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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
1
DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL DA LOCALIDADE DO CANGUIRI NA
REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA
Autora: Mariangela M. M. J. da Cunha¹
Orientador: Marcos Aurélio T. da Siveira²
RESUMO
O presente artigo tem por objetivo evidenciar a aplicação do material didático
desenvolvido durante o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. No
presente, haverá a descrição de todo o método utilizado e a dinâmica que
envolveu as turmas do ensino fundamental, precisamente as oitavas séries. A
aplicação do material resultou na conscientização da comunidade acerca dos
impactos ambientais observados na área da localidade Canguiri, Estrada da
Graciosa, município de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. Os
conceitos de Natureza – Espaço – Sociedade foram trabalhados de forma
integrada, analisando-se como se dá a construção do espaço social, e os
impactos ambientais decorrentes da ocupação desordenada do território em
escala local. A metodologia do estudo é baseada numa visão holística, isto é,
integradora, a qual permite a construção do raciocínio geográfico mais crítico e
o desenvolvimento de uma consciência e de uma cidadania ambientalmente
correta.
Palavras Chave: Socioambiental, Espaço, Diagnóstico, Meio Ambiente.
_______________________________________________________ 1. Especialização em Técnicas e Tecnologias Aplicadas ao Ensino para a Produção do
Conhecimento. Graduação em Estudos Sociais Licenciatura Plena pela Universidade Federal
do Paraná. Professora da rede Pública Estadual do Paraná Disciplina Geografia.
2. Doutor em Geografia. Professor Adjunto da Universidade Federal do Paraná. Orientador
deste trabalho. E-mail: [email protected]
ABSTRACT:
2
This article aims to establish by evidence the application of the developed
material for the Educational Development Program - EDP. At present, there will
be a description of any method used and the dynamics involving classes of
elementary school, specifically the eighth grade. The application of the material
resulted in community awareness about the environmental impacts observed in
the area of the town Canguiri, Graciosa Road city of Colombo Metropolitan
Region of Curitiba. The concepts of Nature - Space - Society were worked
seamlessly, analyzing how is the construction of social space, and
environmental impacts arising from the disorderly occupation of the territory on
a local scale. The methodology is based on a holistic view, that is, integrating,
which enables the construction of geographic thinking more critically and
develop an awareness and an environmentally responsible citizenship.
Keywords: Environmental, Space, Diagnosis, Environment.
1. INTRODUÇÃO
Os conteúdos de Geografia e História do Paraná tornaram-se
obrigatórios no Ensino Fundamental quando da elaboração das Diretrizes
Curriculares Estaduais, era uma necessidade e uma reivindicação dos
professores. Devido à falta de referências desse conteúdo em nível didático, os
professores começaram a confeccionar seu próprio material buscando
alternativas que pudessem adequar o conteúdo à sua prática pedagógica.
A História paranaense é rica, situar o educando nesse processo
histórico e trabalhar o espaço geográfico local com mais intensidade é tornar
significativo o conteúdo. Observou-se então, que toda a comunidade escolar
não conhecia a importância desse lugar, a Estrada da Graciosa, caminho
histórico, primeiro acesso litoral ao planalto de Curitiba.
Partindo desse pressuposto que os conteúdos disciplinares devem ser
tratados de modo contextualizado, delimitou-se então, a região do Canguiri e
imediações por onde passa a Estrada da Graciosa, área próxima à nossa
escola, para realizar o estudo de caso.
O objetivo foi o de verificar as transformações e modificações dessa
área, mas tendo como prerrogativa a preocupação com a metodologia e
estratégias pedagógicas principalmente por se tratar de conhecer os efeitos
das atividades humanas sobre o meio ambiente e ainda, enfatizar a
importância histórica da estrada da Graciosa na formação territorial local e os
3
impactos ambientais que vem ocorrendo, visto que esta região está localizada
na área de proteção ambiental do Lago Irai. Trabalhar a Educação Ambiental
na disciplina de Geografia dentro de uma perspectiva teórico-metodológica
sistematizada garantiu um aprofundamento dos conceitos chave como
Espaço, Natureza, Paisagem, Trabalho, Sociedade.
