49
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · UNIDADE DIDÁT SECRETARIA DE ESTADO ... trabalhar a partir da pluralidade e da diversidade, ... ao abordar a questão do ideal e do belo

  • Upload
    lamnhi

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

UNIDADE DIDÁT

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE - UNICENTRO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

UNIDADE DIDÁTICA

. http://wwwhttp://wwwgoogle.com/imgres?q=DESENHO+DE+CASAS+ESTILIZADAS&h - 02/06 13:57

2

UNIDADE DIDÁTICA PROFESSORA: CILSE MARIA JASKIU

ARTE NA EJA: TRANSPONDO TERRITÓRIOS

Material Didático Programa de Desenvolvimento Educacional na área de Arte

Apresentado à Universidade Estadual Centro-Oeste UNICENTRO.

Professora Orientadora: Ms. Eglecy do Rocio Lippamann

UNIÃO DA VITÓRIA – PR AGOSTO/2011

3

IDENTIFICAÇÃO

ÁREA: ARTE

PROFESSORA PDE: CILSE MARIA JASKIU

PROFESSORA ORIENTADORA: Ms. EGLECY DO ROCIO LIPPAMANN

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR: UNICENTRO – UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE

LOCAL: UNIÃO DA VITÓRIA

NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO: UNIÃO DA VITÓRIA

LOCAL DE RESIDÊNCIA: PORTO UNIÃO – SC

TEMA DE ESTUDO DA INTERVENÇÃO: O CONHECIMENTO ESTÉTICO CONTEXTUALIZADO NO ENSINO DA

ARTE

TÍTULO: ARTE NA EJA: TRANSPONDO TERRITÓRIOS

4

SUMÁRIO

IDENTIFICAÇÃO............................................................................................................4

SUMÁRIO...................................................................................................................... ..5 APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... ....6

ARTE PRA QUÊ?............................................................................................................7

INVESTIGANDO O EDUCANDO....................................................................................8 1 ESTÉTICA....................................................................................................................9 2 ENSINO DA ARTE E A ESTÉTICA.............................................................................11

2.1 ESTÉTICA COTIDIANO...................................................................................13 2.2 ESPERIÊNCIAS ESTÉTICAS DO COTIDIANO...............................................14 3 UM MUNDO DE IMAGENS.........................................................................................16 4 MORADIAS/ CASAS COM O PASSAR DO TEMPO..................................................17 4.1 CASAS GREGAS....................................................................................................17 4.2 CASAS ROMANAS.................................................................................................17 4.3 CASAS IDADE MÉDIA............................................................................................18 4.4 HOJE: RESIDÊNCIA/CASA/MORADIA/LAR..........................................................18 5 MORADIA DIREITO DE TODOS.................................................................................20 5.1 FUNDAMENTOS LEGAIS......................................................................................21 5.2 – MORADIA NO BRASIL DIREITO SIM OU NÃO?. ....................................................22 6 GEOMETRIA......................................................................................................................23 6.1 ORIGEM DA GEOMETRIA..........................................................................................23 6.2 GEOMETRIA E O ENSINO HOJE...............................................................................23 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................24

PROPOSTA DE ATIVIDADES............................................................................................25

AVALIAÇÃÓ..............................................................................................................43

REFERÊNCIAS .............................................................................................................44

VIDEO – CASA DA FLOR/REDE ARTE ................................................................................46

5

Formar indivíduos com uma visão mais global da realidade,

vinculada a aprendizagem, a situações e problemas reais,

trabalhar a partir da pluralidade e da diversidade, preparar

para que aprendam durante toda a vida (...).

Hernandez ( 2000 p.180 )

Esta UNIDADE DIDÁTICA consiste na elaboração de uma

temática destinada aos educandos da EJA, Ensino Fundamental, em Arte. Relaciona-

se ao Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola: O conhecimento estético

contextualizado no ensino da arte. Serão utilizados textos de apoio, atividades,

documentários, obras de arte e outros procedimentos, individuais e coletivos, a fim

de que os educandos possam compreender a presença constante da arte em seu

cotidiano.

A trajetória desta UNIDADE DIDÁTICA será realizada através da

investigação estética no ensino da arte e no cotidiano do educando, pois é a partir

dela que ele amplia suas possibilidades de expressão, de criação e de conhecimento.

Isso implica em desenvolver uma aprendizagem significativa, destacando o ensino da

arte através da estética, imagem e cotidiano.

Na EJA estamos diante de sujeitos plenos de experiências vividas, neste

processo investigaremos a fruição estética, interagindo com diferentes saberes. Para

isso é necessário que a experiência estética tenha emoção, sentimento e reflexão.

Para Kant, o sentimento estético harmonizava entendimento e imaginação.

O desafio é que a estética do cotidiano oriente a teoria e a prática

incorporando à vida dos educandos e que possam encontrar caminhos para

identificar e extrair dos objetos de seu cotidiano seu conhecimento estético sobre

arte e cultura. Sendo assim Paulo Freire (1997) reconhece que a cultura exige um

olhar denso, intenso, corajoso, poético e ao mesmo tempo amoroso.

Apresentação

6

EDUCANDO MATRICULA-SE NA

EJA E A PRIMEIRA DISCIPLINA É

ARTE PRÁ QUÊ?

NÃO SEI DESENHAR?

NÃO TENHO DOM?

7

http://eco-ville.webnode.pt/investiga%C3%A7%C3%A3o/ 02/06/2011 – 14:11

PRIMEIRO MOMENTO

Estamos diante de sujeitos de diferentes gêneros, de

classe social, de raça, de etnia e principalmente de códigos

culturais, temos o compromisso de compartilhar experiências

e saberes para transformar a sala de aula em um espaço que

atenda suas necessidades como pessoa, como cidadão.

Não podemos esquecer que a escola é um espaço de

sociabilidade para estes educandos, pois estamos falando de

pessoas com opiniões, valores, temores, esperanças e a partir

disto abrir caminhos para uma aprendizagem significativa e

que acompanhem um mesmo conteúdo sob diferentes olhares e

que proporcione interesse, atenção, envolvimento e

conhecimento de todos.

Investigando o educando

ATIVIDADE 1 - SUGESTÃO

8

1 - ESTÉTICA E SUA HISTÓRIA

Entre os séculos XVI e XVIII predomina uma estética de

inspiração aristotélica: a beleza é associada à perfeição conseguida por uma sábia

aplicação das regras da criação artística. O filósofo alemão Baumagarten (1714 – 1762)

introduziu pela primeira vez o termo "estética", com o qual identificou a ciência, que trata

do conhecimento sensorial, que chega à apreensão do belo e se expressa nas imagens

da arte. Baumgarten não é o fundador da estética como ciência, mas o termo por ele

introduzido no campo filosófico respondia às necessidades da investigação nesta esfera

do saber e alcançou ampla difusão, pois afirmava que a estética é a ciência da cognição

sensorial e que a cognição sensorial deriva por meio do trabalho natural.

Kant (1724 – 1804) considerado como o último grande filósofo

dos princípios da era moderna, foi respeitado e competente professor universitário durante

quase toda a vida. De acordo com Kant, para se ter uma investigação crítica a respeito do

belo, devemos estar orientados pelo poder de julgar e o poder de julgar, pertence a todo

sujeito, é universal, é o julgamento estético. Portanto a estética é o compromisso entre a

Natureza e a Liberdade. Kant se refere é a natureza humana. Ele foi o primeiro a definir o

conceito de belo e do sentimento.

