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Cont. pag.7 Num. 3 Ano / An I 10 de Maio/ mai 2014 Grande defensor da Língua Portuguesa Um dos maiores defensores da Língua Pátria da actualidade, Vasco Graça Moura, homem político e escritor e poeta consagrado, teve para além dos postos acima descritos, o cargo de administrador do Ofício Nacional das publicações e moedas, tendo sido depois comissário geral das Comemorações das Descobertas Portuguesas para a qual coordenou a revista Oceanos,e mais tarde, Director de Serviços na Fundação Calouste Gulbenkian. Ardente defensor tanto da Lusofonia como da Francofonia. Nomeado Director do Centro Cultural de Belém em Janeiro de 2012, a sua primeira decisão após tomada do cargo, foi determinar a proibição imediata da aplicação do detestado Acordo Ortográco que nos pretendem impor. Décès de l’écrivain portugais Vasco Graça Moura Vasco Graça Moura, considéré comme un des plus grands écrivains portugais... Agence France-Presse Vasco Graça Moura, considéré comme un des plus grands écrivains portugais contemporains, est décédé dimanche 27 avril à l’âge de 72 ans, a annoncé le centre culturel de Belem. Hospitalisé à Lisbonne, l’écrivain s’est éteint à la suite d’une longue maladie, a précisé le centre dont il était le président depuis janvier 2012. Romancier, poète, traducteur, avocat et homme politique, Vasco Graça Moura était né en 1942 à Foz do Douro près de Porto (nord). «Le Portugal perd un de ses citoyens les plus éminents qui laisse un vaste héritage littéraire marqué par l’inspiration et l’engagement en faveur de la langue portugaise», a regretté le premier ministre portugais Pedro Passos Coelho. Diplômé en droit de l’université de Lisbonne, Vasco Graça Moura emprunte dans les années 60 la carrière d’avocat avant de se lancer dans la politique après la Révolution des oeillets en 1974. Il adhère au Parti social-démocrate (PSD, centre droit) et participe en 1975 à deux gouvernements provisoires en tant que secrétaire d’État. En 1978, il devient directeur de la Radiotélévision publique portugaise (RTP). Élu député européen en 1999 sur la liste du PSD, Vasco Graça Moura occupe le poste de vice-président de la commission de la Culture du Parlement européen. Réélu en 2004, il siège au Parlement européen jusqu’en 2009. Vasco Graça Moura a publié une trentaine d’ouvrages, dont A sombra das figuras (1985, L’ombre des gures), une anthologie de ses poèmes, et Quatro últimas Canções (1987, Derniers Chants d’amour), un roman qui se déroule dans le nord du Portugal Dirigiu a Fundação Casa de Mateus, foi comissário-geral de Portugal para a Exposição Universal de Sevilha (1988-1992) e director do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian (1996-1999). Sobre ele a Lusa escreveu assim: Em Janeiro de 2012, substituiu António Mega Ferreira na presidência da Fundação Centro Cultural de Belém. Com o ex-jornalista partilhara, cerca de 20 anos antes, a ideia de candidatura de Portugal à Expo 98, num almoço junto ao Terreiro do Paço, em Lisboa. A par dos projectos, Vasco Graça Moura nunca abandonou a escrita. Publicou, entre outros, «Instrumentos para a melancolia» (1980), «A sombra das guras» (1985), «A furiosa paixão pelo tangível» (1987), «Uma carta no inverno» (1997), «Testamento de VGM» (2001), «Antologia dos sessenta anos» (2002) e «Os nossos tristes assuntos» (2006). Em 2000, recolheu a poesia de «1997-2000», a que se seguiria a «Antologia dos sessenta anos» (2002), antes do meio século de vida literária, em 2013, assinalado com a publicação, no nal do ano anterior, de toda a obra poética, em dois volumes e mais de 1.200 páginas. A obra de Vasco Graça Moura, porém, é igualmente o ensaio, o pensamento, a ligação a outras artes. Escreveu «Diálogo com (algumas) imagens» (2009), sobre protagonistas da arte portuguesa, percorreu «Circunstâncias vividas» (1995), recolheu volumes de crónicas.

Décès de l’écrivain portugais Vasco Graça Moura homem político e escritor e poeta consagrado, teve para além dos postos acima descritos, o cargo de administrador do Ofício

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Num. 3Ano / An I10 de Maio/ mai 2014

Grande defensor da Língua PortuguesaUm dos maiores defensores da Língua Pátria da actualidade, Vasco Graça Moura, homem político e escritor e poeta consagrado, teve para além dos postos acima descritos, o cargo de administrador do Ofício Nacional das publicações e moedas, tendo sido depois comissário geral das Comemorações das Descobertas Portuguesas para a qual coordenou a revista Oceanos,e mais tarde, Director de Serviços na Fundação Calouste Gulbenkian.Ardente defensor tanto da Lusofonia como da Francofonia.Nomeado Director do Centro Cultural de Belém em Janeiro de 2012, a sua primeira decisão após tomada do cargo, foi determinar a proibição imediata da aplicação do detestado Acordo Ortográfi co que nos pretendem impor.

Décès de l’écrivain portugais Vasco Graça MouraVasco Graça Moura, considéré comme un des plus grands écrivains portugais...

Agence France-Presse

Vasco Graça Moura, considéré comme un des plus grands écrivains portugais contemporains, est décédé dimanche 27 avril à l’âge de 72 ans, a annoncé le centre culturel de Belem.

Hospitalisé à Lisbonne, l’écrivain s’est éteint à la suite d’une longue maladie, a précisé le centre dont il était le président depuis janvier 2012.

Romancier, poète, traducteur, avocat et homme politique, Vasco Graça Moura était né en 1942 à Foz do Douro près de Porto (nord).

«Le Portugal perd un de ses citoyens les plus éminents qui laisse un vaste héritage littéraire marqué par l’inspiration et l’engagement en faveur de la langue portugaise», a regretté le premier ministre portugais Pedro Passos Coelho.

Diplômé en droit de l’université de Lisbonne, Vasco Graça Moura emprunte dans les années 60 la carrière d’avocat avant de se lancer dans la politique après la Révolution des oeillets en 1974.

Il adhère au Parti social-démocrate (PSD, centre droit) et participe en 1975 à deux gouvernements provisoires en tant que secrétaire d’État. En 1978, il devient directeur de la Radiotélévision publique portugaise (RTP).

Élu député européen en 1999 sur la liste du PSD, Vasco Graça Moura occupe le poste de vice-président de la commission de la Culture du Parlement européen. Réélu en 2004, il siège au Parlement européen jusqu’en 2009.

Vasco Graça Moura a publié une trentaine d’ouvrages, dont A sombra das fi guras (1985, L’ombre des fi gures), une anthologie de ses poèmes, et Quatro últimas Canções (1987, Derniers Chants d’amour), un roman qui se déroule dans le nord du Portugal

Dirigiu a Fundação Casa de Mateus, foi comissário-geral de Portugal para a Exposição Universal de Sevilha (1988-1992) e director do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian (1996-1999).

Sobre ele a Lusa escreveu assim:

Em Janeiro de 2012, substituiu António Mega Ferreira na presidência da Fundação Centro Cultural de Belém. Com o ex-jornalista partilhara, cerca de 20 anos antes, a ideia de candidatura de Portugal à Expo 98, num almoço junto ao Terreiro do Paço, em Lisboa.

A par dos projectos, Vasco Graça Moura nunca abandonou a escrita. Publicou, entre outros, «Instrumentos para a melancolia» (1980), «A sombra das fi guras» (1985), «A furiosa paixão pelo tangível» (1987), «Uma carta no inverno» (1997), «Testamento de VGM» (2001), «Antologia dos sessenta anos» (2002) e «Os nossos tristes assuntos» (2006).

Em 2000, recolheu a poesia de «1997-2000», a que se seguiria a «Antologia dos sessenta anos» (2002), antes do meio século de vida literária, em 2013, assinalado com a publicação, no fi nal do ano anterior, de toda a obra poética, em dois volumes e mais de 1.200 páginas.

A obra de Vasco Graça Moura, porém, é igualmente o ensaio, o pensamento, a ligação a outras artes. Escreveu «Diálogo com (algumas) imagens» (2009), sobre protagonistas da arte portuguesa, percorreu «Circunstâncias vividas» (1995), recolheu volumes de crónicas.

A Chuva e o Bom Tempo

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O cinismo do sem vergonhaÉ quase patológico como se vive em Portugal desde a entrada em lice do actual governo. Se muitas vezes há certa verdade em considerar que nunca se está bem com o que se tem e isto, é tradição acontecer nas sucessivas mudanças políticas logo sujeitas a novas forma de críticas — fechando um circulo infi ndável e infernal — , o certo também, é que a situação tem um grande responsável: o povo. O povo que elege, o povo que se deixa seduzir pelas imagens, pelos belos discursos, pela embalagem e pouco se preocupa com o conteúdo. Quando se apercebe que foi enganado grita, barafusta, promete vingança mas logo a seguir se entusiasma por um jogo de futebol ou inicia barulhenta e fastidiosa discussão sobre as escolhas do treinador. Todo o resto, as políticas avançadas pelos governos, que portanto têm insidiosa e importante consequência na vida de cada um, passa a segundo plano e logo cai esquecida por detrás de um copo. Sabedores desta característica bem portuguesa — mesmo se não única — os políticos falseiam promessas, impõem novas regras, desrespeitam programas e convenções, arrogam-se detentores da verdade e da inteligência superior. E exploram o povo. E as Forças Armadas, reduzindo-lhes o mais elementar.Porém, mesmo se habituados a este tipo de atitudes — sobretudo nos anos seguintes a Abril de 74 — o actual PM, Passos Coelho, ultrapassa em cinismo, em incoerência e em falta de hombridade. Qualquer palhaço de circo terá mais dignidade naquilo que diz ou faz. Mais vergonha.O ano passado no meio da turbulência dos estratagemas utilizados para reduzir à miséria o povo português — do que não faz parte do seu séquito na AR ou dos que lhes servem de centuriões nos superlotados gabinetes, o insonso e beático PR, portanto um dos maiores responsáveis pela situação presente, ameaçou — sem rir — de destituir o governo, provocando novas eleições em Junho do corrente ano. Ano também de eleições europeias…Como por acaso, têm vindo à estampa, notícias de Borda-de-Água, enaltecendo serviços e resultados económico-fi nanceiros obtidos.. O anúncio da comunicação ao país “da saída limpa do programa da troika, sublinhando o sucesso do regresso aos mercados e os progressos na consolidação orçamental, garantindo que esta opção conta com o apoio dos parceiros europeus”(sic). Sabemos, que Durão Barroso, outro dos sofi smas nacionais com aspirações à Presidência — para que já foi incensado pelo PR — elogiou a prática e os sucessos de Passos Coelho. Isto entre amigos da mesma cor terá sempre de haver umas achegas…Mas o que surpreende e revolta é o cinismo do PM que se arroga defensor dos fracos e dos oprimidos, ao mesmo tempo que lhes tira o essencial para viver. Alegando estar no bom caminho, adverte porém que há ainda um longo caminho a percorrer não esquecendo que falta promover uma distribuição mais justa da riqueza(sic) pois que há ainda um grupo de portugueses que “continua a concentrar uma fatia demasiado elevada de riqueza” e que o Governo promete promover a mobilidade social e contrariar a “cristalização de privilégios que, sem intervenção publica, se perpetuam”. O Governo diz o PM, “cumpriu a missão” e não esqueceu a justiça social…Conhecendo os verdadeiros resultados da política de exterminação aplicada e das benesses concedidas directa ou indirectamente à seita de ladrões e exploradores dos fundos públicos, dos processos que prescrevem como por acaso, deixando em liberdade insultuosa mafi osos astutos e criminosos, as “belas” palavras do PM insultam cada um pela desfaçatez, pela arrogância infantil.Ora, a Lusa anunciou, que as previsões da OCDE, a organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, contrariam o optimismo do Governo português, antecipando que a dívida pública portuguesa continuará a subir até 2015, atingindo 130,8 % do PIB no ano em curso e 131,8 % em 2015. Por outro lado, calcula que Portugal para cumprir o objectivo de dívida pública vai ter de adoptar cortes anuais de 1,9% ao ano, em média, para redução da dívida a 60% do PIB e atingir a consolidação orçamental até 2030. Ao mesmo tempo estabelece cálculos mais baixos que o anúncio governamental no que respeita ao crescimento da economia.A tão apregoada “almofada fi nanceira” é questionada por vários analistas que não compreendem que a AR esteja fora da sua gerência sabendo-se que a mesma tem juros anuais de 755 milhões de euros e que apesar da volumosa almofada, o Estado contraiu em Fevereiro um empréstimo de 3000 milhões de euros a um juro de 5,11 e que com todas as jogadas de compra e recompra da dívida não acabe por benefi ciar intermediários e não o povo, acrescentado não perceber se o que está em causa é aliviar o garrote da dívida do Estado, ou colocar os contribuintes a dar prémios de antecipação aos credores.E o PM continua a vangloriar-se a pedir que digam coisas boas que “não aterrorizem o povo”…. O cinismo do sem vergonha!

