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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · sentido, a busca da compreensão do tipo de relacionamento existente entre família e escola se apresenta como necessidade face à indagação

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

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PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

CADERNO PEDAGÓGICO

ESTUDO PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO A ESCOLA E A FAMÍLIA COMO INSTITUIÇÕES INDISSOCIÁVEIS

PITANGA – NRE PITANGA 2010

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MARIA APARECIDA DE FREITAS

CADERNO PEDAGÓGICO

ESTUDO PARA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO A ESCOLA E A FAMÍLIA COMO INSTITUIÇÕES INDISSOCIÁVEIS

PITANGA – NRE PITANGA 2010

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“Toda reforma interior e toda mudança para melhor dependem exclusivamente da aplicação do nosso próprio esforço”.

Immanuel Kant

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APRESENTAÇÃO

Professores, Pais e Alunos:

Tanto a família quanto a escola têm papéis importantes na

construção do sucesso escolar, pessoal e posteriormente profissional

de cada educando. Contudo, deve haver uma relação muito grande

com as formas de desenvolver atividades nas instituições. Nesse

sentido, a busca da compreensão do tipo de relacionamento existente

entre família e escola se apresenta como necessidade face à

indagação dos pais sobre a importância dos conteúdos por ela

trabalhados e também como forma de se atingir melhores níveis em

qualidade de ensino e aprendizagem.

Logo, este caderno tem como objetivo, debater a prática de

professores incluindo a participação da comunidade escolar num todo,

com os pais e os próprios alunos, indagando como podem ser

realizados trabalhos mais consistentes para a aprendizagem.

Sendo assim, o caderno trata através de cinco unidades

diferentes textos que trazem uma metodologia utilizada e atividades

que auxiliarão de maneira positiva a relação entre a escola e a família.

Através do caderno pretende-se esclarecer e discutir melhores

alternativas para a construção de uma escola mais justa, igualitária e

participativa.

Para tanto, os temas propostos terão como propósito auxiliar as

ações desenvolvidas no âmbito escolar proporcionando novas e

melhores idéias acerca da família e a escola como instituições

indissociáveis.

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SUMÁRIO

ORGANIZAÇÃO TEÓRICO – METODOLÓGICA.............................................

05

INTRODUÇÃO...................................................................................................

08

UNIDADE I – “A FAMÍLIA E AS RELAÇÕES ESCOLARES”......................... 10 METODOLOGIA UTILIZADA............................................................................ 14 ATIVIDADES PARA OS ALUNOS.................................................................... 15 OBJETIVOS....................................................................................................... 16 REFERÊNCIAS..................................................................................................

17

UNIDADE II – “FAMÍLIA, CRESCIMENTO PESSOAL E SOCIAL DOS EDUCANDOS”..................................................................................................

18

METODOLOGIA UTILIZADA............................................................................ 22 ATIVIDADES PARA OS DOCENTES .............................................................. 23 OBJETIVOS....................................................................................................... 24 REFERÊNCIAS..................................................................................................

25

UNIDADE III – “A ESCOLA FRENTE À FORMAÇÃO SOCIALIZADORA E HUMANÍSTICA DOS ALUNOS. .......................................................................

26

METODOLOGIA UTILIZADA............................................................................ 30 ATIVIDADES PARA OS ALUNOS.................................................................... 31 OBJETIVOS....................................................................................................... 32 REFERÊNCIAS..................................................................................................

33

UNIDADE IV – “A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA E AS RELAÇÕES ESCOLARES.......................................................

34

METODOLOGIA UTILIZADA............................................................................ 36 ATIVIDADES PARA OS ALUNOS.................................................................... 37 ATIVIDADES PARA OS PAIS........................................................................... 38 ATIVIDADES PARA OS DOCENTES............................................................... 39 OBJETIVOS....................................................................................................... 40 REFERÊNCIAS..................................................................................................

41

UNIDADE V – “TEXTO DE FERNÃO CAPELO GAIVOTA: REFLEXÃO TEXTUAL E PEDAGÓGICA NA VIDA ESCOLAR”..........................................

42

METODOLOGIA UTILIZADA............................................................................ 44 ATIVIDADES PARA OS ALUNOS.................................................................... 45 OBJETIVOS....................................................................................................... 46 REFERÊNCIAS..................................................................................................

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ORGANIZAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA

O método pelo qual analisa-se diversas situações, configura-se como uma

dimensão muito importante do processo de investigação e deve ser utilizada com

o objetivo de levar a investigação a dados concretos, ou seja, procurar dar

resposta à pergunta de investigação.

Deste modo, é possível afirmar que em qualquer investigação, é

necessário um método, uma formalização do percurso intencionalmente ajustado

ao objeto de estudo, concebido exatamente como meio de direcionar a

investigação para o seu objetivo, possibilitando a progressão do conhecimento

acerca desse mesmo objetivo.

Em outras palavras, o método é o caminho para chegar a um fim e os

métodos de investigação constituem o caminho para chegar ao conhecimento

científico.

Deste modo, pode-se dizer que os métodos de investigação são um

procedimento ou um conjunto de procedimentos que servem de instrumento para

alcançar os fins da investigação. A maioria dos métodos de investigação, são

descritivos, tentam descobrir e interpretar a realidade. A investigação descritiva

preocupa-se com as condições ou relações que existem, com as práticas que

prevalecem, com as crenças, pontos de vista ou atitudes que se mantêm, com os

processos em desenvolvimento, com os efeitos que se sentem ou com as

tendências que se desenvolvem.

Para que se possa analisar os métodos são necessárias algumas atitudes,

entre as quais desenvolver e implantar o teórico ao prático, configura-se como

sendo algo de extrema importância e que portanto é digno de reflexão.

Geralmente, os primeiros passos são de cunho bibliográfico pois consistem em

um apanhado geral sobre os principais trabalhos realizados, revestidos de

importância, por serem capazes de fornecer dados atuais e relevantes

relacionados no tema. Esta pesquisa representa uma fonte indispensável, pois

pode orientar as questões de estudo. Além do que, este tipo de pesquisa oferece

meios para definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como

também explorar novas áreas onde os problemas ainda não se cristalizaram

suficientemente. Os materiais pesquisados foram diversos, podendo-se

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mencionar obras de diferentes autores, artigos, reportagens, revistas, jornais e o

próprio conhecimento adquirido em sala de aula.

