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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC HÉLIO RUBEM CASTRO AZEVEDO REIS BRANCO ANÁLISE DA ESPECIFICIDADE DA MODALIDADE ESPORTIVA SOBRE O NÍVEL DE COORDENAÇÃO MOTORA DE CRIANÇAS MACEIÓ/AL 2019/1

ANÁLISE DA ESPECIFICIDADE DA MODALIDADE ESPORTIVA …

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

HÉLIO RUBEM CASTRO AZEVEDO REIS BRANCO

ANÁLISE DA ESPECIFICIDADE DA MODALIDADE

ESPORTIVA SOBRE O NÍVEL DE COORDENAÇÃO

MOTORA DE CRIANÇAS

MACEIÓ/AL 2019/1

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HÉLIO RUBEM CASTRO AZEVEDO REIS BRANCO

ANÁLISE DA ESPECIFICIDADE DA MODALIDADE

ESPORTIVA SOBRE O NÍVEL DE COORDENAÇÃO

MOTORA DE CRIANÇAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final para conclusão do curso de Educação física do Centro Universitário CESMAC, sob a orientação da Prof. Ma. Maja Kraguljac, e coorientação do Prof. Dr. Fabiano de Souza Fonseca.

MACEIÓ/AL 2019/1

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HÉLIO RUBEM CASTRO AZEVEDO REIS BRANCO

ANÁLISE DA ESPECIFICIDADE DA MODALIDADE

ESPORTIVA SOBRE O NÍVEL DE COORDENAÇÃO

MOTORA DE CRIANÇAS

Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Educação física do Centro Universitário CESMAC, sob a orientação da Prof. Ma. Maja Kraguljac, e coorientação do Prof. Dr. Fabiano de Souza Fonseca.

APROVADO EM: ___/____/_____

BANCA EXAMINADORA

___________________________________

Ma. Maja Kraguljac – Orientadora

___________________________________ Me. Vitor Fabiano dos Santos Silva

___________________________________

Dra. Piettra Moura Galvão Pereira

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AGRADECIMENTOS

A este Centro Universitário, seu corpo docente, direção e administração por ter

dado a chance e todas as ferramentas que permitiram chegar ao final desse ciclo.

A minha orientadora Professora Ma. Maja Kraguljac por toda a ajuda e

colaboração com o trabalho, e ao coorientador Professor Dr. Fabiano de Souza

Fonseca pela paciência e empenho dedicado à elaboração deste trabalho.

E a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu

muito obrigado.

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ANÁLISE DA ESPECIFICIDADE DA MODALIDADE ESPORTIVA SOBRE O NÍVEL

DE COORDENAÇÃO MOTORA DE CRIANÇAS

ANALYSIS OF THE SPECIFICITY OF THE SPORTIVE MODALITY ON THE LEVEL

OF MOTOR COORDINATION OF CHILDREN

Hélio Rubem Castro A. R. Branco Graduando do Curso de Educação Física

[email protected] Maja Kraguljac

Professora do Curso de Educação Física [email protected]

Fabiano de Souza Fonseca Professor da UFPE

[email protected]

RESUMO

A coordenação é de suma importância que seja desenvolvida na infância, pois, promove a harmonia dos movimentos e melhora a aprendizagem motora que tem implicação direta no desempenho de habilidades do cotidiano. Considerando que a prática esportiva é um fator capaz de afetar a coordenação motora na infância, o objetivo deste estudo foi analisar a influência da prática de três modalidades esportivas com diferentes especificidades, sobre o nível de coordenação motora de crianças. A amostra foi composta por 24 crianças de 10 a 12 anos, do sexo masculino, que participavam de treinamento sistematizado de modalidades esportivas (Futsal, Handebol e Capoeira) e não participantes de treinamento esportivo de forma regular (Grupo controle). A coordenação motora foi avaliada por meio dos testes KTK e TECOBOL. No KTK as crianças praticantes de capoeira apresentaram um escore superior ao grupo controle no teste de saltos monopedais (p = 0,008). E no teste TECOBOL, os grupos praticantes de esportes foram melhores que o grupo controle, com diferença significativa entre o grupo handebol e o controle no teste de lançamento (p = 0,008); entre o grupo futsal e controle no teste de chute (p = 0,04); entre o grupo controle e os demais grupos no teste de drible (p = 0,004) e também ouve diferença entre o grupo handebol e os grupos capoeira e futsal no teste de condução (p = 0,02). Os resultados desse estudo evidenciaram que a especificidade das modalidades esportivas influencia na coordenação motora, e que a prática de esportes sistematizados é capaz de promover melhoras na coordenação motora de crianças.

PALAVRAS-CHAVE: Coordenação Motora. Prática Esportiva. Crianças.

