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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · 2013-06-14 · de Dewey e outros educadores, embora tenha surgido em outros contextos. ... nas ideias de John Dewey (1859-1952), filósofo, psicólogo

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

FLAVIA IRENE KOKUSZKA

UNIDADE TEMÁTICA

HISTÓRIA LOCAL: UM OLHAR AO PASSADO

CURITIBA

2009/2010

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FLAVIA IRENE KOKUSZKA

HISTÓRIA LOCAL:UM OLHAR AO PASSADO.

Unidade Temática apresentada ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE - Secretaria de Estado da Educação do Paraná, como requisito parcial a formação continuada de professores do Estado.

Orientador: Prof. Me. Odinei Fabiano Ramos

CURITIBA 2009/2010

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO PROFESSOR PDE: Flavia Irene Kokuszka. ÁREA PDE: História. NRE- Área Metropolitana Norte. PROFESSOR ORIENTADOR: Me. Odinei Fabiano Ramos. IES VINCULADA: Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Paranaguá. ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Professora Jaci Real Prado de Oliveira. PÚBLICO OBJETO DE INTERVENÇÃO: professores e alunos da educação básica - séries finais do Ensino Fundamental – 5ª - Séries (8 anos)

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APRESENTAÇÃO

O retorno dos professores às universidades é uma das políticas da

SEED/PR, que tem como objetivo a formação continuada, a melhoria da

Educação Básica, aproximando a teoria da prática pedagógica. Esta unidade

pedagógica é o resultado de uma das atividades realizadas pelo Programa de

Desenvolvimento Educacional - PDE- que tem como enfoque “A História Local: um olhar ao passado” sob a orientação do Professor Mestre Odinei

Fabiano Ramos .É um tema intimamente ligado à identicidade do educando e

deste com o espaço, portanto, resgata, valoriza esta historicidade e parece ser

um caminho para o ensino do conhecimento histórico acumulado pela

humanidade. A apreendência de História “in loco”, onde o educando passa a

ser ator dinâmico da mesma, acaba provocando a curiosidade, o resgate e

preservação do patrimônio cultural.

Para Febvre (1974), ”a história se faz com documentos, quando eles

existem. Mas ela pode ser feita, ela deve ser feita com tudo o que a

engenhosidade do historiador lhe permitir utilizar”. Ao resgatar os fatos

históricos da localidade através da metodologia “Aprendizagem por Projetos”, o

aluno tem a oportunidade de: resgatar um passado ainda pulsante; valorizar o

conhecimento popular através do método científico gerando credibilidade nas

tradições orais e escritas de pouco registro; suscitar um novo conhecimento;

desenvolver a auto-estima por se sentir valorizado ao divulgar o resultado da

pesquisa.A utilização dos aparatos tecnológicos e as tecnologias de interação e

comunicação serão ferramentas que possibilitarão a interação entre os alunos

no processo de desenvolvimento do conhecimento.A finalidade principal é

orientar o aluno a trilhar seu próprio caminho na busca de sua autonomia.

Na primeira parte da unidade pedagógica, fez-se uma abordagem

introdutória sobre o tema, buscando apresentar à comunidade escolar a

metodologia utilizada, como ela se constitui e como se dá o processo de

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desenvolvimento da aprendizagem através de projetos de pesquisa. Na

segunda parte apresenta-se um roteiro de como foi desenvolvida a metodologia

“aprendizagem através de projetos de pesquisa”, procurando articulá-la

às histórias locais e aos eixos integradores na disciplina de história.

O roteiro das atividades apresentado nesta Unidade Pedagógica foi

discutido, realimentado através das sugestões apresentadas pelos professores

participantes do GRT e aplicado pela autora e por uma professora participante

do Grupo de Trabalho em Rede com alunos de quintas séries do ensino

fundamental, mas poderá ser aplicado em qualquer turma e até mesmo no

Ensino Médio, basta fazer as adequações necessárias. Não se tem a intenção

de esgotar o tema, no entanto, é parte significativa e integrante da

instrumentação necessária para envolver o aluno na iniciação da pesquisa.

A autora.

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SUMÁRIO

1 HISTÓRICO DA APRENDIZAGEM POR PROJETOS.................................................................7

2.COMO DIFERENCIAR ENSINO COM PROJETO E APRENDIZAGEM ................................12

POR PROJETO?................................................................................................................................12

3. ARTICULAÇÃO ENTRE A PROPOSTA PEDAGÓGICA E A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO

COM PROJETOS DE APRENDIZAGEM .......................................................................................14

4. A APRENDIZAGEM POR PROJETOS, CONTEÚDO CURRICULAR E A AVALIAÇÃO. ....15

4.1. SINTESE E DIVULGAÇÂO DOS RESULTADOS........................................................................16 5-ROTEIRO PARA O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM POR PROJETO.............17

5.1 DESCRIÇÃO .................................................................................................................................17 5.2 O QUE O ALUNO PODERÁ APRENDER COM ESTE PROJETO ................................................17 5.3. DURAÇÃO DO PROJETO............................................................................................................18 5.4 RECURSOS ...................................................................................................................................18 5.5 CONHECIMENTOS PRÉVIOS TRABALHADOS PELO PROFESSOR COM O ALUNO.............19 5.6 ESTRATÉGIA DE MOBILIZAÇÃO...............................................................................................19 5.7 AVALIAÇÃO .................................................................................................................................21 5.8. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO..................................................................................21 5.9. ALGUMAS IDEIAS PARA COMPLEMENTAR A PESQUISA: ....................................................28 6.REFERÊNCIAS: .............................................................................................................................30

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1 HISTÓRICO DA APRENDIZAGEM POR PROJETOS

Cristovão Tezza ao abordar a teoria da linguagem de Bakhtin esclarece

que todo discurso não é uma obra fechada e acabada de apenas um

indivíduo, mas é um processo de situação de discurso diferente entre eu e

o outro. “Nossas palavras não são ‘nossas’ apenas; elas nascem, vivem e

morrem na fronteira do nosso mundo e do mundo alheio; elas são

respostas explícitas ou implícitas às palavras do outro, elas só se

iluminam no poderoso pano de fundo das mil vozes que nos rodeiam”

(TEZZA, 1988, p. 55). Ao relacionar os conceitos de identidades sociais,

pertencimento e comunidades de prática com as concepções

bakhtinianas, pretendem-se dar conta de questões de ordem sócio-

histórica, dentro de um processo reflexivo entre os participantes do

presente estudo, visto que o diálogo entre eles se torna um espaço para

reflexão sobre o processo de (re) construção de suas identidades sociais.

