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Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789) Texto Original Tradução Déclaration des droits de l'homme et du Citoyen du 26 août 1789 (Placée ensuite en tête de la Constitution de 1791) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 26 de agosto de 1789 (Colocada posteriormente no início da Constituição de 1791) Les représentants du peuple français, constitués en Assemblée nationale, considérant que l'ignorance, l'oubli ou le mépris des droits de l'homme sont les seules causes des malheurs publics et de la corruption des gouvernements, ont résolu d'exposer, dans une déclaration solennelle, les droits naturels, inaliénables et sacrés de l'homme, afin que cette déclaration, constamment présente à tous les membres du corps social, leur rappelle sans cesse leurs droits et leurs devoirs; afin que les actes du pouvoir législatif et ceux du pouvoir exécutif, pouvant être à chaque instant comparés avec le but de toute institution politique, en soient plus respectés; afin que les réclamations des citoyens, fondées désormais sur des principes simples et incontestables, tournent toujours au maintien de la Constitution et au bonheur de tous. En conséquence, l'Assemblée nationale reconnaît et déclare, en présence et sous les auspices de l'Etre suprême, les droits suivants de l'Homme et du Citoyen. Os representantes do povo francês, constituídos em ASSEMBLEIA NACIONAL, considerando que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem são as únicas causas das desgraças públicas e da corrupção dos Governos, resolveram expor em declaração solene os Direitos naturais, inalienáveis e sagrados do Homem, a fim de que esta declaração, constantemente presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre sem cessar os seus direitos e os seus deveres; a fim de que os actos do Poder legislativo e do Poder executivo, a instituição política, sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reclamações dos cidadãos, doravante fundadas em princípios simples e incontestáveis, se dirijam sempre à conservação da Constituição e à felicidade geral. Por consequência, a ASSEMBLEIA NACIONAL reconhece e declara, na presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguintes direitos do Homem e do Cidadão. Article premier. Les hommes naissent et demeurent libres et égaux en droits. Les distinctions sociales ne peuvent être fondées que sur l'utilité commune. Artigo 1º- Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem fundar-se na utilidade comum. Article 2. Le but de toute association politique est la conservation des droits naturels et imprescriptibles de l'homme. Ces droits sont la liberté, la propriété, Artigo 2º- O fim de toda a associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses Direitos são a liberdade. a propriedade, a segurança e a

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)

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Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado (1789)

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Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado (1789)Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado (1789)

Texto Original

Traduo

Dclaration des droits de l'homme et du Citoyen du 26 aot 1789

(Place ensuite en tte de la Constitution de 1791)Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado de 26 de agosto de 1789

(Colocada posteriormente no incio da Constituio de 1791)

Les reprsentants du peuple franais, constitus en Assemble nationale, considrant que l'ignorance, l'oubli ou le mpris des droits de l'homme sont les seules causes des malheurs publics et de la corruption des gouvernements, ont rsolu d'exposer, dans une dclaration solennelle, les droits naturels, inalinables et sacrs de l'homme, afin que cette dclaration, constamment prsente tous les membres du corps social, leur rappelle sans cesse leurs droits et leurs devoirs; afin que les actes du pouvoir lgislatif et ceux du pouvoir excutif, pouvant tre chaque instant compars avec le but de toute institution politique, en soient plus respects; afin que les rclamations des citoyens, fondes dsormais sur des principes simples et incontestables, tournent toujours au maintien de la Constitution et au bonheur de tous.

En consquence, l'Assemble nationale reconnat et dclare, en prsence et sous les auspices de l'Etre suprme, les droits suivants de l'Homme et du Citoyen.

Os representantes do povo francs, constitudos em ASSEMBLEIA NACIONAL, considerando que a ignorncia, o esquecimento ou o desprezo dos direitos do homem so as nicas causas das desgraas pblicas e da corrupo dos Governos, resolveram expor em declarao solene os Direitos naturais, inalienveis e sagrados do Homem, a fim de que esta declarao, constantemente presente em todos os membros do corpo social, lhes lembre sem cessar os seus direitos e os seus deveres; a fim de que os actos do Poder legislativo e do Poder executivo, a instituio poltica, sejam por isso mais respeitados; a fim de que as reclamaes dos cidados, doravante fundadas em princpios simples e incontestveis, se dirijam sempre conservao da Constituio e felicidade geral.

