25
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · ... consegue visualizar o ser vivo na ... de um convento, denominando-as células ... menor grau de generalização e especificidade dos

  • Upload
    dodieu

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

1

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

NILCE NAZARETH TRUBER

CÉLULA – ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

Londrina

2011

2

CÉLULAS: ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

Autora: Nilce Nazareth Truber¹

Orientadora: Profª. Drª. Lúcia Giuliano Caetano²

Resumo

O presente artigo apresenta os resultados obtidos com a inserção

de atividades práticas experimentais em sala de aula a partir do elemento base da

citologia: a célula. Desde a concepção, passando pela implementação, tal proposta

visou a integração conceitual dos conhecimentos científicos com a prática dos

alunos em uma perspectiva pedagógica sócio-interacionista. O desenvolvimento do

trabalho em âmbito escolar concretizou-se por meio de atividades experimentais e

situações de investigação que tiveram como meta a fomentação da discussão e

interpretação acerca dos resultados obtidos. A problematização que norteou o

projeto partiu da seguinte questão: de que forma o aluno do ensino fundamental,

depois da observação das células, de seus elementos, da análise e interpretação

dos resultados obtidos nas práticas microscópicas, consegue visualizar o ser vivo na

sua totalidade e diferenciar suas dimensões? Nesse contexto, o principal objetivo foi

o desenvolvimento das habilidades dos alunos em relacionar o mundo microscópico

com o macroscópico, ampliando, concretizando e efetivando seu conhecimento

científico por meio da mediação do professor e do posicionamento de si mesmos

como sujeitos no processo de ensino e aprendizagem. Como produção final, as

investigações e experimentos realizados deram origem ao material didático-

pedagógico, como jogos e maquetes.

Palavras Chave: Ciências;células; Aulas práticas; Imagens microscópicas.

___________

¹ Pós-Graduada em Administração, Orientação e Supervisão pela Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFICOP) Cornélio Procópio – PR. e em Didática Geral pela Faculdade de Ciências e Letras (UNESP) de Assis – S.P. Graduada em Pedagogia e em Ciências Biológicas/Matemática pelo Centro de Estudos Superiores de Londrina (CESULON – UNIFIL) de Londrina – PR. Professora de Ciências do Colégio Estadual Ubedulha Correia de Oliveira - E.F Médio e Profissionalizante de Londrina – PR., Professora PDE — 2009. ² Doutor em Ciências Biológicas – São Carlos – S.P. Mestre em Ecologia e Recursos Naturais – São Carlos – S.P. Graduada em Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas. Docente do Departamento de Biologia da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

3

1 - Introdução

O projeto, nascido na escola, simples e de fácil reprodução nas

escolas paranaenses, foi implementado através de um caderno pedagógico

elaborado pela professora PDE e disponível no portal do programa na internet. Partir

do estudo sobre a célula para sedimentar e ampliar o conhecimento do alunado a

cerca de si mesmo e do mundo que o rodeia.

O que despertou grande interesse nos alunos, devido ao fato de

muito se ter tratado sobre organização e função da célula de maneira pratica,

contextualizada. O tema é indispensável para a compreensão e discussão em sala

de aula sobre temas atuais, como: células tronco, função celular, fisiologia celular

entre outros aspectos. Apesar desse tópico ter uma relação mais aprofundada no

ensino médio, este conteúdo começa a ser abordado já no ensino fundamental.

O desafio proposto (aliar teoria e pratica, de forma palatável mas

não pasteurizada) foi vencido aula a aula, em um dialogo incessante entre alunos e

professora. Chamados a resolver situações-problema, analisando e refletindo em

cima das laminas, cada dia trouxe um aprendizado novo e diferente à classe, ou um

aprendizado já decorado vivenciado in locus e ressignificado.

