31
Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS.

Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Dengue, Chikungunya e DEI/Zika

Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo LivaResp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS.

Page 2: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Arbovírus e arbovirosesArbovírus são vírus que podem ser transmitidos ao homem por

vetores artrópodos.

Os arbovírus pertencem a três famílias:

1- Togaviridae: Chikungunya, Encefalites equinas (Leste, Oeste, Venezuelana)

2- Bunyaviridae: Febre da Sandfly (mosquito pólvora), Febre do Vale Rift, Febre hemorrágica da Criméia-Congo

3- Flaviviridae: Febre amarela, Dengue, Zika

Page 3: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Ciclos de Transmissão

Homem - artrópodo - homem

Dengue, Chikungunya, Zika, Febre amarela urbana. Reservatório pode ser ou o homem ou o vetor artrópodo. Pode haver transmissão transovariana.

Animal - artrópodo - homem

Encefalites equinas Leste e Oeste, Febre amarela. O reservatório é um animal. O vírus é mantido na natureza em um ciclo de transmissão.

Envolvendo o vetor artópodo e um animal. O homem se infecta incidentalmente.

Page 4: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Homem-Artrópodo- Homem

Page 5: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Exemplos de vetores artrópodos

Page 6: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Vírus da Dengue

Família Flaviviridae, Gênero Flavivirus

Causa Dengue clássico (DC) e febre hemorrágica do Dengue (FHD)

É um arbovírus (transmitidos por mosquitos)

Possui 4 sorotipos distintos (DENV-1, 2, 3, 4)

Page 7: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Vírus da Dengue

Cada sorotipo confere imunidade sorotipo específica permanente e contra outros sorotipos, por curto período.

Todos os sorotipos podem causar doença grave e fatal.

Alguns genótipos parecem ser mais virulentos e com maior

potencial epidêmico.

Novas infecções com outro sorotipo, entre 3 -15 meses após a

primeira infecção podem levar ao dengue hemorrágico por

desencadeamento de processo de hipersensibilidade.

Page 8: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Aedes aegypti

O vírus Dengue é transmitido por fêmeas do mosquito infectado

Principalmente se alimenta durante o dia

Possui hábitos domésticos

Coloca os ovos e gera larvas preferencialmente em recipientes artificiais.

Page 9: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Dengue clínica e epidemiologiaVetores conhecidos: Ae. Aegypti e Ae. Albopictus

Reservatórios: humanos.

Modo de transmissão:se faz pela picada dos mosquitos Aedes aegypti. Após um repasto de sangue infectado, o mosquito está apto a transmitir o vírus depois de 8 a 12 dias de incubação extrínseca. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com pessoa sadia, nem por intermédio de água ou alimento.

Período de incubação: Varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias.

Suscetibilidade e imunidade: A susceptibilidade ao vírus da dengue é universal. A imunidade é permanente para um mesmo sorotipo (homóloga). Entretanto, a imunidade cruzada (heteróloga) existe temporariamente.

Page 10: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Suscetibilidade a FHDA susceptibilidade, em relação à FHD, não está totalmente esclarecida. Três teorias

mais conhecidas tentam explicar sua ocorrência:

1. teoria de Rosen – relaciona o aparecimento de FHD à virulência da cepa infectante (cepas extremamente virulentas)

2. teoria de Halstead – relaciona a FHD com infecções seqüenciais por diferentes sorotipos do vírus da dengue, após um período de 3 meses a 5 anos.( resposta imunológica exacerbada)

3. teoria integral de multicausalidade – segundo a qual se aliam vários fatores de risco às teorias de infecções seqüenciais e de virulência da cepa. A interação fatores de risco promoveria condições para a ocorrência da FHD:

fatores individuais – menores de 15 anos e lactentes, adultos do sexo feminino, raça branca, bom estado nutricional, presença de enfermidades crônicas (diabetes, asma brônquica, anemia falciforme), preexistência de anticorpos, intensidade da resposta imune anterior;

fatores virais – sorotipos circulantes e virulência das cepas;

fatores epidemiológicos – existência de população susceptível, circulação simultânea de dois ou mais sorotipos, presença de vetor efi ciente, alta densidade vetorial, intervalo de tempo calculado entre 3 meses e 5 anos entre duas infecções por sorotipos diferentes, seqüência das infecções (DEN-2 secundário aos outros sorotipos), ampla circulação do vírus.

Page 11: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Dengue Clássica Febre alta com início súbito.

Forte dor de cabeça.

Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos.