Por consequncia, a ASSEMBLEIA NACIONAL reconhece e declara, na presena e sob os auspcios do Ser Supremo, os seguintes direitos do Homem e do Cidado.

Article premier. Les hommes naissent et demeurent libres et gaux en droits. Les distinctions sociales ne peuvent tre fondes que sur l'utilit commune.

Artigo 1- Os homens nascem e so livres e iguais em direitos. As distines sociais s podem fundar-se na utilidade comum.

Article 2. Le but de toute association politique est la conservation des droits naturels et imprescriptibles de l'homme. Ces droits sont la libert, la proprit, la sret et la rsistance l'oppression.

Artigo 2- O fim de toda a associao poltica a conservao dos direitos naturais e imprescritveis do homem. Esses Direitos so a liberdade. a propriedade, a segurana e a resistncia opresso.

Article 3. Le principe de toute souverainet rside essentiellement dans la Nation. Nul corps, nul individu ne peut exercer d'autorit qui n'en mane expressment.

Artigo 3- O princpio de toda a soberania reside essencialmente em a Nao. Nenhuma corporao, nenhum indivduo pode exercer autoridade que aquela no emane expressamente.

Article 4. La libert consiste pouvoir faire tout ce qui ne nuit pas autrui: ainsi, l'exercice des droits naturels de chaque homme n'a de bomes que celles qui assurent aux autres membres de la socit la jouissance de ces mmes droits. Ces bomes ne peuvent tre dtermines que par la loi.

Artigo 4- A liberdade consiste em poder fazer tudo aquilo que no prejudique outrem: assim, o exerccio dos direitos naturais de cada homem no tem por limites seno os que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela Lei.

Article 5. La loi n'a le droit de dfendre que les actions nuisibles la socit. Tout ce qui n'est pas dfendu par la loi ne peut tre empch, et nul ne peut tre contraint faire ce qu'elle n'ordonne pas.

Artigo 5- A Lei no probe seno as aces prejudiciais sociedade. Tudo aquilo que no proibido pela lei no pode ser impedido, e ningum pode ser constrangido a fazer o que ela no ordene.

Article 6. La loi est l'expression de la volont gnrale. Tous les citoyens ont le droit de concourir personnellement, ou par leurs reprsentants, sa formation. Elle doit tre la mme pour tous, soit qu'elle protge, soit qu'elle punisse. Tous les citoyens, tant gaux ses yeux, sont galement admissibles toutes dignits, places et emplois publics, selon leur capacit et sans autre distinction que celle de leurs vertus et de leurs talents.

Artigo 6- A Lei a expresso da vontade geral. Todos os cidados tm o direito de concorrer, pessoalmente ou atravs dos seus representantes, para a sua formao. Ela deve ser a mesma para todos, quer se destine a proteger quer a punir. Todos os cidados so iguais a seus olhos, so igualmente admissveis a todas as dignidades, lugares e empregos pblicos, segundo a sua capacidade, e sem outra distino que no seja a das suas virtudes e dos seus talentos.

Article 7. Nul homme ne peut tre accus, arrt ni dtenu que dans les cas dtermins par la loi et selon les formes qu'elle a prescrites. Ceux qui sollicitent, expdient, excutent ou font excuter des ordres arbitraires doivent tre punis; mais tout citoyen appel ou saisi en vertu de la loi doit obir l'instant: il se rend coupable par la rsistance.

Artigo 7- Ningum pode ser acusado, preso ou detido seno nos casos determinados pela Lei e de acordo com as formas por esta prescritas. Os que solicitam, expedem, executam ou mandam executar ordens arbitrrias devem ser castigados; mas qualquer cidado convocado ou detido em virtude da Lei deve obedecer imediatamente, seno torna-se culpado de resistncia.

