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Daniel Pizarro Crespo
Estudo de Viabilidade Ambiental para Implantação do Aterro
Sanitário de Canaã dos Carajás
UFMG Instituto de Geociências
Departamento de Cartografia Av. Antônio Carlos, 6627 – Pampulha
Belo Horizonte [email protected]
IX Curso de Especialização em Geoprocessamento 2006
ii
DANIEL PIZARRO CRESPO
Estudo de Viabilidade Ambiental para Implantação do Aterro Sanitário de
Canaã dos Carajás
Monografia apresentada ao Curso de Pós-
Graduação em Geoprocessamento, Departamento
de Cartografia, Instituto de Geociências,
Universidade Federal de Minas Gerais, como
requisito parcial a obtenção do título de Especialista
em Geoprocessamento.
Orientadora: Profª.Maria Márcia M. Machado
Belo Horizonte, 2006
iii
Crespo, Daniel Pizarro
Estudo de Viabilidade Ambiental para Implantação do Aterro Sanitário de Canaã dos Carajás/ Daniel Pizarro Crespo. - Belo Horizonte, 2006.
vi, 39f.: il. Monografia (Especialização) - Universidade Federal de Minas
Gerais. Instituto de Geociências. Departamento de Cartografia, 2006.
Orientadora: Maria Márcia M. Machado
1. Geoprocessamento 2. Aterro Sanitário I. Título.
iv
AGRADECIMENTO
Agradeço a Profª Maria Márcia pela orientação e ajuda.
À SETE – Soluções e Tecnologia Ambiental pelo incentivo.
Aos colegas de sala pelo companheirismo.
v
SUMÁRIO
D 1- INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1 2 - OBJETIVO....................................................................................................................... 2 3 - CARACTERIZAÇÃO MUNICÍPIO DE CANAÃ DOS CARAJÁS.............................. 3
3.1 - DIMENSÃO HISTÓRICA ....................................................................................... 3 3.2 - DIMENSÃO SOCIAL .............................................................................................. 3
3.2.1 - População ........................................................................................................... 3 3.3 - DIMENSÃO ECONÔMICA .................................................................................... 5 3.4 - GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS.................................................... 8
4 - DEFINIÇÃO DAS ZONAS RESTRITIVAS E POTENCIAIS..................................... 11 4.1.1 - Mapeamento básico municipal das Zonas Restritivas e Potenciais para instalação de aterro sanitário ....................................................................................... 11 4.1.2 - Mapeamento das Zonas Potenciais em escala de semi detalhe........................ 11
4.2 - MAPEAMENTO BÁSICO DAS ZONAS RESTRITIVAS ................................... 12 4.2.1- Critérios Restritivos Adotados .......................................................................... 13 4.2.2 – Resultados parciais .......................................................................................... 17
4.3 - MAPEAMENTO DA ZONA POTENCIAL EM ESCALA DE SEMIDETALHE 19 4.3.1 - Critérios Restritivos Adotados ......................................................................... 20 4.3.2 – Resultados Parciais .......................................................................................... 24
5 - DEFINIÇÃO DAS ÁREAS POTENCIAIS na zona POTENCIAL .............................. 25 5.1 - CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS .......................................................................... 26 5.4. ÁREAS SELECIONADAS...................................................................................... 36
6 – CONCLUSÃO............................................................................................................... 38 7 - BIBLIOGRAFIA............................................................................................................ 39
vi
QUADROS
QUADRO 1.1 - POPULAÇÃO RESIDENTE TOTAL E POR SITUAÇÃO - 2000 ........... 4 FIGURA 1.1 - PIRÂMIDE ETÁRIA DO MUNICÍPIO DE CANAÃ DOS CARAJÁS- 2000 ....................................................................................................................................... 4 QUADRO 1.2 - PIB MUNICIPAL DE CANAÃ DOS CARAJÁS POR SETOR DE ATIVIDADE (EM R$ - 1998) .............................................................................................. 7 QUADRO 1.3 - QUANTIDADE DE RESÍDUOS DOMICILIAR, SERVIÇO DE SAÚDE E ENTULHOS/GALHARIA COLETADA NO DISTRITO SEDE DO MUNICÍPIO DE CANAÃ DOS CARAJÁS, SEGUNDO DADOS DA CLEAN SERVICE - JANEIRO/2005 A ABRIL/2006 ...................................................................................................................... 9 QUADRO 1.4 - PERCENTUAIS DAS CLASSES DE RESTRIÇÃO............................... 19 QUADRO 1.5 - TEMAS E PESOS ATRIBUÍDOS PARA A INDICAÇÃO DE ÁREAS POTENCIAIS PARA O ATERRO SANITÁRIO DE CANNÃ DOS CARAJÁS. ............ 26 QUADRO 1.6 - CLASSE E NOTAS ATRIBUÍDAS A CADA CONJUNTO TEMA/PESO PARA A INDICAÇÃO DE ÁREAS POTENCIAIS PARA ATERRO SANITÁRIO DE CANAÃ DOS CARAJÁS ................................................................................................... 27 QUADRO 1.7 - SUBCRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO TEMA “VEGETAÇÃO” ....... 34 QUADRO 1.8 - ÁREAS POTENCIAIS SELECIONADAS PARA O ATERRO SANITÁRIO........................................................................................................................ 36
vii
FIGURAS
4 FIGURA 1.1 - PIRÂMIDE ETÁRIA DO MUNICÍPIO DE CANAÃ DOS CARAJÁS- 2000 ....................................................................................................................................... 4 FIGURA 1.2 - QUANTIDADE DE RESÍDUOS DOMICILIAR, SERVIÇO DE SAÚDE E ENTULHOS/GALHARIA COLETADA NO DISTRITO SEDE DO MUNICÍPIO DE CANAÃ DOS CARAJÁS, SEGUNDO DADOS DA CLEAN SERVICE - JANEIRO/2005 A ABRIL/2006 .................................................................................................................... 10 FIGURA 1.4 - ZONA POTENCIAL PARA IMPLANTAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO DO MUNICÍPIO DE CANAÃ DOS CARAJÁS ......................................... 18 FIGURA 1.5 - REDE DE DRENAGEM (AZUL) E SUA FAIXA DE PROTEÇÃO DE 200 METROS (VERDE) SOBREPOSTOS SOBRE IMAGEM DE SATÉLITE...................... 21 FIGURA 1.6 - MAPEAMENTO E ESPACIALIZAÇÃO DAS FAIXAS RESTRITIVAS (AMARELO) DA INFRA-ESTRUTURA INSTALADA .................................................. 23 QUADRO 1.6 - CLASSE E NOTAS ATRIBUÍDAS A CADA CONJUNTO TEMA/PESO PARA A INDICAÇÃO DE ÁREAS POTENCIAIS PARA ATERRO SANITÁRIO DE CANAÃ DOS CARAJÁS ................................................................................................... 27 QUADRO 1.7 - SUBCRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO TEMA “VEGETAÇÃO” ....... 34 QUADRO 1.8 - ÁREAS POTENCIAIS SELECIONADAS PARA O ATERRO SANITÁRIO........................................................................................................................ 36
viii
RESUMO
Esse documento apresenta o Estudo de Viabilidade Ambiental de Áreas com Potencial para
Implantação de Aterro Sanitário no município de Canaã dos Carajás/PA. Esse estudo visa à
definição de áreas adequadas à construção e à operação de um aterro sanitário municipal.
