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DEPARTAME�TO DE E�GE�HARIA CIVIL

ASCE�SOR MEC�ICO AO CASTELO DE MO�TEMOR-O-VELHO

ACOMPA�HAME�TO DO PROJETO DE EXECUÇÃO,

DA FORMAÇÃO DO CO�TRATO DA EMPREITADA E

FISCALIZAÇÃO DA OBRA

Relatório de Estágio para obtenção do Grau de Mestre em Construção Urbana

Autor | Hélio Bruno Zambujo Dias

Orientador | Prof. Mestre Paulo Maranha Nunes Tiago

Coimbra - Setembro 2012

AGRADECIMENTOS

Hélio Bruno Zambujo Dias iii

AGRADECIMETOS

A realização deste trabalho em muito se fica a dever ao apoio e colaboração daqueles a que

agora me refiro.

As primeiras palavras de agradecimento vão para o supervisor desta tese, Professor Mestre

Paulo Maranha, que desde logo aceitou e me incentivou na proposta do presente trabalho.

Ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Doutor Luís Leal, e à

Engenheira Isabel Quinteiro, pela confiança em mim depositada e por terem permitido e

apoiado a realização deste trabalho nesta autarquia.

Aos meus colegas, do DOEM, pela amizade, conversas e boa camaradagem.

Ao Consórcio LIFTECH/KONE e à empresa Guilherme Gonçalves Correia, representada pelo

Engenheiro João Pereira, quer pela sua válida contribuição técnica, quer pela autorização

concedida na divulgação dos elementos que constam no presente relatório.

Durante este período de poucas horas de sono que misturou emoções boas e menos boas, não

me posso esquecer das pessoas fora do âmbito deste trabalho, mas que também contribuíram

para um bom resultado.

Agradeço então aos meus pais e ao meu irmão, por me terem acompanhado e acreditado em

mim.

Aos meus amigos da santa terrinha, pela sua amizade insubstituível de longa data e pelos bons

momentos passados juntos, com que tive o privilégio de partilhar.

E a ti, que sempre estiveste ao meu lado, agradeço o apoio incondicional, compreensão,

confiança e permanente incentivo.

Hélio Bruno Zambujo Dias iv

RESUMO

Hélio Bruno Zambujo Dias v

RESUMO

Tendo como tema o Ascensor Mecânico ao Castelo de Montemor-o-Velho, este documento

pretende descrever um trabalho estruturado de acompanhamento de todas as fases que

integram uma obra pública.

Realizadas na Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, as atividades integrantes deste

trabalho dividem-se em duas partes distintas, uma primeira em que o trabalho é

essencialmente realizado em gabinete e diz respeito ao projeto de execução e à formação do

contrato e uma outra que diz respeito ao acompanhamento e fiscalização da obra in situ.

Assim, foi feito um acompanhamento de todo o processo necessário para a abertura do

concurso público bem com, foram acompanhados todos os trabalhos de construção civil,

previstos em caderno de encargos, por um período de doze meses.

Por motivos de prorrogação de prazo desta obra, já não foi possível acompanhar a fiscalização

dos trabalhos referentes à colocação das escadas mecânicas.

Os resultados obtidos são representados por considerações finais, onde são apresentadas as

conclusões retiradas sobre o desenvolvimento dos trabalhos realizados e algumas soluções a

adotar, no sentido de melhorar os métodos e procedimentos utilizados.

RESUMO

Hélio Bruno Zambujo Dias vi

ABSTRACT

Having as theme the Mechanic Lift of Montemor-o-Velho Castle, this document intends to

describe a structured monitoring of all phases that comprise a public work.

Accomplished at the City Hall Montemor-o-Velho, the integral activities of this study are

divided into two distinct parts, a first one in which the work is performed primarily in office

and concerns the design and execution of the contract formation and another in which the

work respects to monitoring and supervision of the work in situ.

So, it was made a follow up of the process necessary for opening the tender, well as were

followed all building work, provided in Specifications, for a period of twelve months.

Due to an extension of execution time, it was not possible to follow the supervision of work

on the placement of the treadmills.

The results are represented by final remarks, where are presented the conclusions drawn about

the development of the work and some solutions to adopt, in order to improve the methods

and procedures used.

ÍNDICE GERAL

Hélio Bruno Zambujo Dias vii

�DICE GERAL

1. I�TRODUÇÃO ................................................................................................................................. 1

1.1 ENQUADRAMENTO ................................................................................................................... 1

1.2 OBJETIVOS E METODOLOGIA ............................................................................................... 1

1.2.1 Principais objetivos ............................................................................................................... 1

1.2.2 Metodologia .......................................................................................................................... 1

1.3 ESTRUTURA DO DOCUMENTO .............................................................................................. 2

2. APRESE�TAÇÃO DO PROJETO ................................................................................................ 3

2.1 DESCRIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL ................................................................... 3

2.2 INTERVENÇÕES ANTIGAS E RECENTES .............................................................................. 4

2.3 OBJETIVOS DA RECUPERAÇÃO E REABILITAÇÃO ........................................................... 5

2.4 CONTEÚDO DO PROJETO DE EXECUÇÃO ........................................................................... 6

2.4.1 Projeto de arranjos exteriores .................................................................................................. 6

2.4.2 Projeto de estabilidade ........................................................................................................... 7

2.4.3 Projeto de drenagem de águas pluviais e residuais .................................................................... 7

2.4.4 Projeto de infraestruturas elétricas de escadas rolantes – Categorias tipo S e P ............................ 8

2.4.5 Projeto de infraestruturas elétricas de escadas rolantes – Categoria tipo C .................................. 8

2.5 ESTUDO DO TRAÇADO ............................................................................................................ 9

2.6 PERCURSOS .............................................................................................................................. 10

2.6.1 Percurso viário .................................................................................................................... 10

2.6.2 Percursos pedonais............................................................................................................... 11

2.7 INTERVENIENTES RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE

EXECUÇÃO ..................................................................................................................................... 12

2.8 PARECERES DAS ENTIDADES EXTERNAS ........................................................................ 13

2.9 PRINCIPAIS CONDICIONANTES EM FASE DE PROJETO ................................................. 13

3. FORMAÇÃO DO CO�TRATO DE EMPREITADA DA OBRA .............................................. 15

3.1 PREPARAÇÃO DO PROCEDIMENTO ................................................................................... 15

3.1.1 Aprovação das peças do procedimento ........................................................................................... 15

3.1.2 Nomeação do júri ............................................................................................................................ 16

3.2 ABERTURA DO CONCUROS PÚBLICO ................................................................................ 17

3.2.1 Publicação do concurso ................................................................................................................... 17

3.2.2 Consulta e fornecimento das peças de concurso ...................................................................... 17

3.2.3 Esclarecimentos e retificação das peças ................................................................................. 18

3.2.4 Identificação dos erros e omissões do caderno de encargos ...................................................... 18

3.2.5 Apresentação das propostas .................................................................................................. 19

3.2.6 Análise, avaliação e ordenação das propostas ......................................................................... 20

ÍNDICE GERAL

Hélio Bruno Zambujo Dias viii

3.2.7 Relatório preliminar ............................................................................................................ 20

3.2.8 Audiência prévia ................................................................................................................. 20

3.2.9 Relatório final ..................................................................................................................... 21

3.2.10 Adjudicação ........................................................................................................................ 21

4. ACOMPA�HAME�TO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA .......................................................... 22

4.1 PLANO DE TRABALHOS ......................................................................................................... 22

4.2 CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS INTERVENIENTES ........................................................... 23

4.3 ESTUDO GEOLÓGICO/ARQUEOLÓGICO ............................................................................ 24

4.3.1 Sondagem 3 .................................................................................................................................... 25

4.3.2 Sondagem 4 .................................................................................................................................... 26

4.3.3 Sondagem 5 .................................................................................................................................... 27

4.4 DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS ............................................................................ 27

4.4.1 Execução do acesso viário .............................................................................................................. 28

4.4.2 Execução do tramo EM3 ................................................................................................................ 31

4.4.3 Execução do tramo EM2 ................................................................................................................ 37

4.4.4 Execução do tramo EM1 ................................................................................................................ 40

5. PLA�EAME�TO E CO�TROLO DE CUSTOS......................................................................... 44

5.1 PLANEAMENTO ........................................................................................................................ 44

5.2 CONTROLO DE CUSTOS ......................................................................................................... 48

5.2.1 Autos de medição ........................................................................................................................... 48

5.2.2 Plano de pagamentos ...................................................................................................................... 48

5.2.3 Trabalhos a mais, trabalhos a menos, erros e omissões .................................................................. 49

5.2.4 Revisão de preços ........................................................................................................................... 50

6. CO�SIDERAÇÕES FI�AIS .......................................................................................................... 52

7. REFERÊ�CIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 54

A�EXOS ............................................................................................................................................... 57

ANEXO A – Parecer da entidade promotora da aceitação do estágio

ANEXO B – Peças desenhadas do projeto de execução

ANEXO C – Cálculo demonstrativo para ordenação das propostas

ANEXO D – Plano de trabalhos

ANEXO E – Peças desenhadas – Estudo arqueológico

ÍNDICE DE FOTOGRAFIAS

Hélio Bruno Zambujo Dias ix

Í�DICE DE FOTOGRAFIAS 4. ACOMPA�HAME�TO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA Fotografia 4.1 – Implantação da sondagem 3 ...................................................................................... 25

Fotografia 4.2 – Escavação até profundidade do maciço calcário – sondagem 3 ................................ 25

Fotografia 4.3 – Implantação da sondagem 4 ...................................................................................... 26

Fotografia 4.4 – Escavação até profundidade do maciço calcário – sondagem 4 ................................ 26

Fotografia 4.5 – Implantação da sondagem 5 ....................................................................................... 27

Fotografia 4.6 – Escavação até profundidade do maciço calcário – sondagem 5 ................................ 27

Fotografia 4.7 – Local a intervencionar .............................................................................................. 28

Fotografia 4.8 – Início dos trabalhos de desmatação ........................................................................... 28

Fotografia 4.9 – Colocação da armadura da sapata do muro ............................................................... 29

Fotografia 4.10 – Betonagem da sapata do muro ................................................................................. 29

Fotografia 4.11 – Colocação de tout-venant ........................................................................................ 30

Fotografia 4.12 – Conclusão da colocação de tout-venant ................................................................... 30

Fotografia 4.13 – Zona de queda do muro existente ............................................................................ 30

Fotografia 4.14 – Aplicação de revestimento em alvenaria de pedra no muro de betão armado ......... 30

Fotografia 4.15 – Zona de transição entre o final do acesso viário e o início do tramo EM3 ............. 32

Fotografia 4.16 – Zona de implantação das escadas do tramo EM3 .................................................... 32

Fotografia 4.17 – Zona a implantar o tramo EM3 ............................................................................... 32

Fotografia 4.18 – Maciço para colocação da grua ................................................................................ 32

Fotografia 4.19 – Gruta existente ......................................................................................................... 33

Fotografia 4.20 – Escoramento do muro .............................................................................................. 33

Fotografia 4.21 – Colocação de pedra para preenchimento da gruta ................................................... 35

Fotografia 4.22 – Preenchimento da gruta com betão ciclópico .......................................................... 35

Fotografia 4.23 – Muros revestidos com alvenaria de pedra................................................................ 36

Fotografia 4.24 – Muros revestidos com alvenaria de pedra................................................................ 36

Fotografia 4.25 – Vista da inclinação do terreno ................................................................................ 37

Fotografia 4.26 – Criação de banquetas .............................................................................................. 37

Fotografia 4.27 – Escoramento do muro “suspenso” ........................................................................... 38

Fotografia 4.28 – Vista superior do escoramento do muro “suspenso” ............................................... 38

Fotografia 4.29 – Marcação de cotas topográficas ............................................................................... 38

Fotografia 4.30 – Vista do afloramento de pedra ................................................................................. 38

Fotografia 4.31 – Gruta existente ......................................................................................................... 39

Fotografia 4.32 – Criação de rampa de acesso ..................................................................................... 39

Fotografia 4.33 – Percurso pedonal ..................................................................................................... 39

Fotografia 4.34 – Conclusão da estrutura ............................................................................................. 39

Fotografia 4.35 – Demolição da escada existente ................................................................................ 41

Fotografia 4.36 – Vista superior da zona a intervencionar ................................................................... 41

Fotografia 4.37 – Colocação da armadura............................................................................................ 42

Fotografia 4.38 – Conclusão da betonagem do ensoleiramento ........................................................... 42

Fotografia 4.39 – Casa das máquinas ................................................................................................... 42

Fotografia 4.40 – Alteração de infra-estruturas existentes .................................................................. 42

ÍNDICE DE FIGURAS

Hélio Bruno Zambujo Dias x

Í�DICE DE FIGURAS 2. APRESE�TAÇÃO DO PROJETO Figura 2.1 – Excerto de carta militar com sinalização do local de intervenção ...................................... 3 Figura 2.2 – Planta de condicionantes (PDM) – Outras servidões ........................................................ 4

Figura 2.3 – Figura ilustrativa da vila de Montemor-o-Velho ................................................................ 5 Figura 2.4 – Excerto de ortofotomapa com identificação do perímetro de intervenção ....................... 10

Figura 2.5 – Percursos pedonais da proposta de intervenção no acesso à encosta do castelo de Montemor-o-Velho ................................................................................................................................ 11

Figura 2.6 – Excerto de ortofotomapa com identificação dos percursos .............................................. 12

3. FORMAÇÃO DO CO�TRATO DE EMPREITADA DA OBRA Figura 3.1 – Fluxograma representativo dos tipos de procedimentos aplicáveis a contratos de

empreitadas de obras públicas ............................................................................................................... 15 Figura 3.2 – Fluxograma representativo das etapas para a elaboração de um procedimento de

concurso público na ótica de entidade adjudicante. ............................................................................... 21

4. ACOMPA�HAME�TO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA Figura 4.1 – Fluxograma simplificado das entidades intervenientes .................................................... 23

Figura 4.2 – Fluxograma simplificado da entidade fiscalizadora ......................................................... 24 Figura 4.3 – Esquema representativo da solução apresentada pela entidade fiscalizadora .................. 34

ÍNDICE DE QUADROS E GRÁFICOS

Hélio Bruno Zambujo Dias xi

�DICE DE QUADROS

3. FORMAÇÃO DO CO�TRATO DE EMPREITADA DA OBRA Quadro 3.1 – Qualificação prevista em termos de categorias e sub-categorias relativas à atividade de

construção para a execução desta empreitada ....................................................................................... 18

5. PLA�EAME�TO E CO�TROLO DE CUSTOS Quadro 5.1 – Trabalhos executados no final do 1º Trimestre ............................................................. 44

Quadro 5.2 – Trabalhos executados no final do 2º Trimestre ............................................................. 45

Quadro 5.3 – Trabalhos executados no final do 3º trimestre .............................................................. 46

Quadro 5.4 – Trabalhos executados no final do 4º Trimestre ............................................................. 47

Quadro 5.5 – Plano de pagamentos ...................................................................................................... 48

Í�DICE DE GRÁFICOS

5. PLA�EAME�TO E CO�TROLO DE CUSTOS Gráfico 5.1 – Trabalho planeado (previsto) vs Trabalho executado (real) ........................................... 49

Hélio Bruno Zambujo Dias xii

PALAVRAS-CHAVE E ABREVIATURAS

Hélio Bruno Zambujo Dias xiii

PALAVRAS – CHAVE

• Projeto de Execução.

• Código de Contratos Públicos.

• Fiscalização de Obras Públicas.

ABREVIATURAS

CE – Caderno de Encargos

CEOP – Contrato de Empreitada de Obras Públicas

CIFE – Comissão de Ìndices e Fórmulas de Empreitadas

CCP – Código dos Contratos Públicos

CMMV – Câmara Municipal de Montemor-o-Velho

DOEM – Divisão de Obras e Equipamentos Municipais

DRCC – Direção Regional de Cultura do Centro

EDP – Energia de Distribuição de Portugal, S.A.

E� 111 – Estrada Nacional 111

EOP – Empreitada de obra pública

GEP – Gabinete de Estudos e Projetos

IGESPAR, I.P. – Instituto de Gestão do Património Arquitetónico

I�E – Instituto Nacional de Estatística

IPPAR – Instituto Português do Património Arquitetónico

PDM - Plano Diretor Municipal

PALAVRAS-CHAVE E ABREVIATURAS

Hélio Bruno Zambujo Dias xiv

PPGRCD - Plano de Prevenção e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição

PSS – Plano de Segurança e Saúde

QRE� – Quadro de Referência Estratégica Nacional

RP – Revisão de Preços

UOME – Unidade de Obras Municipais e Equipamentos.

INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1

Hélio Bruno Zambujo Dias 1

1. I�TRODUÇÃO

1.1 E�QUADRAME�TO Na última década, a autarquia de Montemor-o-Velho, apoiada pela administração central e

pelos fundos comunitários, tem desenvolvido um trabalho assinalável para a valorização do

centro histórico da vila, sendo neste contexto que surge o percurso pedonal assistido.

O projeto teve como ponto de partida um trabalho de pesquisa e análise do tecido urbano

envolvente do castelo e a sua relação com o monumento, bem como aspetos considerados no

Programa de Ação para a Regeneração Urbana do Centro Histórico de Montemor-o-Velho.

Este programa resulta de uma parceria criada para a elaboração de uma candidatura ao QREN,

entretanto aprovada.

Pretende-se com este novo investimento a valorização de um sistema existente, onde a

novidade tecnológica poderá desempenhar um papel preponderante na recuperação do

relacionamento castelo – vila.

Por despacho do Sr. Presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, foi emitido um parecer

favorável ao acompanhamento do projeto e formação do contrato de empreitada pública e

fiscalização da obra.

1.2 OBJETIVOS E METODOLOGIA 1.2.1 Principais Objetivos Pretendeu-se com este trabalho o enriquecimento de conhecimentos em contexto de trabalho,

ao nível da execução de projetos de engenharia, contato com diversos tipos de procedimentos

adotados no lançamento de uma obra pública a concurso e possibilidade de desenvolver

competências ao nível da resolução de problemas complexos, nomeadamente através

integração na equipa de fiscalização de obras públicas pertencente à CMMV – DOEM.

1.2.2 Metodologia A metodologia utilizada para a elaboração deste trabalho consistiu essencialmente nos

seguintes tópicos:

• Pesquisa bibliográfica;

• Estudo dos projetos de arranjos exteriores e diversas especialidades a executar;

• Seleção e estudo da legislação em vigor aplicável;

• Acompanhamento da formação do contrato da empreitada;

• Acompanhamento e fiscalização da execução dos trabalhos.

