78
O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7 Cadernos PDE VOLUME I I

DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE

2009

Produção Didático-Pedagógica

Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE

VOLU

ME I

I

Page 2: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

Unidade Didática

AAAA��������� ���� ������� ��

NNNN ����� �������� ���������

Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak

Page 3: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA CIÊNCIA,

TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIDADE DIDÁTICA

JUSSARA APARECIDA BOAVENTURA CZELUSNIAK

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA COM NÚMEROS INTEIROS RELATIVOS

PONTA GROSSA 2010

Page 4: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

JUSSARA APARECIDA BOAVENTURA CZELUSNIAK

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA COM NÚMEROS INTEIROS RELATIVOS

Unidade Didática apresentada como requisito de avaliação parcial referente ao Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. Orientador: Prof. Ms. João Luiz Domingues Ribas (UEPG).

PONTA GROSSA 2010

Page 5: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pelo olhar paterno e de alento. Ao meu orientador, Professor Mestre João Luiz Domingues Ribas, que acompanhou minha trajetória de estudos e produção, no incentivo em momentos de desânimo e cansaço. À minha família, pela tolerância às horas dedicadas ao trabalho, e especialmente ao meu esposo Marcos, pela participação na construção de materiais para o seu desenvolvimento. Aos meus filhos, que souberam entender o tempo dedicado ao estudo necessário para a realização deste material didático pedagógico e, em particular, ao meu filho André, que me apoiou de forma concreta. A tantas pessoas que estiveram ao meu lado, incentivando, colaborando e fazendo-me acreditar que seria possível. Prefiro não nominá-las, para não incorrer no erro do esquecimento ou ingratidão, mas agradeço a todas. Quero salientar a importância da participação dos professores que ministraram os cursos e que nos apresentaram o norte. À equipe do NRE – Ponta Grossa. À coordenadora do PDE-UEPG. À Profa. Dra. Marlene Perez, pela sugestão do tema abordado na Unidade Didática e pelo exemplo e dedicação como educadora matemática. Enfim, a todos que fortaleceram o meu sonho e o desafio de realizar uma produção que possa levar ao aluno da escola pública uma educação de qualidade e relevância para a sua vida.

Grata!

Page 6: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 – ESQUEMA PARA A APRENDIZAGEM COGNITIVA ............................18

FIGURA 2 – PONTE COGNITIVA (P.C.) ........................................................................18

FIGURA 3 – HIERARQUIA CONCEITUAL PARA APRENDIZAGEM .......................21

FIGURA 4 − MAPA CONCEITUAL – NÚMEROS INTEIROS RELATIVOS..............24

FIGURA 5.1 − QUADRO DE HISTÓRIA COM A APRESENTAÇÃO DA ORIGEM

DOS NÚMEROS. .........................................................................................31

FIGURA 5.2 − QUADROS DE HISTÓRIA COM A APRESENTAÇÃO DA ORIGEM

DOS NÚMEROS ..........................................................................................32

FIGURA 6 − POESIA "O SORVETE" ..............................................................................34

FIGURA 7 – FOTOGRAFIA DA TEMPERATURA DO FREEZER A -18O.................38

FIGURA 8 – FICHAS NUMERADAS DO JOGO ...........................................................42

FIGURA 9 – EIXOS ORIENTADOS, COM INDICAÇÃO DE ALGUNS VALORES

INTEIROS. ....................................................................................................44

FIGURA 10 – RETA NUMERADA COM MARCADORES MANIPULÁVEIS...............45

FIGURA 11 – RETA NUMERADA REPRESENTANDO AS TEMPERATURAS

CITADAS NO TEXTO DE APOIO. ............................................................46

FIGURA 11 – GRÁFICO DEMONSTRATIVO DO EXERCÍCIO SOBRE

MATEMÁTICA FINANCEIRA.....................................................................51

FIGURA 13 − REPRESENTAÇÃO DA QUARTA PARTE DO ALVO...........................62

FIGURA 14 − REPRESENTAÇÃO COMPLETA DA BASE DO ALVO ........................62

FIGURA 15 − REPRESENTAÇÃO DO ALVO DEPOIS DE PRONTO.........................63

FIGURA 16 − GRÁFICO DEMONSTRATIVO DOS RESULTADOS (POSITIVO OU

NEGATIVO) DE UMA INDÚSTRIA ...........................................................70

FIGURA 17 − REPRESENTAÇÃO GRÁFICA PARA ATIVIDADE SOBRE

SITUAÇÕES-PROBLEMAS .......................................................................71

Page 7: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

QUADRO 1 − EXTRATO BANCÁRIO ................................................................................49

QUADRO 2 − EXEMPLO DE PLANILHA PARA O ORÇAMENTO DOMÉSTICO......52

QUADRO 3 − VALORES DOS MARCADORES ..............................................................64

QUADRO 4 − CARTELA PARA ANOTAÇÕES DA ATIVIDADE ...................................64

QUADRO 5 − PRODUÇÃO DE PEÇAS DE UMA EMPRESA .......................................68

Page 8: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

SUMÁRIO

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO .............................................................................................. 7 2 TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR: A PROMOÇÃO DE APRENDIZAGENS

SIGNIFICATIVAS COMO PRODUTO DE UM TRABALHO DE BASE COM ÊNFASE NOS NÚMEROS INTEIROS ................................................................................................. 7

3 TÍTULO: APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA COM NÚMEROS INTEIROS

RELATIVOS............................................................................................................................ 7 4 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 8 5 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 9 5.1 GERAIS...................................................................................................................................9 5.2 ESPECÍFICOS .................................................................................................................... 10 5.2.1 Para o professor ............................................................................................................... 10 5.2.2 Para o aluno ..................................................................................................................... 10 6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................... 11 6.1 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA................................................................................... 16 6.2 APRENDIZAGEM MECÂNICA .......................................................................................... 16 6.3 APRENDIZAGEM MECÂNICA SIGNIFICATIVA ............................................................. 17 6.4 ÂNCORAS OU SUBSUNÇORES ..................................................................................... 17 6.5 PONTES COGNITIVAS...................................................................................................... 18 6.6 OCORRÊNCIAS PARA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA ......................................... 19 6.6.1 Aprendizagem receptiva .................................................................................................. 19 6.6.2 Aprendizagem por descoberta ........................................................................................ 19 6.7 DIFERENCIAÇÃO PROGRESSIVA ................................................................................. 20 6.8 APRENDIZAGEM SUPERORDENADA ........................................................................... 20 6.9 APRENDIZAGEM SUBORDINADA .................................................................................. 20 6.10 ASSIMILAÇÃO DE CONCEITOS.................................................................................... 21 6.11 ASSIMILAÇÃO OBLITERADORA................................................................................... 22 6.12 RECONCILIAÇÃO INTEGRATIVA.................................................................................. 22 6.13 MAPAS CONCEITUAIS ................................................................................................... 23 6.14 TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E SUAS APLICAÇÕES .................. 25 7 CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO .............................................................................................. 26 8 CONSIDERAÇÕES ............................................................................................................... 27 9 PROPOSTA DE ATIVIDADES DIDÁTICAS – NÚMEROS INTEIROS ............................ 29 9.1 PROPOSTA 1 − QUADROS DE HISTÓRIA: ONTEM E HOJE. .................................... 29 9.2 PROPOSTA 2 − A MATEMÁTICA E O COTIDIANO....................................................... 33 9.3 PROPOSTA 3 − HORA LIGHT: MATEMÁTICA EM AÇÃO............................................ 40 9.4 PROPOSTA 4 − VISÃO GEOMÉTRICA - A RETA NUMÉRICA. ................................... 43 9.5 PROPOSTA 5 − A MATEMÁTICA FINANCEIRA ............................................................ 48

Page 9: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

9.6 PROPOSTA 6 − HORA DE AÇÃO: A COMUNICAÇÃO MATEMÁTICA POR MEIO DA INFORMÁTICA............................................................................................................. 53

9.7 PROPOSTA 7 − RECURSOS ESPECIAIS: OPERANDO COM A CALCULADORA.. 55 9.8 PROPOSTA 8 − ATINGINDO O ALVO: É HORA DE JOGAR ...................................... 60 9.9 PROPOSTA 9 − SITUAÇÕES-PROBLEMAS ................................................................. 65 9.10 PROPOSTA 10 − REALIMENTANDO E AVALIANDO O CONHECIMENTO

SOBRE OS NÚMEROS INTEIROS ............................................... ...................... 72 REFERÊNCIAS......................................................................................................................... 74

Page 10: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

7

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIDADE DIDÁTICA

1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

PROFESSOR PDE: JUSSARA APARECIDA BOAVENTURA CZELUSNIAK

ÁREA: MATEMÁTICA

NRE: PONTA GROSSA

PROFESSOR ORIENTADOR IES: PROFESSOR MESTRE JOÃO LUIZ DOMINGUES RIBAS

INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR VINCULADA: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA- UEPG

ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: ESCOLA ESTADUAL JESUS DIVINO OPERÁRIO - ENSINO FUNDAMENTAL

PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: ALUNOS DA 6ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

2 TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR: A PROMOÇÃO DE APRENDIZAGENS

SIGNIFICATIVAS COMO PRODUTO DE UM TRABALHO DE BASE COM

ÊNFASE NOS NÚMEROS INTEIROS

3 TÍTULO: APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA COM NÚMEROS INTEIROS

RELATIVOS

Page 11: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

8

4 INTRODUÇÃO

A unidade didática que aqui se apresenta se integra à proposta de

intervenção pedagógica por nós desenvolvida no Programa de Desenvolvimento

Educacional – PDE, sob o título “Assistência pedagógica no ensino da Matemática

com enfoque nos números inteiros”.

Na busca de amenizar as dificuldades apresentadas pelo aluno em relação à

aprendizagem da Matemática, especialmente no conteúdo referente ao Conjunto

dos Números Inteiros Relativos, elaboramos esta unidade didática, que está

fundamentada na teoria da Aprendizagem Significativa proposta por Ausubel.

A opção pelos “Números Inteiros” justifica-se no grande desafio a ser

enfrentado no ensino da Matemática em relação à abordagem do conteúdo. Nesse

entender, transpor a forma mecânica de aprender para ações que permitam a

compreensão e o real significado desse conteúdo, bem como verificar suas

aplicações nas diversas áreas de conhecimento, são ações que exigem um

posicionamento comprometido por parte do professor. Tal compromisso está

relacionado à continuidade do processo natural do ser humano em adquirir e

assimilar novas informações dentro do contexto de constantes transformações.

Dessa forma, é importante que o professor, em seu planejamento, selecione

e programe os conteúdos a serem ensinados, com o objetivo de estimular a

interação entre a nova informação e aquela já armazenada, o que poderá implicar na

aquisição do conhecimento com significados para o aluno.

Com base nessa perspectiva e atendendo às orientações presentes nas

Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná (2008), esta

Unidade Didática integra o conteúdo – números inteiros – às novas informações ao

conhecimento cognitivo do aluno, levando em conta a afetividade no processo.

Pensamos que uma intervenção de forma mais individualizada, por parte do

professor, na assistência pedagógica ao aluno, poderá implicar em momentos de

maior integração, de restauração de autoestima, de ampliação das oportunidades

para esclarecimentos de questões ainda não compreendidas em sala de aula.

Poderá, ainda, ser uma maneira de estimular o educando a continuar explorando

novos saberes, o que se faz importante para a sua formação intelectual.

Vale ressaltar que a proposta desta Unidade Didática não se direciona

apenas à assistência pedagógica no trabalho individual com o aluno, mas apresenta-

Page 12: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

9

se como possibilidade para a situação cotidiana do processo regular de ensino.

Segundo Ausubel (apud MOREIRA e MASINI, 1982, p.15), a aprendizagem

significativa pressupõe que:

O material a ser aprendido seja potencialmente significativo para o aprendiz, isto é, relacionável à sua estrutura de conhecimento de forma não-arbitrária e não literal (substantiva); O aprendiz manifeste uma disposição em relacionar o novo material [...] à sua estrutura cognitiva.

Portanto, com esta Unidade Didática intencionamos socializar uma

experiência já realizada , de forma empírica, com um grupo reduzido de alunos, nos

anos de 2008 e início de 2009, que julgamos ter sido bem sucedida, em

consonância com Fonseca (1995, apud SIMONI, 2007, on line), que apresenta:

As dificuldades de aprendizagem aumentam na presença de escolas superlotadas e mal equipadas, carentes de materiais didáticos inovadores, além de freqüentemente contarem com muitos professores “derrotados” e “desmotivados”. A escola não pode continuar a ser uma fábrica de insucessos. Na escola, a criança deve ser amada, pois só assim se poderá considerar útil.

Salientamos que a Unidade Didática é parte do material didático pedagógico

elaborado para a nossa intervenção pedagógica na escola. Dessa forma, você é

fundamental nesse processo no papel de co-autor, ao contribuir conosco fazendo

seus importantes apontamentos.

5. OBJETIVOS

5.1 GERAIS

− Desenvolver um saber matemático segundo a teoria da Aprendizagem

Significativa, estabelecida por Ausubel, definindo prioridades hierárquicas,

programáticas e integrativas com o conhecimento de domínio do

aprendiz;

Page 13: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

10

− Estabelecer as conexões entre a realidade do aluno e o processo de

ensino e aprendizagem, a fim de atingir avanços de conhecimentos em

relação aos números inteiros relativos.

5.2 ESPECÍFICOS

5.2.1 Para o professor

− Identificar, por meio de uma série de atividades investigativas, as

possíveis causas que levam os alunos a apresentarem dificuldades na

aprendizagem dos números e operações;

− Oportunizar a aquisição de valores e atitudes, tais como a perseverança

na busca de soluções, o interesse pela investigação, a participação

crítica, a argumentação social e não conflitante;

− Avaliar o processo de forma diagnóstica, contínua e formativa durante

todo o processo.

