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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4 Cadernos PDE VOLUME I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · caipira pode ser utilizada, em escola, pelos professores, em aulas de história, como fonte a partir da qual os alunos podem se aproximar das

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE

VOLU

ME I

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE

MÚSICA SERTANEJA RAIZ: histórias narradas e cantadas

GILBERTO BRAZ ALMEIDA

Londrina

2011

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MÚSICA SERTANEJA RAIZ: histórias narradas e cantadas

Autor: Gilberto Braz Almeida1

Orientador: José Miguel Arias Neto2

Resumo

O artigo tem como objetivo aprofundar o processo de pesquisa de acordo com as

normas do PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional – SEED/PR) que por iniciativa

pioneira na Educação brasileira privilegia a criação de condições efetivas, no interior da

escola, para o debate e promoção de espaços na construção coletiva do saber e enriquecimento

do processo de ensino e aprendizagem. Neste caso específico o objeto de estudo vem a ser o

processo de pesquisa que efetivou a elaboração de um CADERNO PEDAGÓGICO sobre a

“MÚSICA SERTANEJA RAIZ: histórias narradas e cantadas”. Buscou-se nas músicas

selecionadas tratar do tema: O ÊXODO RURAL E A URBANIZAÇÃO NO MUNICÍPIO DE

SERTANÓPOLIS - 1950-1970, uma época em que ocorreram grandes transformações,

principalmente na economia brasileira com a passagem da predominante monocultura cafeeira

e o início da agricultura mecanizada, nesse contexto norteou-se todo o trabalho como

instrumento de estudo para os alunos do Ensino Fundamental da EJA, da Fase II – da Rede

Pública do Paraná e implementado no C.E.E.E.B.J.A. Teotônio Vilela – E.F.M de

Sertanópolis.

Abstract

The goal of this article is to dupen the research process in according to the

standards of the EDP (Educational Development Program - SEED / PR), which for

pioneer initiative of Brazilian Education, focuses on creating effective conditions

inside the school, for discussion and promotion of spaces in the collective

1 Professor PDE da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná, História, Colégio Estadual Teotônio Vilela.

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construction of knowledge and enrichment of teaching learning process In this

particular case, the object of the study is the research process that effected the

development of an EDUCATIONAL NOTEBOOK about rot "Country Music ROOT:

STORIES told and sang, "it was sought in the selected songs the focus on the

subject: the rural exodus and the URBANIZATION IN THE CITY OF Sertanópolis -

1950-1970, a time when great changes occurred mainly in the Brazilian economy

with the passage of the prevailing coffee monoculture and the beginning of

mechanized agriculture, in this context the work was based as an instrument of study

to the elementary school students of EJA, Phase II - the Public school Parana and

implementing in CEEEBJA Teotonio Vilela- E.F.M of Sertanópolis.

Palavras chaves: PDE. Processo de Ensino e Aprendizagem, música sertaneja raiz, êxodo

rural e a urbanização.

Introdução

O PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional - é uma política de Formação

Continuada da SEED/PR, em parceria com a SETI e integrado com as instituições de Ensino

Superior do Estado do Paraná que, entre outros objetivos privilegia a criação de condições

efetivas, no interior da escola, para o debate e promoção de espaços para a construção coletiva

do saber, consolidação de espaços para discussões teórico-práticas. Através da utilização de

suportes tecnológicos existe a interação entre os Professores participantes do Programa PDE e

os demais Professores da rede que, interagem pelo GTR - Grupo de Trabalho em Rede.

Essa proposta de formação continuada visa ofertar ao Professor PDE, através do

retorno às atividades acadêmicas de sua área de formação inicial, condições de atualização e

aprofundamento de seus conhecimentos teórico- práticos, permitindo a reflexão teórica sobre

a prática, possibilitando mudanças na prática escolar.

Este artigo tem como finalidade apresentar os resultados de 2 (dois) anos de estudos

teórico-práticos efetivados em espaços como a UEL-PR, o C.E.E.B.J.A. Teotônio Vilela e o

ambiente MOODLE. Acrescentando-se ainda a valiosa orientação do professor José Miguel

2 Professor Dr. José Miguel Arias Neto, História, Universidade Estadual de Londrina.

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Arias Neto, a colaboração de professores da rede, dos outros professores PDE/2007, e dos

alunos que, como público alvo específico neste trabalho, participaram da implementação da

proposta de trabalho que visou discutir e enriquecer os conhecimentos sobre a história de vida

dos alunos da EJA no contexto do Êxodo Rural e a Urbanização no Município de

Sertanópolis, entre as décadas de 1950-1970, a partir do estudo da música sertaneja raiz.

