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de reto coração e que produzem muitos frutos, · testemunho verdadeiro que revele o rosto de Jesus de Nazaré, sintamo-nos encorajadas pela Palavra de Deus que tem o poder de modelar

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Editorial............................................................................................................................03

Palavra da Provincial........................................................................................................04

Espiritualidade

O Senhor nos alcançou.....................................................................................................06

A espiritualidade à luz de Maria e de São Bento..............................................................08

A oração do Ângelus.........................................................................................................10

Formação

Apirantado........................................................................................................................11

Juniorato...........................................................................................................................13

Fique por dentro

Encerramento do curso Ad Gentes...................................................................................15

Profissão Perpétua...........................................................................................................18

Retiro Espiritual................................................................................................................18

Liturgia

Maria Schiapparoli: uma mulher além de seu tempo......................................................22

Formação Permanente.....................................................................................................23

Família Espiritual

Oblatos em Minas Gerais..................................................................................................25

Oblatos no Espírito Santo.................................................................................................30

Serviço de Animação Vocacional

Na contra mão do óbvio...................................................................................................31

Missão Vocacional............................................................................................................33

Poetizando........................................................................................................................36

Últimas Notícias................................................................................................................38

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“Felizes os que observam a palavra do Senhor de reto coração e que produzem muitos frutos,

até o fim perseverante!”

Como estamos vivenciando, o ano percorre os trilhos da vida em velocidade constante. Já

estamos à frente da metade do segundo semestre. E quantos sinais da Providência de Deus

podemos perceber ao longo desses meses.

Nosso Informando, neste fim de trimestre partilha

momentos especiais de nossa Província e nos leva a

refletir sobre a essencialidade de nossa consagração.

As vivências de nossas Irmãs e Oblatos, bem como de

nossas formandas ressaltam o sentido de cooperação e

entusiasmo. E uma disponibilidade forte que vence as

muitas horas de trabalho.

São relatos de esperança e expectativas, voltados à busca de fazer a vontade de Deus. E não é à

toa! Nestes três meses passamos por comemorações profundas e de grande importância para

nós, em destaque para a solenidade da Assunção de Nossa Senhora, intensificando ainda mais o

ano da Vida Consagrada. Acontecimentos que não podem ser esquecidos, já que sendo sinais nos

provocam sempre a mudança, a termos uma vida de qualidade.

Prestemos devida atenção às partilhas de nosso Informando. Deus se faz presente e se revela. E

ainda nos diz em sua palavra: “busquemos tenazmente tudo o que contribui para a paz e a

edificação de uns pelos outros”

Boa leitura!

Equipe do Informando

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Queridas Irmãs,

Neste Ano da Vida Religiosa Consagrada, a Igreja nos

proporciona muitas alegrias e Deus tem nos agraciado com

copiosas graças à missão.

À semelhança da Samaritana, reconhecemos em Jesus o

Mestre que nos conhece profundamente e tem a água viva que

pode saciar a nossa sede. Assim como a Samaritana, a Vida Religiosa Consagrada, na Igreja e no

mundo, tem a grande missão de ser “Sinal” do Reino de Deus. Ser profecia da vida celeste que

passa pela construção de uma sociedade igualitária na partilha dos bens terrenos, na educação

para todos, nos valores morais e cristãos respeitados, nos sonhos e esperanças alimentadas no

rosto de cada pessoa. Pois seguir a Jesus é o mais fascinante projeto de vida, quando assumido

com amor sincero, perseverança fiel e caridade prestativa.

Chamadas a apontar caminhos de vida e rumos novos diante da juventude que clama por

testemunho verdadeiro que revele o rosto de Jesus de Nazaré, sintamo-nos encorajadas pela

Palavra de Deus que tem o poder de modelar a nossa vida e nos transforma em instrumentos de

sua Providência.

Irmãs, muitos acontecimentos nos surpreendem, porém, encontramos na Palavra de Deus o

consolo e a inspiração para o seguimento a Ele. Cremos que Jesus caminha conosco, aquece o

nosso coração e nos convida, por Sua Palavra, a viver a radicalidade do seguimento com

disponibilidade, audácia, alegria e nos faz caminhar esperançosas, porque Ele é quem se revela e

parte o pão para nós.

O convite de Jesus –DESPERTA e CAMINHA – deve ressoar em

nossos corações o desejo de enfrentar desafios, superar

obstáculos e deixar abrasar os nossos corações para que as

chamas da profecia da Vida Religiosa Consagrada tragam

novos caminhos para os destinatários de nossa missão, ou seja:

as crianças principalmente as mais necessitadas, os jovens desnorteados, os idosos

desesperançosos.

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Os documentos da Igreja, particularmente o “Alegrai-vos e o Perscrutai”, ambos são convites

para reconhecer a presença de Deus na história humana e particularmente na vida religiosa,

mas, não esqueçamos onde a vida nas mais diferentes formas, grita por socorro. Com coragem,

“dizei às pessoas deprimidas: criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus que vem, é ele

que vem para vos salvar” Is 35, 4.

A Palavra de Deus é desconcertante quando nos desinstala do nosso egoísmo operante, do

comodismo pluralista e das exigências sem misericórdia. Novamente devemos voltar o nosso

coração para Ele e com toda confiança suplicar a sua graça já que em nós habitam as condições

para a atuação da sua ação providencial. O bem é somente de Deus. “O apóstolo Paulo atesta”:

...De fato, eu sei que o bem não mora em mim,

isto é, na minha carne. “Pois há em mim o desejo

do bem, mas não a capacidade de fazê-lo.” Rm 7,

18. Sua Palavra de Vida é capaz de ecoar em

nossos corações, retinir nossos ouvidos e romper

as camadas mais profundas do nosso ser,

provocando-nos a buscar uma maior identificação

com Jesus de Nazaré, através do seguimento alegre,

generoso e serviçal.

Creiamos com determinação que Deus caminha conosco e por meio de nós, ainda que

insignificantes servas, Ele opera as suas maravilhas e faz o seu Reino acontecer em nosso meio,

seus filhos e filhas.

“Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos.” Sl 32, 22.

Só Deus tem o poder de quebrar as nossas inúmeras resistências que nos separam dele e entre

nós. Descubramos a largueza do coração de Deus e a sabedoria que o invade. Vivamos com

alegria a nossa consagração e a missão como forma de expressão do nosso amor Àquele que nos

chamou. O Papa Francisco é incisivo ao falar do testemunho da Vida Religiosa. Ele afirma: “não

temos o coração ácido, mas, terno para comunicar a alegria do seguimento a Jesus.” Boa leitura

e reflexão destes artigos que compõem este Informando. Bom proveito!

Irmã Ana M. Gomes da Costa

Superiora provincial

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Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi (...) (Jo 15,16)

Independentemente de ideologia ou religião, as pessoas, a cada década, dizem frases que

buscam naufragar a esperança vinda com a salvação nascida na cruz: “isso vai de mal a pior”, “o

mundo precisa acabar”, “Deus se esqueceu de nós”, entre outras assertivas que fazem emergir a

cegueira humana. Apesar de tanto horizonte nublado, floresce uma âncora através da qual o

Reino pode perpassar todo esse maremoto: a Vida Consagrada Religiosa.

E como consagrada a Deus, percebo o quanto essa missão tem se tornado, desde o primeiro dia

do chamado, o ar que eu respiro. Para ser criatura ou filha de Deus, basta estar viva, mas

acolher, de modo exemplar e completo a vocação que Ele nos trouxe, é prova de que a cruz de

Cristo foi talhada em nossos corações, nosso entendimento e nossa alma.

Tal marca faz de nós pessoas capazes de edificar a casa sobre a rocha, não para que fique no alto,

mas para ter condições de trazer os irmãos, através dos

exemplos de fé, por caminhos menos

espinhosos e duradouros. Ser “sal da terra” e “luz

do mundo”, como se sabe, é tarefa árdua, dada a

nossa condição humana, que muitas vezes se

abate ou se ilude com o que menos importa. Mas

Deus, sabendo disso, dá- nos a graça de viver,

refazendo, através de nossa espiritualidade

diária, o caminho que escolhemos.

