Da Medicina Heróica à Homeopatia

Embed Size (px)

Citation preview

  • livro

    s

    Da medicina herica homeopatia: a inveno de uma teraputica vitalista

    Em Prefcio ao livro de Regina Andrs Rebollo, o filsofo Maurcio de Carvalho Ramos nos apresenta uma breve e instigante introduo, propondo que um dos mritos da autora se refere ao tratamento por ela dispensado compreenso do papel do vitalismo na origem, na constituio e no desenvolvimento das cincias modernas. Segundo Ramos, o livro parece corroborar uma impresso tambm sua a respeito do fato de que o uso de uma imagem vitalista da cincia continua indispensvel para organizar nossa compreenso das cincias da vida e da sade em sua articulao com a cultura cientfica moderna, pelo menos da perspectiva de uma epistemologia histrica que se interessa pelo aspecto orgnico dessa cultura (Ramos apud Rebollo, 2008).

    E a leitura deste belo livro propicia a apreenso da convergncia (ou aglutinao) de valores dspares no cerne de um sistema mdico como a homeopatia, alm de abrir a possibilidade para entrevermos aquilo que soobrou em face do primado das cincias ditas modernas, vidas por objetividade e em constante

    REBOLLO, R.A. Cincia e metafsica na homeopatia de Samuel Hahnemann. So Paulo: Associao Filosfica Scientiae Studia, 2008.

    Messias Basques1

    1 Laboratrio de Antropologia da

    Cincia e da Tecnologia, Universidade Federal do

    Rio de Janeiro (LACT-UFRJ). messias.basques@

    gmail.com

    v.13, n.30, p.229-33, jul./set. 2009 229COMUNICAO SADE EDUCAO

    luta para extirpar de suas prticas qualquer apelo a noes tais como: metafsica, esprito, efeito placebo e eficcia simblica. Ramos nos fala das possibilidades de se instaurar, nesses meandros, uma antropologia da cincia que faa da homeopatia um prisma a partir do qual possamos vislumbrar as relaes (sempre tensas) entre o sonho de uma eficcia integralmente objetiva e as prticas dos ditos charlates que no param de pr em cena outras culturas teraputicas, avessas austeridade da cincia e sua legitimidade (Marras, 2004, Stengers, Nathan, 1995; Lvi-Strauss, 2003, 1949).

    Poderamos sugerir, ento, que uma inquietao percorrer todo o livro de Rebollo, a saber: como foi possvel aceitar princpios e entidades francamente espirituais, dinmicas e vitais como fundamentos de uma medicina que se pretendia fiel ao mtodo newtoniano, a certo empirismo radical e a uma farmacologia experimental? Tal como notou Maurcio Ramos, esta a questo que Rebollo procurou problematizar em sua reconstruo racional da histria das cincias da vida sob uma perspectiva epistemolgica histrica, j que neste ponto

  • 230 COMUNICAO SADE EDUCAO v.13, n.30, p.229-33, jul./set. 2009

    que enfrentamos diretamente o problema da cientificidade de atividades e teorias modernas que se afastaram do eixo fsica-matemtica ou, o que parece ser o caso da homeopatia, a ele se alinharam de maneira heterodoxa (Rebollo, 2008). Em suma, Rebollo nos fala de uma homeopatia hahnemanniana que poderia ser caracterizada como uma tecnologia vitalista, que cria uma desarmonia artificial destinada a restabelecer a harmonia das foras naturais do organismo, enquanto suas medicinas rivais pretendiam dominar essas foras naturais para criar uma harmonia artificial (Rebollo, 2008).

    Antes de falar dos captulos que compem o livro, cabe aqui apresentar, ao leitor, a teraputica em questo. A homeopatia um sistema mdico criado entre os anos de 1796 e 1810 pelo mdico e qumico alemo Samuel Christian Friedrich Hahnemann. Formado em medicina em Erlangen, em 1779, Hahnemann lecionou na Universidade de Leipzig de 1812 a 1821. Por discordar basicamente do programa mdico da poca, do uso nem sempre controlado dos mtodos teraputicos e da utilizao indiscriminada de substncias nocivas ao organismo humano, Hahnemann lanou, em 1810, as bases de sua doutrina mdica com a publicao do Organon da medicina racional (Rebollo, 2008).