Hegel foi outro grande filósofo que, após Kant, dedicou-se ao

estudo do belo, concordava de certa maneira com Platão, ao abordar a questão do ideal e

do belo. Definiu a estética como a ciência que estuda o belo, conferindo a estética à

categoria de ciência filosófica. Sua análise do belo é basicamente em cima do belo

artístico. Para justificar esta exclusão, poderíamos dizer que a toda a ciência cabe o

direito uma análise das diferenças do belo artístico e do belo natural. Hegel sempre

TRAJETÓRIA HISTÓRICA

ESTÉTICA/ENSINO DA ARTE/IMAGEM

9

ocupou cargos ou funções relacionadas à educação, para ele, uma sociedade não

sobrevive sem a educação, pois ela é expressão da razão que busca estabelecer a

liberdade e implantá-la enquanto prática corrente.

A estética ganha novos e marcantes olhares no final do século

XIX e no século XX, pois foi um período marcado por grandes revoluções estéticas.

Destacamos o filósofo Herbert Read (1893 – 1968), onde afirmava que a arte deve ser a

base para educação e a criação artística deve ser pensada por meio de métodos, pois,

são fenômenos de auto-revelação, ideais para revelar ao homem sua personalidade. Nas

suas concepções dividiu a estética em dois fatos: subjetivos que poder ser apreendidos

introspectivamente, cuja importância é o capital e o mundo e o analisáveis, que tentava

mostrara estética por meio das observações das proporções, ritmos, harmonia.

Também merece destaque neste período o norte-americano

John Dewey (1859 – 1952), não admitia uma estética sem a influência da educação e da

sociedade e o conhecimento da história sendo indispensável para julgar uma obra de

arte. A estética ao mesmo tempo em que é uma estética experimental, é também

sociológica e cultural, desta forma, preocupava-se com o desenvolvimento de uma

sociedade democrática.

Destacamos também o filósofo húngaro Lukács (1885 - 1971),

foi de grande importância no cenário intelectual do século XX. Iniciou como um crítico

influenciado por Kant, depois com Hegel e finalmente, a adesão ao marxismo, não

deixando, contudo, de dialogar e fazer à crítica a estética de Hegel, Kant, Aristóteles,

entre outros. Sua concepção, sobre estética, apresenta a arte, como reflexo estético da

realidade, tendo em vista os valores humanos e a realidade objetiva. . Para ele a arte

pode e deve realizar uma leitura correta do contexto social e ter uma apreciação exata do

momento presente, ou seja, ligado à vida cotidiana buscando suas conquistas e

transformações, afinal, é para o cotidiano que se vive. Para o autor a obra de arte é o

reflexo e o sentimento estético da realidade, não é uma experiência pessoal, mas sim

deve ter o caráter universal.

10

Não podemos deixar de destacar o pensamento de Duarte Júnior

(1986, p.9), sobre estética e beleza, pois para ele a beleza não é estética, mas sim: “A

experiência estética que temos frente a um objeto ao senti-lo como belo”. Portanto beleza,

segundo ele, diz respeito não à qualidade dos objetos, mas à forma de como se relaciona

com eles.

Como percebemos as teorias estéticas começaram a ser construídas

desde a antigüidade e até hoje são objetos de pesquisa e merece especial destaque,

especialmente a partir do desenvolvimento de trabalhadores criativos e flexíveis para que

possam se adaptar às constantes oscilações do mundo atual.

"O despertar estético

acontece na família, por

meio dos gostos e hábitos

dos pais, o jeito que o

vaso de flor é colocado

sobre a mesa, a toalha

bordada em cima da

televisão, a coleção de

canecas na estante. A

escola desconsiderava

isso, conta Ivone.

Ivone Mendes Richter, 2005.

11

2 - ENSINO DA ARTE E A ESTÉTICA

http://www.google.com/images?h 03/06/2011 – 20:38

Na Música

Na Dança No teatro

Nas Artes Plásticas

A Arte está presente em nossas vidas e de várias formas,

mesmo que alguns não a admitem. Ela é importante fora da escola, imaginem dentro dela.

Por ser um conhecimento construído pelo homem através dos tempos, a arte é um

patrimônio cultural da humanidade e todo ser humano tem direito ao acesso a esse

saber. (MARTINS, 2005, p.13). A maioria das pessoas ainda pensa que a palavra é a

única forma de comunicação existente no mundo. Mas, assim como aprendemos a ler as

palavras, também podemos fazer leituras de imagens para melhor compreender o mundo,

construir conhecimentos e aprender sobre diferentes culturas, por meio das Artes Visuais,

do Teatro, da Dança, Música, enfim, das manifestações da Arte.

12

2.1 – ESTÉTICA E COTIDIANO

“Como toda vivência é intensa, a vivência estética cria um estado muito sensível para ações posteriores e, naturalmente, nunca passa sem deixar marcas em nosso comportamento posterior”. Vigotski,( 2006).

Portanto o modo como vivemos as diversas experiências

estéticas depende da nossa sensibilidade, a qual é influenciada pela preparação que

temos para poder usufruir uma dada experiência, desta forma um dos objetivos do

ensino da arte é a formação estética.

Conseguir explicar como a estética está diretamente vinculada ao

ensino de arte e a vida cotidiana do educando é um trabalho difícil e relevante para os

educandos, pois a estética esta presente em práticas sociais e culturais como forma de

representação e expressão do mundo, sobre tudo, é elemento essencial e predominante

da arte. Por meio da educação estética temos certeza que se pode despertar a

sensibilidade, perceber e organizar temas e assuntos que estão no cotidiano dos

educadores e educandos. Vigotski considera que quanto mais o educando:

“veja, ouça e experimente, quanto mais aprenda e assimile, quando mais elementos da realidade disponha em sua experiência, tanto mais considerável e produtiva será, como as outras circunstâncias, a atividade de sua imaginação”. Vigotski, (2006, p. 18 ).

Portanto isto ocorrer se ofertarmos diferentes possibilidades de

leitura de imagens, como por exemplos colocá-los em contato com desenhos,

fotografias, pinturas, esculturas, arquitetura, peças de teatro, dança, computador,

televisão, filmes, imagens publicitárias (cartazes, outdoors, anúncios, charges) entre

outros.

Desenvolver educação estética como conhecimento é romper

com a idéia de que a ciência é puramente racional e a arte puramente sensível, na

verdade arte e ciência integram as diferentes formas de conhecer. Mas sabemos que a

educação estética deve oportunizar uma experiência que propicie para o educando a

oportunidade de apreciar, interpretar e usufruir os elementos das manifestações

13

artísticas e prepará-lo para que possa transpor novos territórios na sua vida cotidiana.

Podemos concluir que o contato com a arte é realmente viver uma experiência estética.

Segundo Duarte Jr, (2004) “... a beleza diz respeito à maneira de como nos relacionamos

com os objetos – e não necessariamente uma obra de arte –, mas, é a relação entre

sujeito e objeto”.

2.2 - EXPERIÊNCIAS ESTÉTICAS DO EDUCANDO

“A experiência estética é a experiência que temos frente a um objeto ao senti-lo como belo”. Duarte Júnior, (1998, p.9).

