DA BOLSA DE VALORES - assets.scalpertrader.com.br · BOLSA DE VALORES Como ganhar tempo, liberdade e dinheiro através do Day Trade. O primeiro e único livro que te mostra como

O PODER OCULTO DA

BOLSA DEVALORESComo ganhar tempo, liberdade e

dinheiro através do Day Trade.

O primeiro e único livro que te mostra como.

por ANDRÉ ANTUNES

Funciona Mesmo!

Isenção de Responsabilidade Os conteúdos da Scalper Trader visam informar sobre possibilidades de lucro

financeiro com operações na Bolsa de Valores, eximindo-se a empresa de qualquer

responsabilidade sobre eventuais prejuízos do leitor em decorrência da tomada de

decisão deste.

Sua situação e/ou condição particular pode não se adequar a técnica

apresentada neste livro. Assim, você deverá utilizar e ajustar as informações deste livro

de acordo com sua situação e necessidades. O conteúdo deste livro tem por finalidade

apenas expressar minhas opiniões pessoais. O conteúdo aqui publicado não deve ser

interpretado como sugestão de investimento, como sinalização de compra ou venda de

qualquer título de valor mobiliário ou demais ativos financeiros.

Padrões, histórico e análise de retornos passados não garantem rentabilidade

futura. Todo investimento financeiro, em maior ou menor grau, embute riscos que podem

ser mitigados, mas não eliminados. Alertamos para que nunca sejam alocados em Bolsa

de Valores aqueles recursos destinados a despesas imediatas ou de emergência, bem

como valores que comprometam o patrimônio do leitor. A empresa não realiza

intermediações financeiras, por conseguinte não obtém nenhum tipo de receita advinda

de comissões, corretagens ou emolumentos sobre montantes aplicados, delegando

ao investidor a exclusiva responsabilidade pela execução de operações junto à

respectiva instituição financeira na qual possua conta aberta. Pessoas que têm

dificuldades com limites ou ímpeto devem procurar aplicações mais estáveis, como

a renda fixa.

A presente nota não se sobrepõe à legislação e regulamentação vigentes.

O Poder Oculto da Bolsa de Valores�

Sobre o autor

André Antunes

�O Poder Oculto da Bolsa de Valores @ 2018Todos os direitos reservados - Scalper Trader. �2

Meu nome é André Antunes e eu opero profissionalmente

através do day trade desde 2008. A Scalper Trader - minha empresa

educacional - nasceu no ano de 2011, quando eu atuava dentro de uma

corretora de valores e percebi que 98% das pessoas físicas que se

aventuravam na bolsa de valores, o faziam por métodos não utilizados por

profissionais de mercado.

Juntando o meu conhecimento de atuação profissional com o

prazer em ensinar, construí a primeira empresa educacional independente

falando sobre day trade através de Tape Reading no Brasil. Fui muito

questionado por ensinar day trade para não-profissionais, mas enfrentei as

críticas e me mantive como pioneiro nesta linha de atuação.

Hoje, alguns anos depois do início numa pequena sala, já

ajudei mais de 2 mil alunos no Curso de Especialização e mais de 80 mil

alunos nos cursos introdutórios.


Índice INTRODUÇÃO 5

CAPÍTULO 1: NOÇÕES GERAIS SOBRE INVESTIMENTOS 7

Quais são as abordagens para alocação de capital em renda variável? 8......................

Organização Financeira para Day Trade 10......................................................................

Conceito de Day Trade 13................................................................................................

Vantagens do Day Trade 14..............................................................................................

Riscos do Day Trade 21....................................................................................................

CAPÍTULO 2: COMO UM TRADER DEVE SE RELACIONAR COM O MERCADO 23

O Trader Comum 23.........................................................................................................

O Maior Erro do Iniciante 24.............................................................................................

CAPÍTULO 3: COMO TRADERS DE VAREJO APRENDEM A OPERAR. 28

Ausência de Causalidade 32............................................................................................

Olhar o mercado através da estratégia 34.......................................................................

Solução 35........................................................................................................................

CAPÍTULO 4: O QUE CAUSA AS OSCILAÇÕES DE PREÇO 36

Valuation 37......................................................................................................................

Ações e Opções de ações 39..........................................................................................

Preço Do Dólar Futuro 41.................................................................................................

CAPÍTULO 5: CONHECIMENTO BÁSICO DE MERCADO 45

Natureza do Mercado 45..................................................................................................

Participantes no Mercado 45...........................................................................................

Grau de Influência e Propósito dos Participantes do Mercado 47..................................



Prazo e Estilo de Atuação dos Participantes 48..............................................................

Assimetria de Informação no Mercado 50.......................................................................

O Maior Ponto Cego do Day Trade 51.............................................................................

Ordem limitada e Livro de Ofertas 52...............................................................................

Ordem a mercado e Histórico de Negócios 54................................................................

Enxergando o Mercado - Livro de Ofertas e Histórico de Negócios. 57.........................

CAPÍTULO 6: TELA OPERACIONAL E FUNCIONALIDADES 61

Ferramentas Básicas para Leitura de Tela (Indispensáveis) 63........................................

Roteamento de Ordens 64...............................................................................................

Ferramentas de Roteamento 65.......................................................................................

Ferramentas de Acompanhamento de Ordens 68...........................................................

Ferramentas Complementares 70....................................................................................

Ambiente Estável 74.........................................................................................................

CAPÍTULO 7 - GERENCIAMENTO DE RISCO 77

Perder: questão de sobrevivência 78...............................................................................

Entrada e Saída no Trade 80............................................................................................

CAPÍTULO 8 - PSICOLOGIA DO TRADER 82

O que separa os vencedores dos demais traders? 88.....................................................

Ciclo de vida do trader 92................................................................................................

Pré-requisitos para evoluir no Day Trade 94....................................................................

Conclusões Finais 97.......................................................................................................



INTRODUÇÃO

Seja muito bem-vindo e parabéns pelo início da leitura do livro O Poder

Oculto da Bolsa de Valores! Temos convicção que aqui encontra-se o melhor

material para entender como o Day Trade em Bolsa de Valores pode te ajudar a

alcançar os seus objetivos. No final das contas, apenas uma parcela muito

pequena da sociedade realmente consegue investir corretamente o seu dinheiro e

uma parcela menor ainda, aprende a fazer day trade. Normalmente, o fazem mais

por conta de esforços pessoais do que por conta de cursos em si. O diferencial

deste livro é que eu aprendi basicamente tudo que sei sobre day trade sozinho,

sem fazer nenhum curso. Mesmo assim, estudando por conta própria, eu só

consegui aprender corretamente pela vivência que tive dentro da corretora que

trabalhava.

Colocar dinheiro na Bolsa de Valores sempre foi um tabu para a

esmagadora maioria dos brasileiros.

Até meados da década de 90, em razão da instabilidade econômica e

política do Brasil, apenas os profissionais de mercado (gestores de fundos,

tesoureiros de bancos, operadores de pregão e analistas de corretoras) e alguns

investidores (que, por razões familiares, tiveram instrução adequada quanto à

gestão patrimonial em Bolsa), obtinham êxito ao empregar seus recursos em

Renda Variável.

Essa realidade começou a mudar com o sucesso do Plano Real, que

trouxe estabilidade monetária à economia brasileira e com o surgimento das



primeiras obras literárias sobre o mercado financeiro, que deram início ao estudo e

desenvolvimento de educação financeira em nossas terras.

A partir dos anos 2000, com o boom da internet e a ampliação dos meios

de comunicação, muitas pessoas se sentiram confiantes em dar os primeiros

passos no universo da Renda Variável.

Contudo, muitas das informações disponíveis sobre o mercado carecem

de qualidade e acabam levando potenciais investidores a enormes perdas

financeiras, o que afugenta outros tantos que gostariam de diversificar seu portfólio

financeiro. Tal fato já é percebido apenas considerando o número de pessoas

físicas cadastradas na Bolsa brasileira: cerca de 650.000 (seiscentas e cinquenta

mil) pessoas, em universo de mais de 200.000.000 (duzentos milhões) de

habitantes.

Se esta já é uma difícil realidade para os que procuram a Bolsa com a

intenção de complementar a renda previdenciária, imagine para aqueles que

querem fazer do mercado sua principal fonte de renda. Os poucos que se dedicam

a esta empreitada procuram construir seu financeiro, dia após dia, através de

operações day trade, isto é, compra e venda de um mesmo ativo em um mesmo

dia, com o objetivo de auferir lucro na diferença entre o preço de entrada e o de

saída da operação.

Apesar de todas as dificuldades, é totalmente possível uma pessoa “viver”

de day trade. Se este é o seu desejo ou se você tem apenas interesse em

conhecer esta modalidade, sugerimos que continue a leitura deste material. Ele

contém informações valiosas que irão sanar suas dúvidas e o ajudarão a tomar

uma melhor decisão.



CAPÍTULO 1: NOÇÕES GERAIS SOBRE INVESTIMENTOS

Para a maioria das pessoas, os investimentos podem ser classificados em

duas classes:

a) Renda Fixa: são os investimentos onde o investidor tem

conhecimento prévio da rentabilidade que irá auferir. Ex: Poupança,

Títulos Públicos, CDBs, LCIs, LCAs, COEs etc.

b) Renda Variável: são investimentos onde o investidor desconhece

quanto irá ganhar, podendo a rentabilidade do investimento oscilar

para mais ou para menos, enquanto este permanecer em carteira.

Investimentos em ativos negociados na Bolsa são considerados

investimentos de renda variável, pois não há como saber previamente quanto o

investidor ganhará ao aplicar seu dinheiro, podendo até mesmo perder parte do

capital alocado.

Mas por que alguém colocaria dinheiro em algo que possa acarretar

prejuízo?

Por lógica simples, alguém que se dispõe a correr mais riscos, só o faz

porque espera obter um retorno maior que o oferecido em qualquer outra

modalidade de investimento tradicional.

Na Bolsa, as espécies de ativos são negociadas em dois tipos de

mercados: o “à vista” e o “futuro”.



a) Mercado à vista: nesta modalidade, são negociados ativos

patrimoniais, que não se perdem com o tempo. Os principais são as

ações das companhias de capital aberto (ex: ações preferenciais da

Petrobrás, PETR4) e as cotas de Fundos Imobiliários (ex: cotas do

fundo proprietário do Shopping Jardim Sul, JRDM11).

b) Mercado futuro: nesta modalidade são negociados ativos que

servem de proteção contra as oscilações de preço de outros tipos de

investimento, a maioria deles ligada ao mercado à vista. Ex: opções,

que são contratos negociados no mercado futuro que estipulam

condições mais vantajosas para seu titular adquirir ou se desfazer de

uma ação. Dólar futuro, que são contratos que protegem o titular das

oscilações bruscas na cotação do dólar americano etc.

Quais são as abordagens para alocação de capital em renda variável?

Regra geral, são duas as principais abordagens de alocação de capital na

renda variável:

a) Investimento: quem aplica capital na Bolsa com visão de

investidor tem como premissa ser sócio de boas empresas, que

apresentam bons fundamentos, lucros consistentes, dívida

equilibrada e boa geração de caixa.

No longo prazo, a cotação da ação sempre tende a

acompanhar os fundamentos que a empresa apresenta.



Além disso, quem atua como investidor tem o foco na geração

de renda passiva, como forma de complementação da renda

previdenciária. Normalmente, o investidor gera receita em uma outra

atividade, poupa um percentual mensal e o aplica na Bolsa com a

intenção de ter o seu capital remunerado. Quando a empresa é bem

administrada, a cotação da sua ação acompanhará a evolução dos

seus fundamentos e o investidor terá retorno através deste

crescimento, bem como na distribuição de proventos que a própria

companhia de capital aberto realizar.

Perceba que nesta abordagem, o investidor atua de forma

passiva, como financiador da companhia, deixando para os

administradores a função de administrá-la. Podemos dizer que o

dinheiro aplicado fica “travado”. Aqui, o investidor está colocando

dinheiro no mercado.

b) Day Trade (Giro): quem aplica capital financeiro na Bolsa com foco

no giro atua na condição de especulador. No Brasil, o termo

“especulador” tem, erroneamente, conotação pejorativa, mas a ideia

é a mesma de um empreendedor: negociar mercadorias a um

determinado preço de aquisição e repassá-las a outra pessoa a um

preço mais vantajoso, lucrando com a diferença entre as duas

operações.

A ideia de “giro” vem justamente da circulação da

propriedade: o especulador adquire um bem de uma pessoa “X” e a



repassa a “Y”. O day trade, nosso objeto de estudo, é um tipo de

operação que se enquadra neste grupo e a pessoa que a faz é

chamada de trader.

