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Defender bens e direitos sociais, coletivos e difusos relativos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural, aos direitos humanos e dos povos. Nossa missão

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Defender bens e direitos

sociais, coletivos e

difusos relativos ao meio

ambiente, ao patrimônio

cultural, aos direitos

humanos e dos povos.

Nossa missão

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Onde atuamos

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ENTREMUNDOS - Povos e Comunidades Tradicionais no Brasil

Conflitos socioambientais e mobilização social

conflitos socioambientais: contribuir para a compreensão crítica dos principais embates atuais entre os modos de vida de

populações tradicionais e projetos de desenvolvimento privados e públicos, bem como a relação entre o modelo de vivência e de produção dessas comunidades e sistemas de proteção ambiental

mobilização social: evidenciar as formas de organização comunitária e da sociedade civil para o enfrentamento e

resolução de conflitos socioambientais e no âmbito da busca de efetivação e proteção dos direitos e bens de grupos tradicionais.

Avanços são resultados de lutas com perdas e ganhos – processo em construção

Século 21 – século da sociobiodiversidade – reconhecimento do patrimônio social e ambiental

Alguns fatos recentes que marcaram este processo – conflito de modelo de desenvolvimento

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1970 – Auge da ditadura Militar – Surgem manifestações de alerta por parte de cientistas, políticos e outras lideranças da sociedade civil sobre os impactos do Plano de integração Nacional, lançado pelo Governo militar em 1970, o qual incluía a construção de grandes obras de infra-estrutura na Amazônia, como estradas e hidrelétricas

1974 – Fechamento da fábrica de celulose Borregaard, na grande porto Alegre (RS) após campanha de José Lutzemberger e ONGs como a Agapan à frente, marca a primeira vitória do movimento ecológico gaúcho 1975 – O estudante universitário Carlos Dayrel passa horas em cima da árvore que seria cortada pela prefeitura de porto alegre (RS) para a construção de um viaduto. Os protestos dos ecologistas ganharam ampla cobertura da imprensa, amordaçada pela censura militar

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1972 – A primeira usina nuclear do País é implantada em Angra dos Reis (RJ), gerando protestos contra este tipo de geração de energia. Apesar disso, em 1975, veio Angra II e o projeto de construir a terceira está em andamento 1973 a 1976 – A expedição de atração dos índios Panará, que viviam na região cortada pela rodovia Cuibá-Santarém, causa grande repercussão na mídia nacional e internacional. Logo após o contato, abandonados, foram praticamente exterminados e seus remanescentes transferidos para o Parque do Xingu 1975 – Começam as obras de construção da usina hidrelétrica de Itaipu (PR), que gerou uma infinidade de protestos quando a barragem alagou os saltos das Setes Quedas, patrimônio natural da região. 

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1976 – José Lutzemberger lança o Manifesto ecológico brasileiro: fim do futuro?, crítica severa aos problemas ecológicos causados pelas atividades agropecuárias. 1976 – Os seringueiros do Acre, em resposta à especulação fundiária na Amazônia e conseqüente “limpa” da mata por queimadas, iniciam uma forma de resistência, chamada de “empates”, ações coletivas que, pacificamente, impediam a ação dos peões encarregados da derrubada da mata. 1978 – Criada a Comissão Pró-Yanomami (CCPY), que continua ativa – hoje como um programa no ISA – na defesa dos direitos territoriais, culturais e civis dos Yanomami 1979 – Primeira assembléia indígena do Brasil e fundação da União das Nações Indígenas (UNI), marcando e emergência do movimento indígena. 1979 – Expulsão de colonos da Terra Indígena de Nonoai (RS) – onde viviam cerca de 1500 índios Kaigang -, marco de conflitos agrários entre índios e sem-terra.

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1984 – Em Cubatão (SP), duas explosões e o incêndio causado por vazamento de gás causaram a morte de 150 pessoas, em Vila Socó 1985 – O Banco Mundial pela primeira vez suspende um empréstimo para financiar a pavimentação da BR-364 (Cuiabá-porto Velho) pelo não cumprimento das condições ambientais e sociais, sob pressão de campanha internacional de organizações da sociedade civil. 1986 – Criada a Estação Ecológica de Juréia-Itatins, no litoral sul de São Paulo, após um longo processo de mobilização da opinião pública e população local em favor de sua preservação  1988 – A partir da constatação de que a exploração e colonização da Amazônia no anos 1970, chamada de “década da destruição”, havia provocado brutal devastação ambiental, desencadeia-se uma polêmica internacional para discutir qual o papel da região no equilíbrio socioambiental do planeta.

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1984 – Fundação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST), em Cascavel (PR), resultado da intensificação dos conflitos entre trabalhadores sem-terra e fazendeiros a partir da década de 1980.

1985 – Aprovada a Lei da Ação Civil Pública, garantindo poderes à sociedade civil e ao Ministério Público para atuar em defesa do meio ambiente e do patrimônio histórico.

  1987 – Chico Mendes vai a Miami e Washington na reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para discutir os empréstimos para o trecho Porto Velho-Rio Branco da BR-364.

