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Dedicatória Este livro é dedicado á todas as pessoas que constroem seus valores sobre princípios éticos e morais. Ás Elizabeths da vida que, apesar das grandes ofertas de imoralidades produzidas pelos sistemas informativos, mantêm-se puras. Á você, homem virtuoso, que vê a mulher com olhos espirituais e não vende o seu caráter no mercado de promoções do mundo moderno. Enfim, dedico este livro aos corajosos que não tem medo de serem eles mesmos, aos que sonham, amam e dedicam suas vidas á serviço do próximo, aos corajosos que fazem deste planeta um lugar melhor. Á você, que se identifica com essas pessoas.

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Agradecimentos Sou imensamente grato á todos os meus amigos e, em especial, ao Edgar Dutra e á Rita de Cássia Vieira, ambos já citados no meu primeiro livro - por suas ações humanitárias. Agradeço de coração aos meus pais, em memória, que espalharam as sementes da fé, da humildade, do respeito e do caráter á todos que encontraram pela frente. Á minha esposa Adriana Cristina da Silva Santana - por sua participação nesta obra, sem a qual, esta não seria possível. Ao meu enteado Richard Wilson da Silva Benevides, responsável pela criação de capa. E, como não poderia esquecer, a minha linda filha, Victória Cristina da Silva Santana - amor da minha vida que me inspira sempre. Aos meus irmãos, sobrinhos, muitíssimo obrigado pelo apoio.

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Aos meus leitores 5.500 D.C. é uma analogia romântica aos

sentimentos de alguns jovens da sociedade contemporânea - vivido pelos personagens Beth e Fred, ambos estudantes de psicologia.

Beth representa o desejo - pureza, castidade, mudanças, - Fred representa a carne - pecado, mentira, desonestidade, - “Você” (personagem criado pelo Fred para conquistar Beth) - representa o eu perfeito - o amor, homem perfeito no mundo perfeito - que há dentro de cada um.

O romance começa no pátio da Universidade onde eles estudam. Fred se apaixona pela Beth ao serem apresentados pela Larissa (prima de Fred), mas Beth, á princípio, não consegue enxergar no Fred as mesmas qualidades que havia em si mesma e passa a vê-lo apenas como amigo.

Fred, sentindo-se rejeitado e, para conquistá-la, resolve hipnotizá-la e transportá-la para o ano 5.500 da era cristã. Neste mundo futuro, mostrado á Beth pelo Fred através da hipnose, não existem guerras, fome, dinheiro, pobreza, máquinas, etc.”Você” é quem á acompanha, instrui e mostra as grandes transformações que o mundo sofreu ao longo dos anos. Beth, fascinada por esse universo de sonhos e fantasias se apaixona por “Você” e

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retorna da hipnose (para o mundo real) com a certeza de que realmente viajou para o futuro com um sujeito chamado “Você”. Fred, observando a sua incapacidade de distinguir a realidade da fantasia, resolve tirar proveito da situação e envolve os pais da Beth nessa trama, convencendo-os de que a sua filha, Beth, está com problemas mentais (louca). Os seus pais, o Sr. Mário - que representa a razão - e dona Angelina - que representa o coração - convencem-na á fazer terapia com um psicanalista amigo da família, doutor Peter - que representa o senso comum, aqueles que julgam a pureza, a castidade com indiferença e como uma anomalia da sociedade dos dias atuais. Este, em algumas sessões de terapia acaba descobrindo, por meio de hipnose, que a insanidade mental da Beth não passava de sugestões hipnóticas induzidas a sua mente pelo amigo Fred.

Resumindo, o livro apresenta ao leitor uma reflexão sobre os conflitos interno do homem contemporâneo em relação aos próprios sentimentos e ao mundo em que vive. Mostra no decorrer da leitura, certa indiferença do homem para com a sustentabilidade socioambiental e o modo pelo qual este mundo sustentável é possível - boa viagem!

O autor: Johnny Di Sant’ana

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Sumario Capitulo 1 Introdução.........................................................6 Capitulo2 “Revolução biotecnológica” e o sonho de consumo......................................................... 16 Capitulo 3 Viagem á lua................................................................... 26 Capitulo 4 De volta a terra - a cidade subaquática.................................................... 42 Capitulo 5 As cidades subterrâneas................................................... 58 Capitulo 6 De volta á realidade......................................................... 86 Capitulo 7 De volta á fantasia..........................................................105

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Capitulo 8 Manifesto....................................................115 Capitulo 9 O retorno - a história contada de frente para trás.................................................................124 Nove meses depois Epilogo...........................................................213

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Capitulo 1

Introdução

Beth e o seu amigo Fred, estudantes de psicologia, conversavam no pátio da Universidade onde estudavam. Discutiam sobre a teoria da relatividade de Albert Einstein. Fred, de posse de uma revista de ciências, lia em um dos artigos sobre a possibilidade do homem poder, no futuro, viajar através do espaço e do tempo a uma velocidade igual ou superior à da luz. Beth parecia muito interessada no assunto, entusiasmada, não piscava os olhos. No decorrer da conversa Beth fechou os olhos para imaginar como seria poder viajar no espaço e no tempo a essa velocidade. Minutos depois, ela sentiu uma mão no seu ombro esquerdo e o som de uma voz dizendo baixinho: você está bem?