5.2.2 Para o aluno

− Ampliar o conceito de número;

− Construir novos significados de números a partir de sua utilização no

cotidiano;

− Atualizar conhecimentos que ficaram pendentes no momento da

aprendizagem do conjunto dos números naturais, a partir de um

tratamento com variadas linguagens e metodologias;

− Construir o conjunto dos números inteiros como extensão do conjunto N;

− Reconhecer os números inteiros em diferentes contextos, explorando

situações-problemas para as quais os alunos indiquem falta, diferença,

orientação (origem) e deslocamento entre dois pontos;

− Socializar a educação escolar (entre pares) em seus diversos espaços,

pela utilização de instrumentos e métodos não empregados comumente

pelos sujeitos da aprendizagem;

Page 14: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

11

− Perceber os procedimentos matemáticos e a utilização de seus conceitos

como ponte cognitiva para compreender o mundo e, compreendendo-o,

poder atuar melhor nele.

6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este projeto busca amenizar as dificuldades apresentadas pelo aluno em

relação à aprendizagem da Matemática. Para tanto, valer-se-á da teoria da

Aprendizagem Significativa, proposta por Ausubel, a fim de contribuir para que o

aprendiz construa e se aproprie do conhecimento.

Na intenção de procurar compreender como se dá o processo de ensino e

de aprendizagem, bem como as limitações que envolvem tal processo, neste

trabalho os questionamentos de Hilgard e Bower (1975, apud NOVAK, 1981, p. 49)

servirão de subsídios para essa compreensão. Os autores identificaram seis

problemas típicos com que se defrontam as teorias de aprendizagem. São eles: a)

Quais os limites da aprendizagem?; b) Qual é o papel da prática na aprendizagem?;

c) Qual a importância dos impulsos e incentivos, das recompensas e punições?; d)

Qual é o lugar da compreensão e do insight?; e) Aprender uma coisa ajuda a

aprender outra?; f) O que acontece quando lembramos ou quando esquecemos?

Além desses problemas, Novak (1981, p.51) adiciona mais quatro, porque

focaliza especificamente a aprendizagem na escola: g) Que parâmetros da

aprendizagem são os mais relevantes para o planejamento de um currículo escolar?;

h) Como diferentes práticas instrucionais influenciam a aprendizagem e sob que

condições?; i) Como a organização escolar influencia a aprendizagem?; j) Será que

qualquer matéria de ensino é aprendida da mesma maneira ou os mecanismos de

aprendizagem diferem significativamente em Ciências, Literatura, Matemática e

História?

Tais questões tratam da capacidade de aprender e das diferenças

individuais entre aqueles que aprendem.

Em um contexto amplo, Novak (1981, p.55) admite que seres humanos

recebem informações de uma variedade de órgãos sensoriais, porém os sentidos

Page 15: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

12

internos provenientes do armazenamento de informações cerebrais, de experiências

vividas, podem constituir o principal mecanismo de aprendizagem.

Tampouco, se nega o fato de que a aprendizagem da matemática mais

avançada é facilitada pelo domínio de conceitos básicos. A questão é, realmente,

quantas transferências ocorrem, sob que condições, e qual é a sua natureza, uma

vez que a memória pode nos pregar peças e lembrar fatos não tão importantes e

esquecer-se de ocorrências notáveis?

Bruner (1960 apud NOVAK, 1981) ressalta que, muitas vezes, o ensino da

matemática é baseado em ações formais e distantes da maneira de pensar do

aprendiz, com a aplicação de certos artifícios, sem entender sua significância e

encadeamento lógico, sem traduzi-los para o seu modo de pensar. Dentre a vasta

quantidade de conhecimento, como selecionar e sequenciar o que vale a pena

estudar, a fim de atingir a aprendizagem máxima? Será que o esforço concentrado

na formação continuada de professores e no treinamento e utilização das

tecnologias é suficiente? Toda a escola deveria ser reestruturada? Há interação e

multidisciplinaridade real na aquisição de conhecimentos?

Na intenção de responder a essas questões, acredita-se que a Teoria da

Aprendizagem Significativa de Ausubel apresenta uma direção, por meio da ênfase

colocada no aspecto cognitivo do aprendiz. Todavia, em um estudo que objetiva

desenvolver nos alunos um saber matemático fundamentado na teoria da

aprendizagem significativa, estabelecendo as conexões entre a sua realidade e o

processo de ensino e aprendizagem, para se atingirem avanços de conhecimentos,

é indispensável levar em consideração as possíveis causas que originaram as

dificuldades apresentadas pelos estudantes em relação à aprendizagem da

Matemática. Afinal, o insucesso, nessa área do conhecimento, provoca nos alunos

fortes sentimentos de rejeição à disciplina, fazendo-os acreditar em uma possível

incapacidade e provocando a construção contrária da autoestima.

Nesse caso, é interessante que o professor possa romper com as barreiras

de um ensino baseado apenas em ações cotidianas e sem significado que, muitas

vezes, parecem suficientes. É primordial que, ao ensinar, o professor determine para

quem se quer ensinar, o quê se pretende ensinar e como se irá ensinar. Essa

postura requer disposição, coragem e compromisso permanente.

Nóvoa (1995, p.14) afirma que “não há ensino de qualidade, nem reforma

educativa, nem inovação pedagógica, sem uma adequada formação de

Page 16: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

13

professores”. Freire (1996, p. 24), por sua vez, ressalta a importância da formação

permanente do professor, especialmente na reflexão sobre a teoria/prática. Segundo

ele, o processo de formação precisa ter como princípio básico a aproximação entre o

que se diz e o que realmente se faz.

Nesse sentido, os problemas que se destacam na aprendizagem da

Matemática são muitos e variados e, por vezes, difíceis de serem identificados,

sendo, portanto, arriscado e pretensioso procurar abordá-los em sua totalidade, uma

vez que a discussão em torno de algumas causas é limitada. Os desafios

determinantes para efetivar uma transformação positiva da metodologia de trabalho

em sala de aula podem envolver, segundo Vasconcellos (1999, p.13), fatores que

vão desde a estruturação adequada do sistema educacional até posicionamentos

subjetivos, como a opção ideológica do professor, a concepção que possui do

processo de conhecimento e até mesmo a vontade política.

O autor deixa claro a necessidade da explicitação dos fundamentos que

norteiam a ação docente, posicionada a partir de um referencial teórico que oriente o

trabalho pedagógico, o conhecimento do conteúdo e as metodologias adequadas, a

seleção e organização criteriosa dos conteúdos, o conhecimento do currículo

programático e a parceria com a equipe gestora do estabelecimento de ensino

acerca de como desenvolver qualitativamente o processo de ensino e

aprendizagem, contribuindo, assim, para o enfrentamento das dificuldades

apresentadas no processo do saber. Segundo Freire (1996), é na convivência com

os pares que o professor se faz e transforma a sua prática pedagógica.

Assim, podemos dizer que, conforme Novak (1981), a desconsideração dos

conhecimentos armazenados pelo aluno em relação às novas informações, à

ansiedade e ao medo de fracassar, além da falta de motivação; da omissão familiar

no desempenho educacional do aluno; do nível intelectual desapropriado para a

série escolar; da dificuldade em guardar várias informações ao mesmo tempo; da

desatenção; dos fatores sociais, econômicos e das políticas públicas educacionais,

enfim, são todos pontos que determinam o insucesso do aluno.

Em busca da superação do insucesso, conforme Vasconcellos (1999, p. 33),

cabe ao professor “propiciar às novas gerações uma compreensão científica,

filosófica, estética da realidade em que vivem”. O professor que almeja um

aprendizado significativo aos seus alunos deve garantir não apenas a transmissão,

mas a construção do conhecimento. Para que isso de fato ocorra, é importante que

Page 17: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

14

o professor leve o aluno a compreender, usufruir do conhecimento e transformar a

sua realidade. Segundo Perrenoud (1999), um professor precisa, ao fazer parte de

um problema, refletir sobre sua própria relação com o saber.

A falta de instrumentos claros que verifiquem as dificuldades apresentadas

pelo aluno pode não revelar ao professor se há ou não a dificuldade em se aprender

Matemática. Muitas vezes, a fala do aluno para justificar o seu fracasso escolar está

impregnada de angústia e sentimento de incompetência, gerada pela sucessão de

fracassos colecionados durante a sua trajetória escolar.

Novak (1981) discorre que as abordagens educacionais alternativas podem

beneficiar os alunos. Transferindo esses saberes para a nossa prática, percebemos

que adaptações podem ser proporcionadas para amenizar o sofrimento dos alunos,

a exemplo do uso de mais recursos de apoio (dedos, material concreto, calculadora,

jogos educativos e raciocínio lógico e ambiente virtual); disponibilização de tempo

extra para a resolução de exercícios; desmembramento das tarefas matemáticas

complexas em pequenos passos que permitam a resolução em etapas; e dispensar

atendimento individualizado, o que resulta no processo de construção e aquisição do

conhecimento.

Dessa forma, manter a realidade da Educação, especialmente no ensino da

Matemática, em uma forma vazia, incompreensível aos alunos, esquivando-se das

mudanças visíveis, sem a relação entre as aprendizagens anteriores e a escolarização

com os saberes formais institucionalizados; conceber os conteúdos e metodologias

desarticulados são condutas que proporcionam um ensino descomprometido com a

inserção social do aprendiz e contribuem para a manutenção da exclusão, o que se

configura como uma das mais nocivas formas de violência, de impedimento do

progresso educacional e do desenvolvimento potencial do educando.

Corroborando com esse aspecto, Shulman (apud FIORENTINI, 2004, p.1)

critica a ênfase dada ao conhecimento específico e ao conhecimento pedagógico

presente na formação de professores e enfatiza a importância do conhecimento do

conteúdo no ensino, o que considera o principal eixo da formação dos saberes da

docência, por interligar, de forma consciente, o saber e os saberes didático-

pedagógicos. Essa reflexão feita por Shulman, denominada “conhecimento

pedagógico de conteúdo”, refere-se às formas de representação de ideias,

ilustrações, exemplos, explicações e demonstrações que possam ser

compreendidas pelos indivíduos.

Page 18: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

15

Para Freire (2005), o exercício de socialização do saber acontece nos

ambientes sociais mais diversificados possíveis, individualmente ou em grupos, mas

se formaliza no ambiente escolar, ou mais apropriadamente, em sala de aula. E

aproveitar cada espaço da escola para a promoção da aprendizagem é dar

continuidade ao processo natural do ser humano em constantes transformações.

Aprende-se, pois, em qualquer espaço escolar, basta adequar as atividades aos

objetivos que se deseja atingir. O uso de espaços alternativos para se desenvolver o

trabalho com a Matemática não é uma cultura na prática pedagógica do professor

nem é um trabalho simples de se fazer, mas é possível de ser feito, principalmente

se o que se deseja é superar algumas das dificuldades encontradas no processo

ensino-aprendizagem.

Segundo Antunes (1999), os jogos são estratégias que podem contribuir

para acionar o aspecto cognitivo das crianças. Entretanto, essa estratégia, se não

bem monitorada, pode apenas se transformar em um momento de socialização, sem

a preocupação com a construção do conhecimento, apresentado apenas como uma

simples novidade. Todavia, Novak (1981) salienta a importância da afetividade no

ambiente escolar, onde a experiência emocional tenderá a ser mais produtiva

quando a instrução for planejada para aperfeiçoar a aprendizagem cognitiva e,

consequentemente, um positivo desenvolvimento afetivo é maior quando estão

presentes condições que favorecem o conhecimento cognitivo.

Ainda sobre jogos, Antunes (1999) pondera sobre a dosagem certa desses

estímulos, sem exageros. Vasconcelos (1999), por sua vez, alerta que a quantidade

excessiva desses incentivos pode recair no esvaziamento do conteúdo, perdendo-se

o foco principal.

Dentro da aprendizagem significativa, despertar o interesse do aluno a ter a

força de comando, realizar suas próprias experiências e descobertas, e reconhecer

o motivo de seu progresso brota como grande desafio às habilidades do professor e

nesse contexto é que os jogos passam a compor uma ferramenta ideal.

A aprendizagem significativa, segundo Ausubel (apud NOVAK 1981, p.9-10),

é um processo pelo qual uma nova informação se relaciona com um aspecto relevante

da estrutura do conhecimento do indivíduo, no qual os elementos mais específicos

são ligados e assimilados aos conceitos mais gerais, mais inclusivos. Ausubel baseia-

se na premissa de que existe uma estrutura cognitiva no aprendiz e, que, se essa

Page 19: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

16

estrutura apresenta clareza e relevância, é possível que novas informações possam

ser incorporadas, ampliando sucessivamente o nível de conhecimento.

É importante que, em seu planejamento, o professor selecione e programe

os conteúdos a serem ensinados, com o objetivo de estimular no aluno a interação

entre a nova informação e aquela já armazenada, o que poderá implicar na

aquisição do conhecimento com significados para o aprendiz. É importante criar as

condições para que as atividades tenham sentido, isto é, uma lógica interna para

que a criança tenha crescimento social e cognitivo.

Focalizando mais de perto a aprendizagem humana discorrida por Ausubel

(apud NOVAK, 1981), apresentaremos na sequência as ideias que podem promover

a ocorrência da aprendizagem significativa.

6.1 APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

A aprendizagem é um processo de modificação do conhecimento e, por isso,

Ausubel (apud NOVAK, 1981) considera a importância da interação entre os

conhecimentos prévios (conceitos subsunçores) existentes na estrutura cognitiva

dos alunos e os novos conhecimentos a serem aprendidos. Nesse tipo de

aprendizagem, um conjunto de células neurais sofre um processo ativo de

sinapses1, modificando-se. A base biológica da aprendizagem significativa envolve

mudanças no número ou no tipo de neurônios participantes, enquanto o fenômeno

psicológico assimila novas informações de conhecimento específico existente na

estrutura cognitiva do indivíduo.

6.2 APRENDIZAGEM MECÂNICA

Quando não é possível relacionar a nova informação com conceitos

preexistentes, pouca ou nenhuma interação ocorrerá na mente do aprendiz. Em

geral, envolve conceitos com teor de "novidade". Assim, os conceitos prévios

inexistentes na estrutura cognitiva do indivíduo necessitam ser aprendidas

mecanicamente.

1 Sinapses são as regiões de comunicação entre os neurônios. Sinapses nervosas são os pontos

onde as extremidades de neurônios vizinhos se encontram e o estímulo passa de um neurônio para o seguinte, por meio de mediadores físico-químicos, os neurotransmissore s.

