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D A I N D Ú S T R I A G R A F I C A A N O XI *12 -196
D I S T R I B U Í D O P E L O S I N D I C A T O D A S I N D Ú S T R I A S G R Á F I C A S N O E S T A D O DE S Ã O P A UL
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Dezembro de 1960 1123
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1124 Boletim da Ind. Gráfica
^ " " ^ r í t i c a s t e r í a m o s e muitas para fazer. Críticas no bom sentido, apontando os males, os erros e seus remédios,
como é de nosso hábito. Entretanto, como estamos no fim do ano, na época de “paz e amor”, deixaremos as palavras porventura ásperas para o futuro. Não falaremos em greves, nem em salários, muito menos em política sindical e concorrência desleal.
Sem dúvida que 1960 foi um ano difícil. Como início de uma nova década, pouco teve de promissor. Para o Sindicato, contudo, houve grande melhoria, traduzida na maior freqüência dos associados às reuniões, no apôio mais direto à sua Diretoria e no destaque, dia a dia mais notado, na comunidade sindical de São Paulo.
Não obstante as dificuldades gerais, cumpre não esmorecer 11a luta por um Brasil melhor. Com vistas a isto é que a Diretoria do Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo formula seus votos de um bom fim de ano e de um melhor ano novo para todos os associados e amigos.
Que as bênçãos e graças Divinas propiciem a todos a tão desejada paz de espírito, aliada ao bem estar material.
#
M A N D A D O DE S E G U R A N Ç AO mandado de segurança impetrado pelo Dr. Dalla em favor de L. Niccolini S/A. e outros, objetivando o não pagamento do imposto de vendas e consignações sôbre o valor do imposto de consumo, foi concedido, por unanimidade, pelo Egrégio Supremo Tribunal Federal, conforme acórdão prolatado no recurso de n.° 7.873, publicado no “Diário da Justiça” da União, de 16 de novembro de 1960, página 6233.
A porta está aberta para outros interessados.
Dezembro de 1960 1125
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1126 Boletim da Ind. Gráfica
COMO CALCULAR A TINTA------------------- por ------------------
R O B E R T J. G A N S (Traduzido de “Modem Lithography”, janeiro/1960)
e s t i m a t i v a de gasto de tinta é um assunto tão vago e ne
buloso, que a tentativa de se escrever sôbre êle de modo definido é quase assustadora. Procurem, se quiserem, todos os artigos sôbre impressão e litografia e tôdas as fases das artes gráficas e dificilmente encontrarão três artigos sôbre como fazer estimativa de tintas, durante os últimos dez anos.
Porque é assim ? — Recentemente perguntei ao Dr. Zettlemoyer, do Instituto Nacional de Pesquisa sôbre Tinta de Impressão, se sua organização já pensou no estudo dêste assunto, e êle me disse que não. Disse-me êle que o Instituto, como todo pesquisador científico, prefere tratar com coisas exatas e a estimativa da tinta está e sempre estará longe da exatidão.
Assim chegamos ao ponto em que alguns bravos, “fazendo figa”, estão ansiosos para enfrentar o problema e dar algumas respostas ao mesmo.
Nesse artigo, discutirei todo o problema de estimativa da tinta e, então, oferecerei um método razoavelmente acurado de se calcular a quantidade de tinta necessária para um trabalho.Muitos fatores estão envolvidos.
Para nos aproximarmos corretamente do problema, deveremos rever todos os fatores que possam afetar um trabalho de impressão. E êles constituem uma legião.
Temos, por exemplo, a absorvência do papel, os diferentes sistemas de tintagem das máquinas impressoras, a temperatura da oficina de impressão, a técnica do impressor, os tipos de rôlos, a saída do trabalho etc.. Preocupamo-nos com a espessura do filme de tinta quando é aplicado ao papel e o que acontece com êsse filme durante e depois da sua aplicação. Enquanto a máquina está rodando surgem diversas mudanças com relação ao trabalho: a máquina gera calor, os rôlos começam a se dilatar e a tinta pode tornar-se pegajosa e não servir. O consumo de tinta varia à medida em que ocorrem estas mudanças.
Sabemos de caso de impressor que começa a tiragem de um determinado trabalho num certo dia e usa uma quantidade X de tinta. No dia seguinte, com a mesma máquina e o mesmo papel, êle poderá usar mais ou menos tinta. Isto pode levar a muita confusão. Na segunda-feira o impressor pode estar eufórico e tomar muito cuidado; contudo, na terça-feira, êle pode estar resfriado e de mau humor e preparar o trabalho de modo impróprio. Como resultado, usa- se mais tinta.
Naturalmente, o p a p e l tem grande influência nisso e as fábricas de papel não podem garantir níveis uniformes de absorvência, de modo que, durante uma mesma tiragem, a camada de tinta pode
Dezembro de 1960 1127
mudar, embora se esteja usando o mesmo tipo de papel.
