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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · dicionário. Texto 1.1 ... técnicos e financeiros, a necessidade inadiável de superar a situação de desigualdade e o processo de deterioração

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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

1. POR QUE CONSUMIR?

Autor: Joceli de Vargas de Oliveira

NRE: Pato Branco

Escola: Escola Estadual Irmão Isidoro Dumont - EF

Disciplina: Geografia ( x ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio

Disciplina da relação Interdisciplinar 1: História

Disciplina da relação Interdisciplinar 2: Português

Conteúdo estruturante: Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico

Conteúdo específico: - Formação e transformação das paisagens naturais e

culturais.

- A distribuição espacial das atividades produtivas e a

(re)organização do espaço geográfico.

2

Você já se sentiu atraído por um

produto através da propaganda, das

palavras, muitas vezes em inglês, pelo

design do produto, teve que batalhar

muito para conseguir e quando adquiriu

não valeu a pena?

Você se sente atraído por

novidades, modernidades, por

mudanças?

Sabemos que a propaganda na

mídia é um poderoso instrumento na

divulgação de um produto e que ela usa

diferentes meios para chamar nossa atenção, e mesmo inconscientes passamos a

ter necessidade de comprar um determinado produto, pois sem o mesmo parece

que não seremos felizes, se não estivermos atentos podemos ter gastos

desnecessários.

3

Também nos apropriamos indevidamente dos recursos naturais provocando

degradação ambiental desordenada.

4

5

Consumismo esse que nos leva também à perda de valores importantes à

natureza e às nossas famílias como o modo de vida moral, social, físico, ou seja, os

costumes e as tradições de nossos antepassados, o que nos desmotiva a ler,

assistir aulas e estudar.

1ª Atividade

Ao ler os textos a seguir sublinhe os termos desconhecidos e procure no

dicionário.

Texto 1.1

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Ciência e tecnologia não são ética ou politicamente neutras, cientistas e

tecnólogos não podem deixar de suas posições sociais e de seus valores. Em cada

estágio da evolução social, as tecnologias utilizadas refletem as contradições e os

conflitos entre o poder econômico e sua tendência à concentração de riquezas,

poder e acesso à informação e as aspirações de participação democrática,

autonomia cultural e autogestão. Por isso, a sociedade civil tem o dever e o direito

de exercer o controle sobre as inovações tecnológicas que não podem ficar a critério

único de cientistas, tecnocratas, políticos e empresários. Impõe-se uma avaliação

prospectiva baseada no princípio da precaução e que contemple, além dos aspectos

técnicos e financeiros, a necessidade inadiável de superar a situação de

desigualdade e o processo de deterioração do meio ambiente.

6

2ª Atividade

Quantas vezes a propaganda o influenciou? Troque idéias com a turma sobre

o poder da propaganda, mídia e consumismo. Faça uma anotação do resultado da

conversa.

� Falando em educação e tecnologia

Texto 1.2

EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

http://www.smec.salvador.ba.gov.br/Net/oficinas/oficina2001/2001.jpg

No Brasil o desenvolvimento industrial é uma conquista da política-

econômica, mas, impõe a necessidade de técnicos. Esse desenvolvimento, que é o

objetivo econômico de todas as nações modernas e revela os esforços de um povo

para superar dificuldades e chegar a esse estágio, mostra-nos também a

dependência tecnológica do país (LIMA, 1998).

A tecnologia é um conjunto de conhecimento que permite elaborar as

instruções necessárias para a produção e comercialização de bens e serviços

(LONGO, 1984). Embora, exija o emprego de capital, mão-de-obra, matéria-prima

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além da tecnologia. Assim, a tecnologia é um dos ingredientes da produção e de

todo o processo econômico. Por outro lado, a tecnologia é também um bem em si

mesmo, com valor econômico, comportando-se como uma mercadoria sujeita,

portanto, a todos os tipos de transações legais ou ilegais como: compra, troca,

sonegação, cópia, falsificação, roubo e contrabando (LIMA, 1998).