Raul Mesquita

ABC-portuscale. Crédits:

Auteurs identifi és; Aicep; Santé Canada; Histoire du Canada; Internet et quelques inconnus.Compliation, coordination et montage: Raul [email protected]

Impossível multiplicar RIQUEZA - dividindo-a Um professor de economia da universidade Texas Tech raramente chumbava um aluno, mas tinha, uma vez, chumbado uma turma inteira. Esta turma em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e «justo».

O professor então disse, «Ok, vamos fazer uma experiência socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas dos exames.»

Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma e, portanto seriam «justas». Isto quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que signifi cou que ninguém chumbaria. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia 20 valores...

Logo que a média dos primeiros exames foi calculada, todos receberam 12 valores.

Quem estudou com dedicação fi cou indignado, pois achou que merecia mais, mas os alunos que não se esforçaram fi caram muito felizes com o resultado!

Quando o segundo teste foi aplicado, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma.

Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que também eles se deviam aproveitar da media das notas. Portanto, agindo contra os seus princípios, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. O resultado, a segunda média dos testes foi 10. Ninguém gostou.

Depois do terceiro teste, a média geral foi um 5. As notas nunca mais voltaram a patamares mais altos, mas as desavenças entre os alunos, procura de culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela turma.

A busca por ‘justiça’ dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma. No fi m de contas, ninguém queria mais estudar para benefi ciar os outros. Portanto, todos os alunos chumbaram... Para sua total surpresa.

PARA REFLECTIR……….

O professor explicou que a experiência socialista tinha falhado porque ela era baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foi o seu resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.

«Quando a recompensa é grande», disse, o professor, «o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem o seu consentimento para dar a outros que não lutaram por elas, então o fracasso é inevitável.»

O pensamento abaixo foi escrito em 1931:

«É impossível levar o pobre à prosperidade através de leis que punem os ricos pela sua prosperidade. Por cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa tem de trabalhar recebendo menos. O governo só pode dar a alguém aquilo que tira de outro alguém.

Quando metade da população descobre de que não precisa de trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fi m de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a.»

«Se um dia você tiver de escolher entre o mundo

e o amor, lembre-se:Se escolher o mundo fi cará

sem amor, mas se você escolher o amor, com

ele conquistará o mundo»

Albert Einstein

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Paysage viticole de l’île de Pico, patrimoine de l’humanité (UNESCO)

Ilha Do Pico nos Açores Photo:António Sá

Et si vous dégustiez un vin qui murit dans la roche basaltique ? Il semble étrange que de telles conditions produisent un délicieux nectar, mais en vérité, à une époque lointaine, ce vin arrivait directement sur la table des tsars de Russie.

La culture de la vigne sur l’île de Pico commença à la fi n du XVe siècle, dès le début du peuplement de l’île. Grâce à la terre volcanique, riche en nutriments, au microclimat sec et chaud des coteaux protégés du vent par des murs de pierre brute et foncée et chauffés par les rayons de soleil, les vignes, de cépage verdelho, y acquirent des conditions exceptionnelles de maturation. Plus tard, il fut exporté vers de nombreux pays d’Europe et d’Amérique et atterrit même à la table de la cour russe. Les vignobles, qui laissent leur empreinte sur le paysage de l’île, produisent aussi un vin frais bien fruité, sec et léger, qui accompagne parfaitement un plat de fruits de mer ou de poisson, ainsi que le très aromatique vinho de cheiro, dont la présence est obligatoire sur les tables des jours de fête.

Ces terrains qu’englobe le paysage viticole de l’île de Pico, mélange de roche de lave et de pratiques culturelles ancestrales, ont été inscrits en 2004 au patrimoine de l’humanité par l’UNESCO. Les lieux appelés Lajido da Criação Velha et Lajido de Santa Luzia sont les meilleurs exemples de cet art de tailler la terre en parcelles, reconnu par cette distinction. Ces vignobles plantés dans une terre de lave sont encadrés par des murs de pierres sèches, formant de petits enclos appelés « currais » ou « curraletas », qui les protègent du vent maritime, tout en laissant entrer le soleil nécessaire à leur maturation.

Les espèces de faune et de fl ore qui font partie de cet habitat sont nombreuses, avec une forte présence d’espèces endémiques des forêts laurifères caractéristiques de la Macaronésie.

Il existe d’autres vestiges de l’activité viticole, comme les « Rilheiras », ces sillons creusés dans la lave par les chars à boeufs qui transportaient le raisin et les tonneaux, et dans les petits et grands ports, la « rola-pipas », une rampe

creusée près de la mer sur laquelle les tonneaux de vin étaient roulés, pour être ensuite transportés à Faial par bateaux. Toujours en association avec la viticulture, un patrimoine architectural a été construit, dont des manoirs, des caves, des chais, des puits de marée, des couvents et des chapelles qui méritent une visite lors d’un séjour dans cette île.

Après avoir admiré le dessin de ce gigantesque labyrinthe de pierre en bord de mer, le moment est venu de déguster le vin. Sec ou doux et réconfortant, il est encore meilleur bu dans une cave pittoresque. Dans les caves de Pico (Adegas do Pico), parfois adaptées au tourisme rural, les murs en pierre volcanique s’entrelacent avec la mer et la végétation. La mémoire vivante du cycle du verdelho possède un nouveau chapitre, grâce au musée du Vin. Installé à Madalena, dans un ancien couvent de carmélites, il possède une collection d’instruments, d’alambics et de barriques. Son abondante forêt de dragonniers couronne le décor du pressoir, qui a su résister au passage des années.

Continuant au fi l du temps à produire des vins d’une qualité exceptionnelle, récemment la coopérative viticole de l’île de Pico a lancé de nouveaux vins, notamment le « Lajido », héritier légitime du vieux cépage « verdelho », et de remarquables vins de table, blancs et rouges.

Les vins de Pico ont une tradition. Le v.l.q.p.r.d., l’apéritif, les vins de table blancs et rouges, l’aromatique vinho de cheiro, la liqueur Angélica et les eaux -de-vie de Pico, se trouvent dans tous les restaurants ou supermarchés et il est donc facile de les déguster et d’en rapporter.

Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.Senhor! Falta cumprir-se Portugal.

Fernando Pessoa

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Opinião

O manicómioVasco Pulido Valente, Publico

Não há limites. Como Soares provou, quando disse numa conferência qualquer que o dr. Salazar tinha o mérito de não ter “mexido nos dinheiros públicos”. Não se percebe onde Soares queria chegar com esta frase absurda. É ela um elogio à tão proclamada pobreza e honestidade do ditador, que pagou até ao fi m um galinheiro em S. Bento e criava coelhos? Ou um ataque implícito ao regime vigente, e aos partidos que nos governaram, e que andam hoje a arrastar as suas misérias pelos tribunais? Não parece. A ideia foi com certeza a de comparar a política fi nanceira de Salazar com a política fi nanceira da democracia e as contas certas de Salazar com a dívida e o défi ce de agora, que arrastaram o país para a miséria e nos trouxeram uma intervenção estrangeira, ainda longe de acabar.

Mas, se assim for, Soares reconhece que a crise é o resultado de políticas do Estado de que o PS e o PSD tomaram a responsabilidade. Para não falar dele próprio. O serviço de saúde, o sistema de ensino, a Segurança Social, o exército de funcionários públicos com que os partidos sustentaram as suas clientelas, os milhares de milhões que se gastaram em betão inútil, o suborno sistemático com que durante 40 anos se pretenderam ganhar votos não entram na categoria das coisas que “nos caíram em cima”, ou naquela outra mais subtil dos efeitos perversos do “neoliberalismo” e da progressiva ruína da “Europa”. São todas a consequência previsível de decisões deliberadas de governos legitimamente eleitos. De que Soares fez parte ou, de Belém, abençoou.

O elogio a Salazar, de que a audiência gostou, não refl ecte espécie de racionalidade. Não passa de saudades de um tempo em que não havia sarilhos com o défi ce e a dívida, porque a PIDE, a censura e a GNR impunham a miséria em que Salazar achava que o país devia viver. O problema, em 2014, é que a democracia não educou os portugueses para a submissão: e os políticos correm por aí, estonteados, como aves sem cabeça. O dr. Soares propõe a violência e apreciaria ver a GNR invadir (tumultuosamente) a Assembleia da República (uma “bela ideia”, explicou ele). Um grupo de “notabilidades” (os 74) resolveu sugerir uma bancarrota a prestações, contando provavelmente com a estupidez do próximo. Meia dúzia de loucos prefere a revolução (mas que revolução?). E desta vez Soares ressuscitou Salazar. Portugal é um manicómio.

Ex-jurista do Banco Mundial revela como a elite domina o mundoKaren Hudes, demitida do Banco Mundial por ter revelado informações sobre a corrupção na instituição, explicou com detalhes os mecanismos bancários para dominar o nosso planeta. Artigo da Russia Today, publicado no Diário Liberdade.

Karen Hudes, graduada pela escola de Direito de Yale, trabalhou no departamento jurídico do Banco Mundial durante 20 anos. Na qualidade de ‘assessora jurídica superior’, teve sufi ciente informação para obter uma visão global de como a elite domina o mundo. Desse modo, o que conta não é uma ‘teoria da conspiração’ a mais.

De acordo com a especialista, citada pelo portal Exposing The Realities, a elite usa um núcleo hermético de instituições fi nanceiras e de gigantes corporações para dominar o planeta.