O velho método de se fazer uma estimativa de gasto de tinta está simplesmente em se aproveitar a experiência de trabalhos anteriores e traduzi-la em números atualizados. Os velhos na arte podem olhar para uma fôlha e dizer que tal trabalho deverá gastar tantos quilos de tinta por míl folhas. Outro método é começar uma tiragem e verificar a tinta gasta depois que alguns mi- lheiros de folhas foram tirados e, então, chegar a um cálculo final. Mas muitos impressôres não têm essa experiência e os calculistas de orçamento, especialmente, querem saber a quantidade de tinta a ser gasta antes de começar o trabalho.O Sistema da polegada quadrada
Assim, precisamos ter um sistema melhor. Hoje em dia, o sistema mais popular é o da polegada quadrada. Usando-se êste método e se aplicando um pouco de senso comum e com um pouquinho de sorte, pode-se obter uma boa previsão do consumo de tinta.
Eis como êle funciona:1) Meça o número de polegadas
quadradas de tinta numa fôlha.
2) Multiplique o número de polegadas quadradas pelo número total de folhas a ser impresso.
3) Determine o número de milhares de polegadas quadradas a ser obtido com meio quilo (uma libra de tinta).
4) Divida o resultado obtido no n.° 2 pelo do n.° 3.
Aí vem você: “espere um pouco, como determinar o número pedido
no item 3 ?” Eu esperava que você fizesse essa pergunta, mas aqui vai a resposta. Para tintas offset, aqui está uma boa regra:
— Côres compactas transparentes e semi-transparentes i mp r e s s a s em papéis de superfície brilhante, calandrados ou de superfície dura darão 350.000 polegadas quadradas por meio quilo de tinta. Em papel o f f s e t obter-se-ão, aproximadamente, 300.000 p o l e g a d a s quadradas.
— Em tipografia, côres fortes dão cêrca de 200.000 polegadas quadradas por meio quilo (libra) em papel de superfície brilhante.
O Quadro para Estimativa de Tinta contido deste artigo (vêr pág. seguinte) apresenta melhores índices para tintas offset. As tintas pretas, como se pode notar, dão maior margem de aproveitamento.
Passemos à prática.Exemplo: Você tem um trabalho
que exige vermelho offset em papel offset, com uma tiragem de 90.000 impressões. Meçamos a quantidade de vermelho. Digamos que você obtém 60 polegadas quadradas. Multiplique 60 por 90.000. Isto representará o número total de polegadas quadradas a ser impresso em vermelho neste trabalho, ou sejam5.400.000 polegadas quadradas. O quadro mostra que vermelho offset dá, aproximadamente, 300.000 polegadas quadradas por libra (meio quilo) de tinta. Divida, então,5.400.000 por 300.000 e saberá que para êsse trabalho serão necessárias dezoito libras de tinta vermelha. Acrescente uma margem de perda ao número acima, para lavagens etc. Esta margem varia de 10% (dez por cento) para 5 libras a 5% (cinco por cento) para cem libras de tinta.
1128 Boletim da Ind. Gráfica
QUADRO PARA ESTIMATIVA DE TINTA OFFSET (*)
T I P O DA T I N T A PAPEL BRILHANTE PAPEL OFFSET
Pretos....................................................... 425 375Azuis......................................................... 350 300Vermelhos................................................. 350 300Púrpura.................................................... 350 300Alaranjado transparente........................ 350 300Amarelo Transparente........................... 350 300Amarelo Opaco....................................... 250 200Base.......................................................... 300 250Branco Opaco......................................... 250 200Marrons.................................................... 350 300Verdes Transparentes............................ 350 300Verniz....................................................... 425 375Tinta Prata p/Offset............................. 350 300
(*) Os números representam, aproximadamente, o número de milhares de polegadas quadradas que uma libra (meio quilo) de tinta cobrirá. Assim, uma libra de Tinta Offset Preta cobrirá 425 000 polegadas quadradas em papel de superfície brilhante, e assim por diante.
Meios-tons e TiposOuando tiver de fazer estimativa,
lembre-se de que há muitos outros fatores a se considerar. Por exemplo, se se imprime uma côr sôbre outra, a segunda côr gastará menos tinta (cêrca de 35% menos). Há papéis tão absorventes que a tinta pouco rende neles.
Qualquer processo de impressão que use um filme menos tênue de
tinta, usará mais tinta. Assim é que a tipografia usa mais tinta que offset, e assim por diante.
E assim, armado com uma régua e êste artigo, você poderá resolver qualquer problema de estimativa de tinta com a firme convicção de que você deveria ser “assentador de tijolos”. Pelo menos você sabe quantos tijolos terão de ser usados.
NUNCA TANTOS DEVERAM TANTO A TÃO POUCOS. . .”É sempre com grande satisfação que agradecemos, de público, colaborações
recebidas de associados que compreendem a necessidade de prestigiar seu órgão de classe.
Nossos agradecimentos a L. Niccolini S/A., pela confecção de inúmeros impressos para o Sindicato (mais ou menos Cr$ 50.000,00), bem como das capas do Boletim dos meses de novembro e dezembro.
Indústrias Reunidas Irmãos Spina S/A. enviaram ao Sindicato 5.000 envelopes de tipo especial para circulares, que agradecemos.
Renovamos nosso reconhecimento ao Leopoldo (Janus) por seus fotolitos e ao Jordan por suas criações artísticas que são as capas do “BIG”.