O diagnóstico sócio-ambiental caracterizou os efeitos das atividades
humanas sobre o meio ambiente e a partir da análise de dados foi possível
apresentar ações para minimizar os impactos ambientais decorrentes de uma
ocupação mal planejada.
Como metodologia, optou-se pela qualitativa semelhante a do “Estudo
do Meio”, já utilizada nos estudos geográficos, seguindo um roteiro de ações
para o estudo de caso:
1º. Delimitar o espaço que será diagnosticado, dependendo do tema:
uma localidade, uma propriedade rural, um município ou uma região.
2º. Efetuar o levantamento de dados no campo através da:
a) Pesquisa em livros e em outras fontes;
b) Visitas ao local preparando antes um roteiro dos principais aspectos
a serem observados;
c) Entrevistas com moradores da região, agricultores, outros
trabalhadores, técnicos, etc. Elaborar roteiros e entrevistas simples,
enfocando os aspectos mais importantes, de modo a obter
informações possíveis de serem absorvidas e registradas.
d) Fotos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico entendido
numa relação de interdependência das dimensões econômica, política, sócio-
ambiental e demográfica cultural, dentro de uma perspectiva sócio histórica,
contextualizada e significativa.
Segundo RUA et al (2005, p. 4), há algumas preocupações quando se
trata do ensino de Geografia: • A construção de conceitos como pré- requisitos para a formação
de um raciocínio geográfico articulado, cumulativo e crítico; • A valorização do espaço vivido pelo aluno, seja para identificação
de elementos necessários à construção de conceitos, seja como base de compreensão crítica da organização espacial;
• O processo de formação espacial, isto é, o caráter histórico da organização espacial, no sentido de perceber as transformações sociais ocorridas e sua importância para a caracterização atual do espaço geográfico;
4
• A compreensão da natureza em sua dinâmica própria no sentido de perceber as articulações desses elementos dentro de uma perspectiva ecológica;
• A relação natureza-homem, encarando os elementos que compõem o meio natural como necessários ao trabalho humano;
• A relação homem-natureza, através da identificação e compreensão dos resultados das diferentes ações humanas sobre o meio natural;
• O desenvolvimento do raciocínio crítico, através da seleção e apresentação de conteúdos e atividades que possibilitem a percepção das desigualdades sociais existentes na organização espacial.
2.1. CONCEITOS
Definido foi o objeto de estudo, para que este seja sistematizado, os
conceitos darão forma ao objeto e a análise permitirá coerência para que a
construção do conhecimento se dê de forma ampla e significativa. O conteúdo
geográfico do cotidiano somar-se-á aos conceitos constitutivos e operacionais,
próprios à realidade do espaço geográfico em questão.
Ainda, de acordo com RUA et al (2005, p. 4):
“Espaço, Sociedade, Trabalho e Natureza são os conceitos chave, não devem ser considerados isoladamente, de forma estanque, mas como fios condutores para a construção dos conceitos correlatos com os quais se esteja trabalhando”.
O espaço, a paisagem e a técnica usada pelo homem, são assuntos
devidamente abordados por Milton Santos (2006, p. 29, 63, 103)
O espaço é um conjunto indissociável de sistemas de objetos e de sistemas de ações. O espaço é hoje um sistema de objetos cada vez mais artificial, povoado por sistemas de ações igualmente imbuídos de artificialidade, e cada vez mais tendentes a fins estranhos ao lugar e aos seus habitantes. Ressalta-se que o sistema de objetos e o sistema de ações interagem, já que de um lado, o sistema de objetos condiciona a forma como se dão as ações e, de outro lado, o sistema de ações leva à criação de objetos novos ou se realiza sobre objetos preexistentes. É assim que o espaço encontra sua dinâmica e se transforma.A paisagem é definida como um conjunto de formas que, num dado momento, exprime as heranças que representam as sucessivas relações localizadas entre homem e natureza. A paisagem se dá como um conjunto de objetos reais-concretos. Nesse sentido, a paisagem é transtemporal, juntando objetos passados e presentes, uma construção transversal. O espaço é sempre um presente, uma construção horizontal, uma situação única. Cada paisagem se caracteriza por uma dada distribuição de formas – objetos. Já o espaço resulta da intrusão da sociedade nessas formas – objetos. O espaço é a sociedade, e a paisagem também o é. No
5
entanto, entre espaço e paisagem o acordo não é total, e a busca desse acordo é permanente, essa busca nunca chega a um fim.É por demais sabido que a principal forma de relação entre o homem e a natureza, ou melhor, entre o homem e o meio, é dada pela técnica. As técnicas são um conjunto de meios instrumentais e sociais, com os quais o homem realiza sua vida, produz e, ao mesmo tempo cria espaço.
