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BALLET E ORQUESTRA SINFÔNICA DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIROTemporada Outubro 2019
De Philip Glass Baseado no filme de Jean Cocteau
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
GovernadorWilson Witzel
Vice-GovernadorCláudio Castro
SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA DO RIO DE JANEIRO
Secretário de Estado de Cultura e Economia CriativaRuan Fernandes Lira
Subsecretário de Planejamento e GestãoRichard Rodrigues
Subsecretário de Projetos e InovaçãoFranklin Jorge Santos
FUNDAÇÃO TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
PresidenteAldo Mussi
Vice-presidente Ciro Pereira da Silva
Diretor ArtísticoAndré Heller-Lopes
De Philip Glass Baseado no filme de Jean Cocteau
Orphée Leonardo NeivaPrincesa Carla Caramujo** Eurydice Ludmilla BauerfeldtHeurtebise Giovanni TristacciCégeste Geilson Santos*Aglaonice Lara Cavalcanti*Juiz/Poeta Murilo NevesReporter/Glazier Ivan Jorgensen*Comissário/Policial Patrick Oliveira** solistas TMRJ | ** o soprano apresenta-se graças ao apoio do Instituto Camões e do Consulado de Portugal no Rio de Janeiro
Bailarinos Áurea Hämmerli, Francisco Timbó, Roberto Lima, Tereza Ubirajara, Mauro Sá,
Nina Rita Farah, Mônica Barbosa, Mateus Dutra, Deborah RibeiroEEDMO Michael William, Marcelo Soares, Romilton Santana
Direção Cênica Felipe Hirsch Direção de Arte Daniela Thomas e Felipe TassaraDireção de Movimento e Coreografia Priscila Albuquerque e Bruno FernandesIluminação Beto Bruel | Figurinos Marcelo Pies
Assistente de Direção Antônio Ventura
Assistente de Iluminação Paulo Ornellas
Assistente de Figurino Paulo BarbosaPianista e Maestro Interno Ramon Theobald
Pianista Juliana Coelho
Confecção de Figurino Acontecimentos Produções Artísticas | Cenotécnico Antônio LimaConfecção de Cenografia Camuflagem Cenografia
Ballet e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de JaneiroDireção Musical e Regência Priscila Bomfim
25, 26, 29 e 31/10 20h / 27/10 17h
O mito de Orfeu está ligado à própria gênese da ópera como espetáculo. Foi com o mito de Orfeu que ele veio a lume, em 1607, provavelmente na Sala dei Fiumi do Palazzo Du-cale di Mantova, quando o L'Orfeo de Claudio Monteverdi foi representado pela primeira vez. Foi com o mito de Or-feu que o gênero operístico conheceu sua primeira grande revolução, em 1762, com o Orfeo ed Euridice de Christoph Willibald Gluck. Entre Monteverdi e Gluck, cerca de trin-ta óperas em torno de Orfeu foram compostas. Ao todo, temos em torno de setenta óperas baseadas neste mito. É uma das histórias mais adaptadas, recontadas, parodia-das e atualizadas em todas as artes e, particularmente, no mundo da ópera.
E por que Orfeu? Como diz Joseph Kerman, “os mitos duradouros contém em si os problemas duradouros” e é possível ver, na figura do Bardo da Trácia, uma antevisão do compositor de ópera e seus “problemas peculiares”, especialmente o “problema da emoção e do seu controle, a concentração de sentimentos numa intensidade, comu-nicabilidade e forma que a ação da vida observa e a mor-te temporariamente respeita”, nas palavras luminosas de Kerman.
Esse Orfeu, esse modelo supremo, foi imitado e emulado por Jean Cocteau, que, em suas próprias palavras, infundiu “sangue novo no quadro antigo”. Este filme de 1950, que representa aquilo que o cinema francês tem de melhor, com sua peculiar mistura de classicismo, surrealismo e vaudeville, temperado por uma pitada de existencialismo beatnik, foi, por sua vez, emulado por Philip Glass em 1994, quase quatrocentos anos depois daquele Orfeu de Mântua, mito-fundador da ópera.
Do mito primitivo à gênese de uma forma, da ópera ao cine-ma e do cinema de volta à ópera: é nesta linhagem que a obra de Glass se insere. O Theatro Municipal aposta simultanea-mente na ousadia e na tradição, promovendo a estreia lati-no-americana de Orphée, ópera contemporânea feita com “música de estruturas repetitivas” – nas palavras do próprio Glass – mas que remete à uma tradição tão antiga quanto a própria ópera.
Estão todos convidados para esta viagem às raízes do mito e da ópera, via poética surrealista francesa e minimalismo nova-iorquino.
Aldo Mussi Presidente da Fundação Teatro Municipal
Abrigar a estreia na América Latina, no Theatro Municipal, da obra de um dos maiores expoentes em atividade da mú-sica de concerto mundial seria, por si só, motivo de grande orgulho para a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. Mas nosso contentamento com a première de Or-phée vai mais adiante: Philip Glass já se apresentou inúme-ras vezes no nosso país e com ele tem laços intensos, criati-vos e afetivos.
Uma dessas ligações pôde ser testemunhada, ainda no iní-cio do mês passado, no próprio palco do Theatro Munici-pal: o Grupo Corpo dançou Sete ou Oito Peças para um Bal-let, música de Glass com arranjos feitos pelo grupo mineiro Uakti.
O compositor norte-americano assinou diversas obras com temática brasileira, como o ballet orquestral Dias e Noites na Rocinha e a cantata sinfônica Itaipu, que, ao contrário do que muitos julgam, não é sobre a hidrelétrica de mesmo nome, mas se refere à lenda tupi-guarani da pedra que can-ta e pretende, no seu conjunto, exaltar a relação do indígena com a natureza.
Músico de vanguarda, que soube atrair enorme audiência popular, Philip Glass também deixou sua marca no cinema, com a trilha do filme experimental Koyaanisqatsi, dirigido por Godfrey Reggio. Ele também assinou trilhas que foram indicadas para o Oscar, dos filmes As Horas, Notas Sobre Um Escândalo e Kundun. Novamente, também encontra-mos uma parceria brasileira nesse campo: é de Glass a mú-sica do filme nacional Nosso Lar.
Morador do Rio de Janeiro por temporadas, nas décadas de 80 e 90, Glass não só afirmou em entrevistas que vinha para a nossa cidade para fugir do frio de Nova York em feve-reiro, mas que também gostava do povo e da nossa alegria de viver, que proporcionavam a ele um ambiente propício para a criação. Em Orphée temos, ainda, oportunidade de revisitar a obra de Jean Cocteau, um dos intelectuais mais influentes da França no século XX. Tenho certeza que a plateia fluminense saberá apreciar calorosamente a ópera Orphée, mais uma obra de Glass caracterizada pela inova-ção e singularidade artística.
Ruan Fernandes LiraSecretário de Estado de Cultura e Economia Criativa
A hipnose de Orphée
Ao longo de seus 110 anos de história, o Theatro Municipal foi palco de inúmeras estreias latino-americanas e outras tantas criações nacionais. Era uma tradição — uma honra — a que o Rio de Janeiro estava bem acostumado e que hoje renova-se, com a música de nosso tempo.