A aula e a rotina diária de cada um tinha sentido, os assuntos se

tocavam. A mídia, explorando o tema e seus desdobramentos, gera discussões e o

professor, independente do nível em que atua deve possuir os conceitos básicos

para esta compreensão e responder as possíveis duvidas que surjam em sala de

aula. Para que este objetivo fosse alcançado, a professora obteve conhecimentos

teóricos e práticos para mostrar através de microscopia de luz vários tipos de células

e foi a organizado um arquivo de imagem, tornando a teoria mais próximo do real – o

que facilitou o processo de ensino aprendizagem.

Para que a aprendizagem seja significativa é necessário que o

docente resgate os conhecimentos prévios do aluno, através de diálogos e

questionamentos orais e os faça refletir sobre eles, relacionando-os e interpretando-

os.

Foi o que fizemos aqui. E a sistematização desse processo segue

descrita, da teoria aos resultados, para que seja amplamente seguida e adaptada,

4

de acordo com a realidade de cada sala de aula, de cada região do nosso Paraná.

2 - Fundamentação Teórica:

As DCE (2008, p. 69, 70) expõem que:

A história da Ciência é fundamental para o professor de Ciências, pois ele não apenas considera que a história da ciência contribui para a melhoria do ensino de Ciências, mas também porque propicia melhor integração dos conceitos científicos escolares. [...] A história da Ciência contribui ainda para propiciar melhorias na abordagem do conteúdo específico, pois sem a história da ciência, perde-se a fundamentação dos fatos e argumentos efetivamente observados, propostos e discutidos em certas épocas.

Em uma escola pública onde se almeja uma formação de qualidade,

não se pode deixar de lado a questão da fundamentação uma vez que, como

Martins (1990, p. 4) mesmo afirma ensinar um resultado sem a fundamentação é

simplesmente doutrinar e não ensinar ciências.

Inserida na história de ciências está a da célula, unidade

morfofisiológica de construção dos seres vivos que teve seu histórico iniciado com a

invenção do Microscópio por Hans e Zaccharias Janssen em 1590. Por volta de

1663, Robert Hooke apresentou o microscópio de sua fabricação aos cientistas. Na

semana seguinte, em 15 de abril, Hooke examinou finas fatias de cortiça e mostrou

que esse material era constituído por ―caixinhas‖ microscópicas as quais ele

comparou aos quartos (celas) de um convento, denominando-as células (em inglês,

cells). O termo ―célula‖ deriva do latim cellula,diminutivo de cella, que significa

pequeno compartimento. (AMABIS e MARTHO – Volume 1, p. 60)

A descoberta da célula foi o ponto de partida para tantas conquistas dentro da

biologia celular em nosso mundo contemporâneo como o diagnóstico e a cura de

diversas doenças, tratamentos, transplantes, o emprego de células tronco,

clonagem, transgênicos.

O acesso as informações é de fundamental importância para o

professor de Ciências do Ensino Fundamental, pois ele, não é só um transmissor de

conteúdo, mas também da concepção sobre o que é Ciências segundo Martins

(1990, p. 4). Uma escola pública de qualidade com uma educação de qualidade

deve ter como cerne pedagógico a aprendizagem significativa uma vez que o

5

indivíduo só apreende aquilo que lhe tem significação. Uma das formas de

introduzir essa real significação dos conceitos científicos no cotidiano dos alunos é a

utilização da aprendizagem significativa. Segundo Moreira e Masini ( 2001, p. 15)

A aprendizagem significativa é um processo pelo qual uma nova informação se relaciona com um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo. Ou seja, neste processo a nova informação interage com estrutura do conhecimento específico, a qual Ausubel define como conceito subsunçor ou, simplesmente subsunçor (subsumir ) existente na estrutura cognitiva do indivíduo.

Há muito tem-se lutado para que os alunos construam significados

pessoais diante do conhecimento historicamente construído pela humanidade. É

preciso que esses alunos não façam uma apreensão literal daquilo que lhes é

apresentado. Tal apreensão não mecânica ocorre por meio da aprendizagem

significativa na qual não acontece apenas a retenção da estrutura do conhecimento,

mas se desenvolve a capacidade de transferir esse conhecimento para a sua

possível utilização em um contexto diferente daquele em que ela se concretizou

Aprendizagem significativa é o conceito central da teoria da

aprendizagem de David Ausubel. Segundo Moreira e Masini (2006, p.17)

A aprendizagem significativa é um processo por meio do qual uma nova informação relaciona-se, de maneira substantiva (não-literal) e não-arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo.

