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mmimtltuJçàodeDewnvoMmcnlo
ÍNDICE1 SUMARIO EXECUTIVO2 CONTEXTO MACROECONÓMICO3 EVOLUÇÃO DO MERCADO DE FINANCIAMENTO ÀS EMPRESAS EM PORTUGAL
379
93.1 Crédito
113.2 Capital de Risco e Business Angels
123.3 Falhas de Mercado
4 MISSÃO, OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E O ANO DE 2016 16
164.1 Missão e Objetivos Estratégicos
164.2 Proposta de Criação de Valor.
174.3 O Ano de 2016
5 ATIVIDADES A DESENVOLVER PELA IFD E FASES DE IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO 21
Fase 1-Gestão por Mandato, Prestação de Serviços e outros. 215.1
5.2 Fase 2-Financiamento junto de instituições multilaterais e/ou congéneres.
6 ESTRUTURA E MEIOS
26
28
286.1 Organização e Estrutura de Recursos Humanos.
296.2 Evolução e Política de Recursos Humanos
306.3 Política de Imagem e Comunicação
6.4 Responsabilidade Corporativa e Social 32
6.5 Estratégia de Sustentabilidade nos domínios económico, social e ambiental
7 PROPOSTA DE ORÇAMENTO PARA 2017
32
34
34Instrumentos Previsionais de Gestão para 20177.1
7.2 Proveitos 47
497.3 Custos.
537.4 Recebimentos e Pagamentos
7.5 Demonstração dos Resultados Previsional. 55
7.6 Balanço Previsional 56
57Demonstração Previsional dos Fluxos de Caixa7.7
587.8 Indicadores de Atividade Económico-Financeiros
8 ANEXOS 59
59Parecer da Comissão de Auditoria8.1
618.2 Parecer do Revisor Oficial de Contas
688.3 Autorizações das Tutelas.
2Plano de Atividades e Orçamento 2017- revisão maio de 2017
*IFDnstltuJçio Hnane*lr»
7 PROPOSTA DE ORÇAMENTO PARA 2017
7.1 Instrumentos Previsionais de Gestão para 2017
O PA&O 2017 da IFD reflete, nos seus pressupostos, o conjunto de instruções para elaboração
dos instrumentos previsionais de gestão para 2017, em conformidade com o disposto no ofício
4373, de 10 de agosto de 2016, da Direção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF). A sua proposta
inicial foi elaborada tendo por base a proposta de orçamento da IFD para 2017, submetida, em
agosto de 2016, à Direção Geral do Orçamento (DGO) e que integra a Lei de Orçamento do
Estado para 2017.
Esta nova proposta de PA&O, elaborada em 15 de maio de 2017, de acordo com a melhor
estimativa possível, apresenta uma revisão dos Instrumentos Previsionais de Gestão (IPG), bem
como, as demonstrações financeiras aprovadas de 2016, integrando, também, as
recomendações da Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização (UTAM). Esta
estimativa é, necessariamente, diferente da apresentada em agosto, em sede da referida
proposta para o orçamento de 2017 da IFD, verificando-se, no entanto, um desvio mais favorável
entre as receitas e despesas inicialmente previstas. Entende-se, dessa forma, que esta alteração
não tem impacto material na proposta de orçamento da IFD para 2017 que se encontra refletida
na Lei de Orçamento de Estado para 2017.
Esta alteração das estimativas relativas ao ano de 2016 decorre, essencialmente, de duas ordens
de razões. Por um lado, a IFD não teve o seu PA&O 2016 aprovado, pelo que foi necessário
solicitar a autorização para contratação do quadro de pessoal e para a realização de despesas
urgentes e inadiáveis para o prosseguimento da sua atividade. No entanto, nem todas as
despesas, incluindo o próprio recrutamento, que se encontravam inicialmente previstas,
obtiveram as devidas condições para a sua realização, impactando significativamente nas contas
da instituição, pela redução significativa dos gastos verificados em 2016.
Por outro lado, e dado o atraso, por razões a que a IFD é alheia, na operacionalização das
atividades adicionais (distintas da gestão por mandato) que estavam previstas para esse ano, a
gestão por mandato acaba por ser praticamente a única atividade operacional levada a cabo pela
instituição. Nesse sentido, foi proposta e aprovada, em sede de Conselho Geral do FC&QC e do
FD&G, a revisão do procedimento de cálculo dos custos de gestão a imputar pela sociedade à
gestão daqueles dois fundos, bem como a taxa de imputação dos custos da IFD a essa atividade.
