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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
Superintendência da Educação
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais
Programa de Desenvolvimento Educacional
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
APARECIDA DELORENCI NOGUEIRA SACANI
RESÍDUOS SÓLIDOS OU LIXO URBANO: PARA ONDE VAI?
MARINGÁ
2010
UNIDADE DIDÁTICA PEDAGÓGICA
RESÍDUOS SÓLIDOS OU LIXO URBANO: PARA ONDE VAI?
Material Didático Pedagógico (Unidade Didática) para Intervenção Pedagógica na Escola, apresentado à Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Professora PDE, sob a responsabilidade a professora Profa. Ms. Yolanda Shizue Aoki, vinculada a Universidade Estadual de Maringá - UEM
MARINGÁ
2010
SUMÁRIO
1. Apresentação.................................................................................................04
2. Fundamentação teórica.................................................................................05
3. A produção de lixo.........................................................................................07
3.1 Lixo: o que é?..............................................................................................09
3.2. Lixo urbano para onde vai?........................................................................12
3.3. A questão do lixo em Maringá Pr................................................................16
4. O lixo no espaço escolar: como diminuir?.....................................................25
4.1. Caminho percorrido pelos resíduos sólidos................................................28
5. Resíduos sólidos ou “lixo” e a Dengue no município de Maringá Pr.............34
5.1. O acúmulo de lixo e a Dengue....................................................................35
6. Bibliografia.....................................................................................................38
7. Anexos...........................................................................................................39
7.1. Mapa: Vila Morangueira-Maringá/ PR.........................................................39
7.2. Mapa: Maringá /PR-Limites........................................................................40
1. APRESENTAÇÃO
A elaboração de um Caderno Pedagógico relacionado aos Resíduos
Sólidos Urbanos e direcionado aos alunos da 7ª série do Ensino Fundamental,
na disciplina de Geografia. Será implementado no segundo semestre de 2010
no Colégio Estadual João de Faria Pioli Ensino Fundamental e Médio no
Município de Maringá, Núcleo de Maringá. Esta produção faz parte do
programa de formação continuada - Programa de Desenvolvimento
Educacional - PDE, ofertado pela Secretaria de Estado da Educação do Estado
do Paraná.
O material didático apresenta uma metodologia voltada a aproximar a
teoria e prática, através de instrumentos de ensino que proporcionem
atividades que viabilizem a interação entre o saber sistematizado, metódico e
científico e as experiências vivenciadas pelos alunos e pelo professor.
O uso de diversos instrumentos de ensino visa a maior participação dos
alunos no processo ensino/aprendizagem bem como, proporcionar maior
reflexão acerca do conteúdo estudado.
4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Geografia, enquanto disciplina, tem como objeto de estudo, o espaço
geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade
(LEFEBVRE, 1974 apud PARANÁ, 2008), composto pela inter-relação entre
sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações –
relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996, apud
PARANÁ, 2008). Compreendemos, desta forma, que existe uma inter-relação
entre o espaço geográfico e as ações humanas, proporcionando as alterações
no espaço geográfico.
As Diretrizes Curriculares ao propor o ensino de Geografia por meio de
Conteúdos Estruturantes, procura abordar os conhecimentos de grande
amplitude que formam os campos de estudo da disciplina escolar. Nesse
trabalho, daremos ênfase a Dimensão Socioambiental do espaço geográfico,
por entender que este perpassa outros campos de conhecimento, que não só o
ambiental, como nos mostra o texto apresentado pelas Diretrizes Curriculares.
A abordagem geográfica deste conteúdo estruturante destaca
que o ambiente não se refere somente a envolver questões
naturais. Ao entender ambiente pelos aspectos sociais e
econômicos, os problemas socioambientais passam a compor,
também, as questões da pobreza, da fome, do preconceito, das
diferenças culturais, materializados no espaço geográfico.
(PARANÁ, 2008. pg. 73).
As atividades propostas neste material têm como objetivo, permitir ao
aluno perceber-se como elemento importante na construção e transformação
do espaço geográfico. Também promover a mudança de atitude frente aos
problemas ambientais contemporâneos, especialmente a produção de resíduos
sólidos, bem como o destino ecologicamente correto desses resíduos, além de
5
promover atividades que proporcione a reflexão e conscientização sobre os
problemas causados pela má acomodação dada aos resíduos sólidos urbanos,
criando espaços desejáveis e indesejáveis.
Desta forma, procuramos desenvolver um trabalho que favoreça a
relação teoria e prática e que os conteúdos abordados tenham como ponto de
partida o local para o global, visando permitir ao aluno melhor compreensão do
conhecimento, pois, sabemos que a escola tem um importante papel na
transmissão do saber sistematizado, metódico e científico.
Nesse sentido, Dias (2004), acrescenta que: “A aprendizagem será mais
significativa se a atividade estiver adaptada às situações da vida real da
cidade, ou do meio, do aluno e do professor”. Entendemos que para que a
aprendizagem significativa realmente aconteça, se faz necessário o uso de
instrumentos de ensino que promovam a relação entre o conteúdo apresentado
e as experiências vivenciadas por alunos e professor. Assim, a metodologia
utilizada no referido material busca promover uma aproximação entre a teoria e
prática, através do uso de instrumentos de ensino que privilegiem atividades
que auxiliem na mudança de atitude de nossos alunos que se perceberão
elementos fundamentais na produção e transformação do espaço geográfico.
Figura 1- Materiais expostos e dispostos como lixo.
Acervo pessoal: Aparecida D.N. Sacani 2009.
6
3. A PRODUÇÃO DO LIXO
A produção de lixo pela humanidade vem de um período bem longínquo da
História, quando o homem era apenas coletor e caçador de alimentos, os residues por
eles produzidos eram restos de alimentos que se acumulavam ao redor de suas casas,
provocando mau cheiro, doenças, entre outros problemas. Com o esgotamento dos
recursos disponíveis, a populacão tinha que se deslocar constantemente em busca de
locais mais adequados à sua sobrevivência. Ampliando-se assim, as áreas degradadas.
