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Danos causados por falhas na impermeabilização da infraestrutura de edificações térreas residenciais privativas unifamiliares com área até oitenta metros quadrados janeiro/13 Danos causados por falhas na impermeabilização da infraestrutura de edificações térreas residenciais privativas unifamiliares com área até oitenta metros quadrados Morgana Savi Apolinário [email protected] Pós-graduação em Avaliações e Perícias de Engenharia IPOG Resumo Nos últimos dois anos cresce de forma acelerada os empreendimentos no ramo da construção civil. Entre as expectativas de crescimento, está o aumento no número de edificações residenciais privativas unifamiliares, construídas através de financiamentos habitacionais. A necessidade de garantir a qualidade do imóvel tem levado alguns setores, como o setor de engenharia da Caixa Econômica Federal a atualizar constantemente suas cartilhas de especificações técnicas que contém as condições mínimas visando à garantia da qualidade do imóvel. Dentre as características construtivas pela referida linha de crédito imobiliário, está à exigência expressa de se realizar a impermeabilização dos alicerces, baldrames e radiers nas faces em contato com o solo. A metodologia utilizada foi através do levantamento estatístico a partir de uma amostra selecionada por meio de investigação documental de fonte própria, com base em vistorias já realizadas em imóveis construídos por financiamento habitacional. No presente trabalho serão apresentados os custos com impermeabilizações de infraestrutura. Serão apresentados os danos causados por ausência ou falhas na referida impermeabilização. Quanto aos principais resultados obtidos, chegou-se a conclusão de que apesar de existirem instruções normativas que regulamentam e exigem os cuidados com a impermeabilização da infraestrutura a fim de garantir a estanqueidade da edificação, ainda é grande a incidência de danos decorrentes das falhas nesta etapa do processo construtivo, sendo que a execução correta pode ser fácil e de baixo custo. Palavras-chave: Impermeabilização; Custos; Danos. 1. Introdução As edificações nada mais são que produtos colocados no mercado, e como todo produto, devem corresponder às expectativas dos adquirentes e usuários dos imóveis, visando o desempenho satisfatório. Sendo uma das principais etapas na construção de uma edificação, a impermeabilização da infra-estrutura ainda é executada com certo desleixo por parte dos construtores, que na maioria das vezes visando redução de custos, e ainda por falta de informação, acabam por comprometer a qualidade final pretendida nas edificações. A coleta de dados foi o primeiro passo para a elaboração deste estudo, foram escolhidas de maneira aleatória 20 edificações situadas na região sul do Estado de Santa Catarina, mais precisamente alguns municípios que se encontram na região da Amurel e Amesc, a fim de analisar o custo em percentual despendido com a impermeabilização, comparado ao custo total de uma obra. Os objetos do estudo foram edificações térreas em alvenaria, uso residencial privativo unifamiliar, com área até oitenta metros quadrados, as quais foram

Danos causados por falhas na impermeabilização da ... · civil. Entre as expectativas de crescimento, está o aumento no número de edificações residenciais privativas unifamiliares,

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Danos causados por falhas na impermeabilização da infraestrutura de edificações térreas residenciais privativas unifamiliares

com área até oitenta metros quadrados janeiro/13

Danos causados por falhas na impermeabilização da infraestrutura de

edificações térreas residenciais privativas unifamiliares com área até

oitenta metros quadrados

Morgana Savi Apolinário

[email protected]

Pós-graduação em Avaliações e Perícias de Engenharia – IPOG

Resumo

Nos últimos dois anos cresce de forma acelerada os empreendimentos no ramo da construção

civil. Entre as expectativas de crescimento, está o aumento no número de edificações

residenciais privativas unifamiliares, construídas através de financiamentos habitacionais. A

necessidade de garantir a qualidade do imóvel tem levado alguns setores, como o setor de

engenharia da Caixa Econômica Federal a atualizar constantemente suas cartilhas de

especificações técnicas que contém as condições mínimas visando à garantia da qualidade do

imóvel. Dentre as características construtivas pela referida linha de crédito imobiliário, está

à exigência expressa de se realizar a impermeabilização dos alicerces, baldrames e radiers

nas faces em contato com o solo. A metodologia utilizada foi através do levantamento

estatístico a partir de uma amostra selecionada por meio de investigação documental de

fonte própria, com base em vistorias já realizadas em imóveis construídos por financiamento

habitacional. No presente trabalho serão apresentados os custos com impermeabilizações de

infraestrutura. Serão apresentados os danos causados por ausência ou falhas na referida

impermeabilização. Quanto aos principais resultados obtidos, chegou-se a conclusão de que

apesar de existirem instruções normativas que regulamentam e exigem os cuidados com a

impermeabilização da infraestrutura a fim de garantir a estanqueidade da edificação, ainda é

grande a incidência de danos decorrentes das falhas nesta etapa do processo construtivo,

sendo que a execução correta pode ser fácil e de baixo custo.