Em outras palavras, os novos conhecimentos que se adquirem

relacionam-se com o conhecimento prévio que o aluno possui.

O estudante constrói significados cada vez que estabelece relações

substantivas e não-arbitrárias entre o que conhece de aprendizagens anteriores

(nível de desenvolvimento real - conhecimentos alternativos) e o que aprende de

novo (AUSUBEL, NOVAK e HANESIAN, 1980).

A concepção de ensino-aprendizagem de Ausubel de que os

significados são construídos a partir de interações entre as novas ideias e aspectos

específicos da estrutura cognitiva, Moreira (1999) propõe algumas condições

básicas para a ocorrência da aprendizagem significativa:

- Considerar os conhecimentos prévios dos alunos, percebendo em que estágio

cognitivo eles se encontram, para a partir dessas ―âncoras‖ (subsunçores) propor

6

estratégias de ensino.

- O material de ensino deve ser potencialmente significativo, ou seja, deve ser

relevante e adequado a estrutura cognitiva dos alunos.

- Os alunos devem estar dispostos a relacionar o novo conhecimento de forma

substancial à sua estrutura cognitiva.

A perspectiva da aprendizagem significativa releva a importância de

ensinar a resolver problemas, a confrontar pontos de vista, a analisar criticamente

argumentos, a discutir os limites de validade das conclusões e, a saber, formular

questões. Os objetos de estudo devem integrar problemas abertos em que os alunos

se envolvam, pesquisando, valorizando ligações inter e transdisciplinares,

desenvolvendo competências atitudes e valores relevantes do ponto de vista pessoal

e social (CACHAPUZ 2000, citado em MARTINS 2002).

Diante desse cenário, qual o papel do professor, ou mais

especificamente, do professor de Ciências na efetivação da aprendizagem

significativa?

As Diretrizes Curriculares Estaduais (2008, p.62) nos dão essa

resposta ao explorem que:

O professor é quem determina as estratégias que possibilitam maior ou menor grau de generalização e especificidade dos significados construídos. É do professor, também, a responsabilidade por orientar e direcionar tal processo de construção. Os saberes escolares, em sua constituição, vão sendo profundamente marcados pelas relações que professores e alunos estabelecem com o conhecimento, a partir de múltiplas possibilidades de interesses, de ênfases, de modos de transmissão, de complexidade das análises e de articulações dos conteúdos com a prática social. Tais saberes expressam-se no currículo real da escola, constituído no desenvolvimento de aprendizagens previstas nas propostas de seus educadores e que também inclui aprendizagens de um conjunto mais implícito ou oculto de normas, valores e práticas que estão impregnadas na cultura da escola (PARANÁ, 2006, p. 9).

A promoção da aprendizagem significativa fundamenta-se em um

modelo dinâmico, no qual o aluno é peça fundamental do processo, com todos os

seus saberes, vivências, experiências e interconexões mentais. A verdadeira

aprendizagem se dá quando o aluno constrói o conhecimento e forma conceitos

sólidos sobre o mundo, o que vai possibilitá-lo a agir e reagir diante da realidade.

É preciso a partir daqui deter-se no desenvolvimento de atividades

dinâmicas e estimulantes que, na disciplina de Ciências, podem estar vinculadas às

7

atividades experimentais que, por sua vez, são um excelente caminho para a

articulação dos conteúdos científicos com a prática social do conhecimento.

Neste sentido, também é importante que o professor esteja atento a

enorme distância que existe entre o mundo da ciência e o mundo do dia-a-dia dos

alunos. Para diminuir esse abismo, o professor precisa encontrar pontos de contato

entre o conteúdo a ser trabalhado e os conhecimentos dos alunos. Geralmente

esses pontos estão em questões do cotidiano e na realidade dos alunos.

