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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - Operação de ... · Material Didático Pedagógico (Unidade ... industrial, agrícola, atômico, espacial, etc. ... organizado sob a forma

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

                                                           

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

Superintendência da Educação

Diretoria de Políticas e Programas Educacionais

Programa de Desenvolvimento Educacional

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

APARECIDA DELORENCI NOGUEIRA SACANI

RESÍDUOS SÓLIDOS OU LIXO URBANO: PARA ONDE VAI?

MARINGÁ

2010

UNIDADE DIDÁTICA PEDAGÓGICA

RESÍDUOS SÓLIDOS OU LIXO URBANO: PARA ONDE VAI?

Material Didático Pedagógico (Unidade Didática) para Intervenção Pedagógica na Escola, apresentado à Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná, como requisito parcial à obtenção do título de Professora PDE, sob a responsabilidade a professora Profa. Ms. Yolanda Shizue Aoki, vinculada a Universidade Estadual de Maringá - UEM

MARINGÁ

2010

SUMÁRIO

1. Apresentação.................................................................................................04

2. Fundamentação teórica.................................................................................05

3. A produção de lixo.........................................................................................07

3.1 Lixo: o que é?..............................................................................................09

3.2. Lixo urbano para onde vai?........................................................................12

3.3. A questão do lixo em Maringá Pr................................................................16

4. O lixo no espaço escolar: como diminuir?.....................................................25

4.1. Caminho percorrido pelos resíduos sólidos................................................28

5. Resíduos sólidos ou “lixo” e a Dengue no município de Maringá Pr.............34

5.1. O acúmulo de lixo e a Dengue....................................................................35

6. Bibliografia.....................................................................................................38

7. Anexos...........................................................................................................39

7.1. Mapa: Vila Morangueira-Maringá/ PR.........................................................39

7.2. Mapa: Maringá /PR-Limites........................................................................40

 

 

1. APRESENTAÇÃO

A elaboração de um Caderno Pedagógico relacionado aos Resíduos

Sólidos Urbanos e direcionado aos alunos da 7ª série do Ensino Fundamental,

na disciplina de Geografia. Será implementado no segundo semestre de 2010

no Colégio Estadual João de Faria Pioli Ensino Fundamental e Médio no

Município de Maringá, Núcleo de Maringá. Esta produção faz parte do

programa de formação continuada - Programa de Desenvolvimento

Educacional - PDE, ofertado pela Secretaria de Estado da Educação do Estado

do Paraná.

O material didático apresenta uma metodologia voltada a aproximar a

teoria e prática, através de instrumentos de ensino que proporcionem

atividades que viabilizem a interação entre o saber sistematizado, metódico e

científico e as experiências vivenciadas pelos alunos e pelo professor.

O uso de diversos instrumentos de ensino visa a maior participação dos

alunos no processo ensino/aprendizagem bem como, proporcionar maior

reflexão acerca do conteúdo estudado.

  4

 

 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A Geografia, enquanto disciplina, tem como objeto de estudo, o espaço

geográfico, entendido como o espaço produzido e apropriado pela sociedade

(LEFEBVRE, 1974 apud PARANÁ, 2008), composto pela inter-relação entre

sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e sistemas de ações –

relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS, 1996, apud

PARANÁ, 2008). Compreendemos, desta forma, que existe uma inter-relação

entre o espaço geográfico e as ações humanas, proporcionando as alterações

no espaço geográfico.

As Diretrizes Curriculares ao propor o ensino de Geografia por meio de

Conteúdos Estruturantes, procura abordar os conhecimentos de grande

amplitude que formam os campos de estudo da disciplina escolar. Nesse

trabalho, daremos ênfase a Dimensão Socioambiental do espaço geográfico,

por entender que este perpassa outros campos de conhecimento, que não só o

ambiental, como nos mostra o texto apresentado pelas Diretrizes Curriculares.

A abordagem geográfica deste conteúdo estruturante destaca

que o ambiente não se refere somente a envolver questões

naturais. Ao entender ambiente pelos aspectos sociais e

econômicos, os problemas socioambientais passam a compor,

também, as questões da pobreza, da fome, do preconceito, das

diferenças culturais, materializados no espaço geográfico.

(PARANÁ, 2008. pg. 73).

As atividades propostas neste material têm como objetivo, permitir ao

aluno perceber-se como elemento importante na construção e transformação

do espaço geográfico. Também promover a mudança de atitude frente aos

problemas ambientais contemporâneos, especialmente a produção de resíduos

sólidos, bem como o destino ecologicamente correto desses resíduos, além de

  5

 

 

promover atividades que proporcione a reflexão e conscientização sobre os

problemas causados pela má acomodação dada aos resíduos sólidos urbanos,

criando espaços desejáveis e indesejáveis.

Desta forma, procuramos desenvolver um trabalho que favoreça a

relação teoria e prática e que os conteúdos abordados tenham como ponto de

partida o local para o global, visando permitir ao aluno melhor compreensão do

conhecimento, pois, sabemos que a escola tem um importante papel na

transmissão do saber sistematizado, metódico e científico.

Nesse sentido, Dias (2004), acrescenta que: “A aprendizagem será mais

significativa se a atividade estiver adaptada às situações da vida real da

cidade, ou do meio, do aluno e do professor”. Entendemos que para que a

aprendizagem significativa realmente aconteça, se faz necessário o uso de

instrumentos de ensino que promovam a relação entre o conteúdo apresentado

e as experiências vivenciadas por alunos e professor. Assim, a metodologia

utilizada no referido material busca promover uma aproximação entre a teoria e

prática, através do uso de instrumentos de ensino que privilegiem atividades

que auxiliem na mudança de atitude de nossos alunos que se perceberão

elementos fundamentais na produção e transformação do espaço geográfico.

Figura 1- Materiais expostos e dispostos como lixo.

 

Acervo pessoal: Aparecida D.N. Sacani 2009.