    Regina Rebollo nos diz que os princpios da homeopatia foram teorizados a partir de 1790, mas que somente em 1810 Hahnemann apresentaria a teoria de forma sistemtica e completa. Durante essas duas dcadas, trabalhou exaustivamente, reunindo tradues e estudos mdicos, informaes, experincias qumicas, farmacuticas e clnicas que pudessem servir como matria para a elaborao de seu novo sistema. O projeto cientfico de Samuel Hahnemann destinava-se criao de um sistema mdico e teraputico inteiramente fundado na verdade experimental e que pudesse substituir os saberes legados do sculo XVIII e incio do sculo XIX, considerados, por ele, excessivamente hipotticos. E a autora nos revela que optou justamente por uma anlise das bases cientficas e metafsicas da homeopatia, assim como elas se apresentam na sua verso final na sexta e ltima edio do Organon da arte de curar, inteira e detalhadamente revisada por Hahnemann em 1842, um ano antes de sua morte (Rebollo, 2008).

    O primeiro captulo do livro de Regina Rebollo

    foi intitulado Medicina e Mtodo, e tem incio com um aforismo do Organon da arte de curar, no qual Samuel Hahnemann afirma que o mdico deve ter a cura como a sua misso fundamental, e no a construo de teorias ou sistemas mdicos que forneam pouca ou nenhuma ao eficaz do ponto de vista da clnica. Alando o estatuto de cincia experimental, sua homeopatia postulava a criao de um mtodo de cura certo e seguro, baseado na observao e na experincia, numa arte ou maestria de curar que deveria proceder de forma rpida, suave e duradoura, e na qual o tratamento deveria, portanto, ser menos doloroso e menos prejudicial do que a prpria doena (Hahnemann apud Rebollo, 2008). Donde a prescrio do medicamento necessariamente deveria ser precedida por uma avaliao das singularidades da doena. E sua farmacologia fundamenta-se, assim, em trs princpios bsicos: a lei do semelhante, as doses infinitesimais, e a prescrio individualizada.

    Para cumprir tais princpios, Hahnemann pe em prtica um programa de pesquisa cuja arquitetura metodolgica inteiramente construda com base em elementos metafsicos, epistemolgicos e metodolgicos extrados de vrios autores, dentre eles mdicos e filsofos naturais da poca e dos sculos anteriores. De toda maneira, o problema central da medicina do perodo era basicamente o de ajustar teoricamente a ao teraputica, isto , apresentar uma explicao racional da interveno mdica que tivesse sido elaborada com base num conhecimento perfeitamente estruturado, cujo modelo era o conhecimento experimental e observacional isento de hipteses metafsicas. A homeopatia de Hahnemann tinha o anseio de se tornar uma cincia inteiramente fundada em observaes sistemticas (Rebollo, 2008).

    Para Hahnemann, o mtodo ideal seria aquele que, tal como preconizado por Hipcrates, Francis Bacon, Thomas Sydenham e Albrecht von Haller, conjugasse a observao e a experincia e cuja verdade fosse extrada dos fenmenos observveis e generalizada pela induo. Mesmo tendo aderido ao quadro geral de interpretao mecnico-corpuscular, Sydenham (1621-1689) aceitara a noo de physis, de uma natureza autorreguladora que regeria de maneira teleolgica a economia interna

  • v.13, n.30, p.229-33, jul./set. 2009 231COMUNICAO SADE EDUCAO

    livro

    sdos fenmenos (Rebollo, 2008). As causas teleolgicas gerariam fenmenos dinmicos e, dessa forma, a doena no era concebida como ausncia da ordem, mas como reorganizao (do estado fisiolgico). No que concerne a Haller (1708-1777), foi de suas observaes controladas de animais vivisseccionados que se erigiu o modelo de experimentao almejado pelos mdicos do sculo XVIII. E foi inspirado no legado newtonianista que Hahnemann tambm endossou o famoso imperativo no fao hipteses [hypotheses non fingo], uma vez que procurava incessantemente aproximar a cincia mdica da cincia matemtica, buscando o mesmo nvel de certeza e verdade desta. Mas qual seria, afinal, o modelo de cincia da observao e da experincia que Hahnemann tinha em mente? Justamente aquele praticado no campo das cincias da vida, por exemplo, na fisiologia de Haller e Bichat e na qumica farmacolgica de Cullen e Lavoisier (Rebollo, 2008).