A vida dos seres humanos é organizada por uma constante elaboração

de projetos. Fazemos projetos para tudo, como por exemplo, para irmos a

algum lugar, para fazermos um determinado trabalho, para construímos uma

casa entre outros tantos, planejamos até como vamos levantar da cama. Então

por que não fazemos projetos de aprendizagem?

A palavra projeto tem sido utilizada com muita freqüência em diversos

contextos do mundo contemporâneo, globalizado e pautado pela tecnologia da

informação e comunicação. Mas, ao lançar mão da etimologia, Machado (2004,

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p.4) afirma que a palavra projeto deriva do latim projectus e significa “um jato

lançado para frente”. Apesar do ser humano sempre fazer projetos, mesmo

inconscientemente, o termo projeto, surge numa forma regular no decorrer do

século XV. “Tanto nas ciências exatas como nas ciências humanas, múltiplas

atividades de pesquisa, orientadas para a produção de conhecimento, são

balizadas graças à criação de projetos prévios”. A elaboração do projeto

constitui a etapa fundamental de toda pesquisa “que pode, então, ser

conduzida graças a um conjunto de interrogações, quer sobre si mesma, quer

sobre o mundo à sua volta”. (FAGUNDES, 1998, p.21).

Segundo Gadotti (cit. por Veiga, 2001, p. 18),

Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma estabilidade em função de promessa que cada projeto contém de estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores.

A literatura define o trabalho com projetos educacionais como estratégia,

alternativa, ferramenta, proposta pedagógica contribuindo desta forma para

tornar o ensino e a aprendizagem significativos, para que ocorram de forma

interdisciplinar, sistêmica, contextualizada e conectada com a realidade

envolvente, permitindo que educadores e educandos sejam protagonistas de

seu progresso de aprendizagem.

“A ideia de se trabalhar por meio de projeto é uma ideia antiga, que vem

de Dewey e outros educadores, embora tenha surgido em outros contextos.

Quando falamos em projetos, estudo do meio, centro de interesses, trabalha

por temas, pesquisa de campo, pedagogia de projetos, não significa que

estamos falando da mesma coisa, embora essas atividades tenham como

característica comum o esforço de envolver o aluno em sua aprendizagem, de

trazer o mundo para dentro da escola ou de sair para o mundo a fim de

aprender” (MELLO, 2004, p.51)

Das teorias disponíveis na literatura acadêmica, a proposta teórica

metodológica sobre projetos em educação mais citada e investigada no

momento, é do educador espanhol Fernando Hernández. Tendo se apoiado

nas ideias de John Dewey (1859-1952), filósofo, psicólogo e pedagogo norte-

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americano que defendia a relação da vida com a sociedade, dos meios com os

fins e da teoria com a prática. Por volta dos anos de 1930 a metodologia de

projetos foi proposta por Dewey, numa abordagem que foi denominada de

Escola Nova.

De acordo com os autores Leite; Malpique; Santos (apud BEHRENS;

JOSÉ, 2001, p. 04), para Dewey, a brusca inibição dum impulso transforma-o

em desejo. Todavia, é preciso [...] insistir nisso nem o desejo realiza um projecto. O projecto supõe a

visão de um fim. Implica uma previsão de conseqüências que resultariam da acção que se introduz no impulso inicial. A previsão das conseqüências implica, ela mesma, o jogo da inteligência. Esta exige, em primeiro lugar, a observação objectiva das condições e das circunstâncias. Porque o impulso, o desejo produz conseqüências, não por elas, mas pela sua interação e cooperação com as condições envolventes.

A favor do conceito de escola ativa, ao qual Dewey se posicionou o

aluno tinha que ter originalidade, iniciativa, saber e agir de forma cooperativa.

Acreditava que escolas que atuavam dentro de uma linha de obediência e

submissão não eram efetivas quanto ao processo de ensino-aprendizagem.

Seus trabalhos alinhavam-se com o pensamento liberal norte-americano e

influenciou vários países, inclusive o movimento da Escola Nova no Brasil.

Entre seus conceitos destacam-se ideias como a defesa da escola pública, a

legitimidade do poder político e a necessidade de autogoverno dos estudantes.

Dewey, ao falecer em 1952, com 92 anos de idade, deixou uma grande

variedade de obras nas quais destaca que o conhecimento é uma atividade

dirigida que não tem um fim em si mesmo, mas está dirigido para a

experiência. As ideias são hipóteses de ação e são verdadeiras quando

funcionam como orientadoras dessa ação. A educação tem como finalidade

propiciar à pessoa condições para que resolva por si própria os seus

problemas e não as tradicionais ideias de formar de acordo com modelos

prévios.

Ao analisar a pedagogia de Dewey, Saviani, (1988) comenta que a

mesma apresenta muitos aspectos inovadores, distinguindo-se especialmente

pela oposição à escola tradicional. Mas, não questiona a sociedade e seus

valores como estão propostos no seu tempo. Sua teoria representa plenamente

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os ideais liberais, sem se contrapor aos valores burgueses, acabando por

reforçar a adaptação do aluno à sociedade.

Nesta direção, John Dewey, considerado o maior representante do

pragmatismo na educação americana, foi o principal expoente deste

movimento e defendia o treinamento baseado nos interesses e na experiência

da pessoa, com igual valorização de criatividade e habilidades técnicas. Para

isso, o termo projeto começa então a ser utilizado amplamente entre

professores americanos, sendo visto como método de educação progressista.

