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DÉBORA COSTA ARAÚJO
A BIBLIOTECA E O PROCESSO DE
TOMADA DE DECISÃO
Monografia apresentada à disciplina Monografia, ministrada pela professora Maria do Socorro de Azevedo Borba do Departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia.
Orientadora: Profª MSc Andréa Vasconcelos Carvalho de Aguiar
NATAL 2004
Catalogação da publicação na fonte
Araújo, Débora Costa. A biblioteca e o processo de tomada de decisão / Débora Costa
Araújo. — Natal, 2004. 44 f.: il.
Orientadora: Andréa Vasconcelos Carvalho de Aguiar. Monografia (Graduação em Biblioteconomia) - Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. Departamento de Biblioteconomia. Bibliografia.
1. Tomada de decisão em bibliotecas - Monografia 2. Gestão da informação - Monografia 3. Bibliotecas - Administração -Monografia I. Aguiar, Andréa Vasconcelos Carvalho de II. Universidade Federal do Rio Grande do Norte III. Título
CDU 023
DÉBORA COSTA ARAÚJO
A BIBLIOTECA E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO
Monografia apresentada à disciplina Monografia, ministrada pela professora Maria do Socorro de Azevedo Borba do Departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para obtenção do título de Bacharel em Biblioteconomia.
MONOGRAFIA APROVADA EM 17 de janeiro de 2005
BANCA EXAMINADORA
PROFa. MsC ANDREA VASCONCELOS CARVALHO DE AGUIAR Departamento de Biblioteconomia
Orientadora
PROFa. MsC MARIA DO SOCORRO DE AZEVEDO BORBA Departamento de Biblioteconomia
Profª da Disciplina
PROFa. Terezinha Anibas Departamento de Biblioteconomia
Membro
Aos meus filhos, pais e irmãs e a todos que, de alguma forma, contribuíram para a realização deste trabalho.
AGRADECIMENTOS
À Deus, por me dar a oportunidade de estar vivendo este momento.
Aos meus filhos, por suportarem com tanto carinho e amor a minha ausência.
Aos meus pais e irmãs, por cuidarem de mim e dos meus filhos por todos
estes anos e por estarem sempre ao meu lado, apoiando minhas decisões.
Às minhas amigas Vanessa de Oliveira e Flaviana Souza, por estarem ao
meu lado.
Aos companheiros do estágio supervisionado: Fernanda, Gláucio, Kátia,
Éricka, Cybelle, Audinez pelo que realizamos juntos e por terem me dado a
oportunidade de olhar para vocês de uma forma diferente, de uma forma melhor.
À Bibliotecária Cirlene Maciel por toda ajuda, força e atenção prestados a
mim.
Aos amigos José Targino, Fernando Antonny e Gustavo César, porque a vida
não tem tanta graça sem vocês.
À Sônia Campos, Conceição Câmara, Jackeline Maia, Denise Cortês e Kalline
Bezerra, por todo o incentivo e confiança em mim depositados, bem como a todos os
funcionários do SESC Restaurante e Macaíba.
Agradeço também aos professores que contribuíram para a minha formação
acadêmica. À Profª Maria do Socorro de Azevedo Borba pelo companheirismo,
compreensão, apoio, força e incentivo para a conclusão dos meus objetivos, bem
como à Profª Rildeci Medeiros pela atenção que sempre dispensa aos seus alunos e
por passar, para todos nós, um pouco da sua paixão pela Biblioteconomia.
Em especial, agradeço à minha ORIENTADORA, Profª Andréa Vasconcelos
Carvalho de Aguiar por, em muitos momentos, deixar de ser orientadora e assumir
papel de amiga, sendo paciente, compreensiva e dedicada. Dizer MUITO
OBRIGADA é pouco diante de tudo o que fez ...
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena acreditar num sonho que se tem, ou que seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém... Se você quiser alguém, em quem confiar, confie em si mesmo. Quem acredita sempre alcança.
Renato Russo
RESUMO
Analisa o processo de tomada de decisão inerente as atividades específicas de
bibliotecas. Para tanto, contextualiza a importância da informação para as
organizações; caracteriza o processo de tomada de decisão e a gestão da
informação como ferramenta necessária; identifica as ações de tomada de decisão
em bibliotecas, destacando as fontes de informação utilizadas. O estudo foi realizado
mediante pesquisa bibliográfica nas áreas de Biblioteconomia e Administração
usando fontes impressas e eletrônicas. Conclui que o processo de tomada de
decisão nas bibliotecas é realizado em todas as atividades específicas, sendo
necessário o concurso de informações gerenciadas.
Palavras-chave: Tomada de decisão em biblioteca. Gestão da informação. Administração de bibliotecas.
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO 10
2 A RELEVÂNCIA DA INFORMAÇÃO PARA A ORGANIZAÇÃO 13
3 PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO 19
4 GESTÃO DA INFORMAÇÃO PARA AS ORGANIZAÇÕES 23
5 AS BIBLIOTECAS E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO 28
5.1 AÇÕES DE TOMADA DE DECISÃO EM BIBLIOTECAS 31
5.1.1 Formação, desenvolvimento e organização das coleções 31
5.1.2 Dinamização e uso das coleções 34
5.2 FONTES DE INFORMAÇÃO ÚTEIS NA TOMADA DE DECISÃO EM BIBLIOTECAS 35
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 41
REFERÊNCIAS 42
Débora Costa Araújo 10 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, a informação é considerada como um dos mais valiosos
recursos para as organizações, devendo ser gerenciada, para que seja melhor
aproveitada. Para alcançar os objetivos a que a organização se propõe, faz-se
necessário que escolhas sejam feitas de forma acertada, o que vai depender
da adequação das informações obtidas para a tomada de decisão.
Desta forma, o gerenciamento da informação é um processo que
procura identificar, tratar e disponibilizar a informação, produzida dentro e fora
da organização, de modo que ela esteja sempre ao alcance de quem
necessita.
Aceitando o fato das bibliotecas serem organizações e terem como
objetivo o controle, tratamento, organização e disseminação da informação,
questiona-se: como se desenvolve o processo de tomada de decisão numa
biblioteca? Que tipos de decisões são tomadas? Como este tipo de
organização, que tem como produto final à informação, faz uso dela para
reduzir o grau de incerteza de uma decisão a ser tomada?