A taxa de imputação determina a percentagem de afetação dos custos de estrutura da sociedade
à atividade de gestão por mandato, onde a gestão do FC&QC e FD&G se insere. Desta forma, a
taxa de imputação em 2016 foi de 90%, em vez dos 50% inicialmente estimados em sede de
candidatura. Depois de aprovados em reunião do Conselho Geral dos Fundos, os montantes
máximos anuais de custos de gestão a pagar à IFD, como sociedade gestora do FC&QC e do
Plano de Atividades e Orçamento 2017- revisão maio de 2017 34
IFDinstituiçãoFinam;eira
Oc DcsenvoMmcnto
FD&G, foram, entretanto, igualmente aprovados pelas Tutelas, conforme o previsto no artigo 11.°
dos Decreto-Lei 225/2015 e Decreto-Lei 226/2015, ambos de 9 de outubro, que criam os fundos,
que no entanto, não ultrapassam os limites máximos anuais aprovados em sede de candidatura.
A alteração da percentagem de imputação acordada pelos Conselhos Gerais teve implicações
evidentes nos proveitos da sociedade em 2016, e, concomitantemente, nos resultados do
exercício. Por outro lado, esses resultados foram também afetados pela consideração dos custos
de gestão verificados no período compreendido entre a atribuição à IFD da gestão dos fundos
comunitários destinados a IF e a assinatura do Acordo de Financiamento entre esta instituição e
os PO financiadores.
Ao mesmo tempo, a falta de aprovação do PA&O 2016 não permitiu o recrutamento de pessoal
durante o último quadrimestre do ano findo, com os consequentes impactos na redução dos
custos de estrutura em 2016.
As variações nos resultados de 2016, decorrentes das alterações acima referidas, tiveram
impacto na conta de exploração e balanço de partida para a elaboração das demonstrações
financeiras previsionais para o ano de 2017.
Um primeiro exercício de atualização foi efetuado em janeiro de 2017, tendo as demonstrações
financeiras previsionais sofrido alterações relativamente à versão de agosto de 2016, aprovada
em sede de Orçamento de Estado para 2017.
Entretanto, tendo passado um quadrimestre do ano em curso, importa que a nova projeção para
o final de 2017 reflita o facto de, até à presente data, a IFD não ter podido recrutar pessoal, nem
efetuar despesas e investimentos inicialmente previstos, que obviamente afetam a previsão de
custos totais para o exercício de 2017.
Nas secções abaixo está patente o impacto destas alterações nas diversas componentes do
PA&O 2017.
7.1.1 Pressupostos Macroeconómicos de referência
Conforme já referido na secção 2-Contexto Macroeconómico, foram utilizados os pressupostos
macroeconómicos presentes no ofício referido em epígrafe.
O presente documento encontra-se expresso em euros, salvo menção em contrário.
7.1.2 Princípios Financeiros -Referências para 2017
Mesmo tendo sempre presente a adequação da presente proposta de orçamento aos recursos
e fontes de financiamento disponíveis, dada a fase de arranque e instalação da IFD, com um
crescimento exponencial da atividade, em função da estratégia aprovada pelas Tutelas, entende-
se não ser lógico que as reduções solicitadas nos gastos operacionais se apliquem à IFD,
nomeadamente no que concerne à redução de 15% nos gastos operacionais face a 2010
Plano de Atividades e Orçamento 2017- revisão maio de 2017 35
ftIFDmtltulçio Financeiro
(quando a IFD ainda não existia!), à redução em 5% dos gastos com comunicações e
deslocações, face a 2016, bem como, na apresentação de montantes iguais ou inferiores a 2016
nos gastos associados com a frota automóvel e respetivo número de veículos. Por essa razão,
foi solicitada e aprovada pelas Tutelas, a exceção prevista na alínea b), do número 5, do artigo
124.° do Decreto-Lei 25/2017, de 3 de março, dado que a entidade se encontra no seu terceiro
ano de atividade e num processo em que existem expectativas fundadas de aumento significativo
de atividade, a par do recente alargamento da sua atividade, nos termos aprovados pela
Comissão Europeia em novembro de 2016, do incremento acentuado das linhas de
financiamento já em operacionalização, bem como, da operacionalização de novos instrumentos
financeiros e de soluções de financiamento.
Para 2017, estima-se a concretização e intensificação das atividades já descritas, fruto da
necessidade de acompanhamento permanente das várias linhas de financiamento já em
execução e do lançamento dos novos produtos. Como é óbvio, a atual estrutura de recursos
humanos é manifestamente insuficiente para garantir a gestão e o controlo do processo, nos
termos a que uma instituição financeira está obrigada. O consequente alargamento do quadro
de pessoal, em conjunto com o natural incremento dos custos de funcionamento associados à
expansão da atividade corrente, justificam o aumento dos gastos operacionais.