  6

 

 

3. A PRODUÇÃO DO LIXO

A produção de lixo pela humanidade vem de um período bem longínquo da

História, quando o homem era apenas coletor e caçador de alimentos, os residues por

eles produzidos eram restos de alimentos que se acumulavam ao redor de suas casas,

provocando mau cheiro, doenças, entre outros problemas. Com o esgotamento dos

recursos disponíveis, a populacão tinha que se deslocar constantemente em busca de

locais mais adequados à sua sobrevivência. Ampliando-se assim, as áreas degradadas.

Mas, com o passar do tempo, a chamada Revolução Industrial e o uso de

tecnologias mais modernas, a produção de bens de consumo aumentou

vertiginosamente. Tudo isso aliado ao capitalismo, sistema econômico que objetiva o

lucro, e ao aumento da população mundial proporcionou o um avanço crescente do

consumo e consequentemente de produção de resíduos.

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

  7

 

 

Figura 2 - O comércio de luxo em Paris, França. Na parte superior da figura, a Avenida Champs

Elysée e as lojas de grife, na parte inferior, a famosa Galeria Lafayette.

Vamos saber mais.... Obseve as Figuras 1, 2 e 3 e: 

Pesquise no dicionário o significado das palavras: consumo e consumismo. 

Explique a diferença existente entre as duas palavras. 

Observe  os  produtos  que  você  utiliza  no  seu  dia  a  dia.  Todos  são  necessários  a  sua sobrevivência?  

O que você faz com objetos que considera inservíveis? Comente sua resposta. 

 

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 3 – Ruas de comércio popular em Atenas, na parte superior e em Paris, na parte

inferior. Estas imagens lembram algum local que você conhece?

Para tornar os produtos mais atrativos ao consumidor, estes passaram a ser

embalados em diferentes materiais, como o papel, plástico, isopor entre outros. Os

meios de comunicação, por meio da propaganda, também tiveram papel importante

nesse processo.

  8

 

 

Assim, desencadeou-se um problema maior. O que fazer com os resíduos

produzidos pelo homem no dia a dia? Será que tudo o que descartamos diariamente é

realmente lixo?

3.1. LIXO: O QUE É?

 Lixo: palavra que deriva do  latim “lix” e significa “cinza”. Sinônimos da palavra  lixo: detrito, dejeto, refuge, resto, resíduo. 

O lixo é formado por tudo aquilo que consideramos inútil, velho, sujo ou indesejável, ou seja, aquele material que, por razões diversas, acaba jogado fora ou descartado. 

 Neide Simões de Mattos & Suzana Facchini Granato. Lixo problema nosso de cada dia. Cidadania, reciclagem e uso sustentável.  

 

Os produtos consumidos diariamente pela população não dura para sempre,

levando as pessoas a concluírem que se colocarem o lixo para fora de casa o problema

está resolvido.

Sabemos que o problema está longe de ser resolvido, ou melhor, está apenas

começando. O destino do lixo que se produz é muitas vezes incerto, terminando por ser

depositado em aterros sanitários, em lixões e ou em locais inapropriados, como terrenos

baldios, fundos de vale, etc.

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 4- Lixeiras são colocadas nas ruas das cidades para a manutenção da limpeza.

Observe a Figura 4 e responda se há a necessidade de cartazes como estes nas ruas de

sua cidade ou bairro. Pesquise onde você mora e verifique se existem lixeiras nas ruas e

se a população utilize as mesmas.

  9

 

 

Os resíduos são diversos, de acordo com a sua procedência, podem ser:

doméstico, hospitalar, industrial, agrícola, atômico, espacial, etc.

Lixo doméstico ou domiciliar: é o tipo mais comum, é aquele que sai

dasresidências e é composto por diferentes materiais, como por exemplo:

orgânico, plástico, papel, vidro etc.

Lixo industrial: os resíduos produzidos pelas indústrias são determinados pelo

tipo de atividades que elas desenvolvem: madeira, metal, papel, restos animais,

restos vegetais, produtos químicos etc.

Lixo agrícola: além dos restos produzidos pelas colheitas, o lixo agrícola

também agrega materiais que requerem cuidado ao manuseá-los, por exemplo:

as embalagens utilizadas para acomodar os fertilizantes e agrotóxicos usados nas

lavouras.

Você sabe o que são fertilizantes?

E agrotóxicos?

Pesquise no dicionário ou em outras fontes o significado dessas palavras e anote em seu caderno.  Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 5- Imagens da area rural de Maringá.

Lixo atômico ou nuclear: é o mais perigoso, composto por material radioativo.

Utilizam reatores nucleares para produzir energia elétrica.

Lixo espacial: é composto por satélites, sondas e foguetes desativados ou seus

fragmentos. Esse material fica vagando no espaço, podendo colidir com outros

artefatos lançados ao espaço ou cair na superfície da Terra causando acidentes

ou contribuindo para aumentar o volume de lixo por aqui.

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Acervo pessoal: Aparecida D. N. Sacani. 2009

Figura 6 - Lixo que não é lixo!

Observe a Figura 6, identifique os materiais dispostos na lixeira e diga o que é lixo.

1- Cada aluno deve observar a produção de lixo de sua casa durante uma semana,

completar o quadro abaixo, compare sua lista com a de seus colegas.

Em seguida, a partir dos resultados obtidos pela sala, deverão produzir uma tabela

classificando os diferentes tipos de resíduos (plástico, papel, orgânico, isopor entre

outros).

Tipos de residues produzidos em minha residência em kg

Papel Plástico Alumínio Orgânico Outros (especificar)

2- Verificar se na sua rua, bairro existe a coleta seletiva e se sua família tem o hábito de

separar esses resíduos.

3- Se não tem coleta seletiva, que fim é dado ao resíduo produzido por sua família?

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oleta seletiva?

odutos em

• Analisar a tabela que produziram, a que conclusão puderam chegar?

organizado sob a forma

de um folder explicativo com ações para melhorar a contribuição dos alunos na

manutenção do seu ambiente “desejável” em casa e na escola).

Para refletir:

• É possível diminuir a quantidade de resíduos em sua residência?

