidade da matéria e passando a autori zar iS informaçõe~ nas aulas.

Os exemp los destes dois cursos, most ram cOmo tem sido firme a reacçao dos estudantes aos a­)roveitamentos qme muitos profs. têm tentado tirar da situação de militarização do Técnito :P,!. :ante . matér ias que ã partida não j "\teressam os estudantes, perante o seu desej o de as despeja :em a ritmo s assustadores, só res~a aos profs. uma maneira de as impingirem: ã força, reprimin lo toda e qualquer manifesta}ão ' e descontentamento doe estumantes, com a ajuda do Sales, da p o .icia e dos bufos, se necess a::.1.o .• Por isso não nos deixaremos il~4rcom os recuos a que obriga lOS as autoridades • Sabemos que estas cederam nalguns pontos mas que não estão di.postas a c~ lerem no essençial: nas crat ,eristicas deste ensino que noe pretende inculcar habitos de passi ridade e de marranço çego das cadeiras, que nos dã uma visão falseada e deturpadora da realid~­.e que nos cerca . Sabemos também que as autoridades não estão dispostas a permi t ir que as me­.ida9 '4a- :.mUit&r111&ç:~. por elas tomadas, sejam postas em causa, pois contam com elas par a nos

-4-

~~pedirem denos organizarmos, de tomarmos posiçoes colettivas e de col ectivamente lu t armos em sua delesa.

As a:çõ~& at~ago~a ~~~~ndidas , quer as jã referidas, quer outr as, como per exemplo as conçen traçoes contra! .-'oS.les e a polícia, as afixações de cartazes em que muitos de nóe t emos par ti--cipado , só têm- sido possiveis porque soubemos criar nos cursos uma sólida organização onde dis­cutimos a maneira de resolver os nos sos problemas, onde pr eparamos as acções de combate ã mi i~ tarização e as discutimos, onde garant imo s uma informação regular dentro do Técnico.

Para que o combate ' contra a militarização que estamos a t r avar seja vitorioso, para que as acções que iremos empreender abalem f ortemente as medidas e militarização, hã que :alargar o trabalho das' comil5sões de '\" curso,. f azendo com. que nelas participem aimda mais estudantes ,re f or ­çando-as nos cutsos onde e l 'as são aind a f racas, discutindo os erros que cometemos e a forma de os corrigirmos, avançando a no s s a luta num sentido justo.

'TOOOS ÀS COMISSÕES DE CURSO! . "

REFORÇEMOS A NOSSA ORGANIZAÇÃO:

ItEM UMA DAS MEDIDAS DE MILITARIZAÇÃO FI~ DE PE!

ORGANIZEMOS A EDIÇAO E A VENDA D~ FOLHAS ~ ~ '

Se as tentativas das autoridades em mil itarizar o Técnico se destinam pr incipalmente a impedir to­das as reun iões e movimentaçê5es cole ctivas p or nós levadas a cabo,e assumem diversa formas desde o fecho da A E , ao cont.'ol e das entradas, desde o bufanço do Sales aos profs que se tentam aprovei tal' da presente situaç-Oo para agravarem ascarac terísticas reacC'-ionárias ' c40 ensino (afixaçOo de -programas mínimos,desp~nço de matéria, etc), destas medidas tomadas pelm autoridades resulta a inda uma outra consequência, a que nos devemo.s opor: a tentativa de asfixia económica do nosso movimento, através da ediçOo das folhas pelo Sa I es ou ' pelo.s SS, através dos profs. que se rc .~usãm a dar-nos os originais delas, etc ..

O combate a esta medida da militarizaçOo.,nOo tendo embora a importltncia do combate a travar co.ntra os principa 's aspectos da militarizaçOo(PQ) I ícia, Sales, cartêSes, agravamento das caracferis ticas reaccionárias do ensino) nOo deve ser des~ prezado; ao pressionarmos os profs. para nos da­rem as folhas, ao organizarmos a sua ediçOo e venda, nOo só conseguimos elementos de estudo, ' que nOo estOo sujei tos à arbitrariedade dos prófs., pois contrariam a "O.brigaçOo" de ir a todas as aulas para tirar apontamentos, e sOo vendido.s a preços acessíveis, como ainda garant imos aa\lto nomia económica do nosso movimenf) .

