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DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO SESSÃO: 089.4.54.O DATA: 10/04/14 TURNO: Matutino TIPO DA SESSÃO: Deliberativa Extraordinária - CD LOCAL: Plenário Principal - CD INÍCIO: 10h TÉRMINO: 13h47min DISCURSOS RETIRADOS PELO ORADOR PARA REVISÃO Hora Fase Orador Obs.:

DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃOreajuste de todas as formas possíveis. Se a média do reajuste de preços em toda a economia, no último ano, foi de 6%, por que reajustar

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DEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA, REVISÃO E REDAÇÃO

SESSÃO: 089.4.54.O

DATA: 10/04/14

TURNO: Matutino

TIPO DA SESSÃO: Deliberativa

Extraordinária - CD

LOCAL: Plenário Principal - CD

INÍCIO: 10h

TÉRMINO: 13h47min DISCURSOS RETIRADOS PELO ORADOR PARA REVISÃO Hora Fase Orador

Obs.:

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Ata da 89ª Sessão da Câmara dos Deputados, Delibera tiva Extraordinária,

Matutina, da 4ª Sessão Legislativa Ordinária, da 54 ª Legislatura, em 10 de

abril de 2014.

Presidência dos Srs.:

Henrique Eduardo Alves, Presidente.

Gonzaga Patriota, 1º Suplente de Secretário.

Inocêncio Oliveira, Onofre Santo Agostini,

Benedita da Silva, nos termos do § 2º do artigo

18 do Regimento Interno.

ÀS 10 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.:

Henrique Eduardo Alves

Andre Vargas

Fábio Faria

Marcio Bittar

Simão Sessim

Maurício Quintella Lessa

Biffi

Gonzaga Patriota

Wolney Queiroz

Vitor Penido

Takayama

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

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I - ABERTURA DA SESSÃO

O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - A lista de presença registra na

Casa o comparecimento de 199 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.

Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos

trabalhos.

A Sra. Secretária procederá à leitura da ata da sessão anterior.

II - LEITURA DA ATA

A SRA. BENEDITA DA SILVA , servindo como 2ª Secretária, procede à leitura

da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada.

III - EXPEDIENTE

(Não há expediente a ser lido)

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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Passa-se às

IV - BREVES COMUNICAÇÕES

Vamos dar início aos trabalhos, cumprimentando os idosos que estão nas

galerias com justas reivindicações. Inclusive, no meu doutorado, a tese é “O Ancião

no Mundo”. Parabéns aos senhores por estarem firmes e fortes.

Com a palavra o eminente Deputado Celso Maldaner, do PMDB de Santa

Catarina.

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O SR. CELSO MALDANER (PMDB-SC. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nós queríamos passar a Páscoa mais felizes,

mas infelizmente não conseguimos votar ontem à noite as modificações na Lei nº

12.619 sobre a jornada dos motoristas.

Hoje o setor está inviabilizado no País, com um aumento de praticamente

35%, 40%. Nós dependemos hoje da logística rodoviária. Então, queremos apelar

para os colegas Parlamentares para que possamos, ainda no dia de hoje, dar esse

presente de Páscoa aos nossos motoristas, votando a urgência, por acordo, desse

projeto. É muito importante, porque nós inviabilizamos, da maneira que está hoje, o

setor rodoviário no País. Então, vai beneficiar os motoristas e também os

transportadores autônomos.

Esse é o apelo que nós fazemos, para que se vote a urgência ainda no dia de

hoje.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - V.Exa. será atendido, nos termos

regimentais. Já estamos levantando aqui, exatamente para colocar em pauta esse

requerimento de urgência.

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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Concedo a palavra ao Deputado

Onofre Santo Agostini.

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (PSD-SC. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, eu gostaria de me somar a V.Exa. e reforçar os cumprimentos aos

nossos aposentados aqui presentes. Essas pessoas são as mais injustiçadas do

Brasil. São fruto da VARIG, da TRANSBRASIL e agora do Governo Federal, que

não paga a ação que eles ganharam na Justiça.

Ditadura, tão combatida, é isso aí também, que deixa nossos irmãos

padecendo por causa de um ponto de vista absurdo.

Por isso a nossa solidariedade às vítimas da VARIG e da TRANSBRASIL.

O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - A solidariedade de V.Exa. será

registrada nos Anais da Casa.

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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Com a palavra a Deputada

Benedita da Silva.

A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Sem revisão da oradora.) - Sr.

Presidente, eu gostaria, nesta manhã, nesta sessão, de falar da importância de

votarmos aqui a regulamentação do trabalho doméstico. É um assunto que está

sendo esperado. Há 1 ano nós estamos aguardando essa regulamentação. Então,

estamos entrando com pedido de urgência para essa matéria, porque entendemos

que ela merecerá um quórum qualificado. E é importante que as lideranças que

estão interessadas nesse projeto possam deliberar sobre essa urgência, com

unanimidade, e nós aqui possamos votar essa regulamentação na próxima semana,

ou depois da Páscoa, conquanto que neste mês de abril possamos votá-la, já que o

dia 27 de abril será o Dia da Trabalhadora Doméstica.

Eu gostaria de fazer este apelo a esta Casa, Sr. Presidente.

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - V.Exa. será atendida nos termos

regimentais.

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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Concedo a palavra ao eminente

Deputado cearense e comunista Chico Lopes.

O SR. CHICO LOPES (PCdoB-CE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,

Sras. e Srs. Deputados, inicialmente, quero ser solidário com a Deputada Benedita

no caso da regulamentação do trabalho das domésticas.

Sr. Presidente, é com grande senso de urgência que retorno a esta tribuna

para tratar de um tema da mais grave importância para os consumidores cearenses

e brasileiros: um novo pedido de reajuste em tarifa de energia elétrica por parte de

uma concessionária desse serviço público essencial, que torna a solicitar à ANEEL

reajuste dos preços da energia.

E que reajuste! A Companhia Energética do Ceará — COELCE deseja

reajustar o preço que os consumidores cearenses pagam pela energia em nada

menos do que 13,83%. Isso mesmo, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados: quase

14% de reajuste, mesmo em um País com economia estável e inflação sob controle.

De tão absurdo, o índice pleiteado pela COELCE à ANEEL foi considerado

inesperado até mesmo pelos que acompanham diariamente o mercado de energia,

que tem como referência para o reajuste médio das tarifas em todo o País, neste

ano de 2014, o percentual de 9,5%, ainda alto, é verdade, tendo em vista que a

inflação pelo IGPM, nos últimos 12 meses, foi de menos de 6%. Mas é um

percentual bem inferior aos quase 14% que a COELCE está pedindo à ANEEL, para

prejuízo do povo cearense.

Caso esse aumento elevadíssimo e injustificado venha a ser aprovado pela

Diretoria da ANEEL, agência que, assim como outras, parece sempre se empenhar

mais em defender as grandes empresas do que os consumidores que dependem

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dos serviços públicos, o consumidor já vai sentir os efeitos no bolso a partir do dia

22 deste mês. A decisão da Agência acontece no próximo dia 15, em reunião

pública ordinária, e a COELCE vai procurar defender sua proposta de aumento,

extremamente prejudicial aos consumidores e suficiente para colocar por terra todo

um trabalho de publicidade realizado pela empresa. A COELCE procura se colocar

perante os cearenses como uma empresa reconhecida pela qualidade de seus

serviços, pelos preços justos cobrados e pelas iniciativas de responsabilidade social.

Infelizmente, Sr. Presidente, esse quadro pintado pela Companhia Energética

do Ceará está bem distante da realidade. O que temos são consumidores

insatisfeitos com a interrupção do fornecimento de energia, o que ainda acontece

com frequência maior do que este início de século XXI faria supor, e, principalmente,

consumidores insatisfeitos com o alto preço da energia, agravado por mais esse

reajuste, em um momento em que todos os esforços do setor produtivo e do

Governo Federal são no movimento contrário, no sentido de reduzir os preços para

favorecer a produção, a economia popular, a maior geração de emprego e renda, a

movimentação econômica real, em vez da velha especulação financeira baseada no

triunfo do capital sobre o trabalho, na concentração de renda, no elitismo e na

exclusão.

Vale destacar, Sr. Presidente, que, assim como mostrou o jornal Diário do

Nordeste, do Ceará, nesta terça-feira, até mesmo o Conselho de Consumidores da

COELCE rejeita o abusivo percentual de reajuste que está sendo pedido pela

empresa. “O índice de reajuste pedido pela COELCE é alto. Se o IGP-M nos 12

meses que antecedem o aumento foi de 5,97%, o que a Coelce está pedindo

representa quase oito pontos percentuais a mais, o que não se justifica”, destacou

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Erildo Pontes, Presidente do Conselho de Consumidores, citando ainda que, mesmo

com maior uso das usinas termelétricas, como está acontecendo agora, a

expectativa era de um reajuste de preços bem mais baixo, diante do saldo de 300

milhões de reais que ficou desde a última revisão tarifária, em 2012, aplicada

somente em 2013 e que ficou para compensação no reajuste deste ano.

Questionamos esse reajuste, Sr. Presidente, em nome dos consumidores

cearenses e dos consumidores de todo o Brasil. Levaremos o caso à Comissão de

Defesa do Consumidor desta Casa, na qual, como membro titular, venho pautando

seguidamente o debate sobre o preço da energia elétrica, o impacto desse custo

para o consumidor, o peso que essa tarifa representa na economia — inclusive com

o efeito sobre a criação de possíveis novos empregos —, a necessidade de termos

agências reguladoras mais atuantes de acordo com os interesses do elo mais fraco

dessa cadeia: o consumidor.

Além da participação na audiência pública, a COELCE tem o dever de vir a

público esclarecer ao consumidor cearense o porquê desse pedido de reajuste

superior ao IGPM em quase oito pontos percentuais. Vamos questionar esse

reajuste de todas as formas possíveis. Se a média do reajuste de preços em toda a

economia, no último ano, foi de 6%, por que reajustar a energia elétrica em quase

14%? Como é que o trabalhador, que não teve 14% de reajuste salarial, vai poder

pagar essa conta? E as empresas cearenses? Perderão competitividade, ao ter de

lidar com um aumento tão expressivo, em um de seus principais insumos? Teremos

enfraquecimento da economia e fechamento de postos de trabalho, apenas para que

sejam mantidos os seguidos lucros da COELCE? São perguntas que todos os

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cearenses se fazem, neste momento, e que precisam ser respondidas, em benefício

do consumidor. Com a palavra a COELCE e a ANEEL.

Vale destacar, ainda, Sr. Presidente, que esta Casa se prepara para votar o

Projeto de Decreto Legislativo (PDC) nº 10, de 2011, que obriga as concessionárias

de energia elétrica a devolver cerca de R$8 bilhões cobrados indevidamente dos

consumidores de todo o País, nas contas de energia elétrica, entre 2002 e 2009.

Com requerimento de urgência aprovado em fevereiro, o projeto é o caminho mais

concreto para assegurar o ressarcimento aos consumidores.

Aproveitamos o ensejo para tornar a pedir a votação desse projeto, que

corrige uma injustiça clara e provada contra os consumidores brasileiros,

reconhecida pela ANEEL, que no entanto não obrigou as empresas a ressarcir o que

foi cobrado a mais. Fomos à ANEEL, ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à

Justiça. O caminho que resta é a aprovação do PDC pela Câmara dos Deputados, o

que agora só depende da votação em plenário.

Independentemente da responsabilidade das concessionárias de energia

elétrica, o fato é que elas receberam valores de forma indevida e isso por si só é

motivo suficiente para efetuarem o ressarcimento, sob pena de enriquecimento sem

causa em detrimento do cidadão. A Câmara dos Deputados tem agora a grande

chance de desfazer essa injustiça e de garantir que os consumidores recebam, nas

próprias contas de luz, o ressarcimento do que pagaram indevidamente entre 2002 e

2009. O povo espera por esse ressarcimento há 5 anos. Precisamos de mobilização

para garantir a votação desse projeto e o benefício aos consumidores.

Sr. Presidente, gostaria que o meu discurso fosse publicado na imprensa da

Casa e no programa A Voz do Brasil.

Era o que tinha a dizer.

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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Concedo a palavra ao Deputado

Marçal Filho.

O SR. MARÇAL FILHO (PMDB-MS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,

V.Exa. faz parte da Mesa Diretora desta Casa, então gostaria de solicitar a V.Exa.

que leve aos demais membros da Mesa Diretora a informação de que, no lugar em

que ficam os pavilhões dos Estados brasileiros nesta Casa, a bandeira do meu

Estado, o Mato Grosso do Sul, está irreconhecível. Está irreconhecível a bandeira do

Mato Grosso do Sul. Tem que ser trocada urgentemente. Deve ser colocada ali uma

bandeira nova do Mato Grosso do Sul, porque aquela está totalmente irreconhecível.

Gostaria de solicitar isso a V.Exa.

O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - V.Exa. será atendido nos termos

regimentais. Vamos solicitar que seja substituída urgentemente a bandeira desse

jovem e progressista Estado.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Antes do pronunciamento do Líder

Rubens Bueno, concedo a palavra ao Deputado Mauro Benevides, que falará em

permuta com o eminente Deputado Paulo Feijó. S.Exa. dispõe de 1 minuto.

O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, sou muito grato a V.Exa. e ao Líder Rubens Bueno pela deferência.

Ainda não foi ontem o dia em que a Comissão de Constituição, Justiça e

Cidadania do Senado aprovaria a Proposta de Emenda à Constituição nº 4, de 2014

— antiga PEC 247, na Câmara dos Deputados —, em face dos acirrados debates

travados em torno da Comissão Parlamentar de Inquérito da PETROBRAS, que se

prolongaram com sucessivas intervenções, ao fim das quais foi solicitada verificação

de quórum, constatando-se insuficiência de número para o prosseguimento dos

trabalhos conduzidos pelo Presidente Vital do Rego, do PMDB da Paraíba.

Somente na próxima semana, existindo número suficiente, a matéria voltará a

ser debatida, esperando-se que, em relação à chamada PEC das Comarcas, não se

registre qualquer obstáculo, pela incontestável justeza de que a mesma se acha

revestida, tanto assim que obteve 425 votos favoráveis deste Plenário soberano.

Há uma expectativa nacional de que não ocorram mais empecilhos, dando

lugar, logo em seguida, à promulgação da emenda pelas duas Mesas, sob o

comando de Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves, além dos demais

dirigentes congressuais.

Uma comissão de defensores públicos, tanto da União como dos Estados,

acompanhou as articulações, motivando, também, a minha ida à CCJ, a fim de

deixar patente a expectativa de que a importante proposição não sofra embargos em

sua plena aceitação.

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De todos os recantos do País tenho recebido manifestações de aplausos à

nossa proposição, endossada, também, pelos Deputados Alessandro Molon, André

Moura e Amauri Teixeira, além de mais de 200 subscritores que firmaram nos

primeiros momentos a importante iniciativa.

É muito provável, pois, que ainda no corrente mês se dê o encerramento do

trâmite em curso, transformando em realidade uma aspiração dos carentes e

necessitados de todo o País, que terão, assim, alguém para patronear os seus

direitos junto às instâncias competentes.

Continuaremos atentos a essa missão, a fim de vê-la concluída e posta em

prática, como exigência de uma postulação imposta pela imperiosa necessidade de

mais defensores públicos em todos os recantos do nosso território.

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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Concedo a palavra ao eminente

Deputado Rubens Bueno, para uma Comunicação de Liderança, pelo PPS.

S.Exa. disporá de 6 minutos.

O SR. RUBENS BUENO (PPS-PR. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ao longo dos últimos 8 anos nós estamos vendo

o que o Governo tem feito com a aviação brasileira e especialmente com os

trabalhadores da aviação brasileira.

Há 8 anos a VARIG entrou em processo de liquidação extrajudicial. E, ao lado

disso, nós tivemos a total despreocupação do Governo com todos aqueles que

trabalharam e deram toda a vida, e a vida profissional, em defesa do País, em

defesa da imagem do País no exterior, fazendo com que nos orgulhássemos desses

profissionais, desses trabalhadores.

Ocorre que isso aconteceu há 8 anos — que vão se completar no próximo dia

12.

No dia 12 de março, o Supremo Tribunal Federal deu ganho de causa à

empresa e ao Instituto AERUS de Seguridade Social naquele processo que tratava

da defasagem tarifária. Imaginava-se que o Governo pudesse se sensibilizar com 20

mil trabalhadores da área, sendo 10 mil da ativa, 10 mil aposentados e pensionistas.

Somando isso aos seus familiares, esse número vai para mais de 60 mil, ou cerca

de 80 mil.

Resultado: desde então o Governo não se sensibilizou com aqueles que

dedicaram a sua vida, que se dedicaram profissionalmente, que tinham aplicado no

fundo o resultado de parte desse salário. E, neste momento, vemos mais uma vez

que o Governo não toma nenhuma providência: empurra com a barriga, manda um

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fazer, manda outro fazer, manda outro desfazer, manda outro desdizer. Ou seja, não

há autoridade no País. Não tem no País em quem se possa acreditar.

Em agosto do ano passado a Presidente da República disse que ia resolver o

problema. Agosto do ano passado! E até agora nada!

É importante destacar a presença de vários Deputados e Senadores que

estão ajudando nesta luta e nesta causa, especialmente o Presidente Henrique

Eduardo Alves, que tem se dedicado a ajudar a fazer com que esse movimento

tenha resposta, resposta à dignidade do trabalhador, resposta àqueles que lutaram

ao longo da vida e que precisam dar resposta a suas famílias, porque eles pagaram

ao longo do tempo para poder ter o fundo, se aposentar e ter o mínimo de dignidade.

E isso não está acontecendo!

Então, Sr. Presidente, eu venho aqui fazer esse protesto. Estão acampados

há 30 dias no Salão Verde, pedindo apoio para que o Governo dê ouvidos àqueles

que precisam. São pessoas que têm mais de 70 anos, e não há o mínimo de

respeito para com essas pessoas que pelo País fizeram muito, já que muitos nada

fazem pelo País a não ser assaltar os cofres públicos. É o que nós estamos vendo.

Esse caso é da maior gravidade. Nós fomos ao Rio: Benedita da Silva, Chico

Alencar, vários Parlamentares que participaram e ajudaram na construção desse

acordo, e esse acordo não sai. São 8 anos que estão se completando.

Ora, Sr. Presidente, é preciso dar um basta nisso, chamar a atenção do

Governo, pedir a base do Governo, o partido do Governo que ajude a buscar uma

resposta, para que essa resposta seja a resposta edificante de um Governo que

quer olhar para o ser humano e respeitar a sua dignidade.

Muito obrigado. (Palmas.)

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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - V.Exa. será atendido nos termos

regimentais.

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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Com a palavra o eminente

Deputado piauiense do PT Jesus Rodrigues.

S.Exa. disporá de 1 minuto.

O SR. JESUS RODRIGUES (PT-PI. Sem revisão do orador.) - Sras. e Srs.

Deputados, ouvintes do nosso Piauí, da Rádio Câmara, da TV Câmara, quero dizer

que ontem estive na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e

do Paranaíba — CODEVASF onde defendi a inclusão de um projeto que chamamos

de Artérias do Rio Paranaíba, que busca drenar, levar água através de adutoras

para o interior do Piauí, captadas no Rio Parnaíba.

Esse projeto já foi apresentado há algum tempo. A CODEVASF o analisou e o

considera pertinente e adequado. Com certeza ele será encaminhado para o rol de

projetos do PAC 3. Fico feliz por isso, até porque concluímos que um rio da

dimensão do Rio Parnaíba não pode apenas escorrer para salgar no mar. Nós

precisamos aproveitar melhor essa água.

O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - O pronunciamento de V.Exa. será

divulgado nos termos regimentais.

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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Concedo a palavra ao eminente

Deputado Luis Carlos Heinze, do Bloco Parlamentar PP/PROS do Rio Grande do

Sul.

O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP-RS. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, colegas Parlamentares, faço coro com o Deputado Rubens Bueno, para

falar dessas pessoas ligadas à antiga VARIG que estão praticamente há 1 mês

acampados no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Essa empresa era um

orgulho para nós gaúchos. Eu, como gaúcho, tenho orgulho da antiga VARIG e das

outras empresas também, como VASP, TRANSBRASIL e tantas que tiveram

problemas, mas principalmente aquelas ligadas ao Instituto AERUS de Seguridade

Social.

Vamos cobrar da Presidenta, a fim de que ela entenda essa situação e ajude

essas pessoas. Que todos os que puderem se somar a essa luta, a essa justa

reivindicação que eles fazendo aqui, que o façam. Os acordos devem ser cumpridos.

A decisão do Supremo Tribunal Federal tem que ser cumprida. O acordo fechado

em agosto do ano passado, como disse o Deputado Rubens Bueno, até hoje não

aconteceu.

Há dinheiro para tanta coisa! Estão aí os escândalos da PETROBRAS e

tantos outros. Como é que não há dinheiro para acertar com esse pessoal que faz

essa justa reivindicação neste momento? (Palmas nas galerias.)

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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Concedo a palavra ao eminente

Deputado Guilherme Campos.

O SR. GUILHERME CAMPOS (PSD-SP. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, bom dia.

Só para relembrar e alertar que nós já tivemos notícias de que o nosso

Governador Geraldo Alckmin se manifestou, na tarde de ontem, a respeito da

possibilidade de racionamento de água na cidade de São Paulo, nas cidades que

são abastecidas pelo Sistema Cantareira.

Nós estamos alertando já há um bom tempo sobre a ausência de chuvas e o

nível alarmante dos nossos reservatórios.

Pedimos ao Governador que assuma essa posição do racionamento, para

que a população possa se programar, possa se posicionar a respeito desse tema,

que é alarmante, preocupante e que vai deixar o Estado de São Paulo, pela

ausência de chuva, pela ausência de água, em colapso.

Então, que o Governador venha a público e assuma uma posição — que é o

que nós esperamos do grande homem que ele é —, dada a gravidade do momento

por que nós passamos.

Então, é essa a posição que nós cobramos do Governador, pedindo que seja

responsável neste momento.

O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Nós registramos a preocupação de

V.Exa., eminente Deputado Guilherme.

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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Com a palavra o eminente

Deputado Glauber Braga, Presidente da Comissão de Educação.

O SR. GLAUBER BRAGA (PSB-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, Sras. e Srs. Deputados, queria registrar a votação realizada ontem nesta

Casa da Medida Provisória 631, de 2013, que traz mais elementos para a política de

redução de desastres no Brasil, com o tema prevenção. Entre outras coisas, no texto

de ontem, aprovamos a obrigatoriedade de as operadoras de telefonia celular

fazerem o encaminhamento de mensagens de alerta e alarme para todas aquelas

comunidades que possam ter essa necessidade por conta da vulnerabilidade.

Além disso, esta Casa teve a oportunidade de aprovar a obrigatoriedade da

execução dos recursos destinados pelo Governo Federal, no que diz respeito à

prevenção.

Esse é um avanço significativo e esperamos agora a sanção presidencial do

texto na íntegra.

Obrigado, Sr. Presidente.

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O SR. PRESIDENTE (Gonzaga Patriota) - Nós temos a honra de conceder a

palavra à eminente Deputada Fátima Bezerra, ao tempo em que convidamos o Líder

Inocêncio Oliveira, eterno Presidente desta Casa, para presidir à sessão.

Deputada Fátima, V.Exa. dispõe do tempo regimental.

A SRA. FÁTIMA BEZERRA (PT-RN. Sem revisão da oradora.) - Sr.

Presidente, eu peço que seja divulgado no programa A Voz do Brasil e nos órgãos

de comunicação da nossa Casa uma importante análise do momento vivido pela

PETROBRAS, feita pelo conceituado economista Jean-Paul Prates, em que ele

chama à reflexão que, além de se investigar, que se punam os eventuais culpados,

como deve ser em qualquer democracia civilizada. “É patente que o objetivo político

é atingir a fama de gestora rígida e competente da Presidenta Dilma e também da

Executiva-Chefe da empresa, Graças Foster”, afirma.

Por fim, eu quero dizer que a Frente Parlamentar em Defesa da

PETROBRAS, dia 23, nesta Casa, estará realizando importante ato em defesa da

estatal, cujo lema é Defender a PETROBRAS é defender o Brasil.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, faço questão de trazer à tribuna desta

Casa uma importante análise do momento vivido pela PETROBRAS, feita pelo

economista Jean-Paul Prates, Diretor-Geral do Centro de Estratégias em Recursos

Naturais e Energia — CERNE, publicada recentemente no jornal O Globo online.

Para ele:

“Mais do que nunca antes, a Petrobras está

na berlinda do jogo eleitoral.”

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E segue afirmando:

“Não se tratar bem de uma estreia, pois os

debates sobre a alegada intenção de privatizá-la

atormentaram campanhas presidenciais desde Getúlio até

os recentes embates de Serra e Alckmin versus Lula e

Dilma. Desta vez, põem-se à discussão pública atos

gerenciais de fundamentação duvidosa (a compra da

refinaria norte-americana de Pasadena) somada à

investigação de tráfico de influência, corrupção e lavagem

de dinheiro envolvendo um de seus diretores, atualmente

preso.”

Como todos nós, cidadãos e cidadãs, a responsabilidade de um dos mais

respeitados profissionais da área de energia, Jean-Paul, o faz defender que se

apurem crimes, falcatruas e picaretagens, e que se punam culpados investigados,

defendidos e julgados — como cabe em qualquer democracia civilizada.

Na avaliação dele — e de todos os cidadãos e cidadãs que se preocupam

verdadeiramente com o Brasil e com a PETROBRAS —, “é patente que o objetivo

político é atingir a fama de gestora rígida e competente da Presidente Dilma

Rousseff e também de sua Executiva-Chefe da empresa, Graça Foster”.

Jean-Paul esclarece ainda:

“Diferentemente de outros órgãos públicos em que

comissionados e funcionários ‘passam’ um mandato ou

outro, a PETROBRAS é um corpo com vida própria e que

sabe se defender. Além disso, individualmente, quem tem

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a carreira em jogo numa empresa como a PETROBRAS

não permite ser enxovalhado por político ou mídia

marrom. Graça Foster e a maioria das ‘pratas da casa’ na

PETROBRAS são desta cepa.”

E continua:

“É completamente equivocado, oportunista e até

uma atitude de má-fé afirmar-se que a empresa está

quebrada ou que foi o PT quem afundou a

PETROBRAS. Há que ser justo e reconhecer que a

empresa cresceu como nunca nos últimos 10 anos.

Oscilações e percalços são ossos do ofício para

uma empresa mista que tem que se equilibrar entre os

interesses do Estado brasileiro e os do mercado de

ações. O tradicional dilema entre preços internacionais

para os combustíveis no Brasil versus controle

inflacionário não é invenção ‘lulista’. O Brasil nunca teve

preços de combustíveis integralmente livres. Todo e

qualquer governo, de todo e qualquer partido, terá que

enfrentar algum tipo de antipatia em relação a este

dilema: só tem que escolher entre a população do Brasil

inteiro (inclusive as demais cadeias produtivas afetadas

pelos fretes rodoviários) e o restrito grupo de acionistas

da PETROBRAS.”

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Para Jean-Paul é justamente por ser uma estatal que muitos investidores —

desde pessoas físicas nacionais até fundos e conglomerados estrangeiros —

sempre compraram e continuam comprando ações da PETROBRAS. Além de

saberem que se trata de uma empresa especial, pelo corpo técnico e gerencial que

possui, pelas facilidades logísticas e operacionais dominantes em território brasileiro,

pela eficiência ao lidar com as idiossincrasias e trâmites nacionais. Eles querem ser

sócios do Governo brasileiro pela segurança que isso representa, mesmo

conscientes de que houve, há e sempre haverá algum grau de ingerência política e

social na sua atuação empresarial. Todos sabem que ser PETROBRAS tem um

bônus e também um ônus.

E continua Jean-Paul:

“O indigitado ‘aparelhamento’ só não pode premiar

incompetentes ou aproveitadores (neste caso, é má

gestão). Mas grupos políticos normalmente, em qualquer

país, quando ganham eleições legítimas, buscam indicar

pessoas de suas hostes e com identidade de pensamento

sobre as diretrizes a serem tomadas. Então quando PSDB

e DEM indicavam toda a diretoria e a maioria dos cargos

na sede da PETROBRAS não era aparelhamento? Quem

trabalhou há mais de 10 anos lá sabe como funcionava.

O partido que, por razões programáticas ou

ideológicas, não quiser mais que a PETROBRAS seja

‘empresa mista’, terá que vencer as eleições prometendo

claramente privatizá-la e terá que ter firmeza e apoio para

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executar isso. Mas enquanto a PETROBRAS for de

acionistas e do Governo brasileiro, continuará sujeita a

ingerências políticas, goste-se ou não.

Finalmente, como brasileiros, ao acompanhar a

atuação da empresa, temos que nos colocar sob três

pontos de observação: consumidor, eleitor e acionista.

Apesar de parecer ser fácil separar os três, não é. Se

fossemos vistos pela PETROBRAS apenas como

acionistas, nos veriam apenas insensíveis buscadores de

lucro a todo e qualquer preço, sem preocupação com

gerar emprego e renda no País e multiplicar os efeitos

disso pela cadeia produtiva da nossa indústria do petróleo

— tão promissora. Se, para a PETROBRAS, fôssemos

apenas eleitores, seríamos tratados por outra PDVSA,

socialmente engajada, mas politica e financeiramente

comprometida, demagógica e populista. Se apenas

consumidores, seríamos tratados apenas como um

oceano de mercado a ser conquistado e mantido a

qualquer preço e seríamos explorados por um monopólio

insaciável e sem controle.

A virtude, no caso da situação específica e quase

única da PETROBRAS, está no equilíbrio entre os três

status — igualmente relevantes para todos nós,

brasileiros. E nós cobramos dela nas três formas. Afinal,

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somos as três coisas também — querendo e gostando ou

não.”

Chamo a atenção, Srs. e Srs. Parlamentares, porque essas são palavras de

um estudioso, respeitado internacionalmente e que conhece o profissionalismo dos

que fizeram e continuam fazendo da PETROBRAS, a maior empresa brasileira.

Muito obrigada.

O Sr. Gonzaga Patriota, 1º Suplente de Secretário,

deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr.

Inocêncio Oliveira, nos termos do § 2º do art. 18 do

Regimento Interno.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Gonzaga Patriota, do PSB de Pernambuco.

O SR. GONZAGA PATRIOTA (PSB-PE. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, Inocêncio Oliveira, eminentes Srs. Deputados, nós temos aqui dois

pronunciamentos para os quais pedimos divulgação.

O primeiro é sobre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São

Francisco e do Parnaíba — CODEVASF, que vem firmando vários convênios em

Pernambuco, e, por último, fez convênio com 21 Municípios sobre ações

importantes, ações hídricas.

Eu quero parabenizar a CODEVASF, a Presidência e a Superintendência da

3ª Região, em razão desses trabalhos importantes lá em Pernambuco.

E também quero saudar o povo de Tuparetama por mais um aniversário

dessa cidade, amanhã, dia 11. Tuparetama é uma cidade importante do Sertão do

Pajeú. Recebemos informações sobre o assunto por intermédio do Sr. Prefeito, do

Vice-Prefeito, dos Vereadores e do Vereador meu primo, o Diógenes Patriota.

Estamos aqui fazendo uma saudação. E, em razão do tempo curto, Sr.

Presidente, pedimos a V.Exa. que autorize a divulgação destes dois

pronunciamentos nos meios de comunicação da Casa.

Muito obrigado.

PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Companhia de Desenvolvimento

dos Vales do São Francisco e do Parnaíba — CODEVASF firma convênio com 21

Municípios para levar ações de segurança hídrica a áreas rurais.

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Sistemas simplificados de abastecimento de água, limpeza e ampliação de

barreiros e perfuração de poços tubulares beneficiarão a zona rural de 21 Municípios

do sertão pernambucano inseridos na área de atuação da Companhia de

Desenvolvimento dos Vale do São Francisco e do Parnaíba — CODEVASF.

Os termos de compromisso para a execução das obras, com transferência de

encargos, e os convênios para a execução das ações foram assinados nesta terça-

feira (08/04) por gestores de todos os Municípios beneficiados, numa solenidade

realizada em Petrolina, que teve a presença do Superintendente Regional da

CODEVASF em Pernambuco, Sr. João Bosco Lacerda de Alencar.

Os sistemas coletivos de abastecimento de água estão avaliados em R$390

mil cada e serão implantados com recursos do programa Água para Todos, que é

coordenado pelo Ministério da Integração Nacional e executado pela CODEVASF

em sua área de atuação.

Os gestores dos Municípios também receberão conjuntos de equipamentos

agrícolas — avaliados em R$150 mil cada — compostos de patrol, caminhão-pipa,

caçamba e retroescavadeira. Os recursos são do Orçamento Geral da União e serão

aplicados nessas ações por meio de emenda parlamentar. O Município de

Verdejante também foi contemplado com um conjunto de máquina perfuratriz,

compressor de ar e caminhão, para transporte e perfuração de poços profundos.

“A CODEVASF é um órgão público federal e a orientação do Governo é

atender a todos os Municípios, indistintamente. Vamos trabalhar para atingir todos

os Municípios da nossa 3ª Superintendência”, frisou o Superintendente João Bosco

Lacerda, na ocasião.

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Para o Prefeito do Município de Santa Filomena, Pedro Gildevan Melo,

grande ganho para a população são as implantações dos sistemas de

abastecimento de água.

E assinalou:

“São projetos importantes que chegam para

beneficiar os moradores da zona rural, o nosso povo do

campo.”

O Prefeito de Dormentes, Roniere Reis, também comemorou a chegada dos

sistemas de abastecimento de água no município:

“Esses sistemas de abastecimento vão levar mais

dignidade para o nosso povo do interior”.

Já Luiz Carlos Gaudêncio, Prefeito de Custódia, destacou:

“São ações importantes para que possamos conviver

melhor com o fenômeno da estiagem. A CODEVASF tem

um papel fundamental no desenvolvimento dessas obras

de infraestrutura hídrica de poços, barragens, adutoras, e

com elas poderemos conviver com a seca com menos

traumas.”

O Prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, discursou em nome dos

Prefeitos presentes, e a Prefeita de Afrânio, Lúcia Mariano, assinou os termos de

compromisso em nome de todos os gestores.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero registrar a emancipação política

do Município de Tuparetama, no sertão de Pernambuco.

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Nessa sexta-feira, 11 de abril, comemora-se o aniversário de emancipação

política do Município de Tuparetama, no sertão de Pernambuco.

Administrativamente, o Município é composto pelos distritos-sede e Santa Rita. A

palavra “tuparetama” é de origem tupi-guarani e, significa a pátria de Deus, o céu.

De tupã: Deus; e retama: lugar natal, pátria.

A cidade se localiza no Alto Sertão do Pajeú. Começou chamando-se Tupã,

depois denominou-se Tuparetama. Segundo a tradição oral, o povoado foi

crescendo a partir da primeira feira livre, realizada em 1889. A capela dedicada a

Bom Jesus foi construída em 1910, que deu nome ao povoado. Em 1938, foi

elevada à categoria de vila, denominada Tupã, pertencente ao Município de Tabira.

Nesta época, era costume nomear cidades e povoados com nomes indígenas. Daí a

troca do nome Bom Jesus por Tupã, que era a entidade divina dos índios tupis.

Entretanto, em 1943, o nome foi alterado para Tuparetama (terra de Deus),

por haver uma cidade em São Paulo com o nome de Tupã. A emancipação do

Município veio em 31 de dezembro de 1958. A cidade é pacata e muito arborizada.

É apelidade de Princesinha do Pajeú. Localiza-se a uma latitude 07º36'08” sul e a

uma longitude 37º18'41” oeste, estando a uma altitude de 560 metros. Sua

população estimada é de quase 10 mil pessoas.

Possui uma área de 186 km², segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística. Existem grupos culturais que se destacam mais fora da cidade que

dentro dela e que são responsáveis por levar o nome Tuparetama para todo o Brasil.

Um exemplo é a Companhia de Danças Populares de Tuparetama, com o

espetáculo Dançando nas Alturas — um espetáculo de dança em pernas de pau

executada por jovens da cidade.

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A cidade também conta com uma enorme quantidade de músicos, devido a

existência da Banda Paulo Rocha. O nome é uma homenagem a um dos maiores

músicos da cidade. Tuparetama também tem grupos de forró, como o Vozes do

Campo e o Acorde Matuto e grupos de teatro, como Os Teóphilos. Tuparetama já foi

um centro de efervescência cultural, mas, devido à falta de investimentos nessa

área, passa por um período difícil.

A todo o povo de Tuparetama meus sinceros cumprimentos pela passagem

do aniversário de sua emancipação política.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Eliene Lima, do PSD do Mato Grosso.

O SR. ELIENE LIMA (PSD-MT. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,

quero registrar aqui uma indicação que fiz para que seja analisada a redução de

alíquotas do IPI sobre veículos movidos a eletricidade. Nós vivemos um crescente

processo de poluição do ar e sonora, e é importante o estímulo à tecnologia desses

veículos movidos a eletricidade.

Também tenho ouvido as ponderações e os lamentos constantes da

Federação das APAES do meu Estado. Tenho mantido contato com o Secretário de

Administração atual, Pedro Elias, o ex-Secretário Faiad e o Secretário-Adjunto,

Coronel Cordeiro.

Quero aqui também fazer um elogio a Carlos Linguiça, que é o nosso

Presidente da Federação das APAES do Estado de Mato Grosso, e buscar o apoio

do Governo Federal para a entidade.

Muito obrigado.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tenho ouvido as ponderações e os

lamentos constantes da Federação das APAES do Estado de Mato Grosso —

FEAPAES-MT, na pessoa do seu Presidente, Joenete Carlos Pereira Silva, o Carlos

Linguiça, que resolveu formatar uma nova APAE para o Estado, que já conta com 67

APAES em pleno funcionamento e mais três sendo implantadas, isso em 141

Municípios que totalizam o Estado.

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Devemos lembrar do Centro Tecnológico de Iniciação Social — CATIS, fruto

de emendas de vários Deputados, com predominância para a APAE-MT.

Nesta nova fase, solicitei ajuda a vários setores da sociedade,

predominantemente do Governo do Estado — através da SAD, na pessoa do

Secretário, Pedro Elias Domingos de Mello, e do antecessor, Dr. Faiad, além do

Coronel Jesus Cordeiro, Secretário-Adjunto; das associações comerciais, onde a

Diretora da Associação Comercial do Distrito Federal, Meire Lúcia Name Gabriel, foi

incansável batalhadora na busca de fatores que se agregarão ao projeto, além de

várias outras autoridades.