ABSTRACT

Coordination is of utmost importance to be developed in childhood, because it promotes the harmony of movements and improves motor learning that has a direct implication in the performance of daily skills. Considering that sport practice and a factor capable of affecting motor coordination in childhood, the objective of this study was to analyze the influence of the practice of three sports modalities with different specificities on the level of motor coordination of children. The sample consisted of 24 male and female 10 to 12 year olds, who participated in a systematic training of sports modalities (Futsal, Handball and Capoeira) and non-sports training participants on a regular basis (control group). The motor coordination was evaluated through the KTK and TECOBOL tests. In the KTK the capoeira children presented a score superior to the control group in the test of single-hops jumps (p = 0,008). And in the TECOBOL test, the sports groups were better than the control group, with a significant difference between the handball group and the control in the throw test (p = 0,008); between the futsal group and control in the kick test (p = 0,04); between the control group and the other groups in the dribbling test (p = 0,004) and also heard difference between the handball group and the capoeira and futsal groups in the conduction test (p = 0,02). The results of this study evidenced that the specificity of sports modalities influences motor coordination, and that the practice of systematized sports is capable of promoting improvements in the motor coordination of children.

KEYWORDS: Motor coordination. Sports practice. Children.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 7 2 MATERIAIS E MÉTODOS ....................................................................................... 9 2.1 AMOSTRA ............................................................................................................ 9 2.2 AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA .................................................. 10 2.3 DELINEAMENTO ................................................................................................ 12 2.4 PROCEDIMENTOS ............................................................................................. 12 2.5 TRATAMENTO DOS DADOS ............................................................................. 12 3 RESULTADOS ....................................................................................................... 13 3.1 Coordenação Motora Global ............................................................................ 13 3.2 Coordenação Motora com Bola ....................................................................... 14 4 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 15 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 17 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 18 APÊNDICE ............................................................................................................... 20 ANEXO ..................................................................................................................... 26

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1 INTRODUÇÃO

A coordenação motora pode ser definida como a interação precisa do sistema

musculoesquelético e do sistema nervoso com o propósito de produzir ações motoras

precisas, formando assim um indivíduo habilidoso (MAGILL, 2002). Em outras

palavras, a coordenação motora implica na qualidade de sinergia que permite

combinar a ação dos grupamentos musculares na realização de uma sequência de

movimentos com o máximo de eficácia e economia (GRECO; BENDA, 1998; COSTA,

2012).

A coordenação motora é dividida em dois tipos: coordenação grossa ou global

e coordenação fina. Segundo Oliveira (2002, apud Maronesi, 2015) a coordenação

motora grossa refere-se à atividade de grandes músculos do corpo, produzindo

movimentos como o engatinhar, andar, correr, saltar, entre outros. Já Pessoa (2003,

apud Maronesi, 2015) a coordenação fina é quando se utiliza de pequenos músculos

do corpo, responsáveis pelos movimentos das mãos e dos olhos, como escrever,

desenhar, pintar, etc.

O desenvolvimento da coordenação motora ainda na infância é fundamental,

pois, promove um melhor desenvolvimento das habilidades motoras, o que é de suma

importância para as crianças em diferentes contextos. Isto porque promove a

harmonia dos movimentos e melhora a aprendizagem motora que tem implicação

direta no desempenho de habilidades do cotidiano, esportivas e recreativas (GRECO;

BENDA, 1998). Além disso, os problemas de coordenação na infância levam a

instabilidade do comportamento, afeta a qualidade dos movimentos e podem estar

associados a problemas de saúde como obesidade (LOPES et al., 2003; VALDIVIA et

al., 2008; SILVA; ARAÚJO; ABURACHID, 2013; FREITAS et al., 2017).

A coordenação motora é influenciada por diversos fatores que podem ser

classificados em intrínsecos e extrínsecos. Os fatores intrínsecos se relacionam às

características próprias do indivíduo, tais como, a idade, o sexo e condições físicas e

intelectuais (SILVA; GIANNICH, 1995; VALDÍVIA et al., 2008). Já os fatores

extrínsecos são os fatores ambientais, externos, como, as condições do meio de

aprendizagem, nível socioeconômico, as experiências de movimentos do indivíduo e

a prática esportiva (SILVA; GIANNICH, 1995; VALDIVIA et al., 2008; ABURACHID et

al., 2015).

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Dentre os fatores extrínsecos capazes de afetar a coordenação motora na

infância, a prática esportiva tem se destacado (COSTA, 2012; NUNES; KEMPER,

LEMOS, 2011; ABURACHID et al., 2015; SOUSA et al., 2016). Isto porque, os

esportes envolvem a prática de um conjunto de habilidades motoras específicas

constituídas por padrões fundamentais de movimento como correr, saltar, chutar e

lançar. Nesse caso, as atividades práticas voltadas para o aprimoramento dessas

habilidades esportivas são capazes de estimular o controle e regulação do movimento,

e consequentemente, aprimorar a coordenação (LOPES, MAIA, 1997; COSTA, 2012;

ABURACHID et al., 2015). Sendo assim, é esperado que quanto maior o tempo, a

variedade e a qualidade da prática esportiva, melhor será a coordenação motora do

indivíduo. Tem sido proposto que durante a infância, a criança deva praticar uma vasta

quantidade de atividades para que ela experimente e sinta-se desafiada a buscar a

melhora da sua performance, aumentando seu repertório motor e contribuindo assim

para a sua formação motora global (GRECO; BENDA, 1998).