INTRODUÇÃO

Hélio Bruno Zambujo Dias 2

1.3 ESTRUTURA DO RELATÓRIO O presente documento encontra-se dividido em seis capítulos, com os seguintes conteúdos:

No Capítulo 1, é apresentado o enquadramento do trabalho, principais objetivos e

metodologia utilizada para a sua elaboração.

No Capítulo 2, para além de uma breve descrição e caracterização da vila onde se insere a

obra, é feita uma breve apresentação do projeto, bem como os motivos que levaram à sua

execução.

O Capítulo 3, diz respeito à formação do contrato de empreitada da obra pública. Neste

capítulo apresenta-se o enquadramento teórico, toda a preparação e desenvolvimento do

processo concorrencial e a sua adjudicação.

No Capítulo 4, são identificadas todas equipas intervenientes e abordados em pormenor os

processos de execução física dos trabalhos da obra.

No Capítulo 5, é feita uma abordagem ao planeamento e controlo de custos, na ótica da

entidade fiscalizadora, a partir do momento em que começou a contar o prazo da execução da

obra.

No Capítulo 6 são apresentadas as conclusões retiradas sobre o desenvolvimento dos

trabalhos realizados e algumas soluções a adotar, no sentido de melhorar os métodos e

procedimentos utilizados.

APRESENTAÇÃO DO PROJETO CAPÍTULO 2

Hélio Bruno Zambujo Dias 3

2. APRESETAÇÃO DO PROJETO

2.1 DESCRIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL O concelho de Montemor-o-Velho situa-se no centro litoral de Portugal, tendo como

concelhos limítrofes Cantanhede a norte, Soure a sul, Condeixa-a-Nova e Coimbra a este e

Figueira da Foz a oeste.

Figura 2.1 – Excerto de carta militar com sinalização do local de intervenção

Um dos grandes protagonistas deste concelho, é o seu castelo o qual remonta ao século IX,

sendo este uma referência de elevado valor histórico e cultural. É daqui que a vila desce em

ruelas estreitas ao longo das encostas e é nos becos e escadinhas que a beleza aumenta e

chama a atenção de quem passa.

A encosta, circunscrita a nascente pelo largo da vila, a poente pelo paúl do Taipal, a norte pela

E.N.111 e a sul pela zona ribeirinha do rio Mondego, integra e atravessa terrenos privados e

espaços de acesso público, encontrando-se a zona do castelo sobre a jurisdição do

IGESPAR,IP.

O perímetro de emparcelamento insere-se numa zona de património histórico/arquitetónico,

constituída por edifícios classificados ou em vias de classificação (Figura 2.2).

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Hélio Bruno Zambujo Dias 4

Legenda

Figura 2.2 – Planta de condicionantes (PDM) – Outras servidões

2.2 ITERVEÇÕES ATIGAS E RECETES O castelo, apesar das naturais obras de alteração e recuperação de que foi alvo ao longo dos

séculos conserva a sua estrutura de finais da idade média, sem dúvida devido à sua contínua

ocupação. A sequência das intervenções mais importantes são as seguintes:

1877 - A Câmara expropriou uma porção de terreno para alargar a avenida (revestida a

calçada à portuguesa) acessível ao cemitério, e neste mesmo ano foi construída a torre do

relógio.

1936 - Realizou-se a reconstrução dos panos de muralha;

1940 - Consolidação e reconstrução de paredes;

1958 - Instalação elétrica;

APRESENTAÇÃO DO PROJETO CAPÍTULO 2

Hélio Bruno Zambujo Dias 5

1969 - Reparação do poço abade João e muralhas próximas, libertação da muralha e

sondagens arqueológicas;

1986 - Obras de beneficiação.

Na década de 70 foi realizado o acesso viário de ligação do monumento à EN111;

Na década de 90, foi instalada a Casa de Chá, entre os muros que restam do Paço das Infantas,

obra do arquiteto João Mendes Ribeiro, do IPPAR.

2.3 OBJETIVOS DA RECUPERAÇÃO E REABILITAÇÃO Caracterizada pelo seu relevo acidentado que, por si só, representa um obstáculo à circulação

de pessoas e bens entre as partes altas e baixas da vila, sentiu-se a necessidade de facilitar a

circulação pedonal entre estas zonas, revitalizando e melhorando as condições de vida de

quem habita nestes espaços, de quem aqui trabalha ou visita.

Figura 2.3 – Figura ilustrativa da Vila de Montemor-o-Velho

Neste contexto os espaços pedonais envolventes do castelo merecem particular cuidado, por

abraçarem alguns dos mais destacados imóveis, a começar pelo castelo, passando pelas igrejas

matriz e da Misericórdia.

Assim, estamos perante uma área que nunca foi devidamente tratada na sua globalidade e para

a qual se desenvolveu uma estratégia de intervenção que toma forma no presente projeto.

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Hélio Bruno Zambujo Dias 6

Da autoria do GEP, da CMMV, a solução surge sob a forma de escadas rolantes perfeitamente

enquadradas na paisagem existente, sendo que, de um modo geral, o espaço exterior às

muralhas regista intervenções diversas e casuísticas, sem, no entanto, causarem intrusões

visuais, resultando, no seu conjunto, num cenário visual equilibrado.

As linhas estratégicas do projeto, assentes em orientações de sustentabilidade ambiental e

valorização urbanística e paisagística, focaram-se essencialmente na reinvenção do centro

histórico com vista ao alcance dos seguintes objetivos:

• Recuperação do relacionamento interdependente castelo-vila e valorização da encosta;

• Valorização dos percursos urbanos pedestres da encosta para assegurar maior conforto

aos residentes e propiciar uma experiência do centro histórico e do castelo

consentânea com o modelo urbano informado e contemporâneo.

2.4 COTEÚDO DO PROJETO DE EXECUÇÃO O projeto de execução é constituído por um conjunto coordenado de informações escritas e

desenhadas, de fácil e inequívoca interpretação por parte das entidades intervenientes na

execução da obra.

O conteúdo obrigatório do projeto de execução está presentemente regulamentado pela

Portaria 701 – H/2008 de 29 de Junho [17], ao abrigo do n.º7 art.º 43 do CCP [6].

Em contexto de enquadramento nesta legislação, as instruções para elaboração deste projeto

têm como base o art.º161 na secção XIII, constante no anexo I da referida portaria.

Uma das peças do procedimento de que é constituído este projeto diz respeito ao CE que é

integrado pelos elementos de solução da obra, ou seja, pelos documentos que especificam os

termos a que deve obedecer a obra a executar.

Os elementos de solução da obra que constituem este projeto de execução são compostos

pelas peças escritas e desenhadas dos seguintes documentos:

2.4.1 Projeto de arranjos exteriores

A estrutura do projeto distingue-se em duas partes. A primeira corresponde à escada da base,

associada a um aglomerado populacional mais denso e sem grande expressão na imagem

exterior. A segunda corresponde às escadas superiores e ao acesso de nível à cota 30.0 m, na

zona da encosta ocupada por pequenos quintais e cuja implantação propicia uma maior

presença na imagem exterior.

Prevalece no contexto do centro histórico o recurso ao acabamento com reboco pintado como

ato de qualificação associado a espaços com características urbanas, independentemente da

cota a que se situem, já que também se repete na zona alta.

Os muros a construir e a recuperar no âmbito deste projeto reiteram esta atitude, qualificando

a superfície pública/urbana dos mesmos.

APRESENTAÇÃO DO PROJETO CAPÍTULO 2

Hélio Bruno Zambujo Dias 7

Os muros na envolvente da primeira escada foram mantidos com o reboco pintado e as

alterações propostas tratadas em continuidade, respeitando as mesmas características e

acabamentos.

Na parte superior, por se constatar e reconhecer a importância da pedra à vista na

caracterização do espaço e da imagem de conjunto, distinguem-se as faces interiores

betonadas do percurso pedonal assistido, das faces exteriores em pedra à vista.

Em ambos os casos o acabamento do remate é idêntico: em duas águas, protegido com reboco

pintado conforme o tipo recorrente nesta parte da vila. O sistema construtivo misto, em

alvenaria de pedra e betão armado, reitera o tema da diferença das superfícies e viabiliza o

desenho urbano proposto.

Ao nível da iluminação, verifica-se a diferenciação das luminárias e do tipo de projeção de

luz. Foram colocados projetores direcionais de percurso, em oposição às lanternas instaladas

na parte recuperada da vila, que permitem um feixe mais eficaz diminuindo

consideravelmente o número de luminárias e consequentemente de pontos de luz na encosta.

Na parte superior do percurso, a partir da cota do caminho de St. António, verifica-se a

substituição total das luminárias existentes, por luminárias de percurso embutidas na base dos

muros por forma a reduzir as interferências negativas na imagem de conjunto, na transição

para o castelo.

Apresenta-se em anexo (Anexo B), uma compilação do trabalho efetuado em formato digital

(AutoCAD) onde constam as peças desenhadas de maior relevância, com a designação de

Projeto de Arranjos Exteriores – Peças Desenhadas B01 a B10.

2.4.2 Projeto de estabilidade

Os elementos estruturais são compostos por muros de suporte e por apoios das escadas

rolantes.

A análise estrutural foi feita com base numa modelação bidimensional das estruturas e foram

realizadas para os elementos considerados mais desfavoráveis.

A determinação dos esforços atuantes foi efetuada idealizando um comportamento elástico

linear dos materiais.

Apresenta-se em anexo (Anexo B) uma compilação do trabalho efetuado em formato digital

(AutoCAD) onde constam as peças desenhadas de maior relevância, com a designação de

Projeto de Estabilidade – Peças Desenhadas B11 a B18.

2.4.3 Projeto de drenagem de águas residuais e pluviais

Na conceção do sistema de recolha de águas pluviais, atendeu-se às condicionantes

arquitetónicas, implantação das edificações e à geometria do terreno, procurando-se construir

traçados curtos, retilíneos e o mais facilmente acessíveis a operações de reparação ou

conservação, não perturbando estas o normal funcionamento das restantes instalações.

De igual forma a conceção do sistema de recolha de águas residuais, atendeu às

condicionantes arquitetónicas, implantação das edificações, à geometria do terreno e à rede

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Hélio Bruno Zambujo Dias 8

existente, a qual será substituída pela proposta, tendo sido considerada com um ramal de

descarga e não como coletor predial. Houve o cuidado de construir traçados curtos, retilíneos,

e o mais facilmente acessíveis a operações de reparação ou conservação, não perturbando

estas o normal funcionamento das restantes instalações.

Apresenta-se, no Anexo B, uma compilação do trabalho efetuado em formato digital

(AutoCAD) onde constam as peças desenhadas de maior relevância, com a designação de

Projeto de Rede de Drenagem de Águas Residuais e Pluviais – Peças Desenhadas B19 a B22.

2.4.4 Projeto de infraestruturas elétricas de escadas rolantes – Categorias tipo S e P;

O presente projeto visa a execução/alteração das infraestruturas de energia elétrica,

constituídas por redes subterrâneas de baixa tensão e iluminação pública, desmontagem das

redes existentes, respetivas alimentações e ligações às redes existentes que colidam com a

intervenção percurso pedonal assistido – acesso pedonal /acesso vário.

Não se apresenta uma compilação do trabalho efetuado em formato digital (AutoCAD) com

peças desenhadas de maior relevância, por questões de confidencialidade e de direitos de

autor.

2.4.5 Projeto de infraestruturas elétricas de escadas rolantes – Categoria tipo C

O presente projeto refere-se às instalações elétricas de alimentação de quadros máquina de

três escadas mecânicas, a construir no percurso pedonal assistido. A alimentação dos quadros

máquina das escadas mecânicas e das caixas de derivação para iluminação das escadas será

feita por circuitos alimentados diretamente a partir do quadro de entrada, localizado numa

cabine.

Não se apresenta uma compilação do trabalho efetuado em formato digital (AutoCAD) com

peças desenhadas de maior relevância, por questões de confidencialidade e de direitos de

autor.

Tratando-se de um CE de obras públicas, o projeto de execução incluiu ainda uma descrição

dos trabalhos preparatórios ou acessórios, uma lista completa de trabalhos necessários à

execução da obra a realizar, mapas de quantidades, e planeamento das operações de

consignação, entre outros, de acordo com as seguintes peças:

• Memória descritiva e justificativa evidenciando a definição e a descrição geral da

obra;

• Indicação da natureza e condições do terreno;

• Justificação da implementação da obra e da sua integração nos condicionamentos

locais existentes ou planeados;

• Descrição das soluções adotadas com vista à satisfação das disposições legais em

vigor;

APRESENTAÇÃO DO PROJETO CAPÍTULO 2

Hélio Bruno Zambujo Dias 9

• Indicação das características dos materiais, dos elementos de construção, das

instalações e do equipamento;

• Cálculos relativos às diferentes partes da obra apresentada de modo a definirem, pelo

menos, os elementos referidos para cada tipo de obra e a eventualmente justificarem as

medidas adotadas;

• Medições, dando a indicação da quantidade e qualidade dos trabalhos necessários para

a execução da obra;

• Orçamento baseado nas quantidades e qualidades de trabalho das medições;

• Condições técnicas gerais e especiais do CE.

Neste caso ainda se revelou necessário o projeto de execução ser acompanhado dos seguintes

elementos previstos no art.º 43 do CCP [6]:

• Levantamentos e das análises de base e de campo;

• Estudos geológicos e geotécnicos;

• Estudos ambientais (incluindo a declaração do impacto ambiental), nos termos da

legislação aplicável;

• Estudos de impacto social, económico ou cultural (incluindo a identificação das

medidas de natureza expropriatória a realizar, dos bens e direitos a adquirir e dos ónus

e servidões a impor);

• Expropriações e servidões;

• Resultados dos ensaios laboratoriais ou outros;

• Plano de prevenção e gestão de resíduos de construção e demolição, nos termos da

legislação aplicável;

• Trabalhos preparatórios e acessórios.

2.5 ESTUDO DO TRAÇADO Na proposta de elaboração deste projeto, foram definidas cinco diretrizes principais, sendo

estas:

• Articulação com a Porta do Sol;

• Articulação com o centro da vila e com o exterior;

• Articulação com a rede pedonal existente;

• Articulação com a rede viária;

• Inserção na imagem urbana.

Assim, foram planeadas diversas intervenções que tinham como objetivo unir elementos

dispersos da malha urbana, através de um percurso contínuo entre a pista de remo do centro

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Hélio Bruno Zambujo Dias 10

de alto rendimento e o topo da vila, restaurando a encosta do castelo e criando uma alternativa

para subir, melhorando as condições de acesso para os peões e automóveis.

Foi também planeada a possibilidade de proporcionar, quer aos habitantes quer aos turistas,

zonas de descanso, e de atividades sociais com a definição de novos espaços verdes e de

zonas de circulação estritamente pedonal, onde o pavimento, a iluminação e o mobiliário

urbano foram pensados para tornar estas zonas aprazíveis.

Desta forma, a parte superior do castelo foi também alvo de ações de intervenção a fim de

restituir a esta zona histórica na parte superior da muralha mais vitalidade, recuperando assim

o seu estatuto de ponto de passagem obrigatório, com uso maioritariamente automóvel devido

ao arranjo urbanístico.

Figura 2.4 – Excerto de ortofotomapa com identificação do perímetro de intervenção

2.6 PERCURSOS

2.6.1 Percurso viário O percurso viário proposto foi criado a partir do melhoramento de plataformas viárias já

existentes, onde foi apenas foi executada a extensão do Caminho de St.º António desde o

ponto de estrangulamento do perfil viário até ao topo do terceiro lanço de escadas.

APRESENTAÇÃO DO PROJETO CAPÍTULO 2

Hélio Bruno Zambujo Dias 11

Com esta proposta ficou garantida a articulação do percurso viário com o percurso pedonal

assistido desde a base (Rua Dr. José Galvão) até ao topo (Caminho de St.º António).

2.6.2 Percursos pedonais O projeto do percurso pedonal assistido abrange uma área de intervenção de

aproximadamente 1200m², onde em termos morfológicos, os terrenos apresentam

maioritariamente declives superiores a 8%.

Nos mesmos moldes do percurso viário, o percurso pedonal não surge como um novo sistema,

mas sim com a valorização de um sistema já existente, tendo sido adotado o sistema

apresentado na figura seguinte.

Figura 2.5 – Percursos pedonais da proposta de intervenção no acesso à encosta do castelo de

Montemor-o-Velho

Um ascensor mecânico de duplo sentido, facilita a deslocação das pessoas através da encosta

do castelo, desde a sua base na Rua Dr. José Galvão até ao Caminho de St.º António,

permitindo a saída das pessoas em diversos pontos do percurso, para que possam seguir até ao

topo através dos percursos pedonais já existentes.

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Hélio Bruno Zambujo Dias 12

Figura 2.6- Excerto de ortofotomapa com identificação dos percursos

2.7 ITERVEIETES RESPOSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE

EXECUÇÃO O regime jurídico que estabelece a qualificação profissional exigível aos técnicos

responsáveis pela elaboração e subscrição de projetos, que não estejam sujeitos a legislação

especial e os deveres que lhe estão aplicáveis é a Lei 31/2009 de 3 de Junho [14].

No âmbito da legislação aplicável, o projeto de execução em estudo no que respeita a arranjos

exteriores, estabilidade, esgotos pluviais e residuais foram da autoria da equipa de projeto do

GEP – CMMV, tendo como coordenador de projeto o Arquiteto Miguel Figueira.

Uma vez que, nos quadros da CMMV, não existem técnicos especializados para o efeito, os

restantes projetos de engenharia respeitantes às infraestruturas elétricas de escadas rolantes

das categorias tipo S e P e categoria tipo C foram da autoria de uma entidade particular

externa.

Em matéria de segurança e saúde, e de acordo com o Decreto-Lei 273/2003 de 29 de Outubro

[4], foi elaborado o PSS pelo coordenador de segurança do quadro técnico da CMMV.

APRESENTAÇÃO DO PROJETO CAPÍTULO 2

Hélio Bruno Zambujo Dias 13

No âmbito da gestão de resíduos resultantes da obra, o PPGRCD, foi elaborado pelo

responsável pelo seu cumprimento, o técnico de ambiente do quadro técnico da CMMV.

2.8 PARECERES A ETIDADES EXTERAS Os órgãos competentes da administração do património cultural têm de ser previamente

informados dos planos, programas, projetos e obras de índole particular ou pública que

possam implicar risco de destruição ou deterioração de bens culturais ou que de algum modo

os possam desvalorizar.

