Decreto-Lei 114/2008 que introduz alterações ao dec-lei 310/2002

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    Dirio da Repblica, 1. srie N. 125 1 de Julho de 2008 4089

    disposies legais sobre o trnsito e a segurana rodo-viria equiparado a autoridade pblica, para efeitos deinstruo e deciso de processos de contra-ordenaorodoviria.

    Artigo 173.

    []

    1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 Se o infractor no pretender efectuar o paga-

    mento voluntrio imediato da coima, deve prestar de-psito de valor igual ao mnimo da coima prevista paraa contra-ordenao praticada, tambm imediatamenteou no prazo mximo de quarenta e oito horas.

    3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 No caso previsto no nmero anterior devem ser

    emitidas guias de substituio dos documentos apre-endidos, com validade pelo tempo julgado necessrioe renovvel at concluso do processo, devendo osmesmos ser devolvidos ao infractor se entretanto forefectuado o pagamento nos termos do artigo anteriorou o depsito nos termos do n. 2.

    6 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 177.

    Depoimentos

    1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 O arguido, as testemunhas, peritos e consultores

    tcnicos podem ser ouvidos por videoconferncia, de-vendo constar da acta o incio e termo da gravao decada depoimento, informao ou esclarecimento.

    4 Os depoimentos ou esclarecimentos recolhi-dos por videoconferncia no so reduzidos a escrito,nem sendo necessria a sua transcrio para efeitosde recurso, devendo ser junta ao processo cpia dasgravaes.

    5 Os depoimentos ou esclarecimentos prestadospresencialmente podem ser documentados em meiostcnicos udio-visuais.

    Artigo 3.

    Alterao da designao do captulo Ido ttulo VIII do Cdigo da Estrada

    O captuloI

    do ttuloVIII

    do Cdigo da Estrada, aprovadopelo Decreto-Lei n. 114/94, de 3 de Maio, revisto e repu-blicado pelo Decreto-Lei n. 44/2005, de 23 de Fevereiro,passa a designar-se Competncia e forma dos actos.

    Artigo 4.

    Aditamento ao Cdigo da Estrada

    aditado ao Cdigo da Estrada, aprovado pelo Decreto--Lei n. 114/94, de 3 de Maio, revisto e republicadopelo Decreto-Lei n. 44/2005, de 23 de Fevereiro, o ar-tigo 169.-A, com a seguinte redaco:

    Artigo 169.-A

    Forma dos actos processuais

    1 Os actos processuais podem ser praticados emsuporte informtico com aposio de assinatura elec-trnica qualificada.

    2 Os actos processuais e documentos assinadosnos termos do nmero anterior substituem e dispensam

    para quaisquer efeitos a assinatura autografa no processoem suporte de papel.

    3 Para os efeitos previstos nos nmeros anterio-res, apenas pode ser utilizada a assinatura electrnica

    qualificada de acordo com os requisitos legais e re-gulamentares exigveis pelo Sistema de CertificaoElectrnica do Estado.

    Artigo 5.

    Aplicao no tempo

    As disposies do Cdigo da Estrada alteradas pelopresente decreto-lei tm aplicao imediata, sendo apli-cveis aos processos pendentes data da sua entrada emvigor, com excepo da cassao prevista no artigo 148.,relativamente qual apenas so consideradas as contra--ordenaes cometidas aps a entrada em vigor do presentedecreto-lei.

    Artigo 6.

    Outras contra-ordenaes

    As contra-ordenaes previstas em legislao comple-mentar ao Cdigo da Estrada, bem como em legislaoespecial, cuja aplicao no esteja cometida AutoridadeNacional de Segurana Rodoviria e qualificadas comocontra-ordenaes rodovirias, seguem o regime previstono captulo I do ttulo VI e nos captulos II e III do ttulo VII enos captulos II a V do ttulo VIII do Cdigo da Estrada, salvose o diploma que as criou estabelecer regime diferente.

    Artigo 7.Disposio final

    cometida Autoridade Nacional de Segurana Rodo-viria a aplicao de toda a legislao especial cuja aplica-o se encontrava cometida Direco-Geral de Viao,que no tenha sido atribuda a outras entidades.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 24de Abril de 2008. Jos Scrates Carvalho Pinto deSousa Fernando Teixeira dos Santos Manuel PedroCunha da Silva Pereira Rui Carlos Pereira Alberto

    Bernardes Costa.

    Promulgado em 26 de Maio de 2008.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, ANBAL CAVACO SILVA.

    Referendado em 27 de Maio de 2008.

    O Primeiro-Ministro, Jos Scrates Carvalho Pintode Sousa.

    Decreto-Lei n. 114/2008

    de 1 de Julho

    O Decreto-Lei n. 310/2002, de 18 de Dezembro, atribuis cmaras municipais competncias em matria de licen-

    ciamento do exerccio da actividade de guarda-nocturno,que assim efectuado por pessoas devidamente licenciadas

    pelas autarquias locais, s sendo permitido o seu exercciopor guarda-nocturno devidamente identificado e nas reasdefinidas e contratadas.