A tecnologia tem um valor estratégico além de seu valor comercial. Hoje, para

uma nação sustentar um desenvolvimento autônomo, não basta dispor de mão-de-

obra, matéria-prima e capital; é preciso possuir tecnologia própria. Pois, o país, que

não possui tecnologia própria, deve se sujeitar aos países que exportam tecnologia.

Essa situação cria uma nova forma de dependência entre as nações tanto no campo

econômico como no cultural, chamadas muito propriamente de "neocolonialismo"

(LIMA, 1998).

Devemos, portanto, propor uma nova visão à educação crítica com o

compromisso voltado para a transformação social. É certo que o mercado de

trabalho nem sempre permite a concepção, criação e desenvolvimento de uma

tecnologia, mas frequentemente leva ao consumo indiscriminado de tecnologia

importada (LIMA, 1998).

A questão tecnológica é também uma questão histórica, social e econômica

de nosso país. Dessa forma, o que aparentemente está restrito ao campo técnico só

se apresenta assim porque foi cultivado o mito da ciência e da tecnologia como algo

impregnado de neutralidade e acima da sociedade, não passível de discussão em

setores mais amplos como, por exemplo, a educação. Ao técnico cabe colocar

também não só a opção do produto, não só como produzir, mas o que produzir

tendo como parâmetro às necessidades da maioria da população. Daí também a

importância de uma formação humanística dos alunos que os capacite a refletir

sobre a força da participação social bem como sobre as melhores opções

tecnológicas para o país e para o bem-estar de nossa população. A alienação é um

dos componentes da dependência e com isso também a escola não pode

compactuar. Pois, a função primordial da ciência é resolver os problemas da

população; portanto, nunca deve ser um simples instrumento de manipulação de

certos interesses, justificando possíveis injustiças. O aprimoramento cultural se faz

no sentido de que o técnico seja, realmente, um cidadão consciente e capaz de

melhorar a nossa realidade (LIMA, 1998).

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3ª Atividade

Você sabe o significado dos termos alienação e manipulação? Acrescente

aos demais termos por você sublinhados na 1ª atividade, procure o significado,

anote e troque idéias com a turma.

4ª Atividade

• Faça uma lista de produtos industrializados que você utiliza no seu

cotidiano:

• Analise o design, marca e o custo comparando com o valor real do

produto escolhido.

• Em que este produto contribuiu para mudar nossas atitudes, crenças

e costumes?

• Merchandise: discuta com a turma a influência e o poder de

persuasão desse tipo de propaganda.

• Que consequências a evolução tecnológica tem proporcionado à

sociedade?

• Prepare para expor à sua turma em forma de painel, cartas ou

oralmente os resultados do seu trabalho.

9

10

2. COMO É O ESPAÇO ONDE VOCÊ MORA? ELE ESTÁ

PRESERVADO? OCORREM CATÁSTROFES? O QUE VOCÊ

NOTA QUE DEVERIA ESTAR MELHOR OU DIFERENTE?

Texto 2.1

A GEOGRAFIA

Para as DCEs (2008), a Geografia é uma ciência que estuda o espaço social

e físico com tudo o que o envolve. Por meio dela podemos compreender como

diferentes sociedades interagem com a natureza na construção do seu espaço, as

singularidades do lugar em que vivemos, o que o diferencia e o aproxima de outros

lugares e, assim, adquirir uma consciência maior dos vínculos afetivos e de

identidade que estabelecemos com ele. Também podemos conhecer as múltiplas

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relações de um lugar com outros lugares, distantes no tempo e no espaço e

perceber as relações do passado com o presente.

Assim o objetivo da Geografia é estudar as relações entre o processo

histórico na formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza por

meio da leitura do lugar, do território, a partir de sua paisagem. Na busca dessa

abordagem relacional, trabalha com diferentes noções espaciais e temporais, bem

como os fenômenos sociais, culturais e naturais característicos de cada paisagem,

para identificar e relacionar aquilo que na paisagem representa as heranças das

sucessivas relações no tempo entre a sociedade e a natureza em sua interação

(BRASIL, 1998, p. 26).

