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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ Campus de Cornélio Procópio/CLCA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO/SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO/COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
Compreensão Textual como trabalho Criativo
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ Campus de Cornélio Procópio/CLCA
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO/SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO/COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PDE
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DO PARANÁ
CAMPUS DE JACAREZINHO
MARLI SAYOKO IWAI OKABE
COMPREENSÃO TEXTUAL COMO TRABALHO CRIATIVO
Este Material Didático é a Unidade 1 do Caderno Pedagógico: “Ler, Compreender e produzir textos: propostas e práticas para a Língua Portuguesa”, apresentado como requisito do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação, na área de Língua Portuguesa, sob a orientação do Dr. Thiago Alves Valente.
CORNÉLIO PROCÓPIO – PARANÁ
2010
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SUMÁRIO
Introdução ....................................................................................................04
1ª. Aula ........................................................................................................07
2ª. Aula ........................................................................................................08
3ª. Aula ........................................................................................................10
4ª. Aula ........................................................................................................11
5ª. Aula ........................................................................................................14
6ª. Aula ........................................................................................................17
7ª. Aula ........................................................................................................19
8ª. Aula ........................................................................................................22
9ª. Aula ........................................................................................................25
10ª. Aula ......................................................................................................27
11ª. Aula ......................................................................................................31
12ª. Aula ......................................................................................................33
Referências ................................................................................................ 36
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Introdução
É visível em nossa prática pedagógica, nas aulas de Língua Portuguesa, a
imensa dificuldade que os nossos alunos apresentam em ler e compreender o que
leram.
Geralmente em nossas aulas, as atividades com texto, envolvem a leitura oral
ou silenciosa, seguida de resposta a um questionário, para verificação de
informações facilmente localizáveis no texto, não demonstrando compreensão.
Porém, quando há a exigência de uma elaboração pessoal com argumentação ou
questões relacionadas à compreensão global do texto, ou ainda questões
relacionadas à estrutura do texto, surgem as dificuldades e os erros, principalmente
quando as questões são de múltipla escolha, que exigem maior reflexão e análise.
Neste caso, além da dificuldade de compreensão do texto, o aluno precisa entender
o enunciado que muitas vezes não está claro, além das alternativas que muitas
vezes vem equivocadas ou mal elaboradas. No final desse processo, são
descartadas as respostas erradas e apresentada a correta. O professor tem o
controle final da compreensão do texto.
No momento atual, diante dos problemas de compreensão do texto que estão
relacionados ao fracasso escolar, sentimos a necessidade de ensinar a
compreender; a aprender como o leitor atua e constrói a compreensão de um texto,
a fim de poder planejar o ensino da leitura de forma mais eficiente e significativa
para que os alunos atinjam uma compreensão satisfatória do texto e não façam uma
interpretação que não corresponda à mensagem escrita. Sendo assim, a
aprendizagem da leitura deve estender-se ao longo da vida escolar do aluno, pois
quando o aluno já possuir certo domínio do código escrito, ainda precisa aprender, e
muito, a ler (Colomer e Camps, 2008, p.90):
A condição básica e fundamental para um bom ensino de leitura na escola é a de restituir-lhe um sentido de prática social e cultural, de maneira que os alunos entendam sua aprendizagem como um meio para ampliar suas possibilidades de comunicação, de prazer e de aprendizagem e se envolvam no interesse por compreender a mensagem escrita.
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Para isso, as autoras indicam a necessidade de que os alunos leiam
realmente diferentes tipos de textos, com diferentes intenções e funções; a
importância da intervenção do professor ajudando os alunos a interpretar textos de
dificuldade progressiva, contribuindo para que o aluno se torne um leitor autônomo.
Nesse processo, percebemos a necessidade da compreensão global do texto escrito
que é uma das grandes dificuldades dos alunos e que a criação de contextos reais
de leitura é a base dessa aprendizagem. É preciso proporcionar atividades que
ajudem os alunos a desenvolver melhor e mais rapidamente a capacidade e
habilidade para uma leitura compreensiva.
No cotidiano escolar, as situações de leitura que mais demonstram a
necessidade do planejamento de atividades de apoio à compreensão global e
minuciosa da informação de texto, são as leituras de textos utilizados em todas as
disciplinas do currículo escolar (Idem, p.108):
(...) a necessidade de compreender e produzir textos escritos para adquirir os conhecimentos propostos nas diferentes áreas ofereceu a situação real de leitura que dá sentido à aprendizagem leitora de textos informativos (...). Outros tipos de textos também apresentam dificuldades de interpretação para os estudantes. Esse pode ser o caso dos textos argumentativos: identificar qual é o ponto de vista que se defende no texto, que argumentos apresenta o autor...
Considerando que o aluno só aprende a ler “lendo” por meio do contato com
diversos tipos de textos, como orientam as Diretrizes Curriculares da Língua
Portuguesa de Estado de Paraná, temos também que considerar a seguinte
afirmação (Marcuschi, 2008. p. 243):
Os textos sempre se realizam em algum gênero textual particular, seja uma notícia de jornal, uma piada, uma reportagem, um poema, uma carta pessoal, uma conversação espontânea, uma conferência, um artigo científico, uma receita culinária ou qualquer outro. E cada gênero tem maneiras especiais de ser entendido.