Citando um explosivo estudo suíço de 2011, publicado na revista ‘Plos One’ a respeito da «rede global de controlo corporativo», Hudes enfatizou que um pequeno grupo de entidades, na sua maioria instituições fi nanceiras e bancos centrais, exerce uma enorme infl uência sobre a economia internacional nos bastidores. «O que realmente está a acontecer é que os recursos do mundo estão a ser dominados por esse grupo», explicou a especialista com 20 anos de trabalho no Banco Mundial, e acrescentou que os «capturadores corruptos do poder» também conseguiram dominar os meios de comunicação. «Isso é-lhes permitido», assegurou.

O estudo suíço que mencionou Hudes foi realizado por uma equipa do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique. Os pesquisadores estudaram as relações entre 37 milhões de empresas e investidores de todo o mundo e descobriram que existe uma «super-entidade» de 147 megacorporações muito unidas e que controlam 40% de toda a economia mundial.

Contudo, as elites globais não controlam apenas essas megacorporações. Segundo Hudes, também dominam as organizações não eleitas e que não prestam contas, mas, sim, controlam as fi nanças de quase todas as nações do planeta. São o Banco Mundial, o FMI e os bancos centrais, como a Reserva Federal Norte Americana, que controla toda a emissão de dinheiro e a sua circulação internacional.

O banco central dos bancos centraisA cúpula desse sistema é o Banco de Pagamentos Internacionais: o banco central dos bancos centrais.

Um organização internacional imensamente poderosa da qual a maioria nem sequer ouviu falar, controla secretamente a emissão de dinheiro do mundo inteiro. É o chamado Banco de Pagamentos Internacionais [Bank for International Settlements]. Trata-se do banco central dos bancos centrais, localizado na Basileia, Suíça, mas que possui sucursais em Hong Kong e na Cidade do México. É essencialmente um banco central do mundo não eleito, que tem completa imunidade em matéria de impostos e leis internacionais (...). Hoje, 58 bancos centrais a nível mundial pertencem ao Banco de Pagamentos Internacionais, e tem, em muito, mais poder na economia dos Estados Unidos (ou na economia de qualquer outro país) que qualquer político. A cada dois meses, os banqueiros centrais reúnem-se na Basileia para outra ‘Cimeira de Economia Mundial’. Durante essas reuniões, são tomadas decisões que atingem todos os homens, mulheres e crianças do planeta, e nenhum de nós tem voz naquilo que se decide. O Banco de Pagamentos Internacionais é uma organização que foi fundada pela elite mundial, que opera em benefício da mesma, e cujo fi m é ser uma das pedras angulares do vindouro sistema fi nanceiro global unifi cado».

Segundo Hudes, a ferramenta principal de escravizar as nações e Governos inteiros é a dívida.

«Querem que sejamos todos escravos da dívida, querem ver todos os nossos Governos escravos da dívida, e querem que todos os nossos políticos sejam adictos das gigantes contribuições fi nanceiras que eles canalizam nas suas campanhas. Como a elite também é dona de todos os principais meios de informação, esses meios nunca revelarão o segredo de que há algo fundamentalmente errado na maneira como funciona o nosso sistema», afi rmou.

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Rosa dos VentosRosa dos Ventos Rose des VentsRose des Vents

Quinta do CrastoDouro - Portugal

Ferme situé sur la rive nord du Douro, entre Régua et Pinhão, c’est une propriété de 130 hect des quels 70 sont de vignobles.Localisation privilégié RDD depuis plus d’un siècle.

Vins de table et Portos

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Conférence de Maria Fernanda PintoChers amis,(j’utilise ce mot, car si ce n’était pas le cas nous ne serions pas là).

Merci à José Barros et à l’Association de St. Maur des Fossés (casa dos Arcos de Valdevez), qui me donnent le rôle de conférencière; tout compte fait j’aime bien communiquer avec les gens, sur des thèmes multiples et les Arts Plastiques en particulier.José Barros m’a demandé de parler un peu d’Art, un peu de Littérature, mais le sujet est vaste et le temps est court...

L’Art, c’est un sujet que je chéris spécialement...( les philosophes disent que l’Art est le rapport de l’activité de la pensée sur l’esthétique), peut-être, cela veut dire que l’Art montre ce que les philosophes pensent et écrivent... c’est peut-être pour ça qu’ils sont fâches avec l’Art...

Bon, tout le monde sait, les portugais ont l’art “dans le sang”...remarquez... sans parler de la peinture, sculpture, photo, nous avons d’autres formes d’art peu mentionnées, comme la céramique, les trottoirs dessinés en pierres de taille et couleur différentes, formant les jolis dessins ( Paris vient de demander à une entreprise portugaise de faire le parterre d’une place...), la fi ligrane (en bijouterie), le théâtre, la danse, la musique, le cinéma, etc...

Le fi ligrane c’est un art dont on ne parle presque jamais! C’est l’art de travailler l’or et l’argent à partir de dessins artistiques, dont les bijoutiers se servent en entremêlant des fi ls d’or et argent, créant des pièces d’élevée complexité richement esthétiques.Nous avons découvert, que quelques pays connus, s’affi rment en être les précurseurs. Mais...d’après les spécialistes, le fi ligrane portugais est la plus fi ne et la plus élaborée du monde!Il faut visiter le Musée à Viana do Castelo.

Les Arts Plastiques, La Peinture, la Sculpture, la Photo, tout le monde connaît ces mots, mais ils connaissent UN PEU - PAS MAL – BEAUCOUP.UN PEU( quand on aime le joli, les couleurs, les dessins...),PAS MAL (ceux qui connaissent les époques, styles, qui fréquentent musées, expositions,BEAUCOUP. (ceux qui ont fait des études d’Art, des formations, et qui présentent leurs œuvres au public, aux critiques d’Art, pendant tout un parcours d’une vie d’artiste), bien que... c’est rare qu’ils puissent vivre de leur travail. Pour mener à bien leur vie d’artiste, ils ont besoin aussi d’un métier de subsistance.L’Art, selon les spécialistes ça a commencé il y a 50.000 années!!!!Je vous jure que je ne vais pas commencer par là!!!!Une question a été posée souvent à notre regretté Benjamin Marques:À quoi sert l’Art?Il a été un de nos grands artistes, il a donné des cours à l’UNESCO et au CNN de Nanterre. La France l’a choisi pour représenter la France à l’expo Universelle de Lisbonne. Il est décédé en 2012. Il a fait aussi des conférences et a écrit un livre dont le titre est “À quoi sers l’Art”, qui a été traduit en portugais.

Ce livre, fruit de plus de 50 années d’interrogations, doutes, études, décou-vertes, trouvailles, lectures et recherches de sa vie d’artiste.B.M., nous dit qu’il a essayé de faire une espèce de guide de l’histoire de l’Homme, pas pour célébrer des batailles, génocides, conquêtes, vols, violations et massacres, mais un guide d’une histoire positive de la lente marche de l’homme vers une condition qui s’élève vers un monde meilleur.

Mais aussi, qu’il essayait de faire un résumé condensé, mais exact et précis, de l’Histoire de l’Art, utile pour tous les amateurs, dès les curieux au jeune sensible à l’Art.

L’Art, nous dit-il, sert au moins pour que tous les artistes continuent parmi nous, malgré que la plupart ne soit plus de ce monde depuis des siècles, mais nous avons hérité sa pensée, une émotion, un rêve, un désir, une folie, ce qu’ils nous ont laissé est ici, devant nous, toujours à nous interpeller, à nous émouvoir... L’Art c’est tout ce l’homme a trouvé pour vaincre la mort!”

Laissons aussi de côté, la Renaissance, le Classicisme, le Baroque, le Néo-classicisme, le Romantisme, le postimpressionnisme, le Cubisme, l’expressionnisme, le Futurisme, le Dadaïsme, le Surréalisme (si discuté en ce moment) et parlons plutôt, des portugais et de Paris.La France, surtout Paris est l’une des villes d’art et de culture, les plus connue au monde, ses musées et l’ensemble de ses monuments forment un condensé époustoufl ant de l’histoire artistique de l’Europe et du Monde, elle a été et sera certainement le rêve de tous les artistes de toutes les nationalités! Les portugais n’y ont pas échappé!Pour les artistes portugais contemporains, Paris a toujours été la destination principale où ils sont venus chercher ce que son pays leur refusait, mouvement

renforcé dans les années 60 où la frontière entre émigrants économiques et politiques, n’était pas souvent facile à établir, si on tient en compte l’important numéro d’émigrants réfractaires à l’incorporation militaire, le refus de la guerre coloniale. Je pense que de nos jours, ce problème n’est malheureusement pas résolu, avec l’exode des jeunes, y compris des artistes!!!

Le Lusojornal m’a demandé d’écrire une colonne chaque semaine pour parler d’un artiste portugais contemporain, qui d’une façon ou d’une autre aie été en contact avec la France, qu’il soit repartit ou resté. J’ai commencé il y a plus d’un an et... je suis...loin d’en fi nir!!!Nous avons montré une panoplie d’artistes “consacrés” et bien d’autres.

Vous ne pouvez pas imaginer le nombre encore manquant, seulement de ceux qui sont venus, séjourné ou restés. Les autres, même valeur, également connus, il y en a beaucoup aussi!!!!Évidemment, on me dit il y a plein de jeunes avec valeur. Sûrement! Mais ils ne veulent pas qu’on parle d’eux sans avoir montré ses œuvres...

Mais, vous avez ici une jeune artiste pas connue encore, Fátima de Pinho, qui m’a envoyé un catalogue explicatif de son travail et de comme elle est venue à la Peinture; elle a toujours dessiné au charbon, au pastel, ayant ensuite, quand elle a pu, suivi des cours de peinture et son grand souhait c’est d’exposer à Paris, ville avec laquelle elle a gardé beaucoup d’affi nités, car elle a vécut ici, étant petite. Comme vous pouvez vérifi er c’est plaisant pour le regard, émouvant et nous laisse en réfl exion... résultat de l’Art pour amateur...

Elle vient de participer dans une l’expo collective en hommage au 25 avril à Nanterre. Fátima de Pinho est aujourd’hui ici, avec le photographe Mário Cantarinha, qui expose des paysages du Portugal...Plusieurs artistes me demandent que je parle à la radio, sur le sujet de ses expositions. Dans les années 80/90, - les banques, les entreprises portugaises en France, les Consulats, La Maison du Portugal, Instituto Camões, Coordenação do Ensino et surtout la Fundação Gulbenkian de Paris, que avait une programmation Culturelle exemplaire - faisaient la promotion des artistes plastiques expatriés et de leur Art, avec conviction, tendresse, admiration et envie d’expansion de la Culture Portugaise dans le monde.

Ils voudraient aussi (les artistes), qu’on parle au sein de notre communauté (associations, entreprises et organismes offi ciels parfois), de l’énorme différence entre exposer des œuvres d’Art et décorer les murs). Tous les plasticiens portugais demandent que ça soit dit et expliqué!Sujet pour un bon débat!!!!

Chers amis,Nous vivons dans une ville “pleine” de musés! La plupart gratuits le dimanche! Je me demande qui connaît le Louvre, par exemple? Un autre sujet de débat?Il faut montrer à la France ce que les portugais font et aux portugais ce qui se fait en France et ailleurs. Pour savoir de quoi on parle...!

Et la Littérature, mes amis! ?Et faut faire connaître nos auteurs! Nous en avons des bons, et de mauvais aussi, selon les critiques littéraires, mais Il faut lire beaucoup! Des romans, des biographies, de la poésie....

Dans notre communauté il y a beaucoup de gens qui écrivent, qui ont besoin d’exprimer leur vécu, ceci est très important. Mais parfois ils ne lisent pas assez!