Perceba que com este perfil de atuação, quem especula

acaba assumindo uma postura ativa no mercado e o ganho financeiro

não está ligado à qualidade intrínseca dos ativos mobiliários, mas sim

na eficiência e lucratividade das operações.

Girando no mercado, o especulador está “tirando” dinheiro de

circulação e este tipo de atuação pode lhe render maiores ganhos.

Contudo, sempre que existe maior rentabilidade, os riscos envolvidos

também serão maiores.

Nós entendemos que o giro não é uma modalidade de

investimento, mas sim uma fonte geradora de receita, como qualquer

trabalho autônomo. O especulador é, na verdade, o “empreendedor”

do mercado.

Organização Financeira para Day Trade

Se quem realiza day trade atua no mercado como se fosse um

empreendedor, um dos requisitos básicos é separar a conta da empresa (conta

que movimenta a atividade empreendedora), da conta pessoal.

Logo, nós entendemos ser vital para quem faz day trade organizar as

finanças da seguinte forma:



a) Conta Pessoal: é a conta pessoal do trader, a que ele usa para

seu consumo e para suprir suas necessidades básicas. Este é o

dinheiro que ele usa no dia a dia.

b) Conta Investimento: é a conta destinada à formação de poupança

e acumulação de patrimônio para geração de renda passiva. É sabido

que nos dias atuais, não podemos mais contar com recursos de

terceiros e nem com os aportes realizados à previdência social para

arcar com nossos gastos futuros. Para envelhecermos com

tranquilidade e mantermos um padrão de vida digno, é fundamental

poupar um percentual da receita que produzimos mensalmente e

rentabilizá-la em bons investimentos. Assim sendo, a conta

investimento terá o capital diversificado da seguinte forma:

i. Reserva Emergencial: é uma quantia destinada a cobrir

eventuais imprevistos ou despesas que surgem de surpresa,

como por exemplo, uma consulta médica, a compra de um

pneu para o carro, ou mesmo um jantar de comemoração para

uma conquis ta há mui to tempo dese jada. Nossa

recomendação é que junte um valor correspondente a 3 (três)

ou 4 (quatro) vezes o seu custo de vida mensal e o deixe

disponível em produtos de alta liquidez, que você possa ter

acesso inclusive aos fins de semana, pois as surpresas não

tem dia, nem hora para aparecer. A Poupança é a melhor

alternativa para guarda da Reserva Emergencial.



ii. Investimentos de Renda Fixa: após juntar o valor

correspondente à Reserva Emergencial, você deve aplicar

parte da quantia poupada mensalmente em investimentos de

Renda Fixa, para que forme um colchão financeiro que lhe dê

sustentação em períodos longos de crise. Para administrar os

riscos, diversifique o capital em produtos de boa qualidade e

segurança como, Títulos Públicos, CDBs, LCIs e LCAs, que

além de terem uma rentabilidade atrativa, também protegem o

capital investido, pois são cobertos pelo FGC (Fundo

Garantidor de Crédito).

iii. Investimentos de Renda Variável: se você estiver

confortável e desejar uma remuneração maior para o seu

capital, a renda variável é o melhor caminho. Apesar dos

riscos, se você se dedicar a conhecer os produtos oferecidos e

estudá-los, certamente encontrará bons investimentos. Não há

qualquer obrigação em alocar seu capital em renda variável.

Faça apenas se você se sentir confortável e se não for utilizar

o dinheiro no curto prazo. Entre os produtos oferecidos para

alocação, temos ações e cotas de Fundos de Investimento

Imobiliário (FIIs).

c) Conta Day Trade: nós não encaramos o trading (nome técnico

utilizado para se referir às operações day trade) como uma

modalidade de investimento, mas sim como uma atividade



profissional. Portanto, a conta day trade é a conta onde você alocará

o dinheiro para o giro, isto é, para movimentar o financeiro

empregado no trading. Esta é a conta em que você movimentará sua

“empresa” dentro do mercado. Perceba que ela está separada das

demais para que você não misture o dinheiro da sua vida pessoal,

com o dinheiro da sua profissão no mercado.

Conceito de Day Trade

Operações day trade são operações de compra e venda de um mesmo

ativo, executadas dentro de um mesmo dia, em uma mesma corretora e pelo

mesmo cliente.

• Exemplo 1 (Ações): você comprou 100 (cem) ações de PETR4 a

R$ 15,00 e vendeu estas mesmas 100 (cem) ações a R$ 15,10, no

mesmo dia. O resultado deste day trade foi um lucro bruto de R$

0,10 centavos por ação, ou R$ 10,00.

• Exemplo 2 (Mini Índice): você comprou 1 (um) contrato do Mini

Índice a 84.000 pontos e vendeu este mesmo contrato a 84.100

pontos, no mesmo dia. O resultado deste day trade foi um lucro

bruto de 100 pontos, totalizando R$ 20,00.

• Exemplo 3 (Mini Dólar): você comprou 1 (um) contrato do Mini

Dólar a 3.390,00 e vendeu esse mesmo contrato a 3.389,00, no

mesmo dia. O resultado deste day trade foi um prejuízo bruto de 1

ponto, totalizando - R$ 10,00.



• Exemplo 4 (E-mini SP): você comprou 1 (um) contrato do E-mini

SP à 2.841,00 e vendeu esse mesmo contrato à 2.841,25 no mesmo

dia. O resultado deste day trade foi um lucro bruto de 0,25 pontos,

US$ 12,50.

Vantagens do Day Trade

Margem de Garantia

Margem de garantia é um valor mínimo exigido pela Bolsa, equivalente a

um percentual do volume total do contrato, para que você possa negociá-lo em

operações no day trade.

Assim sendo, em se tratando de day trade, para negociar um contrato,

não há a necessidade de você ter disponível todo o seu valor correspondente. Se

você tiver a quantia mínima exigida pela Bolsa, ela mesma lhe fornece “um crédito”

e o autoriza a negociar o contrato, desde que seja para compra e venda realizadas

no mesmo dia.

Esse valor pode ser depositado por meio de Dinheiro, Títulos Públicos,

Ações, Ouro, Cotas de Fundo de Investimento ou Títulos Privados.

Observe os seguintes parâmetros:

Contrato Código Valor do Contrato Margem de Garantia

Dólar Futuro Padrão DOL U$ 50.000,00 R$24.000,00

Mini - Dólar Futuro WDO U$ 10.000,00 R$4.800,00

Índice Futuro Padrão IND R$65.000,00 R$10.000,00

Mini índice Futuro WIN R$13.000,00 R$2.000,00



De acordo com a tabela, para você negociar 1 (um) lote de Dólar Futuro, a

Bolsa exige margem de garantia de R$ 24.000,00 (vinte e quatro mil reais). Já para

o Mini Índice, são exigidos R$ 2.000,00 (dois mil reais).

Alavancagem

A alavancagem também é uma espécie de “crédito” colocado à disposição

do day trader para que ele negocie ativos no mercado, ainda que não possua todo

o valor exigido pela Bolsa. A diferença é que este “crédito complementar” é

fornecido pela corretora (o intermediário da negociação) e não pela Bolsa.

O fator de multiplicação do valor depositado em garantia na corretora é

fixado por ativo e varia de instituição por instituição.

Normalmente, é comum que as corretoras trabalhem nos seguintes

parâmetros:

• PETR4 e VALE3 = Multiplicador de 25 vezes.

• BVMF3, BBDC4 e ITUB4 = Multiplicador de 20 vezes.

• Mini Dólar = Multiplicador de 30 vezes.

• Mini Índice = Multiplicador de 20 vezes.

Cálculo de Alavancagem

Primeiro, é necessário verificar o saldo disponível na forma de garantia na

corretora, podendo este valor ser oferecido em Dinheiro (saldo em conta corrente)

ou custódia de Ações e/ou Títulos Públicos. Exemplo: vamos supor que um cliente

possua R$ 10.000,00 (dez mil reais) em PETR4 e R$ 5.000,00 (cinco mil reais) de

saldo em conta corrente.



Logo, R$ 10.000,00 (PETR4) + R$ 5.000,00 (conta corrente) = R$

15.000,00 (quinze mil reais) de garantia.

• Se este cliente decidir fazer day trade em VALE3, usando o

multiplicador de 25 vezes, ele poderá negociar até R$ 375.000,00 de

VALE3.

• Agora, se ele decidir fazer day trade em Mini Índice, cuja margem

mínima exigida pela corretora é de R$ 100,00 (cem reais), se ele tem

disponível R$ 15.000,00 (quinze mil) em garantia, ele poderá

negociar até 150 contratos de Mini Índice no day trade (15.000 /

100 = 150 contratos).

Flexibilidade de Ativos

Outra grande vantagem de atuar no day trade é a variedade de ativos

disponíveis para operar, tais como:

MercadoNacionalCentralizado:

• Ações.

• Opções de ações.

• Contratos de Índice Futuro.

• Contratos de Dólar Futuro.

• Contratos de Juros Futuro (contratos DI).

• Contratos Agrícolas (os principais são Boi Gordo, Café Arábica e

Milho).



Mercado Internacional Centralizado:

• Ações.

• Futuros de Índices Financeiros (Mini SP500, DAX, Euro Stock 50…).

• Futuros de Moedas (Euro, Yen, Dólar Australiano,…).

• Futuros de Commodities (Petróleo, Gás Natural,…).

• Futuros de Criptomoedas.

Se o ativo tem boa oscilação e liquidez, o trading é possível. Além disso,

uma maior variedade de ativos para operar possibilita o trader trabalhar naquele

em que tiver maior facilidade de entendimento e compreensão.

Flexibilidade de Horário

Quem deseja trabalhar como trader autônomo acaba assumindo a

condição de “empreendedor” do mercado, conforme explicado anteriormente. Isso

significa que você deixa de ter chefe e obrigações para com os outros e passa a

ter somente responsabilidades consigo mesmo.

Assim sendo, você mesmo estabelece seus horários.

No Brasil, o pregão de negociação funciona em horário comercial das

09:00hs às 18:00hs nos mercados BMF e das 10:00 às 17:55 horas, nos mercados

Bovespa.

Mas você não precisa operar por todo pregão, assim que você alcançar

um financeiro que satisfaça suas pretensões, você tem a possibilidade de optar por

encerrar seu dia de trabalho e voltar apenas no dia seguinte.



Além disso, caso você tenha uma limitação no horário comercial você

pode os mercados internacionais centralizados aproveitando a Janela Europeia

(ela se inicia as 05:00AM) ou a Janela Asiática (ela se inicia as 19:00PM).

É importante ficar atento as alterações de horário de verão e de inverno

dos hemisférios.

Significa dizer que você pode ajustar seu horário de trabalho aos horários

em que tem maior eficiência e disponibilidade, sem o compromisso de ficar longos

períodos conectado ao mercado e ter mais tempo disponível para sua vida

pessoal.

Operações Vendidas

Qualquer atividade comercial segue a lógica de primeiro comprar a

mercadoria, para depois vendê-la, pois não há como vender o que não possui,

sendo tal prática considerada ilegal.

Contudo, o mercado financeiro, neste caso, se comporta como uma

exceção: em se tratando de day trade, como o intuito não é adquirir a propriedade

do ativo, mas apenas explorar as oscilações de seu preço de negociação, é

possível realizar operações em ordem inversa, isto é, vendendo primeiro e

recomprando mais barato depois.

Assim, as operações vendidas ampliam consideravelmente o número de

possibilidades para o trader gerar receita no mercado.



Operações simuladas

No próximo módulo, falaremos sobre a realidade do mercado e como deve

ser a mentalidade de quem encara o desafio de gerar receita via day trade.

Por hora, é suficiente saber que o sucesso do day trader depende mais do

aprimoramento constante de habilidades ligadas ao trading, do que

necessariamente acumular o máximo de conhecimento possível.

Hoje, com o avanço da tecnologia, é possível desenvolver essas

habilidades em ambiente simulado (um simulador operacional), diminuindo o custo

de aprendizado envolvido na atividade.

Assim como um piloto de avião, que treina exaustivamente no simulador

até, de fato, ser colocado em um voo real, você pode ter acesso a uma plataforma

de atividades simuladas, para que não coloque dinheiro real durante sua fase de

aprendizado. Tal iniciativa, além de aumentar a qualidade da preparação do trader,

ainda diminui os custos envolvidos no início de sua jornada.

Custos Operacionais do Day Trade

Custos operacionais

Considerando apenas os que incidem sobre a negociação, temos os

custos de corretagem (remuneração do intermediário da negociação, isto é, a

corretora) e os custos Bolsa (Emolumentos e Taxas de Liquidação e Registro,

destinadas a manter e ampliar os serviços prestados pela Bolsa).