A lei que estabelece as bases da política e do regime de proteção e valorização do património

cultural como realidade da maior relevância para a compreensão, permanência e construção

da identidade nacional e para a democratização da cultura é a Lei 107/2001 de 8 de Setembro

[13].

Para os efeitos da presente lei, e pelo fato da zona de implantação deste projeto estar inserido

numa zona de proteção, não pode ser realizada qualquer intervenção ou obra sem ser

previamente submetido um relatório que reitere a importância e a avaliação artística ou

histórica da intervenção à DRCC para ser emitido um parecer.

Do ponto de vista da salvaguarda de valores patrimoniais de natureza arqueológica, foi

considerado que em todas a áreas de execução deste projeto onde houvesse necessidade de

intrusão no solo deveriam ser objeto de sondagens prévias e posterior acompanhamento

arqueológico de todos os revolvimentos de terras sendo para tal emitido um parecer favorável

condicionado.

Num primeiro momento foi apresentado um plano de trabalhos arqueológicos destinado

corresponder e cumprir as medidas de minimização de impactos nesta área, sendo que após a

análise dos relatórios preliminares de sondagens prévias pela DRCC e IGESPAR, I.P.

verificou-se que os trabalhos a realizar não teriam quaisquer impactos arqueológicos

negativos assinaláveis.

O segundo momento diz respeito ao acompanhamento realizado durante o decorrer dos

trabalhos.

2.9 PRICIPAIS CODICIOATES EM FASE DE PROJETO Numa primeira abordagem a este projeto surgiram algumas dúvidas referentes à

exequibilidade do mesmo, entre as quais se destacam:

• Viabilidade da rede de percursos pedestres na encosta;

• Degradação urbana da encosta;

• Pendentes acentuadas entre a cota mais alta (castelo) e mais baixa (vila);

• Impacto visual na paisagem.

APRESENTAÇÃO DO PROJETO

Hélio Bruno Zambujo Dias 14

Desenrolou-se um longo e difícil processo de expropriação de parcelas de terrenos

particulares de forma a rentabilizar todo o espaço adjacente ocupado por quintais privados

sem edificação e, em alguns casos, situações de parcelas indivisas.

A intervenção na encosta assumia-se como um obstáculo difícil de ultrapassar devido às

condições de acesso e à construção muito antiga já degradada e desordenada, para assumir

qualidade formal do espaço urbano na encosta.

As acentuadas pendentes entre o castelo e a vila devido à morfologia e topografia acidentada

do terreno apresentavam-se como um dos desafios à engenharia para apresentar uma solução

técnica sustentada e viável economicamente.

A inserção na paisagem urbana era outro obstáculo a ultrapassar para conseguir controlar o

nível de impacto no conjunto da imagem. No sentido de que o impacto visual na paisagem

fosse o menor possível, optou-se por inserir as escadas rolantes na encosta fazendo a divisão

em três tramos de alinhamentos desfasados, permitindo assim a sua dissimulação. O

alinhamento quebrado, com percurso encaixado entre muros, propicia uma imagem mais

próxima daquela que nos é dada pelos demais percursos transversais existentes, cuja presença

depende do posicionamento relativo do observador.

FORMAÇÃO DO CEOP CAPÍTULO 3

Hélio Bruno Zambujo Dias 15

3. FORMAÇÃO DO CO TRATO DE EMPREITADA DA OBRA O conhecimento adequado dos conteúdos que integram o CEOP, desde a sua conceção à sua

materialização, é preponderante para o seu cumprimento.

Aos contratos de empreitadas de obras públicas estão associados os tipos de procedimentos

que se apresentam na figura seguinte:

Tipos de Procedimentos

Ajuste Directo

Concurso Público

Concurso Limitado por Prévia Qualificação

Procedimento de Negociação

Dialogo Concorrencial

Figura 3.1 – Fluxograma representativo dos tipos de procedimentos aplicáveis a contratos de

empreitadas de obras públicas

O concurso público é o procedimento mais aberto por aplicar-se a qualquer valor estimado no

contrato e permitir que qualquer interessado que reúna os requisitos exigidos apresente a sua

proposta.

Sendo que, nesta obra foi adotado o procedimento de concurso público, neste capítulo será

apresentada uma breve explicação de cada uma das fases do referido procedimento.

3.1 PREPARAÇÃO DO PROCEDIME TO

3.1.1 Aprovação das peças do procedimento As peças do procedimento de formação de contrato são as seguintes:

•••• Programa de procedimento O programa de procedimento é o documento que define os termos a que obedece a fase de

formulação do contrato até à sua celebração, ou seja, consiste num guia do procedimento pré-

contratual e deve especificar entre outras, as seguintes informações:

� O local e o prazo de apresentação das propostas pelos concorrentes;

FORMAÇÃO DO CEOP

Hélio Bruno Zambujo Dias 16

� A qualificação necessária dos concorrentes;

� Prescrições do programa de trabalho;

� Documentos de natureza administrativa e técnica;

� Modelos de avaliação;

� Indicar a entidade responsável para o esclarecimento das dúvidas dos interessados

sobre as peças patenteadas.

•••• Caderno de Encargos O CE é a peça do procedimento que contém as cláusulas a incluir no contrato a celebrar.

Trata-se de um documento de referência que permite eliminar toda e qualquer ambiguidade

sobre o que é esperado, bem como permite à entidade adjudicante colocar questões detalhadas

sobre os trabalhos a realizar.

Neste sentido, permite garantir ao dono de obra que a obra será realizada de acordo com o que

está escrito e contratado e evitar que o mesmo altere progressivamente os trabalhos a

executar.

Salienta-se que nas obras públicas não é permitida a introdução no CE de especificações

técnicas que mencionem produtos de fabrico ou proveniência determinada, ou processos

especiais que tenham por efeito favorecer ou eliminar determinadas empresas. Deste modo

não são afetados os princípios da concorrência e transparência de uma economia de mercado.

(Flor, et al.2008) [11]

É também importante referir que os elementos de solução da obra preparados anteriormente se

devem fazer acompanhar pelos respetivos termos de responsabilidade dos autores de projeto.

O CCP [6] prevê ainda para o CE, a elaboração de listas com situações que podem vir a

ocorrer e provocadas por fatores exógenos, por exemplo, pluviosidade elevada nos meses de

inverno ocasionando a necessidade de trabalhos adicionais, tais como, drenagens

complementares de solo ou equipamentos adicionais para terraplanagens. (Tavares, 2008)

[21]

3.1.2 omeação do júri Os diversos procedimentos apresentados anteriormente, com exceção do ajuste direto, em que

tenha sido apresentada uma única proposta, são conduzidos por um júri designado pelo órgão

competente para a decisão de contratar, composto por um número impar de elementos, com

um mínimo de três membros efetivos e dois suplentes, em que apenas um presidirá.

As competências delegadas no júri passam por:

•••• Analisar e avaliar propostas;

•••• Solicitar esclarecimentos sobre as propostas;

•••• Elaborar o relatório preliminar;

•••• Proceder à audiência prévia;

•••• Elaborar o relatório final e exercer a competência que lhe seja delegada pela entidade

com competência para a decisão de contratar.

FORMAÇÃO DO CEOP CAPÍTULO 3

Hélio Bruno Zambujo Dias 17

Neste último caso, podem ser delegadas as competências para proceder à retificação de erros e

omissões das peças do procedimento, aceitar erros e omissões das peças do procedimento,

prorrogar o prazo de apresentação das propostas e fundamentar que uma proposta possa ser de

preço anormalmente baixo.

São considerados atos indelegáveis a decisão de qualificação e a decisão de adjudicação no

procedimento.

No caso de estudo, o júri era composto por um presidente, dois vogais e dois suplentes, aos

quais foram delegadas as competências para presidir ao ato público, proceder à ordenação dos

candidatos admitidos, à apreciação, análise e avaliação das propostas admitidas e elaborar os

relatórios de análise das propostas.

Reunidas todas as condições exigidas no que respeita às peças do procedimento, o processo

está preparado para lançar a concurso.

3.2 ABERTURA DO CO CURSO PÚBLICO Depois de concluída a preparação do procedimento, e de aprovados todos os documentos pelo

órgão competente com a decisão de contratar, desencadeia-se o todo o processo para a

abertura do concurso.

3.2.1 Publicação do concurso De um modo geral, a divulgação do processo concorrencial é efetuada através do portal de

compras públicas e pelo Diário da República. Quando necessário, pelas condições previstas

no CCP [6], é também publicado no Jornal da União Europeia.

O procedimento de lançamento deste projeto a concurso público ocorreu por duas vezes, dado

que no primeiro procedimento, o concurso foi considerado deserto, ou seja, não foram

apresentadas propostas por qualquer concorrente.

O segundo procedimento de lançamento do projeto a concurso público foi publicado no

Diário da República, 2ª Série – n.º 92 de 12 de Maio de 2010, através de anúncio de

procedimento n.º 1945/2010, conforme modelo aprovado.

3.2.2 Consulta e fornecimento das peças do concurso As peças do procedimento devem estar disponíveis, nos serviços da entidade adjudicante, para

consulta dos interessados, desde o dia da publicação do anúncio, até ao termo do prazo fixado

para a apresentação das propostas.

A qualificação prevista no programa do procedimento pela(s) empresa e/ou consórcio de

empresas para concorrer a esta empreitada é a que se apresenta de seguida.

FORMAÇÃO DO CEOP

Hélio Bruno Zambujo Dias 18

Quadro 3.1 – Qualificação, para classe de alvará, prevista em termos de categorias e sub-

categorias relativas à atividade de construção para a execução desta empreitada

CATEGORIA DESIG AÇÃO SUB-

CATEGORIA

DESIG AÇÃO

Edifícios e

património

construído

1ª Estruturas e elementos de betão

4ª Alvenarias, rebocos e assentamento

de cantarias.

Vias de

Comunicação,

obras de

urbanização e

outras

infraestruturas

8ª Calcetamentos

Instalações

elétricas e

mecânicas

1ª Instalações elétricas de utilização de

baixa tensão

9ª Ascensores, escadas mecânicas e

tapetes rolantes

5ª Outros trabalhos 2ª Movimentação de terras

3.2.3 Esclarecimentos e retificação das peças

Segundo o art.º 50 do CCP [6], os esclarecimentos necessários à boa compreensão e

interpretação das peças do procedimento devem ser solicitados pelos interessados, por escrito,

no primeiro terço do prazo fixado para apresentação das propostas. A entidade com a decisão

de contratar presta os esclarecimentos até ao limite do segundo terço do prazo de apresentação

das propostas. Caso venha a ser ultrapassado este prazo ou se incidir sobre aspetos

fundamentais há lugar a prorrogação do prazo de entrega das propostas.

Neste caso não foram solicitados quaisquer esclarecimentos adicionais por parte dos

concorrentes.

3.2.4 Identificação dos erros e omissões do caderno de encargos

O CCP [6] impõe aos concorrentes a responsabilidade de identificarem nas suas propostas os

erros e omissões detetados no CE.

O artigo 61º do CCP [6], declara que os erros e omissões detetados, no CE, pelos

interessados, devem ser apresentados ao órgão competente para a decisão de contratar até ao

termo do quinto sexto do prazo fixado para apresentação das propostas. Os interessados

devem apresentar uma lista na qual identifiquem:

FORMAÇÃO DO CEOP CAPÍTULO 3

Hélio Bruno Zambujo Dias 19

� Aspetos ou dados que se revelem desconformes com a realidade;

� Espécie ou quantidade de prestações estritamente necessárias à integral execução

do contrato;

� Condições técnicas de execução do objeto do contrato que o concorrente não

considere executáveis.

Quanto à lista referida anteriormente, esta só deve ser remetida depois de cumprido o segundo

terço do prazo para apresentação da proposta.

O órgão competente para a decisão de contratar pode proceder à retificação de erros e

omissões até esta data, e assim sendo, é de todo indicado que a lista seja enviada apenas

depois de concluído este prazo, aguardando os interessados que seja a entidade adjudicante a

pronunciar-se numa primeira fase.

Segundo o CCP [6] a apresentação da lista por qualquer interessado suspende o prazo limite

para a entrega das propostas, desde o quinto sexto do prazo até à publicação da decisão da

entidade adjudicante. Porém, o n.º5 do artigo 61º impõe ao órgão competente para a decisão

de contratar o dever de pronunciar-se sobre os erros e omissões detetados até a o termo do

prazo fixado para a apresentação das propostas.

Note-se que a entidade adjudicante não envia as listas recebidas aos interessados, limita-se

apenas a comunicar que se encontram disponibilizadas na plataforma, cabendo aos

interessados fazer o respetivo download.

Os concorrentes devem arquivar as respetivas listas publicadas com a identificação de erros e

omissões, pois poderá ser útil, para o futuro adjudicatário, na eventual necessidade de

suprimir erros ou omissões detetados mas rejeitados nesta fase. Para isto basta conservar até à

receção provisória da obra, o download do acesso às listas de erros e omissões.

Neste caso, o prazo limite da entrega dos erros e omissões era o dia 4 de Junho de 2010. O

júri reuniu a 7 de Junho de 2010 e verificou que um concorrente, identificou erros e omissões,

situação esta que deu origem a um pedido de assistência ao projetista, afim de este se

pronunciar relativamente ao assunto.

Com base na análise efetuada pelo projetista apenas foi aceite e aprovada a lista de erros

entregue pelo concorrente, não tendo sido considerada qualquer omissão.

Foi também dado conhecimento a todos os concorrentes que adquiriram as peças do

procedimento nos termos do previsto no n.º6 do artigo 61 do CCP [6].

Por fim o Dono de Obra foi informado desta decisão, no sentido de retificar o ato praticado

pelo júri, ou seja, para indicação de nova data para a entrega e abertura das propostas, que

neste caso foi prorrogada a entrega até às 23:59 do dia 18 de Junho de 2010 e abertura às

10:00 de 21 de Junho de 2010.

3.2.5 Apresentação das propostas Terminado o prazo fixado para apresentação das propostas, o júri reúne no dia útil imediato

ao prazo de entrega das mesmas, procede à elaboração da lista de concorrentes e atribui a

estes um login e uma password de acesso as propostas.

FORMAÇÃO DO CEOP

Hélio Bruno Zambujo Dias 20

3.2.6 Análise, avaliação e ordenação das propostas

Para que a avaliação das propostas se realize de forma correta, esta etapa deve ser coerente

com o programa do procedimento e, é necessário que os modelos de avaliação das propostas

sejam os mais adequados para a qualificação dos concorrentes.

No seguimento da entrega das propostas, o júri analisa de acordo com o critério de

adjudicação e com base no modelo de avaliação, composto geralmente por fatores e

subfactores, coeficientes de ponderação, escala de pontuação e pelo modo de atribuição das

pontuações de cada fator, a fim de estabelecer a sua ordenação.

O júri procede à análise das propostas, verificando se as mesmas podem prosseguir ou se

devem ser excluídas com fundamento no n.º2 do artigo 146º e/ou no n.º2 do artigo 70º, do

CCP [6], podendo solicitar esclarecimentos aos concorrentes, publicitando-os na plataforma.

Na avaliação, as propostas não excluídas são avaliadas por aplicação do modelo de avaliação

incluído no programa do procedimento. Segundo o programa de procedimentos foram

considerados os seguintes critérios, com a ponderação dos seguintes fatores, dispostos por

ordem decrescente de importância:

� Preço da proposta – 60%

� Valia técnica da proposta – 40%

No preço das propostas apresentadas, caso sejam admitidas propostas com valor inferior a

40% do preço base, a estas propostas será atribuída a pontuação máxima.

Na valia técnica são avaliados aspetos natureza técnica, nomeadamente no que respeita à

adequação e coerência do programa de trabalhos (plano de trabalhos, plano de mão de obra e

equipamento), a interdependência de tarefas e as condicionantes à sua execução, rigor na sua

elaboração, método aplicado, compatibilização com o plano de pagamentos e cronograma

financeiro e apreciação da memória descritiva no que respeita à adequação à obra, descrição

dos trabalhos e modo de execução dos mesmos.

A análise e quantificação destes fatores e subfactores são apresentadas em anexo (Anexo C).

3.2.7 Relatório Preliminar

Após a análise das propostas e aplicação do critério de adjudicação constante no programa do

procedimento, o júri reúne e elabora com fundamento o relatório preliminar.

No relatório preliminar, o júri indica fundamentadamente quais as propostas excluídas, e

ordena as propostas para efeitos de adjudicação.

Neste caso foram presentes na plataforma eletrónica quatro propostas, as quais foram

apreciadas pelo respetivo júri.

3.2.8 Audiência prévia

Em 30 de Junho de 2010 foi publicado o relatório preliminar através da plataforma eletrónica

e foi enviado aos concorrentes para se pronunciarem, por escrito, durante o prazo mínimo de

cinco dias úteis, ao abrigo do direito de audiência prévia.

FORMAÇÃO DO CEOP CAPÍTULO 3

Hélio Bruno Zambujo Dias 21

3.2.9 Relatório final

Após a audiência prévia foi elaborado o relatório final, no qual o júri ponderou as observações

dos concorrentes na audiência prévia.

Neste caso foi apresentada a reclamação de um concorrente, a qual, após análise do júri, não

determinou alteração da ordenação dos concorrentes. Caso esta ponderação determinasse uma

alteração da ordenação dos concorrentes, ou o júri excluísse alguma proposta que tinha sido

incorretamente admitida, devia ter-se procedido a nova audiência nos termos do n.º2 do artigo

148º do CCP [6].

É de notar que podem existir tantas audiências prévias quantas as alterações na ordenação dos

concorrentes.

3.2.10 Adjudicação Concluído o processo, o mesmo é submetido à entidade com competência para autorizar, para

fins de adjudicação, tendo acontecido a 31 de Agosto de 2010, dado que não foi apresentado

nenhum recurso por parte de qualquer concorrente.

A figura abaixo apresenta, de forma resumida e simplificada, um fluxograma representativo

das várias fases do referido procedimento.

Figura 3.2 – Fluxograma representativo das etapas para a elaboração de um procedimento de

concurso público na ótica de entidade adjudicante.

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA

Hélio Bruno Zambujo Dias 22

4. ACOMPAHAMETO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA

4.1 PLAO DE TRABALHOS

De acordo com o plano de trabalhos apresentado, o prazo de execução desta obra seria de

dezoito meses, estando o final da mesma previsto para 18 de Setembro de 2012, tendo

presente a possibilidade de prorrogação de prazo prevista na lei.