De fato, os teatros do Império, onde hoje é a Praça Tiraden-tes e suas cercanias, viram estrear um punhado de óperas importantíssimas. E se a quase estreia absoluta de Tristão e Isolda pela mãos de D. Pedro II é um pouco lenda, o não menos importante Ernani, de Verdi teve o Rio de Janei-ro como terceira cidade no mundo a escutar sua música. Composta em 1993, Orphée é uma ópera do nosso tempo, dotada de uma música verdadeiramente hipnótica; suas infinitas repetições demandando um mergulho profundo e completo neste universo sonoro. Estamos diante de uma obra que demanda uma verdadeira entrega tanto dos intér-pretes quanto dos ouvintes, assim como era séculos antes no período barroco.
E não menos contemporâneas são as questões levantadas por Jean Cocteau em seu filme de 1950, no qual baseia-se a ópera. Ali, discute-se a grosso modo o papel do artista face à sua própria criatividade e modernidade. E assim foi mi-nha jornada pessoal, quando em 2005 tive a oportunidade de trabalhar na montagem da Royal Opera House Covent Garden, de Londres; um processo de verdadeira descober-ta, marcado por 3 semanas de ensaios que demandavam toda concentração da equipe. Não menos surpreendente foi a reação eufórica do público da estreia. Foi ali que deci-di que um dia deveria trazer esta obra ao Brasil, ampliando a diversidade de cultura e apostando num repertório cria-tivo. Hoje, Orphée soma-se a uma temporada marcada por grandes protagonistas masculinos — Hoffmann, Fausto, Côndor e até mesmo Franz e o Dr Coppelius, ou o próprio Berlioz — num desenho dramatúrgico que propus para temporada 2019 do Theatro Municipal.
Mais importante ainda, a união de um elenco de excelentes vozes, verdadeiros “atores líricos” e a oportunidade de ver regressar à cena importantes figuras do Ballet do TMRJ. Finalmente, a possiblidade do maior teatro do Rio de Ja-neiro ser palco para uma grande variedade de estéticas, da beleza do mais clássico balé à teatralidade de vanguarda trazida por Daniela Thomas, Felipe Hirsch, Marcelo Pies, Felipe Tassara & Beto Bruel. Meu mais profundo agradeci-mento a estes artistas, assim como à Orquestra Sinfônica do TMRJ e sua Maestra Assistente, Priscila Bomfim, que mer-gulham e apostam nesta ópera do nosso tempo — e provam como esta é uma arte mais viva do que nunca!
Tenham um bom espetáculo!
André Heller-LopesDiretor Artístico da Fundação Teatro Municipal
GLASS E O MINIMALISMO
Na década de 1960 do século passado, um grupo de compositores norte-americanos, mais precisamente nova-iorquinos, reagiram contra o serialismo, na época obrigatório, considerando-o “didático e feio”. Recusaram a música atonal, aleatória e passaram a compor peças construídas com pequenas células melódicas que eram repetidas obsessivamente, quase sem desenvolvimento, mas que progrediam por modulações mínimas, quase imperceptíveis.
O decano dos compositores minimalistas foi Steve Reich. A princípio, seu uso do minimalismo era radical, mas rea-lizando que ele poderia gerar monotonia, passou a usá-lo harmônica e timbricamente de forma mais rica, afastando--se de se basear em músicas distantes da tradição ocidental e orientando-se em direção à harmonia e à orquestração ocidental. Sua obra mais conhecida e popular é a ópera The Cave (1989).
Mas o principal representante do minimalismo é PHILIP GLASS, um dos compositores americanos mais executados em todo o mundo, pois sua imensa obra é composta por pe-ças orquestrais, 12 sinfonias, 14 concertos, oito quartetos de cordas, cinco balés, 15 óperas, 14 peças de music thea-tre, 19 músicas incidentais para teatro, 47 trilhas sonoras para cinema e televisão, além de canções. Possui também um estúdio de gravações chamado Looking Glass. Glass desenvolveu um estilo de escrita próprio, facilmente iden-tificável, usando ritmos da música indiana e ingredientes melódicos e ritmos próprios da música popular americana. Glass descrevia a si próprio como “um compositor de mú-sica com estruturas repetitivas”.
Glass nasceu em 1937 em Baltimore, onde descobriu a mú-sica na loja de discos de seu pai. Começou a estudar violino aos seis anos, mas o trocou pela flauta aos oito. Aos dezeno-ve formou-se em Matemática e Filosofia na Universidade de Chicago, porém determinado a tornar-se compositor foi para a Juliard School, em Nova Iorque, e em Aspen com Darius Milhaud. Encontrando-se insatisfeito com grande parte do que era considerado como música moderna, mu-dou-se para Paris em 1965, onde estudou intensivamente harmonia e composição com a lendária pedagoga Nadia Boulanger (que também ensinou Aaron Copland, Virgil Thomson e Quincy Jones) e técnica da música indiana com o virtuoso citarista Ravi Shankar, razão de suas pesquisas musicais na Índia e no Himalaia, além do Norte da África. Retornou a Nova York em 1967 e formou o Philip Glass En-semble - sete músicos tocando teclados e uma variedade de instrumentos de sopro, amplificados e alimentados através de um mixer.
A reputação de Glass ampliou-se com sua participação na downtown scene, grupo de artistas contracorrente que, em suas várias formas de arte, se inspiravam no jazz, no rock, no rap, sem fronteiras entre o “culto” e o “popular”. Impor-tante foi sua participação no grupo de teatro experimental de sua primeira mulher JoAnne Akalaitis, época em que conheceu Robert Wilson, um dos mais ousados diretores teatrais daquela época. Os dois escreveram Einstein on the Beach, projeto de Wilson em seu “teatro de imagens” e cha-mado “ópera” pelo músico. Estreada no MET nova-iorqui-no, em 1976, lançou ambos para a fama.
A partir daí suas composições se destinaram, em boa par-te, para o teatro, entre elas duas óperas de grande sucesso até hoje: Satyagraha, de 1980, onde em três atos se conta a luta pacífica de Gandhi contra os colonizadores britânicos da Índia via um episódio na África do Sul e sua política ra-cista. A outra, Akhnaten (1984), fala do faraó que impôs o monoteísmo no Egito e foi derrotado pelos sacerdotes po-liteístas. Em ambas o enredo é de fácil compreensão e há uma tendência a uma escrita mais melódica da linha vocal.
Após estas três figuras que representavam a ciência, a po-lítica e a religião, Glass escreveu mais nove obras, algumas chamadas de “óperas” e outras de music theater, a prin-cipal sendo The Voyage sobre Colombo e a descoberta da América, estreada no MET em 1992. Depois desta se segui-ram mais nove e uma de grande repercussão: The Perfect American, sobre Walt Disney (Madri, 2013). Sua última é The Lost , de 2014.
Entre 1993-1996 Glass dedicou-se a uma trilogia, can-tada em francês, extraída de três filmes escritos e diri-gidos pelo escritor-cineasta Jean Cocteau. No primeiro, Orphée, musicou o roteiro do filme como libreto da ópera, escrito por ele em francês (1993). No segundo, La Belle et la Bête (1994), se projeta o filme onde Glass eli-minou a música original de Georges Auric substituindo-a pela sua. Os cantores na frente da tela cantam a história, reagindo com os atores do filme. O terceiro, Les Enfants Terribles (1996), uma ópera-balé, onde cantores e baila-rinos contam a história do filme, baseado num romance do próprio Cocteau.