Perda do paladar e apetite.

Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores.

Náuseas e vômitos·

Tonturas.

Extremo cansaço.

Moleza e dor no corpo.

Dores musculares e articulares.

Page 12: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Dengue hemorrágicaOs sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da

dengue comum. A diferença ocorre quando a febre cessa e começam a surgir os sinais de alerta:

● Dores abdominais fortes e contínuas.● Vômitos persistentes.● Pele pálida, fria e úmida.● Sangramento pelo nariz, boca e gengivas.● Manchas vermelhas na pele.● Sonolência, agitação e confusão mental.● Sede excessiva e boca seca.● Pulso rápido e fraco.● Dificuldade respiratória.● Perda de consciência.

Page 13: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Febre Hemorrágica do Dengue (FHD)

O paciente deverá apresentar os seguintes critérios:

Febre ou história recente de febre de até 7 dias

Trombocitopenia: plaquetas ≤100,000/mm3

Manifestações hemorrágicas

Evidências de permeabilidade vascular

Confirmação laboratorial durante períodos epidêmicos ou inter epidêmicos.

AB

PEI = A/B x 100

Efusão pleural

Page 14: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Síndrome do Choque da Dengue

Choque: ocorre entre o 3º e 7º dia doença, precedido por um ou mais sinais de alerta.

Decorrente do aumento da permeabilidade

vascular seguido de hemoconcentração e

falência circulatória.

É de curta duração e pode levar ao óbito em 12 a

24 horas ou à recuperação rápida após terapia

anti choque apropriada.

Page 15: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Tratamento da DengueBasicamente o tratamento da Dengue é

sintomático. Isto é, o paciente deve receber analgésico/antitérmico para controle da dor e da hipertermia.

Mas o tratamento que salva a vida dos doentes é a HIDRATAÇÃO. Na maioria dos casos a hidratação oral é suficiente para estabilizar o paciente e evitar casos graves.

Page 16: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Hidratação oralCrianças: oferecer soro oral de forma precoce e abundante, 50 ml/kg/dia (1/3 das necessidades basais, complementando-se o restante com água,

suco de fruta, leite, chá, água de coco, sopa, leite materno)*.

10 Kg - Volume: 500 ml Soro oral 1/2: 200 ml Líquido 2/3: 300 ml

15 Kg - Volume: 750 ml Soro oral 1/2: 250 ml Líquido 2/3: 500 ml

20 Kg - Volume: 1000 ml Soro oral 1/2: 350 ml Líquido 2/3: 650 ml

25 Kg - Volume: 1250 ml Soro oral 1/2: 450 ml Líquido 2/3: 800 ml

30 Kg - Volume: 1500 ml Soro oral 1/2: 500 ml Líquido 2/3: 1000 ml

35 Kg - Volume: 1750 ml Soro oral 1/2: 600 ml Líquido 2/3: 1150 ml

40 Kg - Volume: 2000 ml Soro oral 1/2: 700 ml Líquido 2/3: 1300 ml

45 Kg - Volume: 2250 ml Soro oral 1/2: 750 ml Líquido 2/3: 1500 ml

Adulto: 60 a 80 ml/kg/dia (1/3 do volume em soro oral e para os 2/3 restantes, complementar com água, suco de frutas, leite, chá, água de coco, sopa)*.

50 Kg - Volume: 3000-4000 ml Soro oral 1/3: 1000-1200 ml Líquido 2/3: 2000-2800 ml

55 Kg - Volume: 3300-4400 ml Soro oral 1/3: 1100-1500 ml Líquido 2/3: 2200-2900 ml

60 Kg - Volume: 3600-4800 ml Soro oral 1/3: 1200-1600 ml Líquido 2/3: 2400-3200 ml

65 Kg - Volume: 3900-5200 ml Soro oral 1/3: 1300-1800 ml Líquido 2/3: 2600-3400 ml

70 Kg - Volume: 4200-5600 ml Soro oral 1/3: 1400-1900 ml Líquido 2/3: 2800-3700 ml

75 Kg - Volume: 4500-6000 ml Soro oral 1/3: 1500-2000 ml Líquido 2/3: 3000-4000 ml

80 Kg - Volume: 4800-6400 ml Soro oral 1/3: 1600-2200 ml Líquido 2/3: 3200-4200 ml

85 Kg - Volume: 5100-6800 ml Soro oral 1/3: 1700-2300 ml Líquido 2/3: 3400-4500 ml

90 Kg - Volume: 5400-7200 ml Soro oral 1/3: 1800-2400 ml Líquido 2/3: 3600-4800 ml

95 Kg - Volume: 5700-7600 ml Soro oral 1/3: 1900-2600 ml Líquido 2/3: 3800-5000 ml

100 Kg - Volume: 6000-8000 ml Soro oral 1/3: 2000-2700 ml Líquido 2/3: 4000-5300 ml

Fonte*: Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue – MS – Brasília/DF – 2009.

