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DENISE DE SOUZA CUNHA UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Câmpus de Marília DISTÚRBIOS VOCAIS, ESTRESSE E CONDIÇÕES DE TRABALHO E ASSOCIAÇÃO ENTRE O TEMPO MÁXIMO DE FONAÇÃO E A REGULAÇÃO AUTONÔMICA CARDÍACA EM PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PÚBLICAS DE MARÍLIA (SP) MARÍLIA/SP 2013

DENISE DE SOUZA CUNHA - marilia.unesp.br · fractais da variabilidade da frequência cardíaca ... Tabela 20: Correlação entre os domínios do Job Strees Scale (JSS) e os índices

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DENISE DE SOUZA CUNHA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA ldquoJUacuteLIO DE MESQUITA FILHOrdquo

Cacircmpus de Mariacutelia

DISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO

ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA (SP)

MARIacuteLIASP 2013

DENISE DE SOUZA CUNHA

DISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO

ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA (SP)

Monografia apresentada ao Programa de Poacutes-

Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da Universidade Estadual

Paulista ndash UNESP ndash Cacircmpus de Mariacutelia para a

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Fonoaudiologia

(aacuterea de concentraccedilatildeo Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo

Humana)

Orientador Prof Dr Vitor Engraacutecia Valenti

MariacuteliaSP 2013

Ficha Catalograacutefica elaborada pelo Serviccedilo Teacutecnico de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ndash UNESP ndash Campus de Mariacutelia

Cunha Denise de Souza Distuacuterbios vocais estresse e condiccedilotildees de trabalho e associaccedilatildeo entre o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de educaccedilatildeo fiacutesica do ensino fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia Denise de Souza Cunha - Mariacutelia 2013 XI 81 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Fonoaudiologia) ndash Faculdade de Filosofia e Ciecircncias Universidade Estadual Paulista 2013 Bibliografia f 60 ndash 65 Orientador Vitor Engraacutecia Valenti 1 Educaccedilatildeo Fiacutesica 2 Voz 3 Disfonia 4 Regulaccedilatildeo Autonocircmica Cardiacuteaca

DENISE DE SOUZA CUNHA

DISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO

ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA (SP)

Monografia apresentada ao Programa de Poacutes-

Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da Universidade Estadual

Paulista ndash UNESP ndash Cacircmpus de Mariacutelia para a

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Fonoaudiologia

(aacuterea de concentraccedilatildeo Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo

Humana)

BANCA EXAMINADORA

Orientador Professor Doutor Vitor Engraacutecia Valenti ndash Faculdade de Filosofia e Ciecircncias Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Mariacutelia ndash SP 2ordm Examinador Professor Doutor Regina Helena Garcia Martins ndash Faculdade de Medicina de Botucatu Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Botucatu ndash SP 3ordm Examinador Professor Doutor Luiz Carlos de Abreu ndash Faculdade de Medicina do ABC ndash FMABC ndash Santo Andreacute ndash SP Suplentes Professor Doutor Cristiane Moccedilo Canhetti de Oliveira ndash Faculdade de Filosofia e Ciecircncias Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Mariacutelia ndash SP Professor Doutor Luiz Carlos Marques Vanderlei ndash Faculdade de Ciecircncias e Tecnologia Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Presidente Prudente ndash SP

MariacuteliaSP 2013

Dedico este trabalho agrave minha eterna e amada avoacute Izaura Monteiro de Souza

AGRADECIMENTOS

Ao Professor Doutor Vitor Engraacutecia Valenti pela exiacutemia orientaccedilatildeo sempre

paciente e cuidadosa pelo exemplo de profissionalismo e pela confianccedila

depositada em mim

Agrave Professora Doutora Eliana Maria Gradim Fabron pelo exemplo de

profissionalismo pela amizade maternal e principalmente pela colaboraccedilatildeo e

disposiccedilatildeo em ajudar nesta pesquisa sempre que preciso

Agrave Professora Doutora Regina Zanella Penteado pela colaboraccedilatildeo na presente

pesquisa

Aos meus pais Eliezer Mariano da Cunha e Domingas Aparecida Cardoso de

Souza Cunha que depositaram total confianccedila em mim e pelo incentivo

incansaacutevel durante todos esses anos de graduaccedilatildeo e mestrado

Ao meu amado Ernane Zorzo pela paciecircncia nos meus momentos de

turbulecircncia pelo incentivo pelo amor e pelo cuidado Por sempre me fazer

acreditar que um dia eu seria vencedora de mais essa etapa de minha vida

Aos amigos Mariana Ramalho Renata Meireles Andressa Passadori Tatiane

Lima Gabriela Broglio Sabrina Leocaacutedia Ana Claudia Santos Luciana Fiorio

Amanda Santos Fabiele Carvalho Aline Fiori Maiacutera Niaradi Nataacutelia Paschoal

Amanda Do Valle Sheila Alves Livya Francis Juliana Moretti Ana Claudia

Dalmora Verocircnica Rocha Juliana Helena Bruna Campos Cintia Fadini e

Ademar Portilho que me incentivaram torceram e rezaram por mim em cada

momento dessa jornada

Aos meus inuacutemeros amigos e familiares pelas palavras de forccedila e

encorajamento

Aos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da cidade de Mariacutelia sujeitos dessa

pesquisa pela colaboraccedilatildeo no estudo

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (CAPES) pela

concessatildeo da bolsa de auxilio financeiro agrave presente pesquisa

A todos que contribuiacuteram direta e indiretamente para a realizaccedilatildeo dessa

pesquisa

RESUMO Objetivo Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica Meacutetodo Os professores responderam aos questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e foram submetidos agrave anaacutelise perceptivo-auditiva pela escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R= rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) Para anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) foram avaliados os iacutendices do domiacutenio do tempo e da frequecircncia os iacutendices geomeacutetricos e os exponentes fractais Resultados Os achados mostram que as condiccedilotildees de trabalho e estresse no trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica tecircm interferido diretamente em sua sauacutede vocal Fatores como gritar falar em ambientes abertos realizando atividade fiacutesica sobrecarregam o trabalho e predispotildee a populaccedilatildeo aos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave VFC observou-se que os professores que tiveram maior tempo de fonaccedilatildeo apresentaram uma menor VFC Conclusatildeo As condiccedilotildees de trabalho e o estresse no trabalho estatildeo interferindo diretamente na sauacutede vocal e geral dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica Houve associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC com o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) e com os domiacutenios do IDV e JSS

Palavras-chave Educaccedilatildeo fiacutesica Voz Disfonia e Regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca

ABSTRACT

Objective To investigate the association between working conditions voice disorders and cardiac autonomic modulation in Physical Education teachers Method Teachers responded to the questionnaires Condition Production Vocal Teacher (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Voice Handicap Index (VHI) and were analyzed by perceptual GRBASI scale (G = degree of change the voice heard R = roughness B = breathy A = asthenia S = tension I = instability) For analysis of heart rate variability (HRV) the indices were evaluated in the time and frequency domains the geometric indexes and exponents fractals were also evaluated Results The findings showed that working conditions and job stress of physical education teachers influenced directly on their vocal health Factors such as shouting speaking in open environments performing physical activity work overload and predisposes the population to voice disorders Regarding HRV it was found that teachers who had higher phonation time had lower HRV Conclusion The working conditions and job stress are directly interfering vocal health and overall physical education teachers There was a negative association of parasympathetic indices of HRV with the maximum phonation time (MPT) and the areas of IDV and JSS Keywords Physical Education Voice Dysphonia and Cardiac Autonomic Regulation

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomasPaacuteg 27

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocaisPaacuteg 30

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vidaPaacuteg 31

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e ambiente escolarPaacuteg 32

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e organizaccedilatildeo do trabalhoPaacuteg 34

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) dos sujeitos em cada subescala do protocoloPaacuteg 36

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)Paacuteg 37

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) somatoacuteria das respostas dos sujeitosPaacuteg 37

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes a cada domiacutenio do Job Stress Scale (JSS)Paacuteg 38

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASIPaacuteg 40

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo13

2 Objetivo16

3 Meacutetodo17

31 Populaccedilatildeo do Estudo17

32 Anaacutelise dos iacutendices lineares de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca21

33 Anaacutelise fractal da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca22

34 Anaacutelise dos iacutendices geomeacutetricos de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca23

35 Anaacutelise Estatiacutestica25

4 Resultados26

5 Discussatildeo47

6 Conclusatildeo59

7 Referecircncias60

8 Anexos67

81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)67

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)69

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia71

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia72

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)73

86 Questionaacuterio - Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)75

87 Questionaacuterio - Job Stress Scale (JSS)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip81

88 Questionaacuterio - Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)82

89 Aceite do artigo83

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

O distuacuterbio vocal na populaccedilatildeo docente em especial na populaccedilatildeo de

professores de educaccedilatildeo fiacutesica daacute-se por um montante de fatores que necessitam

de um delineamento cuidadoso para a elaboraccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo e

prevenccedilatildeo da sauacutede vocal

Em sua atividade laboral eacute importante que o professor de educaccedilatildeo fiacutesica

transmita vitalidade energia vigor dinamismo e sauacutede Sabe-se ainda que a voz de

comando influencia na disciplina do aluno eleva seu niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor (PEDROZA

PRADO e MACEDO 2010)

Em contra partida a voz usada de maneira inadequada ou com alteraccedilotildees

pode transmitir uma psicodinacircmica negativa gerar desconfortos sofrimentos mal-

estar e problemas com a satisfaccedilatildeo e colocaccedilatildeo profissional (SIMOtildeES 2000)

A voz do professor vem sendo objeto priorizado nas pesquisas

fonoaudioloacutegicas brasileiras nos uacuteltimos anos sendo em maior nuacutemero quando

comparadas agravequelas voltadas aos trabalhadores de outras categorias profissionais

(SIMOtildeES 2005 DRAGONE e BEHLAU 2006 DRAGONE et al 2008)

No periacuteodo entre os anos de 1994 a 2008 uma revisatildeo das publicaccedilotildees

fonoaudioloacutegicas brasileiras referentes agrave voz do professor (DRAGONE et al 2010)

contabilizou 500 publicaccedilotildees sendo 83 referentes agraves categorias de avaliaccedilatildeo e

dentre essas 86 avaliou os participantes eou as condiccedilotildees de trabalho Apenas

14 volta-se para os efeitos de programas de intervenccedilatildeo

Quanto ao meacutetodo da pesquisa nota-se que a perspectiva dos proacuteprios

professores foi a mais utilizada (525) seguida por anaacutelises perceptivo-auditivas e

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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PUCCINI F R S SERVILHA E A M Voz e Qualidade de Vida Avaliaccedilatildeo da Desvantagem Vocal em Professores 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 26 jan 2013] Disponiacutevel em httpwwwpuc-campinasedubrwebsistportalpesquisaicpic2010resumos2010924_185248_502028297_reslC3A1vpdf PUMPRLA J HOWORKA K GROVES D CHESTER M NOLAN J Functional assessment of heart rate variability physiological basis and practical applications Int J Cardiol 200284(1)1-14 REINHARDT V BEHLAU M Anaacutelise do perfil vocal de professores de body combat [monografia de especializaccedilatildeo] Centro de Estudos da Voz 2008 Disponiacutevel em httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=217 SANTINI J MOLINA NETO V A siacutendrome do esgotamento profissional em

professores de educaccedilatildeo fiacutesica um estudo na rede municipal de ensino de Porto

Alegre Rev bras Educ Fiacutes Esp 2005 19(3)209-22

SENtildeARIS GONZAacuteLEZ B NUacuteNtildeEZ BATALLA F CORTE SANTOS P SUAacuteREZ NIETO C Factors predicting Voice Handicap Index Acta Otorrinolaringol Esp 2006 Feb57(2)101-8 SERVILHA EAM LEAL ROF HIDAKA MTU Riscos ocupacionais na legislaccedilatildeo trabalhista brasileira destaque para aqueles relativos agrave sauacutede e voz do professor Rev Soc Bras Fonoaudiol 201015(4)505-13 SILVA CB Identificaccedilatildeo vocal dos professores de academia de ginaacutestica a partir dos sinais e sintomas Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3371amptid=1

65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

043amptid=1

STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwefdeportescomefd155saude-vocal-

dos-profissionais-de-educacao-fisicahtm

TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

DENISE DE SOUZA CUNHA

DISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO

ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA (SP)

Monografia apresentada ao Programa de Poacutes-

Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da Universidade Estadual

Paulista ndash UNESP ndash Cacircmpus de Mariacutelia para a

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Fonoaudiologia

(aacuterea de concentraccedilatildeo Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo

Humana)

Orientador Prof Dr Vitor Engraacutecia Valenti

MariacuteliaSP 2013

Ficha Catalograacutefica elaborada pelo Serviccedilo Teacutecnico de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ndash UNESP ndash Campus de Mariacutelia

Cunha Denise de Souza Distuacuterbios vocais estresse e condiccedilotildees de trabalho e associaccedilatildeo entre o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de educaccedilatildeo fiacutesica do ensino fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia Denise de Souza Cunha - Mariacutelia 2013 XI 81 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Fonoaudiologia) ndash Faculdade de Filosofia e Ciecircncias Universidade Estadual Paulista 2013 Bibliografia f 60 ndash 65 Orientador Vitor Engraacutecia Valenti 1 Educaccedilatildeo Fiacutesica 2 Voz 3 Disfonia 4 Regulaccedilatildeo Autonocircmica Cardiacuteaca

DENISE DE SOUZA CUNHA

DISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO

ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA (SP)

Monografia apresentada ao Programa de Poacutes-

Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da Universidade Estadual

Paulista ndash UNESP ndash Cacircmpus de Mariacutelia para a

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Fonoaudiologia

(aacuterea de concentraccedilatildeo Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo

Humana)

BANCA EXAMINADORA

Orientador Professor Doutor Vitor Engraacutecia Valenti ndash Faculdade de Filosofia e Ciecircncias Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Mariacutelia ndash SP 2ordm Examinador Professor Doutor Regina Helena Garcia Martins ndash Faculdade de Medicina de Botucatu Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Botucatu ndash SP 3ordm Examinador Professor Doutor Luiz Carlos de Abreu ndash Faculdade de Medicina do ABC ndash FMABC ndash Santo Andreacute ndash SP Suplentes Professor Doutor Cristiane Moccedilo Canhetti de Oliveira ndash Faculdade de Filosofia e Ciecircncias Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Mariacutelia ndash SP Professor Doutor Luiz Carlos Marques Vanderlei ndash Faculdade de Ciecircncias e Tecnologia Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Presidente Prudente ndash SP

MariacuteliaSP 2013

Dedico este trabalho agrave minha eterna e amada avoacute Izaura Monteiro de Souza

AGRADECIMENTOS

Ao Professor Doutor Vitor Engraacutecia Valenti pela exiacutemia orientaccedilatildeo sempre

paciente e cuidadosa pelo exemplo de profissionalismo e pela confianccedila

depositada em mim

Agrave Professora Doutora Eliana Maria Gradim Fabron pelo exemplo de

profissionalismo pela amizade maternal e principalmente pela colaboraccedilatildeo e

disposiccedilatildeo em ajudar nesta pesquisa sempre que preciso

Agrave Professora Doutora Regina Zanella Penteado pela colaboraccedilatildeo na presente

pesquisa

Aos meus pais Eliezer Mariano da Cunha e Domingas Aparecida Cardoso de

Souza Cunha que depositaram total confianccedila em mim e pelo incentivo

incansaacutevel durante todos esses anos de graduaccedilatildeo e mestrado

Ao meu amado Ernane Zorzo pela paciecircncia nos meus momentos de

turbulecircncia pelo incentivo pelo amor e pelo cuidado Por sempre me fazer

acreditar que um dia eu seria vencedora de mais essa etapa de minha vida

Aos amigos Mariana Ramalho Renata Meireles Andressa Passadori Tatiane

Lima Gabriela Broglio Sabrina Leocaacutedia Ana Claudia Santos Luciana Fiorio

Amanda Santos Fabiele Carvalho Aline Fiori Maiacutera Niaradi Nataacutelia Paschoal

Amanda Do Valle Sheila Alves Livya Francis Juliana Moretti Ana Claudia

Dalmora Verocircnica Rocha Juliana Helena Bruna Campos Cintia Fadini e

Ademar Portilho que me incentivaram torceram e rezaram por mim em cada

momento dessa jornada

Aos meus inuacutemeros amigos e familiares pelas palavras de forccedila e

encorajamento

Aos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da cidade de Mariacutelia sujeitos dessa

pesquisa pela colaboraccedilatildeo no estudo

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (CAPES) pela

concessatildeo da bolsa de auxilio financeiro agrave presente pesquisa

A todos que contribuiacuteram direta e indiretamente para a realizaccedilatildeo dessa

pesquisa

RESUMO Objetivo Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica Meacutetodo Os professores responderam aos questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e foram submetidos agrave anaacutelise perceptivo-auditiva pela escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R= rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) Para anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) foram avaliados os iacutendices do domiacutenio do tempo e da frequecircncia os iacutendices geomeacutetricos e os exponentes fractais Resultados Os achados mostram que as condiccedilotildees de trabalho e estresse no trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica tecircm interferido diretamente em sua sauacutede vocal Fatores como gritar falar em ambientes abertos realizando atividade fiacutesica sobrecarregam o trabalho e predispotildee a populaccedilatildeo aos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave VFC observou-se que os professores que tiveram maior tempo de fonaccedilatildeo apresentaram uma menor VFC Conclusatildeo As condiccedilotildees de trabalho e o estresse no trabalho estatildeo interferindo diretamente na sauacutede vocal e geral dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica Houve associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC com o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) e com os domiacutenios do IDV e JSS

Palavras-chave Educaccedilatildeo fiacutesica Voz Disfonia e Regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca

ABSTRACT

Objective To investigate the association between working conditions voice disorders and cardiac autonomic modulation in Physical Education teachers Method Teachers responded to the questionnaires Condition Production Vocal Teacher (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Voice Handicap Index (VHI) and were analyzed by perceptual GRBASI scale (G = degree of change the voice heard R = roughness B = breathy A = asthenia S = tension I = instability) For analysis of heart rate variability (HRV) the indices were evaluated in the time and frequency domains the geometric indexes and exponents fractals were also evaluated Results The findings showed that working conditions and job stress of physical education teachers influenced directly on their vocal health Factors such as shouting speaking in open environments performing physical activity work overload and predisposes the population to voice disorders Regarding HRV it was found that teachers who had higher phonation time had lower HRV Conclusion The working conditions and job stress are directly interfering vocal health and overall physical education teachers There was a negative association of parasympathetic indices of HRV with the maximum phonation time (MPT) and the areas of IDV and JSS Keywords Physical Education Voice Dysphonia and Cardiac Autonomic Regulation

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomasPaacuteg 27

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocaisPaacuteg 30

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vidaPaacuteg 31

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e ambiente escolarPaacuteg 32

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e organizaccedilatildeo do trabalhoPaacuteg 34

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) dos sujeitos em cada subescala do protocoloPaacuteg 36

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)Paacuteg 37

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) somatoacuteria das respostas dos sujeitosPaacuteg 37

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes a cada domiacutenio do Job Stress Scale (JSS)Paacuteg 38

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASIPaacuteg 40

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo13

2 Objetivo16

3 Meacutetodo17

31 Populaccedilatildeo do Estudo17

32 Anaacutelise dos iacutendices lineares de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca21

33 Anaacutelise fractal da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca22

34 Anaacutelise dos iacutendices geomeacutetricos de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca23

35 Anaacutelise Estatiacutestica25

4 Resultados26

5 Discussatildeo47

6 Conclusatildeo59

7 Referecircncias60

8 Anexos67

81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)67

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)69

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia71

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia72

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)73

86 Questionaacuterio - Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)75

87 Questionaacuterio - Job Stress Scale (JSS)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip81

88 Questionaacuterio - Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)82

89 Aceite do artigo83

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

O distuacuterbio vocal na populaccedilatildeo docente em especial na populaccedilatildeo de

professores de educaccedilatildeo fiacutesica daacute-se por um montante de fatores que necessitam

de um delineamento cuidadoso para a elaboraccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo e

prevenccedilatildeo da sauacutede vocal

Em sua atividade laboral eacute importante que o professor de educaccedilatildeo fiacutesica

transmita vitalidade energia vigor dinamismo e sauacutede Sabe-se ainda que a voz de

comando influencia na disciplina do aluno eleva seu niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor (PEDROZA

PRADO e MACEDO 2010)

Em contra partida a voz usada de maneira inadequada ou com alteraccedilotildees

pode transmitir uma psicodinacircmica negativa gerar desconfortos sofrimentos mal-

estar e problemas com a satisfaccedilatildeo e colocaccedilatildeo profissional (SIMOtildeES 2000)

A voz do professor vem sendo objeto priorizado nas pesquisas

fonoaudioloacutegicas brasileiras nos uacuteltimos anos sendo em maior nuacutemero quando

comparadas agravequelas voltadas aos trabalhadores de outras categorias profissionais

(SIMOtildeES 2005 DRAGONE e BEHLAU 2006 DRAGONE et al 2008)

No periacuteodo entre os anos de 1994 a 2008 uma revisatildeo das publicaccedilotildees

fonoaudioloacutegicas brasileiras referentes agrave voz do professor (DRAGONE et al 2010)

contabilizou 500 publicaccedilotildees sendo 83 referentes agraves categorias de avaliaccedilatildeo e

dentre essas 86 avaliou os participantes eou as condiccedilotildees de trabalho Apenas

14 volta-se para os efeitos de programas de intervenccedilatildeo

Quanto ao meacutetodo da pesquisa nota-se que a perspectiva dos proacuteprios

professores foi a mais utilizada (525) seguida por anaacutelises perceptivo-auditivas e

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

Ficha Catalograacutefica elaborada pelo Serviccedilo Teacutecnico de Biblioteca e Documentaccedilatildeo ndash UNESP ndash Campus de Mariacutelia

Cunha Denise de Souza Distuacuterbios vocais estresse e condiccedilotildees de trabalho e associaccedilatildeo entre o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de educaccedilatildeo fiacutesica do ensino fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia Denise de Souza Cunha - Mariacutelia 2013 XI 81 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado em Fonoaudiologia) ndash Faculdade de Filosofia e Ciecircncias Universidade Estadual Paulista 2013 Bibliografia f 60 ndash 65 Orientador Vitor Engraacutecia Valenti 1 Educaccedilatildeo Fiacutesica 2 Voz 3 Disfonia 4 Regulaccedilatildeo Autonocircmica Cardiacuteaca

DENISE DE SOUZA CUNHA

DISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO

ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA (SP)

Monografia apresentada ao Programa de Poacutes-

Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da Universidade Estadual

Paulista ndash UNESP ndash Cacircmpus de Mariacutelia para a

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Fonoaudiologia

(aacuterea de concentraccedilatildeo Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo

Humana)

BANCA EXAMINADORA

Orientador Professor Doutor Vitor Engraacutecia Valenti ndash Faculdade de Filosofia e Ciecircncias Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Mariacutelia ndash SP 2ordm Examinador Professor Doutor Regina Helena Garcia Martins ndash Faculdade de Medicina de Botucatu Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Botucatu ndash SP 3ordm Examinador Professor Doutor Luiz Carlos de Abreu ndash Faculdade de Medicina do ABC ndash FMABC ndash Santo Andreacute ndash SP Suplentes Professor Doutor Cristiane Moccedilo Canhetti de Oliveira ndash Faculdade de Filosofia e Ciecircncias Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Mariacutelia ndash SP Professor Doutor Luiz Carlos Marques Vanderlei ndash Faculdade de Ciecircncias e Tecnologia Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Presidente Prudente ndash SP

MariacuteliaSP 2013

Dedico este trabalho agrave minha eterna e amada avoacute Izaura Monteiro de Souza

AGRADECIMENTOS

Ao Professor Doutor Vitor Engraacutecia Valenti pela exiacutemia orientaccedilatildeo sempre

paciente e cuidadosa pelo exemplo de profissionalismo e pela confianccedila

depositada em mim

Agrave Professora Doutora Eliana Maria Gradim Fabron pelo exemplo de

profissionalismo pela amizade maternal e principalmente pela colaboraccedilatildeo e

disposiccedilatildeo em ajudar nesta pesquisa sempre que preciso

Agrave Professora Doutora Regina Zanella Penteado pela colaboraccedilatildeo na presente

pesquisa

Aos meus pais Eliezer Mariano da Cunha e Domingas Aparecida Cardoso de

Souza Cunha que depositaram total confianccedila em mim e pelo incentivo

incansaacutevel durante todos esses anos de graduaccedilatildeo e mestrado

Ao meu amado Ernane Zorzo pela paciecircncia nos meus momentos de

turbulecircncia pelo incentivo pelo amor e pelo cuidado Por sempre me fazer

acreditar que um dia eu seria vencedora de mais essa etapa de minha vida

Aos amigos Mariana Ramalho Renata Meireles Andressa Passadori Tatiane

Lima Gabriela Broglio Sabrina Leocaacutedia Ana Claudia Santos Luciana Fiorio

Amanda Santos Fabiele Carvalho Aline Fiori Maiacutera Niaradi Nataacutelia Paschoal

Amanda Do Valle Sheila Alves Livya Francis Juliana Moretti Ana Claudia

Dalmora Verocircnica Rocha Juliana Helena Bruna Campos Cintia Fadini e

Ademar Portilho que me incentivaram torceram e rezaram por mim em cada

momento dessa jornada

Aos meus inuacutemeros amigos e familiares pelas palavras de forccedila e

encorajamento

Aos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da cidade de Mariacutelia sujeitos dessa

pesquisa pela colaboraccedilatildeo no estudo

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (CAPES) pela

concessatildeo da bolsa de auxilio financeiro agrave presente pesquisa

A todos que contribuiacuteram direta e indiretamente para a realizaccedilatildeo dessa

pesquisa

RESUMO Objetivo Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica Meacutetodo Os professores responderam aos questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e foram submetidos agrave anaacutelise perceptivo-auditiva pela escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R= rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) Para anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) foram avaliados os iacutendices do domiacutenio do tempo e da frequecircncia os iacutendices geomeacutetricos e os exponentes fractais Resultados Os achados mostram que as condiccedilotildees de trabalho e estresse no trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica tecircm interferido diretamente em sua sauacutede vocal Fatores como gritar falar em ambientes abertos realizando atividade fiacutesica sobrecarregam o trabalho e predispotildee a populaccedilatildeo aos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave VFC observou-se que os professores que tiveram maior tempo de fonaccedilatildeo apresentaram uma menor VFC Conclusatildeo As condiccedilotildees de trabalho e o estresse no trabalho estatildeo interferindo diretamente na sauacutede vocal e geral dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica Houve associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC com o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) e com os domiacutenios do IDV e JSS

