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UIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS DEPARTAMETO DE EGEHARIA CIVIL Avaliação da permeabilidade em revestimentos argamassados: patologias mais freqüentes e soluções Trabalho apresentado ao departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos como requisito para obtenção do grau de Engenheiro Civil. Kamila Bressan de Lima Orientador: Prof. Dr. Almir Sales São Carlos Novembro de 2008

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U�IVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

DEPARTAME�TO DE E�GE�HARIA CIVIL

Avaliação da permeabilidade em revestimentos argamassados: patologias

mais freqüentes e soluções

Trabalho apresentado ao departamento de

Engenharia Civil da Universidade Federal de

São Carlos como requisito para obtenção do

grau de Engenheiro Civil.

Kamila Bressan de Lima

Orientador: Prof. Dr. Almir Sales

São Carlos

Novembro de 2008

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

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Sumário

DEDICATÓRIA ..........................................................................................................3

LISTA DE TABELAS .................................................................................................4

LISTA DE FIGURAS..................................................................................................5

LISTA DE GRÁFICOS...............................................................................................7

1 I�TRODUÇÃO.......................................................................................................9

2 OBJETIVOS ...........................................................................................................9

3 JUSTIFICATIVA .................................................................................................10

4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................................11

4.1 Revestimento em argamassa .................................................................................11

4.1.1 Composição do revestimento em argamassa .................................................................. 12

4.1.2 Materiais constituintes do Revestimento em Argamassa................................................ 13

4.1.2.1 Aglomerantes...................................................................................................... 13

4.1.2.2 Areia ................................................................................................................... 14

4.1.2.3 Adições e aditivos............................................................................................... 14

4.2 Patologias devido à umidade em revestimentos argamassados .........................15

4.3 Avaliação da permeabilidade em revestimentos argamassados ........................23

4.3.1 Método do Cachimbo ..................................................................................................... 25

5 METODOLOGIA .................................................................................................26

5.1 Recursos �ecessários .............................................................................................27

5.2 Execução do Ensaio ...............................................................................................29

6 ESTUDO DE CASOS...........................................................................................30

6.1 Dados Gerais ..........................................................................................................30

6.1.1 Obra 1 ............................................................................................................................. 30

6.1.2 Obra 2 ............................................................................................................................. 32

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- 2 -

6.1.3 Obra 3 ............................................................................................................................. 33

6.1.4 Obra 4 ............................................................................................................................. 35

6.1.5 Obra 5 ............................................................................................................................. 36

6.2 Resultados dos ensaios...........................................................................................38

6.2.1 Obra 1 ............................................................................................................................. 38

6.2.2 Obra 2 ............................................................................................................................. 41

6.2.3 Obra 3 ............................................................................................................................. 43

6.2.4 Obra 4 ............................................................................................................................. 46

6.2.5 Obra 5 ............................................................................................................................. 49

6.3 Análise de Resultados ............................................................................................51

6.3.1 Análise gráfica ................................................................................................................ 51

7 SOLUÇÕES ..........................................................................................................57

8 CO�CLUSÃO.......................................................................................................60

9 REFERÊ�CIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................61

10 A�EXO .................................................................................................................63

10.1 Tabela 3 - Resumo de Dados.............................................................................63

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DEDICATÓRIA

À minha família que teve paciência e perseverança por todo tempo de estudo, quando

meu pensamento estava longe, ou mesmo, quando não estava presente, longe de casa.

Obrigada pelo apoio, pelo amor e carinho de todos os dias e pela ternura.

Aos meus amigos, que tanto me escutaram, me entenderam, e me consolaram nos

tempos em que eu não tinha mais força para seguir. Pelas alegrias e pelos momentos difíceis,

obrigada.

Ao Zé, meu amor, meu confidente, meu amante, meu futuro. Obrigada por todos os

momentos mágicos, por me apoiar e ter paciência a cada dia que passamos juntos.

Amo todos vocês.

Ao Prof, Almir, uma pessoa cativante, que inspira e transpira força e superação,

obrigada pelo apoio, e por estar ao meu lado nessa caminhada.

Muito obrigada.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Propriedades inicialmente relacionadas pela RILEM, como requisitos

de desempenho das argamassas de revestimento (Saretok, 1977 apud Selmo, 1989)...........57

Tabela 2 – Traços normalizados para argamassas mistas de revestimento de

paredes e tetos, por normas da década de 80, XX (Selmo, 1989)...........................................58

Tabela 3 – Resumo de dados .....................................................................................63

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Eflorescência formadas na superfície da parede...................................17

Figura 2 – Ocorrência de criptoflorescência, deslocando a película de tinta e

camadas internas do revestimento ..........................................................................................17

Figura 3 – Ocorrência de bolor e manchas de umidade no revestimento de

argamassa proveniente de ascensão de água do solo.............................................................19

Figura 4 – Fachada com revestimento constituído de saibro apresentando bolor e

desagregação do revestimento.................................................................................................19

Figura 5 – Exemplo de vesícula................................................................................20

Figura 6 – Vesículas no revestimento provenientes de contaminação na areia

(CARASEK, 2003) ...................................................................................................................20

Figura 7 – Muro apresentando fissuras horizontais na parte superior .................21