Devido às causas já expostas acima, o Volume de Negócios da instituição é superior ao
inicialmente previsto o que, conjugado com a redução dos gastos, leva a um rácio de gastos/VN
bastante inferior ao que estava patente na versão anteriormente submetida do PA&O 2017.
Quadro 14- IPG - PRC
Var.
2017/2010Var. 2017/2016 Var. 2016/20152017 2015 20102016
PRC
valor % valor % valor %Previsão Execução Execução
209 740 332%1119 477 410%Gastos Administrativos 1 392 383 272 906 63166
125 965 443% 317 1%Deslocações/Estadas 28 140154 422 28 457
98 915 431% -611 -3%121 873 22 957 23 568Deslocações (valor)
928 20%32 549 5 500 4 572 27 049 492%Estadia (valor)
209 674% 5 19%240 31 26N.° noites
Ajudas de custo 0 0 0
17 655 112% 12 199 345%Comunicações 33 392 15 737 3 538
916 699 109% 95 870 13%Gastos com pessoais/indemnizações 1756 726 840 027 744157
2 036176 183% 305 611 38%Total (1) 3149 109 1 112933 807 323
2 596 017 195% 887 377 200%Volume Negócios (VN)* (2) 3 926 859 1 330 842 443 465
0 0% 0 0%Subsídios e Ind. Compensatórias (3) 0 0 0
0 -4% -1 -54%Peso dos Gastos/VN(1/2) 80% 84% 182%
*0 Volume de Negócios não deve incluir subsídios e indemnizações compensatórias. Dada a natureza de instituição financeira da IFD, foi considerado como VNo Roduto
Bancário.
36Plano de Atividades e Orçamento 2017 - revisão maio de 2017
*IFDíTstiwiçào financeiradeDesanvoMnwnto
De acordo com as instruções contidas no ofício 4373, de 10 de agosto, da DGTF, entende-se
que o crescimento da atividade da IFD resulta das orientações estabelecidas pelas Tutelas no
âmbito do disposto nos seus estatutos e demais legislação em vigor. Até à presente data a IFD
não teve qualquer orientação governamental estabelecida via contrato de gestão, contrato
programa ou contrato de prestação de serviço público.
Não obstante a redução suprarreferida, sem dúvida o indicador mais significativo quanto à
eficiência da organização, é evidente que o crescimento da atividade se tem de traduzir, nesta
primeira fase, num aumento absoluto dos gastos. Procuraremos, de seguida, dar uma explicação
mais detalhada para essa evolução.
A estimativa da rubrica de deslocações e estadas apresenta uma variação significativa face à
estimativa de 2016, devido aos seguintes pressupostos:
• Desde logo o facto, que não pode ser nem ignorado nem secundarizado, de a IFD ser
uma empresa de âmbito nacional, isto é, cuja atividade se mapeia por todo o território
nacional. As múltiplas deslocações que decorrem dessa natureza, tenderão a crescer
significativamente, nesta primeira fase, à medida que a atividade se for consolidando e
espraiando por todo o País (ver detalhe abaixo), conjugada com a manutenção das
atividades de divulgação e propedêutica financeira, essenciais para a generalização do
recurso aos IF. A isso acrescem os gastos decorrentes das deslocações associadas à
centralização política do País. Por fim, a IFD fará, cada vez mais, parte de uma rede
internacional de know-how e fontes de financiamento, nomeadamente no BEI e FEI, no
KfW e no ICO, o que implica deslocações frequentes ao estrangeiro, em especial
Luxemburgo, Bruxelas e Frankfurt.
• A operacionalização do FC&QC e do FD&G e necessidade de acompanhamento e
reporte das operações com as entidades financiadoras e os intermediários financeiros,
bem como, a proposta de abertura destes fundos a outras entidades financiadoras e
participantes;
• Previsão de criação e operacionalização de novos fundos;
• O alargamento da atividade da IFD às operações de on-lending e arrangement e
consequente necessidade de contactos com demais instituições financeiras e
instituições internacionais congéneres;
• A necessidade de contacto constante com as várias instituições governamentais;
Entende-se que os montantes previstos para esta rubrica constituem uma estimativa coerente
face à atividade atual e projetada (de cerca de 2,8 mil milhões de euros no terreno).
Os gastos com comunicações são significativamente influenciados pela previsão de aumento da
atividade que exige contactos muito mais frequentes com uma multiplicidade de agentes, desde
parceiros, clientes até à própria tutela.