A presente empreitada compreendeu a execução de todos os trabalhos previstos no CE, sendo

estes os seguintes:

• Trabalhos preparatórios;

• Movimentos de terras e demolições;

� Escavações e demolições

� Aterros

• Betão simples e armado;

• Alvenarias;

• Revestimentos paredes/muros;

• Pavimentos;

• Coberta;

• Serralharias;

• Pinturas e proteções;

• Redes de drenagem de águas residuais e águas pluviais;

• Escadas rolantes;

• Vários;

• Instalação de serviço particular;

• Infraestruturas elétricas;

• Revestimentos de paredes;

� Rede aérea de baixa tensão

� Rede subterrânea de baixa tensão

� Rede subterrânea de iluminação

� Rede de iluminação decorativa

É universalmente reconhecido que uma imagem vale mais que mil palavras. Também na

gestão deste projeto esta afirmação tem uma aplicação plena, uma vez que não é fácil

conceber o exercício desta atividade sem recurso à representação gráfica.

Para melhor compreender todos as espécies de trabalho envolvidas, os prazos, os meios e os

recursos afetos a cada tarefa, apresenta-se em anexo (Anexo D) o esquema do respetivo plano

de trabalhos.

Neste plano de trabalhos foi utilizada uma representação de gráfico de barras, ou de Gannt,

composto por uma coluna com o nome das tarefas, justaposta a uma tabela cujo topo

corresponde a uma escala de tempo, e onde em cada linha é inserida uma barra

correspondente à tarefa cujo nome se encontra à esquerda.

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA CAPÍTULO 4

Hélio Bruno Zambujo Dias 23

Outra questão a ter em conta é a avaliação do caminho crítico, que resulta da posição ocupada

pelas tarefas críticas no agendamento e das suas relações com outras tarefas.

De forma a rentabilizar todos os recursos disponíveis no local e após algumas reuniões entre

os intervenientes diretos na gestão e planeamento da obra, foram definidas as diretrizes

mestras relativamente às possíveis frentes de trabalho, assim como as condicionantes e

limitações existentes de forma a poder ultrapassar todos os obstáculos de arranque,

desenvolvimento e conclusão da obra.

4.2 COSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS ITERVEIETES A fiscalização de obras é nos dias de hoje uma atividade fundamental na área da construção,

dado que permite ao dono de obra, a obtenção de ganhos ao nível da qualidade, custos e

prazos de execução.

O reconhecimento desta situação foi elevado a um novo patamar, desde a publicação da Lei nº

31/2009 de 3 de Julho [14], onde a responsabilidade do diretor de fiscalização e do diretor de

obra, assumem uma elevada dimensão, ao serem obrigatórios termos de responsabilidade

assinados pelos mesmos.

Assim, é cada vez mais importante a articulação entre todos os intervenientes. Seja entidade

executante ou fiscalização é importante ter sempre presente que o acompanhamento técnico

deve ser criterioso e qualquer destas equipas são um conjunto de indivíduos com capacidades

interdisciplinares, que devem trabalhar para um mesmo fim, tendo sempre como base as boas

regras de execução da construção civil e higiene e segurança no trabalho.

ORGAOGRAMA SIMPLIFICADO DO AJDUDICATE/ADJUDICATÁRIO

Figura 4.1 – Fluxograma simplificado das entidades intervenientes

A obra foi adjudicada ao consórcio LIFTECH/KONE, o qual subempreitou todos os trabalhos

de construção civil à empresa Guilherme Gonçalves Correia e Filhos, Lda. e instalações

elétricas à empresa CANAS,SA.

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA

Hélio Bruno Zambujo Dias 24

ORGAOGRAMA SIMPLIFICADO DA ETIDADE FISCALIZADORA

Figura 4.2 – Fluxograma simplificado da entidade fiscalizadora

A equipa de fiscalização foi constituída por técnicos dos quadros da CMMMV, onde estavam

inseridos dois engenheiros civis com as funções de diretor de fiscalização e fiscal substituto,

os quais dirigiram e coordenaram as diversas especialidades da obra, um técnico de higiene e

segurança no trabalho e um técnico de ambiente.

A execução da obra foi, também acompanhada de perto e permanentemente pela equipa

técnica do projetista, que procurou dar resposta às questões técnicas que se iam colocando,

bem como elaborar relatórios nos quais se registam os aspetos considerados mais pertinentes.

4.3 ESTUDOS GEOLÓGICO/ARQUEOLÓGICO No âmbito desta empreitada, o valor de património cultural assumiu um papel de relevo uma

vez que se operou numa zona de potencial aparecimento de achados de natureza arqueológica

no decurso dos trabalhos.

Por falta de viabilidade económica, de economia de tempo e uma vez que já existia um

conhecimento prévio do local, não foram executados trabalhos de prospeção geotécnica por se

tratar de uma zona perfeitamente consolidada, com construção centenária existente, julgando-

se que o terreno terá características que permitam utilização de fundações diretas.

Nestas circunstâncias e mediante um parecer técnico por parte do IGESPAR, IP, a obra foi

acompanhada por um arqueólogo, auxiliado por dois trabalhadores da CMMV, aquando dos

trabalhos de escavação, não dispensando em locais específicos as sondagens prévias de

prospeção.

No sentido de salvaguardar os valores patrimoniais de natureza arqueológica foi dado parecer,

em que “todas as áreas em que, para a execução deste projeto, haja necessidade de haver

intrusão no solo, deverão ser objeto de sondagens arqueológicas prévias e posterior

acompanhamento arqueológico de todos os revolvimentos de terras”. (IGESPAR,2010)

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA CAPÍTULO 4

Hélio Bruno Zambujo Dias 25

Mediante esta condição, foi previamente submetido pelo dono de obra e posteriormente

aprovado pelo IGESPAR, IP um plano de trabalhos arqueológicos.

De acordo com o previsto nas medidas de minimização preconizadas pelo IGESPAR, IP para

a obra em causa, um primeiro momento do plano foi destinado a sondagens prévias ao início

da obra, ao longo do traçado do ascensor.

Foram previstas cinco sondagens, para avaliação do potencial arqueológico do solo e da cota a

que se encontram os possíveis vestígios com interesse arqueológico, no entanto, numa fase

inicial, as sondagens limitaram-se a três e foram realizadas entre os meses de Novembro e

Dezembro de 2010.

A sua implantação foi realizada como apoio técnico dos serviços de topografia da CMMV,

teve em conta a potência estratigráfica dos locais e foi discutida em visitas de trabalho com

técnicos da DRCC da Extensão Territorial de Pombal do IGESPAR, IP.

É possível verificar a sua caracterização através da descrição abaixo e nas peças desenhadas

que se encontram em anexo (Anexo E – Peças desenhadas E01 e E02). Importa referir que

não é apresentada a pormenorização estratigráfica da sondagem 3 devido ao aparecimento de

um afloramento de maciço calcário.

4.3.1 SODAGEM 3

Localização - Zona onde o ascensor tem o seu fim, abaixo do Caminho de Sto. António.

Dimensão (m²) - 2,0 X 2,0

Equipamento – Datum 73 GPS

Resultado

• P<23cm – terra natural e raros fragmentos cerâmicos e pedras calcárias fragmentadas.

• 35cm<P<57cm – afloramento de maciço calcário, muito irregular, com a parte

superficial bastante margosa, desfazendo-se ao contacto.

Fotografia 4.1 – Implantação da sondagem 3 Fotografia 4.2 – Escavação até profundidade

do maciço calcário – sondagem 3

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA

Hélio Bruno Zambujo Dias 26

O surgimento do afloramento a cotas tão superficiais já eram esperadas, pelo que ao ser

atingido o maciço calcário, deram-se por terminados os trabalhos arqueológicos nesta

sondagem.

4.3.2 SODAGEM 4 Localização - A poente do caminho de Santo António, no enfiamento das ruínas da Capela de

Santo António

Dimensão (m²) - 2,0 X 2,0

Equipamento – Datum 73 GPS

Resultado

• P<35cm – solo em terra vegetal de cor muito escura, bastante arável, sem qualquer

vestígio de elemento relevante para estudo.

• 35cm<P<42cm – aparecimento de solo misturado com perdas, bem como algum

fragmentos cerâmicos.

• 42cm<P<58cm – aparecimento de terra de tom mais claro misturado com areia. De

notar que a estratigrafia vai descendo no sentido Poente/Nascente, acompanhando o

declive natural da encosta do castelo.

• 58cm<P<100cm – começou a surgir pedra de maiores dimensões, terra castanha clara

com areia mais grossa.

• 100cm<P<105cm – pedras de grandes dimensões.

• 105cm<P<140cm – afloramento de calcário.

Fotografia 4.3 – Implantação da sondagem 4 Fotografia 4.4 – Escavação até profundidade

do maciço calcário – sondagem 4

Revelou a presença de afloramento calcário entre as profundidades de 1,20m (perfil NO) e

1,40m (perfil SE).

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA CAPÍTULO 4

Hélio Bruno Zambujo Dias 27

4.3.3 SODAGEM 5

Localização - Enfiamento do Paço das Infantas do Castelo

Dimensão (m²) - 2,0 X 2,0

Equipamento – Datum 73 GPS

Resultado

• P<50cm – terra muito escura e solta, arável.

• 50cm<P<63cm – começa a surgir pedra misturada com terra.

• 63cm<P<88cm – aparecimento de afloramento rochoso.

• 88cm<P<200cm – aparecimento de afloramento rochoso.

Fotografia 4.5 – Implantação da sondagem 5 Fotografia 4.6 – Escavação até profundidade

do maciço calcário – sondagem 5

Deu-se por concluída quando junto ao perfil SE surgiu o maciço calcário aos dois metros de

profundidade. De referir que esta sondagem, comparativamente com as restantes, foi a que

apresentou menos elementos de estudo de arqueologia.

O desenvolvimento em profundidade das sondagens teve sempre em consideração a

estratigrafia encontrada, isto é, a sua evolução até atingir os afloramentos foi mediante os

vários prismas estratigráficos. Os perfis obtidos permitiram leituras bastante claras, os quais

são apresentados em anexo (Anexo E – Peça desenhada E02).

4.4 DESEVOLVIMETO DOS TRABALHOS

De acordo com o previsto legalmente, a entidade executante teve à sua responsabilidade todos

os trabalhos preparatórios e/ou acessórios necessários à execução da obra, tais como:

• Montagem de estaleiro e respetivo acesso;

• Restabelecimento de infraestruturas existentes;

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA

Hélio Bruno Zambujo Dias 28

• Garantia de execução da obra em Segurança.

No que respeita à montagem do estaleiro, dadas as exigências funcionais do mesmo e sendo o

espaço bastante limitado, optou-se pela montagem de estaleiros provisórios e localizados em

pontos estratégicos consoante o andamento dos trabalhos.

Os trabalhos desenvolvidos, no acesso viário e nos tramos EM1 a EM3, na primeira fase da

obra, consistem essencialmente em trabalhos de construção civil.

O principal objetivo nesta fase, é a criação de um novo acesso viário e de uma base sólida

onde será montada toda a estrutura metálica do ascensor mecânico, bem como a criação ou

reestruturação de infraestruturas de drenagem e iluminação.

Assim, na descrição dos trabalhos executados os tramos EM1 a EM3 entenda-se como

ensoleiramento geral a base da estrutura a construir e entenda-se como muros, as laterais

dessa mesma estrutura.

4.4.1 EXECUÇÃO DO ACESSO VIÁRIO Como já foi referido anteriormente, a execução do acesso viário consistia no melhoramento e

prolongamento de um acesso já existente até ao topo do terceiro lanço de escadas.

A área a intervencionar estava coberta de vegetação de pequeno porte e algumas árvores, pelo

que foi necessário proceder à desmatação e desarborização desta zona, para que

posteriormente fosse executada a escavação do terreno até serem atingidas as cotas da base do

pavimento, definidas em projeto.

Como é possível verificar através das fotografias apresentadas abaixo, tanto o acesso já

existente como este novo prolongamento, seguem o mesmo alinhamento de um caminho

pedonal existente a uma cota inferior e encontrava-se, em determinadas zonas, separado do

mesmo através de um muro de gravidade em alvenaria de pedra bastante antigo, com altura

média de três metros.

Fotografia 4.7 – Local a intervencionar Fotografia 4.8 – Início dos trabalhos de

desmatação

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA CAPÍTULO 4

Hélio Bruno Zambujo Dias 29

De acordo com o previsto em projeto, deram-se início aos trabalhos de construção de um

muro de contenção em betão armado, sendo para isso necessário a abertura de uma vala com

cerca de 1 metro de largura e profundidade variável ao longo da sua extensão (fotografias 4.9

e 4.10).

Fotografia 4.9 – Colocação da armadura da

sapata do muro

Fotografia 4.10 – Betonagem da sapata do

muro

Os produtos resultantes da escavação, que não tinham as características necessárias para

serem reaproveitados em aterro da própria obra, foram levados a destino final de um operador

licenciado, sendo que o material a reaproveitar foi colocado em zona destinada a stock de

materiais.

Para a execução deste muro, estava previsto o escoramento do muro existente do lado da

passagem pedonal e a execução de cofragem apenas pelo lado do acesso viário, mas a

diminuta resistência do muro existente e o facto do escoramento ter sido colocado de forma

espaçada levou à queda de blocos de pedra, em algumas zonas. Assim, houve a necessidade

de executar cofragem, em alguns pontos, no lado da passagem pedonal.

Ultrapassada esta situação, o fundo de caixa foi coberto por uma lâmina de 10 cm de betão de

classe C12/15 e foram executadas as armaduras em aço da classe A400NR.

Os elementos estruturais foram betonados de acordo com a ordem normal dos trabalhos e

utilizando um betão de classe C25/30, sendo que foi feita a aplicação de juntas tipo “Water-

Stop”, nas zonas de transição de cotas de sapatas, bem como ao longo de todo o muro num

espaçamento definido.

Acabados os trabalhos estruturais, foi executado o enchimento da vala e do piso, até às cotas

previstas em projeto, através do reaproveitamento dos solos da obra e aplicada uma manta

geotêxtil com 175g/m2, sobre a qual foi colocada uma camada de tout-venant de britagem de

1ª qualidade com 0,25 metros de espessura (Fotografias 4.11 e 4.12).

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA

Hélio Bruno Zambujo Dias 30

Nas zonas anteriormente referidas, onde se verificou a queda dos elementos do muro de

alvenaria de pedra foi necessária a reposição das mesmas. Em zonas onde não foi possível o

seu aproveitamento, foram colocadas pedras de características homogéneas idênticas às

existentes, com uma espessura média de 32,5 cm, sendo que a sua forma e dimensão deveriam

ser irregulares. O assentamento foi executado com argamassa de Cal Aérea não hidrófuga do

tipo D. Fradique e recorrendo a grampos de fixação espaçados horizontalmente até aos 100

cm. Nas zonas onde não existia muro de alvenaria de pedra, o novo muro de suporte foi

revestido por alvenaria de pedra e utilizando o mesmo procedimento.

Fotografia 4.13 – Zona de queda do muro

existente

Fotografia 4.14 – Aplicação de revestimento

em alvenaria de pedra no muro de betão

armado

Fotografia 4.11 – Colocação de manta

geotêxtil e compactação de tout-venant

Fotografia 4.12 – Conclusão da compactação

de tout-venant

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA CAPÍTULO 4

Hélio Bruno Zambujo Dias 31

PRICIPAIS CODICIOATES E SOLUÇÕES ADOTADAS

• Parcela de terreno por expropriar e estritamente necessária para o arranque dos

trabalhos.

Solução adotada: Realização de acordo com proprietário de forma a chegar a um

entendimento.

• Falta de espaço para stock de materiais e depósito de resíduos da construção

Solução adotada: Foi definido um espaço com dimensões apropriadas, num raio de

200 m da obra.

• Percurso de acesso para a escavação limitado por falta de espaço de circulação.

Solução adotada: Foram utilizadas máquinas de pequeno porte para escavação e

transporte de produtos sobrantes.

• Infraestruturas elétricas em conflito com o desenvolvimento dos trabalhos.

Solução adotada: Desmantelamento de rede de iluminação pública na zona de conflito

• Estabilidade dos muros de alvenaria de pedra existentes aquando da escavação para

implantação de fundação/muro no seu tardoz.

Solução adotada: Colocação de grampos em varão roscado nos locais onde foram

reconstruidos os muros de alvenaria.

• Impossibilidade de acesso das autobetoneiras aos locais a betonar.

Solução adotada: Transporte do betão com a ajuda de dumpers e betonagem direta a

partir dos mesmos.

4.4.2 EXECUÇÃO DO TRAMO EM3 Devido às condicionantes locais e de forma a facilitar a execução dos trabalhos, a ordem dos

trabalhos foi contrária à numeração de identificação dada aos mesmos, pelo que foi executado

primeiro o tramo EM3.

Tal como se verificou na zona do acesso viário, toda a área de intervenção do tramo EM3 se

encontrava coberta por vegetação de pequeno porte e alguns arbustos, pelo que se procedeu à

desmatação, abate e desarborização de toda esta zona.

Foi também necessário demolir um pequeno arrumo, em alvenaria de tijolo e de construção

rudimentar, o qual interferia com a zona de implantação da obra a executar.

No sentido de dar início aos trabalhos de escavação, foi executada a decapagem, o

nivelamento, o reperfilamento do terreno e uma rampa de acesso, para que máquinas e

equipamentos pudessem ter suficiente espaço de circulação e manobra.

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA

Hélio Bruno Zambujo Dias 32

A colocação da grua estava prevista ser feita na zona de intervenção deste tramo, pelo que foi

preparado um maciço com as dimensões de 4,0x4,0x1,0 m de apoio à implantação da mesma.

Uma vez que a montagem da grua entrava em conflito com a rede de iluminação pública

existente, foram contactadas as entidades competentes, no sentido de serem desmontadas e

desativadas as linhas de baixa tensão da rede elétrica das zonas de conflito.

Sendo que, o tramo EM3 não se desenvolve em zona residencial, foi possível realizar a

situação anteriormente descrita, sem prejuízo para os habitantes.

A grua autoportante utilizada possuía uma lança de 40 m e capacidade de carga à ponta aos

36m de 1000 kg, uma carga máxima aos 16,40 m de 2500 kg e altura de 18 m, servindo de

auxílio aos trabalhos de mobilização de materiais e equipamentos em toda a sua área de

influência.