Alargando a participaçOo na sue feitura, o que se traduzirá inclusivamente num alargamen to do trabalho da comissOo. de curso, o.brigaremo.s o., p profs. mais recalcitrantes a cederem-no.s os o.rigl­nais.

A ediçOo e a venda das fo.lhas têm sido. levadas a cabo pelas co.missl5es de Curlo~ e à sua fe\tura e venda, ~~mo 01 iás em ' relaçOo. a todo o. tr~b~"; i

lho. delas, tem-se associado. um grande nú ,nero,le estudantes .

Tem sido ainda defin ido (no 39 de Electricidade, por exempb) que as fo i has nOo sOo vendidas a i~ divíduos qV} tenham tomado posiçê5es anti-estudan tis (por exemplo , furas ou indi~íduos que tentam boicotar reuniões), tendo esta medida sido basta~ te apoiada por todos os estudantes (à excepçOo, claro, de me ia- dúz ia de furas e fascistas que se lamentavam amargamente desta "falta de "demo­crac ia II ••• ) . A recusa das fo.I has a . estes i nd iv rd~ os é apenas um aspecto da posiçOo. a tomar face a indivíduo.s que se notabil izem pelas suas Po.si­çê5es fascistas , furando. greves ou tentando boie.:> 'ter reuniê5es, a da sua expulsoo. de todas as oe!!. vidades colectivas dos estudantes, a de dar-lhes o devido trafQmento quando eles se mostrem rec~1 citrantes em telaçOo às nossas posiC;&ts co.lectivas

A I ista das foi has publicadas pel a secçOo de folhas da AEI ST e pelas comissões de curso é a seguinte:

IQ ano (73/74): Químical Pro.blemas de Anál ise em pr.p~-

19 ano. (72/73): Problemas de Física e Qufmica II (um capftulo à venda e o. .r"sto a saIr)

2Q ano: Anál ise IV (2Qparte); III Capítulo de Co.m putadores; Anál ise IV (Teo.ria e Pro.blemaS}

3Q Quím.: Fenómenos de Transferenc ia. 3Q Elect.:Mat. Apl. II, T.S.S., Elect . Teór. (Reg.

Transitórios) . Em preparaçOo: Mat. Apl. " (2Qparte) .

VfJo sair: Pro.blemas resolvido.s de física

·PORTO :,

MEDICINA

os A

EsrU])ANTES cOMBATE.M . . -TOTAL MILiTARJ~

APESAR DE A POL!CIA CHEGAR A DISP~..RAR, OS ESTUDANTE S APEDREJARAM OS "NtVEAS" QUE LEVAVAM PRESOS COL'EGAS SEU~.;..! ___________________ -4

Em Medicina do Porto, depo i s das lutas do l2período contra processos disciplinares, sus pensões e o encerramento do Ba~ , único local de reunião da faculdade, as autoridades chama-­ram para a faculdade a po l . • permanentemente e suspenderam preventivamente 7 estudantes. Pides mantem-se todos os é.l... E:. ~la escola, tentando impedir qualquer reunião e arrancando car­t azes.

A 26 de Janeiro as alo '''-idades fizeram sair os processos disciplinares que estavam na gaveta desde o ano passado : f oram suspensos 4 estudantes (Isabel Seabra, Isabel Ruivo, José Miguel e Raul César de sá ) por 9 meses.

