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DÉBORA CARVALHO DA SILVA VALLE
MARIA DALIANE RABELO CARVALHO
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM:
UM DESAFIO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NO 2º
ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
BRASÍLIA, DF
JUNHO– 2013
Brasília, DF
MAIO - 2013
Diretoria Geral
Diretoria Acadêmica
Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa
Coordenação Geral de Trabalho de Conclusão de Curso
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM:
UM DESAFIO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NO 2º
ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Trabalho apresentado para Conclusão de
Curso - TCC do Programa do Curso de
Graduação em Pedagogia das Faculdades
Integradas PROMOVE de Brasília e do
Instituto Superior de Educação do ICESP.
Orientador(a)
_______________________________.
Prof. Msc Carlos Felipe F Rossi
Avaliador(a)
_______________________________.
Profª. Msc Verônica Diano Braga
Avaliador(a)
_______________________________.
Profª. Msc Sônia Regina Basili Amoroso
BRASÍLIA, DF
JUNHO– 2013
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM:
UM DESAFIO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NO 2º
ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Débora Carvalho da Silva Valle 1
Maria Daliane Rabelo Carvalho 2
Resumo
Os problemas relacionados a dificuldades de aprendizagem no âmbito escolar são bem
frequentes, trabalhar com educandos que apresentem esses problemas ainda é uma incógnita
para os professores. Refletindo sobre as dificuldades como ponto de partida, o referente
trabalho objetivou descrever as dificuldades de aprendizagem encontradas no 2º Ano do
Ensino Fundamental, analisando aspectos sobre a formação inicial do docente, assim como
sua postura frente aos desafios encontrados em sala de aula. A pesquisa apresenta também
uma critica sobre a preparação do professor em relação à identificação das dificuldades de
aprendizagens como a Dislexia, Discalculia e TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade).
Palavras chaves: Dificuldade de aprendizagem – Professor – Formação.
Abstract
The problems related to learning difficulties in the school are very frequent, working with
students who have these problems is still unknown for teachers. Reflecting on the difficulties
as a starting point, the referent study describes the learning difficulties encountered in the 2nd
year of elementary school, analyzing aspects of the initial training of teachers, as well as your
posture and the challenges encountered in the classroom. The research also presents a critique
of teacher preparation in relation to the identification of learning difficulties such as Dyslexia,
Dyscalculia and ADHD (Attention Deficit Hyperactivity Disorder).
Keywords: Learning disability - Teacher - Traini
1 Docente do 1º Ano do Ensino Fundamental na rede pública de Ensino, estudante de pedagogia na faculdade
ICESP/PROMOVE. 2 Docente da educação Infantil na rede Privada de Ensino, estudante de pedagogia na faculdade
ICESP/PROMOVE.
4
INTRODUÇÃO
O presente artigo visa apresentar um estudo sobre as dificuldades de aprendizagem nos
alunos do 2º Ano do Ensino Fundamental, assim como pesquisar e identificar quais as
dificuldades mais frequentes, analisando a contribuição do educador no processo ensino-
aprendizagem quando há evidências de problemas educacionais e descrever o histórico das
dificuldades de aprendizagem, em uma perspectiva da pedagogia e da psicopedagogia,
demonstrando as influências advindas da formação do professor.
Como hipótese, supomos que as dificuldades mais frequentes no 2º Ano do Ensino
Fundamental, no tocante às aprendizagens, estão relacionadas à questões de problemas
referentes à leitura, escrita e operações matemáticas que afetam diretamente o aluno em sala
de aula.
Esses problemas poderiam passar de dificuldades comuns e tornariam-se barreiras
sérias quando são decorrentes de questões neurológicas, como é o caso da dislexia, da
discalculia e do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
A contribuição do professor na identificação dessas dificuldades seria essencial, pois
como sujeito da educação, está ligado ao aluno.
Como “elo”, através da mediação no processo ensino-aprendizagem, o educador
observaria seu aluno individualmente e se preciso, encaminharia a profissionais de outras
áreas; ajudando assim o educando a desenvolver-se e a sanar ou amenizar essas dificuldades.
A relevância ao tema ocorreu devido à observação realizada no estágio de Pedagogia
no ensino fundamental, em que a aluna nº 1 encontrava- se repetindo pela terceira vez o 2º
Ano do Ensino Fundamental. No 1º ano, a aluna nº 2, não conseguia acompanhar seus colega
e o aluno nº 3, apresentava muita dificuldade na escrita no 5º ano do ensino fundamental.
O interesse deu-se também pela entrevista feita com as professoras, identificando as
dificuldades de aprendizagem através delas, encaminhando-os a outros tipos de profissionais.
Hoje esses alunos são acompanhados por especialistas.
Com conhecimento sobre as dificuldades de aprendizagem os educadores podem
identificar as mais comuns e ajudar seus alunos. Assim teremos por benefício maior êxito e
eficácia na educação.
Os problemas relacionados às dificuldades de aprendizagem estão presentes no âmbito
escolar. Ajudar essas crianças é mais que satisfação pessoal e com certeza estudar e conhecer
mais as dificuldades existentes só trarão benefícios, pois como educadores devemos ter em
nossa formação os conhecimentos básicos sobre as dificuldades de aprendizagem.
5
O professor é sem dúvidas fator determinante no processo de aprendizagem. Grande
parte do sucesso e do fracasso dos alunos está sobre sua responsabilidade. Não podemos
assumir uma postura omissa diante das dificuldades apresentadas pelos nossos alunos, pois
como afirmado acima, somos fator determinante no processo de ensino aprendizagem.
Libâneo em seu livro Didática afirma que:
Uma das qualidades mais importantes do professor seja a de saber lançar pontes
(ligações) entre as tarefas escolares e as condições prévias dos alunos para enfrenta-
las, pois é daí que surgem as forças impulsoras da aprendizagem. O envolvimento do
aluno no estudo ativo depende de que o ensino seja organizado de tal forma que as
dificuldades na forma de perguntas, problemas, tarefas tornem-se em problemas
subjetivos na mente do aluno, provoquem nele uma “tensão” e vontade de superá-las
(LIBÂNEO, 1995, p. 95).
Através das metodologias adotadas pelo educador e a influência que exerce mediante a
didática que utilizará em sala de aula, o professor irá procurar formas de ajudar seu aluno a
superar as dificuldades encontradas no 2º Ano do Ensino Fundamental.
REFERENCIAL TEÓRICO
Importância do educador na identificação das dificuldades de aprendizagem.
O educador como mediador no processo ensino-aprendizagem tem sua importância
devido ao convívio com o aluno e a observação no seu desenvolvimento diário, analisando
seu potencial, principalmente onde há dificuldade.