A estrada da Graciosa caracteriza-se um espaço, sendo este
compreendido como um sistema de objetos e ações que ao longo do tempo
foram transformando a paisagem original. Essa transformação ocorreu por
meio do trabalho que segundo o dicionário breve de Geografia (GARRIDO E
COSTA, 2006, p. 182), “é o esforço individual ou coletivo destinado a produzir
um bem ou um serviço” . A localidade do Canguiri está incluída na chamada
Área de Proteção Ambiental do Lago Irai portanto, apropriado seria qualificá-la
como Unidade de Conservação:
Unidades de Conservação são áreas delimitadas do território nacional que contém recursos naturais de importância ecológica ou ambiental e, por isso, são especialmente protegidas por lei. A partir de então, são observadas suas características naturais e estabelecidos os principais objetivos de conservação e o grau de restrição à intervenção humana. Compreende-se como Área de Proteção Ambiental, unidades de conservação de uso sustentável, destinadas a conservar a qualidade ambiental e os sistemas naturais ali existentes, visando à melhoria da qualidade de vida da população local e à proteção dos ecossistemas regionais. Devem ter sempre um zoneamento ambiental que estabelecerá normas de uso, condições bióticas, geológicas, urbanísticas, agropastoris, extrativistas e culturais do local. (SILVEIRA, 2009, p. 8).
Hoje, observa-se uma variedade de formas–objetos que contradiz o
que deveria ser uma Área de Proteção Ambiental. Pouco resta (ou quase nada)
da vegetação original, visto que a Mata de Pinhais, Mata Atlântica, e os animais
silvestres quase desapareceram, restando alguns poucos esquilos e quatis que
às vezes são vistos atropelados na Graciosa. Além disso, os rios Palmital e
Canguiri estão poluídos e a mata ciliar comprometida. A ocupação foi
desordenada, sendo que o monitoramento da área (se é que existe) é
desorganizado, já que não há conservação.
Redundante seria dizer que vivenciamos algumas crises da
modernidade: da globalização à educação, do impacto ambiental ao
desenvolvimento sustentável, da educação ambiental ao exercício da
cidadania. Todavia, procede-se aqui (re) dimensionar o que alguns destes
termos significam.
A educação ambiental constitui uma área de conhecimento
interdisciplinar que é tocada por todas as disciplinas. Entretanto, no que tange
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ao planejamento das disciplinas, ela perde o enfoque interdisciplinar, de
continuidade e de aprofundamento e é comum ganhar ênfase quando é
envolvida em projetos de caráter coletivo, desenvolvidos dentro das escolas.
Ela não se assegurou como Tema Transversal e não interage com as
disciplinas como deveria, considerando sua urgência e importância.
No entanto, a Educação Ambiental no Brasil ganha projeção social e
reconhecimento público na década de noventa. A Lei n.º 9795, de 27 de abril
de 1999 dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de
Educação Ambiental e dá outras providências das quais se destacam:
Capítulo I da Educação Ambiental Art.1º - Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Art.2º - A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. Art.4º - São princípios básicos da educação ambiental: I - o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; II – a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural sob enfoque da sustentabilidade; III – o pluralismo de idéias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multitransdicisplinaridade; IV – a vinculação entre ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; V – a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; VI – a permanente avaliação crítica do processo educativo; VII – a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; VIII – o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural. Art. 5º - São objetivos fundamentais da educação ambiental: I – o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos; II – a garantia de democratização das informações ambientais; III – o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social; IV – o incentivo e a participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania; V – o estímulo à cooperação entre as diversas regiões do país, em níveis micro e macrorregiões, com vistas à construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade; VI – o fomento e o fortalecimento da integração com ciência e a tecnologia;
7
VII – o fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamentos para o futuro da humanidade.
