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Segunda ·feira, 3 de Dezembl'o de 2007 I SÉRIE - Número 48 , BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE ~;UPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE AVISO A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser remetida em cópia devidamente autenticada, uma por cada assunto, donde conste, a ém das indicações necessárias para esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e autenticado: Para publicação no «Boletim da República», ........................ ' . SUMÁRIO Conselho de Ministros: Decreto n.O 5312007: Aprova o Regulamento da Segurança So cíal Obrigatória. ••••••••••••••••••••••••••••••• CONSELHO DE MINISTROS de 3 de Dezembro A Lei n." 4/2007, de 7 de Fevereiro, estabelece as bases da protecção social moçambicana, garantindo ao nível da .... cgurunça social obrigatória a subsi stência material dos II abalhadores em caso de doença, acidente. maternidade, invalidez .: velhice. bem como a sobrevivência dos respectivos familiares vtn caso da sua morte. Tornando-se, assim, necessário ei.tabelecer as formas e condições de materialização das disposições referentes aos. regimes dos trabalhadores por conta de outrem e dos trabalhadores por conta própria previ stas na lei-quadro de protecção social, o Conselho de Ministros, usando da faculdade conferida pelo artigo 56 da Lei 0. 0 412007. de 7 de Fevereiro. decreta; Artigo J. É aprovado o Regulamento da Segurança Social Obrigatória, em anexo, que faz parte integrante do presente Decreto. Art, 2. É revogada toda a legislação que contrarie o estabelecido neste Decreto. Art. 3. O presente Decreto entra em vigor 60 dias após a sua publicação. Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 16 de Outubro de 2007. Publique-se. A Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo. Regulamento da Segurança Social Obrigatória CAPiTULO I Disposições gerais ARTIGO I (Objecto) O presente Regulamento estabelece os regimes de segurança social obrigatória dos trabalhadores por conta de outrem e dos trabalhadores por conta própria, previstos na Lei n.· 4/2007, de 7 de Fevereiro. ARTIGO 2 (Direito à informaçilo) J. A comunicação do despacho de todas as solicitações dirigidas ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), em especial do pedido de prestações, deve ser feita ao interessado no prazo máximo de 30 dias . 2. Em caso do despacho de indeferimento a decisão deve conter os fundamentos de facto e de direito. 3. A'falta de comunicação do despacho no prazo fixado no n.' I do presente artigo equivale ao deferimento .tácito. 4. Caso não seja materializada a prestação dentro do prazo de dez dias, contados a partir da data do deferimento tácito, o peticionário poderá interpor recurso hierárquico. ARTIGO 3 (Glossário) As definições constam do glossário em anexo, que é parte integrante do presente Regulamento. --~----------------_ ..... __ .

Decreto 532007

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  • Segunda feira, 3 de Dezembl'o de 2007 I SRIE - Nmero 48,BOLETIM DA REPUBLICA

    PUBLICAO OFICIAL DA REPBLICA DE MOAMBIQUE

    ~;UPLEMENTOIMPRENSA NACIONAL DE MOAMBIQUE

    AVISOA matria a publicar no Boletim da Repblica deve

    ser remetida em cpia devidamente autenticada, umapor cada assunto, donde conste, a m das indicaesnecessrias para esse efeito, o averbamento seguinte,assinado e autenticado: Para publicao no Boletimda Repblica,........................ ' .

    SUMRIO

    Conselhode Ministros:

    Decreto n.O 5312007:

    Aprova o Regulamentoda Segurana So cal Obrigatria.

    CONSELHO DE MINISTROS

    de 3 de Dezembro

    A Lei n." 4/2007, de 7 de Fevereiro, estabelece as basesda proteco social moambicana, garantindo ao nvel da....cguruna social obrigatria a subsi stncia material dosIIabalhadores em caso de doena, acidente. maternidade, invalidez.: velhice. bem como a sobrevivncia dos respectivos familiaresvtn caso da sua morte.

    Tornando-se, assim, necessrio ei.tabelecer as formase condies de materializao das disposies referentes aos.regimes dos trabalhadores por conta de outrem e dostrabalhadores por conta prpria previ stas na lei-quadro deproteco social, o Conselho de Ministros, usando da faculdadeconferida pelo artigo 56 da Lei 0.0412007. de 7 de Fevereiro. decreta;

    Artigo J. aprovado o Regulamento da Segurana SocialObrigatria, em anexo, que faz parte integrante do presenteDecreto.

    Art, 2. revogada toda a legislao que contrarie oestabelecido neste Decreto.

    Art. 3. O presente Decreto entra em vigor 60 dias aps a suapublicao.

    Aprovado pelo Conselho de Ministros, aos 16 de Outubrode 2007.

    Publique-se.A Primeira-Ministra, Lusa Dias Diogo.

    Regulamento da Segurana SocialObrigatria

    CAPiTULO I

    Disposies gerais

    ARTIGO I(Objecto)

    O presente Regulamento estabelece os regimes de seguranasocial obrigatria dos trabalhadores por conta de outrem e dostrabalhadores por conta prpria, previstos na Lei n. 4/2007, de 7de Fevereiro.

    ARTIGO 2(Direito informailo)

    J. A comunicao do despacho de todas as solicitaesdirigidas ao Instituto Nacional de Segurana Social (INSS), emespecial do pedido de prestaes, deve ser feita ao interessadono prazo mximo de 30 dias .

    2. Em caso do despacho de indeferimento a deciso deve conteros fundamentos de facto e de direito.

    3. A'falta de comunicao do despacho no prazo fixadono n.' I do presente artigo equivale ao deferimento .tcito.

    4. Caso no seja materializada a prestao dentro do prazode dez dias, contados a partir da data do deferimento tcito,o peticionrio poder interpor recurso hierrquico.

    ARTIGO 3

    (Glossrio)

    As definies constam do glossrio em anexo, que parteintegrante do presente Regulamento.

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  • 748-(~) ISRIE-NMERO 48

    CAPTULO II

    Regime dos trabalhadores por conta de outrem

    SECO I

    mbito e inscrio

    ARTIGO 4

    (mbito de apllcallo pessoal)

    I. So obrigatoriamente abrangidos os trabalhadores por contade outrem. nacionais e estrangeiros. residentes em territrionacional, independentemente do sector econmico em que exercemli sua actividade, mesmo que o trabalho seja a tempo parcial,incluindo os perodos probatrios e de estgio laboral remunerado.

    2. So tambm considerados trabalhadores por conta de outrem,abrangidos obrigatoriamente:

    a) Os administradores, gerentes e os membros dos rgossociais das sociedades com contrato de trabalho,incluindo as sociedades unipessoais;

    b) Os empresrios em nome individual com trabalhadoresao seu servio ou com estabelecimento estvel;

    c) Os estivadores, contratados por uma empresa de estivaou agncia de emprego;

    ) Os profissionais ao servio de transportadores;e) Os trabalhadores de instituies do Estado ou de

    autarquias locais e os trabalhadores de empresaspblicas que no estejam abrangidos pelo EstatutoGeral dos Funcionrios do Estado;

    1) Os trabalhadores sazonais;g) Os trabalhadores de partidos polticos, sindicatos,

    associaes e organizaes sociais bem como ostrabalhadores das organizaes no-governamentais.

    3. A abrangncia dos empregados domsticos, desportistas,artistas e trabalhadores do sector agrcola e similar ser feita porDiploma do Ministro que superintende a rea do Trabalho, deforma gradual e por categorias, tendo 'em conta a capacidade daestrutura administrativa do INSS.

    ARTIGO 5

    (Trabalhadores estrangeiros)

    A obrigatoriedade de inscrio no sistema de segurana socialno se aplica aos trabalhadores estrangeiros que se encontrem aprestar servios na Repblica de Moambique, desde que provemestarem abrangidos por um sistema de segurana social de outropais, sem prejuzo do que esteja estabelecido em legislaomoambicana aplicvel.

    ARTIGO 6

    (mbno de apllcallo material)

    A segurana social obrigatria dos trabalhadores por conta deoutrem compreende as seguintes prestaes:

    a) Na doena, o subsidio por doena e o subsidio porinternamento hospitalar;

    b) Na maternidade, o subsdio por maternidade;c) Na invalidez, a pensopor invalidez;) Na velhice, a penso por velhice;e) Na morte, o subsidio por morte, o subsdio de funeral e a

    penso de sobrevivncia.

    ARTIGO 7

    (Inscrllo das entldsdes empregadoras)

    I. A inscrio dasentidades empregadoras, na sua qualidadede contribuintes-da segurana social, deve ser efectuada no prazode IS dias a contar da data do inicio d actividade ou da aquisioda empresa, atravs de boletim de inscrio de modelo prprio.

    2. Ao boletim de inscrio deve juntar-se:

    a) Fotocpia do alvar ou documento comprovativodo licenciamento da actividade;

    b) Fotocpia autenticada do modelo 6 de incio de acti vidadeentregue na direco da rea fiscal respectiva;

    c) Fotocpia do bilhete de identidade dais) pessoais) queobriga(m) a empresa.

    3. Aps a efectivao da inscrio, o INSS comunicar entidade empregadora o nmero de contribuinte que lhe tiversido atribudo. .

    4. O INSS pode proceder inscrio oficiosa do contribuinte,sem prejuzo das penalidades aplicveis.

    5. A entidade empregadora deve mencionar na folha deremuneraes e em todos os documentos relacionados com asegurana social obrigatria o seu nmero de contribuinte.

    ARTIGO 8

    (Inscriio dos trabalhadores)

    I. A inscrio dos trabalhadores efectuada com base emboletim de identificao de modelo prprio, acompanhado defotocpia do bilhete de identidade ou cdula pessoal ou dacertido de nascimento do trabalhador e validado com a assinaturae carimbo da entidade empregadora.

    2. O boletim deve ser preenchido pelo trabalhador, competindo entidade empregadora o seu envio ao INSS, devidamentepreenchido, no prazo no superior a 30 dias a contar da data davinculao contratual.

    3. Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, poder o boletimde identificao ser entregue directamente no INSS pelo prpriotrabalhador.

    4. Caso o trabalhador no preencha o boletim de identificao,compete entidade empregadora o seu preenchimento com oselementos de identificao de que dispuser.