A alegria de servir não é menor que o desejo de divulgar as maravilhas dadas, graciosamente por

Deus a cada um de nós. E quando falo em divulgar tais maravilhas, não me refiro, somente, à

palavra que chega pelos ouvidos, mas àquela que brota, principalmente, em nosso íntimo,

levando-nos ao encontro de nossos votos — pobreza, obediência e castidade, os quais fazem

surgir uma sequência de frutos rejuvenescedores de nossa fé: a perseverança, a humildade, o

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despojamento, sobretudo por vivermos no século da tecnologia, das grandes listas, dos tapetes

vermelhos estendidos para a soberba, a vaidade, a inveja, entre tantas outras distrações pelas

estradas de nossa escolha.

Bebendo na fonte viva de Jesus Cristo, conseguimos dissipar todo o nevoeiro que por vezes se

abate em nosso meio. Como poderemos ajudar um irmão de comunidade, um leigo em crise,

uma pessoa carente se em nós a riqueza divina se faz, também, pedinte? Reconhecendo nossas

fraquezas e buscando sobrepô-las, somos capazes de nos fortalecer pela oração — não apenas a

pessoal, mas aquela feita pelos membros de nossas Comunidades e a de todos os que nos

querem bem — e pela comunhão — bem maior recebido por quem se consagra a Deus.

O Santo Padre, em sua Carta Apostólica às Pessoas Consagradas, apresenta-nos os objetivos da

vida consagrada, a saber:

1. Olhar com gratidão o passado, para que

repassemos a própria história, visto que ela é

“uma forma também para se tomar

consciência de como foi vivido o carisma ao

longo da história, que criatividade

desencadeou, que dificuldades teve de

enfrentar e como foram superadas. E segue,

mostrando que “Narrar a própria história é louvar

a Deus e agradecer-Lhe por todos os seus dons”.

2. Viver com paixão o presente, para que nos tornemos “peritos em comunhão”, “testemunhas e

artífices daquele “projeto de comunhão” que está no vértice da história do homem segundo

Deus” (Religiosos e promoção humana, agosto de 1980).

3. Abraçar com esperança o futuro, para que não desanimemos diante da diminuição de

vocações, da velhice, das crises sociais contemporâneas, da marginalização e da irrelevância

social. E acrescento: a esperança de que os povos entender-se-ão e respeitarão, uns aos outros,

para que massacres contra cristãos passem ao capítulo de um passado que não se repetirá.

Com toda a alegria de que é porta-voz, o Papa Francisco exemplifica, cotidianamente, ao mundo

todo, que a alegria de servir ao Senhor é mais poderosa do que qualquer outro sentimento

suscitado em nossos corações.

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Que a jovialidade, a coragem, o forte propósito de comunhão com Deus sejam nosso leme nessa

linda e abençoada missão para que, ao olhar para trás, quando formos entregar nossas almas a

Deus, possamos ver que os talentos que Ele nos deu não foram enterrados, mas multiplicados e

concretizados em doces e santos frutos, levando-nos a perceber, humildemente, como São Paulo

Apóstolo, que também nós combatemos o bom combate, guardando a fé e praticando, até nosso

último suspiro, a caridade.

Irmã Salute Francisco Bett

Guardai-me, ó Deus, porque é em Vós que procuro refúgio.

Digo a Deus: Sois o meu Senhor, fora de vós não há felicidade para mim. (Salmo 15)

Viver em Comunidade para a Irmã Beneditina da Divina Providência

implica servir com alegria, em estado da graça divina, sempre

disponível para comprometer-se por amor a Deus,

independentemente da época ou das dificuldades, que certamente

não serão maiores do que aquelas enfrentadas e vencidas por

nossas fundadoras.

E o grande ponto de partida é a espiritualidade que devemos trazer

em nós, tão essencial como o ar ou o alimento para o corpo. Sem

ela, nada somos, nada podemos, nada vencemos. Desconheço

quem tenha conseguido servir, verdadeiramente a Deus ou quem

tenha encontrado a santidade ignorando ou subestimando uma vida

devotada à espiritualidade, que não tenha dividido seus dias entre a Palavra de Deus e o fiel

cumprimento dela.

Dessa forma, experimentar e traçar o caminho da espiritualidade se torna mais definido. Sempre

bebendo na fonte de nosso Pai São Bento, postamo-nos, com Oração, Trabalho e Humildade,

tendo como o exemplo perfeito Maria, a Serva do Senhor, aquela que sabia desde a chegada do

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Anjo Gabriel, que viveria a santidade e que, serena e alegremente, contemplou a graça divina

porque sua aceitação foi muito mais forte do que todas as dores e sofrimentos que ela conheceu,

sobretudo com a Paixão e Morte de Jesus.

Muitas vezes, em silêncio,Maria nos acena, indicando como é doce servir a Deus pela estrada da

vida. Entretanto, se nosso olhar estiver embaçado com pequenas diferenças humanas, com

saberes fúteis e vãos, perderemos a chance de segui-la e de aprender com ela, mesmo que ao

nosso redor tudo conspire para o bem.

No barco de nossa vida, frente a mares tempestuosos e desconhecidos, a Fé e a Esperança nos

levam a buscar sempre mais e mais o Amor do Pai, entregando-nos, pelo Trabalho, a uma Oração

incessante em prol dos menos favorecidos. Se as

ações cristãs nos fazem caminhar para frente,

nossa Espiritualidade eleva-nos a seres humanos

e nos aproxima do Pai.

Toda a fragilidade do ser humano se rende a uma

vida em uníssono com as bênçãos de Deus. Viver

os votos é consequência de uma escolha de

coração aberto, livre das amarras do mundo para

o qual trabalharemos em nome do Reino. Eles são

feitos e renovados dia a dia, nutridos pela Espiritualidade nascida com nosso Pai, São Bento. A

escolha de servir, de postar-se incessantemente humilde, a despeito de um mundo tão

cibernético, tão vaidoso, tão fugaz nos leva assegurar, fortemente, na Graça Divina para assim

vencer os percalços e fraquezas.

O exemplo converte porque se fundamenta na coerência de uma vida que respira o Amor Divino,

busca as sementes da Fé e cultiva os frutos da Caridade. Todavia, não adianta termos em mãos

as boas sementes, o solo fértil, se nosso coração e nossa fé constituírem uma semeadora de

fraca vontade, pouco disponível e egoísta a ponto de enterrar, através da displicência, os

talentos que no dia de nossos votos levamos, diante dos irmãos, ao altar para oferecer a Deus.

Que as Servas de Deus, Maria e Giustina Schiapparoli, São Bento e a Divina Providência nos

orientem, noite e dia, para que nossa missão seja uma trilha aberta para quem nos seguir.

Irmã Salute Francisco Bett

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Uma singela e riquíssima tradição de contemplação do Mistério da Encarnação confiado ao Sim

generoso de Maria Virgem

O Ângelus é uma oração da Igreja que honra a Encarnação do Salvador e, ao mesmo tempo,

reconhece os méritos de fé e humildade da Virgem Maria: ela disse Sim a Deus quando o Anjo

Gabriel (o próprio “Ângelus“, ou Anjo, que dá nome à oração) lhe anunciou que Deus a convidava

para ser a Mãe de Jesus.

O Sim de Maria dá cumprimento ao anúncio dos profetas: “Uma Virgem conceberá e dará à luz o

Salvador“. É um dos momentos cruciais da História da Salvação, porque marca o início da

Redenção com a Encarnação de Cristo, celebrada pela Igreja no dia 25 de março, nove meses

antes do Natal.

A composição da oração do Ângelus é atribuída ao beato papa Urbano II (pontífice de 1088 a

1099). Já a tradição de rezá-la três vezes ao dia foi iniciada pelo rei Luis XI, da França, em 1472.

Reza-se o Ângelus, tradicionalmente, às 6 horas, ao meio-dia e às 18 horas. Muitas localidades

preservam o costume de tocar os sinos das igrejas para destacar a popularmente chamada “hora

da Ave-Maria“.

O Ângelus é composto por três invocações, cada uma com a sua devida resposta, e as três juntas

descrevem o mistério da Encarnação do Filho de Deus. As invocações são acompanhadas de uma

jaculatória, uma breve oração e três

Glórias.

COMO SE REZA O ÂNGELUS:

Guia: O Anjo do Senhor anunciou a

Maria.

Todos: E Ela concebeu do Espírito Santo.

Ave Maria...

Guia: Eis aqui a escrava do Senhor.

Todos: Faça-se em mim segundo a vossa palavra.

Ave Maria…

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Guia: E o Verbo se fez carne.

Todos: E habitou entre nós.