Figura 8 – Edifício apresentando fissuras mapeadas, com conseqüente

descolamento............................................................................................................................21

Figura 9 – Edifícios apresentando descolamento do revestimento em argamassa

contendo saibro .......................................................................................................................22

Figura 10 – Muro apresentando descolamento do revestimento, com presença de

bolor e musgos na alvenaria ...................................................................................................22

Figura 11 – Ensaio de permeabilidade à água em placas de argamassa, conforme

Método do CSTB .....................................................................................................................23

Figura 12 – Câmara de ensaio “in situ” do IPT acoplada à parede (POLISSE�I,

1986) ...............................................................................................................................24

Figura 13 – Cachimbo ..............................................................................................26

Figura 14 – Pisseta de plástico de 500 Ml ................................................................28

Figura 15 – Massa de calafetar ...............................................................................28

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Figura 16 – Cachimbos de vidro...............................................................................29

Figura 17 – Conta-gotas ...........................................................................................29

Figura 18 – Fachada da Empresa 1 .........................................................................31

Figura 19 – Fachada da Empresa 2 .........................................................................32

Figura 20 – Fachada da Empresa 3 .........................................................................34

Figura 21 – Fachada da Empresa 4 .........................................................................35

Figura 22 – Fachada da Empresa 4 .........................................................................35

Figura 23 – Fachada da Empresa 5 .........................................................................36

Figuras 24 – Aplicação do “Método do Cachimbo” na Empresa 1 ........................38

Figuras 25 – Aplicação do “Método do Cachimbo” na Empresa 2 ........................41

Figuras 26 – Aplicação do “Método do Cachimbo” na Empresa 3 ........................44

Figuras 27 – Aplicação do “Método do Cachimbo” na Empresa 4 ........................46

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 0,40m

Empresa 1 ...............................................................................................................................40

Gráfico 2 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 1,50 m

Empresa 1 ...............................................................................................................................40

Gráfico 3 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 0,40m

Empresa 2 ...............................................................................................................................43

Gráfico 4 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 1,50 m

Empresa 2 ...............................................................................................................................43

Gráfico 5 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 0,40m

Empresa 3 ...............................................................................................................................45

Gráfico 6 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 1,50 m

Empresa 3 ...............................................................................................................................46

Gráfico 7 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 0,40m

Empresa 4 ...............................................................................................................................48

Gráfico 8 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 1,50 m

Empresa 4 ...............................................................................................................................48

Gráfico 9 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 0,40m

Empresa 5 ...............................................................................................................................50

Gráfico 10 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 1,50 m

Empresa 5 ...............................................................................................................................50

Gráfico 11 – Análise geral da primeira medição através do cachimbo a uma altura

de 0,40 m ...............................................................................................................................51

Gráfico 12 – Análise geral da segunda medição através do cachimbo a uma altura

de 0,40 m ...............................................................................................................................52

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Gráfico 13 – Análise geral da terceira medição através do cachimbo a uma altura

de 0,40 m ...............................................................................................................................52

Gráfico 14 – Análise geral da primeira medição através do cachimbo a uma altura

de 1,50 m ...............................................................................................................................53

Gráfico 15 – Análise geral da segunda medição através do cachimbo a uma altura

de 1,50 m ...............................................................................................................................53

Gráfico 16 – Análise geral da terceira medição através do cachimbo a uma altura

de 1,50 m ...............................................................................................................................54

Gráfico 17 – Análise geral da média de medições a uma altura de 0,40 m ............55

Gráfico 18 – Análise geral da média de medições a uma altura de 1,50 m ............55

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1 I�TRODUÇÃO

O tema que este trabalho envolve refere-se a importância do estudo das patologias

que podem ocorrer devido a umidade, que está entre as principais causas de deterioração das

construções residenciais (edifícios e casas), e mais especificamente dos revestimentos em

argamassa, aprofundando assim este estudo com a análise da permeabilidade nestes

revestimentos através de ensaios, podendo assim analisar as principais manifestações

patológicas devido a penetração/absorção da água.

2 OBJETIVOS

Os principais objetivos desta pesquisa, conforme as considerações anteriores,

inserem-se nos seguintes itens:

1. Revisão bibliográfica sobre as principais patologias em relação à penetração da

água em revestimentos argamassados;

2. Pesquisa de campo em diferentes pontos da cidade de São Paulo, analisando a

umidade nestes locais;

3. Aplicação do “Método do Cachimbo” em edificações/obras em diferentes

localidades de São Paulo, possibilitando a verificação da permeabilidade nos

mesmos;

4. Comparação de resultados nas diferentes localidades;

5. Constatação das principais patologias que a água pode ocasionar em

revestimentos argamassados de edificações/obras;

6. Propor soluções e melhorias construtivas visando minimizar os problemas

patológicos relacionados à umidade/permeabilidade de revestimentos

argamassados.

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3 JUSTIFICATIVA

Diversos fatores podem afetar o desempenho das argamassas de revestimento e

provocar patologias, trazendo prejuízos às edificações. Quando isso ocorre, as argamassas

deixam de cumprir suas funções, entre elas a de proteção das alvenarias contra intempéries,

resistência à umidade e isolamento térmico e acústico.