37Plano de Atividades e Orçamento 2017- revisão maio de 2017
m\mimttnilçio FinanceiradeDesenvoMmento
No que concerne aos gastos com a frota automóvel, refletem igualmente os pressupostos
aprovados desde 2015, bem como o crescimento no quadro de pessoal, especificamente na área
operacional. Para cálculo dos gastos com a frota automóvel foram consideradas todas as
estimativas de despesas decorrentes quer da disponibilidade dos meios, quer da respetiva
utilização.
Presentemente, a IFD conta apenas com 2 viaturas para serviço externo (2 carrinhas Renault
Mégane), adquiridas em regime derenting. Em 2015, apesar de se encontrar aprovado em PA&O
2015 da IFD, a aquisição de 4 viaturas afetas à Comissão Executiva, entendeu-se adiar tal
aquisição numa ótica de racionalização de custos.
Desse modo, foi incluída no PA&O 2016 a aquisição em regime de renting de 4 viaturas de
serviço adstritas à Comissão Executiva, acrescendo às atuais 2 viaturas de serviço existentes.
Dado que não foi possível concretizar tal aquisição, entendeu-se, para 2017, voltar a incluir as
previsões de 2016, adaptadas à realidade verificada em maio de 2017. Assim, para 2017 estima-
se adquirir 4 viaturas de serviço adstritas à Comissão Executiva, o que está de acordo com o
entendimento emanado pela Deliberação Unânime por Escrito (DUE) de nomeação dos Órgãos
Sociais da IFD, de 23 de dezembro de 2014, despacho n° 2630/14- SEF, que atribui o valor
máximo de combustível afeto às viaturas de serviço da Comissão Executiva, de acordo com o
número 3, do artigo 33.° do Estatuto do Gestor Público. Entende-se que a assunção desta
remuneração à Comissão Executiva, pressupõe a necessidade de aquisição das referidas
viaturas, dado que o usufruto da respetiva remuneração não é passível de ser utilizado sem a
existência das mesmas. Até à presente data, a Comissão Executiva não aufere qualquer
rendimento de combustível, dado que não teve condições para adquirir as respetivas viaturas de
serviço. Parece-nos, ainda, racional a aquisição de 2 viaturas de serviço adicionais, dado o
aumento, atrás justificado, nas deslocações, essenciais para a atividade da IFD. Recorde-se que
se prevê o recrutamento de 8 técnicos para as áreas chave da IFD e associadas à atividade
operacional. Esses quadros técnicos são essenciais para o cumprimento das obrigações da IFD
em sede de acompanhamento e reporte dos projetos aprovados no âmbito da Gestão por
Mandato FEEI, em que se integra o FC&QC e o FD&G, e demais abertura desses fundos a outras
entidades participantes, bem como, para operacionalização e suporte às novas atividades,
nomeadamente, o alargamento ao on-lending e arrangement e a gestão do Fundo Capitalizar -Reestruturação e Crescimento e do FITEC. De acordo com os nossos cálculos, a não aquisição
das referidas duas viaturas traduzir-se-á em gastos correntes bastante mais elevados do que os
associados ao uso e renting das referidas viaturas. Salienta-se que a aquisição de viaturas
obedecerá a todos os procedimentos legais necessários, nomeadamente, nos termos do artigo
37.° do Decreto-Lei 25/2017, de 3 de março.
Plano de Atividades e Orçamento 2017- revisão maio de 2017 38
25IFDíc
8 ANEXOS
8.1 Parecer da Comissão de Auditoria
ffIFDComissão de Auditoria
Parecer sobre o Plano de Atividades e Orçamento para 2017 revisto em Maio
Por forma a dar cumprimento ao oficio n * 4373 da DGTF de 10 de Agosto de 2016,contendo as instruções de preenchimento dos instrumentos previslonals de gestão para2017, o senhor Presidente do Conselho de Administração da IFD solicitou à Comissão deAuditoria um parecer sobre o Plano de Atividades e Orçamento da IFD para 2017,
devidamente revisto na sequência de orientações recebidas do acionista e do parecer da
Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização (UTAM).
Sem prejuizo da posição desta Comissão quanta á obrigatoriedade de emissão do presente
parecer, já oportunamente expressa, por forma a dar resposta à solicitação do Presidentedo Conselho de Administração da IFD, a Comissão de Auditoria emite o presente parecer ao
abrigo da alínea F) do número 3 do artigo 21» dos estatutos da IFD.
O presente parecer incide sobre o plano de atividades, os pressupostos sobre as contasprevisionais e as respetivas projeções constantes no documento que consubstancia o Planade Atividades e Orçamento para 2017, aprovado em reunião da Comissão Executiva e em
reunião do Conselho de Administração a 15 de Maio último, depois de revisto na sequênciados procedimentos de aprovação das versões submetidas á tutela a 23 de Setembro e a 1deMarço, as quais estão devidamente explicadas no próprio documento.