Palavras-chave: Impermeabilização; Custos; Danos.

1. Introdução

As edificações nada mais são que produtos colocados no mercado, e como todo produto,

devem corresponder às expectativas dos adquirentes e usuários dos imóveis, visando o

desempenho satisfatório. Sendo uma das principais etapas na construção de uma edificação, a

impermeabilização da infra-estrutura ainda é executada com certo desleixo por parte dos

construtores, que na maioria das vezes visando redução de custos, e ainda por falta de

informação, acabam por comprometer a qualidade final pretendida nas edificações.

A coleta de dados foi o primeiro passo para a elaboração deste estudo, foram escolhidas de

maneira aleatória 20 edificações situadas na região sul do Estado de Santa Catarina, mais

precisamente alguns municípios que se encontram na região da Amurel e Amesc, a fim de

analisar o custo em percentual despendido com a impermeabilização, comparado ao custo

total de uma obra. Os objetos do estudo foram edificações térreas em alvenaria, uso

residencial privativo unifamiliar, com área até oitenta metros quadrados, as quais foram

Danos causados por falhas na impermeabilização da infraestrutura de edificações térreas residenciais privativas unifamiliares

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construídas através de um programa de financiamento habitacional.

Apesar do baixo custo da incidência desta etapa com relação ao valor total da obra, a situação

hoje em que se encontram as referidas edificações é que ainda é grande a incidência das

manifestações patológicas causadas por falhas na referida impermeabilização, sendo que os

custos com os reparos depois da obra concluída podem atingir gastos exorbitantes

comparados do que se fossem executadas durante a obra.

Os danos observados decorrente da umidade ascendente são os mais variados possíveis tais

como:

Danos arquitetônicos;

Danos funcionais;

Danos estruturais;

Danos à saúde dos usuários, físico e psicológico;

Podendo terminar em uma ação na justiça gerando desgastes entre todas as partes

envolvidas no processo.

O objetivo geral é trazer ao conhecimento da classe interessada de uma maneira sucinta os

danos causados por falhas na impermeabilização da infraestrutura de edificações.

Têm-se como objetivos específicos desta pesquisa, demonstrar que a presença de umidade

ocorre em uma obra por diversos meios, demonstrar os custos baixos que demandam a etapa

construtiva de uma impermeabilização na infraestrutura, e as vantagens de se executar a

impermeabilização de maneira correta.

São abordados de maneira pouco aprofundada os tipos de correções das manifestações

patológicas decorrentes das falhas na impermeabilização bem como seus custos.

2. Umidades nas edificações

Dentre as manifestações patológicas nas edificações, encontram-se as decorrentes da presença

de umidade. A palavra umidade, segundo o dicionário da língua portuguesa Priberam, é

qualidade ou estado de úmido, estado de molhado ou um pouco molhado.

Conforme PEREZ (1985), a umidade nas construções representa um dos problemas mais

difíceis de serem corrigidos dentro da construção civil.

A umidade pode estar presente nas edificações, de diversas formas, podendo ser separadas

quanto a sua origem:

Umidade da obra, provenientes das etapas de construção;

Umidade de absorção e capilaridade, provenientes da absorção da água existente no solo,

migrando por capilaridade para paredes, pisos, estrutura;

Umidade de infiltração, provenientes das águas das chuvas e demais fenômenos

meteorológicos;

Umidade de condensação, provocada pela umidade do ar, pelo vapor da água, dependendo

da época do ano,

Umidade Acidental, provocada por vazamentos nas instalações.

Segundo a norma de desempenho, NBR 15575, a água é o principal agente de degradação de

um amplo grupo de materiais de construção, estando presente no solo, na atmosfera, nos

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sistemas e procedimentos de higiene da habitação, e, portanto em permanente contato com

alguns dos seus elementos.

2.1. Umidade ascendente

As edificações visam, dentre toda a qualidade pretendida, garantir a estanqueidade à água,

limitando a sua penetração através das várias barreiras estanques que vão desde tratamentos

com produtos impermeáveis, até estudo, planejamento e projeto de disposições construtivas

como medidas de prevenção da incidência direta da água.

Devem-se minimizar as possibilidades de infiltrações a fim de evitar deteriorações nas

edificações controlando os fluxos de águas superficiais, dissipando os fluxos de maiores

concentrações e protegendo as partes vulneráveis das edificações.