Ave Maria…

Guia: Rogai por nós, Santa Mãe de Deus!

Todos: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Guia: Oremos. Derramai, ó Deus, a Vossa graça em nossos corações, para que, conhecendo pela

mensagem do anjo a encarnação do vosso Filho, cheguemos, por Sua Paixão e Cruz, à glória da

Ressurreição. Por Cristo, nosso Senhor.

Todos: Amém

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

(Repete-se o Glória mais duas vezes)

(Fonte – Aleteia) - Colaboração: Irmã Maria Della Giustina

“Toda vocação exige sempre um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo

e no seu Evangelho” (Papa Francisco)

Queridas Irmãs e oblatos,

Nos dias 1 a 3 de setembro, nós participamos do nosso 2º Aspirínter na CRB/SP, cujo tema foi:

Fundamentos da Vida Religiosa Consagrada, assessorado pelo Irmão Augusto César da

Congregação dos Irmãos do Sagrado Coração.

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Foram abordados assuntos como: A vivência radical do Batismo; Quem crê em Jesus assume a

missão d’Ele; A História da Vida Religiosa presente na História da Igreja; É preciso perder para

ganhar; Vida Comunitária; Crise na Vida Religiosa; A importância do silêncio, da fé e de aceitar os

nossos sentimentos.

Compreendemos melhor que é feliz a pessoa que se coloca em constante aprendizado. A vida

religiosa é um chamado de Deus para o cristão viver a radicalidade do seu Batismo de acordo

com os conselhos evangélicos e assim fazer que resplandeça a forma de vida de Cristo. Às vezes

colocamos coisas periféricas no lugar do que é essencial. A intimidade com Deus é essencial

porque é para Ele que estamos aqui.

Os dez pontos do discipulado:

- 1ª Realizar um encontro com Jesus;

- 2ª Ter fascinação por Jesus Cristo;

- 3ª Viver o seguimento de Jesus;

- 4ª Assumir o estilo de vida, o destino, a cruz

e a glória de Jesus;

- 5ª Compartilhar com os outros a experiência

do encontro com Jesus;

- 6ª Ser discípulo na comunhão eclesial;

- 7ª Aprender a ser discípulo desenvolvendo a

experiência do encontro com Jesus;

- 8ª Transformação social e do próprio

coração;

- 9ª Ser discípulo missionário;

- 10ª Ser discípulo apaixonado, a serviço da vida.

Deus se revela de forma imprevisível e insuspeitável, por isso, devemos estar atentos aos sinais e

aos momentos de silenciar para que possamos aprender. Deus reservou uma radicalidade

diferente para cada um; então é preciso viver bem a cada dia, porque cada coisa tem seu tempo,

por isso me disponho a perder minha vida por Jesus, para ganhar o reino do céu, pois quem me

vê tem que ver o sinal de Deus.

A vida fraterna em comunidade deve ser amor compartilhado, integrado e libertador. Não existe

comunidade se não há corações orantes. A oração é o caminho para o autoconhecimento.

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A crise na Vida Religiosa se inicia com a crise de identidade. Começa-se assumir as normas do

mundo secularizado, entra em rotina de espírito, é gerado o individualismo e egoísmo. A crise só

existe porque não se conhece a arte de discernir e se esquece de manter o olhar fixo em Jesus.

Muitas pessoas entram para a Vida Religiosa querendo seguir a missão de Jesus pelas ruas com

os marginalizados e sofredores, mas algumas vezes os

menores estão ao nosso lado, devemos ser sensíveis aos de

nosso convívio. A Igreja mudou muito desde sua fundação,

assim também aconteceu com as Congregações, mas ambas

mantiveram seus objetivos, apenas se adaptaram para estar

mais em contato com a atualidade, e assim alcançar mais

pessoas.

“Vocação acertada, vida feliz”.

Pelo grupo das Aspirantes: Thainá Pugliesi

Passamos alguns dias

Com momentos de fé

E muitas alegrias.

Foram dias de partilha

Convivência e oração

Num clima de família

De Irmãs de coração.

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Refletimos sobre a vida,

Vocação e missão,

Com a carta ALEGRAI-VOS lida

Fizemos profunda reflexão.

E ao falar da carta Perscrutai

Ouvimos o convite do Senhor

“Os meus sinais ide e buscai,

Que eu me revelo com amor.”

O Concílio Vaticano II estudamos

Da vida religiosa a renovação

Os profetas de hoje invocamos

De suas vidas tiramos a inspiração.

Damos as boas vindas

Para uma pessoa querida

Irmã Sônia chegou

Para alegrar nossa vida.

Acendemos uma fogueira

Era mês de São João

A lua no céu iluminava

A nossa celebração.

As comunidades que nos ajudaram

A nossa gratidão

Àquelas que se uniram em preces,

No carinho e na oração.

Pelo grupo de Juniorato,

Irmã Beatriz Dias

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Terminou nesta quinta-feira 27 de agosto, no Centro Cultural Missionário de Brasília (CCM), o

Curso Ad Gentes 2015. Participaram 22 missionárias, missionários entre leigos, presbíteros e

religiosas, destinados a países como Angola, Guiné Bissau, Moçambique, Quênia, Zimbábue,

Bolívia, Equador, Guatemala, Haiti e Israel.

Durante 25 dias os participantes aprofundaram temas que os ajudaram entender mais a missão

ad gentes e seu significado na vida da Igreja. "O envio a países e

contextos tipicamente missionários - explica Pe. Estevão

Raschietti, diretor do CCM - é algo de muito diferente e

muito especial em relação a qualquer outra formas de

‘missão'. Com efeito, esse envio exige da pessoa uma

adaptação fora do comum a culturas e línguas locais".

Ainda o responsável pela coordenação deste curso

lembra que já o Papa João Paulo II disse em sua

encíclica missionária que: "sem a missão ad gentes, a

própria dimensão missionária da Igreja ficaria privada do

seu significado fundamental e de seu exemplo de atuação"

(RMi 34).

"É, portanto, imprescindível promover e cuidar da formação de quem for chamado a um envio

além-fronteiras, até porque a própria igreja de origem vai imensamente se beneficiar com o

respiro universal que esses missionários e missionárias vêm trazer de volta", acrescenta

Raschietti.

O programa do Curso contou com sete abordagens consideradas fundamentais para uma

formação missionária qualificada: a dimensão humano-afetiva do missionário; os fundamentos

bíblicos da missão; o percurso histórico da evangelização até os dias de hoje, particularmente na

América Latina; as problemáticas ligadas ao encontro com outras culturas e religiões; os grandes

desafios relacionados ao continente africano; a teologia da missão no magistério da Igreja; a

espiritualidade missionária.

O Curso ad gentes teve também uma dimensão prática em preparação à missão ad gentes: aulas

de iniciação à aprendizagem da língua inglesa e francesa. Para a professora Susana Marques de

Oliveira, coordenadora dos cursos de línguas no CCM: "O verdadeiro encontro com as diferentes

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culturas se dá através da língua: é muito importante para o missionário que se prepara a sair do

país ter uma iniciação prática do que quer dizer estar no mundo do outro". Esse breve

treinamento de aprendizagem teve como objetivo celebrar a Eucaristia em inglês e francês,

aprendendo orações, respostas, cantos, mergulhando assim na experiência espiritual do outro

através da fé que nos acumula.

AVALIAÇÃO E "RECLAMAÇÃO"

Os participantes avaliaram que o curso ultrapassou muito as expectativas de todos, pôs

questionamentos e apontou caminhos para uma profunda revisão da própria vida, porque afinal,

como disse um missionário em sua avaliação final: "o chamado à missão ad gentes leva a pessoa

a uma radical conversão de si mesma". A "reclamação" unânime foi que o CCM deveria divulgar

mais seus cursos, e a CNBB deveria insistir junto às Congregações e às Dioceses para que essa

formação seja imprescindível na iniciação dos missionários e missionárias que vão a outros

países.

Ainda o curso proporcionou diversos momentos de interação, oração, confraternização e partilha

que ajudaram a criar laços significativos de comunhão e de amizade entre os participantes: "sem

dúvida vamos lembrar-nos da experiência excepcional vivida no CCM", escreve uma missionária

em sua avaliação. Na confraternização final, os missionários e as missionárias fizeram questão de

agradecer cada um e cada uma dos participantes, a da equipe de coordenação e os funcionários

da casa com essas palavras afetuosas de gratidão:

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BOLO DO AD GENTES

Hoje é para nós uma noite de festa. Então não é problema fazer uma homenagem a cada um(a).

