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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · desenvolvimento dos sentimentos da infância ao longo dos tempos. ... nos jogos de cartas (baralho) que para uns é jogo e brincadeira,

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

1 Pós-graduada em Educação Motora e Esporte pela UNIOESTE, 1998, Graduada em Educação Física

pela FACEPAL, 1996, Professora PDE 2009/2011 na Disciplina de Educação Física, no Colégio Estadual São José, Ens. Médio e Profissional.

2 Doutorado em Educação pela Universidade de Barcelona, titulo obtido em 2006, Mestrado em Sociologia

Política pelo Instituto Superior de Economia e Gestão - Lisboa - Portugal, em 1998, Especialização em Educação Física Escolar pela UFSC - Florianopolis-SC, 1993, Licenciatura em Educação Física concluída

em 1989, Docente no DEF-UFPR

VAMOS BRINCAR?

REPENSANDO O BRINCAR NA VIDA, NA ESCOLA E NAS AULAS DE

EDUCAÇÃO FÍSICA.

Autor: Sirlei Edna Barichello Dalberto1

Orientador: Rogério Goulart da Silva2

Resumo

Percebe-se que nos dias atuais os alunos estão deixando de experienciar as brincadeiras e jogos tradicionais, como também não constroem seus próprios brinquedos. Voltam sua atenção para os jogos eletrônicos, permanecendo horas diante de máquinas e causando, dessa maneira, prejuízos para o seu desenvolvimento corporal e social. O artigo pautou-se no conceito de cultura corporal, em que a disciplina de Educação Física contribui para uma construção da multiplicidade de experiências corporais do ser humano, possibilitando uma transformação da realidade. A função social do professor de Educação Física é a de não deixar de lado as riquezas das manifestações da nossa cultura, pois podemos e devemos ofertar como instrumento pedagógico aos nossos alunos, os levando a despertar o lúdico através dos jogos e brincadeiras. O objetivo do projeto foi desenvolver os conceitos de brinquedos, brincadeiras e jogos, possibilitando a capacidade de distinguir o moderno do tradicional. Os resultados do Artigo, contaram com a participação de quatro turmas, estudantes do Ensino Médio, que além da pesquisa sobre o tema, participaram também como alunos monitores para multiplicação das atividades em escolas da rede municipal. Com a presente reflexão, busca-se resgatar características sociais do ser humano, fundamentais no processo de aprendizagem.

Palavras-chave: Brincadeiras; Desenvolvimento; Ludicidade, Valores; Resgate.

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1 Introdução

Estudiosos e pesquisadores buscam há muito tempo verificar a importância e o

significado do jogo, do brinquedo e das brincadeiras. Se por um lado emana a

ludicidade, o prazer do divertir-se, por outro, está presente a seriedade para que haja a

evolução da criança no seu desenvolvimento motor e cognitivo para que elas possam

desenvolver a percepção, a imaginação, a fantasia e os sentimentos. Neste sentido,

brincar é coisa séria.

Através de estudos mais aprofundados sobre jogos brinquedos e brincadeiras,

pode-se constatar a importância deste tema, não somente para professores de

Educação Física, mas para todos os educadores que têm interesse em ir além dos seus

conteúdos, preocupados com problemas como socialização, interação, humanização,

fazendo suas aulas mais humanas.

A escola é o espaço por excelência para que se promova a socialização, a

humanização e a interação entre as pessoas; dessa forma, estimular no ambiente

escolar a prática efetiva de jogos e brincadeiras nas aulas de Educação Física, significa

oportunizar aos educandos uma formação de excelência, em que o lúdico não se

dissocia do conhecimento.

As vivências lúdicas servem para o desenvolvimento da criança, e possibilitam a

formação de seres íntegros. Ao mesmo tempo, mostram-se como caminhos

desafiadores são importantes para a descoberta das potencialidades dos indivíduos.

Por que se afirma tudo isso?

Porque os jogos e brincadeiras possibilitam à criança aprender que nem todas as

conquistas são coisa fácil, e que muitas vezes deve-se ceder ao outro para que haja

partilha e mutuo crescimento, pois caso contrário, pode ocorrer o isolamento. Nem

sempre se obtém a vitória em um jogo, como se gostaria, além de haver a necessidade

de compreender, que quando somente um indivíduo vence ou ganha o jogo, a vitória

dele, poderá ser ambígua, pois dependendo do tipo de jogo, este indivíduo, poderá ficar

sem companheiros para partilhar, fato que impossibilita a interação para novos jogos.

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Entretanto, cabe aqui fazer uma ressalva da importância das brincadeiras

tradicionais. Pois estas podem auxiliar numa reaproximação etária; afinal, elas são

atemporais, continuam a contribuir no ensino, desde o desenvolvimento motor, afetivo e

cognitivo. Assim sendo, há de se recuperar jogos e brincadeiras infantis, pois

constituem-se em ferramentas importantes para a interação entre os indivíduos.

Atualmente as crianças e jovens voltam a atenção para os jogos eletrônicos,

permanecendo horas diante de máquinas, vencendo etapas e alcançando metas. Estes

jogos tornaram-se ficção para crianças, jovens e adultos e suas amizades são, na

maioria dos casos, virtuais. Os jovens, neste sentido, possuem amigos do mundo

inteiro, mas nunca abraçaram nenhum deles. Passam as madrugadas nos “bate-papos”

virtuais, ou nas fases que não podem parar, denotando-se um grande déficit motor

devido a vida sedentária que estão levando. Não fazem nenhuma atividade física de

compensação, e devido ao exercício repetitivo, adquirem vários problemas, inclusive a

L.E.R.(lesões por exercícios repetitivos).

Hoje não se pode mais fugir dos jogos eletrônicos e deve-se aceitar que eles

também produzem benefícios. Porém, deve-se ter a preocupação do equilíbrio, pois os

jogos eletrônicos, assim como as atividades naturais do ser humano como: andar,

correr, saltar, rodopiar, girar, rolar, etc. são ações que devem ser feitas regularmente.

Diante dessa nuance da realidade, surgem varias indagações como, por

exemplo:

Como mudar isso?

Por onde começar?

Como estabelecer metas, normas e limites?

Neste sentido, repensar uma nova prática pedagógica na escola em relação a

Educação Física, no que diz respeito aos jogos e brincadeiras, significa construir um

novo sentido de pensar o lúdico e as atividades culturais entre os alunos do ensino

médio, dentro e fora do ambiente escolar.

Por mais difícil que pareça, o papel do professor neste momento é o de

questionar e tornar o conteúdo da disciplina de Educação Física interessante aos olhos

dos alunos e conseqüentemente de todo o colegiado escolar.

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Portanto, este trabalho pauta-se no conceito de cultura corporal, em que a

disciplina de Educação Física contribui para a construção da multiplicidade de

experiências corporais do ser humano, despertando o lúdico por meio dos jogos e

brincadeiras.