1-Música sertaneja raiz: histórias narradas e cantadas

A escolha do tema para intervenção na escola, de acordo com objetivo do Programa de

Desenvolvimento da Educação da SEED/PR, efetivou um projeto pessoal que levou em

consideração não só a falta de material pesquisado e escrito sobre música sertaneja raiz, como

também a falta de material didático apropriado para se trabalhar com alunos da EJA, tanto no

Ensino Fundamental Fase II, como também no Ensino Médio.

Foram selecionadas três músicas: Velha Porteira, Mágoa de Boiadeiro e Caboclo na

Cidade, levando em consideração o tema: “O ÊXODO RURAL E A URBANIZAÇÃO NO

MUNICÍPIO DE SERTANÓPOLIS – 1950-1970. Pode-se afirmar, mediante estudo

levantado no início do projeto, que parte dos alunos do Colégio Teotônio Vilela, Sertanópolis,

tem suas origens na zona rural e há entre eles uma considerável identificação com as histórias

narradas nas letras das músicas escolhidas. O período citado refere-se também a migração do

campo para a cidade e todo o processo de mudanças tecnológicas ocorridas, tanto na zona

rural como na zona urbana, tão bem retratada nas canções escolhidas e tão presente ainda na

memória desses alunos.

Com a finalidade de apresentar uma proposta de intervenção, de acordo com as

Diretrizes Curriculares, buscou-se uma discussão, partindo do conhecimento prévio do aluno,

abordando conteúdos da história “local” com abertura para a “global”, desta forma

conhecendo a origem do caipira como também da música por ele cantada, com ênfase especial

para a biografia dos autores e dos interpretes. Nesse prisma delineou-se o material didático a

ser pesquisado e construído a fim de enriquecer o processo de ensino e aprendizagem.

A pesquisa bibliográfica foi o maior desafio encontrado, o principal motivo foi a

carência de trabalhos científicos ou não sobre a música sertaneja raiz, principalmente no que

se refere a trabalhos direcionadas com finalidade pedagógica. Sabe-se que não é o gênero

musical preferido dos alunos do Ensino Regular, mas para a EJA não se pode ignorar o

quanto ele pode ser interessante, pois se confunde com suas próprias histórias de vida,

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principalmente daqueles, mesmo agora morando na cidade, ainda estão presos ao saudosismo

campesino. Com isso não se quer dizer que a vida na roça era tão boa assim, pelo contrário

era muito difícil, mas era outra época, com todo seu legado cultural quase que extinto nos dias

atuais.

Diante do material pesquisado veremos como alguns autores citam a música sertaneja

raiz como mais uma alternativa metodológica para se trabalhar história com os alunos:

Embora não produzida com a finalidade de ser pedagógica, a música caipira pode ser utilizada, em escola, pelos professores, em aulas de história, como fonte a partir da qual os alunos podem se aproximar das formas como diferentes grupos sociais produzem realidades sociais diversas. No caso específico da música caipira que carrega a exemplo da música urbana, uma gama de metáforas, simbologias, é possível pensar que pode auxiliar alunos e professores na construção do conhecimento histórico, despertando a capacidade de analisar, a partir da comparação, épocas e sociedades diferentes, corrigindo ideias preconceituosas que acabaram por se tornar cânones ao longo da História. A música caipira tem por excelência essa possibilidade, uma vez que apresenta o caipira falando da cidade ou do campo, com termas como a literatura, as artes, o amor, a guerra, o tempo, o aprendizado que relacione o trabalho de História com a música/canção, apontando possibilidades que permitam criar condições para que o aluno adquira os instrumentos necessários para decodificar ideias já existentes e produzir novas [...]. (CHAVES, 2006, p. 37,38)

O uso de canções abre aos professores muitas possibilidades de trabalho com os conteúdos da História, chamando a atenção para o fato de que as letras podem ser tomadas como evidências para a compreensão de determinados acontecimentos: Os diferentes temas tratados na canção {trabalho, disciplina do trabalho, mentalidade, cotidiano, moda, comportamentos, entre outros podem sugerir ao professor novos roteiros de organização dos conteúdos a serem desenvolvidos, desviando-se de propostas guiadas exclusivamente pela cronologia, predominante nos manuais didáticos, mesmo naqueles que se apresentam como portadores da "história integrada". Tal metodologia de ensino auxilia os alunos a elaborarem conceitos e a dar significados a fatos históricos. As letras de música se constituem em evidências, registros de acontecimentos a serem compreendidos pelos alunos em sua abrangência mais ampla, ou seja, em sua compreensão cronológica, na elaboração e re-significação de conceitos próprios da disciplina. Mais ainda, a utilização de tais registros colabora na formação dos conceitos espontâneos dos alunos. (ABUD, 2005, p.315 e 316)