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Perini (2001) também ressalta a preocupação em como instrumentalizar os
alunos para utilizar a leitura para solucionar problemas da vida cotidiana,
desenvolvendo suas habilidades de leitura de maneira autônoma. Ele descreve a
situação como emergencial, pois a grande maioria dos nossos alunos pertence a
uma família de baixa renda; tem pais analfabetos (funcionais ou totais);
provavelmente ficará poucos anos na escola e, finalmente, tem pouca oportunidade
de contato com material escrito fora da escola. O autor questiona, qual tipo de
instrumento deve ser a leitura para esses alunos para se definir a curto prazo
objetivos para o início desse processo. O mesmo autor sugere que inicialmente os
alunos sejam capacitados à leitura de textos informativos: notícias, textos técnicos
de sua especialidade e que os textos literários, com suas complexidades próprias,
ficam para um estágio posterior de aprendizagem, a longo prazo e que deve ser
atingido.
Partindo do pressuposto desses autores, comprovados na nossa realidade
escolar, percebe-se que o objeto de leitura onde se encontra grande quantidade de
textos dos mais variados gêneros, textos que se forem bem trabalhados contribuirão
para formação de leitores experientes e críticos, além de servir de mediadores entre
a escola e o mundo, é o jornal (Faria, 1999, p.12):
A leitura do jornal oferece, ainda, um contato direto com o texto escrito autêntico (e não com textos preparados apenas para serem usados na escola). Desenvolve e firma a capacidade leitora dos alunos; estimula a expressão escrita dos estudantes, que aprendem com o jornal a linguagem da comunicação para transmitir suas próprias mensagens e informações.
De fato, o jornal pode ser considerado um excelente material para o trabalho
de compreensão textual, pois está sempre atualizado, levando os alunos a formar
novos conceitos e a adquirir novos conhecimentos; leva-os a aprender a pensar de
modo crítico sobre o que leem, estabelecendo novos objetivos de leitura. O que é
fundamental para a compreensão dos textos lidos nos jornais é a relação com os
conhecimentos prévios e a experiência pessoal de vida dos alunos. Sem os
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conhecimentos prévios, a compreensão fica prejudicada em grande parte, além de
outros fatores que podem interferir nesse processo.
Atividades
1ª Aula: Entrando em contato com o jornal
- O jornal Folha de Londrina é o jornal mais acessível no nosso município, portanto
inicialmente distribuir vários exemplares para os alunos terem um primeiro contato.
Cada professor, ao preparar sua aula, deve prever qual é o jornal mais acessível na
sua cidade.
- Folhear, manusear, ver como é composto um jornal, quantos e quais cadernos
compõem o jornal.
- Estabelecer o primeiro contato com a riqueza e variedade de assuntos encontrados
nos jornais.
- Fazer uma observação mais detalhada da primeira página do jornal de forma
coletiva.
- Formar grupos para a troca de idéias e de discussões entre os participantes.
- Localizar livremente no jornal assuntos que interessam aos alunos (os alunos
discutem o seu conteúdo, fazem comentários formando um juízo de valor);
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- Os grupos devem: procurar classificar o conteúdo do jornal e destacar o que lhe
interessa ou não, justificando suas posições. Anotar as conclusões para a
apresentação oral. Apresentar rapidamente suas conclusões.
Comentário crítico
O jornal é também uma fonte primária de informação, espelha muitos valores e se torna um instrumento importante para o leitor se situar e inserir na vida social e profissional. Como apresenta um conjunto dos mais variados conteúdos, preenche plenamente seu papel de objeto de comunicação. (Faria, 1999, p. 11)
Um trabalho bem direcionado com o jornal pode contribuir na formação do
cidadão, pois uma leitura bem conduzida, prepara leitores experientes e críticos para
desempenhar bem seu papel na sociedade. Além de contribuir para a formação
geral do estudante, pois a leitura crítica do jornal aumenta sua cultura e desenvolve
suas capacidades intelectuais. E, por firmar a capacidade leitora dos alunos,
estimula a expressão escrita dos estudantes, que aprendem com o jornal a
linguagem da comunicação para transmitirem suas próprias mensagens e
informações.
2ª. Aula: Buscar informações no jornal
Esta atividade parece ser fácil, mas tem grande importância, pois permite ao
leitor adotar uma conduta eficiente a respeito da localização de textos apropriados, a
adoção do tipo de leitura adequada, a busca rápida de informações que são práticas
de uso na vida social.
- Distribuir um jornal para cada aluno.
- Os alunos devem encontrar as informações solicitadas nos diferentes cadernos ou
seções do jornal, destacá-los ou recortá-los e apresentá-los posteriormente e
explicar quais os procedimentos que tomaram para realizar a atividade.
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O professor pode fazer as seguintes solicitações aos alunos, fazendo as
alterações e adequações que achar necessário para sua turma; pode dividir a turma
em grupos e distribuir solicitações diferentes para cada grupo.
- Em que caderno há informações sobre saúde? Qual é o tema do dia?
- Onde haverá a feira da lua hoje em Londrina?
- Qual é o telefone do Disque-Denúncia em Londrina?
- Quais os hospitais que estarão de plantão hoje em Londrina?
- Qual é a previsão do tempo para a região Norte do Paraná? Em que caderno se
encontra?
- Quais os filmes que estão em cartaz nos Cinemas do Shopping Catuaí? Em que
caderno se encontra?
- Qual é a programação de shows para hoje em Londrina?
- Quais são os filmes que passarão na TV hoje e os seus respectivos canais?
- Procure ler seu horóscopo para hoje.
- Imagine que você está procurando um carro para comprar. Em que caderno você
encontraria? Destaque um anúncio que lhe interessou.
- Imagine que você está procurando um emprego. Destaque um ou mais anúncios
de seu interesse.
- Imagine que você está procurando um imóvel para alugar (casa ou apartamento).
Destaque um anúncio que lhe seja adequado.
-Você precisa organizar uma festa de aniversário; encontre um anúncio para
encomendar os salgadinhos.