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    Perante as sentidas necessidades de consagrar medidastendentes a permitir uma resposta mais eficaz por parte dequem exerce esta actividade e, por outro, proceder a alte-raes pontuais quanto aos requisitos e condies de exer-ccio da profisso, alterado o Decreto-Lei n. 310/2002,de 18 de Dezembro.

    Adoptam-se critrios precisos no tocante identificaodos guardas-nocturnos de forma a tornar mais perceptvelpara os cidados e as foras de segurana aquela qualidade,o que releva para efeitos de prevenir a eventual usurpaode identidade e de funes.

    criado o registo nacional de guarda-nocturno, que irpermitir uma percepo real de quem exerce a profissoe qual a zona e o concelho a que est adstrito o licencia-mento, cuja natureza municipal no deve impedir o conhe-cimento pblico, facilitado pela utilizao da Internet, dainformao sobre quem exerce tais funes e onde.

    Correspondendo a sentidas aspiraes dos profissionais,inova-se quanto aos meios e equipamentos de defesa que

    podem ser usados, reforando, de forma proporcional, asegurana dos que exercem esta actividade.

    tambm dada resposta a outras propostas apresen-tadas por quem exerce h vrios anos esta profisso, deforma a dignific-la no mbito das funes de reforo davigilncia e de proteco de pessoas e bens, no mbito das

    polticas de proximidade e comunitrias de segurana queconstituem uma das prioridades fixadas pelo Programa doXVII Governo Constitucional.

    Foram ouvidas a Comisso Nacional de Proteco deDados, a Associao Nacional de Municpios Portuguesese a Associao Nacional de Guardas-Nocturnos.

    Assim:Nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 198. da Cons-

    tituio, o Governo decreta o seguinte:

    Artigo 1.

    Objecto

    O presente decreto-lei altera o Decreto-Lei n. 310/2002,de 18 de Dezembro, aprovando medidas de protecoe reforo das condies de exerccio da actividade deguarda-nocturno e cria o registo nacional de guardas--nocturnos.

    Artigo 2.

    Alterao ao Decreto-Lei n. 310/2002, de 18 de Dezembro

    Os artigos 5. e 8. do Decreto-Lei n. 310/2002, de 18de Dezembro, passam a ter a seguinte redaco:

    Artigo 5.

    Licena e cessao da actividade

    1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 A licena intransmissvel e tem validade trie-

    nal.3 O pedido de renovao da licena, por igual pe-

    rodo de tempo, requerido ao presidente da cmaramunicipal com uma antecedncia mnima de 30 dias emrelao ao termo do respectivo prazo de validade.

    4 Os guardas-nocturnos que cessam a actividadecomunicam esse facto ao municpio, at 30 dias apsessa ocorrncia, estando dispensados de proceder a essacomunicao se a cessao da actividade coincidir como termo do prazo de validade da licena.

    Artigo 8.

    []

    O guarda-nocturno deve:

    a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) No exerccio de funes, usar uniforme, carto iden-

    tificativo de guarda-nocturno e crach;f) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .g) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .h) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .i) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    j) Efectuar e manter em vigor um seguro, incluindo namodalidade de seguro de grupo, nos termos fixados por

    portaria conjunta dos membros do Governo responsveispelas reas das finanas e da administrao interna, quegaranta o pagamento de uma indemnizao por danos

    causados a terceiros no exerccio e por causa da suaactividade.

    Artigo 3.

    Seces

    1 criada a seco I do captulo II do Decreto-Lein. 310/2002, de 18 de Dezembro, com a epgrafe Dis-

    posies gerais, que integra os artigos 4. a 9.2 So aditadas a seco II e III no captulo II, integradas,

    respectivamente, pelos artigos 9.-A a 9.-E e artigos 9.-Fa 9.-I, com a seguinte redaco:

    SECO IIActividade

    Artigo 9.-A

    Compensao financeira

    A actividade do guarda-nocturno compensada pelascontribuies voluntrias das pessoas, singulares oucolectivas, em benefcio de quem exercida.

    Artigo 9.-B

    Frias, folgas e substituio

    1 O guarda-nocturno descansa do exerccio da suaactividade uma noite aps cada cinco noites consecutivasde trabalho.

    2 Uma vez por ms, o guarda-nocturno descansado exerccio da sua actividade duas noites.

    3 No incio de cada ms, o guarda-nocturno deve in-formar o comando da fora de segurana responsvel pelasua rea de actuao de quais as noites em que ir descansar.

    4 At ao dia 15 de Abril de cada ano, o guarda--nocturno deve informar o comando da fora de segu-rana responsvel pela sua rea do perodo ou perodosem que ir gozar as suas frias.