- Já terminou o intervalo da aula Fred - disse Beth, eu estava quase dormindo.

Beth pensou que a mão e aquela voz que soava baixinho aos seus ouvidos eram do seu amigo Fred, mais quando abril os olhos, tomou um susto; Beth despertou no ano 5.500 da hera cristã.

Refeita do susto, sorriu para um homem á sua frente perguntando:

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O que está acontecendo? Que lugar é este? Onde está o meu amigo Fred?

-Você está bem? Tornou a perguntar o desconhecido sem mexer os lábios.

- Sim! Respondeu ela - estou conversando com um homem que não abre a boca para falar, mais dá para ouvir o que ele diz, sim estou ótima - continuou, quem nunca teve um sonho desses?

- Não é um sonho - retrucou o homem, você está além do seu tempo.

- Há! Já sei o que está aconteceu comigo, é o calmante que estou tomando. Devo ter adormecido ou então desmaiado e batido com a cabeça no chão, depois fiquei inconsciente e vim parar neste lugar - não foi isso que aconteceu?

- Não, fica calma. Vou contar a você o que realmente aconteceu.

- Vamos lá, estou esperando. - Ok! Viajamos através do tempo. Estamos

a 3.493 anos à frente do seu tempo, você está no ano de 5.500.

- Realmente fiz essa viajem, mas, em sonho, só em meus pensamentos.

- Neste mundo, o pensamento é o que nos faz projetar para o futuro. Perguntei a você em pensamentos se gostaria de fazer esta viajem, você pensou, desejou e decidiu fazê-la e a fez de olhos fechados por medo da realidade. Sei o

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quanto é difícil para o sujeito primitivo, no seu tempo, acreditar que pode viajar através espaço e do tempo sem precisar utilizar meus de transporte físicos,...

Primitivo? Interrompeu Beth, afoita, começou a gritar: Olá! Olá! Alguém me acorda, por favor.

O homem tirou as mãos dos seus ouvidos e pediu a ela que o tocasse.

Não acreditando no que estava acontecendo, Beth estendeu as suas mãos geladas e o tocou.

- Você acredita agora que este mundo é real?

Olhando para os lados, atônita, disse Beth: sim, mas, ainda me sinto confusa.

O mundo que ela viu parecia pintado à mão, o azul do céu era espetacular, a Lua e as estrelas lhe apresentavam sem manchas de poluição. Corais de peixes coloridos nadavam nas águas límpidas no fundo do mar - como se fosse um imenso aquário da mãe natureza onde os peixes nadavam livremente sem a intervenção do homem. Casas ultramodernas obedeciam a normas e padrões universais de proteção a natureza ou leis da vida como diziam as pessoas desta época. Um paraíso, este seria a definição exata daquele lugar.

Depois de vislumbrar o novo mundo, Beth percebeu que não havia barulho ao seu redor, a

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não ser o barulho das ondas do mar. O silêncio era magnânimo. Não havia máquinas nesse tempo, como por exemplo, aviões, automóveis, rádios, televisões, aparelhos celulares.

Ciente da realidade do fato de está ali acordada, como observadora passiva disparou a fazer perguntas: como você me trouxe até aqui? Qual é o seu nome? Porque me chamou de primitivo? Porque ouço os seus pensamentos e não a sua voz? Estou em outro planeta?

- Relaxe... Responderei todas as suas perguntas, mas antes vamos dar um passeio pelo planeta, no caminho esclarecerei todas as suas dúvidas, está bem?

- Sim está. Concordou Beth respirando aliviada.

O homem segurou à mão esquerda da sua anfitriã e seguiram viagem.

- Qual foi mesmo à primeira pergunta que me fez? Disse ele.

- Perguntei como me trouxe á este ano. - Está vendo esta alameda de flores entre

nós? Perguntou ele. - Sim, estou. Respondeu Beth. - Ela está se mexendo, não está? - Sim, está. - Agora ela está passando por entre nós

em alta velocidade, certo? - Certo. Qual é a mágica?

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- Não há mágica - Continue observando. - Uau! Estou vendo as cidades, os estados,

os países passarem por nós como se estivéssemos penetrando numa gigantesca tela de cinema.

- Exatamente. Foi assim que a trouxe a este mundo, estamos viajando a uma velocidade superior a da luz.

- O que! Está dizendo que estamos viajando mais rápido do que a velocidade da luz! Exclamou Beth - segurando-o pelo braço com medo de cair, mas se manteve firme.

- Não tenha medo - tranquilizou-a o desconhecido, você não vai cair.

Em 5.500 a força da mente é o veiculo mais rápido, mais seguro, mais econômico e o mais confortável de todos os tempos.