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O ensino de História passa a ter, portanto, um significado especial ao trabalhar a música caipira / sertaneja na sala de aula, pois, ao considerar o significado do caipira no cenário do capitalismo a partir do uso das canções produzidas por ele e a respeito dele, passará a considerá-lo como um sobrevivente, procurando destacar suas raízes, mas, sobretudo as mudanças ocorridas no interior de sua cultura. Tal raciocínio pode servir também de alerta para as novas produções de manuais didáticos e que esses autores, na estruturação de seus conteúdos possam abrir espaço para a inserção de letras de canções caipiras. (CHAVES, 2006, P. 78)

Resolvido em parte a superação de obstáculos bibliográficos o material didático

começou a tomar forma. Não se pode negar a importância da discussão travada no GTR,

principalmente sobre o tema. No projeto inicial o tema era muito vago, tanto na questão do

tempo, como no espaço. Ou seja, o tema inicial do presente projeto era: “O ÊXODO RURAL

E A URBANIZAÇÃO” diante das críticas construtivas dos colegas professores da rede, ficou

assim definido: “O ÊXODO RURAL E AURBANIZAÇÃO NO MUNICÍPIO DE

SERTANÓPOLIS – 1950-1970. Foi então refeito o projeto inicial, mesmo na certeza de que

as mudanças estavam ainda vinculadas a abordar um assunto de uma forma não acabada, a

intenção era oportunizar ao aluno uma ampla discussão sobre que não existe verdade absoluta

e que a mesma pode oportunizar novos conhecimentos associados aos já existentes. O

desenvolvimento do texto, por orientação do professor José Miguel Arias Neto, foi então

levado a sua fase conclusiva com a elaboração de um Caderno Pedagógico, ficando assim

formalizado:

• A MÚSICA E A CULTURA CAIPIRA, um breve estudo sobre as origens tanto da

música como do caipira, época e espaço geográfico por ele habitado.

• O CAIPIRA SAI DA ROÇA, a migração do caipira para cidade, a perda da sua

identidade cultural e as dificuldades enfrentadas no meio urbano: desemprego, a falta de

moradia, violência, drogas, entre outras.

• OS RÍTMOS DA MÚSICA SERTANEJÁ RAIZ, um resumo sobre os vários ritmos

musicais.

• REPRESENTAÇÃO DO CAIPIRA NA PINTURA E NA LITERATURA, um estudo

através da famosa obra do pintor José Ferraz Almeida Junior. “O CAIPIRA PICANDO

FUMO” e na literatura o não menos importante personagem fictício, “O JECA TATU”, da

obra de Monteiro Lobato.

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• O ÊXODO RURAL E A URBANIZAÇÃO NAS LETRAS DAS MÚSICAS

CAIPIRAS NO MUNICÍPIO DE SERTANÓPOLIS -1950-1970, um estudo mais

aprofundado sobre as letras das músicas selecionadas para o projeto, seus autores, interpretes,

sempre tentando fazer um paralelo entre o tema das músicas com a história de vida dos

alunos, partindo para a história de Sertanópolis e citando fatos marcantes da história global de

acordo com o tema e o período estudado.

1.1 O material didático

Tanto no segundo semestre de 2009, como no primeiro semestre 2010 a SEED ofertou

os cursos constantes na proposta do PDE (PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

EDUCACIONAL), os seminários temáticos, simpósios, encontros de orientação e encontros

de área com a finalidade de promover o contato dos professores da Rede com as Instituições

de Ensino Superior. O material didático foi elaborado ao longo do segundo semestre com a

orientação constante do professor orientador da IES pautado na pesquisa bibliográfica, na

inserção de recursos audiovisual e na contribuição de professores participantes do Grupo de

Trabalho em Rede.

• A pesquisa bibliográfica – definido o PLANO DE TRABALHO, de acordo com o

assunto escolhido: “MÚSICA SERTANEJA RAIZ: histórias narradas e cantadas”, a pesquisa

bibliográfica foi efetuada com os recursos da própria Universidade (UEL) sob a orientação do

professor orientador José Miguel Arias Neto. Como já foi citada, a maior dificuldade foi

encontrar fontes bibliográficas referente à música sertaneja raiz. Existe pouca produção

cientifica catalogada, tanto dentro como fora da Instituição. Restaram poucos livros e textos

disponíveis que contribuíram no tratamento de questões relativas à música sertaneja raiz.