Palavras-chave Educaccedilatildeo fiacutesica Voz Disfonia e Regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca

ABSTRACT

Objective To investigate the association between working conditions voice disorders and cardiac autonomic modulation in Physical Education teachers Method Teachers responded to the questionnaires Condition Production Vocal Teacher (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Voice Handicap Index (VHI) and were analyzed by perceptual GRBASI scale (G = degree of change the voice heard R = roughness B = breathy A = asthenia S = tension I = instability) For analysis of heart rate variability (HRV) the indices were evaluated in the time and frequency domains the geometric indexes and exponents fractals were also evaluated Results The findings showed that working conditions and job stress of physical education teachers influenced directly on their vocal health Factors such as shouting speaking in open environments performing physical activity work overload and predisposes the population to voice disorders Regarding HRV it was found that teachers who had higher phonation time had lower HRV Conclusion The working conditions and job stress are directly interfering vocal health and overall physical education teachers There was a negative association of parasympathetic indices of HRV with the maximum phonation time (MPT) and the areas of IDV and JSS Keywords Physical Education Voice Dysphonia and Cardiac Autonomic Regulation

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomasPaacuteg 27

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocaisPaacuteg 30

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vidaPaacuteg 31

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e ambiente escolarPaacuteg 32

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e organizaccedilatildeo do trabalhoPaacuteg 34

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) dos sujeitos em cada subescala do protocoloPaacuteg 36

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)Paacuteg 37

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) somatoacuteria das respostas dos sujeitosPaacuteg 37

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes a cada domiacutenio do Job Stress Scale (JSS)Paacuteg 38

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASIPaacuteg 40

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo13

2 Objetivo16

3 Meacutetodo17

31 Populaccedilatildeo do Estudo17

32 Anaacutelise dos iacutendices lineares de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca21

33 Anaacutelise fractal da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca22

34 Anaacutelise dos iacutendices geomeacutetricos de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca23

35 Anaacutelise Estatiacutestica25

4 Resultados26

5 Discussatildeo47

6 Conclusatildeo59

7 Referecircncias60

8 Anexos67

81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)67

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)69

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia71

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia72

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)73

86 Questionaacuterio - Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)75

87 Questionaacuterio - Job Stress Scale (JSS)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip81

88 Questionaacuterio - Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)82

89 Aceite do artigo83

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

O distuacuterbio vocal na populaccedilatildeo docente em especial na populaccedilatildeo de

professores de educaccedilatildeo fiacutesica daacute-se por um montante de fatores que necessitam

de um delineamento cuidadoso para a elaboraccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo e

prevenccedilatildeo da sauacutede vocal

Em sua atividade laboral eacute importante que o professor de educaccedilatildeo fiacutesica

transmita vitalidade energia vigor dinamismo e sauacutede Sabe-se ainda que a voz de

comando influencia na disciplina do aluno eleva seu niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor (PEDROZA

PRADO e MACEDO 2010)

Em contra partida a voz usada de maneira inadequada ou com alteraccedilotildees

pode transmitir uma psicodinacircmica negativa gerar desconfortos sofrimentos mal-

estar e problemas com a satisfaccedilatildeo e colocaccedilatildeo profissional (SIMOtildeES 2000)

A voz do professor vem sendo objeto priorizado nas pesquisas

fonoaudioloacutegicas brasileiras nos uacuteltimos anos sendo em maior nuacutemero quando

comparadas agravequelas voltadas aos trabalhadores de outras categorias profissionais

(SIMOtildeES 2005 DRAGONE e BEHLAU 2006 DRAGONE et al 2008)

No periacuteodo entre os anos de 1994 a 2008 uma revisatildeo das publicaccedilotildees

fonoaudioloacutegicas brasileiras referentes agrave voz do professor (DRAGONE et al 2010)

contabilizou 500 publicaccedilotildees sendo 83 referentes agraves categorias de avaliaccedilatildeo e

dentre essas 86 avaliou os participantes eou as condiccedilotildees de trabalho Apenas

14 volta-se para os efeitos de programas de intervenccedilatildeo

Quanto ao meacutetodo da pesquisa nota-se que a perspectiva dos proacuteprios

professores foi a mais utilizada (525) seguida por anaacutelises perceptivo-auditivas e

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

DENISE DE SOUZA CUNHA

DISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO

ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA (SP)

Monografia apresentada ao Programa de Poacutes-

Graduaccedilatildeo em Fonoaudiologia da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da Universidade Estadual

Paulista ndash UNESP ndash Cacircmpus de Mariacutelia para a

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Mestre em Fonoaudiologia

(aacuterea de concentraccedilatildeo Distuacuterbios da Comunicaccedilatildeo

Humana)

BANCA EXAMINADORA

Orientador Professor Doutor Vitor Engraacutecia Valenti ndash Faculdade de Filosofia e Ciecircncias Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Mariacutelia ndash SP 2ordm Examinador Professor Doutor Regina Helena Garcia Martins ndash Faculdade de Medicina de Botucatu Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Botucatu ndash SP 3ordm Examinador Professor Doutor Luiz Carlos de Abreu ndash Faculdade de Medicina do ABC ndash FMABC ndash Santo Andreacute ndash SP Suplentes Professor Doutor Cristiane Moccedilo Canhetti de Oliveira ndash Faculdade de Filosofia e Ciecircncias Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Mariacutelia ndash SP Professor Doutor Luiz Carlos Marques Vanderlei ndash Faculdade de Ciecircncias e Tecnologia Universidade Estadual Paulista ndash UNESP ndash Presidente Prudente ndash SP

MariacuteliaSP 2013

Dedico este trabalho agrave minha eterna e amada avoacute Izaura Monteiro de Souza

AGRADECIMENTOS

Ao Professor Doutor Vitor Engraacutecia Valenti pela exiacutemia orientaccedilatildeo sempre

paciente e cuidadosa pelo exemplo de profissionalismo e pela confianccedila

depositada em mim

Agrave Professora Doutora Eliana Maria Gradim Fabron pelo exemplo de

profissionalismo pela amizade maternal e principalmente pela colaboraccedilatildeo e

disposiccedilatildeo em ajudar nesta pesquisa sempre que preciso

Agrave Professora Doutora Regina Zanella Penteado pela colaboraccedilatildeo na presente

pesquisa

Aos meus pais Eliezer Mariano da Cunha e Domingas Aparecida Cardoso de

Souza Cunha que depositaram total confianccedila em mim e pelo incentivo

incansaacutevel durante todos esses anos de graduaccedilatildeo e mestrado

Ao meu amado Ernane Zorzo pela paciecircncia nos meus momentos de

turbulecircncia pelo incentivo pelo amor e pelo cuidado Por sempre me fazer

acreditar que um dia eu seria vencedora de mais essa etapa de minha vida

Aos amigos Mariana Ramalho Renata Meireles Andressa Passadori Tatiane

Lima Gabriela Broglio Sabrina Leocaacutedia Ana Claudia Santos Luciana Fiorio

Amanda Santos Fabiele Carvalho Aline Fiori Maiacutera Niaradi Nataacutelia Paschoal

Amanda Do Valle Sheila Alves Livya Francis Juliana Moretti Ana Claudia

Dalmora Verocircnica Rocha Juliana Helena Bruna Campos Cintia Fadini e

Ademar Portilho que me incentivaram torceram e rezaram por mim em cada

momento dessa jornada

Aos meus inuacutemeros amigos e familiares pelas palavras de forccedila e

encorajamento

Aos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da cidade de Mariacutelia sujeitos dessa

pesquisa pela colaboraccedilatildeo no estudo

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (CAPES) pela

concessatildeo da bolsa de auxilio financeiro agrave presente pesquisa

A todos que contribuiacuteram direta e indiretamente para a realizaccedilatildeo dessa

pesquisa

RESUMO Objetivo Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica Meacutetodo Os professores responderam aos questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e foram submetidos agrave anaacutelise perceptivo-auditiva pela escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R= rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) Para anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) foram avaliados os iacutendices do domiacutenio do tempo e da frequecircncia os iacutendices geomeacutetricos e os exponentes fractais Resultados Os achados mostram que as condiccedilotildees de trabalho e estresse no trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica tecircm interferido diretamente em sua sauacutede vocal Fatores como gritar falar em ambientes abertos realizando atividade fiacutesica sobrecarregam o trabalho e predispotildee a populaccedilatildeo aos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave VFC observou-se que os professores que tiveram maior tempo de fonaccedilatildeo apresentaram uma menor VFC Conclusatildeo As condiccedilotildees de trabalho e o estresse no trabalho estatildeo interferindo diretamente na sauacutede vocal e geral dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica Houve associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC com o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) e com os domiacutenios do IDV e JSS

Palavras-chave Educaccedilatildeo fiacutesica Voz Disfonia e Regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca

ABSTRACT

Objective To investigate the association between working conditions voice disorders and cardiac autonomic modulation in Physical Education teachers Method Teachers responded to the questionnaires Condition Production Vocal Teacher (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Voice Handicap Index (VHI) and were analyzed by perceptual GRBASI scale (G = degree of change the voice heard R = roughness B = breathy A = asthenia S = tension I = instability) For analysis of heart rate variability (HRV) the indices were evaluated in the time and frequency domains the geometric indexes and exponents fractals were also evaluated Results The findings showed that working conditions and job stress of physical education teachers influenced directly on their vocal health Factors such as shouting speaking in open environments performing physical activity work overload and predisposes the population to voice disorders Regarding HRV it was found that teachers who had higher phonation time had lower HRV Conclusion The working conditions and job stress are directly interfering vocal health and overall physical education teachers There was a negative association of parasympathetic indices of HRV with the maximum phonation time (MPT) and the areas of IDV and JSS Keywords Physical Education Voice Dysphonia and Cardiac Autonomic Regulation

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomasPaacuteg 27

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocaisPaacuteg 30

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vidaPaacuteg 31

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e ambiente escolarPaacuteg 32

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e organizaccedilatildeo do trabalhoPaacuteg 34

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) dos sujeitos em cada subescala do protocoloPaacuteg 36

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)Paacuteg 37

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) somatoacuteria das respostas dos sujeitosPaacuteg 37

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes a cada domiacutenio do Job Stress Scale (JSS)Paacuteg 38

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASIPaacuteg 40

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo13

2 Objetivo16

3 Meacutetodo17

31 Populaccedilatildeo do Estudo17

32 Anaacutelise dos iacutendices lineares de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca21

33 Anaacutelise fractal da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca22

34 Anaacutelise dos iacutendices geomeacutetricos de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca23

35 Anaacutelise Estatiacutestica25

4 Resultados26

5 Discussatildeo47

6 Conclusatildeo59

7 Referecircncias60

8 Anexos67

81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)67

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)69

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia71

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia72

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)73

86 Questionaacuterio - Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)75

87 Questionaacuterio - Job Stress Scale (JSS)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip81

88 Questionaacuterio - Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)82

89 Aceite do artigo83

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

O distuacuterbio vocal na populaccedilatildeo docente em especial na populaccedilatildeo de

professores de educaccedilatildeo fiacutesica daacute-se por um montante de fatores que necessitam

de um delineamento cuidadoso para a elaboraccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo e

prevenccedilatildeo da sauacutede vocal

Em sua atividade laboral eacute importante que o professor de educaccedilatildeo fiacutesica

transmita vitalidade energia vigor dinamismo e sauacutede Sabe-se ainda que a voz de

comando influencia na disciplina do aluno eleva seu niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor (PEDROZA

PRADO e MACEDO 2010)

Em contra partida a voz usada de maneira inadequada ou com alteraccedilotildees

pode transmitir uma psicodinacircmica negativa gerar desconfortos sofrimentos mal-

estar e problemas com a satisfaccedilatildeo e colocaccedilatildeo profissional (SIMOtildeES 2000)

A voz do professor vem sendo objeto priorizado nas pesquisas

fonoaudioloacutegicas brasileiras nos uacuteltimos anos sendo em maior nuacutemero quando

comparadas agravequelas voltadas aos trabalhadores de outras categorias profissionais

(SIMOtildeES 2005 DRAGONE e BEHLAU 2006 DRAGONE et al 2008)

No periacuteodo entre os anos de 1994 a 2008 uma revisatildeo das publicaccedilotildees

fonoaudioloacutegicas brasileiras referentes agrave voz do professor (DRAGONE et al 2010)

contabilizou 500 publicaccedilotildees sendo 83 referentes agraves categorias de avaliaccedilatildeo e

dentre essas 86 avaliou os participantes eou as condiccedilotildees de trabalho Apenas

14 volta-se para os efeitos de programas de intervenccedilatildeo

Quanto ao meacutetodo da pesquisa nota-se que a perspectiva dos proacuteprios

professores foi a mais utilizada (525) seguida por anaacutelises perceptivo-auditivas e

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

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STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

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YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

Dedico este trabalho agrave minha eterna e amada avoacute Izaura Monteiro de Souza

AGRADECIMENTOS

Ao Professor Doutor Vitor Engraacutecia Valenti pela exiacutemia orientaccedilatildeo sempre

paciente e cuidadosa pelo exemplo de profissionalismo e pela confianccedila

depositada em mim

Agrave Professora Doutora Eliana Maria Gradim Fabron pelo exemplo de

profissionalismo pela amizade maternal e principalmente pela colaboraccedilatildeo e

disposiccedilatildeo em ajudar nesta pesquisa sempre que preciso

Agrave Professora Doutora Regina Zanella Penteado pela colaboraccedilatildeo na presente

pesquisa

Aos meus pais Eliezer Mariano da Cunha e Domingas Aparecida Cardoso de

Souza Cunha que depositaram total confianccedila em mim e pelo incentivo

incansaacutevel durante todos esses anos de graduaccedilatildeo e mestrado

Ao meu amado Ernane Zorzo pela paciecircncia nos meus momentos de

turbulecircncia pelo incentivo pelo amor e pelo cuidado Por sempre me fazer

acreditar que um dia eu seria vencedora de mais essa etapa de minha vida

Aos amigos Mariana Ramalho Renata Meireles Andressa Passadori Tatiane

Lima Gabriela Broglio Sabrina Leocaacutedia Ana Claudia Santos Luciana Fiorio

Amanda Santos Fabiele Carvalho Aline Fiori Maiacutera Niaradi Nataacutelia Paschoal

Amanda Do Valle Sheila Alves Livya Francis Juliana Moretti Ana Claudia

Dalmora Verocircnica Rocha Juliana Helena Bruna Campos Cintia Fadini e

Ademar Portilho que me incentivaram torceram e rezaram por mim em cada

momento dessa jornada

Aos meus inuacutemeros amigos e familiares pelas palavras de forccedila e

encorajamento

Aos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da cidade de Mariacutelia sujeitos dessa

pesquisa pela colaboraccedilatildeo no estudo

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (CAPES) pela

concessatildeo da bolsa de auxilio financeiro agrave presente pesquisa

A todos que contribuiacuteram direta e indiretamente para a realizaccedilatildeo dessa

pesquisa

RESUMO Objetivo Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica Meacutetodo Os professores responderam aos questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e foram submetidos agrave anaacutelise perceptivo-auditiva pela escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R= rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) Para anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) foram avaliados os iacutendices do domiacutenio do tempo e da frequecircncia os iacutendices geomeacutetricos e os exponentes fractais Resultados Os achados mostram que as condiccedilotildees de trabalho e estresse no trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica tecircm interferido diretamente em sua sauacutede vocal Fatores como gritar falar em ambientes abertos realizando atividade fiacutesica sobrecarregam o trabalho e predispotildee a populaccedilatildeo aos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave VFC observou-se que os professores que tiveram maior tempo de fonaccedilatildeo apresentaram uma menor VFC Conclusatildeo As condiccedilotildees de trabalho e o estresse no trabalho estatildeo interferindo diretamente na sauacutede vocal e geral dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica Houve associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC com o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) e com os domiacutenios do IDV e JSS

Palavras-chave Educaccedilatildeo fiacutesica Voz Disfonia e Regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca

ABSTRACT

Objective To investigate the association between working conditions voice disorders and cardiac autonomic modulation in Physical Education teachers Method Teachers responded to the questionnaires Condition Production Vocal Teacher (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Voice Handicap Index (VHI) and were analyzed by perceptual GRBASI scale (G = degree of change the voice heard R = roughness B = breathy A = asthenia S = tension I = instability) For analysis of heart rate variability (HRV) the indices were evaluated in the time and frequency domains the geometric indexes and exponents fractals were also evaluated Results The findings showed that working conditions and job stress of physical education teachers influenced directly on their vocal health Factors such as shouting speaking in open environments performing physical activity work overload and predisposes the population to voice disorders Regarding HRV it was found that teachers who had higher phonation time had lower HRV Conclusion The working conditions and job stress are directly interfering vocal health and overall physical education teachers There was a negative association of parasympathetic indices of HRV with the maximum phonation time (MPT) and the areas of IDV and JSS Keywords Physical Education Voice Dysphonia and Cardiac Autonomic Regulation

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomasPaacuteg 27

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocaisPaacuteg 30

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vidaPaacuteg 31

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e ambiente escolarPaacuteg 32

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e organizaccedilatildeo do trabalhoPaacuteg 34

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) dos sujeitos em cada subescala do protocoloPaacuteg 36

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)Paacuteg 37

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) somatoacuteria das respostas dos sujeitosPaacuteg 37

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes a cada domiacutenio do Job Stress Scale (JSS)Paacuteg 38

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASIPaacuteg 40

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo13

2 Objetivo16

3 Meacutetodo17

31 Populaccedilatildeo do Estudo17

32 Anaacutelise dos iacutendices lineares de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca21

33 Anaacutelise fractal da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca22

34 Anaacutelise dos iacutendices geomeacutetricos de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca23

35 Anaacutelise Estatiacutestica25

4 Resultados26

5 Discussatildeo47

6 Conclusatildeo59

7 Referecircncias60

8 Anexos67

81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)67

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)69

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia71

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia72

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)73

86 Questionaacuterio - Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)75

87 Questionaacuterio - Job Stress Scale (JSS)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip81

88 Questionaacuterio - Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)82

89 Aceite do artigo83

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

O distuacuterbio vocal na populaccedilatildeo docente em especial na populaccedilatildeo de

professores de educaccedilatildeo fiacutesica daacute-se por um montante de fatores que necessitam

de um delineamento cuidadoso para a elaboraccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo e

prevenccedilatildeo da sauacutede vocal

Em sua atividade laboral eacute importante que o professor de educaccedilatildeo fiacutesica

transmita vitalidade energia vigor dinamismo e sauacutede Sabe-se ainda que a voz de

comando influencia na disciplina do aluno eleva seu niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor (PEDROZA

PRADO e MACEDO 2010)

Em contra partida a voz usada de maneira inadequada ou com alteraccedilotildees

pode transmitir uma psicodinacircmica negativa gerar desconfortos sofrimentos mal-

estar e problemas com a satisfaccedilatildeo e colocaccedilatildeo profissional (SIMOtildeES 2000)

A voz do professor vem sendo objeto priorizado nas pesquisas

fonoaudioloacutegicas brasileiras nos uacuteltimos anos sendo em maior nuacutemero quando

comparadas agravequelas voltadas aos trabalhadores de outras categorias profissionais

(SIMOtildeES 2005 DRAGONE e BEHLAU 2006 DRAGONE et al 2008)

No periacuteodo entre os anos de 1994 a 2008 uma revisatildeo das publicaccedilotildees

fonoaudioloacutegicas brasileiras referentes agrave voz do professor (DRAGONE et al 2010)

contabilizou 500 publicaccedilotildees sendo 83 referentes agraves categorias de avaliaccedilatildeo e

dentre essas 86 avaliou os participantes eou as condiccedilotildees de trabalho Apenas

14 volta-se para os efeitos de programas de intervenccedilatildeo

Quanto ao meacutetodo da pesquisa nota-se que a perspectiva dos proacuteprios

professores foi a mais utilizada (525) seguida por anaacutelises perceptivo-auditivas e

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

ALVES MGM CHOR D FAERSTEIN E LOPES CS WERNECK GL Versatildeo resumida da Job Stress Scale Adaptaccedilatildeo para o portuguecircs Revista de Sauacutede Puacuteblica 2004 38(2)164-71 ARAUacuteJO TM CARVALHO FM Condiccedilotildees de trabalho docente e sauacutede na Bahia estudos epidemioloacutegicos Educ Soc 2009 30(107) 427-449 Disponiacutevel em httpwwwcedesunicampbr BANDEIRA MPA CRUZ MG PAZ MS Avaliaccedilatildeo da qualidade vocal dos educadores de academias particulares de ginaacutestica da cidade de Teresina PI BRASIL Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa BEHLAU M Voz ndash O livro do especialista Rio de Janeiro Revinter 2001 BEHLAU M FEIJOacute D MADAZIO G REHDER MIC AZEVEDO R FERREIRA AE Voz Profissional aspectos gerais e atuaccedilatildeo fonoaudioloacutegica In BEHLAU M (org) Voz O livro do Especialista Vol II Rio de Janeiro Revinter 2005 p 287-407 BEHLAU M OLIVEIRA G SANTOS LMA RICARTE A Validaccedilatildeo no Brasil de protocoacutelos de auto-avaliaccedilatildeo do impacto de uma disfonia Proacute-Fono 2009 21(4) 326-32 BEHLAU M SANTOS LMA OLIVEIRA G Cross-Cultural Adaptation and

Validation of the Voice Handicap Index Into Brazilian Portuguese Journal of Voice

2011 25(3) 354-359

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

AGRADECIMENTOS

Ao Professor Doutor Vitor Engraacutecia Valenti pela exiacutemia orientaccedilatildeo sempre

paciente e cuidadosa pelo exemplo de profissionalismo e pela confianccedila

depositada em mim

Agrave Professora Doutora Eliana Maria Gradim Fabron pelo exemplo de

profissionalismo pela amizade maternal e principalmente pela colaboraccedilatildeo e

disposiccedilatildeo em ajudar nesta pesquisa sempre que preciso

Agrave Professora Doutora Regina Zanella Penteado pela colaboraccedilatildeo na presente

pesquisa

Aos meus pais Eliezer Mariano da Cunha e Domingas Aparecida Cardoso de

Souza Cunha que depositaram total confianccedila em mim e pelo incentivo

incansaacutevel durante todos esses anos de graduaccedilatildeo e mestrado

Ao meu amado Ernane Zorzo pela paciecircncia nos meus momentos de

turbulecircncia pelo incentivo pelo amor e pelo cuidado Por sempre me fazer

acreditar que um dia eu seria vencedora de mais essa etapa de minha vida

Aos amigos Mariana Ramalho Renata Meireles Andressa Passadori Tatiane

Lima Gabriela Broglio Sabrina Leocaacutedia Ana Claudia Santos Luciana Fiorio

Amanda Santos Fabiele Carvalho Aline Fiori Maiacutera Niaradi Nataacutelia Paschoal

Amanda Do Valle Sheila Alves Livya Francis Juliana Moretti Ana Claudia

Dalmora Verocircnica Rocha Juliana Helena Bruna Campos Cintia Fadini e

Ademar Portilho que me incentivaram torceram e rezaram por mim em cada

momento dessa jornada

Aos meus inuacutemeros amigos e familiares pelas palavras de forccedila e

encorajamento

Aos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da cidade de Mariacutelia sujeitos dessa

pesquisa pela colaboraccedilatildeo no estudo

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (CAPES) pela

concessatildeo da bolsa de auxilio financeiro agrave presente pesquisa

A todos que contribuiacuteram direta e indiretamente para a realizaccedilatildeo dessa

pesquisa

RESUMO Objetivo Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica Meacutetodo Os professores responderam aos questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e foram submetidos agrave anaacutelise perceptivo-auditiva pela escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R= rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) Para anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) foram avaliados os iacutendices do domiacutenio do tempo e da frequecircncia os iacutendices geomeacutetricos e os exponentes fractais Resultados Os achados mostram que as condiccedilotildees de trabalho e estresse no trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica tecircm interferido diretamente em sua sauacutede vocal Fatores como gritar falar em ambientes abertos realizando atividade fiacutesica sobrecarregam o trabalho e predispotildee a populaccedilatildeo aos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave VFC observou-se que os professores que tiveram maior tempo de fonaccedilatildeo apresentaram uma menor VFC Conclusatildeo As condiccedilotildees de trabalho e o estresse no trabalho estatildeo interferindo diretamente na sauacutede vocal e geral dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica Houve associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC com o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) e com os domiacutenios do IDV e JSS

Palavras-chave Educaccedilatildeo fiacutesica Voz Disfonia e Regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca

ABSTRACT

Objective To investigate the association between working conditions voice disorders and cardiac autonomic modulation in Physical Education teachers Method Teachers responded to the questionnaires Condition Production Vocal Teacher (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Voice Handicap Index (VHI) and were analyzed by perceptual GRBASI scale (G = degree of change the voice heard R = roughness B = breathy A = asthenia S = tension I = instability) For analysis of heart rate variability (HRV) the indices were evaluated in the time and frequency domains the geometric indexes and exponents fractals were also evaluated Results The findings showed that working conditions and job stress of physical education teachers influenced directly on their vocal health Factors such as shouting speaking in open environments performing physical activity work overload and predisposes the population to voice disorders Regarding HRV it was found that teachers who had higher phonation time had lower HRV Conclusion The working conditions and job stress are directly interfering vocal health and overall physical education teachers There was a negative association of parasympathetic indices of HRV with the maximum phonation time (MPT) and the areas of IDV and JSS Keywords Physical Education Voice Dysphonia and Cardiac Autonomic Regulation