Fotografia 4.15 – Zona de transição. Início

do tramo EM3

Fotografia 4.16 – Zona de implantação das

escadas do tramo EM3

Fotografia 4.17 – Zona a implantar o tramo

EM3

Fotografia 4.18 – Maciço para colocação da

grua

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA CAPÍTULO 4

Hélio Bruno Zambujo Dias 33

Durante os trabalhos de escavação, verificou-se a existência de uma gruta, a qual não

aparentava ser uma mina de água, por baixo do caminho pedonal existente (Fotografia 4.19).

Visto este ser um caminho a manter e melhorar e uma vez que esta situação comprometia a

estabilidade não só do caminho mas também do muro de gravidade contíguo, houve a

necessidade de estudar uma solução que deixasse toda esta zona em segurança e os trabalhos

pudessem ser desenvolvidos de acordo com o previsto.

No sentido de manter as condições de segurança locais, enquanto se definia a solução a dotar,

o muro foi devidamente escorado com prumos metálicos e vedado o seu acesso à gruta

(Fotografia 4.20).

Fotografia 4.19 – Gruta existente Fotografia 4.20 – Escoramento do muro com

prumos metálicos

A gruta apresentava irregularidade nas faces que compunham o seu interior tornando-se

extremamente difícil cubicar com exatidão as quantidades de material a aplicar no seu

preenchimento.

Mediante estas circunstâncias, foi efetuada uma medição no local, para aferir todas as

quantidades de material a aplicar e saber qual a solução técnica a adotar tendo sempre em

consideração a viabilidade económica da mesma.

A cavidade da gruta apresentava, de acordo com o observado materiais com características à

base de calcários margosos com intercalações argilosas e as dimensões aproximadas de

6,40x4,15x3,60 m.

Foi solicitada a consultadoria técnica a entidade particular externa, de forma a esta apresentar

uma solução técnica para a resolução do problema.

No relatório desta entidade, a solução admitida, uma vez que não estava garantida a

estabilidade das cavidades a médio/longo prazo foi a de proceder ao preenchimento com betão

ciclópico.

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA

Hélio Bruno Zambujo Dias 34

A metodologia de execução dos trabalhos teria por base a limpeza prévia do fundo da

cavidade, removendo areias e os elementos finos e o seu preenchimento por camadas de betão

ciclópico, envolvendo as pedras de alvenaria proveniente do desmonte do afloramento de

pedra do tramos EM2 após a sua triagem.

Foi também apresentado pela entidade executante uma outra solução onde era proposto o

preenchimento da gruta com betão ciclópico e “SIKAGROUT” e a colocação de 10

extensores metálicos irrecuperáveis. A metodologia de execução dos trabalhos teria por base a

aplicação dos extensores metálicos espaçados com base em cálculos efetuados, seguido do seu

preenchimento com betão ciclópico e por fim a execução de dois carotes para a injeção do

“SIKAGROUT”. A solução apresentada, apesar de tecnicamente viável apresentava um

elevado custo de execução, sendo desde logo declinada.

Foi ainda sugerido pela Entidade Fiscalizadora, uma solução alternativa que reduzia os custos

em cerca de 80 % e tinha por base a aplicação dos extensores metálicos espaçados com base

em cálculos efetuados, seguido da execução de uma laje de betão armado para refechamento

da cúpula com ligação ao elemento vertical lateral do muro de suporte e por fim a execução

de uma lâmina de espessura de 5 cm de betão fracamente armado com malhasol SQ38 (Figura

4.3).

Figura 4.3 – Esquema representativo da solução apresentada pela Entidade Fiscalizadora

Analisadas todas as vantagens e desvantagens das soluções propostas e tendo sempre em

consideração as vertentes técnica e económica, a solução adotada consistiu no preenchimento

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA CAPÍTULO 4

Hélio Bruno Zambujo Dias 35

de cavidade da gruta na mesma proporção de quantidades de betão ciclópico e pedra, ou seja,

um volume de betão (6,60x4,15x3,60) = 49,30m3 e um volume de pedra (6,60x4,15x3,60) =

49,30m3.

A sequência prevista para estes dos trabalhos, foi planeada para ser executada depois de

executada a fundação e o muro de suporte lateral esquerdo deste tramo de escadas.

Uma vez que o caminho e o muro se encontravam devidamente estabilizados, continuaram-se

com os trabalhos de escavação até à cota de implantação do ensoleiramento geral a executar.

O planeamento de trabalhos para a execução da fundação deste tramo foi dividido em três

fases, uma vez que esta zona apresentava uma inclinação acentuada. Atingida a cota definida,

o piso foi coberto por uma camada de betão de limpeza com 10 cm de espessura, com betão

da classe C15/20 e foram executadas “in situ”, as armaduras do ensoleiramento geral, em aço

A400 NR. Aquando da execução deste ensoleiramento, foram colocadas as tubagens para

passagem de infraestruturas de drenagem de águas pluviais e elétricas.

Após a betonagem do ensoleiramento, a qual foi realizada com betão da classe C30/37, foi

efetuado o mesmo procedimento para os muros laterais.

Os trabalhos foram acompanhados pela Entidade Fiscalizadora, de forma verificar que as

exigências para o preenchimento da gruta eram de facto cumpridas: uma camada de

enchimento que ofereça as condições de estabilidade suficiente e necessária para o suporte da

fundação do muro de gravidade e suportar as ações do seu peso próprio.

As quantidades de betão aplicadas foram superiores ao previsto, tendo sido necessário um

volume de betão de aproximadamente 60m3 que foram preenchidos de uma só vez por várias

camadas com pedra (Fotografias 4.21 e 4.22).

Fotografia 4.21 – Colocação de pedra para

preenchimento da gruta

Fotografia 4.22 – Preenchimento da gruta

com betão ciclópico

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA

Hélio Bruno Zambujo Dias 36

Concluída a betonagem dos elementos estruturais verticais da segunda fase, deram-se início

aos trabalhos de preenchimento da gruta e posteriormente à terceira fase deste tramo, o lanço

inclinado, onde também foram colocadas as tubagens para passagem de infraestruturas de

drenagem de águas pluviais e elétricas.

Nas mudanças de direção e diferença de cota dos elementos de fundação dos muros de suporte

foram colocadas juntas de dilatação do tipo “Water-Stop” de acordo com o previsto nas

especificações técnicas do CE.

Posteriormente foi realizado o melhoramento do acesso pedonal ai existente e revestidos os

muros com alvenaria de pedra (Fotografias 4.23 e 4.24).

PRICIPAIS CODICIOATES E SOLUÇÕES ADOTADAS

• Falta de espaço para stock de materiais e depósito de resíduos da construção.

Solução adotada: Foi definido um espaço com dimensões apropriadas, num raio de

200 m da obra.

• Estabilidade de um muro de alvenaria de pedra devido ao aparecimento de uma gruta

aquando da escavação.

Solução adotada: Após vários pareceres técnicos e tendo em consideração a vertente

económica, optou-se por encher o buraco da gruta com betão e pedra sobrante de

alguns muros demolidos.

• Afloramento de pedra existente na implantação do 3º tramo das escadas, e

consequente necessidade de provocar vibrações nas construções da periferia.

Solução adotada: Escoramento das zonas críticas.

Fotografia 4.23 – Vista a montante dos

muros revestidos com alvenaria de pedra

Fotografia 4.24 – Vista a jusante dos muros

revestidos com alvenaria de pedra

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA CAPÍTULO 4

Hélio Bruno Zambujo Dias 37

• Acesso ao tramo EM3 devido à diferença de cotas existentes entre este e a plataforma

do acesso viário.

Solução adotada: Foi criada uma rampa auxiliar constituída por solos provenientes da

escavação e tout-venant.

• Impossibilidade de acesso das autobetoneiras aos locais a betonar.

Solução adotada: Transporte do betão com a ajuda de dumpers e betonagem com

auxílio do balde e da grua.

4.4.3 EXECUÇÃO DO TRAMO EM2 Podemos considerar que o tramo EM2 foi de todos o que mais comprometeu a execução dos

trabalhos previstos.

Devido à acentuada inclinação do terreno nesta zona, a escavação do terreno foi realizada por

banquetas, permitindo assim mobilizar, de forma faseada, equipamentos de pequeno porte

para a escavar e criar diversas plataformas de trabalho (Fotografias 4.25 e 4.26).

Fotografia 4.25 – Vista da inclinação do

terreno

Fotografia 4.26 – Criação de banquetas

Aquando dos trabalhos de escavação, verificou-se que o muro de alvenaria de pedra

confinante com o lanço de escadas pedonais e que seria a manter, não possuía qualquer tipo

de fundação de suporte abaixo das cotas previstas em projeto, encontrando-se assim em risco

evidente de colapso, pelo que foi necessário proceder ao seu escoramento através de prumos

metálicos (Fotografias 4.27 e 4.28).

No seguimento do exposto, foi solicitado o parecer técnico ao projetista da estabilidade para

se pronunciar sobre eventuais medidas a adotar resolução deste problema, de forma a

prosseguirem os trabalhos em total segurança e adotar uma solução técnica para garantir a

estabilidade do referido muro.

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA

Hélio Bruno Zambujo Dias 38

A solução admitida no parecer técnico do projetista, uma vez que não estava garantida a

estabilidade do muro de alvenaria a médio/longo prazo foi a de proceder ao prolongamento do

elemento vertical lateral do muro de suporte e fundação numa extensão de 10 metros.

Fotografia 4.27 –Escoramento do muro

“suspenso”

Fotografia 4.28 – Vista superior do

escoramento do muro “suspenso”

Verificou-se também que à medida que foi aumentando a profundidade de escavação aparecia

um afloramento de pedra, o qual teve de ser desmantelado por martelo hidráulico colocado

braço de uma máquina de pequeno porte, a fim de serem atingidas as cotas de implantação do

ensoleiramento geral (Fotografias 4.29 e 4.30).

Fotografia 4.29 – Marcação de cotas

topográficas

Fotografia 4.30 – Vista do afloramento de

pedra

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA CAPÍTULO 4

Hélio Bruno Zambujo Dias 39

Dado que, este tipo de trabalhos originava um elevado número de vibrações e a proximidade

ao aglomerado populacional era curta, foi necessário proceder ao realojamento de uma pessoa

idosa, devido à situação de risco de segurança associado à moradia onde residia. Como

solução, optou-se pelo seu alojamento na Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho,

até que pudesse regressar à sua habitação.

Tal como havia acontecido no tramo EM3, durante os trabalhos de escavação, verificou-se a

existência de uma gruta na extensão de um muro de alvenaria de pedra, a qual não sofreu

qualquer tipo de intervenção, uma vez que não interferia diretamente nos trabalhos a realizar.

Fotografia 4.31 – Gruta existente Fotografia 4.32 –Criação de rampa de acesso

Suprimidas estas condicionantes, foi dada continuidade aos trabalhos de acordo com o

previsto em projeto. Foi adotado o mesmo planeamento e método trabalho do tramo EM3,

para execução dos elementos estruturais horizontais e verticais.

Fotografia 4.33 – Percurso pedonal Fotografia 4.34 – Conclusão da estrutura

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA

Hélio Bruno Zambujo Dias 40

Neste tramo, houve um cuidado redobrado com os escoramentos a efetuar de modo a

minimizar todo impacto causado pelas vibrações provocadas e de forma a garantir a segurança

de todos os trabalhadores.

As dificuldades de acesso da autobetoneira a alguns pontos críticos deste tramo, já eram

previstas, pelo que foram adotados métodos e técnicas que fizessem chegar o betão em

perfeitas condições de utilização.

Posteriormente foi realizado o melhoramento do acesso pedonal aí existente e revestidos os

muros com alvenaria de pedra.

PRICIPAIS CODICIOATES E SOLUÇÕES ADOTADAS

• Percurso de acesso para a escavação limitado devido à acentuada pendente do terreno

e falta de espaço de circulação.

Solução adotada: Abertura do terreno por banquetas e criação de acesso em rampa

para movimentação de terras sobrantes da escavação.

• Impossibilidade de acesso das autobetoneiras aos locais a betonar.

Solução adotada: Transporte do betão com a ajuda de dumpers e betonagem com

auxílio do balde e da grua.

• Necessidade de garantir a estabilidade de um muro de gravidade de alvenaria de pedra

devido à falta de fundação do mesmo, verificado aquando da escavação.

Solução adotada: Após parecer técnico do projetista e tendo em consideração a

vertente técnica, optou-se por prolongar o elemento vertical do muro de suporte e a

fundação numa extensão de 10 metros.

• Afloramento de pedra existente na implantação do 2º tramo das escadas, e

consequente necessidade de provocar vibrações nas construções da periferia.

Solução adotada: Escoramento das zonas críticas e controlo de fissuração nas

habitações periféricas através de métodos tradicionais.

• Segurança de idosa residente em habitação contígua ao tramo EM2

Solução adotada: Alojamento da moradora nas instalações da Santa Casa da

Misericórdia de Montemor-o-Velho.

4.4.4 EXECUÇÃO DO TRAMO EM1 Contrariamente aos dois tramos anteriores, esta fase da obra foi desenvolvida no seio do

aglomerado populacional da vila, a ligação à principal rua do centro histórico.

No local a intervencionar existia uma escada, a qual dava acesso às habitações existentes ao

longo da encosta e foi necessário proceder à sua demolição.

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA CAPÍTULO 4

Hélio Bruno Zambujo Dias 41

Demolidas as estruturas que interferiam com o normal desenvolvimento dos trabalhos, e

precavidas as situações das infraestruturas existentes, deu-se início aos trabalhos de escavação

até à cota de implantação do ensoleiramento geral (Fotografia 4.35 e 4.36).

Fotografia 4.35 – Demolição da escada

existente

Fotografia 4.36 – Vista superior da zona a

intervencionar

Tal como nos tramos anteriores, foi colocada uma camada de betão de limpeza com 10 cm de

espessura, com betão da classe C15/20, foram executadas “in situ”, as armaduras do

ensoleiramento geral, em aço A400 NR e foram reajustadas as infraestruturas elétricas e de

drenagem de águas pluviais (Fotografia 4.37).

Após a betonagem do ensoleiramento, a qual foi realizada com betão da classe C30/37, foi

efetuado o mesmo procedimento para os muros laterais e para as novas escadas pedonais, as

quais se desenvolvem paralelamente à estrutura onde irá funcionar o ascensor mecânico

(Fotografia 4.38).

Sendo que o percurso pedonal assistido, tem início neste tramo, foi aqui construída a Casa das

Máquinas, onde irá ficar todo o equipamento necessário ao perfeito funcionamento mecânico

do ascensor (Fotografia 4.39). Importa referir que estes equipamentos devem ficar instalados

em zonas acessíveis, no sentido de facilitar as manutenções periódicas obrigatórias ou

eventuais reparações.

Depois de concluídas todas as ligações e adequadas as infraestruturas foram betonadas todas

as estruturas às cotas necessárias de forma a receber os tramos de escada rolante e

revestimentos dos acessos pedonais (Fotografia 4.40).

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA

Hélio Bruno Zambujo Dias 42

Fotografia 4.37 – Colocação da armadura Fotografia 4.38 – Conclusão da betonagem

do ensoleiramento

Fotografia 4.39 – Casa das Máquinas Fotografia 4.40 – Alteração de infra-

estruturas existentes

PRICIPAIS CODICIOATES E SOLUÇÕES ADOTADAS

• Falta de espaço para stock de materiais e depósito de resíduos da construção.

Solução adotada: Foi definido um espaço com dimensões apropriadas, num raio de

200 m da obra.

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO DA OBRA CAPÍTULO 4

Hélio Bruno Zambujo Dias 43

• Impossibilidade de acesso das autobetoneiras aos locais a betonar.

Solução adotada: Transporte do betão com a ajuda de dumpers e betonagem com

auxílio do balde e da grua.

• Conflito com infraestruturas existentes - públicas e particulares.

Solução adotada: Desmantelamento de rede de iluminação pública na zona de conflito

• Dificuldade em garantir acessos às casas pelos residentes

Solução adotada: Foram criadas plataformas de acesso.

• Cofragem de elementos verticais em painéis de grandes dimensões.

Solução adotada: Mobilização de grua móvel.

• Condicionamento do trânsito na zona histórica da vila com obstrução total da faixa de

rodagem - sentido único.

Solução adotada: Corte do trânsito em dias específicos, com aviso prévio dos

habitantes.

PLANEAMENTO E CONTROLO DE CUSTOS

Hélio Bruno Zambujo Dias 44

5. PLA�EAME�TO E CO�TROLO DE CUSTOS A execução do CEOP é, em geral, um processo complexo, no qual os representantes das duas

partes, entidade adjudicante e entidade executante devem desenvolver um processo de

cooperação em favor dos bons resultados finais. (Tavares, 2008) [21]

O sucesso da execução de qualquer empreitada passa, inquestionavelmente, por um

planeamento completo e pormenorizado de todos os trabalhos desenvolver. No entanto e

como complemento, torna-se indispensável realizar um acompanhamento contínuo dos

trabalhos em desenvolvimento. Este acompanhamento deverá englobar os três vetores

fundamentais de qualquer projeto: o tempo, o custo e a qualidade.

O controlo de custos de execução de uma empreitada, na ótica da fiscalização, está

relacionado com todos os custos inerentes à faturação de trabalhos a executar e os custos

inerentes aos erros e omissões não detetáveis na fase de concurso.

5.1 PLA�EAME�TO Como já foi referido anteriormente, o prazo de execução da obra era de dezoito meses, no

entanto, devido a questões de gestão de tempo, não foi possível acompanhar a obra na sua

totalidade, pelo que este capítulo incide exclusivamente sobre os primeiros doze meses de

obra.

De acordo com o previsto em CE, coube à entidade executante a realização de todos os

trabalhos preparatórios ou acessórios, bem como a disponibilização de todos os meios

necessários, nomeadamente, materiais, meios humanos, técnicos e equipamentos.

De acordo com o plano de trabalhos apresentado em capítulo anterior deste relatório,

apresenta-se de seguida, uma breve análise à evolução dos trabalhos previstos em contrato.

Quadro 5.1 – Trabalhos executados no final do 1º Trimestre

ATIVIDADE Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12

MOVIME�TO DE TERRAS E DEMOLIÇÕES

BETÃO SIMPLES E ARMADO

ALVE�ARIAS

REVESTIME�TOS DE PAREDES/MUROS

PAVIME�TOS

COBERTURA

SERRALHARIAS

PI�TURAS E PROTECÇÕES

REDE DE DRE�AGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS E PLUVIAIS

ESCADAS ROLA�TES

VÁRIOS

I�STALAÇÃO DE SERVIÇO PARTICULAR

I�FRAESTRUTURAS ELÉCTRICAS

PLANEAMENTO E CONTROLO DE CUSTOS CAPÍTULO 5

Hélio Bruno Zambujo Dias 45

Legenda

Atividades previstas para o1º trimestre

Atividades executadas no 1º trimestre

Atividades previstas no espaço temporal de acompanhamento

Analisando o 1º trimestre representado no quadro anterior, e comparando as quantidades de

trabalhos previsto com as quantidades executadas, é possível verificar que a obra se encontra

atrasada desde bastante cedo, sendo que os trabalhos previstos, não foram de todo concluídos

dentro do prazo estabelecido para o efeito.