Glass escreveu música para filmes premiados como The Hours e Kundun. Koyaanisqatsi, sua colaboração cinema-tográfica inicial com o cineasta Godfrey Reggio, talvez possa ser considerada a mais radical e influente combi-nação de som e imagem desde Fantasia. Suas associa-ções, pessoais e profissionais, com os principais artistas de rock, pop e world music datam da década de 1960. Colaborou com Twyla Tharp, Allen Ginsberg, Woody Allen, David Bowie, Paul Simon, Linda Ronstadt, Yo-Yo Ma e Doris Lessing, entre muitos outros.
Bruno Furlanetto
JEAN COCTEAU 1889-1963
Poeta, romancista, libretista, cineasta, designer, dramaturgo e encenador francês que começou a escrever aos dez anos de idade e aos dezesseis já publicava suas primeiras poesias. Aos 19 anos, publicou seu primeiro livro de poesias. Aliás, ele insistia que era fundamentalmente um poeta e que toda a sua obra era poesia.
Foi durante a Primeira Guerra que conheceu celebrida-des que o influenciaram, como o poeta Apollinaire, os pintores Picasso e Modigliani e o músico Erik Satie, com quem colaborou no balé Parade para os Ballets Russes de Sergei Diaghilev, que os lançou para a fama. A atmosfera de fermento criativo da época encorajou a vasta gama artística em que Cocteau, nos 43 anos seguintes, atuou. Sua enorme produtividade trouxe-lhe fama internacio-nal. Foram 23 livros de poesia, cinco romances, 17 peças de teatro (sendo Orphée, de 1926, a sua quarta), dois libretos para ópera e nove para o balé. Dirigiu cinco fil-mes (Orphée seu quinto, em 1950) e escreveu sete rotei-ros para longas-metragens e uma infinidade para curtas--metragens. Aliás, ele preferia ser roteirista, pois não queria criar uma reputação de diretor comercial.
A ópera de Glass, Orphée, foi encomendada pelo Ameri-can Repertory Theater e estreou em Cambridge (Massa-chusetts) em 14/05/1993. A ópera segue o simbolismo do texto de Cocteau em sua versão moderna do mito de Orfeu como uma parábola da vida de um artista. Assim o jovem Orfeu é um poeta já consagrado (Glass?). O chofer Heurtebise é a personificação de um anjo da guarda (ins-piração?). Os símbolos explicam as suas sugestões por si próprios.
Como a ópera é baseada num roteiro de filme, a nar-rativa tem uma dinâmica cinematográfica que a torna extremamente ágil, mas é construída de maneira tra-dicional. Não há, porém, árias, nem duetos ou cenas corais, mas sim "recitativos' ágeis, num ritmo de teatro falado". Não esqueçamos que Orphée tem como origem primeira uma peça teatral, a tragicomédia de Cocteau que Glass, com sua música, deu um tom mais amargo.
Bruno Furlanetto
ATO IOrfeu, um famoso poeta, conversa no “Café dos Poetas” com um poeta velho enquanto olha, invejosamente, um grupo de jovens que se aglomeram em torno de Cégeste, um novo e jovem poeta. Orfeu fica fascinado com sua protetora, a Princesa, mas o encanto é quebrado quando Cégeste, bêbado, começa uma briga, ocasionando a che-gada da polícia, que acaba com o tumulto. Cégeste con-segue fugir, mas, na rua, é atropelado por dois moto-ciclistas. A multidão, chocada, olha quando os motoci-clistas entram carregando o corpo sem vida de Cégeste. Quando a polícia tenta remover o corpo, a Princesa e seu chofer, Heurtebise, interveem, e os participantes se dis-persam. Ela se volta para Orfeu e pede-lhe que a acom-panhe enquanto eles transportam o corpo. Orfeu, em estado de choque, concorda, mas fica surpreso quando vê a Princesa aparentemente trazer Cégeste de volta à vida e o levar embora através de um espelho. Heurtebise retorna carregando um rádio que dá ao pasmado e con-fuso Orfeu, e que o acompanha até em casa.
Ali, a mulher de Orfeu, Eurídice, está preocupada esperando a volta do desaparecido Orfeu. Uma amiga, Aglaonice, espera com ela e com o Comissário de Polí-cia. Finalmente, chega Orfeu para alívio de Eurídice, o qual despede, rudemente, o Comissário e Aglaonice. Desatento e preocupado, Orfeu interrompe sua mulher quando ela tenta dizer-lhe que está grávida e se tranca no seu escritório com o rádio, deixando Eurídice com Heurtebise, o qual entrou discretamente e viu toda a cena. O tempo passa, Orfeu fica obcecado em ouvir pelo rádio mensagens misteriosas. Negligenciando Eurídice, ele trabalha febrilmente, transcrevendo as palavras, que ele interpreta como inspiração poética. Eurídice se volta para Heurtebise para consolo.
A morte e o desaparecimento de Cégeste continuam um mistério. Na delegacia, o velho poeta, amigo de Orfeu, junto com Aglaonice, acusa Orfeu de plagiar a obra do falecido Cégeste. O Comissário lembra-lhes que Orfeu é um poeta célebre, um tesouro nacional, e despede-os. Eles o ameaçam de fazer sua própria justiça.
Entretanto, Eurídice, desesperadamente infeliz, decide visitar Aglaonice. Quando está saindo ouve-se, outra vez, as motocicletas, e Heurtebise sai rápido para voltar, momentos mais tarde, com a moribunda Eurídice, que ele estende, com cuidado, sobre a cama.
Quando ele tenta dizer a Orfeu que sua mulher está mor-rendo, o poeta o ignora preferindo escrever. Finalmente Orfeu levanta os olhos de seu trabalho e Heuertebise lhe informa que sua mulher está, agora, morta. Se ele o quiser seguir, Orfeu poderá reclamar sua mulher à Princesa, que Heurtebise revela ser a Morte. Seguindo as instruções de Heurtebise, eles partem juntos através do espelho.
ATO IINo mundo subterrâneo, a Princesa está sendo julgada por um painel de juízes sem nome por ter tirado a vida de Eurídice sem “ordens”. Durante o estranho julgamento, Cégeste, a Princesa, Orfeu, Heuertebise e Eurídice, são interrogados e no interrogatório fica claro que a Princesa está amando Orfeu e que Heurtebise ama Eurídice. Os juízes se retiram para estudar o caso deixando Orfeu e a Princesa sozinhos. Orfeu confessa seu amor pela Princesa e jura se juntar a ela não interessando o que possa acontecer. Voltam os juízes e pronunciam a sentença: à Princesa é dada liberdade provisória e Eurídice pode voltar à vida com Orfeu com a condição dele nunca mais poder olhar para ela. Heuertebise, por sua própria sugestão, é designado para acompanhá-los. Eles voltam para casa, mas acham ser quase impossível obedecer à condição imposta. Para evitar Eurídice, Orfeu se refugia no seu escritório junto com o misterioso rádio, mas, eventualmente, seu olhar cai em sua mulher e ela desaparece, imediatamente, para o mundo subterrâneo.
Pouco depois, um grupo de irados jovens aparece e con-fronta Orfeu sobre a morte de Cégeste. Heurtebise dá a Orfeu uma pistola. Durante a confrontação Orfeu é atin-gido. Retornando ao mundo subterrâneo, Orfeu reúne-se com a Princesa, mas ela ordena Heuertebise a devolver, para sempre, a sua vida. Apesar de seus protestos ela é irredutível, explicando que "a morte de um poeta deve ser o sacrifício para torná-lo imortal".