Neste momento histórico da educação, outro filósofo e colega de Dewey

se manifesta, procurando elaborar uma redefinição do conceito de projetos.

Trata-se de William Heard Kilpatrick, (1918-1952) que, apoiado na teoria da

experiência de Dewey e fortemente influenciado pela psicologia da

aprendizagem, no século XX psicologizou o método de projetos,

caracterizando-o como ato intencional sincero do estudante, valorizando a

liberdade de ação dos alunos e desvinculando-o completamente de matérias

ou áreas específicas. (KILPATRICK, 1978).

Essas propostas históricas prevaleceram e se desenvolveram durante a

Escola Nova, recebendo denominações variadas, tais como: projetos de

trabalho, metodologia de projetos, metodologia de aprendizagem por projetos,

pedagogia de projetos entre outras denominações. Porém, na sociedade

contemporânea, as instituições de ensino enfrentam grandes desafios num

tempo de incertezas com novos saberes sobre o aprender e os sujeitos

pedagógicos. (HERNÁNDEZ, 2004).

A perspectiva educativa dos projetos de trabalho se situa nos esforços

de repensar a escola e sua função educadora em um mundo de

complexidades, onde há outras formas de consentir a informação que não

passam pelo livro didático. É uma sociedade na qual o corpo e não apenas a

mente é uma referência essencial para aprender, passando pelo diálogo, pela

relação com o outro e consigo mesmo. Uma sociedade na qual aprender a dar

sentido se converte em um desafio. Os projetos de trabalho tratam de superar

a escola que foi definida no final do século XIX e começo do XX, que divide os

tempos, os espaços, as disciplinas e os sujeitos de forma hierárquica e

seguindo um modelo de controle social que pouco tem a dizer sobre as

sociedades atuais. (HERNÁNDEZ, 2004, p. 3).

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Voltando-se para a realidade da sociedade brasileira, desde a década de

1930, a visão desses dois filósofos é tida como a base para a luta por uma

educação progressista, que iniciou a discussão em torno da pedagogia de

projetos, com Anísio Teixeira, Lourenço Filho e Fernando Azevedo, ambos

idealistas da Escola Nova. Desde então, o movimento tem sido reinterpretado

por diversos autores, procurando superar o conceito reducionista de

metodologia interessante para se trabalhar os conteúdos sistematizados,

valorizando o processo educativo.

Fernando de Azevedo e Anísio Teixeira marcaram o “divisor de águas”

em relação à escola tradicional, organizando as vigências culturais do passado

e do presente, expressas no Manifesto dos Pioneiros, de 1930 até a década de

60. Neste Manifesto percebe-se a separação entre a educação, de um lado, e a

economia e a política de outro. A educação é tratada de forma submersa, ou

quase imóvel frente às modificações sociais, ao passo que a economia e a

política são problematizadas.

A educação sem problematização constitui a Escola Nova no Brasil: ela

não mexe no conteúdo, isto é, não ocorrem mudanças sociais por meio da

educação e sim, se modificam os métodos e técnicas. Já Lourenço Filho foi um

pedagogo, organizador do ensino e administrador capaz e exigente, que

articulou a pedagogia com a psicologia, no mesmo princípio da Escola Nova.

(MENDES, 1987).

Ainda de acordo com o mesmo autor (1987, p.2), esses pensadores

difundem o saber (cultura e educação) para o povo, de cima para baixo,

segundo o código hegemônico das classes dominantes; mas eles têm uma

tarefa, naquela época, cuja organicidade era eficaz numa sociedade de

classes. Hoje, há a distorção do ensino sob o nome de "meritocracia" e

"excelência", extremamente ambíguo, pois esse postulado, inscrito nas leis e

planos educacionais, se desfaz ingênua ou perversamente na prática. Na

verdade, a perversão consiste, precisamente, na homogeneização do saber,

para encobrir, na sociedade de classes, os valores e os signos cindidos entre

as classes subalternas e as elites políticas, econômicas e culturais.

Voltando-se para dias atuais, este movimento tem contribuído com

subsídios para uma pedagogia escolar dinâmica, situada na criatividade e na

atividade discente, numa perspectiva de produção do conhecimento pelos

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alunos, mais do que na transmissão dos conhecimentos pelo professor. O

método de projetos de Dewey e Kilpatrick, considerado como um “método”

passa agora a ser visto mais como uma postura pedagógica. Mais do que uma

técnica atraente para transmissão dos conteúdos, como muitos pensam, tem

sido proposto como uma mudança na maneira de pensar e repensar as

instituições de ensino e o currículo, a prática pedagógica.

Nesta direção e retomando a proposta teórico-metodológica da

organização do currículo por projetos de trabalho de Hernández, é preciso

enfatizar a necessidade de se questionar a forma atual de ensinar e propor ao

docente que abandone o papel de "transmissor de conteúdos" e se transforme

num pesquisador. O aluno, por sua vez, deve passar de receptor passivo a

sujeito do processo. Numa reportagem da Revista Nova Escola, Hernández

destaca que não há um método a seguir, mas uma série de condições a

respeitar. O primeiro passo é definir um assunto onde a escolha pode ser feita

partindo de uma sugestão do professor ou dos alunos. "Todas as coisas podem

ser ensinadas por meio de projetos, basta que se tenha uma dúvida inicial e

que se comece a pesquisar e buscar evidências sobre o assunto". Hernández

destaca ainda que a aprendizagem por projetos de trabalhos é uma das

maneiras de desenvolver a aprendizagem.

2.COMO DIFERENCIAR ENSINO COM PROJETO E APRENDIZAGEM POR PROJETO?