Logo, considerando o impacto destes valores no resultado final da

operação, chegamos, por exemplo, aos seguintes números:

• Mercado de Dólar Futuro:

• Mercado de Índice Futuro:


Índice Padrão: gera um custo de aproximadamente 75%. Ex: day trade de 5 contratos com 5 pontos de ganho (R$ 25,00) =

custo em torno de R$18,50 por operação.

Mini Índice: gera um custo de aproximadamente 86%. Ex: day trade de 1 contrato com 5 pontos de ganho (R$ 1,00) =


Dólar Padrão: gera um custo de aproximadamente 25%. Ex: day trade de 5 contratos com 0,50 ponto de ganho (R$ 125,00) =


Mini Dólar: gera um custo de aproximadamente 25%. Ex: day trade de 1 contrato com 0,50 ponto de ganho (R$ 5,00) =



Apesar do percentual de custo no Índice ser maior, os movimentos

também são maiores. Desta forma, raramente uma operação será encerrada com

apenas 5 (cinco) pontos de ganho. Regra geral, as operações lucrativas se

encerram com 30 (trinta) a 150 (cento e cinquenta) pontos.

Demais custos (IR)

Além dos custos operacionais que o trader paga, independentemente do

resultado de suas operações, há também os custos devidos ao Governo, que

incidem apenas sobre o lucro mensal total de suas operações.

A alíquota cobrada a título de Imposto de Renda é de 20% sobre o lucro

apurado, descontando já os custos operacionais pagos. Do valor que sobrar, caso

positivo, 20% são pagos na forma de imposto sobre a renda.

Caso o lucro bruto mensal seja negativo, esse montante será considerado

“crédito” a ser descontado do próximo mês positivo que o trader venha conseguir.

Apesar da pesada alíquota cobrada, ela ainda é menor que o imposto

cobrado em outras atividades, que pode chegar a 27% do lucro obtido.

Riscos do Day Trade

Mesmo oferecendo acesso a um capital maior, o que efetivamente

colabora para gerar grandes financeiros, o day trade é a modalidade operacional

de maior risco no trading.

Por isso, é importante listar os principais agravantes que possam

prejudicar o trader. Estar atento a estas variáveis e prevenir eventuais situações

que possam comprometer o dinheiro e tempo empregados nesta atividade, são



atitudes vitais para a construção de uma longa carreira no mercado. Vejamos os

principais:

• Falta de conhecimento.

• Atração pelo dinheiro “aparentemente” fácil.

• Uso inadequado da alavancagem: utilização indevida da

alavancagem, sem estar psicologicamente e financeiramente

preparado para o pior cenário possível.

• Não utilização de Limite de Perda (stop loss): algumas operações

tinham motivadores suficientes para dar certo, mas por circunstâncias

externas eles não dão continuidade e é preciso “estancar” a perda

para não deixá-la ganhar maiores proporções (stop é uma forma de

preservação do capital).

• Não entendimento do risco máximo por operação: tomar mais

risco que o necessário, por não aceitar a perda de uma operação.



CAPÍTULO 2: COMO UM TRADER DEVE SE RELACIONAR COM O MERCADO

Neste tópico, nosso objetivo é desmistificar alguns princípios muito

enraizados na esmagadora maioria dos traders de varejo e alinhar sua mente aos

dogmas que realmente condizem com a realidade do mercado.

O Trader Comum

Pela nossa experiência, é comum nos depararmos com duas situações:

a) O aspirante a trader que não tem conhecimento algum de

mercado e não vê a hora de colocar a “mão na massa”. Neste caso, é

comum que a vontade principal do iniciante seja aprender rapidamente a

estratégia e já sair comprando / vendendo na Bolsa, na expectativa de

fazer o máximo de dinheiro possível.

b) O aspirante a trader já possui certa experiência no mercado, mas

se vê cercado de dúvidas como:

• “Por que o mercado oscila?”.

• “Que tipo de player também atua junto comigo, nos mesmos pontos de entrada?”.

• “Por que alguns traders enxergam oportunidades em certos pontos e eu não?”.

• “Por que não consigo antecipar as movimentações do mercado em

real time?”. �O Poder Oculto da Bolsa de Valores @ 2018Todos os direitos reservados - Scalper Trader. �23


Esse tipo de dúvida já demonstra um conhecimento mais profundo e

totalmente compatível com o amadurecimento da profissão. Ocorre que sem

instrução adequada, o sentimento de frustração decorrente da falta de respostas a

estas dúvidas acaba minando a confiança do trader e o coloca em uma espiral

negativa.

Por isso se faz necessário realinhar nossa forma de pensar à realidade do

mercado, pois caso haja alguma mudança estrutural no mercado, estaremos aptos

a nos adaptar ao que ele exigir. Assim sendo, vale a pena citar as palavras de

Ralph Waldo Emerson:

“São muitos os métodos, mas poucos os princípios. Quem domina os

princípios pode escolher com sucesso os próprios métodos. Quem tenta

adotar os métodos ignorando os princípios, com certeza enfrentará

problemas”.

O Maior Erro do Iniciante

O primeiro grande erro da maioria dos traders pessoa física é acreditar

que o trading se resume puramente em aprender e replicar o melhor setup

operacional, com o máximo disciplina. Quem atua no mercado, já sabe que a

realidade não é bem assim.

Se este é o seu caso, certamente está crescendo em você uma sensação

de dor e frustração por não ver evolução em seus resultados.



O sucesso como trader, na verdade, leva em conta 3 (três) fatores:

• Construir uma relação condizente com a realidade do mercado.

• Conhecimento de mercado.

• Desenvolvimento de habilidades.

Considerando a relação que a maioria dos traders iniciantes constrói com

o mercado, o ponto comum está na tentativa de equacionar os movimentos do

mercado e aplicar uma fórmula pronta que gere resultados em qualquer tipo de

situação. Logo, a maior parte das pessoas encara o mercado com a perspectiva de

solucionar problemas. É por isso que há tantos traders estudando gráficos e

movimentos de preço passados, fora do horário de negociação, na intenção de

descobrir o que poderia ter feito para pegar aquela alta / queda que aconteceu no

mercado.

Eles acabam se atentando a determinados parâmetros (médias móveis,

volume e demais indicadores) que os conduzem a uma tentativa de solução

mecânica, quando na verdade a conexão que traders de sucesso estabelecem

com o mercado é muito mais profunda.

Para compreender a importância dessa nova perspectiva, é necessário,

primeiramente, entender o que é o mercado.

O mercado nada mais é do que um ambiente em que se estabelecem

várias relações de compra e venda entre seus participantes, onde alguns deles

(compradores) dão dinheiro a outros (vendedores), com o intuito de adquirir a

posse e/ou propriedade de ativos financeiros mobiliários (ações, opções, contratos

futuros etc.) ali negociados. �O Poder Oculto da Bolsa de Valores @ 2018Todos os direitos reservados - Scalper Trader. �25


Uma parte desse dinheiro que circulou é destinada ao custeio e

manutenção do ambiente de negociação (a Bolsa) e a comissionar os serviços dos

intermediários (corretoras) envolvidos na transação. No caso do comprador, esses

custos são embutidos na quantia desembolsada. Já no caso do vendedor, como

ele entrega o bem e recebe o valor devido, os custos são descontados da quantia

que ele tem a receber. Ambas as partes arcam com os débitos envolvidos, não há

repasse de um para outro.

Perceba que como o que está em jogo no mercado é a circulação de

dinheiro, a melhor forma de enxergá-lo, principalmente o day trade, é sob o

aspecto de competição, na qual a eficiência da sua atuação está inteiramente

ligada à sua habilidade em participar de boas oportunidades.

Analisando o mercado sob o ponto de vista de competição, você passa a

enxergá-lo como ele realmente é, pois vai querer saber:

• Quem são os demais participantes do mercado.

• Como eles operam.

• O que motiva sua decisão.

• Quem são os que realmente fazem estrago na movimentação do

preço e por que isso ocorre.



Quando você sai do mundo individual, onde você se questiona o que

poderia ter feito para pegar a alta ou a baixa da semana passada, você passa a

considerar o coletivo em seu operacional e isso te coloca na perspectiva correta,

onde o mercado é o resultado da interação de seus participantes, cujo objetivo

principal é tomar para si o dinheiro que está com outro.

Essa é a lógica envolvida no conceito de metajogo: trazer para sua

decisão, elementos que não estão na tela de negociação, tais como a intenção do

participante, sua forma de atuação, o quanto ele está disposto a insistir naquela

direção etc.

Por isso, o foco no day trade não é apenas o estudo teórico das variáveis

que movem o mercado, mas o desenvolvimento e aprimoramento constante de

habilidades que te permitam enxergar a atuação coletiva dos demais participantes.

É esta mentalidade que colocará você no caminho da consistência e o

tornará um profissional de mercado, apto a fazer do trading a sua principal fonte de

receita. Somente assim você andará para frente.



CAPÍTULO 3: COMO TRADERS DE VAREJO APRENDEM A OPERAR.

A maioria dos traders pessoas físicas aprendem a operar tomando

decisões baseadas em análise técnica. O caminho consiste em visualizar preço em

gráfico temporal na forma de:

• Linhas.

• Barras.

• Ponto e Figura.

• Candlestick.

• Outras formas de representação no mesmo sentido.

Depois que aprender a ler o gráfico, o próximo passo é identificar

tendência. Dessa forma, são várias as formas de traçá-la:

• Aplicar a Teoria de Dow.

• Destacar suportes e resistências.

• Traçar linhas de tendência.

• Traçar Fibonacci.

• Estudar formações de padrões de candlesticks (M, W, Engolfos, etc).

• Indicadores Técnicos.

• Combinação de sinais.



98% das pessoas acabam seguindo este caminho. Com isso, começam a

formar raciocínios a partir de imagens como estas a seguir:

A maioria dos traders iniciantes dirá que a primeira imagem trata-se de um

martelo (figura à esquerda) e a segunda um engolfo (figura à direita). Tanto no

martelo, quanto no engolfo, o sinal mostrado pelo desenho é que o mercado

esboçou uma correção e rompendo a máxima da figura, tende a partir com mais

força para um movimento de alta. Portanto, o trader deve enviar uma ordem de

compra no rompimento desta extremidade, pois em ambas as imagens há uma

indicação clara de compra.

Até agora só abordamos a interpretação para o desenho gráfico. Mas, se

você parar para pensar, não há como observar no gráfico:



• A evolução correta dos preços: não dá para enxergar o zigue-

zague que ele fez dentro do candle, isto é, o caminho que ele percorreu

durante todo desenho da vela.

• O quanto ele permaneceu em cada preço: você não consegue

perceber quanto tempo ele demorou para avançar ao próximo nível de

preço.

• Quem está comprando ou vendendo: você só enxerga o

comportamento do preço, mas você não faz ideia de quais negócios

estão acontecendo.

• Quem tomou a decisão de gerar o negócio (agressão): não é

possível enxergar quem aceita o preço da oferta listada no livro de

ofertas do ativo.

• Que tipo de participante está enviando as ordens: você não

consegue saber que tipo de participante está executando as ordens de

compra/venda.

• Não mostra a magnitude dos negócios que estão sendo

fechados: não dá para saber qual o tamanho do negócio que está

fechado.

• Não mostra o histórico da posição que os participantes vêm

carregando ao longo do dia: não dá para saber se o participante está

aumentando ou se desfazendo de uma posição já montada no

mercado. �O Poder Oculto da Bolsa de Valores @ 2018Todos os direitos reservados - Scalper Trader. �30


• Não mostra o volume de oferta e demanda do mercado: você não

consegue medir o quanto de ofertas tem disponível no mercado em

cada ponta.

• Não dá para perceber o nível de convicção da posição que um

participante assume.

• Não consegue enxergar a que preço de mercado o participante

pretende zerar sua operação.

• Não mostra como o participante pretende reagir às mudanças do

cenário econômico no qual o ativo está envolvido.

• Não mostra o número de operadores que estão agindo em cada

estilo operacional.

• Não mostra os perfis de atuação dos participantes atuantes no

mercado.

Não se preocupe em entender a fundo cada um desses itens, eles serão

trabalhados ao longo do texto.

Sabemos que não há respostas para a maioria desses itens, mas quando

se aprende por meio da análise gráfica temporal, a pessoa física é levada a crer

que essa tela é a Bolsa e que todos os demais participantes (pessoas físicas e

institucionais) usam essas mesmas ferramentas na hora de tirar conclusões sobre

o mercado.



