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´ PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS SECRETARIA NACIONAL DE PROMOÇÃO DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS SCS Quadra 9 - Ed. Parque Cidade Corporate - Torre A - 9º andar - CEP: 70308-200 Brasília - DF. Coordenação Geral dos Direitos do Idoso (61)-2025-3671 / 3679 / 3824 Dados sobre o envelhecimento no Brasil Uma das maiores conquistas culturais de um povo em seu processo de humanização é o envelhecimento de sua população, refletindo uma melhoria das condições de vida. De acordo com projeções das Nações Unidas (Fundo de Populações) “uma em cada 9 pessoas no mundo tem 60 anos ou mais, e estima-se um crescimento para 1 em cada 5 por volta de 2050”. (...) Em 2050 pela primeira vez haverá mais idosos que crianças menores de 15 anos. Em 2012, 810 milhões de pessoas têm 60 anos ou mais, constituindo 11,5% da população global. Projeta-se que esse número alcance 1 bilhão em menos de dez anos e mais que duplique em 2050, alcançando 2 bilhões de pessoas ou 22% da população global”. Neste cenário destaca-se a feminilização da velhice. Simultaneamente, a participação da faixa com mais de 65 anos avançou de 5,9% em 2000 para 7,4% em 2010. O envelhecimento é reflexo do mais baixo crescimento populacional aliado a menores taxas de natalidade e fecundidade.

Dados Sobre o Envelhecimento No Brasil

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Uma das maiores conquistas culturais de um povo em seu processo de humanização é o envelhecimento de sua população, refletindo uma melhoria das condições de vida. De acordo com projeções das Nações Unidas (Fundo de Populações) “uma em cada 9 pessoas no mundo tem 60 anos ou mais, e estima-se um crescimento para 1 em cada 5 por volta de 2050”. (...) Em 2050 pela primeira vez haverá mais idosos que crianças menores de 15 anos. Em 2012, 810 milhões de pessoas têm 60 anos ou mais, constituindo 11,5% da população global. Projeta-se que esse número alcance 1 bilhão em menos de dez anos e mais que duplique em 2050, alcançando 2 bilhões de pessoas ou 22% da população global”.Neste cenário destaca-se a feminilização da velhice.

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Page 1: Dados Sobre o Envelhecimento No Brasil

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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS

SECRETARIA NACIONAL DE PROMOÇÃO DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS

SCS Quadra 9 - Ed. Parque Cidade Corporate - Torre A - 9º andar - CEP: 70308-200 – Brasília -

DF.

Coordenação Geral dos Direitos do Idoso (61)-2025-3671 / 3679 / 3824

Dados sobre o envelhecimento no Brasil

Uma das maiores conquistas culturais de um povo em seu processo de

humanização é o envelhecimento de sua população, refletindo uma melhoria das

condições de vida. De acordo com projeções das Nações Unidas (Fundo de Populações)

“uma em cada 9 pessoas no mundo tem 60 anos ou mais, e estima-se um crescimento

para 1 em cada 5 por volta de 2050”. (...) Em 2050 pela primeira vez haverá mais idosos

que crianças menores de 15 anos. Em 2012, 810 milhões de pessoas têm 60 anos ou

mais, constituindo 11,5% da população global. Projeta-se que esse número alcance 1

bilhão em menos de dez anos e mais que duplique em 2050, alcançando 2 bilhões de

pessoas ou 22% da população global”.

Neste cenário destaca-se a feminilização da velhice.

Simultaneamente, a participação da faixa com mais de 65 anos avançou de 5,9%

em 2000 para 7,4% em 2010. O envelhecimento é reflexo do mais baixo crescimento

populacional aliado a menores taxas de natalidade e fecundidade.