    Foi assim que sua homeopatia pde postular que, se a fora vital se encontra em desequilbrio, alterada, o estado implicaria doena, caracterizando-se pela presena de um agente mrbido hostil: os miasmas. Estes eram entendidos como foras dinmicas imateriais e apenas observados a partir dos efeitos que provocavam no organismo. Por conseguinte, h que ressaltar que quando Hahnemann concebia seus medicamentos como substncias capazes de alterar o dinamismo dos organismos, ele estava, na verdade, inferindo causas inobservveis diretamente de efeitos dinmicos observveis, os fenmenos propriamente ditos. E na interpretao de Rebollo, isso nos conduz a uma possvel identidade entre Newton, Haller e Hahnemann: a natureza dinmica dos fenmenos por eles estudados. Descontente com os sistemas mdicos de sua poca, Hahnemann passou anos e anos de sua vida s voltas com o desafio de elaborar uma teoria mdica capaz de tratar dos fenmenos vitais.

    No segundo captulo, Medicina e Vitalismo, a autora debate o princpio vital de Hahnemann, enquanto causa primeira e mantenedora da vida, e que se constitui no objeto central das explicaes dos estados de sade (fisiologia bsica vitalista), doena (etiologia das foras hostis vida); no processo da cura (onde se revela, aos sentidos, a verdadeira natureza da

    fora vital), e na morte (quando h uma ausncia total da fora vital). E nesse sentido que Rebollo afirma que o princpio vital residiria na base da teoria homeoptica, sendo um de seus principais conceitos primitivos (Rebollo, 2008). A seu modo, Hahnemann tentou acomodar os avanos da qumica e da fsica a uma concepo mdico-fisiolgica emergente. E a noo de homem que permitia esse dilogo evocava uma figura ternria, isto , um filho de um criador bondoso e providencial, portador de um corpo material, animado por um princpio vital e uma alma, ou esprito. O corpo era pensado como a sede de uma rede de msculos e nervos que carregam no seu interior um tipo de energia dinmica, que o colocaria em movimento. Ainda assim, Hahnemann defendia que a fora vital, por si s, no poderia explicar os fenmenos vitais, pois era preciso estudar os seus efeitos e organiz-los em leis gerais que pudessem fornecer resultados prticos ou clnicos.

    No captulo seguinte, intitulado A Patologia Hahnemanniana, Regina Rebollo trata da elaborao terica que respaldou essa viso da sade e da doena, e que culminou numa nosologia de espcies morbosas de natureza no material (fludica, sutil ou dinmica) apresentada na tese dos miasmas. Entidades de carter nocivo e hostil sade, os miasmas foram concebidos por Hahnemann como a causa desencadeadora das doenas. A este respeito, Rebollo pondera que sua patologia contm srios problemas de coerncia e de adequao terica e emprica, uma vez que concebia o contgio das doenas epidmicas a partir da idia de contato imaterial, por si s uma contradio. Neste captulo, a autora nos apresenta as principais concepes etiopatolgicas da poca e, em seguida, a viso particular que Hahnemann tinha das mesmas.

    interessante notar que a busca do agente hostil de natureza material se constituiu no principal programa mdico-patolgico do final do sculo XVIII e no incio do XIX, culminando na descoberta dos micrbios. Todavia, Hahnemann, ao conceber a origem das doenas como o resultado de um agente etiolgico de carter no material, no somente elaborou uma explicao etiolgica particular, mas ops-se mentalidade de sua poca, que buscava a causa morbis ocasionales de natureza material no interior do corpo doente a partir de exames

  • 232 COMUNICAO SADE EDUCAO v.13, n.30, p.229-33, jul./set. 2009

    anatomopatolgicos ps-morte. Hahnemann recusava-se a aderir a tal mentalidade como fundamentao da teoria patolgica, j que considerava que as leses encontradas nos rgos dos corpos dissecados eram efeitos da fora vital alterada, e no causas que teriam tirado a vida do doente (Rebollo, 2008).