Esta situação deve-se essencialmente a dois fatores. Embora tenha sido dado início aos

trabalhos no dia 5 de Maio de 2011, estes foram imediatamente interrompidos, devido à falta

de posse administrativa de uma parcela de terreno, necessária para dar início à obra e o

rendimento dos recursos para efecutar cada uma das tarefas agendadas era bastante inferior ao

previsto.

Quadro 5.2 – Trabalhos executados no final do 2º Trimestre

ATIVIDADES Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12

MOVIME�TO DE TERRAS E DEMOLIÇÕES

BETÃO SIMPLES E ARMADO

ALVE�ARIAS

REVESTIME�TOS DE PAREDES/MUROS

PAVIME�TOS

COBERTURA

SERRALHARIAS

PI�TURAS E PROTECÇÕES

REDE DE DRE�AGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS E PLUVIAIS

ESCADAS ROLA�TES

VÁRIOS

I�STALAÇÃO DE SERVIÇO PARTICULAR

I�FRAESTRUTURAS ELÉCTRICAS

Legenda

Atividades previstas até ao final do 2º trimestre

Atividades executadas até ao final do 2º trimestre

Atividades previstas no espaço temporal de acompanhamento

PLANEAMENTO E CONTROLO DE CUSTOS

Hélio Bruno Zambujo Dias 46

No 2º trimestre foi possível verificar um agravamento do atraso anteriormente apresentado.

Foram iníciados os trabalhos da rede de drenagem de águas residuais e pluviais e a instalação

de serviços particulares, mas mais uma vez houve a necessidade de parar. É nesta altura que

surgem algumas situações não previstas em obra, as quais levaram à realização de trabalhos a

mais, tendo estes tido um forte impacto no decorrer normal dos trabalhos previstos.

No que respeita ao início da colocação das escadas rolantes, foi decidido em reunião para o

efeito, que esta só seria realizada posteriormente, aquando da finalização dos trabalhos de

alvenaria e revestimentos de paredes e muros.

Há também que referir, que as condicionantes locais não permitiam o cumprimento do plano

de mão-de-obra previsto, contribuindo também para o atraso da obra.

Quadro 5.3 – Trabalhos executados no final do 3º trimestre

ATIVIDADE Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12

MOVIME�TO DE TERRAS E DEMOLIÇÕES

BETÃO SIMPLES E ARMADO

ALVE�ARIAS

REVESTIME�TOS DE PAREDES/MUROS

PAVIME�TOS

COBERTURA

SERRALHARIAS

PI�TURAS E PROTECÇÕES

REDE DE DRE�AGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS E PLUVIAIS

ESCADAS ROLA�TES

VÁRIOS

I�STALAÇÃO DE SERVIÇO PARTICULAR

I�FRAESTRUTURAS ELÉCTRICAS

Legenda

Atividades previstas até ao final do 3º trimestre

Atividades executadas até ao final do 3º trimestre

Atividades previstas no espaço temporal de acompanhamento

No 3º trimestre é possível verificar que os trabalhos de betão simples e armado e as alvenarias

se encontravam concluídos, cumprindo assim o plano de trabalhos estipulado para a data em

questão.

Conforme aconteceu no trimestre anterior, surgiu novamente uma situação não prevista em

obra, a qual se refletiu no incumprimento do plano de trabalhos e num maior atraso da

mesma. Assim, foi novamente sentido o abrandamento dos trabalhos, devido aos trabalhos a

PLANEAMENTO E CONTROLO DE CUSTOS CAPÍTULO 5

Hélio Bruno Zambujo Dias 47

mais e ao baixo rendimento de execução. Como, nesta altura, existia apenas uma frente de

trabalho e as atividades a ser iniciadas dependiam de outras ainda não terminados, não foi

possível avançar com mais celeridade.

Quadro 5.4 – Trabalhos executados no final do 4º Trimestre

ATIVIDADE Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12

MOVIME�TO DE TERRAS E DEMOLIÇÕES

BETÃO SIMPLES E ARMADO

ALVE�ARIAS

REVESTIME�TOS DE PAREDES/MUROS

PAVIME�TOS

COBERTURA

SERRALHARIAS

PI�TURAS E PROTECÇÕES

REDE DE DRE�AGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS E PLUVIAIS

ESCADAS ROLA�TES

VÁRIOS

I�STALAÇÃO DE SERVIÇO PARTICULAR

I�FRAESTRUTURAS ELÉCTRICAS

Legenda

Atividades previstas até ao final do 4º trimestre

Atividades executadas até ao final do 4º trimestre

No 4º e último trimestre foram terminados os trabalhos de movimentação de terras e deram-se

início aos trabalhos de revestimento de paredes/muros e cobertura da casa das máquinas. É de

notar que a rede de drenagem de águas residuais e pluviais, bem como a instalação de serviços

particulares e infraestruturas elétricas tiveram um avanço bastante significativo neste

trimestre.

Uma vez que, por motivos de gestão de tempo, a obra só foi acompanhada por um período de

doze meses, não é possível apresentar o real estado de desenvolvimento dos trabalhos na

presente data. No entanto, e conforme informação fornecida pelo diretor de fiscalização desta

empreitada, já foi dado início à colocação das escadas mecânicas no troco EM3.

Assim, será de esperar que, embora tenham surgido a mais variadas contrariedades e

condicionantes, a obra se encontre terminada dentro do prazo previsto.

Resta acrescentar que os esquemas acima representados, estão na sua forma mais simples, de

modo a sintetizar toda a informação.

PLANEAMENTO E CONTROLO DE CUSTOS

Hélio Bruno Zambujo Dias 48

5.2 CO�TROLO DE CUSTOS

5.2.1 Autos de medição O pagamento da maioria de empreitadas realiza-se com base quantidades de trabalho

realizado para cada item do orçamento, ao qual se dá o nome de auto de medição mensal.

A medição dos trabalhos realizados pela entidade executante, após verificação por parte da

entidade fiscalizadora, era apresentada por quantidades executadas, através de auto medição

até ao 8º dia do mês imediatamente seguinte àquele a que respeitava.

Após a aprovação do auto de medição, por parte do responsável da fiscalização, era emitida a

respetiva fatura e efetuado o pagamento.

No que respeita à faturação mensal dos trabalhos executados, é necessários garantir que todos

os trabalhos a pagar estão realmente e devidamente executados. A vertente de controlo de

custos de eventuais erros e omissões não detetáveis em fase de concurso requer uma análise

mais cuidada, uma vez que é necessário verificar o seu enquadramento na legislação e o seu

pagamento é efetuado num auto independente.

5.2.2 Plano de pagamentos O quadro abaixo apresenta os valores previstos em contrato e os valores efetivamente

faturados em auto de medição, em cada um dos doze meses do acompanhamento da obra.

Quadro 5.5 – Plano de Pagamentos

MESES DE DURAÇÃO

DA OBRA VALOR PREVISTO

EM CO�TRATO VALOR FATURADO AUTO DE MEDIÇÃO

2011

Abril 135.757,87 € 0,00 €

Maio 26.570,95 € 33.532,01 €

Junho 46.660,39 € 62.084,85 €

Julho 113.015,85 € 46.079,44 €

Agosto 113.015,85 € 41.363,74 €

Setembro 60.972,14 € 60.727,72 €

Outubro 142.676,04 € 57.562,76 €

Novembro 57.750,11 € 41.313,48 €

Dezembro 61.378,00 € 42.304,88 €

2012

Janeiro 76.107,54 € 16.251,64 €

Fevereiro 52.832,00 € 22.372,24 €

Março 56.475,58 € 19.352,08 €

Abril 51.875,22 € 9.996,15 €

PLANEAMENTO E CONTROLO DE CUSTOS CAPÍTULO 5

Hélio Bruno Zambujo Dias 49

No que respeita a facturação, verifica-se que existe uma grande diferença entre os valores

previstos e os reais, sendo que a facturação real se afasta largamente da que estava prevista.

Como já foi referido anteriormente, a obra teve o seu início adiado, pelo que no mês de Abril

não foi faturado qualquer valor. No mês de Maio e Junho, os valores faturados foram

superiores ao que estava previsto, pelo que se poderia colocar a hipótese de os trabalhos

estarem a avançar de forma célere e possivelmente seria recuperado o tempo perdido. No

entanto, a partir do mês de Julho, volta a existir um grande desfazamento entre valores,

deitando por terra a hipótese colocada anteriormente.

Até ao final dos doze meses de acompanhamento da obra, verificou-se sempre uma diferença

considerável entre valores previstos e efetivamente faturados.

Não estão incluídos nos valores apresentados, os encargos tidos com os trabalhos a mais, uma

vez que estes são apresentados e faturados de forma independente ao auto de medição mensal.

Apresenta-se de seguida, um gráfico ilustrativo da situação apresentada, o qual permite ter

uma melhor visualização deste desfazamento.

Gráfico 5.1 – Trabalho planeado (previsto) vs Trabalho executado (real)

5.2.3 Trabalhos a mais, trabalhos a menos, erros e omissões

De acordo com o nº1 do artigo 370º do CCP [6], são considerados trabalhos a mais aqueles

cuja espécie ou quantidade não esteja prevista no contrato e que se tenham tornado

necessários à execução da mesma obra na sequência de uma circunstância imprevista e não

€0,00

€20.000,00

€40.000,00

€60.000,00

€80.000,00

€100.000,00

€120.000,00

€140.000,00

€160.000,00

Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9 Mês 10 Mês 11 Mês 12

Previsto

Real

Meses de acompanhamento da obra

PLANEAMENTO E CONTROLO DE CUSTOS

Hélio Bruno Zambujo Dias 50

possam ser técnica ou economicamente separáveis do objeto do contrato sem inconvenientes

graves para o dono de obra ou, embora separáveis, sejam estritamente necessários à conclusão

da obra.

Durante a execução dos trabalhos, surgiram duas situações não previstas em projeto e

impossíveis de identificar aquando da execução do contrato, sendo estas o aparecimento da

gruta no tramo EM3 e a necessidade de execução da fundação de um muro de alvenaria de

pedra no tramo EM2. Assim, podemos afirmar que estas situações se enquadram

perfeitamente no conceito de trabalhos a mais, visto que ambas foram imprevistas, não se

encontravam descritas em contrato e a sua não execução poderia trazer graves inconvenientes

ao dono de obra.

Ambos os casos interferiram com o prazo de conclusão da obra, tendo sido notificado a

entidade executante, no sentido de apresentar em prazo definido legalmente, um plano de

trabalhos modificado, adotando as medidas de correção necessárias à recuperação do atraso

verificado.

Para além das situações já descritas, não foram detetadas, até à data, quaisquer outras

situações a enquadrar neste sub-capítulo.

5.2.4 Revisão de preços Os mecanismos contratuais previstos de revisão de preços destinam-se a incutir confiança

entre partes envolvidas, estabelecendo regras que promovem uma forma justa de dar resposta

às inevitáveis variações dos preços de produção ao longo da vida deste projeto. A revisão de preços contratuais, como consequência de alteração dos custos de mão-de-obra

de materiais ou de equipamentos de apoio durante a execução da empreitada, é efetuada nos

termos do disposto no Decreto-Lei 6 /2004, de 6 de Janeiro [5].

Os métodos de cálculo da revisão de preços, agrupam-se em três tipos:

• Fórmula polinomial;

• Garantia de custos;

• Fórmula de garantia de custos.

Sendo que neste caso, o previsto nas condições técnicas gerais do CE para a revisão de preços

obedece à metodologia de cálculo pela fórmula polinomial.

No seguimento do que foi dito anteriormente, e fazendo o enquadrando deste caso na

legislação, a revisão de preços obedecerá às seguintes fórmulas polinomiais

• F09 – Arranjos Exteriores (Despacho n.º 1592/2004 de 23 de Janeiro) [8]

• F20 – Instalações Elétricas (Despacho n.º 22637/2004 de 12 de Outubro) [9]

e terá como referência os índices de custos de mão-de-obra, materiais e equipamentos

publicados na 2ª série do Diário da República, sob a responsabilidade do INE e da CIFE.

O cálculo do coeficiente da RP mensal, Ct, é efetuado a partir da informação reunida nos

elementos anteriores, e tendo como restrições que este coeficiente é elaborado considerando 6

PLANEAMENTO E CONTROLO DE CUSTOS CAPÍTULO 5

Hélio Bruno Zambujo Dias 51

casas decimais e só há lugar à revisão de preços quando este é superior a 1% em valor

absoluto.

Os preços já estabelecidos no contrato de empreitada serão corrigidos de acordo com os

critérios aplicáveis, tendo como referência o mês anterior à data limite de apresentação da

proposta inicial de trabalhos e os preços que não estejam estabelecidos no contrato inicial

serão calculados com referência ao mês anterior à apresentação da proposta de trabalhos a

mais.

A revisão é efetuada com base no plano de pagamentos de acordo com o art.º4 da RP e cuja

remissão é o art.º 361 do CCP [6] “ o plano de pagamentos, provisão mensal do valor dos

trabalhos a realizar pelo empreiteiro, de acordo com o plano de trabalhos a que diga respeito

e aprovado segundo o estipulado no art.º 361 do DL 18/2008, servirá de referência nos

cálculos das revisões de preços”.

Por outras palavras, significa que a revisão é feita com base no Plano de Pagamentos

contratual, ou com base no último “formalizado” e aprovado formalmente” pelo dono de obra.

Neste caso, apesar de a RP estar contratada e se verificarem ambas as situações referidas

anteriormente, não é apresentado nenhum cálculo para a densificar, uma vez que não foi

executada até ao momento e também pelo facto da obra ainda estar a decorrer.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Hélio Bruno Zambujo Dias 52

6. CO�SIDERAÇÕES FI�AIS

O estágio tratado neste relatório teve a virtude de me proporcionar um contato importante

com um leque de trabalhos e técnicas na área da engenharia invulgarmente grande, que

contribuiu decisivamente para aprofundar os meus conhecimentos.

Além disso, o decorrer da própria empreitada trouxe algumas situações pouco comuns, em

termos de planeamento da obra, por se tratar de uma área de enorme riqueza e importância do

ponto de vista arqueológico.

Desta forma, a condução dos trabalhos foi marcada pelo espirito do emprego de técnicas de

engenharia ao serviço da conservação patrimonial, o que trouxe um interesse e motivação

acrescidos ao trabalho.

Melhorar a mobilidade em locais de orografia desfavorável, é sem dúvida alguma um aspeto

importante para a promoção da deslocação pedonal, garantindo aos residentes e visitantes,

qualidade e segurança na marcha a pé.

O projeto apresentado irá permitir a redução dos tempos de percurso em locais onde estes

eram mais desconfortáveis e aumentar o bem-estar de quem aqui habita ou visita.

No entanto, esta promoção deveria ter ido mais longe, sendo que a revitalização dos espaços

devia permitir a utilização dos mesmos por pessoas com mobilidade condicionada. Tendo em

conta o aspeto das acessibilidades, pese embora as limitações locais, seria de ter tido em

consideração a adoção de um sistema que permitisse a possibilidade de acesso a pessoas nesta

condição.

Sobre o projeto de execução, embora seja um documento de grande importância e tomada de

conhecimento para o acompanhamento dos trabalhos, não foi possível por questões de

confidencialidade e de direitos de autor anexar todos os elementos de solução da obra.

Na avaliação e ordenação de propostas dos CEOP é preponderante o conhecimento prévio dos

elementos do projeto, do caderno de encargos e programa do procedimento de forma a

quantificar de forma correta e imparcial todos os critérios neles previstos, sendo que é de

salientar que nem sempre é o que acontece.

A importância e necessidade de se proceder a um acompanhamento contínuo da execução

deste tipo de obras são notórias. Apenas com um acompanhamento constante é possível, em

fase de execução da obra, ajustar as soluções projetadas às condições reais, reduzindo assim

os custos, de forma bastante significativa.

A decisão de contratar subempreiteiros é também um dos fatores que influência o valor final

de uma obra. O incumprimento do plano de trabalhos previsto, poderá ter como consequência

atrasos significativos no agendamento e custos não previstos.

No sentido de fazer face as situações anteriormente descritas, foi uma mais-valia o

aproveitamento dos quadros técnicos da Câmara Municipal, sendo que a assistência técnica

foi imediata no que respeita a tomada de decisões e existia um conhecimento mais profundo

dos locais e rotinas dos residentes.

Sobre o planeamento e controlo de custos, é também de registar que, a programação do plano

de trabalhos entregue pelo empreiteiro e apresentado em anexo não corresponde à real

CONSIDERAÇÕES FINAIS CAPÍTULO 6

Hélio Bruno Zambujo Dias 53

execução dos trabalhos, sendo que até ao momento de entrega deste documento não foi

possível anexar o documento ajustado.

Em termos de serviços, as alterações que se propõem, assentam sobretudo na melhoria da dos

procedimentos utilizados. Nesse sentido, propõe-se a criação de um manual de procedimentos

para a formação do CEOP, a utilizar por todos os funcionários do departamento, bem como a

implementação de um modelo de gestão e planeamento da fiscalização de obras públicas.

Por último, será importante realçar que, em consequência do presente trabalho, alguns dos

assuntos e metodologias por mim aqui apresentadas, irão no ano de 2103 servir de base para

implementação de propostas de melhoria dos serviços, tendo presente a gestão de recursos

humanos e materiais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Hélio Bruno Zambujo Dias 54

7. REFERÊ�CIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Casela, G. (2003). Levantamento de técnicas de Construção Muraria. Centro Regional de

Artes tradicionais, Porto.

[2] CMMM (2010). http://www.cm-montemorvelho.pt/patrimonio_historico.asp?ref=26MOV

- Câmara Municipal de Montemor-o-Velho (página internet oficial), Portugal.

[3] Decreto - Lei 308/89 de 14 de Setembro. Diário da República, 1ª Série – nº212 –

Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

[4] Decreto - Lei 273/2003 de 29 de Outubro. Diário da República, 1ª Série – nº251 –

Ministério da Segurança Social e do Trabalho.