A partir da pesquisa bibliográfica torna-se possível desempenhar

pesquisas de intervenção, nas quais há uma maior viabilidade acerca dos

resultados propriamente ditos. Estas pesquisas consistem em observações dos

fatos tal como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados e no registro de

variáveis presumivelmente relevantes para ulteriores análises. Não é permitido,

nesse caso, o isolamento e o controle das variáveis supostamente relevantes,

mas permite o estabelecimento de relações constantes entre determinadas

condições e determinados eventos, observados e comprovados.

Com base nas pesquisas, será tratada a leitura através de uma visão

interacionista, fazendo com que os alunos vejam nesta prática uma nova forma de

envolvimento social tornando-se sujeitos críticos e com formadas opiniões acerca

do mundo que os rodeia.

Segundo Ketele (2003), procurar compreender, procurar descrever,

explorar um novo domínio, ou verificar uma hipótese, avaliar as prestações de

uma pessoa, avaliar uma ação, um projeto, são alguns dos passos fundamentais

cujo êxito está, antes de mais, ligado à qualidade das informações em que se

apóiam.

Por isso, e porque normalmente as pessoas são levadas a procurar

informação quando desejam compreender mais de perto uma dada situação, no

início de qualquer investigação, é importante perceber bem o papel da recolha de

informações, as precauções a tomar e a utilização que se pode fazer da

informação.

Uma vez que se determinadas quais as informações que se pretendem

recolher, é necessário elaborar uma estratégia de recolha de informações, para

isso serão utilizados métodos retrospectivos quantitativos, mais especificamente

um questionário.

Segundo Ketele (2003), o questionário constitui um meio, por excelência,

para obter opiniões, conhecer atitudes e receber sugestões. Ele constitui

seguramente a técnica de recolha de dados mais utilizada no âmbito da

investigação sociológica.

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Para a utilização de um questionário, é essencial captar bem o objetivo a

atingir, bem como o tipo de informações a recolher. Cada pergunta do

questionário deve contribuir de uma maneira específica para alcançar os objetivos

do estudo. Conforme Ketele (2003), o questionário é um instrumento

rigorosamente estandardizado, tanto no texto das questões como na sua ordem.

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INTRODUÇÃO Esta pesquisa se justifica pela relevância que o tema apresenta nas

questões das interações Família-Escola. O tema abordado requer estudos bem

aprofundados sobre as formas de interações que podem ocorrer entre essas duas

instituições sociais e como essas interações contribuem ou não para a construção

do sucesso ou fracasso escolar.

A literatura aponta que apesar da variedade de tipos de organização

familiar no Brasil, das diferenças e das crises que se instalam, de forma geral, a

família continua sendo um espaço valorizado pelos adolescentes e jovens,

sobretudo porque, diferentemente do espaço público, ela aparece como um

espaço de solidariedade.

Além disso, a escola possui uma importância social muito grande, pois

pode desempenhar um papel fundamental na construção de identidades e de

projetos de vida para seus alunos. Desta forma, a instituição escolar tem de

reconhecer todas as experiências de seus alunos e utilizá-las em seu trabalho de

forma que os conteúdos por ela trabalhados tenham sentido para os alunos.

Percebe-se, assim, que tanto a família quanto a escola têm papéis

importantes na construção do sucesso escolar e que esse sucesso também está

relacionado com as formas de interação existentes nestas instituições. Nesse

sentido, a busca da compreensão do tipo de relacionamento existente entre

família e escola se apresenta como necessidade face à indagação dos pais sobre

a importância dos conteúdos por ela trabalhados e também como forma de se

atingir melhores níveis em qualidade de ensino e aprendizagem.

Assim, é necessário que haja uma contribuição com docentes, gestores,

pais e alunos na elaboração de trabalhos na tentativa de responder a indagação

apresentada sobre a importância dos conteúdos ensinados na escola, bem como

estreitar as formas de relacionamento entre a escola e as famílias, fornecendo

elementos que possam dar às instituições competências para uma interação que

possibilite o sucesso escolar e a melhoria do ensino e da aprendizagem.

A sociedade moderna vive uma crise de valores tanto éticos quanto morais

sem precedentes. Assim, é possível notar que não há nenhuma surpresa em citar

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a escola como um exemplo desta grande crise, pois é nela que acaba, muitas

vezes, ficando a maior evidência.

Nunca na escola se discutiu tanto quanto hoje assuntos como falta de

limites, desrespeito na sala de aula e desmotivação dos alunos, assim como

professores cansados, estressados e, muitas vezes, doentes física e mentalmente

eclodindo, desta forma, sentimentos de impotência e frustração tão

marcantemente presentes na vida escolar.

Assim, pode-se dizer que o sistema educacional, rapidamente massificado

nas últimas décadas, ainda não dispõe de uma capacidade de reação para

atender às novas demandas sociais. Quando consegue atender a uma exigência

reivindicada imperativamente pela sociedade, o faz com tanta lentidão que, então,

as demandas sociais já são outras.

Contudo, nem sempre os professores conseguem ser capazes de mudar

sozinhos as mentes e atitudes de muitos estudantes, sendo necessária a

interferência da família, algo de extrema necessidade, principalmente em tempos

modernos como os de hoje.

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CAPÍTULO I – A FAMÍLIA E AS RELAÇÕES ESCOLARES

Como suporte teórico para sustentar essa pesquisa sobre a importância da

relação efetiva da família na escola para o desempenho escolar dos alunos, faz-

se necessário versar sobre alguns aspectos diretamente ligados a essas

questões.

Primeiramente, recorre-se à lei. De acordo com o artigo 205 da

Constituição Federal:

[...] a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1988).

A experiência escolar tem mostrado que a participação dos pais é de

fundamental importância para o desempenho escolar e social das crianças. O

Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, no seu artigo 4º discorre:

É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. (BRASIL, 1990).

O dever da família com o processo de escolaridade e a importância de sua

presença no contexto escolar também é reconhecida publicamente através da Lei

de Diretrizes e Bases da Educação, que traz em seu artigo 1º o seguinte discurso:

A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. (BRASIL, 1996).

Embora a legislação seja ampla no que tange à inclusão familiar no

contexto escolar, estas não têm sido suficientes para superar o grande atraso do

sistema educacional, uma das questões cruciais de educação das sociedades

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contemporâneas, que perseguem um sistema que assegure a otimização de uma

tarefa essencial em suas destinações históricas.