    Neste sentido, toda doena seria uma manifestao particular e individual. Seria a forma pela qual a fora vital tentaria se desvencilhar de um agente hostil, o miasma agudo ou crnico. Logo, no existiriam doenas, mas apenas doentes. E, ainda, para Hahnemann, as doenas crnicas seriam o resultado final de medidas teraputicas equivocadas que possibilitavam que os miasmas evolussem - e o miasma da psora ganhou, assim, o estatuto de mais antigo, universal e destrutivo, sendo a causa originria de todas as doenas. Assim, o mdico homeopata deveria ter como finalidade teraputica ltima a descoberta da presena deste miasma num doente crnico.

    Podemos conjecturar que este seja um antecedente, nos domnios da homeopatia, daquilo que tornaria Louis Pasteur uma celebridade no rol das cincias modernas. Isto , trata-se do faz-fazer, do fazer a natureza falar, de que nos fala Bruno Latour a respeito das relaes entre o fermento e Louis Pasteur: No curso do experimento, Pasteur e seu fermento intercambiaram e mutuamente aprimoraram suas propriedades: Pasteur ajudou o fermento a mostrar quem era, o fermento ajudou Pasteur a ganhar uma de suas muitas medalhas (Latour, 2001, p.145). Vemos assim o incipiente despertar do protagonismo de psoras, fermentos e micrbios ante o seu pblico: mdicos e doentes.

    No prximo captulo, o leitor poder acompanhar a imerso que Regina Rebollo fez nos escritos de Samuel Hahnemann em busca das bases teraputicas de sua homeopatia. Para Hahnemann, a sade seria basicamente a ausncia de sintomas, ou melhor, a fora ou o princpio vital trabalhando em silncio, em harmonia ou equilbrio. Uma vez que a doena fora por ele definida como a alterao desse equilbrio natural, a interveno teraputica, isto , a arte de curar, deveria buscar de forma suave e indolor a eliminao de sinais e sintomas clnicos de natureza fsica, mental e emocional. E, ao estudar detalhadamente os

    registros toxicolgicos das matrias mdicas da poca, Hahnemann notou que determinados sintomas morbosos eram surpreendentemente eliminados aps a ingesto acidental ou criminosa (envenenamento e tentativas de suicdio) de uma substncia cujos efeitos principais assemelhavam-se aos sintomas morbosos em questo. E doravante, passaria a ingerir, ele prprio, substncias vegetais, animais e minerais, registrando sistematicamente os sintomas por elas provocados em seu organismo. Em seguida, testou cada uma das substncias em um indivduo doente cuja totalidade dos sintomas coincidia exatamente com a totalidade dos sintomas ou efeitos por ela provocados. Hahnemann afirmou ter observado, como resultado, o desaparecimento total dos sintomas morbosos e deduziu, desta observao, a existncia de uma lei de carter natural, a lei do semelhante.

    Ao utilizar o princpio ou a lei do semelhante, Hahnemann distanciou-se de seus contemporneos galenistas, os quais, partindo da lei teraputica dos contrrios ou do princpio contraria contrariis curantur, faziam intervir medicamentos concentrados, por cujos efeitos principais acreditavam ser capazes de anular os sintomas morbosos. Crtico incansvel das medidas teraputicas utilizadas na poca, Hahnemann condenava as sangrias e a aplicao de sanguessugas, os purgativos, os vmitos e toda sorte de apoio curativo utilizado pela chamada medicina herica, j na poca conhecida por fazer dos doentes verdadeiros heris, caso sobrevivessem aos procedimentos teraputicos a que eram submetidos. Seria preciso, portanto, criar uma nova tecnologia teraputica que pudesse atingir o dinamismo da fora vital morbosamente alterada e que no agisse somente de maneira mecnica em razo de seu peso (Rebollo, 2008, p.118).