Mas a verdade é que gráficos e indicadores não são e nem representam o

mercado. Eles apenas registram o histórico de comportamento do preço o que,

inclusive, podem sim gerar alguns sinais operacionais. Contudo, há um universo

muito maior na tomada de decisão de importantes participantes do mercado e ele

não está expresso na tela gráfica, realidade esta que faz surgir 2 (dois) grandes

problemas para quem atua no mercado com a ideia de solução de problema.

Ausência de Causalidade

Causalidade não é correlação. Correlação é uma medida do grau de

relação entre duas variáveis. Causalidade trabalha com a ideia de causa e efeito

entre duas ou mais situações.

Pegamos o exemplo do local onde há um grande número de bombeiros.

Se levantarmos o histórico daquela região, é possível notar que há um grande

número de incêndios.

Se você não souber analisar, você é levado a crer que é o número de

bombeiros que ocasiona mais incêndios, o que não é verdade. A realidade é que

quanto maior o número de incêndios, maior será o contingente do corpo de

bombeiros para combater a magnitude do fogo.

Percebe como uma simples análise, sem profundidade, pode nos levar à

conclusões totalmente distantes da realidade?

Pois bem, se você não considerar os pontos abordados no item anterior, é

justamente isto o que acontecerá com você no mercado, ainda mais restringindo

sua análise apenas à tela gráfica.



Na aula 4 (quatro) do curso de Introdução ao Day Trade trabalhamos com

muito mais exemplos que abordam o problema de estabelecer correlações sem

sentido algum na vida cotidiana.

O problema de quem se prende apenas a estudar a tela gráfica está no

fato de que depois de um tempo, é comum o trader acreditar que Candles, M, W,

OCOs, Pivôs, Fibonacci, Indicadores etc., realmente são a causa das oscilações

de preço.

Este é um erro grosseiro de economia porque todas essas variáveis não

tem poder preditivo, elas não são causa da alta ou baixa do mercado. São apenas

correlações (coincidências), pois é a movimentação do preço que constrói os

dados do indicador e não o indicador que gera a movimentação do preço (mesma

situação do exemplo dos bombeiros).

E o pior acontece quando uma determinada calibragem ou padrão gráfico

começa a se mostrar estatisticamente lucrativo. A estatística favorável acaba

reforçando a crença de que é o indicador ou o padrão gráfico a causa do

movimento que o mercado realiza.

Ocorre que chega uma hora que o cenário econômico muda e o indicador

ou padrão gráfico deixa de performar. Qual é o caminho que resta para o trader?

Procurar uma nova calibragem para o indicador ou então um novo padrão gráfico.

Percebe o círculo vicioso em que ele estará inserido?

Com o avanço econômico e cultural da sociedade mundial, o mercado

também vem mudando em espaços de tempo cada vez mais curtos, fato este que

exige maior capacidade de adaptação dos traders.



Se você estiver olhando para o mercado na perspectiva errada, você se

cansará do trabalho de ter de achar a solução perfeita para o momento atual,

correndo o risco de quando encontrá-la, este novo método de atuação já possa

estar superado.

Por hora, tenha em mente que o desenho visto no gráfico pode até ser

parecido com o ocorrido no passado, mas acredite: todo movimento do mercado é

novo e nenhuma movimentação é igual a anterior. Mais a frente explicaremos o

porquê.

Olhar o mercado através da estratégia

O segundo problema de quem enxerga o mercado somente pela tela

gráfica é que naturalmente você passa a interpretá-lo apenas em função da

estratégia. Depois de longo tempo analisando gráfico, você acaba treinando o olho

e formando um banco de dados mental de toda movimentação que o preço realiza.

Isso acaba restringindo sua percepção, pois você deixa de estudar o

mercado propriamente dito e se concentra apenas nas premissas de sua

estratégia. Seu senso crítico não está na origem e causa da movimentação do

preço, ele estará preso a uma correlação sem sentido algum, que muitas vezes

não passa de mera coincidência (pra não dizer sorte).

Em outras palavras, você estará interpretando o mercado não da forma

que ele realmente é, mas da forma que você gostaria que ele fosse, o que

certamente não lhe fará ganhar dinheiro por longos períodos de tempo.



Solução

Trabalharemos mais adiante a solução para estes os dois problemas.

Vamos citar os passos que devemos dar para sairmos do círculo vicioso:

• Aceitar que só olhar preço não é suficiente para operar.

• Entender melhor o que é o mercado, quem opera e qual o

processo decisório: devemos entender quem são os participantes que

operam junto com a gente, a causa de sua motivação e o que eles olham

quando estão operando. Só a análise destes elementos já faz com que você

passe a olhar as coisas certas no mercado e quando estamos no caminho

certo, o tempo passa a ser nosso aliado.

• Acompanhar somente variáveis que realmente tem causalidade

com preços.



CAPÍTULO 4: O QUE CAUSA AS OSCILAÇÕES DE PREÇO Este é um tópico que poderá surpreender muita gente, positiva ou

negativamente, ainda mais se você já carrega certa experiência operacional no

mercado.

O fato de neste momento você estar tomando consciência de que o

histórico de preço passado não guarda causalidade, ou seja, não é a razão para o

comportamento do preço no futuro, pode ser um choque de realidade para muitos

traders pessoas físicas.

Mas o nosso compromisso com este livro e os cursos que temos

disponíveis é preparar uma base para que você compreenda o mercado de forma

correta, que pense da forma mais próxima à realidade, pois com o raciocínio

correto, não importa a mudança que vier, você terá flexibilidade para se adaptar

frente à qualquer circunstância.

A primeira máxima que você deve considerar é que o preço de qualquer

ativo, no médio e principalmente no longo prazo, segue os fundamentos.

No curto prazo, a renda variável segue a interpretação e a expectativa

da coletividade atuante no mercado para esses fundamentos.

Como é precificada a expectativa da coletividade a respeito dos

fundamentos?

A coletividade precifica os fundamentos dos ativos e o cenário econômico

por meio de um processo chamado de valuation, que é a forma mais coerente de

se chegar a um preço que espelhe racionalmente o valor intrínseco de um negócio.



Logo, é por meio do valuation que chegamos a um preço justo para o ativo,

valor este que vai nos orientar se o preço de negociação atual está barato ou caro.

Valuation

No Valuation, são várias as premissas utilizadas na determinação de um

preço justo e elas variam de importância de acordo com o negócio que estamos

querendo precificar.

Tomando, por exemplo, es tabe lec imentos como padar ias ,

estacionamentos e lotéricas, são três as métricas mais utilizadas:

a) Faturamento.

b) EBTIDA: é um múltiplo fundamentalista que expressa o quanto

que o estabelecimento gera de dinheiro apenas com sua atividade

principal, antes de serem descontados os impostos, juros devidos e

despesas com amortização e depreciação.

c) Lucro líquido.

Geralmente, o mercado utiliza um múltiplo e o aplica em uma dessas

métricas para se chegar ao valor intrínseco do negócio. Ex: em caso de

restaurante, multiplica-se o faturamento por 5 (cinco) vezes.

No fim, o que realmente importa é que o negócio faça dinheiro, isto é, não

adianta ele gerar uma receita (faturamento) monstruosa, mas ter um custo muito

elevado para se manter atuante e ainda dívidas desequilibradas a serem pagas. É

importante que o negócio gere dinheiro de fato (lucro líquido), pois é em cima

desta métrica que você poderá calcular em quanto tempo terá de volta o valor



investido e a expectativa de geração de renda futura, já que a razão de qualquer

investimento é ter retorno em dinheiro.

Além do montante de receita e lucro gerados, os investidores costumam

avaliar os fatores internos e externos que impactam a geração de caixa do

negócio. Vejamos.

➡ Fatores Internos.

• Maturidade do negócio: quanto tempo de vida tem o negócio

funcionando.

• Localização: fluxo de clientes, obras futuras, segurança do local etc.

• Contratos envolvidos: tempo de aluguel, de fornecimento de

matéria-prima etc.

• Investimentos necessários: para modernização e ampliação do

negócio.

• Passivos envolvidos.

• Marca: critério de confiabilidade do consumidor na aquisição dos

produtos comercializados pelo negócio.

➡ Fatores Externos.

• Situação econômica.

• Legislação regulatória da atividade explorada.

• Variação cambial.

• E outros.



Esse é o raciocínio envolvido em toda a precificação dos negócios em

geral. O mesmo é válido para os ativos financeiros negociados em Bolsa. O que

muda é o peso que um ou outro fator tem em uma ou outra espécie. Vejamos:

Ações e Opções de ações

Na precificação de ações, o modelo de valuation mais utilizado é o Fluxo

de Caixa Descontado (FCD). Esse modelo é padrão, não há diferença de gestora

para gestora. O que muda são as premissas que cada gestor considera na

aplicação do método.

Quando falamos de “fluxo de caixa”, não estamos nos referindo a

performance operacional da companhia, mas sim ao regime de caixa da empresa,

que nada mais é do que a entrada e saída de dinheiro na companhia. Por exemplo:

a empresa fez uma venda de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais). No balanço

trimestral, para fins de performance (regime de competência), será contabilizada

receita de R$ 75.000,00. Mas esta venda foi parcelada em 3 (três) vezes, ou seja,

3 (três) parcelas de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais). Logo, para fins de

entrada e saída de dinheiro (regime de caixa), somente serão contabilizadas as

parcelas efetivamente pagas.

Portanto, uma empresa pode apresentar uma determinada receita, mas

não necessariamente terá todo o dinheiro disponível em caixa.

Além disso, convém distinguir receita de lucro líquido. Receita é todo

dinheiro gerado pela empresa. Lucro líquido é o dinheiro que sobra da receita,

descontadas todas as despesas do negócio (de produção e administrativas), o

valor de depreciação e amortização e os impostos pagos (IR, ICMS, ISS etc.). O



dinheiro que sobra depois de pagas todas as obrigações, é o lucro líquido e como

dito anteriormente, ele pode vir para a empresa de forma fracionada.

Com dinheiro em caixa, depois de pagas todas as obrigações, temos o

chamado Fluxo de Caixa Livre, que é o financeiro, de fato, disponível em poder da

empresa. Com esta quantia, a companhia pode decidir investir no crescimento do

negócio (seja ampliando a estrutura existente, seja adquirindo outras empresas),

pagar dívidas, reter uma parte para se prevenir de uma eventual crise, melhorar a

produção ou ainda distribuir o lucro na forma de dividendos.

É em cima do Fluxo de Caixa Livre que o investidor faz a projeção de

crescimento da empresa e calcula o preço justo do papel, (aquele que representa o

valor intrínseco da empresa, desconsiderando o efeito especulativo da renda

variável).

Ao chegar a um valor presente, o método faz uma projeção para o

dinheiro que entrará na empresa nos próximos anos, precificando também a

expectativa de crescimento da receita, com base nas transações e no cenário

econômico do segmento em que ela atua.

Essa projeção futura é realocada em valor presente, considerando uma

taxa de prêmio e uma margem de erro nos números projetados.

Percebe o quanto de informação utilizada no modelo não está na tela e o

quanto ele está mais próximo da realidade?

Nós traders pessoas físicas não temos como fazer uma análise tão

complexa como esta, porque além do trabalho envolvido, não temos acesso a

todos os dados que impactam a geração de caixa, e mesmo que tivéssemos, isto

se daria posteriormente aos investidores institucionais.



Essa assimetria no acesso à informação é o que aumenta o grau de

acerto das projeções feitas pelos grandes investidores e o que os coloca a nossa

frente. A comparação entre o preço atual e o projetado com base na expectativa de

geração de caixa futura é o que motiva a compra/venda de um papel.

As oscilações no valor de negociação do papel são sempre fruto da

reavaliação que os participantes fazem a respeito da atratividade da companhia,

principalmente no que diz respeito à sua capacidade de geração de caixa.

No caso das opções, como elas são um derivativo, quem acaba operando

esse ativo atua em cima das expectativas projetadas para a ação, o que torna

válida as mesmas considerações do valuation do papel.

Preço Do Dólar Futuro

Diferentemente das ações, que possuem um modelo fixo de precificação,

o dólar é um ativo onde a precificação acaba sendo mais imprevisível, pois de

tempos em tempos, em razão do dinamismo da economia, as variáveis a serem

observadas acabam ganhando ou perdendo importância dentro do método. Dessa

forma, é difícil antecipar os movimentos que este ativo fará.