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NÚMERO DE IDOSOS CRESCE 55% EM 10 ANOS E REPRESENTAM 12% DA POPULAÇÃO

Número de idosos dobrou nos últimos 20 anos no Brasil, aponta IBGE

A tendência de envelhecimento da população brasileira cristalizou-se mais uma

vez na nova pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os

idosos - pessoas com mais de 60 anos - somam 23,5 milhões dos brasileiros, mais que

o dobro do registrado em 1991, quando a faixa etária contabilizava 10,7 milhões de

pessoas. Na comparação entre 2009 (última pesquisa divulgada) e 2011, o grupo

aumentou 7,6%, ou seja, mais 1,8 milhão de pessoas. Há dois anos, eram 21,7 milhões

de pessoas.

Ao mesmo tempo, o número de crianças de até quatro anos no país caiu de 16,3

milhões, em 2000, para 13,3 milhões, em 2011.

Novas necessidades foram explicitadas pela pessoa idosa, como de autonomia,

mobilidade, acesso a informações, serviços, segurança e saúde preventiva. A fim de

atender a essas novas expectativas foram estruturados nos últimos trinta anos

instrumentos legais que garantem proteção social e ampliação de direitos às pessoas

idosas, num esforço conjunto de vários países.

Page 3: Dados Sobre o Envelhecimento No Brasil

Em 1991, as Nações Unidas lançaram uma Carta de Princípios para as Pessoas

Idosas, que inclui a independência, participação, assistência, autorrealização e dignidade

das pessoas idosas. Ainda que esses instrumentos legais sejam construídos, divulgados e

executados em diferentes níveis temporais e de intensidade, uma nova concepção do

processo de envelhecimento vem sendo incorporada socialmente.

Com o objetivo de propor um caminho para um envelhecimento com qualidade,

a SDH busca, em parcerias com outros Ministérios e órgãos, implementar ações e

ferramentas adequadas e, medidas concretas que favoreçam a promoção da inclusão e

independência da pessoa idosa pelo maior tempo possível. Entretanto, essa é uma

mudança estratégica para as próximas décadas que envolve também uma dimensão real

de crescimento econômico, com inovações em tecnologia, serviços e desafios.

No Brasil identificam-se Marcos Legais Nacionais que favoreceram o percurso

de amadurecimento sobre a questão do envelhecimento: a Constituição Federal de 1988

e a Política Nacional do Idoso, estabelecida em 1994 (Lei 8.842)

Na década de 1990, no âmbito do Governo Federal, instituíram-se programas de

benefícios que foram ampliados significativamente pelo Programa Bolsa Família

(2004), com uma cobertura social que atende, com pelo menos um beneficio, 8 de cada

10 pessoas idosas no Brasil.

Nos últimos anos as intituições governamentais brasileiras, organismos da

sociedade civil e movimentos sociais conquistaram uma gama de leis, decretos,

propostas e medidas que estabelecem direitos voltados para a pessoa idosa,

referenciados pelas diretrizes internacionais (Plano de Ação internacional para o

Envelhecimento). Contabilizam-se conquistas democráticas importantes, como a criação

do Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI) em 2002 e a elaboração e

publicação do Estatuto do Idoso em 2003, que regulamenta os direitos das pessoas com

idade igual ou superior a 60 anos.

Entre os anos de 2006 e 2011 foram realizadas, no Brasil, três Conferências

Nacionais de Direitos da Pessoa Idosa que contaram, de forma progressiva, com uma

expressiva participação da sociedade civil e do governo.

Em relação ao estabelecimento de Políticas Públicas e Planos setoriais propostos

de forma conjunta (governo e sociedade) destacam-se: a Política Nacional de Prevenção

a Morbi-mortalidade por Acidentes e Violência (2001); o Plano de Ação para o

Enfrentamento da Violência contra a Pessoa Idosa (2004); a Política Nacional de Saúde

da Pessoa Idosa (2006); o II Plano de Ação para o Enfrentamento da Violência contra a

Pessoa Idosa (2007).

De forma concomitante busca o fortalecimento da Rede Nacional de Proteção e Defesa

dos Direitos da Pessoa Idosa por meio das seguintes ações: Programa Bolsa Família,

Programa Brasil sem Miséria, Programa Minha Casa Minha Vida, entre outros.