O objetivo do trabalho é desenvolver os conceitos de brinquedos, brincadeiras e

jogos, possibilitando a capacidade de distinguir o moderno do tradicional, apontando

suas vantagens e desvantagens. Assim, denota-se a importância de resgatar as

características sociais do ser humano, tais como iniciativa, imaginação, raciocínio,

memória, atenção e interesse; igualmente deve-se cultivar o senso de cooperação,

responsabilidade individual e coletiva, características fundamentais no processo de

ensino e aprendizagem.

Este artigo servirá para apresentar os resultados obtidos na implementação do

Projeto de Intervenção na Escola, realizado pela Professora PDE aplicado, em quatro

turmas amostras (1º H; 2º G; 1ª ADM e 2ª ADM), ( ADM: Curso Técnico em

Administração Integrado ao Ensino Médio), aproximadamente 120 alunos do Colégio

Estadual São José – Ensino Médio e Profissionalizante - Lapa PR.

O Projeto de Intervenção na Escola foi realizado em dois momentos:

No primeiro momento a professora instiga os alunos a conhecerem o Tema:

Jogos, Brinquedos e Brincadeiras, os objetivos e a metodologia pretendida. As turmas

foram subdivididas em equipes e cada uma delas pesquisou três atividades sobre o

tema e aplicaram para os seus próprios colegas.

No segundo momento, os alunos monitores, se dirigiram as escolas Municipais:

“Pedro Passos Leoni”, “Drº Manoel Pedro” e “Lar e Educandário São Vicente”

escolhidas previamente e com o consentimento da direção, e aplicaram as mesmas

atividades com os alunos destas, multiplicando assim as suas vivências de jogos

brinquedos e brincadeiras.

Pode-se afirmar que em todo o processo de implementação, os resultados foram

excelentes, tanto para as vistas dos profissionais envolvidos na Escola das turmas

amostras, como para os profissionais das escolas beneficiadas pelo trabalho de

multiplicação.

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Aos alunos envolvidos no processo, notou-se além da satisfação da tarefa

cumprida, o bem estar em propagar conhecimentos, em conquistar desafios e envolver-

se afetivamente.

2 Citações

JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS

A importância da aprendizagem lúdica reporta-nos a uma breve reconstituição

sobre os jogos, brinquedos e brincadeiras, embora seja difícil esta historização, mas

necessária, pois servirá para melhor compreensão da formação social e

desenvolvimento dos sentimentos da infância ao longo dos tempos.

Em algumas escolas os professores buscavam que seus alunos apenas

memorizassem os conteúdos, o uso de jogos e brinquedos era considerado pura perda

de tempo, perturbando o silêncio e a disciplina da sala.

Hoje, reconhece-se a relevância dos jogos, brinquedos e brincadeiras na vida

afetiva, social, cognitiva e criativa das pessoas. O jogo, analisado a partir dos

fundamentos teóricos da Cultura Corporal, caracteriza-se pela espontaneidade,

flexibilidade, descompromisso, criatividade, fantasia e expressividade. É uma atividade

que deve ser realizada sem o caráter da obrigatoriedade, possibilitando a liberdade e a

criação, permitindo o surgimento de outras formas de jogar.

Sua importância, enquanto Conteúdo estruturante da disciplina de Educação

Física, está na representação das raízes históricas e culturais de diversos povos, bem

como as transformações ocorridas ao longo do tempo que possam ter causado

modificações no modo como se joga determinado jogo em várias partes do mundo.

Com as novas possibilidades de desenvolvimento da economia, desde o final do

século XVIII, e com a intensificação da produção industrial, os valores se modificaram,

impondo alterações no modo e nas condições de vida. A classe dominante condenava

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as atividades populares, como os jogos, pois viam nelas uma ameaça à ordem imposta

pelo modo de produção capitalista. Para a elite (econômica, política e intelectual), o

jogo, além de provocar “desvio de atenção sobre a vida santificada”, não contribuía

para o restabelecimento das forças necessárias para a retomada do trabalho.

Apesar das interferências históricas, políticas e econômicas, o jogo ainda

apresenta algumas características originais, especialmente quanto ao seu caráter lúdico

e espontâneo. (PARANÁ, Livro Didático de Educação Física – Ensino Médio 2008, p.

60).

Segundo a autora Kishimoto (2005, p.13) não é fácil definir a palavra jogo, pois

cada um tem sua própria interpretação, alguns jogos servem para a satisfação, outros

para padronizar regras, outros para desenvolver a imaginação estratégica e ainda

outros para ensinar a esperteza. Jogos para vender a qualquer custo, para obter

dinheiro, ou brincadeiras que proporcionem o prazer, como: soltar pipa, pular

amarelinha. O que será que define o jogo? O jogo e a brincadeira possuem a

denotação do agradável, do prazeroso, que confere não apenas às crianças, mas a

todos os seres humanos, um elemento motivador de companheirismo e exercício de

habilidades da coordenação, destreza, rapidez, força e concentração.

As características principais dos jogos é que na sua grande maioria possuem

regras pré-definidas (explícitas) como é o caso do xadrez, ou da amarelinha, sem falar

nos jogos de cartas (baralho) que para uns é jogo e brincadeira, e que também possui

características de aprendizagem, enquanto que para outros é considerado jogo de azar.

Assim sendo, jogo é o que possui regras ou não?

O jogo é difícil de defini-lo, pois como na brincadeira de faz de contas que possui

regras implícitas, são regras internas e ocultas que conduzem a brincadeira. Pode-se

entender que o jogo é uma ação espontânea da criança, mas a brincadeira também o é.

Quando a criança brinca, ela o faz para se divertir, pela conduta lúdica que a

brincadeira ou o jogo lhe proporcionam e não pensando que aquilo vai levá-la a

desenvolver seu lado cognitivo, social, etc. Mas é no brincar que ela desenvolve estas e

muitas características para uma vida psicossocial saudável. Quando a criança está

satisfeita com aquilo que faz demonstra por meio do sorriso, da felicidade, muitas vezes

parte do mundo real para o mundo imaginário.

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E o brinquedo é o objeto de relação íntima com a criança, que não possuem

regras. Ele estimula a imaginação e transmite a realidade.

A construção do brinquedo era repleta de significados tanto para o pai, que o construía com as sobras de materiais utilizados em seu artesanal, como para a criança, que brincava com ele. Entretanto, com o desenvolvimento da industrialização, os brinquedos passaram a ser fabricados em grande escala, perdendo sua singularidade, isto é, tornando-se cada vez mais estranhos aos sujeitos nesta lógica de mercantilização dos brinquedos. (DCEs, 2008 p. 67)

Na fantasia pode-se através de brinquedos projetar na criança a transformação

social, esperança de mudança, ela é portadora de uma imagem de inocência,

reconstituída pelo adulto: valores ou percepções próprias do adulto. Em todo adulto

sempre há uma criança, muitos não tiveram brinquedos na infância, mas todo adulto

pode brincar. Isto não o impede de ser feliz. Nem sempre os brinquedos mais

sofisticados são os mais legais, subir em árvores, nadar nos rios, são muitas vezes

brincadeiras que as crianças com mais posses gostariam mesmo de fazer.