    5. A actualizao dos dados constantes do boletim daresponsabilidade do beneficirio.

    6. O INSS pode proceder inscrio oficiosa dos trabalhadores.desde que disponha dos elementos indispensveis, sem prejuzodas penalidades aplicveis.

    7. O INSS atribui um nmero de beneficirio no prazo nosuperior a 30 dias contados a partir da data de inscrio no sistema.

    8. A inscrio do trabalhador reporta-se ao incio do ms a quese refere a primeira contribuio devida em seu nome.

    ARTIGO 9

    (Trabalhador f Inscrito)

    I. A admisso pela entidade empregadora de um trabalhador jinscrito no obriga entrega de novo boletim de identificao,desde que faa constar na folha de remuneraes o respecti vonmero de inscrio.

    2. O trabalhador dever declarar a sua vinculao novoentidade empregadora exibindo o seu carto de beneficirio.

  • 3 DE DEZEMBRO DE 2007 748-(9)

    SECO II

    Contribuies

    ARTIGO 10

    (Base de Incidncia das contribuies)

    I. A base de incidncia das contribuies constituda por:

    a) Salrio base;

    b)Bnus, comisses e outras prestaes de natureza anlogaatribudos com carcter de regu aridade;

    c) Gratificao de gerncia.2. O Ministro que superintende a rea do trabalho pode, por

    Diploma Ministerial, determinar que em relao a certas categoriasde beneficirios, as respectivas contribui es tenham por basesalrios que venham a ser convencionados.

    ARTIGO II

    (Folha de remuneraes)

    I.As entidades empregadoras remetem mensalmente ao INSS,at ao dia 10 do ms seguinte, a folha onde constam asremuneraes consideradas base de incidncia das contribuies,respeitantes ao ms anterior, elaborada em impresso fornecido ouaprovado pelo INSS.

    2. Quando a entrega da folha de remi neraes se efectuarmediante a utilizao dos servios dos correios ou outros quevierem a ser indicados. o prazo referido no nmero anteriorconsidera-se cumprido, se a data do carimbo desses servios noultrapassar a do ltimo dia do ms a que a (olha respeitar.

    3. Quando o prazo termine num sbado, domingo ou feriado, oseu termo transfere-se parao primeiro dia til seguinte.

    ARTIGO 12

    (Procedimento oflclos")

    I.A falta de entrega da folha de remuneraes pode ser supridaoficiosamente, atravs da aplicao da taxa contributiva, com baseno total das ltimas remuneraes declaradas pela entidadeempregadora, desde que esta, notificada para o efeito, noapresente a folha de remuneraes em falta no prazo concedido.

    2. Na impossibilidade do procedimento fixado no nmeroanterior por ausncia de declarao de rem uneraes anteriores.o montante destas determinado pelo INSS, com base nacontabilidade do contribuinte.

    3. Quando a contabilidade do contribuinte no permiteestabelecer o valor exacto das remuneraes devidas, o montantedas remuneraes convencionalmente fixado pelo INSS, emfuno das tabelas de remuneraes pratic adas na profisso emempresas do mesmo ramo de actividade.

    ARTIGO 13

    (Contribuies)

    I. As contribuies so calculadas pela aplicao da taxa sobreas remuneraes consideradas como base di: incidncia. de modoa garantir a estabilidade e o equilbrio financeiro dos ramos.

    2. As contribuies so devidas a partir do primeiro diado contrato de trabalho e at ao dia cm que cessa o exercidoda actividade profissional abrangida.

    3. O pagamento das contribuies deve ser efectuado atao dia 10 do ms seguinte a que respeitam, atravs de guiasde depsito de modelo prprio.

    4. As taxas de contribuies para a segurana social obrigatriaso fixadas por Diploma Ministerial Conjunto dos Ministros quesuperintendem as reas do trabalho e das finanas, ouvidaa Comisso Consultiva do Trabalho,

    5. A obrigao contributiva prescreve decorridos 10 anosa contar do termo do prazo determinado para o pagamento.

    ARTIGO 14

    (Contabilizao das contribuies)

    I. As contribuies da entidade empregadora socontabilizadas em conta corrente adequada evidncia dasrespectivas responsabilidades perante o INSS.

    2, As contribuies das entidades empregadoras socontabilizadas na rea financeira medida do seu recebimento.

    ARTIGO 15

    (Contablllzalo da dfvlda)

    I. As contribuies devidas e no pagas sero objectode contabilizao especial no balano anual do INSS.

    2. As contribuies devidas e no pagas h mais de 5 anospodero ser consideradas como cobranas duvidosas.

    ARTIGO 16

    (cessaio do exerefclo da actlvldede)

    I. A entidade empregadora que cesse o exerccio da suaactividade deve comunicar esse facto, por escrito, ao INSS at aodcimo dia do ms seguinte quele em que o mesmo tenha ocorrido.

    2. A falta de comunicao da cessao de actividade nos termosindicados no nmero anterior implica o regsto da dvida.

    SECom

    PrestaOes

    SUBSECO I

    Prestaes por doena

    ARTIGO l7

    (Caracterlzalo)

    I. Para as prestaes por doena considerada toda a situaode doena, no decorrente de causa profissional, nem provocadaintencionalmente pelo trabalhador, que determine incapacidadetemporria para o trabalho.

    2. Considera-se ainda incapacidade temporria para o trabalhoa ausncia do trabalhador como acompanhante de menor a seucargo internado em estabelecimento hospitalar ou em situao deconvalescena e que por indicao mdica tenha de merecercuidados especiais.

    ARTIGO 18(Prestaes)

    Em caso de doena, o beneficirio tem direito atribuio dosubsdio por doena e do subsdio por internamento hospitalar.

    AJmGOI9

    (Subsidio por doena)

    O subsdio por doena concedido nos seguintes casos:a) Doena ou acidente no profissional, desde que no

    provocados intencionalmente pelo trabalhador;

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    b) Ausncia do trabalhador como acompanhante de menora seu cargo internado em estabelecimento hospitalar;

    c) Convalescena de menores a seu cargo que tenham sidointernados e que por indicao mdica tenham demerecer cuidados especiais.

    ARTIGO20

    (Condies de atribuio)

    I. A atribuio.das prestaes do ramo de doena depende deos beneficirios. data do incio do impedimento temporrio parao trabalho. terem cumprido as seguintes condies:

    a) Um prazo de garantia de 6 meses seguidos ou interpolados.com entrada de contribuies durante I ano (dozemeses) que precedem o segundo ms anterior ao doincio do impedimento;

    b) Um ndice de profissionalidade, pelo registo deremuneraes nos 2 ltimos meses que precedem osegundo ms anterior ao do incio do impedimento. demodo a poderem ser considerados meses com entradade contribuies.

    2. Sempre que. nos 20 dias imediatos ao da cessao doimpedimento. ocorra uma nova eventualidade. a condio previstana alnea b) do nmero anterior pode ser preenchida com registode remuneraes correspondente a situaes de equivalncia nostermos previstos no presente Regulamento.

    3. Para efeitos de cumprimento do prazo de garantia soconsiderados. desde que no se sobreponham. os perodos deregisto de remuneraes em quaisquer regimes da segurana socialobrigatria que assegurem prestaes pecunirias de protecosocial nesta eventualidade.

    ARTIGo21

    (Perrodo de espera)

    I. O subsdio no pago nos 3 'primeiros dias em cadaimpedimento.

    2. Para a contagem do perodo de espera no se atende ao diada baixa se o trabalhador tiver recebido remunerao.

    3. O subsdio pago sem exigncia do perodo de espera nocaso de:

    a) Hospitalizao do trabalhador;

    b) Doena contagiosa. desde que expressamente indicadapelo mdico nos respectivos atestados;

    c) Impedimento para o trabalho resultante de gravidezcertificado pelo mdico. ou que tenha inicio no decursodo perodo de atribuio do subsdio de 'maternidade,e ultrapasse o termo desse perodo.

    4. O dia da baixa o da verificao do impedimento pelo mdico.5. Compete ao Ministro da Sade fixar por Diploma Ministerial

    a listagem das doenas contagiosas para o efeito do disposto naalnea b) do n." 3 do presente artigo.

    ARTIGO22

    (Clculo do subsdio por doena)

    I. O montante do subsdio dirio por doena igual a 65%do salrio mdio. calculado com base na seguinte frmula:

    SM=_R_180

    Onde:SM - Representa o montante do salrio mdio dirio;

    R Representa o lotai das remuneraes registadas nos 6meses que precedem o segundo ms anterior ao do incio daincapacidade.

    2. Na determinao do total das remuneraes registadas noso consideradas as importncias relativas aos subsdios de friasou outras de natureza anloga.

    3. O Ministro que superintende a rea do trabalho podeestabelecer. por Diploma Ministerial. regras especficas para oclculo do subsdio por doena. tratando-se de actividades que.pelas caractersticas do seu exerccio. impliquem irregularidadesou oscilao acentuada dos valores que integram a retribuiodo trabalho.

    ARTIGO23

    (Perrodo de concesso)

    I. O subsdio por doena pago at ao mximo' de 365 diascontnuos.

    2. Se o impedimento por doena se mantiver depois de atingidoo limite da concesso. o beneficirio passa ao regime de proteconainvalidez, se j tiver cumprido o respectivo prazo de garantia.

    3. Para efeitos do disposto no nmero anterior. o beneficiriodeve ser submetido Junta de Sade para confirmao da situaode doena.

    ARTIGO24

    (certificao de Impedimento para o trabalho)

    I. O impedimento por doena certificado pelo mdico ou pelotcnico de medicina devidamente autorizado do centro de sadeque abrange a rea de residncia ou de trabalho do beneficirio.atravs de modeloprprio em uso no Servio Nacional de Sade.

    2. Neste modelo indicado o nmero de dias de impedimentopara o trabalho. bem como as prorrogaes da baixa pela mesmadoena ou incapacidade e a respectiva cessao do impedimento.

    3. O modelo em causa preenchido em duplicado. destinan-do-se:

    a) O original ao INSS. a ser remetido pela entidadeempregadora no prazo mximo de 5 dias teis a contarda data do seu conhecimento;

    b) O duplicado ao beneficirio, para prova da situao deimpedimento e anotao da data da consulta mdicaseguinte e de eventuais prorrogaes.

