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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · Ou seja, através da linguagem oral ... Desenvolvimento Sustentável na Trilha da Esperança. ... d- Por que uma criança está num ambiente

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

COLÉGIO ESTADUAL GUILHERME DE ALMEIDA - EFMN

PRODUÇÃO DIDÁTICO - PEDAGÓGICA – PDE/2009/2010

TURMA: 3.º A

PROFESSORA PDE: Elenice Borba Gilioli

TÍTULO: Gêneros discursivos: uma proposta para o desenvolvimento da escrita

no Ensino Médio, através da carta do leitor

OBJETIVO GERAL

Contribuir para a construção de práticas pedagógicas que possibilitem ao aluno

perceber a língua como algo útil e compreensível, tendo em vista a sua efetivação

nas diferentes práticas sociais, desenvolvendo assim, a afinidade no uso da

escrita, de forma a ampliar sua capacidade de interação para além de seu

contexto imediato.

OBJETIVOS ESPECÍFICO

Perceber a importância da escrita dos gêneros discursivos como forma de

comunicação e interação entre os sujeitos;

Analisar a intenção e a relevância da argumentação, presente na carta do leitor;

Refletir sobre o uso da língua como forma de expressão através da escrita,

identificando assim suas características próprias.

Apresentação do projeto e sua finalidade (aos alunos)

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Geraldi (2003) afirma que, quem escreve, escreve para alguém; escreve

com uma finalidade, sabendo como se deve dizer o que diz e quando deve dizê-

lo, ou seja, a escrita é uma forma de expressão de algo a alguém, com um

determinado objetivo, num determinado contexto, portanto exige a presença do

autor e do interlocutor, isso implica diálogo, interação entre autor e leitor.

Ou seja, através da linguagem oral ou escrita nos comunicamos uns com os

outros!

Uma das melhores coisas é poder fazer uso dos nossos direitos, expor nossos

pensamentos, conversar, dialogar, registrar a nossa história, participar...

UNIDADE - DIDÁTICA/PDE/2009

Por que usamos

a linguagem

escrita????

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Exemplos de situações do uso da linguagem escrita, no dia a dia

1- Observe o cartaz, atentamente!

a- Onde é veiculado esse tipo de texto?

b- Qual a sua finalidade?

c- A que público é destinado?

d- Quais palavras são desconhecidas por vocês? Procurar o significado.

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O enunciado indica que já houve outros eventos realizados pela Pastoral.

e- Como vocês percebem isso? Quem é convidado a participar do concurso?

f- Qual a finalidade do concurso?

Desenvolvimento Sustentável na Trilha da Esperança.

g- De que esperança está se falando?

h- Quais temas estão sendo propostos no concurso?

i- São temas relevantes ao proposto? Por quê?

j- A figura utilizada é um cata vento. Isso foi intencional? Por quê?

k- O que simboliza um cata vento nesse contexto em que foi utilizado?

l- Cada hélice do cata vento apresenta uma realidade. O que quer dizer cada

uma delas? Por quê?

m- Onde foi realizado o concurso?

É possível entender que o texto é produzido num dado tempo e lugar, por

um sujeito, e que esse sujeito pertence a um grupo social e expõe em seus textos

as ideias, os desejos e emoções. Ou seja, “Todo texto tem um caráter histórico,

não no sentido de que narra fatos históricos, mas no de que revela os ideais e as

concepções de um grupo social numa determinada época”. (SAVIOLI; FIORIN,

2006, p.17)

Isso iremos observar no texto a seguir:

Assim, os gêneros textuais compreendem uma relação concreta do que

dizer, a quem dizer, como, quando e por que dizer...

Assim, os gêneros textuais compreendem uma relação concreta do que dizer, a quem dizer, como, quando e por que dizer...

Assim, os gêneros textuais compreendem uma relação concreta do que dizer, a quem dizer, como, quando e por que dizer...

Concurso Ecumênico de Pastoral Popular. Desenvolvimento Sustentável na

Trilha da Esperança.

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05/04/2010

ESPAÇO ABERTO Nardoni: o caso ainda não acabou!