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1988 – Chico Mendes é assassinado no Acre. Desde a década de 1960, liderava a luta pela autonomia dos seringueiros e a proteção da floresta amazônica. 1988 – O massacre do índios Ticuna, no Igarapé da Boca do capacete (AM), gerou protestos dentro e fora do Brasil e direcionou a atenção para a necessidade de demarcação das terras indígenas no Alto Solimões.  1989 – I Encontro dos Povos do Xingu, em Altamira (PA), reuniu 650 pessoas, 250 índios entre elas, para mostrar seu descontentamento com a política de construção de hidrelétricas no Rio Xingu. A Eletronorte tem planos para construir um complexo de cinco hidrelétricas no Xingu 

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1988 – Promulgada a nova Constituição, marcada pela mobilização de diferentes grupos. Ambientalistas, movimentos populares e pelos direitos humanos, povos indígenas, quilombolas entre outros, e aliados, garantiram uma série de direitos coletivos e especiais, que configuraram a base para o socioambientalismo e o direito socioambiental como os entendemos hoje 1989 – Firmada a Aliança dos Povos da Floresta, que reuniu trabalhadores extrativistas e povos indígenas para a defesa conjunta da reforma agrária e das terras indígenas, a partir da participação conjunta de índios e seringueiros nas assembléias do Conselho Nacional dos Seringueiros, sediado no Acre, e da UNI.

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1989 – realizado o Primeiro Encontro Nacional de Trabalhadores Atingidos por Barragens, resultado de protestos e movimentos populares surgidos durante a construção das hidrelétricas de Sobradinho (Rio São Francisco, década de 1970), Itaipu (Paraná, 1978) e Tucurui (Amazônia, inicio dos anos 80)- No Vale do Ribeira é fundado o MOAB

1989 – Surge a Ação pela Cidadania como forma de defesa dos direitos inerentes à cidadania. Os dois principais focos desse grupo foram a impunidade de assassinos de seringueiros e trabalhadores rurais do Acre e a situação de ameaça de extinção cultural em que se encontravam os índios Yanomami (RR)

1990 – Criadas as primeiras reservas extrativistas – Chico Mendes e Alto Juruá, ambas no Acre 1990 – Demarcação da terra Indígena Yanomami, homologada em 1992. Foram anos de lutas lideradas pelo índio Davi Yanomami 1992 – Durante a Rio-92, diversos temas do direito ambiental e a noção de desenvolvimento sustentável foram debatidos e considerados prioridade internacional. Durante o encontro, foi elaborada a Agenda 21 e também criado o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o meio Ambiente e Desenvolvimento

1997 – Afirmado o direito à terra aos remanescentes de quilombos, foi criada a 1ª terra de quilombos.

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1993 – Massacre dos Yanomami em conflito com garimpeiros no Rio Taboca (alto Orinoco, na Venezuela) 1995 – Durante uma ordem de despejo numa fazenda ocupada por 500 famílias, em Rondônia, policiais militares executaram 10 trabalhadores rurais. O massacre de Curumbiara, com ficou conhecido, recebeu muitos protestos, inclusive de organizações internacionais. 1996 – Em oposição às ocupações do MST, seguem-se ações de reintegração de posse, como a que culminou na chacina de Eldorado de Carajás (PA). Foram assassinados 19 trabalhadores rurais, quando policiais militares abriram fogo contra 1.500 sem-terras em manifestação na rodovia PA-150. 

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2000 – A campanha virtual SOS Florestas pela manutenção do Código Florestal consegue a adesão de dez mil pessoas. 2003 – A senadora Marina Silva, ex-seringueira, assume o Ministério do meio Ambiente defendendo o conceito da transversalidade, que deveria nortear as ações do governo quanto à política ambiental.

2003 – Movimento “BR-163 Sustentável” obriga o governo federal a rever sua estratégia de ordenamento territorial em função dos impactos socioambientais previstos com o asfaltamento da rodovia Cuibá-Santarém.

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 2005 – a religiosa norte-americana Dorothy Stang, de 73 anos, é assassinada a tiros e, 12 de fevereiro, no município de Anapu, a 140 km de Altamira (PA) por defender direito a terra de famílias que vivem em situação de miséria na região. 2006 – Em fevereiro, após 14 anos de debates, foi aprovada a Lei da mata Atlântica, substituindo o Decreto 750/93.

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Período 2005 a 2009

Campanha contra a construção de barragens no Rio Ribeira de Iguape

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•Sobreposição de UCs em Territórios tradicionais

•Quilombo Bombas e PES Turístico Alto Ribeira

•Uso e Ocupação do Solo•Copoeirinha; Capoeira

•Pastagem•Roça

•Capoeirão, Mata

•Moradias

•Posto de Saúde

îG

•Igreja

•Quilombo Bombas•PETAR

•Limites

0 15.000 30.000 m¯

•Instituto Socioambiental, 2010

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Manejo de roças Manejo da flora – juçara, sementes, madeira, ervas, cipó... Conflitos com fazendeiros, veranistas, especulação imobiliária e projetos de infra-estrutura Indefinição sobre o Decreto 4887/03 que regulamenta a demarcação dos territórios quilombolas Falta de legislação que garanta direitos territoriais para outros grupos tradicionais Escolas inadequadas que destroem as formas culturais tradicionaisFalta de alternativas de geração de renda complementar O desafio da sustentabilidade das comunidades e de seus territórios – melhoria da qualidade de vida e conservação ambiental.

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Territórios quilombolas do Vale do Ribeira – Corredor Socioambiental

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Equilíbrio socioambiental.Pense bem antes de mexer.

www.socioambiental.org