Esses questionamentos motivaram a verificação da utilização da gestão
da informação como apoio ao processo decisório em bibliotecas. Além disso,
em semestre passado, ao cursar a disciplina Gestão da Informação para o
Empreendedorismo, ministrada pela Profª Andréa Vasconcelos Carvalho, foram
realizadas leituras e discussões que também motivaram a escolha do tema.
Além disso, a contínua leitura de artigos e livros sobre o assunto, despertou
para a importância desta ferramenta administrativa e possibilitou a percepção
de que um estudo nessa área, relativamente recente, poderá ampliar a reflexão
sobre o campo de atuação do bibliotecário enquanto gestor da informação.
Nesse sentido, objetivou-se de modo geral analisar o processo de
tomada de decisão inerente às atividades específicas de bibliotecas.
Débora Costa Araújo 11 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
De modo específico, objetivou - se:
• Contextualizar a importância da informação para as
organizações;
• Caracterizar o processo de tomada de decisão;
• Caracterizar o processo de gestão da informação como
ferramenta para a tomada de decisão;
• Identificar as ações de tomada de decisão em bibliotecas;
• Identificar as fontes de informação utilizadas na tomada de
decisão de bibliotecas;
O trabalho foi feito através de pesquisa bibliográfica nas áreas de
Biblioteconomia e Administração usando como fonte de informação
monografias e livros sobre o tema, periódicos impressos e eletrônicos, tais
como: Revista Informação e Sociedade: Estudos; Ciência da Informação, entre
outros.
No que concerne à estrutura, no capítulo seguinte ao introdutório será
abordada a importância da informação para as organizações, apresentando
conceitos, características, usos e valor da informação no contexto
organizacional.
O terceiro capítulo analisa a tomada de decisão, sua importância para as
organizações, suas etapas, bem como algumas técnicas que podem ser
empregadas para auxiliar na disponibilização das informações imprescindíveis
ao processo.
Em seguida, no capítulo intitulado "Gestão da Informação para
organizações" é descrito o processo de gerenciamento informacional,
salientando sua relevância como ferramenta necessária à tomada de decisão.
Débora Costa Araújo 12 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
No quinto capítulo "As bibliotecas e o processo de tomada de decisão" é
feita a caracterização das bibliotecas enquanto organizações, salientando as
atividades que implicam em tomada de decisão e destacando as fontes de
informação necessárias ao processo.
Por fim, são apresentadas as considerações finais do trabalho, tendo em
vista o atendimento aos objetivos propostos.
Débora Costa Araújo 13 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
2 A RELEVÂNCIA DA INFORMAÇÃO PARA AS ORGANIZAÇÕES
Atualmente, a informação assume cada vez mais um papel central para
pessoas, organizações e países. Constitui-se em recurso econômico básico -
além do capital, dos recursos naturais e da mão-de-obra - necessário aos
processos produtivos, de negócios e de tomada de decisão. Além disso, a
informação é considerada insumo para o desenvolvimento, tomando-se um
bem dotado de valor estratégico e político e que, por conseguinte, divide o
mundo em países ricos e países pobres.
O conceito de informação está estritamente ligado ao de dado e de
conhecimento. Esta ligação é feita de forma hierárquica, ficando a informação
"[...] como conexão entre dados brutos e o conhecimento que se pode
eventualmente obter[...]" (DAVENPORT, 2002, p. 18).
A informação é colocada como conexão por transformar dados brutos
em dados com algum sentido ou valor e que, por sua vez, será transformada
em conhecimento se o receptor puder contextualizá-la ou interpretá-la. Neste
sentido, é oportuno observar o Quadro 1, no qual Davenport (2002, p. 18) faz a
distinção entre os três conceitos:
QUADRO 1 - DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO
Dados Informação Conhecimento • Simples observação sobre 0 estado do mundo • Facilmente estruturado • Facilmente obtido por máquinas • Frequentemente quantificado • Facilmente transferível
• Dados dotados derelevância e propósito • Requer unidade deanálise • Exige consenso emrelação ao significado • Exige necessariamentea medição humana
• Informação valiosa damente humana • Inclui reflexão, síntese, contexto • De difícil estruturação • De difícil captura emmáquinas • Frequentemente tácito • De difícil transferência
Adaptação da Fonte: DAVENPORT, Thomas H. Ecologia da informação: porque só tecnologia não basta para o sucesso na era da informação. São Paulo: Futura, 2002.
Débora Costa Araújo 14 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
Aos elementos dados, informação e conhecimento somam-se a
inteligência. Da mesma maneira que os dados podem ser transformados em
informação e que a informação pode vir a ser conhecimento, é interessante que
o conhecimento transforme-se em inteligência. Pode se entender por
inteligência, o uso efetivo do conhecimento para a solução de problemas, para
a inovação e para a tomada de decisão. Assim, pode-se afirmar que as
organizações demandam informações porque buscam inteligência.
No contexto organizacional, a informação pode ser compreendida como
um conjunto de fatos com valor definido, que passam por intervenção humana
a qual lhe atribui um novo significado. Neste sentido, Moresi (2001, p.111)
afirma que:
A importância da informação para as organizações é universalmente aceita, constituindo [...] um dos recursos cuja gestão e o aproveitamento estão diretamente ligados ao sucesso desejado. A informação também é considerada em muitas organizações como um fator estruturante e um instrumento de gestão.
As organizações são entidades, associações ou instituições formais, que
visam lucro ou não, que dependem da ação de pessoas e de informações para
atingir os objetivos definidos. A informação é o que dá apoio às funções
administrativas dentro das organizações por ser comum a todas, pois como
afirma Ferreira; Oliveira (1989):
• No planejamento, ela estabelece os meios de alcançar os
objetivos da organização;
• Na função de organização, mostra em que condição está e
esclarece seus objetivos;
• Na direção, fundamenta as decisões que serão tomadas;
• No controle, a informação serve de comparação entre o que foi
planejado e o que foi executado;
Débora Costa Araújo 15 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
• Na função de tomada decisão a informação aumenta a precisão
das ações deliberadas.
Assim, nas organizações, a informação é relevante para a execução de
vários processos. Serve de base para que se possa definir e alcançar os
objetivos propostos; conhecer o ambiente interno e o externo, identificando
pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças; tomar decisões, aumentando
a chance de acerto; resolver problemas, bem como para projetar novos
produtos e serviços e os planos para o futuro.