Em resposta às demandas da sociedade civil, o Governo Federal propõe uma

série de serviços e programas de atendimento às pessoas idosas: a fim de dar voz às

vítimas que tiveram e têm seus direitos violados foi implantado em 2011 o Módulo

Idoso do Disque Direitos Humanos – DDH 100.

DADOS GERAIS – DISQUE 100

De janeiro a novembro de 2012 o Disque Direitos Humanos – Disque 100

realizou 234.839 atendimentos, sendo 10.131 (4,3%) orientações/ disseminação de

informações, 155.336 (66,1%) denúncias; 68.651 (29,2%) repasses de informações à

população sobre telefones e endereços de serviços de atendimento, proteção e

responsabilização presentes nos estados e municípios e 715 (0,3%) de outras

Page 4: Dados Sobre o Envelhecimento No Brasil

manifestações, como elogios, sugestões e solicitações.

Em comparação ao mesmo período de 2011, todos os módulos apresentaram

crescimento, sendo o módulo de idosos com 199%, o maior aumento proporcional ao

período, seguido do LGBT com 197%, pessoa com deficiência 184%, Outros com

125%, Criança e Adolescente com 59% e 26% no de população em situação de rua.

Módulo Temático

Janeiro a novembro

de 2011

Janeiro a novembro

de 2012

% de aumento

Idoso 7.160 21.404 199%

LGBT 2.537 7.527 197%

Pessoa com

Deficiência

997 2.830 184%

Outros 1.218 2.742 125%

Criança e

Adolescente

75.464 120.344 59%

População em

Situação de Rua

388 489 26%

Total 87.764 155.336 77%

TIPOS DE VIOLAÇÃO CONTRA A PESSOA IDOSA

Em relação aos idosos, o DDH registrou 68,7% de violações por negligência,

59,3% de violência psicológica, 40,1% de abuso financeiro/econômico e violência

patrimonial, sendo para esta população o maior índice desta violação, e 34% de

violência física.

Em 2012, a Secretaria de Direitos Humanos reafirma seu compromisso de

trabalhar assiduamente, para que se reconheça a legislação dos direitos da Pessoa Idosa,

estabelecendo mecanismos a fim de efetivar as normatizações nacionais e

internacionais. Para tanto coordena a elaboração do Plano Nacional dos Direitos da

Pessoa Idosa, que, proposto como uma estratégia integral, materializa o esforço

coletivo de implementação das políticas públicas desenvolvidas nos últimos anos. O

Page 5: Dados Sobre o Envelhecimento No Brasil

Plano Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa tem como finalidade estabelecer objetivos

nacionais, estratégias e prioridades que servirão de base para os programas setoriais e

regionais, respondendo às demandas e necessidades de uma sociedade cada vez mais

preocupada com o respeito e promoção dos direitos fundamentais da pessoa idosa.

DADOS GERAIS

Analfabetismo funcional

O Brasil registrou queda de 1,5 milhão de analfabetos funcionais de 2004 a 2009,

segundo o estudo. As reduções mais expressivas ocorreram nas regiões Norte e

Nordeste, porém os Estados do Norte do país ainda têm a maior taxa (12,6%). O

Sudeste tem o menor índice, com 9,6% de analfabetos funcionais.

Pessoas idosas responsáveis pelos domicílios Total: 8.964.850

Distribuição por sexo – 62,4% homens e 37,6% mulheres (média de idade 69 anos)

Escolaridade média: 3,4 anos de estudo Rendimento médio R$ 657,00.

Renda média

A renda média dos idosos responsáveis pelos domicílios subiu de R$403,00 para R$

657,00, entre os Censos de 1991 e 2000, o que representa um aumento de 63%. A

principal fonte de renda é a aposentadoria, em ambos os sexos.