Nesse estudo, a metodologia adotada no levantamento das áreas potenciais foi baseada em
um mapeamento digital, utilizando práticas de geoprocessamento. Os trabalhos foram
desenvolvidos em duas etapas distintas.
Em uma primeira etapa dos trabalhos, foi realizado o levantamento prévio de zonas
restritivas e potenciais no município de Canaã dos Carajás para a implantação do novo
aterro. Na segunda etapa, foram avaliadas todas as áreas inseridas nessa Zona Potencial,
visando à classificação das cinco melhores áreas, que foram objeto de uma análise
detalhada do ponto de vista geológico e socioeconômico.
1
1- INTRODUÇÃO
A disposição do lixo gerado pela atividade cotidiana dos cidadãos, pelos seus hábitos de
consumo e pela produção industrial é um problema vivido pelos centros urbanos.
A quantidade de lixo per capta gerada diariamente é um fator que se deve levar em
consideração quando se pensa em um local adequado para sua disposição. A grande
maioria das cidades brasileiras possuem lugares totalmente inadequados para a disposição
destes resíduos. Cerca de 88% do lixo coletado no país ainda é despejado em áreas a céu
aberto e sem nenhum tipo de cuidado, os chamados “lixões”, aproximadamente 10% do
total do lixo coletado é conduzido para aterros e apenas 2% do total do lixo é tratado em
usinas (IBGE,1999).
A disposição final adequada para os resíduos sólidos de uma cidade é fundamental para as
questões ambientais, de saneamento e saúde pública. Os resíduos sólidos devem ser
geridos de forma integrada, desde sua origem até sua disposição final, com abordagens que
incluem a redução da quantidade gerada, a reciclagem, a reutilização e o reaproveitamento
dos materiais (EPA,1989). Essas três abordagens formam o chamado principio dos três R:
reduzir, reciclar e reutilizar. No entanto estas iniciativas não são satisfatórias para
resolvermos o problema do lixo, o lugar adequado para sua disposição se faz necessário,
tendo em vista que, parte destes resíduos não podem ser reciclados ou reutilizados. A
disposição final pode causar diversos danos ao homem e ao meio ambiente, principalmente
se ocorrer de maneira inadequada, a céu aberto, poluído o solo, a água e o ar.
Os possíveis impactos causados na disposição dos resíduos podem ser minimizados e
gerenciados através da implantação de um aterro sanitário, considerando não somente
técnicas para a acomodação dos resíduos mais um local adequado para se implantar um
empreendimento deste porte. A aplicação de técnicas de geoprocessamento, para a seleção
de áreas potenciais para instalação do aterro otimiza e agiliza o processo de seleção. Com a
estruturação de um banco de dados georreferenciados, que proporciona uma visão prática
do município, auxiliando na localização das áreas.
2
2 - OBJETIVO
O objetivo do trabalho apresentado é identificar áreas potencias para construção do aterro
municipal de Canaã dos Carajás/PA, utilizando técnicas de geoprocessamento para agilizar
e facilitar a escolha.
3
3 - CARACTERIZAÇÃO MUNICÍPIO DE CANAÃ DOS CARAJÁS
3.1 - DIMENSÃO HISTÓRICA
O município de Canaã dos Carajás surge das iniciativas de ocupação do território
amazônico realizadas pelo Governo Federal a partir da segunda metade da década de 70. O
Grupo Executivo das Terras do Araguaia e Tocantins (GETAT), encarregado pela União
de diminuir os conflitos que ocorriam na região do Bico do Papagaio, construiu na área do
atual município de Canaã dos Carajás, na época pertencente ao município de Marabá,
Centros de Desenvolvimento Regional (CEDERE), que constituíam basicamente núcleos
de colonização agropecuária. De 1982 a 1985, 1.551 famílias foram assentadas nesses
centros. O núcleo chamado CEDERE II emancipa-se de Parauapebas, com a Lei Estadual
N° 5.860 de 1994, tornando-se Canaã dos Carajás. O município que tradicionalmente
assentava-se economicamente nas atividades agropecuárias vem passando por uma intensa
transformação nos últimos anos com o início de grandes projetos de exploração mineral.
3.2 - DIMENSÃO SOCIAL
3.2.1 - População
A população do município de Canaã dos Carajás em 2000 era de 10.922 pessoas,
distribuídas em sua maioria na zona urbana (64,1%). O município de Canaã não dispõe de
dados oficiais de população anteriores a esse ano, visto que apesar de ter sido emancipado
em 1994 de Parauapebas, não foi incluído na Contagem de População do IBGE de 1996.
Nota-se que o município, apesar de um baixo contingente populacional possui alto grau de
urbanização. A estimativa oficial do IBGE para a população municipal em 2004 foi de
13.035 pessoas, o que representa uma taxa média de crescimento anual de 4,35% para o
período 2000 - 2004 acima, portanto da média de crescimento do Estado do Pará no
mesmo período que foi de 2,55% ao ano. Destaca-se o fato de a Região Norte como um
todo consistir na região brasileira com as maiores taxas de crescimento populacional.
4
Urbana Rural Ano
Absoluta Relativa (%) Absoluto Relativa (%) Total
2000 6.998 64,1 3.924 35,9 10.922 Fonte: IBGE – Censos Demográficos de 1991 e 2000 e Contagem da População de 1996.
QUADRO 1.1 - População residente total e por situação - 2000
A densidade demográfica do município correspondia a 3,34 hab/km² em 2000, sendo
menor que as registradas para a Microrregião de Parauapebas (6,64), para o estado do Pará
(4,96) e para a Região Norte (3,35), e bem abaixo da brasileira (19,92 hab/km²). A
pirâmide etária mostra a distribuição da população residente por sexo e grupo etário: cada
barra representa um grupo etário (coorte), a primeira de 0 a 4 anos, a segunda de 5 a 9 e
assim por diante até a última que representa os maiores de 80 anos. A Pirâmide Etária de
Canaã dos Carajás para o ano 2000 mostra que sua população é predominantemente jovem,
36% da população total possui até 15 anos. Nota-se também que existe uma ligeira
predominância de homens, principalmente a partir do grupo de 35 a 39 anos, o que pode
estar relacionada ao elevado número de imigrantes que recebeu o município. Nota-se
também que Canaã vem diminuindo sua taxa de fecundidade, fato que se confirma pelo
encurtamento da coorte de 0 a 4 anos frente às coortes diretamente superiores.
Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2000
FIGURA 1.1 - Pirâmide Etária do Município de Canaã dos Carajás- 2000
5
Qualidade de Vida
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Canaã dos Carajás (0,700),
considerado de médio desenvolvimento humano, apresentou alto crescimento, 26,81%,
entre 1991 e 2000, subindo de 0,552 para 0,700. Apesar desse alto crescimento, situa-se
ainda abaixo do IDH do Estado do Pará (0,723), que cresceu apenas 11,23% no mesmo
período. O IDH-M “Educação” foi próximo de um valor considerado de alto
desenvolvimento (acima de 0,800) com um índice de 0,792. Esta dimensão também foi a
que mais contribuiu para o crescimento do IDH-M com uma contribuição de 47,7%. As
dimensões “Longevidade” e “Renda” ficaram em um patamar bem abaixo da dimensão
“Educação” com valores de (0,679) e (0,628), respectivamente.
Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, em relação aos outros
municípios do país, Canaã dos Carajás apresenta uma situação intermediária, pois ocupa a
2.981ª posição, sendo que 2.980 municípios (54,1%) estão em situação melhor e 2.526
municípios (45,9%) estão em situação pior ou igual. Em relação aos outros municípios do
Estado, Canaã dos Carajás apresenta-se proporcionalmente melhor situado, tendo em vista
que ocupa a 37ª posição, em um total de 143 municípios.