Dentre os mecanismos de barreiras estanques, será abordada neste artigo a impermeabilização

na infraestrutura. Falhas nesta impermeabilização acabam permitindo que a umidade de

absorção e capilaridade, também conhecida como umidade ascendente, se manifeste nas áreas

inferiores da estrutura da edificação causando danos, os quais têm origem na absorção da água

existente no solo através das fundações migrando até as paredes, pisos e outros elementos

construtivos.

Devido às condições do solo, que é constantemente úmido, e tal umidade pode variar de um

local para outro em função de vários fatores, se não existem obstáculos que impeçam, a água

acaba subindo por capilaridade, uma vez que diversos materiais empregados na construção

apresentam canais capilares, como os concretos, os blocos cerâmicos, as argamassas de

assentamento e de revestimento, dentre outros. Segundos pesquisas realizadas junto ao site do

Instituto Brasileiro de Impermeabilização – IBI, a água da umidade do solo absorvida pelas

fundações sobe por capilaridade até as paredes podendo chegar a um metro e meio de altura.

3. Custos com impermeabilizações em uma obra

Foi elaborada uma pesquisa partindo-se da coleta de orçamentos realizados no período

compreendido entre o mês de dezembro de 2009 a setembro de 2011. As edificações objeto

do estudo foram enquadradas em casas térreas em alvenaria, com uso residencial privativo

unifamiliar, com área até oitenta metros quadrados, situadas no Estado de Santa Catarina, em

alguns municípios da região da Amurel e Amesc. O número de amostras consideradas foram

20 unidades habitacionais.

Através dos orçamentos apresentados, foi possível visualizar um limite inferior de 0,13% e

um limite superior de 0,94% com previsão de gastos com impermeabilização, com relação ao

custo total da obra (100%), e permitindo-se calcular obteve-se um custo médio de 0,44%.

N Município Área (m²) Incidência (%) Data

1 Tubarão 52,24 0,51 7/12/2009

2 Tubarão 68,72 0,42 14/12/2009

3 Tubarão 57,53 0,55 14/12/2009

4 Capivari de Baixo 68,18 0,40 26/1/2010

5 Laguna 62,28 0,34 3/2/2010

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6 Sombrio 54,12 0,68 11/2/2010

7 Jaguaruna 55,96 0,16 21/2/2010

8 Jaguaruna 72,19 0,25 5/5/2010

9 Braço do Norte 69,68 0,60 21/5/2010

10 Laguna 59,38 0,54 1/6/2010

11 Braço do Norte 69,98 0,59 18/6/2010

12 Laguna 69,60 0,73 22/6/2010

13 Baln. Arroio do Silva 60,80 0,19 5/7/2010

14 Orleans 69,00 0,41 3/9/2010

15 Tubarão 69,42 0,38 16/9/2010

16 Tubarão 57,10 0,47 3/11/2010

17 Laguna 48,21 0,94 18/1/2011

18 Tubarão 36,90 0,24 19/1/2011

19 Tubarão 65,00 0,31 29/4/2011

N Município Área (m²) Incidência (%) Data

20 Orleans 69,97 0,13 30/9/2011

Média

61,81 0,44

Fonte: Dados coletados de orçamento de obras construídas financiadas por um

programa habitacional

Tabela 1 - Custo com impermeabilizações com relação ao valor total da obra

3.1. Custos com impermeabilização da infraestrutura

Dentre os custos com impermeabilizações em uma obra, normalmente estão compreendidas a

impermeabilização da infraestrutura, a impermeabilização de boxe de banheiro e a

impermeabilização da laje da caixa d’água. As instruções normativas e cadernos de

regulamentos contendo os requisitos mínimos necessários para garantir a qualidade das obras

executadas através dos financiamentos habitacionais, em específico o programa Minha Casa

Minha Vida, exigem a previsão com estes custos para que se possa aprovar um referido

financiamento destas construções.

Durante o acompanhamento da obra, além da responsabilidade de execução da referida etapa

pelo engenheiro da obra, o setor de engenharia da Caixa Econômica Federal através de seus

engenheiros terceirizados, realiza vistorias com o objetivo de acompanhar a situação do objeto

contratado e sua evolução física, a fim de verificar o cumprimento adequado do contrato,

devendo verificar a qualidade aparente da obra, o desempenho técnico da construtora, aferir a

medição dos serviços realizados e verificar se as etapas foram executadas com qualidade,

material adequado, de acordo com o projeto e de acordo com os memoriais descritivos

contratuais.