A função das atividades experimentais é fazer com que a teoria se

adapte à realidade, é unir teoria e prática. As observações feitas devem ser

associadas aos conhecimentos anteriores e explicadas racionalmente. A

experimentação permite que os alunos manipulem objetos e idéias e negociem

significados entre si , com o professor durante a aula.

As DCE (2008, p. 72) corroboram essa prerrogativa ao afirmar que:

O professor, ao propor atividades experimentais, precisa considerar que sua intervenção (mediação didática) será essencial para a superação da observação como simples ação empírica e de descoberta. As atividades experimentais possibilitam ao professor gerar dúvidas, problematizar o conteúdo que pretende ensinar e contribuem para que o estudante construa

suas hipóteses.

No intuito de atender às novas propostas de educação, dar aulas e

utilizar as mais diferentes áudios-visuais como o data show, retro projetor,

vídeos/DVDs, TV pendrive, entre outras, para melhor explanação dos conteúdos e

inovação das diversas metodologias, tornaram-se ações primordiais para atender às

exigências de um mundo em constante transformação.

Toda essa fundamentação acerca das aulas práticas, principalmente

com a da utilização de modelos e imagens encontra suporte teórico na DCE (2008,

p.73) quando se afirma que:

O processo ensino-aprendizagem pode ser melhor articulado com o uso de: • recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz, mapas geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, telescópio, televisor, computador, retroprojetor, entre outros; • de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações, diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros; • de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, museus, laboratórios, exposições de ciência, seminários e debates.

8

As ferramentas tecnológicas, a utilização de modelos construídos a

partir das observações dos alunos durante as atividades experimentais e as imagens

capturadas durante esse processo de ensino-aprendizagem constituem-se em

elemento valorizador das práticas pedagógicas, uma vez que acrescentam em

qualidade de acesso à informação e em diversidade de suportes na apresentação e

no tratamento do conhecimento científico.

3 - DESENVOLVIMENTO 4 – METODOLOGIA

A implementação do projeto foi desenvolvido com doze alunos da

sétima série do ensino fundamental matutino do Colégio Estadual Profª Ubedulha

Correia de Oliveira, no período do contraturno, ou seja ,freqüentavam aulas no

período oposto seguindo várias etapas, sendo a primeira uma sondagem prévia

sobre o que os alunos já conheciam a respeito do assunto, onde primeiro foi pedido

para que eles desenhassem uma célula animal com suas principais estruturas, após

a conclusão deste, foi aplicada avaliação diagnóstica.

4.1 DIAGNOSE

O objetivo dos desenhos de células e questões teóricas foi de fazer

um levantamento das ações que deveriam ser tomadas no decorrer da

implementação do projeto na escola. Partindo destes conhecimentos prévios,

observou-se que vários alunos apresentavam dificuldades, onde foi necessário

ministrar várias etapas de aulas explicando tudo sobre células.

Tais como: aulas teóricas e uso de imagens da TV pendrive, leitura de textos

envolvendo células, mapas mostrando estruturas celulares e explicações orais.

foram importantes, pois eliminaram várias dúvidas dos alunos, houve interação e

comprometimento de todos sobre o assunto durante as atividades. Ao final a

avaliação diagnóstica foi aplicada novamente.

9

4.1.1 DESENVOLVIMENTO DO CONTEÚDO

Foram realizadas aulas de laboratório, onde os alunos foram ao

laboratório puderam conhecer o microscópio, suas partes e funcionamento e fizeram

observação de lâminas permanente. (Fig.1)

Nestas aulas os alunos puderam esclarecer várias dúvidas e

curiosidades através de questionamentos a respeito do que observavam. Esta

atividade aguçou mais a curiosidade, o interesse e a participação dos educandos

nas aulas.

Foram várias etapas de aulas de observação de lâminas a fresco

como: epiderme de cebola, mucosa oral , Elódia, Tradescantia, Brassica olerasea.