3.3 - DIMENSÃO ECONÔMICA
A economia do município de Canaã dos Carajás foi tradicionalmente assentada na
atividade agropecuária. Todavia, nos últimos anos, foi inaugurado o Projeto Sossego, de
extração de cobre no município. Além desse projeto, existem diversos outros grandes
projetos de mineração previstos para o município, que deslocarão sua base econômica da
agropecuária para a mineração.
Setor Primário
A pesquisa Produção Agrícola Municipal de 2003 cita os seguintes produtos produzidos no
município: abacaxi, arroz, feijão, mandioca, milho, tomate, banana, café, coco-da-baía e
pimenta-do-reino.
6
Dentre estes, se destacam, na produção da microrregião de Parauapebas, o coco-da-baía,
onde a produção municipal representa 66%, da microrregional, o feijão com 45 %, e o
milho com 30%. A participação da produção municipal na estadual é pouco significativa,
destacando-se o feijão com uma participação relativa de 1,54% na produção estadual e o
milho com 1,68%.
A Produção Pecuária Municipal de 2003 demonstra a importância do rebanho bovino, com
239.000 cabeças, o que representa 20,15% do rebanho bovino da microrregião. Os demais
efetivos apresentaram-se pouco significativos.
Setor Secundário
O setor secundário, especificamente o segmento da indústria extrativa mineral, é a
principal atividade econômica de Canaã dos Carajás. O projeto Sossego de extração de
cobre da CVRD se destaca na geração de empregos formais e na ampliação da capacidade
de investimento do poder público municipal. Todavia, em razão da instalação recente do
projeto (início de operação em 2004), ainda não pode ser visto seu impacto nos indicadores
de emprego e renda. Os dados mais recentes da base RAIS do Ministério do Trabalho são
de 2002, enquanto o Cadastro Central de Empresas do IBGE apresenta dados para 2001.
Mesmo que a Base RAIS ainda não informe sobre a importância da Indústria Extrativa
Mineral no município, a mesma mostra que no período de construção desse projeto, 37%
do total de empregos formais em 2002 eram gerados por esse segmento.
Setor Terciário
Comércio e Serviços
Em 2002, de acordo com a Base RAIS, o município de Canaã dos Carajás contava com
poucos estabelecimentos comerciais formalizados. O segmento do Comércio Varejista
contava com 6 estabelecimentos e 21 trabalhadores formalizados, o que representava 19%
do total de estabelecimentos formais e 4% do total de empregos.
7
O município contava também com um estabelecimento de Alojamento e Alimentação, dois
no de transporte terrestre. Nota-se aqui a presença de poucas empresas formalizadas no
município, bem como um pequeno número de empregos formais.
Produto Interno Bruto (PIB)
Os fluxos de renda da atividade mineradora atuam no incremento da demanda do comércio
e serviços locais, impulsionando seu desenvolvimento. A complexidade e a magnitude da
extração mineral do complexo Sossego oferecem demandas para uma série de empresas
que se localizem no entorno do empreendimento para atuar na prestação de serviços
específicos ao projeto. Todavia, também como no caso dos empregos formais, os dados do
PIB Municipal também ainda não conseguem demonstrar a importância da Indústria
Extrativa Mineral.
O PIB Municipal de Canaã dos Carajás foi superior a R$ 80 milhões em 1998 conforme
pode ser visto no Quadro 1.2. Sua distribuição, segundo os setores de atividade, mostra que
desse valor, 86,5% é realizado pelo PIB Agropecuário e 13% pelo PIB Serviços, enquanto
o PIB Industrial representava apenas 0,5% do total.
Setor Absoluto Relativo (%)
Agropecuário 70.543.881 86,40
Industrial 398.336 0,49
Serviços 10.707.152 13,11
Total 81.649.398 100 Fonte: IPEA.
QUADRO 1.2 - PIB Municipal de Canaã dos Carajás por setor de atividade (em
R$ - 1998)
8
3.4 - GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Os serviços de coleta e transporte dos resíduos sólidos urbanos gerados no município
de Canaã dos Carajás, sendo realizados atualmente pela empresa Clean Service. O
município dispõe do registro de coleta de resíduos sólidos domiciliares, resíduos do serviço
de saúde e de entulhos e galharia, na área urbana do município. Os valores registrados para
o período de janeiro de 2005 a abril de 2006 são apresentados no Quadro 1.3 e na Figura
1.2.
9
Data Resíduos Domiciliares
(em t)
Resíduos de Serviço de
Saúde (em t)
Entulhos e Galharia
(em m³)
Jan/05 690,0 3,69 2.710,00
Fev/05 630,0 2,04 2.160,00
Mar/05 697,5 2,34 1.700,00
Abr/05 675,0 2,19 1.780,00
Mai/05 697,5 2,52 1.035,00
Jun/05 675,0 3,51 1.230,00
Jul/05 682,5 3,16 940,00
Ago/05 682,5 3,42 940,00
Set/05 682,5 2,18 1.833,49
Out/05 690,0 1,57 1.610,00
Nov/05 667,5 3,25 2.245,00
Dez/05 682,5 4,32 2.010,00
Jan/06 697,5 2,18 2.447,85
Fev/06 630,0 1,49 2.412,55
Mar/06 697,5 4,31 2.720,00
Abr/06 660,0 3,93 2.015,00
MÉDIA
MENSAL 677,3 2,9 1.861,8
QUADRO 1.3 - Quantidade de resíduos domiciliar, serviço de saúde e entulhos/galharia coletada no distrito sede do município de Canaã dos Carajás, segundo dados da Clean Service -
janeiro/2005 a abril/2006
10
Resíduos Sólidos Domiciliares
580
600
620
640
660
680
700
720
jan/05
fev/05
mar/05
abr/0
5
mai/05
jun/05
jul/05
ago/0
5se
t/05
out/0
5
nov/0
5
dez/0
5jan
/06fev
/06
mar/06
abr/0
6
Qua
ntid
ade
Col
etad
a (e
m t)
Resíduos de Serviço de Saúde
0
1
2
3
4
5
jan/05
fev/05
mar/05
abr/0
5
mai/05
jun/05
jul/05
ago/0
5se
t/05
out/0
5
nov/0
5
dez/0
5jan
/06fev
/06
mar/06
abr/0
6
Qua
ntid
ade
Col
etad
a (e
m t)
Entulho e Galharia
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
3.000
jan/05
fev/05
mar/05
abr/0
5
mai/05
jun/05
jul/05
ago/0
5se
t/05
out/0
5
nov/0
5
dez/0
5jan
/06fev
/06
mar/06
abr/0
6
Qua
ntid
ade
Col
etad
a (e
m m
³)
FIGURA 1.2 - Quantidade de resíduos domiciliar, serviço de saúde e entulhos/galharia coletada no distrito sede do município de Canaã dos Carajás, segundo dados da Clean Service -
janeiro/2005 a abril/2006
11
4 - DEFINIÇÃO DAS ZONAS RESTRITIVAS E POTENCIAIS
O mapeamento para definição das áreas potenciais para implantação do Aterro Sanitário do
município de Canaã dos Carajás baseou-se em uma análise integrada de critérios legais,
ambientais e econômicos, utilizando-se práticas de geoprocessamento. Vale destacar que,
conforme apresentado por IPT/CEMPRE (2000) “uma área adequada à destinação de
resíduos sólidos urbanos não é somente aquela que oferece menores riscos ao meio
ambiente e à saúde pública, mas, fundamentalmente, significa menores gastos com
preparo, operação e encerramento do aterro”.