Diante do exposto, evidencia-se que relevante é levar para o interior das escolas

práticas que estimulem os jovens a fazer uso de atividades lúdicas que possibilitem o

movimento corporal, as relações interpessoais e o compartilhamento do ganhar e do

perder. É bom lembrar que nem tudo é possível fazer ou até desenvolver pela escola, já

que a mídia tem poder e força para incutir nas crianças, jovens e adultos formas

convincentes de divulgar e promover produtos de consumo influenciando na grande

maioria das vezes nas práticas corporais dos alunos que acabam incorporando estas

informações e concluindo que a escola não diz a verdade, consideram utopia, ou

melhor, que são atividades ou conteúdos fora de moda, pois não dão ênfase à

supervalorização da beleza, estética, os altos salários dos atletas. O que a mídia nos

coloca são fragmentos de notícias de um ou de outro e não da totalidade da população.

O elemento articulador Cultura Corporal e Mídia, dos conteúdos do Ensino Médio

deve propiciar a discussão das práticas corporais. Para fazer uma análise crítica dessas

práticas, podemos utilizar diversos meios como: artigos de jornais, revistas, filmes,

pinturas, entre outros. Visando a compreensão das práticas corporais, e rompendo com

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a maneira tradicional de como os conteúdos da Educação Física têm sido tratados, as

Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (DCEs) de 2008 propõe interligar e integrar

às práticas corporais elementos articuladores como forma de contextualizar, de refletir e

de se apropriar criticamente dos conteúdos da cultura corporal e só conseguiremos

estas conexões entre o real e o imaginário quando levamos nossos alunos a vivenciar,

reconhecer e valorizar os jogos e as brincadeiras de forma lúdica em nossas aulas,

reforçando aquilo que até agora vimos enfatizando como fundamental para a formação,

ou seja, uma melhor compreensão e vivencias mais comprometidas dos professores no

que tange a importância dos jogos e brincadeiras na vida das crianças, adultos e

idosos. Pois a demanda tem importante relação com os elementos articuladores,

nomeadamente a cultura corporal e o lúdico no caso das DCEs.

O lúdico não situa numa determinada dimensão do nosso ser, mas constitui-se numa síntese integradora. Ele se materializa no todo, no integral da existência humana. Da mesma forma que não existe uma essência humana divorciada da existência, também não existe um lúdico descolado das relações sócias. ( ACORDI, FALCÃO E SILVA, 2005, p 35).

A disciplina de Educação Física deve fomentar experiências significativas no

tempo e no espaço sobre jogos, brinquedos e brincadeiras, levando seus alunos a

refletirem e discutirem formas de lazer em diferentes grupos sociais e a maneira que

cada um deseja e consegue ocupar seu tempo livre.

Portanto no período em que o aluno está na escola ele vai aprender, contribuir,

refletir suas ações a respeito dos jogos e brincadeiras, não que a escola também não

pode lhe proporcionar este tempo livre de lazer, mas não é este o único objetivo da

escola enquanto instituição educacional, mas o aluno tem no contra turno a autonomia

para decidir sobre qual atividade lhe proporciona mais prazer e o que ele pretende

fazer, em casa, junto aos seus familiares, na comunidade, no grupo social ao qual faz

parte, inclusive é neste período fora de suas obrigações escolares que o lazer é

considerado um potencializador do desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos.

Porém na escola o professor deve propor algumas indagações como: O que você faz

no seu tempo livre? Quais são as brincadeiras mais aceitáveis pelo grupo e porque? Os

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jogos são de integração do grupo ou leva a discriminar a grande maioria? São

atividades de divertimento ou meramente de disputa?

O que se pretende com isso é criar um ambiente mais favorável de

relacionamento, convívio e respeito entre os diferentes, diante da interiorização do

conhecimento e da importância da valorização do meio em que vive.

A escola educa “para o futuro” e há até escolas que garantem educar “para a eternidade”. Se o futuro já parece suficientemente distante e ao final de um caminho difícil a trilhar, o que não dizer da eternidade, situada fora da dimensão humana! Em busca do futuro que nunca é, sempre está por vir, desaprende-se a viver o presente e a buscar a felicidade, tão almejada em um “depois” (depois da aula, depois da faculdade, depois da estabilidade financeira, depois da aposentadoria...) no momento que é hoje. (MARCELINO, Nelson C., 2003.

É função da escola, ensinar a ver as contradições sociais, vivenciar o lúdico em

condições de desenvolver a criticidade. Neste sentido, o professor vai mediar/transpor

do seu conhecimento e experiência à realidade do aluno, resgatado o lúdico ao invés

de fomentar a competição. Segundo Freire (1996, p.25), o “ensinar não é transferir

conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”.

Neste sentido todo e qualquer ser humano é responsável pelo bem estar de

todos e do meio ambiente, sendo assim a Disciplina de Educação Física deverá

contribuir com seu papel para o bem social da humanidade. E de acordo com os

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), de 1996 e as Diretrizes Curriculares

Estaduais do Paraná (DCEs/Pr) de 2008, p. 08 a Educação Física deve resgatar sua

ação pedagógica no compromisso social.

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar articulada ao projeto político-pedagógico da escola. Se a atuação do professor efetiva-se na quadra e em outros lugares do ambiente escolar, seu projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação humana. (DCEs/PR, 2008 p. 10).

10

Deste modo percebe-se claramente que na idéia dos conteúdos estruturantes de

Educação Física não existe aula espontânea com base em “aula livre’’ ou “aula

largada’’; pois a aula é confundida muitas vezes com “aula livre’’ ou “aula largada’’.

Muitos docentes, por não entender as propostas resolvem “largar os betes”, não fazer

nada mais, deixar tudo muito livre, fato que descaracteriza a disciplina. É necessário,

portanto, levar em consideração as múltiplas experiências que os alunos já possuem

dos jogos, brinquedos e brincadeiras, pois, é no seu tempo livre com seus familiares ou

no grupo social que convive com o que aprendeu, de modo a valorizar as culturas locais

e regionais, não deixando a pesquisa refutar idéias ou segregar outras culturas que

surgem no palco da educação física, notadamente a quadra de esportes e demais

espaços utilizados pelos docentes e discentes.

Tanto os jogos quanto as brincadeiras são conteúdos que podem ser abordados conforme a realidade regional e cultural do grupo, tendo como ponto de partida a valorização das manifestações corporais próprias desse ambiente cultural. Os jogos também comportam regras, mas deixam um espaço de autonomia para que sejam adaptadas, conforme os interesses dos participantes de forma a ampliar as possibilidades das ações humanas. (DCEs, 2008 p.66)

Há certos casos que a brincadeira toma um rumo muito sério, tornando assim

uma atividade de trabalho, deixando de ser um ato lúdico e prazeroso. o jogo

cooperativo é um contraponto ao espírito competitivo exacerbado pela sociedade

capitalista. Nela, o fenômeno da competição se reproduz em vários setores da vida

social e, segundo Brotto (2002), evidencia-se em lugares e momentos em que não seria

necessária a busca desenfreada por sermos os melhores, como se esta fosse nossa

única opção.

