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DANÇA NO ESPAÇO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS … · vai além de conteúdos prontos, ou seja, deve também levá-los à elaboração de uma ... consideração os três eixos

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DANÇA NO ESPAÇO ESCOLAR DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

(EJA): Resgatar a consciência corporal através da dança.

PEREIRA, João Andrade

RESUMO

Este artigo trata dos resultados do Projeto de Implementação do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE), desenvolvido no Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) – Profª. Geni Sampaio Lemos, no município de Jacarezinho, Estado do Paraná, com uma turma do Ensino Médio. Os alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) possuem uma temporalidade diferente no processo de ensino aprendizagem, em relação aos do ensino regular e, por possuírem características próprias, deve-se considerar uma forma diferenciada de ações pedagógicas. No projeto, o problema definido é a conscientização corporal, a qual direcionada pela prática da atividade da dança poderá motivar os alunos da EJA e levá-los a participarem mais das atividades de Educação Física. Para tanto, as Metodologias utilizadas foram pesquisas bibliográficas, uso da internet no laboratório da instituição alvo, visita à academia de dança, apresentações de filmes e vídeos sobre dança, entre outros. Após as atividades, avaliava-se a aceitação e melhoria na participação dos alunos nas aulas, através da frequência e de muitos diálogos e conversações. Os resultados revelaram que há necessidade de um tempo maior de trabalho, para que se possa perceber maiores transformações, tendo em vista as dificuldades e barreiras apresentadas pelo grupo envolvido, uma vez que as aulas de Educação Física na EJA são desenvolvidas de acordo com a realidade dos alunos.

Palavras - Chave: Consciência Corporal; Dança; Educação de Jovens e Adultos; Educação Física;

1. INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da alfabetização de adultos no Brasil acompanha a

história da educação brasileira como um todo, tendo sido iniciada com o trabalho

dos jesuítas, durante o Brasil colônia. Ao longo do tempo, o avanço econômico e

tecnológico passou a exigir mão-de-obra cada vez mais qualificada e alfabetizada.

Com isso, várias medidas políticas e pedagógicas foram adotadas, o que acabou

dando origem à Educação de Jovens e Adultos (EJA) (LOPES e SOUZA, 2005, p.2).

Para as aulas de Educação Física, ministradas aos alunos da EJA,

encontramos na dança a possibilidade de desenvolver, de forma efetiva, a

consciência corporal, ou seja, a capacidade pessoal de se autoconhecer em relação

às condições físicas, saber exatamente o que é e como é seu corpo e os

movimentos que ele é capaz de realizar. Esta atividade no espaço escolar da EJA

contribui para o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade, da expressão

corporal, da cooperação, dentre outras contribuições (FERREIRA, 2009, p.5).

Tendo em vista os benefícios pedagógicos e fisiológicos fornecidos pela

dança, o projeto “Dança no espaço escolar da EJA”, desenvolvido no Centro

Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) – Profª. Geni

Sampaio Lemos, na cidade de Jacarezinho – PR, apresentou-se como uma

estratégia de integração entre os alunos do período noturno. Para tanto, durante as

aulas de Educação Física, as atividades propostas aos alunos foram eleitas depois

de realizada uma pesquisa bibliográfica sobre a temática; visitas técnicas a

academias e clubes de dança; exibições de filmes de vários tipos de danças;

pesquisas e estudos sobre a elaboração de coreografias individuais e coletivas e por

último, mas não menos importante, a produção de apresentações coreográficas.

O objetivo geral do projeto foi incentivar a participação dos estudantes nas

atividades físicas através da dança, alavancando o entusiasmo dos alunos que

frequentam o Centro Educativo de EJA, fazendo-lhes entender que a alfabetização

vai além de conteúdos prontos, ou seja, deve também levá-los à elaboração de uma

melhor compreensão de sua realidade diária. A metodologia utilizada considerou

alguns princípios do planejamento participativo.

2. DESENVOLVIMENTO

A educação de jovens e adultos é uma modalidade de ensino, amparada por

lei e voltada para pessoas que não tiveram acesso, por algum motivo, ao ensino

regular na idade apropriada. Porém, são pessoas que têm cultura própria. Sabe-se

que o papel docente é de fundamental importância no processo de reingresso do

aluno às turmas de EJA. Por isso, o perfil do professor da EJA é muito importante

para o sucesso da aprendizagem do aluno adulto (LOPES e SOUZA, 2005, p.8).