DELIBERAÇOES DA 3ª CONFERÊNCIA NACIONAL DA PESSOA IDOSA

(CNDPI)

A relação das 26 propostas prioritárias construídas pelos grupos de trabalhos e

aprovadas pelos delegados na Plenária Final da 3ª Conferência Nacional dos Direitos

das Pessoas Idosas, realizada nos dia 23 a 25 de novembro de 2011, em Brasília/DF nas

dependências da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio são:

EIXO I - Envelhecimento e Políticas de Estado: Pactuar Caminhos Intersetoriais

1. Alteração da legislação para: a) reduzir para 60 anos a idade para acesso ao

Benefício de Prestação Continuada (BPC) (Lei 8742/1993); b) alterar a renda per capita

do acesso ao Benefício de Prestação Continuada (Lei 8742/1993) - BPC de inferior a ¼

salário mínimo para até meio salário mínimo; c) não considerar, para efeito de cálculo

da renda familiar, os benefícios previdenciários no valor de um salário mínimo,

percebidos por outro idoso e pessoa portadora de deficiência; d) em caso de falecimento

do beneficiário, que o cônjuge tenha direito ao gozo do benefício de “pensão”;

2. Efetivar e universalizar o direito da pessoa idosa, bem como sua inclusão social,

por meio da descentralização das ações resultantes da intersetorialidade ou oriundas de

protocolo de gestão integrada, com garantia do co-financiamento nas três esferas de

governo, respeitando a dignidade do cidadão, sua autonomia e seus talentos,

favorecendo o acesso à informação, aos benefícios e aos serviços de qualidade, bem

como à convivência familiar e comunitária;

3. Ampliar e co-financiar a criação de: a) Criação da Secretaria Nacional do Idoso,

b) Centros de Combate à Violência e Maus Tratos contra a Pessoa Idosa; c) Centros de

Referências; d) Delegacias Especializadas, fortalecendo a rede de proteção e defesa das

Page 6: Dados Sobre o Envelhecimento No Brasil

pessoas idosas em situação de violência, buscando a agilidade do Poder Judiciário, com

vistas à implementação do Plano de Ação de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa

Idosa;

4. Formular legislação para bancos e similares (em especial, corretoras e

financeiras) referente ao endividamento global, no limite de 30% e a proteção à pessoa

idosa na utilização do cartão benefício, de forma que garanta a liberação do empréstimo

somente após utilização da senha eletrônica, impressão digital e atendimento

individualizado pela instituição financeira, com apresentação da declaração esclarecida

da utilização do empréstimo ao idoso;

5. Garantir e ampliar o acesso a programas de prevenção, promoção da saúde,

tratamento e reabilitação da pessoa idosa, conforme preconizado na política nacional de

saúde da pessoa idosa, nas três esferas de gestão;

6. Implantar e implementar centros especializados de atenção à saúde da pessoa

idosa de responsabilidade e financiamento das três esferas de governo, com as seguintes

características: a) descentralizados e regionalizados; b) com infraestrutura adequada e

equipe multidisciplinar (geriatra, nutricionista, assistente social, psicólogo,

fisioterapeuta, fonoaudiólogo, enfermeiro, técnico em enfermagem, educador físico,

terapeuta ocupacional, odontólogo, protético, incluindo também medicina alternativa);

c) que possibilite atendimento integral, humanizado e resolutivo em todos os níveis; d)

com acompanhamento das pessoas idosas do ambulatório ao ambiente domiciliar; e)

garantia de acesso a medicamentos, exames ou serviço de apoio diagnóstico e fluxo de

referência e contrareferência;

7. Elaborar, implantar e monitorar o Plano Nacional do Idoso, com planejamento e

gestão compartilhada entre as diversas políticas públicas, de forma a efetivar programas,

projetos e serviços intersetoriais, envolvendo as áreas de saúde, assistência social,

habitação, educação, transporte, cultura, dentre outras;

8. Criar a Secretaria Nacional do Idoso, incentivando os estados e municípios ao

mesmo procedimento, visando desenvolver a política da pessoa idosa;

9. Ampliação da política pública de educação para a inclusão da pessoa idosa em

todas as fases da educação (alfabetização, ensino fundamental, médio e universitário)

bem como das universidades da 3ª Idade, nas escolas das redes pública e privada,

garantindo: a) a educação formal, podendo ser pelo PEJA, para pessoas a partir de 60

anos, nos três turnos, b) orientação no sistema Braille e na Linguagem Brasileira de

Sinais (LIBRAS); c) em espaços adequados; d) com transporte gratuito; e) com a

inserção de conteúdos sobre envelhecimento como temas transversais.