O mapeamento do município de Canaã dos Carajás, visando ao diagnóstico ambiental
inicial do município, foi realizado em duas etapas básicas, visando otimizar os trabalhos
em função das informações disponíveis sobre o município. Para as duas etapas, foi
utilizada uma imagem do sensor SPOT de 03/09/2005.
4.1.1 - Mapeamento básico municipal das Zonas Restritivas e Potenciais para
instalação de aterro sanitário
Em uma primeira etapa dos trabalhos, foi realizado o mapeamento municipal em escala de
1:150.000 com os seguintes objetivos básicos:
identificação e exclusão, para fins de análise detalhada, das Zonas Restritivas do
município, não recomendadas para implantação do aterro sanitário a partir da
análise e espacialização de algumas das principais variáveis restritivas (técnicas-
operacionais, legais, ambientais e socioeconômicas).
identificação no município das Zonas Potenciais para instalação de aterro sanitário.
4.1.2 - Mapeamento das Zonas Potenciais em escala de semi detalhe
Com base na etapa anterior, foi realizado o mapeamento em escala de semi detalhe
(1:50.000) das zonas identificadas como potenciais para a implantação do aterro sanitário.
12
Os objetivos dessa segunda etapa foram:
identificação e exclusão de áreas inadequadas dentro das Zonas Potenciais a partir
da análise detalhada e espacialização de variáveis restritivas.
4.2 - MAPEAMENTO BÁSICO DAS ZONAS RESTRITIVAS
O município de Canaã dos Carajás possui uma área aproximada de 3.147 km² e apresenta
grande parte do seu território em áreas de relevo forte ondulado a montanhoso e inserido
em Unidades de Conservação, especificamente, a Floresta Nacional de Carajás
(FLONACA). Estas áreas integram o maior maciço florestal contíguo atualmente existente
no sul do Estado do Pará.
FIGURA 1.3 - Limites do município de Canaã dos Carajás e das Unidades de
Conservação existentes
Conforme apresentado na figura anterior, a Floresta Nacional de Carajás insere-se dentro
do limite do município de Canaã dos Carajás. Além disso, a Reserva Indígena do Xkcrin-
Cateté está localizada na área de entorno do município.
Desta forma, porções significativas do território municipal se enquadram em áreas
restritivas considerando alguns critérios técnicos, legais e ambientais recomendados para
13
instalação de aterros sanitários devendo, portanto, serem excluídas do processo de seleção
de áreas.
Nesta etapa foram utilizados produtos de sensoriamento remoto e técnicas de análise
espacial de algumas das variáveis restritivas para a pré-seleção de Zonas Potenciais a partir
da identificação e exclusão de Zonas Restritivas à instalação de projetos de aterro sanitário.
O uso desta abordagem visou tratar e analisar os dados e as informações digitais
disponíveis em um ambiente computacional de forma a reduzir a área de estudo,
direcionando, de maneira eficaz, a aplicação dos recursos humanos, computacionais e
financeiros na investigação das áreas com maior aptidão para disposição de resíduos
sólidos.
4.2.1- Critérios Restritivos Adotados
Para a definição das Zonas Restritivas utilizaram-se critérios econômicos, ambientais e de
segurança aérea e de saúde pública estabelecidos em normas técnicas e na literatura
especializada. Estas zonas foram demarcadas sobre as imagens de satélite, na escala de
1:150.000, para definição e posterior estudo detalhado das Zonas Potenciais. As definições
das variáveis e dos critérios restritivos considerados foram:
Critério Ambiental
Todas as áreas municipais inseridas no interior da Floresta Nacional de Carajás foram
consideradas Zonas Restritivas, sob o aspecto ambiental. Vale destacar que o Decreto n°
1.298 de 27/10/1994, que aprova o Regulamento das Florestas Nacionais, proíbe em seu
artigo 6° - item 2 “o armazenamento, ainda que provisório, de lixo, detritos e outros
materiais que possam causar degradação ambiental, nas dependências das FLONAS”.
Da mesma forma, considerou-se, como critério de restrição, a implantação do aterro
sanitário na Zona de Amortecimento da referida Floresta Nacional. A Lei Federal N°
14
9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza (SNUC) define, no artigo 2°, como zona de amortecimento “o
entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a
normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre
a unidade”. Essa mesma lei, em seu artigo 25 define:
“Art. 25 - As unidades de conservação, exceto Área de Proteção
Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural,
devem possuir uma zona de amortecimento e, quando
conveniente, corredores ecológicos.
§ 1° - O órgão responsável pela administração da unidade
estabelecerá normas específicas regulamentando a ocupação
e o uso dos recursos da zona de amortecimento e dos
corredores ecológicos de uma unidade de conservação.
§ 2° - Os limites da zona de amortecimento e dos corredores
ecológicos e as respectivas normas de que tratar o §1°
poderão ser definidas no ato de criação da unidade ou
posteriormente”.
Para Floresta Nacional de Carajás, ainda não foram definidos os usos permitidos e a
extensão da zona de amortecimentos, visto que não foi elaborado o seu Plano de Manejo.
Em vista disso, foi utilizada nesse estudo como zona de amortecimento uma faixa de 10km
ao redor dessa unidade de conservação, sendo considerada como restrição a implantação
do aterro sanitário dentro da zona de amortecimento.
Como unidade de conservação, além da FLONACA, foi considerada também uma Unidade
de Conservação Municipal, que, segundo informações da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente e Turismo, está em processo de criação. Essa unidade de conservação situa-se na
área de entorno do sistema de captação de água (barragem) para abastecimento público.
Também nesse caso, foi considerada uma zona de amortecimento de 10km.
15
Com critério ambiental, também foi considerada como Zona Restritiva, a sub-bacia
hidrográfica do sistema municipal de captação de água. Ressalta-se, entretanto, que essa
sub-bacia está totalmente inserida na zona de amortecimento da Unidade de Conservação
Municipal.
Ainda como critério ambiental foi adotada uma distância mínima de núcleos populacionais.
A norma ABNT NBR 13.896 de junho de 1997, que fixa as condições mínimas exigíveis
para projeto, implantação e operação de aterros de resíduos não perigosos, recomenda uma
distância de núcleos populacionais superior a 500m. Por questão de segurança, tendo em
vista as elevadas taxas de crescimento do município de Canaã dos Carajás, foi adotada uma
faixa de 2.000m no entorno da mancha urbana. Além do distrito sede municipal, foram
considerados como núcleos populacionais os sete povoados existentes no município: Vila
Planalto, Vila Serra Dourada, Vila Bom Jesus, Vila Feitosa, Vila Ouro Verde, Vila
Mozartinópolis e Vila Umuarama (localizada na fazenda homônima).
Critério Econômico/Operacional
Foram consideradas como Zonas Restritivas, sob os aspectos econômicos e operacionais
do transporte de resíduos sólidos, as áreas municipais situadas a distâncias superiores a um
raio de 20km do Centro de Massa de Coleta de Resíduos Sólidos - CMRS.
Devido à tendência de manutenção das altas taxas de crescimento urbano e populacional da
cidade de Canaã dos Carajás, considerou-se o CMRS como sendo toda a extensão da
mancha urbana extraída da imagem de satélite SPOT de 2005.