    4. No caso de impedimento por acidente provocado por terceiroresponsvel. deve o beneficirio ou entidade competente indicara identidade do mesmo.

    5. Em caso de internamento. o modelo a usar a declarao deinternamento hospitalar.

    ARTIGO25

    (Subsrdlo por Internamento)

    I. O subsdio por internamento ser concedido no caso de:

    a)A doena ou acidente de origem no profissional resultarno internamento hospitalar do trabalhador;

    b) O trabalhador acompanhar menor a seu cargo. internadoem estabelecimento hospitalar.

    2. O subsdio por internamento equivalente taxa diria quevigora no Servio Nacional de Sade e ser pago aoestabelecimento hospitalar. depois da apresentao no INSS darespectiva factura pelo beneficirio.

  • 3 DE DEZEMBRO DE 2007 748- (11)

    ARTIGO 26(Acompanhante de menor)

    I. O subsdio por ausncia do trabalhador como acompanhantede menor a'seu cargo internado em estabelecimento hospitalars concedido quando este tenha idade inferior ou igual a 15anos.

    2. No haver limite de idade, caso o internado sofrade deficincia fsica ou psquica devidamente comprovada pelomdico.

    SUBSECO II

    Subsdio por maternid ade

    ARTIGO 27(ConcessAo do subsdio por maternidade)

    1. concedido um subsdio por maternidade equivalente a 60dias, por ocasio do parto.

    2. O valor dirio do subsdio por mater ridade corresponde aomontante do salrio mdio dirio calculado com base na seguintefrmula: SM=_R_

    180Onde:SM Representa o montante do salrio mdio dirio;R -Representa o total das remuneraes registadas nos 6 meses

    que precedem o segundo ms anterior ao do incio daincapacidade.

    3. Na determinao do total das remuneraes registadas noso consideradas as importncias relativas aos subsdios de friasou outras de natureza anloga.

    4. O subsdio por maternidade pode ser requerido at 20 diasantes da data provvel do parto.

    5. O subsdio por maternidade pago mensalmente at ao ltimodia do ms a que respeita.

    SUBSECO III

    Proteco na velhicnARTIGO 28

    (Direito II pansAo por velhice)1. O beneficirio que complete 55 anos eleidade, sendo mulher,

    ou 60 anos, sendo homem, tem direito penso por velhice desdeque rena cumulativamente os seguintes requisitos:

    alTer sido inscrito no sistema h pelo menos 20 anos antesde requerer a penso;

    b) Ter completado !O anos (120 meses) com entrada decontribuies.

    2. Tem ainda direito penso por velhice, o beneficirio que,independentemente da sua idade, satisfizer as seguintes condies data do requerimento:

    a) Ter sido inscrito no sistema h pelo menos 30 anos antesde requerer a penso;

    b) Ter completado 25 anos (300 meses) com entrada deconlribuies.

    3. Sempre que para o apuramento da densidade contributivahaja necessidade de considerar mais de um ms, a sua c.ontagem feita sequencialmente, sem prejuzo da irrelevncia para o efeitodos meses que apresentem o mnimo de 2(1dias.

    ARTIGO 29

    (Clculo da remuneraAo mdia mensal)

    1. O montante mensal da penso por velhice fixado em funoda remunerao mdia mensal, definida como:

    RMM=-I.!L.-120

    Onde:RMM - Remunerao mdia mensal;

    ~~---._-

    TR - Representa o total das remuneraes sujeitasa contribuies no decurso dos 10 anos civis que precedema data de requerimento da penso.

    2. No dia Ide Janeiro de cada ano ser acrescido 1 ano civil, atao mximo .de 40; para obteno do total de remuneraese adicionado 1 ano (12 meses) ao denominador, para clculo daremunerao mdia mensal.

    AaTIG030

    (Determlnalio do valor da penaAo)

    1. O montante mensal da penso por velhice igualao quociente.entre 9 total de meses com entrada de contribuiese um referencial de 240, correspondente ao esforo contributi vopermanente ao longo de 20 anos, multiplicado por 50% daRemunerao Media Mensal:

    pv = (_N_).50% RMM240

    Onde:

    Pv Representa a Penso por Velhice;NRepresenta o total de meses com entrada de contribuies

    no podendo, contudo, ser superior a 432;RMM - Representa a remunerao mdia mensal.2. A penso por velhice devida a partir do primeiro dia do ms

    seguinte ao do requerimento, desde que verificadas as condiesde atribuio.

    3. O montante mensal da penso por velhice no pode serinferior a 60% do salrio mnimo nacional mais elevado.

    ARTIGO 31

    (CessaAo do contrato de Irabalho)

    A concesso da penso por velhice determina a caducidadedo contrato de trabalho, devendo o INSS comunicarao contribuinte a data a partir da qual a prestao tem incio.

    SUBSECO IVProteco na invalidez

    ARTIGO 32

    (SltuaAo da Invalidez)

    Considera-se que' o trabalhador se invalida quando,na sequncia de doena ou de acidente no profissional, sofrediminuio das suas capacidades fsicas ou mentais, devidamentecertificada por Junta de Sade, que o torne totalmente incapazpara o trabalho.

    ARTIGO 33

    (Direito i penalo.por Invalidez)

    1. O trabalhador que se invalida antes de atingir a idadedos 55.anos de idade, sendo mulher, ou 60 anos, sendo homem,tem direito a urnapenso por invalidez nas condies seguintes:

    a) Ter sido inscrito no sistema h pelo menos 5 anos antesdo incio da incapacidade que originou a invalidez;

    b) Ter pago pelo menos dois anos e meio (30 meses)de contribuies no decurso dos ltimos 5 anosanteriores ao incio da incapacidade que originoua invalidez.

    2. A penso por invalidez passa automaticamente pensopor velhice logo que o beneficirio atinja a idade prevista paraa respectiva atribuio.

    3. Tem igualmente direito penso por invalidez, o beneficirioque rena as respectivas condies e tenha atingido o limitede concesso do subsdio por doena.

  • 748-(12) ISRIE-NMERO 48

    4. As regras de verificao e de controle da situao de invalideze de desgasteprematuro sero fixadas por Diploma Ministerial doMinistro que superintende a rea da Sade.

    ARTIGO 34

    (Avaliao peridica)

    I. O titular da penso por invalidez avaliado pela Junta deSade, de 6 em 6 meses, para confirmar a situao de incapacidadepara o trabalho, excepto se for considerado total e definitivamenteincapaz.

    2. A penso por invalidez suspensa no caso de o pensionistafaltar Junta de Sade sem motivo justificado.

    ARTIGO 35

    (Recurso da deciso da Junta de Saude)

    I. O titular de penso por invalidez que discordar da deciso daJunta de Sade pode recorrer daquela deciso no prazo de 8 diasteis contados da data do conhecimento da mesma. requerendouma junta de sade de recurso.

    2. As respectivas despesas so da responsabilidade dorecorrente se o parecer da Junta de Sade de recurso lhe fordesfavorvel.

    ARTIGO 36

    (Determinao do valor da penso por Invalidez)

    I. O montante mensal da penso por invalidez igual a 60% dapenso por velhice que o interessado teria tido direito se ti vessetrabalhado at idade de admisso penso por velhice.

    2. O montante mensal da penso por invalidez no pode serinferior a 60% do salrio mnimo mensal mais elevado.

    3. A penso por invalidez requerida em documento prprio e devida a partir do primeiro dia do ms seguinteao do requerimentoou do primeiro dia do ms seguinte quele em que o trabalhador reconhecido como invlido, se este reconhecimento for posterior.

    SUBSECOY

    Prestaes por morte

    ARTIGO 37(Prestaes)

    As prestaes por morte compreendem:

    a) Subsdio por morte;b) Subsdio de funeral;c) Penso de sobrevivncia.

    ARTIGO 38(Condies de atribuio do subsidio por morte)

    O subsdio por morte atribudo por uma s vez, no caso defalecimento de pensionista ou de beneficirio activo com, pelomenos. 3 anos de inscrio e 6 mesescom entrada de contribuiesnos 12 meses imediatamente. anteriores data da 'morte.

    ARTIGO 39(Clculo do subsdio por morte)

    1.0 subsdio por morte igual a 6 vezes:a) A remunerao mdiamensal calculada com base nas

    remuneraes dos seis meses anteriores data daocorrncia da morte. no caso de beneficirio activo;

    b) A penso devida no ms do falecimento, no caso depensionista.

    2. No caso de haver li lhos menores, o montante do subsdioacrescido de um valor igual remunerao mdia mensal ou penso por cada filho menor a cargo do beneficirio data dofalecimento.

    ARTIGO 40(Familiares com direito)

    1. O subsdio por morte, integrado do acrscimo calculado paraos filhos menores, pago ao cnjuge sobrevivo no separado defacto.

    2. Na ausncia de cnjuge sobrevivo, o subsdio repartido empartes iguais pelos filhos com direito e confiado aos tutores.

    3. Na ausncia de cnjuge sobrevivo e no havendo filhos comdireito, o subsdio por morte repartido em partes iguais pelosascendentes do falecido.

    4. Para efeitos do presente Regulamento, tambm consideradocomo cnjuge sobrevivo aquele que at data da morte dobeneficirio com ele vivia em unio de facto.

    ARTIGO 41

    (Reverso das prestaes)

    I. As prestaes devidas e no pagas data da morte dobeneficirio revertem para a pessoa a quem for concedido osubsdio por morte.

    2. Na inexistncia de titulares do direito ao subsdio por morte,o valor das prestaes em causa reverte para os programas daaco sanitria e social.

    ARTIGO 42(Condies de atribuio do subsdio de funeral)

    O subsdio de funeral atribudo por morte de pensionista oude beneficirio activo que. data do falecimento. tenha. pelomenos.3 mesesde inscrio e 3 meses com entrada de contribuies.

    ARTIGO 43(Montante do subsdio de funeral)

    O montante do subsdio de funeral fixado por Diploma doMinistro que superintende a rea do trabalho e actualizado namedida das disponibilidades do sistema.

    ARTIGO 44

    (Pessoas com dlretto)

    O subsdio de funeral pago:

    a) Aos familiares a quem for pago o subsdio por morte;b) A quem comprove documentalmente ter suportado as

    despesas do funeral.