Alguns levantamentos realizados têm apontado a umidade como causa principal das

manifestações patológicas em revestimentos argamassados, segundos alguns apontamentos a

umidade aparece em primeiro lugar em relação à fissuração, que é a segunda maior causa dos

problemas.

A presença da umidade pode ser constatada na maioria das manifestações patológicas

em edificações, principalmente em alvenaria e revestimentos de argamassa. Problemas como

manchas, descolamento de revestimento, aparecimentos de eflorescência, mofo, bolor,

vesículas, descolamento e fissuração podem ser atribuídos especialmente à umidade.

Nesse sentido, visando uma adequada prevenção, é necessária a execução de testes e

a existência de parâmetros para avaliar a estanqueidade à água dos revestimentos

argamassados. Um método interessante para esta análise é o conhecido como “Método do

Cachimbo”, que é um método simples para análise da absorção e da permeabilidade à água

dos revestimentos em argamassa, que pode ser realizado em campo, além de ser um método

barato e não-destrutivo.

Portanto, percebe-se que a durabilidade das edificações está diretamente relacionada

com a resistência à penetração da água nos materiais de construção. Daí a necessidade da

prevenção da penetração de umidade nas edificações e identificação das principais soluções

que podem ser constatadas com este estudo.

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4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1 Revestimento em argamassa

A NBR 13529 (ABNT, 1995) define a argamassa para revestimento como sendo

“uma mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerantes (s) inorgânico(s) e água,

contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento”.

Já o revestimento, englobando a definição de argamassa, pode se dizer como sendo o

recobrimento de uma superfície lisa ou áspera com uma ou mais camadas sobrepostas de

argamassa, em espessura normalmente uniforme, apta para receber um acabamento final.

Assim como, a NBR 13529 (ABNT, 1995) refere-se ao sistema de revestimento

como um elemento formado pelo revestimento de argamassa e acabamento decorativo,

compatível com a natureza da base, condições de exposição, acabamento final e desempenho,

previstos em projeto.

Segundo SABBATINI (1984), os revestimentos de argamassa têm, em geral, as

seguintes funções: proteger as vedações e a estrutura contra a ação de agentes agressivos e,

por conseqüência, evitar a degradação precoce das mesmas, aumentar a durabilidade e reduzir

os custos de manutenção dos edifícios; auxiliar as vedações a cumprirem com as suas funções,

tais como: isolamento termo-acústico, estanqueidade à água e aos gases e segurança ao fogo;

estéticas, de acabamento e aquelas relacionadas com a valorização da construção ou

determinação do padrão do edifício.

Nos últimos anos a indústria da construção civil tem passado por um

desenvolvimento tecnológico em busca de qualidade nos seus produtos e processos

construtivos. As empresas de construção civil estão buscando trocar o empirismo do processo

construtivo pelos conceitos de base científica, visando diminuir o elevado índice de

fenômenos patológicos e desperdícios, mas é ainda grande a quantidade de edificações que

apresentam patologias nos revestimentos de fachada.

Algumas peculiaridades podem ser citadas que dificultam a obtenção de parâmetros

aplicados para as argamassas de revestimento como sendo: forma de execução do

revestimento onde a argamassa é aplicada manualmente e apresenta uma variabilidade muito

grande com relação à resistência de aderência, em função da mão-de-obra; argamassas de

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- 12 -

revestimento, assim como outras, necessitam de propriedades específicas e diferenciadas no

estado fresco, como a plasticidade e consistência, para que possam ser aplicadas; o

desconhecimento de quais propriedades devem ser avaliadas e que métodos devem ser usados

para se obter um perfil de comportamento ou desempenho, ou mesmo para realizar a

especificação de uma argamassa para uma determinada aplicação; grande número de fatores

intervenientes como a natureza do substrato, o preparo da base de aplicação, os materiais

constituintes das argamassas e a sua dosagem também interferem nas propriedades dos

revestimentos.

Com isso, percebe-se a necessidade do conhecimento científico da execução, preparo

e propriedade gerais dos revestimentos em argamassa, podendo assim, combater as principais

patologias que podem ocorrer em relação ao mesmo.

4.1.1 Composição do revestimento em argamassa

Os revestimentos à base de argamassa são compostos, basicamente, pelas camadas de

emboço e reboco ou pelos revestimentos em camada única.

O emboço, conforme a NBR 13529 (1995), “é a camada de revestimento executada

para cobrir e regularizar a superfície da base ou chapisco, propiciando uma superfície que

permita receber outra camada, de reboco ou de revestimento decorativo, ou se constitua no

acabamento final”. Neste último caso, se o próprio emboço se torna o acabamento final, o

revestimento é considerado de camada única.

O reboco conforme a mesma norma é a última camada dos revestimentos

constituídos por múltiplas camadas, servindo como acabamento dos revestimentos de

argamassa. Como esta camada confere a textura final aos revestimentos de múltiplas camadas,

ela não deve apresentar fissuras, principalmente em situações de aplicação externa. Portanto, a

argamassa constituinte desta camada deve apresentar alta capacidade de absorver

deformações.

O emboço é o corpo do revestimento, por ser a camada principal, mais espessa e

ancoradora dos materiais subseqüentes do revestimento, como reboco, pinturas, cerâmicas,

mármore, granito, placas laminadas, revestimentos têxteis, papel de parede, dentre outros

(Cortez, 1999).