Segundo Callai (2005, p. 236) “Compreender o lugar em que se vive

encaminha-nos a conhecer a história do lugar e, assim, a procurar entender o que ali

acontece. Nenhum lugar é neutro, pelo contrário, os lugares são repletos de história

e situam-se concretamente em um tempo e em um espaço fisicamente delimitado.

[...] Ao mesmo tempo em que ele é palco onde se sucedem os fenômenos, ele é

também ator/autor, uma vez que oferece condições, põe limites, cria possibilidades”.

5ª Atividade

Analise o que quis dizer a autora com a frase:

"Diz-me onde habitas e dir-te-ei quem és." (Michel Serres – ATLAS apud CALLAI,

2004, p.1).

Para facilitar sua aprendizagem pesquise e defina os seguintes termos:

LUGAR

TERRITÓRIO

REGIÃO

PAISAGEM

NATUREZA

SOCIEDADE

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Fonte: CELEPAR

1 - Onde você mora? (endereço)

Rua: Nº

Bairro:

Localidade:

Município:

Estado:

CEP

2 - Sua família é formada por.... (quem mora com você?)

3 - Sua casa é:

A - De madeira ( ); b) De alvenaria ( ); c) Mista ( )

B - Qual é o tamanho de sua casa?

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4 - Localize no mapa seu município:

5 – Procure Identificar o relevo, o clima e a vegetação do município.

Texto 2.2

RELEVO DO PARANÁ

É um dos mais expressivos: 52% do território ficam acima dos 600 metros de

altitude e apenas 3% abaixo dos 300 metros (PARANÁ, 200-).

O relevo paranaense é dividido em cinco regiões, de acordo com suas

especificidades, devido à topografia, clima e geologia.

Mapa físico do Paraná:

Fonte: Wikipédia

Planície litorânea – é a região do litoral, entre o Oceano Atlântico e a Serra do Mar.

São destaques dessa região as cidades de Paranaguá (onde fica o porto), Antonina,

Morretes, Guaratuba e Matinhos (PARANÁ, 2008).

Serra do mar – é o conjunto de montanhas próximo ao litoral. Essas montanhas são

formadas por rochas, e cobertas pela Mata Atlântica. Onde se situa o ponto mais

alto (Pico Paraná com 1.877,392 metros de altitude, KRELLING, 1992), não apenas

do estado, mas de toda a Região Sul, além do lendário Marumbi com 1.547 metros

de altitude. Coberta pela floresta atlântica e declarada Reserva da Biosfera pela

UNESCO, em 1991, o que demonstra sua importância em termos globais, a serra do

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Mar abriga mais de 2.500 espécies da flora nativa brasileira. No estado do Paraná, a

serra do Mar tem aproximadamente 500.000 hectares de extensão e nela se

encontram 72% do total da flora e da fauna existentes no estado (PARANÁ, 200-).

Primeiro planalto ou planalto de Curitiba – é o mais alto (altitudes entre 1300 e

850 metros) e menor (em extensão) dos planaltos. Surge a partir das encostas

ocidentais da Serra do Mar, que se estende até a Serra de São Luís do Purunã. O

relevo é ondulado e a vegetação predominante é a Mata das Araucárias. A capital

do estado, Curitiba, fica nessa região (PARANÁ, 2008).

Segundo planalto ou planalto de Ponta Grossa – formando a região dos Campos

Gerais. Em sua aba oriental, vento e chuva esculpiram as famosas formações de

arenito de Vila Velha, testemunhas mudas de um longínquo passado geológico do

solo paranaense (SANTOS, 1995). As altitudes variam entre 1200 e 300 metros

(PARANÁ, 2008). O relevo é ondulado e a vegetação é composta por Araucárias e

campos. As principais cidades da região são Ponta Grossa e São Mateus do Sul

(PARANÁ, 2008).