10. Garantir a inclusão no Catálogo Nacional do Ministério da Educação MEC – o

curso de orientação e formação de cuidador da pessoa idosa e institucionalizar, em nível

nacional, o programa;

EIXO 2 – Pessoa Idosa protagonista da conquista e efetivação dos seus direitos

11. Garantir a participação efetiva da pessoa idosa no planejamento dos programas

sociais nas áreas de saúde, educação e assistência social com base no Plano de Ação

Internacional para o Envelhecimento;

12. Divulgar e promover campanhas educativas e informativas sobre o Estatuto do

Idoso e demais legislações pertinentes, com linguagem acessível, ilustrações, inclusive

em braile, escrita ampliada e LIBRAS para se enfrentar as dificuldades do

envelhecimento, a discriminação e a violência, estimulando o processo intergeracional

de forma ampla e sistemática, em âmbito nacional e local principalmente na mídia (TV,

em horário nobre, rádio, Jornal, revistas, folders, outdoors, materiais educativos, etc...);

Page 7: Dados Sobre o Envelhecimento No Brasil

13. Incentivar, oportunizar e capacitar às pessoas idosas nas três esferas municipal,

estadual, distrital e federal do conhecimento e das formas de acesso aos direitos, aos

mecanismos e instrumentos de que dispõem, para garantir a organização social e seu

protagonismo;

14. Garantir e assegurar o cumprimento como preconiza o Estatuto do Idoso, nas

três esferas de governo, espaços de protagonismo nas áreas de saúde, educação,

assistência social, lazer, trabalho, previdência social, habitação, transporte, participação

social, mídia e fóruns de deliberação, dentre outros;

15. Exigir o cumprimento da legislação vigente que garante, nas três esferas de

governo, a acessibilidade às pessoas idosas, sobretudo nas áreas de transportes,

infraestrutura e edificações privadas e públicas;

EIXO 3 – Fortalecimento e integração dos conselhos: existir, participar, estar ao

alcance, comprometer-se com a defesa dos direitos dos idosos

Instituir nos Conselhos Nacional, Estaduais e Distrital, maior interação e

participação com os Conselhos Municipais, no intuito de promover o fortalecimento

destes últimos, através de fóruns, audiências públicas, debates, seminários, palestras e

outros eventos de natureza similar, que estimulem a participação social e capacitação

continuada dos Conselheiros, nas três esferas;

16. Criação e manutenção de um sistema de informação específico para

cadastramento de todos os conselhos intersetoriais, de forma transparente e com acesso

popular, para melhor integração dos mesmos, criando um plano de mídia permanente

para Comunicação e publicização das ações, deliberações, informações dos Conselhos

das três esferas; criação de um site oficial do CNDI, com link dos Conselhos Estaduais

e Conselhos Municipais da Pessoa Idosa;

17. Tornar todos os Conselhos para Pessoas Idosas, nas três esferas governamentais,

em deliberativos, consultivos e fiscalizadores, para decidir, opinar, acompanhar e

fiscalizar as políticas públicas para as pessoas idosas, divulgando junto à população

idosa, suas ações e decisões, principalmente os orçamentos, co-financiamentos,

convênios e todo e qualquer recurso recebidos pelos municípios, destinados às políticas

públicas para as Pessoas Idosas.

18. Mobilizar órgãos governamentais e não governamentais, envolvendo os

Conselhos, com objetivos de ampliar os orçamentos para implantação de programas,

projetos e serviços, com objetivo de fortalecer e implementar a Rede Nacional de

Proteção e Defesa da Pessoa Idosa –RENADI;

19. Estabelecer estratégias para cumprimento e acompanhamento das deliberações

das conferências nos três níveis de governo, garantindo que as mesmas sejam

incorporadas nos planos para a execução da política pública da pessoa idosa,

estabelecendo encaminhamento das denúncias de violação de direitos aos órgãos

competentes;