    5 Nas noites de descanso, durante os perodos defrias, e em caso de falta do guarda-nocturno, a acti-

    vidade da respectiva rea exercida, em acumulao,por um guarda-nocturno da rea contgua, para o efeitoconvocado pelo comandante da fora de seguranaterritorialmente competente, sob proposta do guardaasubstituir.

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    Artigo 9.-C

    Equipamento

    1 O equipamento composto por cinturo de ca-bedal preto, basto curto e pala de suporte, arma, rdio,apito e algemas.

    2 O guarda-nocturno est sujeito ao regime geralde uso e porte de arma, podendo recorrer na sua activi-dade profissional, designadamente, a aerossis e armaselctricas, meios de defesa no letais da classe E, nostermos da Lei n. 5/2006, de 23 de Fevereiro.

    3 Para efeitos de fiscalizao, a identificao dasarmas que sejam utilizadas ao abrigo do disposto no pre-sente artigo sempre comunicada fora de seguranaterritorialmente competente, devendo ser actualizadacaso sofra qualquer alterao.

    Artigo 9.-D

    Veculos

    Os veculos em que transitam os guardas-nocturnosdevem encontrar-se devidamente identificados.

    Artigo 9.-E

    Modelos

    1 O modelo de carto identificativo de guarda--nocturno definido por portaria conjunta dos mem-

    bros do Governo responsveis pelas reas das autarquiaslocais e da administrao interna.

    2 Os modelos de uniforme, crach e identificadorde veculo so definidos por portaria do membro do Go-verno responsvel pela rea da administrao interna.

    SECO III

    Registo, lista e carto identificativo de guarda-nocturno

    Artigo 9.-F

    Registo nacional de guardas-nocturnos

    1 Tendo em vista a organizao do registo nacionalde guardas-nocturnos, no momento da atribuio da li-cena para o exerccio da actividade de guarda-nocturno,cada municpio comunica Direco-Geral das Autar-quias Locais, abreviadamente designada por DGAL,sempre que possvel por via electrnica e automtica,

    os seguintes elementos:a) O nome completo do guarda-nocturno;b) O nmero do carto identificativo de guarda-

    -nocturno;c) A rea de actuao dentro do municpio.

    2 Os elementos referidos no nmero anterior pas-sam a constar do registo nacional de guardas-nocturnos,a organizar pela DGAL, que a entidade responsvel,nos termos e para os efeitos previstos na Lei n. 67/98,de 26 de Outubro, pelo tratamento e proteco dos dadospessoais enviados pelos municpios, os quais podemser transmitidos s autoridades fiscalizadoras, quando

    solicitados.3 O guarda-nocturno tem o direito de, a todo o

    tempo, verificar os seus dados pessoais na posse daDGAL e solicitar a sua rectificao quando os mesmosestejam incompletos ou inexactos.

    Artigo 9.-G

    Lista de guardas-nocturnos

    A DGAL disponibiliza no seu stio na Internet a lista deguardas-nocturnos devidamente licenciados, cujapubli-citao autorizada nos termos do presente decreto-lei.

    Artigo 9.-H

    Segurana na informao

    A DGAL adopta as medidas tcnicas e organizativasadequadas para proteger os dados contra a destruio,acidental ou ilcita, a perda acidental, a alterao, a di-fuso ou o acesso no autorizado, nos termos da Leide Proteco de Dados Pessoais, devendo sempre ser

    protegidos, atravs de medidas de segurana especficas,adequadas ao tratamento de dados em redes abertas.

    Artigo 9.-I

    Carto identificativo de guarda-nocturno

    1 No momento da atribuio da licena para o exer-ccio da actividade, o municpio emite o carto identifi-cativo de guarda-nocturno.

    2 O carto de guarda-nocturno tem a mesma vali-dade da licena para o exerccio da actividade de guarda--nocturno.

    Artigo 4.

    Norma transitria

    Os municpios devem adaptar os seus regulamentos snormas constantes do presente decreto-lei no prazo de umano a contar da sua publicao.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 15 deMaio de 2008. Jos Scrates Carvalho Pinto de Sou-sa Emanuel Augusto dos Santos Rui Jos SimesBayo de S Gomes Jos Antnio Fonseca Vieira daSilva.

    Promulgado em 5 de Junho de 2008.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, ANBAL CAVACO SILVA.

    Referendado em 6 de Junho de 2008.

    O Primeiro-Ministro, Jos Scrates Carvalho Pintode Sousa.

    MINISTRIOS DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DOTERRITRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL EDA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTO RURALE DAS PESCAS.

    Portaria n. 567/2008

    de 1 de Julho

    Pela Portaria n. 400/2000, de 14 de Julho, alterada Por-taria n. 1605/2007, de 19 de Dezembro, foi concessionada D.A. C. C. Caadores, L.da, a zona de caa tursticade Vale Palhais (processo n. 2275-DGRF), situada nomunicpio de Moura, vlida at 14 de Julho de 2008.