Então vamos fazer um bolo que vai se chamar: Bolo Ad Gentes!

Para fazê-lo precisaremos de:

Uma tigela que seja tão grande como o coração do Wiliam, Alair. Luciane e Maria Della Giustina.

Uma forma tão redonda como a delicadeza da Claudete, Vanderlea e Maria dos Santos. Uma

xícara charmosa como o charme da Jovelina, Liana e do Fábio. Um copo tão transparente como o

espírito de firmeza da Nilza, Vera, Ruth e Zenaide. Uma colher tão forte como a coragem de dom

Paulo.

E para os ingredientes: o açúcar da meiguice da Ana Paula e Joseane. Uma pitada de sal dos

conhecimentos seguros dos nossos assessores (as). A manteiga do despojamento da Madalena,

Cecília, Lucinea e Alessandra. Uma taça de licor da alegria de todos (as) nós.

Juntando estes e outros ingredientes preparamos a massa que deve ter a firmeza da

responsabilidade do padre Estevão, Emilene e Vilani.

Vamos levar ao forno que deve ter o calor humano das professoras Juliana, Susana e do

professor Gustavo.

Os ingredientes somados ao carinho e dedicação dos funcionários (as) e de todos os que

colaboraram na casa; garantem o sabor do bolo que terá o gosto da amizade da Rita.

Vamos para a cobertura. Esta deve ser tão firme como a nossa fé e tão leve como o nosso

coração, para acolhermos uma nova cultura.

Agora vamos servir o bolo, que será cortado com um talher bem forte como a nossa luta pela

vida. E servi-lo num guardanapo tão resistente como a nossa disposição para sermos

enviados(as) a serviço do Reino.

Que coisa bonita! (Fonte: CCM)

Prezados leitores do Informando,

Agradeço muito a Deus a Superiora Provincial Ir. Ana Maria Gomes da Costa e a minha

comunidade, pela oportunidade que tive de participar do curso “Ad Gentes” em preparação

para a missão, em Brasília do dia 2 a 27 de agosto. Como recebi este artigo feito pela

coordenação do Curso achei por bem partilhar com vocês. Foram dias de muito estudo, partilha

de experiência, tomada de consciência da nossa responsabilidade de evangelizar.

Contando com a presença orante de cada um de vocês, a todos o meu grande abraço.

Ir. Maria Della Giustina

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“Seduziste-me Senhor e eu deixei me seduzir”.

A resposta generosa ao chamado de Deus é testemunho eloqüente para os jovens de nosso

tempo. Meu coração esponsal está radiante de alegria, pois chegou o momento da entrega total

ao Senhor que me chamou e cumulou com suas graças, de proteção

e amor.

Elevo a Deus ação de graças e preces para que eu seja fiel

todos os dias de minha vida. Quero agradecer a todas as

pessoas que fizeram parte deste momento. As formadoras

que não mediram esforços para enriquecer meus

conhecimentos. Ao Senhor Bispo Dom Vladimir e o Padre

Jesus Bento Fiorese e aos demais Padres pela

disponibilidade, que Deus os abençoe. Agradeço as

autoridades que se fizeram presentes, a equipe que com tanto

carinho prepararam a liturgia. A Congregação das Irmãs Beneditinas da

Divina Providência que me conduziram a este caminho. Todas as pessoas da Paróquia Coração

Eucarístico de Jesus que se disponibilizaram e com amor e dedicação abrilhantaram este

momento. À toda assembleia presente, meu muito obrigada.

Que Maria Mãe da Divina Providência e São José façam coro intercedendo a Deus por mim. E que

me guardem nos caminhos da missão e da vocação.

Irmã Ângela Maria Medina de Sousa

Prezadas Irmãs,

Luzes brotaram da convivência do nosso grupo de retirantes, em um ambiente de muito silêncio

e oração. Luminosa e irradiante foi a permanência do pregador Pe. Edson de Castro Silva,

Provincial dos Verbitas, discretíssimo e sábio, que nos encorajou e nos incentivou a voltar à

quietude como um desafio para recolher, no coração, as monções do Espírito e para que nos

momentos de reflexão e oração pudéssemos compreender os temas das palestras (que foram

surpreendentes) apresentadas com simplicidade tocando naquilo que é mais profundo, o

Essencial: convidou-nos a assumir o núcleo identitário da vida consagrada. Pessoas de

essencialidade, íntimas de Deus. Disse-nos que devemos pensar qual é a essencialidade da

Beneditina da Divina Providência. Estejamos atentas ao humano e ao divino: em nós o perfume

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tem o odor da essência. A nossa essência é Deus. “Nada antepor ao amor de Cristo”. A nossa

essencialidade como Beneditina da Divina Providência deve ser como a de Madre Maria e Madre

Giustina. Dizia o pregador que cada uma de nós deve ter os olhos fixos em Jesus, e se isto é para

cada cristão, para nós é imperativo. Traçou-nos o Caminho Espiritual da nossa essencialidade

desde a consagração, carisma e missão.

Caminho do Abandono:

A seiva da vida das Irmãs Beneditinas da Divina

Providência é o espírito de abandono e confiança na

Divina Providência. Tudo de nós Irmãs Beneditinas da

Divina Providência deve estar focado no art.3 das

Constituições, disse Pe. Edson: esta é a seiva que dá

vida e segurança. Que mais pode desejar uma filha

da Divina Providência? Este é o DNA das Irmãs

Beneditinas da Divina Providência: o abandono e a

confiança em Deus que nos ama. O nosso projeto básico de vida é o viver em Cristo. O chamado

deve ter uma característica de mulheres abandonadas que se erguem como íntimas de Deus,

tomando a cruz todos os dias e seguindo a Jesus. Somos mulheres exodais, itinerantes, atentas

ao que Deus nos quer dizer em cada hora, em cada lugar onde a Providência nos colocou. “Para

nós não serve o ‘stop” (parar), mas o “go” (ir) e que nosso passo seja o passo de Deus. Afinal,

devemos ser mulheres centradas no “Essencial”, mulheres Crísticas, Reinocêntricas e

Pneumatológicas.

Caminho da Providência:

A Providência pressupõe o acolhimento do amor de Deus para conosco e a tomada de

consciência de que o cuidado de Deus nos precede. Nele está a origem do nosso existir. (Jr 31,3;

Sl 139,13-16) e mais: plenifica o vazio da nossa existência humana. Porém, quando não temos a

consciência da bondade da Providência de Deus, é fraca também a nossa consciência da

gratuidade, do amor dele para conosco. Por conseguinte, não conseguirmos ser o que Deus quer

que sejamos.

3.Caminho da Obediência:

Disse-nos que a nossa vida de consagradas deve ir adiante tendo uma atenção aguçada ao

querer divino, isto é, à vontade de Deus, na Obediência. Esta perde seu foco quando perde o

espírito da missão, do carisma da própria consagração. A irmã Beneditina da Divina Providência

deve se dispor a estar onde o Senhor da messe o desejar, pois sua vida deve pautar na

obediência, da qual espontaneamente fez um voto. Que tipo de obediência é aquela tecida de

reclamações e desajustes? Uma pessoa desajustada é uma pessoa infeliz! Obedecer é motivo de

alegria para quem aprendeu a abandonar-se à Divina Providência. Obedecer é a alegria de

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mergulhar em uma nova história, com a qual se aprende o novo jeito de agradar a Deus. Na

obediência é o Espírito de Deus agindo em nós. Ficou o questionamento: “Quando há conflito

entre a vontade de Deus e a minha, o que faço para prevalecer a de Deus? ”.

Caminho do Servir:

O Reino de Deus está em servir. Deus é o primeiro a nos servir através

da sua Divina Providência. Devemos, com gratidão reconhecer o

cuidado que tem com a humanidade, principalmente, diz o padre, com

suas filhas abandonadas à sua providência. Servir é prioridade; é o

serviço que sustenta a comunhão e a unidade em uma comunidade,

Jesus nos ensinou lavando os pés dos apóstolos. Para servir ao modo de

Deus é preciso se despojar. TIRAR O MANTO, distintivo de altivez e de

grandeza e vestir o AVENTAL, sinal da entrega, da simplicidade e da

humildade. É neste caminho do servir que respondemos ao apelo da

Divina Providência que nos serve a todo o momento. Devemos servir a

todos sem distinção. Este é também, o caminho da felicidade da realização e da humanização. A

felicidade está em servir, em dar-se, em sair de si. Quer dizer “Tirar o Manto”. Que Manto?