No jogo cooperativo há o favorecimento à promoção da auto-estima e a

potencialização de valores, tais como a solidariedade, a confiança e o respeito mútuo.

A principal característica do jogo cooperativo é sua forma de participação. As atividades

são realizadas com o objetivo de proporcionar aos seus participantes a máxima

diversão, sem preocupação em competir exclusivamente.

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Pode-se afirmar, portanto, que o jogo é por excelência integrador, motivador e

criativo, sempre trazendo um caráter de novidade, o que o torna importante para o

desenvolvimento integral dos indivíduos para que eles se conheçam melhor,

construindo e reconstruindo interiormente o seu mundo. Enfim, os jogos e brincadeiras

são atividades que propiciam a construção do próprio conhecimento bem como da

consciência da necessidade coletiva.

Os benefícios que a utilização de jogos e brincadeiras pode acrescentar á

vida das pessoas são abordados e definidos por diferentes autores em diferentes

épocas, contribuindo para a reflexão de muitos educadores quanto ao seu processo de

ensino/aprendizagem. E muitos pais privam seus filhos das brincadeiras pelo simples

fato de não saberem a importância dos mesmos para o desenvolvimento da criança.

3 Desenvolvimento

3.1 Implementação do projeto de intervenção

O Projeto foi implementado no Colégio Estadual São José Ensino Médio e

Profissionalizante, localizado à rua Barão do Rio Branco, 1453, no centro da Lapa,

Estado do Paraná.

Atualmente conta com um número geral e 1121 alunos distribuídos no Ensino

Médio e Profissionalizante, matutino, vespertino e noturno.

Os sujeitos envolvidos diretamente no projeto foram os alunos do turno

vespertino das turmas: 1º H, 2º G, 1ª ADM e 2ª ADM, aproximadamente 120 alunos, na

disciplina de Educação Física de 2010; de forma indireta: a direção e a equipe

pedagógica; como também os profissionais da educação participantes do Grupo de

Trabalho em Rede (GTR).

A intervenção se realizou simultaneamente com o encaminhamento

metodológico da disciplina, em horário normal das aulas tendo como diferencial a

12

ênfase dos Jogos e Brincadeiras na estratégia no ensino de Educação Física. Como

referência teórico-metodológica baseada nas Diretrizes Curriculares da Educação

Básica de Educação Física, na proposta Pedagógica Curricular do Ensino Médio,

elaborada pela Secretaria de Estado da Educação e o Projeto Político Pedagógico da

Escola (PPP).

Além da Escola de implementação, foram envolvidas as Escolas da Rede

Municipal de Ensino de 1ª a 4ª série: “Pedro Passos Leoni” (4 turmas), “Manoel Pedro”

(3 turma) e “Lar e Educandário São Vicente de Paula” (2 turmas), que gentilmente

cederam seus alunos para que os Alunos Monitores do Projeto, pudessem vivenciar

suas experiências.

A metodologia utilizada neste projeto foi à abordagem qualitativa e a exploratória,

por meio da pesquisa/ação. Na pesquisa/ação a teoria alcança a prática e vice-versa,

visto que ela busca munir a pesquisa à ação, desenvolvendo o conhecimento e a

compreensão como parte da prática.

Partindo do objetivo geral a que se propõe, buscou se autores, bem como

trabalhos relacionados referentes ao objeto de estudo, para dar corpo a pesquisa que

fundamenta a parte teórica do projeto em todas as etapas deste, enriquecendo todo o

trabalho.

Neste sentido, de acordo com o que afirma Guido Irineu Engel:

A pesquisa-ação surgiu da necessidade se superar a lacuna entre teoria e pratica. Uma das características deste tipo de pesquisa é que através dela se procura intervir na pratica de modo inovador já no próprio processo de pesquisa e não apenas como possível conseqüência de uma recomendação na etapa final do projeto.(Engel, p181, 2000)

Tendo presente esse entendimento, faz-se necessário costurar o trabalho

conforme os elementos que emergem no cotidiano da investigação, pois a pesquisa, tal

como dito anteriormente, busca a inovação no próprio processo da pesquisa. Pois a

partir do momento em que o projeto foi repassado aos alunos monitores, o mesmo

começou a sofrer modificações tendo em vista as “novidades” que surgiram durante o

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processo de aplicação e discussão deste. As brincadeiras que emergiam de fora da

escola, acabam sendo resignificadas pela comunidade escolar à medida que a mesma

passa a sofrer mudanças através de códigos culturais escolares.

3.2 Procedimentos:

3.2.1 Apresentação do Projeto

Após aceito e aprovado pela Direção e Equipe Pedagógica do Colégio, o Projeto

foi apresentado aos alunos das turmas acima citadas, através de explanação da

Professora PDE do projeto, do tema e das ações a serem desenvolvidas, que também

foi aprovado por todos os alunos.

Segundo o relato da equipe pedagógica do colégio, 2010, “O projeto da Profª

Sirlei é de grande valia, pois o lúdico é essencial para o desenvolvimento da criança.

Brincar é fonte de felicidade que gera alegria, prazer e aprendizado”.

A disciplina de Educação Física, deve ser entendida no seu mais variado campo

de formação, ela não é só esporte ou ginástica. Estes são alguns dos conteúdos

contemplados no currículo escolar, porém não são os únicos. Mesmo dentro de esporte

e ginástica podem ser realizadas brincadeiras diversas para também atender as

diferenças individuais de cada um e não somente satisfazer os mais dotados. O

compromisso pedagógico educacional do profissional da área é com todas as crianças

e adolescentes e não apenas com alguns, sem falar também naqueles alunos que já

vem ditando regras para o professor dizendo que aula de Educação Física é só jogar

futebol, entendido também por muitos pais e demais membros da sociedade.

A opção metodológica mais utilizada no ensino dos esportes nas aulas de Educação Física é o jogo recreativo. Este consiste em atividades adaptadas com as seguintes características: elas devem ser envolventes, motivadoras, inclusivas e, principalmente, ter regras com a finalidade de incentivar a

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participação de todos os alunos. (EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR, Treinamento desportivo, (online) 2011)

3.2.2. Pesquisa com Pais, Avós, Livros, Revistas e Internet

Os alunos foram instigados a realizarem pesquisa com os pais, avós, livros,

revistas e pela internet, sobre os Jogos, Brinquedos e Brincadeiras.

Foi um momento de descoberta e diálogo com os pais, onde os mesmos tiveram

a oportunidade de contar e reviver velhas lembranças e ensinar aos filhos a grande

riqueza que está sendo deixada de lado.