Como mostra o sucesso da ação, recebeu a FEAPAES-MT duas áreas em

Mato Grosso, uma em Várzea Grande, no bairro Chapéu do Sol (que hoje é a nova

Várzea Grande), com uma área de 50.000 m², e outra em Rondonópolis, com área

superior a 55.000 m².

Estarei colocando no mesmo espaço: nossa casa APAE — destinada aos

pacientes idosos que já não contam com a ajuda familiar — e será nas duas

casas(VG e Roo), com 35 apartamentos; o Centro de Apoio Hospitalar e de

Recuperação — apoiado pelo Sarah Kubistchek, através dos treinamentos dos

profissionais envolvidos; a Casa de eventos diversos, com salas de aulas, palestras

e aprendizados, além de local para evento e exposições diversas, tais como

simpósios e eventos culturais. A metragem das construções em sua totalidade, em

cada unidade, ultrapassa a 12.000 m².

As unidades receberão vários projetos para a sua subsistência, tais como:

piscicultura, avicultura e hortas. As áreas destinadas às atividades de subsistências

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já estão em negociações com várias entidades ligadas à agricultura, em que se

destaca a presença marcante do Dr. Luiz Alécio, da SEDRAF.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao nobre

Deputado Paulo Feijó, do Bloco PR/PTdoB/PRP do Rio de Janeiro.

O SR. PAULO FEIJÓ (Bloco/PR-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente

Inocêncio Oliveira, eu quero, neste pronunciamento, registrar o excelente

desempenho do agronegócio no Brasil.

No mês de março, foi alcançada a excelente marca de quase 8 bilhões em

exportação. Crescimento de quase 4% em relação a março do ano passado. As

importações: 1,4 bilhão; decréscimo de 7%. Então, o superávit da balança comercial

do agronegócio no mês de março foi de 6 bilhões e 550 milhões. Isso mostra a

importância desse segmento na balança comercial brasileira.

Portanto, ao mesmo tempo em que nós parabenizamos os segmentos

produtivos, nós pedimos ao Governo da Presidente Dilma que priorize sempre

políticas voltadas para esse importante setor.

Muito obrigado.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores aqui presentes,

crianças, jovens, senhoras senhores e pessoas com deficiência que me ouvem,

veem, e leem pela Rádio e TV Câmara, Internet, redes sociais e, inclusive pela

Língua Brasileira de Sinais — LIBRAS, e em particular os ilustres cidadãos do meu

Estado, o Rio de Janeiro, a quem tenho o orgulho de aqui representar.

Venho à tribuna desta honrada Casa de Leis para celebrar o bom

desempenho do agronegócio brasileiro, no mês de março, mostrando uma elevação

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significativa em relação ao volume de cargas exportadas no mesmo período em

relação ao ano de 2013.

As exportações do agronegócio brasileiro, colegas Deputados e Deputadas,

alcançaram a marca de US$7,97 bilhões em março, cravando um crescimento de

3,7%, em comparação ao mesmo mês em 2013.

As importações alcançaram US$1,42 bilhão, Sr. Presidente, registrando um

decréscimo de 7% em relação a março do ano passado. O superávit da balança

comercial do agronegócio no mês passado foi de US$6,55 bilhões.

Entre abril de 2013 e março de 2014, as vendas externas do agronegócio

brasileiro atingiram o montante de US$99,63 bilhões, ou mais 2,7%. As importações

alcançaram US$17,04 bilhões, aumento de 4,1%. O saldo da balança comercial

registrou o superávit de US$82,59 bilhões, o que corresponde a um incremento de

2,5%.

No primeiro trimestre de 2014, as exportações do agronegócio atingiram

US$20,23 bilhões e as importações, US$4,25 bilhões.

Entendemos que estes números, Sr. Presidente, corroboram o raciocínio de

que, não fora o vigor do campo, a economia brasileira apresentaria resultados ainda

mais pífios do que os vivenciados hoje em dia.

A balança comercial da produção rural em 2013 apresentou um superávit de

US$79,4 bilhões, enquanto que no mesmo período a indústria registrou déficit de

US$94,9 bilhões, com esta relação expondo que o agronegócio paga as contas

externas do País.

Entre os destaques, o complexo soja (grãos in natura, óleo e farelo) exportou

US$3,62 bilhões e embarcou mais de 7 milhões de toneladas no mês. O principal

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item comercializado nesse segmento foi a soja em grãos, com vendas externas de

US$3,15 bilhões e crescimento de 64,8% em relação ao mesmo período do ano

passado.

Em seguida, o item do setor melhor comercializado foi o farelo de soja, com a

cifra de US$363 milhões e aumento de 17,1% sobre o mesmo mês no ano passado.

Por fim, a exportação de óleo de soja gerou US$114 milhões, queda de 26,6% em

relação a março de 2013.

Entre os blocos econômicos ou regiões geográficas, o grande destaque foi a

Ásia. As exportações atingiram US$4,08 bilhões, aumento de 29,8% sobre o

resultado obtido no mesmo período de 2013. Esses números elevaram a

participação do bloco em mais de 10%, atingindo 51,2% do total exportado pelo

setor agropecuário no mês.

O principal destino dos produtos brasileiros é a China, que respondeu por

US$2,88 bilhões em março, crescimento de 65,5% sobre o mesmo mês do ano

passado.

No momento em que me aproximo da conclusão deste pronunciamento,

cumprimento aos produtores rurais brasileiros, por sua dedicação na busca do

enfrentamento permanente das dificuldades, e cobro medidas mais pragmáticas do

Governo Federal no esforço de levar o agronegócio do País ao patamar de respeito

que lhe é devido, com apoio incondicional e irrestrito.

Muito obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba.

O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, nesta

semana nós perdemos duas pessoas que partiram para a eternidade.

No dia 8, faleceu o Padre José Servat, que trabalhou aqui no Brasil também

como orientador da Pastoral Rural. Nós queremos manifestar nossas condolências,

através do Padre Antônio Maria Guerin, e enviar as condolências aos familiares do

sacerdote que serviu muito bem ao povo brasileiro como assistente da ACR — Ação

Católica Rural.

Lamentamos também a partida da nossa companheira do Partido dos

Trabalhadores Jemima Marques de Oliveira. Nossas condolências aos familiares,

aos companheiros do PT, e o registro de nota do diretório regional do partido sobre

seu falecimento.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Márcio Macêdo, do PT de Sergipe.

O SR. MÁRCIO MACÊDO (PT-SE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,

Sras. e Srs. Deputados, eu quero registrar a forma eleitoreira com que a Oposição,

nesta Casa, tem tratado o episódio da PETROBRAS e a compra da refinaria de

Pasadena. É uma irresponsabilidade para com a maior empresa do País, e sétima

do mundo, e para com os brasileiros e as brasileiras.

Usam-se versões para se sobrepor ao fato com falácias, com mentiras,

dizendo que a refinaria custou mais de 1 bilhão de dólares, quando, na verdade, os

números estão aí, claros e objetivos: 486 milhões. Foi, naquele momento, um bom

negócio, isso está claro e evidente. É óbvio que, com a oscilação do mercado, com a

mudança de paradigma nos Estados Unidos na exploração do petróleo, passou a

não ser um bom negócio, e voltou a ser um bom negócio agora, o que é natural com

essa oscilação do mercado.

Portanto, quero repudiar a posição irresponsável da Oposição brasileira em

relação ao episódio da PETROBRAS e de Pasadena.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Edinho Bez, do PMDB de Santa Catarina.

O SR. EDINHO BEZ (PMDB-SC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,

meus colegas Parlamentares, falo hoje de uma obra importantíssima, a obra da

Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis, cartão postal da nossa capital e de Santa

Catarina.

É importante lembrar que os atrasos na obra de restauração da ponte são

naturais, dada sua complexidade. O Departamento Estadual de Infraestrutura —

DEINFRA evita falar sobre os prazos para o fim da restauração e a construtora

responsável enviou um documento ao órgão há mais de 1 mês justificando os

atrasos.

Em entrevista, por telefone, nesta terça-feira, Paulo Meller, Diretor-Geral e

Presidente do DEINFRA, desistiu de dar prazos concretos. Não sabe quando

termina a análise do cronograma de restauração da ponte Hercílio Luz

Fui Secretário de Estado e sei que não dá para se fixar prazo para

inauguração de obras neste País.

(O microfone é desligado.)

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na qualidade de Deputado Federal,

representante do Estado de Santa Catarina, ex-Secretário de Estado de

Infraestrutura do Governo Luiz Henrique da Silveira, tomo a palavra nesta

oportunidade para falar sobre os atrasos das obras de restauro da Ponte Hercílio

Luz, em Florianópolis, Santa Catarina.

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O Departamento Estadual de Infraestrutura — DEINFRA evita falar sobre

prazos para o fim do restauro e a construtora responsável enviou um documento ao

órgão há mais de um mês justificando os atrasos.

Em seis folhas, a construtora Espaço Aberto tentava provar, com dados

técnicos, que, apesar dos atrasos iniciais, era possível entregar o patrimônio até

dezembro, conforme a proposta inicial. Urgente, à época, a análise do documento,

até hoje não foi concluída pelo DEINFRA.

O Presidente do órgão, Paulo Meller, diz que a averiguação do cronograma

foi dividida em duas etapas devido à complexidade da obra de restauração. Apenas

uma teria sido levada até o Governador Raimundo Colombo. A segunda, ainda em

análise, não tem data para ser finalizada.

Em entrevista, por telefone, nesta terça-feira, Paulo Meller desistiu de dar

prazos concretos: não sabe quando termina a análise do cronograma nem garante

mais que as obras da ponte serão concluídas este ano.

A Ponte Hercílio Luz é um dos principais cartões postais de Florianópolis, a

capital de Santa Catarina. O atraso acontece porque a lei não é cumprida, porque

não há a devida fiscalização durante a execução da obra.

Em 25 de fevereiro, após o Governador Raimundo Colombo ameaçar

rescindir contrato com a empresa responsável pelo restauro da Ponte Hercílio Luz,

em decorrência do atraso nas obras, o Presidente da construtora responsável,

Espaço Aberto, Paulo Ney Almeida, garantiu que as obras não iriam atrasar e que a

empresa faria as adequações necessárias no cronograma de trabalho para isso.

A partir disso, o Governador Raimundo Colombo deu nova chance à Espaço

Aberto, estabelecendo prazos para a empreiteira apresentar o novo cronograma.

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Em 5 de março, engenheiros do consórcio protocolaram o novo cronograma

no DEINFRA, que iria verificar se o que estava no documento era realmente possível

de ser colocado em prática, a partir de uma análise que levaria entre uma e duas

semanas.

O Presidente do departamento, Paulo Meller, e o engenheiro Wenceslau

Diotallévy, fiscal que desde 2008 acompanha as obras na ponte, relacionaram os

nomes dos consultores que iriam ajudá-los a analisar a fundo os novos prazos

propostos pela empresa em uma força-tarefa.

O próximo passo era apresentar o cronograma ao Governador com uma

análise sobre se seria realmente possível entregar a obra até o final de 2014.

Durante a entrega, o engenheiro da empresa, Gleison Lemos, reafirmou que a obra

seria entregue em dezembro e que, se faltasse algum acabamento, este seria feito

com o tráfego liberado.

Voltarei a falar sobre este assunto que conheço muito bem.

Era o que tinha a dizer.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Onofre Santo Agostini.

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (PSD-SC. Pela ordem. Sem revisão do

orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero parabenizar o Conselho

Federal de Odontologia que, na data de ontem, comemorou, em Brasília, o jubileu

de ouro. Na oportunidade, o Conselho concedeu Medalha de Honra ao Mérito

Odontológico Nacional a um catarinense, meu amigo pessoal, o Deputado Estadual

Dado Cherem, filho de Jamil Cherem, que também é odontólogo.

De modo especial, Sr. Presidente, se V.Exa. me permite, quero me dirigir,

mais uma vez, àqueles nossos irmãos que estão ali em cima, nas galerias. Refiro-

me aos ex-funcionários da VARIG e da TRANSBRASIL. Quero pedir desculpas a

eles, em nome deste Parlamento, porque nós não temos competência para ajudá-

los.

Infelizmente, a ditadura, que foi tão combatida no passado, também está

presente neste caso, porque não reconhece o direito que os senhores têm. É uma

vergonha para o Brasil os senhores estarem nessa situação. Por isso, nosso pedido

de perdão e nossas desculpas, porque este Parlamento...

(O microfone é desligado.)

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero parabenizar o Conselho

Federal de Odontologia que, na data de ontem, comemorou, em Brasília, seu Jubileu

de Ouro. Na oportunidade, o Conselho concedeu Medalha de Honra ao Mérito

Odontológico Nacional, em reconhecimento às pessoas que contribuíram para o

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aperfeiçoamento e reconhecimento da profissão no Brasil. Entre elas estava o

Deputado catarinense Dado Cherem, que se sentiu gratificado e surpreso pela

indicação.

O Parlamentar do PSDB seguiu a mesma profissão do pai, Jamil Cherem.

Aproveito a oportunidade para parabenizar todos os dentistas do Brasil.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Chico Alencar.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, em geral a dor da rua não chega aqui e às vezes é preciso que quem

está sendo esbulhado e injustiçado neste País entre dentro desta Casa para fazer

valer os seus direitos.

Quero também, como outros colegas já fizeram, me referir aos trabalhadores

e trabalhadoras do AERUS, que contribuíram a vida inteira não só com o seu

trabalho, mas também com parte da sua remuneração para ter uma aposentadoria

digna, serena, minimamente equilibrada, austera, mas que estão sendo esbulhados

quanto a esse direito.

Ao trigésimo dia de acampamento aqui no Salão Verde, nada da promessa do

Governo de vir ao encontro deles para dar os passos para a realização do seu

compromisso — dele, Governo. O Ministro Mercadante não veio até agora. Mas nós

vamos insistir, persistir e não desistir.

Parabéns pelo exemplo de luta que vocês nos dão! (Palmas nas galerias.)

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, e todo(a)s o(a)s que assistem a esta

sessão ou nela trabalham, registro nos Anais da Casa manifesto assinado por

juristas, profissionais, estudantes de Direito, membros da sociedade civil, instituições

e movimentos sociais, a favor de uma Defensoria Pública autônoma e participativa,

tendo em vista acontecimentos relativos à ingerência na independência funcional

do(a)s defensore(a)s do Núcleo de Terras e Habitação no processo da comunidade

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Vila Autódromo, localizada em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade do Rio de

Janeiro.

Eis o manifesto:

Manifesto a favor de uma Defensoria Pública

Autônoma e Participativa

Nós, juristas, profissionais, estudantes de Direito e

membros da sociedade civil, abaixo assinados, vimos nos

manifestar a favor de uma Defensoria Pública autônoma e

participativa e, veementemente, contra a atuação do

Defensor Público Geral, em relação aos casos que

envolvem seus assistidos e suas assistidas no Município

ou no Estado do Rio de Janeiro, especialmente aqueles

que dizem respeito às comunidades que estão sob

ameaça de remoção.

Desde a posse do novo Defensor-Geral, em 2011,

temos observado uma série intervenções descabidas que

criam empecilhos para a autonomia funcional das/os

defensoras/es quando estas/es trabalham em casos em

que há algum conflito de interesses com o Poder

Executivo. Em 2011, a então equipe do Núcleo de Terras

e Habitação, que defendia comunidades ameaçadas de

remoção pela Prefeitura do Rio de Janeiro, foi

institucionalmente retirada daquele espaço, ocorrendo a

demissão de estagiárias/os e funcionárias/os, além da

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abertura de dois processos administrativos contra as/os

defensoras/es em atuação no momento. Meses antes, a

chefia institucional promovera um evento intitulado

‘Defensoria Pública e Prefeitura: juntos pela Copa e

Olimpíadas’, gerando indignação a muitas/os

assistidas/os, cujos processos tinham como parte

contrária o poder municipal e como objeto, fatos relativos

à preparação desses megaeventos.

A última atuação do Defensor-Geral, porém, supera

todos os limites. No processo da comunidade Vila

Autódromo, a chefia institucional, junto com o seu cargo

de confiança, o coordenador do Núcleo de Terras e

Habitação, requereu à relatora do agravo interposto na

Ação Civil Pública nº 0021769-11.2013.8.19.0000 a

suspensão da liminar que a própria Defensoria Pública

conseguira na sexta feira, 21 de março, por um pedido

ventilado há 1 ano. O teor da decisão consistia em

impedir a demolição de casas até que a Prefeitura do Rio

de Janeiro apresentasse a relação das/os moradoras/es

da comunidade e das famílias que aceitavam

voluntariamente o reassentamento no conjunto

habitacional Minha Casa, Minha Vida, em Curicica. Por

certo, se pretendia proteger as/os moradoras/s da

comunidade contra eventuais perigos e insalubridades

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que demolições e entulhos poderiam trazer à Vila

Autódromo.

Com efeito, a gestão atual interveio no trabalho

das/os defensoras/es titulares do Núcleo de Terras,

atentando contra a independência funcional dos agentes

públicos e impedindo a participação das/os assistidas/os.

A Vila Autódromo luta contra a sua remoção desde 1993,

sendo assistida pela Defensoria Pública em um processo

que corre há 20 anos. Nesse percurso, a liminar

representava mais uma vitória na garantia e transparência

processual tanto das/os moradoras/es que ficam, quanto

das/os moradoras/es que serão reassentadas/os. Apesar

de a Prefeitura ter confundido algumas famílias, fazendo-

as crer que não poderiam ser reassentadas por conta da

liminar, nessa segunda feira, dia 24 de março, as

defensoras públicas titulares do Núcleo conseguiram

esclarecer que não havia nenhum impedimento na

Justiça. Entretanto, a gestão atual vem divulgando que a

suspensão da liminar era condição necessária para obter

o reassentamento das famílias, reiterando a informação

enganosa divulgada por agentes do Município. Desse

modo, prejudicou a defesa jurídica das/os moradoras/es

que querem continuar na comunidade e confiaram seu

patrocínio à Defensoria, agindo de forma desleal.

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A este caso soma-se também a recente e

inoportuna pressão, à qual o atual coordenador do Núcleo

de Terras submeteu as/os moradoras/es da Providência,

ameaçadas/os de remoção pela Prefeitura, para

assinarem, no prazo exíguo de 48 horas, um acordo

rascunhado pela Chefia Institucional e pela Procuradoria

do Município. Ocorre que, pela situação processual

estável, sustentada por uma liminar que os protege contra

qualquer obra ou demolição até que seja apresentado o

projeto urbanístico da Prefeitura para o local, as/os

moradoras/es entenderam que aquele acordo não lhes

era favorável e solicitaram ao coordenador ou um prazo

maior ou a permanência da medida cautelar. A legítima

oposição e resistência das/os assistidas/os geraram

reações intempestivas do coordenador, que hoje

responde a uma representação administrativa requerida

pelos próprios defensores do Núcleo de Terras.

A Defensoria Pública tem como função primordial

assegurar o acesso à Justiça e o direito de todas e todos

a uma defesa jurídica integral, sendo expressão e

instrumento do Estado Democrático de Direito. Assim,

esta instituição tem como vocação a defesa dos direitos

humanos e representa para muitas/os alunas/os de Direito

uma grande escola jurídica e de formação profissional,

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não só pela prática processual, como também pelo

contato com as demandas da sociedade. Contudo, desde

sua posse, a atual gestão não respeita a autonomia, os

mecanismos participativos previstos legalmente e a

independência funcional dos defensores públicos titulares,

atuando, assim, de forma prejudicial aos interesses

das/os assistidas/os e gerando instabilidade e

insegurança institucional. Por isso, é do profundo

interesse de toda a comunidade jurídica e da população

atendida que a Defensoria Pública reencontre

urgentemente a sua trajetória de proteção das/os

necessitadas/os e dos direitos humanos, construindo sua

autonomia com participação social!”

Agradeço a atenção.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Com muita satisfação, passo a

palavra agora ao ilustre Deputado Pinto Itamaraty, do PSDB do Estado do

Maranhão.

O SR. PINTO ITAMARATY (PSDB-MA. Sem revisão do orador.) - Obrigado,

Sr. Presidente Inocêncio Oliveira, a quem eu quero abraçar nesta manhã e dizer,

mais uma vez, que esta Casa tem o compromisso, nos dias 13 e 14 de maio, de

colocar em debate o projeto dos agentes comunitários de saúde e agentes de

combate às endemias deste País.

São muitos profissionais que têm vindo a esta Casa em busca da aprovação

desse projeto, e agora com o compromisso assumido pelo Presidente de o pautar

com todas as lideranças. Esperamos que, exatamente, no próximo mês, nos dias 13

e 14, nós possamos aprovar o projeto e acabar, de uma vez por todas, com essa

polêmica que permeia essa matéria de interesse desses profissionais que tanto têm

ajudado a Nação brasileira no que diz respeito à saúde pública.

Da mesma forma, temos que trazer novamente ao debate a questão do fim do

fator previdenciário. Acho que é necessário esse debate, acima de tudo buscando

beneficiar todos os aposentados deste País.

Obrigado.

PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero abordar a questão do piso dos

agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate a endemias.

Os agentes comunitários de saúde fazem o acompanhamento de gestantes,

incentivam o aleitamento materno, participam do controle de doenças e promovem

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ações de saneamento e melhoria do meio ambiente. Juntamente com os agentes

de endemia, eles conhecem os principais problemas da região e podem envolver a

população na busca da solução dessas questões.

É impossível melhorar a atenção básica do Sistema Único de Saúde — SUS

sem olhar para o profissional que atua na ponta. Por isso a votação do piso salarial

para essas categorias é tão importante. No Brasil eles são quase 400 mil, e o

Governo não pode mais desconsiderar essa categoria que atua na promoção da

saúde e na prevenção de doenças.

Uma proposta de emenda constitucional aprovada em dois turnos na Câmara

e no Senado proporcionou regime jurídico aos agentes comunitários de saúde. Falta

agora votar a lei complementar que define as normas de repasses do Governo

Federal para que os agentes tenham direito a um piso salarial à altura de suas

tarefas.

O projeto tramita na Casa desde 2006 e aumenta o piso salarial dos agentes

comunitários de saúde e dos agentes de endemias, além de estabelecer um plano

de carreira. Atualmente não há mínimo salarial para a categoria, mas o Governo

Federal repassa por meio de portaria R$1.114,00 por mês aos Municípios para cada

agente comunitário. Como não há piso, a grande maioria dos Municípios não paga

mais de um salário mínimo aos profissionais; apenas o salário mínimo. E utilizam o

restante dos recursos para outras finalidades. Há, no entanto, Municípios que

conseguem pagar o justo. É o caso do Município de Água Preta, em Pernambuco,

cidade da Zona da Mata, com pouco mais de 30 mil habitantes, que desde 2013 já

paga R$1.500,00 aos seus agentes de saúde. Infelizmente, isso é uma exceção.

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A categoria reivindica R$1.448,00 reajustados anualmente nos mesmos

moldes do salário mínimo. O Governo se opôs ao projeto porque não quer arcar com

os reajustes anuais do piso. Mas aplicar dinheiro na saúde é investimento e não um

gasto.

Temos que valorizar esses profissionais. Entrei semana passada com

requerimento de urgência para a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº

7.495/2006, pois sou favorável ao piso nacional e ao plano de carreira para os

agentes comunitários de saúde e de combate a endemias.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, queremos falar também sobre o fim

do fator previdenciário.

A queda do poder aquisitivo dos aposentados do INSS está cada vez mais

acentuada. É o que mostra uma pesquisa feita pela Associação Nacional dos

Servidores da Previdência e da Seguridade Social. Segundo os levantamentos, mais

de 21 milhões de aposentados e pensionistas, de um total de 31,5 milhões, estão

recebendo, atualmente, um salário mínimo (R$724).

O número equivale, segundo a associação, a 71,6% dos beneficiários. Em

2005, essa proporção era de 67,8%, com 16,3 milhões de segurados recebendo o

piso nacional. Os dados fazem parte de um levantamento solicitado pelas entidades

de aposentados do País, cujos líderes sindicais estão revoltados com o achatamento

dos benefícios nos últimos anos.

De acordo com a pesquisa, a redução do poder de compra é decorrente,

principalmente, da política de reajuste dos benefícios com valores acima do salário

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mínimo. O aumento desse grupo de segurados tem sido menor do que o do próprio

salário mínimo, pelo menos, desde 1998.

A Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil — COBAP projeta

que, até 2025, nove em cada dez aposentados do INSS estarão ganhando o piso.

Desde 1998, a perda acumulada de quem recebe acima do mínimo é de 77,6%, por

conta dos reajustes inferiores ao do piso. Um aposentado de 76 anos que recebia

cerca de três salários, em 2008, hoje, recebe o equivalente a um piso e meio.

Essa perda, muitas das vezes, o obriga a cortar o plano de saúde e voltar a

trabalhar. Sem aumento real em suas aposentadorias, os inativos do INSS estão

cada vez mais perdendo seu poder de compra e acabam se endividando ainda mais

quando são obrigados a recorrer aos empréstimos consignados.

Há uma série de propostas para beneficiar a população idosa do Brasil na

Câmara dos Deputados aguardando aprovação. Matérias que tratam do fim do fator

previdenciário, através do PL 3.299/08, além da criação de uma política salarial para

aposentados que ganham mais de um salário mínimo e da reposição das perdas

salariais dessa faixa da população, são aguardadas com muita expectativa por

trabalhadores e aposentados.

O abuso financeiro é uma das formas mais comuns de violência contra o

idoso. A contribuição previdenciária também é uma forma de violência. Por isso vou

me ater ao PL 3.299/08, que trata da extinção do fator previdenciário, mecanismo

que impõe ao recém-aposentado da iniciativa privada a perda de até 40% do valor

inicial dos seus benefícios.

Esse fator limitador à precocidade no Brasil deixa de atuar quando um

trabalhador (homem) completa 35 anos de contribuição e pouco mais de 62 anos de

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idade; ou ainda, quando superar 37 anos de contribuição e atingir 60 anos de idade.

Tais parâmetros são mais dilatados que os existentes nas chamadas economias de

bem-estar social (Europa Ocidental), e onde a expectativa de vida é oito a nove anos

superior à brasileira.

O fim do fator previdenciário já foi aprovado pelo Congresso em 2010.

Durante a votação da Medida Provisória 475/09, que reajustava as aposentadorias

(transformada na Lei 12.254/10), os Parlamentares aprovaram uma emenda que

acabava com o fator a partir de 1º de janeiro de 2011. O dispositivo, no entanto, foi

vetado pelo então Presidente Lula. Precisamos retomar com urgência essa luta.

Era o que tinha a dizer.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao nobre

Deputado Domingos Sávio, para uma Comunicação de Liderança, pela Minoria.

O SR. DOMINGOS SÁVIO (PSDB-MG. Como Líder. Sem revisão do orador.)

- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, quero me dirigir a todos para fazer aqui

uma justa homenagem ao Governador Antônio Anastasia. Mas antes, quero fazer

um breve comentário.

Acaba de se manifestar o Deputado Márcio Macêdo, que, de maneira dura,

disse que a Oposição tem feito um trabalho irresponsável com relação à

PETROBRAS. É surpreendente que o Deputado Márcio Macêdo, talvez, não esteja

acompanhando o que ocorre no Brasil inteiro, inclusive no seu Estado, em que não

apenas a oposição, mas todos os brasileiros, em absoluta maioria (pesquisas

indicam que mais de 75% da população), têm absoluta convicção de que há

corrupção na PETROBRAS. E olhem que a Oposição começou a levantar a questão

não especificamente sobre a corrupção, que, infelizmente, ao que tudo indica, é

mais uma das razões de essa empresa, que todos nós prezamos, estar indo mal. E

nós alertamos para a má gestão. Aliás, a própria Presidenta Dilma, do partido de

S.Exa., concordou, ao declarar que se fez um péssimo negócio, alegando que

recebeu informações incompletas do Sr. Nestor Cerveró, que, curiosamente, ela

promoveu, ao invés de demitir, após saber que ele não tinha feito as coisas como

deveria fazer.

O malfeito ali do Sr. Nestor Cerveró, em 2006, dando à Presidente do

Conselho, a Sra. Dilma Rousseff, à ocasião, um parecer falho e incompleto, rendeu-

lhe, pela própria Dilma, porque ela também continuou presidente, em 2008, ao saber

do malfeito, uma promoção para ele ir para a BR Distribuidora.

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Agora que o Brasil inteiro soube, ela o mandou embora. Ela tirou a sujeira de

debaixo do tapete, ou pelo menos uma parte.

É surpreendente — e acho que a imprensa do Brasil inteiro deveria procurar o

colega Márcio Macêdo, porque ele traz uma informação aqui extremamente

importante — que o Deputado Márcio Macêdo chegue aqui agora e diga à gente o

seguinte, pasmem os meus colegas Parlamentares e o Brasil: que Pasadena foi

comprada, pela PETROBRAS, por 460 milhões; não foi por 1 bilhão e 200 milhões;

foi por 460 milhões.

Então, é preciso que ele nos ajude a cobrar da PETROBRAS a explicação

para isto: de onde é que ela enfiou esses outros quase 800 bilhões. Ele disse que a

refinaria de Pasadena foi comprada como um todo. Ou ele quer passar uma ideia

enganosa?

Até então nós soubemos que houve uma primeira parcela de 50%, que,

primeiro, o Governo afirmou que era de 360 milhões, mas que depois admitiu que

era mais de 400, e outra de cerca de 800 milhões de dólares, a segunda parcela,

levando a empresa a comprar algo que, inicialmente, uma empresa belga comprou

por 42 milhões de dólares. E os competentes gestores do PT foram lá e compraram-

na por mais de 1 bilhão e 200 milhões de dólares. Algo próximo a 3 bilhões de reais!

E, agora, como para colocar panos quentes, depois que o Sr. Gabrielli veio

aqui e ficou em sala fechada com o grupo do PT, e também para treinarem uma

linha de argumentação, eles vêm aqui querer passar para o Brasil este engodo, que

a refinaria foi comprada por quatrocentos e poucos milhões de dólares. Ora, isto

está registrado nos Anais; ele acabou de dizer que foi por quatrocentos e poucos

milhões.

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Então, tem uma mentira de um lado ou de outro: ou da própria Presidenta da

PETROBRAS, que traz números de mais de 1 bilhão de dólares; ou de quem vem

aqui agora para defender o PT, nessa linha que foi criada há muito tempo atrás

pelas pessoas autoritárias, a de “comece a repetir essa mentira todo o dia, que vai

colar; comece a repetir a mentira de que foi um negócio bom, que o mercado é que

oscilou”.

Ora, ela foi comprada em dólares. E dólar é uma moeda estável. Dólar não

tem essas oscilações. Como algo que valia 40 milhões num dia, vale, pouco tempo

depois, 1 bilhão e 200 milhões de dólares?!

Portanto, infelizmente, a PETROBRAS tem prejuízo por incompetência e por

corrupção. E a Oposição, ao denunciar isso, presta um serviço ao País, para alertar,

para corrigir, para salvar a PETROBRAS. E, aí, vêm aqui dizer que a Oposição está

querendo piorar a imagem da PETROBRAS?! Não tem jeito de piorar mais, não! O

que tinha que piorar, piorou, como nas bolsas de valores, na credibilidade do Brasil

no exterior.

E quero, nestes últimos segundos, registrar o que assim merece ser

registrado com louvor: o belo trabalho do nosso Governador Anastasia. Quero

agradecer-lhe, eis que agora, nos últimos dias ainda de mandato, antes de se

licenciar, de se afastar e em seu lugar assumir o competente Governador Alberto

Pinto Coelho, em Minas Gerais, ele estadualizou a UEMG, a universidade do

Estado, no interior de Minas, as associadas em Divinópolis, em Abaeté, em Cláudio,

em Passos, em Ituiutaba. Já havia beneficiado Diamantina, que eu estarei visitando

na semana que vem, Campanha e Carangola. Uma conquista para o povo mineiro:

uma universidade do Estado em todo o interior de Minas, fortalecendo a educação!

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Muito obrigado, Governador Anastasia! O senhor fez um governo histórico, e

nós registraremos eternamente a gratidão pela estadualização das unidades

associadas à UEMG.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Nelson Pellegrino. S.Exa. dispõe de 1 minuto.

O SR. NELSON PELLEGRINO (PT-BA. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, o Líder da Minoria acaba de usar a tribuna. Infelizmente, no Brasil as

coisas passaram a ser assim: as pessoas falam coisas como se tudo fosse verdade.

Primeiro, a Presidente Dilma nunca falou que o negócio de Pasadena foi um

mau negócio. Vêm colocando na boca da Presidente coisas que ela não disse. E,

segundo, a desinformação é o principal instrumento, infelizmente, que a Oposição

usa nesta Casa.

Nós acabamos de falar ao Deputado Domingos Sávio que a refinaria não

custou 486 milhões de dólares. Metade da refinaria custou 486 milhões de dólares, e

a outra metade custou mais 450 milhões de dólares. Inclusive, a PETROBRAS foi

obrigada, na Justiça, a comprar a outra parte, por cláusula contratual. Mas diga-se

de passagem que a PETROBRAS inclusive conseguiu algumas vitórias, como o

caso da carta que o Cerveró assinou e o problema da Cláusula Marlim.

Essa refinaria custou, na verdade, quase 900 milhões. Se custou 1 bilhão e

100 milhões foi porque o resto é devido a multas e processos judiciais na Justiça dos

Estados Unidos, o que não favoreceu, infelizmente, o Brasil, sob este aspecto.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Severino Ninho, do PSB de Pernambuco.

O SR. SEVERINO NINHO (PSB-PE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,

quero dar conhecimento à Casa que apresentei, ontem, o Projeto de Lei nº 7391,

que obriga os supermercados, onde quer que seja, quando o preço da gôndola não

bater com o preço lá no caixa, a, gratuitamente, entregar aquele primeiro produto. E,

se a pessoa quiser comprar mais de um produto da mesma marca, aí ela pagaria o

preço menor.

Isso tem que ser corrigido no Brasil, porque é comum chegarmos ao

supermercado, ver um preço na gôndola e outro lá no caixa. Muitas pessoas nem

conferem esses preços dissonantes. De modo que esse projeto visa a punir as

empresas que não têm o cuidado de fixar preço igual na gôndola e no caixa.

Sr. Presidente, solicito a divulgação deste pronunciamento no programa A

Voz do Brasil.

Muito obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Fernando Ferro, do PT de Pernambuco.

O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,

Sras. e Srs. Parlamentares, nós participaremos, neste final de semana, na cidade de

Petrolina, de uma reunião com Vereadores do Partido dos Trabalhadores para

discutir uma série de ações de governo na política de convivência com o Semiárido.

Visitaremos a CODEVASF e levaremos informações sobre as iniciativas que

tomamos para destinar recursos para perfuração de poços e ações de convivência

com a seca.

A nossa região do Semiárido está tendo um período importante de chuvas,

mas nós sabemos que é exatamente neste momento em que devemos reestruturar

as ações, porque a água vai faltar mais adiante e, se não houver uma boa gestão

desses recursos, as dificuldades voltarão. Daí a nossa preocupação com a urgência

das ações por meio da CODEVASF: temos de atender agora aos Municípios do

Semiárido pernambucano.

Muito obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Paulo Foletto.

O SR. PAULO FOLETTO (PSB-ES. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,

gostaria de fazer o registro de um requerimento de indicação à Presidenta da

República Dilma Rousseff, para que promova a nomeação de todos os concursados

aprovados — posicionados, porém, acima do número original de vagas — que

constam do banco de dados, do cadastro reserva da Polícia Rodoviária Federal.

O nosso País cresceu muito, desenvolveu-se muito. O quantitativo de carros

aumentou muito e as rodovias federais estão muito congestionadas.

Além disso, a Polícia Rodoviária Federal está nos seguintes programas: Plano

Nacional de Redução de Acidentes, Plano Estratégico de Fronteiras, Plano

Integrado de Enfretamento ao Crack e outras Drogas, Plano Nacional para

Erradicação do Trabalho Escravo. É preciso gente para fazer tanto serviço! E a

Polícia Rodoviária Federal é um ícone no combate ao crime neste País.

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORADOR

INDICAÇÃO Nº , DE 2014

(Do Deputado Paulo Foletto)

Sugere à Excelentíssima Senhora

Presidenta da República a assinatura de

Despacho Presidencial para nomeação

de todos os concursados aprovados fora

do número de vagas para a POLÍCIA

RODOVIÁRIA FEDERAL

Excelentíssima Senhora Presidenta da República,

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Nos últimos anos o Brasil tem se tornado um importante personagem no

cenário mundial pelo seu progresso na área econômica e social gerando um maior

desenvolvimento nacional.

Diversos programas contribuem decisivamente para a manutenção desse

cenário de aumento de renda, gerando aumento do turismo interno e externo,

aumento de veículos em circulação, aumento da malha viária, do transito das

pessoas em território nacional, sobretudo em rodovias federais.

Consoante o desenvolvimento econômico, para garantir um crescimento

social saudável e seguro, a Polícia Rodoviária Federal está ligada diretamente em

diversas ações e projetos instituídos pelo Governo Federal, especialmente no Plano

Nacional de Redução de Acidentes, no Plano Estratégico de Fronteiras (Decreto nº

7.496/2011), no Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack em outras Drogas

(Decreto nº 7.719/2010), no Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho

Escravo, também ao combate e a exploração sexual de crianças e adolescentes,

dentre outras ações.

Esses programas representam um novo marco para a segurança nacional no

que diz respeito à estrutura de combate a criminalidade e redução nas mortes nas

estradas.

Dentro deste cenário atual, a Policia Rodoviária Federal está incluída em

diversos contextos de reforço em sua atividade fim que é sobretudo, garantir a

segurança pública, especialmente no combate ao tráfico de armas, drogas e

pessoas e na fiscalização do transito nas rodovias federais, contribuindo de forma

decisiva para a redução dos acidentes de transito. Atua também nos grandes

eventos, promovendo a segurança de dignatários e resguardando a segurança dos

cidadãos, visto que o âmbito de sua competência institucional estabelecido no art.

144, da Constituição Brasileira, inclui no rol de suas competências o patrulhamento

integral de aproximadamente 70.000 quilômetros de rodovias e estradas federais

em todas as Unidades da federação.

Apesar dos grandes avanços já conquistados nessa área, ainda existem

alguns fatores a serem aprimorados. A Policia Rodoviária Federal vem sofrendo

exaustivamente com o baixo quantitativo de servidores em seu quadro funcional,

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que hoje é de cerca de 24 da quantidade prevista, e ao que pese pode chegar ao

fim de 2016 com mais de 30% de defasagem em seu quadro.