    ARTIGO 45(Condies de atribuio da penso de-sobrevivncia)

    Tm direito penso de sobrevivncia os familiares a cargodo:

    a) Beneficirio que, data da sua morte, tenha registadosem seu nome, pelo menos, 5 anos (60 meses) com entradade contribuies;

    b) Pensionista por invalidez ou velhice a receber penso data da morte.

    ARTIGO 46

    (Fam!lIares com direito penso de sobrevivncia)

    So considerados familiares com direito:

    a) O cnjuge sobrevivo, no separado de facto;

  • J DE DEZEMBRO DE 2007 748- (13)

    ARTlGo5lb) Os filhos menores de 18 anos ou com idade at aos 21 ou25 anos, se estiverem matriculados e tiverem bomaproveitamento em curso mdio ou superior.respectivamente, e sem limite de idade se sofrerem deincapacidade total para o trabalho enquanto esta semantiver.

    ARTIGO 47

    (Determinao do valor da penso je sobrevivncia)

    l , A penso de sobrevivncia igual penso por velhice.calculada nas condies reunidas di.ta do falecimento dobeneficirio. com a seguinte distribuio:

    a) 50% para o cnjuge sobrevivo;b) 50% a ser repartidos equitativamente pelos rfos.

    2. Na falta do cnjuge sobrevi vo, a rota idade da penso revertepura os rfos.

    3. A penso de sobrevivncia requerida pelo titular do direitoou por seu representante legal, em mode o prprio, e devida apartir do primeiro dia do ms seguinte ao da data do falecimento,se for requerida no prazo de 6 meses a cc ntar dessa data.

    4. A penso de sobrevivncia devida a partir do primeiro diado ms seguinte ao da data do requerimer to. se no for requeridano prazo indicado no nmero anterior.

    CAPTUWIlI

    Manuteno voluntria no sistema

    ARTIGO 48

    (mbito de aplicao pessoal)

    1. Os beneficirios que deixem de exercer a sua actividadeprofissional podem requerer a manuteno volunuria no sistema.desde que:

    a) Tenham pelo menos 5 anos de inscrio no sistema;b) Tenham pelo menos trs unos e quatro meses, totalizando

    40 meses. com entrada de contribuies.2. A manuteno voluntria no sistema deve ser requerida at

    um ano depois de cessar a actividade laboral.3. Os direitos e deveres resultantes da manuteno voluntria

    podem ser autorizados a partir do ms seguinte ao da cessao daactividade laboral ou da data do requerirr entoo

    ARTIGO49

    (mbito de aplicao m.stertal)

    A manuteno voluntria no sistema garante a continuidadedos direitos em formao, nos termos definidos para ostrabalhadores por conta de outrem e nas nodal idades de:

    a) Subsdio por doena;b) Subsdio por internamento;c) Subsdio por maternidade;cl) Penso por invalidez;e) Penso por velhice;J) Subsdio por morte, incluindo sub.sdio de funeral e penso

    de sobrevivncia.ARTIGO 50

    (Notlflcaio da deciso ao Iequerente)

    O INSS notifica ao requerente da manuteno voluntria, noprazo de 2 meses a contar da data de recepo do pedido, dadeciso que recair sobre o mesmo. do montante das contribuiesdevidas e da forma de efectivar o seu pagamento.

    (Base de clculo das contrtbutes)

    1. O salrio que serve de base para o clculo das contribuiesda manuteno voluntria e das respectivas prestaes ocorrespondente ao salrimdio dos ltimos 6 meses com entradade contribuies, mas nunca inferior ao salrio mnimo, nemsuperior a vinte e Cinco vezes o salrio mnimo.

    2. O requerente pode optar pelo salrio mnimo que estiver emvigor para a categoria profissional que possua ou por um valoradequado s Suas possibilidades financeiras, sujeito aprovaodolNSS.

    3. A qualquer momento pode ser requerida a alterao do salriobase, dentro dos limites referidos, ficando a alterao sujeita aprovao do INSS.

    ARTtGo52

    (Pagamento das contribuies)

    1. O beneficirio que se mantenha voluntariamente no sistemasuporta a totalidade das contribuies estabelecidas para asprestaes a que tem direito e deve pagar nos prazos fixados.

    2. A manuteno voluntria cessa na falta de contribuies porum perodo de 6 meses. excepto se tiver havido justo impedimentoreconhecido pelo INSS.

    CAPTUWlV

    Regime dos trabalhadores por conta prpria

    SECOl

    mbito

    ARTIGO 53

    (mbito de apncae pessoat)

    1. So obrigatoriamente abrangidos pelo regime estabelecidono presente Regulamento os seguintes trabalhadores:

    a) Pessoa fsica que explora uma actividade econmica, comcarcter permanente ou temporrio. sem colaboradores;

    b) Quem presta servio de carcter individual a uma ou maisempresas mediante contrato de prestao de servios.

    2. A abrangncia dos trabalhadores por conta prpria ser feitapor Diploma Ministerial do Ministro que superintende a rea doTrabalho, de forma gradual e por categorias, tendo em conta acapacidade da estrutura administrativa do lNSS e a capacidadedesses trabalhadores se vincularem ao regime.

    ARTIGO 54

    (Caracterizao dos trabalhadores por conta prpria)

    Enquadram-se na categoria dos trabalhadores por conta prpriaos que no exerccio da sua actividade:

    a) Podem escolher os processos e meios de trabalho. sendoestes da sua propriedade, no todo ou em parte;

    b) No esto sujeitos a horrios de trabalho, salvo se osmesmos resultarem da lei ou regulamentos;

    c) No se integram na estrutura produtiva ou cadeiahierrquica de uma nica empresa. nem constituemelemento essencial ao desenvolvimento dos objectivosde qualquer entidade empregadora;

    d) Podem fazer-se substituir livremente;e) Esto na segunda categoria de imposto de rendimento

    de pessoas singulares.

  • 748-(14) ISRIE-NMERO 48

    AJmG055

    (mbito de aplicao material)

    A segurana social obrigatria dos trabalhadores por contaprpria compreende as seguintes prestaes:

    a) Na doena, o subsidio por doena e o subsidio porinternamento hospitalar;

    b) Na maternidade, o subsidio por maternidade;c) Na invalidez, a penso por invalidez;) Na velhice, a penso por velhice;e) Na morte, o subsidio por morte, o subsidio de funeral e a. penso de sobrevivncia.

    SEcOII

    Enquadramento e inscrio

    AJmG056

    (Declarao de Inicio de actividade)

    1. No prazo de 30 dias, contados a partir da data do inicio daactividade profissional, os trabalhadores devem declarar orespectivo exerccio da actividade econmica para efeitos deenquadramento e, se for caso disso, de inscrio, .comprovadopela declarao do inicio de actividade ou de outra naturezaanloga.

    2. Sempre que, data da declarao de exercfcio da actividade,os trabalhadores j se encontrem inscritos no sistema desegurana social, devem indicar o seu nmero de inscrio.

    ARTIGO57

    (Natureza do enquadramento)

    I.So enquadrados com carcter obrigatrio os trabalhadorespor conta prpria que, data do inicio da actividade, tenhamidade igualou inferior a 50 ou 55 anos, conforme se trate de mulherou homem, respectivamente.

    2. Podem requerer a vinculao ao regime, os trabalhadoresque iniciem oexercfcio da actividade profissional por conta prpriadepois de completada a idade referida no nmero anterior, desdeque tenham uma carreira contributiva que, adicionada ao perodoque lhes falta para atingir a idade de reforma prevista na lei, sejaigualou superior a dez anos.

    ARl1G058

    (Eleitos do enquadramento)

    I.O enquadramento no regime produz efeitos a partir do primeirodia do ms seguinte ao do efectivo exerccio da actividade.

    2. O enquadramento do trabalhador que, pela primeira vez, exerceactividade por conta prpria, produz efeitos a partir do primeirodia do 13. ms seguinte ao do efectivo exerccio de actividade.

    3. Os trabalhadores a que se refere o nmero anterior podemrequerer a antecipao do enquadramento com efeitos a partir doprimeiro dia do ms seguinte ao da apresentao do requerimento.

    ARl1G059

    (Inscrio)

    1. Os trabalhadores que no se encontrem inscritos data dadeclarao do exerccio de actividade por conta prpria. devemapresentar, conjuntamente com a declarao. os documentos quepermitam a sua identificao e a consequente inscrio,nomeadamente:

    a) Bilhete de identidade ou certido de nascimento ou cdulapessoal;

    b) Licena de exerccio de actividade;c) NUIT (Nmero nico de Identificao Tributria).

    2. Quando os trabalhadores no procedam, atempadamente, declarao do exerclcio de actividade, o INSS pode oficiosamenteefectuar o seu enquadramento e a respectiva inscrio.

    3. Aps a efectivao da inscrio, o INSS comunicar aotrabalhador, no prazo mximo de 30 dias, o nmero de inscrioque dever ser mencionado em toda a correspondncia com oINSS.

    ARTIGO60

    (Cessao do exerccio da actividade)

    I. Os trabalhadores que cessem o exerccio da sua actividadedevem declarar, por escrito, esse facto e comunicar ao INSS at aodcimo dia do ms seguinte quele em que o mesmo tenha ocorrido.

    2. A falta de comunicao da cessao de actividade nos termosindicados no nmero anterior implica o registo de dvida decontribuies.

    3. A cessao do exerccio da acti vidade como trabalhador porconta prpria determina a cessao do enquadramento no regime,mas no prejudica a inscrio.

    SECOlll

    Contribuies

    ARTIGO61

    (Obrigao. contributiva)

    Sem prejuzo do disposto no artigo 58 do presente Regulamento,a obrigao contributiva dos trabalhadores por conta prpria temincio no ms do enquadramento.

    ARTlG062

    (Determinao do montante das contribuies)

    I. O montante mensal das contribuies determinado pelaaplicao de uma taxa sobre a remunerao convencionalescolhida pelo trabalhador.

    2. A escolha pode ser feita de entre os escales, indexados aomontante do salrio mnimo mensal mais elevado com base naseguinte formula: R oN>

  • 3 DE DEZEMBRO DE 2007 748-(15)

    3. Os trabalhadores por conta prpria no po~ escolher umescalo a que corresponda remunerao convencional inferior aoduodcimo do rendimento colectvel determinado para o segundoano anterior ao da referncia das contribuies.

