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Em uma declaração de amor pelo que faz Beth Goulart Saúde Emagreça já! Conheça os mitos e verdades sobre o emagrecimento Comportamento Futebol de salto alto? Em época de Copa do Mundo aprenda com mulheres que fazem do esporte a profissão Beleza Brancos, vermelhos ou pretos? Tendências de inverno para deixar seus cabelos lindos Etiqueta Melhore o seu cotidiano, com Fábio Arruda betoferreira.com Entrevistas Ivan Lins Moracy Sant’Anna edição 5 2010 7,90 R$

Revista Élégant 05 - Beth Goulart

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Revista Élégant 05 com Beth Goulart na capa.

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Page 1: Revista Élégant 05 - Beth Goulart

Em uma declaração de amor pelo que faz

Beth Goulart

SaúdeEmagreça já! Conheça os mitos e verdades sobre o emagrecimento

ComportamentoFutebol de salto alto? Em época de Copa

do Mundo aprenda com mulheres que fazem do esporte a profissão

BelezaBrancos, vermelhos ou pretos?

Tendências de inverno para deixar seus cabelos lindos

EtiquetaMelhore o seu cotidiano, com Fábio Arruda

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EntrevistasIvan LinsMoracy Sant’Anna

edição 5 • 2010

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Page 2: Revista Élégant 05 - Beth Goulart

Mesmo sendo a limousine um ícone que encanta a todos pela magia que a envolve,

não adianta simplesmente disponibilizá-la. Assim a Black Tie Limousines, dona da

maior e mais moderna frota de Limousines e Jetvans de toda a América do Sul,

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fosse único e tornando o que a principio poderia ser apenas extravagante em

experiências e sensações inesquecíveis, seja em qual for a ocasião.

Com uma experiência de 5 anos de mercado e presente em diversas categorias de

serviço, trabalhamos com a missão de demonstrar ao consumidor como é

surpreendente o uso deste tipo de serviço. Você escolhe o tipo de evento e sugerimos

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Page 3: Revista Élégant 05 - Beth Goulart

Mesmo sendo a limousine um ícone que encanta a todos pela magia que a envolve,

não adianta simplesmente disponibilizá-la. Assim a Black Tie Limousines, dona da

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Direção Geral Beto Ferreira - Diretora de Jornalismo Kelly Domingues - Departamento Financeiro Marcelo Scheliga - Correspondentes Acre: Cláudia Souza, Bahia: Yin Yee Carneiro, Rio Grande do Sul: Aline Viezzer e São Paulo: Dudu Pacheco - Especialistas Curitiba/PR: Dr. Máximo Asinelli (Médico Nutrólogo), Jackeline A. dos Santos (Advogada), Maicon Guedes (Advogado), Marcos Grabowski (Pesquisador), Viktor Primeiro (Coiffeur Star) - Ribeirão Preto/SP: Carla Portinari (Gestora de Agronegócios) - São Paulo/SP: César Romão (Consultor Organizacional), Fábio Arruda (Consultor de Etiqueta), Joe Roberts (Músico), Heloisa Bernardes (Terapeuta Ortomolecular) e Lopes (Homem do Vinho) - Editora/ Jornalista Responsável Kelly Domingues 7782 DRT-PR - Redação Débora Dreyer Dornella - Assistentes de Redação Emerson Roberto - Colaboração Jéssica Vitória Tokarski - Redação 41 3079.5634 - imprensa@beto ferreira.com - Projeto gráfico e direção de arte Marcelo Winck - Os textos assinados ou afirmações contidas nessa revista são de responsabilidade de seus autores não refletindo a opinião política dos editores

A vida é a arte de viver. E como toda obra de arte, para ser simples e bela, compõem-se através de um processo complexo. Nele está envolvida toda a nossa sensibilidade e a forma como nos relacionamos com o mundo. E viver é estrear a cada dia um novo espetáculo. E a cada atuação, ao abrir das cortinas, apresentamos ao nosso distinto público os nossos sonhos, as nossas metas e as ferramentas utilizadas para romper inevitáveis barreiras.

Você leitor é um artista na vida que elabora, desenvolve e executa a sua própria obra. Para bem executá-la é preciso reabastecer-se constantemente das essências da vida, que são o amor, a sensibilidade, a coragem, a benignidade dentre todos os elementos que nutrem a alma. Para isso devemos beber da fonte da experiência, como da atriz Beth Goularth que faz do construir da sua arte de vida um exemplo do bem utilizar das ferramentas que encontramos em nós mesmos. Constatei com ela que contribuir com o ser humano e nutrir-se dele ainda é o que faz os olhos brilharem, como os dela que brilham e muito, ao falar com amor do que faz e daqueles para quem faz.

Outro artista, na vida e na arte, que completa o quadro do ganhar experiências essenciais é o compositor e músico Ivan Lins. Com ele, a lição foi a importância da educação e de se investir nela, além de ser fundamental compreender cada fase da sua existência, sendo somente assim possível realizar com maestria o espetáculo da vida.

E como a Élégant traz tudo o que é bom e positivo para ajudar você a compor a sua obra de vida, outros grandes artistas estão em suas páginas, como o preparador físico Moracy Sant’Anna que é exemplo de um projeto de existência bem pensado. Os assuntos são diversos, temos saúde, beleza, música, etiqueta e muitos outras informações. Tudo feito com a real finalidade de agregar mais elementos construtivos a sua bagagem de vida.

Assim, desejo a todos um enriquecer de alma e de descobertas para fazer o seu melhor. Cuide-se sem nunca esquecer que “a arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte”. (Mahatma Gandhi)

Boa leitura,Um afetuoso abraço.

Kelly DominguesDiretora de JornalismoGRUPO BETO FERREIRA

Editorial

Em uma declaração de amor pelo que faz

Beth Goulart

SaúdeEmagreça já! Conheça os mitos e verdades sobre o emagrecimento

ComportamentoFutebol de salto alto? Em época de Copa

do Mundo aprenda com mulheres que fazem do esporte a profissão

BelezaBrancos, vermelhos ou pretos?

Tendências de inverno para deixar seus cabelos lindos

EtiquetaMelhore o seu cotidiano, com Fábio Arruda

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EntrevistasIvan LinsMoracy Sant’Anna

edição 5 • 2010

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EDitorial 04 BElEza 07

por Victor I

ComportamEnto 08Futebol de salto alto?por Jéssica Vitória Tokarski

aContECEu 11 Corpo 12

mitos e verdades sobre o emagrecimento ViDa SauDáVEl 14

o doce sabor do açúcarpor Heloisa Bernardes

SaúDE 16Frutas e legumes: um Bem necessáriopor Dr. Maximo Asinelli

Capa 18Beth Goulart

proGrama BEto FErrEria 22 EntrEViSta 24

ivan lins BEm EStar 26

Hora do Chá momEnto GourmEt 28

Que tal dar uma pausa para saborear uma comida típica?

aGronEGóCio 30Quero chocolatepor Carla Portinari

VinHoS 31a importância de um copo adequado para apreciar um bom vinhoPor Lopes

ESportE 32Entrevista moracy Sant’anna

DirEito 34Condenações midiáticas e a negação do princípio da presunção de inocênciapor Maicon Guedes

responsabilidade Socialpor Jackeline A. dos Santos

ExopolítiCa 36Você sabe qual é o seu signo maia?por Marcos Grabowski

EtiQuEta 38a Etiqueta e o Cotidianopor Fabio Arruda

múSiCa 40rock and roll...por favor?por Joe Roberts

rEFlExão 42livre-se das Crenças limitadoraspor Cesar Romão

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28 6 Élégant

divulgaçãodivulgação

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ConnExionSConexão da beleza com a personalidade, do gosto pessoal com a

percepção apurada das tendências. Foco na moda e no estilo de vida. Com olhar inquieto e mentes efervescentes que fazemos das conexões,

as matérias-primas para os melhores looks. Exploramos todos os ângulos e nuances. Buscamos a mecha guia no universo pessoal de cada um. ousamos, questionamos, provocamos, transcendemos,

(des)construímos. Sem preocupação com o eterno, pois nada mais fascinante que o efêmero. o cabelo cresce, o estilo fica. Conexões:

tudo começa e tudo se multiplica.

Victor iCoiffeur Star e embaixador da

L’Oreal Professionel

Nova coleção de cortes e cores do Vimax Art Hair Beauty aponta as tendências para o Inverno 2010

Beleza

ste é o conceito que inspirou a Coleção Connexions Inverno 2010 de corte e coloração criada por Viktor I, Art Director

e Manager do Vimax Art Hair Beauty. A nova coleção aponta três tendências nas cores

preto, branco e vermelho para quebrar o visual, a forma de vestir e de pensar na próxima temporada Outono/Inverno 2010.

Confira os looks e se inspire nessa coleção:AngEL ConnExIon (BrAnCo): a delicadeza

está na moda. A leveza do ser inspira um visual aconchegante e romântico. No ar, uma inocência calculada faz o etéreo atingir seu vôo mais alto. São formas e texturas naturais, livres e espontâneas. Cores para as madeixas: Loiro claríssimo acinzentado com muito efeito de luzes e reflexos para acentuar a cor até o tom marfim. Loiro claríssimo marfim com efeito de luzes baunilha.

PASSIon ConnExIon (VErMELho): Olhares, toques, coração batucando, desejo. Já sentiu isso antes? Claro. Essa é a mais clássica das conexões. As linhas são puras e lânguidas, o sentimento básico é festejado em grande estilo. Cores para as

madeixas: Castanho caramelo com efeito de luzes mel nas pontas.

LuStfuL ConnExIon (PrEto): Este é um convite para uma conexão secreta. Um encontro com desejos inconfessáveis. O jogo é deixar pistas provocantes. No movimento dos fios, na desconstrução das linhas, na textura que excita e revela terceiras intenções. Cores para as madeixas: Castanho cendré com graduação de cor em tom avelã e dourado noz.

“ “E

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utebol é mais que dribles, fintas e gols. Futebol desperta sentimentos inimagi-náveis e é regido, principalmente, pelo

maior deles: o amor. E amor todos sentem, seja homem ou mulher, velho ou novo, loiro ou more-no. O amor não é proibido nem limitado, é livre e sem definição. Ama quem quer e o quanto quiser. Portanto, nunca ouvi besteira maior do que o ve-lho mito “Futebol não é coisa de mulher”. É coisa de mulher sim! Se o sexo feminino sabe amar, pode

amar o futebol também. Futebol é comoção nacional. A Copa do Mundo

está prestes a começar, e quem é que não é verde e amarelo? Quem não se veste com as cores da ban-deira, vibra e se emociona a cada lance, a cada pas-se, a cada bola na trave? Patriotismo é uma carac-terística marcante no povo brasileiro. Homem ou mulher, não há quem não ache maravilhoso soltar aquele grito de gol entalado na garganta. Nosso povo é calor, é Brasil da cabeça aos pés, e se não

Futebol de salto alto?

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Comportamento

Reportagem Jéssica Vitória tokarski

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Nos dias de hoje o preconceito não é páreo para tamanho amor que move o futebol. “Já senti precon-ceito sim, mas hoje isso é coisa do passado porque mostrei a minha competência. Conquistei meu es-paço dia a dia, na marra, com muito esforço, dedica-ção e trabalho. As mulheres adoram, quando me en-contram parabenizam e dizem que ficam orgulhosas por verem que consigo falar de igual para igual com os homens”, afirma Michelle que chutou para longe o preconceito e conquistou o respeito de todos.

E quem não trabalha no meio, também pode dar pitacos com autoridade sobre o esporte. Fernanda Bernardi Vieira Richa é presidente da Fundação de Ação Social (FAS) e não se omite quando o futebol entra em pauta. “Adoro ir aos jogos e sempre que posso tento estar presente para ver meu time jo-gar”. Fernanda também apoia as mulheres que são fãs do esporte e incentiva: “O Brasil passou a contar com grandes jogadoras no futebol feminino, mui-tas com renome internacional. As campanhas nos mundiais e nas olimpíadas também ajudaram na popularidade do esporte junto às mulheres. Espero que, com a Copa de 2014, ele se popularize ainda mais, pois faz parte da cultura do brasileiro”.