Article 8. La loi ne doit tablir que des peines strictement et videmment nces-saires, et nul ne peut tre puni qu'en vertu d'une loi tablie et promulgue ant-rieurement au dlit, et lgalement applique.

Artigo 8- A Lei apenas deve estabelecer penas estrita e evidentemente necessrias, e ningum pode ser punido seno em virtude de uma lei estabelecida e promulgada antes do delito e legalmente aplicada.

Article 9. Tout homme tant prsum innocent jusqu' ce qu'il ait t dclar coupable, s'il est jug indispensable de l'arrter, toute rigueur qui ne serait pas ncessaire pour s'assurer de sa personne doit tre svrement rprime par la loi.

Artigo 9- Todo o acusado se presume inocente at ser declarado culpado e, se se julgar indispensvel prend-lo, todo o rigor no necessrio guarda da sua pessoa, dever ser severamente reprimido pela Lei.

Article 10. Nul ne doit tre inquit pour ses opinions, mme religieuses, pourvu que leur manifestation ne trouble pas l'ordre tabli par la loi.

Artigo 10- Ningum pode ser inquietado pelas suas opinies, incluindo opinies religiosas, contando que a manifestao delas no perturbe a ordem pblica estabelecida pela Lei.

Article 11. La libre communication des penses et des opinions est un des droits les plus prcieux de l'homme; tout citoyen peut donc parler, crire, imprimer librement, sauf rpondre de l'abus de cette libert dans les cas dtermins par la loi.

Artigo 11- A livre comunicao dos pensamentos e das opinies um dos mais preciosos direitos do Homem; todo o cidado pode, portanto, falar, escrever, imprimir livremente, respondendo, todavia, pelos abusos desta liberdade nos termos previstos na Lei.

Article 12. La garantie des droits de l'homme et du citoyen ncessite une force publique; cette force est donc institue pour l'avantage de tous, et non pour l'utilit particulire de ceux qui elle est confie.

Artigo 12- A garantia dos direitos do Homem e do Cidado carece de uma fora pblica; esta fora , pois, instituda para vantagem de todos, e no para utilidade particular daqueles a quem confiada.

Article 13. Pour l'entretien de la force publique, et pour les dpenses d'administration, une contribution commune est indispensable; elle doit tre galement rpartie entre tous les citoyens, en raison de leurs facults.

Artigo 13- Para a manuteno da fora pblica e para as despesas de administrao indispensvel uma contribuio comum, que deve ser repartida entre os cidados de acordo com as suas possibilidades.

Article 14. Les citoyens ont le droit de constater, par eux-mmes ou par leurs reprsentants, la ncessit de la contribution publique, de la consentir librement, d'en suivre l'emploi, et d'en dterminer la quotit, l'assiette, le recouvrement et la dure.

Artigo 14- Todos os cidados tm o direito de verificar, por si ou pelos seus representantes, a necessidade da contribuio pblica, de consenti-la livremente, de observar o seu emprego e de lhe fixar a repartio, a colecta, a cobrana e a durao.

Article 15. La socit a le droit de demander compte a tout agent public de son administration.

Artigo 15- A sociedade tem o direito de pedir contas a todo o agente pblico pela sua administrao.

Article 16. Toute socit dans laquelle la garantie des droits n'est pas assure, ni la sparation des puvoirs dtermine, n'a point de constitution.

Artigo 16- Qualquer sociedade em que no esteja assegurada a garantia dos direitos, nem estabelecida a separao dos poderes no tem Constituio.

Article 17. La proprit tant un droit inviolable et sacr, nul ne peut en tre priv, si ce n'est lorsque la ncessit publique, lgalement constate, l'exige videmment, et sous la condition d'une juste et pralable indemnit.Artigo 17- Como a propriedade um direito inviolvel e sagrado, ningum dela pode ser privado, a no ser quando a necessidade pblica legalmente comprovada o exigir evidentemente e sob condio de justa e prvia indemnizao.