• Como fazê-lo?

• O que pode ser feito com os resíduos onde não há c

• A coleta seletiva e a reciclagem justificam o consumo de pr

embalagens de materiais que possam ser recicláveis?

• Qual a composição do material que observaram?

4- Finalizar a atividade com a produção de um texto (poderá ser

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 7 – Entulho de construção civil.

3.2. O LIXO URBANO, PARA ONDE VAI?

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Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 8 - As imagens mostram a disposição do lixo em algumas áreas de Maringá-PR

A produção de lixo está diretamente relacionada ao aumento da população, ou

seja, quanto mais gente mais produção de lixo. O consumo cada vez maior de produtos

industrializados e, principalmente, descartáveis vem proporcionando um aumento

considerável de resíduos produzidos por pessoa anualmente. O que tem provocado

graves problemas quanto ao seu destino.

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 9 – “Conteiners” para o recolhimento de lixo doméstico

Sabemos que as prefeituras municipais são responsáveis pela coleta e o destino

final dos resíduos produzidos nas cidades. Para isso, a população paga seus impostos e

taxas de coleta. Muitas prefeituras terceirizam o serviço de coleta e transporte do lixo.

Com relação aos resíduos domésticos ou regulares, estes são normalmente

transportados em caminhões comuns, fechados ou com compactadores. Em algumas

cidades a coleta acontece todos os dias ou em dias alternados. De acordo com as

cidades, estes resíduos são depositados em lixões a céu aberto ou em aterros sanitários.

Existe diferença entre aterro sanitário e lixão?

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ATERRO SANITÁRIO

É  uma  forma  de  disposição  final  do  lixo  urbano  no  solo,  seguindo  normas 

específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e minimizando os 

impactos  ambientais.  O  lixo  é  disposto  em  camadas  cobertas  com material 

inerte,  geralmente  solo;  são  também  construídos  sistemas  de  drenagem  e 

tratamento para os gases e os líquidos (chorume) produzidos pelo lixo. 

 acesso em 24/05/2010. Fonte: http://www.bv.am.gov.br/portal/conteudo/meio_ambiente/aterro_sanitario.php

 

Os aterros sanitários são construídos, na maioria das vezes, em locais distantes

das cidades. Isto ocorre em função do mau cheiro e da possibilidade de contaminação

do solo e de águas subterrâneas. Porém, existem, atualmente, normas rígidas que

regulam a implantação de aterros sanitários. Estes devem possuir um controle da

quantidade e tipo de lixo, sistemas de proteção ao meio ambiente e monitoramento

ambiental.

Os aterros sanitários são importantes, pois, solucionam parte dos problemas

causados pelo excesso de lixo gerado nas grandes cidades.

LIXÃO

São depósitos de lixo a céu aberto, sem nenhum tipo de tratamento. Geralmente são

oficiais, ou seja, depositados pelo próprio município em cidades onde não existe aterro

sanitário. É comum o lixão contaminar o solo, o subsolo e os lençóis freáticos,

destruindo a vegetação nas proximidades e poluindo a água.

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RECICLAGEM

Uma proposta para diminuir a quantidade de resíduos a serem aterradas é a

reciclagem.

Reciclagem é o resultado de uma série de atividades através das quais materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, sendo coletados, separados e processados para serem usados como matéria‐

prima virgem. 

Sidney Grippi. Lixo, Reciclagem e sua História. 

Vantagens da reciclagem!!!!

A reciclagem é um meio para diminuir a quantidade de lixo que vai ser

depositada nos lixões e nos aterros sanitários. Apesar de oferecer diversos benefícios,

não pode ser considerada a solução para o problema do lixo.

Existe uma padronização internacional para recipientes destinado à coleta

seletiva de materiais secos recicláveis, esta identificação é feita por cores, nos

recipientes coletores (VERDE para vidro, AZUL para papel, AMARELO para metal,

VERMELHO para plástico e BRANCO para lixo não reciclável).

Então, quais seriam as vantagens da reciclagem?

Sabemos também que separar os resíduos sem um destino adequado, significa

apenas enterrar em separado.

  Assista ao filme “Ilha das Flores”, disponível em http:www.youtube.com.br  

  E, reflita sobre aspectos econômicos, sociais e ambientais apresentados.  

  Anote suas conclusões e apresente‐as para seus colegas. 

  Faça uma pesquisa para conhecer o destino dado ao lixo produzido em sua cidade em jornais, revistas, internet  e outros. 

  15  Organize um mural  com  ilustrações e o  conteúdo de  sua pesquisa, apresente‐o para seus colegas. 

 

 

3.3. A QUESTÃO DO LIXO EM MARINGÁ-PR

A  produção  de  resíduos  é  tão  antiga  quanto o  processo de  ocupação  da  terra  pelo  homem. Acompanha o processo de apropriação e produção do homem em sociedade. 

Arlete Moisés Rodrigues. Produção e consumo e no espaço: problemática ambiental urbana.

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 10 - Maringá, vista das proximidades da UEM e do CESUMAR

A coleta dos resíduos sólidos urbanos, no município de Maringá, obedece a uma divisão

em dois setores: norte e sul tendo como divisória a Avenida Colombo. A coleta é

realizada em dias alternados, totalizando três vezes por semana nos bairros, na zona

central a coleta ocorre no período noturno todos os dias e atende 100% dos domicílios.

O serviço de coleta conta com 17 caminhões, sendo que atualmente apenas 14

estejam sendo utilizados diariamente. Cinco caminhões fazem a coleta dos resíduos nos

distritos de Iguatemi, Floriano e São Domingos. Na cidade de Maringá, 14 caminhões

fazem a coleta no período diurno e 10 realizam a coleta no período noturno.

Ao final de cada viagem, os caminhões com o “lixo” coletado são devidamente

pesados e seguem para a disposição final. Esses resíduos são depositados na Pedreira

Ingá que está localizada a cerca de 10 km da cidade.