Nas duas últimas décadas, empreendeu-se, no Brasil, um processo de

reformas da matriz neoliberal que resultou na desconstrução dos compromissos

éticos, políticos e sociais, firmados pelo Estado na Constituição de 1988 (RUMMERT

e VENTURA, 2007, p.31). A Constituição Federal de 1988 assegura o ensino

fundamental público e gratuito em qualquer idade, inscrevendo a educação de

jovens e adultos no rol dos direitos da cidadania (PIERRO, 2005, p.1116).

Ao final dos anos 1940, foram implementadas as primeiras políticas públicas

nacionais de educação escolar para adultos, que disseminaram pelo território

brasileiro campanhas de alfabetização. No início da década de 1960, movimentos de

educação e cultura populares ligados a organizações sociais, à Igreja Católica e a

governos, desenvolveram experiências de alfabetização de adultos, orientadas a

conscientizar os participantes de seus direitos, analisarem criticamente a realidade e

nela intervir para transformar as estruturas sociais injustas. Diretriz totalmente

contrária teve o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), da década de

1970, conduzido pelo regime militar no sentido de sua legitimação. Neste período, a

Lei 5.692 de 1971 reformou o ensino de 1º e 2º graus e regulamentou o ensino

supletivo, no entanto, a “doutrina do ensino supletivo” (como a denominaram seus

formuladores) não incorporou as ricas contribuições que os movimentos de

educação e cultura popular do início da década de 1960 legaram à educação de

adultos (PIERRO, 2005, p.1117).

O fim do regime militar e a retomada das eleições diretas nas capitais, em

meados dos anos de 1980, criaram o ambiente político-cultural favorável para que

os sistemas de ensino público começassem a romper com o paradigma

compensatório do ensino supletivo e, recuperando o legado dos movimentos de

educação e cultura popular, desenvolvessem experiências inovadoras de

alfabetização e escolarização de jovens e adultos (HADDAD e PIERRO, 2000,

p.119).

Nos anos de 1990, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), 9.394/96, o Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério

(FUNDEF) e a reforma da Educação Profissional, por meio do Decreto 2.208/97,

redefiniram os rumos da política educacional, o que significou expressivo retrocesso

no âmbito da Educação de Jovens e Adultos. Por um lado, a nova LDB incorporou

uma mudança conceitual, ao substituir a denominação Ensino Supletivo por

Educação de Jovens e Adultos, avaliada de forma positiva por profissionais da área.

Por outro lado, o corpo do texto continuou referindo-se a “cursos e exames

supletivos”, perpetuando, portanto, a concepção de suplência, de correção de fluxo

escolar e de compensação.

A redução das idades mínimas para a realização de exames supletivos, de 18

para 15 anos no Ensino Fundamental e de 21 para 18 anos no Ensino Médio,

constituiu uma mudança significativa que corroborou a desqualificação desta

modalidade de ensino e da própria escola, uma vez que privilegiou a idade mínima

para a certificação em detrimento dos processos pedagógicos sistemáticos. Em

oposição ao breve tratamento dado à EJA, a LDB reservou espaço mais destacado

para a Educação Profissional, embora, também de forma sintomática, tenha

estabelecido distinções claras entre a Educação Profissional e a Educação Superior,

abordadas separadamente no instrumento legal (RUMMERT e VENTURA, 2007,

p.32).

Outro fator a ser destacado sobre a temática remete às Diretrizes Curriculares

para Educação de Jovens e Adultos do Paraná (DCES/PR). Ao levar em

consideração os três eixos articuladores do currículo, elas registram que na

organização das práticas pedagógicas da EJA deve-se destacar dessa modalidade

da Educação Básica: cultura, trabalho e tempo, os quais deverão estar

intrinsecamente ligados.

É importante lembrarmos que tomar como referencial norteador os eixos

acima coloca a escola diante da necessidade de manter como foco de seu fazer

cotidiano a diversidade cultural, valorizando o conhecimento que seus alunos trazem

para a escola, ao mesmo tempo em que associa práticas pedagógicas e

metodológicas flexíveis com procedimentos passíveis de sofrerem modificações, em

função das necessidades postas pelas próprias especificidades da comunidade

escolar. Dessa forma, os alunos percebem que o conhecimento tem a ver com o seu

contexto de vida e que é repleto de significação (PARANÁ, 2006, p.45).

No Estado do Paraná, a Educação de Jovens e Adultos foi normatizada,

contemplando duas formas de organização: a Coletiva e a Individual. Na

Organização Coletiva, o colégio fornece aos alunos um guia de estudos que traz o

período, dias e horários das aulas, definindo a data de início e término de cada

disciplina, garantindo a integralidade do currículo. Esta organização é destinada aos

alunos que têm possibilidade de frequentar regularmente as aulas previstas

(PARANÁ, Dia a Dia Educação).