Joyce Carvalho, jornalista do Estado do Paraná e da Transamérica, também foi dominada por esse esporte emocionante. “Tudo começou em família. Meu pai acompanha muito e eu aos poucos, princi-palmente na época de adolescente, fui me interes-

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vibra com um gol, brasileiro não é.Há sim, mulheres que são ícones em matéria de

futebol, apaixonadas pelo que fazem e que o fazem com convicção. Michelle Giannella está à frente do programa Gazeta Esportiva há dez anos, e participa do Mesa Redonda há sete. Quando o assunto é fute-bol ela fala com propriedade: “Futebol é alegria, arte, saúde e uma das maiores diversões do mundo!”.

Apesar de esse esporte ser patrimônio de todos, o número de mulheres que o apreciam é muito pe-queno em relação aos homens e o preconceito ain-da é grande. No entanto, o aumento das interes-sadas vem se acentuando aos poucos, e as moças que realmente tiverem vontade de pular de cabeça nesse mundo, que não se acanhem, pois todos tem espaço no país do futebol.

Michelle Giannella é um exemplo de perseveran-ça e dedicação. Falar sobre futebol não era a primeira opção da jornalista, mas o destino quis assim e ela, corajosa aceitou o convite da TV Gazeta e encarou o desafio. Porém não foi fácil o começo. “Eu estudei muito, me dediquei de corpo e alma, lia todos os jornais e fazia cadernos com recortes dos assuntos mais importantes. Também colocava as tabelas dos campeonatos, os jogadores que eram transferidos, as escalações dos times, até que isso passou a ser uma coisa natural”. Assim, Michelle ganhou credi-bilidade e respeito, atualmente ela não deixa nada a desejar aos homens com quem trabalha.

“acho que todo mundo sente um nervoso quando vê a seleção em campo...

Existe algo naquela camisa que mexe conosco e faz todos se unirem em

uma mesma torcida”.Fernanda richa, presidente da FaS

divulgação

Page 10: Revista Élégant 05 - Beth Goulart

sando pelo futebol e o esporte de maneira geral”. Joyce teve jogo de cintura para contornar o precon-ceito e acha que atualmente ele já diminuiu muito. “Ainda ocorrem casos em que a jornalista é desqua-lificada de sua capacidade para falar de futebol e de esporte. Eu presenciei vários casos quando estava começando, mas acho que dá para contornar mos-trando capacidade e um bom trabalho”.

Se apaixonar pelo que se faz é o primeiro pas-so, depois disso o amor que guia os adeptos do futebol, torna tudo possível. Desde entender do esporte, ter espaço e liberdade para falar dele até conseguir respeito.

Em Copa do Mundo é impossível ficar de fora da “dança”. Está na veia e no sangue dos brasileiros, é tradição, cultura, é Brasil. “Copa do Mundo é um aspecto diferente. Realmente agrega gente que não acompanha o futebol com frequência. Mas tem aquele clima, aquela expectativa, a seleção! Eu acho que pode se tornar um ponto de partida para o interesse, ainda mais se o Brasil for campeão”, comenta Joyce que não é a única a acreditar que a expectativa em relação ao torneio é diferente. “Acho que todo mundo sente um nervoso quan-do vê a seleção em campo. E como todos, fico fe-liz quando eles ganham e triste com as derrotas.

Existe algo naquela camisa que mexe conosco e faz todos se unirem em uma mesma torcida”, conta Fernanda Richa que em época de Copa redobra os esforços para assistir às partidas.

Os avanços que as mulheres estão obtendo com a relação ao assunto, são cada vez maiores e mais vi-síveis. Aliás, “o maior avanço é mostrar que as mu-lheres também conhecem de futebol e podem discu-tir sobre o assunto de maneira igual. Acredito que é reflexo da nossa sociedade, cada vez mais igualitá-ria e “feminina”. E acho que isso tende acrescer. Se as mulheres hoje são mães, profissionais, esposas, responsáveis por manter a casa, por que não podem entender de futebol também?”, define Joyce. Mi-chelle também percebe os progressos conquistados pelo sexo feminino. “As mulheres estão dominando todas as áreas da sociedade. Hoje ocupam cargos de chefia, são presidentes da República, ministras de Estado, enfim, deixaram o papel exclusivo de do-nas de casa e passaram também a ser provedoras do lar”, comenta a jornalista que não concorda que mulher e futebol não combinam.

Por isso, mulheres brasileiras apaixonem-se, amem! O futebol não “morde” e nem é um bicho de sete cabeças. O futebol é uma mania nacional e combina com salto alto, sim!

Comportamento

michelle Gianella é jornalista esportiva, está cursando o terceiro ano de Direito e adora viajar.

Joyce Carvalho acha graça quando homens fazem brincadeiras com relação a mulher e futebol. Ela prova que entende muito do assunto e é competente no que faz.

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divulgação

divulgação

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aconteceu

rio grande do Sul 01

rio grande do Sul 02 rio grande do Sul 03

rio grande do Sul 06São Paulo 04 São Paulo 05

São Paulo 07 Bahia 08 Bahia 09

Bahia 10

Aconteceu rio grande do Sul (por Aline Viezzer): foto 01 - Any Brocker Boeira e o artista gaúcho renato Borghetti (foto: Larry Silva) / foto 02 - 15 anos de Kimberly. na foto com a mãe, Angelita Ecker (foto: fabio Martins) / foto 03 - A empresária Marta rossi (foto: Betty Sulzbach) / foto 04 - As beldades Angelica Tissot e Fernanda Bertoja (foto: Aline Viezzer) • • • Aconteceu São Paulo (por Dudu Pacheco): foto 05 - Ser chique... Dayse gasparin / foto 06 - Ser chique... Dudu Pacheco / Foto 07 - Ser chique... Celyta Jackson • • • Aconteceu Bahia (por Yin Yee Carneiro): foto 08 - A Secretária da Casa Civil Eva Chiavon, a presidente da Bahiatur Emília Salvador e o Secretário de turismo Domingos Leonelli / foto 09 - A designer de jóias nete Viana / foto 10 - As três irmãs Daniela, Denise e Daiana / foto 11 - tiago Coelho, Ana Coelho e João Coelho

Bahia 11

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fotos: divulgação

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azer uma dieta cortando os car-boidratos emagrece.VERDADE. Quando uma pessoa “corta” ali-

mentos ricos em carboidratos da alimentação, mas não os substitui por outras fontes calóricas, com certeza, emagrecerá. Porém, essa não é uma dieta equilibrada. Quando “corta-se” os alimentos ricos em carboidratos, faltarão nutrientes importantes para a saúde, como as fibras. E faltará a energia necessária para as atividades do dia-a-dia. Den-tro de uma dieta equilibrada, 50 a 60% da energia necessária para o corpo deve vir dos carboidratos, principalmente, oriundos de arroz, dos pães, dos cereais e das massas, de preferência, integrais.

Comer antes de dormir engorda.MITO. Se ingerirmos calorias e não as gasta-

mos, há um superávit calórico,ou seja, a pessoa engorda. Porém, isso não acontece devido a uma única refeição do dia. O fato de dormir depois de uma refeição não vai aumentar a biodisponibili-dade calórica dos alimentos. O excesso de calorias um dia após outro, e dentro de várias refeições e lanches, comparado ao gasto energético global da pessoa, é que vai determinar se a pessoa engordará ou não.

Pessoas que possuem metabolismo lento têm dificuldade de emagrecer.

VERDADE. Uma pessoa ter metabolismo lento significa que gastará pouca energia. Se uma pessoa gasta pouco, tem que comer pouco, senão engorda. E se essa pessoa quer perder peso, o melhor caminho é aumentar o gasto energético, com mais exercícios físicos. Senão, vai comer quase nada de calorias e, com certeza, vai ter dificuldade de emagrecer.

Diminuir drasticamente a quantida-de de alimentos emagrece.

VERDADE. Se uma pessoa fica em jejum o dia inteiro, ou diminui drasticamente a quantidade de calorias que ingere, logicamente, emagrecerá. Mas porque gastou calorias e não as repôs. Se, no dia seguinte compensar as calorias não ingeridas do dia anterior, que é o mais provável, não perde-rá nada de peso.Comer exageradamente num final de semana e fazer jejum na segunda-feira podem equilibrar a balança calórica, mas trará grandes malefícios à saúde.

Alimentos com gordura zero não têm calorias.

MITO. Os chamados “macronutrientes” são

sobre o emagrecimento

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mitoS & VErDaDES

Corpo

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aqueles que fornecem calorias. Eles são as gor-duras, as proteínas e os carboidratos. Cada grama de gordura fornece nove calorias. Cada grama de proteína fornece quatro calorias, assim como cada grama de carboidratos. Se um alimento não tem gordura, pode ter proteínas e carboidratos, por-tanto, vai ter calorias.

Chá verde emagrece.MITO. Embora existam pesquisas indicando que

o chá verde possa acelerar o metabolismo, a quan-tidade e frequência com que uma pessoa deveria tomá-lo, para obter tais efeitos, não são realistas. No entanto, qualquer chá se usado sem adoçante calórico, é uma excelente opção para pessoas que querem emagrecer. O volume do líquido no estô-mago pode aumentar a sensação de saciedade.

tomar um copo de água gelada, em je-jum, emagrece.

MITO. A água, morna ou gelada, tomada em jejum ou dentro de uma refeição, não interfere no metabolismo energético. Quando uma pessoa toma líquido antes de uma grande refeição, por exemplo, pode ocorrer, para alguns, aumento da saciedade. E isso ajuda a controlar a quantidade de alimentos in-geridos na refeição já que, a água é um líquido sem calorias, que tem ação de expandir o estômago.

Alimentos com fibras ajudam a ema-grecer, pois estimulam o intestino.

MITO. O fato de estimular o intestino não ne-cessariamente leva um indivíduo a emagrecer. Um pouco de calorias pode ser carregado para as fezes, junto com as fibras, como é o caso do colesterol pre-sente nos sais biliares. Porém, a quantidade de ca-lorias é pequena. Porém, no estômago, pelo fato de aumentarem o volume dos alimentos, elas dão mais saciedade. Ao ingerir uma refeição rica em fibras, a tendência é a pessoa comer menos calorias.

Pílulas anticoncepcionais engordam.MITO. A quantidade de hormônios das pílu-

las anticoncepcionais é pequena e não interfere no apetite ou no metabolismo energético. Muitas mulheres aumentam a ingestão calórica e ganham peso, assim acreditam que a causa foram as pílulas. Porém, vários fatores psicológicos e/ou ambientais podem ter influenciado no aumento da ingestão de calorias.

fazer exercícios físicos em jejum difi-culta o processo de emagrecimento.

MITO. Fazer exercícios em jejum é totalmente contraindicado por vários motivos, mas não ne-cessariamente em relação ao emagrecimento. O in-divíduo em jejum tem pouca reserva de glicose no sangue e de glicogênio hepático. Fazer exercícios aumenta a necessidade de glicose para a atividade muscular. Portanto, fazer exercício em jejum dimi-nui a performance e pode trazer sintomas de hipo-glicemia. A conduta mais adequada é a ingestão de uma refeição rica em carboidratos antes de qual-quer exercício físico, e aumentar a duração, a fre-qüência e/ou intensidade do exercício para elevar a necessidade de que aumente a energia imediata vinda dos tecidos reservados no corpo.