Levando-se em consideração que família e a escola buscam atingir os

mesmos objetivos, preparar a criança para o mundo, devem estes comungar os

mesmos ideais para que possam vir a superar dificuldades e conflitos que

diariamente angustiam os profissionais da escola e também os próprios alunos e

seus pais. A escola nunca educará sozinha, de modo que a responsabilidade educacional da família jamais cessará. Uma vez escolhida a escola, a relação com ela apenas começa. È necessário o diálogo entre escola, pais e filhos. (REIS, 2007, p. 6).

Portanto, uma boa relação entre a família e a Escola deve estar presente

em qualquer trabalho educativo que tenha como principal alvo o aluno. A escola

deve também,exercer sua função educativa junto aos pais, discutindo,

informando, orientando sobre os mais variados assuntos, para que em

reciprocidade, escola e família possam proporcionar um bom desempenho

escolar e social às crianças. Sendo assim, entende-se que: “Toda pessoa tem

direito à educação, é evidente que os pais também possuem o direito de serem

senão educados, ao menos, informados no tocante à melhor educação a ser

proporcionada aos seus filhos”. (PIAGET, 2007, p. 50).

É importante que a família esteja engajada no processo ensino-

aprendizagem, isto tende a favorecer o desempenho escolar, pois das vinte e

quatro horas do dia, apenas quatro horas a criança permanece na escola, as

outras vinte horas está no convívio familiar.

Sendo assim, pode-se dizer que a vida familiar e a vida escolar perpassam

por caminhos concomitantes. É quase impossível separar aluno/filho, por isto,

quanto maior o fortalecimento da relação família/escola, tanto melhor será o

desempenho escolar desses filhos/alunos.

Nesse sentido, é importante que família e a escola saibam aproveitar os

benefícios desse estreitamento de relações, pois, isto irá resultar em princípios

facilitadores da aprendizagem e formação social da criança:

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Tanto a família quanto a escola desejam a mesma coisa: preparar as crianças para o mundo; no entanto, a família tem suas particularidades que a diferenciam da escola, e suas necessidades que a aproximam dessa instituição. A escola tem sua metodologia filosofia, no entanto ela necessita da família para concretizar seu projeto educativo. (PAROLIM, 2003, p. 99).

Em vista disso, é que destaca-se a necessidade de uma parceria entre a

família e a escola visto que, cada qual com seus valores e objetivos específicos

em relação à educação de uma criança, se sobrepõe, onde quanto mais

diferentes são, mais necessitam uma da outra. Entretanto, escola e família não

podem e não devem modificar-se em suas formas de se desenvolverem e se

organizarem, a escola em função da família e a família em função da escola,

porém, podem e devem estar abertas às trocas de experiências mediante uma

parceria significativa.

Diante dos autores revisados, percebe-se a clareza da importância de

compartilhar responsabilidades e não transferi-las. A escola não funciona

isoladamente, é preciso que cada um, dentro da sua função, trabalhe buscando

atingir uma construção coletiva, contribuindo assim para a melhoria do

desempenho escolar das crianças.

Colaborando com a discussão sobre o tema Saviani (2000) tece algumas

considerações, com as quais se encerra este capítulo:

. Claro que, de modo geral, pode-se entender que uma boa relação entre a família e a escola tenderá a repercutir favoravelmente no desempenho dos alunos. No entanto, considerada essa questão específica, é necessário verificar que podemos nos defrontar com situações distintas que requerem, portanto, tratamentos distintos. Suponhamos, por exemplo, o padrão tradicional de funcionamento das escolas na forma de externatos em que os alunos ficam na escola uma parte do dia, freqüentando as aulas, devendo estudar em casa na outra parte do dia ou à noite. A escola, então, ministraria ensinamentos e passaria “lições de casa” que seriam corrigidas no retorno a sala de aula, dando seqüência ao processo ensino-aprendizagem. Bem, numa situação como essa se torna fundamental a cooperação da família. Essa cooperação implica um ambiente minimamente favorável para que as crianças possam estudar em casa, preferencialmente com o estímulo e a eventual ajuda dos pais ou responsáveis. No entanto, nós podemos nos defrontar com sérios obstáculos a esse modelo, pois há muitas famílias que não dispõe sequer de um espaço no qual as crianças possam estudar, não havendo uma mesa com uma cadeira onde a criança possa sentar e ficar em silêncio manuseando o livro didático e escrevendo sem seu caderno; famílias em que os pais passam o dia todo fora de casa, trabalhando; em que os pais e mesmo os irmãos mais velhos não tiveram acesso à

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escola e, portanto, não têm condições de acompanhar o desenvolvimento escolar dos filhos ou irmãos mais novos. Para esses casos a solução poderia ser a escola de tempo integral. Essa proposta está na pauta tendo sido, inclusive, contemplada na nova LDB ao prescrever, no § segundo do Art. 34, que “o ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino”. E essa proposta também aparece com freqüência nas plataformas políticas dos diversos candidatos nas sucessivas eleições. No entanto, geralmente quando se fala em escola de tempo integral se pensa num turno de aulas e em um outro em que as crianças estariam na escola desenvolvendo atividades culturais e desportivas. Ora, sendo assim, o problema do desempenho dos alunos não seria devidamente equacionado. Ao contrário, tenderia a ser dificultado porque, após passar o dia inteiro na escola, as crianças teriam que estudar fazer as lições de casa e se preparar para as aulas do dia seguinte em casa, à noite. Na verdade uma escola de tempo integral implicaria que, no contra turno, as crianças estariam estudando com a orientação dos professores que poderiam ministrar atividades de reforço para aqueles que apresentassem maiores dificuldades de aprendizagem. Logo, também os professores deveriam ser contratados em jornada de tempo integral numa única escola. Isso permitiria que eles se fixassem em determinada escola, se identificassem com ela podendo, em conseqüência, participar mais diretamente na vida da comunidade em que a escola está inserida. Assim, seria possível manter certo grau de diálogo com as famílias dos alunos o que contribuiria para estabelecer algum tipo de colaboração entre a ação da escola e a ação da família tendo em vista o objetivo de assegurar às crianças um satisfatório desempenho escolar.

Enfim, a relação familiar e escolar é fundamental para o processo

educativo, pois os dois contextos possuem o papel de desenvolver a

sociabilidade, a afetividade e o bem estar físico e intelectual os indivíduos, ou

seja, o ideal é que família e escola se envolvam numa relação recíproca, pois as

influências dos dois meios são importantes para a formação de sujeitos.