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4.1.2 Materiais constituintes do Revestimento em Argamassa

A constituição básica das argamassas de revestimento é dada por aglomerantes

(cimento e/ou cal), areia e água. Podem apresentar aditivos e adições, normalmente acrescidos

com a finalidade de plastificar a massa ou melhorar outras características e propriedades

específicas.

4.1.2.1 Aglomerantes

O cimento Portland e a cal aérea são os aglomerantes mais empregados no Brasil

para confecção de argamassas de revestimento. Enquanto o primeiro está relacionado com a

resistência de aderência, a extensão e a durabilidade da aderência são atribuídas à presença da

cal nas argamassas (Carasek, 1996).

Dentre os aglomerantes hidráulicos, os cimentos Portland são os mais empregados na

produção das argamassas de revestimentos. Tais cimentos precisam da água para que se

processem as reações de hidratação (resultando no endurecimento), como também, após este

processo, formam produtos resistentes à água.

A cal é um aglomerante que desenvolve seu endurecimento através da transformação

da cal em carbonato de cálcio, por fixação do gás carbônico existente no ar (processo de

carbonatação).

De um modo geral, as argamassas que apresentam em sua constituição um elevado

consumo de cimento, tendem a aumentar as propriedades mecânicas, incluindo neste caso a

resistência de aderência; isto pode ser desfavorável para o módulo de deformação, pois caso

este aumente muito, tornará o sistema de revestimento pouco deformável, contribuindo para o

risco de fissuração (Selmo, 1989). Por outro lado, argamassas ricas em cal apresentam alta

extensão de aderência, tanto em nível macro como em nível microscópico, além de aumentar

a capacidade de deformação das argamassas e promover do aumento da retenção de água pela

argamassa (Selmo, 1989 e Carasek, 1996). Ou seja, para se ter uma argamassa mista de boa

qualidade, deve-se unir as qualidades destes dois materiais.

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4.1.2.2 Areia

A capacidade de aderência do revestimento é dependente também dos teores e das

características da areia empregada na confecção das argamassas. De uma forma simplista,

com o aumento do teor de areia há uma redução na resistência de aderência; por outro lado é a

areia, por constituir-se no esqueleto indeformável da massa, que garante a durabilidade da

aderência pela redução da retração (Carasek, 1996).

Normalmente, a escolha de uma areia adequada para uso em argamassas é feita com

base no módulo de finura (MF), que é por definição o resultado da soma das frações retidas e

acumuladas dividido por 100, obtidas durante o ensaio de granulometria da areia utilizando a

série normal de peneiras, especificada pela NBR 7211/83.

Angelim (2000) estudando argamassas de traço 1:1:6 e 1:2:9 (cimento, cal e areia,

em volume), com duas areias distintas (uma classificada como fina e a outra muito fina pela

NBR 7211/83), encontrou para as duas argamassas maiores valores de resistência de

aderência com a areia de partículas maiores. Vale ressaltar que areias muito grossas não

produzem argamassas trabalháveis, pois prejudicam esta propriedade e ,conseqüentemente,

sua aplicação ao substrato, reduzindo a extensão de aderência.

4.1.2.3 Adições e aditivos

É comum no Brasil a utilização de uma fração argilosa (genericamente chamados de

saibro) em argamassas de revestimento e assentamento. O seu proporcionamento é baseado no

empirismo e o motivo de seu uso é por ser um material não processado de baixo custo, que

tem a capacidade de plastificar as argamassas, substituindo a cal na sua composição (Costa et

al., 2001, Silva et al., 1997 e Carasek et al., 2001). Estes autores afirmam que o uso

indiscriminado do saibro, sem controle tecnológico de suas propriedades e características,

baseado em traços empíricos, tem causado um alto índice de manifestações patológicas nas

alvenarias e principalmente nos revestimentos que usam tais argamassas.

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Costa et al., (2001), e Silva et al., (1997), em trabalhos onde avaliaram argamassas

de revestimento, constataram que as argamassas com adição de saibro apresentavam

resultados satisfatórios de desempenho quando comparadas com argamassas mistas de

cimento, cal e areia, sendo viável sua utilização.

Os aditivos incorporadores de ar são materiais orgânicos, usualmente apresentados

na forma de solução, que, quando adicionados ao concreto, às argamassas ou às pastas de

cimento, produzem uma quantidade controlada de bolhas microscópicas de ar, uniformemente

dispersas. Este tipo de ar não deve ser confundido com o ar aprisionado, o qual está

geralmente presente no concreto e nas argamassas, na forma de cavidades irregulares e,

geralmente, são produzidas devido a um inadequado adensamento ou compactação (Rixon &

Mailvaganan, 1999). Estes aditivos são os principais empregados em argamassas com a

intenção de melhorar a plasticidade, permitindo a redução da quantidade de água, além de, em

geral, aumentar a retenção de água e reduzir a exsudação, devido à adição de bolhas de ar. Por

estes motivos os aditivos incorporadores de ar são muitas vezes empregados como

substitutivo da cal, principalmente em argamassas industrializadas, melhorando as

características destas no estado fresco. Já no estado endurecido estes aditivos não substituem a

cal uma vez que não apresentam características aglomerantes.