Pesquisar o contato do educando com a arte em seu ambiente

familiar, em sua casa, serão propostas de atividades desta Unidade Didática: através de

questionários e imagens (fotografia, desenhos, gravuras e outros). Pois sabemos que a

maioria das pessoas pensa que não conhecem arte, não convivem com objetos artísticos,

pois a arte é para poucos e principalmente é para a elite. Que ilusão, todos nós estamos

cercados dela por todos os lados e todos os dias, nos objetos de seu cotidiano é possível

observar a presença da arte, na arquitetura de sua casa, do mobiliário, na roupa que usa,

enfim, em todos estes elementos encontramos a arte, pois alguém construiu esses objetos

com criatividade, harmonia e muita pesquisa e você adquiriu porque achou bonito,

atraente ou agradável.

Podemos considerar que a sensibilidade para apreciar a arte varia

de pessoa para pessoa, de idade para idade, de comunidade para comunidade, de região

para região, de época para época. Como nos afirma Duarte Junior:

14

“A educação é, por certo, uma atividade profundamente estética e criador a em si própria. Ela tem o sentido do jogo, do brinquedo, em que nos envolvemos prazerosamente em busca de uma harmonia. Na educação joga- se com a construção do sentido – do sentido que deve fundamentar nossa compreensão do mundo e da vida que nele vivemos. No espaço educacional comprometemo-nos com a nossa visão de mundo, com nossa palavra. Estamos ali em pessoa – uma pessoa que tem os seus pontos de vista, suas opiniões, desejos e paixões. Não somos apenas veículos para a transmissão de idéias de terceiros: repetidores de opiniões alheias, neutros e objetivos. A relação educacional é, sobretudo, uma relação de pessoa a pessoa, humana e envolvente”. Duarte Jr.(2004. p.74).

Assim podemos refletir e estudar as mudanças de conceitos de

beleza de cada pessoa ao criar e observar um objeto. Desta forma destacamos que a arte

está em toda parte e define a identidade de um povo, de um grupo social e de um

indivíduo, seja pela imagem visual, pela música, pela dança, ou seja, por todas as

manifestações artísticas.

O objetivo é realizar uma aprendizagem significativa através de

experiências estéticas vividas, capaz de formar educandos mais sensíveis à sua condição

humana e à sua realidade. É importante ressaltar que a experiência estética pode ser

considerada para além do ensino da arte, onde conhecer é maravilhar-se, sentir, refletir,

criticar, interpretar sem medo de errar e sim possibilitar que se sintam sujeitos da história,

capazes de intervir no mundo à sua volta e aprender na realidade na qual vivemos.

(...) o ensino da arte deve se caracterizar por uma educação predominantemente estética, em que padrões culturais e estéticos da comunidade, da família, sejam respeitados e inseridos na educação, aceitos como códigos básicos dos quais se deve construir a compreensão e imersão a outros códigos culturais. Richter (2000. P.84).

15

3 - UM MUNDO DE IMAGENS

http://www.google.com/images?hl=olhando+o+mundo&oq – 25/07- 21:16

Para trabalhar a cultura visual do educando é necessário ficar atento no mundo à sua volta. Conhecer os objetos que fazem parte da sua realidade e perceber quais são importantes para eles. Ao escolher os temas de estudo, devemos dar preferência às imagens que façam sentido para os educandos.

O espanhol Fernando Hernández é hoje um dos principais pesquisadores do assunto e nos diz que: “As representações devem ser inquietantes, estar relacionadas com valores comuns a outras culturas, refletir o anseio da comunidade, estar abertas a várias interpretações, ter sentido para a vida das pessoas, expressarem valores estéticos, fazer com que o espectador pense, não apenas ser a expressão do narcisismo do artista, olhar para o futuro e não estar obcecados pela idéia de novidade”. (Hernandez, 2000). Isto significa que o ensino de Arte ganha uma perspectiva mais profunda e o educando passar a ser leitor, intérprete e crítico de todas as imagens presentes em seu cotidiano.

O ensino da Arte na escola desenvolve a expressão artística do educando, na forma de olhar e entender o mundo. Quantas imagens você vê diariamente, nas moradias, nos prédios, nos carros, nas roupas, cada uma a seu gosto. Também estamos diante da televisão, da internet, das revistas, dos jornais, das fotos, todos esses elementos visuais estão carregados de informações culturais, sociais, religiosas e políticas no mundo onde vivemos. Por tanto, ao desenvolver o conhecimento do universo visual do cotidiano do educando eles terão oportunidade de conhecer melhor a si mesmo, compreender sua cultura e ampliá-la com há de outros tempos e lugares.

Não podemos deixar de pensar em caminhos possíveis para todos os educando e não se esquecer da Educação Inclusiva. Pois o ato de ver, olhar não se limita apenas no visível, mas também no invisível, na imaginação. Para Vigotski, a imaginação está vinculada a realidade e com o significado desta realidade com a vivência do educando.

“ Felizmente, a maioria consegue ver com os ouvidos, ouvir e ver com o cérebros,

o estômago e a alma”.

Win Wender, 2002. Documentario Janela da Alma

16

4 - MORADIAS/CASAS COM O PASSAR DO TEMPO

http://www.google.com/imgres?q=desenhos+de+relógios&hl=en&tbm 25/07 21:50

4.1 - Casas gregas (entre os séculos VI e V a.C) eram construídas com dois ou três

cômodos, tendo ao seu redor um grande jardim, sendo feitas basicamente com pedras,

madeira ou ainda tijolos. Casas maiores ainda possuíam cozinhas, um espaço para

banhos, uma sala de jantar para homens e, talvez, uma área onde as mulheres podiam

sentar-se e conversar. Os jardins eram utilizados para que homens e, especialmente

as mulheres, pudessem receber amigos ou apenas apreciar uma boa conversa sem

sair de casa. Era comum que as mulheres costurassem ou tecessem malhas no jardim

de suas casas. Os gregos da Antiguidade gostavam muito de contar e ouvir histórias e

fábulas. Uma de suas atividades favoritas consistia em reunir a família no jardim para

que as crianças pudessem escutar as histórias contadas pelo pai ou pela mãe. “Outra

atividade comum nos jardins gregos era cozinhar e apreciar parte de suas refeições

em seus belos e bem cuidados jardins.”

4.2 - Casas romanas, a planta das casas era rigorosa e invariavelmente desenhada a

partir de um retângulo básico. A porta de entrada, que ficava de um dos lados menores

do retângulo, conduzia ao pátrio, um espaço central com uma abertura retangular no

telhado. Essa abertura permitia a entrada da luz, do ar e também da água da chuva,

que era colocada num tanque - o implúvio - colocado exatamente sob o vão do teto.

Em linha reta em relação à porta de entrada, e dando para o pátrio, ficava o tablino,

aposento principal da casa. Os outros cômodos também davam para o pátrio, mas sua

disposição era menos rigorosa. Ao entrar em contato com os gregos, durante o período

helenístico, os romanos apreciaram muito a flexibilidade e a elegância das moradias

gregas. Mas admiraram sobre tudo o peristilo que havia no pátio de muitas casas.

Como eram zelosos de suas tradições, os romanos não quiseram alterar muito a planta

de suas casas, mas encontraram uma solução para incorporar os elementos que

17

admiravam: acrescentou nos fundos da casa vários cômodos; O restante da

construção seguia o esquema tradicional.