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomasPaacuteg 27

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocaisPaacuteg 30

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vidaPaacuteg 31

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e ambiente escolarPaacuteg 32

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e organizaccedilatildeo do trabalhoPaacuteg 34

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) dos sujeitos em cada subescala do protocoloPaacuteg 36

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)Paacuteg 37

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) somatoacuteria das respostas dos sujeitosPaacuteg 37

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes a cada domiacutenio do Job Stress Scale (JSS)Paacuteg 38

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASIPaacuteg 40

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo13

2 Objetivo16

3 Meacutetodo17

31 Populaccedilatildeo do Estudo17

32 Anaacutelise dos iacutendices lineares de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca21

33 Anaacutelise fractal da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca22

34 Anaacutelise dos iacutendices geomeacutetricos de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca23

35 Anaacutelise Estatiacutestica25

4 Resultados26

5 Discussatildeo47

6 Conclusatildeo59

7 Referecircncias60

8 Anexos67

81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)67

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)69

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia71

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia72

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)73

86 Questionaacuterio - Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)75

87 Questionaacuterio - Job Stress Scale (JSS)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip81

88 Questionaacuterio - Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)82

89 Aceite do artigo83

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

O distuacuterbio vocal na populaccedilatildeo docente em especial na populaccedilatildeo de

professores de educaccedilatildeo fiacutesica daacute-se por um montante de fatores que necessitam

de um delineamento cuidadoso para a elaboraccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo e

prevenccedilatildeo da sauacutede vocal

Em sua atividade laboral eacute importante que o professor de educaccedilatildeo fiacutesica

transmita vitalidade energia vigor dinamismo e sauacutede Sabe-se ainda que a voz de

comando influencia na disciplina do aluno eleva seu niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor (PEDROZA

PRADO e MACEDO 2010)

Em contra partida a voz usada de maneira inadequada ou com alteraccedilotildees

pode transmitir uma psicodinacircmica negativa gerar desconfortos sofrimentos mal-

estar e problemas com a satisfaccedilatildeo e colocaccedilatildeo profissional (SIMOtildeES 2000)

A voz do professor vem sendo objeto priorizado nas pesquisas

fonoaudioloacutegicas brasileiras nos uacuteltimos anos sendo em maior nuacutemero quando

comparadas agravequelas voltadas aos trabalhadores de outras categorias profissionais

(SIMOtildeES 2005 DRAGONE e BEHLAU 2006 DRAGONE et al 2008)

No periacuteodo entre os anos de 1994 a 2008 uma revisatildeo das publicaccedilotildees

fonoaudioloacutegicas brasileiras referentes agrave voz do professor (DRAGONE et al 2010)

contabilizou 500 publicaccedilotildees sendo 83 referentes agraves categorias de avaliaccedilatildeo e

dentre essas 86 avaliou os participantes eou as condiccedilotildees de trabalho Apenas

14 volta-se para os efeitos de programas de intervenccedilatildeo

Quanto ao meacutetodo da pesquisa nota-se que a perspectiva dos proacuteprios

professores foi a mais utilizada (525) seguida por anaacutelises perceptivo-auditivas e

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

Aos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da cidade de Mariacutelia sujeitos dessa

pesquisa pela colaboraccedilatildeo no estudo

Agrave Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior (CAPES) pela

concessatildeo da bolsa de auxilio financeiro agrave presente pesquisa

A todos que contribuiacuteram direta e indiretamente para a realizaccedilatildeo dessa

pesquisa

RESUMO Objetivo Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica Meacutetodo Os professores responderam aos questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e foram submetidos agrave anaacutelise perceptivo-auditiva pela escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R= rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) Para anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) foram avaliados os iacutendices do domiacutenio do tempo e da frequecircncia os iacutendices geomeacutetricos e os exponentes fractais Resultados Os achados mostram que as condiccedilotildees de trabalho e estresse no trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica tecircm interferido diretamente em sua sauacutede vocal Fatores como gritar falar em ambientes abertos realizando atividade fiacutesica sobrecarregam o trabalho e predispotildee a populaccedilatildeo aos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave VFC observou-se que os professores que tiveram maior tempo de fonaccedilatildeo apresentaram uma menor VFC Conclusatildeo As condiccedilotildees de trabalho e o estresse no trabalho estatildeo interferindo diretamente na sauacutede vocal e geral dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica Houve associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC com o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) e com os domiacutenios do IDV e JSS

Palavras-chave Educaccedilatildeo fiacutesica Voz Disfonia e Regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca

ABSTRACT

Objective To investigate the association between working conditions voice disorders and cardiac autonomic modulation in Physical Education teachers Method Teachers responded to the questionnaires Condition Production Vocal Teacher (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Voice Handicap Index (VHI) and were analyzed by perceptual GRBASI scale (G = degree of change the voice heard R = roughness B = breathy A = asthenia S = tension I = instability) For analysis of heart rate variability (HRV) the indices were evaluated in the time and frequency domains the geometric indexes and exponents fractals were also evaluated Results The findings showed that working conditions and job stress of physical education teachers influenced directly on their vocal health Factors such as shouting speaking in open environments performing physical activity work overload and predisposes the population to voice disorders Regarding HRV it was found that teachers who had higher phonation time had lower HRV Conclusion The working conditions and job stress are directly interfering vocal health and overall physical education teachers There was a negative association of parasympathetic indices of HRV with the maximum phonation time (MPT) and the areas of IDV and JSS Keywords Physical Education Voice Dysphonia and Cardiac Autonomic Regulation

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomasPaacuteg 27

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocaisPaacuteg 30

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vidaPaacuteg 31

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e ambiente escolarPaacuteg 32

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e organizaccedilatildeo do trabalhoPaacuteg 34

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) dos sujeitos em cada subescala do protocoloPaacuteg 36

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)Paacuteg 37

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) somatoacuteria das respostas dos sujeitosPaacuteg 37

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes a cada domiacutenio do Job Stress Scale (JSS)Paacuteg 38

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASIPaacuteg 40

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo13

2 Objetivo16

3 Meacutetodo17

31 Populaccedilatildeo do Estudo17

32 Anaacutelise dos iacutendices lineares de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca21

33 Anaacutelise fractal da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca22

34 Anaacutelise dos iacutendices geomeacutetricos de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca23

35 Anaacutelise Estatiacutestica25

4 Resultados26

5 Discussatildeo47

6 Conclusatildeo59

7 Referecircncias60

8 Anexos67

81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)67

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)69

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia71

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia72

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)73

86 Questionaacuterio - Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)75

87 Questionaacuterio - Job Stress Scale (JSS)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip81

88 Questionaacuterio - Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)82

89 Aceite do artigo83

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

O distuacuterbio vocal na populaccedilatildeo docente em especial na populaccedilatildeo de

professores de educaccedilatildeo fiacutesica daacute-se por um montante de fatores que necessitam

de um delineamento cuidadoso para a elaboraccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo e

prevenccedilatildeo da sauacutede vocal

Em sua atividade laboral eacute importante que o professor de educaccedilatildeo fiacutesica

transmita vitalidade energia vigor dinamismo e sauacutede Sabe-se ainda que a voz de

comando influencia na disciplina do aluno eleva seu niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor (PEDROZA

PRADO e MACEDO 2010)

Em contra partida a voz usada de maneira inadequada ou com alteraccedilotildees

pode transmitir uma psicodinacircmica negativa gerar desconfortos sofrimentos mal-

estar e problemas com a satisfaccedilatildeo e colocaccedilatildeo profissional (SIMOtildeES 2000)

A voz do professor vem sendo objeto priorizado nas pesquisas

fonoaudioloacutegicas brasileiras nos uacuteltimos anos sendo em maior nuacutemero quando

comparadas agravequelas voltadas aos trabalhadores de outras categorias profissionais

(SIMOtildeES 2005 DRAGONE e BEHLAU 2006 DRAGONE et al 2008)

No periacuteodo entre os anos de 1994 a 2008 uma revisatildeo das publicaccedilotildees

fonoaudioloacutegicas brasileiras referentes agrave voz do professor (DRAGONE et al 2010)

contabilizou 500 publicaccedilotildees sendo 83 referentes agraves categorias de avaliaccedilatildeo e

dentre essas 86 avaliou os participantes eou as condiccedilotildees de trabalho Apenas

14 volta-se para os efeitos de programas de intervenccedilatildeo

Quanto ao meacutetodo da pesquisa nota-se que a perspectiva dos proacuteprios

professores foi a mais utilizada (525) seguida por anaacutelises perceptivo-auditivas e

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

RESUMO Objetivo Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica Meacutetodo Os professores responderam aos questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e foram submetidos agrave anaacutelise perceptivo-auditiva pela escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R= rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) Para anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) foram avaliados os iacutendices do domiacutenio do tempo e da frequecircncia os iacutendices geomeacutetricos e os exponentes fractais Resultados Os achados mostram que as condiccedilotildees de trabalho e estresse no trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica tecircm interferido diretamente em sua sauacutede vocal Fatores como gritar falar em ambientes abertos realizando atividade fiacutesica sobrecarregam o trabalho e predispotildee a populaccedilatildeo aos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave VFC observou-se que os professores que tiveram maior tempo de fonaccedilatildeo apresentaram uma menor VFC Conclusatildeo As condiccedilotildees de trabalho e o estresse no trabalho estatildeo interferindo diretamente na sauacutede vocal e geral dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica Houve associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC com o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) e com os domiacutenios do IDV e JSS

Palavras-chave Educaccedilatildeo fiacutesica Voz Disfonia e Regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca

ABSTRACT

Objective To investigate the association between working conditions voice disorders and cardiac autonomic modulation in Physical Education teachers Method Teachers responded to the questionnaires Condition Production Vocal Teacher (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Voice Handicap Index (VHI) and were analyzed by perceptual GRBASI scale (G = degree of change the voice heard R = roughness B = breathy A = asthenia S = tension I = instability) For analysis of heart rate variability (HRV) the indices were evaluated in the time and frequency domains the geometric indexes and exponents fractals were also evaluated Results The findings showed that working conditions and job stress of physical education teachers influenced directly on their vocal health Factors such as shouting speaking in open environments performing physical activity work overload and predisposes the population to voice disorders Regarding HRV it was found that teachers who had higher phonation time had lower HRV Conclusion The working conditions and job stress are directly interfering vocal health and overall physical education teachers There was a negative association of parasympathetic indices of HRV with the maximum phonation time (MPT) and the areas of IDV and JSS Keywords Physical Education Voice Dysphonia and Cardiac Autonomic Regulation

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomasPaacuteg 27

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocaisPaacuteg 30

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vidaPaacuteg 31

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e ambiente escolarPaacuteg 32

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e organizaccedilatildeo do trabalhoPaacuteg 34

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) dos sujeitos em cada subescala do protocoloPaacuteg 36

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)Paacuteg 37

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) somatoacuteria das respostas dos sujeitosPaacuteg 37

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes a cada domiacutenio do Job Stress Scale (JSS)Paacuteg 38

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASIPaacuteg 40

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo13

2 Objetivo16

3 Meacutetodo17

31 Populaccedilatildeo do Estudo17

32 Anaacutelise dos iacutendices lineares de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca21

33 Anaacutelise fractal da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca22

34 Anaacutelise dos iacutendices geomeacutetricos de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca23

35 Anaacutelise Estatiacutestica25

4 Resultados26

5 Discussatildeo47

6 Conclusatildeo59

7 Referecircncias60

8 Anexos67

81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)67

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)69

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia71

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia72

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)73

86 Questionaacuterio - Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)75

87 Questionaacuterio - Job Stress Scale (JSS)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip81

88 Questionaacuterio - Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)82

89 Aceite do artigo83

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

O distuacuterbio vocal na populaccedilatildeo docente em especial na populaccedilatildeo de

professores de educaccedilatildeo fiacutesica daacute-se por um montante de fatores que necessitam

de um delineamento cuidadoso para a elaboraccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo e

prevenccedilatildeo da sauacutede vocal

Em sua atividade laboral eacute importante que o professor de educaccedilatildeo fiacutesica

transmita vitalidade energia vigor dinamismo e sauacutede Sabe-se ainda que a voz de

comando influencia na disciplina do aluno eleva seu niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor (PEDROZA

PRADO e MACEDO 2010)

Em contra partida a voz usada de maneira inadequada ou com alteraccedilotildees

pode transmitir uma psicodinacircmica negativa gerar desconfortos sofrimentos mal-

estar e problemas com a satisfaccedilatildeo e colocaccedilatildeo profissional (SIMOtildeES 2000)

A voz do professor vem sendo objeto priorizado nas pesquisas

fonoaudioloacutegicas brasileiras nos uacuteltimos anos sendo em maior nuacutemero quando

comparadas agravequelas voltadas aos trabalhadores de outras categorias profissionais

(SIMOtildeES 2005 DRAGONE e BEHLAU 2006 DRAGONE et al 2008)

No periacuteodo entre os anos de 1994 a 2008 uma revisatildeo das publicaccedilotildees

fonoaudioloacutegicas brasileiras referentes agrave voz do professor (DRAGONE et al 2010)

contabilizou 500 publicaccedilotildees sendo 83 referentes agraves categorias de avaliaccedilatildeo e

dentre essas 86 avaliou os participantes eou as condiccedilotildees de trabalho Apenas

14 volta-se para os efeitos de programas de intervenccedilatildeo

Quanto ao meacutetodo da pesquisa nota-se que a perspectiva dos proacuteprios

professores foi a mais utilizada (525) seguida por anaacutelises perceptivo-auditivas e

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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Jataiacute(GO) Anais IV Congresso Centro-Oeste de Ciecircncias do Esporte Disponiacutevel

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PINHO SMR Fundamentos em fonoaudiologia tratando os distuacuterbios da voz 1

Ed Rio de Janeiro 2003 Guanabara Koogan p 24-9 2003

PUCCINI F R S SERVILHA E A M Voz e Qualidade de Vida Avaliaccedilatildeo da Desvantagem Vocal em Professores 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 26 jan 2013] Disponiacutevel em httpwwwpuc-campinasedubrwebsistportalpesquisaicpic2010resumos2010924_185248_502028297_reslC3A1vpdf PUMPRLA J HOWORKA K GROVES D CHESTER M NOLAN J Functional assessment of heart rate variability physiological basis and practical applications Int J Cardiol 200284(1)1-14 REINHARDT V BEHLAU M Anaacutelise do perfil vocal de professores de body combat [monografia de especializaccedilatildeo] Centro de Estudos da Voz 2008 Disponiacutevel em httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=217 SANTINI J MOLINA NETO V A siacutendrome do esgotamento profissional em

professores de educaccedilatildeo fiacutesica um estudo na rede municipal de ensino de Porto

Alegre Rev bras Educ Fiacutes Esp 2005 19(3)209-22

SENtildeARIS GONZAacuteLEZ B NUacuteNtildeEZ BATALLA F CORTE SANTOS P SUAacuteREZ NIETO C Factors predicting Voice Handicap Index Acta Otorrinolaringol Esp 2006 Feb57(2)101-8 SERVILHA EAM LEAL ROF HIDAKA MTU Riscos ocupacionais na legislaccedilatildeo trabalhista brasileira destaque para aqueles relativos agrave sauacutede e voz do professor Rev Soc Bras Fonoaudiol 201015(4)505-13 SILVA CB Identificaccedilatildeo vocal dos professores de academia de ginaacutestica a partir dos sinais e sintomas Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3371amptid=1

65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

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STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

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66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

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YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

ABSTRACT

Objective To investigate the association between working conditions voice disorders and cardiac autonomic modulation in Physical Education teachers Method Teachers responded to the questionnaires Condition Production Vocal Teacher (CPV-P) Job Stress Scale (JSS) Voice Handicap Index (VHI) and were analyzed by perceptual GRBASI scale (G = degree of change the voice heard R = roughness B = breathy A = asthenia S = tension I = instability) For analysis of heart rate variability (HRV) the indices were evaluated in the time and frequency domains the geometric indexes and exponents fractals were also evaluated Results The findings showed that working conditions and job stress of physical education teachers influenced directly on their vocal health Factors such as shouting speaking in open environments performing physical activity work overload and predisposes the population to voice disorders Regarding HRV it was found that teachers who had higher phonation time had lower HRV Conclusion The working conditions and job stress are directly interfering vocal health and overall physical education teachers There was a negative association of parasympathetic indices of HRV with the maximum phonation time (MPT) and the areas of IDV and JSS Keywords Physical Education Voice Dysphonia and Cardiac Autonomic Regulation

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomasPaacuteg 27

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocaisPaacuteg 30

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vidaPaacuteg 31

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e ambiente escolarPaacuteg 32

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e organizaccedilatildeo do trabalhoPaacuteg 34

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) dos sujeitos em cada subescala do protocoloPaacuteg 36

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)Paacuteg 37

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) somatoacuteria das respostas dos sujeitosPaacuteg 37

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes a cada domiacutenio do Job Stress Scale (JSS)Paacuteg 38

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASIPaacuteg 40

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo13

2 Objetivo16

3 Meacutetodo17

31 Populaccedilatildeo do Estudo17

32 Anaacutelise dos iacutendices lineares de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca21

33 Anaacutelise fractal da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca22

34 Anaacutelise dos iacutendices geomeacutetricos de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca23

35 Anaacutelise Estatiacutestica25

4 Resultados26

5 Discussatildeo47

6 Conclusatildeo59

7 Referecircncias60

8 Anexos67

81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)67

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)69

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia71

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia72

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)73

86 Questionaacuterio - Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)75

87 Questionaacuterio - Job Stress Scale (JSS)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip81

88 Questionaacuterio - Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)82

89 Aceite do artigo83

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

O distuacuterbio vocal na populaccedilatildeo docente em especial na populaccedilatildeo de

professores de educaccedilatildeo fiacutesica daacute-se por um montante de fatores que necessitam

de um delineamento cuidadoso para a elaboraccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo e

prevenccedilatildeo da sauacutede vocal

Em sua atividade laboral eacute importante que o professor de educaccedilatildeo fiacutesica

transmita vitalidade energia vigor dinamismo e sauacutede Sabe-se ainda que a voz de

comando influencia na disciplina do aluno eleva seu niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor (PEDROZA

PRADO e MACEDO 2010)

Em contra partida a voz usada de maneira inadequada ou com alteraccedilotildees

pode transmitir uma psicodinacircmica negativa gerar desconfortos sofrimentos mal-

estar e problemas com a satisfaccedilatildeo e colocaccedilatildeo profissional (SIMOtildeES 2000)

A voz do professor vem sendo objeto priorizado nas pesquisas

fonoaudioloacutegicas brasileiras nos uacuteltimos anos sendo em maior nuacutemero quando

comparadas agravequelas voltadas aos trabalhadores de outras categorias profissionais

(SIMOtildeES 2005 DRAGONE e BEHLAU 2006 DRAGONE et al 2008)

No periacuteodo entre os anos de 1994 a 2008 uma revisatildeo das publicaccedilotildees

fonoaudioloacutegicas brasileiras referentes agrave voz do professor (DRAGONE et al 2010)

contabilizou 500 publicaccedilotildees sendo 83 referentes agraves categorias de avaliaccedilatildeo e

dentre essas 86 avaliou os participantes eou as condiccedilotildees de trabalho Apenas

14 volta-se para os efeitos de programas de intervenccedilatildeo

Quanto ao meacutetodo da pesquisa nota-se que a perspectiva dos proacuteprios

professores foi a mais utilizada (525) seguida por anaacutelises perceptivo-auditivas e

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomasPaacuteg 27

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocaisPaacuteg 30

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vidaPaacuteg 31

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e ambiente escolarPaacuteg 32

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e organizaccedilatildeo do trabalhoPaacuteg 34

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) dos sujeitos em cada subescala do protocoloPaacuteg 36

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)Paacuteg 37

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) somatoacuteria das respostas dos sujeitosPaacuteg 37

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes a cada domiacutenio do Job Stress Scale (JSS)Paacuteg 38

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASIPaacuteg 40

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 41

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o Tempo Maacuteximo de Fonaccedilatildeo (TMF) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 42

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 43

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo13

2 Objetivo16

3 Meacutetodo17

31 Populaccedilatildeo do Estudo17

32 Anaacutelise dos iacutendices lineares de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca21

33 Anaacutelise fractal da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca22

34 Anaacutelise dos iacutendices geomeacutetricos de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca23

35 Anaacutelise Estatiacutestica25

4 Resultados26

5 Discussatildeo47

6 Conclusatildeo59

7 Referecircncias60

8 Anexos67

81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)67

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)69

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia71

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia72

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)73

86 Questionaacuterio - Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)75

87 Questionaacuterio - Job Stress Scale (JSS)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip81

88 Questionaacuterio - Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)82

89 Aceite do artigo83

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

O distuacuterbio vocal na populaccedilatildeo docente em especial na populaccedilatildeo de

professores de educaccedilatildeo fiacutesica daacute-se por um montante de fatores que necessitam

de um delineamento cuidadoso para a elaboraccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo e

prevenccedilatildeo da sauacutede vocal

Em sua atividade laboral eacute importante que o professor de educaccedilatildeo fiacutesica

transmita vitalidade energia vigor dinamismo e sauacutede Sabe-se ainda que a voz de

comando influencia na disciplina do aluno eleva seu niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor (PEDROZA

PRADO e MACEDO 2010)

Em contra partida a voz usada de maneira inadequada ou com alteraccedilotildees

pode transmitir uma psicodinacircmica negativa gerar desconfortos sofrimentos mal-

estar e problemas com a satisfaccedilatildeo e colocaccedilatildeo profissional (SIMOtildeES 2000)

A voz do professor vem sendo objeto priorizado nas pesquisas

fonoaudioloacutegicas brasileiras nos uacuteltimos anos sendo em maior nuacutemero quando

comparadas agravequelas voltadas aos trabalhadores de outras categorias profissionais

(SIMOtildeES 2005 DRAGONE e BEHLAU 2006 DRAGONE et al 2008)

No periacuteodo entre os anos de 1994 a 2008 uma revisatildeo das publicaccedilotildees

fonoaudioloacutegicas brasileiras referentes agrave voz do professor (DRAGONE et al 2010)

contabilizou 500 publicaccedilotildees sendo 83 referentes agraves categorias de avaliaccedilatildeo e

dentre essas 86 avaliou os participantes eou as condiccedilotildees de trabalho Apenas

14 volta-se para os efeitos de programas de intervenccedilatildeo

Quanto ao meacutetodo da pesquisa nota-se que a perspectiva dos proacuteprios

professores foi a mais utilizada (525) seguida por anaacutelises perceptivo-auditivas e

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 44

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 45

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do Job Strees Scale (JSS) e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteacaPaacuteg 46

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo13

2 Objetivo16

3 Meacutetodo17

31 Populaccedilatildeo do Estudo17

32 Anaacutelise dos iacutendices lineares de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca21

33 Anaacutelise fractal da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca22

34 Anaacutelise dos iacutendices geomeacutetricos de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca23

35 Anaacutelise Estatiacutestica25

4 Resultados26

5 Discussatildeo47

6 Conclusatildeo59

7 Referecircncias60

8 Anexos67

81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)67

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)69

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia71

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia72

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)73

86 Questionaacuterio - Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)75

87 Questionaacuterio - Job Stress Scale (JSS)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip81

88 Questionaacuterio - Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)82

89 Aceite do artigo83

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

O distuacuterbio vocal na populaccedilatildeo docente em especial na populaccedilatildeo de

professores de educaccedilatildeo fiacutesica daacute-se por um montante de fatores que necessitam

de um delineamento cuidadoso para a elaboraccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo e

prevenccedilatildeo da sauacutede vocal

Em sua atividade laboral eacute importante que o professor de educaccedilatildeo fiacutesica

transmita vitalidade energia vigor dinamismo e sauacutede Sabe-se ainda que a voz de

comando influencia na disciplina do aluno eleva seu niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor (PEDROZA

PRADO e MACEDO 2010)

Em contra partida a voz usada de maneira inadequada ou com alteraccedilotildees

pode transmitir uma psicodinacircmica negativa gerar desconfortos sofrimentos mal-

estar e problemas com a satisfaccedilatildeo e colocaccedilatildeo profissional (SIMOtildeES 2000)

A voz do professor vem sendo objeto priorizado nas pesquisas

fonoaudioloacutegicas brasileiras nos uacuteltimos anos sendo em maior nuacutemero quando

comparadas agravequelas voltadas aos trabalhadores de outras categorias profissionais

(SIMOtildeES 2005 DRAGONE e BEHLAU 2006 DRAGONE et al 2008)

No periacuteodo entre os anos de 1994 a 2008 uma revisatildeo das publicaccedilotildees

fonoaudioloacutegicas brasileiras referentes agrave voz do professor (DRAGONE et al 2010)

contabilizou 500 publicaccedilotildees sendo 83 referentes agraves categorias de avaliaccedilatildeo e

dentre essas 86 avaliou os participantes eou as condiccedilotildees de trabalho Apenas

14 volta-se para os efeitos de programas de intervenccedilatildeo

Quanto ao meacutetodo da pesquisa nota-se que a perspectiva dos proacuteprios

professores foi a mais utilizada (525) seguida por anaacutelises perceptivo-auditivas e