Orfeu retorna através do espelho e reencontra Eurídice descansando. Conversam sobre o filho que estão espe-rando antes que Orfeu volte ao trabalho, aparentemente sem consciência de ter estado no mundo subterrâneo. A Princesa e Heurtebise são levados para seus terríveis jul-gamentos.
B.F.
RESUMO DA ÓPERA
Quando faço um filme, ele é um adormecer no qual estou sonhando. Somente as pessoas e os lugares do sonho importam. Tenho dificuldade em fazer contato com outras pessoas, como acontece quando estamos quase dormindo. Se alguém está dormindo e outra pessoa entra em seu quarto, essa outra pessoa não existe. Ele ou ela existe apenas se for introduzido nos eventos do sonho. Domingo não é um verdadeiro dia de descanso para mim, tento voltar a dormir o mais rápido possível.
O realismo na irrealidade é uma armadilha constante. As pessoas sempre podem me dizer que isto é possível ou que isto é impossível; mas o que sabemos sobre o funcio-namento do destino? Esse é o mecanismo misterioso que tentei tornar tangível. Por que a Morte de Orphée se veste desta ou daquela maneira? Por que ela viaja em um Rolls Royce e por que Heurtebise aparece e desaparece à vonta-de em algumas circunstâncias, mas se submete às leis hu-manas em outras? Este é o eterno "por que" que obceca os pensadores, de Pascal ao menor dos poetas.
Eu queria tocar levemente em problemas mais sérios, sem teorizações ociosas. Portanto, o filme é um thriller que, por um lado, lida com o mito, e por outro, com o sobrenatural.
Eu sempre gostei da terra de ninguém do crepúsculo, onde os mistérios florescem. Penso também que o cinema se adapta soberbamente a ela, desde que se aproveite o míni-mo daquilo que as pessoas chamam de sobrenatural. Quan-to mais você se aproxima de um mistério, mais importante é ser realista. Rádios em carros, mensagens codificadas, sinais de ondas curtas e cortes de energia são familiares a todos e me permitem manter os pés no chão.
Ninguém pode acreditar em um poeta famoso cujo nome foi inventado por um escritor. Eu tive que encontrar um bardo mítico, o bardo dos bardos, o Bardo da Trácia. E a história dele é tão fascinante que seria uma loucura pro-curar outra. Ela me fornece o pano de fundo no qual eu costuro. Não faço mais do que seguir a cadência de todas as fábulas que são modificadas ao longo dos tempos, de acordo com quem conta a história. Racine e Moliére fi-zeram melhor. Eles copiaram a antiguidade. Eu sempre aconselho as pessoas a copiar um modelo. É pela impos-sibilidade de fazer a mesma coisa duas vezes e pelo san-gue novo que é infundido no quadro antigo, que o poeta é julgado.
A Morte e Heurtebise de Orphée censuram Orphée por fa-zer perguntas. Querer compreender é uma obsessão pecu-liar da humanidade. Não há nada mais vulgar do que obras que se propõem a provar algo. Orphée, naturalmente, evita até a impressão de tentar provar alguma coisa. "O que você estava tentando dizer?" Esta é uma pergunta elegante. Eu estava tentando dizer o que disse. Todas as artes podem e devem esperar. Eles devem até mesmo esperar para viver depois da morte do artista. Apenas os ridículos orçamen-tos do cinema o forçam ao sucesso instantâneo, por isso se satisfaz em ser um mero entretenimento.
Com Orphée, decidi correr o risco de fazer um filme como se o cinema se permitisse o luxo de esperar - como se ele fosse a arte que deveria ser.
A beleza odeia idéias. Ela é suficiente para si mesma. Nossa era está ficando seca de idéias. É a filha dos Enciclopedis-tas. Mas não basta ter uma idéia: a idéia deve nos ter, nos assombrar, nos obcecar, tornar-se insuportável para nós.
Le Sang d'un poète foi inspirado na necessidade do poeta de passar por uma série de mortes e renascer em uma forma mais próxima do seu verdadeiro ser. Lá, o tema foi tocado com um único dedo, inevitavelmente, porque tive que in-ventar um ofício que eu não conhecia. Em Orphée eu or-questrei o tema e é por isso que, com um intervalo de vinte anos, os dois filmes estão relacionados.
Muitas vezes me perguntam sobre a figura do vendedor de vidro: ele é o único capaz de ilustrar o ditado de que não há nada tão difícil de quebrar quanto a rotina do trabalho, uma vez que, embora tenha morrido muito jovem, ele ainda per-siste em anunciar suas mercadorias em um lugar onde as vi-draças não fazem sentido.
Depois que o mecanismo foi acionado, todos tiveram que acompanhá-lo para que, na cena em que ele voltasse para a casa, Marais conseguisse ser cômico sem transgredir os limites do gosto e sem separar o lirismo da opereta.
O mesmo se aplica a François Périer*, cuja zombaria nun-ca se torna desagradável ou faz com que ele pareça estar se aproveitando de seus poderes sobrenaturais. Nada me parecia mais exigente do que o papel de Orphée, lutando contra as injustiças da juventude da literatura. Ele não me parece ter segredos que ele desvenda e que o enganam. Ele prova sua grandeza apenas através da grandeza do ator. Aqui, novamente, Marais ilumina o filme para mim com sua alma.
Entre os equívocos que foram escritos sobre Orphée, ainda vejo Heurtebise descrito como um anjo e a Princesa como Morte. No filme, não há Morte nem anjo. Não pode haver. Heurtebise é uma jovem Morte servindo em uma das nu-merosas subordens da Morte, e a Princesa não é mais Mor-te do que uma aeromoça é um anjo.
Eu nunca toco em dogmas. O lugar que eu descrevo é um limi-te, uma terra de ninguém onde se paira entre a vida e a morte. Quando Marais é elogiado por sua atuação em Orphée, ele res-ponde: "O filme interpreta meus papéis para mim".
Os três temas básicos de Orphée são:
1. As sucessivas mortes pelas quais um poeta deve passar antes que ele se seja, como naquele admirável verso de Mallarmé, lui-même enfin l'éternité le change** - transformado finalmente em si mesmo pela eternidade.
2. O tema da imortalidade: a pessoa que representa a Morte de Orphée se sacrifica e se anula para tornar o poeta imortal.
3. Espelhos: observamos-nos envelhecer em espelhos. Eles nos aproximam da morte.
Os outros temas são uma mistura de mitos órficos e mo-dernos: por exemplo, carros que falam (os receptores de rádio nos carros).
Orphée é um filme realista; ou, para ser mais preciso, ob-servando a distinção de Goethe entre realidade e verdade, um filme em que expresso uma verdade peculiar para mim. Se essa verdade não é a do espectador e se a sua personali-dade entra em conflito com a minha e a rejeita, ele me acu-sa de mentir. Estou mesmo surpreso de que tantos ainda possam ser penetrados pelas idéias dos outros, em um país conhecido por seu individualismo.
Embora parte do público seja indiferente, Orphée também encontra um público aberto ao meu sonho e que aceita adormecer para sonhar comigo (aceitando a lógica pela qual os sonhos operam, que é implacável, embora não seja governada por nossa lógica).
Falo apenas da mecânica, já que Orphée não é de todo um sonho em si: através de uma riqueza de detalhes semelhan-te a que encontramos nos sonhos, ele resume meu modo de viver e minha concepção de vida.