Quando pessoas adultas dizem: “nunca tivemos brinquedos comprados, mas

nunca deixamos de brincar”, essa declaração demonstra que houve criatividade no

invento de seus próprios brinquedos, pois em outras épocas, o cavalo era o cabo de

vassoura; a boneca, a trouxinha de roupa enrolada. Além disso, o imaginário era fértil

na composição das brincadeiras, dando margem a variações nas re-criações de ordem

social e afetiva na representação infantil da vida adulta. Sendo assim, “Mamãe e

filhinha”; “esconde-esconde”; “mãe cola”; “amarelinha”; “rolar pelo chão” e muitas outras

brincadeiras fizeram parte da grande lista de atividades lúdicas que ainda podem se

fazer presentes, sem que o objeto brinquedo seja comprado. A evidência que o

brinquedo faz parte da brincadeira em qualquer idade demonstra a necessidade dos

jogos e brincadeiras, bem como a invenção do brinquedo.

Os jogos e as brincadeiras são transmitidos através das gerações, por meio da

oralidade, pesquisa, clubes e associações, escolas, meio em que vive, são

universalizados e acabam fazendo parte da cultura popular. Algumas brincadeiras são

mantidas da mesma maneira, ou seja, conservando a estrutura inicial de quando foram

criadas. Já outras são modificadas de acordo com a dinâmica da transmissão oral

favorecendo o surgimento de variantes e de novas adaptações de acordo com a região,

clima e do contexto social.

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De acordo com Kishimoto (1993, p.15): “Enquanto manifestação livre e

espontânea da cultura popular, a brincadeira tradicional tem a função de perpetuar a

cultura infantil, desenvolver formas de convivência social e permitir o prazer de brincar”

E, para finalizar sua pesquisa, fizeram uso da internet, através do laboratório de

informática do Colégio, onde descobriram o grande número de brincadeiras que são

realizadas de maneiras diferentes daquelas que já conheciam, em outras localidades,

sua história e o material utilizado.

“A pesquisa através de diferentes meios, visa resgatar o verdadeiro sentido da

infância, vindo de encontro ao que os adolescentes esperavam, pois atualmente os

meios eletrônicos são predominantes, perdendo-se a essência de brincadeiras mais

saudáveis” Relato da equipe pedagógica.

3.3.3 Organização de Equipes

Após a pesquisa realizada e o trabalho efetivado, evidencia-se a necessidade de

retorno. Neste sentido foram organizadas equipes em cada turma, onde cada um

contou sua experiência, confraternizando com os seus colegas.

Nestas mesmas equipes, os alunos escolheram três brincadeiras, para

apresentar aos seus colegas de turma. Prepararam o material e ministraram as

atividades com a participação de todos. Cada grupo apresentou e explicou o

desenvolvimento das brincadeiras e todos vivenciaram as mesmas.

O professor precisa estar atento à idade e às capacidades de seus alunos para selecionar e deixar à disposição materiais adequados. O material deve ser suficiente tanto quanto à quantidade, como pela diversidade, pelo interesse que despertam pelo material de que são feitos. Lembrando sempre da importância de respeitar e propiciar elementos que favoreçam a criatividade das crianças. (FERREIRA, 2010)

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A maneira como o professor organiza, participa e observa é interessante para

enriquecer a atividade que esta sendo desenvolvida, incluindo personagens, regra e/ou

material e até mesmo modificando de acordo com cada turma deixando a brincadeira

mais divertida e aumentando as possibilidades de aprendizagem.

A observação do espaço e a organização do tempo nos jogos e brincadeiras e o

papel fundamental do professor, pois o espaço para as crianças extravasar não deve

atrapalhar aqueles que estão em uma atividade ou em um jogo mais calmo.

Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um caminho, aquele caminho que o professor considera o mais correto, mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, sua visão de mundo e com as circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Educar é preparar para a vida. (KAMI, 1991, 125).

O aluno que realiza as atividades lúdicas na escola é capaz de levar seu

aprendizado para as situações do seu cotidiano, sua expressão e movimento

vivenciados nas aulas de Educação Física, desta forma a disciplina esta contribuindo

para o desenvolvimento de suas capacidades de formação de valores sociais e de

consciência de sua cidadania.

Sua importância, enquanto Conteúdo estruturante da disciplina de Educação

Física, está na representação das raízes históricas e culturais de diversos povos, bem

como as transformações ocorridas ao longo do tempo que possam ter causado

modificações no modo como se joga determinado jogo em várias partes do mundo.

“Pudemos perceber pelos relatos dos alunos que a atividade foi muito

empolgante, pois os alunos puderam brincar com seus colegas e relembrar as

brincadeiras da infância”. Relato da equipe pedagógica, 2010.

É função da escola, ensinar a ver as contradições sociais, vivenciar o lúdico em

condições de desenvolver a criticidade. Neste sentido, o professor vai mediar/transpor

do seu conhecimento e experiência à realidade do aluno, resgatado o lúdico ao invés

17

de fomentar a competição. Segundo Paulo Freire (1996, p.25), o “ensinar não é

transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua

construção”.

Neste sentido todo e qualquer ser humano é responsável pelo bem estar de

todos e do meio ambiente, sendo assim a Disciplina de Educação Física deverá

contribuir com seu papel para o bem social da humanidade. E de acordo com os

Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), de 1996 e as Diretrizes Curriculares

Estaduais do Paraná (DCEs/Pr) de 2008, p. 08 a Educação Física deve resgatar sua

ação pedagógica no compromisso social.

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar articulada ao projeto político-pedagógico da escola. Se a atuação do professor efetiva-se na quadra e em outros lugares do ambiente escolar, seu projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação humana. (DCEs/PR, 2008 p. 10).

A conduta do educador neste processo juntamente com a política da escola pode

determinar o sucesso do seu aluno e também pode influenciar no âmbito escolar,

resultando nuances de cunho pedagógico que nem sempre aparecem à primeira vista

durante as atividades, por isso, nesta etapa foram elencados Jogos e Brincadeiras

pesquisados pelos alunos:

Alerta, Batalhão, Briga de galo, Cabra cega, Pião, Stop, Búlica, Passa anel,

Carniça, Cabo de guerra, Ludo, Esconde-esconde, Pedra papel e tesoura, Gato e rato,

5 marias, Foguinho, Escravos de Jó, Dentro e fora, Garrafão, Bala na colher, Ciranda,

Jogo do minuto, Jogo de Forca, Amarelinha, Lenço que corre, Estátua, Carrinho de

mão, Betes, Caixinha de Surpresa, Cama de Gato, Gatinha Parda, Batata quente, Jogo

da velha, Pular corda, Pula cordão, Esconde objeto, Ceguinho, Dorminhoco, Um toque,

Vídeo Game, Dança das cadeiras, Estafeta ao quadro negro, Fotografias em colher,

Bandeirinha, Elefante colorido, Chicotinho Queimado, Lenço atrás, Escolha a mão,

Cobrinha, Galinha Gorda, Peteca, Cai no poço, Rabo de burro, Encher os baldes,

Corpo que fala, Mamãe, O que há de diferente? Seu lobo, Pedacinho do Céu, Tiago

18

disse, Alfândega, Palitinho, Roba Monte, Elefantinho Colorido, Os ruídos da noite,

Bobinho, Trenzinho, Queimada, etc.