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

SUMAacuteRIO

1 Introduccedilatildeo13

2 Objetivo16

3 Meacutetodo17

31 Populaccedilatildeo do Estudo17

32 Anaacutelise dos iacutendices lineares de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca21

33 Anaacutelise fractal da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca22

34 Anaacutelise dos iacutendices geomeacutetricos de variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca23

35 Anaacutelise Estatiacutestica25

4 Resultados26

5 Discussatildeo47

6 Conclusatildeo59

7 Referecircncias60

8 Anexos67

81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)67

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica (CEP)69

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia71

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia72

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)73

86 Questionaacuterio - Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)75

87 Questionaacuterio - Job Stress Scale (JSS)helliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphelliphellip81

88 Questionaacuterio - Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)82

89 Aceite do artigo83

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

O distuacuterbio vocal na populaccedilatildeo docente em especial na populaccedilatildeo de

professores de educaccedilatildeo fiacutesica daacute-se por um montante de fatores que necessitam

de um delineamento cuidadoso para a elaboraccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo e

prevenccedilatildeo da sauacutede vocal

Em sua atividade laboral eacute importante que o professor de educaccedilatildeo fiacutesica

transmita vitalidade energia vigor dinamismo e sauacutede Sabe-se ainda que a voz de

comando influencia na disciplina do aluno eleva seu niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor (PEDROZA

PRADO e MACEDO 2010)

Em contra partida a voz usada de maneira inadequada ou com alteraccedilotildees

pode transmitir uma psicodinacircmica negativa gerar desconfortos sofrimentos mal-

estar e problemas com a satisfaccedilatildeo e colocaccedilatildeo profissional (SIMOtildeES 2000)

A voz do professor vem sendo objeto priorizado nas pesquisas

fonoaudioloacutegicas brasileiras nos uacuteltimos anos sendo em maior nuacutemero quando

comparadas agravequelas voltadas aos trabalhadores de outras categorias profissionais

(SIMOtildeES 2005 DRAGONE e BEHLAU 2006 DRAGONE et al 2008)

No periacuteodo entre os anos de 1994 a 2008 uma revisatildeo das publicaccedilotildees

fonoaudioloacutegicas brasileiras referentes agrave voz do professor (DRAGONE et al 2010)

contabilizou 500 publicaccedilotildees sendo 83 referentes agraves categorias de avaliaccedilatildeo e

dentre essas 86 avaliou os participantes eou as condiccedilotildees de trabalho Apenas

14 volta-se para os efeitos de programas de intervenccedilatildeo

Quanto ao meacutetodo da pesquisa nota-se que a perspectiva dos proacuteprios

professores foi a mais utilizada (525) seguida por anaacutelises perceptivo-auditivas e

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

13

1 INTRODUCcedilAtildeO

O distuacuterbio vocal na populaccedilatildeo docente em especial na populaccedilatildeo de

professores de educaccedilatildeo fiacutesica daacute-se por um montante de fatores que necessitam

de um delineamento cuidadoso para a elaboraccedilatildeo de estrateacutegias de promoccedilatildeo e

prevenccedilatildeo da sauacutede vocal

Em sua atividade laboral eacute importante que o professor de educaccedilatildeo fiacutesica

transmita vitalidade energia vigor dinamismo e sauacutede Sabe-se ainda que a voz de

comando influencia na disciplina do aluno eleva seu niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor (PEDROZA

PRADO e MACEDO 2010)

Em contra partida a voz usada de maneira inadequada ou com alteraccedilotildees

pode transmitir uma psicodinacircmica negativa gerar desconfortos sofrimentos mal-

estar e problemas com a satisfaccedilatildeo e colocaccedilatildeo profissional (SIMOtildeES 2000)

A voz do professor vem sendo objeto priorizado nas pesquisas

fonoaudioloacutegicas brasileiras nos uacuteltimos anos sendo em maior nuacutemero quando

comparadas agravequelas voltadas aos trabalhadores de outras categorias profissionais

(SIMOtildeES 2005 DRAGONE e BEHLAU 2006 DRAGONE et al 2008)

No periacuteodo entre os anos de 1994 a 2008 uma revisatildeo das publicaccedilotildees

fonoaudioloacutegicas brasileiras referentes agrave voz do professor (DRAGONE et al 2010)

contabilizou 500 publicaccedilotildees sendo 83 referentes agraves categorias de avaliaccedilatildeo e

dentre essas 86 avaliou os participantes eou as condiccedilotildees de trabalho Apenas

14 volta-se para os efeitos de programas de intervenccedilatildeo

Quanto ao meacutetodo da pesquisa nota-se que a perspectiva dos proacuteprios

professores foi a mais utilizada (525) seguida por anaacutelises perceptivo-auditivas e

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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BENEVIDES-PEREIRA AMT (Org) Burnout Quando o trabalho ameaccedila o bem-

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YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

14

acuacutesticas (152) e avaliaccedilatildeo do ambiente e da organizaccedilatildeo do trabalho (apenas

149)

Em estudos amplos acerca das relaccedilotildees entre sauacutede e trabalho docente

(JARDIM BARRETO e ASSUNCcedilAtildeO 2007 GIANNINI 2010) observa-se que os

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica geralmente satildeo excluiacutedos por apresentarem uma

demanda maior e diferenciada do uso vocal em relaccedilatildeo aos professores de outras

disciplinas bem como por suas aulas apresentarem caracteriacutesticas de ensino

bastante diferenciadas das atividades docentes tradicionais

Cabe destacar que um levantamento acerca da produccedilatildeo fonoaudioloacutegica em

voz do professor entre 2005 e 2007 (DRAGONE et al 2008) evidenciou que

estudos especiacuteficos com professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica correspondem a somente

14 das produccedilotildees na aacuterea

Outro aspecto merece destaque a maioria das pesquisas fonoaudioloacutegicas

envolvendo profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica estaacute voltada ao professor que atua em

ambiente de academia particular Haacute poucas pesquisas com professores de

educaccedilatildeo fiacutesica escolar e dentre elas encontram-se aquelas relativas aos

professores do Ensino Fundamental (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al 2007

MEDEIROS e ALVES 2008) do Ensino Meacutedio (STEFFANI VIECELLI e GRASEL

2011) e do Ensino Superior (SERVILHA et al 1995 GRILLO e FUGOWSKI 2010)

Haacute portanto um segmento da categoria docente ainda fora do foco de atenccedilatildeo

das pesquisas fonoaudioloacutegicas os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escolas

puacuteblicas de Ensino Fundamental

Aleacutem dos problemas vocais a populaccedilatildeo em questatildeo pode tambeacutem estar

sujeita ao desenvolvimento de problemas ventilatoacuterios uma vez que se conhece a

relaccedilatildeo entre a fonaccedilatildeo e a ventilaccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006)

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

15

Nesse contexto a ventilaccedilatildeo estaacute relacionada agrave regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca e uma das formas de avaliaacute-la de modo natildeo invasivo em humanos eacute pela

anaacutelise da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca (VFC) termo convencionalmente

aceito para descrever as oscilaccedilotildees nos intervalos entre batimentos cardiacuteacos

consecutivos (intervalos RR) que estatildeo relacionadas agraves influecircncias do sistema

nervoso autocircnomo (SNA) sobre o noacutedulo sinusal Trata-se de uma teacutecnica natildeo

invasiva cuja anaacutelise pode ser realizada utilizando-se meacutetodos lineares no domiacutenio

do tempo e da frequecircncia e natildeo lineares no domiacutenio do caos (TASK FORCE OF

THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN

SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Os meacutetodos do domiacutenio de tempo usam teacutecnicas matematicamente simples

para mensurar a variabilidade presente nos intervalos R-R por meio de caacutelculos de

sua meacutedia e das variaccedilotildees do desvio padratildeo da frequecircncia cardiacuteaca ao longo do

tempo enquanto os meacutetodos do domiacutenio da frequecircncia utilizam a anaacutelise espectral

que permite decompor a variaccedilatildeo da frequecircncia cardiacuteaca em um determinado tempo

em seus componentes oscilatoacuterios fundamentais ou seja a seacuterie temporal eacute

decomposta em diferentes componentes de frequecircncia (GAMELIN et al 2006)

Na anaacutelise natildeo linear a abordagem da teoria do caos considera sistemas

dinacircmicos determiniacutesticos regidos por equaccedilotildees natildeo lineares e sensiacuteveis agraves

condiccedilotildees iniciais Essa forma de anaacutelise pode refletir mais adequadamente as

alteraccedilotildees na modulaccedilatildeo autonocircmica dos sistemas bioloacutegicos pois existem

evidecircncias de que os mecanismos envolvidos na regulaccedilatildeo cardiovascular

provavelmente interagem entre si de modo natildeo linear (VANDERLEI et al 2009)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos ndash iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular dos intervalos RR

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

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Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

16

(TINN) e plot de Poincareacute ndash os quais permitem apresentar os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e usar aproximaccedilotildees para delas derivar as medidas de VFC

(VANDERLEI et al 2009)

Mudanccedilas nos padrotildees da VFC podem ser indicadores sensiacuteveis e antecipados

de que pode haver comprometimentos na sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica A alta VFC eacute sinal de boa adaptaccedilatildeo o que caracteriza um indiviacuteduo

saudaacutevel com mecanismos autonocircmicos eficientes Inversamente a baixa VFC eacute

frequentemente um apontador de mau funcionamento fisioloacutegico no indiviacuteduo ou

seja haacute uma adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA necessitando de

investigaccedilotildees adicionais de modo a encontrar um diagnoacutestico especiacutefico (PUMPRLA

et al 2002)

Assim justifica-se a realizaccedilatildeo deste estudo pois satildeo escassos os trabalhos

que retratam os distuacuterbios vocais associados agraves condiccedilotildees de trabalho e a

associaccedilatildeo entre a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca e o tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar

Faz-se necessaacuterio desenvolver estudos que possibilitem conhecer e identificar

especificidades do uso da voz sauacutede vocal e condiccedilotildees de organizaccedilatildeo do trabalho

do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica em escolas puacuteblicas a fim de subsidiar accedilotildees de

promoccedilatildeo e prevenccedilatildeo da sauacutede vocal e melhor desempenho profissional

2 OBJETIVO

Verificar a associaccedilatildeo entre as condiccedilotildees de trabalho distuacuterbios vocais e a

modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

17

3 MEacuteTODO

31 Populaccedilatildeo do estudo

A populaccedilatildeo do estudo foi composta por 46 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do

municiacutepio de Mariacutelia situado na regiatildeo centro oeste paulista e conta com 35 escolas

estaduais e 19 escolas municipais de ensino fundamental Todos os procedimentos

realizados foram aprovados pelo Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Filosofia e Ciecircncias da UNESP sob os pareceres de Nordm 03542011 e Nordm 05852012

(anexos 81 e 82)

Os requisitos de inclusatildeo dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica foram os

seguintes estar em exerciacutecio e atuando em escolas de ensino fundamental da rede

municipal ou estadual Um dos criteacuterios de exclusatildeo foi estar lecionando em caraacuteter

substitutivo (professor eventual) Tambeacutem foram excluiacutedos sujeitos que relataram

distuacuterbios cardiorrespiratoacuterios

A pesquisadora realizou contato inicial com a Diretoria de Ensino e com a

Secretaria Municipal de Ensino de Mariacutelia (anexos 83 e 84) por meio do qual

obteve autorizaccedilatildeo para adentrar agraves escolas e apresentar a pesquisa agrave direccedilatildeo eou

agrave coordenaccedilatildeo pedagoacutegica Apoacutes obtenccedilatildeo da autorizaccedilatildeo a pesquisadora buscou

obter informaccedilotildees quanto ao sexo e faixa etaacuteria dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

da escola conhecer o espaccedilo destinado agraves suas atividades de ensino como sala de

aula ginaacutesios eou quadras (abertas ou fechadas cobertas ou natildeo) tipo de piso

(terra areia grama cimento madeira ou outro) piscinas ar condicionado

existecircncia de eco ou acuacutestica inadequada exposiccedilatildeo a vento sol chuva ou poeira

presenccedila de bebedouros e banheiros proacuteximos ao local das atividades Foi feito o

registro fotograacutefico das instalaccedilotildees em que ocorrem as aulas de Educaccedilatildeo Fiacutesica

com cacircmera digital da Samsung modelo Digimax NV30 81 MP bem como o

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

18

levantamento da grade horaacuteria

Na mesma oportunidade a pesquisadora solicitou o agendamento de uma

reuniatildeo com os docentes de Educaccedilatildeo Fiacutesica no HTPC (Horaacuterio de Trabalho e

Planejamento Coletivo) ocasiatildeo em que se efetuou o convite agrave participaccedilatildeo

expondo os objetivos e a metodologia da pesquisa bem como a apresentaccedilatildeo do

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ndash TECLE (anexo 85)

Os sujeitos receberam todas as informaccedilotildees pertinentes ao projeto aos

objetivos da pesquisa explicaccedilatildeo sobre os procedimentos que seriam utilizados

temporalidade riscos (se houvesse) resguardo da privacidade consentimento sobre

a sua participaccedilatildeo na pesquisa e o uso dos dados para fins cientiacuteficos e foram

convidados a assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido confirmando a

anuecircncia

Aqueles que aceitaram participar foram convidados a responder aos

questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) Job Stress Scale

(JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) Os professores tambeacutem participaram

da avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) e anaacutelise da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca realizados na proacutepria escola

O questionaacuterio Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P) ndash anexo 86

- eacute adequado para caracterizar as condiccedilotildees de trabalho na escola e perfil vocal de

professores sendo de faacutecil compreensatildeo e preenchimento aleacutem de poder ser

utilizado em sua totalidade ou em partes conforme o interesse em avaliar questotildees

sociodemograacuteficas do ambiente e organizaccedilatildeo do trabalho docente relativas agrave voz

(sintomas sensaccedilotildees condiccedilotildees de uso da voz no trabalho) e aspectos gerais de

sauacutede haacutebitos de vida e antecedentes familiares (FERREIRA et al 2003 e 2007) As

variaacuteveis foram analisadas em duas categorias natildeo (nunca e raramente) e sim (agraves

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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Fiacutesica Boletim da Sociedade Portuguesa de Educaccedilatildeo Fiacutesica Lisboa n 78 p27-

34 1993

PAOLIELLO M OLIVEIRA BFV LOPES JL AZEVEDO LL ASSUNCcedilAtildeO

KM Expressatildeo e comunicaccedilatildeo oral a interferecircncia da inserccedilatildeo da Fonoaudiologia

na grade curricular do curso de educaccedilatildeo fiacutesica para a conscientizaccedilatildeo dos

estudantes quanto agrave sauacutede vocal Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso

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PEDROZA PS PRADO APA MACEDO KMF A voz de comando na turma de

educaccedilatildeo fiacutesica nas series iniciais de uma escola municipal infantil do municiacutepio de

Jataiacute(GO) Anais IV Congresso Centro-Oeste de Ciecircncias do Esporte Disponiacutevel

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PINHO SMR Fundamentos em fonoaudiologia tratando os distuacuterbios da voz 1

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65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

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STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

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YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

19

vezes sempre) o caacutelculo de nuacutemero e frequecircncia de sintomas vocais foi feito

considerando-se sem sintoma (nunca e raramente) e com sintoma (agraves vezes e

sempre)

O instrumento Job Stress Scale (JSS) - anexo 87 - avalia as dimensotildees de

demanda controle e apoio no trabalho referentes agraves fontes de estresse no ambiente

psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da interaccedilatildeo dessas dimensotildees Foi

empregada a versatildeo resumida do instrumento adaptada para o portuguecircs (ALVES

et al 2004) a qual conta com 17 questotildees em trecircs dimensotildees demanda (questotildees

de a ateacute e) controle (questotildees de f ateacute k) e apoio (questotildees de l ateacute q) O caacutelculo

dos escores de cada dimensatildeo foi obtido pela somatoacuteria da pontuaccedilatildeo de cada

escore sendo demanda de 5 a 20 pontos (maior demanda pior situaccedilatildeo) controle

de 6 a 24 pontos (maior controle melhor situaccedilatildeo) e apoio de 6 a 24 pontos (maior

apoio melhor situaccedilatildeo) Este instrumento fora empregado em estudo com

professores de escolas municipais de Satildeo Paulo (GIANNINI 2010) que evidenciou

associaccedilatildeo estatiacutestica entre distuacuterbio de voz e a categoria de alto desgaste da

interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho

O questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) - anexo 88 - eacute um

instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e adequado para

quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo vocal Possui 30

questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional (questotildees

135681112161922) orgacircnico (241013141718202126) e emocional

(791523242527282930) O caacutelculo do escore eacute feito por somatoacuteria de todas as

questotildees ou das questotildees de cada domiacutenio de maneira que o escore geral varia de

0 a 120 pontos e o de cada domiacutenio de 0 a 40 sendo que quanto maior a

pontuaccedilatildeo mais intensa eacute a desvantagem vocal percebida Foi utilizada a versatildeo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

20

brasileira validada por Behlau Santos e Oliveira (2011) Os escores para vozes

saudaacuteveis e disfocircnicas respectivamente satildeo escore total 35 e 474 emocional 07

e 131 funcional 17 e 126 orgacircnico 11 e 217 (BEHLAU et al 2009)

A prevalecircncia de alteraccedilotildees vocais foi obtida a partir da avaliaccedilatildeo vocal

fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva vocal) A gravaccedilatildeo foi realizada na

proacutepria escola em uma sala silenciosa sendo a captaccedilatildeo realizada por meio de

gravador Marantz modelo PMD660 e microfone de cabeccedila SENNHEISER modelo

E855 posicionado em um acircngulo de 45ordm a 90ordm da boca mantendo-se distacircncia em

torno de 5 cm (BEHLAU 2001) Na gravaccedilatildeo foram solicitadas trecircs emissotildees da

vogal sustentada ldquoardquo tanto para a anaacutelise perceptivo-auditiva quanto para a

mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

A mensuraccedilatildeo do tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo (TMF) eacute amplamente descrita na

literatura cientiacutefica e tem apresentado grande ecircxito no que diz respeito agrave detecccedilatildeo

de alteraccedilotildees em niacutevel gloacutetico e respiratoacuterio Suas medidas de normalidade giram

em torno de 16 a 18 segundos Para falantes do portuguecircs do Brasil (experiecircncia

com falantes da cidade de Satildeo Paulo) considera-se uma meacutedia de 20 segundos

para os homens e 14 segundos para as mulheres (PINHO 2003)

A anaacutelise perceptivo-auditiva foi feita por 3 fonoaudioacutelogas experientes na aacuterea

de voz e com anaacutelise de confiabilidade dos julgamentos 10 vozes do total das 46

foram sorteadas e reinseridas na amostra totalizando 56 vozes para a anaacutelise

perceptivo-auditiva A avaliaccedilatildeo se valeu do instrumento escala numeacuterica GRBASI

em que G = grau de alteraccedilatildeo da voz ouvida R = rugosidade B = soprosidade A =

astenia S = tensatildeo e I = instabilidade Apoacutes a escuta de cada voz cada

fonoaudioacuteloga anotou no protocolo um valor de 0 a 3 (grau 0 ndash ausente grau 1 ndash

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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PUCCINI F R S SERVILHA E A M Voz e Qualidade de Vida Avaliaccedilatildeo da Desvantagem Vocal em Professores 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 26 jan 2013] Disponiacutevel em httpwwwpuc-campinasedubrwebsistportalpesquisaicpic2010resumos2010924_185248_502028297_reslC3A1vpdf PUMPRLA J HOWORKA K GROVES D CHESTER M NOLAN J Functional assessment of heart rate variability physiological basis and practical applications Int J Cardiol 200284(1)1-14 REINHARDT V BEHLAU M Anaacutelise do perfil vocal de professores de body combat [monografia de especializaccedilatildeo] Centro de Estudos da Voz 2008 Disponiacutevel em httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=217 SANTINI J MOLINA NETO V A siacutendrome do esgotamento profissional em

professores de educaccedilatildeo fiacutesica um estudo na rede municipal de ensino de Porto

Alegre Rev bras Educ Fiacutes Esp 2005 19(3)209-22

SENtildeARIS GONZAacuteLEZ B NUacuteNtildeEZ BATALLA F CORTE SANTOS P SUAacuteREZ NIETO C Factors predicting Voice Handicap Index Acta Otorrinolaringol Esp 2006 Feb57(2)101-8 SERVILHA EAM LEAL ROF HIDAKA MTU Riscos ocupacionais na legislaccedilatildeo trabalhista brasileira destaque para aqueles relativos agrave sauacutede e voz do professor Rev Soc Bras Fonoaudiol 201015(4)505-13 SILVA CB Identificaccedilatildeo vocal dos professores de academia de ginaacutestica a partir dos sinais e sintomas Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3371amptid=1

65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

043amptid=1

STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwefdeportescomefd155saude-vocal-

dos-profissionais-de-educacao-fisicahtm

TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

21

discreto grau 2 ndash moderado e grau 3 ndash intenso) para cada item referente agrave escala

GRBASI (HIRANO 1981 BEHLAU 2001)

Para anaacutelise dos iacutendices de variabilidade da frequumlecircncia cardiacuteaca foi utilizado o

cardiofrequenciacutemetro (Polar RS800CX) que conteacutem um computador de treino

(semelhante a um reloacutegio) que exibe e grava a frequecircncia cardiacuteaca e uma tira

elaacutestica onde eacute conectado o transmissor que envia o sinal da frequecircncia cardiacuteaca

para o aparelho em questatildeo

Os professores foram orientados a ter uma boa noite de sono evitar atividade

fiacutesica antes da avaliaccedilatildeo natildeo ingerir cafeacute ou bebidas que estimulassem a frequecircncia

cardiacuteaca A pesquisadora pediu que durante a avaliaccedilatildeo o professor ficasse em

repouso sem fechar os olhos falar ou cruzar as pernas a fim de evitar alguma

interferecircncia

32 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES LINEARES DE VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA

CARDIacuteACA

Foi registrado batimento a batimento durante todo o protocolo experimental

que teve duraccedilatildeo de 10 minutos com uma taxa de amostragem de 1000 Hz Do

periacuteodo de maior estabilidade do sinal foi selecionado um intervalo de cinco

minutos e somente as seacuteries com mais de 256 intervalos RR foram utilizadas para

anaacutelise (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) Nessas seacuteries foram realizadas filtragens digital e manual para eliminaccedilatildeo de

batimentos ectoacutepicos prematuros e artefatos e somente aquelas com mais de 95

de batimentos sinusais foram incluiacutedas no estudo (VANDERLEI et al 2009)

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

ALVES MGM CHOR D FAERSTEIN E LOPES CS WERNECK GL Versatildeo resumida da Job Stress Scale Adaptaccedilatildeo para o portuguecircs Revista de Sauacutede Puacuteblica 2004 38(2)164-71 ARAUacuteJO TM CARVALHO FM Condiccedilotildees de trabalho docente e sauacutede na Bahia estudos epidemioloacutegicos Educ Soc 2009 30(107) 427-449 Disponiacutevel em httpwwwcedesunicampbr BANDEIRA MPA CRUZ MG PAZ MS Avaliaccedilatildeo da qualidade vocal dos educadores de academias particulares de ginaacutestica da cidade de Teresina PI BRASIL Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa BEHLAU M Voz ndash O livro do especialista Rio de Janeiro Revinter 2001 BEHLAU M FEIJOacute D MADAZIO G REHDER MIC AZEVEDO R FERREIRA AE Voz Profissional aspectos gerais e atuaccedilatildeo fonoaudioloacutegica In BEHLAU M (org) Voz O livro do Especialista Vol II Rio de Janeiro Revinter 2005 p 287-407 BEHLAU M OLIVEIRA G SANTOS LMA RICARTE A Validaccedilatildeo no Brasil de protocoacutelos de auto-avaliaccedilatildeo do impacto de uma disfonia Proacute-Fono 2009 21(4) 326-32 BEHLAU M SANTOS LMA OLIVEIRA G Cross-Cultural Adaptation and

Validation of the Voice Handicap Index Into Brazilian Portuguese Journal of Voice

2011 25(3) 354-359

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

22

Para anaacutelise da VFC no domiacutenio da frequecircncia utilizamos os componentes

espectrais de baixa frequecircncia (LF 004-015 Hz) e alta frequecircncia (HF 015-040

Hz) em ms2 e unidades normalizadas A anaacutelise espectral foi calculada usando o

algoritmo da Transformada Raacutepida de Fourier

Jaacute a anaacutelise no domiacutenio do tempo foi realizada por meio dos iacutendices SDNN

(desvio-padratildeo da meacutedia dos intervalos RR normais) RMSSD (raiz quadrada da

meacutedia do quadrado das diferenccedilas entre os intervalos RR normais adjacentes)

NN50 (nuacutemero dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de duraccedilatildeo maior que

50ms) e pNN50 (porcentagem dos intervalos RR adjacentes com diferenccedila de

duraccedilatildeo maior que 50ms)

33 ANAacuteLISE FRACTAL DA VARIABILIDADE DA FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Para anaacutelise das propriedades fractais da frequecircncia cardiacuteaca o meacutetodo DFA

foi aplicado agrave seacuterie temporal dos intervalos RR O procedimento para o caacutelculo do

DFA foi composto das seguintes etapas

Inicialmente a seacuterie RR obtida experimentalmente eacute integrada usando-se a

expressatildeo

k

i

aveRRiRRkY1

])([)(

Em que Y(k) eacute o k-eacutesimo termo da seacuterie integrada (k = 1 2 N) RR(i) eacute o i-

eacutesimo valor dos intervalos RR e RRave eacute a meacutedia dos intervalos RR da seacuterie

original de comprimento N ou seja

N

i

iRRN

RRave1

)(1

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

23

Em seguida a seacuterie temporal integrada eacute dividida em intervalos de

comprimento igual a n com n = 1 2 N Em cada um desses intervalos eacute

calculada a tendecircncia local da seacuterie por uma reta de miacutenimos quadrados ajustada

aos dados Denotamos a coordenada y dessa reta por Yn(k) Em seguida

destendenciamos a seacuterie integrada Y(k) subtraindo a tendecircncia local Yn(k) em

cada intervalo Para um dado intervalo de tamanho n o tamanho caracteriacutestico da

flutuaccedilatildeo para a seacuterie integrada e destendenciada eacute calculado por