No entanto, para que a informação gere os benefícios de que é capaz é
necessário que tenha valor. O valor da informação sempre é determinado pelo
usuário, tendo em vista que é ele quem atribui valor à informação quando ela é
útil e necessária às suas ações.
Para que a informação seja considerada de valor pelo usuário, podendo
ser compreendida e transformada em conhecimento, é preciso que atenda a
alguns requisitos denominados de: valor simbólico, valor de uso e valor de
troca.
O primeiro requisito, valor simbólico, é condição imprescindível à atribuição de valor à informação. Diz respeito à capacidade do usuário em decodificar a informação, o que se dá através da fluência no idioma, da familiaridade com a área de conhecimento, etc.
Tendo atendido a esta condição fundamental, é possível então que o
usuário atribua valor de uso à informação, o que ocorre quanto ele percebe em
que a informação pode ser aplicada, quando ele identifica uma utilidade para
ela.
A partir do atendimento aos pré-requisitos anteriores, há possibilidade de
que o usuário atribua valor de troca à informação, ou seja, que se disponha a
despender uma certa quantia de dinheiro por ela.
Objetivando ampliar a compatibilidade entre a informação e as
necessidades dos usuários e, com isso, a possibilidade de que o usuário a
Débora Costa Araújo 16 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
atribua valor, existem esforços no sentido de se agregar valor à informação.
Esses esforços se dão em três níveis:
a) Estoque: acontece mediante a reunião e organização a fim de que se
possa disponibilizar grande quantidade de informações relevantes. A
agregação de valor em nível do estoque é tradicionalmente realizada
pelas unidades de informação.
b) Mensagem: ocorre quando são realizadas ações no sentido de
adequar a informação às necessidades de seu usuário, dando atenção à
forma como é comunicada e como será assimilada pelos usuários.
Através da disseminação seletiva da informação os bibliotecários
realizam a agregação de valor à informação no nível da mensagem.
c) Receptor: nível no qual o usuário tem condições de transformar as
informações recebidas em novas informações. Os professores,
pesquisadores, jornalistas e escritores, entre outros, frequentemente
agregam valor à informação neste nível.
Além disso, tendo em vista apresentar maiores reflexões sobre a
relevância da informação no contexto organizacional, consideramos oportuno
recorrer às leis propostas por Beal (2004):
1a Lei: o valor da informação aumenta com o uso, ou seja, quanto mais
utilizada maior o valor a ela associado;
2a Lei: a informação aumenta com a precisão, pois informações inexatas
podem provocar decisões equivocadas;
3a Lei: o valor da informação aumenta quando há combinação de
informações;
4a Lei: a informação pode ser utilizada ao mesmo tempo por várias
pessoas;
5a Lei: a informação perde seu valor com o passar do tempo, tornando-
se obsoleta;
Débora Costa Araújo 17 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
6a Lei: mais informação não é necessariamente melhor, pois o excesso
de informação pode gerar maiores dificuldades ao processo de tomada de
decisão;
7a Lei: a informação se multiplica, pois depois de ser avaliada e
combinada com outras pode ser transformada em uma nova informação.
Tais leis são bastante esclarecedoras no sentido de caracterizar a
informação e de estabelecer as distinções entre ela e os demais ativos
organizacionais. Tais características e distinções são essenciais ao processo
de gestão do recurso informação.
Para Aguiar (2004) o valor que se dá à informação está diretamente
ligado à necessidade que se tem dela. Assim, para que possa ser
adequadamente utilizada, a informação precisa apresentar as seguintes
características: clareza, o que facilita a compreensão; confiabilidade, que diz
respeito à credibilidade da fonte, redundando em segurança para o usuário;
oportunidade, ou seja, que esteja disponível a quem necessita dela no tempo
certo; completeza do significado e inexistência de lacunas e fragmentação;
objetividade, que aborde a questão central de forma direta; precisão, que se
refere à exatidão com que o tema é abordado.
As características informacionais acima apresentadas podem ser
complementadas por Cassarro (1988) que, considerando a informação
gerencial, propõe a observação dos seguintes aspectos:
• Custo versus benefício - o custo de se gerar ou tratar a informação
deve ser menor ou igual ao benefício que ela proporciona para a
tomada de decisão;
• Oportunidade - a informação oportuna é aquela que está disponível
ao tomador de decisão no momento em que ele precisa dela;
• Correção versus exatidão - a informação correta fornece uma visão
contextual da realidade, enquanto a informação exata fornece uma
Débora Costa Araújo 18 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
descrição precisa. Assim, geralmente é escolhida a informação
correta por estar mais facilmente disponível do que a exata;
• Relevância - "grau de importância que uma determinada informação
possui para uma tomada de decisão";
• Comparação - mostra o resultado realmente obtido com a
informação e o que se esperava dela.
A partir de tais reflexões e salientando o papel fundamental da
informação na tomada de decisão, considera-se oportuno analisar mais
detidamente este processo.
Débora Costa Araújo 19 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
3 O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO
A tomada de decisão pode ser entendida como o processo de escolher
dentre várias alternativas, a que melhor solucione um problema identificado. A
informação, na medida em que seu conteúdo seja adequado e confiável, dá
apoio ao processo decisório, por reduzir o grau de incerteza, influenciando
assim, o rumo que a organização segue.
Angeloni (2003) coloca como subsídios que interferem na tomada de
decisão o conjunto de dados, informação e conhecimento e que, no momento
de transformação do dado em informação e da informação em conhecimento, é
importante amenizar as distorções ocorridas. Explicita ainda que a qualidade
das decisões organizacionais depende de um maior envolvimento das pessoas
e da melhoria da comunicação na organização, já que a maioria das
informações relevantes para o processo de tomada de decisão está nas
cabeças dos indivíduos.