Jean CocteauExtraído de The Art of Cinema (1992)
Tradução Jayme Chaves
*Ator que interpretou Heurtebise no filme de Cocteau.
** Tel qu’en Lui-même enfin l’éternité le change: primeiro verso
do poema Le tombeau d’Edgar Poe, de Stéphane Mallarmé.
Literalmente: "tal como em si-mesmo enfim a eternidade o
transforma"
PHILIP GLASS NO MUNICIPAL DO RIO
A primeira vez em que a música de Philip Glass foi execu-tada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi em 1989, no espetáculo Mattogrosso, uma criação do diretor Gerald Thomas. A partitura, composta especialmente para a peça – que era chamada de “ópera”, apesar de não conter canto e assemelhar-se mais ao assim chamado teatro-dança – pro-vavelmente refletiu as impressões de Glass durante uma visita à usina hidrelétrica de Itaipu. Na época, a Orquestra Sinfônica de Atlanta havia encomendado uma nova obra, que viria a ser uma peça coral-sinfônica intitulada justa-mente Itaipu. Como está registrado nas notas da gravação pela Sony Classical, “Glass visitou o canteiro de obras da represa com seus amigos Gerald e Daniela Thomas em 1988. Viajando pelos imensos dutos e turbinas gigantes-cas, maravilhou-se com o ato de imaginação através do qual a humanidade estava transformando a natureza, um empreendimento comparável em ousadia e inventividade à construção das pirâmides egípcias. Ele soube imediata-mente que o trabalho coral-sinfônico para a comissão de Atlanta seria inspirado na represa de Itaipu: 'Eu olhei para ela e disse: encontrei!' ” O primeiro movimento de Itaipu chama-se “Mato Grosso”.
Anos depois, no fatídico 11 de setembro de 2001, o Philip Glass Ensemble esteve no TMRJ para executar ao vivo a nova trilha sonora que Glass havia composto para o clássi-co filme Drácula (1931), estrelado por Bela Lugosi e dirigi-do por Tod Browning. Podemos apenas imaginar o estado de espírito do conjunto novaiorquino em face da catástrofe e tendo que tocar música para o sinistro personagem.
Em 2004, o Ballet do Theatro Municipal apresentou o es-petáculo Tríptico, composto por três coreografias, sendo a terceira, “M.E.T.A.F.I.S.I.C.A.”, elaborada sobre o Concerto n°1 para violino e orquestra, executado pela OSTM e com o violinista Gustavo Menezes como solista. Finalmente, em 2011, o próprio Glass apresentou-se no Municipal com o violinista Tim Fain, ocasião em que foram executadas as peças Três estudos para piano, Metamorphosis, Partita para violino solo, Music from The Screens e Pendulum. O mesmo Tim Fain, um ano depois, voltou ao Municipal como solista do Concerto n°1 para violino e orquestra, acompanhado pela Orquestra Petrobras Sinfônica.
Jayme ChavesAgradecimentos à Fátima Cristina Gonçalves,
Chefe do Centro de Documentação, CEDOC/FTM
BETO BRUEL IluminaçãoIluminador, começou sua carreira nos anos 70 com o Grupo Margem, dirigido por Manoel Carlos Karam. Colaborou com Felipe Hirsch em mais de quarenta produções. Recebeu diversos prêmios, como a Medalha de Ouro no World Stage Desing e quatro vezes o Prêmio Shell. Trabalhou com Ademar Guerra, Enrique Diaz, Hector Babenco, Guilherme Weber, Paulo José, Aderbal Freire-Filho, Christiane Jatahy, Daniela Thomas, José Celso Martinez Correa.
MARCELO PIES FigurinoFigurinista de cinema, TV, teatro, ópera e balé. No tea-tro, fez Hamlet, Sonata de Outono, Tio Vânia e Macbeth com Aderbal Freire Filho, Os Sete Afluentes do Rio Ota com Monique Gardenberg, Hedda Gabler com Walter lima Jr, Sweet Charity, Despertar da Primavera e Gypsy com C. Moeller e C. Botelho e Tom e Vinicius com Da-niel Herz. Com Hair ganhou os prêmios Shell e ABCT. Em ópera fez Baile de Máscara com Aderbal Freire Filho e Tristão e Isolda com Gerald Thomas. Em dança e balé fez Lago dos Cisnes de Sandro Borelli e Hip Hop Loves the Beat of Music de Bruno Beltrão.
FELIPE HIRSCHDireção CênicaDiretor de teatro e cinema, um dos fundadores da Sutil Companhia (1993-2012). Trabalhou com grandes atores como Fernanda Montenegro, Paulo Autran, Paulo José, Renato Borghi, entre outros. Seu primeiro filme, Insolação, estreou no Festival de Veneza. Desde 2013, dirige o coletivo Ultralíricos, criado na Frankfurter Buchmesse com a tetralogia Puzzle, que foi seguida pelos trabalhos A Tragédia e Comédia Latino-Americana, Selvageria e FIM, apresentados no Brasil, Alemanha, Portugal, Chile e Argentina. Em 2017, Severina, seu segundo longa-metragem, estreou no Festival de Locarno.
DANIELA THOMASDireção de ArteCenógrafa, diretora de cinema e teatro, agraciada com os principais prêmios nacionais e internacionais em ceno-grafia, incluindo o APCA pelo conjunto da obra e o Triga de Ouro da Quadrienal de Cenografia de Praga. Foi um dos diretores da Abertura das Olimpíadas Rio 2016 e cenógrafa do espetáculo. Como cineasta, realizou os longas O Ban-quete, Vazante, que abriu a mostra Panorama do Festival de Berlim em 2017, Terra Estrangeira e Linha de Passe (co--dirigidos com Walter Salles). A parceria nos espetáculos dirigidos por Felipe Hirsch completou 18 anos em 2019.
FELIPE TASSARADireção de ArteArquiteto pela FAU/ USP, especializado em design de ex-posições, arquitetura cenográfica e direção de arte aplicada ao cinema e ao teatro. Criou a expografia do Museu do Fu-tebol (Estádio do Pacaembú) e de exposições com Brésil In-dien (Grand Palais, Paris); Picasso na Oca (acervo do Musée Picasso, Paris); China – Os Guerreiros de Xi’an e os Tesouros da Cidade Proibida; 50 anos de Arte Britânica na Tate (prê-mio APCA); 500 anos de Arte Russa (Prêmio APCA); De Pi-casso a Barceló (acervo Museu Reina Sofia, Madrid, no Mu-seu de Bellas Artes, Buenos Aires); Arte Espanhola do séc. XVIII e Esplendores da Espanha (acervo Museu do Prado); Brasil Profundo (Museu de Bellas Artes de Santiago, Chile) e Imagens do Inconsciente, Mostra do Redescobrimento. É autor dos cenários de espetáculos como Hell (Hector Ba-benco) e Rancor (Otavio Frias Filho). Criou a ambientação dos espaços públicos nas últimas 8 edições do São Paulo Fashion Week. Como diretor de arte participou da reali-zação de longa-metragens, como Brincando nos Campos do Senhor (Hector Babenco), curtas e média-metragens, e mais de uma centena de filmes publicitários.