Segundo Costa e Garrido (1996, p. 54), “o conceito de
desenvolvimento sustentável surgiu em 1987, a partir do estudo realizado pela
Comissão Mundial do Ambiente e do Desenvolvimento da ONU, presidida pela
norueguesa Gro Brundtland” . Este conceito procura dar resposta às
necessidades do presente, sem comprometer a capacidade das gerações
futuras de satisfazer as suas próprias necessidades. Contém em si dois
conceitos básicos: o conceito de necessidades, em especial as necessidades
essenciais dos mais pobres deste mundo; bem como a idéia de limites
impostos pelo presente nível da tecnologia e da organização social à
capacidade de o ambiente dar resposta às necessidades de hoje e de amanhã.
Destaca-se ainda o autor SORRENTINO (in Educação Ambiental
Repensando o Espaço da Cidadania 4ª ed. 2008, p. 19) sobre a
sustentabilidade: Diante do aparente paradoxo de promover uma cidadania planetária que encare o desafio de decodificar e enfrentar essa complexa matriz de fatores que ameaçam nossa existência na Terra, além de incentivar e apoiar ações locais, inovadoras e criativas para a superação da miséria, pobreza, desemprego, niilismo e uso de drogas, entre outras questões relacionadas à luta cotidiana pela sobrevivência e pela melhoria da qualidade de vida, precisamos despertar em cada indivíduo o sentido de pertencimento, participação e responsabilidade na busca de respostas locais e globais que a temática do desenvolvimento sustentável nos propõe. É possível enunciar a existência de duas grandes tendências no campo do desenvolvimento sustentável. A primeira volta-se para a proposição de soluções que se coadunem com a necessidade de preservação da biodiversidade, conservação dos recursos naturais, desenvolvimento local e diminuição das desigualdades sociais, por meio de novas tecnologias, políticas compensatórias, tratados internacionais de cooperação e de compromissos multilaterais, estimulo ao ecoturismo, certificação verde de mercados alternativos, entre outros. A segunda volta-se para finalidades semelhantes, mas por intermédio da inclusão social, da participação na tomada de decisões e da promoção de mudanças culturais nos padrões de felicidade e desenvolvimento.
3. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA
A Região Metropolitana de Curitiba, localizada integralmente no Primeiro
Planalto Paranaense, estende-se até os limites do Segundo Planalto a Oeste e
a Leste até a Serra do Mar.
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A Estrada da Graciosa – PR410, ou Caminho da Graciosa é um dos
caminhos coloniais, em território paranaense, que atravessa a barreira natural
da Serra do Mar, integrando o litoral e o planalto curitibano.
A estrada é o caminho que inicia em Curitiba, e segue na direção NE,
contorna o Bairro Santa Cândida, passando pela Cruz do Atuba rumo ao Leste,
descendo o primeiro planalto em direção a Antonina, passando pela Serra do
Mar e indo para o litoral atlântico.
Delimitou-se como objeto de estudo a localidade Canguiri e
imediações, na Estrada da Graciosa, o trecho que vai da Cruz do Atuba
(municípios de Colombo e Pinhais) até as imediações do município de Quatro
Barras, na Região Metropolitana de Curitiba cuja distância é de 11 km
aproximadamente.
3.1. ASPECTOS AMBIENTAIS DA REGIÃO METROPOLITANA DE
CURITIBA – RMC
Para a construção do Loteamento Alphaville, localizado nesta área, foi
feito o Estudo do Impacto Ambiental - EIA da área e imediações pela empresa
RESITEC – Tecnologia em Resíduos Ltda. O material é composto de três
volumes que estão disponíveis na COMEC - Coordenação da Região
Metropolitana de Curitiba. As informações declinadas a seguir foram aí
pesquisadas.