Estas aulas foram de grande proveito e interessante para os alunos, pois os

mesmos alem de acompanhar na montagem das lâminas, também ajudaram no

preparo das mesmas.

Após a observação das lâminas a fresco os alunos fizeram

desenhos do que eles observavam e confeccionaram jogos, desenhos e maquetes.

4.1.2 RESULTADO Após a realização da avaliação diagnostica onde os alunos

apresentaram dificuldades e após as aulas teóricas e práticas foi aplicada uma

reavaliação da avaliação diagnose, onde pude comprovar o conhecimento

adquirido, após as ações abaixo, primeiro foi pedido para que os alunos

desenhassem célula animal observadas, confeccionassem jogos e maquetes de

células. Com o resultado pude comprovar que com aulas praticas e metodologias

diferenciadas o processo de ensino aprendizagem se desenvolve com mais

propriedade, sendo que os alunos assimilaram o conteúdo com maior facilidade,

além de terem mostrado maior interesse, participando e interagindo. O que

possibilitou ao educador liberdade para criar e abriu possibilidades para criação de

outros projetos.

10

4.2 AULAS PRÁTICAS OBJETIVO: Interação, trabalho em grupo, dinâmica de participação, observação do

desenvolvimento e aprendizado dos alunos.

4.2.1 PRATICAS DE LABORATÓRIO Os alunos observaram lâminas permanente, em outro momento eles preparam

lâminas a fresco e esquematizaram suas observações, conforme anexos 2 e 3.

4.2.2 JOGOS Os alunos confeccionaram vários jogos como: A - JOGO DA VELHA

Material :

cartolina branca

tesoura

régua

lápis de escrever

borracha

lápis de cor

Como confeccionaram:

Cortaram um quadrado de cartolina de 24 cm e dividi-o em 3 partes de 8 cm cada ,

tanto no horizontal como no vertical.

Em seguida desenharam vários tipos de células e pintá-las, depois de prontas

recortar os formatos das células. (figura 3)

Como jogar:

1-Você escolhe qual célula que você quer ser

2-Escolher o adversário e se divertir

11

3-Ganha quem primeiro completar uma linha no horizontal; na diagonal ou

vertical conforme exemplo abaixo.

figura 3 – Jogo da velha

A – Tabuleiro confeccionado

B – Inicio do jogo

C - Jogando

B - TRILHA

Material:

- cartolina

- tesoura

- lápis de cor

- régua

- cola

- lápis de escrever

-caneta azul

Como confeccionaram:

1-cortar um pedaço de cartolina no formato de caixa e montar um dado numerado de

um a seis,conforme mostra.

Como jogar: Numa folha de cartolina monte a trilha. Regra do jogo

Poderá jogar até 5 pessoas

1-Todos os participantes jogam o dado,quem tirar o número maior, inicia o jogo.

(figura 4 A).

12

2-Quando cair em um número com perguntas, se não souber responder

corretamente deve voltar duas casas. (figura 4)

3-E se a pessoa cair no volte duas casas ou avance duas casas, deve obedecer o

jogo e passar a vez para o colega.

4- Ganha quem chegar na última casa.

Figura 4 – Jogo da trilha

A – Dado

B – Jogando o dado

C – Colocando as figuras

D – Jogo em andamento

C - JOGO DE MEMÓRIA

Material:

- cartolina

- lápis de escrever

- lápis de cor

-tesoura

Como confeccionaram:

- Recortaram vários quadrados ou retângulos de cartolina do tamanho 5 x 5 ou 3 x 5

e desenharam vários tipos de células em pares iguais e pintaram as figuras com a

cor desejada.

Como jogar:

1-Pode-se jogar com até 5 jogadores.

2-Inicia-se o jogo com todos os cartões abertos para memorização dos participantes.

Após desvire os cartões. (figura 5)

3-Cada jogador vira dois cartões, se for par, separa-os para si. Se não for par

recoloca-os no mesmo lugar.