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PRISCILA BOMFIMDireção Musical e RegênciaPianista e regente assistente da Orquestra Sinfônica no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi a primeira mu-lher a reger óperas nas temporadas do Theatro Municipal - Serse, de Händel, com elenco da Academia de Ópera Bidu Sayão (2016) e La Tragédie de Carmen, de Bizet/Constant (2017). Como assistente, regeu récitas das óperas Un Ballo in Maschera, de Verdi (2018) e Fausto, de Gounod (2019), além da ópera Os Contos de Hoffmann, de Offenbach (2019). Em 2018, dirigiu concertos com a Orquestra Sinfônica da Bahia, a Orquestra Académica Bomfim (Portugal) e a ópera de câmara Piedade, de João Guilherme Ripper, na Sala Ce-cília Meireles. As óperas Piedade e Serse foram espetáculos eleitos pela crítica entre destaques do ano na cidade do Rio de Janeiro, em 2016 e 2018. Também nesse ano, Priscila foi uma das seis regentes escolhidas internacionalmente para participar da 4ª Residência do Linda and Mitch Hart Ins-titute para Mulheres Regentes, promovida por The Dallas Opera (Texas/EUA). Em 2019, regeu também os concertos de lançamento da Orquestra Sinfônica de Mulheres do Rio de Janeiro, orquestra que marca a representatividade fe-minina no meio musical e artístico. Apresentou-se em con-certos à frente das Orquestras Sinfônica Nacional do Chile (Chile), Sinfônica Jovem de São Petersburgo (Rússia), Fi-larmônica de Minas Gerais (MG), Sinfônica de Santo An-dré (SP), Sinfônica Cesgranrio (RJ) e Järvi Academy Sinfo-nietta (Estônia), ao final de masterclasses com os maestros Leonid Grin, Alexander Polianychko, Fabio Mechetti, Abel Rocha, Isaac Karabtchevsky, Neeme Järvi e Paavo Järvi. Priscila iniciou seus estudos musicais em Portugal, onde nasceu. Na UFRJ, graduou-se em Piano com o título Suma cum lauda, em Regência Orquestral na classe do maestro Ernani Aguiar, e concluiu o seu Mestrado em Performance com uma relevante dissertação sobre Leitura à Primeira Vista ao Piano.
LEONARDO NEIvABarítonoNatural de Brasília estudou com Francisco Frias na Escola de Música de Brasília e UnB antes de aprimorar-se Itália com Rita Patané e Ernesto Paláci na Itália. Em 2013 obteve muito sucesso com musical Ça Ira do astro do rock Roger Waters. Dentre seus principais trabalhos estão Falstaff (Ford), na OSESP, Les pêcheurs de perles (Zurga), I Pagliac-ci (Silvio) e Thaïs (Athanael) no Teatro Municipal de San-tiago do Chile, ll Barbieri di Siviglia (Figaro) na estreia da Cia. Brasileira de Ópera, Wozzeck e Carmina Burana para o Teatro São Carlos de Lisboa, de Dialogues des Carmeli-tes (Marquis de La Force) e Tristan und Isolde (Kurwenal) e Hänsel und Gretel (Vater) no Festival Amazonas de Ope-ra, Ariadne auf Naxos (Musikleher), Götterdämmerung (Gunther). Participou, em 2013, da estreia brasileira de A midsummer night's dream de Britten, criado o papel de Bottom com grande sucesso. Recentemente, estreou na França na ópera Rienzi, de Wagner no Teatro Capitole de Toulouse, sob direção do veterano Jorge Lavelli, espetá-culo lançado internacionalmente em DVD pelo selo OPUS ARTE. Recentemente gravou junto a OSESP a Sinfonia Nº 10 -“Ameríndia” de Villa-Lobos sob regência de Isaac Kara-btchevsky. É especialista em Teatro Musical, ministra au-las de canto e interpretação no Sesi – Vila Leopoldina. Em 2018, foi protagonista no musical O Fantasma da Ópera.
CARLA CARAMUJOSopranoDiplomada pelas Guildhall School of Music and Drama de Londres e Royal Conservatoire of Scotland. Em ópera desstacam-se as suas interpretações de Contessa Folleville em Il viaggio a Reims, Clorinda em La cenerentola, Gilda em Rigoletto, D. Anna em Don Giovanni, Adele em Die Fle-dermaus, Lisette em La Rondine e Princesse em L’enfant et les Sortilèges de Ravel (Teatro Nacional de S. Carlos); Valetto em L’Incoronazione di Poppea (Traverse Theatre, Edimburgo); Violetta em La traviata (Festival de Sintra, Portugal); Adina em L’elisir d’Amore, Nena em Lo frate ‘nnamorato de Pergolesi e Herz em Der Schauspieldirek-tor de Mozart (CCB, Lisboa), Armida em Rinaldo de Hän-del (Festival Theater, Edimburgo); Rainha da Noite em Die Zauberflöte (Trinity theatre, Londres), Controller em Flight de J. Dove (Royal Th. Glasgow), Salomé na estreia de O sonho de Pedro Amaral (London Sinfonietta, Gulben-kian e The Place, Londres), Lady Sarashina de Peter Eötvös (Teatro S.Luiz, Lisboa), Iara em Onheama (Festival Terras sem Sombra, Portugal) e Domitila de J.G.Ripper (FIMU-PA, Festival Cistermúsica, Portugal). Foi solista em grandes obras de repertório coral-sinfónico em salas como: Heidel-berg Hall, Smetana Hall (Praga), Barbican (Londres), Ópera de Bologna, SODRE (Montevideu), Teatro San Martin (Cór-dova, Argentina), Theatro da Paz (Belém), e em vários fes-tivais internacionais. Trabalhou sob a direção de maestros e encenadores como Anne Teresa De Keersmaeker, Emilio Sagi, Paul Curran, Katharina Thalbach, André Heller-Lo-pes, Annilese Miskimmon, James Bonas, Antonio Pirolli, Julia Jones, Domenico Longo, Joana Carneiro, Tobias Volk-mann, José Miguel Esandi, Johannes Stert, Nicholas Krae-mer, Marc Tardue, Alexander Polyanichko, Pedro Carneiro, Nuno Coelho, Christian Curnyn, entre outros. Gravou para as etiquetas Naxos e Framart e ainda para a RTP. A sua gra-vação do Requiem Inês de Castro de Pedro Macedo Camacho integra a lista de nomeados ao Grammy 2019.
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GIOvANNI TRISTACCI TenorAclamado pelo público e crítica especializada, Giovanni Tristacci cantou vários papéis principais em todos os tea-tros importantes do país e vários da América Latina. Den-tre seus últimos sucessos destacam-se: Tamino (A Flauta Mágica) no Theatro Municipal de São Paulo, o papel título em Candide, de Bernstein, na Colômbia; Kudrjáš (Kátia Kabanová) no Theatro São Pedro (SP), Duque de Mân-tua (Rigoletto) no Palácio das Artes, Belo Horizonte. Suas participações em repertório sinfônico também incluem a Missa no. 1 (Schubert), O Messias (Händel), A Criação (Haydn) e a Nona Sinfonia (Beethoven) junto à sinfônicas importantes como a OSESP, Filarmônica de Luxemburgo e Orquestra Sinfônica da Bélgica. Estudou em consagradas escolas de música, como a Chapelle Musicale Reine Eli-zabeth (Bruxelas - Bélgica), Centro de perfeccionamento Placido Domingo (Valência - Espanha) e Conservatorio del Liceu (Barcelona – Espanha); além de ser bacharel em música pela UFRJ.