Não podemos deixar de agradecer o trabalho da São Paulo Editora S A. na confecção desta Revista.
D ezem b ro d e 1960 1129
P A R E !Pedimos a sua atenção por apenas um instante !V. S. é especialista e não lhe representa nenhuma novidade se dizemos que a impressão “Ofset” pertence aos processos, que fizeram considerável progresso no aperfeiçoamento da técnica gráfica.E, falando em impressão “OFSET”, devemos falar das máquinas PLANETA-SUPER-TERTIA PEO 4-1 e 3-1, cuja construção baseia-se em seis décadas de experiência na fabricação de máquinas de impressão.Os conhecimentos mais recentes em técnica construtiva e de impressão, nestas máquinas acharam a sua expressão mais evidente e levaram aos melhores resultados na própria impressão.
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1130 Boletim da lnd. Gráfica
Desenvolvimento EconômicoMétodos de Operação do B. N. D. E.
O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, convém recordar, é Autarquia Federal criada pela Lei n.° 1 628, de 20 de junho de 1952, a qual foi modificada pela Lei n.° 2 973, de 24 de novembro de 1956. A finalidade imediata do b n d e , isto é, o objetivo da sua criação foi o financiamento dos gastos, em moeda nacional, dos projetos recomendados pela Comissão Mista Brasil-Estados Unidos para o Desenvolvimento Econômico. A parcela em moeda estrangeira do custo de tais projetos seria financiada pelo Export Import Bank ou pelo Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento.
Com o correr do tempo, tendo em vista que nem todos os projetos da Comissão Mista foram contemplados com financiamentos externos, a finalidade do b n d e foi, sob certo aspecto, ampliando-se. Hoje, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico é uma instituição do Governo, com a finalidade de promover o financiamento de projetos imprescindíveis ao desenvolvimento econômico e cuja realização seria inviável sem o seu concurso financeiro. É, pois, caracteristicamente, uma instituição financeira de última instância.
a) Fonte dos recursosOs recursos do b n d e provêm, pre-
cipuamente, do empréstimo compulsório cobrado como adicional ao imposto de ienda das pessoas físicas e jurídicas. Além disso, o Banco ficou encarregado da aplicação dos recursos, em cruzeiros, provenientes dos acordos de excedentes agrícolas com os Estados Unidos e conta, também, com os dividendos distribuídos ao Govêrno Federal pelas Sociedades de Economia Mista, exceto a p e t r o b r Ás e as sociedades mistas bancárias. Conta, ainda, o Banco, mas apenas para aplicação transitória, com os depósitos de alguns fundos especiais, como o Fundo de Marinha Mercante, o Fundo Rodoviário Nacional, Fundo Federal de Eletrificação, Fundos de Renovação Patrimonial e de Melhomento das Ferrovias.
No que concerne à proveniência dos seus recursos, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico
não apresenta semelhança alguma com os bancos de depósitos; êsses recursos resultam, essencialmente, de empréstimos resgatáveis a longo prazo, enquanto os dos bancos comerciais são constituídos, em sua maior parte, pelos depósitos à vista ou a curto prazo. Aliás, sendo os empréstimos que realiza de longo prazo, nada mais natural que os seus recursos sejam também tomados com idêntica prática. O prazo para resgate do empréstimo compulsório é de 20 anos, iniciando-se a amortização a partir do 6.° ano.
Em 31 de dezembro de 1959 o montante de recursos à disposição do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico se distribuía da seguinte maneira:° Em Cr$
(bilhões)a) Capital Próprio e Reservas . . 4,6b) Fundo de Reaparelham ento
Econômico (Adicionais ao Im posto de Renda etc.) ............... 31,0
c) Empréstimos Externos ............ 7,2d) Exigível a Curto Prazo .......... 17,5
T o t a l ............................... 60,3
Dezembro de 1960 1131
b) Características das operaçõesGeralmente, as operações finan
ceiras do b n d e assumem a forma de empréstimo a longo prazo com garantia real, mas a instituição está também autorizada a subscrever ações e a conceder o seu aval sôbre empréstimos em moeda estrangeira.
Conquanto os empréstimos do b n d e sejam essencialmente de longo prazo, a instituição não opera, neste particular, com limites rígidos. O prazo de seus empréstimos é estabelecido em função da rentabilidade do projeto, podendo extender-se até por 20 anos para os projetos ferroviários e de energia elétrica, ou ser inferior a 5 anos, como acontece para alguns projetos industriais altamente rentáveis. Embora o banco em apreço tenha adotado inicialmente a prática de estabelecer taxas de juros diferenciais, segundo a rentabilidade do setor de aplicação, a tendência que se vem observando é para a uniformização dessas taxas no limite máximo legal, isto é, 12% ao ano, afora a comissão de abertura, de 1 % cobrada de uma só vez, e a taxa de fiscalização, também del% por ano.