Page 20: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

17

Os elementos de conhecimento aprendidos mecanicamente ficam

distribuídos de forma arbitrária na estrutura cognitiva, sem ligação conceitual.

Entretanto, algumas vezes, esse tipo de aprendizagem se faz necessário numa

determinada área do conhecimento, para levantar dados primários a respeito de

uma nova informação, ou como suporte para a aquisição dos próximos conceitos,

ainda que os mesmos sejam pouco elaborados.

6.3 APRENDIZAGEM MECÂNICA SIGNIFICATIVA

Ao aprendermos, é muito provável que o conhecimento não seja puramente

mecânico, uma vez que, de uma forma ou de outra, ele estará ligado a algum tipo de

conhecimento prévio, mesmo que seja básico ou elementar. Contudo, esse pequeno

saber nos auxiliará significativamente no processo de aprendizado. Podemos

exemplificar, por exemplo, um número de telefone que precisamos registrar na

memória: primeiramente, guardamos o código da operadora; em seguida, o código

da cidade e, por fim, o número desejado. Nesse contexto, também sabemos qual é a

operadora que iremos utilizar em função do preço da ligação e o código da cidade

para que possamos encontrar a pessoa desejada.

Portanto, o saber prévio dos números e também a que se referem os

códigos são quesitos fundamentais para o sucesso de uma ligação. Diante disso, um

dos papéis mais importantes do professor deve ser o de estimular os estudantes

para que tenham disposição em aprender e, dessa forma, para que o novo

conhecimento seja internalizado significativamente no construto cognitivo.

6.4 ÂNCORAS OU SUBSUNÇORES

Os conhecimentos mais gerais e inclusivos que existem na estrutura cognitiva

funcionam como um ancoradouro – âncoras ou subsunçores – no processo da

formação de conceitos. São conhecimentos prévios, que se integram às novas

informações se estas apresentarem significado para o aluno. Dessa relação, tanto o

produto da aprendizagem, quanto os pontos de ancoragem, modificam-se. Os

subsunçores ou organizadores prévios servirão de ponte estável para a aquisição do

novo conhecimento. Assim, o papel do subsunçor é o de interação, facilitando a

passagem de informações relevantes por meio das barreiras perceptivas do aluno e

Page 21: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

18

fornecendo a ligação necessária entre a informação recém-recebida e o conhecimento

previamente adquirido. É nesse processo que está o cerne da teoria da assimilação de

Ausubel.

Figura 1 – Esquema para a Aprendizagem Cognitiva Fonte: Adaptado de Novak (1981, p. 12).

6.5 PONTES COGNITIVAS

São elementos de ligação que permitem uma ponte entre os subsunçores

relevantes e o novo material a ser aprendido, facilitando a aprendizagem

subsequente, ou seja, a reconciliação integrativa.

Figura 2 – Ponte cognitiva (P.C.) Fonte: Adaptado de Novak (1981, p. 60)

Page 22: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

19

6.6 OCORRÊNCIAS PARA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

6.6.1 Aprendizagem receptiva

Para Ausubel, a aprendizagem receptiva envolve basicamente uma

associação simbólica primária, como, por exemplo, valores sonoros vocais a

caracteres linguísticos. Em geral, relaciona-se com mais frequência à natureza

subordinada de conceitos, em que a informação nova é assimilada pelo subsunçor,

passando a alterá-lo. Ausubel argumenta que a maior parte da aprendizagem

escolar é receptiva, na qual o aluno recebe as informações organizadas, as quais

são admitidas em sua estrutura cognitiva.

Segundo Ribas (2003), nesta aprendizagem o conteúdo a ser aprendido é

apresentado ao aluno como um conhecimento pronto e acabado, e do aluno exige-

se apenas as relações significativas desse conteúdo com os aspectos relevantes de

sua estrutura cognitiva. Espera-se que essa forma de conhecimento seja reavivada

em situações posteriores, conforme as necessidades de sua recordação.

6.6.2 Aprendizagem por descoberta

Na aprendizagem por descoberta o aprendiz recebe as informações

organizadas de forma a poder admiti-las em sua estrutura cognitiva. Esse tipo de

aprendizagem ocorre durante todo o processo educacional, embora seja mais

específico na aprendizagem escolar. Nesse sentido, o conteúdo a ser aprendido é

selecionado e adquirido pelo próprio aprendiz. Portanto, é necessário haver a

orientação e o direcionamento do professor, com o intuito de melhorar

significativamente a aprendizagem desenvolvida pelo aluno. Esse processo é

desenvolvido a partir da experimentação pessoal, isto é, do conhecer, do saber e do

agir.

Neste tipo de aprendizagem, o conhecimento daquilo que se quer ensinar é

orientado para uma descoberta involuntária pelo aluno, antes mesmo que possa ser

assimilado pela estrutura cognitiva.

Nesse sentido, tanto a aprendizagem receptiva quanto a aprendizagem por

descoberta não têm a obrigação de serem percebidas como algo imutável. Ribas

Page 23: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

20

(2003) enfatiza que cada uma pode estar localizada sobre uma base automática −

significativa ou receptiva.

6.7 DIFERENCIAÇÃO PROGRESSIVA

Do ponto de vista de Ausubel (apud NOVAK, 1981, p. 66),

[...] o desenvolvimento de conceitos ocorre da melhor maneira quando os elementos mais gerais, mais inclusivos, de um conceito são introduzidos em primeiro lugar e, então, o conceito é progressivamente diferenciado em termos de detalhes e especificidade.

Assim, determinar quais são os conceitos mais abrangentes não é uma

tarefa fácil, uma vez que requer um bom planejamento de currículo e a descoberta

das relações entre esses conceitos, que servirão para diferenciar questões gerais e

superordenadas ou questões específicas e subordinadas.

À medida que a aprendizagem começa a ser significativa, essa assimilação

ou âncoras vão tornando-se mais elaboradas e capazes de ancorar novas

informações. A questão central é que a aprendizagem eficiente de conceitos requer

a explicação de relações entre conceitos e, progressivamente, um valor

desenvolvido dos conceitos mais relevantes. Quando o professor promove as

experiências de aprendizagem necessárias à diferenciação conceitual progressiva,

essa acontece espontaneamente.

6.8 APRENDIZAGEM SUPERORDENADA

A partir de questões mais amplas e de sua articulação com outros saberes,

os conceitos são internalizados, tornando-se mais inclusivos. Nesse caso, pode-se

dizer que houve a ocorrência da aprendizagem superordenada.

6.9 APRENDIZAGEM SUBORDINADA

Quando a informação nova é ampla demais para ser assimilada por qualquer

subsunçor existente no construto cognitivo, sendo mais abrangente que este, então

a nova informação fica submetida às âncoras existentes, passando a alterá-las.

Page 24: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

21

Figura 3 – Hierarquia conceitual para aprendizagem Fonte: Adaptado de Novak (1981, p. 67)

6.10 ASSIMILAÇÃO DE CONCEITOS

A assimilação de conceitos é a característica pela qual adolescentes ou

adultos, de modo não-espontâneo (sem a necessidade da exemplificação), em um

Page 25: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

22

nível mais alto de abstração, adquirem novos conceitos pela recepção, em um

processo ativo de interação entre as ideias âncoras (pontes ou organizadores

prévios) presentes na estrutura cognitiva e a relação com os atributos criteriais do

novo conceito. Trata-se de um processo de derivação, no qual o surgimento

fenomenológico do novo significado na aprendizagem resulta em um produto mais

elaborado e de maior qualidade.

Reciprocamente, independentemente da relevância do material a ser

aprendido, há necessidade de que o aprendiz manifeste uma disposição de

relacionar o novo material de maneira substantiva (não literal) e não arbitrária à sua

estrutura cognitiva, para que o produto da aprendizagem compreenda a posse de

significados claros, precisos, diferenciados e transferíveis. Retoma-se, assim, o

processo de assimilação, no qual os conceitos mais amplos, bem estabelecidos e

diferenciados reduzem-se progressivamente a um novo conhecimento, menos

dissociável da estrutura cognitiva do aprendiz, e dá início a outro estágio.

6.11 ASSIMILAÇÃO OBLITERADORA

O estágio denominado assimilação obliteradora contempla organizadores

prévios modificados e mais estáveis. Esses estágios de assimilação compõem a

subsunção subordinada, que se dá quando um material é assimilado por outro mais

inclusivo ou geral. O material assimilado pode ser ilustrativo de um exemplo

específico – subsunção derivativa – ou quando o material é uma extensão ou uma

nova elaboração – subsunção correlativa. Tais estágios conduzem à ‘diferenciação

progressiva’ do conceito proposto, em concordância com a hierarquia mental e

natural do ser humano.

6.12 RECONCILIAÇÃO INTEGRATIVA

Na aprendizagem superordenada, acontece a exploração de relações entre

ideias, com o apontamento das similaridades e das diferenças significativas em

elementos já existentes na estrutura cognitiva, podendo ser reorganizados

dinamicamente. Essa reorganização mental denomina-se reconciliação integrativa.

Novak (1981) argumenta sobre a importância da reconciliação integrativa

entre os níveis de conhecimentos. Para o autor, a associação bidimensional das

Page 26: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

23

informações, isto é, a relação entre as ideias originais e as mais específicas,

apontando as semelhanças, as diferenças e reconciliando contradições reais ou

aparentes, são diagramas que podem ser chamados de ‘mapas conceituais`.

Segundo Moreira e Masini (1982, p. 97), a diferenciação progressiva e a

reconciliação integrativa são, portanto, processos que resultam e ocorrem

simultaneamente com a aprendizagem significativa, bem caracterizando a

dinamicidade da proposição ausubeliana.

Portanto, as interações entre os antigos e novos significados são dinâmicas

e geram as hierarquias conceituais na aquisição dos conhecimentos. Para

exemplificar essas hierarquias conceituais, salientamos a importância dos mapas

conceituais como meio representacional de referência.

6.13 MAPAS CONCEITUAIS

Novak (1981) desenvolveu os mapas conceituais na década de 70 para

serem utilizados como ferramentas de organização e representação do

conhecimento. Essa ferramenta gráfica posiciona uma questão central e suas

subordinações, podendo funcionar como instrumento avaliador do processo de

ensino e aprendizagem. Existem softwares livres para elaborar mapas conceituais

na facilitação da interpretação e validação de um processo.

A teoria que está por trás do mapeamento conceitual é a teoria cognitiva de

aprendizagem, de Ausubel (AUSUBEL et al., 1978, 1980; MOREIRA e MASINI,

1982; MOREIRA, 1983). Trata-se, no entanto, de uma técnica desenvolvida em

meados da década de 70 por Novak e seus colaboradores, na Universidade de

Cornell, nos Estados Unidos. Na verdade, Ausubel nunca falou de mapas

conceituais em sua teoria.

A seguir, as figuras ilustram esse pensamento:

Page 27: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

24

Figura 4 − Mapa Conceitual – Números Inteiros Relativos. Fonte: A autora

Page 28: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

25

A utilização de mapas conceituais tem se mostrado como um importante

instrumento que, além de fornecer ao professor diferentes informações, permite que

os alunos relacionem conceitos distintos, de forma interdisciplinar, além de auxiliar

na formação de argumentações, pois amplia a visão que eles têm sobre diferentes

temas.

6.14 TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E SUAS APLICAÇÕES

A teoria de aprendizagem humana de Ausubel tem valor heurístico2, não

apenas sobre os mecanismos que determinam a aprendizagem em sala de aula,

mas também para orientar o desenvolvimento do currículo e do planejamento

escolar, bem como para direcionar o processo avaliativo. Se a aprendizagem deve

ser significativa, o novo conhecimento a ser aprendido deve ter relevantes conceitos-

âncoras disponíveis na estrutura cognitiva do aprendiz. Como há uma série enorme

de informações a ser aprendida, em qualquer disciplina, é importante que o

professor selecione criteriosamente os conteúdos a serem ensinados, facilitando,

assim, o papel dos conceitos como ancoradouro, com ênfase adicional na

diferenciação progressiva, na aprendizagem superordenada e na reconciliação

integrativa.

Vale ressaltar, porém, que a principal função desse novo aparato

educacional não deve ser a de ensinar, mas, sim, a de criar condições de

aprendizagem, em que o professor deve deixar de ser o repassador do

conhecimento e tornar-se o criador de ambientes de aprendizagem e o facilitador do

processo de desenvolvimento intelectual do aluno.

Diante disso, a tarefa central do professor é a de saber sistematizar a

informação recolhida, organizar os tempos e os espaços adequados, tendo sempre

presente os interesses, as motivações, as dificuldades e as potencialidades

intelectuais dos alunos.

Dessa forma, na organização e seleção das atividades que serão propostas

aos alunos durante a intervenção na escola, por meio do referido projeto,

pretendemos utilizar os diferentes recursos tecnológicos a partir das orientações

contidas nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008), bem como

2 Método de ensino que consiste em que o educando chegue à verdade por seus próprios meios.

Page 29: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

26

aproximar as diferentes linguagens, com o intuito de tornar a aprendizagem dos

alunos significativa e transformadora.

Partindo do entendimento de que a prática pedagógica do professor de

Matemática precisa voltar o olhar e desatar os nós presentes no dia a dia da sala de

aula, é que nesta proposta de intervenção procuramos nos fundamentar nos estudos

feitos por Ausubel, que em seus príncipios procura diferenciar medida e avaliação,

as quais são as balizadoras de um processo de aprendizagem significativa. Ainda,

buscamos evidenciar a importância de se vigiar a aprendizagem e dectar as falhas

ocorridas no processo.

O instrumento da avaliação deve medir a compreensão dos conceitos

fundamentais dos números inteiros relativos, testar indiretamente o conhecimento de

uma aprendizagem prévia, medir a organização, coesão e integração do

conhecimento do estudante e avaliar se o produto da aprendizagem correspondeu

aos objetivos propostos ou não. Portanto, a avaliação mede tanto o ensino e sua

qualidade, quanto o produto significativo do conhecimento assimilado.

Todo educador matemático precisa preocupar-se com as questões que

envolvem o processo do ensino e da aprendizagem, tais como: planejar com rigor,

desenvolver com conhecimento e afetuosidade e avaliar constantemente os

resultados, de forma a efetivar a aprendizagem significativa.