4.3 – Casas Idade Média a configuração da residência européia medieval variou

bastante ao longo do tempo, visto que se trata de um período longo. Também variava

em tamanho de acordo com a camada social, embora a construção mais comum fosse

aquela constituída, de uma forma geral de um único recinto, composto por poucas

peças de mobiliário (como alguns assentos e baús) e principalmente por uma lareira

(ou mesmo uma fogueira) em seu centro, a fim de se evitarem incêndios. Todas as

atividades eram realizadas e compartilhadas neste recinto único (alimentar-se, dormir,

trabalhar, entre outros). As casas rurais e as urbanas diferiam bastante, mas a

superposição de funções era comum.

4.4 – HOJE: RESIDÊNCIA/ CASA/ MORADIA/ LAR:

Website for this image – 29/06/2011- 22:27

[...] a nossa casa veio deixando de ser um lar, no sentido de construir uma extensão de nossas emoções e sentimentos, veio deixando de ser um lugar expressivo da vida de seus moradores e da cultura onde se localiza. Foi se transformando, nesta expressão difundida, numa “máquina de morar”, fria e estritamente utilitária, sem aconchego e o afeto de uma verdadeira morada. Duarte Jr.(2004, p. 78).

Vamos aos termos utilizados no nosso dia-a-dia ao lugar em que

moramos, nossa casa, nosso lar, enfim, vejamos os termos utilizado por nós:

residência (do latim residentia), no seu sentido mais comum, uma parede artificial

construída pelo ser humano cuja função é constituir-se de um espaço para um

indivíduo ou conjunto de indivíduos, de tal forma que eles estejam protegidos dos

fenômenos naturais exteriores (como a precipitação, o vento, calor e frio, entre outros),

além de servir de refúgio contra ataques de terceiros, habitação, termo que

normalmente é empregado por especialistas para ser referir ao ato de morar e às

18

suas várias possibilidades e configurações, casa é entendida como o objeto da

moradia e o lar, por outro lado, ainda que possa ser considerado um sinônimo de

casa, apresenta uma conotação mais afetiva e pessoal: é a casa vista como o lugar

próprio de um indivíduo.

A casa também está tradicionalmente associada à idéia de

família, de tal forma que a palavra costuma ser usada com este significado. Uma visão

também tradicional a respeito da estrutura de uma sociedade considera a família como

sua unidade fundamental, enquanto a casa corresponderia à unidade fundamental de

uma cidade.

Entre as varias residências hoje podemos destacar:

Bangalô - Uma residência com um pavimento apenas.

Sobrado - Uma residência com dois ou mais pavimentos. É uma tipologia bastante

comum no Brasil.

Casa geminada – Duas ou mais residências que se aproveitam de uma mesma

estrutura (daí serem consideradas "gêmeas")

Apartamento - corresponda a uma residência inserida em um conjunto de famílias,

podendo ser um edifício de apartamentos.

Propriedade - aquilo que constitui.

Puxadinho - uma construção irregular (sem aprovação legal nos órgãos públicos), que

se apresenta como uma extensão ou anexo em um imóvel.

Condomínio - quando a mesma coisa pertence a mais de uma pessoa, e todas

envolvidas têm igual direito.

19

5 - MORADIAS DIREITO DE TODOS

http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia_articuladas.aspx?cod=90027 25/07/2011 – 22:32

O Direito à moradia se tornou um direito humano universal, aceito e

aplicável em todas as partes do mundo como um dos direitos fundamentais para a vida

das pessoas, no ano de 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. O

direito à moradia é parte do direito a um padrão de vida digna, isto não se resume a

apenas um teto e quatro paredes, mas o direito de toda mulher, homem, jovem e criança

de ter acesso a um lar e a uma comunidade seguros para viver em paz, com dignidade e

saúde física e mental. Vejamos um art. desta Declaração:

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III)

da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948

Preâmbulo

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum.

Artigo XVII

1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.

2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

20

5.1 - FUNDAMENTOS LEGAIS:

O direito à moradia é um direito humano protegido pela Constituição

Brasileira e pelos Instrumentos Internacionais. Temos a ONU, sua função é examinar,

monitorar, aconselhar e relatar a situação do direito à moradia no mundo, promover

assistência a governos e a cooperação para garantir melhores condições de moradia e

estimular o diálogo com os outros órgãos da ONU e organizações internacionais com

este mesmo fim.

A Constituição Federal estabelece claramente que um dos

direitos fundamentais da pessoa humana é o direito à moradia, o direito a ter um lar, mas

infelizmente isso não é garantido pelo poder público. Temos hoje uma grande

concentração de renda e de propriedade na mão de poucos, e a grande maioria da

população não tem sequer esse direito fundamental. Não, infelizmente existe uma total

falta de políticas públicas para a habitação e inúmeras pessoas vivendo em áreas de

risco, em alojamentos habitacionais, nas ruas, debaixo das pontes, nas favelas, em

lugares extremamente precários e desumanos. Vejamos o que nos diz a Constituição:

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 26/2000.

Olavo Augusto Vianna Alves Ferreira, Procurador do Estado de São Paulo, membro do Grupo de Trabalho de Direitos Humanos da Procuradoria Geral do Estado – SP, e mestrando

em Direito do Estado pela PUC/SP; e

Rodrigo Pieroni Fernandes, Procurador do Estado de São Paulo.

(...) O direito à moradia já encontrava previsão constitucional no artigo 7º, inciso IV, da Constituição Federal, como direito do trabalhador urbano e rural a um "salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim".

Constitui, ainda, competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios promover programas de construção de moradias e melhorias das condições habitacionais, nos termos do artigo 23, inciso IX, da Constituição Federal.

Portanto, percebe-se que o direito à moradia é um direto essencial, já há muito tempo fazendo parte do texto constitucional, agora robustecido com sua expressa menção no elenco do artigo 6º; proporcionando, no mínimo, a facilitação da exigência de sua concretização.

Extraído do Site da SAJ - Serviços de Apoio Jurídico - http://www.saj.com.br 07/07/2011 – 21:24

21

5.2 – MORADIA NO BRASIL DIREITO SIM OU NÃO?

No Brasil a Constituição Brasileira garante a moradia como direito

fundamental do ser humano (artigo 6º), mas mesmo assim, existe no Brasil uma grande

desigualdade na distribuição de renda, impedindo que brasileiros e brasileiras tenham

acesso a uma moradia adequada para viver dignamente. E uma situação que obriga a

ocupação de áreas insalubres ou de risco. Infelizmente, moradia para grande parcela do

povo brasileiro é nos morros, nas favelas, onde falta água encanada, luz elétrica e

saneamento básico.

Podemos dizer que a falta de políticas públicas têm provocado o

aumento da pobreza do povo brasileiro. Pesquisas apontam mais de 30 milhões de

pessoas sem teto no Brasil. Pessoas que, não tendo como comprovar renda, passam

longe dos financiamentos de compra da sonhada casa própria.

