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DEFOE E ROBINSON CRUSOE. Daniel Defoe escreveu Robinson Crusoe, sua primeira novela, aos 59 anos. Homem individualista, pragmático, cheio de recursos e com um relacionamento direto com Deus, caraterística de sua religião puritana. Jornalista, comerciante, espião. Sua vida foi bastante azarosa e foi em seus últimos anos quando, em grande parte, por razões econômicas, decidiu escrever obras de ficção. Escreveu várias novelas, das que cabe destacar, Moll Flanders, além de Robinson Crusoe. Robinson Crusoe é a primeira novela. Seu protagonista é um inglês médio e o tema, sua sobrevivência física e espiritual em uma ilha deserta. Pela primeira vez o homem médio converte-se no centro de atenção e em suas aventuras não existe nenhum elemento irreal ou fantástico. Os problemas que se lhe propõem a Robinson na ilha são os normais da sobrevivência de qualquer ser humano. A sociedade que organiza Robinson na ilha não difere muito da de seu país, inclusive, lha tem visto como um dos primeiros exemplos literários do espírito colonialista inglês. Considerou-se que Robinson Crusoe representa ao “homo-economicus” bem como ao individualismo puritano. Na obra de Defoe, o motivo econômico é o que prevalece sobre todos os demais. Robinson empreende esta viagem por este motivo, o que vai reger todos seus actuares. Boa prova disso é que constantemente está fazendo inventário de seus bens. Robinson representa a mentalidade capitalista e, inclusive,utilitaria, como pode ser observado em sua proceder ao longo de suas viagens. Robinson na ilha é o epítome do individualismo, é capaz de sobreviver completamente só e sua organização sócio- econômica está na base do capitalismo individualista. Creia na ilha deserta um substituto de propriedade privada, guarda seus bens e seus viandas estão cercadas, delimitando sua propriedade. Uma vez que se estabeleceu, se inicia o processo de colonização com o aparecimento de Friday. James Joyce, escritor modernista, afirma que Friday simboliza as raças submetidas. Também se volta para as sagradas escrituras em uma tentativa de encontrar, não só consolo, senão um sentido a sua situação. Seu relacionamento com Deus é direta, representa o espírito puritano; no entanto, seu sentimento religioso não parece influir muito em suas decisões práticas. Robinson Crusoe pode ser interpretado como uma viagem alegórico, como uma autobiografía alegórica de sua própria vida. O esquema é o seguinte: a) Rebelião: Robinson desobedece a seu pai e empreende a viagem. b) Castigo: A ilha deserta. c) Arrepentimiento: Na ilha deserta. d) Libertação: Robinson é resgatado. Virgínia Woolf mantém que Robinson não é um viajante imaginativo e que nesta obra tanto Deus como o ser humano e a natureza estão

DEFOE e Robson

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DEFOE E ROBINSON CRUSOE.Daniel Defoe escreveu Robinson Crusoe, sua primeira novela, aos 59 anos. Homem individualista, pragmtico, cheio de recursos e com um relacionamento direto com Deus, caraterstica de sua religio puritana. Jornalista, comerciante, espio. Sua vida foi bastante azarosa e foi em seus ltimos anos uando, em grande parte, por ra!"esecon#micas, decidiu escrever obras de fic$o. %screveu v&rias novelas, das ue cabe destacar, Moll Flanders, al'm de Robinson Crusoe.Robinson Crusoe ' a primeira novela. Seu protagonista ' um ingl(s m'dio e o tema, sua sobreviv(ncia fsica e espiritual em uma ilha deserta. )ela primeira ve! o homem m'dio converte*se no centro de aten$o e em suas aventuras no e+iste nenhum elemento irreal ou fant&stico. ,s problemas ue se lhe prop"em a Robinson na ilha so os normais da sobreviv(ncia de ualuer ser humano.- sociedade ue organi!a Robinson na ilha no difere muito da de seu pas, inclusive, lha tem visto como um dos primeiros e+emplos liter&rios do esprito colonialista ingl(s..onsiderou*se ue Robinson Crusoe representa ao /homo*economicus0 bem como ao individualismo puritano. 1a obra de Defoe, o motivo econ#mico ' o ue prevalece sobre todos os demais. Robinson empreende esta viagem por este motivo, o ue vai reger todos seus actuares. 2oa prova disso ' ue constantemente est& fa!endo invent&rio de seus bens. Robinson representa a mentalidade capitalista e, inclusive,utilitaria, como pode ser observado em sua proceder ao longo de suas viagens.Robinson na ilha ' o eptome do individualismo, ' capa! de sobreviver completamente s3 e sua organi!a$o s3cio* econ#mica est& na base do capitalismo individualista. .reia na ilha deserta um substituto de propriedade privada, guarda seus bens e seus viandas esto cercadas, delimitando sua propriedade.4ma ve! ue se estabeleceu, se inicia o processo de coloni!a$o com o aparecimento de Friday. James Joyce, escritor modernista, afirma ue Friday simboli!a as ra$as submetidas.5amb'm se volta para as sagradas escrituras em uma tentativa de encontrar, no s3 consolo, seno um sentido a sua situa$o. Seu relacionamento com Deus ' direta, representa o esprito puritano6 no entanto, seu sentimento religioso no parece influir muito em suas decis"es pr&ticas.Robinson Crusoe pode ser interpretado como uma viagem alegrico, como uma autobiografa alegrica de sua pr3pria vida. , esuema ' o seguinte7a8 9ebelio7 Robinson desobedece a seu pai e empreende a viagem.b8 .astigo7 - ilha deserta.c8 Arrepentimiento7 1a ilha deserta.d8 :iberta$o7 Robinson ' resgatado.;irgnia Woolf mant'm ue Robinson no ' um via