Cristina martins Nutricionista, doutora em Ciências

Médicas. É co-autora do Programa Motiva Ação – Peso Saudável e Qualidade de

Vida. O programa é online (disponível no www.institutocristinamartins.com.br) e

tem 12 semanas de duração

Page 14: Revista Élégant 05 - Beth Goulart

ara o homem moderno, que vive num mun-do em que a maioria dos produtos indus-trializados contém açúcar, é difícil imagi-

nar a vida sem esse sabor.Os adoçantes são grandes aliados nas dietas e por

isso tornam-se parte do cotidiano daquelas pessoas que prezam por uma vida saudável. Mas cuidado, nem todos os que estão no mercado podem ser os mais in-dicados para você.

Conheça melhor os tipos de adoçantes e saiba como usar esse aliado moderno das dietas.

adoçantes naturais São extraí-dos das frutas, do mel e das plantas. A frutose é um deles e deriva de frutas maduras e mel, outro tipo é o sorbitol extraído de frutas maduras e algas verme-lhas, já o manitol é retirado da glicose das frutas e a última delas, a estévia é extraída das folhas da planta Stevia rebaudiana.

Sacarina Também chamada de “açúcar dos diabéticos” - foi o primeiro substituto (nada na-

tural) da sacarose. Derivada da destilação do carvão, a sacarina é sintetizada a partir de um derivado da indústria petrolífera, o ácido tolenosulfônico.

Ciclamato de Sódio Ciclamato e sacarina sintetizados são derivados

de um petróleo (a ciclo-hexioamina). O ciclamato de sódio foi proibido nos Estados Unidos, sob a suspeita de causar câncer. Isso porque haviam sido injetadas doses maciças da substância em ratos de laboratório e as cobaias desenvolverem câncer na bexiga.

Nos anos seguintes, extensas análises a esse res-peito não comprovaram a suspeita da ação cancerí-gena, e em 1986 seu uso foi novamente aprovado em território norte-americano.

Atenção: Pessoas hipertensas devem tomar cuida-do com os adoçantes de ciclamato de sódio e sacarina de sódio, pois causam os mesmos efeitos colaterais do sal comum.

aspartame O aspartame foi descober-to em 1965 por um químico norte-americano que ao

o doce sabor do

aÇúCarp

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Vida Saudável

Page 15: Revista Élégant 05 - Beth Goulart

misturar os dois aminoácidos fenilalanina e ácido as-pártico, verificou sua ação adocicada. Ele é tão artifi-cial como o ciclamato, a sacarina ou o acesulfame-k.

Cuidado com o aspartame Zumbido, fibromialgia, formigamento, Alzheimer e Esclerose, Mal de Parkson, esclerose múltipla, Lúpus sistêmico e Obesidade, câimbras, vertigem, tontura , dor de cabeça , zumbido no ouvido, dores articulares, depressão , ataques de ansiedade, fala atrapalhada, visão borrada ou perda de memória. Cuidado! Você provavelmente tem a DOENÇA DO ASPARTAME!

O Aspartame muda a química do cérebro. É a cau-sa de diversos tipos de ataque. Esta droga muda os níveis de dopamina no cérebro.

Mulheres grávidas devem tomar cuidado com o uso do Aspartame que pode causar má formação fe-tal. Já os obesos devem evitar o uso, pois o Asparta-me faz desejar carboidratos e engordar.

Estévia É o adoçante mais indicado con-tanto que venha sem acompanhamentos de outros nocivos.

Os produtos com esteviosídios enfrentaram um primeiro problema que foi deixar o resultado pareci-do com o açúcar, o que atualmente já é conseguido. O segundo ainda enfrentado são as indústrias mun-diais, imbatíveis em promover o aspartame, ciclama-to e sacarinas.

Sucralose Mais recentemente foi lançado o sucralose, adoçante de baixa caloria feito a partir de uma molécula modificada do açúcar. Descoberto em 1976, o sucralose não causa cáries, pode ser con-sumido por diabéticos e empregado em bebidas frias ou quentes e em alimentos cozidos, assado ou con-gelado.

atenção paisCuidado! Podem-se oferecer adoçantes às crian-

ças (sobretudo diabéticas ou com sobrepeso), mas como o limite é calculado por quilo, atenção ao teto de consumo.

açúcares Açúcar mascavo: extraído da cana de açúcar, não passa por processo de refinamen-to, mantendo assim as vitaminas e sais minerais do caldo de cana. Quanto mais escuro, mais vitaminas e sais minerais.

Açúcar refinado: É processado a partir do melado

Ficam aí as dicas. Lembre-se que é preciso co-laborar não só com a sua dieta, mas também com a saúde.

EnErgIA KCAL rEfInADo MASCAVo

Energia Kcal 387 376

Carboidrato 99,9 97,3

Vitamina B1 (mg) 0 0,1

Vitamina B2 (mg) 0,02 0,01

Vitamina B6 (mg) 0 0,03

Calcio (mg) 0,04 0,3

fósforo (mg) 2 22

Potássio(mg) 2 346

de cana ou do açúcar mascavo. O produto, que ini-cialmente é marrom, recebe adição de gás sulfídrico e outras substâncias químicas para ficar claro. Nesse processo, o açúcar refinado perde vitaminas e sais minerais.

O açúcar refinado e o cristal são praticamente só sacarose (glicose mais frutose) uma caloria vazia. O mascavo é uma caloria integral, tem todas as vitami-nas e sais minerais do caldo de cana.

Em 100 gramas de açúcar encontramos Comparativo entre açúcar mascavo e refinado:

Heloisa Bernardes

Terapeuta Ortomolecular

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abe qual é a melhor combinação para a prevenção do câncer? Simples: frutas e le-gumes.

O câncer é uma modificação genética que ocorre lentamente dentro das células, primeiros seus genes são alterados, em seguida ela se torna ma-ligna e seu último estágio já é da multiplicação des-controlada e irreversível das células alteradas. Esta alteração esta relacionada muita vezes pelo ataque de radicais livres do nosso organismo. Por isso que muitas pesquisas recomendam a ingestão de alimen-tos antioxidantes, que combatendo os radicais livres auxiliam na prevenção do câncer.

É claro que apenas o consumo destes alimentos não garante que o câncer não apareça, mas podem contribuir para isso. Em um trabalho recém publicado pelo American Institute For Cancer Research os pes-quisadores conseguiram comprovar que é possível di-minuir o risco de incidência do câncer em 20% apenas aumentando o consumo de frutas e verduras, durante

a pesquisa os voluntários ingeriam pelo menos cin-co porções diárias. E foram mais além, se o individuo praticasse atividade física regularmente, este índice chegaria a 40%.

Para uma vida saudável é preciso ter uma alimen-tação balanceada e praticar exercícios físicos, isso garantirá não apenas a prevenção do câncer, mas tam-bém de várias outras doenças. Há alimentos que po-dem combater o aparecimento de radicais livres e com isso contribuir para evitar o aparecimento do câncer.

Recomendo o consumo de alimentos que conte-nham bioflavonoides, beta-carotenos, fibras e an-tioxidantes, como a vitamina A, C, E e selênio. Estes componentes são encontrados em nossa alimentação diária.

O beta-caroteno pode ser encontrado nas cenoura, tomate, caqui, manga, abobora e couve. Já as frutas cítricas, como a laranja, limão e abacaxi são ricas em vitamina C, enquanto a vitamina E pode ser encontra-da no óleo de girassol, nas amêndoas, amendoins e gérmem de trigo. O consumo da soja e seus derivados também é importante, pois possuem isoflavonas.

Não é conhecida uma causa exata para o apare-cimento do câncer, há vários fatores que devem ser levados em conta. Mas a garantia de uma boa alimen-tação e de uma vida saudável, com certeza poderá co-laborar com a prevenção desta doença, entre tantas outras.

Saúde

FrutaS e lEGumESum Bem necessárioConsumo diário dos alimentos auxilia a prevenção contra o câncer

Dr. maximo asinelli Médico Nutrólogowww.clinicaasinelli.com

S

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Élégant Quando você teve certeza que o mundo da interpretação faria parte definitivamente da sua vida?

Beth Goularth Desde muito cedo, a primeira vez que eu pisei no palco foi em Curitiba e eu tinha três anos de idade. O mundo teatral sempre me atraiu.Se você observar as crianças e as suas brincadeiras, en-contrará ali a semente do que ela vai ser quando adulta. A criança tem inocência, está muito perto da origem, do seu espírito. Elas brincam com aquilo que realmente gostariam de fazer na vida. Eu brincava de fazer teatro, juntava várias crianças, observava o que cada uma sa-bia fazer, já dirigia e criava o espetáculo e não ficava só como atriz, fazia todas as fases da criação de uma peça e até cobrava o ingresso. Isso tudo já era uma amostra do que viria depois. Realmente a minha vocação se ma-nifestou muito cedo e meus pais também me ensinaram que essa é uma profissão muito difícil, me alertaram sobre os prós e os contras desse ofício, falaram que é sazonal, cheia de altos e baixos e que, sem persistência, acaba-se desistindo porque existe uma série de empe-cilhos para segui-la. Mas a paixão e a vontade eram tão grandes que eu pensei “não importa, eu vou seguir e esse é o meu caminho”.

Élégant Qual foi o seu trabalho mais apaixonante até hoje? Aquele que une tudo e parece acontecer de forma tão plena somente uma vez na vida?

Beth Goularth Sempre achamos que o último trabalho é o mais importante, mas realmente o que es-tou envolvida agora junta todos esses processos cria-tivos que desde muito cedo se manifestaram em mim. Neste espetáculo eu faço a dramaturgia, a direção e a interpretação. Em um único espetáculo eu consegui juntar o meu olhar sobre a obra da Clarice Lispector. A Clarice é uma autora extremamente importante, inspiradora, uma autora que fala de temas que me in-teressam profundamente como amor, transcendência, espiritualidade, uma maneira de entender novas di-mensões através do cotidiano. A literatura dela é mui-to rica que permite e provoca a ter a sua visão sobre o que se fala, divide com você esta criação e eu acho que isto é muito rico artisticamente. Neste trabalho eu sigo a orientação da autora e divido o meu olhar com o público, trazendo um painel sobre a obra e vida dela de uma forma apaixonada. O espetáculo é uma decla-ração de amor à Clarice Lispector, não só à autora, mas principalmente ao ser humano que ela foi, uma mulher

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BEtHGoulartNão é a profissão que vai lhe render bons frutos, mas sim o amor com que a faz. Certamente, alguma vez na vida, você já ouviu comentários como este ou parecidos. Com o tempo e as minhas experiências, tenho constado que é verdade. Com um imenso carinho ao falar, brilho no olhar e a certeza de dedicar-se ao que, para ela, é certo, Beth Goularth declara seu amor ao teatro e o seu envolvimento profundo com o trabalho.

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Reportagem Kelly Domingues

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à frente do seu tempo, ousada e corajosa. Este espe-táculo é um passo a mais na minha vida profissional, no sentindo de assumir meu lado criativo, meu olhar como artista, meu posicionamento como mulher e meu prazer de estar em cena.

Élégant Você é reconhecida por fazer as suas inter-pretações com características corporais bem marcan-tes. Você acredita mais na interpretação física do que na psicológica?

Beth Goularth Eu acho que uma coisa não se se-para da outra. Você não separa o corpo do espírito nem do intelecto, nós somos uma coisa só, integrada. O ator deve trabalhar no espaço cênico, que é um espaço de liberdade, com todo esse material, não só o seu corpo como a sua voz, sensibilidade e visão de mundo. O Amir Haddad, que fez a minha supervisão neste trabalho, costuma dizer: “Eu gosto de atores que dão depoimen-to, que tem alguma coisa a dizer de si mesmo, da sua opção diante da vida, diante da arte”. De certa manei-ra eu busco um pouco dessa característica no trabalho, não que eu a busque racionalmente, mas naturalmen-te isso acaba acontecendo. Como eu tenho o corpo e a voz trabalhados, é natural que em minha expressão artística eu utilize esse material. Fundamentalmente é essa junção do todo e esse trabalho que eu acho muito importante que o autor tenha: trabalhar seu corpo, sua voz, ter noção de espaço, noção de troca energética.