Considerando que a experiência motora é considerada determinante para o

nível de coordenação motora, parece plausível supor que a especificidade da

modalidade esportiva pode ser capaz de influenciar o desenvolvimento da

coordenação. Isto porque as diferentes modalidades esportivas possuem

particularidades que determinam a sua especificidade quanto às características de

execução das habilidades motoras necessárias à sua prática, dentre as habilidades

manipulativas, estabilizadoras e locomotoras (GALLAHUE, 2008). O Futsal, por

exemplo, é uma modalidade esportiva no qual suas habilidades motoras específicas

são executadas predominantemente com os membros inferiores, tais como o passe,

o domínio, a condução e o chute, predominância nas habilidades locomotoras e

manipulativas. Já no Handebol, as habilidades motoras específicas como o passe, a

recepção, o drible e o lançamento são desempenhadas fundamentalmente com os

membros superiores, habilidades locomotoras e manipulativas. Por outro lado, há

práticas esportivas como a Capoeira na qual suas habilidades motoras específicas

envolvem tanto os membros superiores quanto os membros inferiores, como é o caso

dos giros, posições invertidas, golpes, deslocamentos e saltos, com uma

predominância das habilidades estabilizadoras e locomotoras. Nós hipotetizamos que

o envolvimento dos aprendizes em modalidades esportivas com diferentes

características em relação à forma de execução das suas habilidades motoras

específicas pode determinar o nível de coordenação motora dos seus praticantes.

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Nesse contexto, surge a seguinte questão: a especificidade da modalidade

esportiva é capaz de determinar o nível de coordenação motora dos seus praticantes?

O presente estudo foi elaborado com o objetivo de investigar essa questão, analisando

a influência da especificidade da modalidade esportiva sobre o nível de coordenação

motora global e coordenação com bola de crianças praticantes de: Capoeira, Futsal e

Handebol. A solução dessa questão tem implicações importantes para a atuação

profissional especialmente no âmbito da prática esportiva voltada para crianças. Se

constatada a influência da especificidade da modalidade esportiva sobre o nível de

coordenação motora, será possível utilizar a prática de determinada modalidade

esportiva para potencializar o desenvolvimento da coordenação motora em crianças.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

2.1 AMOSTRA

A amostra foi composta por 24 crianças de 10 a 12 anos do sexo masculino,

que participavam de treinamento sistematizado de modalidades esportivas com

diferentes especificidades (Futsal, Handebol e Capoeira) e não participantes de

treinamento esportivo de forma regular. As crianças praticantes de esportes tinham

no mínimo 1 ano e no máximo 4 anos de treinamento regular em suas respectivas

modalidades.

Na tabela 1 são apresentados os dados de caracterização da amostra, na qual

todas as crianças foram autorizadas devidamente pelos seus responsáveis a

participarem do estudo, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE), e as próprias crianças autorizaram, assinando o Termo de Assentimento. O

projeto do presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do Centro

Universitário Cesmac (CAEE - 67617617.0.0000.0039).

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Tabela1 - Características do tempo de prática, frequência e duração dos esportes e das

aulas de educação física.

CO: Controle; CA: Capoeira; FU: Futsal; HB: Handebol.

2.2 AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA

No presente estudo foi avaliada a coordenação motora global e coordenação

motora com bola. Assim, foram utilizados dois instrumentos distintos. A coordenação

motora global foi avaliada através da bateria de testes Korperkoordination test

furkinder (KTK) que tem sido amplamente utilizado na literatura sobre o tema

(RIBEIRO et al., 2012). Já a coordenação motora com bola foi avaliada pela bateria

de testes de coordenação com bola versão curta (TECOBOL), proposto por (SILVA,

2015).

O KTK é composto por 4 sub-testes descritos da seguinte forma:

1) Trave de equilíbrio - andar de costas, equilibrando-se sobre três traves de madeira

de 4,2 m de comprimento com diferentes larguras (6 cm, 4,5 cm e 3 cm,

respectivamente). Será avaliado o número de passos que a criança consegue dar, o

número máximo de pontos obtido será de 8 pontos em cada tentativa, totalizando um

máximo de 24 pontos para cada trave e 72 pontos para todo o teste;