Jorge Alexandre Karatzios Após dois anos do lamentável assassinato da menina Isabela, veio a público a

resposta do Estado: o casal Nardoni foi condenado no último dia 27/03. Contudo, não

tratarei (por ora) da provável ilegalidade da condenação de Ana Jatobá, cujo veredicto não

foi com base em provas, e sim em fortes indícios e ao clamor popular (como se isso fosse

suficiente para condenar alguém), entretanto, fora desse quadro, as penas impostas aos

algozes foram de 31 e 26 anos para o delito de homicídio.

Ocorre que a população e grande parte da mídia não estão cientes de que a pena

efetiva a ser cumprida pelo casal pode ser bem inferior ao decidido pelo juízo paulista.

Explico: com relação ao pai e à madrasta da menina, deverá ser cumprido (entre outros

requisitos) dois quintos da sanção para que saiam do regime fechado e possam ir ao

regime semiaberto, isto é, cerca de 12 anos e cinco meses para Alexandre e de 10 anos e

cinco meses para Ana Jatobá.

Assim, após esse prazo seriam enviados ao regime semiaberto, onde poderão exercer

atividades laborais (fora do presídio) durante o dia, retornando para as celas no período

noturno. Posteriormente, decorridos mais dois quintos do restante da pena, isto é, após

cerca de 7 anos e cinco meses para ele, e mais 6 anos e dois meses para ela, estariam em

termos práticos, em liberdade, pois, o regime será o aberto.

De outro vértice, ressalte-se que a cada três dias de trabalho, diminui-se um dia de

pena. Então, após o prazo e seu respectivo desconto, o casal estaria de volta à sociedade.

Igualmente, é oportuno lembrar que o casal já cumpriu quase dois anos de prisão.

Portanto, deverá esta quantia ser descontado da pena imposta na sentença.

Também prevê a nossa legislação o Livramento Condicional, que é o instituto

jurídico que possibilita aos condenados não reincidentes em crimes hediondos, a

permissão para cumprir o restante da pena em liberdade, sendo necessário para que isso

ocorra (entre outros requisitos) o cumprimento de 2/3 da pena (20 anos a Alexandre e 17

anos para Ana Jatobá, aproximadamente).

Como todos percebem, embora a sanção penal seja fixada em uma determinada

quantidade, nosso sistema jurídico acerca da execução da pena privativa de liberdade,

prevê medidas que possibilitam aos réus um ''não cumprimento'' integral da pena imposta

na sentença, pois, com isso visa-se a ressocialização dos condenados, fazendo com que

tenham um bom comportamento carcerário, permitindo ao preso o seu retorno à

sociedade, o que é de bom alvitre, embora vozes dissonantes proclamem o contrário.

De outro vértice, já surge a seguinte questão: teria o casal Nardoni, o direito a um

novo julgamento, o denominado ''Protesto por novo júri''?

É que esse recurso automático que não precisa de fundamentação, estava previsto

para as condenações por crime doloso contra a vida, quando a pena imposta fosse igual ou

superior a 20 anos. Contudo, foi revogado em agosto de 2008, ou seja, após a prática dos

delitos cometidos pelo casal (março do mesmo ano). Então, a revogação após a prática do

delito seria eficaz para impossibilitar a propositura do recurso?

Em suma, o caso Nardoni ainda não está encerrado. Com certeza, seus advogados

lutarão até o fim - leia-se que sendo necessário a defesa irá ao Supremo Tribunal Federal.

São fortes os argumentos jurídicos no sentido da viabilidade da impetração do aludido

recurso, possibilitando um novo julgamento e até mesmo uma absolvição. Por isso pode-

se afirmar que o ''caso Nardoni ainda não acabou''!

JORGE ALEXANDRE KARATZIOS é advogado criminalista e professor de Direito Penal em

Londrina. Extraído de: HTTP://www.bonde.com.br/folhadelondrina/index.php?id_folha=2-1--826-

20100405. Acesso em 7.mai.2010./

2- Espaço aberto para leitura:

NARDONI: o caso ainda não acabou!!!