Um projeto de aprendizagem se for bem organizado, permite articular os

conhecimentos científicos e os saberes populares e cotidianos, propiciando

condições para que os questionamentos científicos sejam respondidos à luz

das curiosidades dos alunos, de seus interesses e de suas necessidades,

colocando os sujeitos da educação no centro do processo educativo. Na

tentativa de responder aos problemas sociais propiciará transformações e

crescimento no desenvolvimento da leitura tanto para o professor como para o

aluno, mas para tanto é necessário diferenciar Projeto de Ensino de Projetos

de Aprendizagem. Pergunta-se: “aprendizagem por projetos” é muito diferente

de “ensino por projetos”? Fagundes em Aprendizes do Futuro: as inovações

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começaram elaborou o seguinte quadro para diferenciar Projeto de Ensino de

Aprendizagem por Projetos:

ENSINO X APRENDIZAGEM

ENSINO POR PROJETOS APRENDIZAGEM POR PROJETOS

Autoria: Quem escolhe o tema?

Professores, coordenação pedagógica Alunos e professores individualmente e, ao mesmo tempo, em cooperação.

Contextos Arbitrados por critérios externos e formais. Realidade da vida do aluno

A que satisfaz? Arbítrio da sequência de conteúdos do currículo.

Curiosidade, desejo, vontade do aprendiz

Decisões Hierárquicas Hierárquicas

Definições de regras, direções e atividades

Impostas pelo sistema,cumpre determinações sem optar.

Elaboradas pelo grupo, consenso de alunos e professores

Papel do Professor Agente Estimulador/orientador Papel do aluno Receptivo Agente

FAGUNDES, Léa da Cruz: SATO, Débora; SATO, Luciane. Aprendizes do Futuro: as inovações começaram. Ministério da Educação. PROINFO, 1998.

A aprendizagem por projetos se dá através de articulações e interações

entre os conhecimentos de diferentes áreas, relacionadas a partir dos

conhecimentos prévios dos alunos, com os conhecimentos científicos.

Trabalhar com projetos de aprendizagem implica lidar com situações

ambíguas, respostas provisórias, com algumas variáveis não identificadas

inicialmente e que irão desabrochar durante o desenvolvimento do processo. O

plano de trabalho, ou melhor, o planejamento de um projeto se caracteriza pela

flexibilidade e pela capacidade de se abrir para situações imprevisíveis,

fazendo com que professor e alunos façam revisão, reflexão e (re) escrita de

percurso constantemente; do início ao término do trabalho.

Retomando Fagundes (1998)

Com trocas recíprocas e respeito mútuo. Isto quer dizer que a prioridade não é o conteúdo em si, formal e descontextualizado. A proposta é aprender conteúdos, por meio de procedimentos que desenvolvam a própria capacidade de continuar aprendendo, num processo construtivo e simultâneo de questionar-se, encontrar certezas e reconstruí-las em novas certezas. Isto quer dizer: formular problemas, encontrar soluções que suportem a formulação de novos e mais complexos problemas.

Nesse contexto o professor articula, orienta, media, duvida, reflete,

provoca, encoraja, descobre, facilita e, desse modo, possibilita um ambiente de

respeito e confiança onde ele ensina e aprende com o aluno. Passando,

assim, de mero transmissor de conhecimentos e informações, para

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pesquisador, e o aluno deixa de ser receptor para ter uma participação ativa de

co-autor dentro do processo de aprendizagem.

3. ARTICULAÇÃO ENTRE A PROPOSTA PEDAGÓGICA E A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO COM PROJETOS DE APRENDIZAGEM

A metodologia aprendizagem por projetos de pesquisa, por meio do

conhecimento de si, caracteriza-se como uma proposta fundamentada nas

práticas: de leitura dos textos pesquisados, de análise crítica dos textos, e na

produção escrita e na comunicação dos resultados. No desenvolvimento da

aprendizagem por projetos é importante que o professor saiba explorar

pedagogicamente as vantagens que os mesmos propiciam, articulando os

interesses e necessidades dos alunos, ao contexto, a sua intencionalidade

pedagógica.

De acordo com Zamboni (2007 p.121) a vinculação do ensino e pesquisa

no processo de construção do conhecimento, na formação inicial e na sala de

aula do ensino fundamental e médio significa, reconhecer que o conhecimento

é coletivo,um diálogo entre os vários autores e entre os vários saberes”. Na

metodologia da aprendizagem por projetos a história local é o ponto de partida

e uma etapa fundamental, pois instrumentaliza o aluno com as informações

necessárias para a elaboração de conceitos teóricos mais abrangentes..

A prática da produção escrita compreende o exercício da produção

individual e coletiva de textos históricos, permitindo ao aluno demonstrar o grau

de compreensão, síntese, análise e criatividade sobre os conteúdos estudados. Através dela verifica-se a dialogicidade, a co enunciação do leitor com o texto:

atribuindo sentidos aos fazerem escritos; fazendo inferências; mobilizando

conhecimentos; interpretando; recriando e produzindo a própria história, agindo

sobre textos lidos ou transmitidos através de relatos orais.

Em síntese, pela prática da narrativa histórica se exercita a capacidade

de compreender-se, de compreender os fatos sociais e sentir-se sujeito

histórico. Pela prática da análise crítica, conforme preconiza Geraldi (2006, p.

86), se realiza a interação leitor texto “fazendo funcionar” o texto pelo leitor,

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preenchendo lacunas, desvendando e contextualizando as informações nele

contidas.

4.A APRENDIZAGEM POR PROJETOS, CONTEÚDO CURRICULAR E A AVALIAÇÃO.

Para muitos professores o currículo é entendido como programas de

ensino, conteúdos ou matriz curricular. Na realidade existe uma multiplicidade

de definições e cada uma pressupõe valores e concepções explícitas. Estudos

críticos do currículo apontam que a seleção cultural sofre determinações

políticas, econômicas, sociais e culturais do que decorre que a seleção do

conhecimento escolar não é um ato desinteressado e neutro, e sim resultado

de lutas, conflitos e negociações (SILVA, 1999). Para além das prescrições das

grades curriculares e listas de conteúdos pré-elaboradas, um conceito de

currículo necessita ter em conta um conjunto de ações que cooperam para a

formação humana em suas múltiplas dimensões constitutivas.