Caracterização da Amostra

Variáveis CO CA FU HB

Idade (anos) 11,5 10,8 10,3 11,3

Amplitude etária (anos) 11 – 12 10 - 12 10 - 11 11 - 12

Média frequência semanal EDF escolar (dias) 1 1,6 1 1

Média da duração aulas EDF escolar (min) 60 60 60 60

Média do tempo de prática esportiva (anos) - 1,8 2,1 1,5

Média frequência semanal prática esportiva

(dias) - 3 2 2

Duração das aulas de prática esportiva (min) - 60 90 100

Tempo total de prática esportiva semanal (min) - 180 180 200

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2) Saltitar com uma perna - a criança deverá saltar com uma perna sobre placas de

espumas (50 cm x 20 cm x 5 cm) sobrepostas. São atribuídos 3, 2, 1 ponto(s) para o

sucesso na execução do teste na primeira, segunda e terceira tentativas,

respectivamente. Obtêm-se, no máximo, 30 pontos para cada pé;

3) Saltos laterais - a criança deverá saltar lateralmente, o mais rápido e o maior

número de vezes possíveis durante 15 segundos, com ambos os pés, sobre uma área

de (100 cm x 60 cm), dividida por uma régua de madeira (60 cm x 4 cm x 2 cm). Serão

realizadas duas tentativas e o resultado refere-se ao somatório das duas tentativas;

4) Transposição lateral - a criança deverá deslocar-se sobre duas plataformas de

madeira (25 cm x 25 cm x 1,5 cm), de modo intercalado. Ou seja, em cima de uma

das plataformas, mover a outra plataforma, que está ao lado, com as duas mãos para

o lado contrário, deslocando-se para esta plataforma de modo sucessivo durante 20

segundos. Serão realizadas duas tentativas e o resultado refere-se ao somatório das

duas tentativas, sendo contabilizado 1 ponto para a transposição da plataforma e 1

ponto para a transposição do corpo.

A bateria de testes de coordenação com bola versão curta (TECOBOL), é

composto por 2 sub-testes descritos da seguinte forma:

1) Acertar o alvo: O avaliado deverá lança/chutar a bola na parede para acertar um

dos alvos. Deverá executar 15 Chutes/Lançamentos acertando um dos alvos, o mais

rápido possível, sendo 5x com o membro dominante, 5x com o membro não dominante

e novamente 5x com o membro dominante. A pontuação é atribuída conforme o tempo

de execução da tarefa;

2) Transportar a bola: O avaliado deverá driblar/conduzir a bola, continuamente, da

maneira que achar melhor, e, simultaneamente bater uma das mãos dentro dos

quadrados afixados na parede seguindo a ordem de 1 a 9, dar a volta no cone e voltar.

O avaliado deverá percorrer o trajeto por quatro vezes o mais rápido possível, cada

vez de uma maneira, variando o membro de controle da bola e a mão que encosta

nos quadrados da parede. A pontuação é atribuída conforme o tempo de execução da

tarefa.

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2.3 DELINEAMENTO

A amostra foi dividida em 4 grupos: 1) 6 crianças praticantes da modalidade

capoeira; 2) 6 crianças praticantes de futsal; 3) 6 crianças praticantes de handebol; 4)

6 crianças que não praticavam nenhum esporte de forma regular além das aulas de

Educação Física escolar (grupo controle).

2.4 PROCEDIMENTOS

A coleta de dados foi realizada nas quadras esportivas dos locais nos quais as

crianças já participam das suas atividades esportivas. As crianças foram avaliadas

individualmente pela equipe de pesquisadores conforme agenda de coleta.

Inicialmente a criança recebeu as instruções e uma demonstração do primeiro

sub-teste do KTK, em seguida a criança fazia um ensaio do sub-teste, depois o sub-

teste propriamente dito foi aplicado, foi seguido à mesma ordem com os outros sub-

testes. Em seguida foi feito da mesma forma com o TECOBOL, após um descanso de

10 minutos. Os dois testes foram aplicados no mesmo dia para cada criança.

2.5 TRATAMENTO DOS DADOS

Os escores obtidos nos testes no teste KTK e TECOBOL foram tratados por

meio de estatística descritiva (média e desvio padrão). A análise inferencial foi

realizada separadamente. No teste KTK, os escores foram usados para classificar as

crianças conforme nível de coordenação: alta coordenação (131≤ QM ≤145), boa

coordenação (116≤ QM ≤130), coordenação normal (86≤ QM ≤115), perturbações na

coordenação (71≤ QM ≤85) e insuficiência de coordenação (QM <70). Normalidade e

Homogeneidade foram verificadas pelos testes de Shapiro Wilk e Levene,

respectivamente. As comparações intergrupos foram realizadas através do teste não-

paramétrico de Kruskal-Wallis. Já as comparações intergrupos no TECOBOL foram

realizadas pelo teste paramétrico ANOVA. O com nível de significância adotado foi de

p≤0,05.