Écrivez, car c’est toujours intéressant comme témoignage!Mais... Lisez, lisez beaucoup, les amis! Pour vous enrichir des témoignages des autres!Et vous dans les associations, pourquoi ne pas créer des “cafés-littéraires” (très à la mode de nouveau!), où vous puissiez discuter d’un livre choisi d’avance , que tout le monde aura lu et donnera son opinion?Ça, c’est constructif et plaisant. Invitez-moi! Je viendrais!

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Personagens de Ficção

Jardim El Dorado Gonçalves: Ele não exige, mas dão-lhe...

Rui Cardoso Martins

Jardim Gonçalves é um banqueiro muito pio, muito cristão e beato da Opus Dei, que um dia chegará ao Inferno e não era bem isso que esperava… mas tudo bem: convence o Diabo a voar no Falcon que o BCP lhe paga e os dois desfrutarão as penas da eternidade num off-shore de clima agradável, com suite c/jacuzzi de 7 estrelas e reforma adequada a mafarricos (170 mil euros por mês, com menos não se come). Ah, e cinco carros e dois motoristas e 40 seguranças privados, pagos por alguém há-de pagar. Ele só quer aquilo a que tem direito, por amor de Deus.

Aos 79 anos, o fundador do primeiro banco privado português (BCP) depois do 25 de Abril usou, de novo, o imenso capital de prestígio que conquistou no capítulo das cenas que desprestigiam Portugal: fez prescrever, com atrasos e recursos na secretaria dos tribunais, a multa de um milhão de euros do Banco de Portugal. E ainda os nove anos de inibição de exercício de funções bancárias. E mostrou-se ofendido com a Justiça, por não poder provar a sua inocência! Era “tudo o que menos queria”. Vimos a cara de tristeza de um homem que dantes pendurava do nariz aquele esgar-réptil luminoso, o sorriso de um milhão de euros (livre de impostos). Agora só receia a repetição do ataque ao seu bom-nome, com novas prescrições: o arquivamento dos processos criminais (instaurados pelo DIAP). Todos os julgamentos que poderiam dar prisão (hipótese só para reinar…). Faltam poucos meses para tudo fi car em águas de bacalhau dourado, no país à beira-mar roubado.

Jardim Gonçalves é, como se acaba de provar, uma dessas fi guras maiores do que a vida: põe os comentadores e as biografi as a abusarem de exclamações e metáforas forçadas, tal é a inveja dos fracos perante a sua grandeza! Entretanto, discípulos do mestre como João Rendeiro (BPP, o das “rentabilidades garantidas… mas só para mim”) e Oliveira e Costa (BPN, mais conhecido como “o totó da pulseira electrónica”) meteram os papéis para assinarem um contrato de investimento semelhante com a Justiça portuguesa. Tem uma taxa de juro e um spread muito favorável: milhões roubados, prescrições garantidas.

Segundo fontes diamantíferas por nós contactadas, Gonçalves estará a preparar o futuro a breve prazo. Se a CMVM (Comissão de Mercados de Valores Mobiliários) mostrar má vontade e insinuar mais coisas feias, o banqueiro centrará o seu impenetrável trabalho na criação da comissão da PSVC (Pessoas Sem Vergonha na Cara). Os estatutos são claros e decorrem da coerência de Jardim Gonçalves. Ele não exige nada… as coisas é que são assim. Sempre que lhe falam de coisas desagradáveis, pouco espirituais, ligadas àquilo com que se compram os melões, diz:— O banco faz aquilo que entende. O assunto não é meu. Eu não exijo nada.

Era assim que o senhor respondia, ao Diário Económico, em Outubro de 2012, quando se percebeu o curioso valor da reforma. E que ele e a mulher andavam a passear pelo mundo em avião privado. E depois apresentou em tribunal contas de mais de 400 mil euros por mês, quando o BCP lhe cortou este subsídio mínimo.

Jorge Jardim Gonçalves nasceu no Funchal em 1935 e formou-se em Engenharia Civil no Porto. Antes de optar por ser rico, muito rico, oh, como sou rico, tudo isto é meu, meu, meu, ah, ah, ah!, chegou a dar aulas de hidráulica. Aí terá desenhado as alavancas e os sistemas para, primeiro com brilho, depois metendo água, erguer um império fi nanceiro. Construiu um banco moderno com o dinheiro dos outros mas meteu na cabeça que o dinheiro era mesmo dele. E da sua família: uma vez o fi lho mais novo esturrou 12,5 milhões em negócios de gargalhada e o papá decidiu perdoar até ao último cêntimo. As coisas descobriram-se e Jardim teve de cobrir o calote do estroina.

Um pai extremoso, bom católico. Ficou famosa a carta que escreveu ao Expresso, incomodado por terem escrito que o seu primeiro serviço de prata fora comprado a prestações. Não foi, foi a pronto, esclareceu o banqueiro, delicadamente. A palavra de um ex-combatente em Angola chegava.

Quanto à sua primeira sanita de ouro: também foi comprada a pronto, algures num palácio devoluto do Médio Oriente. Mas esta informação pode estar viciada. Ser tão rigorosa como as contas que o banqueiro apresentava aos accionistas e ao então governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, que nunca viu nada de errado porque se esqueceu dos óculos em casa.

E agora de novo livre, por prescrição, da proibição de práticas bancárias, quando surge uma grande notícia para a Europa. O Parlamento Europeu e a União chegaram, esta semana, a acordo para a criação de um mecanismo único de liquidação de bancos. O objectivo é proteger os contribuintes dos prejuízos de bancos inviáveis ou em difi culdades. Portugal tem a oferecer a expertise de dois homens notáveis; o fi nanceiro Jardim Gonçalves e o hoje vice-presidente do Banco Central Europeu, Vítor Constâncio. Se é para liquidar, é para liquidar.

Morreu Vasco Graça Moura

O autor de «Os Lusíadas» mereceu-lhe vários volumes de ensaios, como «Luís de Camões: Alguns Desafi os» (1980), «Camões e a Divina Proporção» (1985), «Sobre Camões, Gândavo e outras personagens» (2000). Estreou-se no romance em 1987, com a evocação das «Quatro Últimas Canções», de Richard Strauss, entre visitantes de Mateus. Regressou ao género em «O Naufrágio de Sepúlveda» (1988), «Partida de Sofonisba às seis e doze da manhã» (1993), «A morte de ninguém» (1998), «Meu amor, era de noite» (2001), «O enigma de Zulmira» (2002), «Por detrás da magnólia» (2004) e «Alfreda ou a quimera» (2008).

Traduziu peças de Racine, Molière e de Corneille, «Alguns amores de Ronsard», «Os testamentos François Villon», «Sonetos de Shakespeare», «Rimas de Petrarca», «Vida Nova» e «Divina Comédia» de Dante, clássicos a que juntou Seamus Heaney, Hans Magnus Enzensberger ou Gottfried Benn.

Prémio Pessoa e Prémio Vergílio Ferreira, sempre contra o Acordo Ortográfi coJosé Coelho/Lusa A 31 de Janeiro deste ano, Vasco Graça Moura foi homenageado pela Gulbenkian

Recebeu o Prémio Pessoa, o Prémio Vergílio Ferreira, os prémios de Poesia do PEN Clube Português e da Associação Portuguesa de Escritores, que também lhe atribuiu o Grande Prémio de Romance e Novela, a Coroa de Ouro do Festival de Poesia de Struga, o Prémio Max Jacob de França para Poesia Estrangeira, o Prémio de Tradução do Ministério da Cultura de Itália e a Medalha de Florença, o Prémio Morgado de Mateus, para o conjunto da obra, o Prémio Europa - Cátedra David Mourão-Ferreira da Universidade de Bari, em Itália, e a Ordem de Santiago de Espada, entre outras distinções.

Manifestamente contrário ao Acordo Ortográfi co, reuniu os seus argumentos sob o título «A perspectiva do desastre», num volume publicado em 2008.

No passado dia 31 de Janeiro, a Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, acolheu uma homenagem ao seu percurso, que mobilizou personalidades como Eduardo Lourenço, Nuno Júdice e Maria Alzira Seixo, Artur Santos Silva e o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva - que condecorou o escritor com a Grã-Cruz da Ordem de Santiago de Espada.

Na altura, Vasco Graça Moura, sem qualquer hesitação, afi rmou: «A poesia é a minha forma verbal de estar no mundo».

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PORTO CABRALPORTO CABRALLe soleil embouteilléLe soleil embouteillé

Mafra - Cabazes de fruta e legumes nascidos do desempregoA Quinta da Pedra Branca, em Mafra, tornou-se a casa da família Rodrigues em 1999 e anos mais tarde viria a converter-se também no seu sustento. O desemprego deu tempo a Teresa, a matriarca, para desenvolver ideias que fervilhavam. Uma pequena horta de cariz familiar transformou-se numa iniciativa de agricultura biológica que envolve os cinco membros da família e dois empregados.

Sara Pelicano

A pouco mais de meia hora do rebuliço citadino de Lisboa encontra-se um mundo rural cheio de vagares e de silêncios do campo. No concelho de Mafra, Teresa Rodrigues «perdeu-se» por essa paz de espírito proporcionada pelo campo. Em 1999, depois de adquirir a Quinta da Pedra Branca, uma extensão de terra de cinco hectares, e de construir uma moradia, deixou o centro de Lisboa e mudou-se com a família para este paraíso entre o mar e a cidade.

A vida profi ssional e escolar dos fi lhos continuou, contudo, na cidade até que o desemprego bateu à porta de Teresa. Foi a oportunidade de colocar em prática muitas das ideias que brotavam enquanto trabalhava como directora administrativa, mas que fi cavam para mais tarde. «Nunca fui de estar parada e comecei imediatamente por fazer uma pequena horta que permitisse colocar na mesa da família hortofrutícolas saudáveis e saborosos», relembra Teresa.

E da pequena horta nasce o projecto com o mesmo nome da propriedade, Quinta da Pedra Branca, dedicado à agricultura biológica com o fi rme propósito de disponibilizar cabazes com legumes, frutos, mel, ervas aromáticas e muitos outros produtos cheios de sabor, saudáveis e amigos do ambiente porque são criados num modo de produção biológica.

Com um ano de actividade no negócio, Teresa e a família (marido e três fi lhos) dedicam-se aos hortofrutícolas desfrutando agora todos os dias da tranquilidade do campo. «Temos 40 variedades plantadas, desde vários tipos de pereiras e macieiras, alface, curgete, morangos, ervas aromáticas e muito mais para disponibilizarmos cabazes muito diversifi cados», comenta Teresa, a agricultora.O gosto pela terra e pela produção existia desde sempre e foi sendo aperfeiçoado com a experiência, algumas formações e pela partilha de conhecimento com

outros produtores. «A partilha e experiência são muito importantes», sublinha Teresa que, na fase inicial do projecto, contou com o apoio de fundos comunitários após candidatarem o projecto no âmbito de incentivos a jovens agricultores.

«Esse apoio foi fundamental. Só assim conseguimos fazer as estufas [dois mil metros quadrados], o sistema de rega e mais alguns aperfeiçoamentos. Sem estufa, por exemplo, é muito difícil para os produtos vingarem», garante a agricultora. O primeiro ano foi um desafi o porque às difi culdades do início de uma empresa, às pragas que por vezes assolam as plantações, juntaram-se condições atmosféricas muito adversas. «Com três meses de estufa apenas, fi cámos sem uma grande parte da cobertura porque o vento e a chuva a destruíram», recorda a nossa interlocutora. As difi culdades, no entanto, fi zeram-na arregaçar mais as mangas e continuar a ter ideias como, para breve, ter frutas desidratada.