Segundo o EIA ((1999) p.8 vol.1), fisiograficamente, a RMC, é
constituída por altas declividades na sua porção Norte, apresentando grande
potencial geológico para aproveitamento de minerais metálicos. Em sua porção
Leste, na vertente oriental da Serra do Mar, apresenta importantes mananciais
que formam e abastecem o Rio Iguaçu. Zonas extensas de relevo plano
caracterizam sua porção Sul onde os solos hidromórficos são sujeitos a
inundações e em parte apropriados à agricultura. As topografias mais
trabalhadas da sua porção Oeste são características da ocorrência de espigões
e vales onde tradicionalmente se pratica a agricultura.
Em termos climáticos, localiza-se no domínio do Clima Sub-Tropical
Úmido – Cfb (segundo Köeppen), apresentando elevada umidade e uma
temperatura média anual de 16,5 °C, sendo a média para o mês mais quente
de 20,4 °C e para o mês mais frio 12,7 °C.
A pluviosidade média para a Região Metropolitana é da ordem de
1.354 mm para o ano, não caracterizando deficiência hídrica para a Região
como um todo.
9
O processo de urbanização da RMC, que conta com 23 municípios,
está intimamente ligado ao crescimento urbano do Município pólo – Curitiba,
que desde a década de 70 passou a influenciar o processo de desenvolvimento
urbano de Municípios vizinhos. É importante ressaltar que a RMC conta com
25% da população do Estado.
3.2. ASPECTOS POPULACIONAIS E ECONÔMICOS SOCIAIS DA ÁREA
DE ESTUDO
A exemplo do que o país todo tem experimentado nos últimos 50 anos,
em um determinado ponto crítico, os efeitos transformadores, para pior, do
crescimento da população, também se abateram sobre a estrada da Graciosa,
e exatamente na região em estudo. O primeiro impacto é o causado pela
ocupação territorial local, seja ela planejada (como condomínios fechados de
alto padrão) ou não (como a Vila Zumbi dos Palmares) resultada por fluxos
migratórios que se fixaram em áreas de paisagem original. Cita-se ainda a
instalação de áreas industriais como no bairro Mauá (em Colombo), e nas
imediações de Quatro Barras e entre esta e Borda do Campo.
O trecho delimitado para a realização desse diagnóstico
socioambiental está sendo palco de instalação de fábricas e indústrias, cita-se
as áreas industriais nas imediações de Quatro Barras já com índices severos
de poluição, e o bairro Mauá em Colombo.
São exemplos de risco para o meio ambiente algumas empresas e
instalações tais como: logística de refrigeração (município de Colombo) que
estaciona veículos refrigerados em trânsito; depósitos de combustíveis para
comercialização: Posto de Combustíveis da empresa UNI (município de
Pinhais); o Posto Alphaville (município de Pinhais) e o Posto Centro Automotivo
Alphaville (município de Colombo).
A empresa Colombo Leilões com depósito de inúmeros veículos
sinistrados, imagem que não só agride a paisagem como também se verifica
constantemente focos do mosquito da dengue no local; o Cemitério Parque
Memorial Graciosa (município de Quatro Barras) e o Hospital Adauto Botelho
(município de Pinhais), ambos localizados à beira do Lago Irai (município de
Pinhais), área considerada de proteção ambiental da represa do rio Irai que
abastece a cidade de Curitiba e Região Metropolitana. Recentemente foram
instaladas torres de alta tensão que atravessam a estrada, a Fazenda
Experimental do Parque Canguiri da Universidade Federal do Paraná e
propriedades particulares.
10
Permanecem morando no município de Colombo como no município
de Quatro Barras e Pinhais muitas famílias tradicionais, cujos antepassados
ocuparam a região no fim do século XIX e início do século XX, e são
verdadeiras testemunhas da história da estrada da Graciosa. Algumas
residências antigas permanecem como foram construídas. Outro fato que
chama a atenção é que as gerações mais novas e os moradores que foram se
instalando, resultado de migrações internas e externas à região, não conhecem
este lugar, sua história, este espaço, esta paisagem. E aos poucos,
infelizmente, ela vai sendo percebida, como uma rua, uma avenida, só uma
estrada de nome bonito.