Terceiro planalto ou planalto de Guarapuava – é o maior dos planaltos em

extensão. As altitudes variam entre 1200 e 900 metros (PARANÁ, 2008). Todo ele é

percorrido por extensos rios, Ivaí, Piquiri e Iguaçu, entrecortados de majestosas

cachoeiras, destacando-se as famosas Cataratas do Iguaçu. Do maravilhoso Salto

das Sete Quedas no Rio Paraná, tragadas pelo lago de ltaipu, restam hoje apenas

imagens (SANTOS, 1995). Nessa área a vegetação original (Floresta Tropical e

Mata das Araucárias) quase não existe mais. Em seu lugar são encontradas

plantações e pastos. As principais cidades são Maringá, Foz do Iguaçu e

Guarapuava e Cascavel (PARANÁ, 2008).

Texto 2.3

RIOS PRINCIPAIS

Rios Paraná, Iguaçu, Ivaí, Tibagi, Paranapanema, Itararé e Piquiri.

A hidrografia do Paraná pode ser dividida em duas bacias: a bacia do rio

Paraná e a bacia do Atlântico. Dessas, a maior é a bacia do rio Paraná, que se

destaca pelo seu grande potencial energético (PARANÁ, 2008).

O complexo hidrográfico do estado do Paraná apresenta grande potencial

energético. A bacia hidrográfica do rio Paraná ocupa 183.800 km2 no estado e seus

principais rios incluem o Paraná, o Iguaçu, o Ivaí, o Tibagi e o Piquiri. Somente a

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bacia do rio Iguaçu, que nasce próximo a Curitiba, capital do Estado, e deságua no

rio Paraná, na fronteira com o Paraguai, tem potencial hidrelétrico para 11,3 mil

megawatts de energia elétrica (SETU, 2004).

A bacia do Atlântico Sul banha 15.909,1 km2 na porção nordeste do estado.

Entre seus principais rios encontram-se o Itararé e o Capivari. O estado do Paraná

consome internamente apenas 20% da energia elétrica total produzida em seu

território, que representa 25% da produção no país (SETU, 2004).

Texto 2.4

CLIMA

A maior parte do estado tem um clima subtropical úmido, a exceção do litoral,

onde o clima é tropical úmido. Os verões são brandos e as geadas são frequentes

nos invernos do primeiro, segundo e parte do terceiro planalto. No Vale da Ribeira,

na Serra do Mar, ao norte, oeste e sudoeste do estado os verões são quentes, e nos

invernos, as geadas são raras (PARANÁ, 2008).

Utilizando a série de dados do IAPAR até 1998, o clima do estado do Paraná foi

classificado de modo geral como Cfa e Cfb (IAPAR, 2000), conforme a classificação

de Köppen, que são descritos a seguir:

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Cfa - Clima subtropical; temperatura média no mês mais frio inferior a 18o C

(mesotérmico) e temperatura média no mês mais quente acima de 22o C, com

verões quentes, geadas pouco frequentes e tendência de concentração das chuvas

nos meses de verão, contudo sem estação seca definida.

Cfb - Clima temperado propriamente dito; temperatura média no mês mais frio

abaixo de 18o C (mesotérmico), com verões frescos, temperatura média no mês mais

quente abaixo de 22o C e sem estação seca definida (SOUZA; GALVANI, 2004).

Texto 2.5

VEGETAÇÃO

Ocorrem no Paraná: florestas e campos. As florestas subdividem-se em

tropicais e subtropicais. Os campos, em limpos e cerrados. A floresta tropical é parte

da mata atlântica, que recobria toda a fachada oriental do país com suas formações

latifoliadas. No Paraná, ocupava primitivamente uma área equivalente a 46% do

estado, aí incluídas as porções mais baixas (baixada litorânea, encostas da serra do

Mar, vales do Paraná, Iguaçu, Piquiri e Ivaí) ou de menor latitude (toda a parte

setentrional do estado), (PARANÁ, 2009).