Tanto neste contexto quanto no cenário próximo, a fiscalização e o

atendimento ficam prejudicados, aumentando cada vez mais o número de

reclamações, implicando no desrespeito ao cidadão contribuinte e colocando em

risco a credibilidade da Instituição.

Recentemente está sendo realizado um concurso público para o

preenchimento de 1000 vagas para o cargo de Policial Rodoviário Federal. Além do

quantitativo inicial de vagas, existem 766 candidatos aprovados e aptos, constando

no cadastro de reserva deste mesmo certame.

De acordo com informações detalhadas oriundas do site do Ministério do

Planejamento, no horizonte temporal a partir da publicação da Portaria 100, de 8 de

abril de 2013, do Ministério do Planejamento, que autorizou o provimento de cargos,

mostrado no quadro abaixo, foi verificado que no lapso temporal de apenas 7

meses, já ocorreram 127 vacâncias no quadro de servidores:

MÊS ATIVO APOSENTADO PENSIONISTA VACÂNCIAS NO

PERÍODO

AUMENTO DE

APOSENTADORIAS

PERÍODO

AUMENTO DE

PENSIONISTAS

PERÍODO

abr/13 10.285 4.838 1.700 0 0 0

mai/13 10.249 4.864 1.704 36 26 04

jun/13 10.227 4.868 1.709 22 04 05

jul/13 10.203 4.874 1.714 24 06 05

ago/13 10.189 4.878 1.723 14 04 09

set/13 10.175 4.876 1.734 14 02 11

out/13 10.164 4.877 1.741 11 01 07

nov/13 10.158 4.874 1.745 6 -03 04

Total de vacâncias no período 127 40 45

Há de se considerar ainda que hoje o concurso está em andamento e que

ocorrerá a homologação em maio de 2014, após a formação da primeira turma com

os 1000 (mil) aprovados dentro do numero de vagas, considerando ainda que

existem hoje diversos concursos em andamento concorrentemente para as

carreiras de segurança pública da União e dos Estados entre outros, e segundo

dados extraídos do site www.cespe.unb.br/concursos e de outras organizadoras,

existem entre os candidatos aprovados, candidatos também aprovados em outros

concursos com salário de ingresso superior ao de PRF, sem contar as desistências

e reprovações que já estão ocorrendo, pois apenas 982 ESTÃO MATRICULADOS

HOJE NO CURSO DE FORMAÇÃO, assim, resta claro que a convocação dos

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constantes no cadastro de reserva se faz justa e necessária para a manutenção do

quadro, pois não restarão sequer 1000 candidatos aptos à nomeação e posse no

quadro.

Ainda considerando a tabela acima e o acompanhamento no Diário Oficial da

União até o fim do mês de fevereiro de 2014, podemos verificar que o quadro da

PRF de servidores era composto de 10.095 cargos efetivos ocupados, e de acordo

com a Lei 11.784/2008, existem 13.098 cargos de Policial Rodoviário Federal, logo

foi observado que considerando o aproveitamento de todos os candidatos

aprovados, ainda restará um déficit de no mínimo 2000 cargos vagos, número que

certamente será bem maior conforme já explanado e detalhado nos tópicos a

seguir.

A necessidade, economicidade, razoabilidade e a eficiência da nomeação

desses servidores podem ser demonstradas em 10 argumentos que se seguem:

1. Benefícios do fortalecimento institucional da PRF - Ao possibilitar o

aumento de servidores estaremos diante da realização de um trabalho mais efetivo

de fiscalização, no intuito de reduzir o cometimento de ilícitos nas rodovias federais,

tais como trafico de drogas, armas, crimes ambientais (extração ilegal de madeira,

trafico de animais silvestres, biopirataria), crimes contra os direitos humanos

(prostituição infantil, tráfico de pessoas, trabalho escravo) contrabando,

descaminho, fluxo de condenados/procurados pela justiça em rodovias, além de

atuação específica na área de transito, através das fiscalizações de alcoolemia, de

excesso de velocidade, entre outras, com a finalidade de reduzir o alarmante

número de mortos e feridos em acidentes rodoviários, ressaltando que em 2011 a

ONU (Organização das Nações Unidas) lançou a Década de Ação pelo Transito

Seguro 2011-2020, na qual governos de todo o mundo, inclusive o brasileiro, se

comprometeram a tomar novas medidas para prevenir os acidentes de trânsito, que

já mataram cerca de 1,3 milhão de pessoas, notoriamente aumentando gastos com

a saúde pública.

2. Organização de grandes eventos prestes a ocorrer - O Brasil, nos

próximos anos, passará a ser a vitrine do mundo, primeiro com a realização da

Copa do Mundo FIFA 2014 já este ano, Olimpíada 2016 e outros eventos. Segundo

o Ministério do Turismo, o número de turistas estrangeiros no Brasil deve aumentar

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de cinco milhões para dez milhões ao ano até 2016. Além disso, somente durante a

Copa estima-se que 600 mil turistas desembarcarão em solo nacional, citando

apenas como exemplo. Tais fatos irão demandar uma quantidade de servidores

policiais em vigilância nas fronteiras e nos locais de realização dos eventos na

mesma medida para enfrentar o aumento dos delitos que certamente ocorrerão

diante destes fatores. Os diversos eventos que ocorrerão paralelamente aos

grandes eventos, considerando ainda os recentes protestos, ainda demandarão

para que toda a estrutura de segurança esteja apta para zelar pelo bom andamento

destes mesmos eventos e na repressão ao tráfico de pessoas que certamente

estará aumentado nestes períodos críticos

3. Aumento de Arrecadação - Entre as principais atribuições de servidores

da carreira de Policial Rodoviário Federal, está a fiscalização das rodovias federais.

Segundo dados recentes, extraídos do Portal da Transparência do Governo Federal

somente com multas a veículos automotores em rodovias federais, foi arrecadado

em 2013, o montante de R$ 406.755.554,47 (quatrocentos e seis milhões,

setecentos e cinquenta e cinco mil, quinhentos e cinquenta e quatro reais e

quarenta e sete centavos), sem contar as outras formas de arrecadação, como

receitas oriundas de remoção de veículos, batedor de cargas superdimensionadas,

pátio de remoção, entre outros. Certamente com maior numero de policiais

atuantes, esses números tenderão a aumentar em virtude da maior fiscalização e

prestação de serviços já citadas acima.

4. Aumento da frota de veículos - No Brasil nos últimos anos teve sua frota

veicular crescida de forma exponencial, o que aumenta a demanda reprimida para o

Órgão, eis que, segundo dados do Ministério das Cidades, enquanto em 1996

tínhamos uma frota nacional de 27.747.815 veículos, hoje registra-se um total de

aproximadamente 80 milhões de veículos, aumento de quase 300% em pouco mais

de 15 anos sendo que o efetivo de servidores em 1996 era de 8.960 e em fevereiro

de 2014, apenas 10.118, considerando assim um incremento desproporcional ao

número de pessoal apto a fiscalização.

5. Combate à entrada de produtos oriundos de pirataria, contrabando e

descaminho - A indústria de produtos piratas movimenta uma economia subterrânea

de aproximadamente R$ 600 bilhões de reais. Aliando-se as mercadorias piratas à

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entrada de mercadorias contrabandeadas e fruto de descaminho, cria-se uma

concorrência desleal com a indústria nacional que acaba se enfraquecendo,

resultando na diminuição de seus investimentos e da contratação de novos

funcionários. Conforme o secretário executivo do Ministério da Justiça Luiz Paulo

Barreto, o fim da pirataria e da circulação de produtos contrabandeados no Brasil

poderia aumentar a arrecadação em 30 bilhões de reais por ano e gerar cerca de

dois milhões de empregos formais.

6. Cobertura da defasagem de servidores - No presente ano foram

aprovados apenas 1000 novos Policiais, ao passo que atualmente, segundo dados

do SIAPE, consultados pela própria PRF, de maio de 2013, até o ano de 2017,

1358 servidores alcançarão condições de se aposentarem, ou seja, além do já

considerado déficit, já existe uma previsão de vacâncias bem maiores que o número

de pessoas que constam no cadastro de reserva. Além disso, existe hoje diversos

servidores em abono de permanência. Convocar apenas os 1000 classificados

dentro das vagas, mal daria para suprir o efetivo que hoje é de 10.118 policiais,

chegando ao alarmante numero de apenas 9760 servidores policiais. Isso somente

considerando vacâncias por aposentadoria, mas sabemos que certamente no

período ocorreram diversas outras formas de vacância, aumentando ainda mais a

necessidade de servidores.

7. Otimização e redução dos gastos públicos desnecessários e tempo gasto

para a realização de novos concursos - A realização de novos concursos envolve

gasto de dinheiro público, licitações, mobilização de servidores para a organização

e elaboração de edital e leva certo tempo para ser concluído. O concurso público de

2013 vai levar mais de 1 (um) ano para realização, desde o momento de sua

autorização até o momento da nomeação dos aprovados dentro das vagas

disponibilizadas. Algo muito moroso nesse momento que a necessidade por novos

servidores é latente, visto que a validade do concurso ainda poderá e deverá ser

prorrogada até meados de junho de 2016, véspera de jogos olímpicos. A

convocação destes candidatos é a maneira mais rápida, econômica e eficiente para

essa demanda.

8. O aumento da malha viária das rodovias e estradas federais - Ao passo

agora considero que a malha viária policiada pela PRF em 1996 era de 38.046

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quilômetros, hoje está aumentada para 63.862 quilômetros, um aumento de 25.816

quilômetros e o numero de servidores pouco aumentou de 1996 para hoje, de 8.960

servidores para 10.118, ou seja, um aumento praticamente irrisório para patrulhar

24 horas ininterruptas toda sua extensão, considerando ainda que a população

brasileira também se elevou nos últimos 15 anos.

9. Demanda governamental: dos Planos Governamentais a serem atendidos

- A PRF hoje é fundamental para o cumprimento de diversos planos

governamentais. Entre eles, o Plano Nacional de Fronteiras exigirá um implemento

de 40% dos policiais nas fronteiras, o que implicará na necessidade de provimento

constante de cargos na PRF pelos próximos anos a fim de assegurar a prestação

de todos os serviços relatados, já o Plano de Combate ao Crack e outras drogas

também envolve incremento de policiamento tanto na fronteira quanto nas áreas

consumidoras, leia-se principalmente nas áreas do Sudeste, além do Plano

Nacional de Redução de Acidentes que exige um incremento da presença policial

em mais de 600 pontos críticos, inclusive este tendo esfera internacional devido ao

que determina a resolução da ONU que estabeleceu a “Década de Ações para

Segurança no Transito” onde certamente um incremento e mobilização dos agentes

públicos, visto que o documento recomenda os países membros a elaboração de

plano diretor tendo como meta reduzir em 50% os acidentes de transito.

10. Reconhecimento do mérito dos aprovados - Os aprovados nesse

certame foram selecionados dentre um rol de mais de 109.769 candidatos inscritos,

venceram além de uma prova objetiva e uma discursiva, com alto grau de

exigência, venceram também provas de capacidade física e psicotécnico,

realizaram diversos exames médicos específicos, diga-se de passagem, com alto

custo ao candidato, além da sindicância de vida pregressa, demonstrando que são

plenamente habilitados para assumir todas as tarefas e responsabilidades que o

cargo exige. Além do mais, certamente não é tão fácil assim para a Administração

Superior conseguir pessoas aptas a desempenhar a função com zelo e eficiência e

esses aprovados estão atualizados e dispostos para trabalhar em prol da

coletividade.

O esforço do nosso governo em ofertar serviços de qualidade ao maior

número de brasileiros é público e notório, mas para que isso se efetive, é preciso

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garantir pessoal qualificado para o cumprimento da demanda. Estes profissionais

estão prontos e esperando uma oportunidade para servir a nação. A contratação de

servidores na área de segurança e fiscalização de rodovias se traduz em diminuição

da criminalidade, das mortes, na diminuição dos gastos em saúde pública e no

aumento de arrecadação, além de combater as injustiças sociais e levar o Poder do

Estado em seus locais mais remotos.

De acordo com o art. 11. do Decreto 6.944/2009, “Durante o período de

validade do concurso público, o Ministério do Planejamento, Orçamento e

Gestão poderá autorizar, mediante motivação expressa, a nomeação de candidatos

aprovados e não convocados, podendo ultrapassar em até cinquenta por cento o

quantitativo original de vagas”.

Tendo em vista que o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão só

pode autorizar a nomeação de 500 aprovados, que representam 50% (cinquenta

por cento) das vagas, assim como nomear as prováveis desistências ocorridas

dentro das vagas, e por todas as razões expostas acima, solicitamos que assine

autorização para nomeação de todos os 766 candidatos aprovados no concurso da

PRF em 2013.

Sala das Sessões, em 09 de abril de 2014.

Deputado Paulo Foletto

(PSB/ES)

REQUERIMENTO Nº /2014

(Do Deputado Paulo Foletto)

Requer o envio de Indicação a Excelentíssima

Senhora Presidenta da República sugerindo a

assinatura de Despacho Presidencial para

nomeação de todos os concursados aprovados

fora do número de vagas constando no banco

de dados do cadastro de reserva para

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL.

Senhor Presidente,

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Nos termos do art. 113, inciso I e § 1º, do Regimento Interno da Câmara dos

Deputados, requeiro a Vossa Excelência que seja encaminhada ao Poder

Executivo, a indicação em anexo, a Excelentíssima Senhora Presidenta da

República sugerindo a assinatura de despacho para nomeação dos outros 766

concursados aprovados para Policial Rodoviário Federal fora do número de vagas.

Sala das Sessões, em 09 de abril de 2014.

Deputado Paulo Foletto

(PSB/ES)

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Fábio Trad, anteriormente chamado, por 1 minuto.

O SR. FÁBIO TRAD (PMDB-MS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,

Sras. e Srs. Deputados, na esteira do reforço legislativo proposto pelo Presidente

Henrique Alves ao Colégio de Líderes, para incrementar a pauta com proposições

genuinamente legislativas, venho aqui para comunicar à Casa e a todos os

brasileiros que o substitutivo que classifica como hediondos os crimes contra a

Administração Pública — corrupção, peculato e outros do mesmo gênero — já está

pronto, com penas elevadas e endurecimento do regime punitivo. Estão

contempladas as três dimensões — judiciária, executiva e legislativa — nas três

esferas administrativas: municipal, estadual e federal.

A esperança é de que, na próxima semana, possamos dar à sociedade a

resposta que anseia ouvir do Poder Legislativo: o basta à corrupção e aos malfeitos!

Muito obrigado, Sr. Presidente! (Palmas.)

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Passaremos agora às breves

comunicações de 3 minutos.

Concedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Paulo Feijó, do Bloco

PR/PTdoB/PRP do Rio de Janeiro

O SR. PAULO FEIJÓ (Bloco/PR-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Sr. Presidente, é muito preocupante a situação do desabastecimento de águas, com

sério risco de racionamento no Estado de São Paulo, principalmente na Capital. É

preocupante demais!

Eu imagino não só a difícil situação do Governador Geraldo Alckmin, por

quem eu tenho o maior respeito e admiração, mas também o sofrimento da

população paulista abastecida por essas águas. Mas foi muito infeliz o Presidente

Alckmin, quando ofereceu como alternativa a transposição das águas do Rio

Paraíba do Sul para resolver, talvez até de maneira paliativa, esse tipo de problema.

O Rio Paraíba do Sul é o mais importante rio do Estado do Rio de Janeiro e

um dos mais importantes do Brasil. Ao longo de décadas, o Rio Paraíba do Sul vem

sofrendo um verdadeiro massacre pelos governantes e também pelas pessoas que

não têm essa conscientização acerca da importância da preservação dos nossos

rios e das nossas nascentes. O Rio Paraíba do Sul só sobrevive até hoje a todo

esse massacre porque é um rio muito poderoso, muito forte. O Rio Paraíba do Sul já

foi sangrado, há alguns anos, para abastecer a cidade do Rio de Janeiro e toda

aquela periferia. O Rio Paraíba do Sul perdeu forças. Hoje, ele se encontra muito

poluído. Por falta de políticas de saneamento, as cidades jogam nesse rio todos os

esgotos in natura produzidos. As indústrias também ignoram as leis ambientais e

jogam todos os seus resíduos químicos no Rio Paraíba do Sul. Na sua foz, em São

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João da Barra, no Estado do Rio de Janeiro, pela fraqueza do rio, o mar já está

avançando e aquele trecho já se encontra todo salinizado.

Sr. Presidente, o que falta a favor dos rios do nosso Brasil é uma política de

educação ambiental, para que a gente possa fazer com que a garotada de hoje

cresça com as noções de preservação ambiental.

Portanto, essa ideia infeliz do Presidente Alckmin não pode prosperar.

Obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra, para uma

breve intervenção, ao Deputado Jânio Natal.

O SR. JÂNIO NATAL (Bloco/PRP-BA. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, demais colegas Deputados, eu quero neste momento clamar a toda a

sociedade brasileira, em especial a baiana, principalmente aos órgãos públicos do

Estado da Bahia, como também aos órgãos federais, que olhem para a situação por

que está passando Cabrália, no Estado da Bahia. Um Município bonito, rico, com

suas belezas naturais, que se encontra em estado de calamidade devido às fortes

chuvas que caíram nesse final de semana.

Eu clamo a toda a sociedade brasileira, inclusive aos nossos colegas

Deputados, para que haja uma sensibilidade de todos, a fim de ajudar aquela

sociedade de Cabrália

Muito obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Junji Abe, do PSD de São Paulo. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

O SR. JUNJI ABE (PSD-SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, nobres

Parlamentares, o Brasil, país de dimensão continental, tem ainda na agropecuária

uma das atividades mais importantes. É do agronegócio que o Brasil se sustenta

economicamente, com reflexos extremamente positivos para as necessidades

sociais. Porém, nós ficamos extremamente preocupados com o êxodo rural que ao

longo de décadas vem assombrando Brasil.

O Censo de 2010 — e já se vão 4 anos — diz que, em média, a população

urbana do Brasil é 84% e a rural, 16%. No Estado de São Paulo, isso traz uma

preocupação maior ainda porque a população urbana chega a 95,88%, e a

população rural, a tão somente 4,12%. No Maranhão, a celeridade do êxodo rural

ainda não chegou, pois a população urbana atinge 63,07% e a rural, 36,93%.

Ora, dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida, nós temos o Programa

Nacional de Habitação Rural, que integra exatamente aquilo que nós pretendemos:

que o Governo cuide com muito carinho que os investimentos sejam efetivamente

reais, para que, através de agrovilas, nós possamos ainda, de alguma forma, fixar o

homem no campo, seja ele da agricultura familiar, seja ele trabalhador rural.

Mas nós precisamos fazer com que os investimentos sejam maciços, Sr.

Presidente, caros colegas. Caso contrário, nós teremos nas pequenas cidades, já

passando, no passado, as grandes cidades, inclusive nas suas periferias, um cordão

de favelados, de miseráveis sem qualificação, enquanto que, na zona rural, nós

poderíamos abrigar essa imensidão, esse contingente que gera riquezas e

empregos ao Brasil.

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Portanto, eu gostaria de, na íntegra, pedir que o meu discurso seja registrado

nos Anais da Casa.

Muito obrigado.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, subo a esta tribuna, hoje, para

destacar um assunto de extrema importância, que merece toda a nossa atenção.

Falo do direito a uma moradia digna, com uma estrutura onde o cidadão possa criar

seus filhos e ali fortalecer os laços familiares. No entanto, não podemos esquecer

que a casa própria não se restringe apenas ao homem urbano. Este direito se

estende também àquele cidadão que tão arduamente labuta todos os dias no

campo, produzindo alimentos e abastecendo as grandes cidades.

Ocorre que, para que esses produtores rurais sejam assistidos e

contemplados com a tão sonhada casa própria, é vital o direcionamento de mais

recursos financeiros para a criação das chamadas agrovilas, porque o benefício

concedido pelo Governo Federal, por meio do PNHR — Programa Nacional de

Habitação Rural, que integra o Minha Casa, Minha Vida, é o único meio de garantir

aos trabalhadores rurais e aos pequenos produtores o acesso à casa própria.

O Programa é fundamental para proporcionar ao profissional do campo a

necessária dignidade e o desejo de permanecer na atividade. É de clareza solar, Sr.

Presidente, que, embora tardia, a efetivação dessa medida representa mais um fator

de fixação do homem ao campo, pois, sem a ajuda do Governo para ter onde viver

dignamente, os trabalhadores rurais e pequenos agricultores acabam seduzidos

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pelas falsas oportunidades oferecidas pelas cidades. Muitos se aventuram e acabam

sofrendo em bolsões urbanos de miséria.

O grande problema, nobres colegas, é que, ainda que o programa seja

destinado a contemplar trabalhadores rurais e agricultores, na prática o benefício

não chega ao campo em função de diversas exigências, tal como a necessidade de

aquisição de terras por parte dos profissionais das lavouras, que totalizam 16%

(29.852.986) de nossa população, de acordo com o Censo 2010. Assim, a criação

das agrovilas precisa ser incentivada, sem a obrigação do beneficiado de oferecer o

lote. Ora, esta injustiça deve ser corrigida, urgentemente, garantindo-se a quem vive

no campo as mesmas condições que os moradores de áreas urbanas (84%)

possuem quando pleiteiam sua casa própria.

Por esta razão, creio ser essencial a implantação de núcleos habitacionais de

casas térreas, com infraestrutura adequada, nas zonas rurais de todos os Estados

Brasileiros, dando-se preferência aos mais necessitados, como o Estado do

Maranhão, onde 36,93% (2.425,955) de sua população vive no campo.

Vale repetir que a moradia própria é sinônimo de dignidade humana e meio

de elevar a autoestima do agricultor e do trabalhador rural, sobretudo dos mini, dos

pequenos, pois são os que mais precisam desse benefício, em função das

dificuldades que enfrentam.

Nobres Deputados e Deputadas, não podemos esquecer que esses

produtores respondem por grande parte dos alimentos dispostos no mercado

interno. Boa parte dos alimentos na mesa de nossa casa é oriunda dos pequenos

agricultores, daqueles que vivem na zona rural (4,12% da população total de meu

Estado de São Paulo). Por isso é de suma importância que esses produtores

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tenham condições para continuar exercendo essa atividade tão necessária a nós

brasileiros, uma vez que a extinção da agricultura familiar agravará os problemas

sociais, trazendo mais desemprego, e diminuirá a oferta de alimentos, gerando,

consequentemente, aumento de preços.

Diante disso, deixo registrado aqui mais este apelo, com a esperança de que

todos se mobilizem em busca de subsídios e recursos suficientes para viabilizar

esse tão precioso benefício, que deve ser estendido para todos, de forma isonômica.

Muito obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Com a palavra a ilustre Deputada

Benedita da Silva, do PT do Rio de Janeiro. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.)

- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nós sabemos que é notório que as eleições

foram antecipadas, principalmente pela Oposição nesta Casa, e temos visto que ela

precisa de uma bandeira para que possa se sustentar nessa disputa, em que

certamente obteremos a vitória.

É por isso que quero falar sobre a nossa PETROBRAS. Até as eleições e a

instalação da CPI eleitoral da PETROBRAS, nós estaremos fazendo o

enfrentamento e derrubando essas inverdades que estão sendo colocadas, porque

não querem fazer um debate político, um debate técnico das possibilidades e de

como foram feitas todas as compras e os negócios da PETROBRAS. Eu queria, Sr.

Presidente, dizer que eles esquecem que a refinaria de Pasadena foi sugerida e

aprovada pelo Conselho de Administração da PETROBRAS e que inclusive ela já

fazia parte do planejamento estratégico da companhia desde o Governo Fernando

Henrique Cardoso, Deputado Jorge Bittar, porque eles estavam prevendo um refino

no exterior para lucrar com a venda de derivados do petróleo, sobretudo no mercado

norte-americano.

Então, é evidente que essa CPI eleitoral vai nos trazer, neste momento, a

oportunidade para que possamos também colocar esta outra verdade, a de que não

querem debater, não querem discutir, porque isso é uma bandeira para disputar

palanque nas eleições.

Eu penso que este é o momento de colocarmos aqui o dedo na ferida, porque

não vamos deixar a PETROBRAS virar PETROBRAX! Nós vamos defender essa

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empresa. No dia 23, teremos aqui uma manifestação pela Frente Parlamentar em

Defesa da PETROBRAS, e nós esperamos que todos compareçam para que

possamos travar um bom diálogo.

Eu espero, e o Partido dos Trabalhadores também, que a história e a luta da

PETROBRAS não se finde aqui. Nós haveremos de continuar esse projeto, que é

um projeto vitorioso — e não vão desqualificá-lo de forma nenhuma! Nós temos os

nossos técnicos, mas também temos as nossas cabeças pensantes políticas, que

sabem o que está em jogo neste momento com relação a nossa PETROBRAS.

Eu peço, Sr. Presidente, que o meu pronunciamento seja divulgado na íntegra

nos meios de comunicação desta Casa e no programa A Voz do Brasil.

Obrigada.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é notório que desde o segundo

semestre do ano passado as eleições foram antecipadas por alguns segmentos da

sociedade brasileira. Por conta disso, o Governo e o nosso Partido dos

Trabalhadores praticamente têm desprendido energia semanalmente no intuito de

desfazer e contrapor as inverdades que são lançadas contra o Governo da

Presidenta Dilma Rousseff.

Agora é contra a nossa PETROBRAS. Na busca de uma redenção política,

ela foi transformada em moeda eleitoral por parte da Oposição e daqueles que não

se conformam com o êxito do nosso Governo nestes últimos 12 anos.

Estamos falando da PETROBRAS, que hoje, de forma estranha e suspeita, é

defendida por aqueles que, no passado, quase a privatizaram, e que não se cansam

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de sonhar em vendê-la nos mesmos moldes em que o foram as empresas de

telecomunicações e a companhia Vale do Rio Doce.

Até a eleição, com a possibilidade de que se instale a CPI da PETROBRAS,

estaremos num enfrentamento sem trégua e atentos para esclarecer a sociedade

sobre os fatos da empresa. No afã de reconquistar o poder político, a Oposição

reduziu-se ao papel secundário de incorporar os editoriais de plantão e as denúncias

sensacionalistas e evasivas na sua plataforma eleitoral.

Nessa CPI, claramente revestida de conotação eleitoral, o palanque se

reduzirá à questão da refinaria de Pasadena, localizada nos Estados Unidos. Ao

contrário do que se noticia, ela custou ao Brasil 486 milhões de dólares e não 1,18

bilhão de dólares, como afirmam.

Penso que o caso CPI da PETROBRAS já é o principal folheto da plataforma

eleitoral da Oposição. Contudo, teremos a oportunidade de investigar

profundamente os fatos e trazer à tona que o nosso Governo acertou em adquiri-la.

É óbvio que, no final dos trabalhos, ficará provocado a falta de consistência

nas acusações. Provavelmente, o Partido dos Trabalhadores não terá direito de

resposta ou reparação por parte daqueles editoriais que nos acusam, dizendo que o

Brasil fez um mau negócio.

Aliás, deixamos bem claro que já percebemos que parte dos membros do

STF fez escola. A ideia dos opositores é adotar o argumento político e jurídico,

aplicando a mesma lógica processual da teoria do domínio dos fatos, no intuito de

adjetivar a Presidenta Dilma Rousseff como “chefe e mentora”, portanto, a única

responsável pelo negócio.

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No entanto, esquecem que a compra da refinaria de Pasadena foi sugerida e

aprovada pelo Conselho de Administração da PETROBRAS, e que inclusive fazia

parte do planejamento estratégico da companhia desde o Governo de Fernando

Henrique Cardoso, que previa investir em refino no exterior para lucrar com a venda

de derivados de petróleo, sobretudo no mercado norte-americano.

Vale lembrar que o Conselho de Administração da PETROBRAS é composto

de várias personalidades e que empresários membros da entidade foram favoráveis

à compra porque entenderam que o negócio era bom e o preço, justo.

A CPI eleitoral da PETROBRAS será um bom momento para nos

aprofundarmos sobre o bem-sucedido planejamento estratégico da empresa, que,

desde 1998, sinalizava a compra da refinaria.

Penso que será um bom momento colocar na agenda da CPI eleitoral da

PETROBRAS que, no fim do Governo de Fernando Henrique Cardoso, tentaram

mudar o nome da PETROBRAS para PETROBRAX, dizendo que a empresa teria

uma identidade mais global e atrativa aos investidores internacionais.

Estou certa de que teremos que dar voz aos membros que faziam parte do

Conselho de Administração da PETROBRAS. Certamente, terão a oportunidade de

reafirmar que o bom negócio da compra da refinaria de Pasadena se baseou em

avaliações técnicas de consultorias de excelência internacional, cujos pareceres

apontavam para a validade e a oportunidade.

Todos os membros do Conselho de Administração foram unânimes em

sugerir a compra. O então presidente da Editora Abril, na condição de membro do

Conselho da PETROBRAS em 2006, foi convicto em dizer: “A proposta de compra

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de Pasadena estava inteiramente alinhada com o plano estratégico vigente à

empresa e o valor da operação estava dentro dos parâmetros do mercado”.

Portanto, o Partido dos Trabalhadores está pronto para travar sua histórica

luta em defesa da empresa diante da CPI eleitoral da PETROBRAS. Já sabemos

que os opositores usarão esse palanque para desqualificá-la e, depois, legitimar o

discurso da privatização, a exemplo do que fizeram com antigas estatais que foram

privatizadas. Hoje, os lucros dessas empresas sequer ficam no País, não sendo

partilhados com o povo brasileiro.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Nilmário Miranda, do PT de Minas Gerais.

O SR. NILMÁRIO MIRANDA (PT-MG. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Oposição quer a CPI da PETROBRAS, com

três objetivos: primeiro, eleitoreiro; segundo, para turvar a imagem da maior empresa

do País e daí abrir caminho para a privatização; e, terceiro, para atingir o PT e o

Governo.

Essa Oposição não gosta da PETROBRAS. No auge do período neoliberal,

no Governo FHC, não fosse a resistência do PT, do PCdoB, do PDT, do PSB, à

época como também, da CUT e dos sindicatos, principalmente dos petroleiros, dos

movimentos sociais, a PETROBRAS teria sido privatizada. Para aprovar a PEC que

derrubou o monopólio estatal, o Governo tucano tentou quebrar a coluna vertebral

do SINDIPETRO no País, tal como Thatcher fez com os mineiros para implantar o

Consenso de Washington.

Os petroleiros, liderados pela FUP, resistiram, e a privatização foi impedida,

com intensa participação da bancada da esquerda nacionalista.

A quem interessa fragilizar a PETROBRAS? Quem quer cercá-la de

suspeitas? Por que submeter a maior e mais querida empresa do Brasil, líder de

uma enorme cadeia produtiva, a uma devassa, senão para desmontar a imagem

positiva da empresa que orgulha a todos nós brasileiros?

A PETROBRAS, como qualquer empresa, deve ser fiscalizada, e eventuais

denúncias devem ser apuradas. Ante a divulgação de denúncias, a PETROBRAS

abriu duas comissões internas de apuração. A CGU, o TCU e a Polícia Federal

estão apurando.

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José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da empresa, em depoimento no Senado,

mostrou, com dados incontestáveis, que a compra de Pasadena foi por 42 milhões

de dólares e que não é verdade que a Astra comprou a refinaria americana. Não é

verdade que a PETROBRAS pagou 1,12 bilhão de reais, e, sim, 486 milhões. Então,

para que CPI? Para uma oposição sem projeto atingir a imagem do Governo?

A PETROBRAS triplicou o número de empregados após o Governo FHC. Em

2002, a empresa valia 30 bilhões de dólares. Hoje vale 260 bilhões. No tempo dos

tucanos, a PETROBRAS tinha receita de 63 bilhões. Em 2012, ela atingiu 281

bilhões de dólares. Seu lucro foi de 8,1 para 19 bilhões, e o investimento foi de 21

para 84 bilhões de dólares.

A descoberta do pré-sal aponta para um futuro promissor para a

PETROBRAS e para nosso País. O regime de partilha possibilita um fundo social

que vai trazer recursos adicionais valiosos para a educação e a saúde nas próximas

décadas, e fortalece ainda mais a PETROBRAS.

Aliás, o candidato da aliança neoliberal, Aécio Neves, já anunciou que, se

eleito, desfará o regime de partilha e o Fundo Social do Pré-Sal.

Desqualificar, manchar a PETROBRAS com objetivos eleitoreiros é uma

prática perigosa e sabotadora.

Por isso, no dia 15 de abril, estarei junto com os petroleiros, a CUT, os

movimentos sociais, os partidos nacionalistas de esquerda, em ato público, em

defesa da PETROBRAS.

Obrigado, Sr. Presidente.

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O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI - Sr. Presidente, quero mais uma vez

levantar uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (PSD-SC. Questão de ordem. Sem

revisão do orador.) - Nós já temos quórum; já temos quórum e temos matéria. Ou

iniciamos a Ordem do Dia ou...

É estranho, Sr. Presidente, pois convocaram sessão extraordinária às 10

horas e sessão dos Líderes às 11 horas. Quer dizer, fica esquisito. Esse período aí

vai ficar sem definição.

Então, eu quero pedir a V.Exa. que chame a Ordem do Dia.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - V.Exa. tem razão, mas o

Presidente convocou uma reunião com o Colégio de Líderes para agora, às 11

horas. Então vai demorar bastante.

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O SR. ESPERIDIÃO AMIN - Sr. Presidente, pelo menos peça que comecem a

reunião.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao Deputado

Esperidião Amin, do PP de Santa Catarina. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, eu não posso deixar de seguir a toada iniciada pelo Deputado Onofre

Santo Agostini, que sempre é o mais vigilante de todos nós, porque é o mais jovem.

Agora, isso não é coerente. Foi anunciado esforço concentrado, sessão

extraordinária deliberativa com 14 tópicos na pauta. E a reunião de Líderes começa

depois? Como diria o saudoso Leonel Brizola, algo há, e de errado.

Eu agora registro com satisfação, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a

notícia, já divulgada pelo Governador de Santa Catarina, de que caminha no Senado

o projeto sobre repactuação dos encargos financeiros que se abatem sobre os

Estados, sobre as unidades federadas do Brasil.

A União, o Governo Federal, Deputado Bittar, começa a ficar sensível diante

das contas. E as contas estão aí. Não há juros mais escorchantes para devedores

que pagam as suas dívidas! Não estou me referindo a cheque-ouro, a cheque

especial. Quem paga as suas dívidas coercitivamente são as unidades federadas.

Não há notícia de que alguma unidade federada, Estado ou Município, tenha

deixado de pagar à União pontualmente, até porque, se não pagar, é executada.

Agora, a União aplica aos Estados encargos financeiros escorchantes, para

usar uma expressão que já foi utilizada até por Presidente da República, pelo

Presidente Fernando Henrique Cardoso e também pelo Presidente Lula. Então, é

juro de agiota!

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Antes de falar sobre pacto federativo, sobre distribuição de renda, é preciso

saber quanto a União tem tomado dos Estados coercitivamente. Ano de eleição

também conta, viu, Deputado Onofre? Essa gente pensa em eleição. E eleição move

o mundo.

Eu acho que isso é muito importante. Vamos aplaudir, mas vamos continuar

vigiando, para que não se empurre com a barriga o ato final — o acordo com os

Estados e Municípios — para depois da eleição. Nesse caso, vai entrar em estado

de dormência, como estava até agora.

Muito obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra, pela ordem, à

ilustre Deputada Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte. S.Exa. dispõe de 3

minutos na tribuna.

A SRA. FÁTIMA BEZERRA (PT-RN. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) -

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero, em primeiro lugar, saudar a OAB —

Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Rio Grande do Norte, meu Estado, que

neste exato momento, junto com diversas outras instituições da sociedade civil,

realiza ato público em Natal, em frente à governadoria, referente ao lançamento do

Movimento Basta de Violência no Rio Grande do Norte.

O ato, Sr. Presidente, tem o objetivo de discutir a respeito da falta de

segurança no Estado e propor soluções para diminuir os índices de criminalidade.

Nosso mandato está participando do ato. Entendemos que é um movimento muito

importante, muito representativo, que cobra ações efetivas do Governo do Estado

quanto à diminuição dos índices de insegurança e violência no nosso Estado. Isso

passa pela contratação de policiais civis, policiais militares, passa pela

implementação do Brasil mais Seguro, pela reforma e construção de unidades

prisionais, pela reestruturação do ITEP, da FUNDAC.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero também dizer que, neste exato

momento, por iniciativa do Deputado Fernando Mineiro, ocorre, na Assembleia

Legislativa do nosso Estado, sessão solene em que vão ser homenageados

Deputados caçados no período da ditadura militar.

Eu saúdo o nosso companheiro Deputado Fernando Mineiro e digo que essa

homenagem tem importante significado quanto à condenação da atitude arbitrária

dos militares da época, que anularam decisões soberanas do povo. Representa a

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retomada simbólica, Sr. Presidente, do que foi usurpado pelo regime de força, que

perdurou por 21 anos.

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, por meio da iniciativa do

companheiro Deputado Fernando Mineiro, faz hoje um ato de justiça aos ex-

Deputados Floriano Bezerra, Cesário Clementino e Luiz Maranhão, vítimas de um

trágico período da história do País, que não deve ser esquecido pelas presentes

nem pelas futuras gerações.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero ainda dizer que, no dia 23,

nesta Casa, frente parlamentar em defesa da PETROBRAS realizará um importante

ato em favor dessa companhia. Defender a PETROBRAS é defender o Brasil. Nós

esperamos aqui a presença dos partidos políticos, das centrais sindicais e dos

movimentos sociais em geral.

Obrigada, Sr. Presidente.

PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS PELA ORADORA

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Movimento Basta de Violência no

RN realizou um ato público nesta quinta-feira, dia 10, em frente à Governadoria. O

movimento foi lançado no dia 2 deste mês, na sede da Ordem dos Advogados do

Brasil no Rio Grande do Norte, e conta com a participação de representantes de

entidades sociais, empresarias e religiosas.

O ato tem esta pauta de reivindicações: nomeação de policiais, agentes,

delegados e realização de concurso para bombeiro militar; criação da Divisão de

Homicídios na Capital; contrapartidas e execução de reforma e construção de

unidades prisionais; reestruturação do ITEP e da FUNDAC; fortalecimento da

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Defensoria Pública; observação da matriz de responsabilidade do programa Brasil

Mais Seguro; reativação do Programa Estadual de Proteção à Testemunha.