[...] a tomada de decisão é considerada a função que caracteriza o desempenho da gerência [...] esta atitude deve ser fruto de um processo sistematizado, que envolve o estudo do problema a partir de um levantamento de dados, produção de informação, estabelecimento de propostas e soluções, escolhas da decisão, viabilização e implementação da decisão e análise dos resultados obtidos. (GUIMARÃES, 2004, p.5)
Assim, o processo de tomada de decisão envolve a análise do problema,
a obtenção de informações que auxiliem no momento de dar alternativas e de
fazer a escolha por uma delas, a execução da escolha e posterior estudo dos
resultados alcançados com ela, conforme ilustrado abaixo (FIGURA 1):
Débora Costa Araújo A biblioteca e o processo de tomada de decisão
20
Adaptação da fonte: (TULL; HAWKINS, 1980, p. 51 apud TARAPANOFF, 1995, p. 15)
Como se pode observar na Figura 1, o processo de tomada de decisão
tem início com a etapa de estabelecimento dos objetivos da organização, para
que, na etapa seguinte seja determinado o momento em que eles não estão
sendo alcançados. Em seguida realiza-se a seleção do problema que precisa
ser solucionado e, com base em informações pertinentes, são desenvolvidas
alternativas que possam solucionar o problema. O próximo passo é a escolha
FIGURA 1: FASES DO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO
Débora Costa Araújo 21 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
da melhor alternativa, que resolva, da forma mais eficiente, a questão que
impede o alcance dos objetivos. A última fase do processo é a que diz respeito
à implementação da solução definida e a posterior análise desta solução com o
intuito de identificar a necessidade de modificações.
Tendo em vista a complexidade do processo de tomada de decisão, a
execução de suas várias etapas requer a análise e o uso de informações.
Assim, existem várias técnicas que podem ser empregadas para auxiliar no
processo de geração, coleta e análise da informação para a tomada de
decisão, tais como as propostas por Jucius; Schlender (1976) e Tarapanoff
(1995):
a) Experiências Anteriores - através de registros, na mente ou no
papel, de decisões tomadas no passado e dos resultados obtidos, é possível
escolher o que fazer, contanto que as situações (atuais e anteriores) sejam
parecidas.
b) Métodos Quantitativos - uso de instrumentos quantitativos como
livros de contabilidade, estatísticas, métodos de probabilidade e lógica. Este
método deve ser empregado para situações que possam gerar lucro.
c) Simulação ou construção de cenários - é uma técnica que emprega,
de forma fictícia, as alternativas para a situação, buscando identificar as
consequências que cada escolha possa gerar.
d) Monitoramento Tecnológico - dá-se através da observação de
fatores que levem a mudanças tecnológicas e da análise da forma como tais
transformações afetam os vários processos da organização. No monitoramento
tecnológico realiza-se a coleta das informações qualitativas sobre o mercado e
sobre outras empresas de modo a subsidiar o processo de tomada de decisão.
e) Brainstorming ou "tempestade de idéias" - consiste em reunir
indivíduos de diferentes setores da organização com o intuito de agrupar o
maior número de idéias que tragam soluções para problemas específicos. Deve
ser feita em grupo, gerando uma grande quantidade de idéias, sem a
realização de julgamento ou crítica.
Débora Costa Araújo A biblioteca e o processo de tomada de decisão
22
f) Técnica de Grupo Nominal - trata-se da reunião de grupos de
diferentes níveis da instituição com o objetivo de encontrar a melhor solução
para um problema. Esta técnica é desenvolvida apresentando uma pergunta
gatilho onde os indivíduos têm um tempo limite para pôr no papel suas idéias,
logo após elas são apresentadas para o grupo, onde são discutidas,
classificadas por ordem de importância e, em seguida, é feita uma votação
para escolher a decisão que será tomada.
Estas técnicas auxiliam o tomador de decisão a escolher o melhor
caminho para a situação que precisa enfrentar, não deixando de utilizar o
elemento principal do processo de tomada de decisão: a informação.
O processo de decisão pode ir de um extremo, onde as soluções ou respostas já estão programadas e podem ser automatizadas, até outro, onde os problemas são amplos e complexos, não previstos, não estruturados e demandam grande volume de informações. (BEUREN, 1998, p. 47)
Cabe ao processo de tomada de decisão dar respostas a questão mais
simples, onde a solução é dada quase automaticamente, como também a
questões mais difíceis, que requerem uma quantidade maior de informação
para que essa decisão possa ser a mais precisa.
Para que sejam dotadas de tais atributos e atendam de modo e em
tempo adequado às necessidades informacionais da organização, é necessário
que a informação seja gerenciada. Assim, no capítulo seguinte, aborda-se o
processo de gestão da informação, salientado suas características e etapas.
Débora Costa Araújo 23 A biblioteca e o processo de tornada de decisão
4 A GESTÃO DA INFORMAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
Choo (1998 apud BEUREN, 1998) conceitua a gestão da informação
como sendo um conjunto de seis processos distintos e inter-relacionados:
identificação de necessidades informacionais; aquisição de informação;
organização e armazenagem da informação; desenvolvimento de produtos e
serviços informacionais; distribuição e uso da informação. Sendo este um
processo cíclico e contínuo.
Segundo Marchiori (2002) existem três enfoques dados à gestão da
informação: nos cursos de administração; tecnologia da informação e na
ciência da informação.
Para a administração a gestão da informação aponta que o
desenvolvimento tecnológico esteja em harmonia com os objetivos das
organizações.
A tecnologia da informação enfoca a gestão da informação como recurso
a ser melhorado através de diferentes disposições de hardware, software e de
redes de telecomunicações.
O terceiro enfoque, o da ciência da informação, coloca que a gestão da
informação
[...] em sua essência se ocupa do estudo da informação em si, isto é, a teoria e prática que envolvem sua criação, identificação, coleta, validação, representação, recuperação e uso, tendo como princípio o fato de que existe um produtor / consumidor de informação que busca, nesta, um 'sentido' e uma 'finalidade'. (MARCHIORI, 2002, p. 75).
Através disso constata-se que a gestão da informação tem como
princípio atender, da maneira mais eficaz, as necessidades informacionais dos
indivíduos e das organizações.
Débora Costa Araújo 24 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
Beuren (1998, p. 68) explicita que para realizar os propósitos a que se
destina a gestão da informação, é preciso compreender as tarefas envolvidas
no processo, que são:
a) Identificação de Necessidades e Requisitos de Informação
Esta etapa se propõe a saber, o tipo, as condições, as necessidades e a
finalidade de utilização da informação, tanto para os indivíduos que fazem parte
da organização, quanto para o cliente externo.