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A coleta dos resíduos sólidos urbanos, no município de Maringá, conta com

aproximadamente 180 trabalhadores, distribuídos em:

1 gerente 36 motoristas 4 balanceiros

2 coordenadores 122 coletores 4 na Pedreira Ingá

2 fiscais

A empresa contratada para dar o destino final aos resíduos em Maringá é a

Constroeste que tem até janeiro de 2011 para se adequar aos critérios ambientais para

acomodar adequadamente os resíduos sólidos do município.

A população maringaense produz aproximadamente cerca de 330 toneladas de

resíduos por dia o equivalente a 0,85 kg/hab/dia.

MARINGÁ- CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO E A PRODUÇÃO DO LIXO*

PRODUÇÃO DE LIXO ANO POPULAÇÃO(mil

habitantes) TOTAL (t) PER CAPITA

(kg)

2010 341 102.820.072,73 301.38

2030 476 147.314.317,74 309.10

Fonte: Prefeitura de Maringá PR. Secretaria de Serviços Públicos.

*Estimativas

Figura 11 – Estimativas comparando o crescimento populacional e a produção de lixo

per capita.

  17

 

 

  18

(Org.) PEREIRA, J.L.L.: 2010.

Figura 12 - Bairro Vila Morangueira no município de Maringá PR

A Vila Morangueira faz parte do setor N3, e sua coleta acontece no período

noturno, onde são coletados aproximadamente 12 toneladas/dia na coleta comum e

cerca de 4 toneladas/dia na coleta seletiva.

Os maiores índices de coleta são verificados na segunda e terça-feira e nos dias

de festas.

No município, o bairro onde se verifica os maiores índices de coleta é a Zona 7,

totalizando aproximadamente 23 toneladas/dia.

 

 

Pesquise sobre os serviços de coleta de  lixo em Maringá e sobre a coleta seletiva no seu bairro. Escreva sobre os que têm no lixo uma alternativa de inserção social. 

Além dessa coleta, em Maringá, existem 7 cooperativas de reciclagem, que

fazem coleta seletiva. Dessas, 4 são coordenadas pela prefeitura: a Coopercanção, a

Coopernorte, a Coopermaringá, a Cooperpalmeiras. E as demais são cadastradas na

prefeitura: a Coopercicle, a Cooperportal e a Coopervidros e possuem coordenação

próprias. Todo lucro obtido com a produção é igualmente distribuído entre seus

cooperados. A coleta seletiva atinge cerca de 80 bairros do município, o que não

representa 100% dos domicílios.

Com relação ao óleo proveniente de frituras, já existem algumas iniciativas para

seu reaproveitamento, como é o caso do Supermercado São Francisco que recebe o óleo

de fritura coletado nas residências e doa a instituições assistenciais que podem

transformá-lo em detergente e sabão. Já uma grande parte do óleo de fritura coletado

nas lanchonetes e similares é levado pela Big Frango e é transformado em outros

produtos, inclusive biodisel.

Exemplos de sites para a pesquisa: www.coletasolidaria.gov.br

www.curitiba.pr.gov.br

www.funverde.org.br

No município de Maringá ainda não existe nenhuma empresa interessada na

coleta e reciclagem do isopor.

A Lei municipal Nº 7055, regulamentada pelo Decreto nº 1028/2006, dispose

sobre a destinação final de lâmpadas fluorescents, baterias e pilhas.

A varrição de ruas e avenidas em Maringá é realizada no período noturno e a

  19

 

 

quantidade de detritos recolhidos varia de 40 a 70 toneladas por mês, dependendo

principalmente da quantidade de folhas e flores que caem das árvores que embelezam as

ruas. Além disso, a poda das árvores também produz uma quantidade significativa de

residuos.

Os resíduos provenientes da construção civil também são levados para a Pedreira

Ingá, cerca de 400 toneladas/dia, onde é feita a classificação dos resíduos e dado o

devido fim.

Com relação a esse tipo de resíduo é observado um grande problema, pois, parte

dos mesmos é proveniente de pequenas reformas e acaba sendo lançado em terrenos

baldios e fundo de vales.

A multa para quem é flagrado depositando esses resíduos nos locais acima

citados varia entre R$ 50,00 a R$ 1000,00.

Para dar o devido fim a esses residuos, as empresas especializadas cobram R$

100,00 para o aluguel da caçamba e R$ 70,00 por tonelada para depositar legalmente na

Pedreira Ingá.

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 13 - Restos de material de construção jogados próximos ao Ribeirão Mandacarú em Maringá-Pr

  20

 

 

Leia o texto publicado pelo Diário em disponível em http://odiariomaringa.com.br/noticia/231635, 04/12/2009.

Pesquise (em equipe de até 4 pessoas) sobre a situação atual do lixo em Maringá e, em seguida, elabore um texto apresente-o a seus colegas em forma de telejornal.

Pesquise as Leis municipais, estaduais e federais que regulamentam o destino dos resíduos sólidos urbanos. Essas leis são cumpridas pelos cidadãos e empresas? Justifique sua resposta.

 

A O TEXT LEIA O TEXTO PUBLICADO PELO DIÁRIO EM DISPONÍVEL

EM LA coleta resíduos hospitalares é feita pela empresa Serquipe, que é responsável

pela coleta e pelo destino destes resíduos. A Serquipe é uma empresa de Londrina PR e

destina os resíduos hospitalares para os Estado de Santa Catarina.

M

 

 

 

 

 

No texto abaixo, a autora Arlete Moisés Rodrigues escreve sobre o modo de produção que, ao mesmo tempo cria territórios desejáveis e indesejáveis.

A empresa conseguiu, do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), autorização para instalar sua usina de separação de lixo e compostagem no terreno pertencente à Pedreira Ingá, que fica ao lado do atual aterro. Um dos problemas é que a licença seria apenas para separação e compostagem. O que a Constroeste pretende fazer com as cerca de 100 toneladas diárias de resíduos, que sobram das 300 toneladas coletadas, depois da separação dos recicláveis e orgânicos (que vão para compostagem), não ficou claro. Outro problema é que a licença vence em setembro, antes do final do contrato de um ano.