Através do site na Internet, ou localmente desde que com aviso prévio, as pessoas podem adquirir os cabazes. Existe um modelo padronizado com produtos da época, mas é possível adicionar ingredientes ao cabaz constituído por um saco reutilizável. Teresa tenta que a maioria dos produtos disponibilizados sejam produção própria, mas nem sempre é possível, por isso coloca ao dispor também produtos de agricultores da região.

Os cabazes estão pensados para diferentes necessidades. «O pequeno será para uma pessoa, o médio para duas pessoas e o grande para uma família de quatro a cindo pessoas», pormenoriza Teresa. A distribuição é feita na região da grande Lisboa e nas proximidades de Mafra. Aos sábados, a Quinta da Pedra Branca ruma ainda até Loures onde participa no mercado «agrobio» da cidade.

«O trabalho nunca acaba», comenta Teresa. Há sempre placas de sementeira para arranjar, vedações para reparar, terreno para cultivar numa quinta sinuosa cheia de pequenos montes habitados também por galinhas, porcos e coelhos. «Aqui tudo é aproveitado ao máximo. Os produtos que se degradam servem de alimento aos animais, a água das chuvas é canalizada para uma charca que depois rega as plantações», diz Teresa.

Além da família, Teresa conta ainda com a ajuda de dois funcionários. Juntos constroem diariamente um projecto que «está ainda a crescer e numa fase de aprendizagem, de conhecimento do mercado, de estabelecimento de contactos», conclui Teresa Rodrigues.

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Théâtre national de Prague, Bohême, Autriche-Hongrie Ce cliché photochrome de la fi n du 19ème siècle est extrait de «Vues de l’Empire austro-hongrois» fi gurant dans le catalogue de la Detroit Publishing Company. Il montre le Théâtre national de Prague ou, comme on l’appelait à cette époque, le Théâtre National de Bohême. Le bâtiment a été conçu dans un style néo-Renaissance par Josef von Zitek (1832-1909), professeur de génie civil à l’université technique de Prague. La construction commença en 1868 et s’acheva en 1881. Peu après l’inauguration, un incendie détruisit une grande partie du bâtiment, mais le théâtre fut reconstruit en moins de deux ans, fi nancé par des contributions du public. La Detroit Photographic Company était une maison d’édition photographique créée à la fi n des années 1890 par l’homme d’affaires et éditeur de Detroit, William A. Livingstone, Jr. en association avec le photographe et photo-éditeur Edwin H. Husher. Ils obtinrent les droits exclusifs d’utilisation du processus suisse «Photochrome» pour la conversion de photographies noir et blanc en images couleur ainsi que leur impression par photolithographie. Cette technique a permis la production en série de cartes postales, de tirages et d’albums en couleur sur le marché américain. L’entreprise devint la Detroit Publishing Company en 1905.

Galerie Saint-Hubert, Bruxelles, Belgique.

Cette impression photochrome des Galeries royales Saint-Hubert à Bruxelles fait partie des «Vues de l’architecture et d’autres sites en Belgique» du catalogue de la Detroit Publishing Company (1905). Situé au centre-ville, ce centre commercial a été conçu par l’architecte Jean-Pierre Cluysenaar (1811-1880) et inauguré en 1847 sous le règne du roi Léopold Ier pour fêter l’indépendance de la Belgique en 1830. La galerie commerciale est constituée de deux sections principales, la Galerie du Roi et la Galerie de la Reine, qui sont séparées par une colonnade. Avec son dôme de verre et son toit en fonte, le bâtiment refl ète un mélange de l’architecture Renaissance italienne avec des techniques de construction plus récentes, du 19ème siècle. Baedeker dans son ouvrage La Belgique et la Hollande y compris le Grand-Duché du Luxembourg (1905) caractérise la galerie comme «une galerie spacieuse et agréable avec ses magasins attrayants (213 mètres de longueur sur 8 mètres de largeur et 18 mètres de hauteur).» Des centres commerciaux tels que celui-ci sont devenus de plus en plus populaires avec le début de la révolution industrielle, et cette galerie commerciale représente un exemple précoce de centre commercial en Europe

Maison de Tokareva, construite vers 1900, détail de la façade principale, Perm, Russie

Cette vue de la façade principale de la maison Tokareva à Perm, au 67, rue Kirov (anciennement rue Permskaia) a été prise en 1999 par le Dr William Brumfi eld, photographe américain et historien de l’architecture russe, dans le cadre du projet « Rencontre des frontières « à la Bibliothèque du Congrès. Fondée dans les années 1720 dans le cadre d’une installation d’usine sur le cours moyen de la rivière Kama, Perm (ainsi nommée en 1781) est l’une des plus grandes villes de la Russie. Avant la révolution de 1917, Perm était le centre d’une importante et prospère communauté de marchands. Jusqu’au 20e siècle, la plupart de ses maisons étaient construites en bois, mais il n’en subsiste que quelques-unes dans la ville centrale. L’un des meilleurs exemples de ce type de maisons est celle-ci, qui appartenait à A.I. Tokareva, et consistait en une structure de base en rondins sur une fondation en maçonnerie. En 1883, sa propriétaire a demandé aux autorités l’autorisation de reconstruire la partie avant de la maison d’une manière très ornementée, suivant l’intérêt croissant des Russes pour les styles vernaculaires traditionnels («populaires») dans la dernière partie du 19e siècle. Avec ses structures en bois fi nement ouvragées et sculptées, la maison a acquis le nom de teremok («petit refuge»), un terme qui s’applique à des structures décorées de façon similaire dans la région de Moscou pendant la même période. Le teremok de Tokareva a été rénové en 1985, et abrite depuis lors une petite boutique.

Église de l’Ascension (Saint Théodose)(1903-10), vue sud-ouest, Perm, Russie

Cette vue sud-ouest de l’église de l’Ascension à Perm, connue sous le nom de Saint-Théodose, été prise en 1999 par le Dr William Brumfi eld, photographe américain et historien de l’architecture russe, dans le cadre du projet «Rencontre des frontières» à la Bibliothèque du Congrès. Fondée dans les années 1720 dans le cadre d’une installation d’usine sur le cours moyen de la rivière Kama, Perm (ainsi nommée en 1781) est l’une des plus grandes villes de la Russie. Avant la révolution de 1917, la communauté des marchands de la ville a fait des dons substantiels pour la construction de l’église. Le donateur de cette église est Alexandre P. Babalov qui, en 1903, a fourni le terrain sur lequel l’église est construite. Les travaux ont commencé en mai 1903 sur la base d’un plan d’Alexandre I. Ozhegov (concepteur de la principale mosquée de Perm). En 1904, un autel situé au niveau inférieur a été consacré à Saint Séraphin de Sarov (1754-1833), un éminent moine russe canonisé en 1903 avec le soutien de Nicholas II. En 1910, l’autel supérieur ou principal a été consacré. La structure en briques rouge comprend un grand réfectoire, mais aucune abside visible, donnant ainsi l’impression d’être conçue sur le modèle d’une basilique. L’extérieur, qui comprend un clocher à l’extrémité ouest, présente un abondant étalage de coupoles, de gâbles décoratifs et d’arches, imitant l’architecture moscovite du 17e siècle . Transformée en boulangerie en 1932, l’église a été rendue à la paroisse en 1991.

International

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Os 10 melhores terraços de LisboaOs 10 melhores terraços de LisboaLes 10 meilleurs terrasses de Lisbonne

Daqui desfruta-se de uma das vistas mais deslumbrantes da Lisboa antiga. É um bar sofi sticado, que, além de uma variedade de bebidas, também serve sushi num terraço bem desenhado. Tem um ambiente exclusivo e dress code — não são permitidos chinelos, calções ou bermudas, e t-shirts sem mangas

Apesar de não ser muito grande, este já foi considerado um dos mais belos terraços do mundo. A razão é a vista para os telhados do centro histórico da cidade até à Ponte 25 de Abril, e um ambiente acolhedor num espaço confortável. Descontraia entre almofadas em cadeiras de verga, peça um copo de vinho ou uma bebida refrescante.

Deslumbre-se com a paisagem deste terraço no nono andar do Hotel Mundial. O castelo está logo ali ao lado, e vê-se toda a Baixa e Chiado. Abre para copos antes do jantar mas também convida a terminar aqui a noite com um cocktail ao som de jazz.

O terraço no sétimo andar do Hotel do Chiado oferece uma vista de cortar a respiração sobre Lisboa. Desde mesas de madeira vê-se a cidade antiga e o Tejo, enquanto se desfruta de um chá à tarde ou de um cocktail à noite.

Situado no topo do Hotel Tivoli, esta é uma zona lounge com sofás de onde se consegue avistar o Tejo, a Baixa e o castelo. Tem uma boa oferta de cocktails (incluindo alguns sem alcool) e há também uma carta de refeições ligeiras. Abre ao fi nal da tarde, mas só nos meses mais quentes, geralmente entre Maio e Setembro.

A vista deste terraço é um autêntico postal turístico e pode ser admirada desde mesas, sofás ou pufes para um fi nal de dia perfeito. Vê-se Alfama, o rio e o eléctrico 28 a passar, e desfruta-se de refeições saudáveis, caipirinhas e imperiais. Nas noites de fi m de semana poderá também ser acompanhado por DJs.

La terrasse du SILK CLUB bénéfi cie d’une des plus belles vues de la vieille Lisbonne. Il s’agit d’un bar sophistiqué, qui en plus d’une variété de boissons, sert aussi des sushis le tout sur une terrasse avec un design impeccable. Avec une atmosphère unique, il attire des gens d’affaires.

Bien que pas très grande, cela a été une fois considéré comme l’une des plus belles terrasses au monde. La raison en est la vue sur les toits du centre historique de la ville et une atmosphère accueillante dans un espace confortable. Détendez-vous entre les coussins sur les chaises en osier, demandez un verre de vin ou une boisson rafraîchissante.

Admirez le paysage de cette terrasse au 9e étage de l’Hôtel du Monde. Le château est juste à côté, et on voit toute la Baixa et Chiado. Ouvert pour les verres avant le dîner mais aussi on vous invite à passer la soirée avec un cocktail en écoutant du jazz.

La terrasse au 7e étage de l’Hôtel do Chiado offre une vue imprenable sur Lisbonne. Des tables en bois pour voir la vieille ville et le Tage, tout en appréciant un thé ou un cocktail en soirée.

Située au sommet de l’Hôtel Tivoli, il s’agit d’un salon avec des canapés où vous pourrez admirer la vue sur le Tage. La terrasse a une bonne gamme de cocktails (dont certains sans alcool) et elle a aussi une carte de rafraîchissements. Ouverte en fi n d’après-midi, mais seulement dans les mois les plus chauds, généralement entre Mai et Septembre.

La vue de cette terrasse est une carte postale touristique authentique et peut être admiré à partir de tables, canapés, poufs pour une journée parfaite. Vue de Alfama, le fl euve et le tramway 28 qui circule. Amusez-vous avec des caipirinhas et des fraîches «imperiais»Des DJs font partie de la soirée pendant le weekend.