N

KkYnkYNnF

1

2)]()([1)(

Esse procedimento foi repetido para todos os intervalos de tamanho n

obtendo-se uma relaccedilatildeo entre a meacutedia das flutuaccedilotildees F(n) e o tamanho dos

intervalos n Se essa relaccedilatildeo for linear em um graacutefico log-log isso indica a existecircncia

de uma lei exponencial em escala de acordo com a foacutermula

nnF )( em que

α eacute o expoente de escala que pode ser calculado por regressatildeo linear em um

graacutefico log-log Foram calculados o expoentes fractais de curto prazo (alfa-1)

correspondente ao periacuteodo de 4 a 11 batimentos o expoente de longo prazo (alfa-2)

que corresponde a periacuteodos longos acima de 11 batimentos e a relaccedilatildeo entre eles

(alfa-1alfa-2)

34 ANAacuteLISE DOS IacuteNDICES GEOMEacuteTRICOS DE VARIABILIDADE DA

FREQUEcircNCIA CARDIacuteACA

Foram analisados os seguintes iacutendices geomeacutetricos RRtri TINN e plot de

Poincareacute (SD1 SD2 relaccedilatildeo SD1SD2)

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwefdeportescomefd155saude-vocal-

dos-profissionais-de-educacao-fisicahtm

TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

24

O RRtri foi calculado a partir da construccedilatildeo do histograma de densidade dos

intervalos RR normais e obtido pela divisatildeo da integral do histograma (isto eacute o

nuacutemero total de intervalos RR) pelo maacuteximo da distribuiccedilatildeo de densidade (frequecircncia

modal dos intervalos RR) mensurado em uma escala discreta com caixas de 78125

ms (1128 segundos) (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF

CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND

ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

O TINN consiste na largura da linha de base da distribuiccedilatildeo medida como a

base de um triacircngulo aproximando a distribuiccedilatildeo de todos os intervalos RR sendo

que a diferenccedila dos miacutenimos quadrados foi utilizada para determinaccedilatildeo do triacircngulo

(TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE

NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

Para a construccedilatildeo do plot de Poincareacute cada intervalo RR foi representado em

funccedilatildeo do intervalo anterior (proacuteximo intervalo) e para a anaacutelise quantitativa do plot

de Poincareacute foram calculados os seguintes iacutendices SD1 (desvio-padratildeo da

variabilidade instantacircnea batimento a batimento) SD2 (desvio-padratildeo em longo

prazo dos intervalos R-R contiacutenuos) e a relaccedilatildeo SD1SD2

A anaacutelise qualitativa (visual) do plot de Poincareacute foi feita por meio da anaacutelise

das figuras formadas pelo atrator do plot as quais foram descritas

1) Figura na qual um aumento na dispersatildeo dos intervalos RR batimento

a batimento eacute observado com aumento nos intervalos RR caracteriacutestica de um plot

normal

2) Figura com pequena dispersatildeo global batimento a batimento e sem

aumento da dispersatildeo dos intervalos RR em longo prazo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

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Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

25

35 ANAacuteLISE ESTATIacuteSTICA

Inicialmente foi determinada a normalidade dos dados por meio do teste de

Shapiro-Wilk Para realizar a correlaccedilatildeo entre as variaacuteveis foi aplicado o teste de

correlaccedilatildeo de Pearson para distribuiccedilotildees parameacutetricas enquanto para distribuiccedilotildees

natildeo-parameacutetricas foi aplicado o teste de correlaccedilatildeo de Spearman Valores de

correlaccedilatildeo forte foram considerados para r gt 05 correlaccedilatildeo moderada foi

considerada para valores de r entre 03 e 049 (03 gt r gt 049) e correlaccedilatildeo fraca

para valores de r lt 03 Diferenccedilas nesses testes foram consideradas

estatisticamente significantes quando o valor de p foi menor que 005 O programa

estatiacutestico utilizado foi o Software GraphPad StatMate version 200 for Windows

GraphPad Software San Diego California USA

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

26

4 RESULTADOS

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos

professores quanto ao sexo idade aspectos vocais e sintomas foram organizados

na tabela 1 Nota-se que os resultados do protocolo Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do

Professor (CPV-P) apontaram que grande parte dos professores (38) tem jornada

semanal de trabalho de 31 a 40 horas atuam em meacutedia em duas escolas satildeo

professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica haacute pelo menos 16 anos (tempo miacutenimo lt 1 ano e

maacuteximo de 39 anos) e 37 dos professores trabalham em outro local aleacutem da

escola

Grande parte auto referiu ter alteraccedilotildees vocais e a queixa ocorre em geral haacute

mais de 4 anos Quando questionados sobre o que teria acarretado essa alteraccedilatildeo

vocal os professores relataram o uso intensivo da voz e em segundo lugar o

estresse (Tabela 1)

Embora grande parte dos professores apresente queixas vocais nota-se que

satildeo poucos os que realizam algum tipo de tratamento sendo o uso de medicamento

o mais frequente

Os sintomas vocais mais relatados foram rouquidatildeo garganta seca falha na

voz esforccedilo ao falar pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na garganta

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

27

Tabela 1 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) idade (meacutedia) aspectos vocais e sintomas

Variaacutevel Categoria (Aspectos vocais sintomas)

Sexo Masculino Feminino

N N

21 25

46 54

Idade Meacutedia Meacutedia

44 anos 42 anos

Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N

() () () ()

Alteraccedilatildeo

na voz

7 14 7 18

33 67 28 72

Haacute quanto tempo tem alteraccedilatildeo vocal

0 a 5 meses 20 1 24 1

95 5 96 4

6 a 11 meses 19 2 23 2

90 10 92 8

1 a 2 anos 19 2 22 3

90 10 88 12

3 a 4 anos 18 3 23 2

86 14 92 8

+ de 4 anos 15 6 13 12

71 29 52 48

O que causou a alteraccedilatildeo vocal

Uso intensivo

da voz

8 13 10 15

38 62 40 60

Infecccedilatildeo

respiratoacuteria

18 3 19 6

86 14 76 24

Alergia 19 2 20 5

90 10 80 20

Gripe

constante

20 1 24 1

95 5 96 4

Estresse 14 7 13 12

67 33 52 48

Natildeo sabe 20 1 23 2

95 5 92 8

Exposiccedilatildeo ao

barulho

16 5 14 11

76 24 56 44

Natildeo houve

causa

aparente

21 0 24 1

100 0 96 4

Exposiccedilatildeo ao

frio

16 5 17 8

76 24 68 32

Outros 20 1 21 4

95 5 84 16

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

28

Realiza

tratamento

19 2 19 6

90 10 76 24

Que tipo de tratamento foi esse

Terapia

fonoaudioloacutegica

20 1 23 2

95 5 92 8

Uso de

medicamentos

19 2 21 4

90 10 84 16

Cirurgia 21 0 24 1

100 0 96 4

Outros 21 0 23 2

100 0 92 8

Sintomas

Rouquidatildeo 9 12 10 15

43 57 40 60

Perda da

voz

19 2 19 6

90 10 76 24

Falha na

voz

13 8 11 14

62 38 44 56

Falta de ar

ao falar

21 0 18 7

100 0 72 28

Voz fina 19 2 22 3

90 10 88 12

Voz grossa 20 1 17 8

95 5 68 32

Variando

finagrossa

15 6 19 6

71 29 76 24

Voz fraca 14 7 17 8

67 33 68 32

Esforccedilo ao

falar

12 9 12 13

57 43 48 52

Cansaccedilo ao

falar

13 8 13 12

62 38 52 48

Garganta

seca

8 13 2 23

38 62 8 92

Pigarro 17 4 8 17

81 19 32 68

Bola na

garganta

21 0 17 8

100 0 92 8

Areia na

garganta

18 3 24 1

86 14 96 4

Ardor na

garganta

15 6 11 14

71 29 44 56

Secreccedilatildeo

catarro na

garganta

16 5 12 13

76 24 48 52

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

29

Dor ao

falar

18 3 17 8

86 14 68 32

Dor ao

engolir

18 3 16 9

86 14 64 36

Dificuldade

para engolir

19 2 19 6

90 10 76 24

Tosse seca 16 5 16 9

76 24 64 36

Tosse com

catarro

19 2 18 7

90 10 72 28

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

30

Tabela 2 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e haacutebitos vocais

Variaacutevel Categoria (Haacutebitos vocais)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () () Gritar 5 16 5 20 24 76 20 80 Falar muito 3 18 0 25 14 86 0 100 Falar em lugar aberto

0 21 0 25

0 100 0 100 Falar realizando atividades fiacutesicas

1 20 3 22

5 95 12 88 Falar carregando peso

14 7 11 14

67 33 44 56 Bebe aacutegua durante o uso da voz

10 11 8 17

48 52 32 68 Poupa a voz quando estaacute sem alunos

6 15 5 20

29 71 20 80 Recebeu orientaccedilotildees sobre cuidados vocais

19 2 22 3

90 10 88 12 Estaacute satisfeito com a voz

2 19 6 19

10 90 24 76

Faltou ao trabalho por alteraccedilotildees vocais

21 0 23 2

100 0 92 8 Jaacute tirou licenccedila meacutedica

12 9 12 13

57 43 48 52 Realiza outras atividades que exige o uso da voz

11 10 15 10

52 48 60 40

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

31

As informaccedilotildees referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto ao sexo e haacutebitos vocais estatildeo dispostas na tabela 2 Verifica-se que os

professores apresentam haacutebitos como gritar falar muito falar em lugar aberto falar

realizando atividades fiacutesicas e falar carregando peso

Tabela 3 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e estilo de vida

Variaacutevel Categoria (Estilo de Vida)

Sexo Masculino Feminino N N 21 25 46 54

Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

Atividades de lazer

4 17 5 20

19 81 20 80 Fuma 19 2 22 3 90 10 88 12 Ingere bebida alcooacutelica

16 5 18 7

76 24 72 28 Alimenta em horaacuterios regulares

2 19 9 16

10 90 36 64 Evita algum alimento

12 9 11 14

57 43 44 56 Ao abrir a boca ou mastigar nota Estalos 17 4 15 10 81 19 60 40 Sensaccedilatildeo de areia

20 1 24 1

95 5 96 4 Desvio de queixo

19 2 18 7

90 10 72 28 dificuldade ao abrir a boca

21 0 18 7

100 0 72 28 Dificuldade ao morder o alimento

20 1 20 5

95 5 80 20 Quanto ao sono Acorda durante a noite

15 6 9 16

71 29 36 64 Acorda descansado

2 19 7 18

10 90 28 72

Alteraccedilatildeo de voz na famiacutelia

18 3 21 4

86 14 84 16

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

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YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

32

A tabela 3 apresenta os resultados referentes agrave distribuiccedilatildeo numeacuterica e

percentual dos professores quanto ao sexo e ao estilo de vida Nota-se que satildeo

poucos os professores que apresentam haacutebitos como fumar ou ingerir bebidas

alcooacutelicas

Tabela 4 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M-Masculino F- Feminino) e ambiente escolar Variaacutevel Categoria (Ambiente escolar)

Sexo Masculino Feminino Total (masc e

fem)

Natildeo Sim Natildeo Sim Natildeo Sim

N N N N N N

() () () () () ()

A escola eacute

ruidosa

2 19 4 21 6 40

10 90 16 84 13 87

O ruiacutedo eacute forte 5 16 7 18 12 34

24 76 28 72 26 74

O ruiacutedo eacute

desagradaacutevel

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

De onde vem o ruiacutedo

Paacutetio da escola 8 13 11 14 19 27

38 62 44 56 41 59

Obras na escola 18 3 21 4 39 7

86 14 84 16 85 15

Aparelho de

somTV

19 2 21 4 40 6

90 10 84 16 87 13

Da proacutepria sala 12 9 10 15 22 24

57 43 40 60 48 52

Da rua 14 7 17 8 31 15

67 33 68 32 77 33

De outras salas 14 7 15 10 29 17

67 33 60 40 63 37

Da voz das

pessoas

13 8 15 10 28 18

62 38 60 40 61 39

Outros 19 2 24 1 43 3

90 10 96 4 94 6

A acuacutestica da

sala eacute

satisfatoacuteria

9 12 4 21 13 33

43 57 16 84 28 72

A sala tem eco 11 10 21 4 32 14

52 48 84 16 70 30

Haacute poeira no

local

2 19 5 20 7 39

10 90 20 80 15 85

Haacute fumaccedila no

local

15 6 12 13 27 19

71 29 48 52 59 41

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

33

A temperatura

eacute agradaacutevel

4 17 4 21 8 38

19 81 16 84 17 83

Haacute umidade no

Local

14

7

17

8

31

15

67 33 68 32 67 33

Tem

iluminaccedilatildeo

adequada

2 19 1 24 3 43

10 90 4 96 7 93

A limpeza eacute

satisfatoacuteria

3 18 0 25 3 43

14 86 0 100 7 93

Higiene

adequada nos

banheiros

1 20 0 25 1 45

5 95 0 100 2 98

Os produtos

de limpeza

causam

irritaccedilatildeo

19 2 18 7 37 9

90 10 72 28 80 20

O tamanho da

sala eacute

adequada

ao nordm de

alunos

3 18 5 20 8 38

14 86 20 80 17 83

Os moacuteveis satildeo

adequados agrave

sua estatura

2 19 7 18 9 37

10 90 28 72 20 80

Existe local

adequado de

descanso dos

professores

6 15 12 13 18 28

29 71 48 52 39 61

A descriccedilatildeo do ambiente escolar estaacute exposta na tabela 4 Nota-se que grande

parte do ruiacutedo eacute advindo do paacutetio da escola de obras e da proacutepria sala

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

34

Tabela 5 Distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores quanto ao sexo (M- Masculino F- Feminino) e agrave organizaccedilatildeo do trabalho

Variaacutevel Categoria (Organizaccedilatildeo de Trabalho)

Sexo Masculino Feminino Natildeo Sim Natildeo Sim N N N N () () () ()

O ambiente de trabalho eacute calmo

6 15 7 18

29 71 28 72 Tem bom relacionamento com os colegas

0

21

0

25

0 100 0 100 Com a direccedilatildeo 0 21 0 20 0 100 0 100 Com os alunos 1 20 1 24 5 95 4 96 Com os pais 1 20 0 25 5 95 0 100 Tem liberdade para planejar realizar as atividades

0 21 1 24

0 100 4 96 Haacute supervisatildeo constante

3 18 4 21

14 86 16 84 O ritmo de trabalho eacute estressante

4 17 3 22

19 81 12 88 Haacute material de trabalho adequado

5 16 7 18

24 76 28 72 Haacute material de trabalho suficiente

6 15 13 12

29 71 52 48 O trabalho eacute monoacutetono

15 6 14 11

71 29 56 44 O trabalho eacute repetitivo

13 8 10 15

62

38 40 60

Tem tempo para realizar as atividades na escola

1 20 5 20

5 95 20 80 Leva trabalho para casa

5 16 3 22

24 76 12 88 Em caso de necessidade tem facilidade para se ausentar da sala

10 11 7 18

48 52 28 72

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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professores de educaccedilatildeo fiacutesica um estudo na rede municipal de ensino de Porto

Alegre Rev bras Educ Fiacutes Esp 2005 19(3)209-22

SENtildeARIS GONZAacuteLEZ B NUacuteNtildeEZ BATALLA F CORTE SANTOS P SUAacuteREZ NIETO C Factors predicting Voice Handicap Index Acta Otorrinolaringol Esp 2006 Feb57(2)101-8 SERVILHA EAM LEAL ROF HIDAKA MTU Riscos ocupacionais na legislaccedilatildeo trabalhista brasileira destaque para aqueles relativos agrave sauacutede e voz do professor Rev Soc Bras Fonoaudiol 201015(4)505-13 SILVA CB Identificaccedilatildeo vocal dos professores de academia de ginaacutestica a partir dos sinais e sintomas Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3371amptid=1

65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

043amptid=1

STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwefdeportescomefd155saude-vocal-

dos-profissionais-de-educacao-fisicahtm

TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

35

Realiza esforccedilo fiacutesico intenso

12 9 6 19

57 43 24 76 Carrega peso com frequecircncia

14 7 9 16

67 33 36 64 Haacute comprometi- mento dos funcionaacuterios com a manutenccedilatildeo e organizaccedilatildeo

1 20 4 21

5 95 16 84 Tem satisfaccedilatildeo no desempenho da funccedilatildeo

0

21

1

24

0 100 4 96 Haacute estresse no trabalho

3 18 2 23

14 86 8 92 Fatores do trabalho interferem na sauacutede

5 16 9 16

24 76 36 64

Situaccedilotildees de violecircncia que podem ocorrer na escola Depredaccedilotildees 13 8 18 7 62 38 72 28 Roubo de objetos pessoais

11 10 17 8

52 48 68 32 Roubo de material da escola

16 5 18 7

76 24 72 28 Ameaccedila ao professor

15 6 17 8

71 29 68 32 Intervenccedilatildeo da poliacutecia

12 9 13 12

57 43 52 48 Manifestaccedilatildeo de racismo

16 5 17 8

76 24 68 32 Indisciplina em sala de aula

4 17 0 25

19 81 0 100 Brigas 7 14 7 18 33 67 28 72 Agressotildees 13 8 10 15 62 38 40 60 Tiros 21 0 25 0 100 0 100 0 Insultos 5 16 7 18 24

76 28 72

Violecircncia agrave porta da escola

14 7 14 11

67 33 56 44 Violecircncia contra os funcionaacuterios

21 0 15 10

100 0 60 40

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

36

Problemas com drogas

16 5 14 11

76 24 56 44 Pichaccedilotildees 13 8 15 10 38 62 60 40

Na tabela 5 observa-se a distribuiccedilatildeo numeacuterica e percentual dos professores

quanto agrave organizaccedilatildeo do trabalho Nota-se que o ritmo de trabalho eacute considerado

estressante e que a realizaccedilatildeo de esforccedilo fiacutesico intenso foi relatada por grande parte

dos professores

Em relaccedilatildeo agraves situaccedilotildees de violecircncia ocorridas na escola a indisciplina em

sala de aula foi a mais citada

Tabela 6 Meacutedia do Iacutendice de Desvantagem Vocal dos sujeitos em cada subescala

do protocolo

IDV Escores

Emocional 328

Funcional 463

Orgacircnico 891

Total 1682

Em relaccedilatildeo aos achados do questionaacuterio Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV)

observa-se na tabela 6 que a meacutedia dos escores de cada domiacutenio natildeo eacute

significativa pois todas estatildeo abaixo de 40 pontos o que ilustra que os professores

natildeo se consideram em desvantagem vocal Entretanto o domiacutenio orgacircnico sobressai

aos demais mostrando que tem maior impacto sob a vida dos participantes

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

37

Tabela 7 Escores totais dos participantes por subescala do protocolo IDV Escores totais por subescala

Emocional Funcional Orgacircnico Total

151 213 410 774

A tabela 7 tambeacutem mostra que o domiacutenio orgacircnico se destaca em relaccedilatildeo ao

domiacutenio funcional e emocional

Tabela 8 Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

Itens do protocolo de Iacutendice de Desvantagem Vocal somatoacuteria de respostas dos sujeitos

F1 As pessoas tecircm dificuldade em me ouvir por causa da minha voz

38

O2 Fico sem ar quando falo

32

F3 As pessoas tecircm dificuldade de me entender em lugares barulhentos

66

O4 Minha voz varia ao longo do dia

76

F5 Minha famiacutelia tem dificuldade de me ouvir quando os chamo de um outro cocircmodo da casa

29

F6 Uso menos o telefone do que eu gostaria

21

E7 Fico tenso quando falo com os outros por causa da minha voz

14

F8 Tenho tendecircncia a evitar grupos de pessoas por causa da minha voz

03

E9 As pessoas parecem se irritar com a minha voz

28

O10 As pessoas perguntam O que vocecirc tem na voz

14

F11 Falo menos com amigos vizinhos e parentes por causa da minha voz

06

F12 As pessoas pedem para eu repetir o que falo quando conversamos pessoalmente

30

O13 Minha voz parece rouca e seca

53

O14 Sinto que tenho que fazer forccedila para minha voz sair

42

E15 Acho que as pessoas natildeo entendem o meu problema de voz

13

F16 Meu problema de voz limita minha vida social e pessoal

06

O17 Natildeo consigo prever quando minha voz vai sair clara

27

O18 Tento mudar minha voz para que ela saia diferente

29

F19 Eu me sinto excluiacutedo das conversas por causa da minha voz

04

O20 Faccedilo muito esforccedilo para falar

29

O21 Minha voz eacute pior no final do dia

68

F22 Meu problema de voz me causa prejuiacutezos econocircmicos

10

E23 Meu problema de voz me chateia

27

E24 Fiquei menos expansivo por causa do meu problema de voz

13

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

38

E25 Minha voz faz com que eu me sinta em desvantagem

14

O26 Minha voz falha no meio da fala

40

E27 Fico irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

20

E28 Fico constrangido quando as pessoas me pedem para repetir o que falei

13

E29 Minha voz me faz sentir incompetente

08

E30 Tenho vergonha do meu problema de voz

01

E= emocional F= funcional O= orgacircnico

A tabela 8 nos mostra a soma das respostas dos sujeitos referentes a cada

questatildeo do IDV Foram destacadas as questotildees mais pontuadas dentro de cada

domiacutenio

Tabela 9 Somatoacuteria das respostas dos sujeitos referentes aos domiacutenios demanda controle e apoio

Somatoacuteria das respostas dos sujeitos em cada domiacutenio

Professores Demanda Controle Apoio

P 1 15 20 18

P 2 15 21 23

P 3 14 21 23

P 4 11 20 23

P 5 17 22 20

P 6 17 18 19

P 7 14 18 18

P 8 16 17 17

P 9 11 20 23

P 10 18 19 18

P 11 15 15 16

P 12 13 20 23

P 13 10 21 20

P 14 18 14 13

P 15 12 16 21

P 16 15 20 17

P 17 17 16 22

P 18 13 21 23

P 19 18 18 23

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

39

P 20 10 21 19

P 21 17 17 15

P 22 12 19 21

P 23 14 17 16

P 24 14 17 19

P 25 11 16 18

P 26 17 13 18

P 27 11 19 23

P 28 11 20 15

P 29 14 21 23

P 30 13 22 21

P 31 17 17 16

P 32 14 20 18

P 33 12 17 15

P 34 15 18 21

P 35 9 19 21

P 36 11 21 23

P 37 16 20 17

P 38 8 20 18

P 39 17 21 18

P 40 10 21 21

P 41 12 20 19

P 42 15 19 17

P 43 11 23 21

P 44 13 21 23

P 45 12 19 24

P 46 13 19 21

P = Professor

A somatoacuteria dos domiacutenios demanda controle e apoio do Protocolo Job

Estress Scale estaacute disposta na tabela 9 na qual podemos observar que a populaccedilatildeo

investigada apesar de ter uma demanda de trabalho consideraacutevel e exigente

recebe apoio adequado dos demais funcionaacuterios da escola como diretores

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

40

coordenadores e colegas de trabalho a tabela tambeacutem mostra que os professores

tecircm controle adequado perante as situaccedilotildees de trabalho

Tabela 10 Valores de meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI

Paracircmetros Meacutedia

Grau 29

Rugosidade 24

Soprosidade 15

Astenia 06

Tensatildeo 09

Instabilidade 23

Em relaccedilatildeo agrave anaacutelise perceptivo-auditiva a tabela 10 mostra os valores de

meacutedia dos 6 paracircmetros da escala GRBASI (G= grau de alteraccedilatildeo vocal R=

rugosidade B= soprosidade A= astenia S= tensatildeo I= instabilidade) O resultado

mostra que os professores apresentam um desvio vocal global entre moderado e

intenso pois a meacutedia foi de 29 Os paracircmetros de instabilidade e rugosidade

apresentam alteraccedilatildeo moderada Os demais aspectos da escala apresentam

discreta alteraccedilatildeo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

043amptid=1

STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwefdeportescomefd155saude-vocal-

dos-profissionais-de-educacao-fisicahtm

TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

41

Tabela 11 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

Mean RR 012 06

Mean HR -009 068

SDNN -026 028

RMSSD 004 085

NN50 -033 004

pNN50 -037 0039

A mensuraccedilatildeo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca foi realizada com

apenas 23 professores devido agrave questatildeo de tempo O procedimento em questatildeo foi

inserido quando a pesquisa jaacute estava em andamento portanto natildeo foi possiacutevel

realizaacute-lo com toda a populaccedilatildeo do estudo Quanto ao tempo maacuteximo de fonaccedilatildeo

(TMF) este apresentou a meacutedia de 108 segundos nessa populaccedilatildeo de 23

professores

A tabela 11 apresenta fraca correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio

do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca no que diz respeito aos iacutendices

NN50 e pNN50 Por outro lado natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Mean RR

Mean HR SDNN e RMSSD

Tabela 12 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Iacutendice r p

LF (ms2) -015 053

LF (nu) 017 047

HF (ms2) -044 004

HF (nu) -032 004

LFHF 033 004

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

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Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

42

Em relaccedilatildeo ao TMF e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca observa-se na tabela 12 fraca correlaccedilatildeo entre os iacutendices

HF (ms2) HF (nu) e LFHF e ausecircncia de correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) e LF

(nu)

Tabela 13 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

SD1 006 077

SD2 -010 066

SD1SD2 -035 004

RRTri -033 004

TINN -033 004

Jaacute a correlaccedilatildeo entre o TMF e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca foi fraca nos iacutendices SD1SD2 RRTri eTINN e ausente nos

iacutendices SD2 eSD1 (Tabela 13)

Tabela 14 Correlaccedilatildeo entre o TMF e os exponentes frctais da variabilidade

da frequecircncia cardiacuteaca

Iacutendice r p

Alfa-1 008 072

Alfa-2 -008 073

Alfa-1Alfa-2 012 060

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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MILANO F PALMA A ASSIS M Sauacutede e trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica que atuam com ciclismo indoor Efdeportes 2007 12(109) Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom MOREIRA HR COLLET C FARIAS GO NASCIMENTO JV Siacutendrome de Burnout em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica um estudo de casos Revista Digital - Buenos Aires 2008 13(123) Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom MOREIRA HR FARIAS GO BOTH J NASCIMENTO JV Qualidade de vida no trabalho e siacutendrome de burnout em professores de educaccedilatildeo fiacutesica do Estado do Rio Grande Do Sul Brasil Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica amp Sauacutede 2009 14(2)115-122 NASCIMENTO SRLG Caracterizaccedilatildeo do uso da voz do professor de educaccedilatildeo