Sob essa perspectiva, o ensino-aprendizagem de História é pautado na

aprendizagem das experiências do passado, possibilitando a formação de

pontos de vista históricos por negação ao tipo tradicional e exemplar de

consciência e de acordo com as Diretrizes Curriculares do Paraná (2008) esse

tipo de consciência se expressa “em narrativas críticas,as quais valorizam em

deslocamentos e problematizações em relação às presentes condições de vida

a partir de contra narrações”. Para isso, é relevante fazer uma ruptura em

relação ao ensino seguindo a linearidade onde o próprio sujeito percebe a sua

história a partir experiências de vida do outro. Assim a história de cada um é

percebida como uma campo em que diversas vozes sociais que se defrontam,

manifestando diferentes opiniões. Bakhtin (1999, p.66) defende, “[...] cada

palavra se apresenta como uma arena em miniatura onde se entrecruzam e

lutam os valores sociais de orientação contraditória. A palavra revela-se, no

momento de sua expressão, como produto de relação viva das forças sociais”.

O currículo é sempre o resultado de uma seleção, de um universo mais

amplo de conhecimentos e saberes do qual se seleciona a parte que o vai

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constituir. Neste sentido a avaliação terá enfoque formativo, interna ao

processo de ensino e aprendizagem. Ao estabelecer, que a avaliação deva ser

contínua e priorizar a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o

desempenho do aluno ao longo do ano letivo, a Lei 9394/96, de Diretrizes e

Bases da Educação Nacional (LDB), no art. 24, inciso V, dá destaque à

chamada avaliação formativa. Esta é vista como mais adequada ao dia-a-dia

da sala de aula e como um avanço em relação à avaliação tradicional, reduzida

à função somativa ou classificatória.

Procurar-se-á, assim, na aprendizagem por projetos, centrar o interesse

mais pelo processo do que pelos resultados. Na avaliação formativa, todo o

aluno é protagonista da sua aprendizagem, permitindo ao mesmo verificar suas

“falhas” e retomar o processo e refazê-lo. E, ao professor, através das

informações colhidas, rever seu processo pedagógico. Nesse processo o aluno

compreende que a aprendizagem é algo a ser construída e ele tem um papel

fundamental nessa construção. Assim não haverá um período de avaliação,

mas a avaliação será um processo continuo e interativo com retomada das

atividades das quais os objetivos não foram alcançados.

4.1. SINTESE E DIVULGAÇÂO DOS RESULTADOS

Por tratar-se da aprendizagem através de projetos de pesquisa, de

acordo com Fagundes (1998), o trabalho centra-se nos pressupostos que lhe

são próprios: ação reflexiva, disciplina, capacidade de estudar, refletir e

sistematizar o conhecimento; capacidade de compor dados, análise do

pensamento divergente; interdisciplinaridade; pesquisar através fatos do

cotidiano; aluno e professor como parceiros de trabalho; o conhecimento como

provisório e relativo e a produção como uma necessidade a ser anunciada para

outros interlocutores.

“O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em

cada individuo singular, a humanidade que é produzida histórica e

coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objetivo da educação diz

respeito, de um lado, a identificação dos elementos culturais que precisam ser

assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem

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humanos e, de outro lado concomitantemente, à descoberta das formas mais

adequadas para atingir esses objetivos”. (SAVIANI, 2007, p.17)

5-ROTEIRO PARA O DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM POR PROJETO

O nosso dia-a-dia é repleto de histórias que, muitas vezes, são publicadas em jornais, livros, revistas, novelas, fotografias entre outras formas de (re) contar. Como a “historia local” é refletida na comunidade onde moro e como posso contá-la?

5.1 DESCRIÇÃO O roteiro da prática pedagógica foi desenvolvido para ser aplicado com alunos

de quintas séries do Ensino Fundamental de oito anos. Será desenvolvido em

duas turmas, totalizando sessenta e cinco alunos, sendo uma turma do período

matutino com trinta e dois alunos e outra do período vespertino com trinta e

três alunos. As duas turmas foram selecionadas por se encontrarem em

defasagem de idade série, tendo os alunos entre doze a dezessete anos.

5.2 O QUE O ALUNO PODERÁ APRENDER COM ESTE PROJETO

• Tomar conhecimento de si próprio, a partir do evento comum

a todos os seres vivos: o nascimento.

• Reconhecer a sucessão de conhecimentos no tempo,

registrando a sua própria história.

• Conhecer a história do lugar onde mora e seu significado.

• Registrar a história local valendo-se de várias fontes; relatos

orais, documentos escritos, fotografias, roupas, brinquedos,

móveis e objetos variados.

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• Compreender a história da humanidade a partir da história

local.

• Conhecer e respeitar os diferentes costumes das famílias,

grupos e povos.

• Desenvolver habilidades sociais.

• Identificar fontes históricas do lugar onde vive.

• Integrar dados pessoais relacionando-os aos fatos da história

da sociedade;

• Ampliar gradativamente suas possibilidades de comunicação

e expressão através de relatos orais e escritos.

• Desenvolver interesse e curiosidade pelos fatos históricos,

construindo as relações temporais, espaciais para relacionar-

se com outras pessoas, sentindo-se segura e construindo sua

identidade histórica.

5.3. DURAÇÃO DO PROJETO O projeto de intervenção pedagógica terá início no mês de abril

com término previsto para encerramento no mês de outubro. Neste

intervalo de tempo há a previsão da copa do mundo, semana de

recuperação prevista em calendário escolar e o recesso escolar que

terá início no dia 17/07/2010 a 15/08/2010. Neste período a

realização do projeto será interrompida.

5.4 RECURSOS

PORTFÓLIO ELETRÔNICO; Internet; Livros, revistas, documentos; Scanner, impressora, computador; Outros recursos que se fizerem necessários.