Mas, com o passar do tempo, a chamada Revolução Industrial e o uso de
tecnologias mais modernas, a produção de bens de consumo aumentou
vertiginosamente. Tudo isso aliado ao capitalismo, sistema econômico que objetiva o
lucro, e ao aumento da população mundial proporcionou o um avanço crescente do
consumo e consequentemente de produção de resíduos.
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
7
Figura 2 - O comércio de luxo em Paris, França. Na parte superior da figura, a Avenida Champs
Elysée e as lojas de grife, na parte inferior, a famosa Galeria Lafayette.
Vamos saber mais.... Obseve as Figuras 1, 2 e 3 e:
Pesquise no dicionário o significado das palavras: consumo e consumismo.
Explique a diferença existente entre as duas palavras.
Observe os produtos que você utiliza no seu dia a dia. Todos são necessários a sua sobrevivência?
O que você faz com objetos que considera inservíveis? Comente sua resposta.
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 3 – Ruas de comércio popular em Atenas, na parte superior e em Paris, na parte
inferior. Estas imagens lembram algum local que você conhece?
Para tornar os produtos mais atrativos ao consumidor, estes passaram a ser
embalados em diferentes materiais, como o papel, plástico, isopor entre outros. Os
meios de comunicação, por meio da propaganda, também tiveram papel importante
nesse processo.
8
Assim, desencadeou-se um problema maior. O que fazer com os resíduos
produzidos pelo homem no dia a dia? Será que tudo o que descartamos diariamente é
realmente lixo?
3.1. LIXO: O QUE É?
Lixo: palavra que deriva do latim “lix” e significa “cinza”. Sinônimos da palavra lixo: detrito, dejeto, refuge, resto, resíduo.
O lixo é formado por tudo aquilo que consideramos inútil, velho, sujo ou indesejável, ou seja, aquele material que, por razões diversas, acaba jogado fora ou descartado.
Neide Simões de Mattos & Suzana Facchini Granato. Lixo problema nosso de cada dia. Cidadania, reciclagem e uso sustentável.
Os produtos consumidos diariamente pela população não dura para sempre,
levando as pessoas a concluírem que se colocarem o lixo para fora de casa o problema
está resolvido.
Sabemos que o problema está longe de ser resolvido, ou melhor, está apenas
começando. O destino do lixo que se produz é muitas vezes incerto, terminando por ser
depositado em aterros sanitários, em lixões e ou em locais inapropriados, como terrenos
baldios, fundos de vale, etc.
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 4- Lixeiras são colocadas nas ruas das cidades para a manutenção da limpeza.
Observe a Figura 4 e responda se há a necessidade de cartazes como estes nas ruas de
sua cidade ou bairro. Pesquise onde você mora e verifique se existem lixeiras nas ruas e
se a população utilize as mesmas.
9
Os resíduos são diversos, de acordo com a sua procedência, podem ser:
doméstico, hospitalar, industrial, agrícola, atômico, espacial, etc.
Lixo doméstico ou domiciliar: é o tipo mais comum, é aquele que sai
dasresidências e é composto por diferentes materiais, como por exemplo:
orgânico, plástico, papel, vidro etc.
Lixo industrial: os resíduos produzidos pelas indústrias são determinados pelo
tipo de atividades que elas desenvolvem: madeira, metal, papel, restos animais,
restos vegetais, produtos químicos etc.
Lixo agrícola: além dos restos produzidos pelas colheitas, o lixo agrícola
também agrega materiais que requerem cuidado ao manuseá-los, por exemplo:
as embalagens utilizadas para acomodar os fertilizantes e agrotóxicos usados nas
lavouras.
Você sabe o que são fertilizantes?
E agrotóxicos?
Pesquise no dicionário ou em outras fontes o significado dessas palavras e anote em seu caderno. Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 5- Imagens da area rural de Maringá.
Lixo atômico ou nuclear: é o mais perigoso, composto por material radioativo.
Utilizam reatores nucleares para produzir energia elétrica.
Lixo espacial: é composto por satélites, sondas e foguetes desativados ou seus
fragmentos. Esse material fica vagando no espaço, podendo colidir com outros
artefatos lançados ao espaço ou cair na superfície da Terra causando acidentes
ou contribuindo para aumentar o volume de lixo por aqui.
10
Acervo pessoal: Aparecida D. N. Sacani. 2009
Figura 6 - Lixo que não é lixo!
Observe a Figura 6, identifique os materiais dispostos na lixeira e diga o que é lixo.
1- Cada aluno deve observar a produção de lixo de sua casa durante uma semana,
completar o quadro abaixo, compare sua lista com a de seus colegas.
Em seguida, a partir dos resultados obtidos pela sala, deverão produzir uma tabela
classificando os diferentes tipos de resíduos (plástico, papel, orgânico, isopor entre
outros).
Tipos de residues produzidos em minha residência em kg
Papel Plástico Alumínio Orgânico Outros (especificar)
2- Verificar se na sua rua, bairro existe a coleta seletiva e se sua família tem o hábito de
separar esses resíduos.
3- Se não tem coleta seletiva, que fim é dado ao resíduo produzido por sua família?
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oleta seletiva?
odutos em
• Analisar a tabela que produziram, a que conclusão puderam chegar?
organizado sob a forma
de um folder explicativo com ações para melhorar a contribuição dos alunos na
manutenção do seu ambiente “desejável” em casa e na escola).
Para refletir:
• É possível diminuir a quantidade de resíduos em sua residência?
• Como fazê-lo?