Verifica-se, pois, que apesar de ser um Banco de fomento, o b n d e pratica taxas de juros mais elevadas do que, por exemplo, as do Banco do Brasil para empréstimos industriais. Nas condições brasileiras, e como a desvalorização da moeda tem superado, por longa margem, a taxa de juros máxima permitida por lei, não há porque recriminar a prática do b n d e de cobrar taxas tão elevadas quanto possível, pois, com isso, está a instituição apenas procurando defender os seus recursos de deteriori- zação.
De resto, a experiência dos últimos anos tem indicado que a taxa de juros de 12% ao ano ainda representa forte subsídio ao tomador de empréstimos. Aliás, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico está autorizado por lei, com o objetivo de defender seus recursos contra a desvalorização da moeda, a aplicar a cláusula ouro nas suas operações de crédito. Na prática, entretanto, esta aplicação tem se provado inviável em face das condições institucionais vigentes.c) Critérios de seleção de projetos
A primeira condição a que um projeto deve satisfazer para ser passível de financiamento pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, é o seu enquadramento no campo das atividades por êle financiáveis, as quais estão definidas na lei: sistemas de transporte em geral, energia elétrica, indústria básica, silos e armazéns, matadouros frigoríficos e desenvolvimento da agricultura.
Uma vez satisfeita a preliminar de enquadramento legal, deve o projeto atender a uma outra condição, qual seja a de revestir-se de especial interêsse para o desenvolvimento da economia nacional. Para tanto, é necessário que o projeto venha suprir uma deficiência efetiva da economia nacional; é mister que a atividade a implantar ou expandir, constitua uma lacuna na estrutura da economia nacional, ou se trate de atividade capaz de representar um fator dinâmico do desenvolvimento, impulsionado- ra das outras atividades.
Em vista disso, ficam automàti- camente excluídas do campo finan- ciável pelo b n d e tôdas as atividades produtoras de bens ou de servi
1132 Boletim da Ind. Gráfica
ços de consumo, salvo casos excepcionais, como o serviço de transporte de passageiros em larga escala ou a produção de energia elétrica, que podem ser indistinta- mente utilizadas para fins industriais ou para usos domésticos. De modo geral, as construções destinadas a fins habitacionais, bem como os melhoramentos urbanos, estão excluídos, embora para o abastecimento dágua exista um esquema especial de financiamento, que, aliás não tem funcionado.
As atividades financiáveis pelo Banco são, portanto, de maneira geral, aquelas produtoras de bens ou serviços de produção: matérias- primas industriais, equipamentos em geral, transporte, armazenagem e energia elétrica.
Ao apreciar um pedido de financiamento, o b n d e não faz qualquer distinção no tocante à região do país em que se localizará o empreendimento. Procura, entretanto, no caso de projetos para as áreas menos desenvolvidas, avaliar o impacto do projeto sôbre a economia regional. Muitas vezes um projeto é de fundamental importância para o desenvolvimento de determinada região. Neste caso, é provável que o Banco concorde em financiá-lo, muito embora o seu significado, em têrmos nacionais, seja inperceptível.
Quanto à dimensão do projeto, não há qualquer limitação formal. Na prática, entretanto, é altamente improvável que venha o b n d e a financiar um pequeno projeto cujo investimento total seja, por exemplo, inferior a Cr$ 50 milhões. Não porque tenha, a entidade, qualquer preconceito contra os pequenos projetos, mas pela simples razão de que seus métodos de operação e os
critérios utilizados para a seleção, tornam pràticamente impossível o seu atendimento por parte de uma pequena unidade de produção.
Primeiramente, há a considerar que, de modo geral, a pequena unidade produtiva se dedica à produção de bens de consumo, o que exclui, logo de saída, a grande maioria dos pequenos projetos. Em seguida, é muito difícil aceitar a im- prescindibilidade de uma pequena unidade produtiva para o desenvolvimento da economia nacional. Por outro lado, o pequeno projeto exige para a sua realização recursos de pequena monta, que o empresário poderá mobilizar no mercado de capital.
Finalmente, esta é a outra condição que o b n d e exige para financiar um projeto: a impossibilidade de mobilização de recursos de outras fontes. O projeto pode satisfazer tôdas as condições, mas o Banco só outorgará o empréstimo se ficar convencido de que o empresário não tem outra alternativa para a mobilização dos recursos necessários à sua realização. Êste procedimento, como é óbvio, é adotado porque a solicitação de recursos ao Banco é muito superior à sua capacidade de financiamento. E tem sua justificação no fato de que, nas condições vigentes na economia brasileira, tomar empréstimos é sempre bom negócio. Por isso, a tendência natural dos empresários é a de obter empréstimo para a realização de projetos julgados prioritários do ponto de vista da economia nacional, reservando, muitas vêzes, seus recursos próprios para empreendimentos que não contem com o favor oficial.