A Organização Individual destina-se aos alunos trabalhadores, especialmente

aqueles que seguem turnos diferenciados e que não têm possibilidade de frequentar

com regularidade as aulas; é fornecido aos alunos um guia de estudos que traz um

cronograma do período, dias e horários das aulas, respeitando o ritmo próprio do

educando, bem como os saberes já apropriados pelos mesmos (PARANÁ, Dia a Dia

Educação).

A história da EJA apresenta muitas variações ao longo do tempo,

demonstrando estar estreitamente ligada às transformações sociais, econômicas e

políticas que caracterizaram os diferentes momentos históricos do país. Necessário

se faz evidenciar que a EJA é uma educação possível e capaz de mudar

significativamente a vida de uma pessoa, permitindo-lhe reescrever sua história de

vida (LOPES e SOUZA, 2005, p.18).

2.1. CONSCIÊNCIA CORPORAL

Tomando Fonseca (2008, p.28) como um dos teóricos básicos para a

construção de nosso estudo, assumimos que o movimento corporal, em sua gênese,

se caracterizou por um caráter puramente emocional, característica que pode ser

identificada desde a antiguidade, período histórico no qual os povos utilizavam a

dança com o objetivo de celebrar seus deuses, suas colheitas, suas caças, suas

vitórias, entre outras celebrações.

Ainda nessa linha de compreensão da dança, OLIVEIRA (2001, p.14) nos

fala que o movimento corporal, como dança, sempre esteve intimamente ligado ao

homem, desde as sociedades mais antigas, sendo diferentemente caracterizada em

diferentes momentos históricos, conforme podemos ver em seu discurso

Uma das atividades físicas mais significativas para o homem antigo foi a dança. Utilizada como forma de exibir suas qualidades físicas e de expressar os seus sentimentos, era praticada por todos os povos, desde o paleolítico superior (60.000 a.C.) (OLIVEIRA, 2001, p.14).

Segundo Nanni (1995, p.14) a evolução dos comportamentos motores, desde

os primórdios da existência do homem, apresentou seu aporte a partir dos

movimentos naturais, hoje padrões básicos essenciais à existência do homem. Hoje

os movimentos humanos tendem a ser determinados pelos mais variados fatores,

desde os mais simples impulsos orgânicos, aos mais acentuados estados frenéticos

e emocionais, em níveis que variam em estágios do mais simples atos, como andar,

correr, trepar, levantar, transportar, arremessar, agarrar, até os gestos e movimentos

mais eficientes ou perfeitos, em nível de habilidade e destreza, ou ao máximo de

desempenho com as performances.

Desta forma, entendemos que a dança pode ser identificada como uma

prática motora que porta um forte conjunto de possibilidades, como campo de

criação e recriação dos movimentos corporais, além de ser um dos espaços mais

relevantes e significativos ao desenvolvimento da produção da consciência corporal.

Enfim, o campo da dança deverá ser pensado pelo professor como sendo o espaço

no qual irá desenvolver as capacidades pessoais dos estudantes, para que eles

possam se autoconhecer em relação às suas condições físicas, no sentido de saber

identificar exatamente o que é e como é seu corpo, os movimentos que ele é capaz

de produzir e realizar. Isto porque ele irá descobrir que o corpo é capaz de falar e

que a materialidade de seu discurso acontece nos movimentos corporais.

(FERREIRA, 2009, p.12).

Para que possamos atuar sobre o corpo de nossos estudantes, norteados

pelos princípios acima, faz-se necessário que combinemos múltiplos movimentos, ou

seja, que levemos os estudantes a elaborarem movimentos simples com um ritmo

qualquer, o que é possível para qualquer indivíduo, possibilitando trabalhar suas

dificuldades físicas e psicológicas, uma vez que “a dança é uma forma de libertação

do ser e promove a expressão de movimentos”, conforme o registrado nas DCE/PR.

(2008, p.70).

Hoje, as questões teórico-metodológicas relativas à Cultura Corporal e às

relações que mantêm com o corpo em movimento, em especial a dança, são objeto

de reflexão na rede de ensino público do Paraná. Considerada como conteúdo

estruturante da disciplina de Educação Física no sistema estadual de ensino, a

dança é ensinada em todos os anos escolares da Educação Básica, com o objetivo

primeiro de garantir aos estudantes acesso direto aos conhecimentos e reflexões

críticas sobre as mais distintas formas de manifestações ou práticas corporais,

produzidas historicamente pela humanidade. O que podemos dizer é que essa forma

de tomar a dança com o conteúdo de ensino, está propiciando aos estudantes o

desenvolvimento de um olhar crítico sobre a realidade com na qual produz sua

existência. Enfim, está colaborando para a formação de um cidadão crítico e

reflexivo, sujeito histórico e social (DCE/PR, 2008, p.62).