Segundo Martin e Marchesi (1995, p.17) “Os distúrbios de aprendizagem abrangem
qualquer dificuldade observável enfrentada pelo aluno para acompanhar o ritmo de
aprendizagem de seus colegas, da mesma faixa etária seja qual for o fator determinante desse
atraso”.
Partindo deste princípio, o educador utilizará diversas maneiras de identificar
dificuldades de aprendizagem existentes, sendo um agente relevante oferecendo uma
contribuição extraordinária no processo ensino-aprendizagem. Com Medidas cautelosas e
olhar atencioso o professor pode, dentre outros:
Verificar se há letras espelhadas;
Observar o comportamento do aluno em sala, verificando se há inquietação
exagerada e desconcentração na realização das atividades propostas;
6
Se ocorrem dificuldades em fazer operações matemáticas simples;
Observar o processo de leitura.
Na educação infantil é comum acharmos estas dificuldades em algumas crianças, pois
elas ainda estão no processo de alfabetização, mas o foco dado aqui é destinado à crianças que
já estão no 2° ano do Ensino Fundamental, onde são analisadas as dificuldades de
aprendizagem.
Conforme Beatriz Scoz (1994, p.64) “... quando a criança nega-se a escrever, o
professor poderá buscar formas de atuação a partir de outros canais de comunicação em que
ela demonstre maior facilidade”, assim o educador poderá trabalhar com o que há de melhor
do aluno analisando suas barreiras e limites.
Quando identificada a dificuldade, o professor juntamente com o orientador
pedagógico poderá comunicar a família para encaminhar a criança ao especialista, um
psicopedagogo ou um psicólogo escolar, que poderá sanar ou amenizar essas dificuldades,
explicando todos os índices e observações feitas durante as realizações das tarefas, dando
ênfase que haverá melhoras tanto nas notas como na interação com as outras crianças.
Tipos de dificuldades mais frequentes e a influência que o educador promove através de
sua formação.
No que se refere as dificuldades de aprendizagem são observados problemas mais
comuns encontrados nas séries iniciais, como por exemplo a dificuldade na leitura e na
escrita, onde a participação do professor na identificação e sua contribuição tornam-se
essenciais.
Crianças que possuem problemas de aprendizagem tem baixa autoestima, buscam
isolar-se do convívio com outros alunos decorrente do preconceito que sofrem por seus
colegas em sala de aula e a pressão por parte dos pais referentes ao seu desempenho escolar.
Dentre as dificuldades de aprendizagem mais comuns podemos citar:
Dislexia
É a dificuldade parcial ou total que a criança tem em ler e escrever, não conseguindo
assimilar as palavras aos símbolos, quando apresentada de forma exclusiva. Segundo
Grunspun (1995, p. 382) “A dislexia é resultante de vários fatores etiológicos, sendo
considerada com síndrome de características psicológicas, características psicomotoras e
7
características neurológicas”. Analisando o histórico apresentado por alguns disléxicos,
detectamos as hipóteses da origem das dificuldades encontradas que consiste em
características hereditária, problemas na gestação, o mau desenvolvimento da fala, na
locomoção e referências nas áreas psicomotoras, motoras e lateralidade mista que inserem-se
como antecedentes nas crianças disléxicas. Vejamos o que Mabel Condemarin afirma:
A história de um disléxico pode revelar um ou mais dos seguintes antecedentes:
1-Existência de um familiar próximo que apresente ou tenha apresentado problemas
na linguagem ou dificuldades na aprendizagem da leitura e da escrita;
2-Dificuldades no parto: anoxia, hipermaturidade, prematuridade do tempo e/ou
peso;
3- Atraso na aquisição da linguagem e/ou perturbações na articulação;
4- Atraso na locomoção;
5-Problemas de dominância lateral. (CONDEMARIN, 1986, p. 22).
É de suma importância ressaltarmos que para finalidades educacionais é vantajoso
identificarmos dois tipos de dislexia: auditiva e visual.
Segundo Johnson e Myklebust (1967) apud Robert E. Vallet (1990, p.7) “disléxicos
auditivos são caracterizados por dificuldades significativas na discriminação de sons de letras
e palavras compostas e na lembrança de padrões de sons sequenciais, palavras, instruções e
histórias”, nesse tipo de problema os educandos encontram barreiras quando se refere à
diferenciação ou assimilação de sons, não conseguindo ter a interpretação necessária para
obter a codificação essencial no processo de leitura.
Para Myklebust (1968) apud Robert E. Vallet (1990, p.7) “disléxicos visuais tem
dificuldades em seguir e reter sequências visuais e na análise e integração visual de quebra-
cabeça e tarefas similares. Fazem também reversões e inversões de letras”, esta segunda é o
de maior ocorrência em sala de aula, pois os disléxicos visuais invertem as letras e números
escrevendo-os de forma especular.
Quando observado pelo educador que seu aluno possui as dificuldades acima,
apresentando-as além do que é considerado normal em relação aos demais educandos, deve-se
procurar ajudar este aluno e a melhor forma é encaminhá-lo a especialistas que estudarão as
causas dos problemas enfrentados por eles. A partir destes estudos poderão emitir um
diagnóstico que servirá como norteador no desenvolvimento educacional por parte do
educando, melhorando suas atividades motoras.
Silva (1995) nos diz que:
Consideram-se disléxicas as crianças incapazes de ler e escrever com a mesma
facilidade que as demais de seu nível escolar, mas que são saudáveis, com
8
inteligência normal ou superior e sem deficiências sensoriais. A leitura do disléxico
pode manifestar-se entrecortada, sem ritmo, repetitiva, com omissão e inversão de
sílabas devido à sua dificuldade na direcionalidade, a criança pode saltar linhas e,
muitas vezes até parágrafos. (SILVA. 1995, p. 142).
A identificação da dislexia depende da demonstração de que existe uma defasagem
entre o desempenho esperado de uma criança em leitura e escrita a partir de seu nível
intelectual e o desempenho efetivamente esperado.
No início da alfabetização toda criança tem dificuldades na escrita e na leitura, com o
tempo essas dificuldades são superadas, porém, no disléxico esses problemas podem
permanecer por toda a vida se não houver um tratamento adequado no decorrer de sua
alfabetização.
Essas dificuldades apresentam algumas características específicas como; escrever
letras espelhadas – troca do “p” por “q”, “d” por “b”; inverter a ordem das sílabas não
conseguindo assim formar palavras, dentre outros. Algumas crianças precisam de espelho
para conseguir ler o que está escrito por elas, devido à inversão das palavras, é o que nos
adverte Haim Grunspum (1995, p.387) “Algumas vezes o disléxico escreve de trás para frente
ou em imagem especular, só sendo decifrada a escrita quando colocada à frente do espelho. A
inversão pode ser tão grande que a criança, além da escrita especular, ainda escreve de baixo
para cima”.