Neste sentido, Aguiar (2004) afirma que "a forma como esta etapa é
realizada determina a eficácia ou ineficácia do processo de gestão da
informação como um todo". Por isso é importante que seja feito um
monitoramento das atividades da organização, tendo em vista reconhecer as
fontes mais importantes para a administração da organização e rastrear toda
informação disponível e necessária para os diferentes setores e tomadores de
decisão.
b) Coleta da Informação
Após a identificação das necessidades informacionais é feito o
recolhimento dessas informações. Junto a esta etapa faz-se necessário
determinar as fontes a serem utilizadas para que seja assegurada
confiabilidade das informações.
c) Classificação e Armazenamento da Informação
Para a realização desta etapa é necessário que se conheça o público a
quem a informação se destina para que a classificação possa levar o usuário
mais facilmente à informação. No contexto organizacional, a informação pode
ser classificada tanto por assunto como também pelo nível de sigilo exigido.
Por sua vez, o armazenamento pode ser feito em vários suportes, desde
o registro em papel até o formato eletrônico (CD-Rom, Internet, intranet, etc.)
Débora Costa Araújo 25 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
d) Tratamento e Apresentação da Informação
Pode ser realizado em conjunto com a classificação e armazenamento, e
consiste na determinação de organização, forma, estrutura e apresentação da
informação para que se torne mais fácil a localização e o acesso.
e) Desenvolvimento de Produtos e Serviços de Informação
Esta etapa depende da articulação entre usuários e profissionais de
diversas formações, principalmente o profissional da informação, objetivando
identificar os serviços necessários, planejá-los e oferecê-los de modo
satisfatório.
Vale salientar que os serviços e produtos desenvolvidos deverão ser
permanentemente avaliados para estarem sempre adequados às exigências
dos usuários, sejam eles clientes internos ou externos à organização.
Alguns produtos e serviços de informação customizados que podem ser
desenvolvidos para as organizações, são: avaliação da informação por
especialistas; serviço de busca retrospectiva; pesquisa bibliográfica; perguntas
e respostas etc.
f) Disseminação da Informação
Esta fase é essencial ao processo e compreende o modo como a
informação é transmitida para o usuário, ou seja, diz respeito aos meios
utilizados para dar a conhecer uma informação ao usuário que dela necessita.
Em relação ao suporte empregado, a disseminação pode ser textual,
verbal, audiovisual ou eletrônica. Quanto à periodicidade, pode ser feita
ocasional ou permanentemente. Já no que concerne à iniciativa do profissional
da informação, a disseminação pode ser passiva, quando ele apenas atende a
uma solicitação do usuário; ou ativa, quando é o profissional da informação que
se antecipa à necessidade do usuário.
Débora Costa Araújo A biblioteca e o processo de tomada de decisão
26
Em nível organizacional, é oportuno que se realize a disseminação
seletiva de informações, de modo que sejam estabelecidos segmentos
específicos para a oferta customizada da disseminação.
g) Análise e Uso
É através desta etapa que se garante o alcance do objetivo de toda a
gestão da informação - levar ao usuário a informação que ele necessita - que é
efetivado pelo uso que se faz da informação.
Beuren (2004) coloca como pré-requisitos para o uso da informação:
saber onde ela está; saber onde está armazenada; ter acesso a ela; saber
como utilizá-la e saber se o formato (linguagem, detalhamento etc.) está
adaptado às necessidades do usuário.
Como forma de ilustrar o que foi dito, a Figura 2 apresenta as etapas do
processo de gerenciamento da informação e suas relações.
FIGURA 2: TAREFAS DO PROCESSO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO
Fonte: MCGEE, James V.; PRUSAK, Laurence. Gerenciamento estratégico da informação:
aumente a competitividade e a eficiência de sua empresa utilizando a informação como uma ferramenta estratégica. Rio de Janeiro: Campus, 1994. p., 108.
Débora Costa Araújo 27 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
Como forma de ilustrar o que foi dito, a Figura 2 apresenta as etapas do
processo de gerenciamento da informação, onde através dela percebe-se o
encadeamento lógico e as relações existentes entre as tarefas. Neste sentido,
convém destacar que mesmo não constando da proposta da ilustração acima,
a gestão da informação precisa ser entendida como um processo cíclico, no
qual precisa existir um mecanismo de feedback que ligue a última etapa de
análise e uso da informação à fase de identificação e requisitos das
necessidades informacionais.
Após abordar as várias etapas que compõem o processo de gestão da
informação, torna-se oportuno salientar os objetivos da gestão da informação
nas organizações.
Neste sentido, pode-se afirmar que a gestão da informação visa
possibilitar a determinação da capacidade e da necessidade de informação
organizacional, incrementando assim a competitividade e os processos de
modernização sob o ponto de vista do planejamento e uso estratégico da
informação.
Gerir informação é, assim decidir o que fazer com base em informação, decidir o que fazer sobre informação. È ter a capacidade de selecionar dum repositório de informação disponível, aquela que é relevante para uma determinada decisão [...] (ZORRINHO, 1995, p.146 apud BRAGA, 2000)
Nesse sentido a gestão da informação vem para identificar, filtrar,
organizar e disseminar, possibilitando a análise e o uso do que for relevante
para o processo de tomada de decisão nas organizações, constituindo-se,
portanto, numa ferramenta indispensável.
Após o estudo deste processo serão discutidas as ações de tomada de
decisão realizadas nas bibliotecas.
Débora Costa Araújo 28 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
5 AS BIBLIOTECAS E O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO
Organizações são unidades sociais deliberadamente construídas para perseguir objetivos específicos
Amitai Etzioni
Uma organização é a reunião de recursos humanos, financeiros,
materiais e tecnológicos para atingir um determinado objetivo. Tanto uma
empresa quanto às partes que a compõem (uma divisão, um departamento ou
seção) são organizações.
Assim, a biblioteca deixa de ser encarada como "coleção pública ou
privada de livros e documentos congêneres" (ORGANIZAÇÕES, 1993, p. 73) e
passa a ser entendida como uma organização que visa o controle, tratamento,
organização e disseminação da informação.
Pessoas, capital, materiais, processos e tecnologia ingressam; produtos
ou serviços saem da organização. Entre estas entradas e saídas, recursos são
transformados para a criação de excedentes, que contribuem para assegurar
sua continuidade.
É fundamental salientar que as organizações existem dentro de um meio
ambiente, que inclui fornecedores, clientes e concorrentes, bem como uma
grande variedade de condições legais, econômicas, sociais e tecnológicas que
precisam ser consideradas. Desta forma, podem ser consideradas como
sistemas abertos por haver "uma permanente relação de interdependência com
o meio ambiente [...] influenciando-o e sendo por ele influenciado" (MOREIRA,
2003).