• A inserção de recursos audiovisuais - a escolha dos recursos audiovisuais, sabendo-se

por antecipação das questões burocráticas referentes aos direitos autorais, buscou-se

alternativas corretas quanto a legitimidade da legislação em vigor, mesmo na certeza da

limitação do material a ser produzido, sem torná-lo menos gratificante na implementação da

proposta na escola, provocando uma participação satisfatória dos alunos. Desta forma as

imagens utilizadas já estavam disponibilizadas como de utilidade pública ou de arquivos

próprios e as letras das músicas foram trabalhadas apenas com recortes.

• A contribuição dos professores participantes do Grupo de Trabalho em Rede – o GTR

com certeza foi relevante tanto no direcionamento, até então, ainda indefinido do projeto que

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dificultava tanto a produção como a aplicabilidade do material. Tanto as críticas construtivas

dos professores da Rede Pública, como as sugestões apresentadas foram decisivas nas

mudanças que foram tomadas no andamento do trabalho até a sua fase conclusiva. Registra-se

também a participação quase que maciça dos participantes, com o número máximo de

inscrições, com um número relevante de concluintes e o interesse dos participantes pelo tema

foi notório, muito gratificante.

1.2 As atividades

A elaboração de um CADERNO PEDAGÓGICO, conforme as orientações da SEED:

trata-se de um material composto por várias unidades, com abordagem centrada em tema (s)

de área/disciplina específica, contendo texto de fundamentação teórica com, obrigatoriamente,

as respectivas sugestões de atividades a serem desenvolvidas no caderno elaborado e que

poderia ter sido trabalhado de maneira interdisciplinar, abrangendo outras disciplinas como:

geografia, português, artes, educação física, pois todas estas disciplinas contemplam em seus

currículos conteúdos inerentes ao tema. Nesse primeiro momento foi apenas trabalhado na

disciplina de história, com relevante sucesso quanto à participação dos alunos, como veremos

no detalhamento das atividades desenvolvidas no segundo semestre de 2010.

De início foi feito uma apresentação do Projeto para os alunos, esclarecimentos sobre

o tema, título, fundamentação teórica, os objetivos e a metodologia, propiciando aos alunos a

formularem perguntas e comentários sobre:

• A importância da pesquisa histórica

• A música sertaneja raiz como objeto de pesquisa

• Por que foi escolhida a música sertaneja raiz e não outro gênero musical

• A relação das histórias narradas nas letras das músicas escolhidas com a história de

vida dos alunos.

Na primeira unidade do Caderno Pedagógico, “A MÚSICA E A CULTURA

CAIPIRA”, através dos textos levantaram-se as seguintes questões:

• A participação do caipira na história do Brasil

• O espaço geográfico por ele habitado

• A herança cultural do caipira, principalmente na música. Origem da música

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• Motivos que levaram a cultura caipira quase desaparecer nos dias atuais.

Na segunda unidade, O CAIPIRA SAI DA ROÇA, os textos tratam da migração do

caipira da zona rural para a zona urbana, principalmente para os grandes centros. Nesse

contexto discutiu-se:

• As razões que levaram os autores das músicas sertanejas caipiras, já morando nas

cidades tratarem de composições carregadas de uma dose de saudosismo do campo e de

revoltas em relação aos costumes da cidade.

• Os motivos da grade migração do campo para as cidades entre as décadas de 1950-

1970, no município de Sertanópolis, no Paraná e no Brasil.

• As relações entre as histórias de vida dos alunos com o tema em questão.

Na terceira unidade, OS RITMOS DA MÚSICA SERTANEJA RAIZ, os textos

pesquisados levaram os alunos a conhecer e fazer uma reflexão sobre os diferentes ritmos da

música sertaneja raiz:

• As diversificações culturais herdadas dos portugueses, dos índios, dos negros e dos

imigrantes.

• As diferenças entre as músicas caipiras e a músicas regionais e as novas influencias

ocorridas em seu processo histórico: música sertaneja romântica, country e universitária.

Na quarta unidade, REPRESENTAÇÃO DO CAIPIRA NA PINTURA E NA

LITERATURA, tratou-se da famosa obra do pintor José Ferraz Almeida Junior. “O CAIPIRA

PICANDO FUMO.” E no campo da literatura, Monteiro Lobato, através de seu famoso

personagem JECA TATU extraído da obra O URUPÊS.