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3 RESULTADOS

3.1 Coordenação Motora Global

Na Figura 2 são apresentados os resultados dos escores médios de cada sub-

teste da bateria KTK dos grupos. No teste de equilíbrio, não foram verificadas

diferenças entre os grupos F (3, 20) = 2,633, p = 0,077. Já no teste de saltos

monopedais, o ANOVA detectou diferença significativa F (3, 20) = 4,658, p = 0,01, ηp2

= 0,82. O teste de Tukey revelou que o escore obtido pelas crianças praticantes de

capoeira foi superior ao grupo controle (p = 0,008). No teste de saltos laterais, não

foram verificadas diferenças entre os grupos F (3, 20) = 2,4284, p = 0,095, assim como

no teste de transposição lateral F (3, 20) = 0,375, p = 0,771.

Gráfico 1 - Classificação do desempenho dos grupos em cada sub-teste

do KTK.

CO: Controle; CA: Capoeira; FU: Futsal; HA: Handebol.

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3.2 Coordenação Motora com Bola

Na Figura 3 são apresentados os resultados dos grupos em cada sub-teste

que compõem o protocolo de coordenação motora com bola TECOBOL. Na tarefa de

lançamento, o ANOVA detectou diferença entre os grupos F (3, 20) = 4,461, p = 0,014,

ηp2 = 0,80. O teste de Tukey revelou que o grupo handebol gastou menor tempo que

o grupo controle para realizar a tarefa (p = 0,008). O ANOVA também detectou

diferença entre os grupos no teste de chute F (3, 20) = 3,322, p = 0,040, ηp2 = 0,66. O

grupo Futsal realizou o teste com tempo menor que o grupo controle (p = 0,04). No

teste de drible também foram detectadas diferenças entre grupos F (3, 20) = 12,220,

p = 0,001, ηp2 = 0,99. Os grupos, capoeira, futsal e handebol realizaram o teste mais

rapidamente que o grupo controle (p = 0,004). O ANOVA detectou ainda diferença

intergrupos no teste de condução F (3, 20) = 3,994, p = 0,022, ηp2 = 0,75. O grupo

handebol cumpriu o teste com menor tempo em relação aos grupos capoeira e futsal

(p = 0,02).

Gráfico 2 - Classificação do desempenho dos grupos em cada sub-

teste do TECOBOL.

CO: Controle; CA: Capoeira; FU: Futsal; HA: Handebol.

Page 16: ANÁLISE DA ESPECIFICIDADE DA MODALIDADE ESPORTIVA …

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4 DISCUSSÃO

Os resultados desse estudo evidenciaram que a participação em prática

esportiva sistematizada é capaz de promover melhoras na coordenação motora de

crianças, visto que o grupo controle apresentou um nível de coordenação motora

inferior aos grupos de prática esportiva. Esse fato reforça a importância da prática

esportiva para o desenvolvimento motor das crianças. No teste de coordenação

motora global, as crianças praticantes de capoeira apresentaram um escore superior

ao grupo controle, mostrando um melhor desempenho monopedal dos praticantes de

capoeira em relação ao grupo controle.

No teste de coordenação motora com bola também foram evidenciadas

diferenças entre o grupo controle e os grupos de prática esportiva. No sub-teste de

drible, os grupos praticantes de esportes foram melhores que o grupo controle. No

sub-teste de lançamento o grupo handebol foi o melhor, com diferença significativa

em relação ao grupo controle. O mesmo aconteceu no sub-teste de chute, no qual o

grupo futsal foi melhor em relação ao grupo controle. Esses achados sugerem a

influência da especificidade esportiva na coordenação com bola dos praticantes de

handebol e futsal.

Evidenciando assim, que as crianças analisadas neste estudo que fazem parte

dos grupos de prática esportiva se saíram melhor nos testes com características

especificas de sua prática, evidenciando que, os praticantes de futsal, possuem uma

maior coordenação manipulativa com os pés, e o handebol possui maior coordenação

manipulativa com as mãos, já as crianças praticantes de capoeira, pode-se dizer que

possuem melhor coordenação no equilíbrio e nos saltos.

Os resultados do presente estudo são congruentes com diversos estudos

citados abaixo, em que grupos de crianças praticantes de algum tipo de prática

esportiva e de atividades físicas, apresentaram coordenação motora superior ao de

crianças que não praticam. Em Abreu e Zacaron (2014), estudo com o objetivo de

investigar a coordenação motora em crianças de 8 a 10 anos participantes de

diferentes programas de iniciação esportiva, e Braga e Krebs (2009) estudo que

analisou a influência de um programa de intervenção motora no desempenho das

habilidades locomotoras de crianças com idades entre 6 e 7 anos. Os resultados

desses estudos mostraram que as crianças que participam de alguma prática

esportiva ou programa de intervenção motora, têm um melhor nível de coordenação

Page 17: ANÁLISE DA ESPECIFICIDADE DA MODALIDADE ESPORTIVA …

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motora, em relação às crianças que não participam. Esses estudos mostram a relação

entre a prática esportiva e o nível de coordenação motora de seus praticantes,

mostrando que sim, crianças que participam de algum programa de treinamento

esportivo têm um melhor desenvolvimento da coordenação motora. Os achados

desses estudos corroboram com os do presente estudo, de que as crianças que não

participam de treinamento esportivo de forma regular (grupo controle), apresentaram

um nível de coordenação motora inferior aos grupos de prática esportiva.