5~feirat 31 de Janeiro, cerca das 11,30, os estudantes souberam que a polícia estava a impedir a saída de colegas que estavam reunidos num anfiteatro . Junto do anfiteatro, guarda­do por dois polícias, começaram a concentrar-se cada vez mais estudantes. Os dois polícias tinham entretanto chamado por rádio um terceiro, mas ao verem que o número dos es tudantes au mentava , resolvem de repente deixar sàir todos do anfiteatro sem identificar ninguém. -

Realizou- se a seguir uma sessão informativa no Bar. Pouco depois dela começar, e de ter sido expul so um bufo e fura-greves, cicerone em Medicina do capitão Braga (oMaltez do Porto) entraram no B~r dois polícias que foram até junto dos cartazes afixado s. No entanto, ao ve­rem o caso mal parado, pois logo começaram a ser apupados, não se atreveram a tocar nos car­tazes , e acabaram por sair de sorriso amarelo aos gritos de "Fora com a polícia". Só às 15 horas, quando no Bar já não estava quase ninguém, é que os polícias se atreveram a ir arran­car os carta~es.

2~feira , 4 de Fevereiro, os estudantes presentes numa As sembleia Geral e l e itoral decidi ram prossegui- la , mesmo na presença da polícia. Assim, mesmo com 4 polícias a rondar, os es­tudantes , ~ncobrindo os seus colegas que falavam, impuseram a continuação da reunião , tendo a votação das propostas sido fei ta, mesmo com os polícias dentro do Bar, local da reunião.

Dissolvida a reunião, os estudantes sairam do Bar. Foi então que 4 polícias se dirigi­r am para um grupo de estudantes e prenderam um deles, o Bernardo. A isto os estudantes pre­sentes responderam com a t entativa de libertação do seu camarada, bloqueando a porta de saí­da e agarrando os po lícias, que lograram contudo escapar- se.

Já fora do Hospital de S.João (onde são as aulas de Medicina no Porto), no jardim, con­tinuaram as tentat ivas de libertar o colega preso , tendo-se gritado palavras de ordem de re­púdio pela presença da polícia na faculdade e pela prisão. Aí a polícia carregou sobre os es tudantes , que reagiram apedrej ando a polícia e o carro para o qual era conduzido o colega preso.

Entretanto r.hegaram ao hospital mais reforços dos polícias, em 4 "níveas" e uma "carri­nha", comandados pelo famigerado capitão Braga , que for çaram a dispersão dos estudantes , t eE do prendido uma estudante, a Fátima .

5!feira passada, 7 de Fevere1ro, ao fim da manhã, a polícia prendeu mais 2 estudantes, a Manuela Praça e o Louro. Sabendo das prisões, muitos estudantes acorreram munidos de pedras , dispostos a libertar os seus éamaradas. I

A polícia aceler ou o passo e meteu os colegas presos dentro do "níveá"; quando os estu dantes lá chegaram, já era muito difícil libertá-los e então começaram a apedrejar o "nívea". Muitas pedras acertaram no alvo. A polícia , depois de curta hesitação, disparou inicialmente

: tr@s tiros e um quarto um pouco ma i s tarde, já depois de os estudantes terem dispersado.

ILETRAS - PCRTO _ 13 ESTUDAW1~ S SUSPENSOS --------------------

Terça-feira, 22 de Janeiro, quando se faziam as votações para a eleição da direcção da Associação de Letras, e aproveitando uma altura em que se encontravam poucos estudantes jun­to da urna, bufos andaram aos chutos à urna, tendo arrancado cartazes e roubado comunicados. Na tarde desse mesmo dia, deram-se informações nos cursos, ficando suspensas as eleições .

Sábado , 26, duas "carrinhas" da pol tcia encontravam-se es tacionadas à frente da facul da de, enquanto que um reforço de pides comandados pelo famigerado capitão Braga passeavam pel~

Terça-feira, dia 29, às 15 horas, reatadas as eleições, quando se colocava a urna , o d~ ~'ector Cruz dá ordens aos vigilantes pa r a fechar as portas da faculdade, enquanto que a paI]: cia comandada pelo cap itão Braga invade novamente Letras. Foram identificados dezenas de es­~udantes E detidos pelos vigilantes e pela polícia, vinte e um estudantes.

No dia I de Fevereiro, o CE suspende preventivamente 13 estudantes por um período de 90 dias .

Face às 13 suspensões e à invasão da polícia, foram feitas sessões informativas nos cur SOS , afixados cartazes e alguns cursos levam à prática gr eve às aulas.