Texto publicado por O Diário de Maringá em 04/12/2009.

  21

 

 

Discuta o texto com seus colegas.

As contradições estão impressas no espaço desse modo-de-produção, que produz ao mesmo tempo mercadorias e territórios desejáveis e vendáveis e mercadorias e territórios indesejáveis e invendáveis. As mercadorias vendáveis e desejáveis são parte integrante do ideário do desenvolvimento dos ideais simbólicos de todos os cidadãos do mundo unipolar do findar do século XX; objetos- os mais variados, casas, tecnologia, ar puro, comunicação pessoa a pessoa e comunicação global, etc., e territórios, tanto os simbólicos e imaginários- ar puro, lugar agradável, paisagens como os lugares de moradia, de trabalho, de estudo, etc.; ou seja, desde mercadorias que se deslocam no território (desde alimentos até o automóvel) como as fixadas (das casas aos equipamentos e infra-estrutura), passando necessariamente pelas idéias que são veiculadas – no espaço – por outras mercadorias deslocáveis como os correios, os jornais, os rádios, as televisões, os telefones, os telefones celulares, etc. São quantificáveis em indicadores como o PIB (produto interno bruto), o PNB (produto nacional bruto), comércio internacional, etc.

As mercadorias e territórios indesejáveis são muitos e variados. Utilizo o termo indesejáveis no sentido de que não foram “planejados como mercadorias”, muito embora com o tempo e em determinados espaços, acabem tornando-se mercadorias. Mercadorias que “deterioram” determinados territórios tornando-os “indesejáveis” para a riqueza e para o poder. Vão desde as que deslocam no território – alimentos deteriorados, automóveis poluidores – como os fixados no território – casa pobres ou sub-habitação e infra-estrutura precária ou ausência desta, tendo como consequência esgotos e lixo a céu aberto, contaminação hídrica e consequentemente saúde precária, etc. Passam tais mercadorias indesejáveis necessariamente, pelas idéias que consideram tais ambientes fétidos; que consideram tais mercadorias indesejáveis como desvio de meta, sem levar em contra que são contradições do próprio modelo. Evidentemente quando as mercadorias forem sendo incorporadas para corrigir os desvios passam a ser tidas como desejáveis, como por exemplo, filtros que diminuem a poluição, mecanismos anti-ruídos, etc. e quantificáveis nos mesmos indicadores da produção em geral, Os indicadores de perda da biodiversidade, da cobertura vegetal, da camada orgânica do solo, da perda da qualidade do ar, aparecem como se fosse outra contabilidade. Aparecem como “desvios!” do modelo.

Alguns exemplos de mercadorias indesejáveis são um demonstrativo das contradições do modo industrial de produzir mercadorias: as águas continentais e oceânicas. Além do problema de inadequação para o desenvolvimento e reprodução dos peixes e, portanto da pesca – que é utilizada como alimento - 60% das doenças transmissíveis por via hídrica; solo erodido e pobre em nutrientes e notadamente a contaminação ocasionada pela produção de “defensivos” agrícolas, o que compromete a produção agrícola e portanto a alimentação da população – tanto em qualidade como em quantidade; a poluição do ar, que acelera (ou produz) doenças do aparelho respiratório; a chuva ácida que pode comprometer (e destruir) áreas florestais ou agrícolas; o efeito estufa que pode, pelo derretimento das geleiras, inundar imensas áreas de planícies costeiras cuja implicação pode ocasionar a diminuição de solos férteis para a agricultura e, portanto, da produção agrícola; a contínua destruição da camada de ozônio, cujos efeitos cancerígenos são conhecidos.

Estão também se criando “novos territórios indesejáveis”, ou segregados, como as áreas de depósito de lixo doméstico, de lixo radioativo, e de usinas nucleares. Estes territórios indesejáveis, também estão inseridos no que, como já foi dito acima, podemos denominar de intercâmbio ecologicamente desigual – não apenas entre países – mas entre determinadas regiões de um mesmo país, ou melhor, de uma mesma cidade, como é o caso dos depósitos de lixo doméstico, que devem ser situados cada vez mais longe e que têm servido para “a sobrevivência dos mais pobres que coletam os restos”. Este  intercâmbio ecologicamente desigual entre países pode ser observável na transferência de resíduos: 

Autora: Arlete Moisés Rodrigues Livro: Produção e Consumo do e no espaço: problemática ambiental urbana.São Paulo: EDUSP,1988.

  22

 

 

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 14 - Imagem de um barraco às margens do Ribeirão Mandacarú, em Maringá-PR

e residências em uma ilha grega. Ao olhar as imagens, pode-se distinguir o desejável do

indesejável?!

FOTOGRAFE, EM SEU BAIRRO, LOCAIS QUE VOCÊ CONSIDERA COMO ESPAÇOS DESEJÁVEIS E COMO INDESEJÁVEIS.

ANOTE O ENDEREÇO E A DATA DA FOTOGRAFIA, COMO TAMBÉM OS “OBJETOS” QUE ESTÃO SENDO FOTOGRAFADOS.

SELECIONE AS FOTOS A SEREM USADAS POSTERIORMENTE PARA ILUSTRAR UM MAPA DO BAIRRO “VILA MORANGUEIRA”.

COMPARE O MAPA ILUSTRADO COM O MAPA DA DENGUE PRODUZIDO PELA SECRETARIA DE SAÚDE E PROCURE RESPONDER AS QUESTÕES ABAIXO:

- A VILA MORANGUEIRA ESTÁ ENTRE OS BAIRROS QUE POSSUEM MAIOR ÍNDICE DE CASOS DE DENGUE? POR QUÊ?

- EM QUE LOCALIZAÇÃO NA VILA MORANGUEIRA FOI VERIFICADO ACÚMULO DE RESÍDUOS? ELES COINCIDEM TAMBÉM COM OS ALTOS ÍNDICES DE DENGUE?