(Desenvolvimento & Conjuntura julho/1960)
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1134 Boletim da Ind. Gráfica
Um lider em educação de artes gráficas declara que as indústrias gráficas têm de
CRESCER, INCORPORAR-SEOU
sai r do n e g ó c i o ^por
S A M U E L M. B U R T(Diretor do Conselho de Educação da Indústria
de Artes Gráficas)
(traduzido de “Modern Lithography”, março de 1960)
Y J o r q u e d e v e r e m o s preocupar- nos com os anos da década de
1970, logo agora que estamos entrando na dos 60 ? Realmente, não precisamos preocupar-nos se nenhum de nós planeja existir depois desta década; ou, se planejamos estar por aqui, pelo menos que não estejamos na indústria gráfica. Mas se pensamos em ficar e permanecer na indústria de artes gráficas, então êstes sessentas são simplesmente um prelúdio, um período de mudança, um período de planejamento, estabelecendo e atingindo objetivos que conduzirão a uma fase inteiramente nova no desenvolvimento histórico da indústria de impressão e publicidade. Na opinião dos estudiosos da nossa indústria, êstes dez anos serão tão importantes para nós como foram as décadas iniciadas nos anos de 1550, 1880 e 1900.
Num discurso recente, Don H. Taylor, Presidente da Associação (*)(*) Extratos de uma conferência pronunciada por um técnico em educação para as artes gráficas, nos Estados Unidos. Das palavras do confe- rencista nota-se que lá, como aqui, o problema de mão de obra especializada é grande e tende a se agravar nos próximos anos. Conhecedor profundo da indústria gráfica e seus problemas, não só de mão de obra, mas de direção e equipamento, o orador nos dá uma idéia do que será nosso setor industrial daqui a dez ou quinze anos.
de Empregadores Gráficos de Nova York e um dos mais proeminentes conhecedores da nossa indústria, disse:
“O fato é que no fim desta fabulosa década de 1950 — no fim do arco-iris do aumento das vendas — um grande número de nossas firmas descobriu não uma arca de ouro, mas, somente, que seu equipamento estava dez anos mais velho”.
O Dr. Taylor continua a citar passagens de um discurso feito por Edward Blank, diretor de produção de sua organização, o qual recentemente predisse que “ocorrerão mais mudanças tecnológicas em nossa indústria nos próximos 15 anos do que já ocorreram nos últimos 500 anos”.
Esta, então, é uma segunda realidade: a oficina gráfica dos anos de 1970 será tão diferente da de hoje, como esta difere da dos dias de João Guttenberg.
Oue espécie de oficinas emergirá durante a próxima década e predominará na de 1970? Já podemos ver muito do futuro nas tendências em andamento. Durante os próximos anos, estas tendências serão con- sideràvelmente aceleradas e estarão firmemente estabelecidas na década de 1970.
Dezembro de 1960 1135
CRESCER OU ACABARA oficina gráfica das duas pró
ximas décadas será muito bem dirigida. Haverá menor número de indústrias gráficas e o número médio de empregados em cada oficina será muito maior do que hoje. Sabemos disso porque vemos que já está começando a acontecer. Muitas oficinas pequenas e médias estão incorporando-se a outras, saindo do negócio ou, apenas, mantendo-se com pequena ou nenhuma margem de lucro.
A indústria gráfica de hoje tem de crescer para manter-se, associar- se (o que para os fins do nosso raciocínio é sinônimo de crescer) ou sair do negócio.
Com o crescimento virá a capacidade financeira para empregar organizações especializadas em racionalização do trabalho, as quais, por sua vez, aplicarão seu talento na pla- nificação e execução de programas referentes à aquisição de equipamento eficiente, de operações administrativas e da própria oficina também com eficiência, e programas efetivos de pessoal, tudo destinado a operar a oficina, produzir e vender com lucro. O custo das operações será reduzido ao mínimo, em termos de atender à demanda do freguês e manter os standards de qualidade e quantidade em cada fase de operação da oficina. Para se conseguir isto, o pessoal encarregado de orientação profissional investirá dinheiro em pesquisa, educação e treinamento, bem como em equipamento e outras facilidades.
Na oficina encontraremos equipamento de grande complexidade, operado por controles eletrônicos, medidores e gráficos. O impressor receberá não somente o papel, tinta
e modelos para o trabalho, mas receberá, também, instruções que poderão incluir leituras dos medidores de eletricidade estática, controle de humidade e do papel em relação à máquina, às tintas etc.; pressões a serem mantidas nos vários pontos da máquina; leitura de instrumentos para serem anotadas num gráfico quanto à côr etc.; velocidade à qual a máquina deve ser operada etc. E o mesmo acontecerá em outras secções da fábrica.
Não há nada de imaginário no que postulo. Inacreditável é que a indústria gráfica neste País esteja tão atrazada em relação às outras, tanto em têrinos de tecnologia como de direção. Muitas razões já foram apresentadas para êsse atrazo e, algum dia, alguém escreverá uma dissertação sobre o assunto em forma didática. Por certo isso nos ajudará a entender melhor os problemas do futuro da indústria gráfica e, talvez, a resolvê-los mais fàcilmente. Basta citar um defensor da nossa indústria, o qual disse recentemente:
“A indústria gráfica, apesar de ter nascido há mais de 500 anos, é na realidade uma criança que começa a entrar na adolescência”.