[5] Decreto-Lei 6/2004 de 6 de Janeiro. Diário da República, 1ª Série-A – nº4 – Ministério

das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

[6] Decreto-Lei 18/2008 de 29 de Janeiro (CCP). Diário da República, 1ª Série – nº20 –

Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

[7] Decreto – Lei 140/2009 de 15 de Junho. Diário da República, 1ª Série – nº113 –

Ministério da Cultura.

[8] Despacho 1592/2004 de 23 de Janeiro. Diário da República, 2ª Série – nº19 – Ministério

das Obras Públicas, Transportes e Habitação – Gabinete do Secretário de Estado de Obras

Públicas

[9] Despacho 22637/2004 de 23 de Janeiro. Diário da República, 2ª Série – nº260 –

Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicação – Gabinete do Secretário de

Estado de Obras Públicas..

[10] Feio, Rui (2007). Gestão de Projetos com o Microsoft 2007. FCA-Editora Informática.

[11] Flor et al. (2008). Manual Prático da Gestão da Construção. Verlag Dashöfer

[12] Imperial, F. (2011). Monte Mayor - a Terra e a Gente. Montemor-o-Velho.

[13] Lei 107/2001 de 8 de Setembro. Diário da República, 1ª Série-A – nº209 – Assembleia

da República.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Hélio Bruno Zambujo Dias 55

[14] Lei 31/2009 de 3 de Julho. Diário da República, 1ª Série – nº127 – Assembleia da

República.

[15] Maria, D. C. (2011). Fiscalização e Acompanhamento de Obra (2ª ed.). Letras e

Conceitos Lda

[16] Portaria n.º 701–G/2008 de 29 de Janeiro. Diário da República, Suplemento, 1ª Série –

nº145 – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

[17] Portaria n.º 701–H/2008 de 29 de Janeiro. Diário da República, Suplemento, 1ª Série –

nº145 – Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

[18] Portaria 1379/2009 de 30 de Outubro. Diário da República, 1ª Série – nº211 – Ministério

das Obras Públicas, Transportes e Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Ensino

Superior.

[19] Portaria n.º 22/2010 de 11 de Janeiro. Diário da República, 1ª Série – nº6 – Ministério

das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

[20] Reis, P. M. (2010). Preparação de Obras de Construção Civil (3ª ed.). Publindústria,

Edições Técnicas.

[21] Tavares, L. V. (2008). A Gestão das Aquisições públicas: Guia de Aplicação do Código

de Contratos Públicos – Decreto-Lei nº 18/2008 – Empreitadas, Bens e Serviços. Lisboa:

OPET.

ANEXOS

Hélio Bruno Zambujo Dias 57

A�EXOS

ANEXOS

Hélio Bruno Zambujo Dias

A�EXO A PARECER DA E�TIDADE PROMOTORA DE ACEITAÇÃO DO ESTÁGIO

cÂMARA MUNTcTPALE MONTEMOR.O-VELHO

DECLARAçAO

Para os devidos efeitos se declara que Hélio Bruno Zambujo Dias, é

trabalhador desta Autarquia, em regime de contrato de trabalho em funções

públicas por tempo determinado, integrado na carreira /categoria de Tecnico

Superior desde 02.09.201 0.

Mais se declara gue, o referido trabalhador tem efectuado o acômpanhamento

do projecto de execução, formulação do contrato de empreitada e fiscalização

da obra em contexto de trabalho do Ascensor Mecânico ao Castelo de

Montemor-o-Velho.

Por ser verdade passo a presente declaração que assino e autentico com o

selo branco em uso neste Município.

Paços do Município de Montemor-o-Velho, 12 de Setembro de 2012

A Chefe de Divisão de Administração e Mode rnização,

A.I.,Èf, !^.r- L,-= &-çt-/ - w / - \ - r - \ c ' \ - / u

, '

Andreia Sofia Marques Lopes dos Santos, Dr.a

ANEXOS

Hélio Bruno Zambujo Dias

A�EXO B PEÇAS DESE�HADAS DO PROJETO DE EXECUÇÃO

N

cal­ada de cubos de calc§rio 10x10x10ZP03 (vi§rio)

laje_ZP08 (pedonal)pedra calc§ria

cal­ada de cubos de calc§rio irregular MATERIAIS:

B

H A

CD

E

F

I

J

ZP14 (pedonal)

blocos_ZP09 (pedonal)

G

G

Alçado

Corte A

a do ac ço d a a o

EM1

ESCADA E1

A

Lumin§rias [Y10]o c o o A c o

Lanterna [Y20]Lanterna tipo INDAL

Lumin§rias [Y11]o c o o A a

co ça d a co a o la dc o aç d cada

l do c o co

Aca a o d a calc a

Acabamento em reboco pintado

l do c o co o o o

Corte C

lo al cada

3.30

4.20

Y10

Y10

EM2

ESCADA E2

A

Lumin§rias [Y10]o c o o A c o

Lanterna [Y20]Lanterna tipo INDAL

Lumin§rias [Y11]o c o o A a

co ça d a co a o la dc o aç d cada

l do c o co

Aca a o d a calc a

Acabamento em reboco pintado

l do c o co o o o

lo al cada

3.30

Y10

EM3

Corte F

LEGENDA:

A

Lumin§rias [Y10]o c o o A c o

Lanterna [Y20]Lanterna tipo INDAL

Lumin§rias [Y11]o c o o A a

co ça d a co a o la dc o aç d cada

l do c o co

Aca a o d a calc a

Acabamento em reboco pintado

l do c o co o o o

Y11

Y11

A

Lumin§rias [Y10]o c o o A c o

Lanterna [Y20]Lanterna tipo INDAL

Lumin§rias [Y11]o c o o A a

co ça d a co a o la dc o aç d cada

l do c o co

Aca a o d a calc a

Acabamento em reboco pintado

Corte G

ESCADA E4

Y11

l do c o co o o oo a al o Ac o o

Y11

Y11

A

Lumin§rias [Y10]o c o o A c o

Lanterna [Y20]Lanterna tipo INDAL

Lumin§rias [Y11]o c o o A a

co ça d a co a o la dc o aç d cada

l do c o co

Aca a o d a calc a

Acabamento em reboco pintado

Corte G

ESCADA E5

l do c o co o o oo a al o Ac o o

Corte B

4.20

Y11_Alinhamento da escada EM1

Y10

Y20

EM1

ESCADA E1

Corte I

ac ço d o

Y10

Y10

E2

EM2

Corte J

0.19

Y10

Y11

EM3

E3

A

Lumin§rias [Y10]o c o o A c o

Lanterna [Y20]Lanterna tipo INDAL

Lumin§rias [Y11]o c o o A a

co ça d a co a o la dc o aç d cada

l do c o co

Aca a o d a calc a

Acabamento em reboco pintado

l do c o co o o o

28.78

16.17

FACE ACABADA NO ALINHAMENTO DA FACHADA

MU9

ARTICULAR COM MURO EXISTENTE

ALINHAMENTO DO MURO EXISTENTE

MU3

MU5

15.35

0.20

26.14

7.89

2.50

0.20

0.26

3.86

1.45

1.44

5.37

11.80

0.46

4.76

12.17

4.05ALINHAMENTO DO MURO EXISTENTE

17.35

11.77

0.20

28.78

29.50

28.75

MU4

MU3

1.67

ALINHAMENTO DO MURO EXISTENTE

0.720.15

0.72

0.15

1.30

1.93

1.67

0.20

3.61

8.64

0.201.1

1

20.65

1.12

0.201.0

3

1.84

2.87

20.91

2.87

MU4

5.32 2.685.55

ALINHAMENTO DO MURO EXISTENTE(manter alinhamento exterior)

ALINHAMENTO DO MURO EXISTENTEALINHAMENTO DO MURO EXISTENTE

(manter alinhamento exterior)

MU1

7.87

7.18

6.46

4.270.17

ALINHAMENTO DO MURO EXISTENTE

MU2

0.20

1.39

1.11

0.50

1.83

3.72

0.25

0.20

0.200

0.151.08

1.440.200

0.58

0.40

0.56

0.181.01

2.03

1.14 1.44

3.18

0.15

0.100.10

0.200.20

1.311.47

0.40

3.18

0.15

0.100.10

0.20

1.44

l do c o co

MATERIAIS:C25/30

A A400 NR

Recobrimento:Em geral 2.5 cmFaces em contacto com a terra 4.0 cm

A o a daç a l cada ca ada d o dlimpeza com 0.10 m de espessura.

A o a l a o a o o o co a a a dainfraestruturas

0.16

0.86

1.53

2.01

0.150.484

0.475

0.15 0.15

0.40

2.40

1.44

2.69

3.96

1.15

0.23

1.25

0.16

0.15 0.15

0.475

0.40

0.10

3.23

3.63

3.83

1.290.48

0.83

0.201.00

2.11

1.17

4.97

1.44

1.00

1.771.82

1.02

1.18

3.97

1.00

0.15

0.40

0.15

0.40

0.10

0.15

1.68

2.05

1.02

2.91

1.15

0.15

0.15

0.475

0.475

1.44

0.24

0.86

3.05

2.39

l do c o co

MATERIAIS:C25/30

A A400 NR

Recobrimento:Em geral 2.5 cmFaces em contacto com a terra 4.0 cm

A o a daç a l cada ca ada d o dlimpeza com 0.10 m de espessura.

A o a l a o a o o o co a a a dainfraestruturas

0.15

1.75

2.16

0.15

1.37

2.54

0.4750.475

1.13

0.15

1.47

3.69

0.200.57

0.15 0.15

0.475

0.475

1.15

0.15

1.44

3.69

0.68

2.08

1.15

2.64

2.36

0.21

0.15

3.25

2.84

0.20

0.475

3.18

4.33

1.08

1.77

1.00

0.15

0.475

3.78

1.00

2.80

1.00

3.96

0.20

0.15

2.00

2.00

1.00

0.15

0.15

3.09

1.00

0.90

1.00 2.16

3.11

l do c o co

MATERIAIS:C25/30

A A400 NR

Recobrimento:Em geral 2.5 cmFaces em contacto com a terra 4.0 cm

A o a daç a l cada ca ada d o dlimpeza com 0.10 m de espessura.

A o a l a o a o o o co a a a dainfraestruturas

0.26

3.06

2.62

0.150.15

0.25

2.39

1.34

0.325

0.475

1.00

3.16

2.63

1.00

0.15

0.15

1.98

2.24

1.14

2.36

1.44

2.39

0.475

0.475

1.37

0.15

0.15

0.4750.475

1.44

2.39

3.30

1.15

1.86

4.43

1.15

0.77

0.18

0.17

0.530.58

4.57

3.46

1.89

2.11

1.00

3.60

2.11

0.82

0.150.18

0.325

1.00

3.23

6.00

0.381 0.14

1.50

5.50

0.150.15

2.25

3.75

1.00

0.250.475

1.34

2.39

0.325

1.72

4.28

1.00

l do c o co

MATERIAIS:C25/30

A A400 NR

Recobrimento:Em geral 2.5 cmFaces em contacto com a terra 4.0 cm

A o a daç a l cada ca ada d o dlimpeza com 0.10 m de espessura.

A o a l a o a o o o co a a a dainfraestruturas

0.80

0.20

0.30

1.50

0.50

0.20

3.34

0.650.65

0.20

0.50

1.50

1.34

1.50

0.50

0.650.65

0.20

1.79

0.50

1.50

0.20

1.92

0.50

1.50

0.20

1.54

1.00

2.00

3.50

0.40

0.20

0.50

1.50

1.88

1.50

0.50

1.41

0.20

l do c o co

MATERIAIS:C25/30

A A400 NR

Recobrimento:Em geral 2.5 cmFaces em contacto com a terra 4.0 cm

A o a daç a l cada ca ada d o dlimpeza com 0.10 m de espessura.

A o a l a o a o o o co a a a dainfraestruturas

N

d d a d a d a- Caixas de visita existentes a manter.CR01 e CR10

- Caixas de visita existentes a eliminar.CR06 e CR09

- Caixas de visita existentes a adaptar as condicionantesdo projecto.

CR04 e CR05

a a d a a co co a a a ada d caa a a

CR02

- Caixas de visita a construir com tampa rebaixada,a ada a a calçada

CR08

- Caixas de visita a construir com tampa rebaixadaada ada co d c o a da o o a o o a

CR03 e CR07

d d a d a l a- Caixas de visita existentes a manter.CP01a a d a a co co a a a ada d ca

a a aCP02

- Caixas de visita a construir com tampa rebaixadaada ada co d c o a da o o a o o a

CP03 e CP06

- Caixas de visita a construir com tampa rebaixada.CP09- Caixas de visita a construir com tampa rebaixada,a ada a a calçada

CP04, CP05 e CP07

alo o ado co a da o o ala a d d a co l a l ca

- Caixas de visita a construir com tampa sumidoura.CP08

CP01

CR02

CR03

CP02

CP03

CR07

CR04

CR05CR06

CR08

CR10

CR01

CR09

CP04

CP05

CP06

CP07 CP08

CP09

Nota: As distâncias entre caixas estão medidas na projecção horizontal.

Perfil do centro histórico _ proposto

Rede de Drenagem de Águas Residuais

Nota: As distâncias entre caixas estão medidas na projecção horizontal.

Perfil do centro histórico _ proposto

Rede de Drenagem de Águas Pluviais

Nota: As distâncias entre caixas estão medidas na projecção horizontal.

Perfil do centro histórico _ proposto

Rede de Drenagem de Águas Pluviais

ANEXOS

Hélio Bruno Zambujo Dias

A�EXO C CÁLCULO DEMOSTRATIVO PARA ORDE�AÇÃO DAS PROPOSTAS

ANEXOS

Hélio Bruno Zambujo Dias

CRITÉRIO DE APRECIAÇÃO DAS PROPOSTAS

X1 (Preço) = 60%

X2 (Valia técnica da proposta) = 40%

Quantificação dos fatores e subfactores:

• X1 – Preço

a) Serão atribuídas as pontuações entre os limites 0 (zero) e 5 (cinco), de acordo com a

fórmula abaixo, sendo 5 (cinco) a pontuação máxima que corresponde a um valor de 40% do

preço base e 0 (zero) a pontuação mínima que corresponde ao valor do preço base. A Fórmula

para a valorização do preço é a seguinte:

O peso específico da proposta i no fator X1 (PiX1), será:

P�X� = 5 − �V� − 0,40xP�0,60xP� � x5�

Onde:

Vi é o valor da proposta em análise

Pb o preço base considerado no procedimento

b) No caso de serem admitidas propostas com valor inferior a 40% do preço base, a estas

propostas será atribuída a pontuação de 5 (cinco).

• X2 – Valia técnica da proposta

� X 2.1 – Programa de trabalhos (Plano de trabalhos, mão-de-obra e

equipamento) e sua interligação com o Cronograma Financeiro

• Muito Bom - 4 a 5: programa de trabalhos que se apresente com uma leitura clara e objetiva

de todos os trabalhos que compõe a obra, por equipa e por tipo de tarefa, caminho crítico,

sequência adequada, metodologia adequada e interligação visível entre os vários planos

apresentados e o cronograma financeiro.

• Suficiente - 3: satisfazendo apenas aspetos essenciais; programa de trabalhos que se

apresente composto de todos os trabalhos que compõe a obra, sequencia adequada,

ANEXOS

Hélio Bruno Zambujo Dias

metodologia adequada e interligação com os vários planos apresentados e o cronograma

financeiro

• Insuficiente - 1 a 2: não satisfazendo aspetos essenciais; programa de trabalhos que se

apresente com incongruências ao nível da interligação entres o vários planos e cronograma

financeiro e/ou até omissões relativamente aos trabalhos previstos em caderno de encargos.

� X2.2 – Memória Descritiva e Justificativa

• Muito Bom - 4 a 5: memória descritiva que se apresente com uma descrição clara e objetiva

do modo de execução de todos os trabalhos que compõe a obra, fazendo referência as equipas

e equipamentos afetos a cada tipo de tarefa.

• Suficiente - 3: satisfazendo aspetos essenciais; memória descritiva com abordagem muito

geral ou sucinta a todos os trabalhos que compõem a obra.

• Insuficiente - 1 a 2: não satisfazendo os aspetos essenciais; memória muito incompleta não

abordando a totalidade dos trabalhos que compõe a obra.

:OTA: A pontuação atribuída será sempre em números inteiros.

O peso específico da proposta i no fator X2 (P iX2) será:

P�X� = P���������

Onde,

P��X� = P��X�.� + P��X�.�

Sendo,

P��X� − ��������� í!" ��#$��%����&$�"; P��X�.�, P��X�.��������������� í!" ���#$��%����&$�", �$%$����!$&�%��� �(�"#�%$#���� E onde,

P�)X� − ����������� í!" ��*á+"*��#$���%����&$�� �(�"#�%$#$�;

O valor relativo da proposta i, (V�) será: �

V� = 0,6 × P��X� + 0,4 × P��X�

ANEXOS

Hélio Bruno Zambujo Dias

CÁLCULOS

Os critérios de adjudicação da empreitada, fixados no ponto 16 do Programa de Concurso são:

a) PREÇO DA PROPOSTA…………………….………………………………………. (60%)

X1 - Preço

O peso específico da proposta i no fator X1 (PiX1), será:

P�X� = 5 − �V� − 0,40xP�0,60xP� � x5�

Em que:

Vi é o valor da proposta em análise

Pb o preço base considerado no procedimento

Logo:

1. CONCORRENTE A

P-X� = 5 − �P-X� − 0,40x.. /00. 000, 000,60x.. /000. 000, 00 � x5� = 1,637

2. CONCORRENTE B

P4X� = 5 − �P4X� − 0,40x.. /00. 000, 000,60x.. /000. 000, 00 � x5� = 1,550

3. CONCORRENTE C

P5X� = 5 − �P5X� − 0,40x.. /00. 000, 000,60x.. /000. 000, 00 � x5� = 1,496

4. CONCORRENTE D

P7X� = 5 − �P7X� − 0,40x.. /00. 000, 000,60x.. /000. 000, 00 � x5� = 1,458

ANEXOS

Hélio Bruno Zambujo Dias

Seguidamente apresenta-se o respetivo quadro com pontuação ordenada por ordem

decrescente relativamente ao critério de adjudicação – Preço da Proposta

CO:CORRE:TE PiX1

Concorrente A 1,637

Concorrente B 1,550

Concorrente C 1,496

Concorrente D 1,458

b) VALIA TÉCNICA DA PROPOSTA…………..……………………………………. (40%)

X2 – Valia Técnica

1 – Concorrente A X2,1 – Programa de Trabalhos

Analisando o programa de trabalhos (plano de trabalhos, mão de obra e equipamento) e a sua

interligação com o cronograma financeiro, este é apresentado com uma leitura clara e objetiva

de todos os trabalhos que compõem a obra, caminho critico, sequência adequada, metodologia

adequada e interligação visível entre os vários planos apresentados e o cronograma financeiro.

