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ATLAS 12 a 14 OUT’12 PROJETO COM A COMUNIDADE / PERFORMANCE de Ana Borralho & João Galante (PT) TEATRO VIRIATO | CENTRO DE ARTES DO ESPECTÁCULO DE VISEU Paulo Ribeiro Diretor-geral e de Programação • José Fernandes Diretor Administrativo • Paula Garcia Diretora Adjunta • Ana Cláudia Pinto Assistente da Direção • Maria João Rochete Responsável de Produção Carlos Fernandes Assistente de Produção • Nelson Almeida, Paulo Matos, Pedro Teixeira e Rui Cunha Técnicos de Palco • Marisa Miranda Imprensa e Comunicação • Teresa Vale Produção Gráfica • Gisélia Antunes Bilheteira • Emanuel Lopes Técnico de Frente de Casa • Fátima Domingues e Raquel Marcos Receção • Paulo Mendes Auxiliar de Receção/Vigilância Consultores Maria de Assis Swinerton Programação Colaboradores António Ribeiro de Carvalho Assuntos Jurídicos José António Loureiro Eletricidade • Contraponto Contabilidade • Paulo Ferrão Técnica de Palco José António Pinto Informática • Cathrin Loerke Design Gráfico Acolhimento do Público André Rodrigues, Bruno Marques, Catarina Ferreira, Daniela Fernandes, Diogo Almeida, Franciane Maas França, Francisco Pereira, Joana Tarana, João Almeida, Luis Figueiral, Maria Carvalho, Margarida Fonseca, Neuza Seabra, Ricardo Meireles, Rui Guerra, Sandra Amaral e Vânia Silva. Vivace Tipografia Beira Alta, Lda. • Allegro BMC CAR • Dão · Quinta do Perdigão • Andante Grupo de Amigos do Museu Grão Vasco • João Carlos Osório de Almeida Mateus • PsicoSoma • Adágio Amável dos Santos Pendilhe • Ana Luísa Nunes Afonso • Ana Paula Ramos Rebelo • Armanda Paula Frias Sousa Santos • Benigno Rodrigues • Carlos Dias Andrade e Maria José Andrade • Engrácia Castro • Farmácia Ana Rodrigues Castro • Fernanda de Oliveira Ferreira Soares de Melo • Fernando Soares Poças Figueiredo e Maria Adelaide Seixas Poças • Geraldine de Lemos • Isabel Maria Pais e António Cabral Costa • José Luís Abrantes • José Gomes Moreira da Costa • Julieta Teresa de Melo Gomes Ribeiro • Júlio da Fonseca Fernandes • Maria de Fátima Ferreira • Maria de Fátima Rodrigues Ferreira Moreira de Almeida • Marina Bastos • Martin Obrist e Maria João de Ornelas Andrade Diogo Obrist • Miguel Costa e Mónica Sobral • Nanja Kroon • Pastelaria Doce Camélias, Lda • Paula Nelas • Paulo Jorge dos Santos Marques • Pedro Miguel Sampaio de Carvalho de Tovar Faro • Pieter Rondeboom e Magdalena Rondeboom • Raul Albuquerque e Vitória Espada • Teresa da Conceição Azevedo • Vítor Domingues • Júnior Ana Mafalda Seabra Abrantes • Ana Margarida Rodrigues • Beatriz Afonso Delgado • Brígida Caiado • Carla Filipa Seabra Abrantes • Diogo Rafael Teixeira Ascenção • Eduardo Miguel de Amorim Barbosa • Marta Ribeiro Figueiredo • Matilde Figueiredo Alves • Pedro Dinis de Amorim Barbosa. Colaboração Técnica estrutura financiada por: MECENAS Próximo espetáculo CAFÉ-CONCERTO / FOYER 17 OUT LUÍS VICENTE TRIO LUÍS VICENTE (PT), FRANCESCO VALENTE (IT) e OORI SHALEV (IL) qua 22h00 | 60 min. preço 2,53 (s/ consumo mínimo obrigatório) // s/ descontos m/ 12 anos Lançamento do disco “Outeiro” (JACC RECORDS) © DR © José Alfredo © José Alfredo Conheceram-se enquanto estudavam Artes Plásticas no AR.CO. Enquanto ato- res/cocriadores trabalharam regularmente com o grupo de teatro OLHO. Des- de 2002 que trabalham em parceria, destacando as peças Mistermissmissmis- ter (2002), Glin Gló (2002), I Love You (2003), No Body Never Mind, 001 (2004), No Body Never Mind, 002 (2005), No Body Never Mind, 003 (2006), sexyMF (2007), an I for an I (2007), I put a spell on you (2007/2008), Untitled, Still Life (2009), Gritos de Artistas (2010), World of Interiors (2010), Atlas (2011) e Linha do Horizonte (2012). Desenvolveram em conjunto com Mónica Samões o projeto No Jogo do Desejo ou O Choque Frontal (workshop/atelier para público jovem - 2008), a realização do vídeo-documentário Eu Não Tu (2009) e o espetáculo infantojuvenil A Linha ou O Deserto já não é uma casa vazia (2009). Desde 2004 que os seus trabalhos são apresentados em festivais nacionais e internacionais em França, Espanha, Suíça, Escócia, Brasil, Emiratos Árabes Unidos, Itália, Alemanha, Áustria, República Checa, Eslováquia, Finlândia e Es- lovénia. São membros fundadores da banda de não-músicos Jimmie Durham e da As- sociação casaBranca. São responsáveis pela direção artística do Festival de Artes Performativas - verão Azul em Lagos, Portugal. ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE

de Ana Borralho & João Galante (PT) - teatroviriato.com · ... Ricardo Meireles, Rui Guerra, Sandra Amaral e Vânia Silva. Vivace Tipografia Beira Alta, Lda. • Allegro BMC CAR

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ATLAS12 a 14 OUT’12

PROJETO COM A COMUNIDADE / PERFORMANCE

de Ana Borralho & João Galante (PT)

TEATRO VIRIATO | CENTRO DE ARTES DO ESPECTÁCULO DE VISEU Paulo Ribeiro Diretor-geral e de Programação • José Fernandes Diretor Administrativo • Paula Garcia Diretora Adjunta • Ana Cláudia Pinto Assistente da Direção • Maria João Rochete Responsável de Produção • Carlos Fernandes Assistente de Produção • Nelson Almeida, Paulo Matos, Pedro Teixeira e Rui Cunha Técnicos de Palco • Marisa Miranda Imprensa e Comunicação • Teresa Vale Produção Gráfica • Gisélia Antunes Bilheteira • Emanuel Lopes Técnico de Frente de Casa • Fátima Domingues e Raquel Marcos Receção • Paulo Mendes Auxiliar de Receção/Vigilância • Consultores Maria de Assis Swinerton Programação • Colaboradores António Ribeiro de Carvalho Assuntos Jurídicos • José António Loureiro Eletricidade • Contraponto Contabilidade • Paulo Ferrão Técnica de Palco • José António Pinto Informática • Cathrin Loerke Design Gráfico • Acolhimento do Público André Rodrigues, Bruno Marques, Catarina Ferreira, Daniela Fernandes, Diogo Almeida, Franciane Maas França, Francisco Pereira, Joana Tarana, João Almeida, Luis Figueiral, Maria Carvalho, Margarida Fonseca, Neuza Seabra, Ricardo Meireles, Rui Guerra, Sandra Amaral e Vânia Silva.

Vivace Tipografia Beira Alta, Lda. • Allegro BMC CAR • Dão · Quinta do Perdigão • Andante Grupo de Amigos do Museu Grão Vasco • João Carlos Osório de Almeida Mateus • PsicoSoma • Adágio Amável dos Santos Pendilhe • Ana Luísa Nunes Afonso • Ana Paula Ramos Rebelo • Armanda Paula Frias Sousa Santos • Benigno Rodrigues • Carlos Dias Andrade e Maria José Andrade • Engrácia Castro • Farmácia Ana Rodrigues Castro • Fernanda de Oliveira Ferreira Soares de Melo • Fernando Soares Poças Figueiredo e Maria Adelaide Seixas Poças • Geraldine de Lemos • Isabel Maria Pais e António Cabral Costa • José Luís Abrantes • José Gomes Moreira da Costa • Julieta Teresa de Melo Gomes Ribeiro • Júlio da Fonseca Fernandes • Maria de Fátima Ferreira • Maria de Fátima Rodrigues Ferreira Moreira de Almeida • Marina Bastos • Martin Obrist e Maria João de Ornelas Andrade Diogo Obrist • Miguel Costa e Mónica Sobral • Nanja Kroon • Pastelaria Doce Camélias, Lda • Paula Nelas • Paulo Jorge dos Santos Marques • Pedro Miguel Sampaio de Carvalho de Tovar Faro • Pieter Rondeboom e Magdalena Rondeboom • Raul Albuquerque e Vitória Espada • Teresa da Conceição Azevedo • Vítor Domingues • Júnior Ana Mafalda Seabra Abrantes • Ana Margarida Rodrigues • Beatriz Afonso Delgado • Brígida Caiado • Carla Filipa Seabra Abrantes • Diogo Rafael Teixeira Ascenção • Eduardo Miguel de Amorim Barbosa • Marta Ribeiro Figueiredo • Matilde Figueiredo Alves • Pedro Dinis de Amorim Barbosa.