As dificuldades que as crianças disléxicas enfrentam são muito grandes, pois sem
perceber, na inocência, invertem as letras, não conseguem decodificar os símbolos e como
afirmado pelo autor, às vezes precisam de espelhos para conseguir ler o que escreveram.
Além de apresentarem problemas em sala de aula, os disléxicos ainda enfrentam
barreiras emocionais que afetam direta e indiretamente seu desempenho no ambiente escolar,
Giancaterino (2007, p. 55) afirma que:
Os problemas emocionais aparecem no disléxico depois de seus fracassos escolares,
em um quadro mais ou menos típico, com variações de pessoa para pessoa.
As reações mais comuns são: atitude depressiva diante de suas dificuldades, atitude
agressiva e pejorativa ante seus superiores e iguais; sensação de antipatia em relação
à leitura, diminuição de sua autoestima, afastamento de situações de aprendizagem e
qualquer competição (GIANCATERINO, 2007, p. 55).
Ao analisarmos esse quadro de desconforto emocional descrito por Giancaterino,
observamos a relevância que tem um educador na identificação da dificuldade aqui discutida,
pois os problemas emocionais demonstram-se com mais intensidade após as insuficiências
9
escolares de alguns alunos, por isso a ênfase é dada na identificação e no encaminhamento
para o profissional competente, em busca do tratamento adequado.
Se não for tratada a tempo, a criança disléxica poderá repetir durante anos a mesma
série, não obtendo êxito e sendo levada ao fracasso escolar; por mais que o professor seja
persistente, essas dificuldades são difíceis de serem superadas e as repetições aos erros podem
trazer uma série de problemas disciplinares. Porque o aluno não conseguirá entender o motivo
de não ter o mesmo nível de aprendizagem dos seus colegas. Casos de alunos que não
possuem o diagnóstico de dislexia fechado são normais, sendo qualificados como portadores
de deficiências ou baixo intelecto, fato que muitas vezes não procede.
Através da orientação do psicopedagogo ou do psicólogo escolar, o professor ajudará a
criança a amenizar essas dificuldades mediando o processo ensino aprendizagem.
Conforme Grunspun (1995) o psicopedagogo trabalha atividades dos alunos
disléxicos que visam os desenvolvimentos motores, gráficos de escrita e leitura:
Começar-se-ia com ginástica geral e manual, e, nos casos necessários, passar-se-ia
aos exercícios psicomotores, com ginástica do ritmo, educação de gestos, exercícios
de orientação espacial e temporal. A seguir, far-se-iam trabalhos manuais em
modelagem de barro e gesso, colagem, enfiar colares, construir cubos vertical e
horizontalmente. Os exercícios psicomotores teriam as fases de orientação, direção,
posição, peso, dimensão e forma, que seriam realizados no espaço, com os membros
superiores e inferiores (GRUNSPUN, 1995, p.388).
Esses exercícios têm o objetivo de desenvolver a coordenação motora fina e grossa, a
percepção, concentração, noção de espaço-tempo e o mais importante: a escrita e a leitura.
Discalculia
Pode ser definida como a barreira na compreensão em fazer cálculos matemáticos
simples, e no reconhecimento de números.
De acordo com SILVA (1995) “... em matemática uma criança pode ler 783 e 227
como se fossem 873 e 272 sem perceber a inversão, não compreendendo porque sua resposta
é considerada errada”. Por falta de conhecimento sobre a discalculia tanto os pais como os
professores não compreendem como ocorre a inversão dos números para uma criança com
essa dificuldade. Para eles a discalculia nada mais é do que uma desculpa para não realizar as
atividades, rotulando os educandos como preguiçosos, desinteressados, acomodados e
chegando ao ponto de ofendê-los com adjetivos pejorativos.
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Segundo Mayer (1986) apud César Coll (1995) em pesquisas realizadas sobre a
discalculia o maior índice de erros está em fazer operações que envolvam a subtração. Veja a
tabela a seguir que apresenta os erros mais comuns em alunos discálculos:
Maior de menor Subtrair o dígito menor do maior, em cada coluna, independente, se
estiverem na posição de diminuendo ou subtraendo (253-118=145)
Pedir emprestado ao
zero
Se tem que emprestar de uma coluna cujo número é 0, realiza
corretamente a subtração nessa coluna mas não acrescenta um ao
subtraendo da sua esquerda. (103-45=158)
Zero menos um
número igual a esse
número
Se o dígito superior de uma coluna for 0, o aluno responde com o
inferior. (140-21=121)
Pular sobre o zero e
pedir emprestado
Se tiver que emprestar até uma coluna cujo o dígito superior é 0, o
aluno pula essa coluna, de modo que não acrescenta 1 a seu
subtraendo e conserva o 1 para a coluna seguinte (304-75=139)
Zero menos um
número igual ao
número
Se o dígito superior for 0, responde com inferior, que não se
modifica, embora tenha que emprestar da coluna anterior, e, neste
caso acrescenta 1 ao subtraendo da seguinte (304-75=179)
Fonte: Mayer 1986, p.426 apud coll 1995
Um aluno com discalculia tem dificuldade em compreender os princípios básicos da
subtração. Assim como a dislexia, o discálculo pode ver os números espelhados e também
escrevê-los, não podendo colocá-los em coluna ocasionando o erro matemático.
Em estudos realizados com os educandos que apresentam essas dificuldades, foi
constatado que as crianças não possuem nenhuma anormalidade no tocante a inteligência ou
deficiências sensoriais, mas possuem um desenvolvimento considerado ruim em relação aos
demais. É o que nos ressalta Coll (1995, p.135):
Os alunos apesar de mostrarem uma inteligência normal (por exemplo, um QI
superior a 80 ou 90) e não terem problemas emocionais graves, nem deficiências
sensoriais (cegueira, surdez, etc.), tem um rendimento escolar ruim (digamos dois
anos abaixo do correspondente a sua idade), definido, operacionalmente, por baixas
pontuações em testes de rendimento e, naturalmente, pelas qualificações escolares
(COLL, 1995 p.135).
Alunos de 1º ao 5º ano encontram grandes dificuldades em relação à matemática,
porém há problemas educacionais que precisam ser estudados e analisados com mais precisão,
11
pois ao nosso redor pode haver um aluno com esse problema e por falta do conhecimento
aprofundado sobre a discalculia o professor tornar-se negligente, ficando em uma espécie de
labirinto sem saber como trabalhar com esse educando, ou em um buraco, ignorando o aluno e
suas deficiências em relação ao conteúdo.
TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade)
Segundo Coll (1995, p. 160) “O termo hiperatividade refere-se a um dos distúrbios do
comportamento na idade pré-escolar e escolar, caracterizado por um nível de atividade motora
excessiva e crônica”.
As crianças que apresentam o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade têm
dificuldade em concentrar-se, demonstram sinais evidentes de desatenção, nervosismo, entre
outros. Identificar essas características em nossos alunos é primordial, pois como educadores
poderemos intermediar o processo de ensino aprendizagem, obtendo contribuições como, por
exemplo, o reconhecimento e estudo das principais causas deste distúrbio. Barkeley (1983)
apud Coll (1995, p. 162) destaca que: “existem varias definições para os sintomas existentes,
mas que todas possuem características comuns.” Dentre elas podemos citar, de acordo com o
autor:
O surgimento do distúrbio nos primeiros anos de vida da criança;
Falta de atenção que ocasiona inquietação motora e períodos reduzidos de
atenção que não estão relacionados à idade da criança;
Difusão geral dos sintomas a diversas situações e/ou ambientes;
Discrepância entre o nível de desenvolvimento cognitivo e os problemas
manifestos de autocontrole, desatenção nas atividades propostas pelo docente;
Distúrbios no comportamento que não podem ser explicado por desordens
neurológicas ou déficit sensorial.
No que diz respeito à aprendizagem, a criança hiperativa terá menor rendimento em
sala de aula devido à ausência de atenção e falta de autocontrole. É o que nos diz Coll:
Na idade pré-escolar costumam aparecer os sintomas característicos do distúrbio
(déficit de atenção, atividade motora excessiva e falta autocontrole). Além disso, em
alguns casos, podem ocorrer, em idades anteriores, numerosas e sérias alterações
comportamentais, tais como problemas na alimentação e sono, inquietação excessiva
e episódios de negativismo ou birra (COLL, 1995, p.162).
Uma criança que tem déficit de atenção é diferente de uma que tem mau
comportamento, por ser um ato involuntário por parte do hiperativo, ela distingui-se das
12
demais, pois não consegue manter a atenção por muito tempo nas atividades propostas pelo
professor, ocasionando falta de autocontrole, comportamento agressivo e impulsividade.
Algumas atitudes inadequadas das crianças com mau comportamento podem ser
ocasionadas por falta de repreensão de pais ou professores, sendo em muitos casos
confundidos com TDAH, mas o hiperativo é diferente de acordo com Coll:
O comportamento de toda criança é inicialmente, controlado pelos adultos, segundo
certas normas que, com frequência, vão contra seus desejos; tais normas, externas e
impostas, acabam sendo internalizadas no decorrer de seu desenvolvimento, de
forma que o controle externo dá lugar ao autocontrole (COLL, 1995 p.163).
Ter um zelo especial e um olhar atencioso para o hiperativo criará maior segurança e
conforto. O educador pode proporcionar ao educando esse tipo de conduta no tocante à
carência relacionada a este aspecto do TDAH, pois criamos através do convívio com os
alunos uma relação intrínseca, que pode perdurar não somente durante ano letivo, mas no
decorrer da vida escolar do aluno. .
Sendo assim um mediador, o educador pode intervir em muitas das dificuldades
enfrentadas pelas crianças, contribuindo de modo excepcional na identificação dos problemas
e no processo ensino aprendizagem; o que jamais pode acontecer é o professor tornar-se
omisso, passando um problema para frente como se não tivesse responsabilidade, é o que
ressalta Libâneo (1995, p.47):
O sinal mais significativo da responsabilidade profissional do professor é seu
permanente empenho na instrução e educação dos seus alunos, dirigindo o ensino e
as atividades de estudo de modo que estes dominem os conhecimentos básicos e as
habilidades, e desenvolvam suas forças, capacidades físicas e intelectuais, tendo em
vista equipá-los para enfrentar os desafios da vida prática no trabalho e nas lutas
sociais pela democratização da sociedade (LIBÂNEO, 1995, p.47).
O professor tem um papel importante no desenvolvimento do indivíduo, auxiliando
cada criança a superar suas dificuldades; ao deparar-se com os problemas de aprendizagem o
educador deve assumir o compromisso de zelar pela aprendizagem significativa de cada
educando.
Para Giancaterino (2007, p. 58) “A postura do educador nos dias atuais é estar atento
às manifestações e anseios de seus alunos, marejando bem a classe e diversificando as
estratégias de ensino”.
Adotando o enfoque da formação profissional do professor e dificuldades de
aprendizagens, podemos fazer uma análise do nível de qualificação que o professor adquiri
13
em sua formação acadêmica em um curso de pedagogia para atuar com alunos que
apresentam problemas relacionados à aprendizagens, pois o professor tem que adotar uma
postura adequada frente a esses novos desafios educacionais e uma metodologia diversificada
para ensinar essas crianças que possuem necessidade educacional especial.
Libâneo ainda afirma que:
O professorado, diante das novas realidades e da complexidade de saberes
envolvidos presentemente na sua formação profissional, precisaria de formação
teórica mais aprofundada, capacidade operativa e exigências da profissão, propósitos
éticos para lidar com a diversidades cultural e a diferença (LIBÂNEO, 2OO2, p. 77).
Buscar uma formação continuada seria uma conjectura essencial, pois o educador
obteria mais informação, acarretando em uma maior capacidade para lecionar para crianças
que possuem algumas das dificuldades discorridas.
No tocante às metodologias utilizadas para ensinar crianças com problemas
educacionais, Giancaterino nos adverte:
Ensinar crianças com dificuldade de aprendizado requer do professor uma
investigação de como cada criança aprende. O professor deve estar atento às
habilidades e fraquezas de cada aluno não apenas no que diz respeito a habilidades
acadêmicas, como a leitura e a escrita, mas também em termos de habilidades de
aprendizado como percepção, audição, visão e memória (GIANCATERINO, 2002,
p. 59).
Portanto, a formação do educador é primordial para que se tenha êxito em utilizar
metodologias adequadas referentes às dificuldades de aprendizagem, pois o professor reitera
com o educando, fazendo com que o mesmo possa ultrapassar os obstáculos e alcançar os
objetivos traçados, levando os alunos a torna-se ativo frente a sociedade, capaz de ser critico e
obter uma visão de mundo reflexiva, tendo todos os direitos e o pleno desenvolvimento como
ser social, sem descriminação.