Segundo o Presidente da OAB-RN, Sérgio Freire, a Ordem dos Advogados do

Brasil está preocupada também com a situação das unidades prisionais, que se tem

agravado a cada dia. Estamos elaborando uma ação civil pública que deverá ser

subscrita pelos integrantes do movimento.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta quinta-feira ocorreu sessão

solene para se devolverem simbolicamente os mandatos do Deputado Floriano

Bezerra e dos suplentes de Deputado Cesário Clementino e Luiz Maranhão,

cassados no período da ditadura militar. A homenagem é de iniciativa do Deputado

Fernando Mineiro, do PT, e foi realizada na Assembleia Legislativa do Rio Grande

do Norte.

Na ocasião, foi lançada revista produzida pelo mandato de Mineiro, com

documentos inéditos sobre a cassação dos mandatos dos Deputados. A publicação

contém, entre outros arquivos, as atas da Comissão de Justiça da Assembleia

Legislativa, os relatórios dos processos de cassação e as fichas do Departamento

de Ordem Política e Social — DOPS. Traz também textos sobre esse tema do

jornalista Mário Ivo Cavalcanti e do advogado Djamiro Acipreste, Presidente da

Comissão da Memória e Verdade da Seccional da OAB no Rio Grande do Norte.

Os três Parlamentares tiveram os mandatos cassados em 1964, com parecer

favorável à cassação aprovado pela Comissão de Justiça da Assembleia Legislativa

daquela época e por força do AI-1, o qual determinava que o Governo militar poderia

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cassar mandatos legislativos, suspender os direitos políticos, por 10 anos, ou afastar

do serviço público todo aquele que se opusesse ao regime.

Essa homenagem, segundo o Deputado Mineiro, é justa e busca reparar, ao

menos simbolicamente, a violência sofrida pelos Parlamentares potiguares que

foram declarados pelo regime de exceção como subversivos e que tiveram seus

mandatos usurpados pela força do poder ditatorial.

Muito obrigada.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, trago à tribuna desta Casa duas

importantes agendas de que participei no Rio Grande do Norte nessa segunda-feira,

dia 7. Quanto à primeira, na Assembleia Legislativa, por proposição do Deputado

Estadual Fernando Mineiro, do PT, estive no debate sobre a implantação do Veículo

Leve sobre Trilhos — VLT em Natal e Região Metropolitana.

Recentemente, a Presidenta Dilma Rousseff anunciou a liberação de

R$311,65 milhões, que serão destinados para a Companhia Brasileira de Trens

Urbanos — CBTU de Natal, a fim de que invista na modernização do sistema já

existente e na adequação da via permanente. Esses investimentos se somam aos

R$154 milhões que já foram liberados para aquisição dos 12 veículos (VLTs) para a

CBTU de Natal.

Desde o início do nosso primeiro mandato nesta Casa lutamos pela

implantação do VLT. Hoje o sonho virou realidade.

Na ocasião, ressaltei que a Região Metropolitana de Natal possui alta

densidade populacional e malha viária saturada. A população que usa diariamente o

que chamamos carinhosamente de “trem do grude” precisa de um transporte mais

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moderno. O VLT, integrado com outros modais de transporte, tais como o BRT —

Bus Rapid Transit, é o caminho para solucionar o problema de trânsito da cidade e

da região. Temos absoluta clareza de que essa é a solução duradoura, permanente

para o desafio da mobilidade urbana.

Participaram do debate também o Superintendente local da CBTU, João

Maria Cavalcanti, o Vereador George Câmara, do PCdoB, demais Vereadores,

gestores municipais de várias cidades de Natal e Região Metropolitana,

representantes da UFRN, OAB, sindicatos de trabalhadores rurais, Governo

Estadual, etc.

Em seguida, Sras. e Srs. Parlamentares, fui a Ceará-Mirim, onde participei da

solenidade de inauguração do Centro de Artes e Esportes Unificados — CEU,

importante equipamento, cujo investimento foi superior a R$2 milhões, que vai

possibilitar a integração social, de modo a promover a cidadania para a população,

para pessoas de todas as idades, que terão oportunidade de convívio, esporte, lazer

e capacitação.

Por fim, quero externar a minha felicidade em ter contribuído para que esses

dois sonhos do povo potiguar virassem realidade.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Mendonça Filho, para uma Comunicação de Liderança, pelo DEM. S.Exa.

dispõe de 5 minutos na tribuna.

O SR. MENDONÇA FILHO (DEM-PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) -

Sr. Presidente, Sra. Deputada Benedita da Silva, Sras. e Srs. Parlamentares, nesta

manhã ocupo esta tribuna, mais uma vez com tristeza, para comentar o noticiário

dos jornais nacionais.

Eu cito manchete da Folha de S.Paulo, Deputada Benedita. V.Exa. sempre foi

uma Parlamentar muito preocupada com o que acontece no dia a dia das famílias

brasileiras, das mães de família, sobretudo daquela que vai fazer compras, vai à

feira. Talvez V.Exa. se surpreenda com a notícia, mas eu não, porque essa política

econômica só poderia dar no que deu até agora. Esta é a manchete da Folha de

S.Paulo: “Alimento dispara e inflação chega a 6,15% em 12 meses”.

Menciono especificamente itens de despesa e alta dos preços: despesas

pessoais, 8,98%, quase 9% de inflação; educação, 8,72%, praticamente 9%

também; habitação, 7,35%; artigos de residência, 7,29%; alimentação, 7,14%. É a

alimentação de todo dia — café da manhã, almoço e jantar —, não é a alimentação

fora de casa, no restaurante, é a alimentação em casa, a que vem da feira. E o povo

está vendo essa disparada dos preços de hortifrutigranjeiros, de alimentos de

primeira necessidade, que mostra de forma clara que a Presidente Dilma perdeu o

controle da economia, infelizmente.

Está aí a inflação de 6,15%. Nos 3 anos de mandato da Presidente Dilma,

não houve ano em que ela cumpriu a meta de inflação. Sempre se ficou acima da

meta. Agora se margeia o teto da meta.

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Até junho, dizem os economistas e os principais estudiosos, deve ser

superado o teto da meta de 6,5%. É por isso que a inflação está incomodando o

povo. A insatisfação popular é latente, é enorme. O Brasil cresce pouco, está

praticamente estagnado, e a inflação corrói o poder de compra do trabalhador

brasileiro, da trabalhadora brasileira.

É um fato lamentável, por conta dessa política criativa no que diz respeito ao

orçamento público e a invencionices praticadas pelo Ministro Guido Mantega, que

largou o equilíbrio fiscal, adotou o controle do câmbio de forma artificial, com efeitos

deletérios, a administração das tarifas, o que vai gerar acúmulo de inflação para

2015.

A Presidente Dilma está segurando a questão com a barriga e represando os

aumentos da gasolina e da energia já contratados. Em relação à energia elétrica, já

se tem, com essa operação envolvendo a CDE, pelo menos 10%. Falava-se num

empréstimo de 8 bilhões de reais. O jornal hoje já traz um empréstimo para a CDE

de mais de 11 bilhões de reais, meu caro Deputado Bittar.

O descontrole, portanto, é completo, e infelizmente não vemos luz no fim do

túnel. A luz que se vê no fim do túnel talvez seja a de um trem vindo em direção

contrária, para atropelar o Governo. Talvez seja aquele trem que a Presidente Dilma

projetou para ligar Rio e São Paulo, que não saiu do canto, relativamente às obras

do PAC.

Nesta manhã, então, infelizmente, trago mais uma vez uma notícia negativa,

uma notícia triste para os brasileiros, que afeta a realidade de milhões de famílias. A

insatisfação é crescente, e tenderá a ser cada vez maior, porque lamentavelmente

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não temos cenário que coloque a economia no bom rumo. Pelo contrário, vemos a

economia descarrilhando, produzindo efeitos negativos.

Nesta semana foi divulgado informe do Fundo Monetário Internacional, que,

na primeira previsão, indicava o Brasil crescendo 4% ao ano. Neste ano, a última

previsão indica o Brasil crescendo 1,8% ao ano. O crescimento inexiste.

O Ministro vem justificar que o Brasil tem que ser comparado com os países

desenvolvidos. Como se diz na minha terra, é conversa para boi dormir, porque, na

prática, o Brasil é um país emergente, deve ser comparado com a Rússia, a África

do Sul, a China, a Índia, países que compõem o BRICS, ou com os demais países

consagrados como emergentes. Não deve ser comparado com países

desenvolvidos, onde tudo já está resolvido.

Infelizmente, o quadro é triste, é negro, está para lá de ruim. Ficamos

lamentando esta situação crítica, que está afetando milhões de brasileiros.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra à ilustre

Deputada Luci Choinacki, do PT de Santa Catarina. S.Exa. dispõe de 3 minutos.

A SRA. LUCI CHOINACKI (PT-SC. Sem revisão da oradora.) - Sr.

Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, o Líder de partido da Oposição

desenhou um país que não é o nosso. É um país dele. O país do povo brasileiro é

diferente, nele existe emprego, praticamente pleno emprego. Nos Estados Unidos,

na Europa, sabe-se muito bem, há desemprego. É conhecida a encrenca que está

havendo lá.

O povo brasileiro, as famílias têm renda, têm, como nunca, muitos direitos

sociais. Menciono também o salário mínimo. Movimentos sociais e sindicais não vão

mais para a rua pedir aumento do salário mínimo, porque o salário mínimo é

aumentado no início do ano, e acima da inflação. Este é o país dos brasileiros. O

país da Oposição eu não sei onde está. Está na lua, no espaço.

Eles vêm todo dia, com desespero, em busca de um fato novo, mas nós

vamos reeleger a Presidente Dilma, e isso incomoda. Querem fazer a CPI da

PETROBRAS. Se fosse por eles, essa empresa não mais existiria. Eles já teriam

mudado o nome dela, teriam vendido essa companhia ou privatizado uma parte

dela. Estão com fome de pegar a PETROBRAS, o Banco do Brasil, a Caixa

Econômica e fazer os bons negócios que o DEM e o PSDB fizeram naqueles tempos

em que a inflação era de 80%, em que o desemprego era de 10% no Brasil. Essa é

a saudade deles. Ah, que saudade dos tempos em que o Brasil era uma fanfarra

para quem governava o País!

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Nós vamos defender a PETROBRAS, sim, como uma empresa pública, como

uma importante estatal do Brasil! Eles venderam uma parte dela, mas não

conseguiram acabar com a empresa.

Estão desesperados porque a PETROBRAS está dando lucro. A

PETROBRAS não dá prejuízo para o Brasil. Em 2002, a receita líquida da

PETROBRAS era de 69,2 bilhões; hoje, é de mais de 280 bilhões. Daí o desespero

deles. Imagine, Sr. Presidente, que “bolo quente” eles querem pegar. O investimento

era de 18,9 bilhões; hoje, é de 84,1 bilhões. Assim nós vamos vendo como a

PETROBRAS é importante para os brasileiros, como ela faz bem para o Brasil. E eu

nem citei os programas sociais que ela desenvolve.

Nós vamos defender a PETROBRAS como um importante instrumento de

riqueza e de renda para o Brasil. É uma estatal que cumpre uma função relevante.

O Brasil está em outro patamar. Nós não precisamos mais ir à rua e dizer

“fora, FMI!”, porque hoje nós temos o comando da nossa economia. O mundo está

em crise. Não somos uma ilha, temos ligações internacionais. Mas onde mais a

economia cresce? É na América Latina, na África, nos países que estão em

desenvolvimento. Quem quiser só fazer comparações com a China deve ir à China,

não ficar no Brasil, na América Latina.

Nós temos que nos orgulhar. Temos muito para fazer e vamos trabalhar para

vencer cada vez mais as demandas de tantos anos que ficaram para o povo

brasileiro.

O Brasil é outro. As mães não choram de fome, pois seus filhos têm o Bolsa

Família, têm escola, têm educação. Estamos olhando para o horizonte, vendo um

futuro feliz.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra, pela ordem, ao

ilustre Deputado Luis Carlos Heinze. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

O SR. LUIS CARLOS HEINZE (Bloco/PP-RS. Pela ordem. Sem revisão do

orador.) - Sr. Presidente, colegas Parlamentares, nesta semana estive com o

Ministro da Agricultura, Neri Geller, e a representação dos produtores de trigo e de

arroz do Rio Grande do Sul.

Foi discutida a questão do trigo, com a presença da nossa FECOAGRO, da

OCERGS e também da FARSUL. Em primeiro lugar, nós fizemos uma crítica e um

pedido com relação à TEC. Nós ainda temos trigo do ano passado no Rio Grande do

Sul. O preço caiu muito, começa a se recuperar. Portanto, o pedido ao Governo é no

sentido de não aumente a TEC.

Foi apresentado também pleito com relação ao preço mínimo. O da tonelada

foi fixado em 550 reais, aproximadamente, para a variedade de pão tipo 1. Nós

queremos que fique em torno de 635 reais.

Esse trabalho está sendo feito neste instante pela FARSUL, pela FECOAGRO

e pela OCERGS, para que possamos voltar a conversar com o Ministro e apresentar

reivindicações.

Esse pleito também é defendido pelos produtores de trigo do Paraná, por

meio da OCEPAR e da FAEP. É o que estamos buscando para equilibrar o preço

dos produtores, uma vez que já estamos praticamente na época do plantio.

Com relação ao arroz, junto com a FEDERARROZ, com a própria FARSUL,

também com o IRGA, com o Ministério da Agricultura e com a CONAB, discutiu-se o

novo preço para a safra 2014-2015. Não é para a safra atual, que estamos

terminando de colher. É o preço mínimo para o ano que vem, para a próxima safra.

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Por isso, foi importante a reunião com o Henrique Dornelles, da

FEDERARROZ, o Batatinha, do IRGA, o Presidente da Câmara Setorial do Arroz,

nosso Vice-Presidente da FARSUL, o Chicão, que esteve conosco para discutir essa

questão do arroz.

Precisamos definir esse preço para dar tranquilidade aos nossos produtores.

Principalmente na questão do trigo, a grande preocupação neste momento é o preço

mínimo, porque estamos para plantar o trigo. Trata-se de regras que serão fixadas

para esta safra.

Falamos também com o Ministro da Agricultura a respeito do seguro. No caso

do produtor que quiser antecipar o custeio, o banco já o está obrigando a fazer o

seguro. Essa resolução entraria em vigor a partir de julho. Esse detalhe está sendo

discutido neste instante com o Ministério da Agricultura. E passaremos também a

falar com o Ministério.

A questão da obrigatoriedade do seguro diz respeito ao trigo, para quem

estiver contratando, e também às culturas de inverno. O Governo não tem condições

de bancar seguro para toda a agricultura. Portanto, não podemos obrigar o produtor

a pagar 17% de seguro. É extremamente alto.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Presidência saúda os jovens

estudantes da Escola Le Petit Galois, de Brasília, a quem neste instante rende as

suas homenagens.

Esta é a Casa do Povo, a casa de todos vocês. (Palmas nas galerias.)

Futuramente alguns de vocês poderão estar aqui representando o povo brasileiro.

Muito obrigado. (Palmas.)

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra, pela ordem, ao

ilustre Deputado Amauri Teixeira, que fará uma breve intervenção.

O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero prestar minha homenagem a todos os

servidores do Hospital Geral do Estado — HGE da Bahia, que hoje faz aniversário.

Atualmente, é o hospital de trauma mais importante da Bahia.

Cumprimento o Diretor-Geral, André Luciano, o Dr. Márcio, o Dr. Pantico,

Zetti, Wagner e todos os funcionários do HGE, que tem prestado grande serviço à

Bahia.

Hoje, coincidentemente, a minha querida mãe, a D. Auristela Teixeira,

completa 80 anos. Quero, de público, fazer uma homenagem a ela, já que não

posso estar lá porque estou aqui cumprindo a minha obrigação.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, em primeiro lugar, quero registrar a posse, no Município de São José

dos Cordeiros, do Suplente de Vereador pelo PT Dimas de Adauto. Agora o PT tem,

na Câmara de Vereadores daquele Município, dois Vereadores.

Queremos dizer que temos destinado emendas para aquele Município na

certeza de que a presença desses dois Vereadores será muito importante para o

desenvolvimento daquele Município na Paraíba.

Quero registrar também uma Nota de Repúdio da Associação Nacional de

História, Seção Regional da Paraíba, em que fazem uma análise da situação do

golpe de Estado, da Comissão Estadual da Verdade e da Preservação da Memória

do Estado da Paraíba, enfim, mostrando a importância de que isso possa ser trazido

à tona para a memória, a verdade e a realização da justiça.

Sr. Presidente, eu quero ainda também registrar um texto do Emir Sader. Em

7 de abril de 2014, ele aborda o dilema na democracia. “Dilemas da mídia na

democracia. O dilema, na democracia, não é entre uma imprensa calada ou essa

que temos. Uma imprensa monopolizada por algumas famílias, que atua como um

partido político”.

Então, é importante a leitura desse texto para mostrar efetivamente o que

muitas vezes acontece: parte da mídia se apresenta como partido e como dono da

verdade. Vamos ao jornal, que dá a notícia, há os comentários, mas, depois, vêm os

gurus, que vão dar a última palavra. Isso não pode acontecer no País. Liberdade de

imprensa, sim. Agora, o que não temos no Brasil, infelizmente, é liberdade de

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empresa. A empresa faz tudo, até impedir que o jornalista que faz a matéria possa

propagá-la, e têm ainda os cortes, uma censura para que matérias não venham a

ser registradas.

Então, nesse sentido é que gostaria também de registrar, nos Anais desta

Casa, esse texto do jornalista Emir Sader, publicado em 7 de abril de 2014. É um

texto muito importante para a democracia em nosso País.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O ORADOR #

Nota de Repúdio

A dialética do lembrar e esquecer tem uma dimensão política que envolve o

campo da memória e da história. E como toda atividade humana, está sujeita a

manipulações, usos, abusos, esquecimentos e silêncios. Assim, inserida no campo

das batalhas, a memória se movimenta num campo de disputas políticas marcadas

a partir das leituras e escavações que as gerações do presente realizam sobre o

passado.

Daí porque, um filósofo engajado como Walter Benjamin, ao escrever as

famosas Teses sobre o conceito de História, em 1939, aludia a dimensão do

passado a ser lembrado como condição de “redenção” das gerações oprimidas.

Para ele, era preciso retirar o passado da condição de neutralidade, ao qual fora

alçado pela historiografia oficial, a fim de mostrar as relações de dominação de

classe e de impedimentos e derrotas dos projetos dos trabalhadores nele realizados.

Afinal de contas, a concepção de cultura e de História benjaminiana, perpassa pelo

ângulo dos sinais de dominação, da barbárie que se esconde sob a beleza estética

dos monumentos e das gotas de sangue que mancham os bens culturais.

Escovando ao contrário, podemos/devemos explicitar os fracassos e as irrealizações

dos projetos e das lutas dos excluídos da História, entender o processo dessas

dominações e resistências na espessura do tempo passado.

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Mais recentemente, outro filósofo, Paul Ricoeur, também se ocuparia de

escrever uma obra emblemática sobre a memória, a história e o esquecimento,

ressaltando a dimensão política e ética do ato de lembrar-esquecer. Diferentemente

de Benjamin, que escreveu no tempo dos fascismos, a escrita de Ricoeur estava

marcada pelo Apartheid sul-africano e pela experiência da Comissão Verdade e

Reconciliação. O filósofo francês retoma a noção de dívida transgeracional abordada

nas teses do alemão. E, na esteira de Freud, defende o trabalho de memória em

detrimento apenas do dever de memória. Muito mais do que o imperativo judaico do

“lembra-te”, que se presta às

manipulações do poder vigente expressas nos abusos de comemorações

oficiais, Ricoeur defende a política da “justa memória”, uma memória trabalhada a

partir da operação historiográfica cujas pesquisas devem estar a serviço de uma

outra memória e de um outro esquecimento, ou seja, que a historiografia, como uma

forma de memória social, ajude a lembrar a dor e a injustiça criando, assim,

possibilidades de novas formas de vida a partir do trabalho do luto e da lembrança

comprometido com um presente-futuro menos injusto e mais feliz.

Essas reflexões filosóficas são importantes para pensarmos no trabalho que a

ANPUH-PB vem fazendo com a memória dos vencidos de 1964. Instituída pelo

Decreto governamental nº 33.426, de 31 de outubro de 2012, a Comissão Estadual

da Verdade e da Preservação da Memória do Estado da Paraíba conta com dois

historiadores representando a seção paraibana da Associação Nacional de

Professores de História. Assim sendo, uma associação de profissionais de História

que viveu os tempos da ditadura civil-militar, não poderia faltar a esse momento

importante do revirar do baú nos quais se escondem rastros de uma memória ferida,

dolorosa, traumática. Os dois anpuhanos que representam a ANPUH-PB na

Comissão Estadual da Verdade e Preservação da Memória não apenas estão

prestando relevantes serviços à comunidade de historiadores, levantando

documentação que poderá render inúmeras pesquisas acadêmicas, mas, também,

prestando serviços de larga envergadura à sociedade paraibana de modo geral,

tentando pagar uma dívida, muitas vezes, mesmo que simbólica (mas nem por isso

menos importante), as gerações que sofreram na pele o peso da tortura e do

aparato militar montado para a repressão.

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E, mais uma vez, nossa associação não se furtará ao enfrentamento político

no campo da batalha de memórias. Como sabemos, no dia 19 de março de 1964,

ocorreu a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, cuja manifestação

conservadora que procurava responder o Comício da Central, ajudava a

concretização do golpe civil-militar do 31 de março. 50 anos depois, eis que a

marcha é re-inventada pelos reacionários do presente que gritam por uma

intervenção militar no Brasil. Embora sejam poucos a gritarem, esse discurso é

bastante perigoso, uma vez que busca ressuscitar o fantasma da ditadura que

marcou negativamente a História do Brasil Contemporâneo, com a herança de suas

mazelas expressas nos profundos abismos socioeconômicos e na precária

cidadania que ainda marca e marcará nosso país, talvez por gerações. A ANPUH-

PB vem repudiar toda e qualquer manifestação de memória

que venha celebrar ditadores e torturadores, incluindo a já anunciada

presença de um torturador a ser homenageado na Câmara Federal. Nosso

compromisso é com o lembrar para não esquecer das vítimas e da opressão, com

um debate crítico que exponha as gerações do presente os traumatismos e feridas

da memória coletiva, pois como nos diz Paul Ricoeur: “A glória de uns foi

humilhação para outros”. As feridas simbólicas pedem cura e esta, certamente, não

se encontra no nível da memória manipulada pelos comemoradores da Ditadura,

mas no nível ético-político do qual nos fala o filósofo francês, o de fazer justiça pela

lembrança do Outro cuja memória fora alçada ao esquecimento e silêncio. E a

ANPUH-PB está desse lado.

João Pessoa, 22 de março de 2014.

ANPUH-PB

Dilemas da mídia na democracia

O dilema, na democracia, não é entre uma imprensa calada ou essa que

temos. Uma imprensa monopolizada por algumas famílias, que atua como um

partido político.

Por Emir Sader

A Presidente Dilma Rousseff costuma dizer que “prefere a imprensa

barulhenta que calada”. Só que esse dilema se colocava na ditadura, quando a

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imprensa podia ser calada pela ditadura e era preferível que, qualquer que fosse sua

orientação, permanecesse livre para expressá-la.

Na democracia as opções são outras. Ninguém quer calar a imprensa. Essa é

a versão que ela busca dar das propostas de democratização dos meios de

comunicação. Estas, ao contrário, não querem que ninguém deixe de falar, mas que

muito mais gente, oxalá todos, possam se expressar.

O dilema, na democracia, não é, então, entre uma imprensa calada ou essa

que temos. Uma imprensa monopolizada por algumas famílias, que define o que diz,

como, quando, que pretende ser o partido de oposição, que distorce e/ou esconde a

verdade. Uma imprensa financiada pelas agências de publicidade e, através destas,

pelas grandes empresas, que colocam publicidade e, por meio delas, condicionam o

funcionamento da imprensa.

Uma imprensa que escolhe quem vai escrever, como e quando, alinhando-se

abertamente — conforme confissão explicita disso — como partido politico da

oposição. Uma imprensa que, apenas dos índices econômicos revelarem o oposto: a

economia cresce, aumenta o nível de emprego, os salários sobem acima da

inflação, a inflação está controlada — cria um clima de incerteza, de preocupação,

de insegurança, que por sua vez, se reflete em pesquisas manipuladas. Essa a

imprensa que temos hoje, que condiciona as chamadas “agências de risco”, que

pressiona sistematicamente o governo pelo aumento da taxa de juros, que

representa não a população, mas o capital financeiro.

A alternativa a essa mídia antidemocrática não é calá-la. É democratizar a

formação da opinião publica, limitando o poder monopolista dos meios atuais,

abrindo canais alternativos da mídia — TV, rádio, jornais, internet. Ao não avançar

em nada nessa direção, o governo é vitima da monopolização antidemocrática da

mídia.

A mídia criou um clima de “terrorismo econômico”. E no marco de um modelo

hegemonizado pelo capital especulativo, sumamente volátil e sensível a movimentos

bruscos, esse clima tem efeito, aqui e lá fora. E o governo assiste impassível a

essas manobras que anulam as tentativas do governo de canalizar recursos para os

investimentos produtivos. O governo reage defensivamente, aumentando

sucessivamente a taxa de juros diante do fantasma artificialmente construído do

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risco inflacionário. Reage exatamente como os especuladores e seus ventríloquos

na mídia desejam — aumentando as tendências recessivas, pela atração dos

capitais para a especulação.

Os boatos, o pânico forjado, o terrorismo da inflação, ao não ter respostas

politicas, se tornam forças materiais e as auto profecias se cumprem, deixando o

governo em um circulo vicioso. Sem democratização dos meios de comunicação,

quebrando essa cadeia antidemocrática e especulativa, nem sequer a retomada do

crescimento econômico será possível e sustentável. O dilema da mídia na

democracia não é entre mídia monopolista ou silêncio, mas entre terrorismo

econômico da ditadura midiática ou democratização dos meios de comunicação.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra, pela ordem, ao

ilustre Deputado Chico Alencar, do PSOL do Rio de Janeiro.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Sr. Presidente, ontem, trabalhadores, docentes, integrantes da administração,

servidores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro — UERJ, da Universidade

Estadual do Norte Fluminense — UENF e do Centro Universitário Estadual da Zona

Oeste, instituições públicas estaduais de ensino superior, fizeram uma paralisação.

Há enorme defasagem salarial, as instalações têm enormes carências, a

comunidade acadêmica, os docentes, o corpo estudantil, reclamam atenção,

empenho, valorização desse importante estamento educacional no Rio de Janeiro.

Parece que o Governo Estadual tem outras prioridades, que não são aquelas

que consultam a perspectiva de futuro, de solidez, de justiça e de igualdade.

Fica o registro e a solidariedade a essa luta das universidades estaduais do

Rio.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos e todas que assistem a esta

sessão ou nela trabalham, ontem, as universidades estaduais do Rio de Janeiro

paralisaram suas atividades para realizar mobilização conjunta. Trabalhadores da

UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), da UENF (Universidade Estadual

do Norte Fluminense) e da UEZO (Centro Universitário Estadual da Zona Oeste)

reivindicaram a recomposição salarial para os profissionais das instituições de

ensino superior do Estado.

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A situação dos trabalhadores decorre de longo descaso dos governos com as

universidades estaduais. Na UERJ, por exemplo, somam-se 83,3% de defasagem

nos salários dos docentes desde 2001, já descontados os ganhos com a

implantação do plano de carreira. Os mais prejudicados são os professores

aposentados, pois não progridem mais na carreira nem podem aderir ao regime de

trabalho de dedicação exclusiva. Dessa maneira, só têm aumento de salário com o

reajuste do vencimento básico.

A pauta salarial evidencia uma conjuntura de desastre. Há décadas as

universidades estaduais vivem uma situação de sucateamento e subfinanciamento.

A ausência de recursos corrói a autonomia universitária e gera graves problemas de

infraestrutura. A UEZO só agora teve as obras do seu campus iniciadas, e seus

docentes não têm regime de dedicação exclusiva, enquanto na UERJ um professor

recebe quase metade do que deveria ganhar — observada a inflação acumulada

desde 2001.

O contexto das universidades estaduais demonstra, assim como vários outros

exemplos, a inversão de prioridades dos diversos níveis da administração pública —

neste caso, o Governo Estadual. Enquanto assistimos à escalada da arbitrariedade

e da violência nas favelas e no asfalto, consubstanciada por um modelo de

segurança pública baseado no estado de exceção, e os absurdos cometidos por

causa da Copa e das Olímpiadas, repressão às manifestações e remoções como

políticas institucionais, o quadro de sucateamento e precarização da nossa

educação pública vai cada vez mais se tornando incontornável.

Por todo o exposto, manifestamos nosso apoio às manifestações dos

trabalhadores das universidades estaduais do Rio de Janeiro, que lutam por uma

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educação pública de qualidade e que respeite os direitos daquelas que nela

depositam suas vidas.

Agradeço a atenção.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Bohn Gass. S.Exa. tem 1 minuto na tribuna.

O SR. BOHN GASS (PT-RS. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Presidente.

Eu apenas quero aproveitar nossa sessão para registrar o que eu considero

muito importante para vários Estados do País e para as Prefeituras, mas

principalmente para o nosso Estado do Rio Grande do Sul.

Nós já votamos aqui na Câmara dos Deputados o novo indexador da dívida

do Estado frente à União. Essa dívida foi renegociada em condições que não foram

boas para o Estado, no tempo em que o Governador do Rio Grande do Sul era o

Britto. A alta dos juros à época dificultou o pagamento da renegociação dessa dívida

com o Estado, e nós precisávamos de outro indexador. Hoje nós estamos com os

juros menores, a economia mais estabilizada, e isso precisava ser alterado.

Nós já votamos a matéria aqui na Câmara, e, no Senado, onde ela estava por

ser votada, foi apreciada no dia de ontem, em sessão conjunta na CCJ e na

Comissão de Assuntos Econômicos. Então, com essa votação, o projeto está agora

apto a ir ao Plenário do Senado.

Estamos confiantes de que esta negociação possa ter um bom desfecho, para

que a gente tenha um novo indexador, o que vai ajudar os Estados e, de uma forma

muito especial, o nosso Estado do Rio Grande do Sul.

Obrigado, Presidente.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Presidência saúda o grupo de

servidoras policiais que está presente nas galerias. (Manifestação nas galerias.)

Estão esperando a aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 275-A, de

2001. (Manifestação nas galerias.)

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra, pela ordem, ao

ilustre Deputado Edinho Bez, do PMDB de Santa Catarina.

O SR. EDINHO BEZ (PMDB-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, colegas Parlamentares, sejam bem-vindas as mulheres!

Falarei agora exatamente sobre encontro de mulheres que aconteceu no

Estado de Santa Catarina.

Na qualidade de Deputado Federal e 1º Vice-Presidente Nacional da

Fundação Ulysses Guimarães, tomo a palavra nesta oportunidade para falar sobre o

grande evento do PMDB Mulher realizado no último dia 22 de março, no Hotel

Internacional de Gravatal — tem enorme potencial turístico e a segunda melhor água

termal do mundo —, denominado O Poder da Mulher.

Naquele sábado, 22 de março, Santa Catarina recebeu o primeiro Encontro

de Crescimento e Motivação: O Poder da Mulher. O evento reuniu palestrantes,

escritores, militantes e membros de inúmeras comunidades e Municípios,

oferecendo uma grande oportunidade de aprendizado e diálogo, constatado pelas

mais de 650 mulheres presentes ao evento.

Organizado pela Presidente do PMDB Mulher de Tubarão, Vitemária Bez de

Oliveira, e pela Presidente da Fundação Ulysses Guimarães de Tubarão, Edmar

Nunes, o encontro contou com três palestrantes, almoço, troca de ideias e entrega

de certificado de participação aos presentes no evento. Mais de 650 mulheres

compareceram ao Hotel Internacional de Termas do Gravatal, em Gravatal, Santa

Catarina, superando as expectativas da organização do encontro.

A Presidente do PMDB Mulher de Tubarão, Sra. Vitemária, também se

mostrou satisfeita com o resultado do encontro:

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“O evento foi um sucesso, o número de

participantes foi além do que esperávamos, e isso foi

muito gratificante. Quanto mais mulheres buscarem por

conhecimento e por seu espaço na sociedade e na

política, mais perto nós estaremos de alcançar um nível

de igualdade.”

Foram debatidos temas relacionados a manifestações públicas, redes sociais,

à mulher no terceiro milênio e à revolução silenciosa das mulheres. O evento

motivacional teve a participação também da Fundação Ulysses Guimarães.

Ocorreram as seguintes palestras: A mulher na atual conjuntura política, por

Elisiane da Silva, advogada, da Universidade do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul;

Manifestações e Redes Sociais, por Márcio Carvalho, historiador, pós-graduado em

História Antiga; A mulher no terceiro milênio — A revolução silenciosa das mulheres,

por Joel Maciel, pesquisador em Gestão de Pessoas, autor de 15 publicações.

Estiveram presentes ainda a Sra. Ericka Nogueira, de Brasília, Primeira

Tesoureira do PMDB Mulher Nacional, que ficou encantada com o evento; Edmar

Nunes, Presidente da Fundação Ulysses Guimarães de Tubarão; a Prefeita de

Santa Rosa de Lima, Santa Catarina, Dilcei Heidemann; a Secretária de

Administração de Garopaba, Santa Catarina, Micheline Aranha Luiz, que

representou a Deputada Ada Faraco De Luca; a Vereadora anfitriã Mariquinha, do

Município de Gravatal, todas representando as demais lideranças, entre outras

mulheres.

Lembro que estiveram presentes representantes de mais de 50 Municípios

catarinenses, em especial da região sul e serrana do nosso Estado.

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Encerro cumprimentando minha esposa, a Sra. Vitemária, Presidente do

PMDB Mulher do Município de Tubarão, idealizadora e anfitriã. O cumprimento é

extensivo a todos da organização e à equipe e, em especial, às mulheres que

entenderam a importância do evento. Parabéns!

Também quero parabenizar o Erasmo, o Silvinho, o Marcos, a Taís, a Kátia,

todas aquelas mulheres que ajudaram em relação aos convites, à organização.

Parabenizo ainda os palestrantes, que deram um verdadeiro show, o que fez com

que as mulheres perguntassem: “Quando acontecerá o próximo encontro?”

Obrigado, Sr. Presidente.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Com a palavra o Deputado Ságuas

Moraes, do PT de Mato Grosso. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

O SR. SÁGUAS MORAES (PT-MT. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,

faço uso desta tribuna para dizer que na sexta-feira passada tivemos em Cuiabá,

Capital do Estado do Mato Grosso, a presença do Ministro Ricardo Berzoini — foi

uma das suas primeiras tarefas como Ministro de Estado —, juntamente com o

Governador Silval Barbosa e várias lideranças políticas e 108 Prefeitos.

Mato Grosso é um Estado com poucos Municípios — tem território imenso,

mas possui apenas 141 Municípios —, e lá estiveram presentes os Prefeitos de 108

Municípios para assinar o Plano Municipal de Saneamento Básico.

Todos nós sabemos que o problema de saneamento básico no Brasil é

bastante grave. O Governo do Estado de Mato Grosso, em parceria com o Governo

Federal e a Universidade Federal de Mato Grosso, vai trabalhar até o final deste ano

para elaborar o Plano Municipal de Saneamento Básico de 108 Municípios.

Portanto, a partir do próximo ano, todos os Municípios de Mato Grosso terão o

seu plano e, obviamente, terão a possibilidade de acessar recursos junto ao

Governo Federal para solucionar a questão do saneamento básico no Estado.

Sr. Presidente, na semana passada, na mesma sexta-feira, estive no

Município de Jauru. Lá foi realizada uma festa de lançamento do 8º Rally Turístico,

que dura 2 dias, passando por estradas bem ruins. O lançamento ocorreu na sexta-

feira, em parceria com o outro Município, Conquista d'Oeste.

A gente esteve na abertura do rali e depois eu estive visitando outros

Municípios, conversando com a liderança do meu partido, o Partido dos

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Trabalhadores, conversando com os Prefeitos e Vereadores daqueles Municípios:

Figueirópolis d'Oeste, Indiavaí, Araputanga e São José dos Quatro Marcos.

Então, Sr. Presidente, eu quero dizer que, nesses Municípios todos em que

estivemos, estávamos também discutindo e vendo a alegria dos Prefeitos com a

presença do Governo Federal nessa parceria para a elaboração do Plano Municipal

de Saneamento Básico, que é uma ação bastante significativa para todos os

Municípios, porque lida diretamente com a questão da saúde.

Nós sabemos que a questão do saneamento básico dialoga diretamente com

os problemas de saúde de cada Município. Se nós temos saneamento de boa

qualidade, com certeza temos a garantia de uma saúde preventiva de boa

qualidade.

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O SR. FÁBIO TRAD - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Exa. a palavra.

O SR. FÁBIO TRAD (PMDB-MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, Sras. e Srs. Deputados, conversando com este ilustre Parlamentar,

jurista de excelência, o Deputado Marcos Rogério, do PDT de Rondônia, ficamos

estarrecidos com o fato de que as policiais não têm o mesmo direito, quanto ao

tempo para aposentadoria, que têm todas as outras mulheres, de acordo com a

Constituição Federal.

Com uma perspectiva de lógica formal, eu pergunto ao Parlamento: “As

policiais são homens?” (Manifestação nas galerias.)

Não, elas são mulheres. Sendo mulheres — é claro, é óbvio, é lógico, é justo,

é equitativo —, têm direito a aposentadoria especial. Portanto, de acordo com a

vontade daqueles que querem cumprir a Constituição, elas têm esse direito. E não é

favor coisa nenhuma! (Palmas nas galerias.)

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra, pela ordem, ao

ilustre Deputado Onofre Santo Agostini, do PSD de Santa Catarina.

O SR. ONOFRE SANTO AGOSTINI (PSD-SC. Pela ordem. Sem revisão do

orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estão aqui nossas queridas

policiais que, há vários dias, vêm insistindo para que projeto de seu interesse seja

votado.

Infelizmente, minhas caras policiais, hoje não vamos votá-lo, porque não

haverá quórum suficiente. Eu vou votar favoravelmente. O meu partido já chamou os

Deputados. Vamos votar “sim”. Como disse o ilustre Deputado Fábio Trad, vocês

têm toda a razão. Nós vamos votar favoravelmente porque vocês merecem. (Palmas

nas galerias.)

Infelizmente, hoje não vai haver quórum. Marcou-se sessão extraordinária

para hoje, mas, só com os Deputados aqui presentes, não vai ser atingido o quórum.

Todavia, como dizem alguns amigos, “esse Avaí faz coisa”. Pode acontecer de os

Deputados chegarem e nós votarmos ainda hoje o Projeto de Lei Complementar nº

275, de 2001.