• O que pode ser feito com os resíduos onde não há c
• A coleta seletiva e a reciclagem justificam o consumo de pr
embalagens de materiais que possam ser recicláveis?
• Qual a composição do material que observaram?
4- Finalizar a atividade com a produção de um texto (poderá ser
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 7 – Entulho de construção civil.
3.2. O LIXO URBANO, PARA ONDE VAI?
12
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 8 - As imagens mostram a disposição do lixo em algumas áreas de Maringá-PR
A produção de lixo está diretamente relacionada ao aumento da população, ou
seja, quanto mais gente mais produção de lixo. O consumo cada vez maior de produtos
industrializados e, principalmente, descartáveis vem proporcionando um aumento
considerável de resíduos produzidos por pessoa anualmente. O que tem provocado
graves problemas quanto ao seu destino.
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 9 – “Conteiners” para o recolhimento de lixo doméstico
Sabemos que as prefeituras municipais são responsáveis pela coleta e o destino
final dos resíduos produzidos nas cidades. Para isso, a população paga seus impostos e
taxas de coleta. Muitas prefeituras terceirizam o serviço de coleta e transporte do lixo.
Com relação aos resíduos domésticos ou regulares, estes são normalmente
transportados em caminhões comuns, fechados ou com compactadores. Em algumas
cidades a coleta acontece todos os dias ou em dias alternados. De acordo com as
cidades, estes resíduos são depositados em lixões a céu aberto ou em aterros sanitários.
Existe diferença entre aterro sanitário e lixão?
13
ATERRO SANITÁRIO
É uma forma de disposição final do lixo urbano no solo, seguindo normas
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e minimizando os
impactos ambientais. O lixo é disposto em camadas cobertas com material
inerte, geralmente solo; são também construídos sistemas de drenagem e
tratamento para os gases e os líquidos (chorume) produzidos pelo lixo.
acesso em 24/05/2010. Fonte: http://www.bv.am.gov.br/portal/conteudo/meio_ambiente/aterro_sanitario.php
Os aterros sanitários são construídos, na maioria das vezes, em locais distantes
das cidades. Isto ocorre em função do mau cheiro e da possibilidade de contaminação
do solo e de águas subterrâneas. Porém, existem, atualmente, normas rígidas que
regulam a implantação de aterros sanitários. Estes devem possuir um controle da
quantidade e tipo de lixo, sistemas de proteção ao meio ambiente e monitoramento
ambiental.
Os aterros sanitários são importantes, pois, solucionam parte dos problemas
causados pelo excesso de lixo gerado nas grandes cidades.
LIXÃO
São depósitos de lixo a céu aberto, sem nenhum tipo de tratamento. Geralmente são
oficiais, ou seja, depositados pelo próprio município em cidades onde não existe aterro
sanitário. É comum o lixão contaminar o solo, o subsolo e os lençóis freáticos,
destruindo a vegetação nas proximidades e poluindo a água.
14
RECICLAGEM
Uma proposta para diminuir a quantidade de resíduos a serem aterradas é a
reciclagem.
Reciclagem é o resultado de uma série de atividades através das quais materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, sendo coletados, separados e processados para serem usados como matéria‐
prima virgem.
Sidney Grippi. Lixo, Reciclagem e sua História.
Vantagens da reciclagem!!!!
A reciclagem é um meio para diminuir a quantidade de lixo que vai ser
depositada nos lixões e nos aterros sanitários. Apesar de oferecer diversos benefícios,
não pode ser considerada a solução para o problema do lixo.
Existe uma padronização internacional para recipientes destinado à coleta
seletiva de materiais secos recicláveis, esta identificação é feita por cores, nos
recipientes coletores (VERDE para vidro, AZUL para papel, AMARELO para metal,
VERMELHO para plástico e BRANCO para lixo não reciclável).
Então, quais seriam as vantagens da reciclagem?
Sabemos também que separar os resíduos sem um destino adequado, significa
apenas enterrar em separado.
Assista ao filme “Ilha das Flores”, disponível em http:www.youtube.com.br
E, reflita sobre aspectos econômicos, sociais e ambientais apresentados.
Anote suas conclusões e apresente‐as para seus colegas.
Faça uma pesquisa para conhecer o destino dado ao lixo produzido em sua cidade em jornais, revistas, internet e outros.
15 Organize um mural com ilustrações e o conteúdo de sua pesquisa, apresente‐o para seus colegas.
3.3. A QUESTÃO DO LIXO EM MARINGÁ-PR
A produção de resíduos é tão antiga quanto o processo de ocupação da terra pelo homem. Acompanha o processo de apropriação e produção do homem em sociedade.
Arlete Moisés Rodrigues. Produção e consumo e no espaço: problemática ambiental urbana.
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 10 - Maringá, vista das proximidades da UEM e do CESUMAR
A coleta dos resíduos sólidos urbanos, no município de Maringá, obedece a uma divisão
em dois setores: norte e sul tendo como divisória a Avenida Colombo. A coleta é
realizada em dias alternados, totalizando três vezes por semana nos bairros, na zona
central a coleta ocorre no período noturno todos os dias e atende 100% dos domicílios.
O serviço de coleta conta com 17 caminhões, sendo que atualmente apenas 14
estejam sendo utilizados diariamente. Cinco caminhões fazem a coleta dos resíduos nos
distritos de Iguatemi, Floriano e São Domingos. Na cidade de Maringá, 14 caminhões
fazem a coleta no período diurno e 10 realizam a coleta no período noturno.
Ao final de cada viagem, os caminhões com o “lixo” coletado são devidamente
pesados e seguem para a disposição final. Esses resíduos são depositados na Pedreira
Ingá que está localizada a cerca de 10 km da cidade.