14
METODOLOGIA
As dificuldades de aprendizagens relatadas pelos professores investigados em nossas
pesquisas são decorrentes de problemas relacionados à leitura, à escrita e às operações
matemáticas simples e ainda apresenta também a relevância que o educador tem na
identificação e sua contribuição no processo de ensino aprendizagem advinda de sua
formação acadêmica.
O estudo apresentado nesta análise teve por objetivo inquirir como as dificuldades
de aprendizagem são conhecidas pelos docentes e se os mesmos revelam possuir os
conhecimentos essenciais para atender às necessidades de seus alunos, especialmente sobre a
dislexia, discalculia e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
O método utilizado foi à pesquisa quantitativa e qualitativa, tendo como referência do
objeto de estudo a investigação da equipe docente de 4 (quatro) escolas da rede particular de
ensino da região administrativa do Recanto das Emas e do Riacho Fundo II no Distrito
Federal. Foram entregues vinte questionários que apresentaram vinte e uma questões, sendo
nove objetivas, utilizadas para categorizar os pesquisados e doze subjetivas, utilizadas com a
finalidade de identificar as representações e opiniões acerca das dificuldades de aprendizagem
e como o profissional e a escola lidam com elas. Do total de questionários entregues, apenas
dois não foram devolvidos. Utilizamos este método porque este instrumento traz informações
detalhadas e podemos direcionar as perguntas para temas pertinentes, evitando assim, fuga
durante o responder das questões, o que torna este método um recurso eficiente para alcançar
o objetivo traçado e permite a obtenção do conhecimento empírico.
O questionário foi elaborado cuidadosamente e obedeceu as etapas metodológicas que
o orienta. Para Gil (1999), um bom pesquisador precisa além do conhecimento do assunto, ter
curiosidade, criatividade, integridade intelectual e sensibilidade social; isto porque construir
um questionário adequado requer tempo e esforço do pesquisador. Segundo Rudio (1986, p.
114) “para ter confiança nas informações fornecidas por um instrumento de pesquisa, este
precisa ter as qualidades de validade e fidedignidade”, isso decorre dos objetivos para qual o
mesmo foi proposto, de questões feitas em formas de perguntas que sejam claras e coesas com
o projeto de pesquisa.
De acordo com o mesmo autor sobre o questionário:
Antes de construir um questionário, deve-se definir exatamente quais as informações
que precisam ser obtidas, a fim de que nele só sejam feitas indagações pertinentes e
15
relevantes. Colocar perguntas, visando por exemplo, apenas satisfazer curiosidade, é
distorcer o objetivo do formulários. (RUDIO, 1986, P.118).
No inicio do questionário devem ser esclarecidos as metas a serem alcançadas bem
como os objetivos e para qual fim o questionário esta sendo aplicado.
Pessoa (1998) apud Silva e Menezes (2005) comentaram acerca da construção
eficiente de um questionário, essas observações inferem-se sobre:
A construção do questionário deverá obedecer uma ordem lógicas na
elaboração de perguntas sendo dividas em blocos temáticos;
O conteúdo ministrados nas perguntas deve ser claro e bem compreensível, de
linguagem coesa para evitar dupla interpretação;
As perguntas dos questionários devem estar relacionadas ao tema.
Com a precisão e coleta eficaz de indagações através do questionário teremos maior
êxito e agilidade nas análises dos dados obtidos. Optamos por este instrumento de pesquisa
pelos benefícios que o mesmo propõe, conforme citado anteriormente.
16
RESULTADOS e DISCUSSÃO
Questionário dirigido aos professores
1. Idade
Gráfico 1- Referente à idade dos docentes
Fonte: dados dos docentes participantes da pesquisa
No gráfico 1 encontramos dados que refere-se à idade dos entrevistados, com
percentual de 38% incluindo as idade compreendidas entre 35 e 38 anos. Encontramos nestes
números uma mostra do que acreditamos ser a grande realidade do Brasil: que o docente nesta
faixa etária ainda encontra-se como professor regente em sala de aula, contrariando a crença
de que o profissional de educação com maior tempo de serviço e mais experiência atue em
outras áreas como coordenador, orientador, diretor.
Percebe-se nos questionários realizados com 20 professores das instituições
investigadas que 0% é o número de homens e 100% mulheres que exercem a função docente,
sendo assim, a figura feminina ainda é considerada a maior responsável pela criança quanto à
vida escolar no ensino fundamental.
De acordo com Almeida:
[...] Se por um lado educar e ensinar é uma profissão, por outro não há melhor meio
de ensino e aprendizagem de que aquele que é exercido de um ser humano para
outro, isso também é um ato de amor. E indo mais além, gostar deste trabalho,
acreditar na educação e nela investir como individuo também se configura como um
ato de paixão, a paixão pelo possível [...] talvez resida aí a extrema ambiguidade do
ato de ensinar e da presença das mulheres no magistério. (ALMEIDA, 1998, p. 76)
17
2. Qual o seu nível de escolaridade?
Nas entrevistas realizadas observamos que o número de professores que possuem o
nível superior completo é de 61%. Lembramos que é indispensável a formação inicial para
atuar no âmbito escolar, pois como prevê a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
LDB – sobre os profissionais da educação, o professor deve possui o nível superior em curso
de licenciatura em graduação plena e formação mínima ofertada na modalidade normal do
nível médio, para atuar na educação infantil e anos iniciais (BRASIL, 1996).
Apenas 17% possuem especialização e o grau de mestre ou doutor não foi citado por
nenhum sujeito.
3. Há quanto tempo você atua como professor?
Gráfico 2- Referente ao tempo de magistério
Fonte: dados dos docentes participantes da pesquisa
Os dados apresentados neste gráfico relacionam-se com a experiência dos docentes em
sala de aula, comtemplamos nos questionários que os professores possuem uma boa
experiência no que diz respeito a atuação no magistério, totalizando 61% até cinco anos, dado
relevante, pois para trabalhar com educandos com dificuldades de aprendizagem a experiência
é fator essencial. Apenas 17 % dos entrevistados possuem dentre 5 e 10 anos de tempo de sala
de aula, percentual de que equivale aos que possuem mais de quinze anos na função.
Menos de 1 ano 5%
Até 5 anos 61%
Entre 5 e 10 anos 17%
Entre 10 e 15 anos 0%
mais de 15 anos 17%
18
4. Você conhece ou já ouviu falar sobre dificuldades de aprendizagem? Quais
dificuldades de aprendizagem você conhece?