Também foram encontrados estudos que analisam uma prática esportiva

específica em relação à coordenação motora, como o estudo realizado por Soares e

colaboradores (2016) em que verificaram a coordenação motora com bola de 73

crianças e jovens praticantes de futsal. Na análise dos dados os resultados indicaram

que em todos os testes houve diferença significativa do nível de coordenação motora

pré e pós-teste, na qual os autores concluíram que o treino de futsal provocou

alterações na coordenação com bola após 18 sessões de aula/treino. Resultado esse

que contribui com o presente estudo, reforçando o bom desempenho do grupo futsal

em relação ao grupo controle nos testes.

No estudo de Castro e colaboradores (2017), foi identificado que os níveis de

coordenação com bola e de conhecimento tático processual de 24 jogadores de futsal

do sexo masculino das categorias sub-11 e sub-13, concluíram que a categoria sub-

13 obteve resultados melhores nos testes aplicados, causados por conta do tempo de

prática na modalidade dessa categoria ser maior. Desse modo, mostrando a influência

de um fator intrínseco, isto é, a faixa etária no nível de coordenação motora. Tal

resultado não foi observado no presente estudo, pois todos os grupos avaliados

tinham a mesma faixa etária. No entanto, em contrapartida, o estudo citado também

reforça a influência da prática esportiva na coordenação motora de crianças, uma vez

que o maior tempo de prática esportiva da categoria sub-13 melhorou a coordenação

motora.

Em Fernandes e colaboradores (2017), os autores analisaram o nível de

coordenação motora de crianças submetidas a dois distintos programas de

intervenção de atividades físicas: atletismo e jogos recreativos. Os resultados

encontrados foram que o grupo experimental (atletismo), obteve um escore superior

ao grupo controle (jogos recreativos), evidenciando que uma prática esportiva

sistematizada promove um melhor desenvolvimento da coordenação motora.

Page 18: ANÁLISE DA ESPECIFICIDADE DA MODALIDADE ESPORTIVA …

17

Assim como no estudo de Alves e Silva (2010), na qual os autores analisaram

a influência da prática da ginástica artística na coordenação motora de crianças e no

estudo de Nunes e Kemper (2011), na qual analisaram o efeito das aulas de voleibol

na melhora da coordenação motora, esses estudos concluíram que a prática esportiva

estruturada é importante para a melhora dos níveis de coordenação motora de

crianças.

Os resultados do presente estudo foram além, em mostrar que a especificidade

das modalidades esportivas pode influenciar no nível de coordenação motora, uma

vez que, comparamos o nível de coordenação motora entre diferentes modalidades

esportivas, e foi observado que uma modalidade teve um melhor nível de coordenação

em sub-testes com habilidades que são predominantemente utilizadas em sua prática,

evidenciando assim a influência da especificidade da modalidade esportiva sobre o

nível de coordenação motora de crianças.

5 CONCLUSÃO

Crianças que praticam modalidades esportivas regularmente possuem melhor

desenvolvimento da coordenação motora em relação a crianças que não praticam

nenhum esporte. A especificidade das modalidades esportivas parece influenciar o

nível de coordenação motora de seus praticantes, especialmente na condução, uma

vez que os grupos de prática esportiva, futsal e handebol e capoeira se destacaram

em sub-testes com características especificas similares às habilidades motoras

envolvidas em sua prática, com maior magnitude dos resultados dos testes.

Os achados desse estudo têm implicações prática importantes, pois podem

auxiliar aos professores e treinadores no processo de ensino, aprendizagem e

treinamento de seus alunos. Também em mostrar a importância da inclusão das

crianças dessa faixa etária em programas de iniciação esportiva, objetivando um

ganho no repertório motor e nas habilidades motoras, evitando um futuro individuo

com baixa coordenação e com dificuldades em praticar atividades físicas, esportes,

entre outros, por falta de habilidades motoras maduras.