    Inspirado em suas concepes vitalistas acerca da natureza das doenas e convencido de que os medicamentos e as medidas teraputicas utilizadas pelos galenistas no contribuam para a cura, Hahnemann desenvolveu uma srie de substncias gradualmente menores, diludas, dinamizadas e potencializadas, registrando, com todo o rigor possvel, os seus efeitos. Sua teraputica postulava a individualizao, isto , a personalizao de doses e medicamentos em funo de um quadro sintomtico individual em oposio s doses e medicamentos prescritos

  • livro

    s

    v.13, n.30, p.229-33, jul./set. 2009 233COMUNICAO SADE EDUCAO

    em funo de patologias especficas. As doses, por sua vez, eram prescritas em funo da resposta individual do paciente ao medicamento escolhido, resultando tambm numa personalizao das potncias. Ao reagir contra a ao medicamentosa, a fora vital reagiria contra a ao miasmtica provocando a cura homeoptica. Essa abordagem exigia do mdico homeopata uma anamnese extremamente detalhada, minuciosa e rigorosa, na qual se constri um quadro das alteraes mentais, emocionais e fsicas dentro de um contexto sociocultural e geoclimtico (moradia, trabalho, hbitos alimentares, casamento, vida familiar, cidade e regio de habitao).

    Por fim, a autora situa Hahnemann e a Cincia de seu Tempo, e defende uma aproximao do mtodo newtoniano orientao empregada por Hahnemann em sua investigao da natureza, ou melhor, na realizao de experimentos e na extrao de concluses a partir deles. Trata-se do mtodo indutivo-experimental e da negao de hipteses metafsicas em cincia. A seu ver, o vitalismo dinmico hahnemanniano poderia ser explicado como um dos tantos resultados, no sculo XVIII, da dinmica corpuscular inglesa newtoniana, quando aplicada s cincias da vida (Rebollo, 2008). A particularidade de Hahnemann repousaria no fato de que, na maior parte dos casos, ele interpretava os dados observacionais mediante recurso a hipteses altamente metafsicas. Mas em que medida tais interpretaes comprometeram o carter cientfico da homeopatia, to apregoado por Hahnemann? Como bem notou a filsofa Isabelle Stengers, a controvrsia em torno da cientificidade da homeopatia nos d mostras de que no de hoje que os mdicos evitam, a qualquer preo, as semelhanas com aqueles tidos como charlates e, por isso, vivem com mal-estar a dimenso taumatrgica de sua atividade. O paciente, acusado de irracionalidade, intimado a se curar pelas boas razes, hesita. Mas onde, nesse emaranhado de problemas, de interesses, de constrangimentos, de temores, de imagens, estaria a objetividade? O argumento em nome da cincia se encontra por toda parte, mas no para de mudar de sentido (Stengers, 2002).

    Referncias

    LATOUR, B. A esperana de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos cientficos. Bauru: Edusc, 2001.

    LVI-STRAUSS, C. A eficcia simblica. In: ______. Antropologia estrutural. 6.ed. So Paulo: Tempo Brasileiro, 2003. p.215-36.

    ______. O feiticeiro e a sua magia. Les Temps Modernes, v.4, n.41, p.3-24, 1949.

    MARRAS, S. A propsito de guas virtuosas: formao e ocorrncias de uma estao balneria no Brasil. Belo Horizonte: UFMG, 2004.

    REBOLLO, R.A. Cincia e metafsica na homeopatia de Samuel Hahnemann. So Paulo: Associao Filosfica Scientiae Studia, 2008.

    STENGERS, I. A inveno das cincias modernas. So Paulo: Editora 34, 2002.

    STENGERS, I.; NATHAN, T. Mdecins et sorciers. Paris: Les Empcheurs de Penser em Rond, 1995.