Se isto fôr verdade, há um grande número de gráficos que, como alguns adolescentes, poderão ser chamados de delinqiientes juvenis; a sociedade — e a nossa indústria — pode muito bem tratar de afastá-los
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Que espécie de gente precisaremos p a r a dirigir estas gráficas das duas próximas décadas, para operar o equipamento e para vender o impresso produzido ? Já aceitamos o fato de que precisa
1136 Boletim da lnd. Gráfica
remos de pessoal encarregado de orientação profissional. Teremos número suficiente destas pessoas ? De onde elas virão ? Precisaremos de número maior ou menor de operários especializados — verdadeiramente, teremos mesmo necessidade de operários especializados como os conhecemos hoje ? Precisaremos de pessoal técnico ? E se precisarmos, onde iremos obtê-los e como iremos treiná-los ? Precisaremos de mais ou de menos gente não especializada ? Sejam quais forem nossas necessidades de pessoal, precisamos tomar algumas decisões concernentes às pessoas, e sua educação e treino levarão no mínimo cinco, mais provàvel- mente dez e, com certeza, quinze anos para começarmos a ver resultados reais em termos de quantidade e, mais tempo ainda em termos de qualidade.
Mesmo na Rússia, êles não podem decidir num dia que precisam de um certo tipo de pessoal treinado e tê-lo no dia seguinte. Os sêres humanos não são máquinas que possam ser feitas ou alteradas de acordo com um plano ou especificação de um chefe. A Rússia pode ser capaz de conseguir seus objetivos em mão de obra mais depressa que os Estados Unidos, mas os russos ainda têm de trabalhar nos seus planos qüinqiienais, setenais e decenais.
ESC A S S E I APESSOAL ESPECIALIZADO
Hoje há um afluxo cada vez menor de pessoas com estudo e treinamento colegial para direção em nossa indústria. O Instituto de Tecnologia de Carnegie e o Instituto de Tecnologia de Rochester têm comunicado, consistentemente, há anos, a existência de um mínimo de seis novos empregos para cada
um dos seus formandos. Nos últimos dez anos, um certo número de colégios nos Estados Unidos estabeleceu programas de um curso de quatro anos para direção de indústria gráfica.
Não obstante as reservas e perguntas concernentes aos programas, sabemos que há demanda de graduados por êsses colégios. Mas, embora parecesse que um número maior de colégios estabeleceria programas adicionais para nossa indústria, sabemos que o tremendo afluxo de jovens aos colégios está fazendo com cjue os mesmo revejam seus programas e, muitos deles estão considerando a eliminação de cursos especializados para indústrias. A Universidade de Colúmbia já eli- mi do seu currículo a indústria gráfica, e sabemos de boa fonte que a Carnegie está pensando sèriamente em fechar sua Escola de Direção de Indústria Gráfica.
Essas atitudes nada têm que ver com a necessidade que a nossa indústria tem de pessoal com educação colegial; são ditadas pela evolução da filosofia de uma educação mais elevada. Esta evolução se faz no sentido de que os colégios estabeleçam um programa de educação geral, de quatro anos, deixando a educação especializada e profissional para escolas mais graduadas.
Assim, enquanto durante muitos anos nossa indústria procurou no Instituto de Tecnologia de Carnégie e em mais uns poucos colégios o pessoal preparado, agora somos forçados a procurar outras soluções. O Carnegie, sem dúvida, continuará com seus cursos elementares para a indústria gráfica, mas esta deve persuadir Carnégie, Colúmbia e outros colégios a manter programas de curso secundário para ela.
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Ao mesmo tempo, devemos intensificar e aumentar nosso apôio a outros colégios desejosos de manter cursos elementares para a indústria gráfica, a fim de atender às necessidades de pessoas capazes neste campo.
Se as predições de uma necessidade cada vez maior de pessoal com educação colegial para nossa indústria estiverem corretas, muitas de nossas organizações deverão estar preparadas para empregar pessoas formadas em cursos de administração geral de negócios e desenvolvê- las com programas internos de treinamento de vendas, direção e outras necessidades profissionais da indústria.
*
# *Tendo discutido brevemente os
programas para suprir as necessidades de pessoal com treino colegial para nossa indústria, chegamos ao problema de saber que espécie de gente precisaremos em nossas oficinas para operar a espécie de equipamento e manter os standards de produção e qualidade que descreví acima. Pode êste pessoal que trouxemos e estamos trazendo para nossas oficinas, como aprendizes e operários especializados, operar os novos tipos de equipamentos e aprender as novas técnicas e processos das oficinas da década de 1970 ?
Atualmente estão sendo feitas tentativas no sentido de elevar o grau de conhecimento e especialização dos operários e, segundo informações que tenho recebido, se o “aluno” fôr cuidadosamente selecionado para o programa de treinamento, não há problema. Mas, não deveriamos estar trazendo para nossas oficinas jovens que tivessem
sido cuidadosamente selecionados primeiro em sua habilidade de se ajustarem a novas técnicas e processos, capazes e desejosos de aprender aqueles novos desenvolvimentos que com tôda certeza estarão entrando em nossa indústria nas duas próximas décadas ?
Apenas um punhado de indústrias gráficas está considerando êste problema, e um número menor ainda está fazendo algo a respeito. E, contudo, se e quando estiverem prontas para instalar equipamento novo e novos processos, daqui a cinco ou dez anos, elas encontrar-se-ão face a face com o problema de tentar retreinar pessoas que não têm capacidade nem desejo de reaprender. As modernas práticas de relações industriais não permitem a despedida sumária dessa gente — e o que farão nossos empregadores ?