Portanto a moradia é uma questão social, este é um problema que

há muito tempo a sociedade tem presente. Hoje temos uma grande parcela da população

que mora em barracos nas favelas, debaixo das pontes, nas ruas, ou seja, populações de

desabrigados e favelados que crescem diante de nossos olhos, mas existem inúmeros

imóveis desocupados por causa das especulações imobiliárias. Mas não podemos deixar

de destacar que, tanto debaixo das pontes e barracos das favelas, são pessoas,

moradores que tentam abrigar-se do frio e da chuva, como nas mansões e condomínios

nobres guardados por muros altos e indiferentes. De acordo com Duarte Jr., “as

residências transformaram-se sem alma sem sentimento”. Uma moradia digna deve ser

encarada por todos os setores da sociedade como sendo uma condição básica para a

cidadania, o Direito à moradia adequada se tornou um direito humano universal, aceito e

aplicável em todas as partes do mundo.

22

6 – GEOMETRIA

6.1 – ORIGEM DA GEOMETRIA: http://www.google.com/imgres?q=material+geométria&h 08/08/16:25

Foi no período grego, entre 600 e 300 a.C., que a

geometria se caracterizou como um sistema organizado, disso se deve a Euclides,

mestre na escola de Alexandria (Cidade do Egito), que publicou por volta de 325 a.C. Os

Elementos, uma obra com treze volumes, propondo um sistema inédito no estudo da

Geometria.

O conhecimento geométrico teve início a partir das

necessidades do homem em compreender melhor o meio onde ele se encontrava o que

justifique a origem de sua palavra. A geometria deriva do grego "geometrein" e significa

medição de terras – geo: terra, metrein: medir, surgindo como ciência empírica para

resolver problemas práticos do homem. Heródoto, o "pai da história", é o primeiro a

apontar para esta origem da Geometria, localizando no Egito antigo os primeiros

momentos dessa, digamos, "Geometria Empírica". Nos primeiros conceitos relacionados

à Geometria devemos enfatizar as formas originais e básicas e os Matemáticos

responsáveis por tais estudos, Tales, Pitágoras, Platão, entre outros. A geometria é a

parte da matemática cujo objeto de estudo é o espaço e as figuras que podem ocupá-lo.

6.2 – GEOMETRIA E O ENSINO HOJE:

Olhando ao nosso redor observamos inúmeras formas

geométricas regulares e irregulares. Desde os princípios básicos da Geometria

Euclidiana (ponto, reta, plano,...), até os dias atuais podemos notar as grandes

transformações ocorridas na Geometria dos objetos, das casas, das artes, arquiteturas

23

novas e arrojadas surgem desafiando todas as formas da Geometria clássica. Por tanto

as formas geométricas aparecem em todo o universo, na natureza e nas obras

humanas, independente da cultura ou da crença de cada povo. A geometria estuda o

espaço físico e propicia perceber o espaço que cada ser ocupa. Ao medir, comparar, ao

classificar é possível visualizar o real, vislumbrar a realidade. Os Parâmetros

Curriculares Nacionais apontam que os conceitos geométricos “permitem compreender,

descrever e representar”.

Para desenvolver o conhecimento geométrico nos educandos, é

necessário atividades desafiadoras, nas quais deve ter relações entre os objetos do seu

cotidiano e as formas básicas da geometria, analisando, classificando e construindo

figuras geométricas bidimensionais e tridimensionais. Para que possam identificá-las e

classificá-las por suas semelhanças e diferenças.

A geometria no espaço em que vivemos, possibilita a

compreensão entre o educando e o espaço em que vive. Também possibilita o

desenvolvimento do raciocínio lógico matemático, no qual realiza cálculos para alcançar

os objetivos propostos e desenvolvem a coordenação motora e a criatividade por meio

de recortes e colagens utilizando as formas geométricas.

Trabalhar as formas geométricas por meio da linguagem artística,

realizando releituras das obras de artes (Tarsila do Amaral, Volpi, Van Gogh, Mondrian e

outros) por meio da contextualização, apreciação e o fazer artístico.

24

Os projetos de trabalho contribuem para uma resignificação dos espaços de aprendizagem de tal forma que eles se voltem para a formação de sujeitos ativos, reflexivos, atuantes e participativos. Hernandez, (2007).

Considerando que trabalhar com projetos torna a aprendizagem

mais significativa, temos como objetivo principal o desenvolvimento integral dos

educandos, sua realidade e sua vivencia. A participação ativa e compartilhada entre

educadores e educandos onde todos são co-responsáveis pelo desenvolvimento do

trabalho expondo, sua singularidade e encontrando um lugar para sua participação no

processo ensino aprendizagem.

Através deste projeto com que o ensino da arte propicie o

desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética do educando,

caracterizando um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana. Ou

seja, o educando desenvolvendo sua sensibilidade, percepção e imaginação tanto ao

realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas

em seu cotidiano, pela natureza e nas diferentes culturas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

25

ATIVIDADE – 1

Duração – 2 aulas

INTRODUÇÃO: Considerar as experiências vividas de cada

educando através do seu PERFIL pode favorecer a construção

de sua identidade. Desta forma aos poucos, cada um vai

conhecendo os aspectos pessoais e físicos, chamando a

atenção para as marcas comuns e os particulares de cada um.

Paulo Freire propôs: educador e educando debruçam-se sobre

aspectos da realidade que, mantendo ligação com o universo

conhecido deles, são capazes de impulsioná-los para novas

descobertas.

OBJETIVO: Provocar no educando encantamento, emoções e

sentimentos, despertando lembranças, ativando sua

imaginação, fomentando seu olhar curioso, reflexivo e como

sujeito aprender a maravilhar-se.

METODOLOGIA: Cabe ao educador em definir de que forma

será realizada esta atividade: entrevistar, ouvir, criar..., neste

caso será organizado um questionário será respondido

individualmente/coletivamente pelos educandos, instigá-los a

responder sem medo de sentirem-se julgados, pois nesta

aula, educandos e educador percorrem juntos, onde cada um

apresenta ou ensina aquilo que sabe e transforma em

aprendizagem informal, construindo conhecimentos através da

apreciação, da fruição e principalmente compartilhando

experiências e saberes.

INVESTIGANDO O EDUCANDO

26

Sua origem;

Sua trajetória de vida:Lugares onde morou e onde mora hoje;

A família de origem;

A família que constituiu;

Sua profissão;

O trabalho atual (ou a ausência dele);

O que já conquistou;

O que pretende conquistar, desejos pessoais e profissionais;

O que a escola representa;

O que gostaria de saber ou conhecer;

O que faz nos momentos de descanso, o que gostaria de fazer;

Qual a diversão predileta, que tempo se dedica a ela;

Gosta de ver televisão, quais os programas preferidos;

Costuma ouvir rádio, programas e musicas preferidas;

Faz trabalhos manuais, artesanato;

Vai a festas, quermesse, parque;

Têm jornais, revistas em casa, quais;

O que gosta ou gostaria de ler;

Já escreveu ou recebeu cartas;

Leu algum livro, lembra o nome;

Tem contato com a tecnologia e como ele se dá;

ASPECTOS DA VIDA DO EDUCANDO

SOCIAL

INDIVIDUAL

DESCANSO E DIVERSÃO

LEITURA E ESCRITA

SUGESTÃO: Após responderem faça a análise coletivamente;

Conhecendo os aspectos individuais de cada educando.

27

ATIVIDADE 2

Duração – 1 aulas

http://modadofuturo.wordpress.com/2010/03/ 27/06/2011- 17:52

[...] os alunos não vêem as imagens criticamente, a menos que sejam

ensinados a fazê-lo. O resultado é que a apropriação das imagens pode se

transformar em conhecimento (assim como estereótipos do gênero) inconsistente

com os objetivos da escolarização (assim como equidade).