2.2. DANÇA

No cotidiano escolar, a dança deve ser assumida pelos atores sociais da

escola, principalmente o professor e a orientação pedagógica, como um dos

conteúdos estruturantes norteadores do processo ensino-aprendizagem, referente

ao componente curricular Educação Física. Hoje, ela está marcada nas DCE/PR

como um conhecimento que exige habilidades específicas para sua execução, e não

mais como uma ação motora fundamentalmente técnica ou mesmo como uma

simples atividade cultural da escola. (ANTUNES, 2007, p.7).

Nas DCE/PR (2008, p.71) o ato de dançar está caracterizado como sendo

uma das práticas que possibilitam aos homens um de seus maiores prazeres, na

medida em que evidencia que ela é uma ação dançante e que enquanto tal, propicia

aos sujeitos dançantes “uma sensação de alegria, de poder, de euforia interna e,

principalmente, de superação dos limites dos movimentos corporais”. Outro aspecto

destacado remete ao fato de que algumas pessoas não se importam tanto com o

acerto dos passos, mas sim, com o “ato de dançar enquanto uma explosão de

emoção e ritmo que comove quem assiste”. Enfim, importa-se com a busca de sua

felicidade e liberdade, quando está dançando.

O que está claro nas diretrizes é que elas convidam os professores de

Educação Física a produzirem uma prática pedagógica que coloca a dança como

conteúdo e mostra para a escola e seus estudantes que ela deve ser tratada “de

maneira especial no contexto escolar”, além de ser conteúdo responsável por

apresentar as possibilidades de superação de limites e das diferenças corporais”

(DCE/PR, 2008, p.70).

Um dos pontos que destacamos em nosso projeto é que não excluímos da

dança sua potencialidade de ser um espaço de aprendizagem importante no

desenvolvimento de um pensamento crítico e reflexivo. Acentuamos que o estudante

deve apreender as técnicas necessárias ao dançar, para que seja capaz de executar

qualquer estilo de dança. Salientamos que no início do processo ensino –

aprendizagem não se deve colocar no centro do processo o rigor técnico do dançar,

e sim apresentá-lo aos estudantes, tomando como referencial suas realidades e

possibilidades motoras individuais.

No que diz respeito ao processo de elaboração de uma coreografia por parte

dos estudantes, deve-se considerar o processo como um todo, ou seja, será

apresentada aos poucos, por parte, aos estudantes, tal como um jogo de quebra-

cabeças. Sendo assim, possivelmente, qualquer grau de dificuldade fica anulado, o

que atrai a atenção dos alunos, sem exclusões, levando-os a extravasar, utilizando a

dança como uma ferramenta educacional e, consequentemente, terapêutica

(BARRETO, 2005, p.14).

Entendemos que a dança no espaço escolar contribui para o desenvolvimento

da criatividade, da sensibilidade, da expressão corporal, da cooperação, dentre

outras contribuições. Em especial, para os alunos e alunas da EJA, tal atividade

favorece o não sedentarismo e alerta para suas consequências. Também possibilita

a abordagem de assuntos críticos sobre estilos de danças atuais e antigas, de forma

dinâmica e condizente com diferentes faixas etárias, classe social e sexo

(BARRETO, 2005, p.16).

Assim, acreditamos que a atividade física, no caso deste estudo, em

específico a dança, poderá contribuir para a redução de doenças crônicas. A dança

possibilita a melhoria das capacidades individuais, envolvendo dimensões mentais

ou função cognitiva, como autoestima e autosuficiência, assim como aprendizagem,

memória e percepção. A atividade física regular é de extrema importância na saúde

psicológica, social e fisiológica de pessoas idosas, conforme publicação da

Organização Mundial da Saúde: “Guidelines for Promoting Phisical Activity Among

Older Persons” em 1997 (“Diretrizes para Promoção de Atividade Física entre

Pessoas Mais Velhas”) (GARIBA, 2002, p.22).