Conta ademais com os despachos favoráveis do senhor Secretário de Estado Adjunto e do
Comércio e do senhor secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão relatlvamente àexceção prevista na alínea b), do número 5 do artigo 1245 do Decreto-Lei n» 25/2017, de 3de março, no que refere ás limitações impostas nos gastos com o pessoal, comunicações,
deslocações e estadas, bem como, número de veículos e gastos com a frota automóvel.Igualmente, a IFD obteve o despacho de aprovação pelas Tutelas, dos limites máximos dasdespesas a cobrar na qualidade de sociedade gestora do FC&QC, nos termos do artigo 11»
do Decreto-Lei 225/2D15, de 9 de Outubro e do FD&G, nos termos do artigo 11» do Decreto-
Lei 226/2015, de 9 de outubro, para o periodo de 2015 a 2020. Estas aprovações espelhamum cenário bem distinto ao de 2016 em que o PA&O nunca foi aprovado o que explica os
enormes desvios entre o planeado e o executado. Ainda assim, eventualmente beneficiariacom a inclusão de um cenário adverso, de manutenção ou agravamento doi
constrangimentos externos com que a IFD se vem defrontando.
Este parecer deve sempre ser lido em complemento ao parecer do ROC, emitido a 17 de
Maio, na medida em que, nos termos do artigo 20» dos estatutos da IFD, a fiscalização da
sociedade é feita pela Comissão de Auditoria e pelo ROC.
Os membros da Comissão de Auditoria acompanharam com preocupação todo o processo
de aprovação do Plano de Atividades e Orçamento desde que a sua versão inicial foisubmetida em 5etembro, a qual havia sido elaborada num contexto de grande indefiniçãoestratégica por parte do acionista, como o próprio processo acabou por demonstrar.PDSteriormentc, sofreu uma revisão em Janeiro, contemplando as recomendações da UTAM
presentes no relatório de análise recebido em 3 de Janeiro de 2017.
1
Plano de Atividades e Orçamento 2017- revisão maio de 2017 59
mifDfiÉfin
Hf IFD
Tal como todos os orçamentas e p ano: de atividades, o Plano de Atividades e Orçamento
para 2017 assenta num conjunto de pressupostos que, por natureza, poderão não se vir a
verificar Mas, no caso da IFD esses pressupostos, nomeadamente no que diz respeita à
disponibilização de meios humanos e materiais, assumem particular relevância por se
encontrar numa fase de significativo crescimento de atividade, incompatível com os
recursos de que dispõe neste momento.
No entender da Comissão de Auditoria o documento em apreciação prevê um ritmo de
Incremento da atividade, quer em Instrumentos financeiros já lançados ou em lançamento,quer em novos Instrumentos financeiros e extensão as operações de on lending e
orrongement. Estas últimas já aprovadas peia Comissão Europeia em Novembro de 2016 e
autorizadas peio Banco de Portugal, a 24 de Maio de 2017.
Consequentemente, o orçamento de receitas e despesas, bem como as respetivas
demonstrações financeiras, embora cumprindo com os princípios de boa gestão e com as
normas aplicáveis à Instituição, refletem a abordagem otimista seguida para o plano deatividades no pressuposto que os recursos necessários vão ser atempadamente colocados âdisposição da instituição.
De ressalvar que, sem prejuízo de algumas orientações emanadas pelas tutelas, a IFD
aguarda a definição de novos indicadores de gestão compatíveis com a realidade edesenvolvimento do projecto apresentado.
A Comissão de Auditoria considera, por isso, que o Plano de Atividades e Orçamento para
2017 encerra um risco operacional não negligenciável, mas um risco financeiro que não fazperigar o equilíbrio do seu balanço. Por outro lado, dada a natureza da atividade da IFD para
2017, o Plano de Atividades e Orçamento em apreciação tem um impacto esperado nulo, ounegligenciável, no equilíbrio das contas públicas e na execução orçamental.
Opinião
Apesar da grande incerteza quanto aos recursos internos e contexto institucional da IFD,
que constituem um risco operacional não negligenciável, mas não um correspondente risco
financeiro, a Comissão de Auditoria emite, nestes temos, o seu parecer favorável ao Planode Atividades e Orçamento revisto para 2017.
Porto, 24 de Maio de 2017
A Presidente da Comissão de Auditoria,
l
Altina Sebastián Gonzalez
2
60Plano de Atividades e Orçamento 2017-revisão maio de 2017