Diante das obras apresentadas e dos textos sobre a bibliografia dos autores levantou-se

os seguintes questionamentos:

• Semelhança entre as obras

• Os modos de vida do caipira

• A época em que as obras foram feitas

• Motivos que levaram os artistas a produzirem as obras

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• Críticas sobre as obras comparando-as com o conhecimento prévio da história do

caipira.

• História de vida dos autores.

Na quinta unidade, O ÊXODO RURAL E A URBANIZAÇÃO NAS LETRAS DAS

MÚSICAS CAIPIRAS NO MUNICÍPIO DE SERTANÓPOLIS – 1950-1970, após um estudo

mais aprofundado sobre as letras das músicas selecionadas para o projeto, textos sobre a

história de vida dos autores e de seus interpretes, sempre fazendo um paralelo entre os temas

das músicas com as histórias de vida dos alunos, acrescentando-se também, imagens e textos

da história de Sertanópolis, extraídos de revistas e artigos publicados, levantou-se os seguintes

questionamentos.

• O gosto musical do aluno

• As semelhanças e as diferenças encontradas nas letras das músicas caipiras com a

história de vida dos alunos

• Em que aspectos as história de vida dos alunos se relacionam ou não com a história de

vidas dos autores das letras e dos seus interpretes

• Como se deu o processo de migração da família ou do aluno até chegar a Sertanópolis

• As dificuldades encontradas. As que foram superadas e as não superadas.

• A participação do aluno como sujeito da própria história de Sertanópolis.

Na resolução dos questionamentos apresentados observou-se bastante interesse dos

alunos por se tratar diretamente de um tema significativo, lúdico, relacionado na maioria com

suas histórias de vida. Pode-se afirmar que rendeu discussões importantes sobre a história

local, provocou um forte saudosismo em grande parte dos participantes, reviveram enquanto

estudavam momentos inesquecíveis dos tempos em que viveram na zona rural.

1.3 A aplicação do material didático na escola

A princípio pretendia-se que este Caderno Pedagógico fosse aplicado em uma turma,

na disciplina de História, Ensino Fundamental Fase II, no CEEJA TEOTÔNIO VILELA,

Sertanópolis, Paraná, na organização “coletiva”. Não havendo turma em andamento nessa

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modalidade restou como única opção que ele fosse aplicado em uma turma da organização

“individual”. Já se sabia por antecipação que nessa organização as dificuldades seriam

maiores, visto que há um número reduzido de alunos, que as matrículas são contínuas, que o

aluno não leva falta, soma-se as frequencia até completar a carga horária da disciplina, sem

contar que os alunos se encontram ao mesmo tempo em sala de aula em momentos diferentes

da carga horária, uns começando, outros no meio e outros terminando.

Esclarecidas às dificuldades sobre as organizações “coletiva “e “individual” quanto à

formação de turmas na EJA, passaremos a relatar como aconteceram as ações previstas no

projeto.

Cabe antes ressaltar que a implementação do material didático-pedagógica em sala de

aula ocorreu entre o período do dia 16-09-2010 a 04-11-2010, sempre as quintas-feiras e

sextas-feiras, nas duas primeiras aulas, perfazendo um total de 30aulas.

Na ação inicial os alunos tomaram conhecimento do projeto em relação ao título:

MÚSICA SERTANEJA RAIZ: histórias narradas e cantadas, e ao tema proposto: O

ÊXODO RURAL E A URBANIZAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SERTANÓ POLIS - 1950-

1970. Compreenderam também a importância da pesquisa histórica, a metodologia e o

embasamento metodológico utilizado. Pode-se afirmar que foi notória a aceitação e motivação

despertada, a primeira vista, e que pode ser constatada na participação dos alunos. Foram

gastas quatro aulas de leituras de texto, exposições dos conteúdos e debates.

Atividade:

• Fazer uma discussão em sala de aula sobre os textos que compõem esta unidade, do

caderno pedagógico, partindo dos conhecimentos prévios do aluno sobre o caipira e a música.

A segunda ação foi trabalhada com os alunos a história da origem do caipira e da

música sertaneja raiz. Foram utilizados textos, imagens, vídeos. Com ênfase especial para o

quadro “O CAIPIRA PICANDO FUMO do famoso pintor José Ferraz de Almeida Junior.

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Figura 1

e o personagem “O JECA TATU” da obra literária de Monteiro Lobato.