Sobre a especificidade do ensino e da aprendizagem de matemática,

respaldamo-nos na fundamentação apregoada nas Diretrizes Curriculares da

Educação Básica do Estado do Paraná (2008), em que o conhecimento da

Matemática é um campo em desenvolvimento progressivo, sob uma visão histórica e

crítica, apresentando, discutindo, construindo e reconstruindo os conceitos, cuja

influência é muito exercida na formação do pensamento do aluno. Nessa direção, há

abertura para um discurso matemático voltado ao conhecimento e a sua relevância

no contexto social.

7 CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO

Os critérios utilizados para avaliar, assim como todo o processo de ensino,

necessita de uma revisão crítica e apurada. Portanto, avaliar efetivamente o aluno

que constrói o seu saber matemático, considerando, segundo Souza e Spinelli

Page 30: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

27

(2002), as diferentes etapas, como leitura, discussão, verbalização, resolução de

situações-problema, sintetização, redação, até chegar ao nível da compreensão

significativa, necessita de uma proposta de avaliação bastante ampla, com

monitoramento sucessivo de valorização do progresso do aluno e respeito ao seu

ritmo de aprendizagem.

Consideramos a tarefa de avaliar uma das mais difíceis de serem

executadas; contudo, é imprescindível a adoção de procedimentos pedagógicos que

permitam tornar essa ação tão importante no exercício constante de diagnosticar e

reavaliar ações deficientes no percurso do processo ensino e aprendizagem.

É importante considerar todos os momentos da construção do conhecimento

para o processo avaliativo, pois eles permitem a verificação das diferentes posturas

apresentadas pelo aprendiz, sob as quais seu desempenho tende a evoluir e as

ações diferenciadas podem revelar as tendências que melhor se adaptam

particularmente ao aluno, bem como ao processo. Além disso, o aluno tende a

sentir-se mais seguro ao entender que seu desenvolvimento cognitivo será avaliado

na medida em que a maturação para novas informações se efetiva.

Não se desprezam, no processo de assimilação e diferenciação progressiva

do conhecimento, as questões formais objetivas e subjetivas, as quais serão parte

relevante e indispensável do processo avaliativo, mas não constituirão o acesso

único de verificação, oportunizando, assim, diferentes tempos e formas de apuração

do quê e como avaliar.

8 CONSIDERAÇÕES

A partir do processo global de ensino e aprendizagem sobre números

inteiros relativos e, ainda, levando-se em conta a importância do processo avaliativo,

pontuamos as seguintes orientações:

1. Dispor de materiais de apoio de leitura e vídeo como fonte de

enriquecimento para o tema proposto.

2. Apresentar a origem dos números por meio da história da Matemática.

As pesquisas acerca da história da matemática, reescrita pelo aluno,

além de fazer sentido ao estudo de cada tema, poderão promover o

entendimento do conceito a ser atingido, tendo em vista que oferecem

Page 31: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

28

suporte teórico, o que diminui a distância entre a origem e o estudo do

tema a ser abordado.

3. As leituras, discussões e verbalizações podem ser bons instrumentos de

superação do aluno, caso haja, através delas, algum acréscimo ao

conhecimento prévio do aprendiz.

4. A apresentação de situações-problemas poderá ser desdobrada em

pequenas etapas de entendimento e evolução do aluno, individualmente

ou no coletivo.

5. A solicitação de recriar outras situações semelhantes àquelas já

consideradas pode revelar se a nova informação está mais elaborada e

compreendida pelo aprendiz.

6. Os jogos pedagógicos, tanto manipuláveis quanto virtuais, podem servir

de instrumentos avaliadores. Os momentos lúdicos estimulam a

participação de alunos que, em outras situações, se veem inseguros,

revelando também a socialização, o desenvolvimento de raciocínio, a

atenção e a capacidade de sequenciar o pensamento.

7. Aproveitar cada espaço da escola para a promoção da aprendizagem.

Aprende-se, pois, em qualquer espaço escolar; para tanto, basta

adequar as atividades aos objetivos que se deseja atingir e usar espaços

alternativos para se desenvolver o trabalho com a Matemática. Em sua

maioria, as práticas pedagógicas não permeiam a cultura de sair para

outros espaços do âmbito escolar, uma vez que não se trata de um

trabalho simples de se fazer, mas é possível de ser feito, principalmente

se o que se deseja é superar algumas dificuldades encontradas no

processo ensino e aprendizagem.

8. Atividades - “Desafios e Curiosidades” também podem contribuir para o

processo avaliativo.

9. A confecção de mapas conceituais poderá revelar-se como método

avaliativo, se compartilhado com o aluno, dando-lhe uma perspectiva

das conexões existentes entre o tema proposto e a sua

interdisciplinaridade.

10. Construir um dicionário matemático é uma estratégia avaliativa. A

nomenclatura matemática muitas vezes se torna um entrave para o

Page 32: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

29

aprendizado, e a sua construção diária, com a participação do aluno,

pode ser um facilitador no desenvolvimento significativo do processo.

9 PROPOSTA DE ATIVIDADES DIDÁTICAS – NÚMEROS INTEIROS

De acordo com as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica do Estado

do Paraná (2008), os conteúdos estruturantes são referências que permitem aos

professores orientar e dar certa uniformidade aos conteúdos específicos de

Matemática, ofertados aos diferentes níveis e modalidades de ensino. Contudo, o

trabalho na sala de aula se dará de modo articulado, no estabelecimento das

relações entre esses conteúdos e os contextos históricos, sociais e culturais,

tornando o estudo da Matemática significativo para o aluno.

Dentre o conteúdo estruturante Números, Operações e Álgebra, articulam-se

desdobramentos, como é o caso do Conjunto dos Números Inteiros Relativos.

Especificamos, a partir de agora, as atividades didáticas que estruturam o

caminho histórico realizado pelos homens para o estudo dos números, a

necessidade de seus símbolos, a sua representação.

Nessa Unidade Didática, as atividades pretendem direcionar a ideia de

número negativo, considerados como quantidades reais apenas a partir do século

XIX. Para o estudo do Conjunto dos Números Inteiros Relativos, se faz necessário o

conhecimento prévio do aprendiz acerca do Conjunto dos Números Naturais e, a

partir desse conhecimento, é possível realizar a sua extensão.

9.1 PROPOSTA 1 − QUADROS DE HISTÓRIA: ONTEM E HOJE.

Objetivos

Para o professor

• Identificar os conhecimentos prévios do aluno acerca da origem histórica

dos números, por meio de seus relatos;

Page 33: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

30

• Analisar, por meio da produção dos alunos, o seu entendimento a respeito

da construção dos números naturais e da necessidade da criação dos

números negativos;

• Discutir com o aluno sobre a origem e utilização dos números negativos,

por meio da história.

Para o aluno

• Reconhecer os significados sobre números negativos, por meio da leitura

do texto de apoio;

• Socializar os conhecimentos com os colegas da classe;

• Representar seus conhecimentos em relação aos números negativos, por

meio de diferentes formas (texto, gráficos, mapas conceituais, história em

quadrinhos e outros).

Justificativa

A história da Matemática apresenta muitos fatos curiosos que podem

despertar o interesse do aluno. Reavivar esses fatos é uma maneira de inserir o

aluno como participe do contexto histórico.

A Matemática como ciência faz parte da construção humana, e a

apresentação da origem e aceitação dos números negativos, como um

acontecimento que ocorreu de forma lenta, devido à necessidade do registro de

quantidades de falta, dívidas, valores abaixo de zero, poderá orientar tanto o

entendimento desses números quanto a produção de seu conhecimento.

Ao priorizar a produção do conhecimento pelo pensar e agir do aluno, o

professor tem o papel de orientador e facilitador do processo de aprendizagem.

Estratégias de ação e recursos disponibilizados

Comentário Pedagógico

1º. Momento: Solicitar que os alunos resgatem e apontem situações que

apresentam números negativos.

Page 34: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

31

2º. Momento: Após a apresentação inicial dos apontamentos dos alunos

sobre o resgate efetuado, pedir que, em duplas, os alunos registrem em

papel sulfite as ideias, em pequenos quadros interligados, para a

formação de um mapa conceitual, sem a exigência das formalidades

desse registro.

3º. Momento: Fixar esses registros em um mural, disponibilizando a todos

os participantes o conhecimento prévio dos números negativos presentes

no grupo maior.

4º. Momento: No laboratório de informática, apresentar a origem dos

números, por meio dos quadros da história. Esse momento de interação

propicia ao professor um levantamento dos conhecimentos prévios que

os alunos possuem acerca da construção histórica da ciência

Matemática.

Figura 5.1 − Quadro de história com a apresentação da origem dos números. Fonte: A autora

Page 35: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

32

Figura 5.2 − Quadros de história com a apresentação da origem dos números Fonte: A autora

5º Momento: Permitir uma leitura pessoal e silenciosa. Em seguida, solicitar

a leitura socializada, na qual cada aluno lê um trecho da história,

apresentada pelo texto de apoio.

6º Momento: Propiciar, em cada tópico de leitura, a apresentação de novos

conhecimentos, significados, interpretações.

7º Momento: Por meio de uma discussão coletiva sobre os novos

conhecimentos, procurar sua integração aos conhecimentos já

armazenados na estrutura cognitiva dos alunos, sobre a origem histórica

dos números.

8º Momento: Na busca de conhecer o entendimento dos alunos sobre o

tema proposto, solicitar o registro da diferenciação e integração dos

conhecimentos da forma que acharem conveniente, ou seja, por meio de

uma história, desenhos, quadrinhos, tabelas, etc.

9° Momento: Recolher os textos e, posteriormente, apresentá-los na TV

pendrive, com vistas à socialização do conhecimento.

Page 36: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

33

10°Momento: Construir um dicionário matemático com as palavras novas

que surgiram durante as leituras e o desenvolvimento das atividades.

9.2 PROPOSTA 2 − A MATEMÁTICA E O COTIDIANO

Objetivos Para o professor

• Desenvolver o estudo sobre o Conjunto dos Números Inteiros Relativos

de forma contextualizada;

• Resgatar as situações cotidianas em que seja necessária a utilização

dos números inteiros negativos.

Para o aluno

• Destacar situações cotidianas com números negativos que se

apresentaram nos quadros da história dos números negativos;

• Estabelecer relações entre a Matemática e as outras áreas do

conhecimento;

• Relacionar os números inteiros relativos com situações do seu dia a dia;

• Comparar números inteiros com auxílio da reta numérica.

Justificativa

A leitura e interpretação de textos escritos contribuem para o

desenvolvimento da atenção, concentração, interesse, domínio da língua materna e

especialmente demonstram a utilização dos números negativos em diversas

situações, presentes no cotidiano do aluno.

Estratégias de ação e recursos disponibilizados

A partir do resgate das situações levantadas na atividade anterior, em que

os números são acrescidos dos sinais de mais (+) ou menos (-), desenvolver essa

atividade, utilizando-se do texto de apoio com destaque para as temperaturas

inteiras negativas.

Page 37: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

34

Considerações A Matemática relaciona o conhecimento científico com situações vivenciadas

pelos sujeitos no cotidiano. Essas situações são objetos de estudo e investigação

das comunidades científicas, e os resultados desses estudos produzem a evolução

histórica e permanente dessa ciência. Há uma estreita relação entre a Matemática e

as outras ciências, que buscam nos fundamentos matemáticos explicações práticas

para suas teorias. (NOÉ. Disponível em: http://www.brasilescola.com/matematica/)

Observação: Em todas as atividades, será proposta a utilização de um

dicionário matemático, para garantir melhor compreensão dos termos específicos da

área, pois muitas vezes o aluno apresenta dificuldades por não entender o

significado das palavras dispostas nos exercícios e nas situações – problemas.

1º. Momento:

Comentário Pedagógico

Visando o aspecto interdisciplinar entre a Matemática e as outras áreas do

conhecimento, distribuir o texto de apoio aos alunos e propor a leitura da poesia "O

sorvete".

O sorvete

Feito de poesia... Que sabor ele tem?

Não sei, tem sabor de poesia, oras! Um sorvete de poesia, por favor!

Por quê? Ué, porque eu gosto do sabor da poesia, simples. É, é um sabor muito bom...

Ele esquenta, ele refresca, ele areja, ele aproxima... Ele faz acontecer.

Sim, o sorvete... Ah! E a poesia também. Meninos gostam de sorvete.

Adultos também. Principalmente os “adultos-meninos”, esse s são os que mais

gostam. Por quê?

Por que eles são meio “bobões”... E os bobões, que de bobões não têm nada, sabem muito bem

aproveitar o sabor... Dos sorvetes, de poesias...

É... dos sorvetes de poesias. Rodyz

(OLIVEIRA, 2009)

Figura 6 − Poesia "O sorvete" Fonte: Oliveira (2009)

Page 38: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

35

2º. Momento: Após um tempo de leitura individual, incentivar que um

voluntário faça a leitura da poesia em voz alta. Caso haja recusa, então o

próprio professor realiza a leitura.

3º. Momento: Depois da leitura, abrir um breve momento de discussão a

respeito do gosto e da importância da leitura, como um hábito saudável

de aprendizagem.

4º. Momento: Em seguida, fazer questionamentos para desafiar os alunos,

deixando em aberto a resposta para o momento final da atividade:

− Quem veio primeiro: o sorvete ou a geladeira?

− Alguém sabe como e onde surgiu o sorvete?

5° Momento: Solicitar que os pares de alunos troquem ideias. Enquanto

isso, o professor distribuirá um texto de apoio sobre a origem do sorvete e

recortes de papel, nos quais estarão descritas as respostas de novas

perguntas que serão formuladas.

6º Momento: Solicitar aos alunos que, silenciosamente, façam a leitura e a

interpretação do texto e numerem os recortes de papel contendo as

respostas.

7° Momento: Por meio da TV Pendrive, apresentar as questões para a

turma e solicitar aos alunos que apresentem a resposta. No caso de haver

discordância nas respostas, colocar em discussão qual seria a resposta

mais adequada. Somente após o consenso do coletivo é que se

apresentam as respostas definitivas.