De qualquer forma, a principal variável a ser considerada é o balanço de

pagamentos. No balanço de pagamentos, é possível encontrarmos duas grandes

contas:



a) Conta Corrente: nela encontramos:

i. Balança comercial: o saldo final referente a tudo que foi

exportado e importado dentro do país. Se há mais exportação,

significa que há mais dólar entrando no país e isto tende a

desvalorizar o dólar frente ao real. Se há mais importação, significa

que há mais dólar saindo e isto faz o preço da moeda estrangeira

aumentar frente ao real.

ii. Balança de serviços e rendas: diz respeito ao valor pago em

serviços prestados dentro e fora do país.

iii. Doações: são as quantias em dinheiro doadas a outros países.

b) Conta Capital: podendo ser dividida em:

i. Conta capital: reflete toda a entrada e saída de dinheiro

realizadas para financiar a economia. Nela estão computadas as

quantias desembolsadas a título de Investimento Estrangeiro Direto,

Participações em Empresas não listadas em Bolsa, Imóveis etc.

ii. Conta Financeira: todo dinheiro que entra no país para ser

aplicado em Bolsa ou Renda Fixa.

Mas qual seria o motivo para um estrangeiro investir no Brasil e não no

seu país de origem?

A avaliação da atratividade do país é feita com base no estudo do seu

cenário interno e externo.



O cenário interno é formado por tripé macroeconômico, responsável

pela condução da nossa economia.

O primeiro item do tripé é a expectativa de inflação ancorada, que é o

ajuste de preços realizados em função da inflação, como forma de manter o valor

do bem, dentro da meta fixada pelo Banco Central.

O segundo item é o superávit primário, que nada mais é do que as

contas públicas estarem em ordem, inclusive em uma perspectiva futura. É

fundamental que a arrecadação seja sempre superior aos gastos públicos, para

que o investidor tenha confiança da capacidade do país em honrar seus

compromissos.

Por fim, o último item é a flutuabilidade da moeda, que é avaliação de

segurança que o investidor estrangeiro faz para o envio de capital ao país. Não é

saudável para o investidor mandar dinheiro a um local que está sempre mudando

as regras de recebimento de capital, principalmente no que diz respeito aos

impostos cobrados.

Quanto mais estável esse tripé, maior será a classificação do país no

CDS.

No cenário externo, é avaliado o quanto de dinheiro está disponível no

mundo para vir para o país, tomando por base a atratividade da maior economia

do Mundo, os EUA. Nesse sentido, quanto mais alto forem os juros americanos,

menos dinheiro é enviado para países emergentes como o Brasil, porque lá o

investidor encontra mais segurança para o seu capital, já que aqui ele estaria

exposto ao risco cambial.



E também, em sede de cenário externo, é analisado o fluxo relativo do

dólar quando comparado a outras moedas, que pode ganhar força com o aumento

no desempenho da economia americana frente à de outros países. Esse item é

analisado comparando o dólar com uma cesta de moedas de outros países com

relevância na economia mundial.

Essa é a complexidade encontrada na precificação do dólar, ainda mais se

levarmos em conta que toda essa conjectura é projetada para o futuro, pois não

basta saber o valor do dólar hoje, mas sim quais são as suas perspectivas para os

próximos anos.

Mas é necessário saber tudo isso?

Não, nós traders não precisamos saber de tudo isso para fazer dinheiro no

mercado.

Contudo, é fundamental que você entenda que há participantes no

mercado com meios suficientes para fazerem estas projeções e que o mercado

olha para frente, levando em conta todos os dados econômicos que possam

impactar os cenários traçados.

Reconhecer que não há como ter acesso a todos esses ingredientes e

muito menos a quantidade de capital que alguém está disposto a colocar no

mercado já te coloca numa posição à frente dos demais traders de varejo, pois

você estará atuando com a mente em uma perspectiva muito mais ampla e estará

atento ao que realmente guarda causalidade com o preço.



CAPÍTULO 5: CONHECIMENTO BÁSICO DE MERCADO

Muitas das coisas que já foram faladas até aqui certamente vai de

encontro ao que você já deve ter estudado, mas esta é nossa missão pessoal: falar

o que você precisa ouvir, não aquilo que você gostaria de escutar.

Agora vamos tratar dos passos que precisamos dar para se posicionar no

mercado e pensar de maneira coerente à realidade.

Natureza do Mercado

O mercado, como dito anteriormente, é um ambiente de negociação onde:

• Há diferentes players, operando com diferentes tamanhos.

• Com diferentes propósitos.

• Em diferentes janelas de atuação: nós day traders atuamos com

uma janela de 1 (um) dia.

• Com diferentes estilos/conceitos operacionais.

Participantes no Mercado

São vários os tipos de participantes no mercado. Vejamos agora os

principais grupos atuantes:



a) Bancos: são as tesourarias encarregadas de rentabilizar o dinheiro

disponível da mesa proprietária da instituição (o dinheiro do próprio

Banco).

b) Fundos: são os gestores encarregados de rentabilizar o dinheiro de

propriedade dos cotistas dos fundos. Não guarda relação alguma com o

item anterior.

c) Empresas não financeiras: são empresas que vêm ao mercado

financeiro para buscar proteção contra as grandes oscilações de preço.

d) Hedgers: o hedger é o importador e exportador que busca se

proteger das fortes oscilações de preço.

e) Pessoas físicas (giradores e varejo): somos nós e demais traders

autônomos.

f) Estrangeiros: são os investidores que trazem dinheiro de fora e tem

grande representatividade em nosso mercado.

g) Market Makers: são algoritmos que trabalham spread entre as ofertas

de compra/venda.

h) HFT: são algoritmos que trabalham em cima do fluxo de ordens do

mercado.

i) Instituições (Tesouro, BaCen, FED, BCE): são instituições do

Governo destinadas a intervir na economia para solucionar problemas de

liquidez e oscilações bruscas do mercado.



Grau de Influência e Propósito dos Participantes do Mercado

Uma vez conhecidos os participantes mais comuns encontrados no

mercado, nós podemos agrupá-los em 2 (dois) grandes grupos, de acordo com o

grau de impacto de sua atuação nas negociações do mercado. Dependendo de

onde estiver enquadrado, um tipo de participante poderá ter mais ou menos

influência no processo de formação de preço. Vejamos:

a) Price maker: estão neste grupo àqueles participantes cujo lote é tão

grande, que a montagem de sua posição consumirá todas as ofertas

disponíveis em mais de um nível de preço, deslocando-o de forma

direcional.

b) Price taker: são os participantes cujo lote, quando executado, não

impacta no deslocamento do preço. Quem opera por meio da análise de

fluxo de ordens desconsidera esse tipo de participante.

São várias as razões de um participante atuar no mercado financeiro.

Contudo, por mais diferente que seja o seu motivo, ele dificilmente fugirá de uma

dessas opções:

i. Especulação: procuram lucrar com as oscilações de preço,

independentemente do prazo.

ii. Hedge: se proteger das fortes oscilações do mercado.

iii. Arbitragem: lucram com a diferença momentânea de preço entre

ativos correlacionados. �O Poder Oculto da Bolsa de Valores @ 2018Todos os direitos reservados - Scalper Trader. �47


Os participantes que atuam no mercado para fazer hegde ou arbitragem

pouco impactam o deslocamento do preço. A nós, interessa aqueles que atuam

com viés especulativo e direcional, principalmente com características de um price

maker.

Prazo e Estilo de Atuação dos Participantes

Este item trata das janelas de atuação dos players que operam no

mercado.

No que diz respeito ao tempo, há operações que vão de segundos (giro)

há horas (day trade), como também operações que vão durar semanas (swing

trade) ou meses (position trade).

Ao contrário do que é ensinado na maioria dos materiais disponíveis sobre

o mercado financeiro, os motivadores para a tomada de decisão de um player não

se resumem apenas a fundamentos ou análise técnica. Nós listamos 15 (quinze)

estilos de atuação, baseados em diferentes razões. Vejamos:

a) Fundamentalista: análise de valor e perspectiva de cenários futuros

traçados com base nos fundamentos da economia.

b) Hedge.

c) Arbitragem: diferença de spread entre ativos correlacionados.

d) Correlação entre abordagens de intermercado.

e) Travas.

f) Trend follower.

g) Trade de Bandas: contra tendência e reversão às médias.



h) Ciclos de sazonalidade.

i) Reconhecimento de padrões.

j) Estatístico & indicadores técnicos.

k) Price Action.

l) Seguidores de ordenações da natureza.

m) Algoritmos.

n) Market maker.

o) Análise de fluxo de ordens.

Não importa conhecer todos os estilos, o importante é saber qual o estilo

de atuação dos price makers, porque são estes participantes que efetivamente

contribuem para haver deslocamento de preço. Não adianta um player executar

um lote grande e consumir a liquidez de apenas 1 (um) nível de preço. É preciso

que ele continue executando ordens e consumindo a liquidez de outros níveis de

preço para que possamos nos aproveitar desse movimento gerado.

Neste tópico, perceba que são várias as razões para um player operar e

para os mais relevantes (Bancos, Fundos e Estrangeiros), esses motivadores não

estão na tela, já que eles se atentam mais para os fundamentos macroeconômicos

dos ativos que operam.

Também tenha em mente que o processo decisório de cada player é

diferente e muda de acordo com o ativo negociado. Não há como ter acesso aos

motivadores por trás da atuação destes grandes players, mas é possível, dentro



das características dos negócios que estão sendo executados, enxergar a

participação deles em momento específico do mercado.

Assimetria de Informação no Mercado

De tudo que foi exposto, convém agora dar o fechamento para as razões

que levam determinados players a gerarem um forte movimento no mercado,

enquanto outros estarão ainda entendendo o porquê da alta/queda que

presenciam.

Quem explica esse fenômeno é a teoria da microestrutura, segundo a qual

há no mercado players com grau de informação superior, o que lhes dá maior

capacidade preditiva a respeito dos rumos que a economia tomará e,

consequentemente, do comportamento do preço.

Portanto, o mercado estaria dividido entre players informados (grandes

players fundamentalistas e insiders) e os não-informados (todos os demais

players).

De acordo com o grau de assimetria sofrida, o mercado apresenta a

seguinte hierarquia:



Por tudo que foi exposto, você deve estar se perguntando: “como vou

competir com um price maker, que além de ter um lote grande para executar

e só por isso já desloca preço, ainda tem acesso à informações precisas

antes dos demais participantes do mercado?”.

O Maior Ponto Cego do Day Trade

Ponto cego é algo que você desconhece, mas que existe e interfere

diretamente no resultado de sua atividade. Quando você identifica os pontos cegos

que travam seu desenvolvimento e se ajusta, você acelera o crescimento de seu

desempenho.

Por tudo que já foi trabalhado ao longo deste livro, você já deve ter se

conscientizado das seguintes realidades:



• Notícias, fundamentos e gráficos não colocam ordens.

• São os traders que colocam (ou programam ordens), de acordo

com suas crenças pessoais sobre o comportamento futuro dos preços.

Dentro deste cenário, existem basicamente 2 (dois) tipos de ordens que

os traders executam: ordem limitada e ordem a mercado. Todas as outras

ordens que existem são derivadas destes dois grupos.

Ordem limitada e Livro de Ofertas

Ordem Limitada é aquela que enviada para Bolsa e que não encontra

contraparte. Como não foi possível efetivar o negócio, a Bolsa registra a oferta em

um livro virtual chamado de Livro de Ofertas, onde a ordem limitada ficará

aguardando contraparte para enfim ser executada. Por isso dizemos que a ordem

limitada demonstra apenas a intenção de realizar o negócio, não a urgência do

participante. Normalmente, quem opera via ordens limitadas procura barganhar

preço, aguardando valores mais descontados para sua montagem de posição.

No Brasil, ainda é possível saber o intermediário (a corretora) que o player

utiliza ao enviar suas ordens ao mercado. Por este motivo, há dois tipos de Livros

de Ofertas para serem analisados:

a) O Livro de Ofertas: onde são mostrados todos os players e as

quantidades de ofertas por eles enviadas que ficam aguardando

contraparte, conforme a figura abaixo:



b) E o Livro de Preços: onde são mostradas essas mesmas ofertas,

porém agrupadas por nível de preço. No livro de preços, você não

enxerga os players, apenas a quantidade de participantes que desejam

negociar naquele nível de preço específico. Vejamos o exemplo abaixo:



Perceba que há uma “fila” que vai se formando, conforme os

participantes vão enviando ordens limitadas ao mercado.

Essa fila é organizada primeiramente por preço e depois por

ordem de chegada.

Se algum participante reduzir a oferta, ele não perderá lugar

na fila. Logo, se a Guide, por exemplo, reduzisse sua oferta de compra

de 30.000 (trinta mil) para 20.000 (vinte mil), ela continuaria sendo a

primeira da fila a R$ 0,30.