No entanto, nas argamassas de revestimento com o aumento do teor de ar

incorporado, se verifica uma redução na consistência: teor de ar incorporado é diretamente

proporcional ao tempo de mistura e com o aumento do teor de ar se observou uma redução na

resistência de aderência à tração dos revestimentos.

4.2 Patologias devido à umidade em revestimentos argamassados

Nas edificações, paredes externas têm a função de proteger o interior do edifício

contra a ação de agentes agressivos do meio ambiente, como chuva, sol, vento, etc. a qual

estão constantemente submetidas. A umidade, penetrada através de poros ou fissuras na

superfície externa do revestimento e fissuras entre o substrato e a argamassa, fica acumulada

até evaporar de volta através da face exterior ou permear para o interior do revestimento

(Grimm, 1982), podendo vir a causar algum tipo de manifestação patológica. Um

revestimento necessita de elevada resistência à penetração de umidade combinada com

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elevada permeabilidade ao vapor. Os danos causados pela presença de umidade nas

edificações podem resultar não só em inconveniência ao ocupante, mas também em reparos

na construção, o que pode ser complexo e de alto custo.

Em geral, grande parte das manifestações patológicas em revestimentos de paredes

externas são causadas pela água. A penetração de água nos revestimentos tem como

conseqüência o aparecimento de manchas de umidade, possibilidade de formação de

eflorescência ou vesícula, além de desagregação com pulverulência e o desenvolvimento de

bolor (CINCOTTO, 1983).

A ocorrência de manifestações patológicas em paredes, devido à umidade,

geralmente depende dos seguintes fatores: condição de ocupação, influenciando assim a

produção de vapor nas edificações; ventilação dos locais; temperatura ambiente interior e

isolamento térmico das paredes que entram em contato com ambientes mais frios, já que a

diferença entre temperatura externa e interna influencia no processo de deterioração do

revestimento (HENRIQUES, 1995).

As principais manifestações de desempenho inadequado aparente de revestimentos

em argamassa podem ser citadas como sendo: eflorescência, criptoflorescência, bolor,

vesículas, fissuras e descolamentos, entre outras.

- Eflorescência: são caracterizadas pelo aparecimento de manchas e de depósitos

esbranquiçados e pulverulentos na superfície de revestimentos de argamassas, alvenarias,

concretos e materiais cerâmicos, entre outros, como mostra a Figura 1, que apresenta um

exemplo de eflorescência em revestimento de argamassa. Os depósitos esbranquiçados nada

mais são do que sais cristalizados de metais alcalinos, como sódio e potássio, e alcalino-

terrosos, como cálcio e magnésio (SOUZA, 1997). Os fatores fundamentais para o

aparecimento de eflorescência estão associados à: presença de grande quantidade de água para

a solubilização dos sais, existência de sais solúveis ou parcialmente solúveis em água nos

materiais ou componentes, existência de evaporação ou pressão hidrostática para que a

solução migre para a superfície do revestimento e se cristalize, rede de capilares bem

formada.

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Figura 1 – Eflorescência formadas na superfície da parede (CARASEK, 2003)

- Criptoflorescência: pode ser definida como formações salinas ocultas, a

cristalização ocorre no interior do revestimento. Ela acontece quando a rede de capilares é

escassa, há pouca água disponível ou a evaporação é muito intensa (ROSELLO, 1976).

Segundo Wilson (1984), a criptoflorescência não é fácil de ser detectada, porém causa mais

estrago no componente. O sal ao cristalizar-se aumenta de volume, gerando tensões internas

que deterioram o revestimento, tendo como conseqüência a degradação e fissuração dos

revestimentos, além da formação de vesículas, como mostra a Figura 2.

Figura 2 – Ocorrência de criptoflorescência, deslocando a película de tinta e camadas

internas do revestimento (CARASEK, 2003).

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- Gelividade: mais comum em regiões frias, é um fenômeno observado com o

decorrer dos anos, age de forma constante e geralmente só chega a ser notado após cerca de

oito anos, pois o efeito de cada congelamento individual é imperceptível, mas com o tempo a

repetição do processo faz com que a superfície do revestimento se esfarele. Portanto, é um

fenômeno lento, porém constante. Quando a água no interior dos poros do revestimento

congela, pode resultar em pressões internas e, conseqüentemente, o revestimento tende a

expandir-se e deteriorar-se, principalmente das camadas superficiais, tornando-se

pulverulento (WILSON, 1984; POWERS, 1958). A forma mais comum de dano sofrido é a

erosão progressiva do material devido à ocorrência de fraturas na estrutura dos poros

(RICHARDSON, 1991).

- Bolor: também conhecido como mofo, é conseqüência do desenvolvimento de

microorganismos pertencentes ao grupo dos fungos, causando alterações estéticas em forma

de manchas de tonalidade preta, verde e marrom ou, em menor quantidade, manchas claras

nas superfícies de paredes e tetos, além de odor desagradável. Assim, a formação do bolor

pode acarretar a desvalorização do imóvel, além a possibilidade de ocorrência de problemas

respiratórios dos moradores, pois a maioria dos fungos filamentosos, que causam bolor são

conhecidos como fungos alergênicos e favorecem o aparecimento de doenças como asma e

rinite (SHIRAKAWA et al., 1995). A Figura 3 mostra a ocorrência de bolor e o conseqüente

aparecimento de manchas escuras na parte inferior da fachada devido à falta de

impermeabilização das fundações. A água absorvida para o crescimento do fundo determinará

a extensão do bolor no revestimento. A baixa insolação do ambiente, a existência de

componentes favoráveis ao desenvolvimento de microorganismos, como restos orgânicos na

areia, e a baixa carbonatação da argamassa de revestimento são alguns fatores que podem

agravar o problema. Cabe salientar que, para o desenvolvimento destes fungos, não há

necessidade de existência de luz (BRE, 1992). A Figura 4 mostra a formação de bolor e mofo

na fachada de um edifício, que causou aparecimento de manchas e desagregação do

revestimento.