Barbosa, (2008, p. 130).

INTRODUÇÃO:

Vivemos hoje num mundo de imagem. A imagem determina a nossa

vida de forma cada vez mais decisiva, tanto a nossa maneira de ver o mundo como a

forma de nele inscrevermos a nossa existência individual e coletiva.

OBJETIVO:

Ao apresentar a imagem de sua MORADIA, perguntar, instigar os

educandos, para permitir que descubram as múltiplas significações dos objetos do seu

cotidiano e as compreendam a partir de suas vivências. Criar situações e caminhos a

serem percorridos com os educandos na apreciação da imagem.

METODOLOGIA:

Vamos trabalhar com a imagem e estrutura estética da

MORADIA do educando. O educador fará o pedido para que os educandos tragam para

sala de aula, a imagem de sua casa: foto/ desenho/ colagem..., e dados importantes

como: tamanho da casa, apartamento, cômodo, número de peças e tamanho de cada uma

e a cor. Nesta atividade iremos trabalhar além da observação, a sensibilidade, a

importância do significado e a utilização das formas e cores dos objetos, explorando

assim o entendimento da estética.

O LUGAR ONDE VIVEMOS

28

1. Como é a decoração das paredes? Existem quadros, fotos, relógios ou

outros objetos, cite-os:

___________________________________

____________________________________________

____________________________________________

2. O que esses quadros ou objetos retratam?

___________________________________

____________________________________________

____________________________________________

3. Explique por que estes objetos encontram-se nesses lugares? Alguém

escolheu?

___________________________________

____________________________________________

____________________________________________

4. Qual é o tamanho e a cor do seu quarto?

A história de sua moradia, fazer uma pesquisa do lugar onde habitamos.

1. Como era a moradia antes deles nascerem e como é hoje.

____________________________________________________________

_____________________________________________________________

____________________________________________________________

2. Onde está localizada? Centro/ Bairro/Área Rural tente explicar.

___________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

3. Quem mora em sua casa?

_____________________________________________________________

______________________________________________________________

___________________________________________________________

4. Como é sua casa? Descreva: tamanho/quantas peças e o tamanho de cada uma /cor...

____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

5. Quais os objetos do seu quarto que considera importantes para você?

___________________________________________________________

______________________________________________________________

__________________________________________________________

UM NOVO OLHAR NA SUA MORADIA:

29

___________________________________

____________________________________________

____________________________________________

6. Por que você escolheu estes objetos?

____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

7. Qual a parte da sua casa que você mais gosta? Justifique:

____________________________________________________________

______________________________________________________________

____________________________________________________________

8. Existe arte na sua casa? Descreva:

____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

O que temos em comum em nossas moradias?

Como vemos o direito à moradia em nossa cidade?

Todos têm casa para morar?

Os que não têm onde morar, problema de quem?

Quais os problemas que encontramos com segurança, saneamento básico,

violência?

Oportunizar aos educandos a fazer uma análise sobre as questões acima e casos reais de

moradia, onde as várias pessoas moram em lugares diferenciados, dependendo da situação de

vida das famílias.

30

ATIVIDADE 3

Duração – 2 aulas

OBJETIVO:

Questionar e ensinar as figuras geométrica. O que é quadrado?

Retângulo? Triângulo? Paralelogramo?Losango? Circunferência/Círculo? Onde

encontramos? Ao olhar ao seu redor, você verá que os objetos têm forma, tamanho e

outras características próprias. Nesta aula o educando vai conhecer ou recordar os

diversos tipos de figuras geométricas. Todos os objetos, mesmo os mais complexos,

podem ser associados a um conjunto de figuras geométricas.

TRIÂNGULO QUADRADO RETÂNGULO PARALELOGRAMO CÍRCULO LOSANGO

Formas geométricas básicas

CONHECENDO AS FORMAS

GEOMÉTRICAS BÁSICAS

Triângulo - é uma figura geométrica com três lados que podem ou não ser iguais.

Quadrado - é uma figura geométrica com os lados todos iguais.

Retângulo - é um quadrilátero que possui quatro ângulos retos.

Paralelogramo – é um quadrilátero cujos lados opostos são paralelos.

Circunferência – é um contorno continuamente curvado, cujos pontos estão todos na mesma distância de um ponto central, chamado centro do círculo.

Losango - é um polígono formado por quatro lados de igual comprimento.

Um losango é também um paralelogramo.

31

___________http://www.google.com/imgres?imgurl=http://s3 27/06/2011=- 9:48

Dividir os educandos em grupo e entregar para cada grupo um caixa com diversos objetos ( latinhas, bolas, CDs, caixa de CD, caixas de remédios, de pasta de dente, guardanapo,...), que cada grupo realize a tarefa de manusear os materiais ali dispostos: tocar, girar, virar, sentir a textura, o formato, etc; em seguida peça para que o grupo separe os objetos bidimensionais dos tridimensionais, conforme seus conhecimentos.

BIDIMENSIONAIS: São as formas que possuem comprimento e largura,

dois sentidos diferentes. Como exemplos de formas bidimensionais têm o

campo de futebol, a folha de um caderno, entre outras.

Exemplo:

FORMAS BOIDIMENSIONAIS E TRIDIMENSIONAIS

MOMENTO DE CURIOSIDADE

32

TRIDIMENSIONAIS: São as que possuem comprimento, largura e altura. Estão

presentes em diversas situações. Uma forma tridimensional pode ser observada

dentro de nossas casas, visualizando o encontro de duas paredes.

Exemplo:

Observe a construção de sua casa e o interior da sua e relacione os nomes

dos objetos que tem forma de:

BIDOMENSINAIS

TRIÂNGULO -_______________________________________________________

_____________________________________________________________________

QUADRADO - _______________________________________________________

_____________________________________________________________________

RETÂNGULO - _____________________________________________________

_____________________________________________________________________

PARALELOGRAMO - ________________________________________________

_____________________________________________________________________

CÍRCULO - _________________________________________________________

_____________________________________________________________________

LOSANGO - _________________________________________________________

_____________________________________________________________________

33

MOMENTO DE REFLETIR/ COMPARTILHAR CONHECIMENTO:

Quais os objetos são iguais ou em todas as casas tem? Por que?

Quais os objetos não podem faltar em casa?Justifique:

Quais os mais importantes para você?

Possui alguma arte nesses objetos?

TRIDIMENSIONAIS

TRIÂNGULO -_______________________________________________________

_____________________________________________________________________

QUADRADO - _______________________________________________________

_____________________________________________________________________

RETÂNGULO - _____________________________________________________

_____________________________________________________________________

PARALELOGRAMO - ________________________________________________

_____________________________________________________________________

CÍRCULO - _________________________________________________________

_____________________________________________________________________

LOSANGO - _________________________________________________________

_____________________________________________________________________

34

ATIVIDADE 4

Duração – 2 aulas

Introdução:

As telas com formas geométricas são encontradas com grande

facilidade e são pinturas muito criativas e coloridas. Este trabalho serve para fazer

com que o educando perceba a Geometria pelas cores e formas presentes em obras

de arte.

Objetivos:

Mostrar ao educando que a Arte e a Geometria fazem parte da

nossa vida, do nosso cotidianoe estão presentes também nas imagens de obras de

arte na maioria dos artistas.