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Figura 2

Foi ainda apresentado aos alunos um trecho do filme “TRISTEZA DO JECA” do

comediante brasileiro Amâncio Mazaropi. Após a leitura dos textos propostos no projeto,

comentários sobre as obras em estudo, biografias dos autores foram realizadas as atividades

propostas na unidade. Foram gastas quatro aulas.

Atividade:

• Como o pintor José Ferraz de Almeida Junior, em sua famosa tela “O CAIPIRA

PICANDO FUMO” e o escritor Monteiro Lobato através do personagem “O JECA TATU”

representam a figura do caipira?

Na terceira ação ocorreu a parte mais interessante do projeto em que foram

apresentados os vídeos com os clipes das músicas selecionados para a realização do projeto:

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- VELHA PORTEIRA, música de autores duvidosos, nas vozes de Lourenço e Lourival, cujo

tema fala da saudade de um personagem que nasceu na zona rural, ainda criança mudou-se

para a cidade e na velhice retornou ao sítio onde nasceu, encontrou tudo mudado.

“Ao passar pela velha porteira

senti minha alma mais perto de mim.

De emoção eu estava chorando

porque minha angústia chegava ao fim.

Eu confesso que era meu sonho

rever a fazenda onde me criei.

[...]

Que surpresa cruel me aguardava

ao ver a fazenda como transformou.

Quase todos dali se mudaram

e a velha colônia deserta ficou.

[...]

E você minha velha porteira

também não está como outrora deixei.

Seus mourões pelo tempo ruído

no solo caído também encontrei.

Já não ouço as suas batidas,

seu triste rangido lembranças me trás.

Porteira na realidade, você é a saudade

do tempo da infância que não volta mais”.

Atividades:

• Por que a mídia raramente cita os nomes dos compositores das músicas?

• Quais os meios de comunicação que foram usados pela indústria cultural na

divulgação da música caipira?

• Que semelhanças existem na letra da música Velha Porteira com a história de vida da

Dupla: Lourenço e Lourival?

• Caso haja alguma semelhança na letra da música Velha Porteira com a história de sua

vida, explique.

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- MÁGOA DE BOIDEIRO, música de Nonô Basílio e Índio Vago, nas vozes de Pedro Bento e Zé

da Estrada, cujo tema trata da perda da profissão de boiadeiro diante das mudanças

provocadas pelo progresso industrial.

“Antigamente nem em sonho existiam

tantas pontes sobre os rios

Nem asfalto nas estradas.

A gente usava quatro ou cinco sinueiros,

pra trazer o pantaneiro no rodeio da boiada.

Mas hoje em dia tudo é muito diferente,

com o progresso minha gente,

nem se quer faz uma idéia.

Que entre outro, fui peão de boiadeiro,

por este chão brasileiro,

os heróis da epopéia.

Tenho saudade de rever nas currutelas,

as mocinhas na janela acenando uma flor.

Por tudo isso, eu lamento e confesso,

que a marcha do progresso é aminha grande dor.

[...]

O velho basto, o sinete e o apero,

o meu laço e o cargueiro e o gibão.

Ainda resta a guaiaca sem dinheiro,

deste pobre boiadeiro, que perdeu a profissão.

Não sou poeta, sou apenas um caipira

e o tema que me inspira é a fibra de peão.

Quase chorando, imbuído nesta mágoa

rabisquei estas palavras e saiu esta canção.

Canção que fala da saudade das pousadas

que já fiz com a peonada junto ao fogo de um galpão.”

Atividades:

• Consultar no dicionário o significado das palavras em negrito.

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• Quais acontecimentos relacionados com o progresso das últimas décadas, que

provocaram mudanças na sua história de vida?

• O que as biografias dos compositores: Nonõ Basílio, Índio Vago e da dupla: Pedro

Bento e Zé da Estrada têm em comum entre si e com a história de sua vida?

- CABOCLO NA CIDADE, música de Dino Franco e Nho Chico, nas vozes de Dino Franco e

Morai, O tema trata de um caboclo que morava no sítio onde levava uma vida feliz, vitima

das mudanças radicais que ocorreram com a mecanização da agricultura, vendeu o sítio e foi

morar na cidade. Lá não se acostumou, mas não perdeu a sua identidade de caipira, o mesmo

não ocorreu com a esposa e a filha que aderiram aos costumes da cidade causando-lhe um

terrível desgosto.

“Seu moço eu já fui roceiro

no triângulo mineiro

onde eu tinha meu ranchinho.

Eu tinha uma vida boa

com a Isabel minha patroa

E quatro barrigudinhos.