Vocês têm toda a razão! Podem contar conosco! (Palmas nas galerias.)

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 15 de abril, em Joaçaba, o

Grupo Aurora vai inaugurar mais um frigorífico, que terá capacidade para abater

1.500 suínos por dia. A partir de setembro, duplicará a produção. Já confirmaram

presença no evento 12 delegações de importantes países que consomem a carne

suína brasileira.

Nós viemos aqui fazer este registro e cumprimentar a direção do Grupo

Aurora em Santa Catarina, que vai inaugurar esse frigorífico, que emprega

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inicialmente, Deputado Jair Bolsonaro, 1.200 funcionários. Como eu disse, abaterá

1.500 suínos por dia. Trata-se de um frigorífico com extraordinária capacidade. Com

isso, ganha Santa Catarina e ganha o Brasil inteiro, porque a carne suína brasileira é

consumida lá fora.

Por estar livre da febre aftosa, a carne de Santa Catarina é reconhecida no

mundo inteiro. A carne suína de Santa Catarina é consumida em todo o mundo

porque é de primeiríssima qualidade e está livre da febre aftosa.

Parabéns a Santa Catarina! Parabéns ao Governador, que incentivou a

iniciativa! Parabéns a todos aqueles que trabalharam para que esse frigorífico do

Grupo Aurora se instalasse em Joaçaba, no Estado de Santa Catarina!

Obrigado, Sr. Presidente.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra, pela ordem, ao

ilustre Deputado Chico Alencar, do PSOL do Rio de Janeiro. S.Exa. dispõe de 3

minutos na tribuna.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, trabalhadoras da Polícia, que merecem

dignidade, paridade e direitos, é importante seguir na linha para a qual nos alertou o

Deputado Onofre. Esse dito esforço concentrado, em que, desde segunda-feira,

votaríamos não só MPs, que lamentavelmente sempre travam a pauta, mas também

projetos de interesse da sociedade emanados do próprio Legislativo, foi um fiasco, já

acabou.

Nós temos agora, ao meio-dia — a cada hora é adiada um pouquinho —, a

reunião de Líderes, para constatar que não há mais possibilidade daquilo que é a

essência do Parlamento, que é o debate, o dissenso, a divergência e o voto nos

projetos A, B ou C. Isso não vai acontecer! Não podemos enganar a população.

Infelizmente o esforço concentrado foi dispersivo. Não conseguimos nos concentrar,

exceto na votação das medidas provisórias. É a nossa realidade.

Espero que a Semana Santa possa nos iluminar para que votemos matérias

importantes. Aqui estaremos. Queremos votar o Projeto de Lei Complementar nº

275, de 2001. O Governo tem que se manifestar com clareza sobre isso. (Palmas

nas galerias.)

Queremos votar outras matérias que estavam na pauta pactuada. É

impressionante, nós, no Colégio de Líderes, estabelecemos consensos, dizemos

que está tudo o.k., e, quando chegamos a este plenário, a situação se embaraça.

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A realidade do Plenário é totalmente distinta daquela da reunião de Líderes,

que, pelo visto, não lideram. Nós vivemos uma profunda crise de direção dentro do

próprio Parlamento.

Mas, Sr. Presidente, há fatos positivos. Ouvi hoje que o Deputado Eduardo

Cunha — pediria a confirmação dele —, num grande movimento de autocrítica,

reconheceu que a emenda que ele fez relativamente à Medida Provisória nº 627, de

2013, a qual facilita a vida dos planos de saúde, emenda que mereceu a posição

contrária de alguns poucos de nós aqui, isenta os planos de saúde e obviamente

não atende os interesses dos 50 milhões de segurados brasileiros, deve ser,

segundo ele próprio, o autor, vetada pela Presidente Dilma.

Acho mais prudente o próprio Senado já não a acolher. De qualquer forma,

ele fez uma emenda, e se arrependeu agora. Talvez a Semana Santa gere esse tipo

de consciência da misericórdia e da confissão do erro.

É alvissareiro também o que li hoje. O Senador Gim Argello, que sofre seis

investigações diferenciadas, é acusado de uma série de ilícitos, já tem condenação,

da época em que era Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal,

pretendia ocupar uma função no Tribunal de Contas da União. É a típica cena do

vampiro tomando conta do banco de sangue. Ele desistiu desse pleito, evitando,

inclusive, o constrangimento de, em votação ainda secreta, termos de rejeitar o

nome dele.

Enfim, vamos, aos poucos, avançando, ainda que só no negativo. Espero que

o Parlamento reassuma a sua função proativa e afirmativa, no interesse da

sociedade brasileira.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Jair Bolsonaro.

O SR. JAIR BOLSONARO (Bloco/PP-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, eu quero me dirigir às policiais femininas.

Vocês acabaram de aplaudir um Deputado que ocupou a tribuna, o Deputado

Chico Alencar, que ontem estava aqui brigando para aprovar o fim do auto de

resistência. Fez agora um discurso fácil em cima de vocês.

Com o fim do auto de resistência, que os policiais militares não conhecem

ainda, vocês, ao defenderem a sociedade, a sua própria vida ou a de terceiros e

vierem a ter que matar alguém, dificilmente vão responder em prisão preventiva. É

isso o que esse Deputado, aplaudido por vocês agora, queria ontem. Discurso fácil é

uma coisa, a realidade é outra.

Conseguimos adiar a votação e a urgência ontem. Daqui a algumas semanas,

talvez esse assunto volte à baila, mas os policiais militares do Brasil vão estar

cientes do que é esse projeto. Não é justo que vocês, ao terem que abater alguém,

respondam presos, por 2, 3 anos, até a decisão do Tribunal do Júri. Vocês querem a

redução do tempo de serviço. Legal! Mas a prisão, pelo lado de vocês, não é justa.

Obrigado, Sr. Presidente. (Palmas nas galerias.)

O SR. CHICO ALENCAR - Sr. Presidente, fui citado nominalmente. Assim

não vale. Não foi aparte, não foi dado como lido. Foi para citar nominalmente?

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para uma breve intervenção,

concedo a palavra ao ilustre Deputado Gonzaga Patriota.

O SR. CHICO ALENCAR - Eu fui citado nominalmente, Sr. Presidente.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Não é possível. A Casa não

permite, nesse horário, que se faça pingue-pongue. Depois V.Exa. pede a palavra.

Mas não é possível isso, fora do microfone, sem autorização da Mesa. Como é que

pode?

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Gonzaga Patriota. S.Exa. tem a palavra.

O SR. GONZAGA PATRIOTA (PSB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.)

- Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero cumprimentar as Policiais Federais,

Rodoviárias Federais e Civis do Distrito Federal.

Sr. Presidente, nós ontem conseguimos pautar mais uma vez o Projeto de Lei

Complementar nº 275, de 2001, e, para isso, convidamos as policiais do Brasil

inteiro, que ainda estão aqui, mas, lamentavelmente, não conseguimos votar,

mesmo tendo ficado aqui até tarde. Não dá mais para ficarmos fazendo aqui

registros, pautas, e não resolvermos nada, porque isso não é bom para o País.

Sabemos que se votou errado. Quando aprovamos aqui o problema do

“policial”, a culpa foi nossa, de não olhar que existem as mulheres policiais.

(Palmas.) Obviamente, em tudo, elas têm uma diminuição. A mulher policial, a

mulher trabalhadora, a mulher cidadã, a mulher brasileira, ela não é apenas a

professora na escola, ela é a professora em casa também.

Então, aqui eu quero fazer um apelo, e vamos nos reunir daqui a pouco para

que isso não ocorra mais e que possamos — eu não sei se na próxima semana ou

na outra — resolver de uma vez por todas as votações que estão pautadas, como a

da 275. Que resolvamos aqui o veto à criação de novos Municípios; que resolvamos

aqui também o problema de agentes comunitários de saúde. E aí não dá para

continuar dessa maneira.

Então eu usei esta tribuna, Presidente Inocêncio, para pedir desculpas às

mulheres policiais do Brasil (palmas), que estão organizadas. Estão aqui Polícia

Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil do Distrito Federal e muitas outras,

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milhares estão no Brasil inteiro trabalhando, olhando aqui o nosso trabalho e ao

mesmo tempo o nosso descuido de não resolver os problemas dessa proposta de

emenda à Constituição.

Vou logo mais à reunião de Líderes e quero deixar muito seguro, em nome do

meu partido, o PSB, que não dá mais para ficar pautando e não votando essas

propostas de emenda à Constituição, principalmente a das policiais. (Palmas.)

Obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - De acordo com o art. 74, inciso VII,

por ter sido citado nominalmente, concedo a palavra ao ilustre Deputado Chico

Alencar, por 3 minutos.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Muito obrigado, Sr. Presidente. Eu estava aqui um pouco acima do meu tom normal,

até porque, como lembrou ontem o Deputado Miro Teixeira, o microfone foi

inventado para que não gritemos, mas aparte indevido e citação direta de

Parlamentar, sem que ele possa responder, também é algo inteiramente indevido.

Quero apenas dizer, reiterar que, como muitos Parlamentares — creio que a

maioria — suspeito de que o Governo é que esteja obstruindo para que não se vote.

Sou a favor do PLP 275 por uma questão de justiça (palmas), e dispenso até

os aplausos, porque há aqueles que têm cabeça de curral eleitoral — se são

policiais, não podem aplaudir um Parlamentar de esquerda, o que é uma visão

distorcida inclusive da evolução de diferentes categorias, do ponto de vista

democrático.

Por outro lado, a discussão que esta Casa tem que fazer em alto nível sobre

os autos de resistência tem que levar em conta uma realidade que muitos

Deputados conhecem no Rio de Janeiro e em todo o restante do Brasil. Muitas

vezes o auto de resistência é um instrumento para encobrir a ação de policiais

criminosos, porque eles existem. Existem policiais criminosos, como existem

também Parlamentares corruptos e criminosos com o dinheiro público, e é isso o

que se quer evitar.

No Rio de Janeiro, são sucessivos os autos de resistência forjados, e isso

levou à morte a Juíza Patrícia Acioli, aliás assassinada por policiais. É uma realidade

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que temos de enfrentar no plano da Justiça e no plano do arcabouço jurídico. Este é

o debate essencial que nós queremos fazer, e não impedir a matéria de vir à pauta.

É disso que se trata.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para uma breve intervenção,

concedo a palavra ao ilustre Deputado Julio Lopes, por 1 minuto.

O SR. JULIO LOPES (Bloco/PP-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,

uso a tribuna para saudar os colegas membros do Parlamento. Eu estou retornando

a esta Casa depois de 4 anos à frente da Secretaria de Transporte do Estado do Rio

de Janeiro, e espero que possamos aprofundar mais o debate sobre essa questão

tão importante sobre a mobilidade no Brasil.

Precisamos conquistar o apoio dos nossos colegas Parlamentares para

podermos ter uma maior participação da União no subsídio direto ao transporte do

trabalhador e nos mobilizarmos por uma melhor mobilidade pública. Necessitamos

de uma melhor compreensão deste tema tão complexo.

E aqui volto, com alegria, para debater com os meus pares este tema tão

importante para que possamos avançar.

Um abraço, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para uma breve intervenção,

concedo a palavra ao Deputado Major Fábio. S.Exa. dispõe de 1 minuto na tribuna.

O SR. MAJOR FÁBIO (Bloco/PROS-PB. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, maus policiais não podem ser regra. É uma exceção, porque 99,999%

são bons policias. O Brasil ainda sobrevive porque nós temos, em sua grande

maioria, grandes policias. (Palmas nas galerias.)

É muito fácil chegar aqui, no ar condicionado, e fazer um discurso, quando as

mulheres policias do nosso Brasil, Deputado Bolsonaro, nem sequer têm um

fardamento adequado ao seu corpo como mulher. Ninguém está preocupado com

isso.

Ninguém está preocupado se o regulamento disciplinar dos policiais militares,

das policiais militares está adequado à Constituição de 1988. Ninguém está

preocupado. Ainda é adequado a 1940!

Ninguém está preocupado com o coronel que foi condenado na Paraíba.

Falhou o coronel, Deputado Bolsonaro. Ele falhou. Ele cometeu um crime. Ele

falhou. Ele precisa responder, mas ele foi condenado a 1.500 anos.

Imaginem se os Deputados corruptos fossem condenados a 1.500 anos. Todo

mundo estaria preocupado aqui. Mas o coronel foi condenado a 1.500 anos! É

ridículo, um auto de resistência.

Queremos aprovar uma lei contra os maus policiais. O policial precisa ter

segurança para ir para a rua! O bandido não saca arma para perguntar, para mandar

o policial levantar as mãos, não. Ele saca a arma para matar o policial!

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E quem tem que voltar para casa é o policial, Sr. Presidente! Não é o bandido

que tem que voltar para casa, não! É o policial que tem que voltar para casa.

Quando o bandido reage, o policial, infelizmente, tem que matar o bandido!

Muito obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra, para uma

breve intervenção, ao ilustre Deputado Pedro Uczai. Em seguida falará o Deputado

Jorge Bittar.

O SR. JORGE BITTAR (PT-RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, é

só uma breve intervenção. Eu apenas vou pedir a V.Exa., Presidente, que seja um

pouquinho mais rigoroso na observância da lista dos inscritos aqui para as breves

comunicações, porque eu entendo a importância do debate, mas também nós temos

que entender a situação daqueles que estão há muito tempo aqui aguardando para

poder se pronunciar. É o pedido que faço a V.Exa.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Com a palavra o ilustre Deputado

Pedro Uczai, do PT de Santa Catarina.

O SR. PEDRO UCZAI (PT-SC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o

bom e profissional policial não tem preocupação com auto de resistência. Só

aqueles que se misturam com a bandidagem e cometem crime com farda é que têm

que se preocupar com auto de resistência. Estranho que estejam querendo que

votemos um projeto quando se manifestam dessa forma.

Em segundo lugar, eu quero novamente agradecer à Presidenta Dilma, à

então Ministra Gleisi Hoffmann e a todo este Parlamento pela aprovação, ontem,

com redação final, do projeto que estabelece o novo prazo do Programa de Estímulo

à Reestruturação e ao Fortalecimento das Instituições de Ensino Superior (PROIES),

de forma a permitir a adesão de novas universidades e, com a adesão, que seja

pago o tributo 10% em moeda corrente e os 90% do passivo em bolsas de estudo

para os jovens brasileiros. Isso resolve em definitivo um problema histórico de Santa

Catarina, das nossas universidades, do Sistema ACAFE — Associação Catarinense

das Fundações Educacionais.

Obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Onofre Santo Agostini) - Parabéns pelo sucesso! Eu

também ajudei V.Exa., ajudei Santa Catarina.

Durante o discurso do Sr. Pedro Uczai, o Sr.

Inocêncio Oliveira, nos termos do § 2º do art. 18 do

Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é

ocupada pelo Sr. Onofre Santo Agostini, nos termos do §

2º do art. 18 do Regimento Interno.

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O SR. PRESIDENTE (Onofre Santo Agostini) - Próximo orador — vamos

obedecer rigorosamente à ordem de inscrição, já que houve reclamação, com justiça

— Deputado Severino Ninho, que dispõe de 3 minutos.

Em seguida falarão os Deputados Paulão, Fábio Trad, Henrique Fontana e

Paulo Rubem Santiago.

Com a palavra o Deputado Severino Ninho.

O SR. SEVERINO NINHO (PSB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nós fomos convocados para um esforço

concentrado que começaria na segunda-feira e iria até a sexta-feira. Eu aqui estive

na segunda e só vou viajar hoje à noite, porque já sei que amanhã não há o que

fazer aqui, infelizmente.

Mas, Sr. Presidente, pelo menos uma coisa boa ocorreu nesta semana. O

Senador sem voto e sem povo, como dizia Alencar Furtado, Gim Argello, não vai

mais ser Ministro do Tribunal de Contas da União. Ele não aguentou a pressão,

graças a Deus, porque indicar um homem que tem seis inquéritos no Supremo para

fiscalizar os outros poderes é, como se diz popularmente, colocar uma raposa para

tomar conta do galinheiro. Houve uma coisa boa essa semana aqui em Brasília.

Concentrado, o esforço só ocorreu até votarmos as medidas provisórias.

Mas eu queria aproveitar para me colocar a favor do pleito das mulheres

policiais, porque foi um erro da Constituinte de 1988. Os Constituintes à época,

talvez por uma falha, talvez pela amplitude dos assuntos, não perceberam a

injustiça. É uma injustiça, porque, se o professor enfrenta estresse, imagine a mulher

policial! Então, contem com o PSB, com o nosso partido, para votar essa matéria.

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Mas eu queria aproveitar este tempo de 1 minuto e 20 segundos, Sr.

Presidente, para cobrar do DNIT que agilize a liberação da licitação do Arco

Metropolitano, porque senão a fábrica da FIAT, que está quase pronta lá em Goiana,

em Pernambuco, e que vai transportar por ano 200 mil veículos, não terá por onde

trafegar com suas carretas, com suas cegonhas. Enfim, vai faltar toda a logística

necessária para uma grande montadora de automóvel.

Eu queria também cobrar aqui da Agência Estadual de Meio Ambiente —

CPRH de Pernambuco que libere as obras da importante Estrada do Sossego, em

Itamaracá. Já tem dinheiro em caixa, o projeto está pronto, mas essa questão

ambiental, que eu respeito — eu sou muito ligado a isso —, não pode impedir as

obras de uma estrada que já existe. Ora, qual a diferença de ela ser hoje de terra

batida e passar a ser asfalto! Os veículos já passam por lá há anos e anos seguidos!

Então, Sr. Presidente, eram esses os apelos que eu gostaria de fazer, porque

o desenvolvimento da nossa região, do litoral norte de Pernambuco, depende muito

desse Arco Metropolitano.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O Sr. Onofre Santo Agostini, nos termos do § 2º do

art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da

Presidência, que é ocupada pela Sra. Benedita da Silva,

nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

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A SRA. PRESIDENTA (Benedita da Silva) - Com a palavra o Deputado Fábio

Trad, do PMDB de Mato Grosso do Sul. V.Exa. tem 3 minutos.

O SR. FÁBIO TRAD (PMDB-MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sra.

Presidenta Deputada Benedita da Silva, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, desde

2007 o Brasil já sabia que a Copa do Mundo iria se realizar em 2014. Passou 2008,

2009, 2010, 2011, 2012, 2013. Estamos em 2014, e as obras estão atrasadas. A

população pergunta: “Este atraso se deve a falta de planejamento, ou é, digamos,

proposital?” Estou vendo aqui no Twitter: “Olimpíadas. Diante das ameaças de

atraso, COI anuncia intervenção no Rio”.

Sra. Presidenta, na última terça-feira, confrontado com a vexatória realidade

de que também o Aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte, não estará

pronto para a Copa do Mundo, o Presidente da INFRAERO, Gustavo do Vale,

proclamou, para constrangimento do Ministro Moreira Franco, da Aviação Civil, que

a saída será “tapear” as obras.

Flagrado em patético ato falho, que, como é sabido, costuma expor a nudez

da verdade dissimulada, Gustavo do Vale diria em nota que na verdade quis dizer

“etapear” as obras — e com isso acabava de inventar um remendo semântico para

nominar os tantos e vexatórios “puxadinhos” e tapumes que pretendem disfarçar ou

esconder de centenas de milhares de turistas estrangeiros a incompetência técnica

e a desídia gerencial do Brasil.

Desde 2007, o Governo brasileiro já dispunha de um “caderno de encargos”,

com a lista e o prazo de entrega das obras decisivas para receber a Copa de 2014.

Sete anos depois, e diante da vergonhosa barafunda de omissões, improvisos

e denúncias de superfaturamentos, constata-se que, no pior estilo do aluno relapso,

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o Brasil esqueceu o “caderno de deveres”, do qual agora risca dezenas de obras,

que de fundamentais passaram a “dispensáveis”, ou “supérfluas”, segundo uma

astuciosa categorização que tenta burlar a opinião pública e, em especial, o

contribuinte que paga a gastança.

Eu sou brasileiro, torço para que a Copa do Mundo dê certo em termos de

infraestrutura, mas não posso deixar de fazer algumas honestas críticas em relação

a estes atrasos, porque com eles também vêm denúncias de superfaturamento,

corrupção, peculato, concussão, uma série de crimes que precisam ser reprovados

por nós políticos que procuramos honrar o nosso mandato.

Eu quero que o Brasil seja hexacampeão, quero que o Brasil ganhe, que a

Copa seja exitosa, mas, diante de tudo isto, não há como não constatar um gol

contra, contra o Brasil.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na última terça-feira, confrontado com

vexatória realidade de que, também o Aeroporto de Confins, na Grande Belo

Horizonte, não estará pronto para a Copa do Mundo, o Presidente da INFRAERO,

Gustavo do Vale, proclamou, para constrangimento do Ministro Moreira Franco, da

Aviação Civil, que a saída será “tapear” as obras.

Flagrado em patético ato falho, que, como é sabido, costuma expor a nudez

da verdade dissimulada, Gustavo do Vale diria em nota que na verdade quis dizer

“etapear” as obras — e com isso acabava de inventar um remendo semântico para

nominar os tantos e vexatórios “puxadinhos” e tapumes que pretendem disfarçar ou

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esconder de centenas de milhares de turistas estrangeiros a incompetência técnica

e a desídia gerencial do Brasil.

Em recente pronunciamento, citei o colega Deputado e ex-craque Romário,

para quem fora do campo o Brasil já perdeu a Copa. Um tiro indefensável, como nos

bons tempos do Baixinho Artilheiro.

Desde o longínquo ano de 2007, o Governo brasileiro já dispunha de um

Caderno de Encargos com a lista e o prazo de entrega das obras decisivas para

receber a Copa de 2014.

Sete anos depois, e diante da vergonhosa barafunda de omissões, improvisos

e denúncias de superfaturamentos, constata-se que, no pior estilo do aluno relapso,

o Brasil esqueceu o “caderno de deveres”, do qual agora risca dezenas de obras,

que de fundamentais passaram a “dispensáveis”, ou “supérfluas”, segundo uma

astuciosa categorização que tenta burlar a opinião pública e, em especial, o

contribuinte que paga a gastança.

Com os estádios prontos aos 45 minutos do segundo tempo, a custos

exorbitantes, em alguns casos dobrando o orçamento inicial, a intocável FIFA se dá

por satisfeita, pois estão prontos os palcos de onde extrairá lucro bilionário.

Já o cidadão brasileiro, este mesmo que paga a gigantesca conta, inclusive

dos estádios onde a falácia do Governo prometia não botar dinheiro público, este

cidadão vê agora que o tão decantado “legado da Copa” será, com algumas

ressalvas, o “legado do logro”, representado por um amontoado de obras

inacabadas, e aquelas que foram riscadas do tal Caderno.

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Porém, a conta a ser paga pela sociedade brasileira por esta “Copa de

insensatez e desperdício” vai muito além dos gastos perdulários inflados pela

corrupção.

Porta de entrada e de saída dos milhares de torcedores estrangeiros que, de

qualquer forma, virão para a Copa, os portos e aeroportos, vergonhosamente

degradados, com seus “puxadinhos” e tapumes para esconder a irresponsável

condescendência do Governo com empreiteiras, serão a péssima referência que

esses aficionados do futebol levarão do Brasil.

O reflexo disso para a indústria turística brasileira será trágico.

Para concluir, Sr. Presidente:

A Seleção Brasileira pode até sagrar-se hexacampeã do mundo. Aliás, tem o

dever de fazê-lo, segundo o técnico Felipão. Porém, repetindo Romário, fora do

campo o Brasil já perdeu a Copa, com um monumental gol contra, tramado por

jogadas escusas, incompetência e burocracia endêmica e insidiosa, que escancara

a defesa ao ataque da corrupção.

Muito obrigado.

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A SRA. PRESIDENTA (Benedita da Silva) - Concedo a palavra ao Deputado

Alfredo Sirkis. S.Exa. tem 3 minutos.

O SR. ALFREDO SIRKIS (PSB-RJ. Sem revisão do orador.) - Sra.

Presidente, em primeiro lugar, eu gostaria de dizer aos policiais que lamento

profundamente o que aconteceu aqui ontem e impediu a votação da lei que lhes

concede esse justo benefício. Mais dia, menos dia, a causa de vocês será vitoriosa.

Em segundo lugar, eu queria lamentar o nível do debate que está se abrindo

nesta Casa em torno do auto de resistência. Tenho ouvido discursos demagógicos

tanto da direita quanto da esquerda. De um lado, falam em genocídio dos negros e

pobres, como se houvesse genocídio no Brasil; de outro lado, dizem que quem se

preocupa com esse assunto quer basicamente favorecer os bandidos.

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Nós estamos aqui diante de um

problema complexo, que precisa ser discutido com serenidade. Eu não tenho a

menor pena de bandido com armamento privativo das Forças Armadas que é

abatido em tiroteio pela Polícia e admiro os policiais que têm a coragem de enfrentá-

lo.

Em terceiro lugar, acho que é inadmissível que, uma vez rendido, o bandido

seja executado. Não há pena de morte no Brasil. Quando o bandido se rende, ele

tem que ser preso e submetido ao devido processo penal. Mas mais graves ainda

são situações de confusão, de incompetência policial, de precipitação, que resultam

em morte de inocentes que acabam sendo cobertas por autos de resistência: mortes

acidentais, e de repente aparece um revólver, um sacolé de cocaína, e aquilo vira

auto de resistência.

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Então nós temos que discutir serenamente esta questão, para chegar a uma

solução que garanta o policial na sua luta contra os bandidos, inclusive a capacidade

que ele tem de eventualmente resistir ou participar de uma operação em que seja

necessário matar o bandido. Ele não pode ser submetido, tendo agido com toda a

justiça, a situações motivadas por advogados, por esquemas jurídicos que esses

bandidos, com muita competência, muitas vezes movem. Ao mesmo tempo, temos

que impedir execução, temos que impedir a utilização dos autos de resistência como

forma de encobrir erros policiais crassos, como foi a morte de uma pobre mulher

numa favela carioca há menos de 1 mês.

Esta é uma discussão que tem que ser travada com serenidade. Nós temos

que parar de fazer demagogia aqui dentro, como a que nós assistimos por parte de

um Deputado de extrema-direita que costuma fazer esse tipo de pegadinha.

Eu acho que temos que chegar a uma situação que, por um lado, não

favoreça aos bandidos e, por outro lado, não favoreça alguns bandidos que existem

dentro das forças policiais e que têm de ser expurgados. Tem de haver equilíbrio,

serenidade, uma orientação que, ao mesmo tempo, garanta a segurança da

população, direitos civis e direitos humanos, e proteja o policial que quer

desempenhar o seu trabalho com dignidade.

A Sra. Benedita da Silva, nos termos do § 2º do art.

18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência,

que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oliveira, nos termos do

§ 2º do art. 18 do Regimento Interno.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao Deputado

Jorge Bittar, do PT do Rio de Janeiro. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna. Em

seguida terá a palavra o Deputado Jesus Rodrigues.

O SR. JORGE BITTAR (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, representantes da população que nos

acompanham, eu venho a esta tribuna hoje para fazer alguns comentários, que

inicialmente dirijo ao tema da PETROBRAS, já tão bem expresso aqui pela

Deputada Benedita da Silva e pelo Deputado Nilmário Miranda no sentido de

recolocar uma série de questões que é importante que a sociedade brasileira

conheça.

A PETROBRAS é uma empresa pujante. Nos 8 anos de Governo Lula e nos 3

anos de Governo da Presidenta Dilma, a PETROBRAS multiplicou por dez o seu

faturamento, elevou enormemente a sua lucratividade, incorporou tecnologia

brasileira, fomentou a indústria nacional, com a exigência de conteúdo brasileiro.

Efetivamente, é uma empresa que merece toda a nossa consideração.

As denúncias sobre a compra da Refinaria de Pasadena precisam ser

recolocadas. Aqui já foi explicado que os 42 milhões não são na verdade 42 milhões,

porque não se levam em consideração as dívidas que a empresa tinha quando o

grupo que a vendeu à PETROBRAS a comprou — teve que arcar com mais de 200

milhões de dólares. A empresa que comprou a refinaria por 42 milhões teve que

fazer investimentos de responsabilidade social para diminuir o teor de enxofre na

gasolina, além de tantas outras questões que já ficaram sobejamente demonstradas.

Se há problemas, eles têm que ser apurados — e estão sendo apurados

verdadeiramente — pela empresa e pelos órgãos de controle. Não vamos permitir

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que a PETROBRAS, a mais importante empresa brasileira, seja colocada no rol

comum das empresas de má qualidade, das empresas que não cumprem suas

obrigações em termos de desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida do

nosso povo.

O segundo ponto que eu queria aqui citar diz respeito ao discurso do

Deputado Mendonça Filho, Líder do DEM. Ele se refere aos índices de inflação, que

estão mais elevados do que foram no passado, mas ainda dentro dos limites da

meta de inflação definida pelo Governo. É preciso que se identifiquem as causas

desta elevação momentânea da inflação. A principal delas é a elevação do preço

dos alimentos, causada pela maior crise de estiagem das últimas décadas, dos

últimos 50 ou 60 anos. Isso afeta a produção agrícola, sobretudo a produção dos

gêneros de primeira necessidade. Afeta, portanto, os preços dos produtos. Ou seja,

esta é uma crise sazonal, é uma crise momentânea de elevação de preços, e os

valores históricos deverão ser restabelecidos.

Sr. Presidente, registro que a economia brasileira segue numa trajetória

positiva. O último índice de desemprego publicado foi de apenas 5,1%, na verdade

um nível de pleno emprego na sociedade brasileira. A renda média do fator trabalho,

que é o que interessa, a renda dos salários, cresceu do ano passado para este ano

3,1% em valores reais. O crescimento industrial também está em níveis bastante

bons em nosso País, o que nos leva a entender que a economia segue uma

trajetória de crescimento compatível com a realidade da economia mundial, e além

disso ela cresce distribuindo renda, ao contrário do que ocorre nos Estados Unidos,

na Europa e em muitos outros países. Distribuir renda significa levar felicidade, levar

qualidade de vida para a população brasileira.

Nós nos orgulhamos muito do Governo da Presidente Dilma e da sua

condução da política econômica.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Jesus Rodrigues, do PT do Piauí.

O SR. JESUS RODRIGUES (PT-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Obrigado, Sr. Presidente Inocêncio Oliveira.

Eu queria hoje fazer um breve comentário sobre os debates que têm ocorrido

nesta Casa a respeito da capitalização do Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social. Foram feitas por vários Deputados da Oposição críticas à

situação do emprego no Brasil, sob a alegação de que este emprego era de baixos

salários e de que não há vantagens em manter um nível de emprego desta forma.

Eu queria retrucar essa colocação da Oposição. Na verdade, hoje, mesmo o

salário mínimo é mais de três vezes superior ao que pagava anteriormente o

Governo “demotucano”. Apenas em alguns momentos especiais, os governantes de

antes do Presidente Lula conseguiram pagar um salário mínimo de 100 dólares, e

hoje nós temos um salário de 330 dólares ou mais, e com elevada taxa de emprego.

Isso significa que nós temos melhorado a vida das pessoas: com uma renda melhor,

com melhores empregos e com empregos legalizados.

Mas os empregos poderiam ser ainda melhores, se os trabalhadores tivessem

recebido qualificação, se tivessem recebido educação adequada, preparação

técnica. Nós estamos conseguindo avançar no ensino técnico profissionalizante e no

ensino superior.

Para se ter uma ideia, em 2002 nós tínhamos 43 campi de universidades

federais. O Presidente Fernando Henrique Cardoso não conseguiu deixar nem 45,

que é o número do seu partido, deixou 43 porque não criou nenhuma universidade

federal. Nós hoje temos 230 universidades federais espalhadas pelo Brasil,

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principalmente no interior. Se acrescentarmos a esse número a quantidade de

institutos federais de educação tecnológica que estão sendo criados, podemos ter a

certeza de que teremos uma mão de obra muito mais bem qualificada. As pessoas

que ficaram no vazio da produção de profissionais técnicos capacitados durante a

gestão “demotucana” poderiam ter hoje melhores condições de emprego e de

salário. Essas pessoas foram sacrificadas por um Governo que não acreditou na

educação, embora comandado por um doutor de faculdade.

Este Governo, na sequência do Governo do Presidente Lula, o Governo da

Presidenta Dilma, quer com o fortalecimento da educação dar condições de que o

filho do pobre, o filho do pedreiro, da lavadeira, o filho da diarista possa fazer um

curso de Medicina numa das universidades federais instaladas Brasil afora.

Queremos deixar claro para a população que esta forma de governar sinaliza

que queremos um Brasil cada vez melhor. Nós temos um projeto de sociedade

melhor fundada na educação, no ensino técnico, através do PRONATEC, curso de

curta duração, no ensino profissionalizante, no ensino universitário. Isto significa

projetar uma sociedade em que a educação vai ser um dos pilares mais importantes,

diferentemente do que diz a Oposição desesperada, sem discurso, sem projeto de

sociedade, que quer criar uma CPI da PETROBRAS para montar palanque,

conchavada com a grande imprensa, que dá visibilidade totalmente desproporcional

ao assunto.

Quem tem projeto para um Brasil melhor, quem pode fazer mais pelo Brasil é

o Governo da Presidenta Dilma Rousseff, é este Governo e os partidos que o

compõem; não a Oposição que está aí ainda hoje a procurar um discurso.

Era isso, Sr. Presidente.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Lincoln Portela, para uma Comunicação de Liderança, pelo Bloco

Parlamentar PR/PTdoB/PRP. S.Exa. dispõe de 6 minutos na tribuna.

O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PR-MG. Como Líder. Sem revisão do

orador.) - Obrigado, Sr. Presidente. Espero não gastar todos esses minutos, pois já

está começando a reunião do Colégio de Líderes.

Nós tivemos, no dia 8, terça-feira, uma Comissão Geral sobre o Saúde+10,

capitaneada pela nossa Deputada Rose de Freitas, que está presente. Essa foi uma

Comissão de excelência. Pudemos discutir assuntos de alta relevância para a

sociedade brasileira, principalmente aquilo que concerne à saúde no Brasil.

Mas lamentamos profundamente que, por um equívoco, o Dr. José Carvalho

de Noronha, representante da FIOCRUZ, não tenha podido fazer uso da palavra.

Quando o procuramos, não o encontramos mais aqui. Já liguei para ele e deixei, em

nome da Casa, um pedido de desculpas.

Felicito o renomado médico Dr. José Carvalho de Noronha pelos bons

serviços prestados à saúde brasileira, reconhecendo os relevantes serviços

dispensados também pela FIOCRUZ — Fundação Oswaldo Cruz, que se diferencia

no campo da ciência e da tecnologia em saúde.

A FIOCRUZ tem definido ações estratégicas para a melhoria das condições

de vida e saúde da população, com ênfase na redução das desigualdades e

iniquidades, através do acesso aos serviços e às condições promotoras da saúde, o

que faz da Fundação um modelo de inovação e comprometimento. Parabenizo a

FIOCRUZ.

Sobre o currículo do Dr. José Carvalho de Noronha, tecerei breve comentário.

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O Dr. José Carvalho de Noronha possui graduação em Medicina pela

Universidade Federal do Rio de Janeiro (1970), mestrado em Medicina Social pela

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1978) e doutorado em Saúde Coletiva

pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2001). Atualmente, é médico da

Fundação Oswaldo Cruz, onde coordena a iniciativa Prospecção Estratégica do

Sistema de Saúde Brasileiro nominada Brasil Saúde Amanhã. É membro do

Conselho Consultivo do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde/CEBES e foi

Secretário de Saúde do Estado do Rio de Janeiro (1988-1990) e Secretário de

Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (2007-2008). O Dr. Noronha tem vasta

experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Políticas, Planejamento e

Administração em Saúde.

Mas quero tratar aqui, especificamente, do trabalho publicado pelo Dr. José

Carvalho de Noronha intitulado A “crítica”, a História e o país que queremos:

comentários à margem do texto de Paim, publicado no Volume 29, nº 10, do

Caderno de Saúde Pública, em outubro de 2013, no Rio de Janeiro, que descreve,

com conhecimento de causa e com sutil sensatez, o desenvolvimento da saúde no

Brasil, fazendo uma análise histórica desde o Governo Vargas até a era Lula.

Segundo o Dr. Noronha:

“A persistência e agudeza da crítica deve ser

preservada para garantir os avanços sociais e políticos,

mas não conseguirá formar maiorias sólidas que

garantam solidez na democracia e avanços significativos

no cotidiano das vidas dos contingentes mais pobres das

populações.”

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E ainda:

“O estudioso Singer não nega a luta de classes,

mas a contextualiza no horizonte do real para fortalecer a

luta política e garantir avanços nas políticas

desenvolvimentistas e redistributivistas.”

“É preciso, como propôs Furtado, que ‘o principal

objetivo da ação social [deixe] de ser a reprodução dos

padrões de consumo das minorias abastadas para ser a

satisfação das necessidades fundamentais do conjunto da

população e a educação concebida como

desenvolvimento das potencialidades humanas nos

planos ético, estético e da ação solidária’.”

Assim, parabenizo o Dr. José Carvalho de Noronha pelo texto e pela análise

sensível e perspicaz do tema.

Fazendo coro com seu escrito, creio que a conquista de direitos sociais só se

concretizará efetivamente na luta diária, persistente e sistemática contra as barreiras

de acesso aos serviços de saúde universal.

Assim, entendo que a história que queremos se traduz na saúde que

almejamos para todos, sem distinção de características sociais, credo, cor, raça,

gênero ou qualquer outra diferença, que nos distancia muito mais do que nos

aproxima.

Era o que eu tinha a dizer.

Parabéns!

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Valmir Assunção, do PT da Bahia. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT-BA. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu quero trazer aqui alguns dados importantes

para esta disputa política que nós estamos vivendo neste momento.

A Federação dos Petroleiros mostrou que, em 2002, Deputada Benedita, a

PETROBRAS valia 30 bilhões, a sua receita era de 69 bilhões, o lucro líquido era de

8 bilhões e o investimento não passava de 18 bilhões. Esse era o retrato da

empresa em 2002. Em 2012, a PETROBRAS valia, no mercado, 260 bilhões, a

receita subiu para 281 bilhões, o lucro era de 21 bilhões e a capacidade de

investimento era de 84 bilhões.

Esta é a realidade da PETROBRAS, comparando o passado com hoje.