Neste sentido, a biblioteca é um sistema aberto por estar em constante
relação de troca com o meio ambiente, recebendo influência de fatores
externos no funcionamento interno; estar em constante desenvolvimento; e
haver uma interdependência das partes do sistema para o alcance dos
objetivos e metas estabelecidos.
Débora Costa Araújo 29 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
Segundo Maciel; Mendonça (2000, p. 7), a visão da biblioteca como
organização permite a ela concorrer, com maior acerto, no espaço de
inovações e incertezas que marcam o período. Este acerto depende da forma
como a biblioteca é administrada e como as decisões são tomadas.
Para que alcancem seus objetivos, as organizações precisam ser
administradas, o que se dá através das funções gerenciais. Assim, tendo em
vista esclarecer o processo serão apresentadas às ações de planejar,
organizar, dirigir e controlar.
a) Planejamento: é a função responsável por projetar adequadamente
as ações pertinentes ao alcance dos objetivos das organizações. Arezzo (1981,
p. 26 apud MACIEL; MENDONÇA, 2000, p. 44) divide o planejamento em
quatro níveis:
• Análise e reflexão: significa identificar as necessidades da
comunidade aonde as ações irão acontecer;
• Decisão e montagem: diz respeito à determinação das metas e das
formas de atingi-las.
• Ação: faz parte do processo de planejar acompanhar o andamento
das ações programadas;
• Revisão ou crítica: significa a realização da análise da ação em
andamento visando alterar o curso do planejamento.
b) Organização: determina a estrutura organizacional, especificando
que indivíduos e que trabalhos estão subordinados a que superiores; também
define as relações interpessoais existentes entre os indivíduos. Quanto à
estrutura, pode ser:
• formal: estabelece os postos de autoridade (quem tem autoridade
sobre quem) e define a estrutura organizacional nas suas várias
divisões. Maciel; Mendonça (2000, p. 50, grifo do autor) ressalta que
"As organizações formais apóiam-se em dois princípios: unidade de
Débora Cosia Araújo 30 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
objetivos e eficiência. Se [...] atinge seus objetivos ela é eficaz, mas
se o faz com o mínimo de custos é eficiente.";
• informal: é originária e inerente às relações interpessoais existentes na
organização. Trata-se da inevitável composição de grupos a partir da
afinidade entre os colaboradores. Acarreta tanto benefícios quanto
também alguns inconvenientes à organização. Assim, às vezes é alvo
de desconfiança por parte da administração, pois pode causar o
descumprimento de regras, de prazos, etc.
c) Direção: "[...] responsável pelo gerenciamento da organização à
medida em que se executam os planos, programas e projetos, procurando
convertê-los em resultados" (MACIEL; MENDONÇA, 2000, p. 51).
Através da direção de uma organização realiza-se a liderança; monitora-
se o ambiente na qual está inserido; integra-se a equipe na tomada de decisão;
supervisiona-se, observando e avaliando o desenvolvimento do trabalho; e
coordena-se, estabelecendo relações entre os indivíduos das diversas funções.
d) Controle: restringe e regula as ações para que sejam completados
do modo como foram projetados. Isto equivale conferir se cada pessoa realizou
a ação "[...] certa, no tempo certo, no lugar certo e com os recursos certos"
(JUCIUS; SCHLENDER, 1976, p. 127).
Tendo em vista que as funções gerenciais compõem no todo um
processo cíclico e contínuo, as ações de controle e de planejamento mantêm
estreita relação entre si. Pois, de um lado, através do controle se avalia se o
que foi planejado efetivamente foi executado. E, por outro lado, é através do
planejamento que as necessárias modificações percebidas pelo controle
podem ser incorporadas.
As funções gerenciais envolvem o processo de tomada de decisão e são
realizadas em todas as organizações, inclusive nas bibliotecas. Porém, tendo
em vista o escopo do trabalho, serão analisadas apenas as ações de tomada
de decisão inerentes às atividades específicas das bibliotecas.
Débora Costa Araújo A biblioteca e o processo de tomada de decisão
31
5.1 AÇÕES DE TOMADA DE DECISÃO EM BIBLIOTECAS
Sabendo que, como afirma Maciel; Mendonça (2000, p. 14), a tomada de
decisão é um "processo que identificação de um problema específico e a
seleção de uma linha de ação para resolvê-lo ou para aproveitar uma
oportunidade", será feita uma análise das atividades específicas de bibliotecas,
destacando as possíveis tomadas de decisão necessárias.
A partir da adaptação da proposição de Ferreira (1977, p.21 apud
MACIEL, 2000), as funções biblioteconômicas são agrupadas em dois blocos:
Formação, Desenvolvimento e Organização de Coleções e Dinamização do
uso das coleções.
As inúmeras decisões que precisam ser tomadas se diferenciam em
função da atividade a que estiver ligada. Segundo Maciel; Mendonça (2000) as
ações que demandam tomada de decisão em bibliotecas são as seguintes:
5.1.1 Formação, Desenvolvimento e Organização de Coleções
Para Maciel; Mendonça (2000), o processo de formação,
desenvolvimento e organização de coleções é visto como uma atividade, onde
a estudo da comunidade e de suas características apóia as decisões referentes
ao estabelecimento de políticas, ao processamento técnico dos documentos e
ao seu armazenamento. As decisões inerentes a esta atividade, são:
a) Seleção: atividade responsável pela escolha do material que irá fazer
parte do acervo, tanto quanto à forma, como quanto ao conteúdo. Algumas das
decisões a serem tomadas nesta atividade, são:
• Escolha do tipo de material e assuntos que farão parte do acervo;
• Constituição de critérios para aquisição das diferentes coleções que
compõe o acervo;
Débora Costa Araúio A biblioteca e o processo de tomada de decisão
32
• Recomendação quanto ao número de exemplares a serem
adquiridos, etc.
b) Aquisição: é responsável por todo processo de compra, doação e
permuta, além do registro dos documentos. Decisões inerentes à atividade:
• Como os recursos financeiros serão aplicados;
• Escolha do processo de aquisição, dos fornecedores;
• Seleção do material o qual será feita permuta, etc;
c) Avaliação do Acervo: atividade de suma importância para a
biblioteca, porque através dela pode-se "corrigir ou manter estratégias com a
finalidade de atingir objetivos pré-determinados" (MACIEL; MENDONÇA, 2000,
p. 23). A avaliação do acervo exige que se tomem algumas decisões, como:
• A definição de objetivos da avaliação;
• Escolha da metodologia a ser adotada;
• Definição de periodicidade de realização.
