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TÉCNICAS DE ENSINO . DIDÁTICA Profa. Rosilene Horta Tavares [email protected]

Debate e DiscussÆo

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Page 1: Debate e DiscussÆo

TÉCNICAS DE ENSINO.

DIDÁTICA

Profa. Rosilene Horta [email protected]

Page 2: Debate e DiscussÆo

DISCUSSÃO: NASCE A REBELDIA

.Maria Eugênia L.M. CastanhoIn.: VEIGA, Ilma Passos. Técnicas de ensino. Por que não? Campinas: Papirus, 1991.

Page 3: Debate e DiscussÆo

Problematização:� No contexto econômico,

político e social, o educador usará a discussão e o debate para quê?

� Planificará introduzi-los aqui ou ali em seu planejamento, visando cotidianamente o quê?

Page 4: Debate e DiscussÆo

Introdução:� A Discussão e o Debate visam

primordialmente ativar os processos mentais.

� Na busca de trazer o real para a sala de aula deve haver, sempre, e necessariamente, espaço nas aulas para os depoimentos individuais dos alunos.

� Isto enriquece muito a reflexão e permite a ligação teoria-prática.

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DISCUSSÃO:� Do latim discutere - dis+quatere:

sacudir, abalar, incomodar.� Papel da discussão:� Submeter um ponto de vista ao

esmiuçamento, para serem analisadas todas as implicações ali contidas.

� Caracteriza-se por se uma forma de cooperação intelectual, uma vez que se esclarece e se detalha o assunto em questão.

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DEBATE:� Do francês débattre 8que vem do

latim debattuere: disputar, alterar, brigar.

� Recurso para que se confrontem diferentes pontos de vista.

� Utilizar nos momentos em que os alunos, já munidos de informações, devem cotejar diferentes posições, teorias, pontos de vista.

� Permite que a análise abarque vários pontos de vista e não apenas um.

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A técnica acontecendo:� Pressupõe trabalho individual do aluno, bem

orientado pelo professor.� Professor :� Indica a bibliografia;� planeja o que vai pedir para que o aluno dê o

máximo de sua capacidade, exercitando ao máximo o seu pensamento.

� Exemplos: 1. solicitar que o texto seja reduzido a poucas informações e negações essenciais; 2. que o aluno venha a propor problemas que o texto não possua; 3. diagramar as id éias principais em desenhos abstratos.

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Sobre Memorização:� É importante, mas deve atuar como

recurso embutido no trabalho operatório.

� Deve surgir como subproduto da reflexão e não ser buscada diretamente, sob pena de se perder após a primeira “verificação” de aprendizagem.

� Assim, deve-se solicitar que os alunos exponham ou exemplifiquem para os colegas o que aprenderam.

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Papel do professor:� Saber bem a matéria, graduar as

dificuldades, entusiasmar os alunos, fazer elogios sinceros, desenvolver sentimentos de êxito, auto -realização e auto -afirmação.

� Fazer desafios intelectuais aos alunos, usando a imaginação; levá-lo a fazer comparações e estabelecer diferen ças; não querer padronizar.

� Ser professor de todos e de cada um; aproveitar didaticamente os grupos naturais, ao invés de querer elimin á-los.

� Viver cada aula como uma hip ótese a ser testada; alimentar a criatividade atravé s dos variados mecanismos de informações.

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Por que discutir e debater?

� Porque isso exercita os alunos para a liderança e para a independência intelectual e não para a subordinação ao professor.

� Rivaliza com a prática hegemônica do Professor -Chefe .

� Em contraposição àquele, afirma-se o Professor -Educador .

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Professor-Chefe:� Conduz à subordinação

emocional e intelectual do aluno.

� Inibe o espírito científico, o que leva à aceitação do argumento de autoridade.

� Contribui para a formação de comunidades imobilistas, que não criam ou reestruturam fatos.

� Prepara para o autoritarismo, ditaduras, fascismos e totalitarismos.

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Professor-Educador:� Conduz à independência do

aluno, prolongando sua capacidade de ser ativo.