É importante o professor fazer o contrato com os alunos, estabelecendo normas para o uso do laboratório de

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informática e verificar os que ainda não possuem o conhecimento básico de informática para fazer as orientações necessárias.

5.5 CONHECIMENTOS PRÉVIOS TRABALHADOS PELO PROFESSOR COM O ALUNO

É importante que o aluno perceba que o

ensino de História, a partir da história local,

apresenta-se como um ponto de partida para a

aprendizagem histórica, possibilitando

trabalhar com a realidade mais próxima das

relações sociais que se estabelecem entre

educador/educando/sociedade e o meio em

que vivem e atuam. O local é o espaço primeiro

de atuação do homem, por isso, o ensino da

História Local precisa configurar também essa

proposição de oportunizar a reflexão

permanente acerca das ações dos que ali

vivem como sujeitos históricos e cidadãos.

5.6 ESTRATÉGIAS DE MOBILIZAÇÃO A intervenção pedagógica será desenvolvida partindo do Plano de Trabalho

voltado para a “história local”. Como estratégia pedagógica utilizar-se-á a

metodologia de aprendizagem através de projetos que privilegia o trabalho em

grupo e possibilita espaços de diálogo, escuta reflexão, pesquisa e produção

individual e coletiva. Terá como objetivo elevar a auto-estima dos alunos,

resgatando a alegria de aprender por meio de atividades que dê significado ao

ato de aprender. Dessa forma, os alunos, ao longo do projeto, precisam

encontrar motivação para explicar as relações encontradas na informação,

possibilitando, de maneira compreensiva, procedimentos que lhes permitam

aprender a organizar seu próprio conhecimento, a descobrir e estabelecer

novas interconexões com os problemas que acompanham o fio condutor da

pesquisa, adaptando-os a outros contextos ou problemas.

Reaprender através da História Local é desconstruir o ensino tradicional de

simples memorização sistemática de datas e fatos ocorridos, para propiciar um

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novo olhar a realidade local,onde o conjunto de coisas e pessoas que cercam

e influenciam o tema a ser tratado,a partir de dados e informações, favorecem

a construção de um estudo participativo, investigativo e crítico da realidade

histórica das comunidades e seus membros. É a múltipla oportunidade de

resgatar um passado ainda pulsante nas comunidades e assim valorizar o

conhecimento popular que o próprio educando aplicará, gerando credibilidade

as tradições de pouco registro.

Para MOBILIZAR o aluno, o professor poderá utilizar estratégias como: o

Hino do Município, o Poema Identidade de Pedro Bandeira; uma visita ao

museu histórico do município; fotos de casas antigas, acervo de famílias

tradicionais, fotos de locais históricos, entre outras possibilidades.

É denominada de situação mobilizadora o recurso utilizado para aguçar o interesse do aluno em torno do tema que se pretende desenvolver.

Hino de Almirante Tamandaré Letra por Harley Clóvis Stocchero e Melodia por Paulo Rodrigo Tosin No teu céu, que é tão belo e azul, brilha sempre o Cruzeiro do Sul; quando Deus, ao compor o Universo, fez aqui o seu mais belo verso; e ao pintar, também, a natureza, pôs mais cor no pincel, com certeza... Nas tuas matas, no morro ou restinga, nasce, cresce e dá mel bracatinga, que, aliada à extração mineral sua lenha vai produzir cal, desta terra maior produção que é exportada por toda Nação. Estribilho: Almirante Tamandaré o teu povo tem força e tem fé, conservando, na sua tradição, Nossa Mãe, Virgem da Conceição. Da união do minério e o trabalho por igual produzimos calcário;

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tendo aqui sempre boa produção nosso milho, a batata e o feijão; também forte é em nossa lavoura o repolho, o tomate e a cenoura... O Tingui nos levou o amor que preserva o riacho e a flor; Gralha Azul nos plantou o pinheiro, que cresceu para o céu altaneiro; e os gorjeios de nosso sabiá têm beleza que em outros não há!... Nesta terra abençoada e feliz vive um povo que ora e prediz a grandeza de Tamandaré no valor do trabalho e da fé.

5.7 AVALIAÇÃO Com o uso da Informática, a avaliação do aluno no desenvolvimento do

projeto permite a visualização e a análise do processo e não só do resultado,

ou seja, durante o desenvolvimento dos projetos: pesquisas e trocas de

informações por meio de mensagens, de imagens, de textos ficam registradas.

É possível, tanto para o professor como para o próprio aluno, ver cada etapa

da produção, passo-a-passo. No decorrer do trabalho os alunos terão a

oportunidade de participar de situações de pesquisas sobre os assuntos

estudados, compartilhando todo o material produzido com a sala de aula,

familiares e comunidade escolar. Segundo as Diretrizes Curriculares para

educação básica do Estado do Paraná (2008), a ”avaliação formativa considera

que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por

ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a

intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao

aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de

estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas”.

Seguindo a orientação das diretrizes curriculares o aluno durante todo o

processo será avaliado segundo Luckesi (2002) através de várias formas

avaliativas: avaliação diagnóstica, formativa e avaliação somativa.

5.8. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Antes de iniciar as atividades do projeto com os alunos, é importante que o professor realize uma reunião com os pais para explicar sobre o projeto e dessa forma poder contar com

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a ajuda dos mesmos quando se fizer necessário. Não esquecer de explicar: a finalidade dos documentos que foram sendo solicitados, das fotos de família e como o aluno será avaliado, etc. No desenvolvimento desta metodologia a integração família /escola é muito importante.

1º MOMENTO

Colocar o Hino de Almirante Tamandaré para os alunos ouvirem e

ou fazer oralmente a leitura do mesmo no texto entregue em folha

xerocada.