Eu tinha dois bois carreiros,

muito porco no chiqueiro

e um cavalo bom, arriado.

Espingarda cartucheira,

quatorze vaca leiteira

eum arrozal no banhado.

[...]

Minha filha Sebastiana

que sempre foi bacana,

me dá pena dá coitada.

Namorou um cabeludo,

que dizia ter de tudo,

mas foi ver não tinha nada

[...]

Até mesmo aminha velha

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Já está mudando de idéia,

tem que ver como passeia

[...]

Nem comigo se incomoda,

quer saber de andar na moda,

com as unhas toda vermelha.

Depois que ficou madura

começou a usar pintura,

credo em cruz que coisa feia!

[...]

Nem sei como se deu isso,

quando eu vendi meu sítio

pra vir morar na cidade.

Seu moço naquele dia

eu vendi minha família

e aminha felicidade”.

Atividades:

• O personagem da música “Caboclo na Cidade” narra que ele tinha uma vida boa

vivendo na roça, por que então se mudou para a cidade com toda a sua família?

• Justifique as razões da sua aparente felicidade morando na roça.

• Por que o personagem não se acostumou com a sua nova vida morando na cidade?

• Se você mora no campo, escreva uma redação sobre como é sua vida neste, se deseja

mudar para a cidade ou não e as razões para isto.

• O que há em comum e de diferente nas histórias de vida dos compositores: Dino

Franco e Nhô Chico?

• Qual o público alvo das músicas caipiras?

Ainda nesta unidade, após o estudo criterioso feito com as músicas citadas, biografia

dos autores e cantores, foram trabalhados textos sobre a história de Sertanópolis, imagens da

zona rural do município como veremos abaixo.

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Figura 3

o Casarão do Cerne e o terreirão de café, Sertanópolis – década 1950 – arquivo do autor.

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Figura 4

A colheita do café no Cerne – Sertanópolis - década de 1950 – arquivo do autor.

Os alunos não só compreenderam melhor o processo histórico ocorrido com a

migração do campo para a cidade, entre as décadas de 1950-1970, como também os

problemas vivenciados nos dias de hoje decorrentes de uma urbanização não planejada. Pode-

se afirmar ainda, que na quase totalidade os alunos foram tocados por uma dose expressiva de

saudosismo, por serem eles também, sujeitos dessa marcante viagem histórica, tão bem

retratadas nas letras das musicas escolhidas.

Foram realizadas as atividades escritas propostas na unidade, culminando com a

produção de um texto sobre a história de vida do aluno. Foram gastas nesta unidade 16 aulas.

Atividades:

• Saiba que você, aluno do C.E.E.B.J.A. TEOTÔNIO VILELA , é um personagem da

história de Sertanópolis. Qual foi a sua participação na construção dessa história? Busque

subsídios nos textos desta unidade e na sua história de vida.

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• Faça uma leitura das imagens: “A COLHEITA DO CAFÉ NO CERNE” e a do “O

CASARÃO DO CERNE E O TERREIRÃO DE CAFÉ”. Caso haja alguma semelhança com a

sua história de vida, explique.

• De acordo com os textos que foram estudados, as atividades que foram desenvolvidas

em cada unidade do caderno pedagógico, produzir um texto histórico sobre a sua história de

vida, levando em consideração os seguintes tópicos:

01 - Ano e lugar em que nasceu

02- Profissões da família

03- Escolas em que estudou

04- Lugares em que a família morou antes de migrar apara Sertanópolis

05- Migrações dentro do Município de Sertanópolis

06- Trabalhos profissionais desenvolvidos

07- Dificuldades que foram encontradas, superadas ou não

08- Constituição familiar, vida religiosa, lazer...

09- Fatos marcantes

10- Motivos que o (a) levaram a parar de estudar

11- Motivos que o (a) levaram a retornar aos estudos - Sonhos que ainda pretende realizar.

Como última ação, os alunos envolvidos no projeto, com a presença dos demais alunos

do Colégio, Direção, equipes pedagógica e professores, convidados aconteceu o Sarau

Caipira. Foram as músicas escolhidas cantadas e dramatizadas pelos alunos, narraram suas

histórias de vida e falaram também sobre a importância do projeto. O evento ocorreu no

espaço físico do Colégio com a duração de duas aulas. Foi sem dúvida, a parte mais

emocionante do projeto. Os alunos trajaram-se de caipiras, o cenário foi decorado com

ferramentas, móveis e utensílios, a moda da roça e para finalizar, foi servido, como bebida,

chocolate com leite e para se comer: bolos variados, doces caseiros, tudo ao som das músicas

caipiras.