Gráfico 3- Referente ao conhecimento das dificuldades de aprendizagem
Fonte: dados dos docentes participantes da pesquisa
As entrevistas apontam 100% dos professores conhecem ou já ouviram falar sobre as
dificuldades de aprendizagem. A dislexia é mais citada com 35%, pois os educadores afirmam
ser a que mais ocorre no processo de ensino aprendizagem, porque para conseguir ler e
escrever, a criança precisa decodificar os símbolos formando assim palavras e frases, esse
processo no disléxico é muito complexo devido à inversão das palavras, o que ocasiona a
escrita especular. Um aluno que apresente dificuldades na escrita enfrenta grandes desafios
em sala de aula e no processo de socialização com seus colegas e precisa do apoio do docente
para superar e ultrapassar as barreiras, pois essas dificuldades apresentam características
específicas, segundo Zucoloto e Sisto (2002) “As dificuldades de aprendizagem em escrita
podem manifestar por confusões, inversão, transposição e substituição de letras, erros na
conversação de símbolos, ordem de sílabas alteradas e lentidão na percepção visual”.
5. Já ouviu falar de dislexia?
100% dos professores afirmam que já ouviram falar a respeito da dislexia, o que é bom
para educação, pois com o conhecimento da existência desta dificuldade o professor pode
intervir no processo de aprendizagem e auxiliar na intervenção a ser realizada.
19
6. Já ouviu falar de discalculia?
Analisando o resultado desta questão podemos observar que nem todos os professores
participantes da pesquisa conhecem o distúrbio da discalculia, ainda que superficialmente.
67% afirmaram já ter ouvido falar, isso quer dizer, ter tido algum conhecimento sobre a
questão.
Levando-se em conta que um professor conta com menos de cinco anos de experiência
(mas sem especificar esse tempo) e que nem todos ainda são formados podemos supor ser
compreensível que este professor desconheça sobre a discalculia, ou por falta de formação ou
por falta de experiência no ofício.
7. Já ouviu falar transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)?
Todos os docentes questionados afirmam que já ouviram falar sobre o transtorno de
déficit de atenção e hiperatividade, cremos que, como o conhecimento sobre essa dificuldade,
o professor poderá exercer sua função com mais segurança, pois tem o pleno domínio sobre
os sintomas e os primeiros indícios apresentados por alunos hiperativos.
8. Onde ouviu falar?
Gráfico 4- Referente ao conhecimento das dificuldades de aprendizagem
Fonte: dados dos docentes participantes da pesquisa
Levando–se em conta que o número de docentes que ainda não completaram sua
graduação é de 22% e que 29% ouviram falar em palestras e não durante sua formação na
faculdade, podemos inferir que existe uma deficiência no tocante à formação inicial do
20
docente, pois é difícil imaginar que um curso de formação para professores negligencie tal
transtorno tão importante e no 2º ano do Ensino Fundamental.
Outro dado importante que chama atenção aqui é o fato de apenas 10% dos
professores terem relatado que tiveram que buscar conhecimentos e aprender por conta
própria, por ter/terem tido alunos que apresentaram as dificuldades discorridas. Isso
demonstra comprometimento e interesse do professor em auxiliar seu aluno, ainda que as
instituições de ensino superior deixem esta lacuna em aberto, tornando a formação do
educador deficiente neste aspecto. Piletti nos diz que:
O professor que tem entusiasmo, que é otimista, que acredita nas possibilidades no
aluno, é capaz de exercer uma influência benéfica na classe como um todo e em
cada aluno individualmente, pois sua atitude é estimulante e provocadora de
comportamentos ajustados. (PILETTI. 1997, 19).
O autor quando coloca essa afirmação infere sobre a postura dos educadores frente aos
obstáculos que os educandos enfrentam.
9. Para você, o que mais caracteriza a dislexia? A que você atribui sua causa?
Gráfico 5- Referente a caracterização da dislexia
Fonte: dados dos docentes participantes da pesquisa
Com dados que demonstram que 64% dos docentes creem que o que mais caracteriza a
dislexia é a dificuldade na leitura e na escrita podemos afirmar que há um certo
desconhecimento em relação aos sintomas da dislexia.
Dificuldade na aprendizagem
12%
Dificuldade na leitura e na escrita
64%
Escrita especular 17%
Falta de consciência fonológica
7%
21
Com relação ao(s) fator(es) que causa a dislexia, 39% atribuíram-na a problemas
neurológicos e 33% afirmam ser algo congênito. Um dado emite um alerta grave, vez que
demonstra a pouca ou a total falta de conhecimento em relação à etiologia do problema – 28%
alegaram não haver causa, no entanto, de qualquer forma, o professor como facilitador do
processo ensino- aprendizagem deve remeter ao questionamento e buscar respostas, através de
pesquisas ou cursos sobre as características necessárias para se trabalhar com crianças
disléxicas. É o que enfatiza ZANOTTO (2000, p.68) “Ao fazer um estudo sobre a formação
de professores, devemos conhecer cada aluno e as diferenças entre eles pode servir de ponto
de partida para o ensino de novos conhecimentos.” É necessária uma relação recíproca entre
professor e aluno para que a aprendizagem se torne significativa. A aprendizagem escolar é
um processo de assimilação de determinados conhecimentos onde cada aluno tem o seu
momento próprio de aprendizagem e o educador deve respeitá-lo, desenvolvendo cautela para
saber lidar com os discentes.
10. Para você, o que mais caracteriza a discalculia? A que você atribui sua causa?
Gráfico 6- Referente a caracterização da discalculia.
Fonte: dados dos docentes participantes da pesquisa
Em relação a discalculia, 72% dos docentes a caracterizaram como dificuldade nas
operações matemáticas e 60% atribuíram sua causa a problemas neurológicos. Ainda temos
dados de 7% que acham não haver causa. Segundo a LDB, Lei 9.394, no artigo 32 inciso I,
consta que o Ensino Fundamental é obrigatório, com duração de 9 anos e terá por objetivo a
formação básica do cidadão, mediante o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo
como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo (BRASIL, 1996).
Dificuldades nas operações
matemáticas 72%
Não conheço 28%
22
Nota-se, que tem como proposta uma educação que contemple o desenvolvimento cognitivo,
físico, afetivo, social, tendo em vista uma formação para toda vida.
Percebe-se que o aluno com discalculia é um aluno em formação que tem dificuldades
em compreender os princípios básicos do cálculo, embora não possua nenhuma anormalidade
em relação a inteligência. É o que nos ressalta Skinner:
(....) Só da experiência o aluno provavelmente não aprende nada. Nem mesmo
perceberá o ambiente, simplesmente porque está em contato com ele. Daí a
importância do professor no processo de aprender do aluno. (SKINNER, 1972, p.6)
A aprendizagem se concretiza quando o aluno realiza sozinho uma atividade que o
professor ensinou.
11. Para você, o que mais caracteriza o TDAH? A que você atribui sua causa?
Gráfico 7- Referente a caracterização do TDAH.