Servir os outros porque escolhemos servir a Deus.

4. Caminho da Alegria:

Onde estiver uma Irmã Beneditina da Divina Providência deve reinar a Alegria. Ainda que nos

sofrimentos a alegria interior seja expressa em um sorriso... palavras... gestos.... Devemos

anunciar o Evangelho da Mística da nossa consagração: olhos que brilham no sorriso de quem é

feliz. Rosto carrancudo não é para uma Irmã da Divina Providência. Uma pessoa assim não

expressa a alegria do Evangelho. Para que o mundo viva a alegria a Irmã Beneditina não deve ser

uma Irmã triste, enferrujada, desanimada, mas ser como gazela, ágil. Se isto não podemos ser

fisicamente podemos ser na espiritualidade. Uma Irmã alegre é uma Religiosa realizada!

Devemos anunciar alegremente a felicidade de ser consagrada.

5. Caminho do Silêncio:

Um dos temas importantes da vida da Irmã Beneditina

da Divina Providência é o “silêncio”. É preciso saber

falar e escutar/escutar e falar. Tudo em nós fala, mas

nem tudo é ouvido. Aqui se revela a mística da pessoa

de Deus. Saber ouvir e saber falar implica silêncio.

Quando se fala demais se comete muitos erros e se

não sabe ouvir é pior ainda. A quietude é uma das

condições para uma boa interiorização. O bom

ouvinte é sereno, manso e amável, permanece constantemente a escuta de Deus. Ser atentas à

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Palavra de Deus, fazer da Palavra a sua vida e escutar a

Palavra que edifica. Uma pessoa de silêncio é serena,

forte na sua interioridade. O silêncio nos leva a estar

sempre inteira para Deus. Shemá Israel, escuta Israel. Se

não cultivo o silêncio, como posso discernir a miséria do

outro e a voz de Deus?

O silêncio é a disponibilidade interior. É o lugar do Deus

amor. No silêncio descobrimos a nossa verdadeira

identidade. A saúde da nossa alma busca auxílio no

silêncio, o elemento essencial – Deus. O silêncio é exigente. Não podemos encobrir na nossa vida

os espaços do silêncio, com músicas e com tanto falar. Seu cultivo é uma arte, tanto quanto o

bem falar. É no silêncio que brotam os sentimentos que se transformam em gestos, palavras,

atitudes e experiências vitais de amor, alegria, paz, gratidão, etc. É no silêncio que elaboramos

oração de louvor, de súplica, de perdão e se faz a experiência de levar o coração em oração.

Deus se apodera do nosso coração. Nesta “teologia do coração” Cristo reza em nós, com o

Espírito Santo (Rm 8,45). Sabemos rezar silenciosamente?

6. Caminho da Paz:

Consegue-se ser uma Irmã da Divina Providência de paz, aquela que sabe apaziguar situações. É

uma pessoa que tem um coração indeciso, abraça com coragem o mundo, mas centralizada em

Jesus não se desespera, não se descompõe. Está sempre voltada para o essencial referencial.

Uma Religiosa pacífica sabe conviver com os outros na medida da compreensão, do perdão e da

comunhão de vida na fraternidade. “Maria Santíssima, Rainha da Paz, rogue por nós a Deus”.

Concluindo, muitos foram os temas não abordados aqui para não alongar demais. Porém,

acredito que todas as retirantes foram agraciadas por participarem deste tesouro que

recebemos das mãos da Providência. Agradecemos a Província a valiosa oportunidade de

crescimento espiritual. Artigos das Constituições, Evangelho, Virtudes das Fundadoras estes

foram abordados nas reflexões. Sejamos pessoas silenciosas para que saibamos anunciar o

Evangelho com autoridade.

Pelas Retirantes:

Ir. Zaira Luiza Campos

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Passaram as comemorações

dos 200 anos de

nascimento de nossa

fundadora Maria

Schiapparoli mas não passa

sua história e seu

testemunho de doação e

amor a humanidade.

Um ano foi pouco para

celebrar as maravilhas que

Deus fez na vida de sua serva. Agradecemos a coragem, a confiança na Providência Divina, a

espiritualidade, o olhar terno e materno a cada criança abandonada, que Deus colocava em seu

caminho.

Santa sombra, santa mulher, santa consagrada, santa Beneditina que se foi para a eternidade

deixando eterno no mundo o amor que praticou.

200 anos se passaram, mas não apagaram a vida, vocação e missão de Maria, simples Maria, cuja

memória atravessou oceanos, se espalhando em quatro continentes do mundo.

Mesmo sem te conhecer não tem como não imaginar seu sorriso sereno, seu olhar tranquilo, sua

alma confiante, suas mãos delicadas, suas lágrimas derramadas no sofrimento, sua alegria

exalada com os pequenos.

“Será Maria, que um dia você imaginaria, que seu nome se propagaria, além de seu tempo e

país?” Sua história é prova de que realmente o que fica de nossa vida é a forma que amamos, é o

bem que deixamos nos lugares que passamos.

Professora preocupada em transformar a realidade, consagrada querendo viver a vontade de

Deus, mulher gerando vida nova aos que pelo mundo estavam desacreditados, semeadora de

sementes que até hoje florescem.

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Como esquecer a bela celebração de encerramento as comemorações do bicentenário? Todos

unidos no Instituto São Pio X, bendizendo o Deus da vida. Irmãs, crianças, jovens, idosos, oblatos,

tornando viva a memória de uma mulher que com certeza se uniu a nós na missa presidida por

Dom João Bosco, bispo da Diocese de Osasco, na chegada das Irmãs e formandas das diversas

comunidades das nossas províncias, nas apresentações culturais realizadas por nossas crianças e

jovens que relembraram os frutos, gerados por Deus da obra iniciada por Maria e sua irmã

Giustina, espalhados da Europa para o mundo.

Irmã Beatriz Dias

Quem está em Cristo é uma nova criatura 2Cor 5,17

Cristo é a árvore da vida, que se fez novamente acessível. Se aderirmos a ele, então estamos

na vida. (Bento XVI)

Encontro de Formação Permanente 29 – 30 de agosto de 2015.

O Padre Gilvan Leite de Araújo nos conduziu ao início da vocação de São Paulo e sua grande

contribuição para concretizar como tem que ser o cristão.

Fiz um resumo olhando para as pessoas que vivem a

radicalidade do batismo, ou seja, da vida religiosa, e as

dificuldades enfrentadas por São Paulo em sua vocação

segundo as palavras do Padre Gilvan.

“Todo cristão batizado é carismático e é por natureza

mística.” Nesta mística faz a experiência da humildade,

dons espirituais.

O cristão está a serviço da Igreja. Sua riqueza é a

diversidade na unidade, dons funcionais.

Quem somos nós? Somos o bom odor de Cristo. Somos uma

carta de Cristo escrita com o Espírito, não em tábuas de pedras, mas, no

coração. Nós como vocacionados nos tornamos plenos do Espírito, porém, somos vasos de barro.

Na força da vocação encontramos todo tipo de dificuldades, mas, estamos aqui, consumados no

amor. A vida religiosa é um contínuo sacrifício, entretanto, não nos deixamos abater.

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Quem é essa nova criatura? O exterior vai caminhando para a ruína, o interior se renova a cada

dia. Que a saúde corporal seja tão boa quanto a espiritual.

Somos anunciadores da boa nova, “Cristo venceu”, vitória sobre a morte. É necessário que

tomemos consciência de que aos poucos Deus está operando progressivamente em nós, que o

batismo é a transformação radical, não é ato passado, mas, ato contínuo. Na base da vida

religiosa está o batismo, que parte da experiência radical, Deus nos chama pelo batismo e

estabelece o amor a vida religiosa através daquele que muito se deixou amar.

Somos criados por Deus sua imagem e semelhança para vivermos na vida da graça. O pecado é

algo externo, ou seja, hostil e para nos livrar do pecado, alguém tem que ser culpado. Jesus na

cruz destruiu o corpo do pecado, como um cordeiro que vai manso. A força da cruz de Cristo é o

seu silêncio. Se Jesus se justificasse não teria salvado ninguém. Deus se

manifesta no silêncio. Quando o cristão assume a culpa de seu erro,

se faz responsável, reconhece seu limite, e está dominando o

pecado e o batismo passa a imperar sobre ele. “Eis que eu faço

novas todas as coisas.” (Ap 21,5). Na ressurreição de Cristo, se

configura uma nova criatura.