TERRACE

ROOFTOP BAR

ENTRETANTO

SKY BAR

PORTAS DO SOL

SILK CLUB

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O topo de um parque de estacionamento às portas do Bairro Alto tornou-se um dos destinos obrigatórios nas tardes e noites mais quentes quando abriu no verão de 2013. Mesas de madeira e pequenas árvores plantadas viradas para a Ponte 25 de Abril criam um ambiente de jardim suspenso sobre a cidade, onde se serve uma variedade de bebidas e hambúrgueres pela noite dentro ao som das escolhas musicais de um DJ.

Este terraço colorido encontra-se virado para oriente, também pela sua decoração algo exótica, inspirada na Índia e ligeiramente zen. Uma deusa hindu pintada numa parede observa o serviço que inclui refeições ligeiras e bebidas refrescantes para uma tarde ou noite descontraída.

Um bom local para um fi nal de tarde enquanto o sol se põe, este espaço é composto por mesas e cadeiras de ferro onde se servem refeições ligeiras e bebidas refrescantes. A acompanhar está uma banda sonora variada, por vezes alta para um ambiente animado.

Enquanto a maioria dos outros terraços encontram-se no centrohistórico, este situa-se na cidade moderna, no topo de um hotel de luxo. É essencialmente um destino de verão, com uma grande piscina e uma variedade de cocktails de fruta. O uso da piscina é pago, mas qualquer um pode fi car numa das espreguiçadeiras com vista para a cidade e desfrutar dos cocktails e petiscos. Tudo sempre ao som de êxitos de música pop num ambiente chill-out.

L’étage supérieure d’un stationnement aux portes du Bairro Alto s’est transformé en une magnifi que terrasse et est devenu l’une des destinations incontournable lors des chaudes soirées de l’été depuis son ouverture en 2013. Face au Ponte 25 de Abril, des tables en bois et de petits arbres plantés afi n de créer un jardin suspendu qui surplombe la ville. On y sert une variété de burgers et des boissons au son des choix musicaux d’un DJ.

Cette terrasse colorée est orientée à l’est, inspirée de l’Inde, vous fait profi ter d’un décor zen et exotique. Une déesse hindoue peinte sur un mur regardant le service qui comprend des collations et des boissons rafraîchissantes pour un après-midi de détente.

Un bon endroit pour un coucher du soleil, cet espace est composé de tables et chaises en fer où ils se servent des repas légers, des boissons rafraîchissantes et des sons variés pour agrémenter la soirée.

Alors que la plupart des autres terrasses sont situées dans le centre historique, celle-ci se trouve dans la ville moderne, au-dessus d’un hôtel de luxe. Elle est principalement une destination d’été, avec une grande piscine et une variété de cocktails fruités. L’utilisation de la piscine est payante, mais n’importe qui peut utiliser une chaise longue et profi ter de la vue sur la ville en dégustant des cocktails et des collations. Accompagnée de musique pop dans un environnement relaxant.

PARK LOST IN

NOOBAI

UPSCALE

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Normandie 1944Le PM Harper se rendra en France pour souligner le 70e anniversaire du jour J et de la bataille de Normandie

Le Premier ministre Stephen Harper a aujourd’hui annoncé qu’il dirigera une délégation canadienne en France au mois de juin 2014 pour participer à des activités marquant le 70e anniversaire du jour J et de la bataille de Normandie. Le Premier ministre sera accompagné de Julian Fantino, ministre des Anciens Combattants, du Major-général Richard Rohmer, conseiller spécial auprès du ministre des Anciens Combattants sur le jour J, d’anciens combattants qui ont participé au jour J, de représentants d’organisations d’anciens combattants, et de plus d’un millier de cadets et de jeunes Canadiens. Durant sa visite, le Premier ministre entreprendra une gamme d’activités visant à souligner l’anniversaire du jour J et de la bataille de Normandie. Les détails seront rendus publics à une date ultérieure.

Faits saillants

•Le jour J (le 6 juin 1944), les Canadiens et d’autres forces alliées attaquèrent les défenses allemandes se trouvant le long des plages de la Normandie, en France, avec l’objectif de frayer un chemin vers l’Allemagne depuis l’ouest.•Ce jour-là, nos aviateurs ont largué des milliers de livres de bombes sur les fortifi cations côtières allemandes, protégé nos soldats sur les plages, et attaqué les formations allemandes au sol. Nos parachutistes se sont emparés de positions ennemies pour en détruire les infrastructures.•Les 109 navires et 10 000 marins de la Marine royale canadienne ont contribué à contenir la fl otte allemande à l’intérieur des ports, participé au déminage de la

Manche, réduit au silence les batteries ennemies sur la côte, et mené les militaires canadiens et les bateaux de débarquement jusqu’au site de la bataille.•La bataille du jour J a été l’un des engagements militaires les plus importants et les plus réussis du Canada, en plus d’être un moment charnière dans l’histoire du 20e siècle. La bataille du jour J et la campagne qui a suivi en Normandie ont contribué à enclencher le processus qui allait mener à la fi n de la Seconde Guerre

mondiale.•Mais il y a eu un prix à payer pour la victoire du jour J. Lors de cette bataille, 340 Canadiens ont fait le sacrifi ce de leur vie, 547 ont été blessés et 47 ont été faits prisonniers. •Le Cimetière de guerre canadien de Beny-sur-Mer est maintenant le lieu de repos de 2 044 Canadiens, dont 19 soldats inconnus.•Le Cimetière de guerre canadien de Bretteville-sur-Laize est le lieu de repos de 2 793 Canadiens, dont 81 soldats inconnus.

Citations:« Le 6 juin, il y a soixante dix ans, des soldats, marins et aviateurs canadiens, avec d’autres membres de la Force expéditionnaire alliée, ont participé à l’invasion du jour J, l’un des plus grands assauts amphibies de tous les temps, mené sur une étendue de 80 kilomètres de plage dans le Nord de la France. Ils l’ont fait en vue de précipiter la destruction de la machine de guerre allemande, de libérer l’Europe de la tyrannie nazie et de protéger les droits et libertés du Canada. » « Nous tirons une grande fi erté du fait que les Canadiens aient joué un rôle aussi déterminant dans le succès du débarquement du jour J, l’une des grandes batailles de la Seconde Guerre mondiale. En effet, dans la soirée du 6 juin 1944, les troupes canadiennes avaient pénétré plus loin à l’intérieur des terres que tous leurs alliés – un exploit remarquable dont nous pouvons être fi ers. C’est un privilège d’aller en France et de rendre hommage à ces vaillants Canadiens qui, par leur sang, leur sueur et leurs sacrifi ces, ont réussi à envahir la Normandie et, ultimement, à libérer l’Europe et le monde du joug nazi. Nous leur devons notre liberté. N’oublions jamais. »

Le Premier ministre Stephen Harper

Personnellement j’adore les écrits de Mme. L. Gagnon. Je prends ici la liberté de reproduire celui-ci tout en félicitant la excellente analyse de l’illustre journaliste du quotidien La presse. RM

Mauvais perdants

Même une défaite dévastatrice n’excuse pas la grossièreté... (Le Soleil, Jean-Marie Villeneuve)

Lysiane GagnonLa Presse

On s’entend, la joute politique n’est pas une partie de golf. Le jeu est brutal, et la défaite, dévastatrice. Ce qui n’excuse pas du tout la grossièreté manifestée par Pauline Marois envers ses successeurs.

Alors que la rencontre en face à face qui marque symboliquement la transition se fait normalement dans les 48 heures suivant le scrutin, Mme Marois a fait poireauter Philippe Couillard pendant une semaine. C’était du jamais vu.

J’ai couvert l’entrevue entre Robert Bourassa et René Lévesque, au lendemain de la victoire péquiste de 1976. M. Bourassa, frappé de plein fouet, avait les yeux rouges, mais c’est avec grâce qu’il avait reçu son successeur. Et que dire de M. Lévesque, le soir de la défaite référendaire de 1980? Aucun blâme, aucune colère... En 2012, Jean Charest, qui venait de subir le même double choc que Mme Marois (soit la défaite de son parti et sa défaite personnelle dans son comté), avait assuré la transition avec la plus grande courtoisie.

L’équipe de M. Couillard a eu toutes les misères du monde à rencontrer les membres du cabinet de Mme Marois, pour la transmission des dossiers gouvernementaux. Cela ne s’est fait qu’à la toute veille de la nomination du conseil des ministres! Ces délais anormaux étaient-ils dus à la mauvaise foi? Au désir de camoufl er quelque chose? À la désorganisation pure et simple?

Et voilà qu’on apprend que la première ministre sortante a fait vider les trois bureaux dont elle disposait dans la circonscription de Charlevoix. Et en plus, les lignes téléphoniques avaient été coupées!

Fatima Houda-Pepin et Denise Trudel de la CAQ, comme en son temps la conservatrice Josée Verner, ont manifesté la même mesquinerie en vidant tous leurs classeurs, ce qui forcera certains électeurs à reprendre leurs démarches à partir de zéro, et privera les nouveaux députés d’informations sur le comté. Venant de Mme Houda-Pepin, cette attitude vindicative est encore pire, car elle avait été députée pendant deux décennies. En jetant tous les dossiers à la déchiqueteuse, elle a effacé 20 ans de l’histoire du comté. Son successeur, le Dr Gaétan Barrette, a raison de la blâmer en soulignant que «lorsqu’un médecin prend sa retraite, il transfère ses dossiers de clientèle à son successeur».

Mme Houda-Pepin se défend en disant qu’elle était liée à ses électeurs par des ententes de confi dentialité. Foutaise. D’autres députés défaits, comme le caquiste Sylvain Lévesque, ou le péquiste Léo Bureau-Blouin, ont laissé un bureau en ordre. «Les citoyens doivent être au-dessus de nos déceptions personnelles», a déclaré M. Lévesque avec sagesse.

On savait que Léo Bureau-Blouin était un garçon bien élevé. Il l’a démontré une fois de plus en laissant à son successeur, en deux piles distinctes, les dossiers complétés et les dossiers non réglés. Pour ce qui est du respect de la confi dentialité, il y avait vu à l’avance en faisant signer aux citoyens qui requéraient son intervention un formulaire de consentement au transfert éventuel des informations confi dentielles. M. Bureau-Blouin avait lui-même souffert de ce qu’il appelle «la politique de la terre brûlée» en découvrant, une fois élu, que tous les dossiers de la circonscription avaient disparu.

Son successeur, le libéral Saul Polo, l’a publiquement remercié pour cette transition harmonieuse en ajoutant que «tout au long de la campagne, nos échanges ont toujours été respectueux. Il disait vouloir faire de la politique autrement, et il a tenu parole.»

Voilà une attitude qui devrait servir de leçon aux députés qui font passer leur ressentiment personnel avant les intérêts de leurs électeurs. Dommage qu’elle leur soit servie par celui qui fut le plus jeune député de l’histoire... ce qui prouve bien que la maturité n’est pas une question d’âge.

7 avril 2014

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FRUTAS DE ANGOLAMostra parcial-2

Com a devida vénia ao excelente trabalho (ideia e formatação) de Clara Moura

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Le saviez-vous?20. Les melons 21. Les bananes 22. Les brocolis

Les melons, à l’instar des pastèques et des potirons, poussent à même le sol.

Les bananes poussent en régime tout en haut des bana-niers (qui ne sont techniquement pas des arbres mais de simples plantes)

Le brocoli est également composé de petits bour-geons de fl eurs

23. Les clous de girofl es 24. Les câpres 25. Les canneberges

Un clou de girofl e est en fait un bouton fl oral du gi-rofl ier que l’on fait ensuite sécher pour devenir ce qu’on appelle communément le clou de girofl e.