São nas planilhas de memoriais descritivos e nos cadernos de especificações técnicas

previamente aprovadas, onde se encontram discriminados quantitativos, especificações de

materiais que serão adotados, um orçamento sintético, um orçamento analítico e um

cronograma. Dentro do orçamento detalhado encontram-se as previsões com os custos de

todas as etapas compreendidas na referida edificação residencial, dentre os gastos estão

previstas as impermeabilizações da infraestrutura, do boxe do banheiro, da laje da caixa

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d’água, e dependendo a construção, outras impermeabilizações podem estar previstas, mas

normalmente estas citadas são as de incidência mais comum.

Em conformidade com as informações extraídas junto aos orçamentos, foi possível

caracterizar dentre o custo total com impermeabilizações, os custos somente com a

impermeabilização da infraestrutura, que correspondem a 48% dos gastos com o tratamento

de impermeabilização de uma obra.

Figura 1 – Distribuição dos custos com impermeabilizações em uma obra

Aplicando-se este 48% sobre a média do custo total de impermeabilização obtida de 0,44%,

se pôde estimar que o custo com impermeabilização da infraestrutura equivale a 0,21% com

relação ao custo total da edificação (100%). Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de

Impermeabilização – IBI, nas edificações unifamiliares residenciais, o custo com a

impermeabilização das fundações é de 0,10% com relação ao total gasto na obra.

Aprofundando o estudo dos custos, quando se levanta a informação de que os gastos com

impermeabilização da infraestrutura da obra é de aproximadamente 0,21%, equivale dizer

que, para uma obra de oitenta metros quadrados, que possui um custo total estimado

aproximado de R$ 76.148,00, o gasto com a impermeabilização da infraestrutura das faces em

contato com o solo, correspondem a R$ 159,91 (cento e cinqüenta e nove reais e noventa e um

centavos).

Cabe informar que o valor total estimado para a construção da edificação residencial com

oitenta metros quadrados, teve como base o custo unitário da tabela do SINAPI divulgada em

agosto de 2011, pelo IBGE e adotada pela engenharia da Caixa Econômica Federal, tendo

sido enquadrada a referida edificação no modelo CR.1-2Q..62 padrão de acabamento normal

com valor unitário de R$ 951,85/m².

Com base na estimativa dos gastos com impermeabilização da infraestrutura de edificações

residenciais unifamiliares divulgado pelo Instituto Brasileiro de Impermeabilização – IBI, que

corresponde a 0,10%, equivale dizer que, para uma obra de oitenta metros quadrados, que

possui um custo total estimado aproximado de R$ 76.148,00, o gasto com a

impermeabilização da infraestrutura das faces em contato com o solo, correspondem a

R$ 76,15 (setenta e seis reais e quinze centavos).

Diante dos valores expostos pode-se chegar à conclusão de que o custo com a

impermeabilização da fundação, especificamente nas faces expostas ao solo, é

consideravelmente reduzido, sendo ainda umas das etapas mais importantes da obra a fim de

se evitar diversos danos, os quais demandam custos bem maiores com reparos, em caso de

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impermeabilizações mal executadas ou até no caso da ausência total da impermeabilização da

infraestrutura.

4. Sugestões de impermeabilizações de infraestrutura

O tipo de impermeabilização a ser utilizado na obra, deve ser previsto na etapa de

planejamento, projeto, memorial descritivo. É importante que seja especificado o tipo de

impermeabilizante e os detalhes de aplicação.

Uma grande falha começa já na ausência de um projeto de impermeabilização. Segundo a

NBR 9575, o projeto de impermeabilização deve ser desenvolvido conjuntamente com o

projeto geral e os projetos setoriais, e deve ser constituído de:

– Memorial descritivo e justificativo com especificações dos sistemas;

– Desenhos e detalhes específicos;

– Planilha de quantitativos, serviços e sugestões de critérios de medição.

Com relação às condições impostas, a referida instrução normativa ainda cita que, o sistema

impermeabilizante adotado deve atender às exigências de desempenho abaixo relacionadas:

a) Resistir às cargas estáticas e dinâmicas atuantes no plano normal e no plano da

impermeabilização;

b) Resistir aos efeitos dos movimentos de dilatação e retração do substrato, ocasionados por

variações térmicas, antes e após a execução da proteção mecânica;

c) Resistir à degradação ocasionada por influências climáticas, térmicas, químicas ou

biológicas, decorrentes da ação de água, gases ou ar atmosférico;

d) Resistir às pressões hidrostáticas, de percolação, coluna d’água e umidade de solo;

e) Apresentar aderência, flexibilidade, resistência e estabilidade físico-mecânica compatíveis

com as solicitações previstas em projeto;

f) Apresentar vida útil compatível com as condições previstas em projeto.