Explorar a interpretação: De quem é a letra e a música do hino de

Almirante Tamandaré? Vocês os conhecem?Quais as riquezas do

nosso município apontadas pelo autor da letra?Como o autor

descreve o povo de Almirante Tamandaré?Será que Almirante

Tamandaré sempre existiu? Por que o município tem esse nome?

Os pássaros nominados na letra do hino ainda existem e são

conhecidos por vocês?

Há no texto palavras que vocês não conhecem o significado?(se houver

procurar no dicionário)

Comentar sobre o significado de cada expressão do texto. Incentivar os

alunos a refletirem sobre os modos de ser de cada um. Perguntar se

eles se “identificam” com o texto e por quê? Explorar o que os alunos já

sabem sobre a história do lugar onde vivem e o que mais gostariam de

saber.

2º MOMENTO: Harley Clóvis Stocchero escreveu o hino de Almirante Tamandaré que registra informações das pessoas que viveram e povoaram o

nosso município desde os primórdios. Que outros símbolos podem representar

o município? Procurar na internet os símbolos como: brasão, bandeira, mapa

entre outros. Observar a bandeira e verificar o significado dos elementos que a

compõem, o significado das cores, os elementos que compõem o brasão entre

outras curiosidades que surgirem a partir da observação dos alunos. Orientar

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os alunos para organizem um Portfólio Eletrônico para arquivarem as

informações e os dados da pesquisa.

O portfólio eletrônico é definido por BARRETT (2000, p. 1), como o uso de tecnologia que possibilita ao aluno coletar e organizar os artefatos em vários formatos é um conjunto sistemático de trabalhos que pode evidenciar o progresso e o perfil das habilidades de um aluno ao longo do tempo. Além disso, é uma ferramenta de avaliação autêntica.

3º MOMENTO: Procurar na internet o mapa do Estado do Paraná e localizar o

Município de Almirante Tamandaré. Anotar os limites do município, verificar a

localização geográfica do bairro,nome das ruas e outras informações que os

alunos gostariam de saber. Arquivar o mapa produzido pelos alunos no

Portfólio eletrônico juntamente com as outras informações da pesquisa.

4º MOMENTO: Elaborar um índice do que os alunos já sabem sobre a história

local e do que mais gostariam de saber. Como por exemplo: Origem do nome

da cidade onde nasceu; origem étnica das famílias; histórico do bairro onde

moram e do município; localização geográfica do município; principal economia

do município, origem do nome da rua onde mora, escolas do município,

economia, organização política entre outras possibilidades e curiosidades dos

alunos.

As Diretrizes Curriculares do Estado do

Paraná, para o ensino de História estabelece

que para os anos finais do Ensino fundamental

“ os conteúdos temáticos priorizem a história

local e do Brasil, estabelecendo relações e

comparações com a história mundial” (

DCE/PR, 2008).

Após o levantamento do índice do que os alunos gostariam de conhecer no que

diz respeito a história local, cada um escolherá o aspecto que desejar

pesquisar. Elaborar um cartaz com as intenções dos alunos.

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Quando imaginamos uma sala de aula em um processo interativo, estamos acreditando que todos terão possibilidade de falar, levantar suas hipóteses e nas negociações, chegar a conclusões que ajudem o aluno a se perceber parte de um processo dinâmico de construção. (L. Vigotsky)

5º MOMENTO: Conversar com os alunos: o que é um projeto? Projetar significa jogar

para frente. Onde o projeto é mais utilizado? Nós fazemos projetos? Dar exemplos de

projetos que fazemos desde que acordamos. Como por exemplo: O que fazemos durante

o dia? Nós pensamos antes de fazer?

O projeto de uma pesquisa é o planejamento, ou seja, a definição dos caminhos para abordar certa realidade. Deve oferecer respostas do tipo: O que pesquisar? Por que pesquisar? (Justificativa) Para que pesquisar? (Objetivos) Como pesquisar? (Metodologia) Quando pesquisar? (Cronograma) Por quem?

A pesquisa precisa ser bem planejada. O planejamento não assegurará, por si

só, o sucesso do que se quer pesquisar, mas, com certeza, é um bom caminho

para buscarmos o conhecimento que desejamos.

Orientar o projeto de pesquisa de cada aluno seguindo os passos:

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Este é o momento em que o professor,

juntamente com os alunos, fará a seleção dos

conteúdos a serem pesquisados. É um

momento importante de mediação. É nessa

etapa que o professor irá direcionar os

conteúdos para a aquisição de novos

conhecimentos .

6° MOMENTO: Orientação e instrumentalização da pesquisa. Neste momento

o professor orientará e auxiliará o aluno a realizar um levantamento prévio do

que já sabe sobre o tema e do que gostaria de saber/descobrir. É o exercício

didático da relação “sujeito-objeto pela ação do aluno e a mediação do

professor” Gasparin, (2003). É o momento em que o aluno constrói o novo

conhecimento. Neste momento o professor orientará e mediará a pesquisa de

acordo com o interesse de cada aluno. É importante que o professor oriente

onde cada um poderá buscar as informações que deseja pesquisar. (livros,

internet, documentos, revistas, etc.)

As informações coletadas pelos alunos serão

organizadas no Portflólio Eletrônico. Com o

auxílio do professor de Português as

Projeto de

Pesquisa

Problematização

Definição do tema

Justificativa

Objetivos

Desenvolvimento

Cronograma

Referen- cias

Geral Mobilização

Construção do

Elaboração e sintese

Síntese

Específicos

Projeto de

Pesquisa

Problematização

Definição do tema

Justificativa

Objetivos Desenvolvimento

Cronograma

Referen- cias

Geral

Mobiliza

ção

Constru - ção do

conheci- mento

Elabora

ção

Síntese

Específi

co

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informações poderão ser sintetizadas,

corrigidas. O professor de Arte poderá auxiliar

o aluno, se necessário, a ilustrar com figuras ou

desenhos.

7º MOMENTO: Síntese do aluno sobre a pesquisa realizada, demonstração do

novo conhecimento adquirido (arquivar as informações no portfólio eletrônico).