1º. Pergunta: Há muitos relatos sobre a produção dos primeiros modelos do sorvete

que hoje saboreamos. Porém, a história dessa delícia tem uma origem

aproximada:

É provável que o sorvete tenha surgido na China há cerca de 3.000 anos

Page 39: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

36

Sugestão: Esse é um momento importante para o professor apresentar aos

alunos o mapa Mundi, com a localização da China. Enquanto a atividade está sendo

desenvolvida, apresentar os outros lugares descritos, proporcionando, assim, um

resgate geográfico.

2º. Pergunta: Como eram os modelos dos primeiros sorvetes surgidos na culinária?

No início, ele era mais parecido com a atual raspadinha, não levava leite e geralmente era feito com neve, suco de frutas e mel.

Sugestão: Explicar sobre raspadinha vendida nas praias.

Aproveitar o assunto para tratar do valor nutritivo do sorvete, descrevendo os

seus componentes. Acrescentar que esse alimento faz parte das refeições utilizadas

em hospitais, especialmente para pacientes em tratamento de câncer, pois os

mesmos têm dificuldades de ingerir outros alimentos.

3º. Pergunta: Apesar de estar cercada de lendas e muitas controvérsias, sabe-se

que a história do sorvete tem uma forte ligação com a evolução das técnicas de

refrigeração, devido à necessidade do momento. Porém, há indícios que um povo

descobriu a técnica de conservar o gelo. Quem pode ter feito isso? Há quanto

tempo?

Em 1100 a.C., os chineses já sabiam como conservar o gelo formado naturalmente no inverno para usá-lo durante o verão.

4º. Pergunta: Os cozinheiros, para servirem sorvetes, outras sobremesas e bebidas

geladinhas em dias de calor, dependiam de suprimentos naturais de gelo,

retirados de lagos e rios durante o inverno ou do alto das montanhas. Como eles

faziam isso?

Para que fosse conservado, o gelo era armazenado em depósitos subterrâneos revestidos com materiais isolantes, como madeira, e coberto com serragem.

Desde que houvesse um sistema adequado para o escoamento da água, o gelo podia ser guardado dessa forma por meses ou até anos!

Page 40: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

37

5º. Pergunta: Por volta do século XIII, outra descoberta importante sobre a

refrigeração permitiu o aperfeiçoamento da produção de sorvete. Que

descoberta foi essa?

A adição de sal ao gelo provocava uma reação química que baixava a temperatura da mistura para menos de 0ºC. A partir de então, era só pôr os ingredientes já batidos num recipiente de metal e colocá-lo dentro de outro

recipiente maior, de madeira, com a mistura de sal e gelo, que o sorvete congelava bem mais rápido!

Sugestão: Aproveitar esse momento para reavivar os conhecimentos dos

alunos acerca do sistema de numeração romana.

6º. Pergunta: Nessa época, no entanto, o sorvete ainda estava longe de ter a

textura suave que conhecemos hoje, e também não levava leite nem ovos.

Segundo os indícios históricos, quando aconteceu isso?

Só em meados do século XVII, provavelmente na Itália, os novos ingredientes foram incorporados à receita.

7º. Pergunta: Qual foi a data de criação do refrigerador?

A criação do refrigerador mecânico aconteceu no final do século XIX, em 1856, pelo austríaco James Harrison

Disponível em: www.invivo.fiocruz.br

Curiosidade: Foi somente em meados do Século XVII que o sorvete passou a ser feito sem o auxílio da neve; com a descoberta de que o sal pode abaixar a temperatura de fusão da água, o advento da fabricação do sorvete surgiu. Já por volta de 1800, vários restaurantes e cafés da Europa, principalmente na França, passaram a oferecer sorvetes no seu menu. E, em 1851, a primeira

fábrica de sorvete, em Baltimore, foi fundada. Poucos anos depois, a refrigeração mecânica (os freezers) foram introduzidos, e sorveterias se

proliferaram pelo mundo inteiro.

Page 41: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

38

8º. Pergunta: Que temperatura apresenta os refrigeradores atuais?

E no congelador, qual será a temperatura?

Os refrigeradores atuais armazenam os alimentos a uma temperatura que vai desde 3ºC até 5ºC. Os congeladores mantêm uma temperatura por volta

de -18ºC.

Disponível em: http://www.mundofisico.joinville.udesc.br/index.php?idSecao=8&idSubSecao=&idTexto=199

9º. Pergunta: Qual a menor temperatura atingida pelos freezers atuais?

O freezer pode chegar a -18 graus Centígrados

Disponível em: http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080923160537AAvtoiw

Figura 7 – Fotografia da temperatura do freezer a -18o Fonte: A autora

10º.Pergunta: Quem veio primeiro: o sorvete ou a geladeira?

Após um detalhamento das questões, os alunos provavelmente poderão

responder com segurança a questão proposta.

8º. Momento: O professor faz, de forma coletiva um resgate das respostas

coladas no texto de apoio.

9º. Momento: Dando continuidade à atividade proposta, mostrar aos alunos

que nas respostas surgiram números que apresentam sinais diante de

si. Como por exemplo, a temperatura do freezer.

Page 42: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

39

E dá continuidade aos questionamentos:

Muitos de vocês ainda possuem tiras de respostas que ainda não foram

utilizadas.

Pois bem, que outras situações em que o sinal de menos aparece diante dos

números?

Maria estacionou seu carro no subsolo, cuja tecla do elevador descrevia -3. Isto é, três andares abaixo do térreo, que é considerado zero (0).

Em São Joaquim (RS), a temperatura chegou a 5°Celsius negativos ou -5°C. Isto é, cinco graus abaixo de zero.

João está com o saldo bancário devedor em R$ 380,00. Isto é, o saldo de João é de –R$380,00.

Os oceanos podem atingir uma profundidade média de 3890 metros, isto é, o fundo do oceano pode chegar a -3890m abaixo do nível do mar, que é de

zero metros.

Em 1100 a.C., os chineses já sabiam como conservar o gelo formado naturalmente no inverno para usá-lo durante o verão, isto é, -1100 anos,

pois historicamente a data do nascimento de Cristo é considerado ano zero, e antes disso as datas são negativas.

Portanto, números maiores que o zero são considerados números positivos,

fazem parte de números naturais, que já conhecemos e utilizamos, e podem ser

escritos com ou sem o sinal de mais (+).

O zero é a origem do conjunto dos números positivos e dos números

negativos.

Os números negativos são todos aqueles menores que zero e apresentam o

sinal de menos (-), que deve vir diante desses números.

A reunião de todos os números positivos e negativos, incluindo o zero, forma

o conjunto dos números inteiros relativos, representado pela letra .

= {... -5,-4,-3,-2,-1,0,+1,+2,+3,+4,+5,...}

Page 43: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

40

Curiosidade

Existem algumas possibilidades para explicar a letra no conjunto dos

números inteiros relativos:

1. Dizem que a letra é a inicial do sobrenome do matemático Ernest Zermello,

que viveu no século XIX e se dedicou ao estudo dos conjuntos numéricos.

2. vem do alemão Zahlen, que significa números, algarismos.

3. O símbolo provém do alemão Zahl, que remete a números contáveis,

originado na concepção da Teoria dos Conjuntos.

Comentário Pedagógico

Com uma reta numérica manipulável e em tamanho visível a todos os

alunos, observar o valor posicional dos números inteiros.

Permitir que os alunos observem como são posicionados os números

inteiros e solicitar que alguns arrastem o marcador para direita e para esquerda, na

intenção de demonstrar a simetria entre eles, a partir da contagem de suas

unidades.

Observação: Pode-se também afixar na sala de aula um cordão com alguns

números inteiros, negativos, positivos e o zero, para facilitar a aquisição de seus

posicionamentos.

Construir um dicionário matemático com as palavras novas que surgiram

durante as leituras e desenvolvimento das atividades.

9.3 PROPOSTA 3 − HORA LIGHT: MATEMÁTICA EM AÇÃO

Objetivos

Para o professor

• Utilizar novos espaços do ambiente escolar, tornando mais agradável o

momento do estudo;

Page 44: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

41

• Estimular a afetividade através da partilha de ideias, utilizando o recurso

dos jogos.

Para o aluno

• Resolver atividades que envolvam o desenvolvimento do raciocínio lógico;

• Identificar números opostos a partir de um jogo;

• Conceituar números opostos;

• Buscar regularidades matemáticas no conjunto dos números inteiros por

meio do material lúdico.

Justificativa

O jogo é uma metodologia que proporciona prazer e concentração.

Enquanto brincam, os alunos podem aprender de forma prazerosa.

A orientação e mediação do professor devem ser constantes. Os registros

darão a oportunidade de retomadas posteriores importantes.

Estratégias de ação e recursos utilizados

Comentário pedagógico

O professor apresenta a atividade que será desenvolvida, descreve as

regras e disponibiliza um determinado período de tempo para que os alunos se

familiarizem com o recurso. A presença do professor é muito importante como

mediador das dúvidas e de conflitos que possam surgir nesse tipo de atividade.

Na etapa seguinte, num espaço mais aberto da escola, propor que os

alunos, em duplas, brinquem com os números positivos e negativos, utilizando-se de

um jogo de cartas.

Page 45: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

42

Jogo: “Encontre os Opostos”

(Disponível em: http://www.pedagogia.com.br/atividade.php?id=37. Acesso em: 04 mar. 2010.) Objetivo do jogo

Despertar no aluno a importância dos números inteiros, em especial os

números opostos, pela sua característica de que quando somados resultam em

zero.

Material

20 fichas com os números inteiros de -10 a -1 e de 1 a 10.

Figura 8 – Fichas numeradas do jogo Fonte: Atividade adaptada: Disponível em: http://www.pedagogia.com.br/atividade.php?id=37. Acesso 04 mar. 2010.

Procedimento

• O jogo é disputado em duplas.

• Posicione as 20 fichas viradas para baixo sobre uma mesa ou carteira.

• Os alunos decidem quem começa através da estratégia par ou ímpar.

• O jogador vira duas cartas. Se os números forem opostos, ele ganha o

par e tem direito a mais uma jogada; caso contrário, ele vira as cartas

novamente para baixo e passa a vez para o outro jogador.

• Ao terminarem as cartas na mesa, o vencedor é o jogador que tem mais

pares de números opostos.

Page 46: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

43

Considerações

Após fornecer as instruções do jogo, permitir que os alunos brinquem à

vontade, pois isso oportunizará a socialização entre os mesmos e possibilitará que

descubram o procedimento.

Passado um determinado período de tempo para observações, o professor

deve solicitar que cada dupla coloque no papel as curiosidades, os acertos, os erros

e as situações que se repetiram.

A seguir, registrar no quadro de giz, algumas jogadas realizadas pelos

alunos, discutindo questões sobre os números opostos. Esse é um momento

importante para que os próprios alunos reelaborem o conhecimento acerca dos

números simétricos, as regularidades ocorridas e algumas curiosidades observadas

no jogo.

É importante também observar se o recurso lúdico proporcionou momentos

de afetividade e como isso interferiu na produção dos conhecimentos.

Construir um dicionário matemático com as palavras novas que surgiram

durante as leituras e desenvolvimento das atividades.

9.4 PROPOSTA 4 − VISÃO GEOMÉTRICA - A RETA NUMÉRICA.

Objetivos

Para o professor

• Apresentar a reta numérica como recurso didático;

• Propor situações cotidianas que envolvam os números negativos e suas

operações.

Para o aluno

• Utilizar a reta numérica para o estudo dos números inteiros;

• Realizar as operações de adição e subtração com os números inteiros,

tendo por base a reta numérica representativa das temperaturas

destacadas do texto de apoio;

Page 47: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

44

• Resolver situações-problemas que envolvam os números inteiros

relativos.

Justificativa

Segundo Caraça (1970), por meio da representação geométrica, pode-se

justificar a regra de sinais na adição/subtração (grifo do autor). Assim, a

representação bidimensional demonstra geometricamente duas retas orientadas,

sendo o ponto (0,0) um par de referência, considerado origem dos eixos cartesianos.

O eixo horizontal, com uma direção e dois sentidos: de 0 (zero) para a direita, onde

são posicionados os valores positivos e de 0 (zero) para a esquerda, onde são

considerados os valores negativos. O eixo vertical também apresenta uma direção e

dois sentidos: de 0 (zero) para cima são posicionados os valores positivos e de 0

(zero) para baixo os valores negativos.

Figura 9 – Eixos orientados, com indicação de alguns valores inteiros. Fonte: A autora

O recurso bidimensional dos eixos cartesianos associa a concepção de

sentido de percurso com a ideia geométrica da imagem ou simétrico de um objeto,

no caso um valor numérico:

• Eixo Horizontal: positivo à direita (sentido leste) e negativo (no sentido

oeste) à esquerda.

Page 48: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

45

• Eixo Vertical: positivo acima (sentido norte) ou negativo abaixo (sentido

sul) do ponto zero.

Estratégias de ação e recursos disponibilizados

Comentário Pedagógico

1º. Momento: O professor afixará no quadro de giz uma reta numérica

visível a todos e fará algumas atividades para o entendimento do aluno

em relação à manipulação da mesma.

Figura 10 – Reta numerada com marcadores manipuláveis. Fonte: A autora

2º. Momento: Cada dupla receberá um texto de apoio e uma reta

numérica manipulável para resolver as situações propostas, enquanto

o professor circula pela sala de aula e anota comentários falados pelos

alunos, para posterior discussão em conjunto.

3º. Momento: São apresentadas as questões:

1) No prédio onde mora a avó de Armando, há 10 andares e 2 subsolos. No

painel do elevador aparecem números negativos, positivos e o zero. A garagem

usada pela avó de Armando fica no segundo subsolo.

a) Como o painel do elevador indica o andar térreo?

b) O primeiro subsolo é indicado por -1. Qual é a indicação do segundo

subsolo?

c) Armando e Inês desceram pelo elevador até a garagem do prédio, no

segundo subsolo, e foram pelas escadas para o apartamento da avó,

que fica no quinto andar. Quantos andares eles tiveram que subir?

Page 49: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

46

d) Quantos andares eles teriam de descer se fossem do décimo andar

para o segundo subsolo? (Matemática: Souza e Spinelli).