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NEVES A RODRIGUES G SOBRAL F Avaliaccedilatildeo subjetiva do stress

profissional resultados de um inqueacuterito preliminar em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica Boletim da Sociedade Portuguesa de Educaccedilatildeo Fiacutesica Lisboa n 78 p27-

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na grade curricular do curso de educaccedilatildeo fiacutesica para a conscientizaccedilatildeo dos

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PEDROZA PS PRADO APA MACEDO KMF A voz de comando na turma de

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Jataiacute(GO) Anais IV Congresso Centro-Oeste de Ciecircncias do Esporte Disponiacutevel

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SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

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STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

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YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

43

Entre o TMF e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e Alfa-1 (Tabela 14)

Tabela 15 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR -001 096 -025 028 -030 020

Mean HR 002 093 025 028 033 016

SDNN 017 047 -021 037 009 070

RMSSD 030 021 -030 020 -017 048

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio do tempo da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca houve fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2

(funcional) e os iacutendices pNN50 e NN50 Jaacute os iacutendices RMSSD SDNN Mean HR e

Mean RR natildeo tiveram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do IDV (Tabela 15)

Tabela 16 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) 005 083 -020 039 0048 084

LF (nu) -020 039 0047 084 -003 087

HF (ms2) 030 004

-034 0044

002 092

HF (nu) 023 032 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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MILANO F PALMA A ASSIS M Sauacutede e trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica que atuam com ciclismo indoor Efdeportes 2007 12(109) Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom MOREIRA HR COLLET C FARIAS GO NASCIMENTO JV Siacutendrome de Burnout em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica um estudo de casos Revista Digital - Buenos Aires 2008 13(123) Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom MOREIRA HR FARIAS GO BOTH J NASCIMENTO JV Qualidade de vida no trabalho e siacutendrome de burnout em professores de educaccedilatildeo fiacutesica do Estado do Rio Grande Do Sul Brasil Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica amp Sauacutede 2009 14(2)115-122 NASCIMENTO SRLG Caracterizaccedilatildeo do uso da voz do professor de educaccedilatildeo

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SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

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YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

44

Em relaccedilatildeo aos domiacutenios do IDV e aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 1

(Emocional) e o iacutendice HF (ms2) e fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (Funcional) e o

iacutendice HF (ms2) No entanto natildeo houve correlaccedilatildeo entre os iacutendices LF (ms2) LF

(nu) HF (nu) e LFHF com os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV (Tabela 16)

Tabela 17 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 012 061 -026 026 005 081

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 005 082 -020 040 -014 056

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN 014 055 -015 053 024 031

Natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV e os iacutendices

geomeacutetricos da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca TINN RRTri SD1SD2 SD2 e

SD1 (Tabela 17)

Tabela 18 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do IDV e os exponentes fractais da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 012 059 020 039 014 054

Alfa-1Alfa-2

-007 075 000 099 -006 079

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

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Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

45

Tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo entre os domiacutenios 1 2 e 3 do IDV com os

exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Alfa-1Alfa-2 Alfa-2 e

Alfa-1 (Tabela 18)

Tabela 19 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Mean RR 003 087 -025 028 -036 0041

Mean HR -002 092 025 028 038 0042

SDNN 011 063 -021 037 007 076

RMSSD 020 040 -030 0036 -018 043

NN50 013 057 -053 001 -004 086

pNN50 010 067 -053 001 -005 082

No que diz respeito agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do

domiacutenio do tempo da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca

correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 2 (controle) e os iacutendices RMSSD NN50 e pNN50

Observou-se tambeacutem fraca correlaccedilatildeo entre o domiacutenio 3 (apoio) e os iacutendices Mean

RR e Mean HR Jaacute o iacutendice SDNN natildeo apresentou nenhuma correlaccedilatildeo com os

domiacutenios do JSS (Tabela 19)

Tabela 20 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

LF (ms2) -011 063 -020 039 012 060

LF (nu) -023 033 004 084 001 096

HF (ms2) 030 0049 -034 014 002 092

HF (nu) 025 028 -003 089 001 094

LFHF -021 038 004 087 -003 089

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

043amptid=1

STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwefdeportescomefd155saude-vocal-

dos-profissionais-de-educacao-fisicahtm

TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

46

Em relaccedilatildeo agrave correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices do domiacutenio da

frequecircncia da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca observou-se fraca correlaccedilatildeo

entre o iacutendice HF (ms2) e o domiacutenio 1 (demanda) Jaacute os demais iacutendices LF (ms2)

LF (nu) HF (nu) e LFHF natildeo apresentaram correlaccedilatildeo com os domiacutenios do JSS

(Tabela 20)

Tabela 21 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da

variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

SD1 011 063 -026 026 -005 082

SD2 015 052 -015 052 013 057

SD1SD2 003 088 -020 040 -012 059

RRTri 014 054 -027 025 008 073

TINN -000 099 -015 053 021 037

Entre os domiacutenios do JSS e os iacutendices geomeacutetricos da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 21)

Tabela 22 Correlaccedilatildeo entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da frequecircncia cardiacuteaca

Domiacutenio 1 Domiacutenio 2 Domiacutenio 3

Iacutendice r p r p r p

Alfa-1 -005 080 011 062 005 081

Alfa-2 020 039 020 039 001 095

Alfa-1Alfa-2 -011 063 000 099 001 095

Entre os domiacutenios do JSS e os exponentes fractais da variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca tambeacutem natildeo houve correlaccedilatildeo (Tabela 22)

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

47

5 Discussatildeo

Em relaccedilatildeo aos sintomas os mais referidos foram rouquidatildeo falha na voz

esforccedilo ao falar garganta seca pigarro ardor na garganta e secreccedilatildeocatarro na

garganta No que diz respeito aos haacutebitos os professores relataram gritar falar

muito falar em lugar aberto falar carregando peso e falar realizando atividades

fiacutesicas haacutebitos esses elencados no estudo de Ferreira e Caporossi (2011) como

sendo fatores de risco para os distuacuterbios vocais

Aleacutem dos haacutebitos inadequados parte dos professores relatou atuar em mais

de uma escola em academias (pesonal trainer) faculdades (docenteensino

superior) treinador desportivo ou palestrante chegando a cumprir carga horaacuteria

semanal superior a 31 horas

No que diz respeito agrave hidrataccedilatildeo grande parte dos professores alegou ingerir

aacutegua durante as aulas no entanto em sua maioria nunca relataram terem recebido

orientaccedilotildees quanto aos cuidados vocais Isso mostra a importacircncia da instruccedilatildeo

quanto ao melhor uso da voz durante as tarefas de trabalho desde sua formaccedilatildeo

profissional

Apesar das queixas e sintomas vocais os professores referiram satisfaccedilatildeo

com sua voz isso pode sugerir que natildeo tenham paracircmetros para uma auto-

percepccedilatildeo vocal adequada ou que natildeo estatildeo atentos ao seu problema vocal Isso

fica evidente quando se nota que satildeo poucos os professores que procuram

tratamento quando sua voz estaacute alterada e quando procuram esse tratamento por

vezes eacute medicamentoso Tal achado nos leva a pensar em automedicaccedilatildeo uma vez

que a busca por profissional especializado quando estavam com a voz alterada foi

muito baixa

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

ALVES MGM CHOR D FAERSTEIN E LOPES CS WERNECK GL Versatildeo resumida da Job Stress Scale Adaptaccedilatildeo para o portuguecircs Revista de Sauacutede Puacuteblica 2004 38(2)164-71 ARAUacuteJO TM CARVALHO FM Condiccedilotildees de trabalho docente e sauacutede na Bahia estudos epidemioloacutegicos Educ Soc 2009 30(107) 427-449 Disponiacutevel em httpwwwcedesunicampbr BANDEIRA MPA CRUZ MG PAZ MS Avaliaccedilatildeo da qualidade vocal dos educadores de academias particulares de ginaacutestica da cidade de Teresina PI BRASIL Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa BEHLAU M Voz ndash O livro do especialista Rio de Janeiro Revinter 2001 BEHLAU M FEIJOacute D MADAZIO G REHDER MIC AZEVEDO R FERREIRA AE Voz Profissional aspectos gerais e atuaccedilatildeo fonoaudioloacutegica In BEHLAU M (org) Voz O livro do Especialista Vol II Rio de Janeiro Revinter 2005 p 287-407 BEHLAU M OLIVEIRA G SANTOS LMA RICARTE A Validaccedilatildeo no Brasil de protocoacutelos de auto-avaliaccedilatildeo do impacto de uma disfonia Proacute-Fono 2009 21(4) 326-32 BEHLAU M SANTOS LMA OLIVEIRA G Cross-Cultural Adaptation and

Validation of the Voice Handicap Index Into Brazilian Portuguese Journal of Voice

2011 25(3) 354-359

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

48

Jaacute o estilo de vida dos professores eacute condizente com a sauacutede vocal e geral

adequada (SIMOtildeES 2000) pois dentre os haacutebitos diaacuterios estatildeo atividades de

lazer natildeo fumar natildeo ingerir bebida alcooacutelica e evitar alguns tipos de alimentos Isso

pode sugerir que apesar das queixas vocais e sintomas o estilo de vida desses

professores tem amenizado o impacto de seu trabalho em sua sauacutede vocal

No que diz respeito ao sono as mulheres foram as que mais relataram

acordar durante a noite No entanto os professores em geral quase sempre

acordam descansados e a meacutedia de sono referida tem sido de seis a sete horas por

noite As queixas estomatognaacuteticas ao comer ou mastigar (estalos sensaccedilatildeo de

areia desvio de queixo dificuldade ao abrir a boca e dificuldade ao morder o

alimento) foram pouco significativas

Em relaccedilatildeo ao ambiente escolar nota-se que eacute considerado calmo por grande

parte dos professores ainda que o ritmo de trabalho seja estressante Isso deve

ocorrer pois embora muitas tarefas tenham que ser cumpridas em pouco tempo o

relacionamento adequado com os colegas de trabalho com a direccedilatildeo da escola e

em parte com os alunos e seus pais ameniza o impacto do ritmo acelerado

Outros fatores que podem colaborar para um ambiente de trabalho calmo eacute a

liberdade que os professores tecircm para desenvolver suas atividades e a supervisatildeo

recebida constantemente Em relaccedilatildeo ao material escolar os professores alegam ter

material adequado poreacutem nem sempre suficiente

O ritmo de trabalho natildeo eacute considerado monoacutetono pelos professores o que

concorda com o relato de o trabalho ser estressante Os professores dizem que

apesar de terem tempo suficiente para realizar suas atividades na escola quase

sempre levam trabalho para casa o que indica uma demanda de trabalho

sobrecarregada

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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professores de educaccedilatildeo fiacutesica um estudo na rede municipal de ensino de Porto

Alegre Rev bras Educ Fiacutes Esp 2005 19(3)209-22

SENtildeARIS GONZAacuteLEZ B NUacuteNtildeEZ BATALLA F CORTE SANTOS P SUAacuteREZ NIETO C Factors predicting Voice Handicap Index Acta Otorrinolaringol Esp 2006 Feb57(2)101-8 SERVILHA EAM LEAL ROF HIDAKA MTU Riscos ocupacionais na legislaccedilatildeo trabalhista brasileira destaque para aqueles relativos agrave sauacutede e voz do professor Rev Soc Bras Fonoaudiol 201015(4)505-13 SILVA CB Identificaccedilatildeo vocal dos professores de academia de ginaacutestica a partir dos sinais e sintomas Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3371amptid=1

65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

043amptid=1

STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwefdeportescomefd155saude-vocal-

dos-profissionais-de-educacao-fisicahtm

TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

49

Em relaccedilatildeo aos fatores desencadeantes das alteraccedilotildees vocais nota-se que

os fatores ambientais e estressantes fiacutesicos predominam em relaccedilatildeo aos fatores

geneacuteticos jaacute que foram poucos os casos citados de alteraccedilotildees vocais na famiacutelia

Quanto ao questionaacuterio que avaliou o iacutendice de desvantagem vocal (IDV) na

populaccedilatildeo fica evidente que o domiacutenio orgacircnico apresenta maior desvantagem em

relaccedilatildeo aos domiacutenios funcionais e emocionais Tal achado denota que a

desvantagem estaacute diretamente relacionada ao uso intensivo da voz questatildeo

elencada como sendo um dos principais fatores desencadeantes da alteraccedilatildeo vocal

na populaccedilatildeo estudada Sob um olhar minucioso percebe-se que as questotildees mais

citadas no domiacutenio orgacircnico do IDV (ldquominha voz eacute pior no final do diardquo ldquosinto que

tenho que fazer forccedila para minha voz sairrdquo ldquominha voz parece rouca e secardquo) tratam

de aspectos referentes agrave percepccedilatildeo de mudanccedilas que ocorrem na voz do professor

ao longo do dia achado que corrobora o estudo de Puccini e Servilha (2010)

Embora o domiacutenio funcional tenha ficado em segundo plano os professores

relataram que as pessoas tecircm dificuldade em compreender sua voz em lugares

barulhentos Uma das queixas mais citadas pelos professores no CPV-P eacute a de que

a escola eacute ruidosa sendo esse ruiacutedo por vezes forte e desagradaacutevel Para se fazer

compreender eacute necessaacuterio que o professor eleve o volume de voz Se essa estiver

alterada e se for produzida inadequadamente tal feito natildeo melhoraraacute a

psicodinacircmica vocal A competiccedilatildeo sonora eacute um empecilho para a inteligibilidade da

fala do professor e esses por vezes acabam cometendo abuso vocal sem perceber

O domiacutenio emocional parece natildeo interferir diretamente na vida dos

professores pois parecem ter um controle adequado durante as situaccedilotildees

emocionais que possam estar relacionadas ao seu problema de voz Apesar de

menos expressivos podem ser destacados os seguintes depoimentos ldquoAs pessoas

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

50

parecem se irritar com a minha vozrdquo ldquoMeu problema de voz me chateiardquo ldquoFico

irritado quando as pessoas me pedem para repetir o que faleirdquo Isso gera um

sentimento negativo ao professor diante da incompreensatildeo das pessoas perante o

seu problema de voz e isso pode refletir em seu desempenho profissional (PUCCINI

e SERVILHA 2010)

A Escala de Estresse no Trabalho (Job Stress Scale) eacute composta por 15

questotildees que satildeo divididas nos domiacutenios demanda controle e apoio Durante a

anaacutelise dos achados do questionaacuterio observou-se que o domiacutenio demanda recebeu

pontuaccedilatildeo consideraacutevel sendo que quanto maior a pontuaccedilatildeo pior eacute a situaccedilatildeo Tal

achado combina com os encontrados no questionaacuterio CPV-P no qual os professores

se queixam de ter que levar trabalho para casa e considerarem o ritmo de trabalho

estressante Estudos nos mostram que o estresse eacute apontado como causador de

sintomas e problemas vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica (SERVILHA et al

1995 BENEVIDES-PEREIRA 2002 SANTINI e MOLINA NETO 2005 MOREIRA et

al 2008 e 2009) e outros estudos evidenciam associaccedilotildees entre distuacuterbio de voz e

alto desgaste da interaccedilatildeo demandacontrole de estresse no trabalho docente

(GIANNINI 2010)

Em relaccedilatildeo ao domiacutenio controle nota-se que esse se apresenta adequado

pois os professores reagem positivamente perante as situaccedilotildees diversas de trabalho

e relatam receber o apoio necessaacuterio para o melhor exerciacutecio da profissatildeo

Diferentemente da auto percepccedilatildeo vocal dos professores os achados da

anaacutelise perceptivo-auditiva da vogal sustentada ldquoardquo sugerem que a populaccedilatildeo

estudada eacute uma forte candidata a alteraccedilotildees vocais

Nota-se que o grau de alteraccedilatildeo vocal global e os paracircmetros de rugosidade e

instabilidade ficaram pontuados entre moderados e intensos Tal achado corrobora

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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Jataiacute(GO) Anais IV Congresso Centro-Oeste de Ciecircncias do Esporte Disponiacutevel

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SENtildeARIS GONZAacuteLEZ B NUacuteNtildeEZ BATALLA F CORTE SANTOS P SUAacuteREZ NIETO C Factors predicting Voice Handicap Index Acta Otorrinolaringol Esp 2006 Feb57(2)101-8 SERVILHA EAM LEAL ROF HIDAKA MTU Riscos ocupacionais na legislaccedilatildeo trabalhista brasileira destaque para aqueles relativos agrave sauacutede e voz do professor Rev Soc Bras Fonoaudiol 201015(4)505-13 SILVA CB Identificaccedilatildeo vocal dos professores de academia de ginaacutestica a partir dos sinais e sintomas Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3371amptid=1

65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

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Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

51

outros estudos nos quais a rouquidatildeo foi considerada o sintoma mais comum na

populaccedilatildeo docente (SIMOtildeES 2000) Jaacute os paracircmetros de soprosidade astenia e

tensatildeo receberam pontuaccedilatildeo leve poreacutem podem se agravar se a alteraccedilatildeo vocal

global perdurar

Quanto agrave relaccedilatildeo das alteraccedilotildees de voz e a variabilidade da frequecircncia

cardiacuteaca (VFC) eacute importante reforccedilar que o Sistema nervoso autocircnomo (SNA) eacute

responsaacutevel pela manutenccedilatildeo da VFC a qual descreve as oscilaccedilotildees no intervalo

entre os batimentos cardiacuteacos consecutivos (VANDERLEI et al 2009) A fim de

investigar a associaccedilatildeo entre o TMF e os resultados dos protocolos JSS e IDV foi

mensurada por meio do cardiofrequenciacutemetro (Polar) a frequecircncia cardiacuteaca dos

professores em situaccedilatildeo de repouso

A literatura indica que mudanccedilas nos padrotildees da VFC indicam

comprometimento da sauacutede do indiviacuteduo ou seja uma baixa VFC nos mostra uma

adaptaccedilatildeo anormal e insuficiente do SNA aleacutem de uma baixa atividade

parassimpaacutetica (VANDERLEI et al 2009) Tais informaccedilotildees nos levam a considerar

que haacute influecircncia dos fatores estressantes fiacutesicos e ambientais sobre os achados do

estudo

De acordo com os dados apresentados pelos questionaacuterios e demais

procedimentos realizados no estudo quanto aos iacutendices lineares do domiacutenio do

tempo foi observada correlaccedilatildeo negativa moderada do NN50 com o tempo maacuteximo

de fonaccedilatildeo (TMF) O NN50 indica o nuacutemero total dos intervalos RR adjacentes com

diferenccedila de duraccedilatildeo maior que 50ms Esse iacutendice representa a atividade do

sistema nervoso parassimpaacutetico sobre o coraccedilatildeo (VANDERLEI et al 2009) Tal

achado sugere que quanto maior o TMF menor a atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo Satildeo escassos os estudos na literatura que mostram alguma relaccedilatildeo entre o

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

52

sistema nervoso parassimpaacutetico e a regulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca Um trabalho

recente (PARK e BEHLAU 2011) mostrou que indiviacuteduos que apresentam quadro de

disfonia comportamental eram propiacutecios agrave maior ocorrecircncia de distuacuterbios do SNA Eacute

possiacutevel que os professores tenham apresentado um esforccedilo excessivo durante o

teste do TMF devido agraves queixas relatadas pelos proacuteprios professores

Em relaccedilatildeo aos iacutendices do domiacutenio da frequecircncia foi relatada correlaccedilatildeo fraca

negativa do iacutendice HF tanto em unidades absolutas como em unidades

normalizadas e correlaccedilatildeo moderada positiva da razatildeo LFHF com o TMF O iacutendice

HF corresponde agrave atividade parassimpaacutetica sobre o coraccedilatildeo enquanto a razatildeo

LFHF representa o balanccedilo simpato-vagal (VANDERLEI et al 2009) Dando suporte

aos achados da associaccedilatildeo do TMF com os iacutendices do domiacutenio do tempo esses

dados sugerem que sujeitos com maior TMF apresentam maior atividade simpaacutetica e

menor atividade do sistema nervoso parassimpaacutetico Outro fator que pode sustentar

esses resultados eacute a hipoacutetese de que o estresse tem numerosas consequecircncias

fiacutesicas e que o sistema nervoso autocircnomo pode alterar as secreccedilotildees orais e as

pregas vocais o ritmo cardiacuteaco e a produccedilatildeo de aacutecido gaacutestrico (DEMMINK-

GEERTMAN e DEJONCKERE 2008)

Dentre os meacutetodos utilizados para anaacutelise da VFC encontram-se os meacutetodos

geomeacutetricos - iacutendice triangular (RRtri) interpolaccedilatildeo triangular de histograma de

intervalos NN (TINN) e plot de Poincareacute - os quais convertem os intervalos RR em

padrotildees geomeacutetricos e permitem analisar a VFC por meio das propriedades

geomeacutetricas ou graacuteficas do padratildeo resultante (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996)

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

53

Foi observada correlaccedilatildeo fraca negativa entre os dois iacutendices geomeacutetricos da

VFC e o TMF O RRtri e o TINN satildeo calculados a partir da construccedilatildeo de um

histograma de densidade dos intervalos RR normais que conteacutem no eixo x o

comprimento dos intervalos RR e no eixo y a frequecircncia com que eles ocorrem A

uniatildeo dos pontos das colunas do histograma forma uma figura semelhante a um

triacircngulo do qual satildeo extraiacutedos esses iacutendices (TASK FORCE OF THE EUROPEAN

SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING

AND ELECTROPHYSIOLOGY 1996) Os dois iacutendices representam a variabilidade

global da frequecircncia cardiacuteaca Os achados sugerem que sujeitos com maior

labilidade da frequecircncia cardiacuteaca apresentam menor TMF

Considerando que os iacutendices parassimpaacuteticos sofrem bastante influecircncia da

ventilaccedilatildeo (TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND

THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY

1996) era esperado que houvesse correlaccedilatildeo positiva entre os iacutendices

parassimpaacuteticos do domiacutenio do tempo e da frequecircncia com o TMF Entretanto essa

correlaccedilatildeo foi negativa sugerindo que sujeitos com maior TMF ou seja maior

capacidade de expiraccedilatildeo (SENtildeARIS et al 2006) apresentam menor atividade

parassimpaacutetica e menor VFC

Tendo em vista que os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica relataram diversas

queixas referentes ao uso da voz devido ao uso rotineiro e excessivo necessaacuterio

para o trabalho desses profissionais eacute levantada a hipoacutetese de que o TMF tenha

sido um teste estressante e portanto ocasionasse sobrecarga na regulaccedilatildeo

autonocircmica cardiacuteaca

Foi realizada tambeacutem a correlaccedilatildeo dos domiacutenios do questionaacuterio IDV com os

iacutendices lineares geomeacutetricos e exponentes fractais da VFC Em relaccedilatildeo aos iacutendices

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

54

lineares do domiacutenio do tempo houve correlaccedilatildeo moderada negativa entre o domiacutenio

2 do IDV e os iacutendices NN50 e pNN50 Entretanto natildeo houve associaccedilatildeo com os

domiacutenios 1 e 3 Jaacute o iacutendice HF em unidades normalizadas apresentou associaccedilatildeo

fraca negativa com os domiacutenios 1 e 2 do IDV

O IDV atende aos preceitos de qualidade vocal no que tange ao

acompanhamento cliacutenico acerca de sujeitos com queixas de voz (BEHLAU et al

2009) Eacute um instrumento que avalia problemas vocais validado para o Brasil e

adequado para quantificar a percepccedilatildeo dos sujeitos em relaccedilatildeo agrave sua alteraccedilatildeo

vocal Possui 30 questotildees 10 referentes a cada domiacutenio funcional orgacircnico e

emocional A associaccedilatildeo negativa moderada dos iacutendices 1 e 2 do IDV com os

iacutendices lineares do domiacutenio do tempo (NN50 e pNN50) e da frequecircncia (HF em

unidades absolutas e normalizadas) corrobora os achados referentes agrave associaccedilatildeo

desses mesmos iacutendices que correspondem agrave atividade parassimpaacutetica sobre o

coraccedilatildeo com o TMF Sabendo-se da influecircncia que a ventilaccedilatildeo tem sobre os

iacutendices parassimpaacuteticos da regulaccedilatildeo cardiacuteaca era esperada associaccedilatildeo entre os

iacutendices parassimpaacuteticos da VFC e o TMF e domiacutenios do IDV A associaccedilatildeo negativa

entre as duas variaacuteveis conforme mencionada anteriormente sugere que as queixas

de voz relatadas pelos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica sejam um fator importante

nessa relaccedilatildeo estatiacutestica Possivelmente o estresse ocasionado por essas queixas

leve ao aumento da predisposiccedilatildeo do desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares

nessa populaccedilatildeo

O JSS avalia as dimensotildees de demanda controle e apoio referentes agraves fontes

de estresse no ambiente psicossocial do trabalho e o desgaste resultante da

interaccedilatildeo dessas dimensotildees (GIANNINI 2010) Foi observado que o iacutendice HF em

unidades absolutas apresentou associaccedilatildeo fraca positiva com o domiacutenio 1 do JSS