Essas informações sobre a dança, enquanto uma importante atividade física,

levam-nos a compreender o papel que ela cumpre quanto à prevenção contra

algumas doenças e o envelhecimento precoce. Vale destacar que:

Um dos sucessos do exercício físico como medida preventiva, nos últimos anos foi a criação de uma moderna educação física, em fazer exercício ou praticar esportes, se tornaram programas de lazer e prazer. Acabou a idéia de que praticar exercícios de forma regular exige desgastes físicos e psíquicos intensos, provocando desprazer e sofrimento (derrotas) (MEIRELLES, 1997, p.75)

Assim sendo, podemos perceber que os maus hábitos adquiridos durante

todo o processo de vida podem alterar e comprometer a saúde, levando-nos a

confundir muitas vezes com o processo de envelhecimento (GARIBA, 2005, p.23).

Com isso, é de senso comum o entendimento da importância da

conscientização sobre as possíveis correlações entre inatividade física e estado

patológico.

Essas afirmações que circulam socialmente levaram à aceitação generalizada

da ideia de que “a participação recreativa em programas de exercícios pode

contribuir para a melhoria da saúde, retardando o processo físico e psicológico,

mantendo-se por muito tempo as capacidades motoras” (SENIORES E ATIVOS,

2011, p.4). Entretanto, apenas os exercícios não são suficientes para reduzir o risco

de doenças e incapacidades físicas. Sabemos que outros hábitos devem fazer parte

do nosso cotidiano. Dentre eles podemos citar a alimentação saudável, balanceada

e com apoio de uma nutricionista (SENIORES e ATIVOS, 2011, p.5).

Na leitura de Meirelles (1997, p.76) ainda encontramos que “Esse

comportamento deve ser considerado parte integrante de um programa completo

preventivo [...]”. Desta maneira, entendemos que outros hábitos devem ser

incorporados por nossos alunos e nossas alunas. A mesma autora ainda destaca

que tais hábitos devem ser “cuidadosamente adaptados aos motivos pessoais e

objetivos específicos do indivíduo, uma vez respeitado o princípio da especificidade,

do treinamento e a individualidade biológica”.

Em suma, é de nossa compreensão que temos uma responsabilidade frente

aos alunos e alunas que frequentam a EJA. Cabe ao professor de Educação Física

trabalhar e orientar a respeito das práticas de atividades físicas que melhor se

encaixem em cada tipo de aluno. No caso deste texto, a atividade sugerida é a

dança, pois acreditamos que por meio de sua execução, os discentes desenvolvem

uma consciência corporal, capaz de modificar hábitos nocivos à saúde (MOLL,

2005).

De acordo com as Diretrizes Curriculares para Educação de Jovens e Adultos

no Estado do Paraná (2006, p.32), a proposta metodológica das práticas

pedagógicas da EJA deve considerar os três eixos articuladores propostos: cultura,

trabalho e tempo, os quais deverão estar inter-relacionados.

As orientações metodológicas da referida modalidade da Educação Básica

Estão direcionadas para um currículo do tipo disciplinar, que não deve ser entendido como na pedagogia tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares. O currículo deve ter forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes estejam articulados à realidade em que o educando se encontra, em favor de um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas do conhecimento. (DCE/EJA/PR, 2006, p.35).

Segundo Ferreira (2009, p.15) a dança pode ser definida como: “A Dança é

arte e movimento; aprender arte envolve, além do desenvolvimento das atividades

artísticas e estéticas, apreciar o belo; situar a produção artístico-social de todas as

épocas nas diversas culturas; estabelecer relações entre trabalhos artísticos

individuais e grupais; assimilar e perceber correlações entre o que se faz na escola e

o que se faz na sociedade local, regional, nacional e internacional.”.

A Dança Escolar deve ser trabalhada de acordo com a realidade do aluno,

possibilitando o resgate da sua cultura, compreensão e importância da mesma para

a sua vida. Portanto, deve-se facilitar a participação e interação nas atividades,

mostrando que o importante é que esta atividade física não visa só a questão

técnica, voltada para a exibição e sim um ato educativo, onde reina espontaneidade,

liberdade de expressão corporal, recreação, alegria e bem estar. (FERREIRA, 2009,

p.16-17).

Nas DCE/PR (2008, p.71) destaca-se o trabalho com danças que retratam a

cultura afro-brasileira, uma vez que algumas são compostas por elementos

provenientes das manifestações que retomam toda a cultura milenar de aldeias e

tribos africanas, em que a dança está presente no culto à espiritualidade, e faz

incorporar os orixás invocados.

Esses orixás manifestam comportamentos semelhantes aos dos seres

humanos e de uma forma geral estão associados a elementos da natureza, como a

água, o ar, a terra e o fogo. O ritmo dessas danças africanas tem uma batida forte,

devido aos instrumentos que são utilizados, como tambores, atabaques e outros

instrumentos de percussão, os quais podem ser confeccionados com materiais

alternativos, o que permite a vivência dos ritmos dessa cultura pelos alunos.