Agora se ela aumentasse de 30.000 (trinta mil) para 40.000

(quarenta mil), ela perderia a primeira posição e iria para o último lugar

da fila, ficando atrás da Tullet, que registra 15.000 (quinze mil) ofertas

também a R$ 0,30.

Ordem a mercado e Histórico de Negócios

Ainda considerando os exemplos das alíneas “a” e “b” do item anterior, e

se alguém operando pela corretora Itaú enviasse uma ordem de compra de 10.000

(dez mil) unidades a R$ 0,31? O que aconteceria?

Perceba que há players dispostos a vender a R$ 0,31. Portanto, esse

novo participante que deseja comprar neste preço seria a contraparte daqueles

cujas ordens aguardam execução. A ordem de compra a R$ 0,31 sequer será

registrada no Livro de Ofertas, pois a Bolsa fará o “casamento” do negócio e o



registrará em outro livro, onde constam apenas os negócios efetivamente

realizados, livro este chamado de Histórico de Negócios.

Essa ordem de compra a R$ 0,31, que não vai para o Livro de Ofertas,

pois é uma ordem que aceita o preço proposto por alguém é chamada de ordem a

mercado, cuja característica é “dar o fechado” no negócio. Esta é a principal

característica da ordem a mercado: ela consome a liquidez das ordens limitadas

registradas no Livro de Ofertas. Observe agora esta imagem. Ela representa um

Histórico de Negócios de um determinado dia de pregão.

Perceba que no histórico de negócios estão registrados a hora em que a

transação foi fechada, a quantidade adquirida ou vendida, o preço do negócio e as

partes envolvidas (comprador e vendedor).



Voltando para nossa hipótese, aquele participante que enviou uma nova

ordem de compra a R$ 0,31 gerou um novo negócio, que também será registrado

e o histórico de negócios ficará da seguinte forma:

Por consequência, haverá alteração na quantidade de ofertas em ambos

os livros de ofertas e livro de preços. Vejamos:



O cliente que enviou a ordem pelo Itaú foi quem tomou a iniciativa de

fechar o negócio. No mercado, quem “dá o fechado” é conhecido como agressor.

Assim sendo, o agressor é aquele que envia ordens a mercado para a Bolsa e

podemos identificá-lo observando as informações que vão aparecendo no Histórico

de Negócios.

Enxergando o Mercado - Livro de Ofertas e Histórico de Negócios.

Uma vez apresentada à dinâmica existente entre o Livro de Ofertas e o

Histórico de Negócios, bem como o efeito causado pela ordem a mercado na

ordem limitada (consumo de liquidez), fica mais nítido o que faz o preço subir ou

cair. �O Poder Oculto da Bolsa de Valores @ 2018Todos os direitos reservados - Scalper Trader. �57


Continuando a movimentação hipotética, vamos supor que a mesma

pessoa operando pela corretora Itaú enviasse agora nova ordem a mercado, mas

agora consumindo todos os 37.500 (trinta e sete mil e quinhentos) lotes ofertados a

R$ 0,31. Qual seria o efeito no mercado?

Observe a próxima imagem:

Note que não existem mais ofertas a R$ 0,31. Se um comprador desejar

adquirir unidades deste ativo, ele só poderá comprá-lo a R$ 0,32, pois é o menor

valor onde temos vendedor disposto a negociar. Se assim ocorrer, teremos esta

realidade no Histórico de Negócios e no Livro de Ofertas:



Conseguiu acompanhar a pequena alta que houve no preço?

Diante disso, é fácil concluir que a razão para alta ou baixa é o consumo

integral, direcional e persistente das ofertas disponíveis em mais de um nível

de preço.

Mas qual a razão para alguém enviar uma ordem a mercado aceitando o

preço que a contraparte pede, ao invés de procurar comprar mais barato ou vender

mais caro?

A resposta para esta pergunta é uma só: alguém só agride, isto é, só

aceita o preço proposto pela outra parte porque tem urgência em fechar o

negócio. Se existe a necessidade, o player fechará a transação no preço que

estiver disponível, ele não pode barganhar.



Nós nunca saberemos o porquê e nem quem efetivamente executa uma

determinada ordem. Contudo, se acompanharmos o fluxo de agressão ou as

ordens agredidas, aumentamos potencialmente as chances de estarmos alinhados

ao que os grandes players estão fazendo, uma vez que eles costumam atuar

agredindo o mercado quando montam suas posições.

Saber que é possível tirar informações tão relevantes como esta através

da leitura do fluxo de ordens é um dos maiores pontos cegos do day trade.

Assim, chegamos à essência de uma das formas de atuação mais

eficientes dos traders de varejo: o Tape Reading, que nada mais é do que

acompanhar esta dinâmica do Livro de Ofertas com o Histórico de Negócios para

perceber a atuação de um grande player, isto é, aquele cujo lote, quando

executado, tem potencial suficiente para promover o deslocamento do preço.

Além disso, olhando para fluxo de ordens, você estará olhando para uma

variável que efetivamente tem causalidade com o deslocamento de preço.



CAPÍTULO 6: TELA OPERACIONAL E FUNCIONALIDADES

Quando falamos de Tela Operacional e Plataforma de Negociação, a

primeira coisa que precisamos abordar é o ambiente de trabalho do trader. É

importante que você tenha tranquilidade e o mínimo de conforto para que possa

trabalhar concentrado, livre de interrupções. O trabalho pode ser em um escritório

ou em sua própria residência (home office).

Definido o ambiente de trabalho, é necessário que você contrate uma

plataforma de negociação que contemple cotação e roteamento (envio de ordens).

Sem a plataforma de negociação, não há como operar.

Em se tratando de plataformas, recomendamos o ProfitChart Pro. Além

dessa opção, é possível utilizar o ProfitChart RT ou ProfitChart Lite. Não

recomendamos operações via Home Broker, pois esse meio oferece pouca

estabilidade de conexão para nossas operações.

Escolhida a plataforma, será preciso montar uma Tela Operacional. Em

termos de quantidade, recomendamos o uso de, no mínimo, 2 Telas (dois

monitores), sendo que na primeira estarão as principais ferramentas de leitura do

fluxo de ordens. Abaixo, temos dois exemplos de tela operacional, sendo o

primeiro o padrão brasileiro e segundo o padrão norte-americano:



A diferença está na presença do SuperDOM, que é uma nova forma de

visualização do livro de ofertas, cuja principal funcionalidade é o envio de ordens

com apenas 1 (um) clique (função “one click”).



Ferramentas Básicas para Leitura de Tela (Indispensáveis)

É obrigatório, não importa se você atue no mercado via análise de fluxo de

ordens ou análise técnica, ter na tela principal um Livro de Preços, um Livro de

Ofertas e um Histórico de Negócios.

Do livro de ofertas e do histórico de negócios derivam as demais

ferramentas, as quais podemos citar SuperDOM, Price Trader, Volume at Price,

Volume Profile, Ordem Original, Saldo das Corretoras, Gráfico Tape Reading, etc.

No Livro de Ofertas é possível consultar todas as ofertas de compra e

venda que os players registram e aguardam a chegada de uma contraparte que

aceite o preço proposto. Logo, estão registradas as intenções dos players e não os

negócios já realizados.

No livro de preços não é possível ver o intermediário que enviou a ordem,

nem o seu tamanho. A finalidade dele é reunir a quantidade total de ordens

disponíveis em um nível de preço e organizá-los por ordem decrescente (na

compra) e crescente (na venda).

Por fim, é o histórico de negócios que dá acesso ao registro de todos os

negócios realizados. Este ferramental demonstra a decisão, a urgência do player

em adquirir o ativo, aceitando o preço proposto por aquele que registrou a intenção

no livro.



Roteamento de Ordens

Neste tópico vamos tratar do envio de ordens à Bolsa. Antigamente, as

ordens eram enviadas a um broker, pessoa encarregada de executar as ordens na

corretora, e ele a executava nas antigas rodas de negociação do pregão.

Hoje, com o desenvolvimento tecnológico no mundo todo, não há mais a

necessidade de utilização do broker. Com o DMA (acesso direto ao mercado), o

próprio investidor envia e executa sua ordem, via plataforma eletrônica, cuja mais

simples é o Home Broker. A única questão que permanece é a obrigatoriedade da

presença de um intermediário, isto é, só podemos enviar ordens à Bolsa por meio

de uma conta em corretora de valores.

Para facilitar a compreensão, basta observar a figura abaixo:



Ferramentas de Roteamento

Se antes usávamos a voz para transmitirmos as ordens, hoje nós as

enviamos para Bolsa por meio de Boletas.

Nas Boletas, os investidores e traders preenchem os parâmetros da

ordem que desejam executar (ativo, quantidade e preço), bem como a ponta de

atuação (se é uma ordem de compra, de venda ou de modificação da ordem

originária). Veja alguns exemplos de Boletas:



SuperDOM

Tratamos do SuperDOM quando falamos sobre o livro de ofertas. Uma

das vantagens do SuperDOM é poder enviar ordens diretamente pelo livro, com

apenas um clique no mouse, o que por sua vez agrega maior agilidade no

operacional.



Price Trader

É uma ferramenta onde também é possível executar ordens com 1 (um)

clique, porém a visualização segue o livro de ofertas clássico.

Na prática, os desenvolvedores uniram as funcionalidades de ambas as

ferramentas: o Livro de Ofertas clássico e o SuperDOM.



Ferramentas de Acompanhamento de Ordens

É um conjunto de soluções que permite acompanhar o status e demais

consequências de todas as ordens enviadas pelo trader ao sistema da Bolsa.

Na Lista de Ordens, é possível o trader acompanhar o status da ordem,

isto é, se ela continua “aberta”, “executada”, “parcialmente executada”, “cancelada”

ou “rejeitada”. Além disso, é possível saber o horário do envio da ordem, seja ela

executada ou não e o preço em que foi registrada.

Exemplo:

Posição

É outra ferramenta disponível na plataforma, que mostra o ativo operado,

a posição líquida, o resultado do dia, a quantidade comprada e a quantidade

vendida.



Operacional

Você poderá treinar o seu operacional por meio de um ambiente simulado

(simulador em tempo real) ou replay de mercado para adquirir habilidade

operacional e incorporar o hábito de emitir ordens, dentro da lógica operacional

que você desenvolver.

Você pode enviar ordens abrindo Boleta e, para ganhar agilidade,

sugerimos que tire a marcação para confirmações de execução ou cancelamento

da ordem por parte da plataforma.



Ferramentas Complementares

Além das ferramentas apresentadas, existem ferramentas auxiliares que

complementam nossa análise principal e nos ajudam na tomada de decisão.

Vejamos:

a) Resumo de mercado: permite visualizar as informações dos ativos

negociados, ou seja, Abertura, Máxima, Mínima, Fechamento, Volume

etc.



b) Gráficos: permitem visualizar a evolução dos preços.

Gráfico de Tempo por Janela de Tempo (mostra o comportamento do preço em escala temporal)

Gráfico por Evento (mostra o comportamento do preço por variação)



Gráfico Tape Reading (mostra o comportamento do preço em função das agressões dos players)

c)Volume at Price ou Volume Profile: permite visualizar o volume

negociado por nível de preço.



d)Saldo das Corretoras e Evolução no Tempo: permite visualizar a

Posição Líquida Consolidada das Corretoras.



Ambiente Estável

Agora vamos tratar dos requisitos que, em nossa opinião, trarão melhor

desempenho durante o trading.

Ressaltamos que se você não tem o capital necessário para investir nesse

tipo de material, não desanime. Essas recomendações são apenas para melhorar

sua eficiência, mas ainda que esteja operando com aparelhos de menor porte,

foque no seu desenvolvimento e encare o desafio. Na medida em que for gerando

receita, você poderá incrementar sua infraestrutura.

a) Computador: propomos duas configurações, uma mínima e outra mais

avançada. Vejamos:

b) Internet: opere com uma conexão de banda larga, via cabo. Nunca

opere com Wi-Fi ou 3G, pois há grandes chances da conexão falhar e prejudicar

suas operações.



c) Servidores conectados: são sinalizadores que mostram a conexão da

plataforma com a Bolsa. Veja um exemplo:

d) Relógio sincronizado: mantenha o relógio da sua máquina

sincronizado com o horário da Bolsa, que é o mesmo do Observatório Nacional.

e) Backup da Tela Operacional: sempre salve suas configurações para o

caso de uma eventualidade.

f) Telefone: tenha um telefone disponível para ligar para a corretora em

caso de emergência, quando necessite zerar uma posição ou cancelar ordens

em aberto. Deixe esses números anotados na frente do computador:

i.Número da mesa da corretora

ii.Seu número de cliente e CPF

iii.Sempre fale à corretora a plataforma que você está operando, o ativo e as ordens ou posições em aberto.



g) Nobreak: recomendamos que tenha um nobreak com pelo menos 10

minutos de autonomia. Caso fique sem energia elétrica, esse é o tempo

necessário para você zerar ou cancelar as ordens em aberto.