Tabela 1 ALUNOS QUE PARTICIPARAM DO PROJETO

ALUNOS MATRICULADOS 20

ALUNOS DO SEXO MASCULINO 03

ALUNOS DO SEXO FEMENINO 17

ALUNOS DA ZONA RURAL 04

21

ALUNOS AS ZONA URBANA 16

COM IDADE DE 18 A 30 ANOS 05

COM IDADE ACIMA DE 18 ANOS 15

Gilberto Braz Almeida, 2011

Tabela 2 FREQUÊNCIA

FREQUENCIA DE 100 % 07 ALUNOS

ENTRE 70% A 99% 05 ALUNOS

ENTRE 50% A 69% 03 ALUNOS

MENOS DE 50% 05 ALUNOS

Gilberto Braz Almeida, 2011

1.3.1 Justificativas quanto o baixo índice de frequência:

• Alunos com problemas de falta já são automaticamente matriculados na organização

individual.

• Na organização individual as matrículas são continuas, não são somadas as faltas. O

aluno somente concluiu a disciplina quando completa a carga horária prevista.

• Os alunos da zona rural em dias de chuva o ônibus não vai buscar.

• Alunos que moram em outros municípios com problema de transporte.

• Alunos que trabalham nas indústrias do município com escala alternada de trabalho,

diurno e noturno.

• Alunos que trabalham na zona rural em épocas de colheita e de plantação.

• Alunos que por motivo de trabalho perdem com frequência as primeiras aulas.

• Problemas na família.

• Alunos que iniciaram a disciplina de história com as atividades do projeto em

andamento.

• Alunos que concluíram a disciplina de história antes do encerramento das atividades

do projeto.

Tabela 3 QUANTO A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES

22

DE MANEIRA SATISFATÓRIA 11 ALUNOS

PARCIAL POR MOTIVOS DE FALTAS O9 ALUNOS

Gilberto Braz Almeida, 2011

Tabela 4 QUANTO A IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO COM A HISTÓRIA DE VIDA

DOS ALUNOS

NÃO SE IDENTIFICARAM COM O

PROJETO

05 ALUNOS

IDENTIFICARAM-SE COM O

PROJETO

15 ALUNOS

Gilberto Braz Almeida, 2011

Tabela 5 QUANTO AO GÊNERO MUSICAL TRABALHADO NO PROJETO

NÃO GOSTA DA MÚSICA CAIPIRA

RAIZ

05 ALUNOS

GOSTA DAMÚSICA CAIPIRA RAIZ 15 ALUNOS

Gilberto Braz Almeida, 2011

2 Conclusão

2.1 Aspectos positivos do projeto

Pode-se afirmar que:

• A história de vida dos alunos da EJA. Com mais de trinta anos de idade, na quase

totalidade está ligada ao campo.

• Os alunos da EJA com menos de trinta anos, que nasceram e foram criados na cidade,

descobriram que a história de vida de seus pais ou avós tem suas origens na zona rural.

• Os alunos que sempre moraram na zona rural testemunham com saudosismo as

mudanças ocorridas no campo com o processo da mecanização

• Os participantes do projeto compreenderam com clareza o quanto os problemas

enfrentados na atualidade estão ligados ao êxodo rural e a urbanização.

• Compreenderam melhor a história de Sertanópolis e se identificaram como sujeitos na

construção da mesma.

• Os alunos compreenderam o quanto é importante a pesquisa histórica.

23

• Que a música sertaneja raiz não deve cair no esquecimento e que ela tem sem dúvida,

o seu lugar de honra na nossa diversidade cultural e que pode ser utilizada como um material

pedagógico de relevante importância para se compreender melhor a nossa história.

• Dos quatro alunos concluintes na disciplina de História, com as atividades do projeto

em andamento, dois continuaram no projeto como voluntários, retardando a sua matrícula

numa outra disciplina.

• Demonstraram um ótimo desempenho na produção de textos, principalmente sobre o

que produziram contando as suas histórias de vida.

• Pode-se afirmar também que a motivação dos alunos diante das atividades

desenvolvida foi sem dúvida satisfatória.

2.2 Aspectos negativos do projeto

• Pode-se afirmar como aspecto negativo, não relacionado diretamente ao projeto, e sim,

quanto à formação de turma na organização “individual, por se tratar de uma modalidade que

atende alunos da EJA com problemas de faltas.

Referências

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24

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