(DCE/PR, 2008, p.71).

Cabe ressaltar que no trabalho com a dança, o professor poderá sempre aliar

os aspectos culturais e regionais específicos, pois ao proporcionar a vivência de

diferentes tipos de danças, estará possibilitando aos alunos a liberdade de recriação

coreográfica e a expressão livre dos movimentos (ANTUNES, 2007, p.8).

Enfim, após os dados que coletamos em nossa revisão bibliográfica, podemos

dizer que o trabalho com a dança na escola deve ser orientado, tomando como

referencial o desenvolvimento da consciência corporal dos estudantes, bem como

suas capacidades de desenvolver um processo de reflexão crítica e coletiva sobre a

realidade social, na qual todos estão inseridos.

3. PROCESSO DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO

Este trabalho foi organizado, a partir de um problema que identificamos com

os estudantes da EJA e que remetia a dificuldades que eles apresentavam em

relação ao aprendizado e da elaboração de suas relações sociais. No primeiro

momento do projeto foi realizada uma sensibilização com os alunos, através de

muito diálogo e conversação. Para tanto, fizemos uso de questionamentos a respeito

da importância do presente Projeto Pedagógico, que nos colocou diante de uma

situação preocupante, qual seja, os estudantes deixaram claro sua indiferença em

relação à questão central do diálogo. Disto concluímos que o processo de

implementação do projeto seria longo e pleno de dificuldades. Mas, em contrapartida

podemos dizer que os estudantes, interessados em participar do projeto,

demonstraram um relevante grau de expectativas. Para desenvolvermos essa etapa

do processo de implementação, utilizamos quatro horas - aula.

No segundo momento, após análise dos resultados obtidos com a fase de

sensibilização, partimos para uma sondagem com os alunos a respeito do

conhecimento que eles detinham sobre a dança. Procuramos distinguir se os

conhecimentos dos estudantes foram adquiridos em função da prática com a dança,

se havia algum elemento teórico ou se havia tanto o conhecimento prático quanto o

teórico. Obtivemos como resultado que o conhecimento dos estudantes sobre a

dança provém da prática. Considerando a realidade de nosso estudante e do ensino

da Educação Física na escola, afirmamos que os resultados obtidos estão em

consonância com a hipótese que elaboramos sobre a questão. O número de aulas

utilizadas para realizarmos essa fase foi de oito horas – aula.

Tendo em vista essas primeiras observações, tivemos a certeza de que

poderíamos desenvolver esse projeto com alunos da EJA, que apresentam um perfil

de “educandos-trabalhadores”, os quais não tiveram acesso ou continuidade na

escolarização em idade própria” (PARANÁ/SEED, 2006, p.28).

Como síntese dessas duas fases, trabalhamos com os estudantes a ideia de

que a dança não deveria ser olhada somente como uma prática que remete ao

mundo da diversão e entretenimento sadio, pois ela vai muito além dos limites

impostos por esses aspectos. Deve, pois, ser assumida como uma prática cultural

produzida pelas sociedades e/ou grupos sociais. A metodologia utilizada na

implementação do projeto foi de cunho qualitativo, por meio da leitura da realidade,

no caso específico, já bastante conhecida pelos vários anos de atuação docente na

Instituição de Ensino, alvo desse trabalho pedagógico.

No terceiro momento debatemos sobre a importância da participação de todos

os estudantes nesse processo e, para tanto, foram utilizadas algumas estratégias de

ação, descritas ao longo desse texto, dentre as quais destacamos as pesquisas

bibliográficas sobre o histórico da dança, tipos e importância da temática sobre

dança, inserida no Livro Didático Público e textos variados1. Essas pesquisas foram

registradas nos respectivos cadernos de atividades em sala de aula. Para

realização desta etapa utilizamos quatro horas-aula.

No quarto momento fizemos pesquisas na rede mundial de comunicação -

Internet do Laboratório de Informática da instituição alvo, onde os alunos acessaram

os sites do Google, Youtube e o Portal Dia-a-Dia-Educação, buscando mais

conhecimentos sobre a dança. Também essas atividades foram registradas nos

cadernos de atividades. Os conhecimentos adquiridos foram sistematicamente

registrados em um caderno, identificado como nosso “Diário de Bordo”. Em seguida,

foram criados os espaços, nos quais realizamos os momentos de debates e

discussões orientadas e produção de relatos individuais sobre as experiências

vivenciadas por eles, no decorrer do processo de implementação do projeto. Para

esta atividade foram usadas quatro horas-aula.