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Vamos conversar sobre o texto ???

a- A quem se destina a leitura desse texto?

b- Por que ele foi escrito? Qual a sua finalidade?

c- Qual o tema discutido no texto?

d- O advogado criminalista tem razão em seus argumentos? Por quê?

e- Ele foi convincente? Como você percebe isso?

f- As leis brasileiras, muitas vezes apresentam falhas. Nesse caso, você

percebe isso? Argumente.

g- O título justifica o texto? Explique:

http://crv.educacao.mg.gov.br/aveonline

Os textos não são apenas aqueles constituídos de palavras, há os

textos imagéticos!

3- Observe a imagem abaixo!

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a- O que ela sugere?

b- É possível realizar uma leitura sobre a imagem?

c- Quais leituras são possíveis fazer?

d- Por que uma criança está num ambiente tão deplorável como o da

imagem? Quais os motivos que a levaram a estar ali?

e- Será que o estar ali, naquele lugar, (a garota), gera em nós cidadãos,

conforto? Desconforto? A que chamamos isso?

f- Por que há tanto lixo?

g- Lixo é sinônimo de quê?

h- Quem é responsável por tal situação? Tanto da quantidade de lixo quanto

da presença da criança nesse ambiente?

i- Onde esta criança deveria estar?

j- Essa realidade é comum a todas as crianças do Brasil? Por quê?

Dentre a diversidade de gêneros encontrados no dia a dia, vamos destacar

a carta do leitor, que por meio desse gênero o aluno toma consciência de que,

como cidadão, pode e deve se pronunciar, opinar, discutir, explicar e interferir nos

acontecimentos da realidade, com sábias e conscientes argumentações, certos

de seus direitos de cidadão e sujeito da história.

Os textos apresentados possibilitam uma reflexão sobre a nossa

participação na sociedade. Agora, voltemos para o processo de escrita...

A carta do leitor tem um destinatário, assunto, tempo e local. Como o

próprio nome diz, é o leitor que escreve para o editor de um jornal, revista,

periódico, a fim de opinar sobre uma determinada matéria editada.

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O modo de dizer algo dá confiabilidade ao que se diz, pois um enunciado

bem construído tem força argumentativa, já que a argumentação é a exploração

de recursos coerentes, cujos objetivos é fazer com que um texto pareça

verdadeiro, pois, “Um argumento não é necessariamente uma prova de verdade.

Trata-se, acima de tudo, de um recurso de natureza lingüística destinado a levar o

interlocutor a aceitar os pontos de vista daquele que fala.” (Platão & Fiorin. 2006,

p. 279)

Vimos, portanto, que quem escreve, escreve para o outro, portanto a carta

do leitor é um gênero textual que permite o diálogo dos leitores com o editor de

jornais/revistas ou dos leitores entre si. Numa carta de leitor, o leitor pode, por

exemplo, concordar ou discordar de uma matéria publicada, expondo seus pontos

de vista, opinando, argumentando. Lembrando que a estrutura da carta do leitor é

a mesma de uma carta pessoal, pois contém elementos, como: local, data,

vocativo, assunto, expressão argumentativa..

CARTA DO LEITOR

Ou seja, uma boa argumentação tem poder de persuasão, de

convencimento...

4- Vamos ler com atenção o texto a seguir, observando as

características da carta do leitor?

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Prezado Editor,

Li a matéria publicada na edição de 6 de julho, sobre os acidentes envolvendo

motociclistas, e queria dizer que discordo de uma parte do que foi escrito, ou seja, sobre

os causadores dos acidentes envolvendo carros e motos, um contra o outro. Na minha

opinião, ao contrário do que foi escrito, creio firmemente que, em tais situações, quem

mais causa acidentes são os condutores de veículos de QUATRO rodas, até mesmo por

uma questão de lógica; sendo a moto um transporte tão vulnerável, chega a ser

inconcebível e ao mesmo tempo cômico que alguém, conduzindo-a, contribua para a

causa de acidentes em que se envolva, eis que muito provavelmente só danos irá colher;