São exemplos de ocupação irregular próximo à estrada, a Vila Zumbi
dos Palmares área que foi ocupada na década de 90, hoje, porém, verifica-se o
início de uma infra-estrutura já mais organizada com rede elétrica padronizada,
água e sistema de coleta de lixo. A rede de esgoto já foi parcialmente instalada.
Por iniciativa do governo do Estado, observa-se a construção de sobrados no
lugar das antigas moradias do início da ocupação.
Já no município de Quatro Barras há ocupações desorganizadas em
loteamentos de terreno íngreme com parcial infra-estrutura, faltando a rede de
esgoto o que é um agravante, pois esta área está próxima ao Lago Irai.
Portanto, o grande problema com relação ao esgoto é que este é
lançado diretamente, sem tratamento em rios ou pequenas valas próximas às
nascentes como também em manilhas de esgotamento das águas pluviais.
Cita-se o rio Palmital, o rio Canguiri, além do lixo acumulado nas suas
margens, sua mata ciliar está comprometida e vida aquática alterada.
Segundo levantamento feito com moradores da região, a maioria
trabalha na Capital ou outros municípios da Região Metropolitana de Curitiba.
A população da região dispõe de transporte coletivo, as condições da
estrada neste trecho são satisfatórias. O movimento de veículos aumentou
sensivelmente na última década causando o aumento da poluição atmosférica
e sonora, que somados a ocupação humana vem ocasionando a expulsão e
movimentação de animais silvestres e consequente morte por atropelamento.
A população da região dispõe tanto de escolas municipais de Ensino
Fundamental de 1° ao 5° ano quanto de Colégios Estaduais de 6° a 9° ano do
Ensino Fundamental como também o Ensino Médio no município de Colombo.
Há pouco mais de três anos, no Parque Newton Freire Maia (Pinhais), antigo
Parque Castelo Branco, o Curso Técnico em Meio Ambiente abre mais
possibilidades aos jovens numa área tão emergente e urgente como é o
desenvolvimento sustentável. Neste mesmo Parque encontra-se o Parque da
Ciência aberto à visitação e que recebe alunos de várias localidades, para
11
apreciação de materiais e participação em oficinas onde os conteúdos
curriculares são trabalhados de maneira dinâmica e interativa.
Existem postos de saúde no Centro Industrial Mauá e no Bairro Santa
Rita (Colombo), imediações da região do Canguiri.
3.3. ATIVIDADES ECONÔMICAS
Um comércio diversificado se faz presente próximo à Cruz do Atuba:
pizzaria, comércio de tintas, de bebidas, farmácia, panificadora, locadora de
vídeos, peças e acessórios para motocicletas; fábrica e venda de móveis e
colchões Ronconi, entre outros; há instalações de grandes empresas já
citadas, o Centro Industrial Mauá (Colombo) em expansão e um comércio
também em expansão instalado no AlphaMall no Condomínio Alphaville. São
raras as atividades agropecuárias, havendo, em geral, caseiros nas chácaras,
numa média de uma família por propriedade.
Ainda se observam propriedades rurais, chácaras com belíssimas
casas de moradia ou para o descanso de final de semana. Essas propriedades
com importante vegetação, em sua maioria já secundária, dão ao lugar uma
sensação de respirar natureza, é qualidade de vida!
Em entrevista com moradores da localidade, muitas são as lembranças
que permanecem como registros históricos do lugar.
3.4. A INTERFERÊNCIA HUMANA NA PAISAGEM NATURAL
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico. O espaço se
dinamiza através do tempo. O trabalho resulta em forças produtivas que são
relações de produção numa relação de interdependência. Segundo Milton
Santos (2006, p.63), “o espaço é hoje um sistema de objetos cada vez mais
artificiais, povoado por sistemas de ações igualmente imbuídos de
artificialidade, e cada vez mais tendentes a fins estranhos ao lugar e a seus
habitantes.”