Metodologia:

- Identificar e relacionar a geometria das pinturas dos quadros de Tarsila do

Amaral, Kandiski. Vop, Ruben Esmanhotto, Van Gogh e Mondrian, com seus

conhecimentos sobre geometria;

- Perceber a relação entre a arte e os elementos geométricos;

- Diferenciar formas geométricas planas de cada obra e identificá-las pelos seus

nomes - retângulos, quadrados, círculos, triângulos, paralelogramos.

AS FORMAS GEOMÉTRICAS E A ARTE

Sugestão:

Está atividade pode ser feita na sala de informática.

Poderá ser contado um pouco da história de cada artista.

35

RUBEN ESMANHTTO TARCILA DO AMARAL

VAN GOGH MONDRIAN

KANDISKY VOPI

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br – 20/06/2011 20:48

SUGESTÃO DE OBRAS PARA ATIVIDADE

36

Imagens - http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br / www.solardorosario.com.br

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.b

ATIVIDADE 5

Duração - 4 aulas

INTRODUÇÃO:

A elaboração da planta baixa de uma casa proporciona um aprendizado mais presente no dia a dia do educando, explorando suas formas geométricas. Ajuda a compreender melhor o espaço e suas relações com o cotidiano, associando as formas dos objetos às formas geométricas. A arte, por ser ela própria resultante da práxis, isto é, do fazer, do conhecimento frente à realidade, eleva o educando enquanto fruidor ativo. Aprender a fazer cálculos de perímetro, área e a usar escalas. OBJETIVOS:

Perceber e identificar as formas geométricas no espaço em que vive. Aprender a fazer cálculos de perímetro, área e a usar escalas.

METODOLOGIA:

Localizar as formas geométricas existentes em nossa casa, tanto em sua construção como em objetos, trabalhando a importância em observar o mundo que nos cerca e desenvolver o conhecimento através da técnica. Fazer com que os estudantes consigam perceberem que as figuras planas fazem parte do nosso meio e também aprender a fazer cálculos de perímetro, área e a usar escalas no estudo e na representação.

Perímetro - é a medida do contorno de um objeto bidimensional. Observe um campo de futebol, o perímetro dele é o seu contorno que está de vermelho.

Pra fazermos o cálculo do perímetro devemos somar todos os seus lados:

P = 100 + 70 + 100 + 70

P = 340 m

PERÍMETRO / ÁREA / ESCALA

PERÍMETREO

37

Área – é a medida de uma superfície. A área do campo de futebol é a medida de sua superfície (gramado). Como exemplo pegue outro campo de futebol e quadricular a sua área será equivalente à quantidade de quadradinho. Cada quadrado é uma unidade de área:

Observe que a área do campo de futebol é 70 unidades de área.

A unidade de medida da área é: m2 (metros quadrados), cm2 (centímetros quadrados), e outros.

O que é um metro quadrado (m²)?

Vejamos:

Já contou quantos quadradinhos tem? Conte.

ÁREA

Se você sabe somar, acaba de descobrir que o retângulo acima tem 8 quadradinhos… E acaba de descobrir também que o metro quadrado nada mais é que UM QUADRADO COM 1 METRO DE LADO!!! Se tem 8 quadradinhos, logo você tem 8 m² (oito metros quadrados)!

38

Escala - é a relação que existe entre o tamanho do desenho de um projeto e o seu tamanho real. Seria impossível desenharmos certos objetos tais como, casas, carros, móveis, etc. em seu tamanho real. O recurso, então, será reduzir ou ampliar o desenho do objeto em questão, conservando suas proporções. Fazendo isso, estaremos empregando o recurso das escalas. Qualquer que seja a escala aplicada, a medida real do objeto deve ser escrita normalmente, do tamanho que ele vai ser construído. O que varia é o tamanho do seu desenho no papel.

Exemplo:

Essa escala gráfica indica que 1 centímetro no papel corresponde a 20 quilômetros na superfície representada.

A elaboração da planta Baixa de uma casa, proporciona um aprendizado mais concreto, explorando suas formas geométricas e vistas dos objetos. Ajuda a compreender melhor o espaço e suas múltiplas relações com o cotidiano, associando as formas dos objetos. Primeiro Passo: Discutir o que é uma planta baixa de uma casa, com a planta baixa calcular as áreas dos cômodos. Segundo Passo: Desenvolver e entender o cálculo do perímetro, área destas figuras planas e compreender que as figuras planas são bidimensionais: têm altura e comprimento. Terceiro Passo: Desenhar em conjunto uma planta baixa De preferência a planta da sala de aula, usando uma trema e medindo em conjunto. EXEMPLO:

ESCALA

VAMOS CONSTRUIR

PLANTA BAIXA

39

ATIVIDADE 6

Duração - 2 aulas

Introdução:

Através desta aula será possível, para o educando, conhecer a dinâmica intrínseca de sua moradia, e assim interagir melhor com ela. A construção da maquete permite trabalhar de forma visível e acessível os pontos de vista, perspectiva e projeção. De maneira simples, é possível que o educando materialize seu espaço em um tamanho reduzido, aplicando então vários conceitos da temática.

Objetivo:

Propor que cada um faça uma maquete de sua casa, a fim de levar o educando a refletir sobre o local em que mora, percebendo os detalhes do mesmo, bem como as diferenças existentes de uma para outra.

Metodologia: A maquete pode ser feita de papelão ou outro material de fácil trabalho. Uma caixa de sapatos é uma solução simples, bastando que sejam feitas as divisões dos cômodos, portas e janelas. O telhado será encaixado, pois será conveniente ter um acesso fácil à parte interna da casa, tanto para visualização quanto para a instalação do circuito e mobília. A caixa vai ser firmada numa base maior de papel cartão.

Material:

Caixa de sapato / Papel Cartão/ Cola/ Tesoura / Régua.

Medida real de sua casa/ cada cômodo.

CONSTRUÇÃO DE

MAQUETE DE SUA CASA

40

Proponha um diálogo sobre a importância da moradia na vida de cada um. É importante que os educandos expressem suas opiniões e entendam que a nossa moradia é o nosso lar. Identificando a diferença entre morar de aluguel ou em casa própria, o real significado disso para nossas vidas, que garantias têm aqueles que moram em casas alugadas, levando-os a perceber a fundamental importância de se construir um patrimônio.

Solicite que os alunos procurem alguns textos que tratem do direito de moradia, e façam uma leitura e uma discussão sobre o que existe na lei e na realidade brasileira.

Indicação de textos: - Direito à moradia

MOMENTO DE PENSAR, DIALOGAR E SONHAR

Casinha Branca

Composição: Gilson & Joran

Tenho andado tão sozinho ultimamente Que nem vejo em minha frente Nada que me dê prazer

Sinto cada vez mais longe a felicidade Vendo em minha mocidade Tanto sonho perecer

Eu queria ter na vida simplesmente Um lugar de mato verde Pra plantar e pra colher

Ter uma casinha branca de varanda Um quintal e uma janela Para ver o sol nascer

Às vezes saio a caminhar pela cidade À procura de amizade Vou seguindo a multidão

Mas eu me retraio, olhando em cada rosto Cada um tem seu mistério Seu sofrer, sua ilusão

OUVIR A MÚSICA

CASINHA BRANCA

Letra: Gilson Campos

Regravada em 2011

Fábio Junior

http://peperonity.com

/go/sites/mview/caxan

ga/33061987http://pe

peronity.com/go/sites/

mview/caxanga/3306

06/08/2011 – 21:45

41

ÁREA

ATIVIDADE 7

Duração – 4 aulas

- Painéis de casas/moradias

- Painéis com obras de artistas que destacaram este

tema em suas obras INTRODUÇÃO:

A arte na vida dos educandos proporciona momentos de reflexão, de sensibilidade artística, de criatividade, de imaginação e estimula o trabalho coletivo.