O sucesso dessas atividades depende muito do caráter pedagógico e lúdico que

o professor impõe à classe. Sendo assim, ressalta-se a importância da leitura e da

pesquisa no itinerário docente.

3.3.4 Multiplicação do conhecimento

As brincadeiras não se limitaram apenas entre os alunos do ensino médio, a

proposta foi apresentada para outras instituições que se interessaram pelos trabalhos e

se dispuseram em colaborar e participar.

Segundo o relato da equipe pedagógica, 2010 “As Instituições demonstraram

grande satisfação e aceitação ao projeto proposto pela professora Sirlei. Os alunos

foram às escolas municipais ensinar aos alunos jogos e brincadeiras como: passa anel,

pega pega, mãe cola, esconde-esconde..., brincadeiras tão prazerosas, mas que estão

ficando no esquecimento”

As escolas próximas do Colégio Estadual “São José” (Colégio de

Implementação do Projeto), localizadas na região do centro e arredores que

concordaram em participar do projeto foram:

a) Escola Municipal “Pedro Passos Leoni” que participou com duas turmas de 3ªs

séries, no dia 12 de novembro e duas turmas de 2ªs. no dia 23 de novembro do turno

vespertino.

Relato da professora da escola:

O trabalho realizado pelos alunos do Colégio São José, sob a coordenação da professora Sirlei, em que abordou a realização de jogos e brincadeiras, foi muito positivo em que os alunos demonstraram muito interesse por meio da participação. Foi possível perceber um envolvimento mútuo entre jovens e crianças, em que a forma como foi conduzida as atividades, com grupos específicos e rodízio dos mesmos entre as atividades, contribuiu para manter os alunos da 3ª série interessados durante todo período de realização das mesmas. Assim

19

como, percebeu-se o compromisso dos jovens com a brincadeira ou jogo que estavam aplicando. De modo geral, observou-se satisfação entre todos os alunos, em que jovens e crianças, brincaram e se divertiram juntos sem aversão quanto à diferença na faixa etária. Considero-o um projeto muito interessante que merece continuidade, haja vista sua contribuição para a socialização e respeito mútuo entre os alunos, bem como pela importância do brincar. (Adriane Aparecida Sodré,Professora 3ª série, Escola M. “Pedro Passos Leoni”, 2010)

Brincadeira com corda Fonte: Arquivo pessoal

b) Escola Municipal “Manoel Pedro” com a participação de três turmas de 3ª e

4ªs séries do turno vespertino, no dia 19 de novembro de 2010.

Relato da Professora da escola:

Os alunos do 2ª serie do Ensino Médio do Colégio São José, aplicaram em nossa Escola nas turmas de 3º ano, as atividades com jogos e brincadeiras. As atividades foram muito produtivas e bem organizadas. Dividiram-se em equipes e os alunos tiveram a oportunidade de passar em todas essas equipes fazendo rodízio, diversificando as brincadeiras. Houve uma grande interação entre os monitores e as crianças. Seria muito interessante que

20

houvesse outras oportunidades como esta. (Professora Denise Mattar Santos, Escola Municipal Drº Manuel Pedro, Lapa, 2010).

Brincadeira: Cama de Gato Fonte: Arquivo pessoal

c) Educandário e lar “São Vicente de Paula” com a participação de duas turmas

de ensino infantil, no dia 09 de novembro, do turno vespertino

Relato da coordenadora pedagógica:

Os alunos do 1º ano A.D.M. do Colégio São José, orientados pela coordenação da professora Sirlei, promoveram atividades lúdicas e recreativas com as crianças das turmas de pré I e Pré II ( faixa etária de 4 e 5 anos). As atividades estimularam as crianças a interagirem umas com as outras, desenvolvimento a imaginação, criatividade motora e de raciocínio. Foi de muita importância o trabalho desses alunos em nosso Centro de Educação Infantil. A brincadeira na Educação Infantil é mais que passatempo, faz com que a criança se desenvolva, promovendo processos de socialização e descobre do mundo. (Claudia Carrano Pierin, Coordenadora Pedagógica, Lar e Educandário São Vicente de Paulo, Lapa, 2010).

21

Jogo de Búlica Fonte: Arquivo pessoal

DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES NAS ESCOLAS MUNICIPAIS

As atividades foram organizadas da seguinte maneira: os alunos/monitores

recebiam os alunos da escola e os distribuíam em pequenos grupos, de acordo com as

equipes de alunos/monitores, que também estavam distribuídos em grupos, cada qual

com as brincadeiras pré-selecionadas de acordo com a idade, espaço físico e material

adequados para o momento.

As crianças permaneciam brincando nos grupos por 15’, sendo estes

encaminhados para um novo grupo de alunos/monitores, por mais 15’ brincando com

outras brincadeiras e assim passaram por cinco equipes diferentes, e no final apesar do

cansaço de todos e o tempo esgotado as crianças ainda queriam mais e os

alunos/monitores também. Foi um momento divertido, animado, de afetividade e carinho

entre ambos os grupos. Alguns alunos/monitores chegaram à instituição um pouco

tímidos, mas foi só organizar e tudo começar que a alegria tomou conta do espaço e se

22

divertiram muito. Ao retornarem para o Colégio relataram sua grande satisfação a

equipe pedagógica e se tinham a permissão para retornarem outras vezes a instituição

de dão empolgantes e animados que retornaram. Notou-se também a satisfação de

todos os participantes, através dos relatórios feitos após as atividades realizadas nas

escolas. Citaremos algumas delas: “Praticar jogos e brincadeiras é muito importante

tanto para crianças, jovem e adulto”; “Aquele dia vai ficar marcado em nossas vidas”;

“Que a gente possa voltar mais vezes”; “Tivemos um desempenho maravilhoso”;

“Ensinamos e aprendemos”; “Nos fez lembrar nossa infância”;

Além destas manifestações, cabe incluir um dos relatos da equipe pedagógica

de 2010: “Pudemos perceber que desde a elaboração até a execução do projeto, os

alunos demonstraram grande envolvimento e satisfação, aplicando a contento as

brincadeiras, as quais viram de encontro aos objetivos propostos resgatando a

importância da ludicidade na vida pessoal e escolar”.

4.1.Tabela com os dados da Implementação

Brincadeiras e jogos pesquisados pelos alunos: 75 = 100%

1. De sala de aula e do pátio: 40 % Consideramos as brincadeiras e jogos que se

aplicam em sala de aula: em tabuleiros, no quadro negro; no pátio: no recreio ou nos

momentos de volta a calma nas aulas de Educação Física. Estas atividades podem

ocorrer nos dois locais.