Existem diversos tipos de produtos impermeabilizantes para serem utilizados na

infraestrutura, em específico nas faces em contato com o solo, a diferença básica entre eles é a

flexibilidade. Segundo o Instituto Brasileiro de Impermeabilização, os sistemas

impermeabilizantes podem ser divididos em dois sistemas: os flexíveis, a base de asfalto, que

suportam deformações sem o surgimento de fissuras, e os rígidos, a base de cimento, que se

implantados, requerem que a fundação não sofra deformações, uma vez que acarretaria no

surgimento de fissuras no impermeabilizante, deixando um caminho aberto para a passagem

da água.

A diversidade dos produtos encontrados no mercado facilita as opções do engenheiro

responsável pela obra ao escolher o melhor sistema de impermeabilização a ser utilizado na

fundação, sendo os mais encontrados nas obras em estudo, a argamassa polimérica e a pintura

com tinta hidroasfáltica.

4.1. Impermeabilização com argamassa polimérica

Segundo informações do fabricante Denver Impermeabilizantes, a argamassa polimérica é à

base de cimento e demais agregados, que juntos formam um revestimento com propriedades

impermeabilizantes. Como vantagens apresentam boa aderência ao substrato, resiste às

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pressões hidrostáticas, de fácil aplicação por uso de trincha, ou vassoura de pêlo, ou similar,

conforme o que cada fabricante do produto recomenda.

Fonte: Figura extraída do acervo fotográfico pessoal da Engenheira Morgana

Savi Apolinário.

Figura 2 – Impermeabilização da infraestrutura com uso de argamassa polimérica

Ao escolher a marca do produto disponível no mercado, o engenheiro responsável pela obra

deve atentar se o produto atende a NBR 11905 – Sistema de impermeabilização composto por

cimento impermeabilizante e polímeros.

Para se aplicar o produto, inicialmente devem-se tomar os devidos cuidados com a base da

superfície, que deve estar limpa, umedecida e isenta de partículas soltas. No caso de falhas na

concretagem dos elementos estruturais da infraestrutura que receberão a impermeabilização,

falhas como ninhos, os mesmos devem ser reparados antes da aplicação do

impermeabilizante.

Após todos os cuidados necessários, sempre indicados nos rótulos dos produtos, parte-se para

a preparação do mesmo, que normalmente é fornecido em dois componentes, resina e pó,

devendo ser misturados de acordo com a recomendação de cada fabricante.

Após a mistura do produto, parte-se para a aplicação. Durante a aplicação deve-se

homogeneizar a mistura manualmente por um determinado tempo, dependendo das condições

ambientais. Atentar sempre ao tempo de uso de cada produto. Conforme citado anteriormente,

a aplicação destes produtos não é recomendada em estruturas que possam sofrer fissuração.

É importante frisar que cada fabricante, garante a qualidade do seu produto contra defeitos de

fabricação, entretanto não assumem a responsabilidade sobre o desempenho da obra, uma vez

que não possuem controle direto sobre as condições de aplicação.

O processo de impermeabilização pode ser executado com sucesso, se todos os cuidados

forem tomados desde a fase do projeto e planejamento, até a execução da etapa propriamente

dita.

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4.2. Impermeabilização com hidroasfalto

Segundo informações do fabricante Vedacit Impermeabilizantes, o impermeabilizante a base

de hidroasfalto pode ser aplicado sobre superfícies de concreto e argamassas, formando sobre

a superfície aplicada uma película elástica e impermeável, tornando-a resistente a água.

Os cuidados com a superfície de aplicação devem ser os mesmos citados para a aplicação do

impermeabilizante rígido. A base do substrato deve estar limpa e isenta de poeira. O produto

deve ser preparado seguindo as informações constantes em cada rótulo do produto utilizado.

A impermeabilização com hidroasfalto também é de fácil aplicação, do tipo pintura, com uso

de broxa ou escovão.

Fonte: Figura extraída do acervo fotográfico pessoal da Engenheira Morgana

Savi Apolinário.

Figura 3 – Impermeabilização com hidroasfalto executada de maneira incorreta,

sem aplicar o produto em todas as faces do baldrame

Ambos os sistemas de impermeabilização citados anteriormente, são aplicados em forma de

pintura e devem ser seguidas à risca todas as recomendações de uso do fabricante do produto.

Depois de concluída a aplicação da impermeabilização e esperada a cura conforme as

recomendações pode-se dar início ao assentamento das fiadas de alvenaria, sendo que neste

momento se deve atentar a outros cuidados importantes que muitas vezes passam

despercebidos aos funcionários da obra, que por falta de informação ou por falta de

supervisão adequada, erram nas etapas seguintes. Os cuidados devem ser tomados durante os

serviços de aterro e com relação a própria movimentação dos funcionários na obra, a fim de

evitar danificar a impermeabilização.