No nobreak, devem estar ligados o computador, as telas operacionais, o

modem e o roteador da Internet.



CAPÍTULO 7 - GERENCIAMENTO DE RISCO

Gerenciar o próprio risco no mercado é uma das habilidades que se não

forem desenvolvidas, as consequências de sua falta acabam tirando o trader do

mercado.

Primeiramente, tenha em mente que trading é uma atividade de risco. Não

há operação com resultado garantido. O que o trader busca é fazer operações com

maiores probabilidades de acerto, mas não há garantida de que ela dará certo.

Com isso, há sempre a possibilidade de estarmos errado e perdermos

dinheiro. Em todas as operações os resultados são prováveis, não garantidos.

A maioria dos aspirantes a trader não tem noção do que significa ser um

tomador de risco em sua essência, isto é, na forma como um trader de sucesso

pensa em matéria de risco.

Os melhores traders não apenas assumem o risco, como também o

aceitam e abraçam como sendo um produto da atividade que exercem. Quando se

aceita o risco sem hesitação, o trader começa a adquirir habilidade de negociação,

o que é fundamental para sua evolução.

Devido a esta importância, sugerimos fortemente que você treine muito o

gerenciamento de risco no simulador, a fim de desenvolver essa habilidade com o

menor custo possível. Encare o simulador com seriedade, amadureça o seu

operacional e depois vá para a conta real.



Só saia do simulador quando em uma janela de 10 (dez) dias, você

encerrar 7 (sete) deles positivos. O mesmo critério deve ser utilizado quando for

aumentar o lote.

Quem desdenha do simulador, acaba correndo um risco desnecessário.

Seria como pilotar um avião, sem ter o mínimo de instrução e experiência. O trader

que vai para a conta real sem passar pelo simulador, corre o risco de cair no “fator

all-in” e perder todo o dinheiro disponível, porque vira um jogador, não um

profissional de mercado.

Treine muito antes da batalha e só siga em frente no mérito. Quando você

se dedica ao seu aprimoramento, a vida te recompensa com uma evolução

exponencial. Compreenda como “o jogo” funciona e passe por cima de qualquer

obstáculo que aparecer.

Perder: questão de sobrevivência

A primeira coisa que um aspirante a trader deve focar é em aprender “o

jogo”. Para aprender “o jogo” você tem que participar do mercado, estar ativo e se

empenhar no desenvolvimento das habilidades necessárias ao trading.

A segunda atitude mais importante é aprender a perder, encarar a perda

sem emoções, como se fosse uma aliada.

Perder no trading é normal, o importante é perder pouco. Quando você

perde e se mantém firme no caminho, você está “calejando” seu emocional para

qualquer desafio ou dificuldade que o mercado lhe impor.

Realize rapidamente suas perdas. A primeira é sempre a melhor. Se errou,

zere a operação, pois a sensação de quem atua como torcedor é angustiante. Não �O Poder Oculto da Bolsa de Valores @ 2018Todos os direitos reservados - Scalper Trader. �78


significa dizer que você nunca passará por isso, mas quando acontecer, foque em

trabalhar para nunca mais passar por isto novamente.

Jamais faça preço médio para trás. Não coloque dinheiro bom em dinheiro

ruim. A bola de neve aumentará e acabará te atropelando.

Entenda que um dia nunca será igual ao outro. Portanto, não aumente o

stop diário. Um dia ruim, é só um dia ruim. Ele faz você ter consciência das coisas

que precisa melhorar. Se você seguir seu plano com disciplina, você estará vivo

amanhã para operar novamente.

Não tenha grandes perdas. Quando elas ocorrem, acabam te abalando e

afetando seriamente sua confiança, o que por sua vez acabará fazendo com que

você leve mais tempo até voltar ao mesmo patamar de antes.

Para isto, limite sempre o prejuízo e reconheça quando está errado.

Nenhuma operação deve entregar todo o seu ganho no dia. Além disso, limite o

risco na plataforma e na Corretora, para não ser possível aumentar a posição e

perder mais que o previsto.

Encare seus erros de frente. Anote todos que ocorrer, verifique os que

mais se repetem e aprenda com eles. Quando você muda a forma de encarar o

erro (deixa de lutar contra), tornando-o um aliado, você naturalmente passa a

evoluir porque surge o desejo permanente de ser melhor a cada dia.

Respeite sempre o seu tamanho. O seu sucesso independe do quanto de

dinheiro você tem na conta, porque é a sua experiência e o seu aprendizado que

fazem você vencer no mercado.

Tenha metas para trabalhar, tanto de ganho, quanto de perda (stop) e as

respeite, mesmo no simulador.



Entrada e Saída no Trade

O principal na operação é definir com clareza suas entradas e saídas nas

operações. Uma vez definida, não hesite em clicar.

Sempre busque entradas com alta probabilidade do mercado se deslocar

a favor da sua posição.

Seguindo um plano de evolução, foque em clicar o máximo possível

durante 3 (três) dias, mesmo sem critério, apenas para conhecer a plataforma e se

familiarizar com os recursos. Além disso, você vai se “destravar” (pensou, clicou).

Cada tick a favor da sua entrada aumenta o seu stop inicial. Logo, não dá

para deixar o trem passar. Procure entrar sempre no ponto certo. Só entre em

outro quando houver nova motivação.

Em relação à saída, se estiver ganhando, tenha sempre um objetivo claro

para zerar sua posição e realizar o ganho, pois só quem ganha se torna um trader

consistente.

Lembre-se de ter cuidado com ganância. A sensação de perder o que

ganhou, além de desgastante, mina a confiança duramente conquistada. O mesmo

ocorre quando você começa a caçar “migalhas”. Aceite o que mercado está lhe

dando, que certamente, nos melhores dias, você será recompensado e fará

financeiros ainda mais expressivos.

Se sair na perda, encare-as como custo de aprendizado. As perdas

carregam as informações mais importantes para sua evolução. Não há como evita-

las, restando apenas cortá-las o quanto antes.



Quem passa a encarar as perdas como fonte de autoconhecimento e

evolução, acaba amadurecendo e transformando a própria performance, pois este

ajuste te coloca na rota certa.

Respeite o limite de perda definido. Se está torcendo ou rezando, zere a

operação. Quem tem stop definido, aceita definitivamente o risco e opera com

racionalidade. Não ficará travado, nem ansioso na hora de clicar.



CAPÍTULO 8 - PSICOLOGIA DO TRADER

Agora vamos tratar de um assunto que pode mexer com você leitor,

porque ele passa a ser um retrato fiel da sua postura, dos atos que interferem

diretamente no seu resultado. Você se sentirá como se estivesse olhando no

espelho.

Muitos estudos e diversas opiniões de traders consistentes indicam que o

sucesso no trading depende de 80% de controle emocional e 20% de outras

habilidades (Analítica, Gerencial ou Operacional).

Independentemente deste percentual, a verdade é que traders perdem

dinheiro porque não compreendem que o trading é uma atividade complexa, seja

por ignorância do que devem desenvolver, seja por falta de disciplina (não seguem

um gerenciamento de risco adequado).

Aquele que realiza operações por impulso ou apenas pela emoção da

aposta no curto prazo, deixa de atuar como profissional para agir como jogador.

Esta postura acaba levando o trader a dilapidar o próprio patrimônio.

Por ser um ambiente de negociação, o mercado acaba espelhando as

sensações e os medos de todos os traders que nele negociam, formando a

chamada “maré psicológica”.

Sua evolução será maior, na medida em que você se convencer que

operar é um jogo mental. Quanto maior for o seu desenvolvimento

comportamental, melhores serão os seus resultados.



Entenda: quando você liga a plataforma e olha para a tela, o seu pior

adversário será você mesmo. A luta é você contra você mesmo. É seu dever

aproveitar as oportunidades de fazer dinheiro, se valendo das divergências de

outros traders a respeito do comportamento futuro dos preços.

Ao longo do livro, deixamos claro que não há como ganhar dinheiro de

forma consistente quando você segue:

•Dicas.

•Trading systems.

•Analistas.

•Etc.

Desconfie da informação que é dada de graça. Se alguém passa uma

informação de graça, por que ele não está fazendo dinheiro em cima do que

possui? No mercado, não há cortesia gratuita.

Um aspirante não se torna um profissional recebendo setups prontos de

outros traders. Nenhuma fórmula estará pronta para uso imediato.

O caminho consiste em compreender a forma como profissionais pensam,

entender como interpretam as informações mostradas na tela, para aí sim

desenvolver sua própria forma de atuação no mercado. Compreendendo os

princípios que regem o comportamento dos preços, mesmo quando o mercado

mudar, você estará apto a se adaptar e se manter vivo na profissão.

Mas não se esqueça: além de desenvolver a técnica, você precisará se

tornar uma pessoa melhor, porque o que coloca os traders vencedores em outro

patamar é a capacidade de gerenciar as próprias emoções.



Esqueça os outros. A única pessoa a ser vencida é você mesmo, pois

quem pensa, quem analisa, quem decide, quem erra e também acerta é você!

Portanto, não fuja do confronto, encare seus erros de frente. Somente olhando

dentro nós é que teremos chance de vencer no mercado.

Cultive dia a dia atitudes positivas e vencedoras. Você irá se deparar com

dificuldades e obstáculos, mas não importa o tempo, não importa o esforço: você

pode e deve vencê-los. Como diz Roberto Shinyashiki:

“Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é de alguém que

acredite que ele possa ser realizado”.

O trading é a profissão mais democrática e mais justa que existe. Não

importa onde você se formou, quem é o seu pai, o seu passado, o seu QI, a sua

cor ou o seu sexo, tudo depende única e exclusivamente de você, do seu empenho

e do seu aperfeiçoamento.

Por isso que é fundamental praticar, rever seu operacional e ajustar o que

for necessário. Dia após dia você estará melhorando e toda melhora refletirá em

seu desempenho.

Siga o seu plano. A disciplina estanca as perdas e aumenta os lucros. Seu

sucesso virá com o uso das ferramentas certas com a atitude correta.



Axiomas comportamentais e qualidades a serem desenvolvidas

Encare estas palavras como mantras:

•Disciplina: equivale a aumento dos lucros. Siga a estratégia que definiu.

•Paciência: seu objetivo não é de um dia. Tem mercado todo dia.

•Coerência: siga o plano em todos os trades.

•Autocontrole: o medo e a ganância. Controle o psicológico!

•Conhecimento: entenda como funciona o mercado que você opera.

•Atitude: tenha confiança em sua capacidade de agir.

•Sucesso é hábito. Habitue-se a ganhar sempre.

•Ganhe consistência: assim você ganha confiança e controle.

•Ficar furioso com o mercado é tolice. Cuidado com a autossabotagem.

•Estar do lado errado em uma operação pode ser um círculo vicioso.

•A chave para o lucro é ficar do lado certo, reconhecer quando está

do lado errado e sair imediatamente.

•Sorte é o encontro mágico entre a competência e a oportunidade.

•Seja corajoso na vitória e medroso na derrota!

•Tenha fé, pois ela é capaz de realizar seus sonhos.

•Elimine pensamentos negativos e evite pessoas ruins.



Durante a sua jornada, foque em desenvolver:

•Disciplina.

•Paciência.

•Autocontrole.

•Autoanálise.

•Coragem.

•Confiança.

•Atitude.

•Adaptação.

•Decisão.

•Concentração e Foco.

•Facilidade em aceitar perdas.

•Flexibilidade.

•Desejo de aprender e melhorar.

•Foco e Perseverança.



Defeitos a serem eliminados

Ao longo do seu desenvolvimento, você deverá combater os seguintes

defeitos:

•Autossabotagem.

•Autodestruição.

•Over Trading.

•Medo.

•Ansiedade.

•Ganância.

•Excesso de Confiança.

•Negação.

•Congelar.

•Raiva.

Plano de Ação

Só é possível melhorar quando se conhece claramente o que é preciso

ser mudado.

Logo, é preciso ter consciência das suas características pessoais e seus

objetivos. O que você busca no mercado? Quais são suas reações enquanto

opera?