- Como isso é possível? Perguntou Beth. - Vamos parar num desses países que está

passando entre nós para que eu possa te explicar melhor.

- Prefiro um de clima quente, disse ela procurando se descontrair.

- Tudo bem. Vamos parar no seu país, quero mostrar a você como ele ficará depois de 3.493 anos.

Foram parar em uma cidadezinha chamada evolução.

À medida que ia desacelerando a velocidade, a cidadezinha parecia se aproximar

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deles com suas belas casas, shoppings, empresas, bares, restaurantes dando boas vidas.

O que parecia ficção, para Beth em 2007, no ano 5.500 era pura realidade.

- Vê aquele restaurante giratório? - Sim, vejo - respondeu Beth. - Vamos parar ali. - A coisa por aqui não é tão moderna como

eu imaginava - disse Beth num tom sarcástico, no meu tempo já existia restaurante giratório há muito tempo.

-Há! È verdade. Esse ai é bem antigo, mas se você preferir há outro bem mais moderno logo ali á frente.

Ele nos leva até a lua e nos trás de volta enquanto almoçamos, com direito a uma visão telescópica, o que para o nosso tempo já não é mais novidade. O antigo nos leva somente aos quatro cantos do planeta, mas, como ainda é cedo para almoçar, poderemos conhecer a lua. O que acha?

- O antigo está ótimo, obrigada - disse Beth, poderemos conhecer a lua em outra ocasião.

-Tudo bem, disse ele. Vamos lá então? Seguiram andando na direção do

restaurante, assim que chegaram, foram recebidos pelo garçom que os cumprimentou com um sorriso na face.

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- Você o conhece? Perguntou Beth. - Sim. Já vim aqui outras vezes, disse o

acompanhante. O que você vai comer? - Não estou com fome, aceito um suco de

laranja, obrigada. Minutos depois, o garçom se aproximou da

mesa trazendo um lanche natural e dois sucos de laranja.

- Não ouvi você pedir nada - Disse Beth, logo que o garçom se afastou da mesa.

- Eu sei - disse ele, quando duas pessoas estão conectadas mentalmente, somente eles têm acesso às informações um do outro. Pedi mentalmente um lanche natural e dois sucos. Compreendeu o que houve aqui?

- Não, imaginei que essas coisas só aconteciam entre nós.

O acompanhante da Beth sorriu e disse:- melhor voltarmos às perguntas, onde foi que paramos?

- Estava me dizendo como me trouxe ao ano 5.500.

- Isso mesmo, para você entender esta viajem transcendental que fizemos mentalmente, temos de voltar ao seu tempo.

Muito bem, como você sabe, antes mesmo do ano 2.000 já existia uma grande preocupação para com o futuro da humanidade.

Bebês de proveta, mapeamento genético, etc. A ciência médica procurava

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incessantemente soluções para os problemas da humanidade.

Representantes de diversos países, preocupados com o futuro da humanidade, reuniam-se periodicamente para discutir os problemas ambientais.

Aviões super velozes, computador, televisão, rádio, telefone, etc. O homem vivia uma relação intrínseca com a máquina. No seu tempo a tecnologia era a melhor forma de comunicação. Todas as pessoas poderiam se comunicar ao mesmo tempo, uma conexão perfeita entre o homem e a máquina. Neste meu tempo, não precisamos de máquinas nas nossas relações do dia a dia. A comunicação com o outro é feita através de pensamentos.

Como isso é possível? Você ainda deve estar se perguntando. Em meado dos anos 2.100 a medicina evoluiu demasiadamente, não havia mais doenças que não pudessem ser controladas e combatidas pela medicina. Com a inserção de células regeneradoras em pacientes com casos de doenças específicas, a perspectiva de vida média do ser humano passou a ser de noventa anos, e em alguns países, cento e dez. O que levou muitos países a adotarem o controle de natalidade.

- A conversa está ótima, o passeio no planeta dentro desse restaurante é maravilhoso, mas continuo sem ter as respostas das minhas

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perguntas - disse Beth, interrompendo mais uma vez a explicação.

- Gostaria de mais um suco? Perguntou ele.

- Não. Obrigada, quero apenas uma explicação lógica para esse sonho absurdo que estou vivendo - respondeu Beth com o peito insuflado de ódio.

- Para entender o mundo dos nossos tempos é necessário compreender todo processo evolutivo dos três mil quatrocentos e noventa e três anos atrás. Precisamos realmente voltar no tempo até 2007. Você está disposta compreender todo esse processo evolutivo da humanidade?

- Sim. Respondeu Beth, desculpa minha ignorância - continue, por favor.

- Mesmo tendo se passado um século do seu tempo, a sustentabilidade socioambiental ainda era foco de discussão, pois havia uma grande preocupação do homem para com o futuro da vida na terra. Mais de certa forma, o homem conseguira evoluir substancialmente nesse sentido. A população mundial havia se adaptado a um novo sistema de consumo - o homem passou a ter consciência do que estava acontecendo e começou a consumir produtos não poluentes, reciclável e biodegradável fabricados por empresas sustentáveis.