Quem sou eu hoje? Avaliar sobre o que eu era, e o que sou

agora e o que eu quero. Cada um de nós, somos convidados a

não ter vícios, a viver a vida da graça. “Você só pode amar a

Cristo quando você se ama, pessoa realizada em sua vocação,

aberta para a renovação do Espírito que dinamiza o ser e a Igreja de

Cristo.”

No segundo dia iniciamos com a participação na Santa Missa, e depois do café, continuamos a

oração pessoal no salão. O grupo estava bem disposto para executar as dinâmicas que foram

preparadas pela Irmã Salute Francisco Bett e Irmã Cleidinei Pupim

Meditamos sobre a experiência de vida com Jesus, de pessoas que nos ajudaram de algum modo

a descobrir e contemplar seu rosto. Partilhamos as vivências de momentos que nos marcaram e

deixamos nossa gratidão em forma de oração.

A apresentação ficou por conta da criatividade de cada grupo que, com muita dedicação e

esforço transmitiu de maneira simples o rico conteúdo. O grupo fez a experiência profunda da

vivência do batismo e foi um encontro feliz com as Irmãs de várias comunidades.

Agradecemos as Irmãs da comunidade da casa provincial que nos acolheram com amor.

Obrigada a todas pelo carinho e dedicação.

Pelo grupo

Irmã Renata Maria da Conceição Pereira.

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Encontro Regional dos Oblatos e Vocacionados em Campos Gerais/2015.

Mais uma vez uma ótima experiência espiritual.

Este ano nosso encontro começou diferente dos

anteriores, uma vez que por motivos de adequação de

datas e compromissos do Lar São José. Ele começou no

sábado dia 05/09 e não na sexta feira anterior. Ao meio dia

todas as regiões já haviam chegado, onde foi servido um

delicioso almoço e pudemos descansar até às 14:00 horas

quando nos encontramos na sala de reuniões para início

dos trabalhos e apresentação da programação do encontro. A apresentação da introdução do livro e 1º

capítulo seriam feito pela Vanderli de São Paulo, mas que por motivos de saúde (ela enviou uma carta

de saudação e informando que terá que submeter a uma cirurgia urgente), coube a Varginha fazer esta

apresentação. Quando terminou e lanchamos tivemos uma ótima notícia e novidade: iríamos nos

preparar para a missa que seria celebrada pelo pároco da comunidade e a seguir teríamos a

confraternização e revelação do amigo oculto cercado de um clima de muita descontração, dinâmicas e

brincadeiras dos oblatos de Contagem.

Domingo dia 06/09 iniciamos com a Oração das

Laudes, o café da manhã e em seguida fomos à

missa. Ao retornarmos iniciamos os trabalhos com a

apresentação de Campos Gerais (muito bem feita

pela Irmã Madalena e suas oblatas), com intervalo

para o lanche. Após o almoço e descanso, às 14h: 00

nos encontramos na sala de reuniões e iniciamos os

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trabalhos com apresentação do 3º capítulo realizado por Varginha. A seguir às 15h:45 apresentação do

4º c apítulo com os oblatos e vocacionada de Contagem. Duas apresentações muito ricas em detalhes e

dinâmicas. As 18h:00 tivemos as Vésperas preparada por Contagem, subimos para jantar e logo após

tivemos uma adoração ao Santíssimo também preparada pelos vocacionados de Contagem.

Segunda feira dia 07/09 após as Laudes, tivemos o

café da manhã com o Hino Nacional, nosso

momento cívico e a apresentação da cidade de Três

Pontas até às 9h:45 quando nos preparamos para

mais uma missa celebrada em nossa capela pelo

mesmo pároco. Após a missa voltamos para a sala

de reunião para fazermos o fechamento e avaliação

dos trabalhos. Segundo opinião de todas as cidades presentes, as apresentações foram muito boas, os

mimos distribuídos de muito bom gosto. O lado (negativo) foi que de tão bom o encontro, ele passou

muito rápido e deixou um gostinho de quero mais.

Nossa despedida mais uma vez foi espetacular, onde foi servido um DELICIOSO churrasco com

acompanhamento às alturas e logo a seguir cada cidade se preparou para o retorno, sem não antes tirar

muitas fotos para guardar de recordação.

Pontos fundamentais para o sucesso do nosso encontro

deste ano: a sempre maravilhosa acolhida da Irmã

Madalena e de toda sua equipe, reforçada pela

presença e dedicação especial da Irmã Maria Aparecida

Rita (que além do suporte comemoramos

antecipadamente seu aniversário). A condução

primorosa do encontro e dos trabalhos pela Irmã

Regina que nos deixou muito à vontade e também pela

presença e participação ativa da Irmã Daiana, ajudando

todas as cidades presentes.

Parabéns e até nosso próximo encontro que acontecerá excepcionalmente em Santo André/SP em

2016.

Emerson Santana

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Encontro em Campos Gerais

Nosso encontro em Campos Gerais se aplica nessa oração do Frei Inácio Larrañaga.

Senhor, Jesus Cristo, enviado do Pai e mensageiro do amor!

Prostro-me diante de ti para declarar-te como Senhor absoluto da minha vida, a causa de minha

alegria, o sentido de minha existência e meu descanso final.

Tu me chamaste e me enviaste para implantar o reino do pai; escolhestes-me ser teu (a)

colaborador e missionário nesta tarefa de evangelizadora das oficinas.

Muito obrigado.

Porém abrigo muitos temores; temor de buscar a mim mesmo, não acertar, temor de cansar-me,

enfim, sou tão pouca coisa...

Por isso venho a ti pra dizer-Te: Meu Senhor infunde em

mim Tua presença e Tua segurança. Teu entusiasmo e tua

fortaleza apostólica.

Reveste-me de tua serenidade e de tua doçura.

Enche-me de teu espírito para que os que nos veem te

vejam.

Dá-nos a graça de esconder-nos, como Maria no silêncio e no anonimato, para que só tu,

apareças e resplandeças, para que só tu sejas a motivação última de quando eu diga ou faça para

o bem da igreja. Amém

Meus irmãos em Cristo não temos muitas palavras, mas ações sim; Estamos fortalecidos com

tanta riqueza que tivemos. Agora mãos a obra.

Volto a refletir, vamos agradecer sempre a Deus Pai providente, que providencie tudo o que a

Congregação precisar no momento certo.

Todos, todos estão de parabéns pelo respeito, a solidariedade e o amor para com todos. Que um

dia possamos dizer: O tempo dirá que fomos fiéis.

Encontro de Oblatos e Vocacionados em Campo Gerais dias 5,6 e 7 de setembro 2015.

Oblata Berenice Aparecida Augusto Vieira

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Encontrão Regional em Campos Gerais/MG

“Seguir a Jesus é prosseguir sua obra, perseguir sua causa e conseguir sua plenitude”.

Leonardo Boff

Nos dias 05, 06 e 07 de setembro/2015 aconteceram no Lar São José, Campos Gerais-MG o

Encontrão Regional dos Oblatos, vocacionados e simpatizantes da Família Espiritual das Irmãs

Beneditinas da Divina Providência (IBDP) contando com a presença dos oblatos e vocacionados

de Campos Gerais/MG, Contagem/MG, Varginha/MG, Três Pontas/MG e Santo André-SP. Além

da presença das Irmãs Regina, Daiana e Wally Cunico. O objetivo do Encontrão é proporcionar

momentos de oração, partilhas, formação e fraternidade segundo o carisma das Irmãs

Beneditinas da Divina Providência (IBDP).

O referido encontro começou no dia

05/09 (sábado) com o acolhimento

aos oblatos e vocacionados; e logo

servido um delicioso almoço

acompanhado de uma boa conversa,

troca de experiências e momentos

para manter a conversa em dia.

Após o almoço houve um momento

de descanso; em seguida iniciou-se o encontro com a oração, dinâmica de boas vindas e as

orientações sobre o Encontrão. Como proposta para o encontro foi sugerida a leitura e o estudo

do livro Viver segundo o espírito de Jesus Cristo: espiritualidade como seguimento/ Francisco

de Aquino Júnior. Paulinas, 2014.