    4. Nos casos em que no possvel conhecer O rendimentocolectvel nas condies referidas no nmero anterior, aremunerao convencional pode ser escolh da nos trs primeirosescales.

    ARTlGo64

    (Prazo de pagamento das eenn ibuies)

    I. O trabalhador por conta prpria obrigado a entregarmensalmente ao INSS, at ao dia 10 do ms seguinte ao que serefere. um exemplar da folha-guia respeitante ao ms anterior,elaborado em impresso fornecido pelo INS~:.

    2. Quando a entrega do modelo da folha-guia se efectuarmediante utilizao dos servios dos correios ou de terceiroscontratados pelo INSS, o prazo referido no nmero anteriorconsiderar-se- cumprido se a data do carimbo desses serviosno ultrapassar a do ltimo dia do ms a que a folha-guia respeitar.

    ARflG065

    (Isenlo da obrigslo conlril>uliva)

    I. Os trabalhadores por conta prpri.i que desenvolvamactividade pontual no contnua de queeufirarn rendimentosmdios mensais inferiores a 50% do sahirio mnimo mensaldevidamente comprovados ficam isentos de contribuir, se orequererem.

    2. Os trabalhadores por conta prpria que estejam a descontarpara outro regime de proteco social obrigatria ficam tambmisentos da obrigao de contribuir, se o requererem.

    3. O requerimento produz efeitos desde o incio da actividade,se for apresentado nos 12 meses seguintes e. nos demais casos.a partir do primeiro dia do ms seguinte ao da sua apresentao.

    ARTIGO66

    (Suspenso da obrigao cont 'ibutiva)

    As situaes de impedimento para o trabalho devido a doenacom durao superior a 30 dias, devidamente comprovadas,determinam a suspenso da obrigao de contribuir desde oprimeiro dia do ms seguinte ao do incio do impedimento, at aoprimeiro dia do ms seguinte quele em que ocorra a cessao doimpedimento.

    ARTlG067

    (Silualo conlributiva Irr"l;ular)

    I. A situao contributiva no regularizada determina asuspenso da concesso das prestaes at que ocorra arespectiva regularizao, excepto no que se refere s prestaesatribudas na eventualidade de morte, as cuais so calculadassem tomar em conta os perodos com contribuies em dvida.desde que cumpridos os respectivos requisitos.

    2. Se no houver regularizao da situao contributiva noprazo de 60 dias, o reincio do pagamento das prestaes s6ocorrer a partir do primeiro dia do segundo ms aps aregularizao,

    3. Sem prejuzo do disposto nos nmeros anteriores. asprestaes previstas neste Regulamento s sero reconhecidospara os trabalhadores por conta prpria que pagam a respectivatax a de contribuies.

    SECO IV

    Prestaes

    sua secxo IPrestaes por doena

    ARTlG068(Prestaes)

    As prestaes por doena, so as previstas no artigo 17 dopresente regulamento designadamente o subsdio por doena e osubsdio por internamento hospitalar.

    ARTlG069

    (Condies de alribullo)

    I. A atribuio de prestaes por doena depende d, osbeneficirios data do infcio do impedimento temporrio para otrabalho, terem cumprido as seguintes condies:

    a) Um prazo de garantia de 6 meses seguidos ou interpolados,com entrada de contribuies durante os doze mesesque precedem o segundo ms anterior ao do incio doimpedimento:

    b) Ter situao contributiva regularizada.

    2. Sempre que, nos 30 dias imediatos ao da cessao doimpedimento, ocorra uma nova eventualidade de doena, acondio prevista na alnea b) do nmero anterior pode serpreenchida com registo de entrada de contribuiescorrespondente a situaes de equivalncia nos termos previstosno presente Regulamento.

    3. Para efeitos de cumprimento do prazo de garantia soconsiderados, desde que no se sobreponham, os perfodos deregisto de entrada de contribuies em quaisquer regimes dasegurana social obrigatria que assegurem prestaespecunirias de proteco social nesta eventualidade.

    ARTIGO70

    (Perlodo de espera)

    I. O subsdio no pago nos primeiros 30 dias de cadaimpedimento.

    2. O subsdio Pago sem exigncia do perodo de espera nocaso de:

    a) Hospitalizao do trabalhador;

    b) Doena contagiosa, desde que expressamente indicadapelo mdico nos respectivos atestados;

    c) Impedimento para o trabalho resultante de gravidezcertificado pejo mdico, ou que tenha incio no decursodo perodo de atribuio do subsdio por maternidade,e ultrapasse o termo desse perodo.

    3. O dia da baixa o da verificao do impedimento pelo mdico.4. Compete ao Ministro da Sade fixar por Diploma Ministerial

    a listagem das doenas contagiosas para efeito do disposto naalnea b) do n. 3 do presente artigo.

    ARTIGO71

    (Perodo de concesso)

    I. O subsdio por doena pago at ao mximo de 365 diascontnuos.

    2. Se o impedimento por doena se mantiver depois de atingidoo limite da concesso, o beneficirio passa proteco na invalidez,se j tiver reunido os requisitos necessrios.

  • 748-(16) I SRIE NMERO 48

    3. Para efeitos do disposto no nmero anterior o beneficiriodeve ser submetido Junta de Sade para efeitos de confirmaoda situao de doena.

    SUBSECO II

    Subsidio por maternidade

    ARTIGO 72(Concesso do sU,bsdlo por maternidade)

    Os trabalhadores por conta prpria, tm direito ao subsdiopor maternidade nos termos previstos para os trabalhadores porconta de outrem.

    Sl:HSECOIII

    Proteco na velhice

    ARTIGO 73

    (Direito penso por velhice)

    L O beneficirio que complete 55 anos, sendo mulher ou 60anos de idade. sendo homem. tem direito penso por velhicedesde que rena os seguintes requisitos:

    a) Ter sido inscrito no sistema h pelo menos 20 anos antesde requerer a penso:

    b) Ter completado 10 anos (120 meses) com entrada deCt )111 nbuies.

    2. Tem ainda direito penso por velhice, o beneficirio que,independentemente da sua idade. satisfizer as seguintescondies data do requerimento:

    a) Ter sido inscrito no sistema h pelo menos 30 anos antesde requerer a penso;

    b) Ter completado 25 anos (300 meses) com entrada decontribuies.

    ARTIGO 74

    (Clculo da remunerao mdia mensal)

    O clculo da remunerao mdia mensal e a determinao dovalor da penso seguem as regras dos trabalhadores por conta deoutrem.

    ARnGO 75

    (Cessao da obrigao contributiva)

    A concesso da penso por velhice determina a cessao daobrigao contributiva, devendo o !NSS comunicar ao beneficirioa data a partir da qual a prestao tem incio.

    Sl'USECOIV

    Proteco na Invalidez

    ARTIGO 76

    (Situao de Invalidez)

    Considera-se que o trabalhador se invalida quando, nasequncia de doena ou de acidente no profissional. sofrediminuio dassuascapacidades fsicas ou mentais, devidamentecertificada por Junta de Sade. que o torne totalmente incapazpara o trabalho.

    ARTIGO 77

    (Direito penso por Invalidez)

    Os trabalhadores por conta prpria, tm direito a penso porinvalidez nos termos previstos para os trabalhadores por contade outrem.

    SUBSOCOV

    Prestaes por morte

    ARTIGO 78

    (Prestaes)

    As prestaes por morte compreendem:

    a) Subsidio por morte;b) Subsdio de funeral;c) Penso de sobrevivncia.

    ARTIGO 79(Taxao automtica)

    No so aplicveis as disposies relativas taxaoautomtica para esta categoria de trabalhadores.

    ARTIGO 80(Regime substdirto)

    Em tudo o que no estiver especialmente regulado no presentecaptulo. aplica-se subsidiariamente as normas do regime dostrabalhadores por conta de outrem, com as devidas adaptaes.

    CAPTULO V

    Atribuio e liquidao das prestaes

    ARTlG08!

    (Penses por velhice e por invalidez)

    I. O pedido de atribuio da penso por velhice ou por invalidez,ser efectuado pelo titular ou pelo seu representante legal. atravsde impressos de modelo prprio do INSS.

    2. No caso da passagem da situao de doena ao regime deinvalidez por ultrapassar 365 dias consecutivos, a penso porinvalidez ser fixada oficiosamente pelo INSS se o beneficirioreunir os requisitos necessrios para o efeito.

    3. O modelo para a concesso da penso por velhice ou porinvalidez, deve conter espao para:

    a) Nome do requerente;b) Nmero de inscrio no INSS;c) Filiao;d) Local e data de nascimento;e) Nacionalidade;

    J) Residncia na data do requerimento;g) Nome e data de nascimento do cnjuge;h) Data a partir da qual cessou ou.cessar a actividade

    remunerada;i) Nome e razo social da ltima entidade empregadora.

    4. O requerente dever juntar ao pedido a certido denascimento, bilhete de identidade ou cdula pessoale o respectivocarto de segurana social.

    5. O requerente da penso por invalidez deve declarar seesta ou no consequncia de acidente causado por terceiroresponsvel e, na afirmativa, indicar a sua identidade.

    6. O pedido da penso por invalidez deve ser acompanhado docertificado da Junta de Sade, onde constem os seguinteselementos:

    a) Se o requerente sofre, em consequncia de doena ouacidente. de uma diminuio permanente. oupresumivelmente permanente, das suas capacidades

  • 3DE Dt:'ZEM uso DE 2007 748- (17)fsicas ou mentais que o tornem mcupaz de auferir maisdo que um tero da rernunera.o que um trabalhadorcom a mesma formao pode uc ferir pelo seu trabalho;

    b) A descrio das afeces Ol leses, sequelas eenfermidades observadas;

    c) A indicao da necessidade de ajuda e cuidadospermanentes de terceira pessoa nas actividades diriasdo invlido;

    ti) A data em que o invlido deve submeter-se a exame mdicode reviso.