Este é o momento em que o professor mediará, auxiliando o aluno na escrita e

(re) estruturação do texto. Para que este processo ocorra é fundamental o

papel do professor como mediador. Cabe a ele buscar formas de ensinar,

tentar descobrir quais são os meios, estratégias para se chegar à

aprendizagem. Assim o professor poderá dar liberdade de expressão e criação,

a qual auxiliará os alunos, cada um em seu nível de conhecimento, a estarem

construindo novos conhecimentos, percebendo a função da leitura e escrita

para suas vidas, aprendendo novas palavras, estruturando frases e diversos

textos nos mais variados gêneros discursivos. Ao escrever o seu texto o aluno

deve questionar-se: Que função ele exerce? Qual seu significado? Qual o

interlocutor? Que objetivo pessoal ele pode ter?

“É importante que o professor oriente seus alunos para que os mesmos organizem, registrem os resultados conquistados os frutos da pesquisa, além de cuidar de seu ‘acervo” em seus (p.ex.“portfólios”). Durante a organização do portfólio o professor deve orientar os alunos quanto à síntese das leituras e de pesquisas, roteiros de entrevistas, tabelas com resultados; uso de imagens (fotografia, filmagem, desenhos) entre outros. É o momento em que o professor trabalhará os conteúdos estruturantes suprindo as necessidades comuns dos alunos e os mesmos poderão complementar o quadro do que já aprenderam.

8º MOMENTO; Este é o momento da seleção dos assuntos por categoria. Os

alunos farão a apresentação das pesquisas realizadas - imagens, documentos,

dados coletados que foram arquivados no portfólio eletrônico – e se

organizarão por temas afins, fazendo a síntese que se constituirá em um dos

capítulos do livro da História do município.

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A proposta é aprender conteúdos, por meio de procedimentos que

desenvolvam a própria capacidade de continuar aprendendo, num processo construtivo e simultâneo de questionar-se, encontrar certezas e reconstruí-las em novas certezas. Isto quer dizer: formular problemas, encontrar soluções que suportem a formulação de novos e mais complexos problemas. FAGUNDES (1998)

9º MOMENTO: Prática social. É a fase das intenções e das propostas de ações

dos alunos. Pesquisa sobre dados importantes para o livro da turma (capa,

folha de rosto, dedicatória, sumário, escolha dos textos, imagens, etc.)

Este é o momento em que a família poderá entrar em ação para colaborar.

Quanto maior o envolvimento e o comprometimento entre família e escola maiores

serão as possibilidades no desenvolvimento da auto-estima do aluno, sendo

que cada uma das partes deve ser preservada em suas características

próprias.

10º MOMENTO: MONTAGEM DO LIVRO. Para esclarecer melhor o objetivo do

trabalho, a bibliotecária poderá disponibilizar livros do acervo da escola para os

alunos observarem como os mesmos estão estruturados. Após a observação,

os alunos irão ao laboratório de informática, coletarão os capítulos que foram

organizados no 8º momento, e organizarão o “boneco” do livro eletrônico da

história local. Cada equipe apresentará o seu “boneco” para a turma que

escolherá o mais significativo para o trabalho final.

11º MOMENTO: TRABALHO FINAL – Este é o momento da revisão,

diagramação e do retoque final do livro. Os alunos nomearão um representante

de cada equipe para fazerem a revisão final do livro. Este trabalho poderá

também contar com a colaboração dos demais professores da turma. Após a

revisão os alunos escolherão a forma de impressão e divulgação.

12º MOMENTO: Organização para a divulgação dos resultados: (data, local,

elaboração/ entrega dos convites, escolha do cerimonial, ensaios etc.) Neste

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momento, o professor orientará seus alunos para que os mesmos escolham

alguns dos textos elaborados por eles para serem apresentados.

Este é o momento em que os alunos aprendem a viver em conjunto e isso significa o respeito pelas normas que regem as relações entre os seres que compõem uma coletividade e estas normas devem ser compreendidas, admitidas interiormente por cada ser e não sentidas como pressões externas. “Viver em conjunto” é aprender a praticar os conhecimentos adquiridos.

13º MOMENTO: DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS – Este é o momento da

socialização do conhecimento produzido individual e coletivamente. Os alunos

escolherão a melhor maneira de divulgar os resultados obtidos à comunidade

escolar.

As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008,p. 67), evidenciam que o “ professor deve discorrer acerca de problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas. Dentre elas, destacam-se, no Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura Afro- Brasileira, da História do Paraná e da História da cultura indígena, constituintes da história desse país, mas, até bem pouco tempo, negadas como conteúdos de ensino”.

5.9. ALGUMAS IDEIAS PARA COMPLEMENTAR A PESQUISA:

Pesquisar o significado do nome do município.

Pesquisa na Internet: os símbolos que representam o município ou o

bairro onde mora;

Brasões das famílias pioneiras do município e suas origens.

Pesquisa: significado do nome do bairro.

Cada aluno irá questionar seus pais e antecessor sobre a história dos

sobrenomes da família, suas origens ao trazê-los em sala de aula para

fazer observações sobre cada um.

Trazer de casa uma foto atual para colar e ou “scanear”.

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Digitar:Quer conhecer meu município?

Origem do nome do município:

Localização

Quem escolheu este nome foi:

Motivo:

O significado do nome do meu município:

Data de emancipação:

Padroeiro (a):

Número de habitantes:

Número de escolas:

Comida típica:

Este é o 1º documento do município: scanear

Pontos turísticos no município: Colar foto e ou scannear

Estes são alguns moradores do Município: colar foto e/ou scanear

Nome: Idade:

Esta é a turma com a qual estou estudando ela faz parte da história do

município.

Estes são os meus professores, alguns são do meu município e outros

não.

Mapa do Brasil com localização do município e do bairro onde moro.

Obs: Todos esses dados serão coletados e armazenados no Portfólio

Eletrônico para serem utilizados na confecção do livro.

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