ENTREVISTAR UMA PESSOA DO BAIRRO QUE JÁ TENHA CONTRAÍDO A DENGUE, PEDIR QUE ELA CONTE COMO SE SENTIU.

- QUAIS FORAM OS SINTOMAS?

- NECESSITOU DE ATENDIMENTO MÉDICO?

- SE ELA JÁ ADOTAVA MEDIDAS PREVENTIVAS DE COMBATE AO MOSQUITO?

- QUAIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO SÃO ADOTADAS PELA PESSOA A PARTIR DO MOMENTO QUE TEVE A DOENÇA?

- O QUE A POPULAÇÃO LOCAL PODE FAZER PARA CONTRIBUIR PARA DIMINUIR O PROBLEMA DA DENGUE?

DÊ   SUGESTÕES  SOBRE  CONSCIENTIZAÇÃO   QUE   POSSAM   SER   TRANSFORMADAS  EM 

  23MATERIAL PARA  SER  DISTRIBUÍDO  PARA  A  POPULAÇÃO.  

 

 

4. O LIXO NO ESPAÇO ESCOLAR: COMO DIMINUIR?

Você já parou para pensar que o mundo é uma enorme máquina recicladora? Pois é verdade. Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. E reciclar é justamente transformar, é utilizar coisas que já usamos e que não servem mais como matéria‐prima para a fabricação de 

novos produtos. 

Patrícia Engel Secco. O Livro de Gaia. Uma pequena lição de amor. 

Nas escolas há um grande problema a ser enfrentado com relação à produção de

“lixo”, e em alguns casos, a própria cantina escolar oferece produtos com embalagens

plásticas, de papel ou metal, que acabam por serem depositadas sem a devida separação.

Outro grande problema é a falta de conscientização dos alunos com relação ao uso

adequado de seu material escolar. É comum observar-se ao final de um dia letivo o

excesso de papel no interior das salas de aula, grande parte dele proveniente de folhas

de caderno que os próprios alunos destroem.

Um grande passo a ser dado é investir na Educação Ambiental e na

conscientização, permitir que esses alunos possam compreender a importância do uso

correto de cada material bem como o valor impresso em cada produto.

Assim uma alternativa é favorecer a reciclagem do papel de maneira artesanal

que além de ser uma atividade lúdica permite a reflexão sobre a importância de realizar

a coleta seletiva e reciclagem dos materiais, bem como pensar sobre as questões:

Somos capazes de produzir menos lixo?

Podemos usar mais vezes as coisas antes de descartá-las no lixo?

O material que jogamos no lixo pode ser reutilizado?

Não se trata aqui de valorizar a reciclagem como uma forma de incentivar o

consumo, e sim, de incentivar a mudança de atitude de nossos alunos quanto ao

consumo e produção de resíduos sólidos, favorecendo assim seu crescimento enquanto

cidadão em formação. Podemos agir de acordo com a regra dos 3rs: reduzir, reutilizar,

  24

 

 

reciclar e agora incluir o item repensar. Nesse sentido, alguns sites de organizações não

governamentais em defesa do meio ambiente já dispõe de exemplo de como utilizar no

cotidiano a regra dos 3 ou 4 “ERRES”.

Reduzir

Esta é a primeira ação a ser incorporada ao seu cotidiano, tendo em mente o

velho ditado: "melhor prevenir do que remediar".

É fundamental conscientizar-se da importância de reduzir a quantidade de lixo que você

gera todos os dias.

Veja algumas idéias para conseguir isso:

- Consuma produtos comercializados com a menor quantidade de embalagens e

invólucros.

- Evite comprar produtos em embalagens descartáveis que contaminem a natureza.

- Consuma só o necessário, sem desperdiçar nem esbanjar.

- Use racionalmente o gás, a água e a eletricidade: consuma apenas o necessário.

Reutilizar

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 15- Exemplos de reutilização de materiais. Escola Milton Santos E.M.S. Estrada

Velha saída para Paiçandu. Lote 63.

O segundo R propõe utilizar ao máximo todos os elementos, diminuindo o

  25

 

 

impacto deles sobre o ambiente porque demorarão mais em ir para o lixo.

Você pode reutilizar mais coisas do que você imagina. Veja:

Limpe as embalagens - como potes, frascos e latas - e dê um novo uso a elas

(para organizar objetos ou guardar alimentos que você compra sem embalagem, por

exemplo)

Utilize as folhas de papel dos dois lados antes de jogá-las no lixo.

Compre produtos com embalagens retornáveis

Utilize uma cesta ou um carrinho para ir ao supermercado. Evite as sacolas

plásticas ou de papel descartáveis.

Junte a água da chuva para regar as plantas, lavar o carro e a calçada.

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 16 - Reutilização de materiais e da água da chuva. Horta em área urbana de

Câmbira - PR.

Reciclar

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 17- Reciclagem de papel

  26

 

 

O terceiro R envolve qualquer processo ou tratamento para transformar algo que

seria lixo em um novo material utilizável. Existem muitas técnicas para reciclar os

diferentes tipos de materiais. O Bem Simples sugere os seguintes:

Recicle o papel e o papelão utilizando técnicas para obter papéis ecológicos.

Separe os vidros e doe-os ou venda-os a empresas que os reciclem. O vidro é um

material 100% reaproveitável.

Junte as embalagens e os envoltórios de plástico, e leve-os a centros de coleta ou

de processamento para que sejam fundidos e transformados em novos elementos.

Produza o seu próprio adubo, usando os resíduos orgânicos para fertilizar a terra

das suas plantas.

Repensar

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 18- Alunos do curso de Geografia da UEM e da Escola Milton Santos discutem

sobre a agricultura ecológica e sobre o reaproveitamento de materiais.

É o momento para iniciarmos esta regra, pois, temos que repensar se realmente o

que consumimos é necessário ou se apenas o fazemos em função de modismos,

facilidades e conveniências. Por exemplo, as mercadorias que compramos em

embalagens de papel plástico e metal, precisam ser necessariamente embaladas desta

forma ou podemos levar ao supermercado uma sacola retornável e evitar o uso dessas

embalagens.