Élégant Interpretar,adaptar e dirigir o próprio es-petáculo como é o caso do Simplesmente Eu, é um tra-balho solitário. Isso é angustiante?

Beth Goularth É solitário em termos, já que o te-atro é uma arte coletiva. Por mais que eu esteja sozinha em cena, somos dez pessoas para realizar o espetáculo todas as noites, isso já não é solitário. O fato de estar com um público à sua frente também diminui essa sen-sação. Eu jogo uma piada ou um estado emocional para o público e ele me devolve. Isso é o que faz o espetá-culo ser vivo. É justamente essa interação e comunica-ção entre palco e plateia que é a beleza do espetáculo. Isso pode acontecer com um único interlocutor ou com mais, não acho que seja necessário só uma pessoa para que isso aconteça, mas às vezes é preciso que ele esteja ali naquela posição. A solidão é um dos temas da Clari-ce Lispector. Ao mesmo tempo em que ela necessitava da solidão, ela sofria com isso também . Mas não tem jeito, quando você escreve é você com você mesmo. Eu repeti um pouco essa trajetória dentro do meu univer-

so, do meu olhar, das minhas opiniões, da minha visão sobre ela, então não poderia ser diferente. É claro que eu poderia fazer uma obra da Clarice com mais atores, mas para falar dela, essa solidão é muito necessária.

Élégant Com essa experiência você pretende diri-gir outros atores?

Beth Goularth Com certeza. Esse foi o terceiro espetáculo que eu concebi e o segundo que eu assino a direção. Desta vez, apesar de ter a supervisão do Amir Haddad, eu estou assumindo sozinha. Sem dúvidas, é o começo de uma trajetória como diretora que me interessa profundamente. Eu estou pesquisando um próximo personagem feminino para um trabalho que eu já estou fazendo a dramaturgia. Neste espetáculo eu não estarei em cena, apenas irei escrever e dirigir. Acho que isso vai enriquecer bastante minha proposta teatral e quem sabe eu possa também ajudar as pessoas nessa caminhada.

Élégant Interpretar é uma forma de explorar de vá-rias maneiras sentimentos e valores. Como é para você usar sua linguagem, o teatro, para atingir as pessoas de uma maneira tão positiva?

Beth Goularth É fundamental, talvez eu faça te-atro por isso. Por achar que de alguma forma eu possa transformar as pessoas. O teatro é um espelho da socie-dade, ele nasceu justamente para refletir como o ho-mem lida consigo mesmo e com a sociedade em volta dele, quais são suas dores, mazelas e o que ele pode fazer para melhorar a vida que vive. Isso é um proces-so de reflexão muito profundo e transformador. Usar o trabalho para levar esse tipo de reflexão e atitude crí-tica diante da vida, pode levar as pessoas a uma atitu-de diferente no seu cotidiano. Prestar atenção no que vemos dentro de nós mesmos e exercitar a sensibilida-de, enxergaremos melhor o que está fora e quem sabe, encontraremos uma ação mais eficaz para transformar aquilo que não nos agrada. Usar a capacidade de in-dignação para chegar a uma ação positiva e social para melhorar o mundo que está aí. Então se eu, de alguma forma, com o meu trabalho conseguir provocar isso nas pessoas, eu me sinto útil.

Élégant O subsídio que o governo concede para as artes é um inibidor da necessária capacidade crítica do teatro?

Beth Goularth De forma alguma. Isso seria orientar os produtores da seguinte forma: só vou te dar

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Élégant Faça um comentário do seu tempo atual. Como você resumiria a sua vivência, expectativas e as boas novas.

Beth Goularth Sou uma mulher do meu tempo, convivo com o meu trabalho, na verdade sou quase casada com ele. Me dedico também ao meu filho,que já é um homem, está com 28 anos. Ele está seguindo sua própria carreira, é formado em publicidade, escre-ve para teatro e cinema. Temos alguns projetos juntos e ele trabalha também com programação visual. Agora eu vou entrar em uma fase que é só trabalho, mesmo porque vou fazer duas temporadas ao mesmo tempo. Terças e quartas no Rio de Janeiro e de sexta a domingo em São Paulo. Não me sobra muito tempo para eu fazer outra atividade paralela, sair de férias ou namorar mui-to. Eu sou uma pessoa que encara o trabalho como uma vocação existencial, o teatro para mim é um templo e tenho uma relação devotada para o meu trabalho. Che-go cedo, gosto de ver o teatro vazio, quero ensinar. Te-nho esse desejo de desenvolver um processo com edu-cação, formação de gente nova. Eu dedico meu tempo a isso, a estudar, escrever, pesquisar, ensinar dentro do possível, criar espetáculos e desenvolver ideias.

o dinheiro se você fizer o autor que eu quero ou contar a história que me interessa, e não é isso que acontece com a lei. É caro fazer teatro e a lei é um auxílio para poder levantar um espetáculo e dentro do possível fazer um ingresso mais acessível para que o público também possa ter acesso a esse produto e bens cultu-rais. Nós usamos o dinheiro do imposto, é um dinheiro nosso que está sendo investido, então é justo que a lei seja extremamente rígida e tenha um esquema de con-trole muito amplo para que esse dinheiro seja realmen-te utilizado naquilo que se propôs. Eu gostaria muito que as produções conseguissem viabilizar um ingresso mais barato, porque não são todos os patrocinadores que dão esta condição. Mas a lei é extremamente posi-tiva. Acho que talvez só a lei não seja suficiente, talvez tenhamos que ter outros suportes financeiros para que uma produtora consiga realizar cada vez mais espetá-culos. Existe certa morosidade no processo da lei que pode ser melhorado.

Élégant Você acha que finalmente os grandes ar-tistas do eixo Rio - São Paulo, como você, renderam-se à evidência de que Curitiba é um importante pólo cultural no Brasil?

Beth Goularth Com certeza. Eu sempre viajei muito com as minhas peças, acho que pelo teatro ter esse contato humano é importante conhecer outras regiões.Com Dorotéia Minha eu viajei o Brasil inteiro, com Quartas também. Agora com Simplesmente Eu Clarice Lispector, o nosso objetivo é viajar todo o país e quem sabe até para fora. Porém, atividade teatral é uma atividade cara, quando uma peça vai a um lugar, no mínimo dez ou doze pessoas têm que ir também. Viagem, passagem aérea, estadia e alimentação, são caras. Atualmente passamos por uma dificuldade ge-ral, não é mais suficiente que os hotéis e agências de viagens troquem seus serviços pela divulgação de suas marcas. Pagar uma parte disso tudo e sem o suporte da secretaria do estado ou das prefeituras ajudando nes-ses itinerários, algumas vezes se torna inviável as via-gens. Mas eu costumo fazer isso porque acredito que é fundamental para as produções não ficarem apenas no eixo Rio – São Paulo.

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divulgação

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Joe Roberts

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domingo, 18h

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izem que quando se é jornalista e aden-tra-se a um determinado segmento na profissão, surge, motivado pelo aconte-

cimento, o planejamento das entrevistas mais dese-jadas. No meu caso, também foi assim. Ao saber que passaria pedaços da minha profissão ao lado de fa-mosos, planejei. E no dia em que entrevistei o músico Ivan Lins, um destes meus ideais se cumpriu. Era real a vontade de um bate papo com ele para constatar se realmente o que eu projetava na sua pessoa como cul-tura, crítica, consciência e amor pela profissão eram percepções de fato, verdadeiras. Bem, constatei. O cara é fera.

Élégant Ivan, você teve influências do Jazz e da Bossa Nova para se tornar um músico. Como foi isso?

ivan lins Foi devido às músicas que eu escutava e que eu mais me identificava na juventude. Então, naturalmente eu procurei seguir esse caminho. Eu ti-nha certa facilidade para desenvolver música, já que isso é um dom e de certa maneira não foi tão difícil como as pessoas possam imaginar. Aprendi a tocar piano sozinho ouvindo jazz e bossa nova. Desde que eu comecei a minha meta e o meu sonho era ser um pianista do jazz e da bossa nova. Depois de dois anos eu já estava tocando na noite da Tijuca, o meu bairro no Rio de Janeiro.

Élégant Você tem uma carreira consolidada no exterior e a sua popularidade é maior do que aqui. Como você recebe isso sendo que no Brasil você é considerado um cara Cult?

ivan lins (Risos) Olha, eu não sei se sou um cara Cult no Brasil e nem acho que minha popularidade seja maior lá fora do que aqui. Quando eu faço shows de graça no Brasil eu tenho um público de 10 mil pes-soas, às vezes até mais. Eu sou muito popular no meu

país porque sou de uma geração que teve uma época e uma mídia muito favoráveis para o tipo de música que eu fazia. Quando eu comecei minha carreira, ha-via muitas rádios no Brasil que tocavam MPB e havia muitos programas de música na televisão em que o tema era basicamente MPB e isso me tornou bastante popular assim como na minha geração o Djavan tam-bém foi muito favorecido, o Fagner igualmente. E das gerações anteriores como Chico, Gil, Caetano e Mil-ton. É claro que hoje o preço do ingresso interfere. Quando os shows são populares, vai muita gente. Mas o que se deve ao fato de eu ser um artista muito co-nhecido lá fora é que minha música tem um contex-to internacional que veio do jazz principalmente, da música pop americana mais moderna, como as músi-cas de Stevie Wonder, Ray Charles. Esse componente dá a minha música certa familiaridade quando eles escutam, pois sentem que tem alguma “coisa” que é deles e faz parte da cultura deles, então isso faz com que a minha música seja muito bem aceita lá fora.

Élégant Você acha que a música brasileira hoje esta dominada por músicas de consumo rápido? Em sua opinião este fenômeno se deve a que?

ivan lins Ao mercantilismo, ao capitalismo selva-gem, a comercialização das coisas. A música deixou de ser cultura, passou a ser comércio e de certa maneira as empresas que trabalham com música optaram por lucro mais rápido e não investem mais e a médio e lon-go prazo. Como algumas outras indústrias fazem, a da música não, a da música tornou-se uma coisa muito imediatista e isso foi na contramão do que é cultura. Na verdade a cultura se aprende, com o tempo e não se perde mais. Quando você adquire cultura, quando você sobe no seu nível cultural, você nunca mais per-de isso e eu sou de uma época em que a música fazia isso. Tanto que as pessoas da minha geração até hoje me cultuam muito e passaram isso inclusive para os

Entrevista

ivan linsReportagem Kelly Domingues

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próprios filhos que vão me assistir. A indústria nunca pensou assim e resolveu transformar a música em uma coisa imediata e o que aconteceu? Destruíram a músi-ca, banalizou-se demais e hoje, como negócio, a músi-ca piorou, caiu num esgotamento, numa banalização até comercial que fez mal a todo mundo, inclusive a quem faz música mais popular porque os artistas pas-saram a ter vida muito curta. Não é o caso do Roberto Carlos, por exemplo, que sempre fez música popular e dura até hoje. Agora, quantos artistas novos popula-res apareceram e sumiram? 90% deles! E muitos com talento na área popular. Então fica essa coisa descar-tável, o talento passou a não contar mais porque as pessoas estão mais a fim de ganhar dinheiro. Isso foi muito ruim para a música porque ela é cultura. A situ-ação é essa, mas espera-se que isto seja só uma fase e se reverta de novo. Seria uma maldade muito grande hoje o músico e o artista não poder viver da sua pró-pria música ou viver mal dela.