Une câpre est en réalité un bourgeon de fl eur du câprier qui ne s’est pas ouvert.

Comme la myrtille, la canneberge pousse dans des petits buissons. Les cultivateurs la récoltent en inondant les marécages jusqu’à ce que les petites baies fl ottent.

26. Le poivre 27. Le paprika 28. Les noix

Les baies du poivre poussent sur le poivrier qui res-semble à une sorte de vigne. Les baies sont d’ailleurs rassemblées en grappes, comme le raisin.

Le paprika est extrait des piments rouges séchés qui sont de la même famille que de simples poivrons.

La noix de cajou est en réalité le noyau du fruit ana-cardier, qui ressemble à une grosse pomme toute rouge. Bizarrement, la noix est visible à l’extérieur du fruit et peut être extraite sans diffi culté.

Et voilà, maintenant vous savez d’où proviennent ces fruits et légumes ! Ne trouvez-vous pas que les cacahuètes ou les kiwis poussent d’une façon vraiment étonnante ?

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Crónica de viagemPrezados leitores,

Viajar é um dos grandes prazeres da vida. Além do lazer, proporciona saber e crescimento interior. É uma forma de rever, consolidar e viver aqueles conhecimentos dos bancos escolares. As preocupações e os costumes devem fi car em casa, pois a mente aberta para novas descobertas possibilita um enriquecimento cultural e contagiante adquirido de cada povo. É um desafi o que dá ao viajante a oportunidade de entrar no clima das pessoas e dos lugares visitados e, no retorno ao seu país, trazer na bagagem cultural, algo mais além da afi rmação de que viajou para este ou aquele lugar.

Hoje falaremos um pouco de Portugal. Como a maioria das capitais da Europa, Lisboa oferece sempre passeios e atracções durante todo ano, principalmente no Verão. A culinária é um dos pontos fortes da cidade. É impossível resistir à tentação em degustar pratos típicos como bacalhau, o cosido, os peixes, os embutidos, sem falar nos doces típicos portugueses. As Casas de Fado no Bairro Alto, Mosteiro dos Jerónimos, Parque das Nações, Castelo de São Jorge, Praça do Comércio, Praça da Liberdade e Elevador Santa Justa no centro velho, sem falar nos arredores de Lisboa, são algumas visitas, entre tantas outras, que devem ser experimentadas.

Caso você esteja em Lisboa no mês de Junho, no dia 13, dia de Santo António, verá uma das grandes atracções dessa cidade. A Câmara Municipal de Lisboa patrocina, na Catedral de Lisboa, o casamento de 13 noivos, oferecendo todo enxoval e a festa das bodas. É imperdível, pois os noivos chegam com motoristas particulares em carros antigos como Rolls-Royce, Cadilac, Mercury, Jaguar e outros. E casam sem gastar um centavo!

Na noite anterior, na Avenida da Liberdade, apresentam-se as Marchas. São grupos folclóricos vestidos tipicamente, que vêm de toda a grande Lisboa apresentar-se durante toda a noite. No fi nal, uma comissão de notáveis da cidade escolhe o grupo vencedor que vai receber o prémio. Guardadas as devidas proporções, seria uma festa como o nosso Carnaval.Numa próxima oportunidade continuaremos nas terras de Além-Mar.Boa viagem!

João Aparecido da [email protected]

COMUNICADOSessão de informação sobre serviços consulares

O Consulado – Geral de Portugal em Montreal apresenta os seus cumprimentos à Comunidade Portuguesa residente na sua área de jurisdição e informa que vai promover uma sessão de esclarecimento sobre serviços consulares, onde poderão ser tratadas, entre outras, questões relacionadas com:

Conceito de residência – Implicações a nível fi scal;• A Convenção para Evitar a Dupla Tributação e a Evasão Fiscal entre • Portugal e o Canadá;Convenção entre Portugal e o Québec em Matéria de Segurança • Social e Ajuste Complementar (Saúde) – pensões e suplementos;Cartão de Cidadão;• Registo Civil•

A sessão terá lugar, quarta-feira, 14 de Maio de 2014, pelas 19h00 no Centro Comunitário Santa Cruz (60 rue Rachel Ouest, Montreal, Québec).

Esta sessão de informação insere-se na iniciativa “Consulado Aberto”, instituída por este Consulado Geral, cujo objectivo é aproximar os serviços consulares da comunidade que serve, mantendo-a informada sobre os vários actos consulares e outros processos de especial interesse para os portugueses residentes no estrangeiro.

Montreal, 1 de Maio de 2014

O que disse Marcelo Caetano após o 25 de Abril..

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Cinq choses à faire au moment d’emmé-nager dans une nouvelle maisonLa saison des déménagements arrive à grands pas! Si vous faites partie des nombreux propriétaires qui éliront domicile ailleurs au cours de l’été, suivez ces cinq étapes rapides pour intégrer votre nouveau foyer en toute tranquillité. Aussi, informez nous à l’avance de votre déménagement pour que nous transférions votre système de sécurité rapidement et effi cacement dans votre nouvelle résidence. Pour ce faire, remplissez notre Formulaire de déménagement ici.

1. Changez votre adresse postale.Postes Canada peut temporairement réacheminer le courrier de votre ancienne adresse vers votre nouveau domicile. Vous avez ainsi le temps de transmettre vos nouvelles coordonnées aux personnes et sociétés qui communiquent avec vous par la poste. Cliquez ici pour en savoir plus sur le service de réacheminement du courrier.

2. Contractez une assurance habitation.En souscrivant à une police d’assurance habitation dès votre arrivée dans votre nouvelle résidence, vous bénéfi ciez d’une protection contre les imprévus, comme le vandalisme, qui peuvent se produire tout juste après avoir emménagé. Certains assureurs vous accorderont une réduction si vous disposez d’un système de télésurveillance. Pour savoir comment réduire au minimum le coût de votre assurance habitation, consultez le site Web du Bureau d’assurance du Canada.

3. Préparez une trousse de premiers soins.Au beau milieu des boîtes, des rénovations et de l’aménagement de votre nouvelle demeure, les accidents constituent probablement le cadet de vos soucis. Or, nul n’est à l’abri d’une coupure ou d’une érafl ure, d’où l’importance de parer à toute éventualité. Une trousse de premiers soins doit comporter certains articles essentiels tels des compresses de gaze, des tampons antiseptiques et du ruban adhésif. Cliquez ici pour consulter les recommandations de la Croix-Rouge canadienne.

4. Mettez au point un plan d’évacuation en cas d’incendie.L’élaboration et la mise en pratique d’un plan d’évacuation en cas d’incendie peuvent sauver des vies. Réfl échissez à ceci : si un incendie se déclarait dans votre maison aujourd’hui, est-ce que votre famille pourrait en sortir indemne? Qu’il s’agisse de dessiner un plan de votre résidence ou de déterminer un point de rencontre à l’extérieur, la Prévention des incendies du Canada a préparé un guide détaillé que vous pouvez consulter ici.

5. Assurez-vous que vos détecteurs de fumée sont reliés à un centre de télésurveillance.Les détecteurs de fumée sont indispensables dans une maison, mais ils sont encore plus effi caces lorsqu’ils sont reliés à un centre de télésurveillance. Si un incendie se déclenche et que vous êtes asphyxié par la fumée, les détecteurs traditionnels ne vous seront d’aucune utilité. Or, si vos appareils sont raccordés aux centres de télésurveillance 24 h de Reliance Protectron, des agents qualifi és interviendront immédiatement si vous ne répondez pas à leur appel en alertant le service d’incendie. Pour ajouter la protection incendie à vos services mensuels et ainsi profi ter de votre foyer en toute quiétude, communiquez avec nous dès aujourd’hui au 1-855-340-5437. (Protectron)

Déforestation...

O DESTERRADOSoares dos Reissculpteur

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Wolfe

Todos nós sabemos que Al Capone somente foi preso por haver omitido rendimentos ao fi sco americano.Mas toda história tem detalhes e desdobramentos curiosos que às vezes desconhecemos.As duas histórias relatadas a seguir mostram que o exemplo, é mesmo, um grande legado.

DUAS HISTÓRIASHISTÓRIA NÚMERO UM

Há muitos anos, Al Capone controlava inteiramente a cidade de Chicago. Não fi cou famoso por nenhum acto heróico.Era notório, sim, por encher a cidade com tudo relativo a contrabando, bebidas, prostituição e assassinatos.Capone tinha um advogado apelidado ‘Easy Eddie’, um excelente profi ssional!Sua habilidade, manobrando leis, manteve Al Capone fora da cadeia por muito tempo.Para mostrar seu apreço, Capone pagava-lhe muito bem.Não só o dinheiro era muito como Eddie também tinha vantagens especiais. Por exemplo, ele e a família moravam numa mansão protegida, com todas as conveniências possíveis.A propriedade era tão grande que ocupava um quarteirão inteiro em Chicago. Eddie vivia a vida da alta roda da cidade, mostrando pouca preocupação com as atrocidades que ocorriam à sua volta.No entanto, Easy Eddie tinha um ponto fraco.

Tinha um fi lho que amava acima de tudo. Eddie preocupava-se para que seu fi lho tivesse sempre do melhor: roupas, carros e uma excelente educação. Nada era poupado. O preço não era problema. Apesar do seu envolvimento com o crime organizado, Eddie tentou mostrar-lhe, sempre, o que era certo e o que era errado. Eddie queria que seu fi lho se tornasse um homem melhor que ele.Mesmo assim, com toda a sua riqueza e infl uência, havia duas coisas que ele não podia dar ao fi lho: não podia transmitir-lhe um nome bom e um bom exemplo.Um dia, Easy Eddie tomou uma decisão difícil no sentido de corrigir as injustiças de que havia participado na sua carreira como advogado.Decidiu que iria às autoridades e contaria a verdade sobre Al ‘Scarface’ Capone, limpando o seu nome sujo e oferecendo ao fi lho alguma coisa como integridade moral recuperada.Para tanto teria de testemunhar contra a quadrilha de Capone e sabia que o preço a pagar seria muito alto. Ainda assim, ele testemunhou.Um ano depois, Easy Eddie foi assassinado a tiros numa rua de Chicago.Deu ao fi lho o maior presente que poderia oferecer, ao maior custo que poderia pagar.A polícia recolheu em seus bolsos um rosário, um crucifi xo, uma medalha religiosa e um poema, recortado de uma revista.

O poema: «O relógio da vida recebe corda apenas uma vez e nenhum homem tem o poder de decidir quando os ponteiros irão parar, se mais cedo, se mais tarde. Agora é o único tempo que você possui. Viva, ame e trabalhe com vontade. Não ponha nenhuma esperança no tempo, pois o relógio pode parar a qualquer momento».