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A coleta dos resíduos sólidos urbanos, no município de Maringá, conta com
aproximadamente 180 trabalhadores, distribuídos em:
1 gerente 36 motoristas 4 balanceiros
2 coordenadores 122 coletores 4 na Pedreira Ingá
2 fiscais
A empresa contratada para dar o destino final aos resíduos em Maringá é a
Constroeste que tem até janeiro de 2011 para se adequar aos critérios ambientais para
acomodar adequadamente os resíduos sólidos do município.
A população maringaense produz aproximadamente cerca de 330 toneladas de
resíduos por dia o equivalente a 0,85 kg/hab/dia.
MARINGÁ- CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO E A PRODUÇÃO DO LIXO*
PRODUÇÃO DE LIXO ANO POPULAÇÃO(mil
habitantes) TOTAL (t) PER CAPITA
(kg)
2010 341 102.820.072,73 301.38
2030 476 147.314.317,74 309.10
Fonte: Prefeitura de Maringá PR. Secretaria de Serviços Públicos.
*Estimativas
Figura 11 – Estimativas comparando o crescimento populacional e a produção de lixo
per capita.
17
18
(Org.) PEREIRA, J.L.L.: 2010.
Figura 12 - Bairro Vila Morangueira no município de Maringá PR
A Vila Morangueira faz parte do setor N3, e sua coleta acontece no período
noturno, onde são coletados aproximadamente 12 toneladas/dia na coleta comum e
cerca de 4 toneladas/dia na coleta seletiva.
Os maiores índices de coleta são verificados na segunda e terça-feira e nos dias
de festas.
No município, o bairro onde se verifica os maiores índices de coleta é a Zona 7,
totalizando aproximadamente 23 toneladas/dia.
Pesquise sobre os serviços de coleta de lixo em Maringá e sobre a coleta seletiva no seu bairro. Escreva sobre os que têm no lixo uma alternativa de inserção social.
Além dessa coleta, em Maringá, existem 7 cooperativas de reciclagem, que
fazem coleta seletiva. Dessas, 4 são coordenadas pela prefeitura: a Coopercanção, a
Coopernorte, a Coopermaringá, a Cooperpalmeiras. E as demais são cadastradas na
prefeitura: a Coopercicle, a Cooperportal e a Coopervidros e possuem coordenação
próprias. Todo lucro obtido com a produção é igualmente distribuído entre seus
cooperados. A coleta seletiva atinge cerca de 80 bairros do município, o que não
representa 100% dos domicílios.
Com relação ao óleo proveniente de frituras, já existem algumas iniciativas para
seu reaproveitamento, como é o caso do Supermercado São Francisco que recebe o óleo
de fritura coletado nas residências e doa a instituições assistenciais que podem
transformá-lo em detergente e sabão. Já uma grande parte do óleo de fritura coletado
nas lanchonetes e similares é levado pela Big Frango e é transformado em outros
produtos, inclusive biodisel.
Exemplos de sites para a pesquisa: www.coletasolidaria.gov.br
www.curitiba.pr.gov.br
www.funverde.org.br
No município de Maringá ainda não existe nenhuma empresa interessada na
coleta e reciclagem do isopor.
A Lei municipal Nº 7055, regulamentada pelo Decreto nº 1028/2006, dispose
sobre a destinação final de lâmpadas fluorescents, baterias e pilhas.
A varrição de ruas e avenidas em Maringá é realizada no período noturno e a
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quantidade de detritos recolhidos varia de 40 a 70 toneladas por mês, dependendo
principalmente da quantidade de folhas e flores que caem das árvores que embelezam as
ruas. Além disso, a poda das árvores também produz uma quantidade significativa de
residuos.
Os resíduos provenientes da construção civil também são levados para a Pedreira
Ingá, cerca de 400 toneladas/dia, onde é feita a classificação dos resíduos e dado o
devido fim.
Com relação a esse tipo de resíduo é observado um grande problema, pois, parte
dos mesmos é proveniente de pequenas reformas e acaba sendo lançado em terrenos
baldios e fundo de vales.
A multa para quem é flagrado depositando esses resíduos nos locais acima
citados varia entre R$ 50,00 a R$ 1000,00.
Para dar o devido fim a esses residuos, as empresas especializadas cobram R$
100,00 para o aluguel da caçamba e R$ 70,00 por tonelada para depositar legalmente na
Pedreira Ingá.
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 13 - Restos de material de construção jogados próximos ao Ribeirão Mandacarú em Maringá-Pr
20
Leia o texto publicado pelo Diário em disponível em http://odiariomaringa.com.br/noticia/231635, 04/12/2009.
Pesquise (em equipe de até 4 pessoas) sobre a situação atual do lixo em Maringá e, em seguida, elabore um texto apresente-o a seus colegas em forma de telejornal.
Pesquise as Leis municipais, estaduais e federais que regulamentam o destino dos resíduos sólidos urbanos. Essas leis são cumpridas pelos cidadãos e empresas? Justifique sua resposta.
A O TEXT LEIA O TEXTO PUBLICADO PELO DIÁRIO EM DISPONÍVEL
EM LA coleta resíduos hospitalares é feita pela empresa Serquipe, que é responsável
pela coleta e pelo destino destes resíduos. A Serquipe é uma empresa de Londrina PR e
destina os resíduos hospitalares para os Estado de Santa Catarina.
M
No texto abaixo, a autora Arlete Moisés Rodrigues escreve sobre o modo de produção que, ao mesmo tempo cria territórios desejáveis e indesejáveis.
A empresa conseguiu, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), autorização para instalar sua usina de separação de lixo e compostagem no terreno pertencente à Pedreira Ingá, que fica ao lado do atual aterro. Um dos problemas é que a licença seria apenas para separação e compostagem. O que a Constroeste pretende fazer com as cerca de 100 toneladas diárias de resíduos, que sobram das 300 toneladas coletadas, depois da separação dos recicláveis e orgânicos (que vão para compostagem), não ficou claro. Outro problema é que a licença vence em setembro, antes do final do contrato de um ano.