2ªfeira, dia 4, os estudantes começaram a dar a justa re sposta à situação repressiva em Letras. No lQano de Germanicas centena s de estudante s fizer~ill greve, sendo o seu exemplo se­gui~~J)~l~~ estudantes do ~.~~ 2Q ~ 3Q ano e;; de Românicas

IBELAS-ARTE S - PORTO I Es tava convocado para 21 Janeiro a pas s agem em Belas-Artes do filme "O Couraçado Po-

temkin" . Esta projecção era -~)rtante para a mobilização dos estudantes de Belas-Artes, es­cola onde ainda não haviam cGlUleçado as aulas .

As autoridades tentaram por todos os meios sabotar a projecção: logo de manhã o chefe da secretaria já não apareceu na escola e o director,"única""entidade competente" para dizer do s í tio onde era possível a projecção do filme , desapareceu também.

Quando os estudantes pretendiam utilizar um anfiteatro, foi dado como como justificação para a st:~ ::~o ocupação,"a falta de luz nessa sala" . Os estudantes concentraram-se na secre­taria, exigindo a verificação dos fusíveis . Entretanto descobriu-se uma sala no Pavilhão de Pintura, a única passada despercebida ao corte da luz . Arrombou-se a porta, porque as chaves tinham "desaparecido" e projectou-se o filme .

I Tt~NICAS - GAIA)

Os alunos de 2 turmas tinham decidido que no dia 30 de Janeiro se f?ria greve às aulas de um professor que se de stacava por ser extremamente autoritário • .

A certa a ltura, uma das turmas , apoiada por um grande número de estudantes, concentrou­-se à porta da sala e trancou-a, i mpedindo assim que a aula se realizasse. O professor, ven­do que estava uma sala vazia, dirigiu-se imediatamente para lá, sendo acompanhado por 3 estu dante s . Esta aula foi boicotada durante cerca de l a minutos , por cerca de 70 alunos. No fim­da aul a, os aluno s apareceram novamente à porta da s a la, sendo o referido professor vaiado incessantemente . Ao dirigir-se para a aula seguinte, o prof ., Justino de seu nome, teve quep pas sar por alas formadas por estudantes e foi novamente receb ido com apupos. Porém, desta v vez , o Justino, querendo mostrar que era valente, agarrou um estudante, mas não teve tempo de fazer mais nada . Os estudantes saltaram-lhe em c ima, ficando o professor com os óculos partidos . Todavia, o Justino foi protegido por dois pides e por duas alunas que, munidas de vas souras, tentaram agredir os estudantes mas logo receberam o justo correctivo.

Pouco depois entra a polícia na escola, que desde logo obrigou a sair da escola todos os os estudantes que permaneciam pelos corredores. Terminadas as aulas, o Justino saiu da esco­la escol tado pela polícia e lá fora fo i novamente vaiado. Fo i preso um estudante.

LUTR5 • • os operários da indústria de vidros encontravam

[MA~~I G -se Na Marinha Gra.nde, 6ª feira, dia 8,

em greve, por aumento de salários.

Os operários sabem que logo após um preços dos produtos fabricado s subiam uma rudos lucros dos capital istas.

certo aumento do preço das matérias primas, os percentagem muito maior, aumentando os já cho-

Em greve, os operário s ~irigem-se à fab rica, mas fi cam aos portões.