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Figura 3 – Ocorrência de bolor e manchas de umidade no revestimento de argamassa

proveniente de ascensão de água do solo (CARASEK, 2003).

Figura 4 – Fachada com revestimento constituído de saibro apresentando bolor e

desagregação do revestimento

- Vesículas: são descolamentos pontuais isolados na superfície do revestimento,

formando pequenas crateras ou bolhas por variação volumétricas, contendo umidade em seu

interior. Geralmente, possuem diâmetro máximo de aproximadamente 7 cm (VERÇOZA,

1991). Suas causas associadas à umidade podem estar atribuídas à: presença de argila na

argamassa, que quando umedecidas, se expandem, formando um ponto escuro no fundo da

cratera; presença de resíduos metálicos, pois a ferrugem é expansiva em contato com a

umidade; presença de madeira que incha ao umedecer. O empolamento da pintura sobre o

revestimento de argamassa apresenta as partes interna na cor branca, vermelha acastanhada ou

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preta. A cor, assim como a freqüência do aparecimento, depende do tipo de impureza do

agregado (CINCOTTO & UEMOTO, 1986), como mostra Figura 5. Não há solução quando

aparece uma quantidade elevada de vesículas no revestimento (Figura 6), pois o problema

generaliza-se por toda a superfície. Deve-se então refazer todo o revestimento.

Figura 5 – Exemplo de vesícula (KARASEK, 2003)

Figura 6 – Vesículas no revestimento provenientes de contaminação na areia (CARASEK,

2003)

- Fissuras: o aparecimento de fissuras em revestimentos, sem que haja movimentação

ou fissuras na base, acontece devido a erros no processo executivo, solicitações higrotérmicas

e, sobretudo, por retração hidráulica. Ocorrem em função de alguns fatores, entre eles a perda

de água de amassamento por sucção da base ou pela ação de agentes atmosféricos (BAUER,

1997). A fissuração no revestimento poderá ser maior na região de maior incidência de água.

A movimentação do revestimento externo está diretamente ligada às condições climáticas,

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como sol e chuva. O revestimento é vulnerável às variações de temperatura que provocam

dilatação e contração. Como geralmente os substratos são rígidos, esta retração resulta em

esforços de tração e conseqüente fissuração (CARNEIRO, 1993). Os tipos que fissuras que

podem ocorrer em revestimentos são: fissuras horizontais, como a Figura 7, provocadas por

variação de umidade dos materiais de construção e podem variar em função das propriedades

higrotérmicas dos materiais e das amplitudes de variação da temperatura ou da umidade

(THOMAZ, 1989); fissuras mapeadas, tipos mais comuns em revestimentos de argamassa,

são linhas finas em formas e desenhos irregulares, como mostra a Figura 8, além de ser

causada por umidade externa, outra causa típica é a retração plástica inicial (antes da pega do

cimento); fissuras geométricas ocorrem acompanhando o contorno do componente da

alvenaria e podem ser causadas pela movimentação higrotérmica do componente, causada

também pela retração da argamassa de assentamento, devido à presença de excesso de finos

no agregado ou aos uso excessivo de cimento na mistura (CINCOTTO, SILVA &

CARASEK, 1995).

Figura 7 – Muro apresentando fissuras horizontais na parte superior (CARASEK, 2003)

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Figura 8 – Edifício apresentando fissuras mapeadas, com conseqüente descolamento

- Descolamento: quando o revestimento apresenta som cavo ao ser percutido e o

mesmo se solta da parede, no início, geralmente, aparecem fissuras e expansão, e,

posteriormente, descolamento, como mostra a Figura 9. O descolamento pode se apresentar

em forma de placas, de empolamento (com formação de bolhas), de pulverulência

(desagregação do revestimento, podendo ser causado por fungos). Uma causa de

descolamento relativa à umidade é a infiltração de água pela face oposto da parede, com

consequente pressão, ou o depósito de eflorescências entre a alvenaria e o revestimento, como

mostra a Figura 10.

Figura 9 – Edifícios apresentando descolamento do revestimento em argamassa contendo

saibro

Figura 10 – Muro apresentando descolamento do revestimento, com presença de bolor e

musgos na alvenaria

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4.3 Avaliação da permeabilidade em revestimentos argamassados

A ocorrência de manifestações patológicas em habitações de interesse social podem

ser decorrentes das fases de planejamento, uso e manutenção. Com o conhecimento pleno

destas patologias, pode-se descobrir suas causas e apresentar soluções. Assim, é possível

realizar um estudo da permeabilidade do revestimento em argamassa de paredes, através de

ensaios.