Texto publicado por O Diário de Maringá em 04/12/2009.
21
Discuta o texto com seus colegas.
As contradições estão impressas no espaço desse modo-de-produção, que produz ao mesmo tempo mercadorias e territórios desejáveis e vendáveis e mercadorias e territórios indesejáveis e invendáveis. As mercadorias vendáveis e desejáveis são parte integrante do ideário do desenvolvimento dos ideais simbólicos de todos os cidadãos do mundo unipolar do findar do século XX; objetos- os mais variados, casas, tecnologia, ar puro, comunicação pessoa a pessoa e comunicação global, etc., e territórios, tanto os simbólicos e imaginários- ar puro, lugar agradável, paisagens como os lugares de moradia, de trabalho, de estudo, etc.; ou seja, desde mercadorias que se deslocam no território (desde alimentos até o automóvel) como as fixadas (das casas aos equipamentos e infra-estrutura), passando necessariamente pelas idéias que são veiculadas – no espaço – por outras mercadorias deslocáveis como os correios, os jornais, os rádios, as televisões, os telefones, os telefones celulares, etc. São quantificáveis em indicadores como o PIB (produto interno bruto), o PNB (produto nacional bruto), comércio internacional, etc.
As mercadorias e territórios indesejáveis são muitos e variados. Utilizo o termo indesejáveis no sentido de que não foram “planejados como mercadorias”, muito embora com o tempo e em determinados espaços, acabem tornando-se mercadorias. Mercadorias que “deterioram” determinados territórios tornando-os “indesejáveis” para a riqueza e para o poder. Vão desde as que deslocam no território – alimentos deteriorados, automóveis poluidores – como os fixados no território – casa pobres ou sub-habitação e infra-estrutura precária ou ausência desta, tendo como consequência esgotos e lixo a céu aberto, contaminação hídrica e consequentemente saúde precária, etc. Passam tais mercadorias indesejáveis necessariamente, pelas idéias que consideram tais ambientes fétidos; que consideram tais mercadorias indesejáveis como desvio de meta, sem levar em contra que são contradições do próprio modelo. Evidentemente quando as mercadorias forem sendo incorporadas para corrigir os desvios passam a ser tidas como desejáveis, como por exemplo, filtros que diminuem a poluição, mecanismos anti-ruídos, etc. e quantificáveis nos mesmos indicadores da produção em geral, Os indicadores de perda da biodiversidade, da cobertura vegetal, da camada orgânica do solo, da perda da qualidade do ar, aparecem como se fosse outra contabilidade. Aparecem como “desvios!” do modelo.
Alguns exemplos de mercadorias indesejáveis são um demonstrativo das contradições do modo industrial de produzir mercadorias: as águas continentais e oceânicas. Além do problema de inadequação para o desenvolvimento e reprodução dos peixes e, portanto da pesca – que é utilizada como alimento - 60% das doenças transmissíveis por via hídrica; solo erodido e pobre em nutrientes e notadamente a contaminação ocasionada pela produção de “defensivos” agrícolas, o que compromete a produção agrícola e portanto a alimentação da população – tanto em qualidade como em quantidade; a poluição do ar, que acelera (ou produz) doenças do aparelho respiratório; a chuva ácida que pode comprometer (e destruir) áreas florestais ou agrícolas; o efeito estufa que pode, pelo derretimento das geleiras, inundar imensas áreas de planícies costeiras cuja implicação pode ocasionar a diminuição de solos férteis para a agricultura e, portanto, da produção agrícola; a contínua destruição da camada de ozônio, cujos efeitos cancerígenos são conhecidos.
Estão também se criando “novos territórios indesejáveis”, ou segregados, como as áreas de depósito de lixo doméstico, de lixo radioativo, e de usinas nucleares. Estes territórios indesejáveis, também estão inseridos no que, como já foi dito acima, podemos denominar de intercâmbio ecologicamente desigual – não apenas entre países – mas entre determinadas regiões de um mesmo país, ou melhor, de uma mesma cidade, como é o caso dos depósitos de lixo doméstico, que devem ser situados cada vez mais longe e que têm servido para “a sobrevivência dos mais pobres que coletam os restos”. Este intercâmbio ecologicamente desigual entre países pode ser observável na transferência de resíduos:
Autora: Arlete Moisés Rodrigues Livro: Produção e Consumo do e no espaço: problemática ambiental urbana.São Paulo: EDUSP,1988.
22
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 14 - Imagem de um barraco às margens do Ribeirão Mandacarú, em Maringá-PR
e residências em uma ilha grega. Ao olhar as imagens, pode-se distinguir o desejável do
indesejável?!
FOTOGRAFE, EM SEU BAIRRO, LOCAIS QUE VOCÊ CONSIDERA COMO ESPAÇOS DESEJÁVEIS E COMO INDESEJÁVEIS.
ANOTE O ENDEREÇO E A DATA DA FOTOGRAFIA, COMO TAMBÉM OS “OBJETOS” QUE ESTÃO SENDO FOTOGRAFADOS.
SELECIONE AS FOTOS A SEREM USADAS POSTERIORMENTE PARA ILUSTRAR UM MAPA DO BAIRRO “VILA MORANGUEIRA”.
COMPARE O MAPA ILUSTRADO COM O MAPA DA DENGUE PRODUZIDO PELA SECRETARIA DE SAÚDE E PROCURE RESPONDER AS QUESTÕES ABAIXO:
- A VILA MORANGUEIRA ESTÁ ENTRE OS BAIRROS QUE POSSUEM MAIOR ÍNDICE DE CASOS DE DENGUE? POR QUÊ?