- Encontre o placar do Campeonato Brasileiro de Futebol – 2009 – Série A; destaque
os quatro primeiros classificados e os quatro últimos classificados. Em que caderno
encontrou essas informações?
- Encontre o valor do dólar comercial para compra e para venda no dia de hoje. Em
que caderno você encontrou estas informações?
- Qual é o valor do salário mínimo do Paraná e o nacional? Em que caderno você
encontrou essas informações?
- Qual é o preço mínimo do saco de trigo no Paraná?
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Estas são algumas entre inúmeras sugestões que podem ser trabalhadas, a
fim de que o aluno perceba quantas informações pode-se encontrar no jornal.
Comentário crítico
Como vivemos uma realidade onde recebemos um grande volume de
informações, que influenciam nossas atitudes, conhecimentos e nossa visão de
mundo, é fundamental ensinar o aluno a se situar em meio a tantas informações.
É ensiná-lo a selecionar os fatos, organizando-os,
analisando-os, criticando-os. Neste sentido, os efeitos
mais gerais do trabalho com o jornal na escola, levam o
aluno a desenvolver operações e processos mentais que
concorrem para a construção da inteligência. (Faria,
1999, p. 13)
Estas atividades vão contribuir para o desenvolvimento de uma atitude de
pesquisa e leitura seletiva.
Nas apresentações dos grupos, podem-se abrir espaço para perguntas ou
explicações, debates sobre algum assunto citado que apresentar dúvidas e
necessitar de esclarecimentos para a turma.
3ª Aula: Enriquecendo o vocabulário
O professor pode colocar no quadro de giz, uma palavra chave, por exemplo
“comércio” e dar alguns segundos para que os alunos localizem essa palavra em
algum caderno do Jornal. O aluno que localizar primeiro, mostrará e lerá a
reportagem.
Poderá ser explorado o valor semântico dessa palavra e fazer ligações com
outras palavras que aparecerem no contexto da reportagem.
O professor vai colocando as novas palavras que forem surgindo e fazendo a
ponte de ligação entre essas palavras e explorando novos temas e buscando novos
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textos no próprio jornal, o que possibilitará ao aluno o contato com diferentes
gêneros. Cada palavra que surgir, será comentada e provocará uma nova busca no
jornal, ou se necessário em outras fontes mais específicas conforme o tema.
Comentário crítico
Esta atividade contribuirá para a ampliação e enriquecimento do vocabulário
do aluno e um contato maior do aluno com o mundo e com a atualidade.
Segundo Faria (1999, p.13), o trabalho com o jornal vai desenvolver no aluno
habilidades como: identificar, isolar, relacionar, combinar, comparar, selecionar,
classificar, ordenar, induzir, deduzir, levantar hipóteses e verificá-las, codificar,
esquematizar, reproduzir, transformar, transpor conhecimentos, criar, conceituar,
memorizar, reaplicar conhecimentos.
4ª Aula: Informações objetivas e superficiais
- Distribuir os jornais para os alunos.
- Escolher uma notícia para ser trabalhada. Como sugestão, apresentamos a
seguinte: “Assaltantes rendem família”.
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- Trabalhar sobre o lide do texto que deve responder as perguntas básicas: Quem? –
O que? – Quando? – Onde? – Como? – Por quê?)
Lide: Também chamado no Brasil de cabeça, o lide é a
abertura do texto da notícia ou da reportagem. Aportuguesada,
a palavra é proveniente do inglês lead, que significa guiar,
encabeçar, conduzir, induzir. Concentrado nos primeiros
parágrafos do texto,o lide apresenta “suscintamente o assunto
ou destaca o fato essencial,o clímax da história”. (Rabaça &
Barbosa, 1978, 360 -1 in Faria & Zanchetta, 2005, p. 29)
Perguntas de interpretação:
- Qual o título do texto?
- O que aconteceu?
- Quando aconteceu?
- Onde aconteceu?
- Quem são os envolvidos?
- Como os assaltantes entraram na casa?
- Qual foi o objeto do assalto?
- Qual foi o resultado do assalto? Como tudo terminou?
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Perguntas de compreensão:
- Por que os assaltantes sabiam que naquela casa havia dinheiro?
- Por que os bandidos escolheram essa casa para ser assaltada nesse horário?
- Por que o tenente Ricardo Eguedis disse na entrevista que os assaltantes devem
ter ligação com o tráfico de drogas?
- Existe alguma incoerência entre a legenda da foto e o texto?
- Que outro título você sugere para o texto?
Os alunos podem apresentar as suas respostas e dizer como chegaram a
essas conclusões, para se obter uma compreensão mais profunda e global do texto.
Comentário crítico
O sujeito que produz uma leitura a partir de sua posição,
interpreta. O sujeito-leitor que se relaciona criticamente com
sua posição, que a problematiza, explicitando as condições de
produção de sua leitura, compreende. (Orlandi, 2001. P. 74)
As primeiras perguntas apresentadas não são inúteis. Segundo Marcuschi,
2009, elas são necessários para a identificação de informações objetivas e
superficiais, mas, não são exercícios de compreensão. É uma forma muito restrita e
pobre de ver o funcionamento da língua e do texto. Segundo o autor, a compreensão
é um processo criador, ativo e construtivo que vai além da informação estritamente
textual. É necessário um trabalho de reflexão crítica em sala de aula mais profunda
sobre o tema.
Podem-se fazer perguntas mais complexas, que exigem outros
conhecimentos pessoais, além dos conhecimentos textuais que permitam
inferências e análise crítica para busca das respostas, como as apresentadas
posteriormente.
A partir do conceito de lide pode ser trabalhado com os alunos para que
conheçam os elementos que constituem os parágrafos iniciais de um texto de
notícia, denominado “abertura ou lide”.