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4.1. CAMINHO PERCORRIDO PELOS RESÍDUOS SÓLIDOS

A partir da observação do esquema abaixo e a regra dos 4Rs, os alunos farão a

reciclagem do papel produzido no espaço escolar, seguindo o roteiro abaixo:

CONSUMO E GERAÇÃO DO LIXO

 

Pesquise mais sobre o assunto e escreva sobre o consumoresponsável e o que você pode fazer a respeito. 

 

Acervo pessoal: Aparecida D.N. Sacani 

Visite o site www.meioambiente.pr.gov.br  

Consulte o programa desperdício zero 

Analise as ações do Estado do Paraná sobre a questão. 

  28

 

 

SEPARAÇÃO DO LIXO

Fonte: clip-art

COLETA DO LIXO

Fonte: clip-art

RECICLAGEM DO LIXO

Fonte: clip-art

  29

 

 

NÃO RECICLADOS VÃO PARA O ATERRO SANITÁRIO

Fonte: clip-art

PRODUTOS RECICLADOS VOLTAM AO MERCADO.

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Material Tempo de Degradação

Aço Mais de 100 anos

Alumínio 200 a 500 anos

Cerâmica Indeterminado

Chicletes 5 anos

Cordas de nylon 30 anos

Embalagens Longa Vida Até 100 (alumínio)

Embalagens PET Mais de 100 anos

Esponjas Indeterminado

Filtros de cigarros 5 anos

Isopor Indeterminado

Louças Indeterminado

Luvas de Borracha Indeterminado

Metais (componentes de equipamentos) Cerca de 450 anos

Papel e Papelão Cerca de 6 meses

Plástico (embalagens, equipamentos) Até 450 anos

Pneus Indeterminado

Sacos e sacolas plásticas Mais de 100 anos

Vidros Indeterminado

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Fonte: Adaptado de Vida Sustentável e Vivaterra.

Figura 19 - Resíduos Sólidos – Tempo de decomposição dos materiais na Natureza

Acervo pessoal: Yolanda Shizue Aoki

Figura 20 - O lixo jogado nas ruas da Zona 7, em Maringá, cai nas galerias de águas

fluviais e vai se acumular nas margens do ribeirão Mandacarú.

 

Observe  as  Figuras  19  e  20  e  escreva  um  texto  sobre  as responsabilidades da população e do poder público sobre esta situação bem  como  consequências  para  o meio  ambiente    e    quais  seriam  as soluções para o problema. 

Ficha Técnica do Lixo

Recicláveis:

Papel reciclável Caixa de papelão, jornal, revista, impressos em geral, fotocópias, rascunhos, envelopes, papel timbrado, embalagens Longa-Vida, cartões, papel de fax, folhas de caderno, formulários de computador, aparas de papel, copos descartáveis, papel vegetal, papel toalha e guardanapo

Vidro reciclável Garrafas de bebidas alcóolicas e não-alcóolicas, bem como seus cacos. Frascos em geral (molhos, condimentos, remédios, perfumes e produtos de limpeza); ampolas de remédios e potes de produtos alimentícios

Metal reciclável Latas de alumínio (cerveja e refrigerante)

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Sucatas de reforma, lata de folha de flandres (lata de óleo, salsicha e outros enlatados) Tampinhas, arames, pregos e parafusos, objetos de cobre, alumínio, bronze, ferro, chumbo ou zinco Canos e tubos

Plástico reciclável Embalagens de refrigerante, de materiais de limpeza e de alimentos diversos. Copos plásticos, canos, tubos e sacos plásticos. Embalagens Tetrapak (misturas de papel, plástico e metal) Embalagens de biscoito

Não recicláveis:

Papel ainda não-reciclável Papel sanitário, papel carbono, fotografias, fitas adesivas, Stencil e tocos de cigarro

Vidros ainda não-recicláveisEspelhos, vidros de janela, boxes de banheiro, lâmpadas incandescentes e fluorescentes, cristais, utensílios de vidro temperado e vidros de automóveis. Tubos e válvulas de televisão Cerâmica, porcelana, “pirex” e “marinex”

Metal ainda não-reciclável Clipes e grampos Esponjas de aço Plástico ainda não-reciclável Ebonite (cabos de panelas, tomadas)

 O lixo no Brasil. Maurício Sotto Maior.  

Disponível em http://www3.atarde.com.br/especiais/econegocios/hp/lixo.htm .acesso em 09/06/2010. 

 

 

 

 

 

 

 

  32

 

 

 

   

   

Acervo pessoal:  Yolanda Shizue Aoki, 2009  

Figura 21 - Alunos do curso de Geografia da UEM, em visita ao PRO-RESÍDUOS,

aprendem a produzir “papel reciclado”

1. Coletar o papel a ser reciclado, utilizado na escola, que seria levado para o lixo.

2. Coloque o papel picado em um balde, por 24 horas, com aproximadamente 10 litros

de água.

3. Lave bem o papel para retirar as impurezas.

4. Pegue pequenas porções de papel, coloque no liquidificador e bata com um litro de

água por mais ou menos um minuto.

5. Coloque a mesa em uma caixa plástica e, se a mistura estiver muito grossa adicione

mais água na caixa.

6. Mergulhe uma tela de náilon na caixa plástica e comece a tirar o papel.

7. Coloque o papel sobre um tecido (entretela sem cola, algodão ou tergal).

  33

 

 

8. Depois o coloque em uma prensa para eliminar o excesso de água.

9. Pendure no varal para secar.

10. Após seco utilize o papel para fazer cartões, capas de caderno, enfeites decorativos

entre outros.

11. Relate sua experiência, que importância ela teve em sua vida. Ela contribuiu em que

sentido?