HISTÓRIA NÚMERO DOIS

A Segunda Guerra Mundial produziu muitos heróis.Um deles foi o Comandante Butch O’Hare, um piloto de caça, operando no porta-aviões Lexington, no Pacífi co Sul.Um dia a sua esquadrilha foi enviada em missão. Quando já estavam voando, ele notou pelo medidor de combustível que haviam esquecido de encher os tanques do seu avião. Ele não teria combustível sufi ciente para completar a missão e retornar ao navio. O líder do voo ordenou-lhe que regressasse ao porta-aviões. Relutantemente, ele saiu da formação e iniciou a volta à frota.Quando estava voltando ao navio-mãe viu algo que fez seu sangue gelar: uma esquadrilha de aviões japoneses voava na direcção da frota americana. Com os caças afastados da frota, ela estaria indefesa ao ataque iminente. Ele não podia alcançar sua esquadrilha nem avisar à frota da aproximação do perigo.Havia apenas uma coisa a fazer. Teria que desviá-la da frota de alguma maneira...Afastando todos os pensamentos sobre a sua segurança pessoal, ele mergulhou sobre a formação de aviões japoneses.Suas metralhadoras calibre 50, montadas nas asas, disparavam enquanto ele atacava um surpreso avião inimigo e em seguida outro. Butch costurou dentro e fora da formação, agora rompida e incendiou tantos aviões quanto possível, até que suas munições, fi nalmente, acabaram. Ainda assim ele continuou o ataque.Mergulhava na direcção dos aviões, tentando destruir e danifi car tantos quanto possível. Finalmente, o exasperado esquadrão japonês partiu em outra direcção.

AQUELA ENCENAÇÃO EM S. BENTO,SE NÃO ERA VELÓRIO, FOI UMA PATETICE

Brasilino Godinho

No p.p. domingo, 04 de Maio de 2014, as televisões e os jornais mostraram e fotografaram os ministros alinhados na sala do Palácio de S. Bento, enquanto o chefe do governo, anunciava o que há muito tempo se adivinhava: a famigerada saída - que só por ironia de muito mau gosto se teima em designar por saída limpa. Limpa, o tanas!Nunca em Portugal se terá efectuado uma qualquer saída, tão mal cheirosa, tão repelente, tão desastrada e tão detestável.Os portugueses viram retratadas as criaturas ministeriais tristes, compungidas, tensas, como se estivessem alinhadas num velório. Só lhes faltava o acessório da gravata preta, nos homens e o véu preto nas senhoras o que, atendendo à solenidade, seria apropriado. E se velório foi, subentendido no consenso de bastante gente, há que reconhecer algum nexo ao acontecimento, dadas as terríveis consequências de todo o processo que suscitou a intervenção do grande chefe do grupo que detém o Poder em Portugal.É evidente que a atmosfera fúnebre da cerimónia não condizia com o tom eufórico usado pelo mensageiro, Passos Coelho. Este, ali se expondo com todos os artifícios de cenário e de malabarismos verbais que lhe são de uso - dir-se-ia que compulsivo.Por outro lado, condescendendo fi ngimos acreditar que terá acontecido uma primária e incompetente encenação, como tantas outras habituais nos espectáculos do circo/teatro político, exibidos em Lisboa, diremos que assistimos a uma ridícula demonstração de pompa, inteiramente deslocada no lugar, no tempo e na equívoca circunstância; a qual, se pretendia enfatizar e, sobremodo, colocar nos píncaros da fantasiosa lua cheia. Chega a ser penoso, assistirmos a tais destrambelhadas cenas que bem ilustram o analfabetismo cultural em que está mergulhada a sociedade dos compinchas, de irresponsabilidade total, que tem o Poder em Portugal.

Profundamente aliviado, Butch O’Hare e o seu avião danifi cado se dirigiram ao porta-aviões. Logo à sua chegada informou os seus superiores sobre o acontecido. O fi lme da máquina fotográfi ca montada no avião contou a história com detalhes. Mostrou a extensão da ousadia de Butch em atacar a esquadrilha japonesa para proteger a frota. Na realidade, ele tinha destruído cinco aeronaves inimigas.Isto ocorreu no dia 20 de Fevereiro de 1942 e por aquela acção Butch se tornou o primeiro Ás da Marinha na 2ª Guerra Mundial e o primeiro Aviador Naval a receber a Medalha de Honra do Congresso.No ano seguinte Butch morreu em combate aéreo com 29 anos de idade. Sua cidade natal não permitiria que a memória deste herói da 2ª Guerra desaparecesse e hoje, o Aeroporto O’Hare, o principal de Chicago, tem esse nome em homenagem à coragem deste grande homem.Assim, se algum dia você passar no O’Hare International, lembre-se dele e vá ao Museu comemorativo sobre Butch, visitando sua estátua e conhecendo suas condecorações. Fica situado entre os Terminais 1 e 2.

O que têm estas duas histórias de comum? Porque ambos eram de Chicago? Não!Butch O’Hare era o fi lho de Easy Eddie. NUNCA NINGUÉM É TOTALMENTE BOM. NUNCA NINGUÉM É TOTALMENTE MAU.O HOMEM É O REFLEXO DAS SUAS CIRCUNSTÂNCIAS.

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La prévention du cancer du colonMesures de dépistageSe soumettre à un test de dépistage passé l’âge de 50 ans. Si 60 % des gens âgés de 50 ans à 74 ans passaient un tel test tous les 2 ans, on estime que le nombre de décès causés par le cancer colorectal pourrait être réduit de 15 % à 18 %5.

C’est dans cette optique que le Ministère de la Santé et des Services Sociaux du Québec travaille actuellement à la mise en place d’un programme de dépistage qui s’adressera à toutes les personnes de 50 à 74 ans. Ce programme répondra aux critères que nous décrivons ci-dessous.

Personnes concernées : hommes et femmes âgés de plus de 50 ans.

Test de recherche de sang occulte dans les selles (RSOS). L’une ou l’autre des techniques suivantes peut être utilisée pour détecter des traces de sang dans les selles, invisible à l’oeil nu. - Test au gaïac : fait à domicile, il nécessite la prise d’échantillons de selles, étalés sur un petit carton enduit de gaïac, une substance végétale. Le carton est ensuite remis au médecin ou envoyé au laboratoire à des fi ns d’analyse par un technicien. - Test immunochimique (TIRSOS) : les échantillons de selle sont analysés différemment. Ce nouveau test est plus précis, car il détecte uniquement le sang provenant du côlon ou du rectum (et non de n’importe quelle partie du tube digestif, comme le fait le gaïac). De plus, il a l’avantage de ne pas nécessiter de restrictions dans la prise d’aliments et de médicaments au cours des jours qui précèdent le test. Fréquence : tous les ans ou les 2 ans. - Lorsque ce test est positif, d’autres examens médicaux sont proposés. La sigmoïdoscopie à sonde souple permet au médecin d’observer la paroi du rectum et du côlon sigmoïde (voir le schéma). La coloscopie permet un examen du rectum et de toutes les sections du côlon. Elle est pratiquée sous médication analgésique. Ces deux examens permettent non seulement de visualiser la paroi du rectum et du côlon, mais aussi d’enlever les polypes qui s’y trouvent et ainsi prévenir l’apparition de cancers éventuels. Ces examens sont non seulement préventifs, ils sont de fait curatifs.

Pour les personnes à risque. En cas d’antécédents familiaux de cancer colorectal ou de maladie infl ammatoire de l’intestin, par exemple, il peut être conseillé de passer une sigmoïdoscopie ou une coloscopie dès l’âge de 40 ans. En discuter avec son médecin.

Mesures préventives de base

Ne pas fumer. Pour connaître divers moyens qui facilitent l’arrêt, consulter notre fi che Tabagisme. Rester actif physiquement. L’activité physique (modérée et intense) réduirait le risque jusqu’à 50 %17. Atteindre ou maintenir un poids santé. Pour connaître votre indice de masse

corporelle, faites notre test IMC. Limiter la consommation d’alcool. La Société canadienne du cancer conseille aux femmes de limiter leur consommation d’alcool à moins de 1 verre par jour, et aux hommes à moins de 2 verres par jour. Manger suffi samment de fruits et de légumes et de céréales à grains entiers semble contribuer à prévenir le cancer colorectal. Ces aliments renferment des vitamines, des minéraux, des fi bres et des antioxydants qui contribuent à prévenir le cancer colorectal. Apporter de la variété afi n de profi ter de la plus large gamme possible des substances bénéfi ques qu’ils renferment (calcium, magnésium, vitamine B9, etc.). Un bon apport en fruits et en légumes réduit aussi le risque de plusieurs autres types de cancers. Pour en savoir plus : - Diète spéciale: cancer, les recommandations de la diététiste Hélène Baribeau; - Les réfl exes anticancer au quotidien, un livret du Dr David Servan-Schreiber. Limiter la consommation de viande rouge, de charcuterie (salami, saucissons, jambon fumé, etc.) et de grillades. Ceux qui mangent de la viande rouge 7 fois par semaine courent un risque 85 % plus élevé que ceux qui n’en mangent que 3 fois par semaine17.

Autres mesures pour prévenir l’apparition de la maladie

Suppléments Vitamine D. À la lumière des résultats de diverses études, la Société canadienne du cancer recommande aux Canadiens, depuis 2007, de prendre un supplément de 25 μg (1 000 UI) par jour de vitamine D en automne et en hiver7. L’organisme suggère aux personnes présentant des risques plus élevés de carence en vitamine D - ce qui inclut les personnes âgées, les personnes dont la pigmentation de la peau est foncée et les personnes qui s’exposent rarement au soleil - d’en faire autant durant toute l’année. Notez que les dosages recommandés peuvent varier selon l’âge et les conditions particulières. Pour en savoir plus, consultez notre fi che Vitamine D.

Médicaments

Aspirine. La prise d’un comprimé par jour d’aspirine (acide acétylsalicylique) pourrait conférer une certaine protection. Les données épidémiologiques révèlent que les personnes prenant souvent de l’aspirine sont moins atteintes de cancer colorectal2,8. Certaines contre-indications s’appliquent, car l’aspirine accroît le risque d’hémorragie. Anti-infl ammatoires non stéroïdiens. Outre l’aspirine, d’autres médicaments anti-infl ammatoires pourraient avoir un effet protecteur contre les polypes intestinaux et le cancer colorectal, comme l’ibuprofène (Advil®, Motrin®, etc.) et le naproxène (Aleve®, Naproxyn®, etc.)

Je réalise qu’en vieillissant nous observons les choses différemment... Un mec est venu sonner chez moi pour me demander un petit don pour la piscine municipale, je lui ai donné un verre d’eau.

Cette nuit un voleur s’est introduit chez moi, il cherchait de l’argent… Je suis sorti de mon lit et j’ai cherché avec lui.

La seule fi n heureuse que je connais, c’est la fi n de semaine...

De chez moi au bar il y a 5 minutes, alors que du bar à chez moi il y a 1h50 min...

L’ironie c’est quand tu rentres en prison pour vol de voiture et que tu sors pour bonne conduite...

Tu trouves que ta vie est répétitive et monotone ? Pense au mec qui fait des photos d’identité en Chine...

Le travail d’équipe est essentiel. En cas d’erreur, ça permet d’accuser quelqu’un d’autre !

Les parents, c’est deux personnes qui t’apprennent à marcher et à parler, pour te dire ensuite de t’assoir et de te taire !

Avant je savais bien écrire et, un jour, j’ai eu un téléphone portable; é depuis il c produi kelk choz de bizar…

Les statistiques, c’est comme les bikinis; ça donne des idées, mais ça cache l’essentiel !

Réviser, c’est douter de l’intelligence de son voisin !

Le Père Noël est le seul barbu qui peut survoler les États-Unis sans problèmes.

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Uma família inglesa comprou uma igreja por 92 000 libras e gastou mais 300 000 na singular decoraçào

VIVER NUMA IGREJA