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Cêrca de 250.000 pessoas viram os novos processos técnicos apresentados na 7.a Exposição Educacional de Artes Gráficas, que se realizou em Nova York, os quais terão uma tremenda influência no tipo de pessoas que nossa indústria deverá empregar e treinar. Durante a Exposição, foram comprados milhões de dólares de novos equipamentos por firmas de tipografia e litografia, que os viram em demonstração. Uma das razões porque compraram êsse equipamento é, estou certo, o fato de o terem visto em operação, o que lhes proporcionou uma visão dos problemas que poderão ser solucionados na produção e nas vendas. Contudo, uma coisa de que as pessoas por certo não se deram conta, disto tenho certeza, é de que êsse equipamento, na Exposição, estava
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sendo operado pelos melhores e mais bem treinados técnicos e má- quinistas que os fabricantes puderam encontrar. Mas, quando o gráfico comprou a máquina, êle não comprou o operador com ela. Daí, para que servirá êste equipamento novo, as novas técnicas e novos processos se não temos a mão de obra própria para total utilização e aproveitamento dessas novidades que veem para nossa indústria ?
É claro que não podemos esperar que pessoas que apresentam um mínimo de qualidades e aptidões, ou que não tenham capacidade intelectual possam por-se em dia com as novas técnicas e processos, nem que pessoas sem instrução tenham capacidade e habilidade, para operar os novos tipos de equipamento que estamos trazendo para nossas oficinas.
Como já foi salientado por L. C. Shorno, presidente do Conselho de Educação, “somente o industrial gráfico que dispõe de uma boa equipe em sua oficina pode levar vantagem sôbre seus competidores. Pensar em atualizar e modernizar uma indústria sem dar a devida consideração ao pessoal necessário, é bobagem”.
Deste modo devemos encarar uma outra realidade, se quisermos manter-nos no negócio para lá de 1970.
“Devemos aceitar o fato de que os milhões de dólares que possamos despender em equipamento novo serão totalmente inúteis, a menos que, ao mesmo tempo, estejamos preparados para gastar tempo, esforço e dinheiro para obter gente que tenha habilidade para operar êsse equipamento”.
Será que as pessoas que teremos em nossas oficinas serão ainda espe-
pecializadas, segundo o entendimento que temos desta palavra hoje, ou serão simples operadores de máquina, ou algo parecido ? Verdadeiramente, não faz diferença. O importante é que preparemos agora êste pessoal, para quando precisarmos clêle.
Assim, além da preocupação que já temos devido à falta de mão de obra especializada, que já afeta nossa indústria, temos o problema de determinar que espécie de gente necessitamos para nossa oficina no futuro próximo — oficina que terá um equipamento que não podemos descrever com exatidão qual seja e que precisará de gente para executar certos serviços que não podemos, ainda, definir.
Afinal isto não é tão ruim como parece, porque já sabemos muitas coisas sôbre a especialização de que que necessitamos. A habilidade necessária estará entre a de um operário especializado e um engenheiro, tendo já sido definida pelas autoridades como sendo de um “técnico”. É interessante saber-se que, ao que parece, teremos necessidade de dois tipos de técnicos na indústria moderna e em crescimento de hoje: o técnico administrativo e o técnico de produção.
O técnico de produção, como descrito pelas autoridades que estudam o assunto, trabalhará na oficina, utilizando uma variedade de instrumentos necessários à determinação e especificação de standards de controle de qualidade, controle de registro e humidade, e será responsável pela qualidade final do trabalho, obedecidos os standards pré-estabe- lecidos.
Dependendo do tamanho da indústria, do número de departamentos e do número de emprega
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dos, poderá haver um ou mais dês- tes técnicos, ou estas responsabilidades técnicas poderão ser parte da função de um supervisor.
Não obstante os deveres que lhe são cometidos, êle deve ter sempre em mente os problemas da colocação do papel e da tinta, e deve estar preparado para especificar o melhor modo de fazê-lo; êle deve estar sempre pronto para simplificar os métodos de produção; êle deve estar capacitado para escrever instruções e comunicar-se verbalmente com o pessoal da oficina. Seus arquivos devem ser precisos e êle deve estudá-los constantemente a fim de poder desenvolver novas técnicas para manter o alto nível de produção, dentro dos padrões de qualidade exigidos. E êle deve estar intimamente familiarizado com o uso dos muitos instrumentos técnicos existentes na indústria, para aquilatar e controlar a qualidade etc.
O técnico administrativo terá a seu cargo o manuseio de ferramentas e instrumentos que dizem respeito a funções específicas tais como cálculo de estoque, controle de compra e de outros deveres de escritório que não digam respeito à contabilidade, vendas, finanças, direção de pessoal, chefia de escritório etc.