Foi combinado que cada cidade ficaria responsável pela apresentação por um capítulo do

referido livro, bem como a organização das orações das Laudes e Vésperas. Também ressaltamos

a Santa Missa, realizada na Capela do Lar São José presidido pelo Padre Vânis, Pároco da

Paróquia Nossa Senhora do Carmo, Campos Gerais/MG.

No sábado à noite foi realizada confraternização com o tradicional amigo secreto feito de forma

dinâmica e descontraída. Também foram servidos os quitutes com os pratos regionais de cada

cidade.

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Em sequência ao encontro, no domingo (06/09), iniciamos com a Oração das Laudes e a Santa

Missa.

Foram iniciadas as apresentações do livro

que ocorreram de forma dinâmica, criativa

e didática. Os grupos utilizaram de diversos

recursos como músicas, teatro e orações

para o bom desempenho dos trabalhos.

Segundo Aquino Junior(2014) a

espiritualidade cristã não é outra coisa senão viver segundo o Espírito de Jesus, ou seja, seguindo

os seus passos, viver como ele viveu. Para sabermos se vivemos segundo o Espírito de Jesus

Cristo, precisamos ver se vivemos como ele viveu, se agimos como ele agiu, se produzimos os

frutos que ele produziu (AQUINO JUNIOR,2014). Portanto, a espiritualidade cristã é o viver o

espírito e o seguimento de Jesus Cristo.

Durante as apresentações foi verificada a vivência e prática da espiritualidade cristã, ou seja, o

viver segundo o espírito de Jesus Cristo traduzido na atuação dos oblatos e vocacionados nas

pastorais e movimentos sociais de suas paróquias. A leitura e o estudo do livro contribuíram para

a formação da família espiritual, bem como a relação e aprofundamento do carisma da

Congregação: acolher, assistir e educar a infância e juventude abandonada em extensão aos

idosos e abandonada.

Além disso, os momentos de Oração das Laudes, Vésperas, Adoração ao Santíssimo e a Santa

Missa contribuíram para o fortalecimento da fé e a vivência do seguimento da espiritualidade

cristã no seguimento de Jesus Cristo.

Na segunda-feira (07/09), último dia do

encontro, iniciamos com as Laudes, logo o café

da manhã e depois feita a apresentação do

último grupo sobre o livro. Também foram

feitas as avaliações, críticas e sugestões para o

crescimento do encontro.

Terminada a avaliação tivemos a Santa Missa em ação de graças pelo Encontrão e pelas

intenções da Família Espiritual das IBDP.

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Encerrando o encontro houve um almoço com um delicioso churrasco proporcionando

momentos de fraternidade, alegria e uma boa conversa. Terminado o almoço foram feitas as

despedidas e o colhimento dos frutos do Encontrão para continuarmos a vivência do seguimento

de Jesus Cristo.

Diante do exposto, agradecemos a Deus Pai Providente por estes momentos de oração,

formação, partilha, convivência fraterna e aprendizado. Rogamos a Mãe da Divina Providência

para que nos auxilie em nossa caminhada como oblatos e vocacionados procurando viver o

Carisma da Congregação das IBDP. Portanto, que possamos com a intercessão de Nosso Pai São

Bento e das Servas de Deus Maria e Giustina Schiapparoli a viver segundo o espírito de Jesus

Cristo em nossas comunidades, família e trabalho.

Oblato Rodrigo Antônio de Souza – Contagem – MG

ENCONTRO REGIONAL DOS GRUPOS DE OBLATOS DO ESPÍRITO

SANTO E RIO DE JANEIRO

Nos dias 29 e 30 de agosto aconteceu o encontro regional dos grupos de oblatos e vocacionados

do Espírito Santo e do Rio de

Janeiro, no Recanto Feliz, em

Guaraná-ES.

O encontro foi coordenado

pelas irmãs Tânia Lúcia Ferreira

e Teresa de Souza Reis e teve

como tema A Alegria do

Evangelho e Espiritualidade

Cristã. O sábado começou com

um momento de oração

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conduzido pela Irmã Tânia lembrando a caminhada do cristão. A seguir, a Irmã Teresa promoveu

uma discussão sobre o tema “evangelizadores com espírito”, com base no livro do papa

Francisco “Evangelii Gaudium” que está sendo estudado por todos os oblatos e vocacionados.

Dando continuidade à reflexão, os diáconos permanentes Rogério Rossi e Rudney Koppe, de

Linhares-ES, palestraram sobre a espiritualidade cristã, complementando ricamente os trabalhos

do dia. Encerrando esse momento, com a belíssima oração das vésperas na capela da casa.

Um agradável e divertido bingo foi brincado num clima muita fraternidade e descontração, onde

todos torciam uns pelos outros, no desejo de que todos recebessem prêmios e ficassem felizes.

No domingo, após participar da missa na matriz Sagrado Coração Eucarístico de Jesus, em

Guaraná, o grupo foi para a praia Mar Azul, vivenciar um dia de lazer e confraternização.

Nesse encontro, foram marcantes o acolhimento e o carinho das irmãs Tânia, Teresa e Mara,

além de todos os funcionários da casa, valendo destacar os esforças de Gislânia e Ozéias.

Voltamos para casa no final da tarde de domingo, fortalecidos no corpo e na alma e com a

certeza de que vivemos numa verdadeira Família Espiritual.

Oblatos Beneditinos do Espírito Santo

A cidade de Santa Rosa de Viterbo, interior de São Paulo, no

último dia 23 do mês de agosto, viveu por intermédio dos

jovens, crianças e adultos, uma experiência única de partilha

de rua, onde se expôs pensamentos, poesias, canto, danças,

fábulas e parábolas, num movimento com o nome de

TRILHA VOCACIONAL. Nessas e com o tema que envolve a alegria,

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pois é a grande razão do ser humano, pôde-se ver e sentir quão valioso é sorrir com coisas

simples e refletir com seriedade as realidades sociais com

dinamismo e esperança! Longe de estar preso às fronteiras

do recinto religioso; longe das posições dogmáticas que por

muito se afirma o “óbvio” com expressões do tipo “Deus é

10, Jesus é fiel, sem Jesus não sou nada, Jesus é a

salvação...” por aí vai... Ali outros verbos mostraram as

inquietudes da juventud e com outras expressões. Essas com reflexões a partir de textos da Bíblia

Sagrada e tendo como base as parábolas (semeador, tesouro perdido, fermento, parto, rede ao

mar, trabalhadores à vinha, filho pródigo), pôde-se notar por belíssimas reflexões frases do tipo,

A MÍDIA MENTE E MANIPULA, A PAZ É FRUTO DA JUSTIÇA COM A LUTA DE UM POVO, JESUS É

UM SER POLÍTICO, O NOSSO TESOURO É A ALEGRIA E NÃO O CONSUMISMO, AS MULHERES SÃO

COMO A MÃE TERRA FLORIL E ABUNDANTE, A REDE H

UMANA É A REDE DO DIVINO, A FAMÍLIA É

EDUCADORA DA PÁTRIA, OS TRABALHADORES SÃO

TESTEMUNHOS VIVOS DE UM JESUS CARPINTEIRO, OS

MOVIMENTOS SOCIAS SÃO OS SEMEADORES DA

REFORMA AGRÁRIA ONDE A TERRA COORDENA A BOA

COLHEITA E CONDENA O LATIFÚNDIO...!! Essas

reflexões não são costumeiras nos recintos religiosos em seus mais variados credos, por isso ir às

ruas significa dar a cara, mostrar o rosto desfigurado de Cristo, onde os judeus da periferia na

época de Cristo, que eram os seus preferidos, são como os ribeirinhos das grandes metrópoles e

os camponeses sem terra que são escravizados por poucos que têm muito. Esses exemplos de ir

às ruas têm como espelho o GRITO DOS EXCLUIDOS promovido pela CNBB e Movimentos sociais

a mais de vinte anos, A Marcha das Margaridas, passeatas

de associações de moradores e estudantes, e até em

manifestações carnavalescas onde em muitos lugares a

cultura de um povo traz brilho às pessoas por intermédio da

alegria, diferente de manifestações onde o interesse do

capital se incorpora de povo usando máscaras assassinas.