13

4-Ganha aquele que fizer mais pares.

Figura 5 – Jogo de memória

A – Figuras viradas para baixo

B e C – Jogando, tentando associar as figuras

D - QUEBRA CABEÇA

Materiais:

- cartolina

- papel sulfite

- lápis de cor

- caneta

- tesoura

- cola

- borracha

- lápis de escrever

Como fazer:

Desenhar uma célula animal numa folha de sulfite e pintar com suas partes

principais e organelas. Depois colar a mesma numa cartolina. No verso da cartolina

fazer vários riscos irregulares e recortar em vários pedaços e assim estará pronta as

peças do quebra cabeça. (figura 6)

Como jogaram:

1-Embaralharam as peças

2- Encaixaram as peças até formar o desenho da célula.

3-Montado o quebra cabeça o aluno terá que identificar a célula animal com suas

14

estruturas fundamentais e funções das organelas.

Figura 6 – Jogo quebra cabeça

A – Inicio do jogo

B – Montando o quebra cabeças

C – Célula montada

E - MODELOS E OU MAQUETES: Os alunos utilizaram vários materiais para confeccionar a célula animal e vegetal.

Figura 7 – Maquete sobre células A- Modelo de célula animal em EVA

B – Célula animal em isopor

C – Maquete comparando célula animal e vegetal em isopor

D – Maquete de célula animal com as principais organelas

E – Modelo tridimensional de célula animal

F – Modelo tridimensional de células animal e vegetal

15

4.3 RESULTADOS DAS QUESTÕES DE MÚLTIPLAS ESCOLHAS DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

A avaliação foi aplicada em dois momentos, a primeira para levantar

os conhecimentos prévios dos alunos e a mesma avaliação foi aplicada após utilizar

varias estratégias de aula, obtendo os resultados apresentados na tabela 1.

Tabela 1 – Comparação entre conhecimento prévio e após diferentes estratégias de

aulas.

CONHECIMENTO PRÉVIO CONHECIMENTO PÓS ATIVIDADE DE LABORATÓRIO

QUESTÃO ACERTOS ERROS ACERTOS ERROS

1 10 2 12 0

2 4 8 8 4

3 11 1 12 0

4 5 7 11 1

5 6 6 10 2

6 5 7 12 0

7 6 6 10 2

8 6 6 12 0

4.3.1 Figura 8 e 9: gráficos comparando a quantidade de acertos e erros entre o conhecimento prévio e após a utilização de várias estratégias pedagógicas

CONHECIMENTO PRÉVIO CONHECIMENTO PÓS AS ATIVIDADES PRÁTICAS

16

17

Considerações finais

Após a implementação do projeto, ficou comprovado que

trabalhando com metodologias diferenciadas, utilizando caderno pedagógico para

nortear aulas práticas, ferramentas tecnológicas tais como: TV pendrive, DVD, data

show, confecção de jogos, maquetes, conhecimento do microscópio e suas partes,

seguida de aulas práticas onde os alunos puderam observar laminas permanentes,

confeccionaram lâminas a fresco observaram-as e esquematizaram-as foi

fundamental e colaborou para que vários obstáculos apresentados no inicio da

implementação com relação ao aprendizado dos alunos fosse superado com

sucesso, ganhando assim a confiança, a participação, o interesse e até relatos

18

apresentados pelos alunos, cujo desempenho melhorou significativamente, alem

disso houve mais sociabilizarão dos mesmos nos trabalhos executados.

Podemos observar que na segunda avaliação em todas as questões

os acertos foram maiores; mas nas questões 4, 6 e 8 a mudança foi bastante

significativa, os gráficos das figuras 8 e 9 mostram que houve um maior aprendizado

após as estratégias utilizadas.

Nesse contexto observamos que aliar teoria e prática é de suma

importância para fomentar a aprendizagem significativa dos alunos. É preciso

agregar à rotina de sala de aula possibilidades novas de conhecer, na prática,

aquilo que dá sentido ao que os alunos leem e escrevem.