d) Desbastamento e Descarte de Coleções: o desbastamento é feito
após a avaliação com o objetivo de identificar o material que não é mais
pesquisado para que, posteriormente, seja feito o descarte. Pode-se destacar,
entre as inúmeras decisões a serem tomadas, as seguintes:
• Definição do material que deverá ser retirado do acervo, em relação à
desatualização e às condições físicas;
• Determinação do tempo de permanência do material no local de
desbaste;
Débora Costa Araújo 33 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
• Definição de procedimento do descarte (incineração, doação, etc.)
e) Processo Técnico: é uma atividade que, através da análise temática
e descritiva, facilita o acesso, localização e a utilização do documento pelo
usuário. A execução desta atividade necessita de algumas decisões, dentre
elas destacam-se:
• Seleção do tipo de classificação a ser usada, tendo em vista a
melhor recuperação do documento pelo usuário;
• Definição da terminologia a ser usada para a descrição dos assuntos,
fixação de regras que nortearão a catalogação de documentos;
• Estabelecimento de mecanismos de recuperação de documentos
(catálogos manuais e eletrônicos), etc;
f) Armazenagem ou Guarda de Documentos: é a atividade
responsável pela localização física das coleções, bem como pela preservação
e restauração das coleções. Algumas decisões tomadas por esta atividade:
• Escolha do mobiliário;
• Definição de tratamento físico ou químico para os documentos
danificados;
• Definição do arranjo das estantes;
• Elaboração de inventários para controle do acervo;
• Adequação do espaço físico da biblioteca
Débora Costa Araújo 34 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
5.1.2 Dinamização do uso das coleções
Esta categoria engloba todos os processos de atendimento ao usuário e
circulação do acervo. Dentro dela destacam-se, com as respectivas decisões a
serem tomadas, as seguintes atividades:
a) Divulgação: atividade que visa a "produção de instrumentos de
divulgação da [...] biblioteca e seus serviços e produtos" (MACIEL;
MENDONÇA, 2000, p. 35). A divulgação se faz através de cartazes, folders,
sumários correntes, boletins on-line etc. Esta atividade requer tomada de
decisões, como:
• Determinação das informações e a disposição delas na ferramenta de
divulgação;
• Localização de quadros de sinalização;
• Organização das informações a serem divulgadas pela Internet;
• Seleção dos meios de comunicação a serem utilizados: televisão,
Intranet, Internet, jornais, etc.
• Definição da periodicidade em que a atividade será feita.
b) Orientação e auxílio ao usuário: tem como objetivo orientar o
usuário para a utilização dos recursos informacionais da biblioteca. A esta
atividade cabem algumas decisões, tais como:
• Elaboração de normas para a conduta de orientação ao usuário;
• Determinação de rotinas para implementação dos serviços a serem
oferecidos.
c) Circulação: atividade responsável pelo trânsito do acervo da
biblioteca, através da consulta aos documentos, empréstimos domiciliares, etc.
Débora Costa Araújo 35 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
Também diz respeito às atividades de cadastramento de usuários, aplicação de
punições por atraso, etc. Dentro desta atividade devem ser tomadas decisões
quanto à:
• Escolher a forma de acesso à coleção
• Instituição de normas para a disposição dos direitos e deveres dos
usuários;
• Determinação da validade das inscrições;
• Estabelecimento de penalidades para os usuários em atraso.
Considerando que todas as ações de tomada de decisão propostas
acima necessariamente requerem informações, tornando-se necessário que se
aborde as fontes de informação utilizadas na tomada de decisão em
bibliotecas.
5.2 FONTES DE INFORMAÇÃO ÚTEIS NA TOMADA DE DECISÃO EM
BIBLIOTECAS
Fontes de informação são todos os tipos de meios que contém
informações capazes de ser compartilhadas. Dependendo da forma como a
informação é produzida, as fontes de informação podem ser divididas em:
a) primárias - contêm informações originais e são de difícil identificação
e localização por armazenar informações publicadas no momento da sua
produção. Como exemplo tem - se: artigos científicos; livros; relatórios (técnico-
científicos e de viagens); arquivos de computador.
b) secundárias - após análise das fontes primárias, e por vezes, as
informações são selecionadas e organizadas através de uma disposição
definida, com o intuito de facilitar a sua recuperação e uso. Podem ser
representadas por: enciclopédias; tabelas; dicionários; revisões de literatura,
etc.
Débora Costa Araújo 36 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
c) terciárias - são fontes responsáveis por guiar, facilitar o acesso às
outras fontes. Exemplo: catálogos; guias de literatura; periódicos de resumos.
Além destas fontes podemos citar as reuniões, conversas com clientes,
relações interpessoais como fontes de informação informal, ou seja, são
informações que não estão armazenadas e, por isso, são difíceis de se
recuperar.
São inúmeras as fontes de informação que auxiliam o processo de
tomada de decisão em bibliotecas, elas variam de acordo com as atividades e
com a decisão a ser tomada. A seguir serão expostas as fontes de informação
utilizadas para decisões em bibliotecas, as quais serão agrupadas em função
das atividades a que servirão.
a) Seleção:
• Catálogos comerciais de editoras ou os catálogos coletivos: são
usados para situar o bibliotecário frente às novas publicações ou
novas edições do material que a biblioteca já possui, auxiliando
também na estimativa de custo da seleção feita;
• Relatórios estatísticos de uso da coleção: mostra as áreas
(assuntos) que são mais consultadas pelos usuários, assim como,
o material não consultado, contribuindo para a seleção de novos
exemplares e/ou novas edições das publicações existentes;
• Opinião do usuário: fornece informações quanto ao tipo de
suporte, de fonte de informação, de assunto que são utilizadas
por ele, reforçando as informações contidas no relatório de
estatística de uso da coleção e norteando a atividade, para que o
material selecionado atenda as necessidades informacionais tanto
dos usuários da biblioteca.
• Política de formação e desenvolvimento da coleção: determina os
objetivos que a biblioteca quer alcançar, define o perfil do usuário,
bem como os assuntos que farão parte da coleção. Define ainda
Débora Costa Araújo 37 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
como será tratada a coleção. Esta definição dos assuntos
subsidia a decisão de seleção da coleção que vai compor o
acervo.
b) Aquisição:
• Lista de duplicatas do acervo: ajuda a definir o material que será
permutado.