Hoje, muitas vezes, a Oposição quer tentar conduzir um discurso que tenta

colocar a PETROBRAS como uma empresa menor, como uma empresa que está

quebrada, como uma empresa que o Governo do PT destruiu. Mas, na realidade, no

passado ela queria privatizar a PETROBRAS. Não conseguiu fazer isso por causa

da luta do povo brasileiro. Hoje, a PETROBRAS cumpre um papel importante do

ponto de vista da sua responsabilidade social, da sua responsabilidade com um

projeto de país.

O que está acontecendo neste País? A Oposição não tem projeto político, não

tem como enfrentar uma disputa apresentando um projeto para a sociedade. Então,

é lógico, tem que ir justamente no varejo, na disputa menor.

Eu acho, é lógico, que a CPI que foi aprovada na CCJ do Senado tem que

investigar, tem que ampliar a investigação. Eu acho que é importante. Toda eleição

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é a mesma coisa. Então, se nós sabemos que o jogo é o mesmo, vamos enfrentar

esse jogo.

Por último, Sr. Presidente, quero dizer que achei que nós iríamos discutir

muitos assuntos no esforço concentrado, inclusive a PEC que trata das empregadas

domésticas. Acredito que nós teríamos que tê-la votado. Esse era um compromisso

nosso, como o feito em relação a tantos outros projetos. Infelizmente, acredito que

no esforço concentrado não será possível fazer isso, mas eu espero que a gente

possa aprovar aqui, o mais rápido possível, esse projeto complementar do Senado,

para igualar os direitos das empregadas domésticas aos direitos de todos os

trabalhadores. As empregadas domésticas têm que estar junto neste processo, Sr.

Presidente.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, os ataques da Oposição contra a

PETROBRAS, contra o ex-Presidente Sérgio Gabrielli, são motivados por interesses

mesquinhos, econômicos e eleitorais. Todo ano eleitoral a Oposição se utiliza da

mesma tática para tentar desgastar o Governo. Mas o que a Oposição quer, de

verdade, é atingir a PETROBRAS, muito mais do que o próprio Governo.

Gabrielli foi o Presidente que alçou a empresa a outro patamar na economia

internacional, que levou à descoberta do pré-sal. DEM e PSDB querem a empresa

para justificar um novo projeto de privatização do patrimônio público.

Mas, diante do nosso princípio da transparência, precisamos atuar com uma

CPI que investigue não só o caso da PETROBRAS, mas também os cartéis dos

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contratos do Metrô de São Paulo, as denúncias de irregularidades no Porto de

Suape, entre outros temas que se inserem na mesma denúncia.

No caso da PETROBRAS, é importante destacar todo o processo de compra

da refinaria em Pasadena, porque dados e números estão sendo utilizados de forma

errônea, justamente para confundir a população e atingir a empresa.

O processo de compra da refinaria de Pasadena da ASTRA, no Texas (EUA),

foi um negócio normal, com preços alinhados ao mercado. Sim, houve disputas

societárias que foram resolvidas na Justiça e, hoje, o ativo refina petróleo e

comercializa produtos para a PETROBRAS.

A compra se deu em uma conjuntura de estagnação no mercado interno de

combustíveis que vinha desde 1998. A produção pouco crescia e havia a expectativa

de aumento da participação do petróleo pesado na produção total. Esse petróleo

exigia a adequação de refinarias existentes. Nos EUA, desde 1995, no entanto, a

importação de petróleo pesado vinha aumentando e a rentabilidade das refinarias

estadunidenses também cresciam, principalmente com o aumento do preço dos

combustíveis. Dados mostram que, nos Estados Unidos, as margens das refinarias

de óleo pesado saltaram de 4,7% em 2000 para 14,4% em 2005; para as de óleo

leve, o salto foi de 0,6% para 4,3%, provocados pelo aumento de consumo.

Com a crise estadunidense, a partir de 2008, o valor das refinarias daquele

país sofreu uma queda considerável. A imprensa citou casos de queda de até 80%.

Foi nesse cenário que a PETROBRAS pagou para ter os primeiros 50% de

Pasadena. Foram US$ 190 milhões pela capacidade de refino de 50 mil barris/dia.

Isso equivale a US$ 3.800 por barril, menos da metade do valor de mercado. Os

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outros 50% foram adquiridos por US$ 296 milhões, devido à decisão de uma corte

arbitral.

Mas podia a Oposição perguntar o porquê da aquisição dessa refinaria.

Esquecem que a PETROBRAS atendia a alguns planos da própria empresa. O

primeiro se refere ao cumprimento do seu plano estratégico para o decênio 2000-

2010, elaborado ainda em 1999, durante o Governo tucano. Também é necessário

considerar que Pasadena está em uma posição estratégica no Golfo do México,

perto de gasodutos, oleodutos e do próprio mercado consumidor. Além disso,

tínhamos a possibilidade de produzir destilados médios e leves no mercado

americano, que estava em expansão, enquanto o mercado brasileiro estava

estagnado.

Outro aspecto que a Oposição omite para a população brasileira é em relação

ao valor total do negócio. É preciso explicar que os US$ 486 milhões da compra da

refinaria, obviamente, não incluem o valor dos estoques que estavam na refinaria e

da sua comercializadora, que foi de US$ 346 milhões.

O que a população precisa saber é que a compra não foi um mau negócio

para o Brasil, mas sim um investimento! Compramos a refinaria por US$ 486

milhões, e a sua comercializadora e estoques por US$ 340 milhões.

Além de precisarmos da refinaria, a conjuntura possibilitava uma compra

rentável. Ao longo destes anos, Pasadena teve um faturamento de US$ 16,1

bilhões, com sinais determinantes de aumento do faturamento.

Antes a PETROBRAS e a ASTRA TRANSCOR, empresa belga, formaram

uma joint venture com 50% das ações para cada lado. Hoje temos uma sociedade

desfeita simplesmente porque as empresas tinham interesses distintos: a

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PETROBRAS, como uma empresa integrada do setor de óleo e gás, queria

aumentar a capacidade de refino para o petróleo pesado que tirava da Bacia de

Campos, no Brasil. A empresa belga visava essencialmente lucrar com a atividade

de trading de derivados. O desentendimento que levou ao acionamento da cláusula

de opção de venda decorreu, principalmente, do não investimento por parte da

PETROBRAS para a transformação da refinaria em processadora de óleo pesado,

mas não mais de óleo leve, o que exigiria uma expansão; e da recusa da ASTRA em

ter gastos com segurança, meio ambiente e saúde.

Quanto aos processos judiciais e arbitrais decorrentes do fim da sociedade,

vamos aos fatos. Em 19 de junho de 2008, a empresa iniciou um processo arbitral

contra a ASTRA com o objetivo de retirá-la da participação da gestão da Pasadena

Refining System Inc (PRSI) e para a Trading Company LP (comercializadora), a

PRSI Trading, aportar recursos em tais sociedades.

Em 10 de abril 2009, o painel arbitral emitiu sua decisão final, reconhecendo a

validade do mecanismo contratual de opção de venda de ações (put option), mas

anulando e desconsiderando a carta de intenções, documento assinado pelo então

Diretor da área internacional da PETROBRAS, Nestor Cerveró, que tratava dos

valores que a PETROBRAS pagaria pela segunda metade da refinaria e que só se

tornou conhecido e rejeitado pelos demais Diretores da PETROBRAS e pelo seu

Conselho de Administração após a divergência entre os sócios. Além disso, a corte

arbitral e a Justiça estadunidense não reconheceram a chamada cláusula Marlim,

que garantiria retorno de 6,9% ao ano para a sócia belga, caso a PETROBRAS

tivesse levado adiante seu plano de transformar a refinaria de Pasadena em

processadora de óleo pesado, o que exigiria a compra de equipamentos mais caros.

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A Corte estadunidense fixou o valor dos 50% restantes da refinaria em US$

296 milhões, sem considerar cláusulas que podiam, em um cenário de crise

econômica como o de 2008, dar prejuízos à PETROBRAS. Somaram-se também os

custos das garantias bancárias, juros, honorários advocatícios, ou seja, mais US$

173 milhões.

O que aqui a Oposição demonstra é um desespero diante da falta de

argumentos e da falta de projetos para o Brasil. Isso faz com que procure outras

causas, ainda que desconexas, para justificar que o dinheiro público pague uma

investigação que requer viagens internacionais e coloca a PETROBRAS dentro de

um processo que pode enfraquecê-la diante do mercado internacional.

Por isso, cito a nota da Federação Única dos Petroleiros. Estamos lidando

com os mesmos PSDB e DEM, que, quando eram Governo, quebraram o monopólio

estatal da PETROBRAS, escancararam a terceirização, privatizaram alguns setores

e unidades da empresa, reduziram drasticamente os efetivos próprios, estagnaram

investimentos em exploração, produção e refino e ainda tentaram mudar o nome da

PETROBRAS para PETROBRAX. É a aliança que quer atacar uma gestão, como

bem disseram os petroleiros, que, desde 2003, iniciou o processo que fará da

PETROBRAS uma empresa verdadeiramente pública e voltada para os interesses

nacionais.

Dados da FUP — Federação Única dos Petroleiros mostram que, em 2002, a

PETROBRAS valia R$ 30 bilhões, sua receita era de R$ 69,2 bilhões, o lucro líquido

era de R$ 8,1 bilhões e os investimentos não passavam de R$ 18,9 bilhões. Em

2012, o valor de mercado da PETROBRAS passou a ser de R$ 260 bilhões, a

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receita subiu para R$ 281,3 bilhões, o lucro líquido foi para R$ 21,1 bilhão e os

investimentos foram multiplicados para R$ 84,1 bilhão.

No que se refere aos trabalhadores, antes de Lula, a empresa contava com

um efetivo de 46 mil trabalhadores próprios, produzia 1 bilhão e 500 mil barris de

petróleo por dia e tinha uma reserva provada de 11 bilhões de barris de óleo. Após o

Governo Lula, em 2012, a PETROBRAS quase que dobrou o seu efetivo para 85 mil

trabalhadores, passou a produzir 2 bilhões de barris de óleo por dia e aumentou a

reserva provada para 15,7 bilhões de barris de petróleo.

Obviamente que temos que cobrar transparência da PETROBRAS, como de

qualquer empresa pública e órgão público. Isso nunca será esvaziado pelo PT e por

aqueles que defendem o patrimônio brasileiro.

Sr. Presidente, gostaria que este pronunciamento fosse registrado nos meios

de comunicação da Casa e divulgado pelo programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra à Deputada

Rose de Freitas, em permuta com a Deputada Professora Dorinha Seabra Rezende.

S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

A SRA. ROSE DE FREITAS (PMDB-ES. Sem revisão da oradora.) - Sr.

Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de dar um informe antes de adentrar no

assunto que me traz a esta tribuna: as obras do aeroporto do Espírito Santo.

Saí agora de uma reunião com o Ministro Carreiro, sempre diligente e atuante

como Ministro do Tribunal de Contas.

Sabe a população brasileira e muito de perto a população do Estado do

Espírito Santo que há 12 anos estamos brigando para ter um aeroporto decente em

nosso Estado. Vivemos tempos mais difíceis do que os de hoje: havia uma pista de

900 metros, Deputado Padre Luiz, em que corríamos risco de vida

permanentemente quando havia neblina e chuva torrencial. Nós sempre fomos

secundarizados nessa briga, quando não subestimados nas necessidades de

desenvolvimento do Estado do Espírito Santo.

A última notícia que trago para a população do meu Estado é exatamente

sobre isto: finalmente a INFRAERO concluiu aquilo que era seu dever concluir. Deu

respostas de maneira formal às demandas colocadas pelo Tribunal de Contas, até

por atendimento à própria LDO — Lei de Diretrizes Orçamentárias. As exigências

que o Tribunal fazia eram, até então, procrastinadas.

Hoje não é mais possível se falar em aeroporto no Espírito Santo. Quando se

fala, a população sequer acredita que a situação possa ser resolvida. Mas eu fiz

uma profissão de fé: todas as semanas estarei em reunião para acompanhar passo

a passo o que acontece no Aeroporto do Espírito Santo.

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Eu gostaria de dizer, Sr. Presidente, que lamentei muito o que aconteceu

nesta Casa ontem. Essa maneira de fingir que vai fazer o que não vai fazer deixa-

nos numa situação... Nós, Deputada Benedita, estamos aqui há tantos anos e pelo

olhar e pela condução do processo de votação já sabemos que não haverá votação.

Nós sabemos que um requerimento colocado sobre a mesa vai se transformar em

vários requerimentos. Quando se precede a urgência de uma matéria que sequer

está para ser votada, é sinal de que não haverá votação.

Incomoda-me, profundamente, ver as galerias lotadas de pessoas, como as

policiais militares, que estavam aqui tratando do assunto mais legítimo que têm: a

aposentadoria. Será que é preciso lembrar — não sei; talvez sim — que a vida da

mulher é diferente da vida do homem?

Diria que, no que se refere à carga de tarefa, de trabalho, é 100% diferente

mesmo. Há que se levar em consideração a reivindicação feita. Há uma diferença

constitucional do tempo de serviço prestado por um homem e por uma mulher nas

suas devidas profissões.

Nós temos aí o Deputado Inocêncio, que tem longa experiência nesta Casa.

Já tive oportunidade de recorrer a S.Exa., em muitas dificuldades, quando fui

Vice-Presidente desta Casa.

Eu queria muito ter feito esse apelo ontem. Gostaria de fazê-lo. Daqui para

frente, na próxima semana, que é considerada, infelizmente, uma semana morta —

da minha parte não será —, nós teremos que ter muito cuidado para não brincar

mais com os sentimentos das policiais, mulheres trabalhadoras que estão correndo

esta Casa, esperando que, finalmente, através de um voto, de um projeto que está

pautado, possamos resolver o problema de aposentadoria delas.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Com a palavra o Deputado

Gustavo Petta.

O SR. GUSTAVO PETTA (PCdoB-SP. Sem revisão do orador.) - Presidente,

só queria fazer um registro. Estamos recebendo a visita de diversos representantes

dos trabalhadores de transporte do País, que estão empenhados na construção de

um texto para aprimorar a legislação.

Estamos com o pedido de votação de urgência. Contamos com a

possibilidade de votar a lei dos motoristas. É uma lei muito importante. Esta Casa

está toda mobilizada. Vamos precisar da ajuda de V.Exa. e de todos os colegas para

que seja aprovado esse texto com o acordo que está sendo trabalhado por todos os

Deputados conjuntamente, respeitando os trabalhadores aqui presentes.

São diversas entidades de todo o País que estão aqui representando a

categoria e nos fazendo uma visita. Então, eu queria que V.Exa. fizesse este

registro, por favor.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Esta Presidência tem o prazer de

anunciar a presença, nas galerias, de estudantes de Direito da FKB, de Itapetininga,

em São Paulo, os quais saúda neste instante.

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O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedo a palavra ao ilustre

Deputado Major Fábio. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

O SR. MAJOR FÁBIO (Bloco/PROS-PB. Pela ordem. Sem revisão do

orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu estou aqui como Deputado,

mas nós servimos à Polícia Militar do Estado da Paraíba durante quase 21 anos.

Nós conhecemos a dureza das ruas.

Neste momento, o policial fica preocupado com algumas tentativas de se

acabar com o auto de resistência, o policial fica preocupado com a tentativa de

legalizarem as drogas. É como se, no País, legalizando-se as drogas, um menino

chegasse para a mãe e dissesse: “Mãe, eu vou comprar 200 gramas de maconha ali

no mercadinho”. “Não, meu filho, você não vai comprar 200 gramas, porque ontem

você já comprou 200 gramas. Deixe para comprar depois de amanhã.” “Está certo,

mamãe, depois de amanhã eu vou comprar 200 gramas.” É como se as coisas

estivessem todas no seu devido lugar, mas nós estamos vivendo numa sociedade

que está em situação difícil.

Na Paraíba, Sr. Presidente, nesta semana, um professor estava dando aula,

dois assaltantes entraram e assaltaram o professor em plena sala de aula, durante a

aula. O número de agências bancárias implodidas na Paraíba e em todo o Brasil tem

batido recordes.

O Brasil vive uma guerra em que as drogas é um dos principais fatores que

levam as crianças, que levam os adolescentes a estarem armados. Hoje crianças e

adolescentes estão armados e estão no combate com os policiais.

Então, é muito fácil acreditar que o policial militar e o policial civil podem ir

para a rua e olhar para o bandido e dizer: “Mão na cabeça. Boa tarde, meu amigo!

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Você está querendo assaltar”. Não, não é assim. Vamos deixar de romantismo. Os

bandidos estão superarmados.

O que tem acontecido? Os bandidos têm invadido cidades, Sr. Presidente,

Sras. e Srs. Deputados. Eles chegam superarmados e os policias, muitas vezes, têm

que se esconder para não perderem a vida.

Então, temos que ter muito cuidado, porque uma coisa é estar aqui no

conforto, com ar-condicionado, e outra é estar nas ruas, como o policial militar, como

o policial civil, como o agente da Segurança Pública do nosso País.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O Sr. Inocêncio Oliveira, nos termos do § 2º do art.

18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência,

que é ocupada pelo Sr. Henrique Eduardo Alves,

Presidente.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Com a palavra o Deputado

Mendonça Filho.

O SR. MENDONÇA FILHO (DEM-PE. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, peço a V.Exa. que inicie imediatamente a Ordem do Dia, já que há

número regimental.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Tem a palavra o Sr.

Deputado Paulão.

O SR. PAULÃO (PT-AL. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, agradeço.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem participei, com muita

satisfação, da solenidade em comemoração aos 50 anos do Conselho Federal de

Odontologia. Fui um dos agraciados com a Comenda de Honra ao Mérito

Odontológico, criada pelo CFO, por meio da Resolução nº 196, de 1995, com a

finalidade de destacar anualmente cirurgiões-dentistas e autoridades pelos serviços

prestados à odontologia brasileira. Queria que fosse dado destaque porque foi uma

solenidade importante de um segmento que presta um grande serviço à saúde do

Brasil.

Por último, Sr. Presidente, ontem, nós integrantes da Comissão de Minas e

Energia tivemos oportunidade de fazer um grande debate sobre a PETROBRAS.

Para demonstrar a capacidade do Governo, do Partido dos Trabalhadores,

aprovamos um requerimento que convida o ex-Diretor da Área Internacional da

PETROBRAS, o Sr. Nestor Cerveró, porque a Oposição fica fazendo um discurso,

um processo udenista, de uma cantilena, tratando a PETROBRAS e principalmente

essa discussão em relação à compra da Refinaria de Pasadena como se tivesse a

marca da corrupção.

Foi de fundamental importância a presença do ex-Presidente Gabrielli, que

teve um papel destacado na bancada do Partido dos Trabalhadores, mostrando, pari

passu, o processo da compra, naquela conjuntura. Um detalhe importante, Sr.

Presidente, o Conselho de Administração — pelo qual tentam rotular a Presidenta

como responsável —, que aprovou a compra por unanimidade, tem um dos grandes

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empresários desse setor, que é respeitado, Dr. Gerdau, que aprovou essa compra.

Será que a competência dele está em jogo?

Outro destaque fundamental que a imprensa não publica: o Presidente do

Grupo Abril é integrante, Sr. Presidente, para concluir, do Conselho de

Administração da PETROBRAS. A grande imprensa não dá destaque a isso. Ele,

que é responsável pela revista Veja, é integrante do Conselho de Administração da

PETROBRAS e aprovou o processo de operação.

Lamento o desserviço que a Oposição está causando ao Brasil, fazendo

rebaixar nota, fazendo com que a empresa se inviabilize. É lamentável a postura da

Oposição em relação ao Congresso e ao prestar um desserviço ao Brasil.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem à noite participei, com muita

satisfação, da solenidade em comemoração aos 50 anos do Conselho Federal de

Odontologia (CFO). Fui um dos agraciados com a Comenda de Honra ao Mérito

Odontológico, criada pelo CFO, por meio da Resolução nº 196, de 1995, com a

finalidade de destacar, anualmente, cirurgiões-dentistas e autoridades pelos serviços

prestados à odontologia brasileira.

O CFO trabalha junto aos Conselhos Regionais com os profissionais e a

sociedade, tendo como meta conhecer as necessidades do público e buscar

soluções específicas para a área. Segundo o Presidente da entidade, Ailton Diogo

Morilhas Rodrigues, as conquistas do cinquentenário estão relacionadas à

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importância de ações preventivas e sociais, visando ao bem-estar e à qualidade na

saúde bucal dos cidadãos.

Agradeço a todos os que fazem o Conselho Federal de Odontologia na figura

de seu Conselheiro Paulo Sérgio Moreira Soares, que presta relevantes serviços ao

País na sua área de atuação. Parabenizo todos os profissionais de odontologia

empenhados em sua missão e registro aqui também minhas felicitações pelo jubileu

do CFO.

Muito obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Com a palavra, pela ordem,

o Deputado Mendonça Filho.

O SR. MENDONÇA FILHO (DEM-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Sr. Presidente, uma proposta para a pauta de hoje.

Ao que parece, o Líder do PSOL, Deputado Chico Alencar, representante

nesta sessão, está argumentando contra a urgência da proposta que trata dos

caminhoneiros.

Eu quero propor a V.Exa., para não impedirmos o avanço da pauta, que

deixemos para a próxima terça-feira a votação da urgência dessa matéria.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Isso. O.k.

O SR. MENDONÇA FILHO - V.Exa. não estará no plenário, mas terá o

Vice-Presidente cumprindo a missão.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Lógico, lógico.

O SR. MENDONÇA FILHO - Se o Deputado Moreira concordar, seguimos a

pauta e terça-feira aprovamos a urgência do Projeto dos Caminhoneiros.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Vamos aguardar. O.k.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Com a palavra o Deputado

Moreira Mendes.

O SR. MOREIRA MENDES (PSD-RO. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, nós ouvimos o Líder Chico Alencar. Realmente S.Exa. não tem como

hoje, nesta sessão, concordar com a urgência, mas vai discutir com o partido e acha

muito provável que, na terça-feira, consigamos votar a urgência.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Está ótimo. O.k.

O SR. MOREIRA MENDES - Então, para não prejudicar todo o resto da

pauta, se houver possibilidade regimental de tirar a urgência do projeto chamado de

Lei dos Caminhoneiros...

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Já retiramos.

O SR. MOREIRA MENDES - ...nós vamos votar todo o resto.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Agradeço a compreensão a

V.Exa.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Concedo a palavra ao

Deputado Chico Alencar.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Sr. Presidente, quero apenas esclarecer que o meu ânimo, obviamente, não é de

obstrução, nunca foi, é de racionalidade política. Eu sou Vice-Líder. O Deputado

Ivan Valente não pôde comparecer à reunião de Líderes. Eu estava numa

solenidade muito expressiva, no Hall da Taquigrafia, sobre os Deputados cassados

em 10 de abril de 1964, sob a coordenação da Deputada Luiza Erundina.

Quanto a esse projeto, que, na nossa leitura, não é apenas dos

caminhoneiros, pois afeta também os motoristas profissionais, rodoviários,

intermunicipais, interestaduais, ele amplia a jornada de trabalho e, na nossa visão,

suprime direitos. Isso merece um exame mais detido. A nossa assessoria já tem 11

páginas de estudos sobre a matéria. Portanto, nem a urgência é possível para nós

agora.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Com a palavra o Deputado

Evandro Milhomen.

O SR. EVANDRO MILHOMEN (PCdoB-AP. Pela ordem. Sem revisão do

orador.) - Sr. Presidente, quero só certificar que o PCdoB também tem

posicionamento contrário à urgência. Embora não fôssemos, também, obstruir,

entendemos que este é o melhor momento para a retirada, com bom senso, haja

vista que a Deputada Jô Moraes tem se debruçado sobre esse tema.

Alguns pontos, como o aumento da jornada de trabalho, têm interferido muito

para que o PCdoB não acompanhe a votação desse projeto, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Obrigado, Deputado.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Com a palavra,

rapidamente, o Deputado Francisco Floriano.

O SR. FRANCISCO FLORIANO (Bloco/PR-RJ. Pronuncia o seguinte

discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Brasil vive algumas tragédias

silenciosas. Uma delas está relacionada diretamente com algo que deveria salvar

vidas, a doação de órgãos. Pela falta de controle, corrupção, sistema ineficaz, além

da natureza maldosa do ser humano, muitas famílias têm a vida destruída pela

simples ganância do ser humano.

Essa semana, os médicos Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério

Carneiro Fernandes, condenados pela Justiça por envolvimento em tráfico de órgãos

e tecidos humanos, foram soltos da prisão. Estou falando do caso Paulinho. Eles

retiraram os órgãos do garoto enquanto ele ainda estava vivo. Eles tinham todo o

conhecimento da ilegalidade que estava sendo praticada e continuaram fazendo o

que fizeram.

Como assim um habeas corpus? Hoje estamos falando também sobre tráfico

internacional de órgãos. Fico sem entender essa decisão.

O Brasil é citado em várias publicações internacionais como fonte fácil para

obtenção de órgãos. Há um hospital em São Paulo onde se pode encontrar pessoas

com problemas renais e com certo poder econômico, vindas de países vizinhos

como Paraguai, Argentina, Peru e Colômbia, aguardando órgão para transplante. O

único lugar onde não se pode falar que o Brasil tem tráfico de órgãos é dentro do

próprio Brasil. Mas eu vou falar.

Espero, como cidadão brasileiro que sou e Deputado Federal que estou, que

o Brasil viva, em seu ordenamento jurídico, o Protocolo de Palermo e a Declaração

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de Istambul, a fim de impedir que os órgãos humanos sejam considerados mais uma

“mercadoria na prateleira do comércio global”, que as leis sejam aplicadas, as

doações fiscalizadas com severidade e que esse comércio doente seja freado.

Meus sentimentos à família de Paulinho Pavesi, neste momento de repúdio, e

a todas as famílias que viveram esse tipo de violência em nosso País.

Neste momento chamo toda a atenção dos órgãos da OMS, dos Conselhos

Federais e outros órgãos da Federação, Estados e Municípios, ligados à saúde.

Que Deus abençoe V.Exa., sua família e todo o povo brasileiro.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Deputado Afonso Florence,

com a palavra V.Exa.

O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr.

Presidente.

Muito rapidamente, quero registrar como lido discurso sobre a passagem da

data de emancipação do Município de Dário Meira e saudar todo o povo que está

comemorando esta data, bem como o Prefeito João Caetano e o Vice-Prefeito

Márcio Gabera.

Registro que o MDA reconheceu, por pleito de muitos, mas certamente por

pleito nosso — temos conhecimento disso —, que Dário Meira pode ser incluso no

PAC 2, para receber máquinas para estradas vicinais. É uma grande conquista do

povo de Dário Meira.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

Quero solicitar a publicação deste pronunciamento nos Anais da Casa e a sua

divulgação no programa A Voz do Brasil.

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V - ORDEM DO DIA

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - A lista de presença registra

o comparecimento de 359 Sras. Deputadas e Srs. Deputados.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Passa-se à apreciação da

matéria sobre a mesa e da constante da Ordem do Dia.

Item XI.

Requerimento para prorrogar o prazo de funcionamento da CPI de Exploração

Sexual de Crianças e Adolescentes, que venceria na próxima terça-feira. Para uma

segurança maior, a Deputada Kokay, Presidenta, pede prorrogação por 60 dias.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Os Parlamentares que

aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

APROVADO.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Item IX.

Requerimento de urgência para um projeto que atende às mulheres, da

bancada feminina desta Casa. São vários projetos. Concordaram e o Governo está

também de acordo.

Apenas este, hoje, é a urgência para apreciação do PL 6.295, de 2013, que

“dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a

organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras

providências”, para inserir, entre os princípios e diretrizes do Sistema Único de

Saúde — SUS o princípio da organização de serviços públicos específicos e

especializados para atendimento de mulheres e vítimas de violência doméstica em

geral.

Urgência.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Aqueles Parlamentares que

o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

APROVADO.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Agora o Projeto de Lei nº

2.453, de 2007, também acordado com os Srs. Líderes, projeto que estabelece

novas regras para a investigação de acidentes aéreos. Já tramitando nesta Casa

desde 2007. Portanto, já está mais do que na hora de ser aprovado.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Item 1.

PROJETO DE LEI Nº 2.453-F, DE 2007

(DA CPI - CRISE DO SISTEMA DE TRÁFEGO AÉREO)

Discussão, em turno único, do Substitutivo do

Senado ao Projeto de Lei nº 2.453-B, de 2007, que dispõe

sobre a proteção às investigações do Sistema de

Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos —

SIPAER, o acesso aos destroços de aeronave; revoga

dispositivos da Lei n° 7.565, de 19 de dezembro de 1986

— Código Brasileiro de Aeronáutica e dá outras

providências; tendo parecer: da Comissão de Relações

Exteriores e Defesa Nacional, pela aprovação (Relator:

Deputado Nelson Marquezelli); da Comissão de Viação e

Transportes, pela aprovação (Relator: Deputado Jose

Stédile); e da Comissão de Constituição e Justiça e de

Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica

legislativa (Relator: Deputado Vicente Candido e Relator

substituto: Deputado Dr. Grilo). (Novas regras para a

investigação de acidentes aéreos).

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Encerrada a discussão.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Em votação o substitutivo

do Senado Federal ao Projeto de Lei nº 2.453.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Os que forem pela

aprovação permaneçam como se acham.

APROVADO.

Vai à sanção matéria aprovada nesta Casa.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Há sobre a mesa e vou

submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL:

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Os Srs. Deputados que a

aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

APROVADA.

A matéria vai à sanção.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Item 4.

PROJETO DE LEI N.º 2.020-C, DE 2007

(DA SRA. ELCIONE BARBALHO)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº

2.020-C, de 2007, que dispõe sobre normas gerais de

segurança em casas de espetáculos e similares; tendo

pareceres: da Comissão de Segurança Pública e

Combate ao Crime Organizado, pela aprovação, com

emendas (Relator: Deputado Lincoln Portela); da

Comissão de Desenvolvimento Urbano, pela aprovação,

com substitutivo (Relator: Deputado Mário Heringer); e da

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela

constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa

deste, das emendas da Comissão de Segurança Pública

e Combate ao Crime Organizado, do Substitutivo da

Comissão de Desenvolvimento Urbano e da emenda

apresentada na Comissão de Constituição e Justiça e de

Cidadania (Relator: Deputado Arthur Oliveira Maia, e

Relator substituto: Deputado Fábio Trad).

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Declaro encerrada a

discussão.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - A matéria e o projeto foram

emendados.

Para oferecer parecer às emendas de Plenário, pela Comissão de Segurança

Pública e Combate ao Crime Organizado, concedo a palavra ao Deputado Lincoln

Portela.

Regras sobre casas de espetáculo.

Pela Comissão de Segurança, Deputado.

O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PR-MG. Pela ordem. Sem revisão do

orador.) - Sr. Presidente, Deputado Henrique Eduardo Alves, acabamos de

conversar aqui sobre duas emendas para ver a possibilidade de já incluí-las no texto

onde couber.

Se V.Exa. nos der 2 minutos, complementaremos.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Lógico, lógico.

O SR. LINCOLN PORTELA - Obrigado, Presidente.

A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.)

- Sr. Presidente, enquanto nós estamos aguardando os entendimentos, eu gostaria

de fazer um registro — já me pronunciei esta manhã — sobre a regulamentação do

trabalho doméstico.

Eu queria agradecer muito às Lideranças a compreensão e ao Presidente,

principalmente, que tem acompanhado e se comprometido conosco que a votação

da regulamentação das trabalhadoras domésticas fique para depois da Páscoa. Nós

agradecemos muitíssimo e já pedimos que essa votação seja feita, e que no dia 27

de abril, Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas, já tenhamos o resultado desta

Casa com uma votação altamente positiva.

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Também quero pedir aos que ainda têm emendas ao projeto que nos

procurem para que possamos fazer os ajustes.

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - É melhor chegar logo a esse

entendimento. Daqui a pouco vira desentendimento.

A SRA. ROSE DE FREITAS (PMDB-ES. Pela ordem. Sem revisão da

oradora.) - Sr. Presidente, enquanto eles promovem a discussão de entendimento,

eu queria parabenizar V.Exa. e agradecer. Esta Casa tem uma pauta positiva a favor

do Brasil e, sobretudo, um olhar mais atento na sua gestão sobre a questão das

mulheres.

Sabemos de todo o processo das discussões no Legislativo e fora dele para

alcançar os níveis razoáveis de atendimento à saúde da mulher e, sobretudo, ao

combate à violência.

Quem fala aqui é uma representante do Espírito Santo, o Estado onde mais

se agride a mulher, mais chacina a mulher no País. Nós temos índices que não

gostaríamos de registrar.

Agradeço a V.Exa. por colocar na pauta. Peço a V.Exa., sempre que tiver a

oportunidade, que chame as mulheres e insira mais matérias, para que a gente

possa avançar, o que nós começamos a fazer na Carta constitucional da qual V.Exa.

participou.

Obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Obrigada, Deputada Rose.

O SR. PAULO PIMENTA - Sr. Presidente, V.Exa. me permite?

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Pois não, Deputado Paulo

Pimenta.

O SR. PAULO PIMENTA (PT-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, eu quero registrar aqui a importância desse acordo do Colégio de

Líderes e da Mesa e da inciativa de V.Exa. que vai proporcionar a votação do

Projeto de Lei nº 2.020 nesta data. O projeto é de autoria da Deputada Elcione

Barbalho. Uma comissão de Parlamentares de todos os partidos trabalhou durante

meses. O Relator é o Deputado Lincoln Portela, no plenário. Construímos um

entendimento com todas as bancadas.

A aprovação desse projeto, Sr. Presidente, tem uma importância muito grande

não só para Santa Maria, para o Rio Grande do Sul, mas também para o Brasil.

Eu posso assegurar a V.Exa. que hoje no mundo inteiro existe uma

expectativa do que mudou na legislação brasileira, após a tragédia ocorrida na

Boate Kiss. A aprovação desse projeto é uma resposta. Com certeza, não resolve

todos os problemas, mas é o início de uma mudança, no meu ponto de vista, quase

que cultural.

Portanto, eu quero aqui fazer esse registro e um agradecimento a todos que

trabalharam e se envolveram na construção desse texto que irá à votação logo mais.

Muito obrigado, Presidente. No nome de V.Exa. eu agradeço a todos.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Nós temos, Deputado, é que

pedir desculpas ao Brasil por termos demorado tanto tempo para aprovar esse

projeto, depois da tragédia de Santa Maria. Hoje vamos, afinal, cumprir o nosso

dever.

Chegaram a um entendimento, antes que vire desentendimento geral?

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O SR. ANTONIO BRITO - Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Pois não, Deputado Antonio

Brito.

O SR. ANTONIO BRITO (PTB-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, eu gostaria de parabenizar V.Exa. por este esforço concentrado, que

pôde trazer matérias propositivas importantes para esta Casa.

Fruto, Sr. Presidente, do acordo firmado nesta Casa, a Medida Provisória nº

628, sobre as Santas Casas de Misericórdia — já foi regulamentado, no Diário

Oficial de ontem, o PROSUS. Muitas Santas Casas puderam, portanto, fazer

adesão, inclusive no Estado de V.Exa., o Rio Grande do Norte. O Hospital de

Câncer e várias entidades com dívidas puderam, portanto, regularizar-se.

Esse é um acordo importante que esta Casa produz e, com efeito prático,

resolve o problema de muitos hospitais e a saúde do Brasil.

Parabéns, Sr. Presidente. Parabéns a esta Casa.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Parabéns, Deputado, pela

sua luta.

Depois de muitos meses, afinal, estamos com a pauta destrancada, para

agora votarmos matérias de interesse da sociedade.

O SR. MOREIRA MENDES - Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Pois não.

Com a palavra o Deputado Moreira Mendes.

O SR. MOREIRA MENDES (PSD-RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Sr. Presidente, eu quero fazer um registro aqui absolutamente justo pela forma como

V.Exa. tem conduzido os trabalhos desta Casa. Que luta! Olha, o que aconteceu

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ontem à noite aqui foi muito triste para todos nós, mas V.Exa. conseguiu conduzir a

coisa com grandeza. E vamos encerrar esta semana de esforço concentrado com

um saldo muito positivo. Eu quero destacar o que V.Exa. acabou de dizer: o

destrancamento da pauta. Já é um grande avanço.

Parabéns, portanto, Presidente, pela firmeza na condução dos trabalhos e no

seu compromisso com esta Casa e com o País.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Muito obrigado, Deputado

Moreira Mendes, pelas generosas palavras.

Podemos votar? (Pausa.)

Deputado Eurico Júnior, podemos votar?

O SR. EURICO JÚNIOR (PV-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, quero aproveitar a discussão do Projeto de Lei nº 2.020, de 2007, para

parabenizar o Deputado Paulo Pimenta, que foi o Presidente da Comissão que

analisou todos os fatos, e também a Deputada que fez o parecer, pelo brilhante

projeto, de consenso, que ora será votado nesta Casa. Eu não poderia deixar de

parabenizar a Relatora, Deputada Elcione Barbalho, mas principalmente a atuação

impecável deste grande Deputado Paulo Pimenta à frente dessa Comissão.

Foram diversas audiências públicas, diversos debates, o que culminou um

grande projeto para fazer frente àquele triste episódio da Boate Kiss, de Santa

Maria, no Rio Grande do Sul.

Hoje esta Casa dá uma mostra da preocupação para que nunca mais venham

a ocorrer no Brasil desastres como aquele que a gente viu da Boate Kiss.

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Então, está de parabéns a Comissão Especial, estão de parabéns o Deputado

Paulo Pimenta, a Deputada Elcione Barbalho e todos os Deputados que

participaram.

(O microfone é desligado.)

O SR. EURICO JÚNIOR - Só para contemplar: Deputados Jorge Bittar, Pedro

Uczai, Ronaldo Zulke, Nilda Gondim, Otavio Leite, Armando Vergílio, Danrlei,

Jerônimo, Junji Abe, Luiz Carlos, Augusto Coutinho, Roberto de Lucena e eu, que

representei o PV.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

197

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Com a palavra o Relator,

Deputado Lincoln Portela. Acordado o texto.

O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PR-MG. Para emitir parecer. Sem revisão

do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente, Deputado Henrique Eduardo Alves.

Sras. e Srs. Parlamentares, de acordo com a Subemenda Substitutiva Global

de Plenário nº 1 ao Projeto de Lei nº 2.020, de 2007, que estabelece “diretrizes

gerais sobre medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres de

estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de público e dá outras

providências”, eu estou acolhendo, Sr. Presidente, duas emendas de Plenário: a nº 7

e a nº 9, frutos de acordo, e estou excluindo os §§ 5º e 7º do art. 4º na emenda

substitutiva global já de acordo feito com o Plenário e com a Casa Civil. Rejeito as

demais.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Muito obrigado, Relator.