Os vícios construtivos mais comuns que podem dar origem aos danos causados por falhas na

impermeabilização são na maioria das vezes ligados a falhas na mão de obra:

Durante o planejamento, e especificações técnicas;

Escolher inadequadamente o sistema de impermeabilização a ser utilizado, como por

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exemplo, o uso de lonas plásticas;

Falta de cuidados na preparação da superfície conforme o recomendado por cada fabricante

de produto a ser utilizado;

Falta de aderência do impermeabilizante ao substrato, ou por uso de material inadequado

ou por falha na mão de obra;

Falta de atenção ao seguir todas as recomendações do fabricante do produto, desde o

preparo da superfície, a preparação do material, a aplicação, o número de demãos, a cura;

Falta de cuidados após a impermeabilização e dado o início da alvenaria e aterros, podendo

furar as impermeabilizações comprometendo a estanqueidade a que ela se destina;

Rompimento na impermeabilização após executada, por não suportar deformações na

estrutura, denotando escolha inadequada.

5. Danos causados por falhas na impermeabilização da infraestrutura ou falta da mesma

Segundo o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo, patologia

construtiva é o estudo que se ocupa da natureza das modificações estruturais e ou funcional,

produzindo anomalias construtivas.

Por sua vez, anomalias, são irregularidades, anormalidades.

Com base nas definições acima, pode-se citar que as anomalias construtivas nada mais são

que manifestações patológicas, podendo ter origem em:

– Defeitos da própria edificação;

– Fatores externos causados por terceiros;

– Originários de fenômenos da natureza, previsíveis ou imprevisíveis;

– Originários do uso.

Lichtenstein (1985) afirma que o diagnóstico da situação é o entendimento dos fenômenos em

termos de identificação das múltiplas relações de causa e efeito que normalmente

caracterizam um problema patológico. Em outras palavras, determinar a origem e a causa em

função do efeito observado.

Os danos ou manifestações patológicas decorrentes das falhas na impermeabilização da

infraestrutura são originários de defeitos da própria edificação, podendo ocorrer tais defeitos,

desde a etapa de planejamento, na escolha errada do tipo de impermeabilização que pode

posteriormente sofrer rompimentos devido às movimentações que a infraestrutura pode estar

sujeita, até nas falhas operacionais na mão de obra durante a aplicação do produto e posterior

a aplicação do produto, na falta de cuidados.

Apesar do baixo custo, conforme os valores que foram demonstrados, e apesar da diversidade

de produtos existentes no mercado de comercialização de materiais de construção civil, as

manifestações patológicas decorrentes de falhas ou da falta de impermeabilização na

infraestrutura são comuns em diversas obras, e podem se manifestar de diversas formas e em

vários elementos construtivos.

Os danos normalmente surgem já no primeiro ano subseqüente a entrega da obra, quando

surgem os problemas logo já começam a causar incômodos, e acabam por gerar gastos

elevados com as tentativas de recuperação, que poderiam ser perfeitamente evitadas durante a

etapa de execução.

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Conforme a norma de desempenho, NBR 15575, apresenta uma lista geral de exigências dos

usuários, sendo utilizada como referência para o estabelecimento dos requisitos e respectivos

critérios estabelecidos na referida norma, a fim de que sejam satisfeitas as exigências dos

mesmos.

Dentre tais exigências cabe citar:

– Estanqueidade;

– Durabilidade e manutenibilidade;

– Saúde, higiene e qualidade do ar.

Sobre a estanqueidade, a edificação deve ser estanque, não devendo permitir a infiltração de

água, a fim de evitar condições de risco à saúde dos usuários. Sobre a durabilidade do edifício

e de seus sistemas, a norma de desempenho especifica que é uma exigência econômica do

usuário, pois está diretamente associada ao custo global do bem imóvel. A durabilidade de um

produto termina quando ele deixa de cumprir as funções que lhe forem atribuídas, quer seja

pela degradação que o conduz a um estado insatisfatório de desempenho, quer seja por

obsolescência funcional. A referida norma ainda cita que, o adequado controle da umidade em

uma edificação habitacional é a chave para o controle de muitas manifestações patológicas

que abreviam a vida útil dos mesmos, reduzindo seu valor de uso e de troca.