Este espaço é hoje um sistema de objetos cada vez mais superficiais,
povoado por sistemas de ações, é apropriado destacar as áreas dos clubes
Santa Mônica e Curitibano; a área da invernada da Polícia Militar Regimento
Coronel Dulcídio com a criação de cavalos; o campo de treinamento do Coritiba
Futebol Clube; a propriedade onde está a rádio clube; o Colégio Bom Jesus; a
propriedade da Igreja Testemunhas de Jeová; a Fazenda Experimental do
Canguiri da Universidade Federal do Paraná com áreas preservadas ainda,
12
onde os acadêmicos do Setor de Ciências Agrárias realizam aulas práticas e
pesquisas de campo. Sem esquecer que toda esta região está na APA do Lago
Irai, na localidade do Canguiri e imediações.
4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A Aplicação do Material Didático constituiu em ações realizadas com
duas oitavas séries do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, como também
com a comunidade escolar e local.
Como a proposta do Projeto era a realização de um Diagnóstico
Socioambiental da localidade do Caguiri e imediações na Estrada da Graciosa,
primeiramente aplicou-se um questionário investigativo envolvendo questões
sobre o Caminho da Graciosa e Educação Ambiental o que demonstrou um
desconhecimento do objeto de estudo em questão.
A partir das informações levantadas neste questionário, fiz minha
primeira interferência, socializando as primeiras informações, com a
apresentação de fotos e através da leitura e análise do texto do Material
Didático – Histórico da Área, sobre o início das obras da estrada, os principais
períodos históricos, os interesses e a importância desse caminho para as
comunidades de Morretes e Paranaguá, a primeira via de acesso entre o litoral
e o primeiro planalto e a origem do nome Graciosa.
A partir destas primeiras informações fizemos a localização da área
trabalhando com “mapas mudos”: no primeiro, o mapa-múndi, com os
continentes, e o destaque para a América do Sul e o Brasil. A região sul e o
Estado do Paraná no mapa do Brasil. A Capital Curitiba no mapa da região
metropolitana e os municípios de Colombo, Pinhais e Quatro Barras. Nesse
momento foram retomadas as noções de espaço maior, espaço menor e
coordenadas geográficas.
A próxima ação foi pautada na construção dos conceitos principais que
envolviam o objeto de estudo. Meu objetivo era que, a partir das informações,
os alunos pudessem concretizar a elaboração de alguns conceitos. Mas
quando se trata da elaboração individual, houve grandes dificuldades. Mesmo
assim, procurei estimular o raciocínio geográfico, construindo coletivamente
conceitos de Espaço, Paisagem, Sociedade, Trabalho, Educação Ambiental.
A sensibilização leva à uma conscientização de atitudes que podem vir
a ser ambientavelmente corretas. A educação ambiental pode ser trabalhada
objetiva e concretamente. Foi então que saímos a campo para a observação e
percepção da paisagem. Percorremos o espaço delimitado do objeto de estudo
confrontando as informações, as modificações ocorridas, os impactos
13
ambientais que evidenciavam a ocupação desorganizada e desarticulada com
a paisagem natural e histórica da região.
Complementando meu trabalho com as oitavas séries, apliquei uma
avaliação final com questões e atividades sobre o tema. Abordei a importância
de conhecer o lugar onde moramos enquanto espaço do qual fazemos parte.
Saber como era no passado e presenciar como está agora. Nossas ações
resultarão na sua preservação ou não para as gerações futuras. A principal
mensagem foi a responsabilidade em tomar atitudes ambientavelmente
corretas.
No evento realizado em novembro na escola, por ocasião do Dia da
Consciência Negra, meu trabalho pode alcançar a comunidade escolar como
também a comunidade local. Através de um questionário, levei a público
problemas ambientais que foram destacados pelos alunos durante a aplicação
do Material Didático. Os problemas ambientais deveriam ser destacados
numericamente conforme a gravidade e em seguida as soluções ambientais
propostas, também enumeradas conforme a prioridade. O objetivo era levar a
comunidade à uma reflexão ambiental do seu espaço e o dos seus filhos.