4º. Momento: O professor distribui aos alunos um recorte de jornal, contendo

situações que despertam sua curiosidade sobre os números apresentados

na reportagem.

5º. Momento: Permitir uma leitura silenciosa.

Texto de apoio

Apresentamos abaixo o recorte de uma manchete do jornal “DE OLHO NO

TEMPO” , datado de 17 de junho de 2008, que apresenta relatos de situações

vividas por brasileiros nesse dia:

No Brasil, o dia mais frio do ano. A temperatura chegou perto dos -6°C no sul do Paraná. O inverno ainda nem começou, mas na madrugada desta terça-feira (17) a temperatura em Curitiba, capital paranaense ficou um pouco abaixo de zero. Os termômetros registraram -0,2°C. O gramado no Jardim Botânico da cidade ficou coberto de gelo. No aeroporto Afonso Pena, na região metropolitana, a mínima ficou em -2,5°C. O aeroporto está fechado desde às 3h da madrugada, por causa de um forte nevoeiro. A mínima no estado foi registrada em Palmas, -5°C.

Teve muito frio também no Rio Grande do Sul. E geou praticamente em todas as regiões do estado. Em Porto Alegre a mínima registrada foi de -2,6C. Na segunda-feira (16), 13 cidades tiveram temperaturas negativas. A cidade de Vacaria, na serra, teve a mínima do estado, com -3°C.

Texto Adaptado de: Gazeta Online. Disponível em: http://wwwdeolhonotempo.blogspot.com/2008/6

6º. Momento: Após a leitura da notícia do Jornal Gazeta Online, propor aos

alunos as seguintes reflexões:

A reta numérica representa algumas das temperaturas apresentadas no texto.

Figura 11 – Reta numérica representando as temperaturas citadas no texto de apoio. Fonte: A autora

Page 50: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

47

Observação: Com o auxílio de uma reta numérica manipulável, verifique as

temperaturas posicionadas nos pontos da reta e responda:

1º. A temperatura no Sul do Paraná no mês de junho fica em torno de

10°C ponto(D). Segundo o artigo do jornal, no dia 17 de junho de

2008 a temperatura chegou a -6°C ponto (A). Portanto, houve

aumento ou queda de temperatura?

2º. Verifique, na reta numérica, a diferença entre as temperaturas

relacionadas no item anterior. Quantas unidades foram contadas, da

esquerda para a direita, isto é, ponto A até o ponto D? Lembre-se: a

unidade é o intervalo que vai de um ponto a outro da reta.

3º. Houve aumento de temperatura entre o Sul do Paraná (A) e Palmas

(B)?

4º. Quantas unidades existem entre A e B?

5º. e) Qual foi a diferença de temperatura entre a cidade de Vacaria (C)

e o Sul do Paraná(A)? Qual dessas temperaturas é maior? Por que?

6º. Se a temperatura estiver mais à direita na reta numérica, ela será

maior ou menor que as temperaturas da esquerda?

7º. Momento: Registrar em cada questão os números e realizar as

operações.

8º. Momento: Solicitar que cada aluno crie uma situação-problema, com

base nas leituras feitas na atividade, ou com novas situações, em uma

folha de papel.

Lembrar que o colega que realizará a atividade precisa ter um bom

entendimento da mesma. Portanto, é importante organizar bem as ideias na hora da

escrita.

9º. Momento: Utilizando-se da reta numérica, propor a troca e resolução

das atividades para que as mesmas sejam resolvidas por outro aluno.

10º. Momento: Discutir com os alunos sobre a atividade proposta.

a) Foi bem planejada? b) A escrita estava clara? c) Houve entendimento

para a sua realização? d) Você conseguiu encontrar a solução? e) Alguém quer

expor a resolução no quadro para socializar no grande grupo?

Page 51: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

48

11º. Momento: O professor deve resgatar dúvidas ou dificuldades sobre as

atividades propostas.

12º. Momento: Construir um dicionário matemático com as palavras novas

que surgiram durante as leituras e desenvolvimento das atividades.

9.5 PROPOSTA 5 − A MATEMÁTICA FINANCEIRA

Objetivos Para o professor

• Apresentar um modelo de extrato bancário;

• Descrever as referências de crédito e débito;

• Propor as operações com números inteiros relativos;

• Definir as diferenças e semelhanças entre tabelas e gráficos;

• Apresentar um modelo de planilha para orçamento doméstico;

• Orientar o desenvolvimento das atividades;

• Promover a integração entre os conteúdos matemáticos e o cotidiano.

Para o aluno

• Identificar um modelo de extrato bancário e as referências de créditos e

débitos;

• Interpretar um extrato bancário e as referências de créditos e débitos;

• Realizar operações de adição, subtração e multiplicação no Conjunto ;

• Observar o registro de números inteiros por meio de tabelas e gráficos;

• Encontrar as possibilidades de utilização de planilhas de entradas e

saídas financeiras no orçamento doméstico, por meio dos recursos

disponibilizados nas atividades;

• Preencher a planilha do orçamento doméstico, por meio das informações

familiares;

• Verificar as conexões entre os saberes matemáticos, com a utilização dos

números inteiros nas situações financeiras habituais da sociedade.

Page 52: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

49

Justificativa

Muitos alunos desconhecem um modelo de extrato bancário e suas

referências. Mesmo aqueles que já conhecem esse tipo de tabela, em geral não

estabelecem a relação entre o seu funcionamento e as operações matemáticas

efetuadas. Diante disso, torna-se relevante a apresentação e a interpretação dos

movimentos realizados em uma conta bancária e representados pelo seu extrato.

Estratégias de ação e recursos disponibilizados

• Levantamento dos conhecimentos prévios sobre um modelo de extrato

bancário e suas referências;

• Apresentação das operações de adição e multiplicação com os números

inteiros, no quadro de giz.

1º. Momento: Em sala de aula, distribuir a cada aluno o modelo de um

extrato bancário e determinar um tempo para observações e discussões

entre os pares.

Quadro 1 − Extrato bancário

Data Nº

Documento Histórico Valor R$

01/06/2009 saldo anterior 94,00 C 02/06/2009 476002 dep. dinheiro-Sorveteria K-Gelado 1 200,00 C

04/06/2009 012986 ch. compensado 340,00 D 06/06/2009 000345 saque no cartão 48,00 D 10/06/2009 234012 saque no caixa 24h 120,00 D 15/06/2009 498001 débito automático 325,00 D 20/06/2009 476003 dep. dinheiro- Sorveteria K-Gelado 600,00 C 24/06/2009 012987 ch. compensado 721,00 D 28/06/2009 234013 saque com cartão 146,00 D 29/06/2009 342000 débito de juros 11,00 D 30/06/2009 987043 cobrança manutenção conta 15,00 D 30/06/2009 234014 saque com cartão 287,00 D 30/06/2009 Saldo atual

Fonte: A autora

Page 53: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

50

2º. Momento: Coletivamente, abrir a discussão a respeito do extrato

bancário, verificando o histórico das transações bancárias, realizadas

pelo Sr.João, proprietário da Sorveteria K-Gelado.

Na coluna de valores, notam-se as abreviaturas D para débitos (saída de

dinheiro) e C para créditos (entrada de dinheiro).

Observação: O débito (D) é o saldo negativo deve ter sinal (-) e o crédito (C)

é saldo positivo deve ter sinal positivo (+).

3º. Momento: Propor aos alunos as seguintes questões:

a) Qual é a finalidade de se utilizar um extrato bancário?

b) No período de 01/06 a 30/06, há mais créditos ou mais débitos?

c) Como podemos saber a quantia que entrou nessa conta, durante esse

período de tempo? Calcule esse valor.

d) E a quantia de R$ que saiu dessa conta? Calcule os débitos.

e) No extrato apresentado, a saldo referente ao dia 30/06 é positivo ou

negativo? De quanto? O que isso significa?

f) O extrato bancário e o gráfico abaixo são referentes ao mês de junho de

2009. Qual a sua opinião a respeito do saldo bancário do proprietário da

sorveteria?

Page 54: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

51

Figura 11 – Gráfico demonstrativo do exercício sobre matemática financeira Fonte: A autora (atividade adequada a partir de Imenes e lellis (2002;2006, p. 181, 6ª série).

Comentário Pedagógico

Aproveitar o momento dessa atividade para explorar a ideia de gráficos.

Levar o aluno a interpretar informações representadas por meio do gráfico e a

verificar a sua utilidade de aplicação.

I) Qual é o assunto tratado no gráfico?

II) Qual é a fonte de informações?

III) Em qual mês do semestre se vendeu mais sorvete?

IV) Em que mês houve maior queda de vendas? Em sua opinião, por que

isso aconteceu?

V) Qual seria a atitude mais sensata praticada pelo Sr. João, proprietário da

sorveteria, para não ficar no vermelho, durante o período do inverno?

g) O extrato bancário é a contabilidade do cliente, isto é, a sua

movimentação e situação financeira.

Há possibilidade de contabilizar a entrada e saída mensal de dinheiro em

uma casa?

h) No que isso pode ajudar em relação ao planejamento e orçamento

familiar?

Page 55: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

52

4º. Momento: Realizar uma discussão com os alunos a respeito da situação

descrita anteriormente, permitindo que eles colaborem com opiniões e

sugestões.

Quadro 2 − Exemplo de Planilha para o orçamento doméstico.

Planejamento e Orçamento Familiar Semestral Jan Fev Mar Abril Mai Jun

Receitas (entrada de dinheiro) E Pagamento

Outros Despesas (Saída de dinheiro) S

Moradia Conta de Luz

Conta Água Telefone Fixo/Celular

Alimentação Transporte Saúde Lazer Escola Outros Saldo Mensal

Fonte: A autora

5° Momento: Para essa atividade, o professor poderá criar um modelo

fictício de planilha, com dados sugeridos pelos alunos, e em seguida

realizar a análise dos mesmos.

Sugestão: Aproveitar esse momento para trabalhar com temas transversais, como

ética, consumo e sustentabilidade.

6° Momento: Construir um dicionário matemático com as palavras novas

que surgiram durante as leituras e desenvolvimento das atividades.

Page 56: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

53

9.6 PROPOSTA 6 − HORA DE AÇÃO: A COMUNICAÇÃO MATEMÁTICA POR

MEIO DA INFORMÁTICA

Objetivos Para o professor

• Identificar os conhecimentos prévios do aluno referentes ao uso do

computador;

• Promover reflexões com os alunos sobre as constantes mudanças

tecnológicas e suas consequências na sociedade;

• Averiguar quais conhecimentos os alunos possuem acerca dos processos

operatórios da adição e multiplicação no conjunto ;

• Estabelecer um ambiente sociável e afetivo entre os alunos.

Para o aluno

• Participar das atividades propostas por meio dos jogos virtuais;

• Resolver as operações com adições e multiplicações de números inteiros

por meio da ferramenta interativa;

• Realizar os registros das operações com números inteiros relativos.

Justificativa

Dentre os avanços tecnológicos, define-se o computador como um

instrumento em potencial e a escola precisa enfrentar o desafio em fazer uso dessa

tecnologia a serviço da qualificação do processo educacional.

1° Momento: Conversar com os alunos sobre o uso do computador, sobre

as redes sociais e os cuidados que se deve ter com informações pessoais

nesses meios interativos. Explorar, ainda, a relação que os alunos fazem

acerca de pesquisas e estudos por meio dessa ferramenta.

Page 57: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

54

2° Momento: Refletir com os alunos sobre como a matemática pode ser

estudada por meios de sítios educacionais confiáveis, na ferramenta

tecnológica – computador.

Explicar, com um exemplo concreto, como será o jogo, as cores que

indicam os números positivos e os números negativos; como chegar a um resultado

positivo ou a um resultado negativo, e o tempo que terão para resolver cada

operação nas atividades envolvendo os números inteiros relativos.

Atividade

No laboratório de informática, pretende-se que os alunos realizem operações

de adição e multiplicação com números inteiros, utilizando-se dos sites:

http://www.rpedu.pintoricardo.com/jogos/Jogo_adicao_com_ranking_pronto/num_int_rel_com_ranking.html http://www.rpedu.pintoricardo.com/jogos/Jogo_multipl_com_ranking_pronto/multiplicacao.html

3° Momento:

Comentário Pedagógico

a) Inicialmente, permitir que os alunos observem os procedimentos dos

jogos e suas regularidades.

b) Estabelecer o tempo de reconhecimento dos procedimentos do jogo e o

tempo para as operações matemáticas e o jogo on-line, em cada um dos

sites programados.

c) Como o jogo tem um marcador de tempo para a realização das jogadas,

torna-se difícil fazer anotações durante a sua realização.

4° Momento: Em sala de aula, promover discussões acerca da proposta de

jogo virtual e realizar um diagnóstico sobre as interações e os estímulos

produzidos pelas atividades.

5° Momento: Apresentar, em sala de aula, quadros semelhantes aos

trabalhados por meio do jogo virtual. Solicitar aos alunos sugestões e

Page 58: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

55

possibilidades que levem ao resultado desejado. Esse é um momento

importante de resgate das dúvidas ocorridas na atividade realizada no

laboratório de informática.

6° Momento: Sistematizar as operações com números inteiros no coletivo.

Esse momento de socialização é relevante no processo, no qual os

jogadores farão suas considerações pessoais e grupais, mediadas pelo

professor.

7° Momento: O professor propõe aos alunos novas operações com adição e

subtração, através de uma reta numerada manipulável.

a) Cada aluno receberá uma reta numérica para a realização das

operações propostas.

b) Propor situações-problemas que tenham envolvimento com os

números negativos.

c) Solicitar que cada um dos alunos, em folha separada, descreva uma

situação-problema e, em seguida, troque-a com o colega, para que

este tente resolvê-la.

d) Escolher três problemas das produções dos alunos e apresentá-los ao

grande grupo, na resolução em conjunto. Aproveitar essa oportunidade

para realimentar questões ainda não esclarecidas.

8° Momento: Construir um dicionário matemático com as palavras novas

que surgiram durante as leituras e desenvolvimento das atividades.