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Apresentar a pirâmide invertida que será analisada, dando destaque para a
hierarquia entre os dados mais importantes e os complementares. Assim os alunos
poderão buscar nas aberturas de notícias os elementos principais e observar a
ordem em que aparecem.
Em outro momento, em grupos, os alunos escolhem um lide de um jornal,
fazendo a análise e interpretações adequadas que serão apresentadas para a sala,
com intervenções de outros grupos e do professor durante as apresentações se
necessário.
Os alunos podem também em outra oportunidade redigir aberturas de notícias
ou lides, baseados em fotos jornalísticas distribuídas pelo professor ou de notícias
ouvidas no dia anterior pela TV ou até de fatos presenciados ou acontecidos na
cidade.
É uma atividade que pode ser repetida várias vezes, pois é um importante
meio para treinar habilidades de oralidade, leitura, compreensão e produção escrita.
5ª Aula: Localizar informações explícitas e implícitas em um texto
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Leia o texto a seguir:
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QUESTÕES BÁSICAS PARA COMPREENSÃO DO TEXTO
1- Qual é o presente que o chef Remir Trawtwein costuma dar a sua família no
Natal?
2- Por que o chef Remir diz que é impossível fazer uma torta igual a de sua
mãe?
3- Como é o nome da mãe do chef Remir?
4- Por que o pão-de- ló fica mais gostoso no dia seguinte?
5- Cite outros pratos que a família de Remir costuma comer nas ceias de Natal.
6- Procure na receitada da torta de abacaxi, os ingredientes necessários para
preparar o prato e anote-os.
QUESTÕES QUE EXIGEM INFERÊNCIAS
1- Explique a legenda da foto: ”A torta de abacaxi da Negrinha sempre foi
sinônimo de festa e muita alegria”
2- O que lhe sugere o título da receita: ”Torta de abacaxi da Negrinha”?
3- O chef Remir Trawtwein é solteiro ou casado? Como você pode perceber
isso no texto?
4- Existe uma preocupação com o não desperdício por parte do chef? Como
você percebeu isso no texto?
5- Existe alguma diferença na comemoração de Natal da família de Remir hoje
em relação à sua infância?
6- Qual o sentimento do chef em relação ao seu trabalho? Comprove com uma
frase do texto.
Comentário crítico
Para localizar informações explícitas em um texto, basta uma leitura
rápida para encontrar palavras ou responder a perguntas como as seis
primeiras. Esta seria a teoria da compreensão como decodificação.
Mas por outro lado, temos a teoria baseada na noção de língua como
atividade, tomando a compreensão como atividade inferencial.
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Num simples texto com este do jornal Folha de Londrina, podemos
apresentar questões mais subjacentes, podendo até algumas vezes parecer
menos importantes, mas que exigem inferências como as cinco últimas
Para se encontrar informações implícitas no texto é preciso que o leitor
faça inferências que conforme Marcuschi, 2009, são processos cognitivos, em
que o leitor partindo da informação textual, considerando o respectivo contexto,
constrói uma nova representação semântica.
Por isso, o autor afirma que a compreensão é uma questão complexa
que envolve fenômenos lingüísticos, mas também antropológicos, psicológicos
e factuais.
6ª Aula: Compreender texto com o auxílio de material gráfico
- Ao iniciar a aula, o professor deve fazer uma explanação sobre o gênero:
charge e suas características, apresentando exemplos.
- Apresentação da charge acima:
- Analise a charge apresentada e responda as seguintes perguntas:
- Você sabe o que significa mensalão?
- Qual é o significado da sigla DEM e PT?
- Você sabe quem é Arruda?
- Qual é o significado das palavras peculato e plágio? Pesquise no dicionário.
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- O que você entendeu da charge?
Depois de apresentadas as respostas pelos alunos, fazer os
comentários e esclarecimentos necessários. Sugere-se ler a notícia no
Caderno “Folha Política” do mesmo dia 01/12/2009 que traz na notícia,
informações sobre o assunto.
Explorar ao máximo, o vocabulário, abrir para reflexões que facilitarão a
compreensão do texto.
Comentário crítico
Muitos textos se
utilizam de recursos
gráficos como tirinhas de
histórias em quadrinhos,
charges, gráficos, mapas
tabelas e roteiros.
Para se ter uma
compreensão global
desse gênero textual, o
aluno precisa demonstrar
habilidade de perceber a
interação entre a imagem
e o texto escrito que vai
contribuir para a formação
de novos sentidos.
Fazer uma
articulação já representa uma habilidade de compreensão de grande
significação, mas somente isso não é o suficiente. O aluno precisa ter
conhecimentos prévios sobre os acontecimentos políticos da atualidade e o
domínio do vocabulário utilizado, pois como afirma Marcuschi, 2009: “...é
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necessário ter claro que o conhecimento do léxico de uma língua é apenas
uma condição necessária, mas não suficiente para a compreensão de um
texto.”
No exemplo desta charge, o aluno precisa ter conhecimentos a respeito
do significado da palavra “mensalão”; da sigla “DEM”; saber quem é Arruda e o
que ele fez; os significados das palavras “peculato” e “plágio”, caso contrário, a
compreensão fica totalmente comprometida, tornando-se impossível.
Uma simples charge requer um bom nível de letramento e
conhecimentos prévios.
Para trabalhar essa habilidade, o professor deve levar para a sala de
aula, a maior variedade possível de textos desse gênero. Repetir essa aula,
levar outras charges. Sugerir pesquisas em dicionários para a compreensão de
vocábulos sujos significados não são conhecidos, como também pesquisas e
abertura de espaço para debates e discussões sobre o tema.