O júri entende valorizar o programa de trabalhos com 5,00 valores.

X2,2 – Memória Descritiva e Justificativa

A memória descritiva e justificativa, muito incompleta não abordando a totalidade dos

trabalhos que compõe a obra.

O júri entende valorizar o programa de trabalhos com 2,00 valores.

2 – Concorrente B X2,1 – Programa de Trabalhos

Analisando o programa de trabalhos (plano de trabalhos, mão de obra e equipamento) e a sua

interligação com o cronograma financeiro, este é apresentado com uma leitura clara e objetiva

de todos os trabalhos que compõem a obra, caminho critico, sequência adequada, metodologia

adequada e interligação visível entre os vários planos apresentados e o cronograma financeiro.

O júri entende valorizar o programa de trabalhos com 4,00 valores.

X2,2 – Memória Descritiva e Justificativa

A memória descritiva e justificativa, possui uma descrição objetiva do modo de execução dos

trabalhos que compõe a obra, fazendo referência às equipas e equipamentos a afetar a cada

tarefa.

O júri entende valorizar a memória descritiva com 5,00 valores.

ANEXOS

Hélio Bruno Zambujo Dias

3 – Concorrente C X2,1 – Programa de Trabalhos

Analisando o programa de trabalhos (plano de trabalhos, mão de obra e equipamento) e a sua

interligação com o cronograma financeiro, este é apresentado com uma leitura clara e objetiva

de todos os trabalhos que compõem a obra, caminho critico, sequência adequada, metodologia

adequada e interligação visível entre os vários planos apresentados e o cronograma financeiro.

O júri entende valorizar o programa de trabalhos com 5,00 valores.

X2,2 – Memória Descritiva e Justificativa

A memória descritiva e justificativa, muito incompleta não abordando a totalidade dos

trabalhos que compõe a obra.

O júri entende valorizar o programa de trabalhos com 2,00 valores.

4 – Concorrente D X2,1 – Programa de Trabalhos

Analisando o programa de trabalhos (plano de trabalhos, mão de obra e equipamento) e a sua

interligação com o cronograma financeiro, este é apresentado com uma leitura clara e objetiva

de todos os trabalhos que compõem a obra, com sequência adequada, metodologia adequada e

interligação com o cronograma financeiro.

O júri entende valorizar o programa de trabalhos com 3,00 valores.

X2,2 – Memória Descritiva e Justificativa

A memória descritiva e justificativa, muito incompleta não aborda o modo de execução dos

trabalhos que compõe a obra, não faz referência às equipas e equipamentos a afetar a cada

tarefa.

O júri entende valorizar o programa de trabalhos com 1,00 valores.

CO:CORRE:TE P��X�.� P��X�.� P��X� P�X� P�X�

Concorrente B 5,000 2,000 7,000 1,637 0,788

Concorrente A 4,000 5,000 9,000 1,550 1,000

Concorrente C 5,000 2,000 7,000 1,496 0,778

Concorrente D 3,000 1,000 4,000 1,458 0,444

Em que:

P�X� = 5 − �V� − 0,40xP�0,60xP� � x5�

P��X� = P��X�.� + P��X�.�

ANEXOS

Hélio Bruno Zambujo Dias

P�X� = 9:;<=>?@<=

, �(#������� = 9,000

Posto isto a classificação no que respeita aos critérios de adjudicação da empreitada,

fixados no ponto 14 do Programa de Concurso, já devidamente ordenada, é a seguinte:

CO:CORRE:TE P�X� P�X� Vi

Concorrente B 1,550 1,000 1,330

Concorrente A 1,637 0,778 1,293

Concorrente C 1,496 0,778 1,209

Concorrente D 1,458 0,444 1,053

Onde,

V� = 0,6 × P��X� + 0,4 × P��X�

ANEXOS

Hélio Bruno Zambujo Dias

A�EXO D

PLA�O DE TRABALHOS

ID Nome da Tarefa Duração Início Conclusão

1 CONSIGNAÇÃO 0 d Sex 21-01-11 Sex 21-01-11

2 SUSPENSÃO DA OBRA 0 d Sáb 22-01-11 Sáb 22-01-11

3 INÍCIO / SUSPENSÃO DE TRABALHOS (Parcela não expropriada) 0 d Qui 05-05-11 Qui 05-05-11

4 REINICIO DOS TRABALHOS 0 d Ter 10-05-11 Ter 10-05-11

5 EXECUÇÃO DA EMPREITADA 498 d Ter 10-05-11 Ter 18-09-12

6 TRABALHOS PREPARATÓRIOS 498 d Ter 10-05-11 Ter 18-09-12

7 Montagem de estaleiro 15 d Ter 10-05-11 Ter 24-05-11

8 Manutenção de Estaleiro 468 d Qua 25-05-11 Seg 03-09-12

9 Desmontagem de Estaleiro 15 d Ter 04-09-12 Ter 18-09-12

10 MOVIMENTO DE TERRAS E DEMOLIÇÕES 72 d Qua 25-05-11 Qui 04-08-11

11 ESCAVAÇÕES/DEMOLIÇÕES 24 d Qua 25-05-11 Sex 17-06-11

12 Modulação de terreno na zona de intervenção 24 d Qua 25-05-11 Sex 17-06-11

13 Levantamento de calçada existente 3 d Qua 25-05-11 Sex 27-05-11

14 ATERROS 62 d Sáb 04-06-11 Qui 04-08-11

15 Fornecimento e aplicação de solos 19 d Sáb 18-06-11 Qua 06-07-11

16 Fornecimento e aplicação de solos seleccionados 19 d Qui 07-07-11 Seg 25-07-11

17 Fornecimento e aplicação de aterro com solo cimento 10 d Ter 26-07-11 Qui 04-08-11

18 Fornecimento e aplicação de areia bem apertada 6 d Sáb 04-06-11 Qui 09-06-11

19 Fornecimento e aplicação de tout-venant 11 d Sex 10-06-11 Seg 20-06-11

20 BETÃO SIMPLES E ARMADO 85 d Sex 05-08-11 Sex 28-10-11

21 Fornecimento e aplicação de Betão 5 d Sex 05-08-11 Ter 09-08-11

22 Fornecimento e aplicação de Betão 80 d Qua 10-08-11 Sex 28-10-11

23 Fornecimento e aplicação de juntas tipo "Water-Stop" 2 d Qua 10-08-11 Qui 11-08-11

24 ALVENARIAS 30 d Sáb 29-10-11 Dom 27-11-11

25 Fornecimento e aplicação de pedra em paredes/muros 30 d Sáb 29-10-11 Dom 27-11-11

26 REVESTIMENTOS DE PAREDES/MUROS 16 d Seg 28-11-11 Ter 13-12-11

27 Aplicação de salpisco emboço e reboc 16 d Seg 28-11-11 Ter 13-12-11

28 Em alvenaria de pedra (topos dos muros) 3 d Dom 11-12-11 Ter 13-12-11

29 Em paramentos de betão. 13 d Seg 28-11-11 Sáb 10-12-11

30 PAVIMENTOS 24 d Seg 28-11-11 Qua 21-12-11

31 Fornecimento e assentamento de calçada regular 15 d Sáb 03-12-11 Sáb 17-12-11

32 Fornecimento e assentamento de calçada irregular 4 d Dom 18-12-11 Qua 21-12-11

33 Aproveitamento da restante pedra levantada 4 d Dom 18-12-11 Qua 21-12-11

34 Limpeza e escovagem manual da calçada a levantar 5 d Seg 28-11-11 Sex 02-12-11

35 Aplicação de pedra calcária tipo "Moleanos" 15 d Sáb 03-12-11 Sáb 17-12-11

36 Em lajeado com 5cm espessura 4 d Sáb 03-12-11 Ter 06-12-11

37 Em blocos de pedra com 25cm de altura 4 d Qua 07-12-11 Sáb 10-12-11

38 Em blocos de pedra de remate com dimensões variáveis 4 d Qua 07-12-11 Sáb 10-12-11

39 Em laje de remate com dimensões variáveis 2 d Dom 11-12-11 Seg 12-12-11

40 Em laje guia lateral as escadas 5 d Ter 13-12-11 Sáb 17-12-11

41 COBERTURA 5 d Sáb 29-10-11 Qua 02-11-11

42 Fornecimento e aplicação de revestimento da cobertura 5 d Sáb 29-10-11 Qua 02-11-11

43 SERRALHARIAS 10 d Dom 11-12-11 Ter 20-12-11

44 Fornecimento e montagem de vão 2 d Dom 11-12-11 Seg 12-12-11

45 Fornecimento e montagem de guarda das escadas 3 d Dom 18-12-11 Ter 20-12-11

46 Fornecimento e montagem de chapa de aço 1 d Ter 13-12-11 Ter 13-12-11

47 PINTURAS E PROTECÇÕES 13 d Dom 14-10-12 Sex 26-10-12

48 Fornecimento e aplicação de pintura de paredes rebocadas 13 d Dom 14-10-12 Sex 26-10-12

49 REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS E PLUVIAIS 218 d Qua 25-05-11 Qua 28-12-11

50 Fornecimento e assentamento de tubagens 6 d Qua 25-05-11 Seg 30-05-11

51 Fornecimento e aplicação de canal tipo S100K 4 d Dom 18-12-11 Qua 21-12-11

52 Fornecimento e assentamento de Sumidouro/Sifão 1 d Qui 22-12-11 Qui 22-12-11

53 Fornecimento, assentamento ou execução de caixas 14 d Ter 31-05-11 Seg 13-06-11

54 Adaptação das caixas de visita existentes (CR04 e CR05) 3 d Ter 14-06-11 Qui 16-06-11

55 Reposição de pavimento idêntico ao existente 5 d Qui 22-12-11 Seg 26-12-11

56 Ligação de rede de drenagem pluvial e doméstica 2 d Ter 27-12-11 Qua 28-12-11

57 ESCADAS ROLANTES 370 d Sáb 29-10-11 Qui 01-11-12

58 Fornecimento transporte e montagem de escadas 370 d Sáb 29-10-11 Qui 01-11-12

59 Levantamento da obra 7 d Sáb 29-10-11 Sex 04-11-11

60 Execução de planos de instalação 7 d Sáb 05-11-11 Sex 11-11-11

61 Fabrico de unidades 305 d Sáb 12-11-11 Ter 11-09-12

62 ER1 108 d Sáb 12-11-11 Seg 27-02-12

63 ER2 102 d Ter 28-02-12 Sex 08-06-12

64 ER3 95 d Sáb 09-06-12 Ter 11-09-12

65 Montagem de escadas 48 d Qua 12-09-12 Seg 29-10-12

66 ER1 16 d Qua 12-09-12 Qui 27-09-12

67 ER2 16 d Sex 28-09-12 Sáb 13-10-12

68 ER3 16 d Dom 14-10-12 Seg 29-10-12

69 Afinações 3 d Ter 30-10-12 Qui 01-11-12

70 VÁRIOS 376 d Sáb 29-10-11 Qua 07-11-12

71 Elaboração e fornecimento de desenhos de obra c/ telas finais 5 d Sáb 03-11-12 Qua 07-11-12

72 Fornecimento e aplicação de placa poliestireno com 1cm 1 d Sáb 29-10-11 Sáb 29-10-11

73 Execução de todos os ensaios das especialidades 3 d Ter 30-10-12 Qui 01-11-12

74 Fornecimento e aplicação de placa de identificação de obra 1 d Sex 02-11-12 Sex 02-11-12

75 INSTALAÇÃO DE SERVIÇO PARTICULAR 232 d Ter 31-05-11 Ter 17-01-12

76 Abertura e tapamento de vala, perfil BT 4 d Ter 31-05-11 Sex 03-06-11

77 TUBO PEAD rígido 7 d Sáb 04-06-11 Sex 10-06-11

78 XV 8 d Sáb 11-06-11 Sáb 18-06-11

79 Caixa de derivação, 80x80mm 2 d Ter 27-12-11 Qua 28-12-11

80 Electrificação da cabine 5 d Qui 29-12-11 Seg 02-01-12

81 Quadro eléctrico [QE] 5 d Ter 03-01-12 Sáb 07-01-12

82 Caixa para BTE 4 d Dom 08-01-12 Qua 11-01-12

83 Execução de ramal de baixa tensão para a BTE 3 d Qui 12-01-12 Sáb 14-01-12

84 Certificação das instalações 3 d Dom 15-01-12 Ter 17-01-12

85 INFRAESTRUTURAS ELÉCTRICAS 281 d Ter 31-05-11 Ter 06-03-12

86 REDE AÉREA DE BAIXA TENSÃO 243 d Ter 31-05-11 Sáb 28-01-12

87 ABERT COVA BT 2 d Ter 31-05-11 Qua 01-06-11

88 EXEC MACICO BETÃO CICLOPICO BT 4 d Qui 02-06-11 Dom 05-06-11

89 POSTE BETÃO BT 9-600 2 d Qui 12-01-12 Sex 13-01-12

90 POSTE BETÃO BT 9-400 2 d Sáb 14-01-12 Dom 15-01-12

91 LXS 2*16, COM ACESSÓRIOS DE FIXAÇÃO 4 d Seg 16-01-12 Qui 19-01-12

92 Transferência/subst luminária 3 d Sex 20-01-12 Dom 22-01-12

93 Mudança / regulação cabo torçada 3 d Seg 23-01-12 Qua 25-01-12

94 Desmontagem da rede eléctrica 3 d Qui 26-01-12 Sáb 28-01-12

95 REDE SUBTERRÂNEA DE BAIXA TENSÃO 258 d Ter 31-05-11 Dom 12-02-12

96 Abertura e tapamento de vala, perfil BT 5 d Ter 31-05-11 Sáb 04-06-11

97 Dispositivos de sinalização e protecção 5 d Dom 05-06-11 Qui 09-06-11

98 TUBO PEAD 3 d Sex 10-06-11 Dom 12-06-11

99 EXECUÇÃO CAIXA DE VISITA TIPO BT 2 d Dom 05-06-11 Seg 06-06-11

100 LSVAV 4 d Seg 13-06-11 Qui 16-06-11

101 SUBIDA POSTE/PAREDE LSVAV 2 d Dom 29-01-12 Seg 30-01-12

102 ELECTRODO DE TERRA 2 d Ter 31-01-12 Qua 01-02-12

103 ARM BT W C/ MACIÇ PRÉ-FABRICADO (3T2+3T0) 5 d Qui 02-02-12 Seg 06-02-12

104 TERM+LIG LSVAV 2 d Ter 07-02-12 Qua 08-02-12

105 TERM+LIG SUP 16 A 50 TR A/S DERV 2 d Qui 09-02-12 Sex 10-02-12

106 TER+LIG LSVAV 4X95TR A/S DERV 2 d Sáb 11-02-12 Dom 12-02-12

107 REDE SUBTERRÂNEA DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA 257 d Dom 05-06-11 Qui 16-02-12

108 TUBO PEAD 63/6KG VA 3 d Dom 05-06-11 Ter 07-06-11

109 LSVAV 4X16 MM2 VALA ABERTA / TUBO 4 d Qua 08-06-11 Sáb 11-06-11

110 SUBIDA POSTE/PAREDE LSVAV 4X16 MM2 2 d Seg 13-02-12 Ter 14-02-12

111 TERM+LIG SUP 16 A 50 TR A/S DERV 2 d Qua 15-02-12 Qui 16-02-12

112 REDE DE ILUMINAÇÃO DECORATIVA 273 d Qua 08-06-11 Ter 06-03-12

113 Abertura e tapamento de vala, perfil BT 5 d Qua 08-06-11 Dom 12-06-11

114 Dispositivos de sinalização e protecção 3 d Seg 13-06-11 Qua 15-06-11

115 TUBO PEAD 8 d Qui 16-06-11 Qui 23-06-11

116 VAV 5G4 MM2 VALA ABERTA / TUBO 8 d Sex 24-06-11 Sex 01-07-11

117 FBBN 3G2,5 MM2 VALA ABERTA / TUBO 2 d Sáb 02-07-11 Dom 03-07-11

118 FVV 3G2,5 MM2 VALA ABERTA / TUBO 1 d Seg 04-07-11 Seg 04-07-11

119 Lanterna [Y20] 1 d Sex 17-02-12 Sex 17-02-12

120 Luminária 4 d Sáb 18-02-12 Ter 21-02-12

121 Caixa de portinhola equipada com caixa de derivação 2 d Qua 22-02-12 Qui 23-02-12

122 Quadro de Iluminação Decorativa 2 d Sex 24-02-12 Sáb 25-02-12

123 LSVAV 4X16 MM2 VALA ABERTA / TUBO 2 d Dom 26-02-12 Seg 27-02-12

124 SUBIDA POSTE/PAREDE LSVAV 4X16 MM2 2 d Ter 28-02-12 Qua 29-02-12

125 TERM+LIG LSVAV 4X16 MM2 2 d Qui 01-03-12 Sex 02-03-12

126 TERM+LIG SUP 16 A 50 TR A/S DERV 2 d Sáb 03-03-12 Dom 04-03-12

127 TERRA DE PROTECÇÃO 2 d Seg 05-03-12 Ter 06-03-12

Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set2011 2012

Tarefa Normal

Tarefa Crítica

Data Chave

Tarefa Sumário

Interrupeção

Tarefa Inactiva

Marco Inactivo

Resumo Inactivo

Tarefa Manual

Apenas-duração

Resumo da Agregação Manual

Resumo Manual

Apenas início

Apenas-conclusão

Progresso da Tarefa

PLANO DE TRABALHOS(PRAZO DE EXECUÇÃO DE 18 MESES)

INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE COIMBRA I MESTRADO EM CONSTRUÇÃO URBANA ASCENSOR MECÂNICO AO CASTELO DE MONTEMOR-O-VELHOACOMPANHAMENTO DO PROJETO DE EXECUÇÃO, DA FORMAÇÃO DO CONTRATO DE EMPREITADA E DA FISCALIZAÇÃO DA OBRA

Montemor-o-Velho, Setembro de 2012 PÁG. 1 de 1

Legenda:

ANEXOS

Hélio Bruno Zambujo Dias

A�EXO E PEÇAS DESE�HADAS – ESTUDO ARQUEOLÓGICO