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METODOLOGIA UTILIZADA

Esta unidade I destina-se aos alunos, para que os mesmos tenham a

noção exata da necessidade da participação familiar no ambiente escolar.

Neste sentido, nestas aulas ministradas serão aplicados questionários aos

alunos, após ter trabalhado o texto, explicando para eles como a família pode ser

inserida na escola.

O questionário será composto por cinco perguntas descritivas que deverão

ser respondidas em sala de aula e ao término entregues para a professora.

As questões configuram-se como sendo de cunho pessoal, ou seja, será

aberto aos alunos para que os mesmos possam diante dos questionamentos

expor suas idéias.

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ATIVIDADES PARA OS ALUNOS

1) Responda os questionamentos abaixo conforme o que aprendeu na

aula ministrada com relação à participação da família na escola. a) O que você acha da sua escola?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) Sua família participa ou já participou da escola onde você estuda?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

c) O que você acha da participação da família na escola?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ d) Você acha que com a participação da sua família na escola

aumentaria a sua aprendizagem? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ e) Você conversa com sua família sobre a escola onde estuda?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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OBJETIVOS

Fazer com que os alunos exponham de maneira livre e pessoal o que

acham da instituição em que estudam;

Induzir os alunos à percepção da família na escola;

Despertar o gosto pela escrita através das respostas, bem como a

liberdade de escrita no que se refere às suas análises críticas referentes ao

tema.

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REFERÊNCIAS BRASIL, Constituição Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Ministérios das Comunicações, 1988. ______, Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96. Brasília. MEC. 1996. _______. Estatuto da Criança e do Adolescente 8069/90. Brasília. MEC. 2004. PAROLIN, Isabel. Professores formadores: a relação entre a família, a escola e a aprendizagem. Curitiba: Positivo, 2005. PIAGET, Jean. Para onde vai à educação. Rio de Janeiro. José Olímpio, 2007. REIS, Risolene Pereira. Mundo Jovem. São Paulo, 2002. SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. 33. ed. revisada. Campinas: Autores Associados, 2000.

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CAPÍTULO II – FAMÍLIA, CRESCIMENTO SOCIAL E PESSOAL DOS EDUCANDOS

Nos dias atuais, a família tem entregado para a escola o encargo de

ensinar seus filhos e acredita que os mestres contagiem valores morais, regras e

conduta, desde seus hábitos higiênicos até boas maneiras. Alegando que

trabalham cada vez mais, e não tem tempo para zelar dos filhos. Além disso,

esperam que instrua em direção ampla é função da escola.

O âmbito escolar assegura o resultado do procedimento educacional,

precisa e muito do desempenho e colaboração da família, que precisa estar

cuidadosa a todas as áreas no crescimento do estudante, sendo a escola

responsável por abrir espaços para a participação das famílias na tomada de

decisões administrativas e pedagógicas o que acaba favorecendo e facilitando a

educação dos estudantes. Segundo Morin (2000, p. 18):

Por parte da escola o respeito pelos conhecimentos e valores que os tipos de preconceito e favorece a participação dos componentes da instituição familiar em diferentes oportunidades, estimulando o dialogo com os pais possibilitando-lhes, também, obter um ganho enquanto sujeitos interessados em evoluir e aperfeiçoar como seres humanos e cidadãos compromissados com a transformação da realidade.

Portanto, no momento em que escola e família alcançarem uma parceria

na maneira como irão favorecer a educação de seus educandos filhos, muitas

desordens hoje analisadas em sala de aula, serão aos poucos excedidas.

Entretanto, para que isso possa ocorrer é necessário que a família realmente

contribua com a vida escolar de seus filhos. Que a família tenha empenho,

envolvimento com a escola, provocando assim, na criança/adolescente um

sentimento de afeto, fazendo sentir-se protegido e valorizado como ser

sentimental.

Partindo desse conceito que a família é o apoio para qualquer ser humano,

não fazendo citação aqui somente à família com ligação de sangue, mas também

as famílias formadas através de laços afetuosos. Defini-se família como um grupo

de pessoas que se unem pelo anseio de estarem juntas, de constituírem algo e de

se concluírem. E é por meio dessas relações que os seres humanos tendem a

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tornarem-se mais carinhosos e receptivos, eles aprendem a viver o jogo da

afetividade de maneira adequada.

Conforme Morin (2000), para que essa adaptação ocorra é preciso que

haja citação positivas responsáveis incumbidos de mostrar os limites necessários

ao desenvolvimento de uma individualidade com balanceamento emocional e

afetivo. Para as crianças e adolescentes, as referências são pessoas, palavras,

gestos que irão proporcionar o desenvolvimento da analogia. Por isso, criança e

jovens que estabeleçam dependência de harmonia nos seus momentos de família

irá se sentir comprometido com a melhoria da qualidade escolar e como o

desenvolvimento de seu filho como ser humano.

Ao relatar sobre família e escola, nos atuais dias, tem-se que conduzir um

grupo de determinantes da realidade visível que, cada vez mais, exige os

incrementos de outros olhares, capacidades e criatividades para nos

catagolarmos com os demais integrantes da comunidade.

Como indivíduos em constante interação, Morin (2000), menciona que é

preciso focalizar com prudência nossos padrões de costumes e comportamentos

para, mais consciência e criticidade, percebermos nossas ações como seres

humanos que interagem num mundo a cada dia mais imprevisível,

interdependente, desafiante, que não comporta visões unilaterais e

preconceituosas, mas aprecia com vinculo visões alternativas, desenvolvimento

sistêmico, relações intra e inter pessoais, obrigação de responder pelos seus

próprios atos, direitos e valores humanos.

Deste modo, constata-se que é trabalho principal tanto dos pais, como

também da escola é o trabalho de modificar a criança imatura e ingênua em

cidadão amadurecido e participativo, influente, consciencioso de seus deveres e

direitos, com probabilidades e pertinências. E que este ser em desenvolvimento

seja em tempo futuro um homem consciente, crítico e autônomo expandindo

valores éticos, espírito arrojado capaz de interatuar no meio em que habita.

Nessa esperança, Conforme Morin (2000), a família e a escola devem

lucrar, ao máximo, as probabilidades de aperto de afinidades, porque as

acomodações entre ambos e a união de coragem para a instrução dos pequenos

e adolescentes devem redundar, sem dúvida nenhuma, em ambiente de

aprendizagem e de desenvolvimento dos homens.