A floresta subtropical é uma floresta mista, composta por formações de

latifoliadas e de coníferas. Estas últimas são representadas pelo pinheiro-do-paraná

(Araucaria angustifolia), que não aparece em agrupamentos puros. A floresta mista

ou mata dos pinheiros recobria as porções mais elevadas do estado, isto é, a maior

parte do planalto cristalino, a porção mais oriental do planalto basáltico e pequena

parte do planalto paleozóico. Essa formação ocupava 44% do território paranaense

e ainda parte dos estados de São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

(PARANÁ, 2009). Esta foi muito devastada, sendo que uma das áreas que possuem

maior número de árvores, embora seja relativamente pequena é na reserva indígena

do sudoeste do estado.

Além do pinheiro, a floresta mista oferece também espécies latifoliadas de

valor econômico, como a imbuia, o cedro e a erva-mate. No final do século XX,

apenas pequena parte das formações florestais subsistia no estado. A derrubada

para exploração de madeira e formação de campo para agricultura e pastagens foi

responsável por sua quase completa eliminação. As últimas reservas florestais do

Paraná acham-se na planície litorânea, na encosta da serra do Mar e nos vales dos

rios Iguaçu, Piquiri e Ivaí (PARANÁ, 2009).

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Os campos limpos ocorrem sob a forma de manchas esparsas através dos

planaltos paranaenses. A mais extensa dessas manchas é a dos chamados Campos

Gerais, que recobrem toda a porção oriental do planalto paleozóico e descrevem

imensa meia-lua no mapa de vegetação do estado. Outras manchas de campo limpo

são as de Curitiba e Castro, no planalto cristalino, as de Guarapuava, Palmas e

outras, menores, no planalto basáltico. Os campos limpos ocupam cerca de nove

por cento do território paranaense. Os campos cerrados têm pouca expressão no

Paraná, onde ocupam área muito reduzida – menos de um por cento da superfície

estadual. Formam pequenas manchas no planalto paleozóico e no planalto basáltico

(PARANÁ, 2009).

Texto 2.6

MINERAIS

As principais reservas de matérias-primas existentes no estado do Paraná

incluem o xisto betuminoso, o calcário, a dolomita, a argila, o carvão, o chumbo e a

fluorita. Proporcionam para a economia paranaense uma significativa contribuição.

A reserva de calcário está estimada em 4,4 bilhões de toneladas e suas

principais jazidas, localizadas na região leste, alcançam produção média anual de

cerca de 6 milhões de toneladas. Além de seu uso industrial, principalmente na

produção de cimento, o calcário é utilizado de forma regular, para elevar o nível de

produtividade das lavouras (PARANÁ, 200-).

De dolomita o Paraná é o primeiro produtor no país. Suas reservas estão

estimadas em 532.616 milhões de toneladas (PARANÁ, 200-).

As reservas de argila vermelha, para o uso da indústria cerâmica, atingem

volume superior a 65 milhões de toneladas. Em 1992, a produção de argila chegou a

1,1 milhão de toneladas (PARANÁ, 200-).

O estado do Paraná é também o principal produtor de talco do Brasil. Cerca

de 17% das reservas brasileiras estão em seu território, com volume estimado em 13

milhões de toneladas, e produtividade média anual de 200 mil toneladas (PARANÁ,

200-).

A fluorita, que tem larga aplicação como matéria-prima na indústria química,

metalúrgica e cerâmica, tem reservas superiores a 4,4 milhões de toneladas no

estado, o que equivale a 53 % do total encontrado no país (PARANÁ, 200-).

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Outros produtos como a brita de basalto, pedras ornamentais, mármores e

granito também são encontrados em quantidades consideráveis no estado do

Paraná, sendo que, ultimamente a ametista vem sendo extraída no município de

Chopinzinho, no Sudoeste do Estado. Em 1992, foram comercializados 37,6 milhões

de litros de água mineral, extraídos de fontes naturais do estado (PARANÁ, 200-).