Fonte: dados dos docentes participantes da pesquisa
Nota-se que 94% dos educadores caracterizam TDAH (Transtorno de Déficit de atenção
e hiperatividade) como déficit de atenção, ignorando a presença ou não da hiperatividade. Em
relação à etiologia do TDAH, pesquisamos que 39% dos profissionais participantes atribuem
sua causa a algum distúrbio neurológico, 33% indicam fatores hereditários e 22%
desconhecem as causas. Uma vez mais notamos a pobreza de informações e conhecimentos
sobre outro problema de aprendizagem aqui investigado.
Sabe-se que o transtorno de déficit de atenção interfere na habilidade da pessoa de
manter a atenção, porém as crianças são capazes de aprender. O aluno hiperativo quando
Déficit de atenção 94%
Características natas
6%
23
apresenta falta de atenção e de autocontrole terá menor rendimento em sala de aula. Segundo
BOTOMÉ e KUBO:
O que caracteriza a aprendizagem efetiva do aluno é a sua mudança de
comportamento, ou seja, não apenas o que o aluno faz, mas suas relações com o
meio é que evidenciam o que de fato ele está produzindo de transformação nesse
meio. (BOTOMÉ e KUBO, 2001, p. 144).
O que constitui o elo mais importante entre ensinar e aprender são os objetos de ensino que
expressam o que um aluno necessita aprender.
12. Em sua opinião, que profissionais devem participar do diagnóstico das dificuldades
de aprendizagem?
Gráfico 8- Referente a opinião dos educadores sobre o diagnóstico das dificuldades.
Fonte: dados dos docentes participantes da pesquisa
Alcançamos que 26% dos professores necessitam da participação do diagnóstico frente
as dificuldades de aprendizagem existentes em sala de aula, até porque o bom
desenvolvimento do aluno está centrado na excelência do trabalho pedagógico que o docente
planeja, realiza e também na relação afetiva que estabelece com os educandos. De acordo com
BOOTH, “Quando o professor tem clareza sobre o que quer que seus alunos sejam capazes de
fazer, pode mais facilmente selecionar as situações de realidade, cujas atividades o professor
deve planejar” (BOOTH. 1999 p. 27). É essencial o diálogo entre educador e educando, pois
caracteriza a qualidade do processo de ensino e de aprendizagem. O professor que reflete
sobre sua prática em sala de aula progride, pois proporciona a criança um desempenho
satisfatório.
Pessoas qualificadas
8%
Professor 26%
Psicólogo 13%
Psicopedagogo 20%
Neurologista 13%
Fonoaudiólogo 5%
Neuropedagogo 2%
Orientador Educacional
5%
Pediatra 2%
Coordenador 3%
Diretor 3%
24
Ressaltamos que existe conhecimento acerca da participação de um grande número de
profissionais que devem fazer parte da descoberta e do diagnóstico do TDAH nos alunos.
13. Você já teve alunos que apresentaram essas dificuldades de aprendizagem como:
discalculia, TDAH, dislexia? Qual a(s) dificuldade(s) apresentadas (s)?
As informações obtidas nas pesquisas referem-se à presença de estudantes que
apresentaram os distúrbios de aprendizagem aqui citados em salas regidas pelos docentes
pesquisados, não especificamos se o diagnóstico foi feito com auxilio de testes ou exames
realizados por profissional da área de saúde, educação ou somente através da observação e
dados empíricos coletados pelo professor, pois não haveria como conferir a fidedignidade dos
relatos.
Os dados mostram resultados iguais (50% sim e não) no que diz respeito a
identificação destes distúrbios por parte dos docentes, mas isso não causa surpresa tendo em
vista que eles evidenciam conhecer pelo menos um dos distúrbios explorados.
Percebemos nos questionários aplicados nos professores que a dificuldade mais
apresentada em sala de aula é o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade com 73%.
Segundo Reis e Camargo:
O professor é muito importante na avaliação do transtorno, pelo tempo de
convivência com os alunos. O professor pode avaliar as dificuldades apresentadas
pelos alunos e, se for o caso, solicitar que a família procure ajuda especializada.
Deve também relatar aos especialistas as suas percepções sobre o desempenho
acadêmico ou comportamental dos alunos, bem como traçar estratégias de ação
docente, a partir do que for constatado pelos profissionais competentes. Apesar das
evidências de que o desempenho escolar de alunos com TDAH depende, em grande
parte dos professores. (REIS e CAMARGO. 2008 p. 97).
Existe um espaço aberto passível de questionamento: por que não foram relatados
casos de outros tipos de dificuldades de aprendizagem em sala de aula, já que os participantes
da pesquisa, em certo número, demostram conhecer pelo menos dois tipos delas?
25
14. Como foi detectado o problema desse aluno?
Gráfico 9- Referente a revelação da existência da dificuldades no aluno.
Fonte: dados dos docentes participantes da pesquisa
33% por meio da observação, 17% através de laudo médico e 50% dos educadores
relatam que nunca se depararam com alunos que tivessem alguma dificuldade de
aprendizagem. Atualmente, professores querem eximir-se de responsabilidades inerentes a sua
profissão. Entretanto, temos docentes conscientes em relação a sua função no ambiente
escolar. Como salienta SISTO:
É necessário diferenciar com cuidado as crianças com dificuldades de aprendizagem
das crianças com dificuldades escolares. Para elas, essas últimas revelam a
incompetência da instituição educacional no desempenho de seu papal social e não
podem ser consideradas como problemas dos alunos. (SISTO. 1992, p. 185)
Acredita-se que um bom trabalho conjunto realizado entre professor e orientador educacional
poderá contribuir para a diminuição das dificuldades de aprendizagem e distúrbios de
aprendizagem dos alunos.
15. Você recebeu alguma orientação sobre como trabalhar com esse aluno em sala de
aula?
67% os professores afirmaram que nunca receberam orientação sobre como
desenvolver o trabalho com educandos que apresentassem dificuldades de aprendizagem. É o
que nos mostra VIGOTSKI (1998, p. 47) “Dentre as grandes funções da estrutura psicológica,
o primeiro lugar deve ser dado à atenção”.
Observação 33%
Por meio de laudo 17%
Professores que não tinham alunos
com dificuldade 50%
26
O educador como mediador do processo ensino aprendizagem pode intervir em muitas
das dificuldades enfrentadas pela as crianças, tendo a sensibilidade de observar e conhecer o
que se passa com seus alunos em sala de aula. O docente deve ser estar disposto a pesquisa
sobre assuntos que desconhece, para saber lidar com esses desafios constantes no ambiente
escolar.