é o único resultado alcançado nessas situações, ou sempre quando um veículo de menor

porte bate em outro de porte maior. O dito transporte (moto) é o meu preferido, para

driblar o lento trânsito mossoroense, e digo que, conforme define o jornal no mesmo

artigo, sou motociclista, respeito as leis do trânsito, mas vejo muitos carros cujos

condutores não têm o devido respeito com a vida humana, salvo se não for imperícia

propriamente dita. Os maiores sustos que tomei foram proporcionados justamente por

motoristas desatentos, ou, no mínimo, descuidados: curvas malfeitas, celulares colados

na orelha com só uma das mãos ao volante - e às vezes as duas coisas de uma vez só -,

disputa pra pegar sinal verde - e cortá-lo se não vier outro carro em direção perpendicular

-, inesperadas subidas de BR, vindos de estrada carroçável, freios bruscos e sem

motivação, manobra sem sinalização prévia (dobrar sem dar sinal e vice-versa), arrancar

como um jato DC-10, obrigar motociclistas a usarem de toda a habilidade - e sorte -

possíveis ... São muitas as razões que se encontra para mostrar o menosprezo de

motoristas por motociclistas. Acho que isso podia ser corrigido de uma forma simples, a

meu ver: bastaria que o Detran só liberasse a carteira a quem soubesse conduzir os dois

veículos, para ter a medida exata do que é estar dos dois lados da situação, vendo-a por

dois ângulos e entendendo-a melhor, à exatidão. Representaria crescimento para o

condutor, que saberia avaliar melhor a situação do outro, ensinar-lhe-ia a respeitar o

trânsito e principalmente a vida. Uma vez que lida com o mais precioso dos dons, o órgão

deveria ser o mais criterioso possível, fiscalizando mesmo a quem já tivesse a primeira

habilitação (que deveria ser temporária ou condicional), com blitzes contínuas e

sobretudo severas e minuciosas. Minha opinião, não é voz isolada; em encontros de

motociclistas, esporádicos ou planejados, esse assunto sempre vem à tona. Mesmo

quando se para em qualquer lugar buscando proteção da chuva, não raro sempre se

relata acontecidos envolvendo os dois tipos de veículos e a conclusão a que se chega é

que a culpa é do motorista do CARRO. Alguns com detalhes bizarros: um caso relatado

foi o de que um carro derrubou uma moto - e o ocupante - e a condutora do veículo que

bateu saiu do carro ainda falando ao celular, apesar de achar que tinha toda a razão!

Saudações,

Juarez/Belém

Motociclista - Mossoró/RN (correiodatarde.com.br)

Prezado Editor,

Li a matéria publicada na edição de 6 de julho, sobre os acidentes envolvendo

motociclistas, e queria dizer que discordo de uma parte do que foi escrito, ou seja,

sobre os causadores dos acidentes envolvendo carros e motos, um contra o outro. Na

minha opinião, ao contrário do que foi escrito, creio firmemente que, em tais situações,

quem mais causa acidentes são os condutores de veículos de QUATRO rodas, até

mesmo por uma questão de lógica; sendo a moto um transporte tão vulnerável, chega

a ser inconcebível e ao mesmo tempo cômico que alguém, conduzindo-a, contribua

para a causa de acidentes em que se envolva, eis que muito provavelmente só danos

irá colher; é o único resultado alcançado nessas situações, ou sempre quando um

veículo de menor porte bate em outro de porte maior. O dito transporte (moto) é o meu

preferido, para driblar o lento trânsito mossoroense, e digo que, conforme define o

jornal no mesmo artigo, sou motociclista, respeito as leis do trânsito, mas vejo muitos

carros cujos condutores não têm o devido respeito com a vida humana, salvo se não

for imperícia propriamente dita. Os maiores sustos que tomei foram proporcionados

justamente por motoristas desatentos, ou, no mínimo, descuidados: curvas malfeitas,

celulares colados na orelha com só uma das mãos ao volante - e às vezes as duas

coisas de uma vez só -, disputa pra pegar sinal verde - e cortá-lo se não vier outro

carro em direção perpendicular -, inesperadas subidas de BR, vindos de estrada

carroçável, freios bruscos e sem motivação, manobra sem sinalização prévia (dobrar