9.7 PROPOSTA 7 − RECURSOS ESPECIAIS: OPERANDO COM A

CALCULADORA

Objetivos

Para o professor

• Explorar a atividade de forma que os alunos percebam a relevância desse

instrumento como um meio facilitador das atividades. Seu comando, no

Page 59: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

56

entanto, é realizado por meio dos raciocínios determinados pelo próprio

operador dos cálculos.

• Mediar as operações com o uso da calculadora, momento em que os

alunos deverão expor suas ideias aos colegas e com eles partilhar a

percepção de regras.

• Estimular nos alunos o desenvolvimento do raciocínio lógico durante as

atividades com a utilização do recurso didático dispoibilizado.

Para o aluno

• Utilizar o recurso tecnológico da calculadora;

• Resolver operações com números inteiros;

• Fazer as anotações dos cálculos na folha ou no caderno, para posteriores

reflexões.

Justificativa

Desenvolver o sentido de número nas aulas de matemática com a

introdução da calculadora pode ser muito mais que fazer cálculos. Construir

esquemas, investigar propriedades, verificar possibilidades e realizar operações, por

meio de uma rede de pensamentos, são ações que podem levar o aluno a se utilizar

desses conceitos em muitas situações.

Do ponto de vista pedagógico, incentivar o uso desse recurso didático de

forma refletida e crítica, com análise dos resultados encontrados, anotando registros

intermediários, pode configurar uma boa estratégia de ação e um estímulo à

cognição para o aluno, além de propiciar um ambiente desafiador e permitir a

socialização e a afetividade escolar.

Estratégias de ações e recursos disponibilizados

• Calculadoras simples que possuam a tecla (+/-).

• Papel e lápis.

• Folha de atividades.

Page 60: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

57

Figura 12 − Ilustração de uma calculadora Fonte: A autora

Considerações

1° Momento: Explicar aos alunos que o recurso didático da calculadora é

útil, mas que as operações devem ser comandadas por eles, portanto, o

raciocínio desenvolvido durante os cálculos depende da compreensão

das atividades, conhecimento da ferramenta e interpretação própria das

soluções. Diante dessas considerações, o aluno precisa entender que o

recurso didático é apenas um meio no processo educacional, sendo o

aluno o sujeito da elaboração do conhecimento. Portanto, não considerar

esse instrumento como imprescindível, tornando-se inferior a ele, mas,

sim, utilizá-lo com inteligência.

2° Momento: Propor as atividades, com orientação contínua.

Questões propostas:

1) Por meio da calculadora, resolver as operações com números inteiros

relativos, anotando os resultados encontrados:

Exemplo: (45) + (24) = digita o 1o número; digita a tecla mais (+), e digita o segundo número; em seguida, digita a tecla igual para obter o resultado 69.

Exemplo: (89) – (42) = digita o 1º número; a tecla menos;o 2º; aperta a tecla igual para obter o resultado 47.

Page 61: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

58

a) (15) +(9) =

b) (12) – (7)=

c) (56) – (56) =

Calculadora com a tecla +/- Ex. – 4 – (- 3) + (- 7) digite

4 +/- - 3 +/- + 7 +/- = -8

Comentário pedagógico: Após, realizar juntamente com os alunos, as operações, com o recurso da calculadora, fazer as reflexões de forma coletiva.

MRC - tecla que recupera os valores já armazenados. M- tecla que subtrai dos valores armazenados na memória. M+ - tecla que adiciona outros valores aos que estão armazenados na memória.

• O que significa o sinal (+/-) na calculadora? • Quando tecla o sinal (+/-) depois do número digitado, o que aparece no visor? • Depois de somar os dois primeiros valores, que resultado aparece no visor? • Qual a sua conclusão sobre o resultado desse primeiro cálculo? • Nesse momento de interação, é importante deixar claras as regras

determinadas pelas operações de adição e subtração dos números inteiros relativos, se possível, pelas considerações determinadas pelos próprios alunos.

• Descubra uma maneira de obter os resultados das operações, sem o auxílio da calculadora.

Observação: Solicite aos alunos a continuarem as operações, anotando os resultados no caderno, para posteriores discussões.

a) (+34) + (+21) =

b) (+67) + (-43) =

c) (+98) + (-98) =

d) (+76) – (+34) =

e) (+32) – (-12) =

f) (-90) – (-78) =

g) (-47) – (+56) =

h) (-64) – (-53) =

Page 62: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

59

Calculadora com a tecla +/- Ex. (-8) x (-7) + [ - (+30) : (-10) ] digite

8 +/_ X 7 +/_ = 56 M+ 30 +/_ : 10 +/_ = M+ MRC 59

Comentário pedagógico: Após realizar, juntamente com os alunos, as operações com o recurso da calculadora, fazer as reflexões no coletivo.

• Depois de multiplicar os dois primeiros valores, que resultado aparece no visor da máquina?

• Ao apertar a tecla M+ armazenamos esse resultado. Por que é necessário este procedimento?

• O que significa a presença dos colchetes nessa expressão numérica? • Após realizar a divisão entre os dois números inteiros, no interior dos colchetes,

qual o resultado encontrado? • Qual é a finalidade de apertar a tecla M+, depois do segundo cálculo? • E a tecla MRC? • Qual é o resultado encontrado? • Sobre os sinais encontrados nos resultados, qual é a conclusão a que se chega? • Nesse momento de interação, é importante deixar claras as regras determinadas

pelas operações de multiplicação e divisão dos números inteiros relativos, se possível, pelas considerações determinadas pelos próprios alunos.

• Como você poderia realizar esses cálculos sem o auxílio da calculadora? • Que cuidados deveria tomar?

Observação: Solicite aos alunos a continuarem as operações, anotando os resultados no caderno, para posteriores discussões.

a) (+4) x (+3) =

b) (+5) x (-2) =

c) (-6) x (+8) =

d) (-2) x (-7) =

e) – (+7) x (+3) =

f) [+ (-6)] x [-(-5)] =

g) (+24) : (+6) =

h) (+45) : (-15) =

i) (-18) : (+3) =

j) (-90) : (-10) =

k) [-(+32)] : [+(-4)] =

l) (+60) + [(-35) : (-5)] =

m) [(+60) + (-35)] : (-5) =

Page 63: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

60

n) { +5 – (+4) x (-7)} + (-15) : (+3)=

o) (+36) – (-32): (+4) + (+9) x (-2) =

3° Momento: É relevante esgotar todos os recursos sobre as considerações

e dúvidas dos alunos em relação às operações com números inteiros e,

se necessário, acrescentar mais exercícios.

4° Momento: Construir um dicionário matemático com as palavras novas

que surgiram durante as leituras e desenvolvimento das atividades.

9.8 PROPOSTA 8 − ATINGINDO O ALVO: É HORA DE JOGAR

Objetivos

Para o professor

a. Propiciar ao aluno as explicações necessárias para realizar as

operações com números inteiros, por meio do jogo;

b. Proporcionar a socialização dos saberes;

c. Realizar as discussões com os alunos sobre a atividade realizada e as

dúvidas que surgirem, esclarecendo-as, para que a aquisição do novo

conhecimento se concretize.

Para o aluno

a) Desenvolver o raciocínio lógico, de forma lúdica.

b) Realizar a transposição do material concreto para as operações

abstratas, especialmente a adição e multiplicação com os números

inteiros;

c) Registrar as anotações referentes aos cálculos;

d) Participar na discussão coletiva sobre as operações realizadas por meio

do jogo.

Page 64: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

61

Justificativa

Desenvolver um estudo de operações com números inteiros,

especificamente para tratar das multiplicações com esse conjunto numérico. Sabe-

se da dificuldade de concretizar a produção desse conhecimento. Diante disso,

intenciona-se, por meio do recurso do jogo, possibilitar uma aprendizagem

significativa.

Considerações

1° Momento:

Comentário Pedagógico

Para a próxima atividade, é importante preparar os materiais e fazer uma

demonstração no quadro de giz, para que os alunos possam entender as regras de

funcionamento, sem no entanto, dar-lhes conclusões sobre a finalidade do jogo.

Estratégias de ação e recursos disponilizados Jogo: Atingindo o Alvo Material

• Um alvo.

• Um suporte para colocar o alvo internamente.

• Feijões brancos e pretos e grãos de milho.

• Fichas para anotações.

• Cartela em tamanho grande, com os valores predefinidos para as

jogadas.

Page 65: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

62

Figura 13 − Representação da quarta parte do alvo Fonte: A autora

Construção do material

Reproduza o esquema 4 vezes e cole as partes em uma cartolina.

Pinte com as cores indicadas e não se esqueça de escrever os sinais (+) e (-).

Figura 14 − Representação completa da base do alvo Fonte: A autora

Page 66: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

63

Para completar o tabuleiro do jogo, monte um quadrado de 40 cm de lado,

conforme esquema explicado anteriormente. Em seguida, feche as laterais com

bordas de 5 cm de altura.

Veja como o seu alvo vai ficar depois de pronto:

Figura 15 − Representação do alvo depois de pronto Fonte: Adaptação de Grasse schi et al. (1999).

Comentário Pedagógico:

O tabuleiro pode ser adaptado para outras caixas, como é o caso da caixa

da embalagem para pizza.

Para as fichas, corte 10 pedaços de cartolina, de 4x3cm.

Regras

Número de participantes: 4 (quatro)

1ª Momento: Cada aluno, na sua vez, joga 10 feijões brancos no alvo. Cada

feijão branco vale 3 (três).

Os feijões brancos que caírem na faixa com o sinal de (+) corresponderão

aos pontos ganhos; os que caírem nas faixas com o sinal de (-) corresponderão aos

pontos perdidos.

Page 67: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

64

2ª Momento: Anote da maneira que quiser os pontos que conseguiu em

cada faixa do alvo. Enquanto os colegas jogam, você poderá adiantar

seus primeiros cálculos

Repita a mesma operação com os feijões pretos e com os grãos de milho.

3° Momento: Numa cartolina, no quadro ou na própria cartela de cálculos,

você deverá anotar o valor referente a cada grão:

Quadro 3 − Valores dos marcadores

FEIJÃO BRANCO FEIJÃO PRETO MILHO

Valor: 3 Valor: 4 Valor: 5

Fonte: A autora Quadro 4 − Cartela para anotações da atividade

Jogadas Tipo de marcador Valor do marcador

Cor da Faixa (+) ou (-)

Valor da jogada

Ex: 1ª Jog. Feijão branco: 4 3 (+) (+4) X 3 = +12

Fonte: A autora

4° Momento: Anote com números inteiros os pontos em cada jogada,

usando a notação mais curta possível.

5° Momento: Faça o cálculo de seus pontos. Ganha quem tiver feito o

maior número de pontos ao final de três jogadas.

6° Momento: Compare seus registros com os de seus colegas e discuta

com eles qual a melhor representação (a mais clara e mais “econômica”)

para registrar ocorrências desse tipo.

7° Momento: Propor o registro de outras situações, na língua materna e

por meio de símbolos, relembrando o modelo de extrato bancário já

utilizado em outra atividade:

a) Retirar R$ 35,00 duas vezes da mesma conta bancária pode ser

representado por:

b) Retirar R$ 10,00 três vezes da mesma conta bancária pode ser

representado por:

Page 68: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

65

c) Então, situações como essa significa:

d) Seguindo o mesmo raciocínio, tirar duas dívidas de R$35,00, pode ser

representado por:

e) Tirar três dívidas de R$10,00, pode ser representado por:

f) Qual é a conclusão que se chega em situações como as citadas nas

letras d) e f) ?

8° Momento: Construir um dicionário matemático com as palavras novas

que surgiram durante as leituras e desenvolvimento das atividades.

9.9 PROPOSTA 9 − SITUAÇÕES-PROBLEMAS

Objetivos

Para o professor

• Levar o aluno a conhecer as aplicações da Matemática, por meio das

situações-problemas;

• Proporcionar ao aluno o enfrentamento de situações novas;

• Propor a formulação de problemas, para serem resolvidos entre os pares;

• Refletir sobre as formas de resolução elaboradas pelos alunos, no sentido

de valorizar o processo de organização do pensamento.

Para o aluno

• Desenvolver a leitura e a interpretação das situações-problemas;

• Desenvolver o raciocínio lógico;

• Organizar as ideias e executar um plano de ação que leve a resolução

dos problemas propostos;

• Participar das reflexões acerca das propostas de resoluções pelos

colegas e complementar com as próprias considerações.

Page 69: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

66

Justificativa

Segundo Dante (2005, p. 30), "Ao ter como prioridade a construção do

conhecimento pelo fazer e pensar, o papel da formulação e resolução de problemas

é fundamental para auxiliar o aluno na apreensão dos significados."

O papel da formulação e resolução de problemas é fundamental para auxiliar o

aluno na apreensão dos significados.

Considerações

Utilizando-se a resolução dos problemas, é importante adotar um

procedimento hierárquico e organizacional, com a intenção de atingir um produto

consistente e significativo.

Estratégias de ação e recursos disponibilizados

1º Momento: Compreensão do problema.

Para que esse momento seja produtivo, faz-se necessária uma cuidadosa

leitura, interpretação e verificação dos dados fornecidos pela situação.

Definir dados importantes para a resolução, diagnosticar a pergunta do

problema, enumerar formas de resolução.

2º Momento: Elaboração de um plano de ação.

Qual é a estratégia pretendida para o desenvolvimento das ações?

Organizar as ideias, a partir dos dados coletados, e decidir o caminho para a

resolução: algoritmos, tabelas, gráficos, outros desenhos, tentativas, etc.

Desmembrar as partes do problemas é uma boa alternativa.

3º Momento: Execução do plano.

Execute as ações pretendidas.

4º Momento: Verificação dos resultados.

Fazer novamente a leitura da pergunta do problema, verificando se chegou a

solução proposta.

Averiguar se a solução encontrada é razoável, ou apresenta

incompatibilidade diante da questão do problema.

Investigar se há a possibilidade de tirar a prova real.

Page 70: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

67

5º Momento: Escrita da resposta.

Descrever a solução encontrada, respondendo a pergunta proposta pelo

problema.

Adaptações feitas a partir das considerações do livro do Dante (2005) – Manual pedagógico do professor p. 30-31.

Comentário Pedagógico

Em geral, os alunos apresentam dificuldades no entendimento das questões

contidas nos problemas, na interpretação das situações e na retirada dos dados que

farão parte da resolução propriamente dita.