16
Critério de Segurança Aérea
A Resolução CONAMA N° 4, de 04 de outubro de 1995, define as Áreas de Segurança
Aeroportuária - ASA como aquelas “abrangidas por um determinado raio a partir do
‘centro geométrico do aeródromo’, de acordo com seu tipo de operação”. Tais áreas são
divididas em duas categorias:
a. raio de 20 km para aeroportos que operam de acordo com as regras de vôo por
instrumento (IFR); e
b. raio de 13 km para os demais aeródromos.
Essa resolução, em seu parágrafo 2°, proíbe a implantação de atividades de natureza
perigosa, entendida como “foco de atração de pássaros”. Dentro dessas atividades,
encontram-se aquelas relacionadas à disposição de lixo.
O município de Canaã dos Carajás não possui aeroporto regulamentado pela Infraero. Na
área do município foi identificado um aeródromo particular, localizado na Fazenda
Umuarama, conforme apresentado no Desenho 1.
Dessa forma, para essa avaliação, como Área de Segurança Aeroportuária foi considerada
a área formada pelo raio médio de 13km do centro geométrico da pista de pouso desse
aeródromo.
17
4.2.2 – Resultados parciais
Com base na metodologia utilizada e descrita no item anterior, foi gerado como resultado
dessa etapa dos trabalhos, a carta imagem “Pré-seleção de Zonas Potenciais para Estudo
Detalhado de Variáveis Técnicas, Ambientais e Socioeconômicas”, a qual é apresentada no
Anexo 1 desse relatório.
Essa carta imagem mostra os resultados da identificação das Zonas Restritivas e
Potenciais, bem como a espacialização individual das variáveis restritivas consideradas
(econômicas, ambientais e de segurança aérea).
De acordo com os critérios estabelecidos, cerca de 88% da área do município enquadra-se
na Zona de Restrição para instalação de aterro sanitário. A Zona Potencial, com 37.861ha,
está localizada na porção central do município, conforme mostrado na Figura 1.5.
18
FIGURA 1.4 - Zona Potencial para Implantação de Aterro Sanitário do município de
Canaã dos Carajás
19
O Quadro 1.4 apresenta a distribuição percentual das principais Zonas Restritivas no
município de Canaã dos Carajás. Observa-se na carta imagem, quanto à distribuição
espacial das variáveis restritivas, que muitas delas se sobrepõem fortalecendo a análise
multicritério de restrição e consolidando a definição das Zonas Restritivas.
Critério de Restrição Área
Ocupada (ha)
Percentual da área
municipal Áreas localizadas no interior da Floresta Nacional de Carajás e
em sua zona de amortecimento - Critério Ambiental 188.812 60%
Área formada por raio de 13km do centro geométrico da pista de pouso do aeródromo da Fazenda Umuarama - Critério de
Segurança Aérea 46.154 15%
Áreas localizadas no interior da Unidade de Conservação Municipal (prevista) e em sua zona de amortecimento -
Critério Ambiental. Nesse item não forma computadas as áreas comuns já
excluídas pelos critérios anteriores
22.067 7%
Áreas localizadas dentro de um raio de 2.000m de núcleos populacionais - Critério Ambiental.
Nesse item não forma computadas as áreas comuns já excluídas pelos critérios anteriores
3.473 1%
Áreas municipais situadas a distâncias superiores a 20 km do CMRS de Canaã dos Carajás - Critério Econômico /
Operacional Nesse item não forma computadas as áreas comuns já
excluídas pelos critérios anteriores
16.333 5%
Total 276.839 88% QUADRO 1.4 - Percentuais das classes de restrição
4.3 - MAPEAMENTO DA ZONA POTENCIAL EM ESCALA DE SEMIDETALHE
Nas zonas previamente selecionadas na etapa anterior foram realizadas, inicialmente, na
escala de semi detalhe de 1:50.000, a identificação e a exclusão de áreas restritivas à
instalação do aterro sanitário.
Em segunda etapa, as áreas potenciais remanescentes foram avaliadas através de um
sistema de pesos e notas de variáveis técnicas, ambientais e sócio-econômicas não
20
restritivas. Estas variáveis foram definidas e avaliadas após o trabalho de campo. As cinco
áreas melhor avaliadas por este sistema são, então, investigadas através da execução de
furos de sondagem.
A metodologia utilizada na primeira etapa do mapeamento detalhado baseou-se em
técnicas de análise espacial e de interpretação de imagens digitais registradas por sensor a
bordo do satélite SPOT no ano de 2005. O uso desta metodologia também teve o objetivo
de redução da área de estudo para concentração das observações de campo em áreas com
real potencial para instalação do aterro.
4.3.1 - Critérios Restritivos Adotados
Para o detalhamento das Zonas Potenciais, foram utilizados novos critérios econômicos e
ambientais estabelecidos em normas técnicas e na literatura especializada e coerentes com
a escala de semi detalhe utilizada nessa etapa dos trabalhos.
As definições das variáveis e dos critérios restritivos considerados foram:
Critérios Ambientais
Proteção dos recursos hídricos
Atendendo à recomendação da norma ABNT NBR 13.896/1997, considerou-se, como
fator restritivo, uma faixa de 200 metros para cada uma das margens da rede de drenagem
identificada como base na interpretação da imagem e confirmação em campo. A Figura 3.3
mostra um exemplo de espacialização deste critério, sobreposto à imagem de satélite, em
uma porção de uma Zona Potencial.
21
FIGURA 1.5 - Rede de drenagem (azul) e sua faixa de proteção de 200 metros (verde)
sobrepostos sobre imagem de satélite.
22
Existência de remanescente de cobertura florestal
A identificação de remanescentes florestais, em estágio de regeneração/conservação, foi
realizada a partir da interpretação das imagens de satélite utilizadas. A inclusão destes
remanescentes como variável restritiva é justificada pelos intensivos processos de
desmatamento e fragmentação florestal observados na região do entorno do município.
Além disso, os fragmentos remanescentes encontram-se atualmente, via de regra,
associados a topos e a áreas de encosta de morros (Áreas de Preservação Permanente) ou
constituem-se, geralmente, em áreas de reserva legal das propriedades rurais.
Critério de Segurança
Nesta etapa, na Zona Potencial, foram mapeadas as principais vias de acesso rodoviário,
pavimentadas e não pavimentadas. Estabeleceu-se e espacializou-se uma faixa de
segurança de 200 metros para cada lado das estradas asfaltadas e 50 metros para as
rodovias não pavimentadas.
A Figura 1.6 ilustra o mapeamento das vias pavimentadas e não pavimentadas com a
espacialização das respectivas faixas restritivas de segurança.
23
FIGURA 1.6 - Mapeamento e espacialização das faixas restritivas (amarelo) da infra-
estrutura instalada
Critérios Econômicos - Proximidade da rede viária
A proximidade da rede viária interfere nos custos operacionais do transporte do lixo
urbano até o aterro, visto que, quanto mais distante o aterro, maior será o custo de
transporte. Além disso, o estado de conservação das vias também interfere diretamente
nesse custo.
Conforme o critério de segurança citado no item anterior, restringiu-se a implantação do
aterro sanitário em uma distância inferior a 200m da rede viária asfaltada e a 50m das vias
não pavimentadas.
24
Por questões econômicas, são indesejáveis distâncias superiores a 4.000m da malha viária
mapeada na Zona Potencial. Dessa forma, essa distância foi utilizada como critério
restritivo.