- EM QUE LOCALIZAÇÃO NA VILA MORANGUEIRA FOI VERIFICADO ACÚMULO DE RESÍDUOS? ELES COINCIDEM TAMBÉM COM OS ALTOS ÍNDICES DE DENGUE?
ENTREVISTAR UMA PESSOA DO BAIRRO QUE JÁ TENHA CONTRAÍDO A DENGUE, PEDIR QUE ELA CONTE COMO SE SENTIU.
- QUAIS FORAM OS SINTOMAS?
- NECESSITOU DE ATENDIMENTO MÉDICO?
- SE ELA JÁ ADOTAVA MEDIDAS PREVENTIVAS DE COMBATE AO MOSQUITO?
- QUAIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO SÃO ADOTADAS PELA PESSOA A PARTIR DO MOMENTO QUE TEVE A DOENÇA?
- O QUE A POPULAÇÃO LOCAL PODE FAZER PARA CONTRIBUIR PARA DIMINUIR O PROBLEMA DA DENGUE?
DÊ SUGESTÕES SOBRE CONSCIENTIZAÇÃO QUE POSSAM SER TRANSFORMADAS EM
23MATERIAL PARA SER DISTRIBUÍDO PARA A POPULAÇÃO.
4. O LIXO NO ESPAÇO ESCOLAR: COMO DIMINUIR?
Você já parou para pensar que o mundo é uma enorme máquina recicladora? Pois é verdade. Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. E reciclar é justamente transformar, é utilizar coisas que já usamos e que não servem mais como matéria‐prima para a fabricação de
novos produtos.
Patrícia Engel Secco. O Livro de Gaia. Uma pequena lição de amor.
Nas escolas há um grande problema a ser enfrentado com relação à produção de
“lixo”, e em alguns casos, a própria cantina escolar oferece produtos com embalagens
plásticas, de papel ou metal, que acabam por serem depositadas sem a devida separação.
Outro grande problema é a falta de conscientização dos alunos com relação ao uso
adequado de seu material escolar. É comum observar-se ao final de um dia letivo o
excesso de papel no interior das salas de aula, grande parte dele proveniente de folhas
de caderno que os próprios alunos destroem.
Um grande passo a ser dado é investir na Educação Ambiental e na
conscientização, permitir que esses alunos possam compreender a importância do uso
correto de cada material bem como o valor impresso em cada produto.
Assim uma alternativa é favorecer a reciclagem do papel de maneira artesanal
que além de ser uma atividade lúdica permite a reflexão sobre a importância de realizar
a coleta seletiva e reciclagem dos materiais, bem como pensar sobre as questões:
Somos capazes de produzir menos lixo?
Podemos usar mais vezes as coisas antes de descartá-las no lixo?
O material que jogamos no lixo pode ser reutilizado?
Não se trata aqui de valorizar a reciclagem como uma forma de incentivar o
consumo, e sim, de incentivar a mudança de atitude de nossos alunos quanto ao
consumo e produção de resíduos sólidos, favorecendo assim seu crescimento enquanto
cidadão em formação. Podemos agir de acordo com a regra dos 3rs: reduzir, reutilizar,
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reciclar e agora incluir o item repensar. Nesse sentido, alguns sites de organizações não
governamentais em defesa do meio ambiente já dispõe de exemplo de como utilizar no
cotidiano a regra dos 3 ou 4 “ERRES”.
Reduzir
Esta é a primeira ação a ser incorporada ao seu cotidiano, tendo em mente o
velho ditado: "melhor prevenir do que remediar".
É fundamental conscientizar-se da importância de reduzir a quantidade de lixo que você
gera todos os dias.
Veja algumas idéias para conseguir isso:
- Consuma produtos comercializados com a menor quantidade de embalagens e
invólucros.
- Evite comprar produtos em embalagens descartáveis que contaminem a natureza.
- Consuma só o necessário, sem desperdiçar nem esbanjar.
- Use racionalmente o gás, a água e a eletricidade: consuma apenas o necessário.
Reutilizar
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 15- Exemplos de reutilização de materiais. Escola Milton Santos E.M.S. Estrada
Velha saída para Paiçandu. Lote 63.
O segundo R propõe utilizar ao máximo todos os elementos, diminuindo o
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impacto deles sobre o ambiente porque demorarão mais em ir para o lixo.
Você pode reutilizar mais coisas do que você imagina. Veja:
Limpe as embalagens - como potes, frascos e latas - e dê um novo uso a elas
(para organizar objetos ou guardar alimentos que você compra sem embalagem, por
exemplo)
Utilize as folhas de papel dos dois lados antes de jogá-las no lixo.
Compre produtos com embalagens retornáveis
Utilize uma cesta ou um carrinho para ir ao supermercado. Evite as sacolas
plásticas ou de papel descartáveis.
Junte a água da chuva para regar as plantas, lavar o carro e a calçada.
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 16 - Reutilização de materiais e da água da chuva. Horta em área urbana de
Câmbira - PR.
Reciclar
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 17- Reciclagem de papel
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O terceiro R envolve qualquer processo ou tratamento para transformar algo que
seria lixo em um novo material utilizável. Existem muitas técnicas para reciclar os
diferentes tipos de materiais. O Bem Simples sugere os seguintes:
Recicle o papel e o papelão utilizando técnicas para obter papéis ecológicos.
Separe os vidros e doe-os ou venda-os a empresas que os reciclem. O vidro é um
material 100% reaproveitável.
Junte as embalagens e os envoltórios de plástico, e leve-os a centros de coleta ou
de processamento para que sejam fundidos e transformados em novos elementos.
Produza o seu próprio adubo, usando os resíduos orgânicos para fertilizar a terra
das suas plantas.
Repensar
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 18- Alunos do curso de Geografia da UEM e da Escola Milton Santos discutem
sobre a agricultura ecológica e sobre o reaproveitamento de materiais.