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O SR. SEVERINO NINHO (PSB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Pelo PSB, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, gostaria de registrar o esforço do nosso Líder Beto

Albuquerque e também agradecer a V.Exa. e aos Líderes a inclusão na pauta do

Projeto de Lei nº 2.020, que trata da questão da segurança nas casas de espetáculo.

Ao Líder Beto Albuquerque, não porque ele seja do Rio Grande do Sul, onde houve

a tragédia em Santa Maria, mas por ser um assunto com o qual ele se preocupa,

porque interessa ao Brasil.

Nós estamos chegando à Copa do Mundo, vêm as Olimpíadas, e temos que

ter segurança nos estádios, nas casas de espetáculo, enfim, em todo e qualquer

lugar onde o público vá se divertir para participar de algum evento.

Então, Sr. Presidente, parabéns a V.Exa., aos Líderes e também ao Líder do

PSB, Beto Albuquerque, pela luta que encampou no decorrer do último ano.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Com a palavra o Sr.

Deputado Moreira Mendes, para oferecer parecer às emendas de Plenário da Boate

Kiss, que agora foram acatadas pelo Relator, pela Comissão de Desenvolvimento

Urbano.

O SR. MOREIRA MENDES (PSD-RO. Para emitir parecer. Sem revisão do

orador.) - Sr. Presidente, diante do acordo já formulado, são acolhidas as Emendas

nºs 7 e 9. Portanto, o projeto está pronto para ser votado.

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200

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Para oferecer parecer às

emendas de Plenário, às emendas acatadas pelo Relator agora, Deputado Afonso

Florence, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

O SR. AFONSO FLORENCE (PT-BA. Para emitir parecer. Sem revisão do

orador.) - Sr. Presidente, pela Comissão de Constituição e Justiça, acolhendo as

Emendas nºs 7 e 9, apresentadas pelo Relator Lincoln Portela, pela

constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa.

Pela aprovação.

Obrigado, Presidente.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Passa-se à votação.

O SR. EVANDRO MILHOMEN - Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Pois não, Deputado.

O SR. EVANDRO MILHOMEN (PCdoB-AP. Pela ordem. Sem revisão do

orador.) - Sr. Presidente, só quero registrar que o PCdoB é favorável a este projeto.

Ele vem regulamentar, no Brasil, uma situação que é preocupante: são as casas de

espetáculos. As emendas que vieram aperfeiçoá-lo são importantes. Então, nós

defendemos a aprovação desse projeto.

Quero parabenizar a Deputada Elcione Barbalho pela grande iniciativa aqui

nesta Casa e dizer, Sr. Presidente, que leis como estas que nós estamos aprovando

hoje, neste esforço concentrado, são extremamente importantes para que

possamos, sossegadamente, ter os nossos filhos, os nossos parentes se divertindo

com segurança em casas de espetáculos que ofereçam segurança.

A SRA. ELCIONE BARBALHO - Sr. Presidente, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Deputada Elcione,

parabenizando V.Exa., concedo-lhe a palavra nesta oportunidade.

A SRA. ELCIONE BARBALHO (PMDB-PA. Pela ordem. Sem revisão da

oradora.) - Muito obrigada, Sr. Presidente.

Sras. e Srs. Deputados, este é um momento importante, com certeza, para o

nosso País. É um momento em que estabelecemos um marco regulatório para a

prevenção e combate a incêndios e a desastres em estabelecimentos, edificações e

áreas de reuniões públicas. É o momento em que estabelecemos responsabilidades

para que tragédias absurdas não invadam mais nossos lares, não destruam mais

nossas famílias. Esta é a hora de o Brasil pôr um fim à impunidade.

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202

O projeto de lei de minha autoria, que tramita nesta Casa desde 2007 e

aperfeiçoado pela Comissão Externa durante estes últimos meses, estabelece as

diretrizes gerais sobre as normas de proteção e prevenção a incêndios, definindo

claramente as competências entre cada um dos participantes dessa longa cadeia de

responsabilidades, tornando impossível o inaceitável “jogo do empurra-empurra” ou

o “não é da minha competência”.

Quero agradecer o empenho a todos os integrantes da Comissão Externa que

ajudaram a elaborar esse texto final. Meu agradecimento especial ao Presidente da

Comissão, meu querido amigo e Deputado Paulo Pimenta e à minha companheira,

também do meu partido, Deputada Nilda Gondim. Meu carinho e agradecimento aos

Deputados Nelson Marchezan Júnior, Eurico Júnior e aos demais colegas

Deputados. Agradeço também o empenho a todos os servidores da Comissão nas

pessoas do Secretário Rosenildo Figueiredo e dos Consultores Suely Araújo e

Fernando Rocha.

Muito obrigada.

O SR. STEPAN NERCESSIAN - Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Pois não.

O SR. STEPAN NERCESSIAN (PPS-RJ. Pela ordem. Sem revisão do

orador.) - Sr. Presidente, por obséquio, eu gostaria de um esclarecimento: a Mesa

distribuiu um texto que não é o mesmo sobre o qual o Relator Portela emitiu parecer.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Foi tirar cópia. Estamos

aguardando por isso. Foi tirar cópia, após emendas acatadas. Por isso, estamos

aguardando.

O SR. STEPAN NERCESSIAN - Obrigado.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

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O SR. MOREIRA MENDES - Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Pois não, Deputado Moreira

Mendes.

O SR. MOREIRA MENDES (PSD-RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Sr. Presidente, apenas para fazer aqui um registro. Nada, nada pode trazer de volta

a vida das 242 vítimas daquele trágico acidente ocorrido no Rio Grande do Sul.

Mas eu penso que esta é uma homenagem que a Câmara dos Deputados

pode fazer às famílias daquelas pessoas vitimadas e, mais do que isso, é a

demonstração concreta de que esta Casa tem uma preocupação com o futuro, para

que isso não ocorra em outros eventos.

Então, eu acho que nós estamos dando um grande passo aqui com a

aprovação dessa lei. E o PSD quer homenagear aqui todos os que direta ou

indiretamente trabalharam para que esse projeto chegasse a um final, como nós

estamos chegando aqui, vendo-o ser aprovado.

Esse é o registro e a homenagem que devemos fazer às famílias das 242

vítimas.

O SR. IZALCI (PSDB-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, eu só quero complementar a fala do nosso colega Moreira Mendes para

dizer que acabei de realizar, na Comissão de Educação, uma audiência pública

sobre regulamentação de profissões. E é muito importante que a gente preserve, de

fato, as profissões que possam causar qualquer dano à sociedade.

Então, não podemos desregulamentar tudo. Nós temos a questão social, a

questão institucional, mas a questão profissional que possa afetar a vida das

pessoas, o patrimônio das pessoas, tem que ser preservada.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

204

Daí a importância de mantermos técnicos profissionais para liberar alvarás,

para não deixar na mão de pessoas que não têm conhecimento técnico, causando o

que causou não só nesse episódio, mas também em vários episódios no Brasil, por

falta de precauções técnicas.

Mas o PSDB vota...

Quero parabenizar a iniciativa desta Casa. Acho que a Câmara está dando a

resposta correta que já deveria ter dado, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, eu quero, neste caso, além de reconhecer que é uma homenagem às

vítimas, elogiar os Parlamentares e o Parlamento. Nós fizemos, neste caso, um

processo que deveríamos repetir. Aqui, é comum acontecer uma tragédia e

oportunisticamente — oportunisticamente aí não tem um sentido pejorativo

necessário — aparece um projeto de lei. Nesse caso, não. Os Parlamentares

formaram uma Comissão, ouviram especialistas, aprofundaram o assunto.

Quero parabenizar os Deputados Paulo Pimenta e Elcione Barbalho e, em

nome deles, parabenizar toda a Comissão.

Essa conduta em relação a este projeto é uma conduta exemplar para nós. O

Parlamento não deve produzir leis, pura e simplesmente, às vezes não

aprofundadas, açodadas, soluções não amadurecidas. Este caso foi um processo de

profundo amadurecimento, de profunda discussão que resultou neste projeto de lei.

Está de parabéns toda a Comissão, está de parabéns V.Exa., como nosso

Presidente, e todo o Parlamento por ter adotado um critério e um processo que

resultou neste projeto de lei.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

205

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Muito obrigado, Deputado

Amauri.

O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PR-MG. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, só uma palavra de esclarecimento.

A Emenda nº 7, como eu disse que acatei, será incluída onde couber.

Só para deixar esse esclarecimento.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Isso. O que nós votaremos

é de acordo com a subemenda, excluídos os §§ 5º e 7º do art. 4º, e acolhendo as

Emendas nºs 7 e 9.

Vamos votar, daqui a pouco, a subemenda oferecida pelo Relator, excluindo

os §§ 5º e 7º do art. 4º e acolhendo a Emenda nº 7, onde couber, e a Emenda nº 9.

Esse é o texto que votaremos em minutos.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

206

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Em votação a Subemenda

Substitutiva Global de Plenário nº 1, que inclui as Emendas nºs 7 e 9, que o Relator

acolheu, e exclui os §§ 5º e 7º do art. 4º. Esta é a votação.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

207

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Aqueles que forem pela

aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.

Estão prejudicadas a proposição inicial e as respectivas emendas ou

destaques. (Palmas.)

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

208

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Há sobre a mesa e vou

submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL:

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Aqueles que forem pela

aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.

A matéria vai ao Senado Federal.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

210

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Esta Casa tem que pedir

desculpas ao Brasil por ter demorado tanto tempo para aprovar este projeto. A

tragédia em Santa Maria aconteceu em janeiro de 2013, há mais de 1 ano, e só

agora, em abril, a gente consegue aprovar este projeto. Com as desculpas ao Brasil,

agora cumprimos nosso dever. (Palmas.)

O SR. LINCOLN PORTELA (Bloco/PR-MG. Pela ordem. Sem revisão do

orador.) - Parabéns a V.Exa., Deputada Elcione Barbalho, e a V.Exa., que com

afinco trabalhou em cima desta matéria.

Obrigado, Presidente.

O SR. SEVERINO NINHO (PSB-PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Presidente, por sugestão do Líder Beto Albuquerque, gostaria de propor à Casa,

obviamente após a sanção, que esta lei seja batizada de Lei Santa Maria, em

homenagem às vítimas da tragédia que aconteceu na cidade.

Muito obrigado, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Boa ideia, Deputado.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

211

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Último item da pauta:

PROJETO DE LEI Nº 6.295, DE 2013

(DO SENADO FEDERAL)

Primeira sessão de discussão, em turno único, do

Projeto de Lei nº 6.295, de 2013, que altera o art. 7º da

Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que “dispõe

sobre as condições para a promoção, proteção e

recuperação da saúde, a organização e o funcionamento

dos serviços correspondentes e dá outras providências”,

para inserir, entre os princípios e diretrizes do Sistema

Único de Saúde (SUS), o princípio da organização de

serviços públicos específicos e especializados para

atendimento de mulheres e vítimas de violência doméstica

em geral. (Inclui entre as diretrizes do SUS organização

de serviços especiais para o atendimento de mulheres e

vítimas de violência doméstica em geral).

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

212

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Como foi aprovada a

urgência, agora é sessão de discussão única.

Temos uma preliminar da Deputada Jô Moraes:

“Sr. Presidente, requeiro, nos termos regimentais,

que o Projeto de Lei nº 6.295/2013, que “altera o art. 7º da

Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que ‘dispõe

sobre as condições para a promoção, proteção e

recuperação da saúde, a organização e o funcionamento

dos serviços correspondentes e dá outras providências’,

para inserir, entre os princípios e diretrizes do Sistema

Único de Saúde (SUS), o princípio da organização de

serviços públicos específicos e especializados para

atendimento de mulheres e vítimas de violência doméstica

em geral” tramite pela Comissão de Seguridade Social e

Família e pela Comissão de Constituição e Justiça e de

Cidadania.”

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

213

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Em votação.

O SR. EFRAIM FILHO - Sr. Presidente.

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214

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Os Srs. Parlamentares que

o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

APROVADO.

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215

O SR. EFRAIM FILHO (DEM-PB. Questão de ordem. Sem revisão do orador.)

- Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem quanto à questão do

Regimento, porque, por ter vindo do Senado — só para chamar a atenção da Mesa

quanto a essa questão —, o projeto precisaria ter tramitado em Comissão Mista.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Foi por isso que aprovamos

agora o Requerimento da Deputada Jô Moraes quanto à redistribuição, porque viria

direto ao Plenário. Teria que haver esse requerimento para, de acordo com V.Exa.,

formalizar. O Senado adota o mesmo critério.

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216

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Para emitir parecer, pela

Comissão de Seguridade Social e Família, concedo a palavra à Relatora, Deputada

Iara Bernardi.

A SRA. IARA BERNARDI (PT-SP. Para emitir parecer. Sem revisão da

oradora.) - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados.

Este projeto de lei vem naquela relação de projetos sobre os quais se

acordou, em decorrência das apurações da CPMI da Violência contra a Mulher que

atuou neste País e fez um levantamento muito aprofundado da aplicação da Lei

Maria da Penha e dos casos de violência de gênero.

Este projeto de lei, de origem do Senado Federal, visa colocar — e o mesmo

pretende a emenda da Deputada Jô Moraes — no aparato jurídico do SUS que a

rede de saúde também esteja preparada para atender as mulheres vítimas de

violência de gênero, como coloca o texto: “organização de serviços públicos

específicos e especializados para atendimento de mulheres e vítimas de violência

doméstica em geral, que garantam, entre outros, atendimento, acompanhamento

psicológico e cirurgias plásticas reparadoras”, em conformidade com a Lei nº 12.845,

de 1º de agosto de 2013.

Então, insere, no Sistema Único de Saúde — SUS, atendimento específico às

vítimas de violência sexual, como o aparato jurídico, o aparato policial, todos eles,

em rede, no atendimento à mulher.

Meu parecer é favorável tanto ao projeto de lei que veio do Senado quanto à

emenda da Deputada Jô Moraes, que aperfeiçoa o projeto.

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217

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Para oferecer parecer pela

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, concedo a palavra à Deputada

Benedita da Silva.

A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Para emitir parecer. Sem revisão da

oradora.) - Sr. Presidente, como complementação, nós sabemos que a emenda

colocada é importante e vai no sentido do atendimento e acompanhamento

psicológico e da realização de cirurgias plásticas reparadoras.

Por conta disso, meu parecer é pela constitucionalidade, juridicidade e boa

técnica legislativa, e, no mérito, pela aprovação da emenda.

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218

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Declaro encerrada a

discussão.

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219

O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do

orador.) - Sr. Presidente, eu não posso deixar de dizer, como membro da CCJ, que

se eu tivesse alguma dúvida, o que a Deputada Benedita da Silva disse a teria

sanado completamente, porque eu sempre concordo com S.Exa.

O SR. EFRAIM FILHO (DEM-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, eu não vou ser empecilho para a votação. Quero só aproveitar...

O SR. CHICO ALENCAR - Exceto em projetos de quotas.

O SR. EFRAIM FILHO - ...para pedir que fique registrado, como questão de

ordem, na ata, que o Democratas aceitará esta votação, em virtude de ser o tema de

relevância social, mas que isso não configure precedente para o modelo e os

procedimentos a serem adotados com relação aos projetos que vêm do Senado

Federal.

Pelo Regimento Comum, a proposição deveria tramitar pela Comissão Mista

que já foi nomeada e que teria competência para analisa-lo, e não seguir para as

Comissões Temáticas, como foi feito aqui.

Em nome do esforço concentrado, da relevância social é que nós acataremos

a votação deste projeto, que é meritório e merece o nosso total e absoluto...

(O microfone é desligado.)

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - A autoria do projeto é da

Comissão Mista, Deputado. Aliás, é de uma CPMI.

O SR. EFRAIM FILHO - Por isso mesmo, Sr. Presidente, é que, de acordo

com os arts. 142 e 143 do Regimento Comum, deveria ser dada à Comissão Mista a

possibilidade inclusive de promover emendas.

Nesse sentido...

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220

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Mas a Comissão está

extinta já. Nem existe mais a Comissão. A CPMI não existe mais.

O SR. EFRAIM FILHO - Mas as emendas, Sr. Presidente...

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - É o mesmo critério adotado

no Senado Federal.

O SR. EFRAIM FILHO - Exato. A Câmara dos Deputados teria o direito de

promover emendas ao texto, e a competência de analisar essas emendas seria da

Comissão Mista que foi originariamente colocada.

Esta é a posição do Democratas.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Mas não existe mais a

Comissão Mista. Não existe mais a tal Comissão Mista. Por isso é que a palavra

passa para a Comissão.

O SR. EFRAIM FILHO - Tudo bem. O entendimento do Democratas é que

essa Comissão Mista... Inclusive, as duas sessões de discussão teriam de ser

observadas.

Mas que que a posição do Democratas acerca do precedente fique bem clara:

não vamos obstruir; somos favoráveis à matéria; agora, não estamos de acordo — e

aí é uma posição do Democratas — com o procedimento regimental e o rito

determinado pela Mesa da Câmara.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Foi aprovada a urgência

também, o que dispensa a discussão.

O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - A

141 não foi revogada, não, Sr. Presidente?

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221

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - O projeto foi emendado. A

Deputada Iara já deu parecer favorável às emendas de Plenário, pela Comissão de

Seguridade Social e Família; pela Comissão de Constituição e Justiça, a Deputada

Benedita da Silva acabou de se pronunciar.

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222

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Com a palavra a Deputada

Benedita da Silva, para emitir parecer em relação à emenda apresentada. Que seja

pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, para o Deputado Amin

poder acompanhar V.Exa.

A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Para emitir parecer. Sem revisão da

oradora.) - Pela constitucionalidade e boa técnica legislativa.

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223

O SR. ESPERIDIÃO AMIN (Bloco/PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do

orador.) - Advinha se eu tenho alguma dúvida, Sr. Presidente?

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Faltava só a palavra de

S.Exa. para o Deputado Amin concordar.

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224

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Em votação a Emenda

Modificativa nº 1. Parecer favorável.

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225

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Aqueles Parlamentares que

a aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.

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226

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Em votação agora o Projeto

de Lei nº 6.295/13.

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227

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Aqueles que forem pela

aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.

A matéria vai ao Senado Federal.

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228

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Há sobre a mesa e vou

submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL:

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229

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Os Srs. Deputados que a

aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.

A matéria retorna ao Senado Federal.

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O SR. CHICO ALENCAR - Sr. Presidente, peço a V.Exa. dois

esclarecimentos.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Pois não, Deputado.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Sr. Presidente, ontem, na reunião do Conselho de Ética, o Deputado Zé Geraldo

anunciou um recurso a V.Exa. da decisão tomada pelo Presidente do Conselho,

Deputado Ricardo Izar, sobre uma questão de ordem em que ele, Deputado Zé

Geraldo, se referiu, inclusive, elogiando, à nossa iniciativa pretérita junto à Mesa

Diretora em relação a uma investigação, pela Corregedoria, daquilo de que se acusa

o Deputado Andre Vargas.

Eu indago a V.Exa. se esse recurso já chegou até V.Exa. e se já há uma

definição quanto a esta questão.

Depois, eu tenho outra indagação a fazer, também de esclarecimento.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Chegou, hoje pela manhã, o

recurso. Nós o examinamos com muito cuidado, com muita isenção, mas o

indeferimos. O Conselho de Ética tem caminho próprio, instrumento próprio. A

Corregedoria é outro caminho e outro instrumento. São matérias distintas, e,

portanto, indeferi o recurso apresentado.

O SR. CHICO ALENCAR - Parabéns, Presidente! É uma decisão, como

sempre — não é surpresa —, muito correta.

A outra indagação é de ordem mais geral. Eu li que a Mesa teria aprovado

uma série de licitações de empresas de publicidade, de comunicação, para

supostamente melhorar a imagem da Câmara — o que a melhora é nosso trabalho

aqui, essencialmente, e a gente ter nenhum dos nossos membros sob qualquer

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acusação que tenha algum indício de veracidade. Segundo o que li, haveria inclusive

a disponibilização de um montante de 10 milhões de reais para a iniciativa.

Como nós não lemos isso em nenhum documento oficial, pode ter falhado

nossa percepção. Mas indago a V.Exa. se há essa preocupação ou esse

procedimento.

Desde já, adianto que me parece uma desnecessidade esse tipo de

investimento da Casa.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Eu quero esclarecer a

V.Exa. que foi uma proposta do 1º Secretário.

Eu, pessoalmente, até entenderia como viável para se divulgar, para qualificar

o nosso trabalho aqui, mas, como o resultado dessa medida só passaria a valer em

novembro, dezembro, então eu achei de bom alvitre, eticamente, deixar para o

futuro Presidente da Casa decidir essa questão. Adotada agora, praticamente

somente em novembro ou dezembro ela passaria a ter eficácia, para termos uma

agência que divulgasse os trabalhos desta Casa de forma correta e isenta, o que

muitas vezes não acontece. Mas, como será um compromisso e um trabalho para o

futuro Presidente, eu não vou fazer isso agora, para que, no futuro, quem se sentar

aqui possa decidir essa questão.

O SR. CHICO ALENCAR - Se fosse V.Exa. — e lamento que não venha a sê-

lo, ao que tudo indica —, nós iríamos fazer essa ponderação, caso estivéssemos

aqui.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Olha que se eu voltar a ser,

vou querer seu voto, no futuro! (Riso.)

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232

Mas a matéria vai ficar para o futuro Presidente, já que a medida valeria a

partir do final deste mandato. Não seria justo deixar ao futuro Presidente, que pode

pensar diferente. Deixarei, portanto, para o futuro Presidente decidir esta matéria.

Oportuna a questão de V.Exa.

O SR. CHICO ALENCAR - De toda forma, temos que louvar o excelente

trabalho da TV Câmara, da Rádio Câmara, das plataformas de Internet e da

Secretaria de Comunicação da Casa, que mostram a nossa realidade e os fatores

positivos, que melhoram a imagem da Casa.

O SR. EFRAIM FILHO (DEM-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Presidente, mesmo sentado na cadeira de Governador do Rio Grande do Norte,

tenho certeza de que V.Exa. estará olhando com bons olhos por esta Casa.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Longa caminhada, longa

caminhada!

O SR. ASSIS MELO (PCdoB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, eu gostaria apenas de dizer, em nome da bancada do PCdoB, que no

esforço concentrado desta semana procuramos avançar em temas importantes na

Casa.

Eu queria também, neste mesmo caminho, Sr. Presidente, dizer que hoje pela

manhã, junto com o Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e outros

Deputados, nós tivemos a preocupação de, levando em conta a grande marcha dos

trabalhadores e das centrais sindicais no dia de ontem, também procurar ter uma

agenda positiva no rumo dos interesses dos trabalhadores para o mês de maio.

Então, deixo aqui este pedido e peço a compreensão e o esforço dos demais

Líderes e de toda a Casa.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

233

Era isso, Sr. Presidente.

Parabenizo V.Exa. pelo esforço concentrado de segunda-feira a quinta-feira.

Esperamos que se possa avançar mais neste esforço. Parabéns!

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Muito obrigado.

Deputado Paulo Pimenta, como Líder.

O SR. EFRAIM FILHO (DEM-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, se V.Exa. pudesse declarar encerrada a Ordem do Dia,

regimentalmente, para que a gente pudesse ficar livre...

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Pois não.

Declaro encerrada a Ordem do Dia.

Com a palavra, como Líder, o Deputado Paulo Pimenta. Não está presente?

A SRA. JANETE ROCHA PIETÁ - Está sim! Está aqui, Sr. Presidente.

O SR. SANDRO ALEX - Sr. Presidente...

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - S.Exa. acaba de chegar.

O SR. SANDRO ALEX (PPS-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, rapidamente, quero dizer que nós tínhamos o compromisso, nesta

semana, do esforço concentrado, da votação da lei dos motoristas. A alteração e...

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Dos caminhoneiros.

O SR. SANDRO ALEX - Dos caminhoneiros.

Nós queremos saber de V.Exa. se há o compromisso para que possamos

votar isso na terça-feira que vem. É o compromisso da Mesa?

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Não. Como eu não estarei

aqui na próxima semana — estarei em viagem oficial à China — e gostaria de

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participar desta votação, eu pediria a compreensão dos Srs. Líderes para, logo

depois da Semana Santa, nós pautarmos a urgência e o mérito da matéria.

O SR. SANDRO ALEX - Nós já estamos aguardando há algum tempo. O

Brasil todo aguarda a votação desta matéria importante.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - É verdade, é verdade.

O SR. SANDRO ALEX - Então, nós temos que deixar claro para a população

quando vamos votar este projeto.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Mas, como há, ainda,

questionamentos nos partidos, será necessário haver uma costura melhor, e a

semana que vem é uma semana frágil, em termos de comparecimento a esta Casa,

V.Exa. sabe. Então, eu a deixaria, com segurança, com o quórum seguro, para

depois da Semana Santa.

O SR. SANDRO ALEX - Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Obrigado.

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O SR. PRESIDENTE (Henrique Eduardo Alves) - Tem a palavra o Deputado

Paulo Pimenta, para uma Comunicação de Liderança, pelo PT.

O SR. PAULO PIMENTA (PT-RS. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu quero, em primeiro lugar, fazer um registro

da importância da votação que nós fizemos hoje, em que aprovamos o substitutivo

apresentado pelo Deputado Lincoln Portela ao projeto original da Deputada Elcione

Barbalho, o Projeto de Lei nº 2.020.

Eu sou de Santa Maria, Sr. Presidente. Resido em Santa Maria, palco dessa

tragédia que vitimou 242 jovens numa boate. Boa parte desses jovens era estudante

da Universidade Federal de Santa Maria, cidade onde eu estudei. Conheço muito

familiares, amigos e conhecia muitas das pessoas que foram vítimas naquela

tragédia.

É verdade, Sr. Presidente, que a aprovação de uma lei como essa não faz

com que a vida das pessoas possa ser recuperada. Mas historicamente, Sr.

Presidente, as tragédias acabaram provocando mudanças legislativas e culturais

que impediram que fatos semelhantes se repetissem.

Foi assim no Brasil, no grande incêndio do Edifício Joelma, em São Paulo,

que provocou, por exemplo, a obrigatoriedade de existirem códigos de obras, que

até então não existiam. O Brasil não se preocupava com essas questões quando se

deparou com aquele grande incêndio na cidade de São Paulo.

A tragédia da TAM provocou mudanças nas normas de segurança da aviação

civil.

Infelizmente, Sr. Presidente, foram tragédias que ocorreram em Nova Iorque,

lá no início do século passado, em Rhode Island, em Buenos Aires, na Austrália que

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fizeram com que outros países aprovassem legislações de prevenção, aprovassem

medidas que, inclusive, fazem com que, nesses países, exista uma cultura distinta

da nossa no que diz respeito à prevenção de tragédias de toda natureza.

Eu chego a pensar, Sr. Presidente — e tenho dito isso —, que, pelo fato de

nós termos um país que nunca conviveu com grandes terremotos, com grandes

furacões, que nunca foi palco de uma guerra, nós não temos uma tradição, uma

cultura que boa parte dos países europeus, os Estados Unidos, o Japão têm, em

que as crianças, desde a escola, convivem com toda uma educação, que faz parte

da sua formação, de preocupação com a segurança, com a prevenção. Aprendem a

conviver com esta realidade. E nós, Sr. Presidente, como somos um País

abençoado, que, graças a Deus, nunca conviveu com grandes tragédias,

infelizmente, nunca desenvolvemos uma cultura nesta direção.

Mesmo nós, pais, sequer nos preocupamos, quando escolhemos uma escola

ou uma creche para um filho, em saber se ali há um plano de prevenção, uma rota

de fuga, uma saída de emergência, se os extintores estão em dia. Nós nunca nos

preocupamos com isso, com os estabelecimentos que os nossos filhos frequentam,

e assim por diante. Foi necessária uma tragédia dessas proporções para que nós

passássemos a olhar para coisas que até então não olhávamos.

Quando olhamos para a Boate Kiss, em Santa Maria, nós nos deparamos

com coisas que parecem tão óbvias: como uma boate podia funcionar com

superlotação sem ninguém fazer nada? Como era possível não haver uma saída de

emergência? Como era possível colocar um material inflamável para ser utilizado

como isolamento acústico? Como era possível uma boate funcionar sem ter um

plano de prevenção de incêndio em dia?

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

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Uma semana depois da tragédia, Sr. Presidente, mais de 600

estabelecimentos foram fechados no Brasil, porque, infelizmente, aquilo que

aconteceu na nossa cidade poderia ter acontecido em qualquer lugar. Aquela

fatalidade, aquela tragédia, poderia ter ocorrido em qualquer lugar, porque

historicamente nós nunca nos preocupamos com isso.

Como eu disse, Sr. Presidente, com certeza, esta lei não devolve a vida das

pessoas nem é a solução definitiva, mas inicia um processo de mudanças neste

País: mudança cultural, mudança de conduta por parte dos gestores. Ela define com

clareza o papel e as responsabilidades das Prefeituras, dos bombeiros, dos

profissionais técnicos que elaboram os projetos, dos proprietários de

estabelecimentos.

Veja, Sr. Presidente, que aqui no Brasil nós sempre tivemos as normas da

ABNT como referência, e sequer algumas normas fundamentais de segurança do

cidadão eram obrigatórias! Sequer havia na legislação que uma espuma utilizada

para isolamento acústico tivesse que ter uma certificação do INMETRO ou de algum

órgão de fiscalização! E, no caso de Santa Maria, a espuma era tóxica; no momento

que queimou produziu cianeto. Era uma espuma para colchão, e uma pessoa a tinha

comprado porque era mais barata. E ela foi colocada no teto da boate.

Não havia, até então, no Brasil, uma legislação que estabelecesse um

patamar mínimo para os Estados e Municípios na definição das regras para

concessão de alvarás. E essa legislação traz um conjunto de inovações, de

mudanças, que, do meu ponto de vista, cria as condições para que nós possamos

avançar no País, para que um episódio semelhante ao de Santa Maria jamais volte a

acontecer.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

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Nós não podemos, Sr. Presidente, tratar de uma tragédia em que morreram

242 jovens como se fosse uma coisa qualquer. Não é possível! Eu, particularmente,

nunca entendi como é que nós poderíamos explicar para a sociedade brasileira que

até então não tínhamos conseguido aprovar nesta Casa uma proposta de legislação

que significasse o reconhecimento da necessidade de uma mudança substancial na

realidade brasileira no que diz respeito à segurança de casas de espetáculos ou

outros estabelecimentos similares a esse que foi palco dessa tragédia.

Sr. Presidente, quero agradecer aqui a todos os integrantes da Comissão,

que trabalharam de maneira incansável; aos servidores desta Casa; às entidades

que participaram do debate. Deputado Amauri Teixeira, V.Exa. tem razão: ouvimos

aqui bombeiros, engenheiros, proprietários de estabelecimentos, familiares das

vítimas e todos os segmentos — ABNT, CREA —, para que todos trouxessem as

suas contribuições. Reunimos dezenas de projetos que havia na Casa e produzimos

um substitutivo, que procura organizar a legislação e orientar a sociedade brasileira

sobre como proceder.

Vou dar um exemplo a V.Exa. Hoje, no Brasil, é muito comum que

estabelecimentos funcionem fora das regras, sem alvará. Aliás, é muito comum que

funcionem com liminar da Justiça para que, mesmo sem alvará, sem plano de

prevenção, possam funcionar. E as pessoas não sabem. Uma pequena medida

aprovada por nós, hoje, obrigará o proprietário de estabelecimento e a Prefeitura a

terem na Internet todas as informações sobre o estabelecimento: anotação, o

responsável técnico, a data da aprovação do plano de prevenção, se o alvará está

em dia. O pai e a mãe poderão, de casa, ter todas as informações sobre o

estabelecimento para decidir se o filho poderá ou não estar presente naquele local.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

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Nós, com medidas simples, definimos com clareza que a responsabilidade de

concessão de alvará é do Prefeito.

Se nós identificarmos que um gestor está permitindo que um estabelecimento

funcione fora das regras básicas de segurança, de modo a colocar em risco a vida

das pessoas, ele poderá ser responsabilizado por crime de improbidade. Isso irá

alterar a conduta e a postura dos administradores, que muitas vezes facilitam o

funcionamento do estabelecimento sem medir as consequências que isso pode

provocar.

Então, Sr. Presidente, eu considero que este é um dia histórico. Infelizmente,

a partir de uma tragédia, nós vamos ter condições de mudar uma realidade. Que

aquelas 242 mortes, que aquelas vítimas, que aqueles jovens possam significar para

nós uma exigência, um imperativo moral de que alguma coisa seja feita, um legado

para as próximas gerações, para que nunca mais tenhamos que conviver com uma

realidade como aquela.

A dor daqueles familiares, daqueles amigos é a de até hoje buscar uma

explicação para tamanha tristeza que se abateu sobre a nossa cidade e a nossa

região, que, cotidianamente, revivem aquela realidade.

Que esta lei seja de alguma forma um conforto, uma homenagem, um

reconhecimento desta Casa e do Brasil de que alguma coisa precisava ser feita.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O Henrique Eduardo Alves, Presidente, deixa a

cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Onofre

Santo Agostini, nos termos do § 2º do art. 18 do

Regimento Interno.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS - DETAQ REDAÇÃO FINAL Número Sessão: 089.4.54.O Tipo: Delib erativa Extraordinária - CD Data: 10/04/2014 Montagem: 4176

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O SR. PRESIDENTE (Onofre Santo Agostini) - O próximo orador inscrito, pela

Liderança, é o Deputado Marcos Rogério.

Antes, entretanto, eu quero, com a permissão de S.Exa., ouvir a Deputada

Janete Rocha Pietá, por 1 minuto, e também a Deputada Benedita da Silva, por 1

minuto.

Em respeito às mulheres, Deputado, com a tolerância de V.Exa., vamos ouvir

a Deputada Janete Rocha Pietá e a Deputada Benedita da Silva.

A SRA. JANETE ROCHA PIETÁ (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão da

oradora.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu quero dizer que hoje é um dia

feliz para esta Casa — feliz porque, na verdade, é pedagógico dizer para você, que

nos está assistindo, que esta Casa trabalha —, porque a Lei nº 6.295, deste ano,

que nós aprovamos, é resultado de um projeto da bancada feminina de criação de

uma CPMI exatamente para diagnosticar o quadro de violência contra as mulheres

no Brasil.

Sr. Presidente, eu quero dizer a V.Exa. que essa lei agora obriga — é lei;

portanto o SUS tem que cumprir — à universalidade, à integralidade da assistência à

saúde e psicológica e também à descentralização, nos Municípios, do atendimento

às mulheres que sofrem violência doméstica.

Muito obrigada por este 1 minuto. E digo: a bancada feminina agradece, e

52% das mulheres também.

O SR. PRESIDENTE (Onofre Santo Agostini) - Parabéns a V.Exa., à

Deputada Benedita da Silva e a todas as mulheres que trabalharam com V.Exas. O

marido da Deputada Benedita é um grande vascaíno e o seu marido também. Por

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isso, eu fico muito contente. Embora V.Exa. seja flamenguista, o seu marido é

vascaíno, é gente boa.

A Deputada Benedita é botafoguense, está meio chateada, mas o marido é

vascaíno, e, por isso, eu vou conceder a palavra a S.Exa., com a permissão do

Deputado Marcos Rogério.

A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.)

- Sr. Presidente, por conta do esforço concentrado, eu não pude estar no

PARLASUL, em Montevidéu, para a XI Sessão Extraordinária, onde foi feita uma

homenagem a Nelson Mandela, que já foi agraciado por resolução das Nações

Unidas, que declara o dia 18 de julho, data do seu aniversário, como Dia

Internacional Nelson Mandela. Eu acredito que a homenagem feita pelo Parlamento

do MERCOSUL de oficializar na ONU o Dia da Consciência Negra e contra o

Racismo na Região em homenagem ao nosso grande líder Nelson Mandela também

é uma justa homenagem.

Sr. Presidente, peço registro e divulgação deste pronunciamento nos meios

de comunicação da Casa, inclusive no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigada.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, faço um registro que considero de

muita importância. No dia 7 de abril, o Parlamento do MERCOSUL teve a iniciativa

de oficializar a data da ONU que institui o Dia da Consciência Negra e contra o

Racismo na Região em homenagem ao nosso grande e inesquecível líder Nelson

Mandela.

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Devido ao esforço concentrado iniciado esta semana, não pude ir a

Montevidéu para participar da XI Sessão Extraordinária, que prestou essa

homenagem.

É bom ressaltar que as Nações Unidas estabeleceram por meio da Resolução

nº 64, de 2013, aprovada em sua Assembleia Geral, o dia 18 de julho — data de

nascimento de Mandela — como o Dia Internacional Nelson Mandela.

Acredito que a homenagem é justa, pois este grande líder nos deixou um

grande legado. É uma figura extremamente simbólica, referência e inspiração para

que, na condição de membro do PARLASUL, possamos cada vez mais consolidar o

nosso MERCOSUL como forma de fortalecer o espírito continental de latinidade.

Em boa hora, o PARLASUL teve a iniciativa de instituir essa data. É uma

forma de conscientizar o racismo como um problema que se agrava e tem

provocado grande impacto negativo nas sociedades dos países do MERCOSUL.

O PARLASUL tem plena convicção de que a exclusão afrodescendente vem

se manifestando explicitamente dentro da realidade econômica, social e cultural do

bloco e coloca a população afro-latina em completa desigualdade de oportunidades,

numa situação de desrespeito a sua dignidade humana.

Os recentes acontecimentos contra jogadores afro-brasileiros em estádios de

futebol revelam que o problema do racismo vem atingindo vários países.

Diante disso, o PARLASUL demonstra grande preocupação com as inúmeras

vítimas desta insana violação e está a exigir uma resposta urgente e imediata por

parte dos países-membros: que tomem atitude firme contra todas as formas de

racismo que investem contra os afro-latinos.

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Esta sessão foi uma oportunidade de construirmos consensos dignos e justos

na política e na vida social do povo latino e de estimularmos valores como a

igualdade, a liberdade e a justiça, que acreditamos serem vitais para contrapor a

onda de racismo e preconceito que insiste em contaminar o nosso espírito de

latinidade.

Encerro neste momento, invocando o pensamento do nosso eterno Nelson

Mandela, para expressar o sentimento de latinidade que vai se consolidando entre

os países-membros do MERCOSUL e no PARLASUL:

“Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e

compreenderão que foram feitos para viverem como

irmãos.”

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Onofre Santo Agostini) - Tem a palavra o Deputado

Amauri Teixeira.

O SR. AMAURI TEIXEIRA (PT-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, a Deputada Benedita da Silva não deixou de ir só a Montevidéu em

razão do esforço concentrado; ela, responsável como é, deixou também de ir a Nova

Iorque. Nós a escolhemos para representar a Comissão na conferência sobre

população e desenvolvimento em Nova Iorque, mas ela não foi, por causa da

agenda aqui.