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REFERÊNCIAS

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NUNES, A. S.; KEMPER, C.; LEMOS, C. A. F. O efeito das aulas de voleibol na melhora da coordenação motora de crianças de anos iniciais. Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI, v. 7, n. 13, p. 155-162, 2011. RIBEIRO, A. S.; DAVID, A. C.; BARBACENA, M. M.; RODRIGUES, M. L.; FRANÇA, N. M. Teste de Coordenação Corporal para Crianças (KTK): aplicações e estudos normativos. Motricidade, v. 8, n. 3, p. 40-51, 2012. SILVA, R. O.; GIANNICH, R. S. Coordenação motora: uma revisão de literatura. Revista Mineira de Educação Física, v. 3, n. 2, p. 17-41, 1995. SILVA, S. A.; Bateria de testes para medir a coordenação com bola de crianças e jovens. Tese de doutorado - Programa de pós-graduação em ciências do movimento humano, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. SILVA, S. R.; ARAÚJO, A. J.; ABURACHID, L. M. C. Nível de coordenação motora e índice de massa corporal em adolescentes praticantes de esportes. Cinergis, v. 14, n. 4, p. 193-198, 2013. SOARES, G. F.; REIS, M. S.; SILVA, S. A.; BRAGA, W. M. C.; MOURA, S. S.; BELTRAME, T. S. Coordenação com bola de crianças e jovens que treinam futsal no ouro preto tênis clube. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, v. 8, n.30, p.248-255, 2016. SOUSA, F. C. S. et al. Impacto de um programa social esportivo nas habilidades motoras de crianças de 7 a 10 anos de idade. Motricidade, v. 12, n.1, p. 69-75, 2016. VALDIVIA, A. B.; CARTAGENA, L. C.; SARRIA, N. E.; TÁVARA, I. S.; SEABRA, A. F. T.; SILVA, R. M. G.; MAIA, J. A. R. Coordinación Motora: Influencia de la edad, sexo, estatus socio-económico y niveles de adiposidad en niños peruanos. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho humano, v. 10, n. 1, p. 25-34, 2008.

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APÊNDICE A - TCLE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (T.C.L.E.)

(Em 2 vias, firmado por cada participante voluntário(a) da pesquisa e pelo responsável)

“O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa se processe após o

consentimento livre e esclarecido dos sujeitos, indivíduos ou grupos que por si e/ou por

seus representantes legais manifestem a sua anuência à participação na pesquisa”

Eu,..................................................................................................................................., tendo sido

convidado(a) a participar como voluntário(a) do estudo “Análise da especificidade da modalidade

esportiva sobre o nível de coordenação motora de crianças”, que será realizada no Centro Universitário

Cesmac recebi do Sr. Fabiano de Souza Fonseca, professor de Educação Física, responsável por sua

execução, as seguintes informações que me fizeram entender sem dificuldades e sem dúvidas os

seguintes aspectos:

1) Que o estudo se destina a verificar se a especificidade da modalidade esportiva influencia o nível

de coordenação motora em crianças;

2) Que a importância deste estudo se baseia em produzir conhecimentos importantes para a atuação

profissional, sendo possível utilizar a prática de determinada modalidade esportiva para potencializar o

desenvolvimento da coordenação motora em crianças.

3) Que este estudo começará em agosto de 2017 e terminará em junho de 2018;

4) Que eu participarei do estudo da seguinte maneira: após assinar esse Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido, aceitando participar da pesquisa, realizarei duas baterias de testes de coordenação

motora, o teste KTK que é composto por 4 sub-testes, 1) a trave de equilíbrio; 2) saltitar com uma

perna; 3) saltos laterais; 4) transposição lateral, e o teste TECOBOL composta por 2 sub-testes

realizados sobre condicionantes de pressão, sendo elas: Pressão de tempo, precisão, organização,

complexidade e variabilidade;

5) Que os possíveis riscos à minha saúde física e mental são: sentir uma fadiga durante a coleta de

dados, quebra de sigilo da identidade do indivíduo e dos dados coletados;

6) Que os pesquisadores adotarão as seguintes medidas para minimizar os riscos: a cada sub-teste

realizado será dado um intervalo de 1 minuto para descanso; em relação ao constrangimento os

pesquisadores identificarão meus dados por códigos e serão os únicos que terão acesso aos resultados e todos os dados coletados serão armazenados em diretório protegido por senha;

7) Que poderei contar com a assistência dos pesquisadores para quaisquer esclarecimentos, ou

assistência primária de primeiros socorros em caso de alguma contusão, o sendo responsável pela

assistência o pesquisador Professor Dr. Fabiano de Souza Fonseca;

8) Que os benefícios que deverei esperar com a minha participação são: aprender novas habilidades

motoras que passará a fazer parte do meu repertório motor, compreender todos os procedimentos

envolvidos no processo de coleta de dados em pesquisas científicas especializadas;

9) Que, caso não concorde em participar de quaisquer tarefas propostas, posso me recusar a realizá-

las;

10) Que, sempre que desejar, serão fornecidos esclarecimentos sobre cada uma das etapas do estudo;

11) Que, a qualquer momento, eu poderei recusar a continuar participando do estudo e, também, que

eu poderei retirar este meu consentimento, sem que isso me traga qualquer penalidade ou prejuízo;

12) Que as informações conseguidas através de minha participação não permitirão a identificação da

minha pessoa, exceto aos responsáveis pelo estudo, e que a divulgação das mencionadas informações

só será feita entre os profissionais estudiosos do assunto;

Análise da especificidade da modalidade esportiva sobre o nível de coordenação motora de crianças.