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

55

Assim quanto maior a pontuaccedilatildeo na demanda maior a atividade parassimpaacutetica

sobre o coraccedilatildeo e maior a VFC

Um importante fator a ser considerado no estudo eacute o uso por alguns

professores de determinados medicamentos para depressatildeo enxaqueca e controle

de pressatildeo arterial Como tais medicamentos influenciam a regulaccedilatildeo autonocircmica

cardiacuteaca eacute justificaacutevel a associaccedilatildeo negativa dos iacutendices parassimpaacuteticos da VFC

com os domiacutenios do IDV JSS e TMF

O estresse eacute considerado um fenocircmeno subjetivo O que causa fadiga em uma

pessoa pode ser agradaacutevel ou ter pouco efeito sobre outra Assim cada pessoa

reage ao estresse de maneira diferente Na sociedade poacutes-moderna isso tem se

transformado em um problema comum de sauacutede Tornou-se uma epidemia global e

afeta 90 da populaccedilatildeo mundial (THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS) Nota-

se que o estresse mental pode afetar o sistema cardiovascular uma vez que seus

efeitos acabam por refletir na atividade sistema nervoso autocircnomo (LOURES 2002)

Sabe-se que os contextos de trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

apresentam vaacuterios fatores de risco agrave sauacutede geral e vocal (SIMOtildeES 2000) uma vez

que satildeo submetidos a uma demanda vocal especiacutefica associada a movimentos

fiacutesicos e vocalizaccedilatildeo continuada em intensidade elevada e gritos (TROUT e

MCCOLL 2007 MEDEIROS e ALVES 2008 PAOLIELLO et al 2008)

Nas situaccedilotildees de aula eacute necessaacuterio que o professor faccedila uso da voz de

comando a fim de influenciar na disciplina do aluno no niacutevel de compreensatildeo e

entendimento ao executar as atividades propostas pelo professor Como nem

sempre a sala estaacute disciplinada o uso exacerbado da voz e por vezes o estresse

acabam ocorrendo (PEDROZA PRADO e MACEDO 2010)

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

56

Simotildees (2000) apresenta um estudo teoacuterico abordando a temaacutetica do uso da

voz por profissionais da Educaccedilatildeo Fiacutesica na perspectiva da Fonoaudiologia

indicando a necessidade de desenvolvimento da atenccedilatildeo aos sintomas vocais aos

riscos vocais no ambiente de trabalho de orientaccedilatildeo quanto ao uso adequado da

voz de realizaccedilatildeo de accedilotildees de prevenccedilatildeo de alteraccedilotildees vocais e auditivas bem

como de formaccedilatildeo de ambientes de trabalho saudaacuteveis

A higiene vocal a hidrataccedilatildeo (ingestatildeo de 8 a 10 copos de aacutegua por dia) e o

repouso adequado satildeo aspectos essenciais para manutenccedilatildeo da sauacutede vocal do

educador fiacutesico Haacutebitos vocais inadequados como gritar sem suporte respiratoacuterio

emprego de posturas inadequadas durante a fonaccedilatildeo falar em ambientes ruidosos

eou abertos dentre outros satildeo prejudiciais agrave sauacutede vocal

Quanto aos fatores de risco vocal destaca-se falar em ambientes ruidosos

competir com ruiacutedos de fundo falar em ambientes abertos e com acuacutestica

inadequada falar em excesso e em intensidade elevada gritar falar

concomitantemente agrave praacutetica de exerciacutecios e atividades fiacutesicas exposiccedilatildeo a

mudanccedilas bruscas de temperatura dentre outros (SIMOtildeES 2000)

A relaccedilatildeo entre exerciacutecios fiacutesicos praacutetica de esportes e problemas vocais foi

estabelecida por Domanico (1997) em um estudo de revisatildeo bibliograacutefica que

aponta que determinados exerciacutecios fiacutesicos e esportes quando realizados

concomitantemente agrave vocalizaccedilatildeo podem ser prejudiciais agrave sauacutede vocal (ex

aeroacutebica basquete corrida ginaacutestica futebol musculaccedilatildeo tecircnis e vocirclei) de maneira

que deve ser evitada a vocalizaccedilatildeo durante sua execuccedilatildeo Jaacute a praacutetica de esportes

ao ar livre e sob baixas temperaturas pode comprometer as vias aeacutereas superiores

(DOMANICO 1997)

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

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67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

57

Steffani Viecelli e Grasel (2011) avaliaram a qualidade vocal e o impacto da

voz na qualidade de vida de 20 professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do ensino

fundamental e meacutedio de trecircs municiacutepios da regiatildeo sul do paiacutes e relacionaram os

resultados com o niacutevel de atividade fiacutesica dos sujeitos Houve correlaccedilatildeo direta

quanto ao niacutevel de atividade fiacutesica e qualidade vocal Os professores natildeo percebiam

a importacircncia da voz como instrumento de trabalho admitiam os problemas em seu

uso mas natildeo os relacionavam ao trabalho O estudo indica a importacircncia de se

fomentar a reflexatildeo em torno da relaccedilatildeo entre voz e trabalho docente

Alguns autores consideram ser necessaacuterio treinamento vocal durante a

formaccedilatildeo do educador fiacutesico com foco na importacircncia da voz e da prevenccedilatildeo de

problemas e alteraccedilotildees vocais (GRACIOLLI et al 2002) Outros recomendam o

aprofundamento das pesquisas a partir do enfoque nas condiccedilotildees de trabalho e

sauacutede do trabalhador (FARIAS e NOEL 2004)

O ambiente escolar eacute detentor em grande parte dos fatores ambientais e

estressantes fiacutesicos responsaacuteveis pelo desencadeamento dos distuacuterbios vocais em

professores Dentre eles o ruiacutedo forte e desagradaacutevel advindo do paacutetio da escola e

da proacutepria sala de aula relatado pelos professores Nota-se que as escolas puacuteblicas

em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que prejudica a sauacutede de

professores funcionaacuterios e alunos Poeira umidade fumaccedila limpeza inadequada

falta de iluminaccedilatildeo temperatura desagradaacutevel entre outros satildeo fatores que estatildeo

presentes no ambiente escolar

O processo de ensino eacute prejudicado quando o professor conta com salas

pequenas em relaccedilatildeo ao nuacutemero de alunos moacuteveis inadequados agrave sua estatura e

ausecircncia de local adequado para o descanso na escola (BOTH e NASCIMENTO

2009)

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

58

Segundo Behlau et al (2005) os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica e instrutores

de modalidades fiacutesicas realizam vocalizaccedilatildeo continuada e em intensidade elevada

gerando riscos agrave sauacutede vocal devido agraves condiccedilotildees de trabalho que podem envolver

ambientes externos amplos e inadequados ginaacutesios sem amplificaccedilatildeo salas com

acuacutestica inadequada e muito ruiacutedo ambiental competitivo aleacutem da praacutetica

generalizada de dar instruccedilotildees em intensidade elevada e por meio de gritos

Trout e Mccoll (2007) consideram os educadores fiacutesicos como ldquoatletas vocaisrdquo

uma vez que a voz desses profissionais precisa estar sempre em perfeitas

condiccedilotildees para um desempenho que envolve projeccedilatildeo vocal em ambientes amplos

e com eco como quadras e ginaacutesios junto a jogadores pulando eou correndo ou

fornecimento de instruccedilotildees em campo e ambientes abertos bem como em

ambientes ruidosos de piscinas junto a nadadores submersos ou com ruiacutedo de

muacutesica aleacutem da direccedilatildeo dos jogos perante torcidas barulhentas Assim os autores

defendem a abordagem de temas como trauma vocal higiene vocal e estrateacutegias

pedagoacutegicas a fim de prevenir alteraccedilotildees (TROUT e MCCOLL 2007)

Ao se constatar a elevada porcentagem de professores que referem que os

fatores e condiccedilotildees do trabalho docente interferem na sauacutede vocal e geral satildeo

confirmados os achados de outros estudos (NASCIMENTO 2003 FENSKE et al

2007 MEDEIROS e ALVES 2008) nos quais ficou evidente o alto risco de disfonia

na populaccedilatildeo docente bem como a ocorrecircncia de comportamentos e haacutebitos vocais

negativos agrave sauacutede vocal como competiccedilatildeo sonora gritos falas muito altas e falar

enquanto se faz exerciacutecios

Jaacute a averiguaccedilatildeo de disfunccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca na cliacutenica vocal pode

fornecer informaccedilotildees importantes para aperfeiccediloar o atendimento a pacientes com

disfunccedilotildees vocais As variaacuteveis com maiores distuacuterbios e que se relacionem

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

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SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

59

diretamente com a voz devem ser endereccediladas ao fonoaudioloacutegico e seu progresso

deve ser acompanhado com o desenvolvimento da terapia

6 Conclusatildeo

Os professores avaliados neste estudo apresentaram um perfil vocal

preocupante com sintomas e haacutebitos vocais correspondentes agraves caracteriacutesticas de

seus respectivos trabalhos cujas condiccedilotildees podem ser responsaacuteveis pelo

desencadeamento dos distuacuterbios vocais Em relaccedilatildeo agrave ergonomia nota-se que as

escolas puacuteblicas em geral contam com uma estrutura precaacuteria e insalubre que

prejudica a sauacutede de professores funcionaacuterios e alunos No que diz respeito agrave

associaccedilatildeo negativa entre esses fatores e a modulaccedilatildeo autonocircmica cardiacuteaca pode-

se sugerir que o estresse gerado pode vir a desencadear problemas

cardiovasculares na populaccedilatildeo de professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica

60

REFEREcircNCIAS

ALVES MGM CHOR D FAERSTEIN E LOPES CS WERNECK GL Versatildeo resumida da Job Stress Scale Adaptaccedilatildeo para o portuguecircs Revista de Sauacutede Puacuteblica 2004 38(2)164-71 ARAUacuteJO TM CARVALHO FM Condiccedilotildees de trabalho docente e sauacutede na Bahia estudos epidemioloacutegicos Educ Soc 2009 30(107) 427-449 Disponiacutevel em httpwwwcedesunicampbr BANDEIRA MPA CRUZ MG PAZ MS Avaliaccedilatildeo da qualidade vocal dos educadores de academias particulares de ginaacutestica da cidade de Teresina PI BRASIL Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa BEHLAU M Voz ndash O livro do especialista Rio de Janeiro Revinter 2001 BEHLAU M FEIJOacute D MADAZIO G REHDER MIC AZEVEDO R FERREIRA AE Voz Profissional aspectos gerais e atuaccedilatildeo fonoaudioloacutegica In BEHLAU M (org) Voz O livro do Especialista Vol II Rio de Janeiro Revinter 2005 p 287-407 BEHLAU M OLIVEIRA G SANTOS LMA RICARTE A Validaccedilatildeo no Brasil de protocoacutelos de auto-avaliaccedilatildeo do impacto de uma disfonia Proacute-Fono 2009 21(4) 326-32 BEHLAU M SANTOS LMA OLIVEIRA G Cross-Cultural Adaptation and

Validation of the Voice Handicap Index Into Brazilian Portuguese Journal of Voice

2011 25(3) 354-359

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SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

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YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

60

REFEREcircNCIAS

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FERREIRA LP SERVILHA EAM MASSON MLV REINALDI MBFM Poliacuteticas puacuteblicas e voz do professor caracterizaccedilatildeo das leis brasileiras Rev Soc Bras Fonoaudiol 200914(1)1-7 GAMELIN F X Validity of the polar S810 heart rate monitor to measure R-R intervals at rest Med Sci Sports Exerc 200638(5)887-93 GIANNINI SPP Distuacuterbio de voz relacionado ao trabalho docente um estudo caso-controle [Tese de doutorado] Faculdade de Sauacutede Puacuteblica USP 2010 GRACIOLLI LS PAIXAtildeO DX CONTO J BITENCOURT RF Reflexotildees ergonocircmicas sobre a voz de professores de academia de ginaacutestica XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produccedilatildeo 2002 [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwabeproorgbrbibliotecaENEGEP2002_TR40_1117pdf GRILLO EU FUGOWSKI J Voice characteristics of female physical education student teachers J Voice 2010 25(3)149-57

HIRANO M Clinical examination of voice New York Springer-Verlag 1981 JARDIM R BARRETO SM ASSUNCcedilAtildeO AA Condiccedilotildees de trabalho qualidade de vida e disfonia entre docentes Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 23(10)2439-2461 out 2007 KOOIJMAN PG DE JONG FI THOMAS G HUINCK W DONDERS R GRAAMANS K SCHUTTE HK Risk factors for voice problems in teachers Folia Phon Logop 200658(3)159-74

LIMA TAP KOumlRBES N GONCcedilALVES KPW KOumlRBES D Comparaccedilatildeo das

queixas vocais entre profissionais da educaccedilatildeo fiacutesica que utilizam e natildeo utilizam

microfone durante as aulas de aeroacutebica Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2008anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=3

630amptid=1

LONG J WILLIFORD HN OLSON MS WOLFE V Voice problems and risk factors among aerobics instructors J Voice 199812(2)197-207 LOURES D L Estresse Mental e Sistema Cardiovascular Arquivo Brasileiro de

Cardiologia 200278(5)525-30 2002

LOPES LW COSTA ALCN GONCcedilALVES VSB SILVA CG Indice de

desvantagem vocal em instrutores de educaccedilatildeo fiacutesica Rev SBFa 2009 [perioacutedico

na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

722amptid=1

63

MACHADO PG HAMMES MH CIELO CA RODRIGUES AL Os haacutebitos posturais e o comportamento vocal de profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica na modalidade de hidroginaacutestica Revista CEFAC [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrcefac2010nahead107-09pdf MECSEF Secretaria de Educaccedilatildeo Fundamental Paracircmetros curriculares nacionais Educaccedilatildeo fiacutesica Secretaria de Educaccedilatildeo Fundamental Brasiacutelia 1997 [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpportalmecgovbrsebarquivospdflivro07pdf MEDEIROS AM ALVES EMSB Disfonia em professores de educaccedilatildeo fiacutesica

escolar Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2008anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=1

310amptid=2

MILANO F PALMA A ASSIS M Sauacutede e trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica que atuam com ciclismo indoor Efdeportes 2007 12(109) Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom MOREIRA HR COLLET C FARIAS GO NASCIMENTO JV Siacutendrome de Burnout em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica um estudo de casos Revista Digital - Buenos Aires 2008 13(123) Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom MOREIRA HR FARIAS GO BOTH J NASCIMENTO JV Qualidade de vida no trabalho e siacutendrome de burnout em professores de educaccedilatildeo fiacutesica do Estado do Rio Grande Do Sul Brasil Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica amp Sauacutede 2009 14(2)115-122 NASCIMENTO SRLG Caracterizaccedilatildeo do uso da voz do professor de educaccedilatildeo

fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo] Centro de Estudos da Voz 2003 Disponiacutevel

em httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=172

NEVES A RODRIGUES G SOBRAL F Avaliaccedilatildeo subjetiva do stress

profissional resultados de um inqueacuterito preliminar em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica Boletim da Sociedade Portuguesa de Educaccedilatildeo Fiacutesica Lisboa n 78 p27-

34 1993

PAOLIELLO M OLIVEIRA BFV LOPES JL AZEVEDO LL ASSUNCcedilAtildeO

KM Expressatildeo e comunicaccedilatildeo oral a interferecircncia da inserccedilatildeo da Fonoaudiologia

na grade curricular do curso de educaccedilatildeo fiacutesica para a conscientizaccedilatildeo dos

estudantes quanto agrave sauacutede vocal Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso

em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2008anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=3

37amptid=3

64

PARK K BEHLAU M Signs and symptoms of autonomic dysfunction in dysphonic

individuals Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiolia 2011 23(2)164-9

PEDROZA PS PRADO APA MACEDO KMF A voz de comando na turma de

educaccedilatildeo fiacutesica nas series iniciais de uma escola municipal infantil do municiacutepio de

Jataiacute(GO) Anais IV Congresso Centro-Oeste de Ciecircncias do Esporte Disponiacutevel

emhttpwwwrbceonlineorgbrcongressosindexphp4concoce4concocepapervie

wFile25611200

PINHO SMR Fundamentos em fonoaudiologia tratando os distuacuterbios da voz 1

Ed Rio de Janeiro 2003 Guanabara Koogan p 24-9 2003

PUCCINI F R S SERVILHA E A M Voz e Qualidade de Vida Avaliaccedilatildeo da Desvantagem Vocal em Professores 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 26 jan 2013] Disponiacutevel em httpwwwpuc-campinasedubrwebsistportalpesquisaicpic2010resumos2010924_185248_502028297_reslC3A1vpdf PUMPRLA J HOWORKA K GROVES D CHESTER M NOLAN J Functional assessment of heart rate variability physiological basis and practical applications Int J Cardiol 200284(1)1-14 REINHARDT V BEHLAU M Anaacutelise do perfil vocal de professores de body combat [monografia de especializaccedilatildeo] Centro de Estudos da Voz 2008 Disponiacutevel em httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=217 SANTINI J MOLINA NETO V A siacutendrome do esgotamento profissional em

professores de educaccedilatildeo fiacutesica um estudo na rede municipal de ensino de Porto

Alegre Rev bras Educ Fiacutes Esp 2005 19(3)209-22

SENtildeARIS GONZAacuteLEZ B NUacuteNtildeEZ BATALLA F CORTE SANTOS P SUAacuteREZ NIETO C Factors predicting Voice Handicap Index Acta Otorrinolaringol Esp 2006 Feb57(2)101-8 SERVILHA EAM LEAL ROF HIDAKA MTU Riscos ocupacionais na legislaccedilatildeo trabalhista brasileira destaque para aqueles relativos agrave sauacutede e voz do professor Rev Soc Bras Fonoaudiol 201015(4)505-13 SILVA CB Identificaccedilatildeo vocal dos professores de academia de ginaacutestica a partir dos sinais e sintomas Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3371amptid=1

65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

043amptid=1

STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwefdeportescomefd155saude-vocal-

dos-profissionais-de-educacao-fisicahtm

TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

61

DOMANICO CT Quais os tipos de exerciacutecios fiacutesicos que podem causar prejuiacutezos agrave voz Revista Cefac 1997 [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwcefacbrlibraryteses3fd3934b271cb76bf17bf0973252ba80pdf DRAGONE ML Ocorrencia de disfonia em professores fatores relacionados agrave voz profissional Satildeo Paulo 1996 [Monografia ndash Especializaccedilatildeo ndash Centro de Estudos da Voz] DRAGONE ML BEHLAU M A fonoaudiologia brasileira e a voz do professor olhares cientiacuteficos no decorrer do tempo Fonoaudiologia Brasil 20064(2)6-9 DRAGONE ML FERREIRA LP ZENARI MS GIANNINI SP A voz do professor In Oliveira IB Almeida AA Raiacuteze T Voz profissional ndash produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudidologia brasileira [CD-ROM] 3a ed Rev Soc Bras Fonoaudiol 2008 Supl DRAGONE MLS FERREIRA LP GIANNINI SPP SIMOtildeES-ZENARI M VIEIRA VP BEHLAU M Voz do professor uma revisatildeo de 15 anos de contribuiccedilatildeo fonoaudioloacutegica Rev Soc Bras Fonoaudiol 201015(2)289-96 FARIA JCP O comprometimento da voz em professores de educaccedilatildeo fiacutesica trabalhando em academias de ginaacutestica um enfoque da medicina do trabalho Niteroacutei UFF 2006 FARIAS E NOEL KO Anaacutelise Preliminar da Sauacutede Vocal de Profissionais de Ed Fiacutesica como Fator inerente agrave sua atuaccedilatildeo em academias 2004 [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwedvaldodefariascomsaudevocalpdf FEITOSA LSC RODRIGUES AMS Sauacutede e qualidade de vida na percepccedilatildeo dos Professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica das Escolas Estaduais da Zona Sul de Teresina-Pi Universidade Federal do Piaui 2010 [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disp em httpwwwufpibrsubsiteFilesppgedarquivosfilesVIencontro2010GT16GT_16_06_2010pdf FENSKE SG DUGNANI K MORENO SAacuteS R PIZZANI L COSTA MPR ALMEIDA MA Incidecircncia de alteraccedilotildees vocais em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica 2007 IV Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Educaccedilatildeo Especial Disponiacutevel em httpwwwpsiquiatriainfantilcombrcongressosuel2007290htm FERREIRA LP GIANNINI SPP FIGUEIRA S SILVA EH KARMANN DF SOUZA TMT Condiccedilotildees de produccedilatildeo vocal de professores da prefeitura do municiacutepio de Satildeo Paulo Dist Comum 200314(2)275-307 FERREIRA LP GIANNINI SPP LATORRE MRDO ZENARI MS Distuacuterbio de voz relacionado ao trabalho proposta de um instrumento para avaliaccedilatildeo de professores Distuacuterb Comum 2007 19(1)127-136

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FERREIRA LP SERVILHA EAM MASSON MLV REINALDI MBFM Poliacuteticas puacuteblicas e voz do professor caracterizaccedilatildeo das leis brasileiras Rev Soc Bras Fonoaudiol 200914(1)1-7 GAMELIN F X Validity of the polar S810 heart rate monitor to measure R-R intervals at rest Med Sci Sports Exerc 200638(5)887-93 GIANNINI SPP Distuacuterbio de voz relacionado ao trabalho docente um estudo caso-controle [Tese de doutorado] Faculdade de Sauacutede Puacuteblica USP 2010 GRACIOLLI LS PAIXAtildeO DX CONTO J BITENCOURT RF Reflexotildees ergonocircmicas sobre a voz de professores de academia de ginaacutestica XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produccedilatildeo 2002 [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwabeproorgbrbibliotecaENEGEP2002_TR40_1117pdf GRILLO EU FUGOWSKI J Voice characteristics of female physical education student teachers J Voice 2010 25(3)149-57

HIRANO M Clinical examination of voice New York Springer-Verlag 1981 JARDIM R BARRETO SM ASSUNCcedilAtildeO AA Condiccedilotildees de trabalho qualidade de vida e disfonia entre docentes Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 23(10)2439-2461 out 2007 KOOIJMAN PG DE JONG FI THOMAS G HUINCK W DONDERS R GRAAMANS K SCHUTTE HK Risk factors for voice problems in teachers Folia Phon Logop 200658(3)159-74

LIMA TAP KOumlRBES N GONCcedilALVES KPW KOumlRBES D Comparaccedilatildeo das

queixas vocais entre profissionais da educaccedilatildeo fiacutesica que utilizam e natildeo utilizam

microfone durante as aulas de aeroacutebica Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2008anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=3

630amptid=1

LONG J WILLIFORD HN OLSON MS WOLFE V Voice problems and risk factors among aerobics instructors J Voice 199812(2)197-207 LOURES D L Estresse Mental e Sistema Cardiovascular Arquivo Brasileiro de

Cardiologia 200278(5)525-30 2002

LOPES LW COSTA ALCN GONCcedilALVES VSB SILVA CG Indice de

desvantagem vocal em instrutores de educaccedilatildeo fiacutesica Rev SBFa 2009 [perioacutedico

na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

722amptid=1

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MACHADO PG HAMMES MH CIELO CA RODRIGUES AL Os haacutebitos posturais e o comportamento vocal de profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica na modalidade de hidroginaacutestica Revista CEFAC [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrcefac2010nahead107-09pdf MECSEF Secretaria de Educaccedilatildeo Fundamental Paracircmetros curriculares nacionais Educaccedilatildeo fiacutesica Secretaria de Educaccedilatildeo Fundamental Brasiacutelia 1997 [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpportalmecgovbrsebarquivospdflivro07pdf MEDEIROS AM ALVES EMSB Disfonia em professores de educaccedilatildeo fiacutesica

escolar Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2008anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=1

310amptid=2

MILANO F PALMA A ASSIS M Sauacutede e trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica que atuam com ciclismo indoor Efdeportes 2007 12(109) Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom MOREIRA HR COLLET C FARIAS GO NASCIMENTO JV Siacutendrome de Burnout em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica um estudo de casos Revista Digital - Buenos Aires 2008 13(123) Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom MOREIRA HR FARIAS GO BOTH J NASCIMENTO JV Qualidade de vida no trabalho e siacutendrome de burnout em professores de educaccedilatildeo fiacutesica do Estado do Rio Grande Do Sul Brasil Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica amp Sauacutede 2009 14(2)115-122 NASCIMENTO SRLG Caracterizaccedilatildeo do uso da voz do professor de educaccedilatildeo

fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo] Centro de Estudos da Voz 2003 Disponiacutevel

em httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=172

NEVES A RODRIGUES G SOBRAL F Avaliaccedilatildeo subjetiva do stress

profissional resultados de um inqueacuterito preliminar em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica Boletim da Sociedade Portuguesa de Educaccedilatildeo Fiacutesica Lisboa n 78 p27-

34 1993

PAOLIELLO M OLIVEIRA BFV LOPES JL AZEVEDO LL ASSUNCcedilAtildeO

KM Expressatildeo e comunicaccedilatildeo oral a interferecircncia da inserccedilatildeo da Fonoaudiologia

na grade curricular do curso de educaccedilatildeo fiacutesica para a conscientizaccedilatildeo dos

estudantes quanto agrave sauacutede vocal Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso

em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2008anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=3

37amptid=3

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PARK K BEHLAU M Signs and symptoms of autonomic dysfunction in dysphonic

individuals Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiolia 2011 23(2)164-9

PEDROZA PS PRADO APA MACEDO KMF A voz de comando na turma de

educaccedilatildeo fiacutesica nas series iniciais de uma escola municipal infantil do municiacutepio de

Jataiacute(GO) Anais IV Congresso Centro-Oeste de Ciecircncias do Esporte Disponiacutevel

emhttpwwwrbceonlineorgbrcongressosindexphp4concoce4concocepapervie

wFile25611200

PINHO SMR Fundamentos em fonoaudiologia tratando os distuacuterbios da voz 1

Ed Rio de Janeiro 2003 Guanabara Koogan p 24-9 2003

PUCCINI F R S SERVILHA E A M Voz e Qualidade de Vida Avaliaccedilatildeo da Desvantagem Vocal em Professores 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 26 jan 2013] Disponiacutevel em httpwwwpuc-campinasedubrwebsistportalpesquisaicpic2010resumos2010924_185248_502028297_reslC3A1vpdf PUMPRLA J HOWORKA K GROVES D CHESTER M NOLAN J Functional assessment of heart rate variability physiological basis and practical applications Int J Cardiol 200284(1)1-14 REINHARDT V BEHLAU M Anaacutelise do perfil vocal de professores de body combat [monografia de especializaccedilatildeo] Centro de Estudos da Voz 2008 Disponiacutevel em httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=217 SANTINI J MOLINA NETO V A siacutendrome do esgotamento profissional em

professores de educaccedilatildeo fiacutesica um estudo na rede municipal de ensino de Porto