É essencial para a compreensão, recorrer a uma fonte externa, consultar
o dicionário, outras pessoas, pesquisar, buscar informações. O aluno precisa
estar sempre pronto a buscar novas informações e não se acomodar naquilo
que não sabe, ele precisa continuar lendo e ampliando seus conhecimentos.
Ao trabalhar este tema é uma ótima oportunidade para se discutir com
os alunos, despertar para a formação do senso crítico a fim de compreender o
funcionamento da estrutura política, a necessidade de participação de todos na
política com ética e responsabilidade visando a administração do patrimônio
público e do bem-estar social.
7ª Aula: Descobrir a necessidade de conhecimentos prévios
Reforçando a aula anterior, que foi um trabalho com charge, a sugestão
é começar esta aula com a apresentação de outra charge que é a seguinte:
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O professor deverá fazer as seguintes perguntas aos alunos:
- Vocês reconhecem quem são as duas pessoas que se apresentam na
charge? Quem são eles? O que vocês sabem a respeito deles?
- Vocês sabem o que representa a construção ao fundo da charge?
- Por que foi feita a pergunta: “Aquele prédio é uma usina de enriquecimento de
urânio?”
- O que é urânio? Para que serve?
_ Por que foi dada a resposta: ”Não. Lá é de enriquecimento ilícito”
- Vocês sabem o que significa a palavra “ilícito”?
Direcionar a atividade de pesquisa em dicionário.
Após as respostas dadas pelos alunos, abrir espaço para debates e
esclarecimentos sobre os presidentes: Ahmadinejad e Lula. Quem são eles, o
que pretendem, suas ideologias e o motivo do encontro. Observem a
quantidade de conhecimentos prévios são necessários para a compreensão
desta charge.
Sugere-se que os alunos leiam a reportagem na página 6 da Folha
Política do Caderno 1 do mesmo dia que traz informações mais completas
sobre o assunto.
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Para o aluno compreender totalmente esse texto, ele também precisa ter
conhecimentos prévios a respeito do assunto, se não tivesse sido discutido
anteriormente no trabalho com a charge. Para se conseguir uma compreensão
total do texto, é preciso recorrer a uma fonte externa, fazer pesquisas,
consultar outras pessoas, buscar informações e abrir espaço para debates
sobre o assunto.
Comentário crítico
Ao lermos um texto seja de qualquer gênero, apesar do conhecimento
da língua que possuímos, muitas vezes a compreensão num sentido mais
amplo fica comprometida devido à falta de conhecimentos prévios a respeito do
assunto de que se trata o texto.
Fulgêncio e Liberato, 2001 chamam de conhecimentos prévios ou
informações não-visuais, todo o conhecimento da língua e qualquer outro
conhecimento que possuímos, e que compõe a nossa teoria do mundo.
Um bom exemplo de grande quantidade de informações prévias de que
o leitor necessita para compreender o texto são as notícias de jornal, que
trazem os títulos e subtítulos, sintetizando o que há de novo em fatos que já
foram informados em dias anteriores.
Há outros meios, onde os alunos podem buscar ampliar seus
conhecimentos sobre o tema estudado, através dos noticiários da televisão que
apresentam informações diárias sobre o assunto e também pela internet.
Isso acontece muito também em textos de livros didáticos das disciplinas
como História, Ciências e Geografia que a cada Unidade nova a ser trabalhada
exige-se que o aluno tenha adquirido os conhecimentos trabalhados nas
Unidades anteriores ou anos anteriores, o que geralmente não é a realidade.
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8ª Aula: Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões
relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema
A Folha de Londrina traz diariamente no Caderno Cidades, na página 2,
a Seção “Fala Cidadão”, onde pessoas emitem opiniões a respeito de assuntos
variados. É uma ótima sugestão para treinar o aluno a ler compreensivamente
os diferentes pontos de vista e posicionar-se criticamente a respeito do tema
Sugere-se que se abra espaço para debates e esclarecimentos de
dúvidas e que cada aluno produza e apresente por escrito a sua opinião a
respeito do tema discutido.
Comentário crítico
No nosso dia-a-dia, geralmente nos confrontamos com dois ou mais
textos que desenvolvem o mesmo tema ou pode acontecer de um único texto
apresentar opiniões diversas em relação ao mesmo assunto.
Habilitar o aluno para a identificação das diferentes opiniões sobre um
mesmo fato ou tema é de grande relevância social, pois é preciso analisar
criticamente os diferentes discursos, inclusive o seu, desenvolvendo a
capacidade de avaliação dos textos.
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Sempre que nos encontramos em práticas sociais que envolvem a
proposição de um posicionamento ou ponto de vista a respeito de um
determinado assunto, exigem-se recursos de argumentação.
É importante também observar quem são as pessoas que emitem a sua
opinião, a sua posição social, analisar os diferentes discursos, as variações
linguísticas.
Num texto argumentativo ou de opinião, como este que se encontra
diariamente na página 2 da Folha de Londrina, onde sempre se trata de
assuntos variados, é preciso que o leitor identifique a tese e os argumentos
utilizados pelo autor para sustentá-la.
É uma atividade que exige que o leitor primeiramente reconheça o ponto
de vista que está sendo defendido, para depois relacionar os argumentos
utilizados para sustentá-lo. Esta habilidade é um dos descritores da Prova
Brasil de Língua Portuguesa do Ministério da Educação, quando os alunos
precisam demonstrar a capacidade de lidar com o pensamento lógico e com o
raciocínio abstrato. Os alunos sentem muita dificuldade nessa prática.
Tudo indica que a questão acha-se ligada em especial à
ausência de reflexão crítica em sala de aula. Pois o
trabalho com a compreensão dentro de um paradigma
que se ocupa com a interpretação e análise mais
aprofundada exige-se que se reflita e discuta o tema e
isto não é uma prática comum em sala de aula.