Élégant No começo da sua carreira havia uma po-litização maior da juventude. Você acha que a época da censura ajudava a criar boas obras musicais?

ivan lins A censura na verdade funcionou mais como um item comercial, ela foi mais explorada co-mercialmente do que politicamente por causa daque-la velha historia de que o proibido cria mais curiosi-dade nas pessoas. Hoje existe uma censura estética muito maior do que a que existia naquela época e ela é imposta pela mídia, pelos veículos de comunicação. Essa está sendo muito mais violenta do que a outra e muito mais prejudicial porque ela está toda inserida num contexto de lucratividade e não em construção cultural em melhorar as pessoas, não no contexto educacional. A censura naquela época ajudava sim, porque havia este contexto comercial por traz dela, mas o que realmente mudou na juventude foi que co-meçou a desaparecer com o proibido. Por exemplo, “o proibido proibir”, isso realmente se tornou realidade o que causou certa alienação na juventude.

Élégant Eu tenho a impressão que a qualidade das produções musicais de hoje em dia não é de alto nível. Talvez isso se deva ao fato do fácil aceso as inovações tecnológicas, que são inúmeras. E você o que acha?

ivan lins É tudo uma faca de 2 gumes. As inova-ções tecnológicas ajudam tanto para o bem como para o mal. Como tudo na vida. Meu pai falava uma frase maravilhosa que define bem isso: “A mãe de todos os males é a ignorância”. Ele dizia que o problema não é

o analfabetismo e sim a ignorância porque tem muito letrado ignorante e muito analfabeto inteligente. Ele falava também que a ignorância é pragmática, ela ex-clui o raciocínio e o pensamento. Quando você pensa e raciocina você trabalha os seus miolos e adquire um pouco mais de cultura, você melhora, sobe um pou-quinho o seu nível, isso porque você pára e pensa. A ignorância não, ela não mede os meios, ela mede os fins. A ignorância elege a mediocridade. A formação dos grandes medíocres brasileiros provem da igno-rância do país e a mediocridade é que é responsável por isso. Ou seja, a falta de cultura, falta de educação, de investimento que deveria ser muito pesado nesta área, com esse proibido de proibir. De uma certa ma-neira o estado se isenta de certas responsabilidades e muitos de nós também, infelizmente. A situação fica deste jeito, a questão de usar mal a tecnologia, vem muito da mediocridade.

Élégant Qual é o teu grande barato: cantar ou compor ?

ivan lins (Risos) Difícil. Eu componho cantando, então já fica complicado decidir. Mas o compor ganha um pouquinho, um pouquinho só. Eu gosto um pou-quinho mais de compor do que cantar. Eu não me con-sidero um bom cantor. Eu canto para sobreviver e can-to para me expressar, claro. Para me comunicar com as pessoas e me aproximar delas, uso a minha música para fazer bem as pessoas e para que elas gostem de mim.

Élégant As suas músicas sempre causaram efei-to no inconsciente coletivo. Hoje em dia as músicas de grande sucesso são absolutamente descartáveis. O que mudou, a qualidade do discurso ou a falta de compositores que tenham o que dizer? Embora alguns ainda existam como é o seu caso.

ivan lins O que falta é o veículo. Compositores que tenham o que dizer? O Brasil está lotado deles, mas to-dos muito escondidos, com pouca mídia. O que falta são os veículos, a mídia. Principalmente rádio e televi-são, não a imprensa, hoje a imprensa é a mais respeita-da de todas no meu entender, eu acho inclusive a mais bem preparada, como eu estou vendo com você e com várias pessoas que me entrevistaram. O problema todo está na veiculação de música nas rádios e televisão. A mídia desapareceu porque elas também entraram no sistema do descartável, do lucro rápido, dos balance-tes mensais de final de mês, do verde vermelho. E aí a música apanha, sofre e é o que esta acontecendo, prin-cipalmente nesses últimos 20 anos.

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Hora do

Cháma das melhores coisas a se fazer depois de um dia intenso de trabalho é chegar em casa e descansar, não é verdade? O chá aca-

ba sendo um ótimo aliado para isso.Esta bebida está sendo inclusa no cardápio do

brasileiro com maior intensidade. Assim como o café, o chá tem também os seus benefícios. Mas, será que tudo que é dito sobre esta bebida é mesmo verdade?

Barbara Fíngerle Ramina, proprietária de uma casa de chás de Curitiba é uma grande apreciadora do produto e conta que os brasileiros procuram cada vez mais por chás.

Isso se deve aos hotéis e aos restaurantes que es-

tão se adaptando a esse costume. “Esse é um trabalho lento, é preciso educar”, diz. Ela garante também que chá tem a ver com alma e espírito.

O chá é uma forma de aproximar as pessoas e se-gundo Barbara, as pessoas que frequentam a casa se encontram e trocam energias. “É muito bonito pro-porcionar momentos para que as pessoas se conhe-çam melhor”, garante.

Existem três tipos de chás: o preto, o branco e o verde. Bárbara explica que todos eles são secados. O chá preto é mexido para quebrar as folhas e é nessa quebra que ele começa a oxidar. Já a folha do verde é secada e não entra em oxidação. A folha do chá bran-

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Bem Estar

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DiCaS da BarBara

Chás Exóticos

co sofre o mesmo processo da do verde, só que a fo-lha é colhida ainda bem novinha. Barbara afirma que ambos trazem benefícios parecidos e o que muda é o procedimento de colheita e o preparo das folhas.

O chá verde está muito na moda, principalmente entre as mulheres que o consomem para emagrecer. Para Barbara isto é um mito e apenas tomar algumas xícaras de chá verde por dia não faz diferença. O que se deve fazer é mudar os hábitos alimentares e de vida. “O chá verde, até pode ajudar no processo de emagrecimento, mas é necessário acompanhamento médico”, garante.

Os mundos do chá e do vinho podem ser compara-dos. O vinho, provem da uva e pode nascer em vários países do mundo. Para definir o seu sabor, várias eta-pas podem ou não ser usadas e segundo Barbara tudo irá depender do resultado que se deseja alcançar. O chá também funciona assim. Ele é plantado em diver-sos lugares do mundo. Variantes, como clima, solo e altura definem sua qualidade e suas peculiaridades. “Por exemplo, quanto mais alto a Cammelia Sinensis for plantada, mais fino fica o chá. Outro fator que in-flui muito é o solo”, explica. Para ela, o melhor chá é o da região da Argélia, na Índia. Nascem em montanhas bem íngremes. “Este é considerado o champagnhe do chá. É extremamente fino”, declara.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam o chá não é chique e sim questão de cultura. Barbara garante que cabe a cada um se proporcionar essa no-vidade. “Experimente, vai surgir uma nova paixão, a descoberta de um novo mundo”, conclui.

o Isen branco, vem da China. Ele é bem especial. Quando colocado no bule ele vai abrindo até virar uma flor. Esse chá precisa ser tomado com tempo para poder curtir o momento.

o Lapsan é um chá bem especial e também vem da China. Ele é defumado e colocado em tigelas grandes.

Vai receber amigos em casa? Sirva um bom chá!

Como o chá é uma bebida milenar, ele nunca sai de moda. mais do que nunca o chá está em evidência. para você receber as amigas para um chá da tarde é muito

fácil. Sirva chá, sim. Você só precisa de uma receita, água

quente e um bule. para um chá da tarde, eu iria oferecer o meu favorito, o break-

fast, que é o chá preto. Ele é muito suave e extremamente aromático.

E também um “marani” que é um chá verde aromatizado, com aroma de girassol e pétalas de rosa. Esse chá tem um efeito revigorante maravilhoso. para acompanhar você pode servir a comida

que quiser, doces e bolos são bem vindos.

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A sugestão de hoje é o Barreado, prato típico da cidade de Morretes, no Paraná.Para trazer essa delícia até você, Tânia Bridaroli Madalozo Laffitte, nos conta

um pouco sobre esse prato de sucesso e, também, nos ensina a receita.Aprecie essa deliciosa entrevista

Que tal dar uma pausa para saborear uma comida típica?

momento Gourmet

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Élégant Como surgiu o barreado? Comente sobre sua história e as suas curiosidades.

tânia Prato do litoral paranaense, de origem po-lêmica, o Barreado é motivo de discussão entre mor-reteanos, capelistas e parnanguaras. Dizem que era servido aos caboclos que iam às vilas levar os produ-tos da lavoura. No folclore paranaense, o Barreado é símbolo de fartura, festa e alegria. O nome vem da ex-pressão “barrear” a panela com um pirão de cinza ou farinha de mandioca, para evitar que o vapor escape e que o cozido seque depressa. Foi adotado como prato do período carnavalesco devido as suas propriedades energéticas. O Barreado não perde o sabor original. Cachos de banana eram dependurados no beiral das casas para serem servidos como sobremesa ou, então, misturados a refeição. O Barreado é um prato mui-to simples preparado com carne bovina, toucinho e temperos típicos da cozinha de Morretes, Antonina e Paranaguá, degustado há centenas de anos.

Élégant Quais são as características do Barreado?

tânia Para os que nunca saborearam o Barreado, a surpresa é que, este prato típico, do Paraná, é à base de carne bovina e cozida, exaustivamente, com alguns temperos que lhe conferem um sabor acentu-ado. O que resulta em uma carne muito macia, que desmancha no cozimento. Em seguida, é servida em panela de barro, com os seus acompanhamentos.

Élégant Quanto tempo é necessário para prepará-lo?

Barreado para 10 pessoas

• 5 kg de Carne• 1 ½ kg de Cebola • 200 gr. de Bacon• 100 gr. de Sal• 20 gr. de Cominho• 50 gr. de Alho• 5 gr. de Pimenta• 12 litros de Água * Farinhas de mandioca e de trigo, para Barrear (vedar) a tampa da panela.• 500 gr. de Farinha de Mandioca• 100 gr. de Farinha de Trigo

tânia No fogão a lenha, o Barreado, leva 24 horas para ficar pronto. Modernamente, em 8 horas você consegue prepará-lo. Mas o fogo lento, ainda, é a me-lhor opção.

Élégant Existe algum segredo no preparo?

tânia Sim. Dosar a quantidade do Bacon, para não acentuar demais o seu sabor, e o Cominho é essencial para um bom Barreado.

Élégant O Barreado é mais procurado em qual época do ano?

tânia O Barreado é mais procurado no Inverno. Em nosso restaurante, esse prato típico vem acompanha-do de frutos do mar, servido no sistema de rodízio. Assim, em qualquer época do ano, você vai saborear esta iguaria com destaque em nossa cidade.

Élégant O que você indica para quem quer expe-rimentar esse prato?

tânia Saborear o Barreado, em Morretes, com a família e amigos, resgata a sua história no local, em um verdadeiro turismo gastronômico. Faça como nossos antepassados: durante os festejos degustem o Barreado, que é símbolo de festa e fartura. Agora que já deu água na boca, que tal aprender a fa-zer o Barreado?Para isso, segue abaixo a receita para que não haja erro. Vale também, dar um passeio até Morretes e, as-sim, apreciar esse maravilhoso prato. Bom apetite!

Modo de Preparo1. Cortar a Carne em forma de Cubo com média de 5 cm.2. Cortar o Bacon em forma de Cubo com média de 1 cm.3. Bater no liquidificador: Cebola e Alho, com 1 litro de água.4. Adicionar todos os ingredientes em uma panela: Carne, Cebola, Bacon, Sal, Co-minho, Alho, Pimenta e Água.5. Barrear (vedar) a tampa: adicionar em um recipiente Farinha de Mandioca, Fa-rinha de Trigo e um pouco de Água. Misture e amasse com as mãos até obter uma pasta. Barrear a tampa espalhando a massa com as mãos molhadas, deixando-a to-talmente Barreada.6. Após este preparo, deixar o recipiente em Fogo Alto, até obter a fervura. Ao fer-ver, Baixar o Fogo e aguardar em cerca de 8 horas para estar em seu ponto ideal.