5. RESÍDUOS SÓLIDOS OU “LIXO” E A DENGUE NO MUNICÍPIO DE

MARINGÁ-PR

A dengue é uma doença febril provocada por um vírus transmitido pelo

mosquito Aedes Aegypti que é encontrado em regiões tropicais e subtropicais. Seus

principais sintomas são febre, dores no corpo, principalmente nas articulações, e dor de

cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos,

sangramento, mais comum na gengiva.

O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e

DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e

imunidade parcial e temporária contra os outros três.

Existem dois tipos de dengue, a clássica e a hemorrágica: a forma clássica que

raramente mata, já a dengue hemorrágica é a forma mais agressiva, pois além dos

sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e

consequências como a morte.

A reidratação oral é uma medida importante e deve ser realizada durante todo o

período de duração da doença e, principalmente, da febre. O tratamento da dengue é de

suporte, ou seja, alívio dos sintomas, reposição de líquidos perdidos e manutenção da

atividade sangüínea. A pessoa deve manter-se em repouso, beber muito líquido

  34

 

 

(inclusive soro caseiro) e só usar medicamentos prescritos pelo médico, para aliviar as

dores e a febre.

5.1. O ACÚMULO DE LIXO E A DENGUE

O montante de lixo retorna a você e a sua família sob a forma de doenças como a

dengue, um dos maiores problemas de saúde pública mundial. Um dos focos mais

freqüentes de reprodução do “Aedes aegypti”, mosquito transmissor da dengue, é aquele

provocado pelo acúmulo de lixo, o que se aplica tanto para resíduos mal

acondicionados, jogados em terrenos baldios ou para os não recolhidos. Esse lixo tem a

possibilidade de acumular água e, se não for tratado convenientemente ou recolhido,

permanecerá no meio ambiente por bastante tempo, tempo suficiente, inclusive, para

funcionar como criadouro para todo o ciclo de reprodução do mosquito.

Para evitar o mosquito da Dengue é preciso eliminar os focos do Aedes. Use

mosquiteiros e principalmente telas nas janelas. Use roupas que cubram a maior parte

do corpo e evite o acúmulo de lixo nos quintais de casa, em terrenos baldios, pois por

menor que seja o recipiente ele pode acumular água e se tornar um importante criadouro

para o mosquito aedes aegypti.

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  36

Fonte: http://www.maringa.pr.gov.br/imagens/mapa_dengue.jpg acesso em 10/03/2010

Figura 22 - Maringá e o índice de infestação por bairro, em levantamento realizado entre 4 a 8 de janeiro de 2010.

Tabela1- Índices de infestação predial de dengue e porcentagem de criadouros

predominantes em alguns municípios do Norte do Paraná

 

 

I I P (HP) % de Criadouros predominantes Município Média Intervalo Abastecimento

de água (caixa d'água, tambores, tonéis, poços, etc)

Depósitos domiciliares (vasos, ralos, lages bromélias, piscinas, etc)

Lixo (resíduos sólidos)

Situação

Maringá 1,9 0,0 – 5,6 16,8 31 52,3 Alerta Londrina 1 0,0 – 2,8 18,4 35,1 46,1 Alerta Paranavaí 3,7 1,8 – 5,2 20,5 41,1 38,4 Alerta Apucarana 1,5 0,5 – 2,2 25,5 41,1 38,4 Alerta Foz do Iguaçu 3,8 0,9 – 6,1 16,8 35,6 47,6 Alerta Cambé 2,4 1,6 – 3,7 26,5 16,3 57,1 Alerta

Fonte: Adaptado do portal saúde Disponível em http://portal.saude.gov.br

Alerta entre 1,1 e 3,9% Risco a partir de 4% Satisfatório até 1%  

IIP (HP)- índice de Infestação Predial

A cidade de Maringá está com altos índices de casos de dengue que podem ser

verificados na Figura 22 e na Tabela 1: pode-se perceber que, em Maringá- PR, 52,3%

dos criadouros do mosquito aedes aegypti ocorrem em áreas de depósitos de resíduos

sólidos, isso justifica a preocupação cada vez maior em relação ao destino final do lixo.

Observa-se, também, que todas as cidades investigadas encontram-se em estado de

alerta!!

Analise os dados da Tabela 1 e  compare os  índices nos municípios e pesquise os  casos de dengue  registrados e verifique a correspondência entre os casos da doença e os índices de infestação do mosquito aedes aegypti.  

Verifique os principais focos do mosquito nesses municípios e discuta com os colegas: quem é o responsável  sobre essas fontes de infestação e o que pode ser feito para diminuir o problema. No seu município e no seu bairro estão sendo tomadas medidas? 

Sabe-se, entretanto, que o consumo tem contribuído de maneira significativa

para o aumento da quantidade de resíduos sólidos produzidos pela população. Quanto

maior o poder aquisitivo, maior é o consumo e consequentemente, mais “lixo” se

produz diariamente.

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6. REFERÊNCIAS e BIBLIOGRAFIA:

DIAS, Genebaldo Freire. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. 9 ed. São Paulo: Gaia, 2004.

GRIPPI, Sidney. Lixo: Reciclagem e sua História: guia para as prefeituras brasileiras. 2.ed. Rio de Janeiro: Interciência, 2006.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares do ensino fundamental. Curitiba, 2008.

RODRIGUES, Arlete Moysés. Produção e Consumo do e no espaço: problemática ambiental urbana. São Paulo: Hucitec, 1988.

RODRIGUES, Francisco Luiz & CAVINATTO, Vilma Maria. Lixo: de onde vem? Para onde vai? 2 ed. São Paulo: Moderna, 2003.

Sites consultados

http://www.cempre.org.br/

http://www.mma.gov.br

http://www.lixo.com.br/

http://www.ecolnews.com.br/lixo.htm

http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/desenvolvimento_sustentavel/

http://www.apromac.org.br/dengue.htm

http://www.portal.saude.gov.br

http://www.maringa.pr.gov.br 

 

 

 

 

 

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7. Anexos 

 

Figura 23. Mapa da Vila Morangueira Maringá/PR

Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá - PR .

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  40

Figura 24: Mapa do Município de Maringá PR. Limites.

Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá - PR .