20. Obrigatoriedade de criação imediata do Conselho e do respectivo Fundo

Estadual e Municipal do Idoso, garantindo secretaria executiva, com prazo máximo de

12 meses a partir da 3ª Conferência Nacional do Idoso, bem como a formação e

capacitação permanente dos conselheiros nas três esferas de governo, melhoramento da

estrutura dos Conselhos existentes, sendo todos equipados com: veículo, linha

telefônica, internet e outros equipamentos necessários para o seu bom

atendimento/funcionamento;

Page 8: Dados Sobre o Envelhecimento No Brasil

EIXO 4 – Diretrizes Orçamentárias, Plano Integrado e Orçamento Público da

União, Estados, Distrito Federal e Municípios: Conhecer para exigir, exigir para

incluir, fiscalizar.

21. Destinar e garantir recursos, por meio de leis orçamentárias, nas três esferas de

Governo, para construir, implementar, manter e/ou reformar todas as modalidades de

atendimento previstas na Política Nacional do Idoso, Política Nacional de Saúde da

Pessoa Idosa, Política Nacional de Assistência Social, considerando a intersetorialidade,

com instalações adequadas e pessoal qualificado por meio de programas, projetos e

ações para atendimento integral e integrado à pessoa idosa;

22. Alocar recursos advindos das arrecadações das loterias, percentual de 2% dos

Royalts e Pré-Sal, dos crimes ambientais e dos IOFs de empréstimos contraídos por

idosos, para custeio da execução de programas, projetos e ações de promoção, proteção

e defesa dos direitos da pessoa idosa, em especial àquela vulnerável ou em situação de

risco social, assegurando a ampliação do orçamento (Constituição Federal, art. 194, §

único), pela garantia da participação no Plano Plurianual ((PPA), Lei de Diretrizes

Orçamentárias (LDO) e na Lei Orçamentária Anual (LOA), definindo e estabelecendo

repasses fundo a fundo;

23. Promover a articulação de todas as esferas de governo e da sociedade civil para a

regulamentação e implantação dos Fundos Municipais, Estaduais, Distrital e Nacional

do Idoso, garantindo que municípios, estados, Distrito Federal e a União destinem, no

mínimo, 1% (um por cento) da arrecadação prevista em seus respectivos orçamentos,

2% da arrecadação das loterias federais e estaduais e a totalidade dos recursos

arrecadados com as multas previstas nos artigos 56 a 58 do Estatuto do Idoso para

investimento com foco no envelhecimento ativo e saudável, devendo a utilização dos

recursos ocorrer por deliberação dos seus respectivos conselhos, pautada pela

transparência, ampla divulgação nos meios de comunicação, intensificação da

divulgação de datas dos processos de elaboração dos orçamentos e planos e a prestação

de contas dos recursos recebidos;

24. Estabelece no planejamento orçamentário que se destine de 5% a 10% de todo

recurso público federal repassado aos estados, Distrito Federal e municípios à execução

da Política Nacional do Idoso (PNI), garantindo, dessa forma, atender o idoso nas

diversas modalidades;

25. Garantir, nas três esferas de governo, recursos para instrumentalização e

capacitação continuada na área de ciclo orçamentário (Plano Plurianual - PPA, a Lei de

Diretrizes Orçamentárias - LDO, e a Lei Orçamentária Anual – LOA); financiamento;

na elaboração de programas, projetos, serviços e no acompanhamento de políticas

públicas para os membros dos Conselhos de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa,

assegurando a função fiscalizadora prevista no Estatuto do Idoso.

MINISTÉRIOS PARCEIROS DA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS

Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

Ministério da Educação

Ministério da Justiça

Ministério da Previdência Social

Ministério da Saúde

Ministério das Cidades

Ministério do Desenvolvimento Agrário

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Ministério do Esporte

Page 9: Dados Sobre o Envelhecimento No Brasil

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

Ministério do Trabalho e Emprego

Ministério do Turismo

Ministério da Cultura

Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República

Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da

República

Ministério das Comunicações

Ministério dos Transportes

Ministério das Relações Exteriores