Alegre Rev bras Educ Fiacutes Esp 2005 19(3)209-22

SENtildeARIS GONZAacuteLEZ B NUacuteNtildeEZ BATALLA F CORTE SANTOS P SUAacuteREZ NIETO C Factors predicting Voice Handicap Index Acta Otorrinolaringol Esp 2006 Feb57(2)101-8 SERVILHA EAM LEAL ROF HIDAKA MTU Riscos ocupacionais na legislaccedilatildeo trabalhista brasileira destaque para aqueles relativos agrave sauacutede e voz do professor Rev Soc Bras Fonoaudiol 201015(4)505-13 SILVA CB Identificaccedilatildeo vocal dos professores de academia de ginaacutestica a partir dos sinais e sintomas Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3371amptid=1

65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

043amptid=1

STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwefdeportescomefd155saude-vocal-

dos-profissionais-de-educacao-fisicahtm

TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

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86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

62

FERREIRA LP SERVILHA EAM MASSON MLV REINALDI MBFM Poliacuteticas puacuteblicas e voz do professor caracterizaccedilatildeo das leis brasileiras Rev Soc Bras Fonoaudiol 200914(1)1-7 GAMELIN F X Validity of the polar S810 heart rate monitor to measure R-R intervals at rest Med Sci Sports Exerc 200638(5)887-93 GIANNINI SPP Distuacuterbio de voz relacionado ao trabalho docente um estudo caso-controle [Tese de doutorado] Faculdade de Sauacutede Puacuteblica USP 2010 GRACIOLLI LS PAIXAtildeO DX CONTO J BITENCOURT RF Reflexotildees ergonocircmicas sobre a voz de professores de academia de ginaacutestica XXII Encontro Nacional de Engenharia de Produccedilatildeo 2002 [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwabeproorgbrbibliotecaENEGEP2002_TR40_1117pdf GRILLO EU FUGOWSKI J Voice characteristics of female physical education student teachers J Voice 2010 25(3)149-57

HIRANO M Clinical examination of voice New York Springer-Verlag 1981 JARDIM R BARRETO SM ASSUNCcedilAtildeO AA Condiccedilotildees de trabalho qualidade de vida e disfonia entre docentes Cad Sauacutede Puacuteblica Rio de Janeiro 23(10)2439-2461 out 2007 KOOIJMAN PG DE JONG FI THOMAS G HUINCK W DONDERS R GRAAMANS K SCHUTTE HK Risk factors for voice problems in teachers Folia Phon Logop 200658(3)159-74

LIMA TAP KOumlRBES N GONCcedilALVES KPW KOumlRBES D Comparaccedilatildeo das

queixas vocais entre profissionais da educaccedilatildeo fiacutesica que utilizam e natildeo utilizam

microfone durante as aulas de aeroacutebica Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2008anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=3

630amptid=1

LONG J WILLIFORD HN OLSON MS WOLFE V Voice problems and risk factors among aerobics instructors J Voice 199812(2)197-207 LOURES D L Estresse Mental e Sistema Cardiovascular Arquivo Brasileiro de

Cardiologia 200278(5)525-30 2002

LOPES LW COSTA ALCN GONCcedilALVES VSB SILVA CG Indice de

desvantagem vocal em instrutores de educaccedilatildeo fiacutesica Rev SBFa 2009 [perioacutedico

na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

722amptid=1

63

MACHADO PG HAMMES MH CIELO CA RODRIGUES AL Os haacutebitos posturais e o comportamento vocal de profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica na modalidade de hidroginaacutestica Revista CEFAC [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrcefac2010nahead107-09pdf MECSEF Secretaria de Educaccedilatildeo Fundamental Paracircmetros curriculares nacionais Educaccedilatildeo fiacutesica Secretaria de Educaccedilatildeo Fundamental Brasiacutelia 1997 [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpportalmecgovbrsebarquivospdflivro07pdf MEDEIROS AM ALVES EMSB Disfonia em professores de educaccedilatildeo fiacutesica

escolar Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2008anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=1

310amptid=2

MILANO F PALMA A ASSIS M Sauacutede e trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica que atuam com ciclismo indoor Efdeportes 2007 12(109) Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom MOREIRA HR COLLET C FARIAS GO NASCIMENTO JV Siacutendrome de Burnout em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica um estudo de casos Revista Digital - Buenos Aires 2008 13(123) Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom MOREIRA HR FARIAS GO BOTH J NASCIMENTO JV Qualidade de vida no trabalho e siacutendrome de burnout em professores de educaccedilatildeo fiacutesica do Estado do Rio Grande Do Sul Brasil Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica amp Sauacutede 2009 14(2)115-122 NASCIMENTO SRLG Caracterizaccedilatildeo do uso da voz do professor de educaccedilatildeo

fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo] Centro de Estudos da Voz 2003 Disponiacutevel

em httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=172

NEVES A RODRIGUES G SOBRAL F Avaliaccedilatildeo subjetiva do stress

profissional resultados de um inqueacuterito preliminar em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica Boletim da Sociedade Portuguesa de Educaccedilatildeo Fiacutesica Lisboa n 78 p27-

34 1993

PAOLIELLO M OLIVEIRA BFV LOPES JL AZEVEDO LL ASSUNCcedilAtildeO

KM Expressatildeo e comunicaccedilatildeo oral a interferecircncia da inserccedilatildeo da Fonoaudiologia

na grade curricular do curso de educaccedilatildeo fiacutesica para a conscientizaccedilatildeo dos

estudantes quanto agrave sauacutede vocal Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso

em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2008anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=3

37amptid=3

64

PARK K BEHLAU M Signs and symptoms of autonomic dysfunction in dysphonic

individuals Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiolia 2011 23(2)164-9

PEDROZA PS PRADO APA MACEDO KMF A voz de comando na turma de

educaccedilatildeo fiacutesica nas series iniciais de uma escola municipal infantil do municiacutepio de

Jataiacute(GO) Anais IV Congresso Centro-Oeste de Ciecircncias do Esporte Disponiacutevel

emhttpwwwrbceonlineorgbrcongressosindexphp4concoce4concocepapervie

wFile25611200

PINHO SMR Fundamentos em fonoaudiologia tratando os distuacuterbios da voz 1

Ed Rio de Janeiro 2003 Guanabara Koogan p 24-9 2003

PUCCINI F R S SERVILHA E A M Voz e Qualidade de Vida Avaliaccedilatildeo da Desvantagem Vocal em Professores 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 26 jan 2013] Disponiacutevel em httpwwwpuc-campinasedubrwebsistportalpesquisaicpic2010resumos2010924_185248_502028297_reslC3A1vpdf PUMPRLA J HOWORKA K GROVES D CHESTER M NOLAN J Functional assessment of heart rate variability physiological basis and practical applications Int J Cardiol 200284(1)1-14 REINHARDT V BEHLAU M Anaacutelise do perfil vocal de professores de body combat [monografia de especializaccedilatildeo] Centro de Estudos da Voz 2008 Disponiacutevel em httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=217 SANTINI J MOLINA NETO V A siacutendrome do esgotamento profissional em

professores de educaccedilatildeo fiacutesica um estudo na rede municipal de ensino de Porto

Alegre Rev bras Educ Fiacutes Esp 2005 19(3)209-22

SENtildeARIS GONZAacuteLEZ B NUacuteNtildeEZ BATALLA F CORTE SANTOS P SUAacuteREZ NIETO C Factors predicting Voice Handicap Index Acta Otorrinolaringol Esp 2006 Feb57(2)101-8 SERVILHA EAM LEAL ROF HIDAKA MTU Riscos ocupacionais na legislaccedilatildeo trabalhista brasileira destaque para aqueles relativos agrave sauacutede e voz do professor Rev Soc Bras Fonoaudiol 201015(4)505-13 SILVA CB Identificaccedilatildeo vocal dos professores de academia de ginaacutestica a partir dos sinais e sintomas Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3371amptid=1

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SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

043amptid=1

STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwefdeportescomefd155saude-vocal-

dos-profissionais-de-educacao-fisicahtm

TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

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VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

63

MACHADO PG HAMMES MH CIELO CA RODRIGUES AL Os haacutebitos posturais e o comportamento vocal de profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica na modalidade de hidroginaacutestica Revista CEFAC [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwscielobrpdfrcefac2010nahead107-09pdf MECSEF Secretaria de Educaccedilatildeo Fundamental Paracircmetros curriculares nacionais Educaccedilatildeo fiacutesica Secretaria de Educaccedilatildeo Fundamental Brasiacutelia 1997 [perioacutedico na Internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpportalmecgovbrsebarquivospdflivro07pdf MEDEIROS AM ALVES EMSB Disfonia em professores de educaccedilatildeo fiacutesica

escolar Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2008anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=1

310amptid=2

MILANO F PALMA A ASSIS M Sauacutede e trabalho dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica que atuam com ciclismo indoor Efdeportes 2007 12(109) Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom MOREIRA HR COLLET C FARIAS GO NASCIMENTO JV Siacutendrome de Burnout em professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica um estudo de casos Revista Digital - Buenos Aires 2008 13(123) Disponiacutevel em httpwwwefdeportescom MOREIRA HR FARIAS GO BOTH J NASCIMENTO JV Qualidade de vida no trabalho e siacutendrome de burnout em professores de educaccedilatildeo fiacutesica do Estado do Rio Grande Do Sul Brasil Revista Brasileira de Atividade Fiacutesica amp Sauacutede 2009 14(2)115-122 NASCIMENTO SRLG Caracterizaccedilatildeo do uso da voz do professor de educaccedilatildeo

fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo] Centro de Estudos da Voz 2003 Disponiacutevel

em httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=172

NEVES A RODRIGUES G SOBRAL F Avaliaccedilatildeo subjetiva do stress

profissional resultados de um inqueacuterito preliminar em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica Boletim da Sociedade Portuguesa de Educaccedilatildeo Fiacutesica Lisboa n 78 p27-

34 1993

PAOLIELLO M OLIVEIRA BFV LOPES JL AZEVEDO LL ASSUNCcedilAtildeO

KM Expressatildeo e comunicaccedilatildeo oral a interferecircncia da inserccedilatildeo da Fonoaudiologia

na grade curricular do curso de educaccedilatildeo fiacutesica para a conscientizaccedilatildeo dos

estudantes quanto agrave sauacutede vocal Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso

em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2008anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=3

37amptid=3

64

PARK K BEHLAU M Signs and symptoms of autonomic dysfunction in dysphonic

individuals Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiolia 2011 23(2)164-9

PEDROZA PS PRADO APA MACEDO KMF A voz de comando na turma de

educaccedilatildeo fiacutesica nas series iniciais de uma escola municipal infantil do municiacutepio de

Jataiacute(GO) Anais IV Congresso Centro-Oeste de Ciecircncias do Esporte Disponiacutevel

emhttpwwwrbceonlineorgbrcongressosindexphp4concoce4concocepapervie

wFile25611200

PINHO SMR Fundamentos em fonoaudiologia tratando os distuacuterbios da voz 1

Ed Rio de Janeiro 2003 Guanabara Koogan p 24-9 2003

PUCCINI F R S SERVILHA E A M Voz e Qualidade de Vida Avaliaccedilatildeo da Desvantagem Vocal em Professores 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 26 jan 2013] Disponiacutevel em httpwwwpuc-campinasedubrwebsistportalpesquisaicpic2010resumos2010924_185248_502028297_reslC3A1vpdf PUMPRLA J HOWORKA K GROVES D CHESTER M NOLAN J Functional assessment of heart rate variability physiological basis and practical applications Int J Cardiol 200284(1)1-14 REINHARDT V BEHLAU M Anaacutelise do perfil vocal de professores de body combat [monografia de especializaccedilatildeo] Centro de Estudos da Voz 2008 Disponiacutevel em httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=217 SANTINI J MOLINA NETO V A siacutendrome do esgotamento profissional em

professores de educaccedilatildeo fiacutesica um estudo na rede municipal de ensino de Porto

Alegre Rev bras Educ Fiacutes Esp 2005 19(3)209-22

SENtildeARIS GONZAacuteLEZ B NUacuteNtildeEZ BATALLA F CORTE SANTOS P SUAacuteREZ NIETO C Factors predicting Voice Handicap Index Acta Otorrinolaringol Esp 2006 Feb57(2)101-8 SERVILHA EAM LEAL ROF HIDAKA MTU Riscos ocupacionais na legislaccedilatildeo trabalhista brasileira destaque para aqueles relativos agrave sauacutede e voz do professor Rev Soc Bras Fonoaudiol 201015(4)505-13 SILVA CB Identificaccedilatildeo vocal dos professores de academia de ginaacutestica a partir dos sinais e sintomas Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3371amptid=1

65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

043amptid=1

STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwefdeportescomefd155saude-vocal-

dos-profissionais-de-educacao-fisicahtm

TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

64

PARK K BEHLAU M Signs and symptoms of autonomic dysfunction in dysphonic

individuals Jornal da Sociedade Brasileira de Fonoaudiolia 2011 23(2)164-9

PEDROZA PS PRADO APA MACEDO KMF A voz de comando na turma de

educaccedilatildeo fiacutesica nas series iniciais de uma escola municipal infantil do municiacutepio de

Jataiacute(GO) Anais IV Congresso Centro-Oeste de Ciecircncias do Esporte Disponiacutevel

emhttpwwwrbceonlineorgbrcongressosindexphp4concoce4concocepapervie

wFile25611200

PINHO SMR Fundamentos em fonoaudiologia tratando os distuacuterbios da voz 1

Ed Rio de Janeiro 2003 Guanabara Koogan p 24-9 2003

PUCCINI F R S SERVILHA E A M Voz e Qualidade de Vida Avaliaccedilatildeo da Desvantagem Vocal em Professores 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 26 jan 2013] Disponiacutevel em httpwwwpuc-campinasedubrwebsistportalpesquisaicpic2010resumos2010924_185248_502028297_reslC3A1vpdf PUMPRLA J HOWORKA K GROVES D CHESTER M NOLAN J Functional assessment of heart rate variability physiological basis and practical applications Int J Cardiol 200284(1)1-14 REINHARDT V BEHLAU M Anaacutelise do perfil vocal de professores de body combat [monografia de especializaccedilatildeo] Centro de Estudos da Voz 2008 Disponiacutevel em httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=217 SANTINI J MOLINA NETO V A siacutendrome do esgotamento profissional em

professores de educaccedilatildeo fiacutesica um estudo na rede municipal de ensino de Porto

Alegre Rev bras Educ Fiacutes Esp 2005 19(3)209-22

SENtildeARIS GONZAacuteLEZ B NUacuteNtildeEZ BATALLA F CORTE SANTOS P SUAacuteREZ NIETO C Factors predicting Voice Handicap Index Acta Otorrinolaringol Esp 2006 Feb57(2)101-8 SERVILHA EAM LEAL ROF HIDAKA MTU Riscos ocupacionais na legislaccedilatildeo trabalhista brasileira destaque para aqueles relativos agrave sauacutede e voz do professor Rev Soc Bras Fonoaudiol 201015(4)505-13 SILVA CB Identificaccedilatildeo vocal dos professores de academia de ginaacutestica a partir dos sinais e sintomas Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3371amptid=1

65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

043amptid=1

STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwefdeportescomefd155saude-vocal-

dos-profissionais-de-educacao-fisicahtm

TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

65

SILVA CG GONCcedilALVES VSB MENESES VGM COSTA ALCN SILVA LB Percepccedilatildeo dos profissionais de educaccedilatildeo fiacutesica acerca da presenccedila do ruiacutedo durante o seu desempenho vocal nas academias de Joatildeo Pessoa (PB) Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa SILVA EM TAVARES PB FIGUEREDO FL CRUZ JS Comparaccedilatildeo do perfil de participaccedilatildeo de atividades vocais em professores que utilizam a voz em sala de aula e em academia Rev SBFa 2010 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2010anais_selectphpop=PTampcid=3074amptid=3 SIMOtildeES M O profissional de educaccedilatildeo fiacutesica e o uso da voz uma contribuiccedilatildeo da Fonoaudiologia Rev Bras Atividade Fiacutesica e Sauacutede 2000 5(1) 71-80 SIMOtildeES M A voz do professor ndash histoacuterico da produccedilatildeo cientiacutefica de fonoaudioacutelogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional II In Ferreira LP Oliveira SM Voz profissional produccedilatildeo cientiacutefica da fonoaudiologia brasileira [CD-ROM] Satildeo Paulo SBFa 2005 SOUZA RG ROSIN FB Sinais e sintomas vocais e avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva

e acuacutestica dos professores de educaccedilatildeo fiacutesica comparaccedilatildeo entre o iniacutecio e teacutermino

da aula Rev SBFa 2009 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011]

Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalanais2009anais_selectphpop=buscaresultadoampcid=2

043amptid=1

STEFFANI JA VIECELI VCB GRASEL CE Sauacutede vocal e niacutevel de atividade fiacutesica

dos profissionais de Educaccedilatildeo Fiacutesica Revista Digital efdeportescom [perioacutedico na internet]

[acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwefdeportescomefd155saude-vocal-

dos-profissionais-de-educacao-fisicahtm

TASK FORCE OF THE EUROPEAN SOCIETY OF CARDIOLOGY AND THE NORTH AMERICAN SOCIETY OF PACING AND ELECTROPHYSIOLOGY Heart rate variability standards of measurement physiological interpretation and clinical use Circulation 1996 93(5)1043-1065 THE AMERICAN INSTITUTE OF STRESS ndash AIS What is Stress Effects of Stress Disponiacutevel em httpwwwstressorg Acesso em 02012013 TROUT J MCCOLL D Vocal health for Physical Educators JOPERD 2007 78(8) 12-14 50 VANDERLEI L C Basic notions of heart rate variability and its clinical applicability Rev Bras Cir Cardiovasc 2009 24(2)205-217

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

66

VANUCCI M Relaccedilatildeo entre auto-avaliaccedilatildeo vocal escores do protocolo QVV e

desvios vocais em professores de educaccedilatildeo fiacutesica [monografia de especializaccedilatildeo]

Centro de Estudos da Voz 2005 Disponiacutevel em

httpwwwcevfonocom2010monografia_selectphpcid=273

YAMASAKI R LEAtildeO SHS MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R

Anaacutelise perceptivo-auditiva de vozes normais e alteradas Escala analoacutegica visual

Rev SBFa 2007 [perioacutedico na internet] [acesso em 30 jun 2011] Disponiacutevel em

httpwwwsbfaorgbrportalsuplementorsbfa

YAMASAKI R LEAtildeO S MADAZIO G PADOVANI M AZEVEDO R BEHLAU M Correspondecircncia entre escala analoacutegico-visual e a escala numeacuterica na avaliaccedilatildeo perceptivo-auditiva de vozes Rev SBFa 2008 [perioacutedico na internet] [acesso 30 jun 2011] Disponiacutevel em httpwwwsbfaorgbrportalanais2008resumosR1080-2pdf

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

67

8 ANEXOS 81 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

68

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

69

82 Parecer do Comitecirc de Eacutetica

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

70

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

71

83 Autorizaccedilatildeo da Secretaria Municipal da Educaccedilatildeo de Mariacutelia

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

72

84 Autorizaccedilatildeo da Diretoria de Ensino de Mariacutelia

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

76

77

78

79

80

81

87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

82

88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

83

89 Aceite do Artigo

73

85 Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TECLE)

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TECLE)

O presente termo (TECLE) refere-se agrave pesquisa ldquoDISTUacuteRBIOS VOCAIS ESTRESSE E

CONDICcedilOtildeES DE TRABALHO E ASSOCIACcedilAtildeO ENTRE O TEMPO MAacuteXIMO DE FONACcedilAtildeO

E A REGULACcedilAtildeO AUTONOcircMICA CARDIacuteACA EM PROFESSORES DE

EDUCACcedilAtildeO FIacuteSICA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE ESCOLAS PUacuteBLICAS DE MARIacuteLIA

(SP)rdquo desenvolvida pela aluna Denise de Souza Cunha junto ao Curso de Poacutes-Graduaccedilatildeo

Strictu-Sensu Mestrado Acadecircmico em Fonoaudiologia da Universidade Estadual Paulista

Juacutelio de Mesquita Filho - UNESPMariacutelia sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Vitor Engraacutecea Valenti

A pesquisa tem por objetivo investigar os distuacuterbios vocais e estresse no trabalho e a

associaccedilatildeo entre as alteraccedilotildees vocais e a VFC professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica do Ensino

Fundamental de escolas puacuteblicas de Mariacutelia (SP)

Seratildeo sujeitos da pesquisa os professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica da rede puacuteblica de

Ensino Fundamental (municipal ou estadual) de Mariacutelia em exerciacutecio e atuando na funccedilatildeo

Os sujeitos responderatildeo os questionaacuterios Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal- Professor

(CPV-P) Job Stress Scale (JSS) e Iacutendice de Desvantagem Vocal (IDV) e participaratildeo de

gravaccedilatildeo da voz para avaliaccedilatildeo vocal fonoaudioloacutegica (anaacutelise perceptivo-auditiva) A

anaacutelise perceptivo-auditiva se valeraacute do instrumento escala numeacuterica GRBASI A gravaccedilatildeo

seraacute realizada na proacutepria escola sendo que para a gravaccedilatildeo seraacute solicitada a produccedilatildeo de

vogal sustentada contagem de nuacutemeros de 1 a 20 e fala espontacircnea em resposta agrave

pergunta ldquoO que eacute ser professorrdquo As queixas e sintomas vocais seratildeo encontrados por

meio da combinaccedilatildeo dos resultados de GRBASI + IDV + CPV-P A variabilidade da

frequecircncia cardiacuteaca seraacute mensurada por meio do cardiofrequencimetro Polar

Seraacute feita anaacutelise descritiva das respostas a fim de identificar variaacuteveis de interesse

Os dados seratildeo submetidos a avaliaccedilotildees estatiacutesticas que contemplaratildeo descriccedilotildees e

anaacutelises conforme as necessidades

Busca-se verificar a prevalecircncia de distuacuterbios de voz em professores de Educaccedilatildeo

Fiacutesica de Ensino Fundamental de escolas puacuteblicas e se estes estatildeo ou natildeo associados com

o fato de ser professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica

Aqueles sujeitos que forem identificados com alteraccedilotildees vocais seratildeo orientados a

buscar atendimento fonoaudioloacutegico eou encaminhados para o Centro de Estudos da

Educaccedilatildeo e da Sauacutede (CEES) UNESPMariacutelia

A pesquisa oferece benefiacutecios diretos aos sujeitos possibilitando a eles um maior

conhecimento de sua proacutepria voz bem como refletir sobre ela e os aspectos que interferem

na sauacutede vocal especialmente os relacionados agraves condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho

docente

Para a Fonoaudiologia o estudo iraacute trazer conhecimentos acerca das condiccedilotildees de

trabalho e sauacutede dos professores de Educaccedilatildeo Fiacutesica escolar subsidiando futuros trabalhos

de promoccedilatildeo da sauacutede na escola Espera-se avanccedilar na compreensatildeo dos aspectos das

condiccedilotildees e organizaccedilatildeo do trabalho do professor de Educaccedilatildeo Fiacutesica de escola puacuteblica em

sua relaccedilatildeo com a vozsauacutede vocal de maneira a subsidiar accedilotildees fonoaudioloacutegicas de

promoccedilatildeo da sauacutede junto a este segmento do quadro docente

74

Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

_________________________________

Assinatura

Mariacutelia_______________2012

75

86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

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87 Questionaacuterio ndash Job Stress Scale (JSS)

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88 Questionaacuterio ndash Iacutendice de Desvantagem Vocal

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89 Aceite do Artigo

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Esta pesquisa natildeo oferece riscos ou prejuiacutezos de qualquer ordem desconfortos ou

danos fiacutesico ou morais nem despesas aos sujeitos envolvidos pois a pesquisadora se

deslocaraacute ateacute a escola dos participantes para coleta de dados em horaacuterio combinado e

agendado previamente com os sujeitos evitando qualquer transtorno para os mesmos

A participaccedilatildeo nesta pesquisa eacute voluntaacuteria e total e completamente isenta de

qualquer bocircnus financeiro

A pesquisadora garante que os nomes seratildeo fictiacutecios mantendo o sigilo que assegura

a privacidade de dados confidenciais e preserva a identidade dos envolvidos

Os resultados da pesquisa serviratildeo para fins acadecircmicos e cientiacuteficos aqui incluiacutedas

publicaccedilotildees e participaccedilotildees em congressos e eventos cientiacuteficos dentro dos limites da

eacutetica e do proceder cientiacutefico iacutentegro e idocircneo e declaro que autorizo a utilizaccedilatildeo dos

registros referentes agrave entrevistas questionaacuterios registros vocais e depoimentos por mim

fornecidos

Em qualquer momento poderei fazer perguntas sobre os procedimentos adotados

ficando a pesquisadora comprometida a responder qualquer duacutevida que surja antes durante

ou apoacutes a realizaccedilatildeo da pesquisa Fica garantida a liberdade de me recusar a participar ou

retirar o consentimento em qualquer fase da pesquisa sem penalizaccedilatildeo alguma e sem

prejuiacutezo ao meu cuidado conforme resoluccedilatildeo MSCNSCONEP nordm 19696 de 10101996

Contatos com a pesquisadora Denise de Souza Cunha E-mail

denisescunhayahoocombr Telefone (14) 34135336 ou (14) 97658501

Por meio deste TECLE

eu____________________________________________________________

RG________________ data de nascimento ______________

endereccedilo_______________________________________________________ declaro estar

ciente expressar e afirmar o meu consentimento para a minha participaccedilatildeo na pesquisa

acima referida

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Assinatura

Mariacutelia_______________2012

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86 Questionaacuterio ndash Condiccedilatildeo de Produccedilatildeo Vocal do Professor (CPV-P)

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