(Marcuschi, 2008, p. 270)
.
Na mesma página, sempre traz várias cartas de leitores do Jornal,
opinando sobre notícias publicadas, ou textos de opinião sobre assuntos
variados que podem também serem trabalhados em sala de aula, esses
gêneros textuais citados.
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- Após a leitura do texto e discussão do tema em sala de aula, pedir para que
cada aluno identifique a tese defendida e os argumentos utilizados para
sustentá-la.
- Solicitar aos alunos que escrevam um texto, defendendo o seu ponto de vista
sobre o tema discutido, utilizando-se de argumentos próprios.
Comentário crítico
Segundo Faria, 1999, é preciso começar, abrindo aos alunos a
possibilidade de levantar hipóteses sobre o assunto, apoiados nos
conhecimentos que já possam ter do que se trata.
É importante conduzir os alunos com perguntas de compreensão, sobre
o assunto que os levem a levantar hipóteses pertinentes e a buscarem
argumentos que comprovem suas hipóteses.
Dessa forma, os alunos vão aprender a pesquisar, decodificar, levantar e
organizar dados, fazer escolhas, ordenar ideias, comparar e comprovar, ligar
um fato ao outro, estabelecer relações de causa e efeito, argumentar e contra-
argumentar.
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E assim, por consequência, aprender a ler, aprender a escrever,
aprender a transferir a aprendizagem dos fatos lidos no jornal à sua realidade.
9ª Aula: Perceber a ideologia presente nos textos
Nesta atividade, a sugestão é comparar diferentes textos sobre o mesmo
tema, em jornais diferentes da mesma data. Após ler os três textos, que trazem
títulos diferentes para o mesmo assunto, pedir aos alunos que comparem os
títulos das notícias para ver se há diferenças no uso das funções expressivas.
Fazer também uma comparação sobre as diferenças observadas nos
três textos, os enfoques apresentados e a ideologia observada.
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Comentário crítico
De acordo com a concepção de Bakhtin/Volochinov, (1999, p.41 apud
DCE de Língua Portuguesa, 2008, p.50): “As palavras estão carregadas de
conteúdo ideológico, elas são tecidas a partir de uma multidão de fios
ideológicos e servem de trama a todas as relações sociais em todos os
domínios”.
Seguindo esse ponto de vista, através do ensino-aprendizagem de
Língua Portuguesa é preciso capacitar os alunos para o aprimoramento de
seus conhecimentos linguísticos e discursivos a fim de que possam
compreender os discursos que os cercam e poderem interagir com esses
discursos.
Dessa forma, Bakhtin/Volochinov (1999, p.66) apud DCE de Língua
Portuguesa, 2008, defende a relevância da língua ser percebida como uma
arena em que diversas vozes se defrontam, manifestando diferentes opiniões.
Assim também as DCE de Língua Portuguesa, 2008, p.50 orienta o
processo ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, no sentido de que a
escola seja um espaço que promova por meio de uma gama de textos com
diferentes funções sociais, o letramento do aluno para que ele se envolva nas
práticas de uso da língua, sejam de leitura, oralidade e escrita.
10ª Aula: Estabelecer a relação causa/conseqüência entre partes e
elementos do texto
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Após a leitura do texto jornalístico, responder às seguintes
questões:
- Qual é o fato principal apresentado no texto?
- Quais as causas que levaram ao acontecimento desse fato citado no título da
notícia?
- Quais as consequências em decorrência desse fato?
- Qual a conclusão que se pode chegar diante deste fato?
Geralmente, os fatos se sucedem numa ordem de causa e
conseqüência, ou de motivação e efeito. Se o aluno conseguir fazer essa
distinção ao ler um texto, será de grande importância para a compreensão
global.
O aluno terá que ser capaz de fazer o reconhecimento de como as
relações entre os elementos se organizam para que um torne-se o resultado de
outro.
Para trabalhar as relações causa e conseqüência, pode-se utilizar textos
verbais de gêneros variados. Os textos narrativos talvez sejam mais fáceis de
se estabelecer essa relação. As notícias de jornais são bem adequadas para
trabalhar essa habilidade, pois sempre trazem um fato, as consequências que
o provoca e as causa que lhe deram origem.
Outra questão que os alunos apresentam muita dificuldade é reconhecer
a informação principal do texto, em questões de múltipla escolha como a
seguir:
- Qual é a informação principal do texto?
(A) Moradores e comerciantes fecham os estabelecimentos comerciais para
pedir mais policiamento na região.
(B) Moradores do Jardim castelo fazem manifestação contra a violência pela
morte do comerciante Luís Carlos Gonçalves.
(C) Manifestantes com cartazes seguiram em passeata pedindo providências
para evitar novos crimes.
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(D) Comerciantes e moradores, afirmaram que estão cansados de assaltos
com freqüência por usuários de drogas menores de idade.
Comentário crítico
Um texto é formado por uma rede de informações que se articulam,
porém, nem todas as informações têm a mesma importância para o
entendimento global. Nem tudo pode ser considerado, como tendo igual
relevância. Há uma espécie de hierarquia entre as informações ou idéias
apresentadas, pois umas fazem parte do núcleo principal do texto e outras são
apenas informações adicionais, acessórias, que servem apenas para ilustrar ou
exemplificar ou complementar a idéia principal. Para se conseguir diferenciar
essa hierarquia de informações, idéias e argumentos presentes em um texto, é
necessário desenvolver habilidades que formarão um leitor crítico e maduro.