1 MARQUES, Isabel A. Artigo: Dançando na Escola (p.20, 1997) Metodologia do ensino de educação física/coletivo de autores – São Paulo Cortez (p.82, 1992)

No quinto momento visitamos a academia de dança do Professor Cher, para

que todos os estudantes pudessem vivenciar o aprendizado e apropriarem-se de

conhecimentos sobre a dança naquele tipo de instituição. Além disso, os alunos

aprenderam um pouco mais sobre as distintas formas de se elaborar as

coreografias, ritmos e movimentos. Ressaltamos ainda, que eles puderam aprender

as diversas posturas apresentadas pelos dançarinos, as maneiras diferenciadas de

se conduzir o parceiro de dança, enfim, mantiveram contato com a lógica interna do

ato de dançar. Outro dado interessante aconteceu no decorrer dos momentos de

recreação, quando eles tiveram a oportunidade de construírem relações com os

estudantes da academia, o que aconteceu em função deles terem tido a

oportunidade de vivenciar algumas danças de salão - samba, bolero, forró – tendo

como parceiros (as) os estudantes da academia.

Outra experiência vivenciada pelos estudantes se deu em função da

frequência da maioria deles aos clubes da “terceira idade” da comunidade local.

Ficou decidido que eles participariam dessas atividades e posteriormente faríamos

um debate, através de questionamentos a respeito dos resultados dessa ação. Para

esta atividade usamos doze horas-aula.

No sexto momento foram exibidos trechos de filmes usando a TV-Pendrive.

Com a TV Multimídia houve a exibição do filme “Vem Dançar” com ator Antonio

Banderas. O filme conta a história de um professor que, por meio da dança, procura

ajudar um grupo de alunos rebeldes e discriminados, os quais são obrigados a

estudar num porão da escola, separados dos demais colegas, até que se recuperem

e possam voltar a se integrar à comunidade escolar. Essa atividade também foi

anotada no caderno de atividades.

Após assistir ao filme citado, os alunos perceberam a importância da dança,

vendo que ela pode modificar e transformar a realidade. Só depende de querer e ter

atitude para isso. Neste momento foram realizados vários debates com os alunos.

Ainda, com o uso do Pendrive e TV Multimídia, foram exibidos vários vídeos

de Danças Circulares, Danças gaúchas, Danças de Salão, Danças Africanas, entre

outras. Para estas atividades foram usadas oito horas-aula.

No sétimo momento foram realizados estudos sobre as coreografias de

danças, através de pesquisas com fundamentação teórica e vários debates,

destacando os diferentes tipos e ritmos de músicas, onde os alunos puderam

perceber que o importante é a participação, sem levar em conta a técnica e sim o

ato educativo, recreativo e prazeroso, tudo isto após os trabalhos realizados com os

vídeos e anotados nos cadernos de atividades. Para esta atividade foram usadas

doze horas-aula.

No oitavo momento realizamos a elaboração de coreografias individuais e

coletivas e apresentações de danças, com o apoio de três alunos estagiários do

Curso de Educação Física do CCS/UENP.

Os alunos participaram das atividades desenvolvidas, cada um dentro dos

seus limites e condições físicas, uma vez que muitos chegam cansados da jornada

exaustiva de trabalho, mas houve bastante aceitação por parte de todos. Para esta

atividade foram usadas vinte e quatro horas-aula.

Procedemos à avaliação mediante um levantamento contínuo do processo de

ensino e aprendizagem, levando em conta a participação dos alunos nas atividades

propostas, com procedimentos adequados às especificidades da modalidade de

estudo eleita nessa proposta. A razão da escolha dessa modalidade de ensino foi

pela minha atuação como professor da EJA e pelo fato de ser uma atividade

diferente e desafiante, exigindo maior aprofundamento teórico, para que os

conhecimentos possam ser incorporados e efetivamente colocados em prática,

mesmo sabendo das dificuldades e resistência por parte de alguns alunos.

Acreditamos que toda pessoa tem em si uma fonte original de saber e de

sensibilidade. Em interação, o ser humano está sempre aprendendo ou ensinando

algo às pessoas que estão a sua volta, compartilhando conhecimentos, sentimentos

e emoções.