LUDMILLA BAUERFELDTSopranoNatural do Rio de Janeiro, formou-se atriz pela Escola Téc-nica de Teatro Martins Pena em 2005. No mesmo ano co-meçou a estudar Técnica vocal no Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro, sob a orientação do professor Sergio Lavor. Em 2008, foi admitida no curso de Bachare-lado em Canto pela UNIRIO na classe da professora Carol McDavit. Integrou a Academia de Aperfeiçoamento para Cantores Líricos do Teatro Alla Scala em Milão, Itália. No período de 2011 a 14 se apresentou em vários teatros da Eu-ropa e EUA, tais como: Teatro de Ópera de Avignon (Fran-ça), Fundação Theocharakis em Atenas (Grécia), Teatro Krisanke em Ljubliana (Eslovênia), Harris Theatre, Chi-cago e Strathmore Hall, Washington-DC (EUA). No Teatro Alla Scala, estreou na ópera Don Pasquale (Norina), de Do-nizetti em 2012, sob a regência de Enrique Mazzola e, na temporada 2013, estreou em La Scala di Seta (Giulia), de Rossini, sob a regência de Christophe Rousset. Retornou ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro como Norina na ópera Don Pasquale, de Donizetti, regência de Silvio Viegas e direção cênica de André Heller-Lopes. Em 2019, também no Municipal RJ, interpretou Antonia em Os Contos de Hoffmann.
LARA CAvALCANTIMezzo-sopranoLara Cavalcanti formou-se pela escola de música da UFRJ com diploma de dignidade acadêmica Magna cum laude e fez parte da Academia de ópera Bidu Sayão no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Atualmente cursa pós-gra-duação com ênfase em canto lírico. Dentre suas atuações no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, destacam-se, La Tragédie de Carmen (Carmen), Bodas de Fígaro (Marcelli-na), A menina das nuvens (Mãe), Dido and Aeneas (Dido), Cavalleria Rusticana (Lola), Faust (Siebel), Serse (Arsame-ne), La Cenerentola (Tisbe), João e Maria (João) e Salomé (Pajem de Herodias). Em outros teatros destaca, Cosi fan tutte (Dorabella), Die Zauberflöte (segunda dama – Wei-mar – Alemanha), O Mambembe encantado (Ana Beleza), Carmen (Mercedes), Tia Principessa (Suor Angelica). Foi solista também em obras como a Petite Messe Solennelle de Rossini, Te Deum de Bruckner e Les nuits d’été de Berlioz junto à Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Missa em Mib do Padre José Maurício Nunes Garcia junto à Orquestra Sinfônica Brasileira, Fantasia co-ral de Beethoven junto à FEMUSC, Matinas da Ressurrei-ção do Padre José Maurício e Vésperas do Sábado Santo de Manuel Dias de Oliveira junto à Associação de Canto Co-ral, Maria na cantata sacra Il pianto di Maria de Ferrandini junto a ORSEM. Foi premiada no concurso Maria Callas e no concurso de música de câmara Francisco Mignone. Re-cebeu junto ao espetáculo A modinha que não sai de moda o Troféu de reconhecimento na categoria advento cultural não governamental no Congresso da Sociedade de Cultura Latina (seção Brasil) no ano de 2016. Gravou como solista o Magnificat de João Guilherme Ripper, junto ao Coro Brasil Ensemble e Ladainha de Francisco Braga junto ao Coro de Câmara Sacra Vox.
GEILSON SANTOSTenorBacharel em canto pela Uni-Rio e Conservatório Brasi-leiro de Música do Rio de Janeiro. Formou-se no Conser-vatório de Música de Rouen/ França em 2013 em Licence d'interprète. No Theatro Municipal do RJ, interpretou o papel de Elvino, da ópera La Sonnambula, de Bellini, sob a regência do maestro Luiz Fernando Malheiro. Atuou no Festival de Opera em Manaus nas Operas Ça Ira de Rogers Waters e Ariadne auf Naxos de Strauss no papel de Tanz-meister sob regência do maestro Luiz Fernando Malheiro. Na Temporada do Theatro São Pedro em São Paulo atuou na Opera Porgy and Bess de Gershwin no papel do Sporting life, sob regência de Felipe Senna. Em 2014, participou das montagens no Theatro Municipal do RJ as obras Carmem de Bizet, sob regência do maestro Silvio Viegas e do maes-tro Isaac Kabtchevsky. Participou também das montagens de Billy Budd de Britten e Salomé de Strauss. Em 2019 can-tou a obra Les Nuits d’été de Hector Berlioz, como parte do balé Be-Marche, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com o Maestro Carlos Prazeres e participou da ópera Os contos de Hoffmann, também no TMRJ.
MURILO NEvESBaixoBacharel em Canto Lírico pela UFRJ, entre seus trabalhos estão Raimondo em Lucia di Lammermoor (Donizetti) no Festival Amazonas de Ópera, Colline em La Bohème (Puccini) no Theatro Municipal de São Paulo, Pistola em Falstaff (Verdi) no Teatro Solís em Montevideo e Peter Quince em A Midsummer Night’s Dream (Britten), no TMRJ e Parque Lage. Fez sua estreia profissional em 2000 com Die Dreigroschenoper (Brecht/Weill) no CCBB RJ. Estreou no TMRJ em 2002 como Comissario imperiale em Madama Butterfly (Puccini). Participou de diversas edições do Festival Amazonas de Ópera, em Carmen (Bizet), Un Ballo in Maschera (Verdi), Acis and Galathea (Haendel), A Raposinha Astuta (Janacek), Lulu (Berg), I Puritani (Bellini), Tannhäuser (Wagner), Florencia em el Amazonas (Catán), Kawah-Ijen (Ripper), entre outros. Ainda no Teatro Amazonas participou da primeira performance brasileira da obra Sinfonia de Luciano Berio.
IvAN JORGENSENTenorTenor carioca, integra o Coro do TMRJ. Com a OSB Ópera&Repertório, atuou em Il Re Pastore, Ariadne auf Naxos, Il Pirata, O Rapto do Serralho e The Rake's Progress. No Municipal, merecem destaque suas atuações como so-lista na Petite Messe Solenelle, Rigoletto, Madama Butterfly, Concerto de Comemoração aos 80 anos do Coro do TMRJ, Homenagem a Carlos Gomes, Norma e, ainda, em Billy Budd e Salomé, no papel de Narraboth. Em 2017 cantou Števa na aclamada montagem de Jenufa, de Janáček, e Don José em La tragédie de Carmen, ambos no Municipal do Rio, onde, em 2018, foi solista em Nona Sinfonia de Beethoven e Mis-sa da Coroação, de Mozart; e, em 2019, do concerto Trilogia Tudor, com o soprano Maria Pia Piscitelli.
PATRICk OLIvEIRABaixoBacharel em canto pela URFJ. Em 2013, com a OSB Ópe-ra e Repertório, interpretou Snug em Sonho de uma Noite de Verão de Benjamin Britten, no Parque Lage e no TMRJ, onde participou também da estreia brasileira de Billy Budd também de Britten, interpretando Arthur Jones. Em 2016 ingressou na Academia de Ópera Bidu Sayão do TMRJ, participando da ópera Serse de Händel, em que interpretou o personagem Ariodate e interpretou o Sargento na ópera La Bohème de Giacomo Puccini no TMRJ. Em 2019, parti-cipou de Os Contos de Hoffmann, também no TMRJ.