Esta é uma competência presente nos descritores da Prova Brasil do
Ministério da Educação, que os alunos apresentam grande dificuldade, pois
não conseguem identificar e separar as partes secundárias do texto com a
parte principal.
Geralmente, tudo o que se encontra no texto é considerado importante
pelo aluno, daí surge a dificuldade e tudo se torna confuso, principalmente
quando a questão é de múltipla escolha e todas as alternativas se encontram
presentes no texto de alguma forma e é necessário identificar qual é a principal
informação do texto. A grande maioria acaba errando por exigir uma análise
profunda do texto e suas partes e o aluno sem fazer uma reflexão, assinala
qualquer alternativa, pois os dados estão presentes no texto.
Essa habilidade é essencial não só para compreender o texto, pois o
aluno identificando a idéia principal do texto, que no caso deste exemplo está
no primeiro parágrafo, poderá perceber que as idéias contidas nos outros
parágrafos estão relacionadas a ela e vem completar e explicar as causas da
manifestação contra a violência.
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É uma atividade complexa que deve ser praticada com diferentes textos,
grifando as partes consideradas principais, para depois de uma análise
detalhada, identificar a principal das secundárias. Podem ser feitos esquemas
que vão facilitar a elaboração de resumos.
11ª Aula: Tornar o trabalho de compreensão como construtivo, criativo e
sociointerativo
As questões a seguir são sobre o texto “Educação: desencontro entre
pais e filhos" (Folha de Londrina, 24/11/2009), usado, neste caso, como
exemplo para atividades de compreensão de texto.
QUESTÕES PARA COMPREENSÃO DO TEXTO
1- Segundo o autor, qual é a causa do distanciamento físico e espiritual entre
pais e filhos?
2- Para o autor do texto, qual é a forma que os pais encontram para compensar
a sua ausência e a falta de diálogo com os filhos?
3- O que o autor quis dizer com a frase: “... as tarefas de incutir sólidos valores
humanos e preparar o futuro profissional infanto-juvenil escaparam ao poder
das famílias e foram monopolizadas por instituições especiais como o Estado,
o mercado e a mídia.”?
4- Retire do texto a frase que expressa a idéia de que as propagandas são
criadas para atrair, encantar, criar um mundo de fantasia e sonhos ao
consumidor.
5- Em qual parte do texto pode-se encontrar uma referência aos padrões de
cores na fabricação de brinquedos estabelecidos no mercado.
6- Procure no texto as palavras que se referem aos objetos de consumo das
crianças e mulheres.
7- Qual é a sua opinião a respeito dos pais que prometem presentes e outras
coisas materiais no fim do ano?
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8- Comente sobre o fato de TV e a internet estarem monopolizando as falas, os
desejos, as atenções e as vontades dentro de uma família.
9- Você acha certo que os pais empurrem a responsabilidade da educação dos
filhos aos professores?
10- Qual é a sua conclusão a respeito do papel da família e da escola na
educação dos filhos?
11- Explique o título: ”Educação:desencontro entre pais e filhos”.
12- O que está substituindo o papel dos pais na educação e no diálogo com os
filhos dentro dos lares?
13- Qual é a crítica que se pode perceber em relação às atitudes de uma
família diante da queda do fornecimento de energia?
14- O que leva as pessoas ao consumismo?
15- Qual é a idéia principal do texto?
16- Quais as idéias secundárias do texto?
17- Qual a conclusão que podemos chegar após a leitura do texto?
Comentário crítico
Segundo Marcuschi (2008, p.248), “o sentido não está nem no texto,
nem no leitor, nem no autor, e sim numa complexa relação interativa entre os
três e surge como efeito de uma negociação.”
As inferências são importantes para o leitor processar o texto e dar-lhe
coerência.
A compreensão de texto depende das condições textuais, conhecimento
do gênero (tema, estilo, composição), do contexto de produção, dos
conhecimentos prévios do leitor, de sua visão de mundo.
Seguindo essa mesma concepção, o texto é o lugar de interação onde
há vários interlocutores, não prevalecendo apenas a leitura do professor, ou a
do leitor-aluno, ou somente a do texto ou de seu autor. O que vale são os
sentidos que são produzidos para o texto, resultantes da interação estabelecida
pelos participantes da situação comunicativa, referentes à enunciação definida.
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É importante que observemos os tipos de perguntas que são
elaboradas, as diferentes perspectivas de leitura e os focos de trabalho que
pretendemos direcionar, o que acabará facilitando o trabalho de correção e
avaliação da compreensão.
As perguntas 1, 2 e 3 com foco no autor, privilegiam as idéias deste,
sem levar em consideração as experiências e o conhecimento do leitor, não
havendo a interação autor-texto-leitor.
As perguntas 4, 5 e 6 com foco no texto exigem apenas uma
decodificação, pois tudo está no texto, não sendo necessário sair dele, basta o
leitor reconhecer o sentido das palavras e a estrutura do texto e assim extrair o
conteúdo do texto.
As perguntas 7, 8, 9 e 10 com foco no leitor mostram a necessidade dos
conhecimentos prévios acumulados pelo leitor, o que permitirão diferentes
compreensões, pois há diferentes leitores, com diferentes informações que
produzirão as inferências de acordo com o seu ponto de vista descartando os
aspectos sociais do contexto.
As perguntas 11 a 17 com foco na interação autor-texto-leitor, mostram o
processo dialógico em que os participantes do processo se encontram no texto,
fazendo toda a interação dentro de um contexto histórico, cognitivo e social que
possibilita a compreensão possível delimitado pelo próprio texto.
Todas essas informações são importantes para o professor conhecer, o
que ajudará na seleção ou elaboração das questões conforme os objetivos
pretendidos, na orientação e avaliação das atividades. O aluno não precisa
saber sobre isso.