Em vista disso, podemos afirmar que os resultados foram positivos. É preciso

lutar para que as danças populares e tradicionais sejam preservadas, perpetuadas e

valorizadas como patrimônio cultural. Quando trabalhamos com estas temáticas,

proporcionamos, na verdade, um intercâmbio entre a cultura popular e a arte

contemporânea. Não é necessário nenhum grande palco para promover essas

apresentações. Bastam vontade e sintonia de objetivos. Em um trabalho como esse

é preciso valorizar a experiência dos participantes. Portanto, abrimos espaço para

coletar depoimentos acerca da importância da dança na vida de cada um deles,

antes e depois dessa implementação. Pensamos ser desnecessário citar nomes,

para deixá-los mais à vontade para falar. Abaixo, algumas desses registros:

“Sempre gostei de dançar. Quando escuto uma música mais agitada já começo a rebolar, bater o pé, bater palmas. Agora aprendi que tudo que faço é chamado de movimento corporal e que é bom para a saúde”.

“Acho que todo mundo gosta de dançar, mas às vezes fica com vergonha, porque tem medo que os outros fiquem caçoando. Vou tentar perder esse medo. Acho que é timidez”.

“Posso trabalhar a semana inteira, mas quando chega o sábado e domingo corro pro bailão. É muito divertido, ainda mais agora que tenho certeza que faz bem pra saúde”.

Mesmo em vista desses saberes, acreditamos que precisaríamos de um

tempo maior para criar, na escola e entre os alunos, um ambiente mais acolhedor,

que fortaleça ações efetivas como as que foram desenvolvidas, o que certamente

contribuirá ainda mais para um ensino de qualidade.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir a implementação pedagógica no CEEBJA do projeto “Dança no

Espaço Escolar da EJA”, tivemos a percepção de que houve um avanço

consideravelmente positivo com relação ao tema “importância da consciência

corporal”, escolhido e desenvolvido para os alunos da referida modalidade de

ensino.

Esperamos que este Projeto realmente tenha atingido o seu objetivo na

Educação Física escolar da EJA, contribuindo para o trabalho didático-pedagógico,

procurando enriquecer o conteúdo Dança, o qual, muitas vezes, fica esquecido em

detrimento dos demais conteúdos, como: Esporte, Ginástica e Lutas, por exemplo.

No entanto, acreditamos que se faz necessário uma discussão aprofundada,

acerca da formação dos profissionais de Educação Física, no sentido de atribuir-lhes

condições de trabalhar com o conteúdo Dança no ambiente escolar.

Esse fato é interessante, na medida em que favorece a formação dos

profissionais com maior tempo de serviço e, desta forma, com um currículo mais

antigo e que não valorizava tal conteúdo. Vale lembrar que estamos retratando o

contexto do curso de Educação Física da UENP, que forma e formou a maioria dos

profissionais de Educação Física no Norte Pioneiro do Paraná. Enfim, é de suma

importância que este trabalho venha despertar, em seus leitores, o interesse em

participar mais ativamente das atividades físicas, propostas pelo conteúdo Dança.

Como descrito anteriormente, tal conteúdo oferece diversos benefícios para a

saúde de uma maneira geral. Também acreditamos que, por meio desta atividade,

as pessoas resgatam a importância da sua consciência corporal em busca de uma

melhor qualidade de vida.

Assim sendo, compreendemos que a dança surge como uma ótima opção de

atividade física para a faixa etária dos alunos matriculados na EJA, Ensino Médio,

pois se trata de uma atividade que permite a espontaneidade, que exige pouco

esforço físico, resgata a autoestima e ao mesmo tempo proporciona benefícios à

saúde. Porém, os resultados vão surgindo com um trabalho desenvolvido a médio e

longo prazo. Além de tudo, a dança é uma possibilidade de atividade para os

momentos de lazer.

Vale ressaltar que essa proposta foi desenvolvida numa turma da

Organização Coletiva da EJA, por acreditarmos que os mesmos descobririam que

devem vivenciar, refletir e reelaborar sua cultura como cidadãos com direito de

participação crítica e consciente no seu meio social. O professor, além de respeitar a

opção do aluno, não deve restringir as possibilidades a apenas um tipo de dança.

Enfim, podemos afirmar que a Dança na escola, quando desenvolvida de

forma pedagógica, lúdica, livre, espontânea, desperta o interesse e o gosto pela

prática de atividade física. No entanto, sentimos necessidade de mais horas de

trabalho com esses alunos. Mesmo assim, juntos, compreendemos que o ritmo e o

movimento podem ajudar a descobrir a importância e o valor da consciência

corporal. Mais ainda, que o corpo também é uma forma de linguagem por meio da

expressão corporal. Muito mais ainda, que a dança é também uma produção do

homem em suas relações com o mundo. Vale a pena dançar!

5. REFERÊNCIAS

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