BRUNO FERNANDES
Direção de Movimento/CoreografiaPRISCILA ALBUQUERQUEDireção de Movimento/CoreografiaPrimeira Solista do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, formada pela Escola Estadual de Danças Maria Olenewa e Bacharela em Artes Cênicas pela Uni-Rio. In-gressou no Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro em 2000 e trabalhou com nomes como Natalia Makarova, Jean-Yves Lormeau, Márcia Haydée, Elizabeth Platel, Ri-chard Cragun, Tatiana Leskova. Atuou em grandes papéis como Myrtha, Fada Lilás, Gamzatti, Zobeide de Schehe-razade, A Bandida de Carmen, A Eleita de A Sagração da Primavera, como também em obras como: Age of Innocen-ce de Edward Liang, Serenade de Balanchine, Maple Leaf Rag de Martha Graham, Le Spectre de La Rose, Criação de Uwe Scholz , Romeu e Julieta de Cranko, Canções de R.Pederneiras, e Erosão de Luiz Fernando Bongiovanni. Como coreógrafa, foi convidada para a mostra Coreógra-fos Brasileiros; na temporada oficial do Ballet do Theatro Municipal RJ de 2006, compartilhando o programa com Henrique Rodovalho (Quasar Cia de Dança), João Salda-nha e Roseli Rodrigues (Grupo Raça Cia de Dança). No ano seguinte, coreografa e dança Alma Brasileira para o Gru-po de Dança D.C., direção de João Wlamir. Lecionou em 2012/2013 no projeto Teatro em comunidades da Uni-Rio associada à Redes de Desenvolvimento da Maré. Desde 2017 já assinou a direção de movimento de mais de 5 de pe-ças teatrais nos teatros do Rio de Janeiro.
PAULO BARBOSA Assistente de Figurino
ANTÔNIO vENTURA Assistente de Direção
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TORNE-SE AMIGO DO THEATRO MUNICIPAL
ASSOCIAçãO DOS AMIGOS DO TEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
PRESIDENTE Gustavo Martins de Almeida
ASSOCIADOS BENEMéRITOSJoão Pedro Gouvêa Vieira (IN MEMORIAN), Wagner Victer
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FUNDAçãO TEATRO MUNICIPALDO RIO DE JANEIRO
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Sant’anna (encarregado), Antônio Figueiredo, Antônio da Silva,
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Garcia**, Cláudio Lucio**, Elias da Silva**, Robson Almeida**,
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Brito, Igor Scoralick, Paulo Ignácio, Ricardo Brito, Vitor
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Pinto, Elias dos Santos | CORTINA E ESTOFAMENTO Nilson
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Botelho (Chefe de Divisão), Valeria Sampaio (Chefe de
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Braga | Portaria Adilson dos Santos (Encarregado), Mario
Torres, Zulena Gomes da Cunha, Claudia Abreu | RECEPçÃO
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Carvalho, Paulo Couto, Pedro Oliveira, Rayane Araújo, Ronan
Souza, Robson de Mello, Wellington Aquino, Rafael Mazzini,
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Os funcionários do Theatro Municipal RJ estudam inglês na Cultura
Inglesa, francês na Aliança Francesa e espanhol no Instituto Brasil-
Argentina.Lic
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ORQUESTRA SINFÔNICA DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
MAESTRO TITULAR Ira Levin
MAESTRINA ASSISTENTE Priscila Bomfim
PRIMEIROS VIOLINOS Ricardo Amado (spalla), Gustavo Mene-
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Pareschi, Erasmo Carlos F. Junior, Angelo Dell’ Orto, Ayran Nico-
demo, Fernando Matta, Suray Soren, William Doyle, Ivan Schein-
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VIOLINOS Marluce Ferreira, Marcio Sanches, Ricardo Menezes,
Camila Bastos Ebendinger, Pedro Mibielli, Tamara Barquette,
Oswaldo Luiz de Carvalho, Thiago Lopes Teixeira, Flávio Gomes,
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Léo Ortiz | VIOLAS José Volker Taboada, Daniel Albuquerque,
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Pereira, Carlos Eduardo Santos** | VIOLONCELOS Marcelo Sal-
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Silva Ferreira | FAGOTE/CONTRAFAGOTE Márcio Zen, Ariane
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Viana | TROMBONES Adriano Garcia, Gilmar Ferreira | TROM-
BONE BAIxO Gilberto da Conceição Oliveira, Leandro Dantas
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BALLETDO THEATRO MUNICIPALDO RIO DE JANEIRO
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Fil ipe Moreira, Francisco Timbó, Paulo Rodrigues*** | PRIMEIROS SOLISTAS Deborah Ribeiro, Fernanda Martiny,
Juliana Valadão, Priscila Albuquerque, Priscilla Mota*, Renata
Tubarão. Alef Albert, Edifranc Alves*, Joseny Coutinho,
Rodrigo Negri | SEGUNDOS SOLISTAS Carla Carolina, Melissa
Oliveira, Rachel Ribeiro, Vanessa Pedro, Viviane Barreto.
Anderson Dionísio, Carlos Cabral, Ivan Franco, Paulo Ricardo,
Santiago Júnior, Wellington Gomes | BAILARINOS Adriana
Duarte*, Ana Luiza Teixeira*, Bianca Lyne, Flávia Carlos, Inês
Pedrosa*, Isabel Torres, Karen Mesquita*, Karin Schlotterbeck,
Marcella Gil, Márcia Antunes, Márcia Jaqueline*, Marjorie
Morrison, Mônica Barbosa, Nina Farah*, Paula Mendes*, Paula
Passos*, Regina Ribeiro, Rita Martins, Sandra Queiroz, Sueli
Fernandes*, Tereza Cristina Ubirajara. Bruno Fernandes, João
Wlamir*, Mateus Dutra, Mauro Sá Earp, Moacir Emanoel*,
Murilo Gabriel*, Roberto Lima, Saulo Finelon, Sérgio Martins
| ASSISTENTE ADMINISTRATIVO Margheritta Tostes, Zeni
Saramago | ASSISTENTES ARTÍSTICOS Margarida Mathews*,
Lourdes Braga* | PIANISTAS Gelton Galvão, Gladys Rodrigues,
Itajara Dias, Valdemar Gonçalves, Mariza Tortori Seixas*** | COREÓLOGA Cristina Cabral | PRODUçÃO Ana Quevedo,
Élida Brum, Inês Schlobach*, Irene Orazem, Shirley Pereira
| PESQUISA E DIVULGAçÃO Elisa Baeta | ASSISTENTE
DE CENOGRAFIA Renê Salazar | MÉDICO Danny Dalfeor | FISIOTERAPEUTA Roberta Lomenha | BAILARINOS CEDIDOS
Ana Paula Siciliano, Barbara Lima, Cristina Costa, Hélio Bejani,
João Carvalho, Karina Dias, Laura Prochet, Márcia Faggioni,
Paulo Ernani, Renata Gouveia, Rosinha Pulitini, Sabrina German
Agradecimento
Hervé Éric Lagaert, professor de francês dos solistas
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RIN
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Apoio
Patrocínio Ouro
Realização
Theatro Municipal do Rio de JaneiroPraça Floriano, s/nº Cinelândia Rio de JaneiroTeatro B: Av. Almirante Barroso, 14-16, Tel 2332-9191 / 2332-9134 Bilheteria 10h às 18h (em dia de espetáculo até o horário da apresentação)ingresso.com 4003 2330
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