Page 17: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Zika

CASOS DE ZIKA NO BRASIL EM 2014 CASOS DE ZIKA NO BRASIL EM 2015

Page 18: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Zika clínica e epidemiologiaVetores conhecidos: Aedes aegypti (vetor no Brasil), Aedes

africanus, Aedes apicoargenteus, Aedes furcifer, Aedes luteocephalus e Aedes vitattus.

Reservatórios: humanos e macacos.

Modo de transmissão: se faz pela picada do aedes aegypti, que após sugar o sangue de um doente, está apto a para transmitir a doença a outro indivíduo após 10 aproximadamente.

Período de incubação: Varia de 8 a 12 dias.

Suscetibilidade e imunidade: A susceptibilidade ao vírus é universal.Com relação a imunidade ela parece ser duradoura/permanente, mas ainda faltam estudos sobre estes aspectos.

Page 19: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Sintomas ZikaSegundo a literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não

desenvolvem manifestações clínicas, porém quando presentes são caracterizadas por :

Exantema maculopapular pruriginoso,

Hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido

Artralgia,

Mialgia

Cefaléia

Edema em articulações

Febre

Prostração

Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a artralgia pode persistir por aproximadamente um mês.

Page 20: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Risco da infecção pelo ZikV

Estudos tem relacionado casos de microcefalia em RNs de gestantes com infecção pelo Zika Vírus.

A Síndrome de Guillain Barré tem várias causas, a relação com o Zika não está esclarecida.

Page 21: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Tratamento ZikaAssim como a Dengue o tratamento é

sintomático. Na maioria dos casos o médico prescreve medicações para a dor e o prurido causado pelo exantema.

Page 22: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Chikungunya Seu nome significa “andar encurvado”.

Page 23: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Chikunguya clínica e epidemiologia

Vetores conhecidos: Ae. Aegypti e Ae. Albopictus

Reservatórios: humanos são a principal fonte de infecção. Durante surtos e epidemias. Mas são reservatórios outros vertebrados como primatas não humanos, roedores, pássaros e outros pequenos mamíferos, em períodos inter epidêmicos.

Transmissão: Picada do Ae. Aegypti e Ae Albopictus

Período de incubação: Intrínseco de 1-12 dias; extrínseco de 10 dias em média.

Suscetibilidade e imunidade: universal e duradoura.

Page 24: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Chikungunya - sintomasA febre tem início súbito, é alta, pode haver um pico único ou

ser bifásica. O paciente se recorda da hora do início da febre.

Poliartralgia intensa: É a principal característica de infecção por este vírus,é um sintoma debilitante;usualmente simétrica e compromete mais de uma articulação;

O edema é comum, mas não há outros sinais de inflamação, pode persistir por meses ou anos;

Mialgia

Cefaléia

Exantema máculopapular que dura de 2 a 3 dias. Pode ocorrer lesões tipo aftas, vesicobolhosas, descamação e vasculite.

Náuseas, vômitos, diarréia.

Page 25: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Fase crônica ChikungunyaSintomas persistem após 3 meses;Artralgia inflamatória nas mesmas

articulações afetadas durante a fase aguda;

Pode desenvolver artropatia / artrite (artrite reumatóide);

Fatiga;Depressão;

Page 26: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Quadro comparativo exantemáticas

Page 27: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Exames para diagnósticoDengue:

Fase aguda – até 3º, 4º dia de início dos sintomas. - NS1.

Apartir do 6º dia – sorologia para Dengue.

Existem exames utilizados pela Vigilância Epidemiológica em casos especiais como isolamento viral, PCR.

Zika:

NS1 – para descarte da Dengue e encaminhamento para PCR. (atualmente só para gestantes e casos triados pela VE/SES, em conjunto VE Municipal)

Sorologia: ainda não disponível, mas algumas amostras estão sendo guardadas para quando o exame estiver disponível.

Chikungunya:

NS1 – para descarte da Dengue e encaminhamento PCR.

Apartir do 6º – sorologia para Chikungunya.