Figuras importantes da luta por LIBERTAÇÃO, aqui no Brasil e América Latina, como Dom Helder

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Câmara, Frei Tito, Dom Oscar Romero, Irmã Dorothy, Zilda Arns, Chico Mendes, os 19 sem terra

que foram assassinados pela Polícia Militar do Estado do Pará em Eldorado dos Carajás em 1996,

Margarida Alves e tantos outros, deixaram à nação um grande

legado de solidariedade e fraternidade. E hoje com as MARIAS,

MARGARIDAS, JOSÉS, RAIMUNDOS, LAVRADORES E NATIVOS,

têm a graça de parabenizar a comunidade de Santa Rosa de

Viterbo por tão sublime trabalho de despertar consciências

embasadas numa FÉ com os pés no chão, numa ação

evangelizadora onde o grande protagonista é um DEUS voltado

para os mais humildes, e essa humildade não tem poder

aquisitivo definido, mas uma LIBERDADE adquirida com lutas,

sonhos e esperanças! Atenciosamente.

Elísio Guimarães

Pés em prontidão, envolto na poeira levantada com a brisa, o vento, o toque do solo.

Chão acolhedor, intenso em tudo e todo ele

Lá em cima, ou logo ali um céu azul feito anil, sem uma fissura sequer,

nenhuma nuvem ou ruído. Chuva por essas bandas não há de passar

Olhares em brilho.. ora tímidos, ora simplesmente sorridentes... descobrindo

o novo naquilo que ali sempre estivera... Chão, terra, povo meu

E o sol... encantadoramente presente. Esquentando tudo que é existência,

clareando tudo que é escuridão, embelezando cada pedacinho deste tudo

que nos rodeia.

Toque de um coração terno, que ama sem ruído, sem trocas, sem cobranças...

ama e só

Se escondendo entre as flores... belíssimas por sinal... sorrindo pra nós

Sorriso de quem ama e faz amar quem O enxerga.

Para além de toda confusão, fracassos e quedas. Para além de todo passo não dado. Para além de toda

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palavra não convincente. Amo. Amo e só

Porque encontrei-Te Amado de minha vida. No Teu povo e em tudo que sou eu em Ti.

Encontrei-te ó sorriso de meus dias. Luz entre perfumes belos. Amor meu e só

Assim foi a abençoada experiência que o Senhor nos

concedeu: Reconhecê-Lo no meio de seu povo, reconhecê-

Lo caminhante conosco, reconhecê-Lo nas miudezas de

cada momento e ser que por nós passara e em nós

permanecera.

Tudo isso na missão realizada na Paróquia de São Nicolau

em Magé-RJ à convite do Padre Leonardo Tassinari de 04 a

08 de agosto.

A paróquia é composta de onze comunidades, mas duas são

comunidades que estão começando a caminhar e foram estas as

escolhidas para as visitas das Irmãs, no entanto as missionárias contando com muita

animação, empenho e alegria, acabaram atingindo cinco das comunidades da Paróquia.

As Irmãs Odir Teresinha Lopes, Ângela Maria Medina de Souza, Daiana de Oliveira Silva e

Kelle Pereira de Souza indo de duas a duas puderam visitar muitas famílias.

A missão foi organizada com visitas às famílias durante o dia e a cada noite um encontro

na comunidade: Encontro com as crianças, com os casais, Adoração ao Santíssimo

Sacramento, Via sacra e terminou com o encontro

vocacional na tarde do dia 08 de agosto na

Matriz.

O quanto aprendemos com o povo não

seria possível mensurar. Certo é, porém

que das situações de miséria às belas

paisagens que nos enchiam os olhos, em

tudo o Senhor nos mostrou acompanhar

cada passo.

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Minha partilha, porém vai um pouco

além daquilo que se vê. Sou filha

desta paróquia e fiz missão numa

comunidade não conhecida, num

lugarejo também desconhecido e

concluí: Nós nunca sabemos o

suficiente sobre nosso próprio chão

até percorrê-lo minuciosamente. Tantas

surpresas tive num chão que denominava meu

também. Quanto sofrimento e pobreza! Quanta gente desconhecendo o amor e

misericórdia de Deus, outros vivendo da pura misericórdia de Deus sem sequer ter

consciência disso. E quantos convivendo com tais realidades sem conhecer a seriedade

de tais condições. Mas também quanta beleza e fraternidade, comensalidade no meio

desse povo.

Quantas vezes nós, consagradas convivemos com realidades semelhantes. Consagradas

a Deus para servir o Seu povo, tornamo-nos incapazes de ouvir os clamores de um povo

sedento ao extremo por nada mais que uma presença, por uma vida que os faça

acreditar que o Senhor não os abandonara. Até onde o nosso “sou totalmente

consagrada ao Senhor para servir mais livremente aos irmãos nas obras de

evangelização e misericórdia” se faz vida em nosso dia a dia? Tantas vezes falta-nos a

liberdade interna, a leveza da existência para

simplesmente não perder a oportunidade de

fazer o bem.

Missionário maior foi o Senhor que

evangelizava a cada uma de nós

enquanto acalentava o Seu povo com

nossa simples presença, tantas vezes

silenciosa, sendo só ouvidos e olhar.

Urge que saiamos de nossos muros, internos e

externos para ir ao encontro desta gente. Nossa gente!

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Que o Eterno seja nosso sustento e faça em nós o necessário

para saciar a sede do Seu povo. Que faça de nós

instrumento que sacia tantas vezes mesmo as nossas co-

irmãs, aquelas que caminham ao nosso lado e tantas

vezes se cansam em suas lutas e labutas.

Ao Senhor a gratidão deste coração tão agraciado por

Sua ternura. Às nossas diletas Fundadoras nosso pedido

de auxílio como mães e mestras na missão bela e árdua

que é o nosso simples ser consagradas.

Irmã Kelle Pereira de Souza

SÓ É QUANDO FLUI

A vida é água no copo da mão.

Desliza entre os dedos a procura da terra.

Prendê-la é humana ilusão.

A vida não se represa.

Ela só é quando flui...

em nós, de nós e nos faz corredeiras nunca vistas,

cachoeiras que amedrontam e deslumbram, lagos de placidez.

Ela é quando somos mar,

quando somos orvalho, quando congelamos nuvem.

Quando somos a abençoada chuva.

E enquanto a sentirmos tocar a palma da nossa mão,

que ela hidrate as digitais da nossa esperança:

sem ilusão, sem mágoas sem luvas.

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POEMA DA MISSÃO

Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do egoísmo

que nos fecha no nosso Eu.

É parar de dar volta ao redor de nós mesmos como se fôssemos o centro do mundo e da

vida.

É não se deixar bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos:

a humanidade é maior.

Missão é sempre partir, mas não devorar quilômetros

É, sobretudo, abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los.

E, se para encontrá-los e amá-los é preciso atravessar os mares e voar lá nos céus,

então Missão é partir até os confins do mundo.

Dom Helder Câmara

Sede Não é a água

Que me dá a vida; É a sede.

É esse gosto bom de vida de querer viver É a doce busca daquilo que me encanta e não me deixa parar

É a sede de sorriso, de céu azul apesar das chuvas Essa sede de caminhada serena e constante, sede de descoberta de novos mundos, inclusive os

meus mundos.

Sede eterna do Eterno que em mim habita.

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Nas tantas idas e vindas Ganha sentido o mundo Opaco e multiforme Flertando com humanas cores Às idas e vindas Ganha sentido a rotineira viagem O cansaço à portas fechadas Ganha sentido por ser possível O rio extenso O que se espera não se estanca Humanidade é verde de esperança E nas tantas idas e vindas Não desiste avança.

Comunicado de Falecimento:

Em 08/07/2015, faleceu Maria do Carmo Ferreira Silva, sobrinha de Irmã Maria Madalena

Firmino.

Em 22/07/2015, faleceu Eulália Maria Barcellos, mãe de Irmã Maria Aparecida Barcellos da

Silva.

Em 25/07/2015, faleceu Aldo Maciel, sobrinho da Irmã Martinha Pacheco.

Em 08/08/2015, faleceu Alvina Alano dos Anjos, irmã da Irmã Gertrudes Alano.

Em 18/08/2015, faleceu José Celso Barbosa (Celsinho), sobrinho de Irmã Maria José Baldessar.

Em 05/09/2015, faleceu Maria Teresa Guimarães Veiga, irmã de Irmã Lidia Veloso.

Em 07/09/2015, faleceu Guinival Zancanella, pai do Oblato Fábio Zancanella.