Segundo AUSUBEL,1968,pp.37-39: ―A aprendizagem significativa processa-

se quando o material novo, idéias e informações que apresentam uma estrutura lógica, interage com um conceito com conceitos inclusivos, claros e disponíveis na estrutura cognitiva, sendo por eles assimilados, contribuindo para a diferenciação, elaboração e estabilidade.‖

Verificamos através da tabela 1 que a aprendizagem foi significativa

após o desenvolvimento de várias atividades descritas anteriormente, onde os

alunos dentre as atividades desenvolvidas o que mais chamou a atenção e auxiliou

quanto a aprendizagem foram as aulas de laboratório, confecção de jogos e

modelos e ou as maquetes e esquematização das imagens observadas no

microscópio.

Aprender a pensar é aprender a ser sujeito, a se posicionar dentro

da sociedade. Saber mais sobre a célula é conhecer-se a si próprio. E os resultados

impressionam. (Figuras 8 e 9) .

Desenvolver este projeto foi para mim uma experiência única, houve

uma troca de aprendizado o que me estimulou a trabalhar mais com projetos, pois

ver os alunos interessados, participativos, integrados, foi enriquecedor e estimulante

para que se possa continuar com aulas praticas, ainda me deparo com alunos

perguntando quando teremos outros projetos semelhantes, isso me motiva muito.

Juntos aprendemos que tudo que é vivo, transforma-se, e assim também nós nos

transformamos. É esse o encanto de um aprendizado significativo.

Este projeto provocou em mim mudanças na forma de preparar as

aulas para serem ministradas, hoje atento-me mais a utilização de ferramentas

19

tecnológicas como TV pendrive, datashow, utilizo também para gravar os vídeos

que apresento nas minhas aulas o site diaadiaeducação que é rico em conteúdo,

busco mais recursos em pesquisas e metodologias diferenciadas e utilizo mais a

área útil da escola, como o pátio para aulas de campo, a biblioteca para pesquisas e

o laboratório para aulas experimentais. Ouço mais meus alunos, buscando

compreender seus conhecimentos prévios. Fazemos debates em sala para troca de

conhecimentos, e busco envolve-los em trabalhos práticos, dinâmicos, inovadores,

não deixando assim que minhas aulas fiquem previsíveis.

20

REFERÊNCIAS

AMABIS, J.M. MARTHO, G.R. Conceitos de Biologia. Vol. 1 São Paulo: Ed. Moderna, 2001. AUSUBEL, D.; NOVAK, J.D.; HANESIAN, H. Psiologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980. MARTINS I. Problemas e perspectivas sobre a integração CTS no sistema educativo português. Revista Electrónica de Enseñanza de lãs Ciencias, 1(1), Artículo 2. (2002). Disponível em: http://www.saum.uvigo.es/reec. Acesso em 17/02/2010. MARTINS, R. de A. Sobre o papel da história da ciência no ensino. Sociedade Brasileira de História da Ciência, V.1, n.9, P. 3-5, 1990. MORANDI, C. BELLINELLO, L, C. Biologia: vol. Único. São Paulo: Ed. Atual, 1999. MOREIRA, M. A. & MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa, A teoria de David Ausubel. São Paulo, Ed. Centauro, 2001. MOREIRA, M. A. Aprendizagem Significativa. Brasília: Ed. U.n.B., 1999. MORTIMER, E, F. Linguagem e formação de Conceitos no ensino de Ciências. Belo Horizonte: Ed. U.F.M.G., 2000. PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para o Ensino de Ciências. Curitiba: 2008. PARANÁ. Superintendência da Educação. Diretrizes curriculares da rede pública de educação básica do estado do Paraná. Curitiba: 2006. SONCINI, M. I. Castilho Jr. M. Biologia, São Paulo: Cortez, 1991. VASCONCELOS, A. L. S.; COSTA, C. H.C.; SANTANA. J. R. & CECCATTO, V.M. Importância da abordagem prática no ensino de biologia para a formação de professores (licenciatura plena em Ciências / habilitação em biologia/química - UECE) em Limoeiro do Norte – CE. [Si][Sn][Sd]. http://3.bp.blogspot.com/_AAf70JmLCDo/S0tIlJLd5qI/AAAAAAAAAWA/q1Fm241o9TQ/s320/CELULA+VEGETAL+2+copy.jpg http://biomundo.files.wordpress.com/2010/08/musculo.png http://www.ojornalweb.com/wp-content/uploads/2010/07/sangue21.jpg http://w3.ualg.pt/~lnunes/Pessoal/Disciplinas/imagens_modela%C3%A7%C3%A3o/Modela15.jpg