Durante o trading, principalmente na fase de aprendizado, faça um diário

comportamental. Esclarecer o que se passa dentro da sua cabeça e apontar seus

sinais corporais, permite definir o problema, projetar o resultado desejado e assim

determinar as ações necessárias ao seu alcance.

Adote um conjunto de atitudes e hábitos que fortaleçam suas virtudes

(seus pontos fortes) e elimine seus vícios (os pontos fracos).

Tipos de traders

50% dos traders são perdedores consistentes. 40% possuem resultados

voláteis, não saem do ganha/perde. Apenas 10% são vencedores consistentes.

Comece a exercitar agora mesmo sua positividade: se você se assustou

com a porcentagem de quem fica pelo caminho (quase 90%), você já começou

errado. Direcione o foco para o fato de que há vencedores consistentes. Concentre

o seu estudo e observação nas atitudes e conhecimentos que este grupo possui,

pois ele é o seu objeto de interesse. Simplesmente esqueça os outros.

O que separa os vencedores dos demais traders?

O sucesso que você possui em sua vida pessoal não te colocará no grupo

dos 10% vencedores.

Segundo estudos do mercado americano, o maior grupo dos perdedores é

composto principalmente de médicos, advogados, engenheiros, cientistas,

presidentes, ricos aposentados e empresários. Além disso, muitos dos melhores

analistas do mercado são os piores traders. �O Poder Oculto da Bolsa de Valores @ 2018Todos os direitos reservados - Scalper Trader. �88


Inteligência e análise de mercado certamente contribuem para o sucesso,

mas não são os fatores que separam os vencedores consistentes dos demais

traders.

Se pudéssemos resumir todas as razões para o sucesso, diríamos

simplesmente que os melhores traders pensam diferente do resto.

O mercado possibilita oportunidades a todo momento, porém apenas os

vencedores enxergam essas oportunidades.

Os vencedores atingem Equilíbrio e Força Mental fortes os suficientes

para permanecerem disciplinados, concentrados, focados e, acima de tudo,

confiantes, mesmo em condições adversas. Consequentemente, eles são

insuscetíveis aos medos e erros comuns que afligem todos os outros traders do

mercado.

Confiança

A verdade é que quem opera acaba aprendendo muita coisa sobre o

mercado. Contudo, poucos estarão dispostos a aprender e desenvolver as atitudes

absolutamente essenciais para se tornar um vencedor consistente.

Aqueles que desenvolvem confiança em suas decisões, em fazer o que

precisa ser feito sem hesitação, são os que se tornam bem-sucedidos. Por

admitirem que não conseguem adivinhar o comportamento do mercado, eles não

temem seu comportamento errático, concentrando as próprias ações em

informações que os ajudem a identificar oportunidades com maior probabilidade de

acerto, ao invés de se concentrarem em informações que reforcem seus medos.



Para conduzir suas atitudes ao mesmo raciocínio dos traders

consistentes, incorpore os seguintes pensamentos:

a) Não é preciso saber o que acontecerá em seguida para ganhar

dinheiro: não adivinhe. REAJA.

b) Tudo pode acontecer: IMPREVISIBILIDADE.

c) Cada momento é único, fazendo do trade e de seu resultado uma

experiência única: SINGULARIDADE DO MOMENTO.

d) Não existe operação no 0 a 0: ou você ganha ou você perde.

Estas 4 (quatro) crenças são as que refletem a realidade do mercado. Ao

incorporá-las, você evita a visão errônea e superficial majoritariamente difundida

no trading.

Habilidade e arte

Trading é uma arte, uma habilidade que deve ser aprendida e

aperfeiçoada, na qual você trabalha duro para se desenvolver.

Poucos estão dispostos a fazer o trabalho necessário para construir a

habilidade de se tornar um trader vencedor e consistente.

Os livros e estudos sobre alta performance nos ensinam que para se

tornar mestre em qualquer atividade é necessário prática intencional durante um

longo período de tempo.



O mercado é aberto a todos. Contudo, uma boa preparação, trabalho

duro, horas de operações, horas de revisões e paixão pelo mercado é o preço que

se paga para dar certo no trading.

A construção dessa habilidade é um desafio constante. Vai exigir do

aspirante tempo disponível, investimento financeiro e mudança comportamental,

pois ele será obrigado a:

•Assumir responsabilidade pelos seus resultados.

•Criar e respeitar suas próprias regras.

•Aprender a lidar com resultados incertos.

•Gerenciar eventos internos e reagir aos externos.

•Lidar com crenças conflitantes.

•Desenvolver habilidades específicas: operacional, analítica, gerencial e comportamental.

•Aceitar o risco inerente do mercado.

•Se conscientizar de que os resultados não são rápidos.

•Ter paciência e persistência: há um tempo e um custo de aprendizado envolvido durante o seu aprimoramento e leva-se um tempo até você apresentar os primeiros resultados.

•Focar em seguir as pessoas certas: acompanhe somente aqueles que já atingiram e mantém o patamar que você almeja. Deixe o resto de lado.

•Desconfie de quem não tem os mesmos interesses que os seus.

•Participe de quaisquer eventos que lhe permitam o convívio com traders profissionais.



Ciclo de vida do trader

Até você se tornar profissional, você passará pelos seguintes ciclos:

i.Perdedor consistente: você perderá, inclusive no simulador.

ii.Empatador: você passa a diminuir a ocorrência das perdas.

iii.Consistência com lote pequeno: os ganhos superam as perdas e

você passa a gerar uma pequena receita.

iv.Consistência com lote grande: você aproveita toda a experiência

adquirida e começa a construir financeiros maiores.

Perceba que o seu desenvolvimento segue uma escala de trabalho e

avanço com base no mérito. A evolução independe do tempo, você só dará um

passo adiante se fizer por merecer.

Entenda que como qualquer coisa na vida o aprendizado terá um custo. É

fácil ganhar pouco no mercado e mais fácil ainda perder muito. O difícil é ganhar

muito e perder pouco.

A vantagem no mercado é que você decide quanto irá custar seu

aprendizado. Quanto menos você arriscar no início ou na fase de ajuste, menos

oneroso ele será.

Se o seu dinheiro acabar, é game over. Portanto, proteja o seu dinheiro e

a melhor forma de fazer isso é arriscando bem pouco, especialmente no início ou

na fase de ajuste (para tanto, faça bom uso do simulador).



Prática e adaptação contínuas

A aplicação prática do que conteúdo estudado é extremamente importante

para seu real desenvolvimento.

O aprendizado no mercado a partir de um livro é muito parecido com

aprender a andar de bicicleta lendo um livro (não importa quantas vezes você o ler,

nada trará resultados reais, até você pegar a bicicleta e começar a pedalar).

Além disso, tenha em mente que o mercado exigirá de você flexibilidade,

ou seja, você terá que se adaptar a cada vez que ele exigir.

O entendimento claro do funcionamento do Mercado (metajogo) e

identificação dos Cenários Condicionais atuais serão fontes de observação

constantes.

Mais importante que adivinhar é reagir ao comportamento dos demais

participantes. Para isso, esteja atento às variáveis e aos players que efetivamente

impactam o consumo de liquidez e o deslocamento de preço, pois são eles que

realmente “fazem” o mercado.

Por fim, tenha em mente que o caminho do sucesso se encontra nestas

etapas.

a)Preparo.

b)Nivelamento.

c)Modelagem.

d)Visualização.

e)Prática. �O Poder Oculto da Bolsa de Valores @ 2018Todos os direitos reservados - Scalper Trader. �93


Ao incorporar estas ações no seu dia a dia, tenha certeza que

muito em breve, você estará fazendo parte do seleto grupo dos traders

vencedores.

Pré-requisitos para evoluir no Day Trade

Se você deseja evoluir neste tipo de operação, os próximos passos a

serem dados são:

•Entender o que está por trás da tela: conhecer a dinâmica do

“metajogo” disputado no mercado.

•Aprender a ler a tela: compreender a dinâmica envolvida entre o livro de

ofertas e o histórico de negócios.

•Aprender a avaliar o contexto: saber identificar que tipo de ordem está

sendo enviada para o mercado, qual o sentido dessa ordem etc.

•Foco em ser um trader de alta performance: inserir no seu

desenvolvimento, atitudes que acabam contribuindo para sua evolução como

pessoa e não necessariamente apenas como trader.

•Convém ressaltar um ponto muito importante: o mais importante não é

aprender o setup, é aprender a leitura de tela, de modo que você consiga

acompanhar os movimentos do mercado para aí sim vislumbrar oportunidades com

alta probabilidade de acerto.



O que é uma oportunidade?

A fim de refletirmos sobre os motivos que norteiam sua tomada de decisão

no mercado, pare e pense: você sabe explicar exatamente o que precisa acontecer

no mercado para haver uma oportunidade?

Normalmente, as respostas para esta pergunta se resumem a “porque há

tendência”, “por se tratar de um rompimento”, “porque o indicador mandou

comprar” ou “porque apresentou um padrão de candlestick”.

Ocorre que nenhuma destas respostas levam em conta a natureza do

mercado. Teoricamente, não importa que tipo de estratégia você considere na hora

de operar, mas não se esqueça que para o preço se deslocar, há necessidade de

haver outro participante consumindo liquidez nos níveis de preço subsequentes à

sua entrada. E este participante não necessariamente estará operando com a

mesma técnica que você utiliza.

Portanto, mais importante do que escolher o ponto de entrada, é refletir

como os demais participantes do mercado reagirão àquela ordem que você estará

executando no mercado. Quando você começa a pensar no que os demais

participantes farão no mercado, você começa aumentar as chances de estar

atuando junto do coletivo do mercado. A arte está em entender como os

participantes reagem a determinados eventos do mercado, quais efetivamente

ocasionam uma enxurrada direcional de ordens executadas no mercado.



Nesse sentido, a definição de uma oportunidade para quem opera day

trade de forma profissional leva em conta as seguintes perguntas:

i.Como os demais players estão executando ordens?

ii.Por que eles estão executando?

iii.Quais são os eventos importantes?

Quando você começa a identificar os padrões de atuação dos demais

players, você passa a identificar o começo e o final da atuação individual de cada

um deles, podendo escolher o lado em que se encontra o coletivo do mercado. O

mais importante é atentar ao que o coletivo do mercado está fazendo e não para

onde o preço está indo, isto é, perceber o início ou fim da atuação coletiva de dois

ou mais participantes com potencial financeiro para deslocar preço.



Conclusões Finais

Seu objetivo no início da jornada como trader, não é ganhar dinheiro. O

foco não pode ser ganhar dinheiro, mas sim formar uma base operacional sólida e

consistente, capaz de dar a confiança necessária para evoluir como operador e

aumentar o lote de forma consistente e saudável.

Base consistente é olhar para o seu histórico de resultados gerado trade a

trade, sem grandes tacadas, ao longo de 3 (três) meses. Esse histórico te dará a

confiança necessária para dizer para si mesmo: “eu sei fazer”.

O objetivo no começo é aprender o jogo, é se testar, é entrar em todos os

trades que você acredita, conhecer as armadilhas da profissão e, principalmente,

descobrir o que funciona e o que não funciona para si mesmo, tanto em termos

operacionais como pessoais, pois, antes de tudo, os resultados serão frutos

daquilo que funciona para você, não para os outros.

Ressaltamos a importância da construção dessa base, pois a maioria das

pessoas acaba desistindo por começar de forma errada, pulando etapas

(principalmente operando grande e executando vários setups), sem nem ter se

preparado adequadamente para a atividade que escolheram.

Todo o processo se constrói, necessariamente, em cima da sua forma de

se relacionar com o mercado, o que significa dizer que o seu sucesso depende

diretamente das crenças que você estabelece junto ao mercado.

Se você já possui experiência operacional, duas são as alternativas para

fazer sua mente agir de acordo com a natureza do mercado:



a)Fazer uma mudança drástica de suas crenças atuais para as

condizentes com a realidade do mercado.

b)Fazer uma adequação progressiva da sua forma de pensar à forma

do mercado se comportar.

A mensagem mais importante que eu gostaria de passar é que se tornar

trader é uma jornada pessoal, que pode ser trilhada com sucesso por qualquer

pessoa. Que além dos benefícios de se conhecer uma nova profissão, você irá

desenvolver outras habilidades como disciplina, autoconhecimento, etc.

Foi isso que eu aprendi ao longo de mais de 10 anos operando e que

tentei passar para você. Eu espero que você tenha gostado e aprendido muito com

esse material. Qualquer dúvida, comentário, reclamação, enfim, qualquer coisa,

basta entrar em contato comigo e minha equipe através do e-mail

[email protected], que teremos o maior prazer em responder!

Por fim, caso queira conhecer mais do trabalho da Scalper Trader, você

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