Nosso t é c n i c o administrativo deve saber como especificar e pedir papel, tinta, chapas e outros materiais para a produção de um determinado trabalho de impressão. Êle deve estar intimamente familiarizado com os vários processos de produção de modo a poder determinar e especificar que processo deverá ser usado num determinado trabalho de impressão; êle deve saber medir
uma cópia e colocá-la na escala; êle precisa saber a capacidade de produção das várias máquinas da oficina; êle deve saber usar a régua de cálculo e os vários quadros e tabelas para estimar fatores de tempo e custos de produção para diferentes tipos de trabalho de impressão; êle deve saber calcular quanta tinta é necessária para um certo trabalho a ser impresso etc.
Acidentalmente, podemos esperar certo número de mulheres capazes para êsses trabalhos em nossas fábricas.
O técnico de impressão (técnico administrativo) é por certo um tipo novo de pessoa em nossas indústrias, e há uma demanda crescente dêles.
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RECRUTAMENTO - QUANDOAgora chegamos a uma questão
verdadeiramente básica: quandoobteremos o pessoal para nossas indústrias na década de 1970? Agora? Durante a década de 1960 ? Na de 1970 ? Na de 1980? Se planejarmos agora têrmos o pessoal de que necessitaremos, e começarmos um programa de ação agora com as autoridades escolares em todos os níveis de nosso sistema educacional, teremos o pessoal necessário quando dêle tivermos necessidade. É meu dever prevení-los, contudo, que a complacência que a maioria dos industriais tem mostrado em relação à política e aos problemas do pessoal de direção durante as duas últimas décadas redundará, seguramente, num menor número de industriais gráficos nas duas próximas décadas.
1140 Boletim da Ind. Gráfica
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Comercial do Consulado Geral da França em São Paulo a carta abaixo transcrita, cujos termos poderão interessar aos industriais gráficos, para seus técnicos ou para seus filhos.
“Tenho a honra de levar ao conhecimento de V.S. que o Govêrno francês decidiu conceder certo número de bolsas no ramo de impressão, dentro do quadro de cooperação técnica bilateral França-Brasil.
Êsses estágios constam duma estadia de 4 a 6 meses na França, que permitirão aos engenheiros brasileiros consagrar-se ao estudo dos seguintes pontos, numa indústria de artes gráficas especializada em tipografia, offset e heliograma:
— técnicos de impressão em côr;— técnicos de fabricação de rota
tivas;
— organização duma escola profissional dêste ramo;
— iniciação aos novos processos toto- eletrônicos de composição.
Essas bolsas estão destinadas a engenheiros possuindo pelo menos dois anos de prática profissional e dispondo de bom conhecimento da língua francesa.
Ficaria muito grato à V. S.a se pudesse transmitir essas indicações aos membros do seu Sindicato.
Para quaisquer informações complementares, os interessados podem dirigir-se ao meu adjunto, sr. Glaude F ih e y .
No entanto, desejo salientar que o número de bolsas oferecidas no momento é bastante reduzido, mas poderá ser aumentado em função do interesse manifestado pelos engenheiros.
Apresento-lhe, Senhor Presidente,
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Freqüentemente, nas ocasiões em que o Governo estabelece novas medidas fiscais ou quando é alterada legislação que diga respeito ao contrato de trabalho, ou aumentado o salário mínimo, inúmeros industriais perguntam se “o Sindicato não vai tomar nenhuma medida contra, se não vai impetrar mandado de segurança”. Outros dizem estar informados que a Federação das Indústrias já impetrou mandado de segurança etc......
Para bem esclarecer o assunto, damos abaixo ementa de acórdão do Egrégio Supremo Tribunal Federal, referente a recurso em mandado de segurança.
“O mandado de segurança se destina à proteção de direito líquido e certo, postergado por ato de qualquer autoridade, mas pressupõe
subjetivo do im petrante. Assim, as entidades ou associações de classe, por maior que seja seu interesse, não podem usar do mandado de segurança em defesa do direito de seus associados ou integrantes, pois que só a éstes, individualmente, é outorgada a garantia constitucional atinente ao “writ". Indeferimento do pedido formulado por uma entidade sindical, jun tamente com um órgão de tutela, fiscalização e disciplina do exercício da profissão de economista”.
(S.T.F. rec. mandado de segurança n.° 6899 - D.J.U. - 11-7-960, pág. 932).
#S A L Á R I O M Í N I M OO decreto n.° 49.119-A, que aprovou
as novas tabelas de salário mínimo, entrou em vigor no dia 18 de outubro de 1960, data da sua publicação no Diário oficial.
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*Composto e impresso nas oficinas da São Paulo Editora S. A. — Rua Barão de Ladário, 226 — São Paulo, Brasil.
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SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS NO ESTADO DE
SÃO PAULODiretoria
T h eobaldo D e N igris — Presidente Bertolino G azi — Secretário
D am iro d e O liveira V o lp e — TesoureiroSu p l e n t e s
V ito ] . C iasca , José J. H . P iere tti e L u iz Lastri
Conselho FiscalJorge Saraiva Bruno C anton D a n te Giosa
Su p l e n t e sR ubens Ferreira e Jair G eraldo R occo
Delegados na FederaçãoT h eobaldo D e N igris
F elício Lanzara P ery B om eisel
Su p l e n t e sJoão A n dreo tti, José N apolitano
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