12ª. Aula: Fazer o resumo de um texto
Fazer um resumo é uma das atividades mais interessantes para avaliar
o quanto aprendemos do conteúdo presente no texto lido ou estudado. Um
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bom resumo demonstra uma boa compreensão do que foi lido e também rever
a capacidade de separar a idéia principal das idéias secundárias.
Porém é um recurso muito utilizado na escola, por professores das
diversas disciplinas para a verificação do “ler para aprender”, mas é uma
atividade que os alunos apresentam muita dificuldade, nos diferentes níveis de
escolaridade, atingindo até os adultos.
Portanto, apresentamos uma sugestão de passos para a elaboração de
um resumo do Caderno de Teoria e Prática 4 do Programa Gestão da
aprendizagem Escolar – Gestar II Língua Portuguesa – MEC.
- Ler o texto inteiro do Jornal: “Produtos industrializados têm sal e gordura em
excesso” (Folha de Londrina, 19/04/2010), sem parar, para se ter uma visão
geral dele.
- Fazer uma segunda leitura, agora compreensiva, parando quando achar
necessário e com um lápis na mão, ir grifando ou fazendo marcas no texto,
como achar melhor.
- Grifar palavras que devem ser consultadas no dicionário o seu significado
para melhor compreensão do texto.
- Grife a idéia ou as idéias mais importantes de cada parágrafo.
- Não grifar exemplos, nem repetições.
- Pode-se marcar o(s) trecho (s) que você considerar confuso, que não
compreendeu, para buscar mais esclarecimentos.
- Tomar cuidado para não grifar demais, pois nem tudo no texto é o mais
importante.
- Reler o(s) trecho(s) que ainda está confuso.
- Abrir espaço para discussões em dupla, ou em grupo, ou com auxílio do
professor.
- Identificar a idéia central de cada parte do texto e resumi-la em uma frase.
Podem ser feitas anotações para facilitar.
- Escrever a idéia principal do texto, conforme o que você entendeu.
- Depois de todo esse trabalho, escrever o resumo se torna mais fácil, pois
você já tem a idéia central do texto e as idéias secundárias relacionadas ao
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tema. Agora é só escrever o resumo, seguindo a organização das idéias. Pode-
se usar até algumas palavras-chave importantes do autor, mas a construção do
texto-resumo é sua.
- Leia o seu resumo quando ficar pronto para verificar se ele conserva o
significado do texto original e faça as correções que achar necessário.
- No resumo, não se faz uma análise, ou juízo crítico, mas somente se
expressa o entendimento global do texto e a idéia desenvolvida no texto pelo
autor.
- Os resumos prontos devem ser lidos para os colegas para apreciação dos
mesmos, se ficaram adequados ao assunto tratado.
- Comparar os resumos produzidos e decidir quais parecem melhores e pó quê.
Comentário crítico
Através desta atividade, estaremos desenvolvendo com os alunos, o uso
funcional da escrita, observando a estrutura do texto escrito, considerando a
compreensão fundamental ao elaborar um conceito, resumir uma idéia ou
explicar o sentido de uma palavra, que é uma grande dificuldade apresentada
pelos alunos atualmente.
É importante, sempre o professor fazer perguntas que conduzam os
alunos para chegar às respostas e definições próprias que posteriormente
poderão ser complementadas pelo professor se for necessário e também
pesquisar em textos especializados a definição dos especialistas.
Colomer & Camps (2008) sugerem na elaboração de um resumo que se
leia o texto e conforme a sua extensão divida-o em seções. Após a leitura,
selecionam-se duas ou três palavras que reflitam o tema. Depois, os alunos
terão de escrever com suas palavras, duas ou três frases importantes. Sugere-
se uma proporção de dez ou doze frases para cada três ou quatro páginas de
um livro-texto. Esse processo é chamado de resumo hierarquizado.
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Dessa forma, fica claro que a prática da elaboração do resumo deve ser
ensinada e treinada com os alunos, conforme Colomer & Camps (2008, p. 110)
explicam:
A elaboração de resumos é uma prática habitual na escola, mas
muitas vezes é exercitada sem levar em conta a necessidade de
realizá-la. Por esse motivo, devem-se fazer exercícios na linha
das pesquisas resenhadas sobre o ensino da compreensão
leitora que ajudem a formar um critério sobre o que é um resumo
e a praticar diversas estratégias de realização, como representar
graficamente o conteúdo do texto, procurar títulos que impliquem
a captação da idéia principal, comparar resumos e discutir sua
adequação.
Um bom resumo é um excelente indicador de uma boa compreensão do
que foi lido. Além de revelar a capacidade do aluno de separar o essencial do
acessório.
Para se avaliar um resumo, Colomer & Camps, sugerem o seguinte
roteiro de avaliação: é um bom resumo; é uma cópia indiscriminada de
fragmentos do texto; esquece coisas importantes; reúne questões de detalhe
muito marginais; inventa coisas que o texto não diz.
Estes critérios podem servir de apoio para os alunos revisarem os
resumos que fizeram.
REFERÊNCIAS
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compreensão. 3. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
COLOMER, Teresa; CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender.
Porto Alegre: Artmed, 2002.
FULGÊNCIO, Lúcia; LIBERATO, Yara Goulart. Como facilitar a leitura:
Repensando a Língua Portuguesa. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2001.
FARIA, Maria Alice de Oliveira. Como usar o jornal na sala de aula. 4. ed.
São Paulo: Contexto, 1999.
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FARIA, Maria Alice; ZANQUETTA JR., Juvenal. Para ler e fazer o jornal na
escola. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2005.
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Texto: “Produtos industrializados têm sal e gordura em excesso”. Disponível
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