Os problemas decorrentes da umidade nas fundações têm a sua intensidade determinada por

diversos fatores, dentre os quais se podem citar:

– Pelas características no lençol freático, que pode ter seu nível variado por razões naturais

tais como precipitações, evaporação, influência das marés, e por razões artificiais como

captação intensa da água do solo, desvio dos recursos de água, construções de drenagens

que modifiquem o ciclo natural da água, dentre outros;

– Pela porosidade dos materiais dos elementos construtivos como concretos, blocos

cerâmicos, argamassas de assentamento e de revestimentos, pisos, dentre outros;

– Pela permeabilidade ao vapor do elemento construtivo;

– Pelas característica do solo onde está assentada a edificação.

Quando as edificações são expostas à água por meio das falhas na barreira física que deveriam

evitar a infiltração, acabam por apresentar danos que diminuem a vida útil da mesma,

podendo até em longo prazo levar ao colapso da estrutura. Os tipos de danos decorrentes das

falhas no processo de impermeabilização da infraestrutura são:

– Danos arquitetônicos, que comprometem a estética da edificação, mas não proporcionam

risco;

– Danos estruturais, que comprometem a estabilidade da estrutura;

– Danos funcionais, que comprometem a utilização da edificação.

Segundo Verçoza (1985), a passagem de água na construção causa uma série de patologias.

As manifestações patológicas podem ocorrer de diversas formas, através dos seguintes efeitos

observados:

– Umedecimento das paredes;

– Manchas de umidade;

– Eflorescência;

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– Vesículas;

– Descolamento dos revestimentos;

– Bolor;

– Fungos;

– Corrosão de armadura;

– Mudança de coloração dos revestimentos;

– Apodrecimento;

– Fissuras e trincas;

– Odores desagradáveis.

As manchas de umidade modificam a cor da pintura e do revestimento da parede com relação

ao restante da mesma, devido à presença da passagem da água.

As eflorescências são depósitos salinos, resultantes da exposição a intempéries, se manifestam

como uma mancha branca, nada mais é que a água carregando os hidróxidos de cálcio por

lixiviação. Causam o aumento da porosidade do concreto. Para ocorrer o fenômeno da

eflorescência, tem que haver as três condições simultâneas:

– Ter a presença de teor de sais, sendo que está presente no cimento;

– Presença de água;

– Pressão hidrostática ou ascensão capilar.

Todas as três condições devem existir para ocorrer o fenômeno da eflorescência, sendo que se

uma delas for eliminada, não ocorrerá o fenômeno. Dentre os elementos construtivos que

podem ser afetados, estão as fachadas englobando os revestimentos em argamassa e as

pinturas, os pisos, as estruturas de concreto, as pedras, dentre outros.

As bolhas que se formam na pintura são as vesículas, acabam causando a degradação dos

revestimentos.

O bolor ou mofo é uma ocorrência comum, conseqüência da formação de fungos que atacam

principalmente os revestimentos e as pinturas, escurecendo a superfície e deteriorando.

Outro dano que pode se manifestar, é quando o ataque na estrutura de concreto é intenso pode

acarretar na corrosão das armaduras, ocasionando além da degradação do concreto,

carbonatação nas superfícies expostas.

Fissuras e trincas horizontais podem aparecer na base das paredes. Segundo Thomaz (1989),

os componentes de alvenaria que estão em contato direto com a umidade absorvida do solo,

apresenta movimentações diferenciadas em relação às fiadas superiores que estão sujeitas à

insolação direta e à perda de água por evaporação, sendo que essas trincas quase sempre são

acompanhadas por eflorescência o que auxilia o seu diagnóstico.

A ocorrência das fissuras e trincas, em continuidade a umidade constante, na maioria das

vezes leva ao descolamento dos revestimentos.

Conforme exposto, todos os problemas que podem surgir numa edificação em virtude da

impermeabilização da infraestrutura podem originar-se nas falhas de projeto, na falta de

qualidade do material empregado, na ausência de supervisão durante a aplicação, na falta de

mão de obra especializada, na ausência de cuidados posteriores a execução da

impermeabilização.

As manifestações patológicas mencionadas mostram a importância de uma escolha adequada

no sistema de impermeabilização e a importância de se executar de maneira correta o referido

Danos causados por falhas na impermeabilização da infraestrutura de edificações térreas residenciais privativas unifamiliares

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sistema, uma vez que a falta ou a falha na execução prejudicam a qualidade da edificação

podendo desencadear uma série de anomalias e não conformidades.