Acompanhamento : Farinha de Mandioca, Banana Maçã e Arroz Branco

Dicas para tornar o Barreado mais saboroso:1. Para preparar o prato com o Barreado e o seu pirão com a fari-nha de mandioca, ele deve estar, preferencialmente, fervendo;2. Acrescentar, após preparar o prato, algumas gotas de pimen-ta malagueta;

3. Saborear o barreado acompanhado de uma cachaça fina, cer-veja ou vinho;4. Para seguir os nossos antepassados, servir em panelas e cum-bucas de barro.

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agronegócio

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erá que só devemos apreciar o chocolate na Páscoa? De jeito nenhum. O famoso cho-colate é bom o ano todo, no inverno ou no

verão, quente, frio, recheado, puro, liquido, sólido, diet.... ufa!! Quantas maneiras se há de apreciá-lo!

Quando falo que o agronegócio esta por todas as partes é realmente verdade.

Essa iguaria amada por tantos é fruto de uma mis-tura encantada que surgiu a milhares de anos como bebida e remédio e era apreciada e consumida apenas por reis,rainhas e nobres.

O produto derivado do cacau e vindo da América do Sul fez muitos adeptos na Europa e Estados Unidos e em meados do século XVI , os irmãos Cadbury da Inglaterra, compraram a receita e abriram a primeira chocolataria de Londres em 1657. O chocolate então, pôde ser apreciado não só pelas classes mais altas mas também, com o passar do tempo, se tornou um ítem acessível a todas as classes sociais, povos, etnias. En-

fim, o chocolate e seus subprodutos, são conhecidos e saboreados in al the World!!!

Por muito tempo a fabricação do chocolate per-maneceu a mesma, mas, com a Revolução Industrial, sua produção sofreu positivas mudanças e com o aparecimento de maquinas de espremer manteiga de cacau ajudou a fazer do chocolate um alimento mais consistente e durável e hoje aperfeiçoado é, para quem gosta, de se comer rezando!!! E ainda por cima traz felicidade para quem presenteia ou é presentea-do, e principalmente para quem se delicia com ele!!! Já pararam para pensar nisso?

Nesses tempos modernos, é legal fazer e vender aquelas receitinhas de chocolates antigas com emba-lagens que envolvem os olhos e ficaram tanto tempo guardadas no fundo de gavetas. Na verdade elas nun-ca perderam seu poder inovador que aquecem a emo-ção das pessoas. Coisas que, assim como o chocolate, nunca envelhecem...

Curiosidades- A Lacta foi fundada em 1912 em São Paulo e se chamava Societè Anony-

me de Chocolats Suisses. A Nestle do Brasil abriu suas portas em Araras,SP, em 1921. A famosa Kopenhagen foi fundada também em São Paulo em 1925. A Garoto,em 1929 começou o empreendimento no Espírito Santo pelo alemão Henrique Meyerfreund.

- Apesar de o chocolate ser geralmente consumido por prazer, há alguns efeitos positivos para a saúde na ingestão do alimento sem exageros,naturalmente ,pois é um alimento energético e calórico. O cacau ou o chocolate amargo, por exemplo, são benéficos para o sistema circulató-rio. Outros efeitos incluem as propriedades anticancerígenas, estimulantes cerebrais e a capacidade de curar diarréias, entre outros. As propriedades afrodisíacas do chocolates ainda não foram comprovadas

-Hoje existem os Chocolateires, que são os especialistas em chocolates e ja são muito bem quistos pelo mercado, uma nova profissão de sucesso!

- Quem também pode provar essa iguaria são os pets!!! O chocolate cani-no é encontrado com facilidade nas grandes lojas para animais domésticos!

QuEro chocolate

S

Carla portinariGestora de Agronegócios

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Vinhos

Élégant 31

uita gente fala do vinho, acessório, dita moda e acabam complicando. Al-

guns deles denominam-se enólogos e isso é verdade. Enólogo é o profissional que se formou em enologia e trabalha dentro das famosas caves, elaborando o vinho. Ele é um profissional atuali-zado tecnologicamente e vive intensa-mente em seu Terroir a poesia do vinho e a natureza da safra.

Mas poucos deles passam dicas bá-sicas que podem realçar ou prejudicar muito as sensações enquanto você aprecia o seu vinho. Uma delas é a uti-lização de um copo adequado.

Acho fundamental os amantes do vinho (Enófilos) se unirem e de ma-neira compromissada divulgar os me-lhores vinhos, os melhores copos de acordo com a característica do gosto e da gastronomia do seu país.

Mais se tratando de copos adequa-dos para o deleite total de um bom vi-nho, temos sempre algumas dicas para nos ajudar:

Eles precisam ser:transparentes (100%) – Para a beleza estética

à mesa e promover o visual das nuances de cores do vinho, o copo nunca deve ser colorido ou grosso. A alma e o espírito do vinho devem ser apreciados com muita delicadeza.

grandes e leves – Grandes ou altos para oxigenar bem o vinho, deixam-no mais rápido e pronto para beber. Leves para ser confortável ao girá-lo, para desprender o aroma ou o bouquet e também para ser segurado à mão por algum tempo (ex: festas, coque-téis), os copos nunca devem ter o globo com espessu-ra grossa e nem a base pesada.

Modernos desenhos – Nos últimos 50 anos a nobreza à mesa vem mudando, tecnologicamente os

copos progrediram para acompanhar o desenvolvimento e a evolução dos vi-nhos. Beber um Pinot-Noir em um copo de Brunello, ou um Chardonnay em um copo de Cabernet-Sauvignon pode alte-rar de 20% a 40% o resultado do vinho.

Cuidado com os costumes antigos, aqueles que servem água no copo gran-de, vinho tinto em um copo menor e o vinho branco em um minúsculo copo, isto é ultrapassado e denota falta de conhecimento.

O mais importante de tudo é que os copos para serem 100% transparentes, altos, leves e com desenhos adequados aos tipos de vinhos, precisam ser pro-duzidos por verdadeiros artistas, os melhores são os alemães e austríacos, que usam as melhores matérias primas – o cristal e o chumbo alemães e verda-deiros artistas para soprá-los.

Para você receber e servir bem, tan-to em casa, como em um restaurante e poder seguir um ritual perfeito da cul-

tura e romantismo do vinho não exclua a importância do copo adequado.

Um abraço. Lopes, o homem do vinho.

Assista também as dicas do homem do vi-nho toda segunda-feira, 00h30, na RedeTV!. Aos domingos com partici-pação especial no Pro-grama Beto Ferreira, às 18h, na CNT.

a importância de um copo adequado para

apreciar um bom vinho

m

lopesO Homem do Vinho

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Esporte

useu do futebol, em São Paulo. Um lugar perfeito para uma entrevista especial com experiente preparador físico Moracy

Sant’ Anna. No passeio vimos fotos que remeteram Moracy a uma época bonita e saudosa. Observamos a diferença dos uniformes dos anos 70 para os de agora. Moracy comentou que nos dias de hoje “existe uma tecnologia enorme empregada nos uniformes, como a da absorção do suor. Na época dos anos 70, os calções mais curtos eram moda. Com o tempo isso foi mudan-do, até porque aquele modelo assava a virilha dos jo-gadores”.

Moracy já passou pela seleção brasileira e por gran-des e cobiçados times de futebol. Sua eficiência e gar-ra são frutos de muito trabalho e suor. Seus feitos não só acarretaram resultados positivos aos times em que ele atuou como também, trouxeram reconhecimento e admiração pela pessoa e pelo profissional Moracy Sant’ Anna. Acompanhe a entrevista:

Beto Ferreira As pessoas te definem como um exemplo no futebol. Mas não foi tão fácil assim chegar onde você está, não é?

moracy Sant’anna Foi uma história re-lativamente longa. Após fazer um curso técnico de Agrimensura e trabalhar em uma empresa de enge-nharia, vi que aquela não era a minha área. Foi quando encontrei um amigo com quem estudei antigamente. Ele estava fazendo Educação Física, em Santo André. E como eu sempre me meti no esporte e sempre gostei de jogar futebol, acabei indo pelo mesmo caminho, para a faculdade de Educação Física. Enquanto eu estudava, encontrei com o Antonio Marchetti que foi

o meu treinador no Nacional. Foi ele quem me levou para o Palmeiras para que eu adquirisse experiência.

Eu saia da faculdade, em Santo André e corria para São Paulo. Nem comia, ia direto para onde o pessoal treinava. Depois de três meses lá, apareceu uma opor-tunidade no juniores do Palmeiras. E em janeiro de 1974, quando eu ainda tinha o terceiro ano de edu-cação física pela frente, me tornei auxiliar no time principal. Três anos depois, eu já era o primeiro pre-parador físico do Palmeiras e depois de mais três anos fui para a Seleção Brasileira, junto com o Telê Santana na copa de 82.

Beto Ferreira Moracy, o seu primeiro com-promisso como profissional foi um grande desafio?

moracy Sant’anna Sem dúvida. No início de 1974, ainda existia aqueles campeonatos em que muitas equipes disputavam. E devido à tabela, sem-pre tínhamos que ir para o norte e nordeste cumprir três partidas. Naquela ocasião em que o time prin-cipal estava viajando, eu fui incumbido de ficar com os reservas aqui. Na época eu tinha 23 anos, estava no início da carreira, sem ter me formado ainda e a maioria dos jogadores tinham mais idade do que eu. No primeiro dia de treino estava chovendo muito for-te e eu não via a trave do outro lado. Então tive que improvisar dentro do vestiário. Um dos jogadores não estava fazendo o trabalho direito e eu fui cobrar dele. Começamos uma discussão que se tornou muito forte, ele me xingou e eu parti pra cima dele. No outro dia lembrei que o Brandão antes de viajar para Manaus, tinha me falado para eu não criar atritos com os joga-dores, e então passei aquela semana engolindo sapos.

moracy Sant’anna

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Entrevista

Reportagem Beto Ferreira

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Depois que fiz o relatório para o Brandão, ele chamou o atleta e disse para ele me respeitar. Já comecei meu primeiro dia tendo que lidar com essas dificuldades de relacionamento.

Beto Ferreira Como foi estar na seleção da copa de 82?

moracy Sant’anna A seleção do Telê foi derrotada pela Itália nas quartas de final. Era uma seleção que estava fadada a ser campeã do mundo. O que faltou para aquela geração de Sócrates, Zico e Jú-nior, era o título. A eliminação foi na véspera do meu aniversário, cinco de julho. Na copa de 86, no México, os jogadores já estavam quatro anos mais experien-tes, porém novamente fomos derrotados pela França em decisão por pênaltis.

Beto Ferreira Você já havia participado de duas copas que não tiveram resultados agradáveis. Então a de 94 tirou a prova dos três?

moracy Sant’anna Sim, a copa de 94 para mim tem muito significado. Eu vinha de vários títulos

Dedicado e desbravador, o esportista Nelson Ferri vem colecio-nando inúmeras conquistas e vitórias. Aos 61 anos ele é maratonis-ta e leva uma vida regrada. Corre de 12 a 16 km por dia e em época de prova ele aumenta a carga do treino para 20 km/dia.

Suas participações em corridas tiveram início em 1980. De lá pra cá coleciona algumas boas lembranças de realizações pois já carre-gou a tocha do PAN e concluiu em Nova York 6 maratonas. Em janei-ro deste ano, na Disney, Nelson concluiu o “Desafio do Pateta”, uma prova de 63,3 km.

Nelson embarcou para Paris no último mês de abril para parti-cipar de outra prova. Ainda esse ano tem maratonas e corridas pre-vistas em Santiago, Chile, Noruega, Buenos Aires, Nova York, e a famosa São Silvestre, em dezembro, aqui no Brasil.

Boa sorte ao nosso atleta brasileiro que aos 61 anos mostra que ter uma vida ativa faz bem não só para o corpo, mas também para a mente.