4.3.2 – Resultados Parciais
Com base na metodologia adotada, foi selecionada uma Zona Potencial, localizada na
porção central do município, a oeste da malha urbana. A área total dessa zona é de
37.861ha.
A carta imagem do estudo detalhado da Zona Potencial é apresentado no Anexo 2. Nessa
imagem, também é evidenciada a espacialização individual e integrada de algumas das
variáveis restritivas consideradas.
25
5 - DEFINIÇÃO DAS ÁREAS POTENCIAIS NA ZONA POTENCIAL
Dentro da Zona Potencial identificada, foram mapeadas 114 áreas disponíveis para a
implantação do aterro sanitário, depois de impostos os critérios de restrição estabelecidos
na primeira fase desse diagnóstico.
Entretanto, após a definição da Zona Potencial, com base no detalhamento dos estudos e no
desenvolvimento do projeto conceitual, foram estabelecido mais dois critérios de restrição.
O primeiro critério foi a Área Mínima Requerida para o Projeto. Segundo o projeto
conceitual do aterro sanitário, a área necessária para a implantação do mesmo,
considerando a área ocupada pelas valas de resíduos sólidos domésticos e de resíduos de
serviço de saúde, e as demais infra-estruturas indicadas para o aterro (escritório, balança,
estacionamento etc), seria de aproximadamente 35ha, já considerando uma parcela para
ampliações futuras. Em vista disso, foi inserido, nesse estudo, um novo critério de restrição
que seria terrenos com área mínima de 35ha. Dessa forma, das 114 áreas disponíveis na
Zona Potencial, 69 foram descartadas.
Além disso, dentro da Zona Potencial, alguns terrenos foram adquiridos pela CVRD para a
implantação do Projeto do Níquel Vermelho. Então, por se tratar de área com vocação
mínero-industrial, as mesmas foram descartadas. O total de terrenos inserido nesse critério
foi de 14.
Dessa forma, dentro da Zona Potencial, foram selecionadas 31 áreas potenciais.
26
5.1 - CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS
Após a aplicação dos novos critérios de restrição para as áreas localizadas na Zona
Potencial, foi aplicado um procedimento de avaliação baseado em análise de multicritérios,
tendo como base os mapas temáticos.
Inicialmente, foram selecionados baseada em consulta feita à equipe multidisciplinar da
SETE, empresa de consultoria ambiental contratada para elaboração do estudo, os temas
mais significativos para a implantação de um aterro sanitário. Para cada tema, foi dado um
peso segundo a sua significância relativa, formando um conjunto de parâmetros que
representa 100% da condição ambiental local. Ressalta-se que tais temas foram
determinados com base na qualidade dos dados disponíveis sobre a Zona Potencial (tais
como, resolução da imagem de satélite, escala do levantamento topográfico, etc).
O quadro seguinte apresenta os temas selecionados com seus respectivos pesos.
Tema de Avaliação Peso (%)
Distância de Transporte 35%
Acessibilidade 30%
Geologia 20%
Cobertura Vegetal 15%
Total 100%
QUADRO 1.5 - Temas e Pesos Atribuídos para a Indicação de Áreas Potenciais para o
Aterro Sanitário de Cannã dos Carajás.
Para cada tema de avaliação apresentado no quadro anterior, foram então criadas classes
específicas com base nas características técnicas de cada um. Para cada classe, foi atribuida
uma nota, variando de 0 a 10, de acordo com tais características. As notas mais baixas para
uma determinada classe indicam que a mesma apresenta menor potencial para a
27
implantação de um aterro sanitário, enquanto que as notas maiores indicam classes com
características mais propícias à implantação do aterro.
As classes definidas para cada tema são apresentadas no quadro seguinte.
Tema de Avaliação
Peso (%) Classe Nota
5 a 10 km do Centro de Massa de Resíduos Sólidos 10 10 a 15 km do Centro de Massa de Resíduos Sólidos 7 Distância de
Transporte 35% 15 a 20 km do Centro de Massa de Resíduos Sólidos 4 Não seriam necessárias obras de melhoria nas vias
existentes ou abertura de novas vias 10
Necessidade de melhoria no revestimento primário 9 Necessidade de melhorias no revestimento primário e
no sistema de drenagem (travessia) 7
Necessidade de melhorias no revestimento primário, com elevação de greide, e no sistema de drenagem
(travessia)
5 Acessibilidade 30%
Necessidade de abertura de novos acessos 3 Substrato argiloso, impermeável ou pouco permeável 10
Substrato argilo-arenoso, não cisalhado e de baixa permeabilidade
9
Substrato areno-argiloso, cisalhado e medianamente permeável. Solos pouco profundos
5
Substrato areno-argiloso, não cisalhado e medianamente permeável. Solos rasos e afloramentos
de rocha
4 Geologia 20%
Substrato francamente arenoso, cisalhado e de elevada permeabilidade
3
10 8 6 4
Cobertura Vegetal 15% Caracterização geral dos aspectos bióticos, conforme
explicitado no texto
2 QUADRO 1.6 - Classe e Notas Atribuídas a cada Conjunto Tema/Peso para a Indicação de
Áreas Potenciais para Aterro Sanitário de Canaã dos Carajás
28
Detalhamento das Características Geológicas
As características geológicas verificadas em campo que permitiram englobar várias áreas
com aspectos semelhantes, classificando-as de acordo com a maior ou menor
potencialidade para a implantação de um aterro sanitário são apresentadas a seguir e
podem ser visualizados espacialmente no mapa geológico apresentado em seguida.
Classe I - Substrato argiloso e impermeável ou de baixa permeabilidade
a. Presença de substrato derivado da alteração de rochas básicas-ultrabásicas (Rochas
Ultramáficas do tipo Vermelho - Ply);
b. Solos dominantemente muito argilosos, vermelhos, coesos, de baixa
susceptibilidade erosiva, impermeáveis ou pouco permeáveis, podendo apresentar
cobertura laterítica pouco espessa;
c. Ausência de veios quartzosos e de zonas de cisalhamento, significando
provavelmente a inexistência de zonas potenciais de infiltração de águas pluviais e
aumento da permeabilidade secundária do maciço rochoso.
d. As áreas potenciais inseridas nesta classe apresentam declividades estimadas
(avaliação visual) entre 3-10% com perfis das vertentes plano-convexos;
Classe II - Substrato argilo-arenoso, não cisalhado e de baixa
permeabilidade
a. Presença de substrato granito-gnáissico (Complexo Xingu - ASxi) migmatizado e
foliado e com presença de porções de rocha básica (anfibolitos) intercaladas;
b. Solos argilo-arenosos a argilosos, vermelhos a rosados, coesos, de baixa
susceptibilidade erosiva, pouco permeáveis,
29
c. Ausência de cobertura laterítica e de afloramentos rochosos em superfície;
d. Ausência de zonas de cisalhamento e venulações quartzosas no maciço rochoso,
significando provavelmente a inexistência de zonas potenciais de infiltração de
águas pluviais e aumento da permeabilidade secundária do maciço rochoso;
e. As áreas potenciais inseridas nesta classe apresentam declividades estimadas
(avaliação visual) entre 3-5% com perfis das vertentes planos a plano-convexos;
Classe III - Substrato areno-argiloso, não cisalhado e de média
permeabilidade.