6 - Como é seu município? O que ele mais produz? Faça um breve relato de seu

município.

7 - Que bens naturais estão disponíveis? Qual seria, em sua opinião, o bem natural

mais valioso?

8 - Como comentou Callai (2005, p.236, grifo nosso) "Ao mesmo tempo em que ele

o lugar é palco onde se sucedem os fenômenos, ele é também ator/autor, uma vez

que oferece condições, põe limites, cria possibilidades". Há problemas ambientais

onde você mora? Quais? Que recursos materiais foram desenvolvidos pelo homem

neste lugar? De quais recursos naturais ele precisou se apropriar? Como era

antigamente este espaço?

19

20

9 - "Cada lugar possui relações com outros lugares, não somente no sentido físico,

mas, no entendimento das diversas conexões ali presentes, principalmente aquelas

vinculadas ao processo de globalização econômica".

Com o aumento da urbanização, o que deixou de ser possível para os moradores?

Quais são os benefícios trazidos pela urbanização?

10 - Quais interesses os recentes moradores teriam ao escolher morar neste lugar?

Seriam os mesmos dos antigos moradores?

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11 - A apropriação dos bens naturais é uma realidade. Entretanto é possível

questionar os limites desta apropriação tendo em vista a satisfação das

necessidades individuais e coletivas. (...) O que é poder no espaço?

12 - Entreviste pessoas de mais idade que conhecem este lugar? (elabore as

questões juntamente com a turma) ex: Nome? Tempo que conhece este lugar?

Como era a fauna e a flora deste lugar? Recursos utilizados, modo de vida,

costumes, tradições, as casas, meios de transporte, estradas etc...

a) Pesquise em livros;

b) Procure fotografias;

c) Faça cartaz, monte painel;

d) Exponha para a turma.

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13 - "É importante que identifiquemos como cada sociedade entende o que é estar

no mundo". Futuramente como você gostaria que fosse o espaço onde você mora?

Qual é o seu projeto para o futuro? Pesquise planeje e sonhe.

No passado a área de Brasília era semelhante a essa:

Hoje está assim:

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14 – Converse com seu professor e convidem pessoas ligadas a projetos

sustentáveis para dar palestra para a turma.

15 - Planeje com o professor visita a lugares que sevem de modelo na questão

ambiental, comente os vínculos que ligam as pessoas aos seus lugares de moradia,

questionando as atuais definições de “morar com qualidade de vida” e monte um

texto.

16 - Exponha para a turma o seu projeto de re(construção) de seu espaço.

Anexe toda sua produção relativa a esta atividade em um portfólio, montando a

história e projetos do seu espaço.

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3. REFERÊNCIAS

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares

nacionais: geografia. Brasília: MEC/SEF, 1998. 156 p.

CALLAI, Helena Copetti. O estudo do lugar como possibilidade de construção da

identidade e pertencimento. In: CONGRESSO LUSO-AFRO-BRASILEIRO DE

CIÊNCIAS SOCIAIS: A Questão Social no Novo Milênio, 8., set. 2004.. Coimbra.

Anais eletrônicos... Coimbra: Centro de Estudos Sociais, Faculdade de Economia,

Universidade de Coimbra, 2004. Disponível em:

<http://www.ces.uc.pt/lab2004/pdfs/HelenaCallai.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2010.

CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do

ensino fundamental. Caderno Cedes, Campinas, v. 25, n. 66, p. 227-247,

maio/agosto, 2005.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA GEOGRAFIA – DCEs.

Governo do Paraná. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento

de Educação Básica. 2008.

LIMA, Elomar Vaz de. Educação e Tecnologia. 1998. Disponível em:

<http://www.cefetsp.br/edu/eso/educacaoelomar.html>. Acesso em: 8 nov. 2005.