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Desse jeito, sugere-se que a escola sinta-se provocada a repensar a

prática pedagógica, analisando que os estudantes são crianças/adolescentes que

descrevem características singulares e que se faz necessário manter um trabalho

em sociedade com as famílias, pois, se a escola deseja ter uma visão total dos

conhecimentos vividos pelos alunos, buscando desenvolver o prazer pelo

conhecimento, é indispensável reconhecer que deve exercer o bem-estar,

conglomerando os diversos calibres do ser afetuoso.

Salvo conduto que se criança/adolescentes e sua família sabem em que

escola quer chegar, se estão abafados no dia-a-dia de que são os básicos

favorecido, poderão participar com mais aquisição e autonomia na busca do

sucesso nessa expedição que é o aprender, e, principalmente, na formação de

um ser humano que desenvolva suas potencialidades físicas, materiais e

funcionais, de lado a lado dos trabalhos criativos, envolvendo também o meio

social no qual vivem, seguindo a modernidade e desenvolvimento do planeta.

Ao promover a idéia de conhecimento social das famílias nas escolas

enquanto o aprendizado de cidadania considera-se a família e o ambiente por

dignidade de sobrevivência e assistência absoluta a todos os seus componentes,

independente das arrumações familiares. A atuação do seu papel é categórica na

educação cerimonial e informal e nesse lugar que são absorvidos os valores

éticos e humanitários e nessa relação se aprofundam os laços de dependência

recíproca e se constrói as marcas entre as famílias.

Essas ligações devem ser ampliadas para o educandário no sentido de que

juntas possam colaborar na formação das/os aluna/os numa perspectiva de

abrangência e socialização do saber de forma coletiva que possa em tempo futuro

garantir a concretização /contentamento dos dependentes numa sociedade

banqueirista e cada vez mais competidora.

Assim sendo, é importante examinar a maneira pela qual a família vem

sendo planeada e vista pela sociedade e pelo o educandário, no que tange a

participação nas decisões educacionais e redefinição de atribuições. Ao incluir a

família nesses processos decisivos, a educandário estimula a participação ativa e

contribuição ativa e contribuição dos pais/mães no aprendizado dos/as filhos/as e

promove com a escola a reconstrução da comunidade.

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É necessário ter conversa, com base na concretização permanente sobre

as práticas educativas, deve fazer parte do dia-a-dia de uma escola, os limites de

atuação e obrigação, tanto da escola como da família, devem ser assuntos

sempre juntos nas discussões, com a finalidade de explicar as áreas de ação e

potencializar a parceria entre família e escola nos talentos dos nossos educandos.

Mediante isto fica evidente que o conhecimento ativo da genealogia no

processo de criação da criança, propicia a ampliação total da mesma, facilitando-

lhe o conhecimento e a entendimento dos métodos de ensino aplicados no

cotidiano. O educandário é um extraordinário espaço de coexistência sentimental,

lugar de socialização, de encontros e descobertas ao lado com as famílias.

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METODOLOGIA UTILIZADA

Esta unidade II encontra-se voltada aos docentes, ou seja, aos professores

que ministram as aulas nas instituições, com o intuito de que os mesmos

respondam questionários sucintos à respeito do tema.

Neste caso, serão realizados cinco questionamentos à respeito da

participação da comunidade como um todo na vida escolar.

Antes de responder os questionários, os professores terão acesso à

unidade II deste caderno, o qual poderá servir como base para as posteriores

respostas.

As respostas deverão ser descritivas, ficando à cargo de cada docente

sugestões ou críticas para a participação dos pais no ambiente escolar.

Após, respondidos os questionários, os docentes, que totalizam cinco,

deverão entregar as perguntas devidamente respondidas para posteriores

análises.

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ATIVIDADES PARA OS DOCENTES

1) Responda o seguinte questionário tomando como base o texto acima:

a) Como é funcionamento da escola onde você atua?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ b) Você teria alguma sugestão, ou até mesmo crítica para que a

aprendizagem fosse mais significativa? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ c) Como é a participação da família dos educandos na escola?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ d) Os alunos costumam aprender mais com o convívio familiar na

escola? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

e) Em sua opinião, a família na escola faz realmente diferença? Comente.

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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OBJETIVOS

Dialogar com os professores a fim de contribuir para o processo de ensino-

aprendizagem;

Deixar os docentes livres para sugerir, elogiar ou criticar o funcionamento

da instituição;

Encontrar, através das respostas dos docentes medidas que contribuam

para a participação dos pais na vida escolar.

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REFERÊNCIAS MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez & Brasília, 2000.

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CAPÍTULO III – A ESCOLA FRENTE À FORMAÇÃO SOCIALIZADORA E HUMANÍSTICA DOS ALUNOS

Durante o processo de desenvolvimento social da criança são formadas

ações motoras e mentais que proporcionam progressivamente o domínio do uso

de objetos e a aprendizagem de comportamentos em situações complexas, diante

da identificação dos significados destes objetos e situações.

Deste modo, no decorrer do desenvolvimento, o indivíduo estabelece sua

capacidade de agir, questionar e fazer descobertas sobre o mundo vivencial, de

pensar criticamente sobre os objetivos e as situações que o rodeia e de construir

inclusive seus próprios valores morais através de relações interpessoais,

estabelecidas com o ambiente físico e social.

Mesmo sofrendo todas as influências do meio físico e social, a criança não

é passiva, mas sim um agente interpretativo, pois ela constrói significados para

suas experiências e ações vividas ao longo desse processo. Sendo assim, o

impacto específico de qualquer interação particular dá-se sempre em função do

que a criança se tornou e das expectativas e relações que já formou.

No momento em que a criança aprende a gerar normas de ação, a

discriminar as regras que se aplicam a determinadas situações e a agir de acordo

com a regra selecionada - proporcionada devido às atividades práticas realizadas

no convivo social - é que a consciência e o comportamento moral maduro são

alcançados.

Pressupõe-se então, que a consciência madura é atingida quando já existe

certo grau de aprendizagem. E esse processo de aprendizagem, em geral, se dá

ao longo do processo de integração e de adaptação do ser humano ao seu

ambiente.

Para Piaget (1987) esta adaptação é feita por assimilação de esquemas e

por acomodação desses esquemas em novas estruturas mentais. E é a partir

dessas estruturas mentais que se faz o processo da aprendizagem, quer dizer,

qualquer coisa “nova” que se aprenda só poderá ser assimilada se existir uma

base de conhecimentos suficientes para isto.