    ARTIGO 82

    (Penso de sobrevlvncla)

    J. O pedido da penso de sobrevivncia, subsdio por morte efuneral do beneficirio ou pensionista serr efectuado pelo titulardo direito ou pelo seu representantelegul atravs de impresso demodelo prprio do INSS e deve conter esj ao para indicar:

    1.1. Em 'relao ao titular falecido:

    a) Nmero de inscrio no INSS;b)Nome;

    c) Local e data de nascimento;d) Filiao;e) Nacionalidade;j) Data, lugar e causa da morte;g) Identificao do terceiro responsvel pelo acidente de

    que sobreveio a morte, se for o caso.1.2. Em relao ao cnjuge sobrevivo:

    a) Nome;b) Data de nascimento:c) Local e data de casamento;ti) Nomes e idades dos filhos menores.

    1.3. Em relao aos rfos:

    a) Nome e data de nascimento de cada rfo;b) Nome e morada das pessoas ou crganismos a cargo ele

    quem se encontram;c) Certificado de matrcula e/ou frequncia dos graus de

    ensino mdio ou superior, com cante tenha 2 I ou 25anos.

    1.4. Em relao aos ascendentes:

    a) Nome;b) Data de nascimento;c) Local de residncia data da morte,

    1.5. Em relao aos filhos menores:

    a) Bilhete de identidade, cdula pessoal ou certido denascimento se data do falecimento do beneficirioou pensionista no tiverem completado 18 anos deidade;

    b) Certificado de matrcula e frequncia do ensino mdioousuperior consoante tenha 21 ou 25 anos de idade;

    c) Atestado da entidade administrativa competente queconfirma a coabitao dos filhos menores em relaoao requerente.

    2. O requerente das prestaes por morte dever juntar osseguintes documentos:

    a) Certido de bito do beneficirio ou pensionista falecido;b) Fotocpia de bilhete de identidade ou cdula pessoal ou

    certido de nascimento;c) Carto do beneficirio ou pensionista falecido.

    3. O requerente dever ainda juntar, em relao ao cnjugesobrevivo, os seguintes documentos:

    a) Bilhete de identidade, cdula pessoal ou certido denascimento;

    b) Atestado da entidade administrativa competenteconfirmativo de no ter havido separao de facto dobeneficirio ou pensionista data da morte.

    4. Os requerentes ascendentes do beneficirio ou pensionistafalecido devero juntar certido de nascimento ou bilhete deidentidade.

    ARTIGO 83

    (Perodos de contribuio)

    Para a liquidao das prestaes sero considerados osperodos de contribuio constantes do registo das remuneraesindividuais dos beneficirios existente no INSS, bem como osperodos de equivalncia referidos no presente Regulamento.

    ARTIGO 84

    (Base provisria)

    Para o clculo das prestaes, em caso de divergncia entre osdocumentos apresentados pelo requerente e as informaes deque o INSS dispe, sero provisoriamente consideradas estasltimas, cabendo ao INSS a averiguao para apuramento daverdade.

    ARTIGO 85

    (Notificao ao requerente)

    I. A comunicao do despacho sobre o pedido de prestaesdeve ser por escrito e conter os seguintes dados:

    a) Nmero de inscrio e nome do titular;b) Nome do beneficirio da prestao;c) Nmero do processo;d) Natureza da prestao;e) Montante mensal da penso ou do abono;j) Data do incio do pagamento;g) Data de apresentao Junta Mdica, se for o caso.

    2. A comunicao do despacho de indeferimento, devidamentefundamentado, deve conter as informaes referidas nas alneasa) ,b), c), e d) do nmero anterior.

    ARTIGO 86

    (Carto de pensionista)

    Na altura da atribuio da penso, o INSS emite o carto depensionista afavor do seu titular.

    ARTIGO 87

    (Pagamento de prestaes)

    1. As prestaes de segurana social so pagas, sem quaisquerencargos, aos respectivos titulares ou representantes ou aindaqueles que tiverem a seu cargo menores. quando se trate depenses atribudas aos rfos.

    2. O pagamento efectua-se por transferncia bancria. sistemaoperacional de pagamentos (POS), vale de correio ou terceiroscontratados pelo INSS.

    3. Excepcionalmente, pode o INSS proceder ao pagamento dasprestaes atravs .da sua tesouraria, devendo o beneficirioapresentar na ocasio, o bilhete de identidade e o carto depensionista. se for o caso.

    ------------~~~~~~~~~-

  • 748-(18) ISRIE-NMERO 48ARTIGO88

    (Mudana de residncia)

    O titular da penso obrigado a comunicar ao INSS a mudanade residncia, indicando:

    a) Nmero de pensionista:b) Data da mudana de residncia:c) Endereo da nova residncia,

    ARTIGO89

    (Prova de 'Ilda)

    I. O beneficirio da penso por velhice, da penso por invalidez,e da penso de sobrevivncia, deve fazer prova anual de vida nasdatas que o INSS fixar, mediante a apresentao do carto depensionista e do bilhete de identidade.

    2. Os pensionistas que em razo do seu estado de sadecomprovado pela Junta Mdica no possam apresentar-se nosservios do INSS, devero enviar um certificado de vida passadopela autoridade administrativa competente.

    CAPruLoVI

    Garantias e contencioso

    ARTIGO90

    (Tltulos executivos)

    I. So ttulos executivos as certides de dvida emitidas peloINSS, com fora executiva e aviso a eventual terceiro fiador.

    2. As certides referidas no nmero anterior devem indicar orgo. de execuo que as tiver emitido, com assinaturadevidamente autenticada, data em que foram elaboradas, nome emorada do devedor, provenincia da dvida e indicao, porextenso, do seu montante, data a partir da qual so devidos jurosde mora e da importncia sobre que incidem, com discriminaodos valores retidos na fonte, se for caso disso.

    3. Carece de fora executiva o ttulo a que falte algum dosrequisitos indicados no nmero anterior. .

    '4. Ao ttulo executivo deve ser junto o extracto da contacorrente, se for caso disso.

    AIUlG091

    (rgos de execuo)

    Consideram-se rgos de execuo, para efeitos de emissoda certido de dvida e instruo do processo de execuo dedvidas segurana social obrigatria o servio funcionalmentecompetente do INSS ou do servio local correspondente sedeou rea de residncia do devedor.

    ARTIGO92

    (Oposio execuo)

    A oposio tem efeitos suspensivos desde que fundada nainexistncia ou inexactido da dvida, mas o oponente incorre nopagamento, por cada ms de suspenso, de 0,5% do valor total dadvida, se a existncia ou a exactido da dvida for provadajudicialmente. independentemente das custas e outros encargosdo processo.

    ARTIGO93

    (Perodo de mora e ttulo executivo)

    I. A cobrana coerciva obrigatoriamente precedida de umperodo de mora no superior a 15 dias, sendo o contribuintenotificado por escrito, durante o qual pode regularizar a sua.situao devedora.

    2. Se o devedor no regularizar a sua situao no prazo referidono nmero anterior, o INSS pode, independentemente da acopenal, emitir uma certido de relaxe com fora executiva ou emitirum aviso a terceiro fiador.

    ARTIGO94

    (Incumprimento)

    Consideram-se como incumprimento das obrigaes relativas segurana social obrigatria as seguintes situaes:

    a) Falta de entrega do documento de identificao daentidade empregadora que serve de base para ainscrio;

    b) Entrega fora do prazo do documento de identificao daentidade empregadora que serve de base para ainscrio;

    c) Falta de entrega pela entidade empregadora de documentode identificao apropriado para a inscrio de cadatrabalhador;

    ti) Entrega fora do prazo pela entidade empregadora dedocumento de identificao apropriado para a inscriode cada trabalhador;

    e) Falta de entrega do documento de identificaoapropriado inscrio do trabalhador por conta prpria;

    fi Entrega fora do prazo do documento de identificaoapropriado inscrio do trabalhador por conta prpria;

    g) Falta de entrega das alteraes aos documentos deidentificao referidos pela entidade empregadora oupelo trabalhador;

    h) Entrega fora do prazo das alteraes aos documentos deidentificao referidos pela entidade empregadora oupelo trabalhador;

    I) Falta de entrega da declarao de remuneraes pelaentidade empregadora;

    J) Entrega fora do prazo da declarao de remuneraespela entidade empregadora;

    k) Omisso do nome do trabalhador ou incorreco dadeclarao da respectiva remunerao;

    I) Falta de pagamento de. contribuies;m) Pagamento das contribuies fora do prazo;

    n) Prestao de falsas declaraes ou de declaraesincorrectas pela entidade empregadora com a finalidadede obter ilicitamente vantagens para si ou paraterceiros;

    o) Prestao de falsas declaraes ou de declaraesincorrectas pelo trabalhador com a finalidade de obterilicitamente vantagens para si ou para terceiros.

    Artigo 95

    (Sanes par. as entidades empregadoras)

    I. A falta de cumprimento das disposies legais respeitantes segurana social obrigatria por parte da entidade empregadora passvel de multa nos seguintes termos:

    a) A prtica

  • JDE DEZEMBRO DE 2007 748- (19)

    c)A prtica da infraco prevista na alnea b), d),j), II),}) ek) do artigo anterior ser punid: com multa de I a 2salrios mnimos;

    d)A prtica da infraco prevista na alnea I) em) do artigoanterior ser punida com apllcao de juros nos termosdo artigo 100 do presente Regulamento.

    2. A multa ser aplicada tantas vezes quantas as pessoasempregadas em situaes contrrias s determinadas no presenteRegulamento

    3. A reteno e no entrega instituio gestora da seguranasocial obrigatria pelas entidades empregadoras das contribuiesdeduzidas nas remuneraes dos seus trabalhadores, punidacomo crime de abuso de confiana, de harr-ronia com o dispostono artigo 453. do Cdigo Penal.

    4. A recusa injustificada de entregar ou mostrar os documentosjustificativos do enquadramento, da definio das contribuiese do direito s prestaes e valor das mesmas, por parte da entidadeempregadora ou do trabalhador, punida como crime dedesobedincia, de harmonia com o disposto no artigo 188. doCdigo Penal.

    AR,IG096

    (Sanes para beneficirios)

    I. Os beneficirios que tentarem iludir o INSS, por actos ouomisses, com o fim de obterem prestaes indevidas ou de sesubtrarem ao cumprimento das suas obrigaes sero suspensosdos seus direitos por 6 a 12 meses.