Mas, Sr. Presidente, eu também quero parabenizar a bancada feminina. Nós,

junto com as Deputadas Benedita da Silva, Janete Rocha Pietá, Jô Moraes, com

todas as Deputadas, construímos uma pauta sobre as questões das mulheres na

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Comissão de Seguridade Social e Família. Eu, como Presidente, acolhi as

sugestões da bancada feminina.

Quero também ressaltar, Sr. Presidente, que nós estivemos hoje pela manhã

num ato de recuperação da memória e liberdade, uma homenagem aos 41

Deputados cassados pela ditadura. Hoje completam-se 50 anos do golpe militar. Eu

quero homenagear a todos em nome dos quatro baianos cassados: Fernando

Santana, Mário Lima, João Dória e Hélio Ramos.

Obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Onofre Santo Agostini) - Tem a palavra o Deputado

Marcos Rogério.

O SR. MARCOS ROGÉRIO (PDT-RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) -

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, eu ocupo a tribuna neste momento para

registrar que ontem, na Comissão de Constituição e Justiça, nós derrubamos,

derrotamos um projeto que pretendia criar no Brasil a obrigatoriedade do uso de

simuladores para a formação de condutores. V.Exa. estava lá e também foi

importante no debate, Sr. Presidente.

Esse é um assunto que o Brasil está debatendo. As autoridades de trânsito

deste País não debateram o suficiente para implantar esse instrumento, o simulador,

sem que haja prova científica de sua eficácia. A pesquisa que embasou a

implantação do sistema no Brasil levou em consideração 19 amostras, num período

de aproximadamente 2 meses e meio de pesquisa, apesar dos estudos de uma

faculdade no Sul do País. Nos Estados Unidos, essa pesquisa foi feita com mais de

500 alunos, durante mais de 2 anos de pesquisas, de testes.

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No Brasil, Sr. Presidente, nós temos na aviação civil o simulador como

instrumento acessório. Não é obrigado o candidato a piloto a passar por simulador

de voo para ter o seu brevê, seja ele piloto comercial, seja ele piloto de carreira, seja

ele piloto particular. Não há necessidade de passar por um simulador de voo. Mas

no Brasil queriam, querem obrigar o candidato a motorista, o candidato a uma CNH,

a passar por uma máquina que simula condições de trânsito.

Como alertou ontem um Deputado da Comissão, o Deputado Ronaldo,

imagine V.Exa. o candidato a motorista fazer a simulação numa máquina que projeta

um asfalto maravilhoso e depois ir dirigir num asfalto desses que nós conhecemos

bem no interior do Brasil.

Não existe equipamento que possa substituir a realidade das ruas. A aula

teórico-prática é o melhor modelo. Ainda assim, sem prova científica, quiseram

implantar no Brasil esse instrumento.

Então, Sr. Presidente, quero fazer o registro de que nós ontem derrotamos

essa proposta na Comissão de Constituição e Justiça. Ainda vamos ter que

enfrentar o PDC do Deputado Marcelo Almeida, que está na Ordem do Dia e susta

os efeitos dessa resolução.

Acho que se trata aqui mais de um bom negócio do que de um bom

instrumento para aperfeiçoamento dos condutores deste País. Lamento dizer isto.

Nós temos, é verdade, mais de 40 mil mortes por ano no Brasil, o que representa

uma despesa de cerca de 30 bilhões de reais. É esse o custo dos acidentes no

Brasil, lamentavelmente. Agora, implantar como obrigação para as autoescolas um

instrumento cuja eficácia não tem prova científica, isso ofende a Constituição

Federal, sobretudo o princípio da razoabilidade, da proporcionalidade, da eficiência,

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aquele previsto no art. 37. O Estado, antes de fazer a exigência, precisa testar,

comprovar a eficácia do instrumento, sob pena de lesar o candidato à CNH, sob

pena de enganar esse candidato.

Então, ontem a CCJ prestou um grande serviço ao País ao derrotar a

proposta. Tenho certeza de que ganha o País e ganha o condutor. Nós precisamos

de motoristas mais bem treinados, mas sem esse tipo de imbróglio, que não

acrescenta nada, que só atrapalha, só aumenta o custo da habilitação no Brasil.

A V.Exa., Sr. Presidente, que esteve lá e foi um grande colaborador, as

nossas homenagens também, extensiva a todos que participaram desse debate.

O SR. PRESIDENTE (Onofre Santo Agostini) - Tem a palavra o Deputado

Eurico Júnior.

O SR. EURICO JÚNIOR (PV-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr.

Presidente, eu me inscrevi para falar porque, como membro da Comissão Externa

que analisou aquela tragédia na Boate Kiss, que vitimou 242 jovens em Santa Maria,

participei, por mais de 6 meses, de grandes audiências, de debates, de audiências

públicas.

Tivemos a participação muito importante do Deputado Federal do PT do Rio

Grande do Sul coordenador da Comissão Externa, o Deputado Paulo Pimenta, que

eu queria mais uma vez parabenizar, da Relatora e autora do projeto, a Deputada

Elcione Barbalho, que eu parabenizo pelo brilhante posicionamento, pela brilhante

postura durante todos os trabalhos da Comissão. Saúdo também a todos os

Deputados Federais que participaram intensamente daquela Comissão.

Mas eu queria, Sr. Presidente, agradecer principalmente ao Comando Geral

do Corpo de Bombeiros, na pessoa do Coronel Simões; ao Tenente-Coronel Polito,

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que hoje está nas Diversões Públicas; ao Capitão Lauro Botto, pela brilhante

participação nas nossas audiências públicas; ao Coronel Claucir, do Estado do Rio

de Janeiro. Enfim, eu queria agradecer a participação do Corpo de Bombeiros do

Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, de São Paulo, de Brasília. Aqui de Brasília eu

destaco a Major Márcia, as Sargentos Mariana e Érica e a Subtenente Ana Cláudia,

que participaram intensamente desse debate, da elaboração desta importante lei

que nós aprovamos hoje.

Sr. Presidente, solicito que meu pronunciamento seja divulgado no programa

A Voz do Brasil.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Onofre Santo Agostini) - O pedido de V.Exa. será

atendido.

Tem agora a palavra o Deputado Professor Setimo, maranhense que realizou

um trabalho extraordinário em defesa da educação. Meus cumprimentos a V.Exa.

pelo trabalho extraordinário. V.Exa. participou de todas as Comissões que dizem

respeito à educação.

O SR. PROFESSOR SETIMO (PMDB-MA. Pela ordem. Sem revisão do

orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero fazer um registro de suma

importância, como membro da Comissão de Educação e da Comissão Especial que

está elaborando o Plano Nacional de Educação, no sentido de que nós temos a

parte mais importante do Plano Nacional de Educação. Todas as metas, todas as

diretrizes, todas as estratégias para o cumprimento do Plano Nacional de Educação

contemplam o princípio da inclusão. E quando falamos no princípio da inclusão,

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objetivo maior do Plano Nacional de Educação, nós falando na inclusão educacional

e na inclusão social.

Veja, Sr. Presidente, quando falamos de inclusão no Plano Nacional de

Educação, referimo-nos desde a origem, no ensino infantil, com a inclusão nas

creches, um programa de origem no Governo Lula e agora da Presidente Dilma. São

de suma importância as creches nas pequenas cidades, principalmente na periferia

dos Municípios. Com a creche, sim, nós podemos garantir a inclusão educacional e

social do ensino infantil e, em seguida, do ensino fundamental. E com a participação

da nossa juventude de 14 a 17 anos no ensino básico, aí incluído o ensino médio,

Sr. Presidente, nós temos a inclusão — veja a importância deste plano — de 9

milhões de jovens.

Mas vejam que, quando se fala em inclusão social, há que se pensar também

no trabalho, porque só através do trabalho é que nós poderemos fazer a inclusão

social, com a origem na inclusão educacional.

Veja como, Sr. Presidente. Com o ensino profissionalizante, nós estamos

garantindo no Plano Nacional de Educação que 30% dos alunos de 14 a 17 anos

que cursam o ensino básico sejam incluídos no ensino profissionalizante. Com o

ensino profissionalizante, sim, nós teremos a nossa juventude capaz de preencher a

lacuna do mercado de trabalho. Com o ensino profissionalizante, através dos IFETs

e dos CEFETs, nós podemos formar a nossa juventude e, aí sim, garantir que ela

seja inserida no mercado de trabalho. Então poderemos falar numa verdadeira

inclusão social da nossa mão de obra, que são os jovens brasileiros.

O Plano Nacional de Educação é a saída para a inclusão social e

educacional, e sua resultante final será qualidade de ensino para o povo brasileiro.

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Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Onofre Santo Agostini) - Parabéns, Deputado Professor

Setimo.

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O SR. PRESIDENTE (Onofre Santo Agostini) - Antes de dar prosseguimento

à sessão, esta Mesa dá conhecimento ao Plenário do seguinte:

Ato da Presidência

Nos termos da alínea “m” do inciso I do art. 17,

combinado com o inciso II do art. 22, todos do Regimento

Interno, esta Presidência decide criar Comissão Especial

para propor legislação de garantias, segurança e de

condições de realização de manifestações populares.

A Comissão será composta de 23 (vinte e três)

membros titulares e de igual número de suplentes, mais

um titular e um suplente, atendendo ao rodízio entre as

bancadas não contempladas, designados de acordo com

os §§ 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno.

Brasília, 10 de abril de 2014

Henrique Eduardo Alves

Presidente da Câmara dos Deputados

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PRONUNCIAMENTOS ENCAMINHADOS À MESA PARA PUBLICAÇÃO

O SR. MAURO BENEVIDES (PMDB-CE. Pronunciamento encaminhado pelo

orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, várias vezes já me manifestei,

nesta tribuna, sobre a jornada de 30 horas semanais para os enfermeiros do nosso

País, postulação endossada por lideranças expressivas desta Casa. Decorrido

apreciável lapso de tempo, ainda não foi a matéria submetida à deliberação deste

Plenário soberano.

A categoria tem-se empenhado junto às Lideranças, sem que o Congresso

haja expressado o seu assentimento, embora sejam poucos os que se recusam a

admitir essa justa pretensão.

Por isso, entendi de meu dever voltar a essa temática, na convicção de que

alcancemos, sem mais tardança, a concretização de algo revestido de incontestável

justeza.

Daí a reiterada solicitação que retransmito às diversas bancadas, convicto de

que não se registrará qualquer discrepâncias em reivindicação de indiscutível

legitimidade.

É esse o meu reiterado apelo à Mesa e aos colegas que compõem esta Casa

Legislativa.

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A SRA. IRACEMA PORTELLA (Bloco/PP-PI. Pronunciamento encaminhado

pela oradora.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos conhecem, ou

deveriam conhecer, a importância da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

— EMBRAPA para a agropecuária brasileira. Graças à EMBRAPA, o Cerrado, antes

tido como inútil para a agricultura, tornou-se o maior produtor de grãos do Brasil.

Mas não é só no Cerrado que a EMBRAPA trabalha: há unidades do órgão, e

pesquisadores, espalhados em todo o Brasil, e até no exterior.

Além da excelência acadêmica, a EMBRAPA também se destaca pela

excelência de sua gestão, de sua responsabilidade socioambiental, de sua ética, de

seu respeito à diversidade e à pluralidade, do seu comprometimento com o País e

da sua cooperação com outros centros de pesquisa.

Seria inviável, num Pequeno Expediente, rememorar a importância da

atuação da EMBRAPA, desde meados do século passado, na economia e na

sociedade brasileira. Concentro-me, hoje, apenas no triênio 2010, 2011 e 2012 e

somente nas ações da EMBRAPA Meio-Norte, ou seja, da EMBRAPA que cuida dos

Estados do Piauí e Maranhão.

O último relatório da instituição confirma seu compromisso com a

sustentabilidade econômica e ecológica da agropecuária daqueles dois Estados, que

além do Cerrado e da Caatinga têm também ecossistemas amazônicos e de matas

de babaçu. As pesquisas feitas no triênio tratam de métodos inovadores para lidar

com rebanhos ou plantações, respeitando os ecossistemas nativos, tendo por

resultado uma maior rentabilidade e o desenvolvimento positivo de pessoas e

regiões — não por um curto período, mas por um período indefinido, ou seja,

sustentável ao longo do tempo.

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Entre o início de 2010 e o final de 2012, foram aprovados pela EMBRAPA

Meio-Norte 19 projetos de pesquisa e transferência de tecnologia, inclusive em

técnicas agroflorestais, ou seja, que permitem a exploração agrícola sem a

derrubada da mata nativa.

Plantadores de feijão, cana-de-açúcar, algodão e melancia e criadores de

abelhas e cabras tiveram pesquisas dedicadas especificamente às suas atividades

econômicas. Mas há outras linhas de estudos mais genéricas, cujos benefícios são

dispersos pela sociedade como um todo. Por exemplo, os três estudos relacionados

às mudanças climáticas globais feitas nesse triênio, ou o estudo de alimentos

biofortificados, ou o estudo do desenvolvimento de comunidades familiares por meio

do plantio do gergelim orgânico. Ou seja, são pesquisas com resultados muito mais

expressivos do que simples tentativas de aumento de produtividade.

Além desses projetos de pesquisa e desenvolvimento, muitos outros planos

de ação e atividades com outras unidades da EMBRAPA foram aprovados.

Tecnologias foram transferidas e aproveitadas no Plano Brasil Sem Miséria, que, em

20013, apoiou mais de 1.800 famílias de pequenos agricultores em 39 Municípios do

Vale do Guaribas, no Piauí. O Projeto BIOFORT, do Governo Federal, contou com o

apoio de minha homenageada para transferir tecnologias que deixam com altos

teores de ferro, zinco e betacaroteno o feijão, a batata-doce, a macaxeira e o milho.

Administrativamente, o triênio 2010/2012 significou o massivo esforço de

recapacitação do já capacitado quadro de pessoal da entidade. Foram mais de 25

mil horas de treinamento para pesquisadores, analistas e assistentes.

Para a EMBRAPA, o maior capital é o conhecimento, e é no conhecimento

que o investimento mais maciço deve ser feito. No que depender da EMBRAPA

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Meio-Norte, seus rumos acadêmicos e gerenciais estão muito bem direcionados,

para a sorte do Maranhão e do Piauí e do Brasil como um todo, senhoras e

senhores.

Obrigada.

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O SR. ROGÉRIO CARVALHO (PT-SE. Pronunciamento encaminhado pelo

orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, as informações equivocadas sobre

a compra da Refinaria de Pasadena pela PETROBRAS: um pseudoargumento para

as oposições. Um descompromisso com o Brasil.

Venho tratar do atual imbróglio de informações sobre a compra, pela

PETROBRAS, da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Nas últimas

semanas, esse tema se tornou pauta da grande imprensa, mas servindo como pano

de fundo para que as oposições possam ter um mínimo de argumento nas próximas

eleições, muito embora esse argumento contrarie os interesses nacionais e não se

sustente em um exame mais profundo.

E chamo de imbróglio porque vou aqui usar, livremente, o artigo de Marcelo

Zero, que justamente assim designa todo esse assunto:

“Na realidade, a Petrobras sempre incomodou os

conservadores do país. Pudera. Nascida da histórica

campanha nacionalista ‘o Petróleo é nosso’, a Petrobras

se converteu naquilo que os neoliberais consideram

praticamente uma impossibilidade: uma empresa estatal

bem-sucedida e eficiente. Ela é um acabado

contraexemplo das teses antiestatais e

antidesenvolvimentistas que sustentavam o fracassado

paradigma privatizante e liberalizante que ruiu no início

deste século”.

Sr. Presidente, a compra da Refinaria de Pasadena pela PETROBRAS não foi

um negócio equivocado. Ela custou, ao todo, US$ 486 milhões e não US$ 1,18

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bilhão. Seu valor de aquisição, para a época, foi abaixo da média de uma refinaria

nos mesmos padrões. O negócio atendia ao planejamento estratégico da

companhia, definido ainda no Governo Fernando Henrique Cardoso e sua compra

foi aprovada pelo Conselho de Administração da PETROBRAS, que entre seus

membros contava com a participação de Fábio Barbosa, Presidente da Abril e ex-

Presidente da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), de Jorge Gerdau,

Presidente do Grupo Gerdau, e de Cláudio Haddad, Presidente-Acionista da

AMBEV.

Aliás, Sras. e Srs. Deputados, em reunião da bancada do PT com o ex-

Presidente da PETROBRAS, Sr. José Sérgio Gabrielli, de modo bastante seguro e

convincente, demonstrando a indignação dos injustiçados, ele especificou, passo a

passo, o cálculo que desmente que a empresa belga Astra Oil tenha comprado a

refinaria por US$ 42,5 milhões e tenha vendido para a PETROBRAS por US$ 1,18

bilhão. Na verdade, a Astra, quando comprou, pagou US$ 326,5 milhões, e a

companhia brasileira, quando adquiriu a refinaria, pagou US$ 486 milhões (190

milhões na primeira parcela e 296 milhões na segunda, sendo essa última parcela

arbitrada pela Justiça americana quando houve a separação da sociedade com a

empresa belga Astra Oil).

Vejam bem, senhoras e senhores, o preço real do negócio foi 40% do valor de

US$ 1,18 bilhão alegado pela Oposição e pela mídia. O preço pago revela um índice

de custo da refinaria de 4.860 dólares por barril de capacidade de

processamento/dia, quando a média, à época, era bem acima de 9.734 dólares por

barril, o que comprova que ela foi comprada abaixo do valor de mercado.

E disse ainda que a Cláusula Marlim foi considerada inválida pela Justiça dos

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Estados Unidos, na disputa judicial entre a PETROBRAS e a Astra. E mais: que a

cláusula do tipo Put Option também não prejudicou a estatal, uma vez que se trata

de um acordo de divórcio. Uma cláusula normal quando se refere a grandes

negócios.

Para esclarecer melhor, senhoras e senhores: a Cláusula Marlin estabelece

que a Refinaria de Pasadena teria que garantir 6,9% de rentabilidade mínima a um

dos sócios (o grupo Astra) independentemente dos resultados. Já a Cláusula Put

Option define regras para um acionista adquirir a parte do outro. Trata-se de

cláusula comum em processos de fusão e/ou incorporação com dois ou mais sócios

fortes. Consiste no seguinte: 1) o sócio A oferece sua parte ao sócio B por

determinado valor. 2) o sócio B não tem o direito de recusar. Mas tem a opção de

comprar a parte do sócio A pelo mesmo valor que lhe foi oferecido.

Portanto, senhoras e senhores, quem tomou a iniciativa de entrar na Justiça

em 2008 foi a PETROBRAS, que queria modernizar a refinaria. Em julho de 2008, o

Grupo Astra entrou contra a PETROBRAS alegando que tinha que ser aplicada a

Cláusula Marlin. Assim, em 2012, a Justiça americana concluiu que a Cláusula

Marlin não é válida e que o cálculo seria feito a partir da Put Option, considerando os

termos do contrato original, dentro das condições econômicas da época.

Sr. Presidente, o contexto que é desprezado pela Oposição e pela mídia foi

que o negócio foi afetado pelas mudanças no mercado decorrentes da crise

internacional de 2008 e do aproveitamento do gás de xisto pelo mercado

norte-americano. Realmente, a partir de 2007, tudo começou a mudar. No Brasil, há

as descobertas das enormes jazidas do pré-sal, a maioria constituída de óleo leve. O

consumo de petróleo nos Estados Unidos cai de um pico de 20,8 milhões de

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barris/dia, em 2005, para 18,6 milhões, em 2012. O preço do petróleo passa a

aumentar mais do que o de derivados. No golfo do México, as margens de refino

despencaram de 4,3%, em 2005, 3,9%, em 2006, e 4,1%, em 2007, para taxas

negativas entre 2008 e 2010.

Todos nós sabemos que a compra da refinaria está sendo investigada pela

Polícia Federal, pelo Tribunal de Contas da União e Ministério Público. O Congresso

Nacional tem toda possibilidade de também investigar a PETROBRAS. Basta que a

Oposição aceite investigar diversas outras situações, tais como o Porto de Suape e

o Metrô de São Paulo.

Se confirmados erros e irregularidades na gestão da PETROBRAS,

exigiremos que sejam devidamente apurados pelos órgãos de controle do Estado e

pela Justiça. No entanto, não permitiremos que sangrem a PETROBRAS em um

ringue de disputas políticas partidárias eleitorais, como querem os autoproclamados

defensores da CPI. Até porque são eles os mesmos que quando governaram o País

fizeram de tudo para privatizar a PETROBRAS.

Aliás, quando exercia o papel de governista (dos anos 90 até 2002), a

Oposição demo-tucana quebrou o monopólio estatal da PETROBRAS, escancarou a

terceirização, privatizou alguns setores e unidades da empresa, reduziu

drasticamente os efetivos próprios, estagnou investimentos em exploração,

produção e refino e ainda tentou mudar o nome da PETROBRAS para

PETROBRAX. Foi nessa época que a empresa protagonizou alguns dos maiores

acidentes ambientais do País e o afundamento da P-36.

São os mesmos neoliberais que insistem em atacar a gestão estatal que

desde 2003 iniciou o processo que faz da PETROBRAS uma empresa

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verdadeiramente pública e voltada para os interesses nacionais.

Vamos aos fatos, Sr. Presidente. Em 2002, a PETROBRAS valia R$ 30

bilhões, sua receita era de R$ 69,2 bilhões, o lucro líquido de R$ 8,1 bilhões e os

investimentos não passavam de R$ 18,9 bilhões. Uma década depois, em 2012, o

valor de mercado da PETROBRAS passou a ser de R$ 260 bilhões, a receita subiu

para R$ 281,3 bilhões, o lucro líquido para R$ 21,1 bilhões e os investimentos foram

multiplicados para R$ 84,1 bilhões.

Merece recordar, senhoras e senhores, que foi naquele Governo PSDB-DEM

que se promulgou a famosa Lei nº 9.478, de 1997. Essa norma produziu duas

grandes consequências. Em primeiro lugar, a PETROBRAS abriu seu capital social

para investidores estrangeiros. Assim, a estatal teve 36% de suas ações vendidas

na Bolsa de Nova Iorque. Com isso, a União reduziu a sua participação acionária de

cerca de 60% para 32,53% do capital social total. Ressalte-se que essa operação

não representou o ingresso de recursos para a PETROBRAS, mas proporcionou na

época o aumento na sua base acionária, principalmente no estrangeiro.

Com tal venda, a PETROBRAS teve ainda de cumprir, a partir de 2002, com a

lei americana Sarbanes-Oxley (SOX), uma norma bastante rigorosa, que obriga as

empresas que têm ações em bolsas norte-americanas a submeterem as suas

decisões de negócios e informações às autoridades supervisoras do mercado

bursátil dos EUA. Dessa maneira, os presidentes de PETROBRAS são obrigados a

ir a Nova Iorque para prestar contas das ações da empresa e submeter-se aos duros

questionamentos dos acionistas norte-americanos.

Interessante saber que muitos desses acionistas são associados às

companhias competidoras da PETROBRAS.

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Em segundo lugar, a Lei nº 9.478, de 1997, introduziu, no Brasil, o modelo de

exploração por concessão. Conforme tal modelo, o petróleo e o gás são de

propriedade da empresa privada que os explora. O petróleo, nesse caso, só

pertence à União enquanto não estiver sendo explorado. Assim que uma empresa

começa a explorar uma jazida, pelo modelo de concessão, o petróleo e o gás

passam a ser de sua propriedade. Com isso, o País perdeu o controle estratégico da

produção e comercialização de hidrocarbonetos, pois a empresa concessionária

podia fazer o que quiser com a sua jazida. Com isso, o petróleo deixou de ser nosso.

Na realidade, a citada lei já estava preparando o terreno para uma futura

privatização da PETROBRAS, que o PSDB-DEM chamou de PETROBAX.

Sras. e Srs. Deputados, com a recuperação da empresa e com a nova

realidade criada pelo pré-sal, os governos do PT resolveram criar um novo marco

regulatório para o setor, que enterrou o modelo de concessão criado pelo PSDB-

DEM. Para os campos do pré-sal, o que vale agora é o modelo de partilha. Nesse

novo modelo, o petróleo continua de propriedade da União, mesmo após a jazida ser

eventualmente explorada por uma empresa privada.

A empresa apenas recebe uma participação por seus serviços. Por

conseguinte, o novo marco regulatório assegurou que o petróleo do pré-sal seja

realmente nosso. Ademais, a nova norma também determinou que a PETROBRAS

seja a operadora privilegiada dos megacampos. O petróleo, agora abundante, voltou

a ser nosso. É isso que incomoda. E muito.

Se antes a PETROBRAS incomodava, hoje ela incomoda muito mais. As

empresas estrangeiras não podem mais se apossar das megajazidas, como podiam

na época do PSDB-DEM. E para explorá-las elas têm de se associar à

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PETROBRAS.

Portanto, na defesa do interesse nacional, público e republicano, precisamos

proteger a PETROBRAS, mas sem transmitir a ideia de que se esconde corrupção.

Esta não houve. Se, por acaso, ela ficar constatada, os órgãos de Estado estão

apurando e tomarão as medidas cabíveis.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.

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A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (PCdoB-AC. Pronunciamento encaminhado

pela oradora.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Federação de Sindicatos

de Trabalhadores Técnico-Administrativo em Instituições de Ensino Superior do

Brasil — FASUBRA está solicitando a abertura das “negociações”, com objetivo de

buscar melhorias necessárias para uma categoria tão desprezada, porém de suma

importância para as instituições pública de ensino superior.

Trata-se de pessoas qualificadas. São técnico-administrativos que pulsam o

funcionamento das instituições públicas de ensino superior e tão importantes quanto

os professores, alunos, reitores, diretores e toda comunidade envolvida.

Senhoras e senhores, nada mais justo que esta Casa acolha o eixo específico

das reivindicações, que são o aprimoramento da carreira; extensão do art. 30 da Lei

nº 12.772, de 2012; ascensão funcional; cumprimento integral do acordo de greve de

2012; reconhecimento dos cursos de mestrado e doutorado fora do país;

aproveitamento de disciplinas de pós-graduação para pleitear incentivo à

capacitação, entre outras.

Sr. Presidente, precisamos nos unir a esses trabalhadores, precisamos

encaminhar as indicações necessárias para que suas reivindicações não caiam no

esquecimento, precisamos melhorar a qualidade de trabalho nas instituições pública.

Desta forma, Sr. Presidente, com uma categoria satisfeita, colheremos os

benefícios na qualidade de ensino, nas aulas ministradas pelos magistérios e no

desempenho dos nossos estudantes. Não me restam dúvidas de que, com uma

categoria bem formada, bem nutrida de direitos e deveres — e este raciocínio serve

para as demais categorias do nosso País —, estaremos cumprindo nossa missão,

nosso dever neste Parlamento.

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Aqui fica meu apelo ao Ministro da Educação e ao Ministério do Planejamento

para que aceitem as negociações com a categoria.

Sei, Sr. Presidente, que, no que for possível, esta Casa estará pronta para

apoiar.

Muito obrigada.

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O SR. VALADARES FILHO (PSB-SE. Pronunciamento encaminhado pelo

orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a recente divulgação dos números

da inflação voltou a causar preocupação em todos nós que temos compromisso com

a estabilidade econômica, que temos compromisso com nosso País.

Foi de 0,92% o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da segunda

quinzena de março, e o da primeira quinzena tinha sido de 0,73%, o mais alto

registrado nos últimos 11 anos. Isso é muito superior aos valores anteriores, de

janeiro e fevereiro, o que causa preocupação. Esse índice, como todos sabem, é

monitorado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Esse valor de março

do IPCA levou o acumulado nos últimos 12 meses a 6,15%, um absurdo, ao

considerarmos que a meta inflacionária anual é de 4,5% (quatro inteiros e cinco

décimos por cento), com intervalo de tolerância de menos dois pontos percentuais e

de mais dois pontos percentuais. Lembremo-nos de que o IPCA 2013 havia fechado

em 5,91%.

Já outro termômetro, que é o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), da

Fundação Getúlio Vargas, trouxe um número não menos assustador: 1,67%, em

março, contra 0,38%, em fevereiro, e 0,48%, em janeiro passados. Entre outros

motivos, esse número preocupa porque é o que se utiliza para os reajustes dos

aluguéis. O acumulado dos últimos 12 meses somou 7,3%.

E esse número ameaça não apenas a estabilidade econômica, mas também

— ou, principalmente — a social. Não existe harmonia possível com o clima de terror

que a corrosão do dinheiro faz. Todos brigam e ninguém tem razão. Não é à toa que

esse fenômeno era representado como se fosse uma ciranda.

Era chamada de ciranda inflacionária: comerciantes e prestadores de serviço

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antecipavam a alta de seus produtos; industriais, num passo antes, já o teriam feito,

com a justificação de que os insumos já haviam subido, e assim por diante. E quem

perdia? A dona de casa, o trabalhador, o estudante, o beneficiário do Bolsa-Família,

o aposentado do INSS, o servidor público, enfim, os mais fragilizados nessa ciranda

da economia. Não queremos que essa ciranda volte, por nenhum motivo.

Por isso, é urgente sejam tomadas as medidas necessárias para retomar o

controle desse processo de volta da inflação. Todos sabemos do quanto é

imperativo preservar a renda da classe trabalhadora, pois sem ela não podemos

prosseguir com o processo de redistribuição de renda iniciado por toda a sociedade

brasileira. É sabido que, mesmo com inflação, os mais abastados, os que dispõem

de capital acumulado, incluindo as instituições financeiras conseguem proteger seu

patrimônio. Mas e os pobres? Como fazer para se proteger, tendo que administrar

um salário semanal ou mensal.

Há poucos dias, celebramos os 20 anos do início deste processo de

estabilidade econômica. Ou seja, os eleitores das próximas eleições — ainda bem

— não têm memória do que foi esse pesadelo para o País. A minha geração mesmo

pouco vivenciou isso. E não queremos um quadro inflacionário para as gerações

futuras, não queremos para os próximos 4 anos, não queremos para este ano, nem

para o próximo mês.

Aparentemente, o Banco Central já reagiu, com mais uma elevação da taxa

SELIC. Entretanto, pode ser que esse remédio dos juros possa vir a ser amargo

para outros setores da economia, pois a produção precisa de crédito acessível e

barato para gerar o verdadeiro motor do desenvolvimento e da segurança do País.

É preciso saber, Sr. Presidente, se o planejamento governamental está sendo

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coerente e congruente com a pujança de nossa economia. E sabemos que um

planejamento envolve muito mais do que o monitoramento dos juros, por um lado,

para arrefecer o consumo, ou a majoração de tributos, por outro, para poder fechar

as contas do Governo. Será que os investimentos em infraestrutura estão sendo

feitos nos valores reclamados pela grandiosidade do Brasil? Que rodovias, que

ferrovias, que portos, que aeroportos estão sendo construídos para movimentar a

produção? Que sistemas de geração e distribuição de energia estão sendo criados,

a médio e a longo prazo, para servirem de combustível ao nosso crescimento?

Esses são apenas alguns dos exemplos de infraestrutura de que precisamos.

Gostaria de relembrar aos Deputados que a inflação é uma responsabilidade

de todos e não apenas do Banco Central, que tem autonomia, ou do Ministério da

Fazenda, que depende da orientação do Palácio do Planalto. Por quê? Porque em

alguma medida, de algum modo, o Congresso Nacional é sempre chamado a

aprovar — ou a rejeitar, se assim entender — as medidas econômicas que são

propostas pelo Poder Executivo.

Que esses números nos sirvam de alerta, para que o País reaja enquanto é

tempo. Lembremo-nos de que as eleições são regulares, que os eleitos e os

eleitores podem se manifestar periodicamente. Mas a inflação é um combate

permanente, com este ou aquele partido liderando a coalizão. O que conquistamos

arduamente nos últimos 20 anos não pode ser desprezado.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.

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O SR. JEFFERSON CAMPOS (PSD-SP. Pronunciamento encaminhado pelo

orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria de utilizar este espaço

para, juntamente com todos os colegas, comemorar a aprovação do Projeto de Lei

nº 5.403, de 2001, ou seja, o Marco Civil da Internet, que se deu no dia 25 de março.

Bem sabemos que foi um ato simbólico, porém de grande significado para a

nossa Nação já que trata dos direitos e das proibições no que tange ao uso da

Internet, assim como define os casos em que a Justiça pode requerer os registros de

acesso à rede e a comunicações de usuários. A proposta seguirá agora para análise

no Senado antes de ir à sanção presidencial.

Com o intuito de regulamentar diretrizes sobre quais dados dos internautas

podem ser coletados, quem poderia coletá-los e de que forma devem ser

protegidos, o texto do projeto é resultado de sugestões da população enviadas pela

Internet, além de debates e audiências públicas feitas ao longo de 3 anos. O Marco

pode ser, assim, considerado como uma constituição para a Internet no Brasil.

Seu surgimento se deu em resposta a um projeto bastante rígido, que

pretendia armazenar dados de navegação e identificação dos usuários para

combater crimes digitais, conhecido como Lei Azeredo, e que era bastante restritivo

às liberdades dos usuários. A partir desse ponto ficou clara a necessidade de uma

proposta que, antes de mais nada, definisse os direitos básicos dos internautas

(privacidade, liberdade de expressão, entre outros). O Marco Civil foi proposto em

2009 e discutido em consulta pública em 2010. Mas foi em 2012 que sua equipe

conseguiu formular o primeiro texto que foi encaminhado para votação na Câmara.

Alguns pontos do texto geraram polêmica, como a neutralidade de rede, que,

após alguns ajustes, foi mantida. Segundo o texto original, a neutralidade deveria ser

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regulamentada por meio de decreto presidencial.

Num outro ponto, o Governo cedeu na questão do armazenamento de dados

no Brasil de usuários brasileiros, que obrigaria a instalação de data centers no País

de empresas de Internet, como Google e Facebook. Porém reforçou que empresas

internacionais precisam respeitar a legislação brasileira.

De minha parte considerei com mais afinco a questão do controle parental.

Juntamente com a bancada evangélica, coloquei meu parecer favorável ao controle.

Acho de extrema importância que os pais possam escolher e utilizar programas que

os permitam visualizar e mesmo coibir suas crianças e adolescentes de acessar

certos conteúdos inadequados para a idade em questão.

Sei que o texto ainda não é o ideal, mas enxergo o Marco Civil da Internet

como um grande passo vitorioso para toda a sociedade brasileira.

Solicito, Sr. Presidente, que meu pronunciamento seja divulgado nos meios

de comunicação da Casa e no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado.

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O SR. SABINO CASTELO BRANCO (PTB-AM. Pronunciamento

encaminhado pelo orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a recente

divulgação do lucro registrado pelos bancos brasileiros no ano passado nos deixou

estarrecidos. Segundo levantamento feito com base em dados do Fundo Monetário

Internacional, a soma do lucro dos quatro maiores bancos do País — Banco do

Brasil, Itaú, Bradesco e Santander — foi maior do que o Produto Interno Bruto

estimado de 83 países no mesmo ano.

O lucro desses bancos, que há décadas não para de crescer, chegou, em

2013, a algo em torno de 20,5 bilhões de dólares, mais do que toda a riqueza

produzida pelos milhões de habitantes de cada uma dessas mais de 8 dezenas de

nações, países como Moçambique, Nepal, Honduras e Gabão. E, é bom frisar, a

estimativa leva em conta apenas quatro das 157 instituições que compõem o

sistema bancário nacional.

Ora, Sr. Presidente, nobres colegas, esse fato nos deixa ainda mais

indignados quando constatamos que essas empresas não têm o menor

comprometimento com a justiça social no nosso País. A tímida postura social dessas

instituições, quando existe, parece apenas camuflar um ânimo de elisão fiscal e não

a efetiva disposição de combater a pobreza atávica que afeta grande parcela da

população.

O valor extremamente elevado dos lucros auferidos pelo sistema bancário

nacional reflete uma política protecionista e generosa voltada a um setor que pouco

ou nada reverte para a área social. Salvo raras e honrosas exceções, tais

instituições mantêm uma atitude de absoluta indiferença em relação à população,

em relação aos brasileiros que contribuem com seu trabalho, dinheiro ou crédito

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para o sucesso econômico dessas empresas.

Foi com o intuito de mudar esse quadro, que apresentei o Projeto de Lei nº

812, de 2011. Minha proposta determina a destinação de 3% do lucro líquido anual

auferido pelas instituições bancárias e financeiras ao Fundo de Combate à Pobreza,

contribuição que não poderá ser utilizada para abatimento do Imposto de Renda

devido. O projeto prevê que bancos e instituições financeiras que mantenham ações

ou programas de atendimento social poderão destinar metade dessa porcentagem

para a manutenção de seus projetos sociais.

O Fundo de Combate à Pobreza, iniciativa que remonta a 2001, já se provou

eficiente instrumento e financiador das políticas públicas de ação social. Tanto que,

ao cabo do período de 10 anos previsto para sua existência, o Congresso Nacional

aprovou proposta de emenda constitucional tornando o fundo perene.

Essa medida foi uma inequívoca demonstração, ao povo brasileiro, da nossa

disposição de trabalhar para erradicar definitivamente a miséria e a pobreza que

impedem milhões de brasileiros de sonhar com um futuro melhor para si e para suas

famílias.

A despeito do muito que já foi feito neste sentido, graças ao Fundo de

Combate à Pobreza, está evidenciado que apenas as fontes de recursos que hoje o

compõem não têm sido suficientes para cobrir todo o escopo das ações que ele

deveria realizar.

Com minha proposta, pretendo fazer com que o setor bancário e financeiro

devolva à sociedade um pequeno percentual do muito que dela obtém, contribuindo,

assim, para que o Fundo de Combate à Pobreza cumpra plenamente com os

objetivos para o qual foi criado.

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Estou convencido de que essa medida é, mais do que oportuna, necessária

para resgatar da pobreza milhões de brasileiros que hoje sofrem com a absoluta

falta de recursos para viver com dignidade.

Peço, portanto, o apoio dos nobres colegas Deputados para a aprovação da

minha proposta.

Muito obrigado.

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VI - ENCERRAMENTO

O SR. PRESIDENTE (Onofre Santo Agostini) - Nada mais havendo a tratar,

vou encerrar a sessão.

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O SR. PRESIDENTE (Onofre Santo Agostini) - Encerro a sessão, lembrando

que foi convocada Sessão Não Deliberativa de Debates para hoje, quinta-feira, dia

10 de abril, às 14 horas.

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(Encerra-se a sessão às 13 horas e 47 minutos.)