sem dar sinal e vice-versa), arrancar como um jato DC-10, obrigar motociclistas a

usarem de toda a habilidade - e sorte - possíveis ... São muitas as razões que se

encontra para mostrar o menosprezo de motoristas por motociclistas. Acho que isso

podia ser corrigido de uma forma simples, a meu ver: bastaria que o Detran só

liberasse a carteira a quem soubesse conduzir os dois veículos, para ter a medida

exata do que é estar dos dois lados da situação, vendo-a por dois ângulos e

entendendo-a melhor, à exatidão. Representaria crescimento para o condutor, que

saberia avaliar melhor a situação do outro, ensinar-lhe-ia a respeitar o trânsito e

principalmente a vida. Uma vez que lida com o mais precioso dos dons, o órgão

deveria ser o mais criterioso possível, fiscalizando mesmo a quem já tivesse a primeira

habilitação (que deveria ser temporária ou condicional), com blitzes contínuas e

sobretudo severas e minuciosas. Minha opinião, não é voz isolada; em encontros de

motociclistas, esporádicos ou planejados, esse assunto sempre vem à tona. Mesmo

quando se para em qualquer lugar buscando proteção da chuva, não raro sempre se

relata acontecidos envolvendo os dois tipos de veículos e a conclusão a que se chega

é que a culpa é do motorista do CARRO. Alguns com detalhes bizarros: um caso

relatado foi o de que um carro derrubou uma moto - e o ocupante - e a condutora do

veículo que bateu saiu do carro ainda falando ao celular, apesar de achar que tinha

toda a razão!

Saudações,

Juarez/Belém

Motociclista - Mossoró/RN (correiodatarde.com.br)

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a- Qual o assunto abordado pelo leitor?

b- No texto, percebemos marcas pessoais do autor, característica da carta do

leitor. Comente as marcas percebidas por vocês.

c- O autor argumenta, defende sua opinião. Ele foi convincente? Você concorda

com ele? Por quê?

d- Qual a sugestão dele ao editor do jornal?

e- A sugestão dele ajudaria a resolver ou minimizar o problema? Dê sua opinião.

f- A carta tem um destinatário, local, tempo, assunto. Você percebe isso no

texto? Como?

g- O autor tem convicção do que diz a respeito dos motociclistas e motoristas?

Qual palavra deixa isso muito claro?

h- Quando o autor diz que ele dribla o lento trânsito mossoroense, ele já não está

sendo incoerente? Por quê?

i- Há marcas de oralidade no texto. Quais são? Comente sobre elas.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Pessoa do discurso:

Aquele que fala (eu, tu,

ele, nós, vós,eles)

j- Em que pessoa do discurso foi escrito o texto? Comprove.

k- Por que razão o texto foi escrito nessa pessoa do discurso?

l- “... conduzindo-a...” . A palavra destacada refere-se a quem ou a quê?

m- Trânsito mossoroense... A palavra destacada dentro das classes gramaticais

pode ser classificada como?

n- O que ela indica? Dê exemplos de outras palavras com esses sufixos que

exerçam a mesma função de mossoroense.

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o- “...estrada carroçável...” A palavra destacada é um neologismo. Neologismo é

uma palavra criada a partir de outra. O autor a criou para referir-se a quê e por

quê?

p- Dê exemplos de outras palavras em que o sujeito referido tenha o mesmo

significado.

Em língua portuguesa nós temos a possibilidade, para não deixar o texto

redundante, de usar os elementos coesivos, como os pronomes no lugar

do nome...

q- “...vendo-a por dois ângulos e entendendo-a melhor, à exatidão...” As palavras

em destaque referem-se a quê? Por que o autor optou pelo emprego do

pronome átono?

r- “...o órgão deveria ser o mais criterioso...” A que o autor está referindo?

s- “...muito provavelmente só danos irá colher”. A palavra “colher” está sendo

usada em qual sentido?

t- Quando o autor diz que a meta é o seu transporte preferido, para driblar o

lento trânsito..., o verbo driblar não coloca em dúvida as argumentações dele?

u- Em que contexto é usado a palavra driblar?

v- O que ela significa nessa situação?