Colaboração Técnica

estrutura

financiada por:

MECENAS

Próximo espetáculo

CAFÉ-CONCERTO / FOYER

17 OUT

LUÍS VICENTE TRIOLUÍS VICENTE (PT), FRANCESCO VALENTE (IT)

e OORI SHALEV (IL)

qua 22h00 | 60 min. preço 2,53 (s/ consumo mínimo obrigatório)// s/ descontosm/ 12 anos

Lançamento do disco “Outeiro” (JACC RECORDS)

© D

R

© J

osé

Alf

redo

© J

osé

Alf

redo

Conheceram-se enquanto estudavam Artes Plásticas no AR.CO. Enquanto ato-

res/cocriadores trabalharam regularmente com o grupo de teatro OLHO. Des-

de 2002 que trabalham em parceria, destacando as peças Mistermissmissmis-

ter (2002), Glin Gló (2002), I Love You (2003), No Body Never Mind, 001 (2004), No

Body Never Mind, 002 (2005), No Body Never Mind, 003 (2006), sexyMF (2007), an I

for an I (2007), I put a spell on you (2007/2008), Untitled, Still Life (2009), Gritos de

Artistas (2010), World of Interiors (2010), Atlas (2011) e Linha do Horizonte (2012).

Desenvolveram em conjunto com Mónica Samões o projeto No Jogo do Desejo

ou O Choque Frontal (workshop/atelier para público jovem - 2008), a realização

do vídeo-documentário Eu Não Tu (2009) e o espetáculo infantojuvenil A Linha

ou O Deserto já não é uma casa vazia (2009).

Desde 2004 que os seus trabalhos são apresentados em festivais nacionais e

internacionais em França, Espanha, Suíça, Escócia, Brasil, Emiratos Árabes

Unidos, Itália, Alemanha, Áustria, República Checa, Eslováquia, Finlândia e Es-

lovénia.

São membros fundadores da banda de não-músicos Jimmie Durham e da As-

sociação casaBranca.

São responsáveis pela direção artística do Festival de Artes Performativas -

verão Azul em Lagos, Portugal.

ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE

Como num grande “Atlas”, pessoas de todas as profissões, filosofias, continentes, co-

res e religiões, numa partilha e permuta de recordações, sonhos, projeções, anseios,

revoltas e frustrações, com uma vontade una de gritar, alertar, agitar e motivar para a

necessidade da mudança.

Manuela Bento, Enfermeira (participante)

Neste projeto singular, as profissões ganham vozes e as diferenças são a grande rique-

za. Cada pessoa... cada ofício... sua arte e suas experiências aliadas aos sentimentos,

fruto da realidade que vivemos, compõem um momento tão eclético quanto homogéneo.

Cada um individualmente e todos num único... Só mesmo vendo para entender!

Cristina Baccari, Dentista (participante)

Uma marcha cadenciada de corpos... Os rostos perfilam-se numa linha imaginária fi-

tando o horizonte à procura dos sonhos adiados. Eis a nova torre de Babel da lusofonia...

Se um projeto “Atlas” incomoda muita gente, dois projetos “Atlas” incomodam muito mais.

Carlos Cruchinho, Professor (participante)

Um microcosmos. Muitos incómodos. No fim de contas, vida. Pois não somos seres

amorfos.

José Crúzio, Professor e Artista Plástico (participante)

80 min.

m/12 anos

Conceito e direção artísticaAna Borralho & João Galante

Luz Ana Borralho & João Galante

Aconselhamento luz Thomas Walgrave

Som Coolgate

Colaboração dramatúrgicaFernando Ribeiro e Rui Catalão

Colaboradores artísticose coordenadores de grupos

André Uerba, Catarina Gonçalves, Cátia Leitão (Alface) e Tiago Gandra

Produção executivaAna Borralho e Mónica Samões

Produção casaBranca

CoproduçãoMaria Matos Teatro Municipal

Residências artísticasAtelier REAL, alkantara

Apoio Junta de Freguesia de Santos-o-Velho

casaBranca é uma associaçãofinanciada pelo

Governo de Portugal - Secretaria de Estado da Cultura/DGArtes

Participantas de diferentes profissõesAlberto Costa, Alfredo Mateus, Alicia Vieira,