Os muitos pides que po lá pu lul am, di rigem-se aos operários isoladamente e pergun­tam: "Porque é que não v.tis trabalhar?". Os operários respondem invariàvelmente, enquaE to apontam para grupos d~ colegas seus: "Não vou, porque aqueles também não trabalham", embaraç~ndo as~im os p1des .

~~~~~--~~~~----Na 4ª feira passa da, dia 6, os soldadores que trabalham na Doca Nova, fizeram uma

paral izaç~o de 3 horas de trabal ho, desligando as máquinas, desligando tudo.

No dia seguinte, as paredes do s dois estaleiros, o da Rocha e o da Margueira, ap~ receram com as paredes cheias de insc rições que exigiam aumentos de salários.

Os operár i_~~ .têEl. imposto que a produção continue a manter-se abaixo do "normal". , -pa,.~ -

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~~----------~================================~~~~:--A POLrCIA ASSALTA A ASSOCIAÇAO DE FARMÁCIA E RO UBA TODO O MATERIAL

TECNICO~

No sábado passado , de manh", · carrinhas· da pol ícia invadiram Farmácia, tendo-se dirigido às instalações da Associaç"o, onde inquiriram do sítio onde tinha sido feito um ·Antídoto", o jornal dos estudantes de Farmácia, que relatava os acontecimentos de Medicina e a luta dos nossos colegas.

Apoderaram-se do off-sd, da ntÍquina de fazer chapas, de uma máquina de escrever, de um pol icopiador e de uma máquina de fotocópias, pertença dos estudantes de Farmácia.

Já no d ia anterior , o d irector-pol ícia de Farmácia dera indícios do que veio a acontecer, pois sabendo da distribuiçt'., do "Antídoto" pelas turmas, com informações de Medic ina, andara a roubá-los das m"os dos . ''L" l ntes, voci ferando que "n"o permitia aquilo·.

I CANTINA DA CIDADE U~VERSITARIA, LOCAL DO "RANCHO" DA UNIVERSIDADE-QUARTEL

No sentido de riscar a Cantina da Cidade Universitária como local de informaçtlo e reuni"o dos estudantes, as autoridades determinaram há meses que só a poderiam util izar os estudantes da Universidade Clássica , o que têm garantido com um férreo contrôle de entradas. Bem o sa­bem os estudan tes do Técnico, corridos, bem como os seus colegas de Económicas, etc., numa altura em que a nossa luta contra a mil itar izaç"o do lScnico estava num dos seus pontos mais altos .

Mas como , apesar das surtidas de grupos armados , os estudantes n"o desarmaram e continuaram a afixar cartazes com informações, est"o a ser uti lizados inúmeros bufos que os arrancam. Um nosso colega que há dias se ergueu em defesa de um cartaz que estava a ser arrancado, envol­vendo-se valentemente em luta corpo a corpo com o bufo, foi violentamente agredido.

Esse colega, e o se m número de estudantes presentemente suspensos na U.Clássica (em Ciên­cias, Letras e Direi to) est"o proibidos de frequentar a cantina . Os contínuos-bufos que exigem o cart"o a quem entra dispêSem, para o efeito, de uma lista bem longa .

'ISPA ENCERRADO, POlrCIA 'A PORTA:. I

Contra a decis"o da direcç"o da escola de suspender 5 colegas, por 2 anos, os estudantes do ISPA (Instituto Superior de Psicologia Apl icada) decidiram em Dezembro boicotar o pagamento da 22 prestaç"o das prop i nas.

Suspensas as aulas a 9 de Jane iro pelo Conselho Directivo, os estudantes têm-se mantido fir­mes na exigência da revogaç"o das sanções disciplinares sobre os 5 colegas e na recusa de pa­gamento das prop i nas, ocupando o tempo de au I as com a real i zaç"o de cursos livres.

A Direcç~ ' .., Escol a ameaça deixar de considerar aluno quem ntlo pagar as propinas e en­via cartas para casa dos estudantes suspensos, ameaçando-os de, se n"o deixarem de frequentar as instalações do ISPA, pôr a pol íc io a "tratar do caso" . • . O e xemplo do bufo-Sales está a ser muito <preciado (e seguido) pelos srs . directores •..

Na 4~feira passada, 6 de Fevereiro, as instalações do ISPA apareceram encerradas e, da par­te da tarde, os estudantes que se dir ig iam à escola, para participarem no curso livre, quando dis cutiam à porta o que fazer , foram d ispersos pela pol ícia.

9S ESl7/lJAIJ1Es U Méb/'C/'/) <!IJwriW'Af1 01 6P€VE, 1E4) ~MeYID I .M ~ J)A. ~A ~~ I PétA /i~ J)() ~ MéID.

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