“Se você quiser brincar de correr, corra 10 ou 15 km. Mas se você quer ter uma experiência de vida, corra e termine uma maratona de 42,2 km. Você se sentirá outra pessoa com outros princípios de vida.” Nelson Ferri

com o São Paulo. No início na década de 90, o clube foi campeão brasileiro, campeão paulista, bi-campeão da Libertadores e bi-campeão mundial em Tóquio. E tudo isso culminou com o título de 94. Dos 45 títulos que eu tenho, sem dúvida, este é o principal e o que mais me emociona.

Beto Ferreira Tecnicamente falando. No fu-tebol o principal objeto para que um jogo aconteça é a bola. Quais foram as inovações deste objeto?

moracy Sant’anna É incrível ver como a bola era confeccionada antigamente, com couro e cos-tura feitas a mão. Atualmente as bolas são de couro sintético. A tecnologia é grande em relação a ela. No entanto, os jogadores não gostam muito, eles prefe-rem aquelas bolas de couro que eram utilizadas até 1990. As bolas atuais facilitam muito para os atacan-tes porém dificultam para os goleiros.

Foi um bate papo agradável. E em um lugar que como o próprio Moracy Sant’ Anna define: “O Museu conta a história do futebol e vai continuar contando”.

com nelson FerriViDa atiVa

divulgação

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Direito

xtra! Extra! Chocante! Mortes na vila! Cri-minalidade cresce! Manchetes, as vendas de jornais sobem, a audiência cresce.

Freud e demais estudiosos da psique humana já trataram da apreciação que o ser humano tem pela violência, principalmente a alheia. O inconsciente livre de barreiras e freios morais aprecia o contato com o crime – Durkheim trata da normalidade da transgressão na sociedade – pois é um desejo imerso de que nós o façamos. Em contraposição, o superego utiliza a punição aos desviantes como forma de refor-ço do limite moral/ético que nos afasta da posição de ruptura com as regras criminais.

Aproveitando esse interesse, a mídia usa e abusa

das páginas policias no jornais diários e em programas apelativos onde a vítimas e agressores são expostos sem qualquer interesse investigativo aparente. Situa-ções vexatórias para as partes envolvidas são criadas, pessoas são acusadas com base em suposições, ver-sões parciais da verdade, relatos de “ouvi dizer”.

Protegidos por uma cláusula de ordem constitu-cional consistente na liberdade de imprensa e infor-mação, integrantes dos órgãos midiáticos propagam versões relâmpago sobre fatos esclarecidos parcial-mente ou mesmo que não passam de meras suposi-ções. Culpados devem ser encontrados.

Com efeito, a liberdade de imprensa é garantia da sociedade que foi alcançada com séculos de lutas e avanços democráticos, mas toda liberdade deve en-contrar limite onde começa a liberdade do outro, nes-se caso, o direito à privacidade emerge como prote-ção contra invasões indevidas na vida privada. Fatos particulares, que não restam revestidos pelo interes-se público – que é diferente de curiosidade pública – não podem ser alvos de divulgação.

Mais importante que esta injusta violação à priva-cidade, está o esmagamento do princípio da presun-ção de inocência, também prevista na Constituição da República. Nossa lei máxima adverte que ninguém será considerado culpado até trânsito em julgado, é dizer, somente após encerrado o processo, com esgo-tamento dos recursos cabíveis, é que se torna possível responsabilizar e taxar o desviante como criminoso.

Condenações midiáticas e a negação do princípio da presunção de inocência

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maicon Guedes AdvogadoMestre em Direito - UFPRDoutorando em Direito - Universidad de Buenos Aires Contato: Maicon Guedes Advocacia - (41) 3078-8196 [email protected]

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Para se desviar de qualquer responsabilidade de acusar alguém indevidamente, os veículos de comu-nicação insistem em noticiar crimes e imputar, acu-sar sob a orientação de que está baseada nos relatos e versões da Polícia ou do Ministério Público. O proble-ma reside que a condenação moral, realizada pela so-ciedade, no mais das vezes, não aceita ampla defesa, contraditório ou recursos. Nesse sentido, a máxima que a primeira impressão é que fica prepondera.

A condenação social, apontando o cidadão como criminoso, traz consigo uma série de conseqüências funestas. Alessandro Barata aborda os aspectos do labeling aproach, o rotulamento da pessoa como des-viante, como alguém que merece ser excluído do cír-culo social, que não merece crédito ou confiança.

Além disso, mesmo a pena, aplicada com base em uma sentença judicial irrecorrível, somente pode atingir a pessoa do criminoso, pois a punição é indi-vidualizada. No caso dos efeitos da condenação mi-

diática atingem não só o agressor, mas todos que lhe cercam, com destaque para seu núcleo familiar, que passa a ser vista publicamente como familiares de um dito criminoso.

Ocorre, no entanto, que esse cidadão, já espezi-nhado por ser supostamente o criminoso, pode pro-var sua inocência, ou melhor, para seguir o princípio penal máximo, a acusação não consegue provar que ele é culpado, mas como conseqüência de sua absol-vição processual, não se segue a absolvição social. A imagem de criminoso já está gravada na mente dos consumidores de notícias.

Deve haver, pois, um necessário pensar ético dos profissionais da mídia antes de revelar fatos que não terão utilidade para os integrantes da sociedade, tampouco avanços na investigação criminal, mas que podem prejudicar em muito a vida do suposto agres-sor e de seus entes próximos.

Tema bastante atual, responsabilidade social traduz-se em deveres e obrigações de indivíduos e empresas para a sociedade em geral. No caso das empresas, estas se mantém com atividades lucrativas, por serviços prestados à sociedade e, como forma de retribuição, empresas conscientes tem praticado cada vez mais ações que venham a beneficiar “o todo” considerando programas que proporcionam o benefício mútuo como, educação, esportes, saúde, meio ambiente dentre outros. É verdade que o Estado deveria suprir as necessidades sociais, porém, com o rápido crescimento da população bem como suas necessidades, esta tarefa tem se demonstrado difícil. Assim as empresas preocupadas com o compromisso de qualidade de vida social atual e principalmente futuros, engrenam em desenvolvimentos de projetos e programas que garantam uma fusão de interesses entre comunidade, governo, empresa, fornecedores e clientes, objetivando a promoção do bem comum. Considerando que, são objetivos da Constituição da República, a Lei maior do País: erradicar a pobreza e a marginalização e, reduzir as desigualdades sociais, a conscientização e contribuição da pró-pria sociedade, seja indivíduo ou empresa, propi-ciará uma convivência social mais justa e solidá-ria. Fica hoje aos leitores a dica para pensarmos em uma sociedade com melhores oportunidades e qualificações, através do desenvolvimento e prática da responsabilidade social. Procuremos conhecer e nos informar sobre responsabilidade social consciente e empresas praticantes. Todos podemos contribuir, de alguma forma, para um convívio social harmônico em amplo sentido.

Boa leitura e até a próxima.

responsabilidade Social

Jackeline a. dos Santos

Bacharel em DireitoInformações e sugestões:

(41) 3336 9236 [email protected]

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Exopolítica

Calendário Maia é um tema pouco difun-dido pelo mundo, ou pelo menos era até o recente lançamento do hollywoodiano

“2012”, que por sua vez denegriu novamente a imagem da cultura Maia, mas isso é assunto para as próximas edições. Dentre as pessoas que já ou-viram falar do Calendário Maia, quase todas “sa-

bem” que existe algo de especial sobre ele, mas quase nenhuma sabe exatamente do que se

trata. A maioria acredita que “Calendário Maia” é o mesmo que o fim do mundo,

mas não é bem por aí. Existe hoje pelo mundo e principalmente nos países

da América Latina, em especial no Brasil um movimento chamado “Ca-lendário da Paz” ou “Calendário de Treze Luas” que por muito tempo intitulou-se Maia. Na verdade os Maias nunca usaram esse ca-lendário que foi criado por José Argüelles. Esse calendário é uma invenção baseada em conceitos Maia e está, digamos assim: fora de sincronia com o ritmo natural de criação no universo. Seu in-ventor modificou datas de ciclos de tempo para que todos que ve-nham a seguir esse calendário en-

trem em sincronia não com a natu-

Você sabe qual é o seu signo maia?

o

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reza em evolução mas sim com ele mesmo. Muitos de seus seguidores estão somente agora começan-do a se desvincular do Calendário da Paz, ou “Sin-cronário de 13 luas” e procurando o verdadeiro valor da herança Maia. Segundo o cientista PHD Carl Calleman, autor de diversos livros a respeito e responsável pelo esclarecimento do significado do Calendário Maia, todos nós possuímos uma parcela de responsabilidade na evolução coletiva. Calleman provou cientificamente que tudo o que aconteceu a partir do surgimento do universo, está dentro da “planilha” de evolução da cons-ciência coletiva, ou seja, realmente tudo mesmo que aconteceu na história da humanidade e ainda na história do próprio universo, faz parte de uma “grade” de desenvolvimento, e cada uma dessas minúsculas parcelas de consciência, que são eu e você e o resto dos seres vivos estão enraizados nesse processo de evolução, mesmo que você não saiba ou não esteja “consciente” desse processo, você participa do mesmo jeito, querendo ou não.

Como você deve estar acompanhando pela te-levisão ou pelos jornais, o planeta está passando por uma fase de tratamento, um renascimento, abondanando os velhos padrões e se abrindo para uma nova realidade. Tudo isso já estava previsto no Calendário Maia.

nossa JornadaImagine que antes do universo surgir, já ha-

viam outras dimensões co-existindo. Segundo a conclusão dos autores das principais teorias sobre nossa origem, como a das cordas, da malha, das múltiplas dimensões, provavelmente o big-bang (explosão criadora do universo) aconteceu pelo atrito dessas dimensões. Seja lá como tenha sido o surgimento do universo, acredito que há um propósito para a existência dessa dimensão que povoamos agora. Um indício dessa razão pode ser observado através da história do ser humano, que por sua vez funde-se com a história da natureza. Ora! Há poucos anos atrás éramos seres extrema-mente primitivos, antes disso éramos seres quad-rúpedes, antes disso éramos bactérias, antes disso éramos ainda partículas viajando em pedaços de asteróides... e um tanto antes os astros estavam se organizando para que certas estrelas “conse-guissem” se tornar capazes de abrigar planetas em condições “especiais” para que “algo” aconteces-

se. Cientistas, através do estudo da física quân-tica, estão chegando à conclusão de que só pode haver uma inteligência por trás da origem do uni-verso. Eu acredito que essa dimensão que habi-tamos conscientemente é como uma incubadora. Uma incubadora que promove o desenvolvimento do conhecimento pleno, a verdade sobre tudo, de onde viemos, para onde vamos e por que. Tudo é uma questão de adquirir consciências cada vez mais expandidas sobre a realidade, assim como foi a descoberta do fogo, da arte, da religião, da industrialização e da internet. E tudo é realmente um questão de consciência: consciência familiar, consciência tribal, consciência nacional, consci-ência do poder, consciência da ética, e finalmente a consciência universal. E todo esse desenvolvi-mento da consciência coletiva que se iniciou há 16.4 bilhões de anos atrás (essa é a parte incrível) pode ser observado perfeitamente através das pirâmides Maia. Essa é a grande descoberta do cientista Carl Calleman. Toda a nossa existência faz parte de um cronograma “matematicamente” programado em 9 níveis chamados Submundos, divididos em 13 seções. O primeiro desses sub-mundos começou com o big-bang, há 16.4 bilhões de anos e o último termina agora em 28 de outu-bro de 2011! Não só ele como todos os outros 8 que estão girando desde o início dos tempos!

Mais informações:[email protected] [email protected]

Um abraço e até a próxima edição!

Próxima Edição:• O QUE ACONTECERÁ EM 2011?• O CALENDÁRIO MAIA E A SUA INTUIÇÃO• PARA ONDE IREMOS?

marcos Grabowski

[email protected]

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a Etiqueta e o Cotidiano

Etiqueta

Fabio arrudawww.fabioarruda.com.br

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ornar mais fácil e profícuo o relaciona-mento entre as pessoas independente de classe sócio-cultural ou financeira. Esta

é a definição sobre Etiqueta dada atualmente por alguns sociólogos e estudiosos do comportamento humano. E acreditem, é a mais pura verdade.