a. Presença de substrato granítico (Suíte Granitóide Plaquê - Asgr), de granulação
média a grosseira e foliado;
b. Presença de fraturas e de veios de quartzo no maciço rochoso, podendo o maciço
apresentar permeabilidade (secundária) elevada, permitindo a infiltração e o
escoamento de águas superficiais, especialmente ao longo de veios e fraturas, e a
conexão do aqüífero livre (freático) com os aqüíferos sub-superficiais;
c. Solos areno-argilosos de coloração rosada, medianamente coesos e susceptíveis ao
desenvolvimento de processos erosivos;
d. Solos de média permeabilidade;
e. Ausência de cobertura laterítica e presença de afloramentos rochosos em
superfície;
f. As áreas potenciais inseridas nesta classe apresentam declividades estimadas
(avaliação visual) entre 10-15% com perfis das vertentes côncavos e convexos;
30
Classe IV - Substrato areno-argiloso, não cisalhado e de média
permeabilidade. Presença de solos rasos e de afloramentos de rocha
a. Presença de substrato granito-gnáissico dominante (Complexo Xingu - ASxi)
migmatizado e foliado, com porções de substrato composto por rochas básicas e
ultrabásicas anfibolitizadas e foliadas (Complexo Pium - Aspi);
b. Solos areno-argilosos dominantes, pouco coesos, de média permeabilidade e
susceptíveis ao desenvolvimento de erosões;
c. Presença freqüente de afloramentos rochosos em superfície, caracterizando
provavelmente um perfil pouco profundo de solo residual;
d. Presença de zonas de cisalhamento e venulações quartzosas no maciço rochoso,
significando provavelmente a existência de zonas potenciais de infiltração de águas
pluviais e aumento da permeabilidade secundária do maciço rochoso;
e. As áreas potenciais inseridas nesta classe apresentam declividades estimadas
(avaliação visual) entre 3-5% com perfis das vertentes planos a plano-convexos;
Classe V - Substrato francamente arenoso, cisalhado e de elevada
permeabilidade
a. Presença de substrato granito-gnáissico dominante (Complexo Xingu - ASxi)
migmatizado e foliado e de baixadas aluvionares nas margens do rio Plaquê e de
seus tributários diretos;
b. Solos arenosos, pouco coesos, susceptíveis ao desenvolvimento de erosões e
permeáveis;
31
c. Presença de zonas de cisalhamento e venulações quartzosas no maciço rochoso,
significando a presença de zonas potenciais de infiltração de águas pluviais e
aumento da permeabilidade secundária do maciço rochoso;
d. As áreas potenciais inseridas nesta classe apresentam declividades estimadas
(avaliação visual) entre 2-3% com perfis das vertentes aplainados (áreas de
baixadas aluvionares).
((((((((((((((((((
((((((((((((((((
((((
((((
((((((((
((((((
((((
((((
Vila Umuarama
Canaã dos Carajás
Vila Planalto
Vila Serra DouradaVila Bom Jesus
Vila Feitosa
VS - 53
VE - 3
VP - 12
VS - 74
VS - 45
VP - 12
VS - 45
PA - 160
VS - 47
PA - 1
60
VP - 20
VP - 12
VS - 40
Sapucaia
Xinguara
Água Azul do Norte
Curionópolis
610000
610000
620000
620000
630000
630000
640000
640000
9260000 9260000
9270000 9270000
9280000 9280000
9290000 9290000
9300000 9300000
Especialização em Geoprocessamento
Instituição:
Título:
Mapa:
Escala: Desenhista: Data: Desenho:
Daniel Pizarro 12/06 xx
Curso:
0 5.000 10.0002.500Metros
Geologia
1:175.000
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOROrigem da quilometragem UTM: Equador e Meridiano Central 45º W.Gr.,
acrescidas as constantes: 10.000 Km e 500 Km, respectivamente.
Datum: South American 1969 - Fuso 22s
©
Universidade Federal de Minas Gerais
Legenda
contato
falha
(( zona de cisalhamento
Substrato areno-argiloso, não cisalhado e de média permeabilidade
Substrato areno-argiloso, não cisalhado e de média permeabilidade.
Substrato argilo-arenoso, não cisalhado e de baixa permeabilidade
Substrato argiloso e impermeável ou de baixa permeabilidade
Estrada pavimentada
Estrada não pavimentada
CMRS - 20 Km linear
Área urbana
Floresta Nacional de Carajás - FLONA
Divisa de município
Estudo de Viabilidade Ambiental para Implantaçãodo Aterro Sanitário em Canaâ do Carajás - PA
Instituto de GeociênciasDepartamento de Cartografia
33
Detalhamento das Características Bióticas
Do ponto de vista biótico, na avaliação das áreas selecionadas foram levados em conta os
seguintes critérios específicos:
Proximidade de fragmento florestal significativo, em função da fauna silvestre a ele associado.
A proximidade do aterro sanitário a uma área florestada pode resultar em impactos sobre a
fauna, uma vez que esta pode ser atraída pelo cheiro e estar sujeita à morte, em função de
maior exposição a predadores, ingestão de produtos plásticos ou substâncias tóxicas, e à
caça. Esse critério foi então dividido nos seguintes pesos: 1 - distante; 3 - próximo; 5 -
adjacente (em extensão significativa).
Grau de conectividade da área por meio de fragmentos florestais ou
cursos d'água.
Os cursos d’água tendem, com o passar do tempo, a serem margeados por matas ciliares,
possibilitando maior conexão entre remanescentes florestais e até mesmo com as unidades
de conservação existentes no entorno. A utilização de áreas isoladas pode gerar impactos
atuais ou futuros no tocante ao grau de conectividade dessas áreas, resultando, de forma
indireta, em impactos sobre a fauna e flora. Esse critério foi assim avaliado: 1 - inexistente
ou muito baixo; 2 - baixo; 3 - mediano; 4 - alto; 5 - muito alto.
Forma da área-alvo
Dependendo da forma, uma área pode gerar um maior efeito sobre os ambientes silvestres
existentes no entorno dela. Assim, se a forma for muito afilada, ou seja, comprida e
estreita, a mesma gerará maior efeito negativo sobre o entorno, ao contrário de uma área na
forma de círculo ou quadrado. Esse critério foi assim avaliado: 1 - mais compacta
(quadrada ou circular); 3 - forma irregular; 5 - forma mais afilada (estreita).
34
Localização em relação aos corredores florestais ainda observados na
área de estudo.
Para esse critério, as áreas foram avaliadas da seguinte forma: 1 - fora do alinhamento dos
corredores florestais; 3 - encontram-se na borda dos corredores; 3 - encontram-se dentro do
alinhamento desses corredores.
Grau de perturbação do entorno
Trata-se em avaliar o grau do impacto a que o entorno das áreas está submetido (ruído,
movimentação de pessoas e veículos etc.). Assim foi considerada a presença ou
proximidade de rodovias, estradas secundárias, edificações, ferrovia etc. As áreas foram
assim avaliadas: 1 - alto; 3 - mediano; 5 - alto.
Avaliado cada um dos critérios supracitados, procedeu-se à soma dos valores. Assim, cada
área foi enquadrada, segundo a soma de seus pontos nas seguintes categorias de restrição
para implantação do aterro sanitário de Parauapebas e recebeu uma nova de avaliação
correspondente, conforme apresentado no quadro seguinte.