Quando da ocorrência de alguns destes danos citados anteriormente, se faz necessários os

reparos na edificação. Conforme a intensidade dos danos, para que sejam providenciados os

reparos necessários pode haver a necessidade da remoção dos revestimentos incluindo

argamassas e pinturas, segundo os estudos que comprovam que a umidade ascendente pode

atingir alturas até um metro e meio, a remoção dos revestimentos, para que seja eficaz a

recuperação, se faz necessária nesta extensão. Os serviços de reparo englobam demolição,

remoção, intervenções necessárias, e recompor todo o elemento que foi danificado, no caso

das paredes, refazerem todo o revestimento e repintura.

Ainda há a situação de que, a parte da estrutura onde está ocorrendo o defeito observado, seja

recuperada, e a umidade volte a surgir em outro elemento ou em outra parede que ainda não

estava afetada.

Vale lembrar que, existem casos em que o usuário da edificação não efetua qualquer tipo de

reclamação ou registro dos danos quando do surgimento das primeiras manchas, em outros

casos os clientes recém donos de seus imóveis realizam as reclamações e, no entanto não

obtém sucesso com relação ao atendimento de alguns construtores, outros usuários acabam

tendo que arcar com os prejuízos e gastos com as recuperações, outros adentram com ação na

justiça requerendo seus direitos, e a aqueles que reclamam e recebem os devidos reparos por

parte dos construtores

Por isso, os reparos devem ser muito bem planejados e estudados, a correção deve ser

eficiente, no sentido do defeito não voltar a reincidir. Deve-se localizar a origem, a fim de

solucionar de maneira eficiente o problema.

6. Conclusão

O setor da construção civil tem registrado crescimento acelerado nos últimos anos. O volume

de recursos aplicados pelo governo para financiar a construção de moradias tem impulsionado

a economia, gerando mais empregos, aumentando a arrecadação nos cofres públicos, mas por

outro lado também acarreta em efeitos negativos como a falta de mão de obra especializada.

Com base no exposto, podemos observar que as patologias causadas por falhas na

impermeabilização, podem ocorrer desde a fase de planejamento, de escolha do material,

como também na fase de execução, e os cuidados que requer posterior a execução.

Conforme visto, os gastos com impermeabilização da infraestrutura representam uma

incidência pequena com relação ao valor montante da obra. Os procedimentos de execução

são simples, além da existência de diversos produtos no mercado de comércio de materiais

para a construção civil.

Para se evitar a presença de umidade ascendente, deve-se durante a construção garantir a

realização da adequada impermeabilização na infraestrutura, através do uso de um sistema

eficaz, para isso se faz indispensável o papel do engenheiro responsável pela obra.

Esta negligência tem levado transtornos a todos os envolvidos no processo construtivo, desde

o construtor que tem seus custos aumentados consideravelmente com uma recuperação,

desnecessária caso tivesse realizado a impermeabilização da maneira correta, e ainda

perdendo credibilidade junto ao mercado da construção, até o desgaste do cliente que vê seu

sonho da casa própria transformado num problema que muitas vezes é obrigado a conviver

durante meses até que os responsáveis assumam os erros e providenciem os reparos.

Danos causados por falhas na impermeabilização da infraestrutura de edificações térreas residenciais privativas unifamiliares

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Além dos danos citados, cumprem ressaltar os efeitos psicológicos negativos causados nos

usuários da edificação. Além disso as manifestações patológicas como os mofos, fungos,

acarretam problemas à saúde dos usuários, danos aos bens existentes no interior da

edificações como os móveis, desvalorização no imóvel, desgastes entre todas as partes

envolvidas no processo como cliente e construtor.

Os danos e as manifestações patológicas listadas anteriomente, devem ser corrigidas a curto

prazo, pois tendem a piorar com o passar do tempo, por degradarem cada vez mais o

elementos construtivos da edificação, e acabam ocasionando o surgimento de outras

anomalias.

Os danos observados na maioria das vezes não colocam em risco a segurança e a solidez da

edificação. Cumpre ressaltar, entretanto, que os problemas internos e externos nas edificações,

prejudicam as suas condições de utilização. Além do exposto, devem ser considerados os

aspectos estéticos e o fator psicológico, pois as anomalias impressionam negativamente e

geram insegurança nos freqüentadores da edificação.

Além da realização adequada da recuperação, a que se corrigirem as causas de maneira

planejada, a fim de evitar reaparecimentos de danos ou prejuízos decorrentes dos mesmos

motivos aqui apontados.

Para que não se cometam os mesmos erros durante da execução da obra, recomenda-se que os

reparos quando necessários, deverão ser providenciados com material de qualidade e mão de

obra qualificada, dentro dos padrões construtivos estabelecidos por normas técnicas, sob a

supervisão de um engenheiro responsável devidamente habilitado pelo Conselho Regional de

Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA, com a respectiva Anotação de

Responsabilidade Técnica – ART.

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