O início desta definição de códigos de compor-tamento estabelecidos é bem antigo. Livros por-tugueses dos Séculos XV e XVI guardam relatos de algumas normas tais como: “Lavar a roupa( íntima) branca uma vez ao mês” ou”Ter sempre um grande tapete no chão da sala para esquentar os pés das visitas”. O real patrono da Etiqueta como a conhe-cemos foi Luís XIV - o Rei Sol - que decidiu no no Século XVII construir a casa mais fabulosa que já fora vista, o palácio de Versailles. Movido por sua vaidade exagerada queria que os demais confir-massem sua afirmação de ser a França o reino mais elegante do mundo.

Vamos entender que quase cinco séculos se passaram e lavar a roupa íntima a cada trinta dias é algo absurdo para os padrões de higiene atuais, mas pensar num tapete como objeto de conforto para quem nos visita, continua sendo uma idéia muito gentil. Os motivos do Rei Sol podem não ter sido os mais nobres, mas desencadearam um enorme avanço nas relações humanas. Quando quis receber outros reis e seus nobres se deparou com um problema que existe até hoje: os vícios de comportamento. As pessoas de sua côrte sempre conviveram entre si e a falta de diferentes padrões ou culturas gerou acomodação, um passo para o descaso e relaxo total. Algumas regras foram esta-belecidas e colocadas num pedaço de papel - “es-tiquette” no francês arcaico,” etiquette” hoje em dia - que foi colocado estratégicamente ao lado dos nobres franceses para que se comportassem de maneira semelhante à mesa e se destacassem pela uniformidade.

Dada a introdução histórica, analisemos o uso destes códigos e os resultados e benefícios adquiridos.O comportamento baseado em regras básicas faz com que possamos conviver com as mais variadas pessoas e inteirar-se de peculiaridades de diferentes culturas e costumes nos permite transi-tar pelo mundo, sem fronteiras.

Cumprimentar as pessoas, mesmo que com um

leve assentir de cabeça e retribuir um sorriso recebi-do é o básico para uma boa convivência. É fato que vai longe o tempo em que todos os homens usavam chapéu e a menção de tocar a aba e mover o rosto para baixo era o cumprimento usual. Já as mulheres não deveriam olhar diretamente nos olhos dos ho-mens e mãos nuas, sem luvas, beiravam a indecên-cia. A chamada evolução trouxe novos costumes e um problema: Como lidar com os “beijinhos”? Dizem ser um costume latino, mas não é exatamente as-sim, já que no México e em diversos outros recantos da América Latina não se beija tanto e tão informal-mente quanto aqui. Já soube de alguns lugares do Brasil onde existe o hábito de cumprimentar alguém com 5 !!! beijos. Se “Um é olá, dois para casar e três para não morar com a sogra” imagino o que os dois beijos seguintes podem significar....

O que vale como regra é o bom-senso e base-ando-se nele, digo que um beijo é mais do que su-ficiente. Mas aí rapazes, pode morar o perigo; no ambiente profissional este simples ato de saudação pode implicar numa denúncia por assédio sexual. Complicado não?

O aperto de mãos - firme, decidido, mas não es-magador - é a prática mais correta no trabalho e a mais comum entre homens. Lembrando que amigos podem perfeitamente trocar um abraço e o beijo entre familiares não é mais exagero dos italianos, apesar do “selinho” trocado pelos russos continuar sendo muito estranho para nós. Homens se levan-tam para cumprimentar mulheres e para todos os demais. O “tapinha” nas costas é muito comum e bastante irritante. São tantos detalhes...

A idéia é demonstrar nos mais variados assun-tos que a Etiqueta existe e quando seguida aumen-ta as conquistas em todos os setores. Definições como “ brucutu”, “primata”,” homem das cavernas” ou “ dandy”,”yuppie “preppie”, estão um pouco de lado, já que o assunto atual é definir se o homem se enquadra em “metro” ou ¨übersexual. Todo enqua-dramento muito restrito a rótulos é impreciso, pre-conceituoso e bobo. No caminho do cavalheirismo e sem tropeçar na “frescura” vale abordar os mais variados assuntos.

Para encerrar, falar sobre a maneira correta de se despedir seria interessante, mas... isso abre um novo assunto, para outra oportunidade.

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música sempre fez e sempre fará parte de nós. Ela cresceu junto conosco durante os anos e encontrou uma maneira de nos

conectar uns aos outros. Os povos podem usar a música como uma saída emocional ou como uma forma de se expressar. A música ajuda a mudar os ânimos, ajuda a limpar a casa com alegria, muda seus modos e atitudes, ajudar a se exercitar, tra-balhar, e até dançar.

Eu mesmo quando escuto certas músicas, re-torno em mente para um lugar especial, ou a uma lembrança inesquecível. Faz tempo que a música mudou a minha vida.

Há muitos estilos diferentes de música tais como Blues, Clássica, Country, Dance, Folk, Jazz, Ópera, Pop, Reggae, R&B, Rock, Hip Hop, Funk, MPB, Bossa Nova, Samba e outros.

Nessa minha primeira participação para a re-vista, escolhi falar um pouco de um estilo que eu mais me identifico, primeiro por ter vivido a época dele, e segundo, por estar envolvido diretamente com uma banda que se apresenta tocando Rock and Roll, mais precisamente rock clássico.........Vamos lá !

Albert James Freed nasceu em Johnstown, Pensilvânia, EUA, dia 15 de dezembro, de 1921. Foi um dos radialistas mais conhecidos e ficou co-nhecido como o “Rei do Rock and Roll,” já que in-ventou o termo ao transmitir um programa de rá-dio, em 1951. Freed trabalhou em muitas estações de rádio durante a sua carreira, algumas delas na

rock and roll... por favor?

a Pensilvânia, como a WKST em New Castle, onde or-ganizou o primeiro concerto de Rock and Roll da história, “The Moondog Coronation Ball”. Freed ajudou vários artistas a começarem suas carreiras no Rock and Roll.

A primeira banda a ser classificada como ban-da de Rock and Roll foi a “Bill Haley and The Co-mets”, o ano foi 1952. Em 1953 a banda gravou “Crazy man Crazy” que vendeu cerca de 70.000 cópias de singles, mas foi em 1954 que foi gravado “Rock Around The Clock” tornando-se um tipo de hino nacional para a adolescência da época, e daí para a frente o Rock and Roll se tornou um estilo de vida para a maioria da juventude.

À partir daí apareceram centenas, senão mi-lhares de artistas nos anos 50, cada um com um estilo próprio e mais original do que o último. Alguns exemplos são: Fats Domino, Buddy Holly, Jerry Lee Lewis, The Everly Brothers, Roy Orbison, Eddie Cochran, Chuck Berry, Little Richard, Carl Perkins, Ray Charles, e um garoto motorista de pick up que respondia pelo nome de Elvis Presley.

Nos anos 60, apareceram bandas e artistas usando instrumentos tradicionais de forma não ortodoxa abrindo caminhos nunca antes percor-ridos, gravando melodias e harmonias que iriam revolucionar o mundo da música para sempre. Alguns artistas e bandas que marcaram época eram: The Mamas and the Papas, The Who, Jimi Hendrix, The Doors, James Brown,The Byrds, Bob Dylan, The Kinks, The Animals, Janis Joplin, The

música

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Joe robertsCanadense, vocalista da banda

Joe Roberts and Friendswww.joerobertsbanda.com

Rolling Stones, e quatro garotos de Liverpool que mudariam a história da música para sempre, The Beatles.

Nos anos 70, apareceram grandes nomes no cenário do Rock and Roll. Nessa mesma década o mundo da música tomou um susto com a crítica que era formada por filhos da geração de roquei-ros dos anos 50 e 60. Estes afirmavam que a era “Disco” havia chegado para acabar definitivamen-te com o Rock and Roll, considerado desde os anos 50 como um estilo de música satânico. Ainda bem que grandes nomes da música Rock and Roll não levaram a sério o que era considerado como pro-fecia fajuta pela imprensa internacional. Alguns dos grandes nomes dos anos 70 são: Led Zeppelin, Pink Floyd, The Eagles, Black Sabbath, Kiss, ACDC, America, Aerosmith, Deep Purple, Santana, Yes, Sex Pistols, Rush, Creedence Clearwater Revival e Queen.

Os anos 80 nos trouxeram um estilo completa-mente diferente das últimas três décadas de Rock and Roll, com arranjos, efeitos sonoros, visuais e produções gigantescas pertencentes a bandas como: Michael Jackson, Prince, U2, The Poli-ce, Guns and Roses, Iron Maiden, Metallica, Dire Straits, ZZ Top, Men at Work, Scorpions, e Van Ha-len entre outros.

Nesses últimos 50 anos, a música Rock and Roll passou por algumas mudanças radicais. Os esti-los, os sons, os gêneros e a tecnologia avançaram muito. A mudança mais visível e provavelmente a mais negativa foi o desaparecimento “das Super Bandas”. Nos anos 50, 60 e 70, bandas como The Beatles, The Rolling Stones, Led Zeppelin e Pink Floyd, redefiniram a indústria da música. Essas bandas tiveram carreiras longas porque as grava-doras acreditavam no desenvolvimento do artista. Hoje em dia as gravadoras proporcionam apenas uma chance aos novos músicos, pois querem o su-cesso imediato.

A música Rock and Roll nunca mais será igual, na realidade sabemos que modismo vai e vem, de-saparece e de repente reaparece de novo, camu-flada de outra forma. Talvez nunca teremos outro Pink Floyd ou muito menos outros Beatles, mas de uma coisa tenho certeza, venha o que vier, o bom e velho Rock and Roll estará conosco para sempre.

Sucesso!Joe Roberts

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reflexão

oa parte das travas em relação a vida são fruto de um tempo onde a informação não era tão esclarecedora como atualmente, porém são raízes acomodadas em nosso íntimo, as quais vivem

nos lembrando até onde podemos ir e quais são os limites de nossas atitudes.

Conheço muita gente que ainda tem medo de leite com manga; muita gente que ainda desvira chinelo quando está de sola para cima e muita gente que acredita que o difícil vem antes do fácil.

Somos seres construídos por nossas escolhas, portanto é hora de fazer escolhas que estejam afinadas com nosso jeito de ser; nosso jeito de agir; nosso jeito de pensar e nosso jeito de levar a vida.

Descubra suas Crenças Limitadoras, na verdade você sabe quais são, elas estão diante de sua vida a todo mo-mento e não permitem que suas realizações se tornem concretas, porém seu medo de livrar-se delas é maior do que o de conviver com elas.

Para vencer o medo não é necessário paralisar-se diante dele, para vencer o medo, precisamos seguir en-frente apesar dele. Pessoas com Crenças Limitadoras realizam pouco, porque possuem pouca habilidade de buscar resultados, nunca vão além, vão sempre até ali.

Quando tiver de decidir entre ficar onde está e se-guir a frente, decida ir a frente, onde se está, já é um lugar conhecido, nosso melhor pode estar no desco-nhecido e as Crenças Limitadoras se alimentam justa-mente de nossa acomodação e fuga de onde realmente nossas oportunidades nos aguardam. Elas fornecem uma

falsa sensação de segurança, de que tudo está bem e vai continu-ar bem, no entanto estão fazendo a cada momento uma prisão que seduz o comportamento das pessoas com esperan-ça de liberdade, uma liberdade que nunca virá se não for conquistada com coragem.

livre-se das Crenças limitadorasB

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Cesar romão Escritor e consultor organizacionalwww.cesarromao.com.br

o pensadorAuguste Rodinescultura em mármore

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