Amadeu Teixeira, Ana Bárbara Lopes,Ana Cristina Teixeira, Ana Margarida Basilio,

Ana Margarida Costa, Ana Patrícia Rodrigues, Ana Paula Correia, Ana Paula Amaral,

Ana Seia de Matos, André Rodrigues,Aurora do Céu Batista, Bárbara Lopes,

Bruno Consciência, Carlos Reis,Carlos Cruchinho, Catarina Parrot,

Cecília Borges, Célia Cantarinhas, Célia Lopes, Cláudia Carnavale, Cláudia Amaral,

Cláudia Afonso, Cláudia Cardoso,Cristina Baccari, Daniela Fernandes,

Dominic Nobuo Rey, Elisabeth Rey,Fátima Mabunda, Fausta Cachia,

Filipa Fonseca, Filipa Sousa, Filomena Vaz,Francisco Keil do Amaral, Franco Ganito,

Inês Nogueira de Sousa, Isabel Costa,Isabel Moura, Joana Nunes de Barros,

João Almiro, José António Almeida,José António Loureiro,

José Crúzio, José Luís Cartaxo dos Santos,Júlia Santos, Julieta Diogo, Lara Lé,

Laura Canelas, Leonor Keil, Liliana Oliveira,Lira Keil, Luís Miguel Dias, Luís Saraiva,

Manuela Antunes, Manuela Bento,Manuela Pereira, Manuela Lisboa, Mara Santos,

Marco Varela, Marcos Morgado,Margareth Nogueira, Margarida Quintal,

Maria Cláudia Quaresma, Maria do Céu Loureiro, Maria Gabriela Silva, Maria Jacinta Ponte,

Maria Marques, Marta Nunes, Marta Tavares, Merce Nabau Niubo, Neuza Martins,

Nuno Filipe Perdigão, Nuno Alves,Paula Magalhães, Rogério Marques da Silva,

Rosa Maria Oliveira, Rute Figueiredo,Salma Mabunda, Samuel Santana de Almeida,Sónia Teixeira, Sónia Saraiva, Sónia Ferreira, Sónia Pereira, Sónia Ramos, Teresa Almeida

e Tiago Alexandre

ATLAS

Viver o “Atlas” é viver uma experiência de partilhar um palco com cem pessoas, com

cem histórias de vida. Incrível!...

João Almiro, Professor (participante)

NA PRIMEIRA PESSOA

© J

osé

Alf

redo

Na mitologia grega, Atlas é aquele que foi

condenado por Zeus a carregar o céu aos

ombros.

Atlas é uma performance que reúne cer-

ca de 100 pessoas de diferentes profis-

sões em palco. Nesta obra, Ana Borralho

e João Galante pretendem construir um

Atlas da organização social humana, uma

representação dos seres humanos atra-

vés da sua função na sociedade em que

se inserem.

Um dos motores desta peça são as ideias

do artista plástico Joseph Beuys, “A revo-

lução somos nós e Cada homem um artis-

ta”. Uma revolução silenciosa. Uma obra

motivada pela crença de que a arte deve

desempenhar um papel ativo na socieda-

de. Unir a arte e a vida.

Desde a irrupção da Revolução Industrial, a gradual distribuição dos cidadãos por cargos ul-

traespecializados foi conduzindo a uma literal fragmentação da coletividade, enquanto corpo

inalienável. A unidade do universo humano é conferida em “Atlas”, não pela sua governação,

mas pela junção de todos e quaisquer sujeitos instituídos como cidadãos, veiculando assim a

formação de um sensus comunis baseado na funcionalidade e manutenção do aparelho social.

Edificando o fazer como substrato comum, os cidadãos em palco vão-se assumindo gradual-

mente como multidão até esta adquirir o estatuto de um ser indivisível que, tacitamente, se

estende à escala planetária.

Consoante a gestão do mundo vai sendo entregue à circulação infinita de um capital autorre-

produtível que, assim, assume um caráter inumano, a consciência da infimidade dos sujeitos

vai-se tornando mais aguda, pelo que apenas a escala da multidão é garante de sustenta-

bilidade do corpo social. Corpo sempre em iminente risco de colapso, mas também o único

agente que sustém a noção de futuro.

Do mesmo modo, ao incluir a multidão e, por inerência, o sublime social, a obra de arte corre o

risco da sua mesma desagregação, enquanto produto institucional. Ainda assim, é na diluição

da autoria e subsequente entrega a todos os cidadãos que a arte assegura a sua monumen-

talidade, ao tornar-se indistinta do campo do imprevisível, quer este seja oriundo da natureza

humana ou dos seus destinos.

por Fernando Ribeiro

SOBRE O PROJETO A MULTIDÃO FUTURA