Existem os métodos de ensaio de penetração de água realizados em laboratório,

como Método do Centre Scientifique et Technique de La Construction (CSTB – Ensaio da

permeabilidade à água de revestimento) que consiste na avaliação de placas de argamassa

com 1 cm de espessura moldadas em forma impermeável e curadas durante 28 dias. Então,

sobre ela é colocado um dispositivo que permite manter uma altura de água constante, de 100

mm, durante 48 horas, possibilitando assim medir a quantidade de água, em cm³, necessária

para manter o nível constante, como mostra a Figura 11. A desvantagem deste método é o fato

de ele só avaliar revestimentos na direção horizontal, o que inviabiliza a sua utilização para

avaliação “in loco” de revestimentos de paredes externas.

Figura 11 – Ensaio de permeabilidade à água em placas de argamassa, conforme Método do

CSTB (CI<COTTO, SILVA & CARASEK, 1995)

Outros realizados em laboratório são os métodos para Avaliação da Resistência à

Penetração de Água Simulando Chuva, que consiste na simulação de vento e chuva sobre as

paredes externas através da pulverização de água sob pressão, dentro de câmaras de ensaio,

Corpo de prova

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em corpos-de-prova constituídos por pequenas paredes. Estes foram preconizados por

instituições como o Centre Scientifique et Technique de La Construction – CSTB, o Instituto

de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT, a British Standards Institution –

BSI e a American Society for Testing ans Materials – ASTM.

Há também os ensaios de penetração de água realizados “in loco”, que também

podem ser empregados em laboratório, que são: ASTM E 514 modificado para campo, o qual

não necessita acesso ao lado oposto da parede para verificação da quantidade de água

escorrida e mede somente a quantidade de água que atravessa a face frontal da parede; o qual

inicialmente satura a parede durante meia hora e, em seguida, a água é borrifada por pelo

menos 4 horas, mas não mais de 8 horas, assim o nível do tanque que despeja a água é

gravado a cada meia hora; e a quantidade de água do tanque perdida na última hora do teste é

medida em litros por hora; o teste termina quando duas leituras consecutivas forem iguais.

Neste procedimento, o dano causado à parede é mínimo, somente havendo necessidade de

reparar as duas aberturas usadas para fixar a câmara de teste (BASHAM & MEREDITH,

2001).

Há também o método preconizado pelo IPT, que é o Ensaio para Verificação “in

situ” da permeabilidade à água de fachada e divisórias, com o intuito de medir o volume de

água que infiltra na parede, assim acopla-se a parede uma câmara como mostrada na Figura

12. Neste ensaio, um trecho da parede revestida, onde a câmara é fixada, é submetida à

presença de água com pressão constante. Para o nível de água permanece constante dentro da

câmara, a quantidade de água infiltrada na parede é reposta por meio de uma bureta, sendo

assim, é possível quantificar a água infiltrada através do monitoramento da diminuição do

nível da água da bureta, graduada em cm³.

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Figura 12 – Câmara de ensaio “in situ” do IPT acoplada à parede (POLISSE<I, 1986)

Outro ensaio realizado “in loco” é “Método do Cachimbo”, que consiste em medir a

quantidade de água absorvida por uma superfície de alvenaria ou de revestimento, durante um

período de tempo específico, ele é prescrito por instituições como a RILEM, entretanto no

Brasil o ensaio não é normalizado. O cachimbo é um tubo de vidro em forma de “L”,

graduado em décimos de ml, que é fixado à superfície do revestimento com massa de

calafetar, e então é preenchido com água, assim, a diminuição na altura da água ao longo do

tempo, é usada como indicação de vulnerabilidade do material à penetração da água

E como é de conhecimento, uma das propriedades importantes da argamassa no

estado endurecido é a permeabilidade, que se caracteriza pela passagem de água através da

argamassa endurecida (CINCOTTO, SILVA & CARASEK, 1995).

Assim, torna-se importante a avaliação desta propriedade através de ensaios

específicos, como o já citado “Método do Cachimbo”, que possibilita a avaliação da

penetração de água em revestimentos em argamassa, de forma não destrutiva, prática e eficaz.

4.3.1 Método do Cachimbo

O “Método do Cachimbo” é um ensaio que mede a quantidade de água absorvida por

uma superfície de alvenaria ou de revestimento, durante um período de tempo específico. No

Brasil, este ensaio não é normalizado.

Portanto, o “Método do Cachimbo” é utilizado para determinar em laboratório, ou in

loco a impermeabilidade de superfícies verticais, através de sua propriedade de absorção

d’água. O cachimbo consiste em um dispositivo graduado em décimos de ml de vidro, no

formato de um cachimbo (forma de “L”), com uma borda plana e circular no fundo, a qual é

fixada à superfície do revestimento com massa de calafetar, conforme a Figura 13 salienta, e

então preenchido com água até o nível de referência zero (pressão inicial de 92 mm de coluna

de água, que representa uma ação estática de vento com velocidade de 140 Km/h). O

cachimbo deve ser colado aprumado junto o revestimento em argamassa. A diminuição na

altura da água ao longo do tempo é usada como indicação da vulnerabilidade do material à

penetração da água.