2. Antigos: 21,34 % Consideramos antigos os jogos e brincadeiras que nós

professores, pais e avós, brincamos quando crianças, conseqüentemente, para nossos

alunos de agora estes jogos já se tornaram antigos.

23

3. Pré desportivos: 21,34 % Consideramos pré desportivos os jogos e as brincadeiras

que são mais atuais, não entraram nas antigas, são recreativas e que se prestam para

desenvolver valências físicas aplicadas a algum esporte.

4. De cordas: 9,33 % Todas as brincadeiras citadas que utilizam cordas foram

consideradas.

5. De correr: 6,66 % Consideramos os jogos de correr, aqueles que realizamos no pátio

e com intensidade alta, utilizadas para aquecimento e/ou início das Aulas de Educação

Física.

6. Eletrônicos: 1,33 % Embora não seja relevante em termos numéricos, achamos

importante indicarmos este item.

TABELA

Sala de aula / Patio

40,00%

Antigos

21,34%

Pré-desportivos

21,34%

De cordas

9,33%

Eletronicos

1,33%De correr

6,66%

1

2

3

4

5

6

Na multiplicidade das brincadeiras pesquisadas pelos alunos, o que nos chama a

atenção é que os mesmos intensificaram mais as suas pesquisas nos jogos e

brincadeiras do conhecimento dos pais e avós e jogos tradicionais, jogos de

24

socialização ou de equipes, deixando de lado os jogos eletrônicos, que deveriam fazer

parte do trabalho.

4.2. Figura

Brincadeiras de Crianças, 2009. Pintura acrílica sobre tela, 40 x 50 cm. Lapa, Pr.

Coleção Particular de Geraldo do Valle.

GTR – Grupo de Trabalho em Rede

O grupo GTR, dinâmico e espontâneo em suas respostas, apreciaram o Projeto,

dizendo que o que realmente falta são jogos e brincadeiras nas escolas e que os

professores precisam arregaçar as mangas, não deixar a mesmice tomar conta e fazer

25

com que as atividades lúdicas sejam para todos de forma organizada e orientada pelo

professor, também reclamaram da falta de apoio dos diretores por ainda não

entenderem a importância dos jogos, brinquedos e brincadeiras na vida das crianças.

As brincadeiras e os jogos recreativos precisam vir para a escola. Segundo

Maluf, “Se a escola não atuar positivamente, garantindo possibilidades para o

desenvolvimento da brincadeira, ela ao contrario, age negativamente impedindo que

esta aconteça”. Desde modo diretores e pedagogos precisam reconhecer a importância

do lúdico na escola, organizar junto com o professor de Educação Física espaços

adequados e estipular materiais necessários para que as atividades aconteçam, mas

principalmente entender que está nesta conscientização o processo maior de

aprendizagem.

Na reportagem do Fantástico do dia 05/06/2011, ficou claro que todos devem se

preocupar com a falta de atividade física para as crianças, pois a mesma traz várias

conseqüências na vida adulta, como osteoporose, um enfraquecimento dos ossos que

aumenta o risco de fraturas. Segundo pesquisador, as crianças passam muito tempo

em atividades que não exigem esforço físico, como navegar na internet. Para ele,

crianças não brincam mais na rua nem sobem em árvores. Nesta reportagem, a mídia

televisiva alerta que os pais devem levar seus filhos a espaços onde possam brincar,

pois as brincadeiras e a atividade física fazem parte da vida deles; acrescenta, além

disso, que por causa da falta de lugares para as atividades lúdicas as crianças, jovens e

adultos estão deixando de brincar e desta forma não se movimentam, levando uma vida

muito sedentária, incorrendo a sérios riscos de saúde, corroborando para o aumento de

um custo social considerável em termos de saúde pública.

Desta forma o que a escola está fazendo para amenizar tal situação ou ajudar no

desenvolvimento psicossocial e motor das crianças, adolescentes e jovens? O que

impede as instituições e os profissionais a atuar efetivamente para modificar tal

comportamento?

O que parece é que a escola acaba adotando um mesmo sistema e querendo

controlar seus alunos pelo período em que este permanece na escola. Muitas crianças,

por medo, acabam ficando quietas; outras, no entanto, por outros fatores extravasam

energias de formas entendidas como não sociais. Tendo presente a complexa

26

realidade, a escola não tem mais o controle das mesmas, pois tanto os alunos que, de

uma forma ou de outra precisam gastar a energia que possuem quanto aqueles mais

acomodados, são todos “pertencentes” e participantes da escola, cabendo à tal

instituição educa-las.

Criança sabe brincar, o que lhes falta é oportunidades, espaço e condições para

que a brincadeira aconteça. Portanto é fundamental a participação do professor de

Educação Física neste momento, auxiliando e apontando novos desafios.

A escola e o estado, como um todo precisam urgentemente investir em

programas, projetos e atividades extraclasse, para a criação de jogos e brincadeiras no

âmbito escolar, que estes sejam de obrigatoriedade em todos os níveis de

escolarização. Que estejam contemplados no Programa das escolas, no Planejamento

de cada professor. Também fica claro que todas as disciplinas podem e devem usufruir

de jogos e brincadeiras para repassarem os seus conteúdos, além de enriquecer a

disciplina o aluno tem mais um meio de aprendizagem. Lembrando que quem brinca

também aprende. Porém de nada adianta o estado investir se o profissional ainda não

está preparado para tal função, desta forma será necessário uma conscientização das

instituições superiores na formação de seus professores, fazendo seus estágios no

chão das escolas, onde a pesquisa-ação faça parte do currículo universitário.

REIMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO.

Todo e qualquer projeto visa um objetivo e que não seja apenas um arquivo de

papel. É bom saber que o projeto teve continuidade no Colégio Estadual São José, e

principalmente nas Escolas Municipais. O retorno nas escolas já é fato, tem data

marcada, sinal de que o mesmo foi aceito e aprovado pelo colegiado como um todo.

O lúdico é coisa séria, jamais se tem uma boa educação sem brincar. “... que

brincar é a primeira conduta inteligente do ser humano. Quando a criança nasce suas

brincadeiras tornam-se tão essenciais como o sono e a alimentação.” Santos, S. p.12,

2010.

27

Quando se brinca desenvolve as emoções, nem sempre é um trabalho somente

de satisfação, às vezes é necessário fazer com que a tristeza, o medo, a raiva,

apareçam para que sejam trabalhados e possamos ter controle sobre estas emoções.

A escola, de modo geral, tem-se preocupado pouco com o valor prático da ludicidade. Os educadores exigem que os alunos prestem atenção, contem historias, demonstrem memória, tenham pensamento lógico, criatividade e imaginação, mas quando oferecem atividades lúdicas, estas estão dissociadas do contexto do aluno e, também, de qualquer tipo de aprendizagem. Eles não têm o habito de desenvolver habilidades e nem de usar os jogos como estão o lúdico para afiar as habilidades e desenvolver competências e inteligências. (Santos, S. p.13, 2010).