INSTITUTO AGRÔNOMICO DO PARANÁ – IAPAR. Cartas climáticas do Paraná.

Londrina (PR), IAPAR, 2000.

LONGO, W. P. Tecnologia e soberania nacional. São Paulo: Nobel, 1984.

KRELLING, P. C. L. Geomorfologia: a serra do mar paranaense. 2008. Disponível

em: <http://www.cosmo.org.br/marumbi/aserradomar.htm>. Acesso em: 10 abr.

2010.

25

PARANÁ. Paraná: Geografia do Paraná. 200-. Disponível em:

<http://www.brasilrepublica.com/parana.html>. Acesso em: 10 abr. 2010.

PARANÁ. Geografia do Paraná. 2008. Disponível em:

<http://www.infoescola.com/parana/geografia-do-parana>. Acesso em: 10 abr. 2010.

PARANÁ. Paraná – geografia, história e cultura. 2009. Disponível em:

<http://www.emdiv.com.br>. Acesso em: 10 abr. 2010.

RATTNER, Henrique. Tecnologia e Sociedade, disponível em:

http://www.espacoacademico.com.br/048/48rattner.htm

SANTOS, M. J. Relevo. 1995. Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas. Disponível

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SECRETARIA DE ESTADO DO TURISMO DO PARANÁ – SETU. Regiões

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SOUZA, I. A.; GALVANI, E. Diagnóstico da rede de estação meteorológica no estado

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Disponível em: <http://www.geografia.ffich.usp.br>. Acesso em: 10 abr. 2010.

Imagens:

- Página 1: Imagem “Globalização” disponível no endereço

www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de 2010.

- Página 2: Imagens “Telecomunicações – telefone” e “Carrinho – consumo”

disponíveis no endereço www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de

2010.

- Página 3: Imagens “Consumo” e “Desmatamentos e queimadas” disponíveis no

endereço www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de 2010.

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- Página 4: Imagens “Consumismo”, “Aquecimento Global” e “Resíduos Sólidos”

disponíveis no endereço www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de

2010.

- Página 5: Imagem “IDH – Índice de Desenvolvimento Humano” disponível no

endereço www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de 2010.

- Página 6: Imagem “Oficinas” disponível no endereço www.smec.salvador.ba.gov.br,

acesso em novembro de 2005.

- Página 8: Imagem “IDH – Índice de Desenvolvimento Humano” disponível no

endereço www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de 2010.

- Página 9: Imagens “Moradias – favelas”, “Cobertura de Satélites para GPS” e

“Globalização – Marcas mundiais” disponíveis no endereço

www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de 2010.

- Página 10: Imagens “Bioma – Floresta Tropical”, “Assoreamento”, “Diferenças

Sociais” e “Enchentes – SP” disponíveis no endereço

www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de 2010.

- Página 12: Imagem “Localização do Paraná” disponível no endereço

www.diaadia.pr.gov.br, acesso em junho de 2010. Imagem “Mapa do Paraná –

Regiões” disponível no endereço www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em

junho de 2010.

- Página 13: Imagem “Relevo do Paraná” disponível no endereço

www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de 2010.

- Página 15: Imagem “Mapa do Paraná” disponível no endereço

www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de 2010.

- Página 18: Imagem “Desmatamento e queimada” disponível no endereço

www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de 2010.

- Página 19: Imagens “Cachoeira”, “Agricultura – Hortifrutigranjeiro – Ponta Grossa –

PR” e “Agricultura – Mecanização” disponíveis no endereço

www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de 2010.

- Página 20: Imagens “Urbanização – São Paulo – Brasil” e “Araucária” disponíveis

no endereço www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de 2010.

- Página 21: Imagens “Catadores – lixão” e “Máquinas Agrícolas” disponíveis no

endereço www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de 2010.

- Página 22: Imagens “Cerrado no verão” e “Construções – Brasília – DF” disponíveis

no endereço www.diaadia.pr.gov.br/tvpendrive, acesso em junho de 2010.