Desta forma, para que a capacidade de aprender exista, será necessário

que a criança forme ações mentais adequadas, capazes de identificar

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características, propriedades e finalidades, que inicialmente existem sob a forma

de eventos externos e dos quais o indivíduo se apropria, sendo gradativamente

interiorizados.

Isto é, as conexões sociais progressivamente são incorporadas pela

criança e o seu comporta-mento passa ser orientado por uma fala interna –

fundida com o pensamento integrado às operações intelectuais – que planeja sua

ação. Com isso, podemos dizer que a aprendizagem nada mais é que um

conteúdo da experiência humana e das ações compartilhadas das quais a criança

se apropria ao manter contato com seu grupo.

Enfim, a criança nasce dentro de uma sociedade com seus valores e

padrões apropriados e através da interação com outros seres humanos,

especialmente os mais experientes, ela apreende elementos do mundo social, a

fim de funcionar dentro dele, que auxiliam numa definição desse mundo e servem

de modelo para as suas atitudes e comportamento, podendo ser de maior ou

menor importância, mas que ajudam a criança a determinar sua própria

personalidade.

A partir do nascimento, a criança é inserida num contexto familiar que

torna-se responsável pelos cuidados físicos, pelo desenvolvimento psicológico,

emocional, moral e cultural desta criança na sociedade. Com isso, através do

contato humano a criança supre suas necessidades e inicia a construção dos

seus esquemas perceptuais, motores, cognitivos, lingüísticos e afetivos.

Também é a partir da família que a criança estabelece ligações emocionais

próximas, intensas e duradouras sendo cruciais para o estabelecimento de

protótipos de liames subseqüentes para uma socialização adequada.

O ambiente familiar é o ponto primário da relação direta com seus

membros, onde a criança cresce, atua, desenvolve e expõe seus sentimentos,

experimenta as primeiras recompensas e punições, a primeira imagem de si

mesma e seus primeiros modelos de comportamentos – que vão se inscrevendo

no interior dela e configurando seu mundo interior. Isto contribui para a formação

de uma “base de personalidade”, além de funcionar como fator determinante no

desenvolvimento da consciência, sujeita a influências subseqüentes.

A família também desenvolve um papel importante nas formas de

representação do mundo exterior, pois é através dela que se dá a inserção do

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sujeito neste mundo e onde começa a apreensão do conjunto de determinações –

processo este que lhe possibilita viver o universal de forma particular e, neste

movimento, construir-se.

A instituição escolar, por sua vez, é um fenômeno relativamente recente na

história da humanidade, somente surgiu como prática corrente, por causa das

exigências crescentes de um mundo cada vez mais industrializado.

A produtividade demandava trabalhadores melhores preparados para

operar máquinas, consertar engrenagens e entender de processos produtivos,

enfim, precisava-se de pessoas que dominassem minimamente os conhecimentos

necessários nas fábricas. Neste contexto, a escola seria responsável pelo

ajustamento do educando a um mundo mecânico e social.

A educação, portanto, não têm uma história isolada, mas constitui parte

integrante do todo social, subsistema relacionado aos fatores mais amplos da

sociedade (econômicos e sociais).

No século XX, o acesso à escola tomou proporções nunca antes

imaginadas; a dedicação cada vez maior de homens e mulheres ao trabalho fez

com que as funções da família começassem a ser divididas com a escola, esta

progressivamente passou a ter um papel maior na formação dos indivíduos e a se

tornar de grande importância educacional.

Além de fornecer modelos comportamentais, fontes de conhecimento e de

ajuda para o alcance da independência emocional da família, a escola também

passa a ser o local para a formação do ser social e para o desenvolvimento do

processo de transmissão-assimilação do conhecimento, que pode ser utilizado

pelo aluno em seu meio de sociabilidade como instrumento de sua prática.

A escola se constitui num pólo de referência e ampliação de uma

identificação com a família para uma identificação mais geral com o grupo social

externo, ou seja, na construção da identidade do ser social.

Contudo, para que o indivíduo seja um agente consciente da sua prática

social, é preciso que ele se torne capaz de dominar o conhecimento elaborado

existente na sociedade em que vive, inclusive o próprio modo de produzir este

conhecimento.

Mas o que se verifica em grande parte das escolas, é um ensino

massificado, onde o ritmo é o de uma linha de montagem industrial. Em

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decorrência, temos alunos assumindo o valor de notas ou conceitos que os

conduzem à aprovação (sinônimo de sucesso) ou à reprovação (sinônimo de

fracasso).

Em geral, o processo de aprendizagem se dá ao longo da integração e da

adaptação do ser humano ao seu ambiente físico e social.

Para que exista capacidade de aprender é necessário que a criança forme

ações mentais adequadas, inicialmente existentes sob a forma de eventos

externos que são apropriados pelo indivíduo e gradativamente interiorizados.

Deste modo, a aprendizagem é um conteúdo da experiência humana e das ações

compartilhadas que a criança apropria-se ao manter contato com seu grupo.

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METODOLOGIA UTILIZADA

A unidade III destina-se a tratar da escola frente à formação humanística

dos alunos.

Deste modo, ela foi construída tomando como base a formação dos alunos

impondo como estes devem ser educados de modo que possam aprender e

praticar a socialização.

Logo, esta unidade será composta de questionamentos. Pois o

questionário consiste em uma fonte importante para avaliação de conceitos e

aprendizagem por parte dos alunos.

Para explicar o texto, bem como a humanização dos alunos frente à

formação serão utilizados como recursos recortes do texto em data show,

exemplificando para a sala em etapas como pode ser desenvolvida esta formação

para que de fato seja significativa.

Após a aula expositiva e conseqüentes indagações por parte dos alunos,

será proposto que os mesmos respondam descritivamente, e em grupos de 3 a 5

alunos cinco questionamentos.

Por fim, os alunos deverão entregar as respostas, para que possam ser

analisadas e avaliadas pela professora.

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ATIVIDADES PARA OS ALUNOS

1) Como você vê a escola em que estuda?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) A escola é um lugar agradável?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) Você gosta de ficar na escola onde estuda?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4) A escola onde estuda trata de assuntos do seu dia-a-dia?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5) Você aprende socialização e humanização na sua escola? Explique.