Page 28: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Vacina contra a Dengue

A que está autorizada pela ANVISA - produzida por um importante laboratório francês, o Sanofi Pasteur. O nome da vacina é Dengvaxia.

Quem pode e quem não pode tomar esta vacina?A vacina está indicada para pessoas entre 9 e 45 anos de idade. Fora desta faixa etária, os estudos demonstram que sua eficácia é baixa e, portanto, não está indicada. Está contraindicada em gestantes e em pessoas com a imunidade comprometida.

Esta vacina garante uma boa proteção contra a dengue?Este é um dos problemas, ela tem uma eficácia que não é considerada muito alta. Garante aproximadamente 65,6% de proteção geral. Para se ter uma ideia, a vacina da febre amarela garante 90% de proteção e a do sarampo garante 98%. A vacina protege contra os quatro. Só que contra o sorotipo 2, tem uma eficácia ainda mais baixa: de apenas 47,1%.

Então vale a pena tomar?Segundo o laboratório Sanofi, os estudos indicaram que a vacina tem a capacidade de proteger contra os casos mais graves de dengue. Por isso vale a pena. Vamos entender. Quem já teve dengue uma vez, pode pegar de novo. Por que? Porque há os 4 sorotipos do vírus. Quem já pegou dengue pelo número 1, por exemplo, ainda está vulnerável aos de número 2,3 ou 4. Ela tem a capacidade de proteger as pessoas que já tiveram dengue das formas mais graves desta doença, que geralmente cursam com alta mortalidade.

Quantas doses são?No total são 3 doses, com intervalo de 6 meses entre cada uma. Isso significa que a proteção total só se conquista depois de aproximadamente 1 ano. Mas importante saber que depois da primeira dose um certo nível de proteção já se inicia.A vacina está indicada apenas para pessoas de 9 a 45 anos.

A vacina será distribuída gratuitamente pelo SUS? As autoridades estão discutindo o custo e o benefício de incluir a vacina no calendário nacional de imunização e de fazermos campanhas de vacina em massa, se for o caso. Não é uma decisão fácil, pois a vacina é cara: cerca de R$ 80,00 a dose.

Esta é a única vacina que existe no mundo contra a dengue?Não. Aqui no Brasil o Instituto Butantan está desenvolvendo uma outra vacina e já está em fase final de estudo. Vamos aguardar para entender sua eficácia e custo.

Page 29: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

O Instituto Butantan, em São Paulo, está estudando uma vacina e um soro contra o vírus Zika, foi assinado um repasse de R$ 100 milhões do Ministério da Saúde para o instituto, para ajudar na fase de testes.

O secretário disse que dois tipos de vacina contra o vírus Zika estão sendo estudados. O primeiro deles consistiria em transformar a vacina tetravalente contra a dengue, em uma vacina pentavalente, incluindo o vírus Zika. O segundo seria uma vacina específica ou isolada contra a doença

Última etapa da pesquisa, que teve início hoje em São Paulo, servirá para comprovar a eficácia da vacina.

A fase 2 envolveu 300 voluntários aqui de São Paulo e mostrou uma efetividade superior a 80%, ou seja, ela conferiu proteção, através de anticorpos, contra os quatro sorotipos acima de 80%. A fase 3 é a mesma coisa que a fase 2, só que estendida, com 17 mil voluntários de 14 centros do país.

De acordo com o diretor do Instituto Butantan, a vacina poderá estar disponível a partir de 2018, mas isso depende de fatores como por exemplo, número de voluntários suficientes para teste de eficácia. E que nesta fase a vacina de prove realmente eficaz e segura.

Page 30: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Obrigada pela sua atençãoe

Bom dia!!!

Viviane - VE/SEMS

Page 31: Dengue, Chikungunya e DEI/Zika Enfª Márcia Viviane Fernandes Ferrazzo Liva Resp. Técnica - ECD/Vigilância Epidemiológica/SEMS

Vírus Zika Vacina??

Butantan aponta possibilidade de vacina pentavalente em 2018?!

Fiocruz – informa que a vacina não deve chegar a população antes de 10 anos.

Laboratório do Canadá em conjunto com Universidade da Pensilvânia afirma que terá uma vacina emergencial para Zika, provavelmente pronta para testes em agosto de 2016 e pronta para ser usada ainda em caráter emergencial - antes de comprovação definitiva de eficácia em novembro.

A promessa canadense é mais ousada que a de autoridades sanitárias americanas, que estimam uma escala de vários anos para desenvolver um imunizante eficaz.