Fabiano de Souza Fonseca (orientador)

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13) Que eu deverei ser ressarcido por qualquer despesa que venha a ter com a minha participação

nesse estudo e, também, indenizado por todos os danos que venha a sofrer pela mesma razão, sendo

que, para estas despesas foi-me garantida a existência de recursos.

Finalmente, tendo eu compreendido perfeitamente tudo o que me foi informado sobre a minha

participação no mencionado estudo e, estando consciente dos meus direitos, das minhas

responsabilidades, dos riscos e dos benefícios que a minha participação implica, concordo em dela

participar e, para tanto eu DOU O MEU CONSENTIMENTO SEM QUE PARA ISSO EU TENHA SIDO

FORÇADO OU OBRIGADO.

Endereço do(a) participante voluntário(a):

Domicílio: (rua, conjunto) .........................................................................................Bloco: ......... Nº: ............., complemento: .........................................................................Bairro: ...................... Cidade: ..................................................CEP.:......................................Telefone: .......................... Ponto de referência: ....................................................................................................................... Contato de urgência (participante): Ser(a): ................................................................................ Domicílio: (rua, conjunto) .........................................................................................Bloco: ......... Nº: ............., complemento: .........................................................................Bairro: ...................... Cidade: ..................................................CEP.:......................................Telefone: .......................... Ponto de referência: .......................................................................................................................

Nome e Endereço do Pesquisador Responsável: Fabiano de Souza Fonseca

Rua: Porto Alegre, 226, apto. 708. Farol. Maceió-Alagoas Fone: 82- 9112-5951 Instituição: Centro Universitário Cesmac Rua Cônego Machado, 918, Farol CEP: 57051-160 Fone: 3215-5010

ATENÇÃO: Para informar ocorrências irregulares ou danosas, dirija-se ao Comitê de Ética em

Pesquisa e Ensino do Centro Universitário Cesmac - COEPE-CESMAC: Rua Cônego Machado,

918. Farol, CEP: 57021-060. Telefone: 3215-5062. Correio eletrônico: [email protected]

Maceió, _________ de ______________________ de _________

Análise da especificidade da modalidade esportiva sobre o nível de coordenação motora de crianças.

Fabiano de Souza Fonseca (orientador)

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________________________________ ________________________________

Assinatura ou impressão datiloscópica Assinatura do responsável pelo Estudo

do(a) voluntário(a) ou responsável legal (Rubricar as demais folhas)

(Rubricar as demais folhas)

Análise da especificidade da modalidade esportiva sobre o nível de coordenação motora de crianças.

Fabiano de Souza Fonseca (orientador)

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APÊNDICE B - TERMO DE ASSENTIMENTO

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TERMO DE ASSENTIMENTO

Você está sendo convidado para participar do estudo “Análise da especificidade da modalidade esportiva sobre o nível de coordenação motora de crianças”. Seus pais permitiram que você participe.

O estudo se destina a analisar a influência da prática de diferentes modalidades esportivas sobre o nível de coordenação motora de crianças.

A pesquisa será feita no Centro Universitário Cesmac, onde você participará do estudo da seguinte maneira: após assinar esse Termo de Assentimento, aceitando participar da pesquisa, realizará duas baterias de testes de coordenação motora, o (KTK) Korperkoordination test furkinder e a bateria de testes de coordenação com bola (TECOBOL).

Você não precisa participar da pesquisa se não quiser, é um direito seu, não terá nenhum problema se desistir.

Os possíveis riscos são: sentir um cansaço durante a realização dos testes, para minimizar isso, a cada sub-teste realizado será dado um intervalo de 3 minutos para descanso.

Os benefícios que deverei esperar com a minha participação são: aprender novas habilidades motoras que passarão a fazer parte do meu repertório motor.

Ninguém saberá que você está participando da pesquisa, não falaremos a outras pessoas, nem daremos a estranhos as informações que você nos der. Os resultados da pesquisa vão ser publicados, mas sem identificar as crianças que participaram da pesquisa.

Os pesquisadores tiraram minhas dúvidas e conversaram com os meus responsáveis.

Eu ___________________________________ aceito participar da pesquisa “Análise da especificidade da modalidade esportiva sobre o nível de coordenação motora de crianças”, estou consciente dos meus direitos, das minhas responsabilidades, dos riscos e dos benefícios que a minha participação implica, com isso concordo em dela participar.

Maceió, _________ de ______________________ de _________

________________________________ ________________________________

Assinatura do voluntário Assinatura do responsável pelo Estudo

Análise da especificidade da modalidade esportiva sobre o nível de coordenação motora de crianças.

Fabiano de Souza Fonseca (orientador)

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ANEXO A - PARECER CONSUBSTANCIADO DO COMITÊ DE ÉTICA EM

PESQUISA

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ANEXO B - PROTOCOLO DA BATERIA DE TESTES (KTK)

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ANEXO C - PROTOCOLO DA BATERIA DE TESTES DE COORDENAÇÃO COM BOLA VERÇÃO CURTA (TECOBOL)

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