21

ANEXOS

22

Anexo 1

PROVA DIAGNÓSTICA APLICADA Colégio Est. Ubedulha C. de Oliveira Ens. Fund. Médio e Profissionalizante.

Implementação do projeto PDE 2009 Data:_______________________________________________________________

Aluno(a):______________________________________Série__________________

Profª Nilce

Disciplina : Ciências

Avaliação diagnóstica

1)- Você com certeza já ouviu falar das células e sua importância. Marque com um X a alternativa correta: As células de um modo geral são consideradas: a. Todas macroscópicas, ou seja, podem ser vistas a olho nu b. É a menor partícula que compõe os seres vivos c. É apenas uma partícula microscópica, que não faz parte de nenhum organismo vivo d. Todas as alternativas estão corretas 2)- Tanto as células animais como as vegetais são semelhantes em muitos aspectos de sua morfologia. O que diferencia uma da outra: a. Parede celular rígida e plastos b. Citoplasma e plastos c. Núcleo e nucléolo d. Nenhumas das alternativas estão corretas 3)- As células são constituídas de três partes fundamentais. São elas: a. Cloroplastos, plastos e núcleo b. Capilares, citoplasma e núcleo c. Membrana plasmática, citoplasma e núcleo d. Plasma, núcleo e plastos 4)- Qual a importância da membrana plasmática na célula? a. Ela armazena as proteínas b. Ela envolve toda a célula, e controla a entrada e saída de substâncias c. Ela envolve apenas metade da célula, e não faz transporte de substâncias d. Ela não tem função nenhuma para a célula

23

5)- As células são estruturas fundamentais na constituição dos seres vivos. Existem dois tipos de células, que se diferenciam em sua estrutura. Quais são elas? a. Eucariótica e carboidratos b. Procariótica e proteínas c Proteínas e celulose d. Procariótica e eucariótica 6)- A maior parte da informação genética das células está contida no? a. DNA b. Envoltório nuclear c. Parede celular d. Todas corretas 7)- Observe as figuras abaixo e descreva quais são. Na ordem dos algarismos romanos:

a. I – célula da epiderme, II – célula nervosa e III - célula sanguínea b. I – célula muscular, II - célula sanguínea e III - célula adiposa c. I – célula sanguínea, II – célula nervosa e III – célula muscular d. I – célula nervosa, II – célula sanguínea e III – célula adiposa 8)- O esquema representa uma célula vegetal, as setas 1, 2 e 3 referem-se, respectivamente, às seguintes estruturas:

a. 1- ribossomo, 2- núcleo e 3- plasto b. 1- mitocôndria, 2- ribossomo e 3- núcleo c. 1- vacúolo, 2- cloroplasto e 3- núcleo d. 1- cloroplasto, 2- núcleo e 3- mitocôndria

I II III

1

2 3

24

Anexo 2 figuras 1 e 2

Figura 1 – Alunos desenvolvendo aulas no laboratório A – Demonstração do microscópio: suas partes e funcionamentos B e C – Observação feita pelo aluno de lâminas permanentes D e E – Observação de lâminas a fresco F – Aluno esquematizando imagem observada.

Figura 2 – Esquemas confeccionado pelos alunos.

A - Célula da cebola B – Célula da Mucosa Oral C - Célula da Elódia D – Célula da Brassica oleracia E – Célula da Tradescantia

A

B

C