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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OBJETIVOS

Esta unidade tem como objetivos:

Trazer o aluno para a realidade da escola;

Fazer com que os educandos aprendam mais do que simplesmente teoria,

mas humanização e socialização;

Fazer com que os alunos dialoguem através de grupos para que possam

juntamente intervir no processo de ensino-aprendizagem;

Exponham de modo escrito o que acham da instituição onde estudam.

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REFERÊNCIAS GOMES, J. V. Socialização primária: tarefa familiar? Cadernos de Pesquisa, nº 91, p. 54-61, 1994. MEDICI, Ângela. A escola e a criança. Trad. Carlos Leite de Vasconcellos. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961. PIAGET, Jean. A construção do real na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1970. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

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CAPÍTULO IV – A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA ESCOLA E AS RELAÇÕES ESCOLARES

Tradicionalmente a família tem estado por trás do sucesso escolar e tem

sido culpada pelo fracasso escolar. Quem não conhece o caso, comum no âmbito

das famílias de classe média e das escolas particulares, da mãe que acompanha

assiduamente o aprendizado e o rendimento escolar do filho, filha ou filhos, que

organiza seus horários de estudo, verifica o dever de casa diariamente, conhece a

professora e freqüenta as reuniões escolares?

E quem não conhece o discurso, freqüente no âmbito da escola pública

que atende às famílias de baixa renda, da professora frustrada com as

dificuldades de aprendizagem de seus alunos e que reclama da falta de

cooperação dos pais?

Com efeito, o sucesso escolar tem dependido, em grande parte, do apoio

direto e sistemático da família que investe nos filhos, compensando tanto

dificuldades individuais quanto deficiências escolares. Trata-se, em geral, de

família dotada de recursos econômicos e culturais, dentre os quais destacam-se o

tempo livre e o nível de escolarização da mãe, expressos no conceito de capital

cultural de Bourdieu (1987). A família que está por trás do sucesso escolar, salvo

exceções, ou conta com uma mãe em tempo integral, ou uma supermãe, no caso

daquelas que trabalham muitas horas . exercendo o papel de professora dos

filhos em casa, ou contratando professoras particulares para as chamadas aulas

de reforço escolar e até mesmo psicólogas e psicopedagogas, nos casos mais

difíceis.

As escolas têm contado com a contribuição acadêmica da família de duas

maneiras: (a) construindo o currículo (e o sucesso escolar) implicitamente com

base no capital cultural similar herdado pelos alunos, isto é, com base no habitus

ou sistema de disposições cognitivas adquiridas na socialização primária ou

educação doméstica, o que supõe afinidade cultural entre escola e família

(Bourdieu, 1987); e (b) enviando o dever de casa de modo a capitalizar

explicitamente o investimento dos pais, o que requer certas condições materiais e

simbólicas, isto é, tempo livre, recursos econômicos (para equipar o lar com livros,

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computadores, contratar professores particulares) e adesão ao papel parental de

professor-coadjuvante, tradicionalmente assumido pela mãe.

Entretanto, por ser considerada natural, expressão do amor e do dever dos

pais, o apoio da família ao sucesso escolar ainda permanece mais implícito do

que explícito na pesquisa e política educacional, bem como na prática escolar.

Igualmente implícitas permanecem as relações de classe e, sobretudo, de gênero,

que compõem os modelos de família que conduzem ao sucesso ou ao fracasso

escolar.

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METODOLOGIA UTILIZADA

Esta unidade destina-se a abranger não somente os alunos, mas pais e

professores, interagindo com a instituição num todo.

Sabe-se que a importância dos pais, nas relações escolares é de suma

importância para que a aprendizagem torne-se significativa. Logo, esta

participação não acontece apenas com os pais dentro do espaço escolar

propriamente dito, mas na ajuda das tarefas em casa, na presença nas reuniões,

nas opiniões em conselhos, ou até mesmo na organização de qualquer evento

proporcionado pela instituição.

Contudo, sabe-se que muitos pais encontram-se ausentes da vida dos

filhos quando o assunto é a participação da vida escolar deles.

Pensando nisso, a presente unidade fará três diferentes questionários. O

primeiro será voltado para os alunos, para que possam contar como é a

participação dos pais na escola. O segundo será reservado aos pais para que

possam dialogar sobre suas participações, bem como o papel da escola frente

esta interação. E o terceiro será voltado aos docentes que poderão comentar a

prática e participação dos pais e dos alunos nas atividades da escola.

Cada questionário será composto com somente uma pergunta que deverá

ser descrita de modo que tanto alunos, quanto pais e docentes descrevam os

mecanismos necessários para que haja uma melhora significativa na

aprendizagem. Sendo assim, serão entregues aos alunos da 5ª série, a três

professores desta mesma turma e aos pais dos mesmos. Para a entrega destes,

será marcada uma reunião onde todos possam ter um encontro, no qual ainda

será explicado como será feita a analise e os objetivos dos questionários. Espera-

se desde já promover a inserção da família no âmbito escolar, a fim de que todos

possam interagir com sucesso.

Depois de respondidos, os questionários devem ser entregues para

posteriores analises.

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ATIVIDADES PARA OS ALUNOS

1) Descreva como você vê a escola onde estuda e como se dá a

participação dos seus pais nela. Comente, através de uma opinião pessoal, o que você julga importante ser mudado e o que deve ser continuado no ambiente escolar em que está inserido.

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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ATIVIDADES PARA OS PAIS

1) Como é sua participação na vida da escola? O espaço é aberto para

sua participação? Se pudesse mudar o que mudaria? O que está sendo desenvolvido pela escola que você acredita ser interessante para o desenvolvimento dos educandos?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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ATIVIDADES PARA OS DOCENTES

1) Como docente, comente como tem sido a participação dos pais na

escola? Isto acrescenta significância para o desenvolvimento dos alunos? É necessário aumentar esta participação? O que deve ser feito para que a família dos educandos esteja mais presente na escola?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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OBJETIVOS

Este capítulo tem como objetivo:

Inserir os pais na escola e alertá-los quanto aos acontecimentos do

cotidiano dos seus filhos

Fazer com que a escola dialogue de maneira direta com os pais primando

pela educação dos seus alunos;

Induzir os alunos a pensarem se a participação dos pais na escola os

ajudaria a crescer quanto a sua aprendizagem.