Somatório de pontos Grau de restrição Score de avaliação
5 a 9 muito baixa 10
10 a 13 baixa 8
14 a 17 mediana 6
18 a 21 alta 4
22 a 25 muito alta 2
QUADRO 1.7 - Subcritérios de avaliação do tema “vegetação”
Vila Umuarama
Canaã dos Carajás
Vila Planalto
Vila Serra DouradaVila Bom Jesus
Vila Feitosa
VS - 53
VE - 3
VP - 12
VS - 74
VS - 45
VP - 12
VS - 45
PA - 160
VS - 47
PA - 1
60
VP - 20
VP - 12
VS - 40
Sapucaia
Xinguara
Água Azul do Norte
Curionópolis
610000
610000
620000
620000
630000
630000
640000
640000
9260000 9260000
9270000 9270000
9280000 9280000
9290000 9290000
9300000 9300000
Empreendedor:
Projeto:
Título:
Escala: Desenhista: Data: Desenho:
Daniel Pizarro 12/06 xx
Documento:
0 5.000 10.0002.500Metros
Remanescentes de Mata Nativa
1:175.000
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOROrigem da quilometragem UTM: Equador e Meridiano Central 45º W.Gr.,
acrescidas as constantes: 10.000 Km e 500 Km, respectivamente.Datum: South American 1969 - Fuso 22s
©
LegendaEstrada asfaltada
Estrada não pavimentada
CMRS - 20 Km linear
Área urbana
Floresta Nacional de Carajás - FLONA
Divisa de município
Remanescentes de cobertura florestal
Especialização em Geoprocessamento
Universidade Federal de Minas Gerais
Estudo de Viabilidade Ambiental para Implantaçãodo Aterro Sanitário em Canaâ do Carajás - PA
Instituto de GeociênciasDepartamento de Cartografia
36
Após essa definição dos pesos e das notas, foi realizada uma integração (média ponderada)
desses critérios para cada uma das 45 áreas selecionadas. Para essa integração, utilizaram-
se a ferramenta Spatial Analyst disponível no programa ArcView 9.0 para seleção das
áreas, pelo método de analise multicritério. Com essa metodologia, a nota total de cada
área poderá variar de 0 a 10.
5.4. ÁREAS SELECIONADAS
Com base na metodologia apresentada, foram definidas seis áreas potenciais para a
implantação do aterro sanitário municipal. A relação dessas áreas, com a identificação das
coordenadas geográficas de seu ponto central, é apresentada no quadro seguinte. A
localização das mesmas é evidenciada na Figura 1.7.
Identificação da área Coordenadas Área 44 619649 9278283 Área 45 618890 9278614 Área 46 619454 9279267 Área 53 616482 9277899 Área 55 617101 9279526 Área 56 618039 9280367 QUADRO 1.8 - Áreas Potenciais Selecionadas para o Aterro Sanitário
37
FIGURA 1.7 - ÁREAS SELECIONADAS
38
6 – CONCLUSÃO
Podemos concluir que a metodologia aplicada no trabalho se mostrou satisfatória
para identificação das áreas potenciais para implantação do aterro sanitário.
As técnicas de geoprocessamento aplicadas contribuíram trazendo maior agilidade
e certeza, e a partir do banco de dados georreferenciados que foi construído, foi possível se
ter uma melhor compreensão do espaço, proporcionando uma visão global do município
facilitando assim o direcionamento do projeto.
39
7 - BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, F.S. Uso de sistemas de informação geográfica na identificação de áreas ponteciais para implantação de aterro sanitário no Distrito Federal. Tese (Mestrado em Geociências). Instituto de Geociências/UnB. Brasília,DF, Brasil, 1999. 131p. LIMA,G.S. Seleção de áreas para implantação de aterros sanitários: uma proposta baseada na análise do valor e lógica fuzzy. Tese (Mestrado Engenharia Civil – Geotecnia). COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro,1999.153p. MARQUES,E.T. Identificação de áreas potenciais para disposição de resíduos de mármores e granitos em Cachoeiro do Itapemerim – ES. Tese (Mestrado em Engenharia Civil). DEC/UFV. Viçosa, Minas Gerais, Brasil, 2001.103p.
Vila Umuarama
Canaã dos Carajás
Vila Planalto
Vila Serra DouradaVila Bom Jesus
Vila FeitosaVila Ouro Verde
Vila Mozartinópolis
VS - 53
VE -
3
VP - 12
VS - 75
VS -
45
VP - 12
VS - 45
VS - 47
PA - 160
VP - 20
VS - 74
VP - 12
VS - 40
PA - 160
550000
550000
560000
560000
570000
570000
580000
580000
590000
590000
600000
600000
610000
610000
620000
620000
630000
630000
640000
640000
650000
650000
9260000 9260000
9270000 9270000
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9300000 9300000
9310000 9310000
9320000 9320000
Empreendedor:
Projeto:
Título:
Escala: Cartógrafo: Data: Desenho:
Daniel Pizarro 11/06 02
Documento:
0 5.000 10.0002.500Metros
RESTRIÇÕES 1º FASE
1:150.000
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOROrigem da quilometragem UTM: Equador e Meridiano Central 51º W.Gr.,
acrescidas as constantes: 10.000 Km e 500 Km, respectivamente.Datum: South American 1969 - Fuso 22s
©
Legenda
Estrada
Limite Municipal
Corpo d'água
Área Urbana
Distância de 2 Km de Área Urbana
Aeródromo da Fazenda Umuarama
Área de Segurança Aeroportuária - 13 Km
Unidade de Conservação Municipal
Área de amortecimento de Unidade de Conservação - 10 Km
Floresta Nacional de Carajás - FLONA
Área de Proteção da FLONA - 10 km
Área Potencial - 1ª Fase
Especialização em Geoprocessamento
Universidade Federal de Minas Gerais
Estudo de Viabilidade Ambiental para Implantaçãodo Aterro Sanitário em Canaâ do Carajás - PA
Instituto de GeociênciasDepartamento de Cartografia
81
114113112
111
110109
108
107
106
105
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100
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20
9
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75747372
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5756
55
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4544
43
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41 4039
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31
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17
16
15
14
13
12
1110
8 7
6
5
4
3
21
Canaã dos Carajás
Vila Planalto
Vila Serra Dourada
Vila Feitosa
VS - 53
VE -
3
VP - 12
VS - 75
VS -
45
VP - 12
VS - 45
VS - 47
PA -
160
VP - 20
VS - 74
VP -
12
VS - 40
PA - 160
9265000 9265000
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9275000 9275000
9280000 9280000
9285000 9285000
9290000 9290000
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600000
600000
605000
605000
610000
610000
615000
615000
620000
620000
625000
625000
630000
630000
635000
635000
640000
640000
©
Estrada asfaltada
Estrada não pavimentadas
Área Urbana
Limite da bacia
CMRS - 20 Km linear
Faixa de segurança para estradas asfaltadas
Remanescentes de cobertura florestal
Proteção de 200m dos Recursos Hídricos
Limite do Município
Floresta Nacional de Carajás - FLONA
Áreas potenciais
Especialização em Geoprocessamento
Instituição:
Título:
Mapa:
Escala: Desenhista: Data: Desenho:
Daniel Pizarro 12/06 02
Curso:
0 2.500 5.0001.250Metros
Restrições 2º Fase
1:50.000
PROJEÇÃO UNIVERSAL TRANSVERSA DE MERCATOROrigem da quilometragem UTM: Equador e Meridiano Central 45º W.Gr.,
acrescidas as constantes: 10.000 Km e 500 Km, respectivamente.Datum: South American 1969 - Fuso 22s
Universidade Federal de Minas Gerais
Estudo de Viabilidade Ambiental para Implantaçãodo Aterro Sanitário em Canaâ do Carajás - PA
Instituto de GeociênciasDepartamento de Cartografia