É o momento para iniciarmos esta regra, pois, temos que repensar se realmente o
que consumimos é necessário ou se apenas o fazemos em função de modismos,
facilidades e conveniências. Por exemplo, as mercadorias que compramos em
embalagens de papel plástico e metal, precisam ser necessariamente embaladas desta
forma ou podemos levar ao supermercado uma sacola retornável e evitar o uso dessas
embalagens.
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4.1. CAMINHO PERCORRIDO PELOS RESÍDUOS SÓLIDOS
A partir da observação do esquema abaixo e a regra dos 4Rs, os alunos farão a
reciclagem do papel produzido no espaço escolar, seguindo o roteiro abaixo:
CONSUMO E GERAÇÃO DO LIXO
Pesquise mais sobre o assunto e escreva sobre o consumoresponsável e o que você pode fazer a respeito.
Acervo pessoal: Aparecida D.N. Sacani
Visite o site www.meioambiente.pr.gov.br
Consulte o programa desperdício zero
Analise as ações do Estado do Paraná sobre a questão.
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SEPARAÇÃO DO LIXO
Fonte: clip-art
COLETA DO LIXO
Fonte: clip-art
RECICLAGEM DO LIXO
Fonte: clip-art
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NÃO RECICLADOS VÃO PARA O ATERRO SANITÁRIO
Fonte: clip-art
PRODUTOS RECICLADOS VOLTAM AO MERCADO.
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Material Tempo de Degradação
Aço Mais de 100 anos
Alumínio 200 a 500 anos
Cerâmica Indeterminado
Chicletes 5 anos
Cordas de nylon 30 anos
Embalagens Longa Vida Até 100 (alumínio)
Embalagens PET Mais de 100 anos
Esponjas Indeterminado
Filtros de cigarros 5 anos
Isopor Indeterminado
Louças Indeterminado
Luvas de Borracha Indeterminado
Metais (componentes de equipamentos) Cerca de 450 anos
Papel e Papelão Cerca de 6 meses
Plástico (embalagens, equipamentos) Até 450 anos
Pneus Indeterminado
Sacos e sacolas plásticas Mais de 100 anos
Vidros Indeterminado
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Fonte: Adaptado de Vida Sustentável e Vivaterra.
Figura 19 - Resíduos Sólidos – Tempo de decomposição dos materiais na Natureza
Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki
Figura 20 - O lixo jogado nas ruas da Zona 7, em Maringá, cai nas galerias de águas
fluviais e vai se acumular nas margens do ribeirão Mandacarú.
Observe as Figuras 19 e 20 e escreva um texto sobre as responsabilidades da população e do poder público sobre esta situação bem como consequências para o meio ambiente e quais seriam as soluções para o problema.
Ficha Técnica do Lixo
Recicláveis:
Papel reciclável Caixa de papelão, jornal, revista, impressos em geral, fotocópias, rascunhos, envelopes, papel timbrado, embalagens Longa-Vida, cartões, papel de fax, folhas de caderno, formulários de computador, aparas de papel, copos descartáveis, papel vegetal, papel toalha e guardanapo
Vidro reciclável Garrafas de bebidas alcóolicas e não-alcóolicas, bem como seus cacos. Frascos em geral (molhos, condimentos, remédios, perfumes e produtos de limpeza); ampolas de remédios e potes de produtos alimentícios
Metal reciclável Latas de alumínio (cerveja e refrigerante)
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Sucatas de reforma, lata de folha de flandres (lata de óleo, salsicha e outros enlatados) Tampinhas, arames, pregos e parafusos, objetos de cobre, alumínio, bronze, ferro, chumbo ou zinco Canos e tubos
Plástico reciclável Embalagens de refrigerante, de materiais de limpeza e de alimentos diversos. Copos plásticos, canos, tubos e sacos plásticos. Embalagens Tetrapak (misturas de papel, plástico e metal) Embalagens de biscoito
Não recicláveis:
Papel ainda não-reciclável Papel sanitário, papel carbono, fotografias, fitas adesivas, Stencil e tocos de cigarro
Vidros ainda não-recicláveisEspelhos, vidros de janela, boxes de banheiro, lâmpadas incandescentes e fluorescentes, cristais, utensílios de vidro temperado e vidros de automóveis. Tubos e válvulas de televisão Cerâmica, porcelana, “pirex” e “marinex”
Metal ainda não-reciclável Clipes e grampos Esponjas de aço Plástico ainda não-reciclável Ebonite (cabos de panelas, tomadas)
O lixo no Brasil. Maurício Sotto Maior.
Disponível em http://www3.atarde.com.br/especiais/econegocios/hp/lixo.htm .acesso em 09/06/2010.
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Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki, 2009
Figura 21 - Alunos do curso de Geografia da UEM, em visita ao PRO-RESÍDUOS,
aprendem a produzir “papel reciclado”
1. Coletar o papel a ser reciclado, utilizado na escola, que seria levado para o lixo.
2. Coloque o papel picado em um balde, por 24 horas, com aproximadamente 10 litros
de água.
3. Lave bem o papel para retirar as impurezas.
4. Pegue pequenas porções de papel, coloque no liquidificador e bata com um litro de
água por mais ou menos um minuto.
5. Coloque a mesa em uma caixa plástica e, se a mistura estiver muito grossa adicione
mais água na caixa.
6. Mergulhe uma tela de náilon na caixa plástica e comece a tirar o papel.
7. Coloque o papel sobre um tecido (entretela sem cola, algodão ou tergal).
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8. Depois o coloque em uma prensa para eliminar o excesso de água.
9. Pendure no varal para secar.
10. Após seco utilize o papel para fazer cartões, capas de caderno, enfeites decorativos
entre outros.
11. Relate sua experiência, que importância ela teve em sua vida. Ela contribuiu em que
sentido?