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REFERÊNCIAS BHERING, E. A relação escola-pais: um modelo de trocas e colaboração. Cadernos de Pesquisa, nº 106, p. 191-216, 1999. BOURDIEU, Pierre. Um esporte de combate. Publicado dia 14/03/2010. Dossiê. MARQUES, R. Envolvimento dos pais e sucesso educativo para todos. In: Davies, D. Os professores e suas famílias: a colaboração possível. Lisboa: Livros Horizonte, 1997. p. 23-48. ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia afetiva. 4. ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2001.

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CAPÍTULO V – TEXTO DE FERNÃO CAPELO GAIVOTA: REFLEXÃO PEDGÓGICA E ADAPTAÇÃO DO TEXTO NA VIDA ESCOLAR

“Fernão podia ter sido igual a todas as outras gaivotas. Mas não. Ele

sonhava conquistar o espaço, e isso o distanciava de seu grupo e tornava

solitário. Mas esse era o preço de vencer o próprio medo e poder aprender mais e

mais.

Fernão Gaivota passou o resto dos seus dias sozinho, mas voou muito

além dos penhascos longínquos. A solidão não o entristecia. Entristecia-o que as

outras gaivotas se tivessem recusado a acreditar na glória do vôo que as

esperava. Recusaram-se a abrir os olhos e a ver.

Aprendia cada vez mais. Aprendeu que um eficiente mergulho a grande

velocidade lhe dava o peixe raro e saboroso que vivia a três metros abaixo da

superfície do mar.

Já não precisava de pesca nem de pão duro para viver. Aprendeu a dormir

no ar, estabelecendo um percurso noturno pelo vento do largo, cobrindo cento e

cinqüenta quilômetros desde o ocaso até a aurora. Utilizando o mesmo controle

interior, voou através de nevoeiros e subiu acima deles para céus estonteantes de

claridade... enquanto qualquer outra gaivota ficava em terra, conhecendo apenas

neblina e chuva. Aprendeu a dominar aos altos ventos do continente e jantar ali

os delicados insetos.

O que outrora desejara para o bando tinha-o agora só para si. Aprendera a

voar e não lamentava o preço que pagava por isso. Fernão Capelo Gaivota

descobriu que o tédio, o medo e a ira são as razões porque a vida de uma gaivota

é tão curta e, sem isso a perturbar-lhe o pensamento, viveu de fato uma vida

longa e feliz”.

Richard Bach

Com base no texto de Richard Bach intitulado: “Fernão Capelo Gaivota”, a

unidade V deste caderno aborda o trecho acima, retirado do romance que marcou

diversas gerações de adolescentes, viajou 43 países do mundo e chegou a 40

milhões de cópias vendidas.

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Segundo a Revista Isto é, Fernão Capelo surgiu na vida de Richard Bach

quando ele era ainda garoto. Costumava esconder-se do vento atrás de uma

pedra, às margens do oceano, para observar as gaivotas.

Em entrevista concedida à revista o autor menciona que:

Andava pelas ruas da Califórnia – “como muitos escritores novos, pensando como faria para pagar meu aluguel” - e ouviu uma voz. “Dizia: ‘Fernão Capelo Gaivota’”, conta ele. “Estava assustado e disse: ‘Se você acha que eu sei o que Fernão Capelo Gaivota significa, está enganado. Deve ter me confundido com outra pessoa’.” Silêncio do outro lado. Bach sentou-se para escrever. “Senti a parede desaparecer e em seu lugar vi a imagem da primeira página do livro”, conta. Descreveu em palavras as cenas que apareciam diante de seus olhos por cerca de uma hora, até que, como se tivessem desligado um projetor, a figura sumiu. “Alguma coisa me disse: ‘Se você acredita que é o autor desta história, termine-a”. (REVISTA ISTO É, 2000).

Oito anos e muitas tentativas frustradas depois, o escritor acordou de um

sonho que lhe indicava a continuação da história. Só então terminou o livro. Com

tantas forças sobrenaturais fazendo com que a obra se concretizasse,

dificuldades na publicação era tudo o que Bach não imaginava. “Fernão Capelo

Gaivota foi meu livro mais rejeitado”, conta ele, que antes havia escrito três livros.

Perseverante, resistiu a 18 respostas negativas de editoras até conseguir

publicar o livro que se tornaria um dos maiores fenômenos editoriais das últimas

décadas.

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METODOLOGIA UTILIZADA

Com base no texto da unidade V, será trabalhado com os alunos de 5ª

série o fragmentos do texto: “Fernão Capelo Gaivota”, de modo que o texto acima

será repassado aos alunos através de data show para que todos possam

acompanhar a leitura que será realizada pela professora. Em seguida em grupos

de até cinco alunos, os mesmos deverão responder a sete perguntas a fim de

esclarecer e interpretar o texto.

Embora as perguntas sejam feitas de maneira escrita deverá haver uma

conversação entre os alunos para se chegar a uma resposta final, que deverá ser

escrita e entregue ao professor.

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ATIVIDADES PARA OS ALUNOS

1) O que entristecia Fernão? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 2) Por que o mergulho a grande velocidade facilitaria sua vida? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) O que mais Fernão capelo Gaivota aprendeu fazer? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 4) Por que, segundo Fernão, as gaivotas tinham vida curta? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

5) Como podemos relacionar o texto de Fernão como nossa vida

escolar? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

6) É importante que tenhamos professores e família perto de nós

enquanto aprendemos? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

7) Em comunidade conseguimos alcançar nossos objetivos com mais

facilidade? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Page 48: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · sentido, a busca da compreensão do tipo de relacionamento existente entre família e escola se apresenta como necessidade face à indagação

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OBJETIVOS

O capítulo apresenta como principais objetivos

Trabalho em grupo em sala a fim de envolver os alunos nos trabalhos em

grupos;

Discussão dos mesmos à respeito do tema;

Analisar como os alunos realizam interpretações;

Voltar o texto para a questão da “persistência” em alcançar objetivos;

Observar a criatividade dos alunos;

Fazer com que os alunos observem como se torna difícil a vida solitária

como das gaivotas para o alcance do sucesso;

Fazer com que os educandos observem a importância da escola, dos

professores e dos pais na relação da aprendizagem.

REFERÊNCIAS MELLÃO, Gabriela. O vôo de Richard Capelo Gaivota. Revista Isto É. Disponível em: <http://www.terra.com.br/istoegente/40/divearte/livro_bach.htm>. SENAC, Português Básico. Texto 3 - Fernão Capelo Gaivota: fragmentos. Curitiba: Senac, 2004. 54 p.