Portanto, é interessante que o professor solicite aos alunos uma leitura

atenta, mais de uma vez, procurando entender o significado da questão colocada,

para somente em seguida, determinar os próximos passos da execução do plano de

ação.

Faz-se necessário, também, anotar todas as dúvidas ocorridas durante o

processo de resolução, para posteriores reflexões.

A mediação se torna imprescindível nesse caso.

Sugestão:

Explicar aos alunos que todo o tipo de representação, como marcações,

desenhos etc. contribuem, com mais facilidade, para o encontro da solução do

problema.

Resolver as situações-problemas com base na proposta de Dante (2005):

a) Alana faz avaliação toda semana, nas terças-feiras. Ela tem um

planejamento para estudar um pouco a cada dia, com exceção de

domingo. Portanto, iniciou na terça-feira, estudando 5 páginas do

conteúdo de História. Como dividiu igualmente o conteúdo pelo número

de dias, quantas páginas terá que estudar para essa avaliação?

b) A mãe de Júlia quer trocar o piso da cozinha. Quantos metros quadrados

de piso ela deverá comprar se a cozinha é retangular e tem 4 metros de

largura e 6 metros de comprimento?

c) Numa apresentação teatral foram vendidas três dezenas de milhar e

quatro unidades de milhar de ingressos. Como choveu muito no dia do

show, compareceram duas dezenas de milhar, nove unidades de milhar,

Page 71: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

68

seis centenas, oito dezenas e sete unidades de pessoas. Quantas

pessoas faltaram à apresentação?

d) Eu comprei um apartamento por R$56.160,00. Dei uma entrada de doze

mil reais e o restante será pago em 80 vezes, em parcelas fixas. Qual

será o valor de cada parcela?

e) Cassiano tinha um saldo em conta corrente de R$ 946,00. Ele emitiu

dois cheques nos valores de R$ 513,00 e R$ 475,00, e ficou com saldo

negativo.

I. De quanto é esse saldo?

II. Cassiano, para não ficar com saldo negativo, pretende fazer um

depósito no valor de R$ 620,00. De quanto será o seu saldo

após o depósito?

f) João Pedro se corresponde, em rede social, com Rocio, uma garota do

Canadá. Ontem ela conversou com João Pedro durante três vezes,

reclamando do frio que estava sentindo. Na primeira vez, ela informou que

a temperatura local era de -5°C. Na segunda, Rocio disse que a

temperatura havia subido 4°C e, na terceira, que havia caído 6°C. Qual a

temperatura na cidade de Rocio quando ela conversou com seu amigo

pela última vez?

g) Luiz é funcionário de uma grande empresa. Ele é responsável pela

supervisão e montagem de ferramentas produzidas pelas máquinas. Ao

final do dia precisa fazer um relatório das peças prontas e das que

apresentaram defeitos. Utilizava-se de uma tabela para essa anotação:

Quadro 5 − Produção de peças de uma empresa

Dia Produção

Relatório peças prontas peças com defeitos Saldo Segunda +27 -32

Terça +34 - 8 Quarta +26 -24 Quinta +19 -21 Sexta +10 -28

Sábado +30 - 7

Fonte: A autora

Page 72: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

69

Considerou saldo a diferença entre a quantidade de peças prontas e

peças com defeitos, na produção semanal. Calcule o saldo diário, a partir

das anotações de Luiz e com esse dado.

Comentário Pedagógico

Após a atividade realizada, conferir com os alunos os resultados

encontrados. Em seguida, solicitar que façam a construção de um gráfico

de barras. Esse é o momento apropriado para sugerir que pode construí-lo

de diferentes formas: através do desenho, por meio de tiras de recortes,

utilizando das peças de um lego, etc.

Lembrar-lhes de colocar o título do gráfico, a fonte e outras informações

importantes para o seu esclarecimento.

Propor em seguida as questões relacionadas ao gráfico produzido:

• Agora faça uma análise do gráfico:

1. Foi uma semana com boa produção de peças sem defeito?

2. Em que dias dessa semana produziu-se mais peças

defeituosas?

h) Adilson estava com uma dívida de R$ 750,00. Como ele não conseguia

saldar a dívida, pois se encontrava desempregado, seus três filhos

resolveram assumi-la, dividindo-a igualmente entre si. Qual é a dívida que

cada filho assumiu?

i) Lídia precisava de um empréstimo no valor de R$ 940,00 e optou por

fazer dívidas de R$ 235,00 em diferentes bancos. Represente essa

situação usando números inteiros e descubra em quantos bancos ela

ficou devendo.

j) No gráfico, mostra-se o resultado (positivo ou negativo) de uma indústria

em cada bimestre de 2000.

Page 73: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

70

Figura 16 − Gráfico demonstrativo dos resultados (positivo ou negativo) de uma indústria Fonte: A autora (atividade adequada a partir de Imenes e lellis (2002;2006, p. 181, 6ª série).

I) Qual foi seu lucro médio?

Essa mesma indústria conta com dois sócios fundadores: Adriana, que

ingressou na sociedade com R$ 4.000,00, e Benedito, que ingressou com R$

6.000,00. A cada bimestre, eles dividem o lucro da empresa em partes proporcionais

aos capitais iniciais.

Lembrando que esses lucros podem ser positivos ou negativos, responda:

II) Qual foi o lucro de cada um no primeiro bimestre de 2000?

III) Qual foi o lucro de cada um no sexto bimestre de 2000?

K) De acordo com o significado numérico representado pelos quadrados,

encontre o valor de cada letra no gráfico a seguir:

Page 74: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

71

Figura 17 − Representação gráfica para atividade sobre situações-problemas Fonte: A autora (atividade adequada a partir de Imenes e lellis (2002;2006, p. 181, 6ª série).

6° Momento: Após a resolução dos problemas propostos, solicitar que os

alunos, expliquem como desenvolveram as atividades e que dificuldades

encontraram.

7° Momento: Aproveitar as considerações dos alunos para explicar pontos

frágeis percebidos no desenvolvimento das atividades e fazer as ligações

necessárias quanto a padrões e regularidades pertencentes ao conjunto

dos números inteiros relativos.

8° Momento: No caso das atividades que apresentaram o maior número de

dúvidas e erros, propor novas alternativas de atividades para que

aconteça o processo da diferenciação progressiva e integrativa das

informações.

9o Momento: Construir um dicionário matemático com as palavras novas

que surgiram durante as leituras e desenvolvimento das atividades.

Page 75: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

72

9.10 PROPOSTA 10 − REALIMENTANDO E AVALIANDO O CONHECIMENTO

SOBRE OS NÚMEROS INTEIROS

Objetivos

Para o professor

• Verificar a produção dos conhecimentos dos alunos acerca do conjunto

dos números inteiros;

• Diagnosticar dúvidas ou conhecimentos não elaborados pelo aluno no

conjunto Z;

• Realimentar os conteúdos que apresentam fragilidade de integração entre

os conhecimentos matemáticos;

Para o aluno

• Demonstrar, por meio das atividades propostas, a aquisição dos novos

conhecimentos;

• Realizar as atividades propostas sobre os números inteiros, sob as

representações solicitadas.

Justificativa

Durante todo o desenvolvimento das atividades haverá avaliação do

processo, de forma diagnóstica e formativa, e este é um momento importante e

indispensável de validação dos conhecimentos apresentados pelos alunos, definido

pelas etapas propostas pela teoria ausubeliana.

Considerações

Segundo Oliveira, é importante falar da avaliação no sentido da sua

dinâmica no processo educacional, por meio do seu aspecto "formativo" e "político",

por considerarmos tais aspectos fundamentais para o exercício da prática educativa.

Page 76: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

73

Luckesi (1990 apud MAIA; COSTA, 2001) fala da necessidade de

contextualizar a avaliação a partir de uma visão de homem (ser humano) e

sociedade. Nessa contextualização, o professor revela sua postura política, que vem

determinar os objetivos e instrumentos da avaliação, a qual pode ser reprodutora ou

transformadora. Ou seja, o aspecto político do processo avaliativo deve ter como

objetivo promover a emancipação política e a autonomia crítica e criativa do

estudante.

1° Momento: Refletir com os alunos sobre o estudo que desenvolveram a

respeito dos números inteiros relativos.

2° Momento: Solicitar que se dividam em grupos de quatro alunos para

realizarem a atividade proposta, de acordo com suas inclinações próprias

para desenho, escrita, gráficos.

3° Momento: Distribuir as tarefas a cada grupo, em que cada equipe

desenvolverá atividades predeterminadas, tais como:

• Uma história em quadrinhos, relatando os conhecimentos adquiridos

sobre números inteiros;

• Um mapa conceitual de todas as relações realizadas com os números

inteiros;

• Um gráfico que apresente o conhecimento dos alunos, anterior ao

projeto e após o seu desenvolvimento com os números inteiros;

• Um relato de experiências produzidas pelos alunos com o

desenvolvimento do projeto acerca dos números inteiros relativos;

• A produção de desenho que represente situações e conexões

determinadas pelo estudo com os números inteiros.

Observação: Todas as atividades propostas estarão sendo orientadas e

mediadas pelo professor.

4° Momento: Exposição das atividades para a turma e considerações

necessárias à conclusão dos trabalhos.

5° Momento: Apresentação dos trabalhos para os professores e equipe

pedagógica, dentro das possibilidades do âmbito escolar.

6° Momento: Construir um dicionário matemático com as palavras novas

que surgiram durante as leituras e desenvolvimento das atividades.

Page 77: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

74

REFERÊNCIAS

ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Petrópolis: Vozes, 1998. BRUNER, J. S. The process of education. In: NOVAK, J. D. Uma teoria de Educação. São Paulo: Pioneira, 1981. CARAÇA. 1970. Disponível em: http://www.nilsonjosemachado.net/sema20100316.pdf). Acesso em: 20 jun. 2010. DANTE, L. R. M. Tudo é Matemática. São Paulo: Ática, 2005. FONSECA, V. Introdução às dificuldades de aprendizagem. In: SIMONI, A.B. Qual o papel da escola frente às dificuldades de aprendizagem de seus alunos? Disponível em: http://www.psicopedagogiabrasil.com.br/artigos_aline_qual_o_papel_da_escola.htm.Acesso em: 20 jun. 2010. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à pratica educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. ______. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. GRASSESCHI, M.C.C.; ANDRETTA, M.C.; SILVA, A. B. dos S. S. PROMAT: projeto oficina de matemática São Paulo: FTD, 1999. GUELLI, O. Matemática: uma aventura do pensamento. 2. ed. São Paulo: Ática, 2005. HILGARD, E. R.; BOWER, G. H. Theories of learning. In: NOVAK, J. D. Uma teoria de Educação. São Paulo: Pioneira, 1981. IMENES, L. M.; LELLIS, M. Matemática para todos. 2. ed. São Paulo: Scipione, 2002. IMENES, L. M.; LELLIS, M. C.. Matemática Para todos. São Paulo: Scipione, 2006. MAIA, N. A.; COSTA, M. de A. Avaliação. In: MARTINS, Onilza B.; Polak, Ymuracy N. de Souza. Planejamento e Gestão em Educação a Distância. Curitiba: UFPR; UNIREDE, 2001. p. 193-270. Disponível em: http://www.uab.ufmt.br/siteuab/images/artigos_site_uab/avaliacao_sistema_ead.pdf. Acesso em: 10 jun. 2010. MODERNA, E. (Org.). Projeto Araribá: matemática. São Paulo: Moderna, 2006. MOREIRA, M. A.; MASINI, E. A. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Editora Moraes, 1982.

Page 78: DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 · NNNN Jussara Aparecida Boaventura CzelusniakJussara Aparecida Boaventura Czelusniak . ... Unidade Didática integra o conteúdo – números

75

MORO, M. L. F. Aprendizagem significativa e a formação de conceitos na escola. In: BRITO, M. R. F. (Org.). Psicologia da Educação Matemática – Teoria e Pesquisa. Florianópolis: Insular, 2001, p. 69-84. MOURA, F. G. B. Educação Interativa. Disponível em: <http://proffabi.blogspot.com/search/label/mapasconceituais>. Acesso em: 15 dez. 2009.

NOÉ, M.; RIBEIRO, J.; SOARES, E.. Equipe Brasil Escola. Disponível em: http://www.brasilescola.com/matematica/. Acesso em: 20. jun. 2010. NOVAK, J. D. Uma teoria de educação. São Paulo: Pioneira, 1981. NÓVOA, A. O passado e o presente dos professores. In: NÓVOA, A. Profissão Professor. Portugal: Porto, 1995. OLIVEIRA, R. O sorvete. In: Recanto das Letras, 28 abr. 2009. Disponível em: http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasinfantis/1565246. Acesso em: 10 jun. 2010. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica /Matemática, 2008. PERRENOUD, F. Formar professores em contextos sociais em mudanças: prática reflexiva e participação crítica. Revista Brasileira de Educação, Set/ dez, 1999, n 12, p.05-21. RIBAS, J. L. D. Um novo olhar sobre mapas conceituais: uma perspectiva metodológica. Dissertação (Mestrado no Programa de Pós-Graduação em Educação) − Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná, 2003. RIBEIRO, Jackson; SOARES, Elizabeth. Construindo Consciências. São Paulo: Scipione, 2006. SCHULMAN, L. Those Who undertand: Knowledge Growth. In: FIORENTINI, D. A formação pedagógica nas disciplinas matemáticas e a formação matemática nas disciplinas pedagógicas, em cursos de Licenciatura em Matemática; A formação matemática e didático-pedagógica disciplinas da Licenciatura em Matemática. In: EPEM, VII., Mesa Redonda, SBEM-SP, São Paulo, Junho de 2004. SILVEIRA, Ê.; MARQUES, C. Matemática. São Paulo: Moderna, 1998. SOUZA, M. H. S. de; SPINELLI, W. Matemática. São Paulo: Ática, 2002. VASCONCELLOS, C. dos S. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad, 1999. Cadernos Pedagógicos do Libertad, 2. ZOTTI, S. A. Navegando na história da educação brasileira. Disponível em: <http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/glossario/verb_c_curriculo.htm.> Acesso em 25 mai. 2009.