5. RESÍDUOS SÓLIDOS OU “LIXO” E A DENGUE NO MUNICÍPIO DE
MARINGÁ-PR
A dengue é uma doença febril provocada por um vírus transmitido pelo
mosquito Aedes Aegypti que é encontrado em regiões tropicais e subtropicais. Seus
principais sintomas são febre, dores no corpo, principalmente nas articulações, e dor de
cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos,
sangramento, mais comum na gengiva.
O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e
DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e
imunidade parcial e temporária contra os outros três.
Existem dois tipos de dengue, a clássica e a hemorrágica: a forma clássica que
raramente mata, já a dengue hemorrágica é a forma mais agressiva, pois além dos
sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e
consequências como a morte.
A reidratação oral é uma medida importante e deve ser realizada durante todo o
período de duração da doença e, principalmente, da febre. O tratamento da dengue é de
suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e manutenção da
atividade sangüínea. A pessoa deve manter-se em repouso, beber muito líquido
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(inclusive soro caseiro) e só usar medicamentos prescritos pelo médico, para aliviar as
dores e a febre.
5.1. O ACÚMULO DE LIXO E A DENGUE
O montante de lixo retorna a você e a sua família sob a forma de doenças como a
dengue, um dos maiores problemas de saúde pública mundial. Um dos focos mais
freqüentes de reprodução do “Aedes aegypti”, mosquito transmissor da dengue, é aquele
provocado pelo acúmulo de lixo, o que se aplica tanto para resíduos mal
acondicionados, jogados em terrenos baldios ou para os não recolhidos. Esse lixo tem a
possibilidade de acumular água e, se não for tratado convenientemente ou recolhido,
permanecerá no meio ambiente por bastante tempo, tempo suficiente, inclusive, para
funcionar como criadouro para todo o ciclo de reprodução do mosquito.
Para evitar o mosquito da Dengue é preciso eliminar os focos do Aedes. Use
mosquiteiros e principalmente telas nas janelas. Use roupas que cubram a maior parte
do corpo e evite o acúmulo de lixo nos quintais de casa, em terrenos baldios, pois por
menor que seja o recipiente ele pode acumular água e se tornar um importante criadouro
para o mosquito aedes aegypti.
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Fonte: http://www.maringa.pr.gov.br/imagens/mapa_dengue.jpg acesso em 10/03/2010
Figura 22 - Maringá e o índice de infestação por bairro, em levantamento realizado entre 4 a 8 de janeiro de 2010.
Tabela1- Índices de infestação predial de dengue e porcentagem de criadouros
predominantes em alguns municípios do Norte do Paraná
I I P (HP) % de Criadouros predominantes Município Média Intervalo Abastecimento
de água (caixa d'água, tambores, tonéis, poços, etc)
Depósitos domiciliares (vasos, ralos, lages bromélias, piscinas, etc)
Lixo (resíduos sólidos)
Situação
Maringá 1,9 0,0 – 5,6 16,8 31 52,3 Alerta Londrina 1 0,0 – 2,8 18,4 35,1 46,1 Alerta Paranavaí 3,7 1,8 – 5,2 20,5 41,1 38,4 Alerta Apucarana 1,5 0,5 – 2,2 25,5 41,1 38,4 Alerta Foz do Iguaçu 3,8 0,9 – 6,1 16,8 35,6 47,6 Alerta Cambé 2,4 1,6 – 3,7 26,5 16,3 57,1 Alerta
Fonte: Adaptado do portal saúde Disponível em http://portal.saude.gov.br
Alerta entre 1,1 e 3,9% Risco a partir de 4% Satisfatório até 1%
IIP (HP)- índice de Infestação Predial
A cidade de Maringá está com altos índices de casos de dengue que podem ser
verificados na Figura 22 e na Tabela 1: pode-se perceber que, em Maringá- PR, 52,3%
dos criadouros do mosquito aedes aegypti ocorrem em áreas de depósitos de resíduos
sólidos, isso justifica a preocupação cada vez maior em relação ao destino final do lixo.
Observa-se, também, que todas as cidades investigadas encontram-se em estado de
alerta!!
Analise os dados da Tabela 1 e compare os índices nos municípios e pesquise os casos de dengue registrados e verifique a correspondência entre os casos da doença e os índices de infestação do mosquito aedes aegypti.
Verifique os principais focos do mosquito nesses municípios e discuta com os colegas: quem é o responsável sobre essas fontes de infestação e o que pode ser feito para diminuir o problema. No seu município e no seu bairro estão sendo tomadas medidas?
Sabe-se, entretanto, que o consumo tem contribuído de maneira significativa
para o aumento da quantidade de resíduos sólidos produzidos pela população. Quanto
maior o poder aquisitivo, maior é o consumo e consequentemente, mais “lixo” se
produz diariamente.
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6. REFERÊNCIAS e BIBLIOGRAFIA:
DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. 9 ed. São Paulo: Gaia, 2004.
GRIPPI, Sidney. Lixo: Reciclagem e sua História: guia para as prefeituras brasileiras. 2.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do ensino fundamental. Curitiba, 2008.
RODRIGUES, Arlete Moysés. Produção e Consumo do e no espaço: problemática ambiental urbana. São Paulo: Hucitec, 1988.
RODRIGUES, Francisco Luiz & CAVINATTO, Vilma Maria. Lixo: de onde vem? Para onde vai? 2 ed. São Paulo: Moderna, 2003.
Sites consultados
http://www.cempre.org.br/
http://www.mma.gov.br
http://www.lixo.com.br/
http://www.ecolnews.com.br/lixo.htm
http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/
http://www.apromac.org.br/dengue.htm
http://www.portal.saude.gov.br
http://www.maringa.pr.gov.br
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7. Anexos
Figura 23. Mapa da Vila Morangueira Maringá/PR
Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá - PR .
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