Nesta oportunidade distribui um folder com informações da área afim de
sensibilizar a comunidade para que estejam atentos aos efeitos das atividades
humanas no meio ambiente. A seguir o folder com as informações da área de
estudo produzido pela autora:
Figura 1- Folder das marcas históricas da Estrada da Graciosa.
Autora: Mariângela M. M. J. da Cunha,2010
14
Figura 2- Texto explicativo e algumas imagens da Estrada da Graciosa.
Autora: Mariângela M. M. J da Cunha, 2010.
5. CONCLUSÃO
Para o ingresso ao PDE 2009, fora apresentado um Projeto, o qual
gostaríamos de desenvolver no âmbito da escola. Este projeto foi avaliado
pelos coordenadores do Núcleo Regional de Ensino e pela Secretaria Estadual
de Educação. Deste objeto de estudo o Material Didático foi construído e
aplicado e o Artigo Científico finaliza a nossa participação no PDE.
Neste Programa constaram, os Seminários de Integração, a Formação
Tecnológica, os cursos de Fundamentos da Educação e Metodologia de
Pesquisa, os Encontros de Área, Seminários Temáticos, cursos diversificados
que contavam as horas de Inserção Acadêmica, os encontros de orientação,
cursos Específicos e também de uma disciplina isolada chamada Planejamento
e Ordenamento Territorial ministrada pelo nosso Professor Orientador. O Grupo
15
de Trabalho em Rede, a troca de experiências com colegas de várias cidades e
regiões e com os professores ministrantes, a elaboração do Projeto de
Intervenção Pedagógica, a Produção Didático-Pedagógica e agora o Artigo
Científico, possibilitaram a produção do conhecimento.
A disciplina de Geografia e Educação Ambiental quando trabalhadas de
maneira interdisciplinar favorecem a construção de valores, conceitos,
habilidades que permitem o entendimento da realidade e uma possível atuação
ambientavelmente correta no exercício da cidadania.
O Diagnóstico Socioambiental levou a Geografia para o cotidiano da
escola. Os fatos físico-naturais e socioeconômicos foram realimentados e
equacionados de maneira integrada.
Na aplicação do Material Didático os conhecimentos de espaço natural,
espaço geográfico, as Geografias da Percepção, Física, Humana, Econômica,
a Cultural e Social, bem como as noções de localização e orientação foram
tocados e alinhavados na análise da relação sociedade / natureza.
Tornar significativo o conteúdo é um dos grandes desafios da educação
contemporânea. Portanto, ao fazer o Diagnóstico Socioambiental da região do
Canguiri e imediações, área próxima à escola, localizada na Estrada da
Graciosa, o meu objetivo era explorar a História e a Geografia do Paraná,
informando a importância da Estrada da Graciosa, Caminho Histórico, primeiro
acesso litoral planalto de Curitiba, área que sofreu grandes transformações e
impactos ambientais. Era a oportunidade de se fazer conhecer a região onde
está esta comunidade, que reside e interage neste lugar.
À medida que o material didático era aplicado, os alunos começaram a
mudar sua impressão desta paisagem. Paralelamente, foi mostrada a sua
beleza bucólica, as transformações que ocorreram, os impactos ambientais e
as ações que podem minimizar esses efeitos. O sentimento de residirem numa
área que foi ocupada sem nenhuma organização deu lugar a importância de
estarem morando próximos a um caminho histórico, com vestígios da flora e
fauna originais e ainda com qualidade de vida. A educação ambiental fora além
da pauta ambiental. Promoveu-se a reflexão dos valores fundamentais para o
convívio coletivo principalmente, o respeito à integridade do semelhante e da
própria natureza.
A confecção e a entrega do folder à comunidade local e outras
comunidades através das secretarias de educação, cultura e turismo dos
municípios de Pinhais, Quatro Barras e Colombo, levou a minha contribuição,
enquanto educadora, a outras instâncias.
A minha expectativa é que este Programa prossiga aos mesmos
moldes, e que todos os professores da rede pública estadual tenham a
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oportunidade de estarem cursando, elaborando os seus projetos e contribuindo
para que os saberes se tornem cada vez mais significativos.
6. BIBLIOGRAFIA
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