Observa-se mais uma vez, a falta de apoio para que os docentes adquiram
conhecimentos relativos às dificuldades de aprendizagem, direcionando somente a eles a
responsabilidade em atualizar e adquirir novos saberes para o exercício da profissão.
16. Quem te orientou?
Gráfico 9- Referente à orientação
Fonte: dados dos docentes participantes da pesquisa
Os dados analisados neste gráfico infere-se sobre à orientação que os professores
receberam com relação ao tema em questão, podemos observar que a busca individual é mais
enfatizada, pois, é importante que os docentes busquem conhecimento sobre as dificuldades
apresentadas por seus alunos, porque possuem uma grande responsabilidade no que se refere
a educação dos educandos, assim como afirma LIBÂNEO (1995, p. 47) “O trabalho docente
constitui o exercício profissional do professor e este é o seu primeiro compromisso com a
sociedade”.
SOE 24%
Coordenadora 24%
Orientador pedagógico
24%
Busca individual 28%
27
17. Ele teve algum atendimento diferenciado? Se teve, como foi?
Diante dos dados fornecidos, a maioria dos educadores (71%) afirmam que houve
atendimento diferenciado aos alunos com dificuldades e este deu-se por meio de
encaminhamento ao psicopedagogo e mais atenção em sala de aula. Assim os professores
puderam acompanhar mais de perto o desenvolvimento desses alunos, bem como seu
comportamento, a interação com a turma, a autoestima dos mesmos.
18. Quais foram os progressos desse aluno?
Gráfico 10- Referente aos progressos apresentado pelo aluno.
Fonte: dados dos docentes participantes da pesquisa
De acordo com o gráfico sobre os progressos dos alunos, houve uma melhora no
tocante ao interesse pelo estudo, bem como os alunos desenvolveram melhor a escrita (43%),
viabilizando que o professor também foi fundamental nesse processo, pois o índice dos alunos
que não tiveram nenhum progresso foi pouco totalizando 14%. De acordo com SANTOS e
SHIRAHIGE (1993, p.18) “quando um aluno não acompanha a classe, o mesmo deve ser
encaminhado ao psicopedagogo, para diagnóstico e tratamento, porém a escola deve cogitar a
reavaliação de seus métodos e programas para análise de sua responsabilidade no processo
educacional”.
19. Você teve orientação pedagógica específica para isso ou ajuda da direção da escola e
dos pais?
A escola juntamente com os pais, demonstra não ter interesse em se identificar o
distúrbio o mais rápido possível, pois mediante os dados a grande maioria dos docentes (75%)
Desenvolveu com sucesso a escrita
43% Demonstra mais interesse pelos
estudos 43%
Nenhum progresso
14%
28
afirmaram que não tiveram orientação pedagógica ou ajuda da direção e/ou dos pais, isso
significa uma séria falha no sistema escolar, que provavelmente não alertaram os pais sobre os
problemas que seus filhos vinham enfrentando.
20. Quais os principais problemas encontrados por você para lidar com este aluno?
Vários são os problemas enfrentados pelos professores para trabalhar com alunos que
apresentam dificuldades educacionais demonstrando que a indisciplina (30%) e a falta de
estrutura escolar (20%) evidenciam maior índice, além da ausência da família (10%). Neste
aspecto da família, observamos que tem uma grande importância da mesma na escola, de
acordo com PETZOLD (1996) apud DESSEN e POLÔNIA (2007) a família é composta por
uma complexa e dinâmica rede de interações que envolve aspectos cognitivos, sociais,
afetivos e culturais, a família não pode ser definida apenas pelos laços de consanguinidade,
mais sim por uma conjunto de variáveis incluindo o significado das interações e relações entre
as pessoas, designando assim sua importância na vida do educando.
21. Que sugestões você daria para a coordenação ou direção da escola para melhorar a
aprendizagem destes alunos?
Gráfico 11- referente às sugestões para coordenação e direção para melhorar a aprendizagem.
Fonte: dados dos docentes participantes da pesquisa
De acordo com o gráfico, analisamos que os professores anseiam por mais orientação
por meio de palestras sobre as dificuldades de aprendizagem (70%), pois o maior
Mais orientação por meio de
palestras 70%
Recursos pedagógicos
20%
Trabalhos com projetos familiares
na escola 10%
29
conhecimento trará benefício no tocante aos problemas que inserem-se nos alunos. Notemos
que não houve demanda para cursos, seminários, cursos de pós graduação ou quaisquer tipos
de aprimoramentos acadêmicos em relação ao assunto.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Podemos concluir, pelo caminho percorrido até aqui, que o docente pode – e deve -
cooperar na identificação dos tipos de dificuldades de aprendizagem, organizando sua prática
para atender individualmente as necessidades educacionais do aluno. Entretanto, o professor
deve buscar conhecimento para se aperfeiçoar desde que estude continuamente e respeite os
limites de atuação próprios da área, pois quem pode afirmar que um aluno é disléxico,
discálculo e hiperativo é o especialista habilitado para essa função. O educador pesquisador e
reflexivo conhece as didáticas específicas da disciplina que ensina e as teorias do
desenvolvimento e da aprendizagem. No entanto, ocorre da criança não aprender a ler, a
escrever ou a calcular, pelo motivo dos desafios esperados para a faixa etária em que se
encontra. É preciso considerar que, às vezes, a dificuldade pode se relacionar ao ensino e o
professor não pode eximir-se disso, por isso tem que abraçar sua responsabilidade enquanto
docente.
Diante dos resultados das pesquisas chegamos a compreensão que o docente precisa
ter mais conhecimento sobre as principais dificuldades de aprendizagem encontradas no 2º
Ano do Ensino fundamental, pois sua formação no curso de graduação não fornece as
informações necessárias, deixando a desejar um aprofundamento maior, o que torna
necessário ao docente a busca individual, principalmente nos casos em que possua educandos
que apresentem as dificuldades discorridas. Analisamos que os professores anseiam por mais
orientação por parte da escola, assim como apoio da família para que haja um maior
aproveitamento no tocante ao encaminhamento do aluno que possui as dificuldades
educacionais, pois declaram que precisam de mais palestras sobre os problemas educacionais,
porque através do conhecimento os professores poderão identificar os principais distúrbios na
aprendizagem, assim como intervir de forma eficaz no ensino.
Para que a aprendizagem seja significativa, todos que fazem parte da escola, inclusive
as famílias, devem estar engajados na responsabilidade educacional, com o mesmo sentimento
intrínseco sobre o que é realmente educação e qual é o papel da escola na formação do
cidadão, pois ao assumir a postura de educador, o mesmo deve estar ciente de sua
responsabilidade social.
30
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