    2. Os beneficirios que intencionalmente defraudarem osinteresses do INSS, designadamente os que estando na situaode impedimento para o trabalho por doena exercerem actividaderemunerada, sero suspensos dos seus direitos por 6 a 18 meses.

    3. Nas situaes indicadas nos nmeros anteriores, o INSSpode exigir a restituio do valor das prestaes indevidamentepagas, podendo a mesma ser efectuac.a por deduo emprestaes futuras.

    4. A suspenso dos direitos tem po: efeito a perda dasprestaes vincendas e no isenta do pagamento dascontribuies.

    ARTIGO97(Legitimidade e aco penal)

    I. O INSS tem legitimidade para demandar a' entidadeempregadora e os seus gerentes. responsveis, ou representantesde direito ou de facto, bem como os beneficirios. perante ajurisdio penal, pelos actos ou omisses por aqueles praticadose qualificados como crime, conforme o disposto nos n.3 e 4 doartigo 52 da Lei n." 412007, de 7 de Fevereiro.

    2. A aco penal relativa s situaes referidas no nmeroanterior inicia com a denncia do INSS entidade competente,atravs de uma notcia de crime.

    3. O INSS pode constituir-se assistente na aco penal, atravsde mandatrio nomeado para o efeito, bem corno deduzir na acopenal o respectivo pedido de indemnizao civil..

    ARTIGO98(Peritagens e contestaes)

    I. As contestaes de ordem mdica relativas ao estado dobeneficirio ou dos seus sobreviventes, designadamente quanto existncia de uma invalidez, do lugar aplicao de um processode Junta de Sade.

    2. As contestaes sero objecto de lima peritagem e, senecessrio, de uma contra-peritagem. em termos a definir porDiploma Ministerial conjunto dos Ministros que superintendema rea do Trabalho e da Sade.

    ARTIGO99(Recurso gracioso)

    I.Antes de serem submetidas instnciajudiciria competente,as reclamaes formuladas contra as decises tomadas pelo INSSso obrigatoriamente presentes Comisso de RecursosGraciosos.

    2. Os requerentes dispem de um prazo de 60 dias. contados apartir da data da notificao da deciso do INSS, pa ra interporrecurso junto da Comisso de Recursos Graciosos.

    3. No obtendo o requerente resposta no prazo de 45 dias,contados a partir da data da sua reclamao. o pedido considera--se indeferido, ficando este, a partir dessa data, com () direito derecorrer junto da instncia judicial competente no prazo previstono nmero anterior.

    ARTIGO100

    (Juros de mora)

    I. A partir da data em que tenham expirado os prazosestabelecidos para o pagamento das contribuies, estas seroacrescidas de juros de mora de l')lo por cada ms ou fraco ematraso.

    2. As entidades empregadoras podem, em caso de fora maiordevidamente provada, apresentar junto do INSS o pedido dereduo dos juros de mora devidos por aplicao do n." 3 doartigo 28 da Lei de Proteco Social.

    3. O recurso interposto em tribunal no interrompe a contagemde juros de mora.

    4. A liquidao dos juros de mora no poder ultrapassar osltimos 5 anos anteriores a data de pagamento da dvida sobreque incidirem.

    5. O Ministro que superintende a rea do Trabalho lixar asmodalidades em que o pedido referido no n," 2 deste artigo podeser atendido, na condio de ter sido paga a totalidade dascontribuies que originaram os referidos juros de mora.

    ARTIGO101

    (Inspecllo)

    Compete Inspeco-Geral do Trabalho realizar as acesinspectivas junto das entidades empregadoras e trabalhadoresem matria da segurana social obrigatria.

    CAPTULO VII

    Aeo sanitria e social

    ARTIGO102(Programa de aco sanitria e social)

    As aces no mbito do programa anual da aco sanitria esocial so aprovadas pelo Conselho de Administrao e visam:

    a) A concesso de prestaes no pecunirias s famliasdos beneficirios;

    b) A luta contra os efeitos das calamidades e endemias;c) A ajuda financeira ou participao em instituies

    pblicas ou privadas, agindo nos domnios sanitrio esocial, cuja actividade se revista de interesse para apopulao abrangida pelo sistema.

    CAPTULO VIII

    Organizao financeira

    ARTIGO 103

    (Sistema de contabilidade)

    I. Cada um dos ramos dos regimes da segurana socialobrigatria eda aco sanitria e social objecto de contabilizao

  • 74&-(20) ISRIE-NMERO 48

    ARTIGO108distinta. no quadro da organizao financeira geral do INSS, nopodendo as receitas afectas a um ramo serem desviadas paracobertura de encargos de outro.

    2. Os fundos de reserva e os investimentos correspondentesa cada fundo, bem como os respectivos rendimentos so, tambm.contabilizados separadamente para cada ramo.

    3. Se o montante das reservas de um dos ramos se tornarinferior ao limite mnimo fixado. os Ministros que superintendemas reas do Trabalho e das Finanas fixam uma nova taxa decontribuio. para restabelecer o equilbrio financeiro do ramo ede novo elevar o montante das reservas-ao nvel previsto.

    ARTIGO104

    (Registo d operaes)

    O registo das operaes obedecer s regras e princpiosdefinidos no Plano de Contas aprovado para o INSS.

    ARTIGO105

    (Gesto linancelra)

    I. A gesto financeira do regime dos trabalhadores por contaprpria feita de forma autnoma em relao aos outros regimes.

    2. Devem ser feitas avaliaes quinquenais no que respeita aoequilbrio financeiro do regime, tendo em vista a necessidade deajustamento das taxas.

    3. A taxa de contribuies para o regime dos trabalhadores porconta prpria totalmente assumida por estes e fixada peloConselho de Ministros.

    ARTIGO106

    (Aplicao de fundo.)

    I. Os valores do INSS podem ser representados em dinheiroou aplicados segundo os principias de liquidez, rendimento esegurana, de acordo com o plano financeiro aprovado peloConselho de Administrao e homologado pelo Ministro quesuperintende a rea do Trabalho.

    2. Os valores s podem ser aplicados em:

    a) Ttulos do Estado ou por ele garantidos;b) Imveis para instalaes administrativas ou de

    rendimento;c) Construo de habitaes econmicas;d) Investimento de carcter social;e) Aces e obrigaes de empresas cotadas na bolsa de

    valores;li Participaes em sociedades financeiras.

    ARTIGO107

    (Movlmentalo de valores)

    1. Coma excepo das quantias existentes em caixa, os valoresem dinheiro sero depositados em instituies de crdito, ordemdo INSS, s podendo ser movimentados por meio de chequesassinados pelo director-geral do INSS e pelo director quesuperintende a rea de finanas. na ausncia ou impedimento deum deles, pelo funcionrio de direco a quem tiver sido delegadaa competncia.

    2. Com a finalidade de suprir peq~enas despesas correntes,podem ser constitudos fundos de maneio cujo regulamento,proposto pelo director-geral, aprovado pelo Conselho deAdministrao.

    (Receitas)

    As receitas do Sistema classificam-se nas seguintes categorias:

    a) COntribuies;

    b) Rendimentos de bens prprios e vendas;c) Transferncias;

    d) Prestao de servios;

    e) Receitas financeiras correntes;

    li Receitas suplementares;g) Outras receitas.

    ARTIGO109

    (Despes.s)

    As despesas do sistema classificam-se nas seguintescategorias:

    a) Prestaes por doena;

    b) Penses;c) Abonos;

    d) Prestaes por morte;e) Subsdio de maternidade;

    fJ Aco sanitria e social;g) Administrao;

    h) Despesas de investimento;

    i) Outras despesas.ART,GO110

    (Limite das despes no tcnicas)

    I. As despesas de administrao correspondentes aofuncionamento dos servios administrativos e financeiros do INSSe as despesas de aco sanitria e social, em conjunto, no devemultrapassar 15% das receitas previstas no oramento.

    2. Nos trs anos seguintes aprovao deste diploma, deve olimite das despesas no tcnicas ser reduzido de 35% para 25%,devendo se atingir a percentagem referida no nmero anteriornos trs anos posteriores reduo referida neste artigo.

    ARTIGOIII

    (Reservai)

    1. Nos ramos de doena e do subsdio por morte, o INSSmantm reservas de segurana no valor correspondente pelomenos a mdia anual das despesas com as prestaes no decursodos 3 ltimos exerccios.

    2. A reserva do ramo de penses constituda pela diferenaentre as receitas e as despesas imputveis quele ramo e nopoder ser inferior ao montante total das despesas do mesmoramo no decurso dos 3 ltimos exerccios.

    3. constituda, tambm, uma reserva geral do sistema com oremanescente dos resultados lquidos, depois de constitudas asreservas tcnicas.

    4. A reserva de reavaliao de imobilizaes representa oaumento do valor do activo imobilizado sempre que o mesmo fordeterminado para o sistema.

    5. Estudo actuarial poder fixar novas condies para aconstituio das reservas.

  • 3 DE DEZEMBRO DE 2007

    ARTIGO 112

    748-(21)

    (Fundo de maneio)

    1. O fundo de maneio comum ao conjunto dos ramos deprestaes deve corresponder, no incio de cada ms. a um valorcorrespondente mdia trimestral das de. pesas verificadas, nodecurso dos 2 ltimos exerccios.

    2. Os valores afectos aofundo de maneio devem ser lquidose disponveis a todo o momento.

    ARTIGO 113

    (Oramento. relatrio e conta)

    I.O oramento da segurana social para O exerccio seguintedeve ser submetido aprovao do Conselho de Administraoat ao dia 30 de Agosto de cada ano, e aprovado at 30 deSetembro. para efeitos de homologac pelo Ministro quesuperintende a rea do Trabalho.

    2. Anualmente, a Direco-Geral do INSS deve apresentar aoConselho de Administrao a conta anual e o relatrio dasactividades do exerccio anterior, at ao ltimo dia do ms deFevereiro.

    3. A conta anual de gesto deve ser acompanhada do parecerda Comisso de Controlo e publicada no jornal de maior circulaodo pas no prazo no superior a 30 dias aps o visto do TribunalAdministrativo.