� Isso propicia a autonomia intelectual que, por sua vez, exige conhecimento crítico da cultura/saber acumulado ao longo da história humana.

� Para tanto, o professor deve firmar uma posição e, ao mesmo tempo, incitar os alunos a apresentarem cada vez mais questões.

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� A técnica do debate estabelece o diálogo, abrindo assim o campo de verdade, porque põe em circulação uma pluralidade de pontos de vista.

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COMO DEBATER:� 1. Prepara ção:� Estudos individuais.� Leituras e pesquisas

complementares.� Exigência, pelo professor, de

estudo de um bibliografia m ínima para todos.

� Designa ção dos respons áveis por grupos.

� Definição do professor ou aluno como moderador do debate.

� Defini ção do relator, que anotar á

Page 15: Debate e DiscussÆo

e recebem refuta ções entre si.� 3. Participa ção de toda a

turma.� 4. Na avalia ção da atividade: � O professor faz um comentário

crítico do trabalho, apresentando um balan ço, onde orientará sobre o comportamento intelectual e emocional que pôde apreender no trabalho.

� O Professor remeterá os alunos para a possibilidade de novos estudos, novos

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Recomendações práticas:� Tais recomendações

devem ser objeto de análise constante com os alunos para que o trabalho intelectual progrida.

� Assim, deve-se conversar sobre elas, como preparação para o trabalho.

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Recomendações:� Dispor as cadeiras de modo que

cada um veja todos.� Não competir, mas cooperar. Não

replicar, mas analisar a contribuição.

� Se não souber o assunto, participar opinando, indagando, julgando, sintetizando.

� Não derrotar o companheiro: ajud á-lo a expor seu pensamento e a vencer a timidez.

� Quando quiser que os demais participem, calar-se: o silêncio os constranger á.

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� Durante a discussão analisar o grupo e o comportamento de cada um.

� Não esquecer que muitas vezes os desacordos têm caráter emocional (preconceito ↔↔↔↔ pré-conceito).

� Não dominar. Não se deixar dominar. Domina ção e passividade se equivalem.

� Ser objetivo: s ó animais usam o ensaio e erro para resolver seus problemas.

� Aprender a elogiar: o elogio estimula o companheiro a prosseguir. Motivar o outro.

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Regras metodológicas:� Dirigir-se ao próprio objeto; por

conseguinte, an álise objetiva.� Apreender o conjunto das conexões

internas do objeto, de seus aspectos; seu desenvolvimento e movimento próprios.

� Apreender os aspectos e momentos contraditórios.

� Analisar a luta, o conflito interno das contradições, o movimento (o que tende a ser e o que tende a cair no nada).

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tudo; e que uma interação insignificante, negligenciável por que não essencial em determinado momento, pode tornar-se essencial num outro momento ou sob um outro aspecto.Não esquecer de captar as transições; transições dos aspectos e contradições, passagens de uns nos outros, transições no devir.Não esquecer que o processo de aprofundamento do conhecimento, que vai do fenômeno à essência e da essência menos profunda à mais profunda, é infinito. Jamis estar satisfeito com o obtido.

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profundamente na riqueza do conte údo; apreender conexões e o movimento. Em certas fazes do pr óprio pensamento, este dever á se transformar, se superar. Modificar ou rejeitar sua forma, remanejar seu conte údo -retomar seus momentos superados, revê -los, repeti -los, mas apenas aparentemente, com o objetivo de aprofund á-los mediante um passo atrás rumo às suas etapas anteriores e, por vezes, at é mesmo rumo ao seu ponto de partida.(Fonte: Henry Lefébvre. Lógica formal/lógica dialética. Rio

de Janeiro, Civilização Brasileira, 1975.)

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Concluindo:� Segundo Piaget, adquirir técnicas de

trabalho é muito mais importante para o futuro do aluno do que a aquisição de grande massa de conhecimentos particulares.

� O educador dever instaurar o diálogo nas suas práticas cotidianas e saber usar com competência as v árias técnicas did áticas, meios indispens áveis para revolver as id éias, as concep ções, os preconceitos e preparar pessoas genuinamente comprometidas com a busca da verdade.