• Relatórios financeiros: disponibilizam informações sobre a
quantidade de recursos financeiros que a biblioteca dispõe para
compra que, se não forem suficientes, pode-se levar a tomar
decisões quanto ao corte de alguns itens selecionados.
• Orçamentos: servem para saber se os recursos financeiros
disponíveis são suficientes para a aquisição do material, para
fazer comparações entre orçamentos de diversos fornecedores
onde será decidido o que melhor atende o pedido feito;
• Cadastro de fornecedores: é utilizado para decidir quem tem
maiores condições de atender satisfatoriamente ao pedido feito.
c) Avaliação das Coleções:
• Relatórios técnicos e estatísticos: estabelecem a forma como está
sendo utilizada a coleção, identifica a idade e a cobertura
temática, definindo se a mesma está de acordo com o proposto
na política de formação e desenvolvimento do acervo. Os
relatórios técnicos de avaliações anteriormente realizadas
mostram problemas já enfrentados pela coleção e suas
respectivas soluções. Através disto, situações podem ser
comparadas e, assim, pode ser identificada a melhor decisão a
ser tomada.
Débora Costa Araújo 38 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
• Opinião do usuário e de especialistas: será utilizada para
identificar o material que não está sendo consultado por conter
informações obsoletas ou que seu estado físico não permita mais
o uso. Serve ainda para mostrar se as necessidades
informacionais estão sendo atendidas. Neste sentido é possível
determinar o material que será descartado ou que irá para
desbaste, assim como, saber se as definições contidas na política
de formação e desenvolvimento de coleções correspondem à
realidade do usuário.
d) Desbastamento e Descarte de Coleções:
• Política de desenvolvimento da coleção e manual de serviço: são
fontes que possibilitam a identificação das determinações quanto
aos prazos e critérios pertinentes a esta atividade, como: prazo de
alocação do material no local do desbaste, forma como o material
será descartado, resolução sobre a consulta ao material que está
em processo de desbastamento, entre outros.
• Relatório de avaliação da coleção: determina o material que sairá
do acervo para o descarte ou desbaste.
e) Processamento técnico:
• Catálogos coletivos: este tipo de catálogo é muito usado para
auxiliar na catalogação de documentos, quando existem dúvidas
relativas a melhor descrição.
• Tabelas de classificação: possibilitam selecionar os símbolos que
melhor representam o conteúdo dos documentos, definindo assim
o local onde o material ficará no acervo.
Débora Costa Araújo 39 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
• Tesauro: usado para determinar os termos que irão definir os
assuntos do acervo.
• Códigos de catalogação: servem para orientar e padronizar o
serviço de catalogação.
• Estudo de usuário: possibilita adequar a forma de representação
temática às características do usuário.
f) Armazenagem ou Guarda de Documentos:
• Catálogo topográfico: é usado para auxiliar a realização de
inventário do acervo.
• Layout da biblioteca: auxilia na definição da melhor disposição do
mobiliário, tendo em vista assegurar o melhor aproveitamento do
espaço físico, contribuir para a preservação dos documentos e
propiciar conforto ambiental a usuários internos e externos.
• Tabelas de classificação: auxiliam na ordenação do material na
estante por conter as informações que definam tal ação.
g) Divulgação:
• Manual de serviço: fornece informações que subsidiam a escolha
do que será divulgado, tais como: serviços e produtos oferecidos,
horário de funcionamento, critérios de uso.
• Estudo de usuário: fornece informações que definem os meios
através dos quais a divulgação será feita, tais como Internet,
painel, folder, boletim, etc. Além disso, auxilia na definição do
conteúdo a ser divulgado.
Débora Costa Araújo 40 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
• Plano de marketing: define critérios de divulgação dos serviços e
dos produtos oferecidos pela biblioteca.
h) Orientação e Auxílio ao Usuário:
• Manual de serviço: é empregado para determinar a forma como o
usuário deverá ser orientado a usar os produtos e serviços
disponíveis.
• Opinião do usuário: diz se o serviço está conseguindo atender
suas necessidades, se a orientação dada consegue levá-lo até o
material desejado, pois, em caso negativo, as estratégias de
orientação deverão mudar.
i) Circulação:
• Relatórios estatísticos: fornecem informações sobre o
crescimento da coleção, a consulta do acervo, o volume de
empréstimo e de inscrições de novos usuários que, poderão ser
usadas para estabelecimento de prazos de devolução, entre
outros.
• Manual de serviço: disponibiliza informações sobre os
procedimentos a serem usadas para inscrições de usuários,
penalidades por atraso na devolução ou extravio de material,
prazo de devolução de empréstimo, modalidade de empréstimos
(convencional e especial), direitos e deveres do usuário.
Débora Costa Araújo 41 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pode-se concluir que o processo de tomada de decisão nas bibliotecas é
realizado em todas as atividades, sejam administrativas ou específicas; e
requer informação para ser efetivado, a qual precisa ser gerenciada.
Constatou-se outrossim que todas as decisões tomadas nas bibliotecas
visam a atender ao objetivo organizacional da biblioteca e da instituição
mantenedora através da satisfação das necessidades informacionais do
usuário.
Entendesse que a informação é necessária em todas as etapas da
tomada de decisão, em especial na determinação das possíveis alternativas de
solução para o problema. Para que seja efetivamente útil, a informação precisa
ser confiável, clara, objetiva e completa, o que é possibilitado pelo processo de
gestão da informação.
A partir da pesquisa realizada foi possível identificar quais as fontes de
informação utilizadas na tomada de decisão de bibliotecas e perceber que, em
sua grande maioria, são geradas dentro da própria organização, constituindo-
se em fontes primárias. De acordo com a atividade as fontes serão
empregadas para subsidiar diferentes decisões.
O processo de tomada de decisão deve ser encarado como algo
importante, que requer reflexão, análise e planejamento. Pois, ao ser tomada a
decisão gera impactos que repercutem na disponibilização de produtos e
serviços informacionais e, consequentemente, na consecução dos objetivos
organizacionais. Assim, o bibliotecário precisa estar consciente da presença e
da relevância das tomadas de decisão inerentes às suas ações.
Débora Costa Araújo 42 A biblioteca e o processo de tomada de decisão
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