“...eis que muito provavelmente só danos irá colher, é o único resultado alcançado

nessas situações, ou sempre quando um veículo de menor porte bate em outro de porte

maior”.

w- Comumente, qual o efeito de sentido provocado pelo uso da conjunção ou?

Esse sentido é coerente com a totalidade do conteúdo da sentença acima?

x- O período destacado apresenta uma quebra de expectativa, ou seja,

pensamos que ele vai dizer uma coisa e ele não diz. Comente.

Lemos o texto retirado da Folha de Londrina e

o texto da Carta do Leitor...

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y- Vocês percebem que ambos os textos possuem características próprias de

quem as escreveu. Uma usa a linguagem mais formal e a outra a linguagem

informal. Comente como vocês perceberam isso em cada um dos textos.

5- Que tal partirmos para a construção de nossa pesquisa para depois,

partilharmos na sala?

a- Procure em uma revista ou jornal a publicação de uma matéria e trazer

para a próxima aula.

b- Organize a turma em pequenos grupos. Cada grupo selecionará dentre os

textos trazidos, um, considerado melhor pela equipe.

c- Cada grupo escolherá um leitor para ler (em voz alta) o texto selecionado,

que será discutido por todos do grupo, debatê-lo, expondo os pontos

positivos, polêmicos, negativos e um dos componentes (o escriba) do

grupo vai anotando esses pontos para que o relator possa comentá-los ao

grande grupo.

d- Apresentação ao grande grupo (seminário): O leitor de cada equipe se

apresentará à turma, a qual escolherá o leitor geral, para as apresentações

dos textos ao grande grupo. Assim, um só leitor fará as leituras (dos

grupos). Em seguida o relator de cada grupo apresentará o texto e as

discussões ao grande grupo.

e- Use os textos apresentados, agora com a visão voltada para os tipos de

leitores e linguagens diferentes – culta, coloquial...(leitura, discussão)

f- Selecione fontes para a escolha dos assuntos que serão abordados e

enviados, como: (Jornal Folha de Londrina, Diário do Noroeste, Jornal

Regional, Revista Veja, outros...)

g- Cada grupo terá seu texto e individualmente os alunos listarão as

argumentações plausíveis para compor a carta do leitor, (que serão

entregues à professora, para possíveis correções e que posteriormente

serão devolvidos aos alunos para produção final.)

h- Cada grupo construirá o texto final, embasado nas argumentações de

cada aluno do grupo.

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Toda produção exige tempo, dedicação

e vontade de fazer sempre o melhor,

por isso, mãos à obra! 7- Vamos escrever a nossa

CARTA?

Correção

Reescrita;

Postagem (da carta do leitor ao seu destinatário).

A turma conhecerá através dessa atividade, cinco textos diferentes com

argumentações diversas, e isso enriquecerá o conhecimento de todos.

Essas atividades possibilitarão aos alunos vez e voz, enfim, serão eles que

irão pesquisar, selecionar, refletir, analisar todo material, para depois

concluírem seus pontos de vistas, com argumentações orais e por escrito.

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REFERÊNCIAS

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[email protected]

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FREITAS, Maria Teresa A. O pensamento de Vygotsky e Bakhtin no Brasil.

Campinas: Papirus, 1999.

FUZA, Angela Francine; MENEGASSI, Renilson José. A escrita no livro

didático: a finalidade marcada fora da seção de produção textual. Maringá:

EDUEM, 2006.

GERALDI, João Wanderley. O texto na sala de aula. 3. ed. São Paulo: Ática,

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____________. Linguagem e ensino: exercícios de militância e divulgação.

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2002.

MAGALHÃES Amarildo Pinheiros; SALVADOR, Helena Maria Scavazini; SOUZA,

Ivanize Ribeiro de. As concepções de linguagem e a construção das propostas

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Paulo: Ática, 2002.

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www.diaadia.pr.gov.br/multimeios. Acesso em: 26 jul. 2010, acesso constante.

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