    ARTIGO 114

    (Prevls6es oramentais)

    I. O oramento da segurana social obrigatria deve conter asprevises referentes s diferentes rubricas oramentaiselaboradas e ser acompanhado de memrias justificativas dasverbas inscritas.

    2. Nenhuma despesa de administrao dever ser autorizadasem prvia informao de cabimento dos servios competentes.

    3. As despesas mensais de administrao, na medida dopossvel e com o objectivo de permitir melhor controlo oramental,devero cingir-se aos respectivos duodcirnos.

    CAPITULO IX

    Disposles comun s

    ARTIGO 115

    (Eleitos de Inscrio)

    Os efeitos de inscrio no se extinguem pelo decurso dotempo, nem pela mudana de regime dentro do sistema desegurana social obrigatria.

    ARTIGO 116

    (Carto de beneficirio I

    O INSS, no prazo no superior a 30 dias c.epois da inscrio nosistema, deve emitir um Carto deBenefici-io.

    ARTIGO !l7

    (equivalncia entrada de conb'lbul6es)

    Consideram-se equivalentes entrada de contribuies e tmregistos de remuneraes calculados pele, INSS os seguintesperodos:

    a) Impedimentos de trabalho que dem direito ao subsdiopor doena. sendo registados os dias subsidiados e operodo de espera pelo valor do salrio mdio que serviude base para o clculo;

    b) Maternidade. pelo nmero de dias subsidiados econsiderando o valor do salrio mdio que serviu debase para o clculo;

    c) Os impedimentos temporrios subsidiados pelo regimede acidentes de trabalho ou doenas profissionais. apartir de documento emitido pela respectivaseguradora. sendo o registo de remuneraes feito pelonmero de dias e pelo valor subsidiado;

    d) A 'prestao de servio militar obrigatrio, desde que nodecurso dos 3 meses anteriores ao da mobilizao dobeneficirio tivesse registo de entrada de contribuiesou se encontrasse em qualquer das demais situaesprevistas neste nmero. sendo o registo deremuneraes feito pelo valor mdio das remuneraesregistadas nesses trs meses.

    ARTIGO !l8

    (Ms com entrada de contribuies)

    I. A expresso "ms com entrada de contribuies" designatodo o ms no decurso do qual o beneficirio ocupou. durante ummnimo de 20 dias ou correspondente nmero de horas, umemprego sujeito a contribuies para a sgurana socialobrigatria.

    2. O Ministro que superintende a rea do Trabalho poderestabelecer outros critrios para a definio do "ms com entradade contribuies".

    ARTIGO 119

    (ActuaUzalo de presta6es)

    Os valores das prestaes peridicas sero revistos pordiploma conjunto dos Ministros que superintendem a rea doTrabalho e das Finanas, sempre que se verifiquem variaessensveis do custo de vida e tendo em conta as possibilidadesfinanceiras do sistema.

    ART,GO 120

    (Redulo do perrodo de garantia para concesslo de pensOes)

    O tempo de inscrio previsto para concesso da penso develhice reduzido a uma durao igual ao tempo decorrido desdea data da entrada em vigor do sistema de segurana socialobrigatria. at que o mesmo sistema perfaa 20 anos.

    ARTIGO 121

    (Restltullo e reembolso de contrlbul6es)

    I. As contribuies indevidamente pagas ao INSS, nos casosem que o pagamento no tenha resultado de aplicao directa dalei. so restitudas a pedido dos interessados.

    2. Das contribuies a restituir ser deduzido o valor de todasas prestaes que. na sua base. tenham sido concedidas.

    3. O beneficirio de nacionalidade estrangeira. abrangido pelosistema de penses. que deixe definitivamente o territrio nacionalantes de ter direito Penso, pode requerer o reembolso dascontri buies pagas em seu nome para o ramo de penses, desdeque o INSS no tenha celebrado com o seu pas de origem umacordo bilateral de segurana social.

    4. O direito de requerer a restituio ou o reembolso dascontribuies caduca no prazo de 1 ano a contar da data dopagamento da ltima contribuio ou da data de sada definitivado territrio nacional, respectivamente.

  • 748-(22) ISRIE-NMERO 48

    CAPITULO XDisposies transitrias e flnais

    ARTIGO 122(Articulao de sistemas)

    Os procedimentos para a compensao dos valores a pagarno mbito da articulao de sistemas sero objecto deregulamentao especfica.

    ARTIGO 123(Reservas matemticas)

    As reservas matemticas a transferir pelas empresas quetenham a seu cargo responsabilidades com penses detrabalhadores ou pensionistas so calculadas com base numatabela prpria do INSS.

    ARTIGO 124(Abonos)

    Transitoriamente o INSS poder atribuir os abonos de velhicee de sobrevivncia aos beneficirios que. nos prximos.lO anos,reunirem as seguintes condies:

    a) Recebe o abono de velhice, na forma de subsdio nico,o beneficirios que tenha completado 60 anos de idade,sendo homem, ou 55 anos, sendo mulher, mas que norenam os requisitos de tempo de inscrio de pelomenos 20 anos e no tenham completado 10 anos (120meses) com entrada de contribuies;

    b) Recebem o abono de sobrevivncia, na forma de subsdionico os sobreviventes do beneficirio com direitoindicados no n." 3 deste artigo, que data dofalecimento, no havia ainda adquirido o direito penso por velhice e contava menos de 5 anos (60meses) com entrada de contribuies;

    c) So considerados sobreviventes o cnjuge sobrevivoou, na falta deste, os filhos menores de 18 anos aLI comidade at aos 21 ou 25 anos, se estiverem matriculadosem curso mdio ou superior respectivamente. e semlimite de idade se sofrerem de incapacidade total parao trabalho enquanto esta se mantiver.

    ARTIGO 125(Clculo dos abonos de velhice e de sobrevivncia)

    I. O montante do abono de velhice igual a 60% daremunerao mdia mensal dos ltimos 5 anos com entrada decontribuies imediatamente anteriores ao pedido.

    Glossrio

    2. O montante do abono de sobrevivncia igual ao abonode velhice a que o titular teria direito data do seu falecimento.

    ARTIGO 126(Falta de requisitos para penso de velhice)

    I. Os trabalhadores que data da inscrio possuam umaidade que no permita o cumprimento das demais condies paraa atribuio da "penso por velhice nos termos do present'regulamento, podero, querendo, fazer a partir dessa data, opagamento das respectivas reservas matemticas, segundofrmula a definir por despacho conjunto dos Ministros quesuperintendem a rea do Trabalho e das Finanas"

    2. As reservas matemticas para efeitos do disposto nesteartigo so suportadas integralmente pelo trabalhador.

    ARrlGO 127(Enquadramento voluntrio)

    1. Os trabalhadores por conta prpria, que data da entradaem vigor do presente regulamento tiverem idade igualou superiora 50 ou 55 anos, conforme se trate de mulher ou homem,respectivamente. podem aderir voluntariamente ao regime desdeque o requeiram no prazo de 60 dias a contar daquela data.

    2. Neste requerimento podero solicitar o pagamento dascontribuies correspondentes ao nmero de anos em falta paracompletar a carreira contributiva, de modo a aceder s prestaesna idade legalmente estabelecida.

    3. O clculo das contribuies referidas no nmero anterior feito nos mesmos termos que o das contribuies no ano daadeso ao regime.

    ARTIGO 128(Prazo de Inscrio)

    I. Os trabalhadores por conta prpria que, data da entradaem vigor do presente regulamento se encontrem a exerceractividade, devem declarar o respectivo exerccio para efeitos deenquadramento, no prazo de 60 dias a contar daquela data.

    2. A declarao referida no nmero anterior deve sercomprovada por documentos de naturezafiscal.

    3. O enquadramento no regime e, se for caso disso, a inscriona segurana social obrigatria, produzem efeitos a partir doprimeiro dia do ms da entrada em vigor do presente regulamento.

    a) Enquadramento - o acto administrativo atravs do qual a segurana social reconhece numa dada situao de factodevidamente identificada a existncia de circunstncias tipificadas na lei que permite abranger uma pessoa por um dos seusregimes.

    b) Eventualidade - a possibilidade de ocorrncia de um acontecimento pernicioso, futuro, incerto t? involuntrio.c) Folha de remuneraes - documento que possui a informao mensal que deve ser enviada ao rgo gestor da segurana

    social obrigatria, contendo a identificao do beneficirio, o seu salrio e outros dados relevantes que concorrem paraclassificao da situao" contributiva deste.

    di Inscrio - o acto administrativo que torna efectiva a relao jurdica de vinculao entre o trabalhador e o sistema de"segurana social obrigatrio.

    e) Manuteno voluntria n sistema - refere-se a faculdade do beneficirio continuar a contribuir, depois de perder o vnculolaboral com uma entidade empregadora inscrita na segurana social obrigatria.

    j) Taxa de Contribuies - a percentagem do desconto das entidades empregadoras e trabalhadores, fixada por lei.g) Vinculao - o meio atravs do qual a pes~oa se liga ao sistema de segurana social obrigatrio.ii) Prestaes - so os benefcios a que os destinatrios de qualquer uma das formas de segurana social tm direito.,) Reservas matemticas - a totalidade dos compromissos lquidos do plano com seus participantes activos e assistidos,

    calculados actuarialmente.j) Perodo de espera - o perodo de tempo, estabelecido no seguro social, segundo o qual a cobertura do pagamento do

    subsdio por doena no produz efeitos, nomeadamente os trs primeiros dias de cada impedimento para os trabalhadorespor conta de outrem e trinta dias para os trabalhadores por conta prpria. .

    Preo - 9.00 MT

    IMPRENSA NACIONAL DE MoAMBIQUE

    Page 1TitlesSegunda feira, 3 de Dezembl'o de 2007 I SRIE - Nmero 48 , BOLETIM DA REPUBLICA PUBLICAO OFICIAL DA REPBLICA DE MOAMBIQUE ~;UPLEMENTO IMPRENSA NACIONAL DE MOAMBIQUE AVISO ........................ ' . SUMRIO CONSELHO DE MINISTROS Regulamento da Segurana Social CAPiTULO I

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    Page 2TitlesRegime dos trabalhadores por conta de outrem

    Page 3Titles3 DE DEZEMBRO DE 2007 SECom

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    Page 9Titles3 DE DEZEMBRO DE 2007

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