OBJETIVO: Entender que a imagem é o princípio básico na comunicação de massa. Estimular o educando a ler e interpretar imagens, assim como expressar-se por meio de gravuras, fotos e desenhos.

METODOLOGIA:

Em grupo façam painéis e organizem um mural sobre moradias.

MATERIAIS:

Fotos de moradias; Revistas, jornais, imagens da internet, panfletos...; Cola; Tesoura; Cartolinas.

ETAPAS PARA A CONSTRUÇÃO DOS PAINÉIS

PAINÉIS DAS CASAS/MORADIAS:

1 – No Laboratório de Informática faça pesquisa na internet para observar os diferentes tipos de moradias em diferentes lugares, como palafitas, tendas, iglus, castelos, e outros sugeridos pelo educador e pelo educando.

2 – Procurem fotos ou imagens de diversos tipos de moradia em revistas, jornais e panfletos de propagandas de imóveis e recortem; Faça uma seleção das imagens e recorte-as imagens.

3 – Colem as fotos ou imagens que recortaram na cartolina;

4 – Escrevam uma legenda para cada foto, identificando cada tipo de moradia;

5 – Exponham os painéis no mural da sala de aula ou da escola;

6 – Observem os trabalhos de todos os grupos. Faça comentários sobre o trabalho dos colegas. Diga o que você achou e justifique sua resposta.

PAINÉIS

42

PAINÉIS DAS OBRAS DE ARTE

Sugestões de obras:

Tarsila do Amaral Ruben Esmanhotto

Van Gogh Paul Garfunkel

Alfredo Anderson

ESTAS IMAGENS FORAM RETIRADAS SITIO DIAADIAEDUCAÇÃO - http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br 06/07/2011 – 16:42

1 -No Laboratório de Informática faça pesquisa na internet sobre artistas que representam moradias em suas obras;

2 - Procurem fotos, recortes de revistas imagens dessas obras; 3 - Escreva época, artista e tente explicar a obra. 4 -Trabalhar a apreciação/leitura/recepção de imagens de obras, conhecendo as

obras que contextualizam a estética urbana;

43

O método de avaliação neste projeto é o mesmo proposto

nas Diretrizes Escolares da Educação Básica do Paraná. O educando como sujeito

desse processo, portanto, o conhecimento acumulado por ele deve ser

socializado, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o educador

propor abordagens diferenciadas. Desta forma o educador e educando participam

coletivamente nesta ação pedagógica. A avaliação será contínua, durante todo o

processo ensino aprendizagem.

Segundo Hernandez: (...) a educação deve ser Dialógica e Problematizadora. Formadora de cidadania, dando consciência da responsabilidade social e política do educando, onde o professor, ao mesmo tempo que ensina, aprende com a riqueza cultural que o aluno traz na sua bagagem de conhecimento prévio, assim os temas escolhidos para estudo fazem interseção com a realidade social vivida pelo aluno, através de uma metodologia voltada para a relação reflexão e ação, ou seja, para a práxis (prática-teoria-prática):" o aluno vem para a escola com sua experiência de vida (a prática), recebe na escola o saber elaborado ou erudito (a teoria) e ao voltar para sua realidade tem uma nova prática, agora enriquecida pela teoria "e a avaliação deixa de analisar somente o aluno e sim todo o processo de ensino aprendizagem. Fernando Hernandez (2007).

Pois a avaliação tem caráter formativo, ou seja, busca o

desenvolvimento do educando continuamente, portanto deve ser entendida e

vivida pelos educandos e que compreendam seu próprio compromisso com o

processo de ensino aprendizagem.

AVALIAÇÃO

44

ATIVIDADE FINAL

Duração: 2 aulas

DOCUMENTÁRIO: CASA DA FLOR

Rio de Janeiro. São Pedro da Aldeia. Uma pequena casa. Uma jóia. Obra-prima da arquitetura, construída por inspiração de sonhos e devaneios de um homem pobre, negro e semi-alfabetizado. È a Casa da Flor, obra de Gabriel Joaquim dos Santos (1892-1985), simples trabalhador nas salinas, filho de uma índia e de um ex-escravo africano.

A Beleza de Ensinar e

Aprender

"E ali quase por um século, viveu um preto solitário,

transformando a pedra em flor. Inutilmente. Ludicamente.

Lindamente, com aquela pureza que só os iluminados têm... Com

suas flores de pedra Seu Gabriel inventava a primavera. A

primavera possível."

45

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 1991.

CARBONELL, Sonia. Educação Estética para Jovens e Adultos. São Paulo: Cortez

Editora, 2010.

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná:

Curitiba – PR – 2008.

DUARTE JR., João-Francisco. Por que Arte-Educação? Campinas, Papirus, 1996

_______________________. Fundamentos estéticos da educação. São Paulo:

Cortez; Autores Associados, (Coleção Educação Contemporânea). UNESP 2004.

ELENICE, L. Ogassawara e JOSÉ, R. Giovanni. DESENHO GEOMÉTRICO. Ensino

fundamental, Volume 1. FTD

FERRAZ, Maria H e FUSARI, Mª. Arte na Educação Escolar. São Paulo: Cortez, 1992.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.

30.ed.,São Paulo: Paz e Terra, 2004.

_____________. Educação e mudança. 26.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002.

FREIRE, Paulo & Campos. A educação na Cidade, São Paulo: Cortez, 1991.

HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação. Porto Alegre:

Artmed, Reimpressão, 2007.

Janela da Alma. Rio de Janeiro, 2002. DVD (73 minutos) Produzido por Vidiolar.

46

LOUIS, Porcher. Educação Artítica – luxo ou necessidade?São Paulo. Summus

editorial, 1973.

MARTINS, Míriam Celeste. Mediação: Provocações Estéticas. São Paulo. Mediação,

2005.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros

Curriculares Nacionais. Brasília: Secretaria de Educação Fundamental, 2001.

PEIXOTO, Nelson Brissac. Paisagens Urbanas. São Paulo: Editora SENAC São

Paulo,1996.

RICHTER, Ivone Mendes. Interculturalide e estética do cotidiano no ensino das artes

visuais. São Paulo.2003.

VIGOTSKY,L.S. Pisicologia da arte. Tradução Bezerra. São Paulo: Martins

Fontes,1998.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=38

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=10200

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=15056

http://www.direitoamoradia.org/pt/conheca/direito-a-moradia/

www.saberhistoria.hpg.ig.com.br/artigo.htm

http://images.google.com.br/images?hl=pt-

WWW.SOLARROSARIO.COM.BR

47

E ali quase por um século, viveu um preto solitário, transformando a pedra em flor.

Inutilmente. Ludicamente. Lindamente, com aquela pureza que só os iluminados

têm...

pedra Seu Gabriel

48