5. Conclusão

A disciplina de Educação Física tem, entre outros, o objetivo de promover experiências significativas no tempo e no espaço, de modo que o lazer se torne um dos elementos articuladores do trabalho pedagógico. Por meio dele, os alunos irão refletir e discutir as diferentes formas de lazer em distintos grupos sociais, em suas vidas, na vida famílias, das comunidades culturais, e a maneira como cada um deseja e consegue ocupar seu tempo disponível. (DCEs/Pr.2008, p.59)

A grande expectativa dos diretores, pedagogas e alunos sobre o projeto e a

execução do mesmo no Colégio, aparece nos constantes diálogos em que se busca

rever algumas estratégias de ação. Algumas foram realizadas com muito sucesso,

outras atenderam às expectativas de modo satisfatório. No começo é claro que alguns

alunos ficavam falando até mesmo que isto era coisa para criança, mas no decorrer do

mesmo com a pesquisa realizada perceberam que brincar faz parte da vida de todos e

não só das crianças. Talvez este tenha sido um dos pontos mais importante de todo o

projeto, que brincar faz parte da vida do ser humano. E que os alunos possam perceber

que as aulas de Educação Física na escola e através dela contribui para a formação de

sujeitos críticos, capazes de escolhas próprias e de tomar decisões conscientes para o

bem comum.

28

Vygosky (1998), considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida e que

as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela. Segundo ele, a

criança usa as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a informações:

aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como o resultado de

um engajamento individual na solução de problemas. Desta maneira, aprende a regular

seu comportamento pelas reações, quer elas pareçam agradáveis ou não.

É durante as atividades recreativas que tem-se a oportunidade de assumir

diversos papeis diferentes e de colocar no lugar do outro, imitar animais, correr, saltar,

esconder etc. as definições das funções da brincadeira emana do tempo, espaço e dos

objetos existentes para que a mesma aconteça. É importante que todos auxiliam nas

novas regras criadas, segundo a necessidade e o ambiente e os desafios

estabelecidos.

Segundo Monique Deheinzelin,”Soubéssemos nós adultos preservar o brilho e o

frescor da brincadeira infantil, teríamos uma humanidade plena de amor e fraternidade.

Resta-nos, então, aprender com as crianças."

É na relação interpessoal que se aprende a dar valor à própria vida. Ouvir

experiências, valorizar as limitações dos outros, ajudar a compreender as dificuldades,

são experiências que possibilitam o entendimento entre as pessoas, fator relevante

para a humanização do indivíduo e que pode ser estimulado por meio de jogos e

brincadeiras.

É gratificante e desafiador constituir a extensão do projeto para outras escolas do

município, onde os diretores e professores receberam a visita dos alunos do Ensino

Médio, estes que se prepararam com pesquisas e experiências dos pais, com alegria e

satisfação, pois os professores e seus alunos foi uma aula divertida, animada e bem

organizada. Além de ser atividades recreativas é por meio do lúdico que a criança

exercita sua fantasia, cria, inventa, faz conexões entre o imaginário e o real, expressa a

compreensão da realidade e a reconstrói desenvolve a responsabilidade e a descoberta

do seu “eu” e do outro, refletindo suas ações e atitudes no ambiente em que vive.

Neste sentido os jogos e brincadeiras têm importante papel no contexto humano,

para crianças e adultos, pois é através das atividades recreativas, na escola ou fora

dela que se extravasa e expressa suas emoções, explode de alegria ou de raiva, são

29

emoções que aparecem e é aonde se aprende a ganhar, perder e principalmente lidar

com estes sentimentos e melhorar o convívio social, obedecendo regras estabelecidas

pela brincadeira ou pelo grupo. Existem jogos e brincadeiras que já vêm com regras

pré-estabelecidas e que devem ser respeitadas. Nestes jogos também se aprende a

superar limites e gerenciar as limitações pessoais bem como as dos colegas e

familiares. É pela simples brincadeira de “Mamãe-cola” que desenvolve o espírito de

solidariedade ao descolar o colega. Também ao bolear a corda para o outro pular é que

surgem novas amizades e assim vai construindo e firmando as relações sócias. Sem

falar é claro que os jogos e brincadeiras desenvolvem o raciocino lógico, a coordenação

motora, destreza e assim em diante. Temos adultos que não dirigem um automóvel, por

não terem desenvolvido a coordenação motora e visual, então não consegue fazer tudo

ao mesmo tempo, pessoas que depois de adultas vão para academias e clubes pagam

para alguém lhes ajudar a superar seus problemas de coordenação que hoje se tornou

uma necessidade para a vida pessoal e profissional. Para que tudo isso aconteça de

forma espontânea, normal e na idade adequada, é necessário a oportunidade de

participação, o incentivo dos pais, professores, da sociedade de uma maneira geral e

dos governantes. A colaboração de todos os envolvidos no processo educacional e de

formação da pessoa humana desde sua térrea infância até a velhice, seja em casa, na

escola, nos parques e/ou clubes é de suma importância para que todos se realizem e

que possam ser feliz dentro de suas limitações, sabendo que estas foram trabalhadas e

superadas na capacidade e individualidade de cada um.

Lembrando que é o prazer que diverte e ensina e que não seja então uma

atividade estressante, com muitas regras para a idade e imposta arbitrariamente, as

crianças ao verem a alegria dos outros participam ativamente.

Por outro lado, a maioria das vivencias hoje se dão por via da informática e de

novas tecnologias, de modo que os jovens acabam assimilando uma falsa noção de

auto-suficiência. Se por um lado, a relação com as tecnologias estimula a mente para

fácil resolução instrumental, por outro, é limitante da própria vida, pois a juventude

acaba se enredando numa falsa crença de que tudo pode ser muito fácil, deixando-se

levar por uma idéia de que apenas eles, em detrimento dos mais velhos, têm o

conhecimento, entendem a vida e sabem resolver as coisas sem ajuda dos mais

30

experientes. Entretanto, cabe aqui fazer uma ressalva da importância das brincadeiras

tradicionais. Pois estas podem auxiliar numa reaproximação etária; afinal, elas são

atemporais, continuam a contribuir no ensino, desde o desenvolvimento motor, afetivo e

cognitivo. Assim sendo, há de se recuperar jogos e brincadeiras infantis, pois se

configuram em ferramentas importantes para a interação entre os indivíduos.

Nem mesmo o dinheiro conseguiu superar ou substituir a grande importância das

relações interpessoais e o desenvolvimento psicomotor trabalhados nos jogos e

brincadeiras. São muitos os prédios de grande valor que em suas construções investem

em áreas de lazer, jogos e brincadeiras, casinhas de bonecas, mesas de jogos,

parquinhos infantis, porque já se descobriu que sem lazer, vida afetiva e social e a

atividade física, o ser humano não vive, não é feliz. Afinal, a criança necessita de

movimento para o seu desenvolvimento físico e mental e toda a população em geral

necessita do lazer para melhorar as relações sociais.

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