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Figura 13 – Cachimbo (BASHAM & MEREDITH, 2001)

A área do teste é de aproximadamente 5 cm², com diâmetro de 26 mm e o cachimbo

é graduado a cada 0,1 mm como citado, de 0,0 a 4,0 ml. Enquanto a água migra do tubo para

o interior do revestimento, seu nível diminui no cachimbo e a pressão exercida diminui. Pelo

monitoramento da diminuição do nível da água, pode-se determinar a quantidade de água

absorvida durante um período de tempo específico.

Geralmente, as leituras realizadas conforme o abaixamento do nível de coluna d’água

em função do tempo são plotadas em um gráfico (cm³ por tempo), podendo-se fazer um

estudo comparativo entre as curvas.

Como já mencionado, o “Método do Cachimbo” pode ser realizado em campo ou em

laboratório e trata-se de um método que possui várias vantagens entre elas ser: prático, pois a

aparelhagem necessária à sua execução é portátil; rápido e simples, devido à sua fácil coleta

de dados e análise de resultados; de baixo custo, pois não necessita de equipamento onerosos;

um método de ensaio não destrutivo.

5 METODOLOGIA

Através da revisão bibliográfica pôde-se perceber a necessidade da avaliação da

permeabilidade em revestimentos em argamassa, evitando assim, as principais patologias que

podem ocorrer ao longo da vida de edifício.

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Portanto, através do ensaio chamado “Método do Cachimbo”, será avaliada a

resistência à penetração de água em uma superfície vertical de alvenaria revestida em

argamassa, ou seja, a permeabilidade do revestimento argamassado à água durante um

período de tempo específico.

Logo, a fim de atingir os objetivos propostos, as atividades serão divididas em:

Revisão bibliográfica: realizada com o objetivo de compreender as principais

patologias que podem ocorrer em revestimentos argamassados devido a penetração da água, e

um método que possa avaliar a permeabilidade dos mesmos.

Aplicação do ensaio “Método do Cachimbo”: será realizado em 5 obras

distribuídas pela Grande São Paulo, diretamente em revestimentos argamassados de edifícios

em alvenaria estrutural ou estrutura convencional (pilar e viga), onde o cachimbo será

aplicado a duas alturas: 0,40 m e 1,5 m. Serão realizadas leituras a cada cinco minutos até

completar-se 15 minutos de ensaio ou o nível de água atingir a marca de 4,0 ml, fazendo-se

um total de três leituras em cada altura. Desta forma, com o monitoramente da diminuição do

nível da água, poderá ser determinada a quantidade de água absorvida durante o período de

tempo.

Estudo comparativo e análise de resultados: serão confrontados os resultados das

leituras nas diferentes alturas e nas diferentes obras advindos do “Método do Cachimbo”,

formando gráficos comparativos e elaborando conclusões passíveis e pertinentes ao assunto

em questão.

Como modelo, serão comparados também os tipos que argamassa que são utilizados

nas obras em questão, obtendo assim as marcas das mesmas e a maneira de execução do

revestimento.

O “Método do Cachimbo” será aplicado nos seguintes períodos: primeira medição, 7

dias e 15 dias, após a medição inicial.

5.1 Recursos �ecessários

Para o desenvolvimento do “Método do Cachimbo” está prevista a utilização dos

seguintes recursos:

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- uma pisseta plástica com capacidade de 500 ml;

- massa de calafetar (mastique);

- cachimbo de vidro;

- cronômetro;

- conta-gotas.

Figura 14 – Pisseta de plástico de 500 mL

Figura 15 – Massa de calafetar

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Figura 16 – Cachimbos de vidro

Figura 17 – Conta-gotas

5.2 Execução do Ensaio

O ensaio é realizado de acordo com a seguinte metodologia:

- modelar com as mãos uma porção da massa de calafetar (forma aproximadamente

cilíndrica com pelo menos 1 cm de diâmetro) e envolver a borda com cachimbo de vidro;

- esticar a massa fazendo um movimento em direção contrário à borda do cachimbo,

para fora, e posteriormente um movimento contrário, para dentro, deixando massa sobre toda

a borda, e tendo o cuidado de pressionar toda a massa em volta da borda. Verificar se não

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existem pontos onde possam ocorrer vazamentos ou locais onde a existência de excesso de

massa possa diminuir a área de contato da água com o revestimento;

- fixar o cachimbo de vidro na parede revestida, comprimindo-o contra a mesma;

- com o auxílio da pisseta plástica, encher o cachimbo com água potável até a

referência do nível zero, e regular a quantidade de água, caso seja necessário, com o conta-

gotas, assim, acionar o cronômetro;

- efetuar a cada 5 minutos a leitura da diminuição do nível da água em ml, até o nível

d´água atingir a marca de 4 ml ou completar 15 minutos de ensaio, o que ocorrer primeiro;

- anotar os dados em uma planilha e traçar os gráficos de quantidade de água

absorvida (em ml) pelo tempo (em minutos);

- caso a água presente no cachimbo escorra por alguma fresta na massa ou o

preenchimento do cachimbo com água tenha ultrapassado a marca de 4 cm³ este ponto de

ensaio deve ser desprezado e o ensaio deve ser realizado novamente em outro local.

6 ESTUDO DE CASOS

Para avaliar a permeabilidade dos revestimentos argamassados foram escolhidos 5

empreendimentos da Grande São Paulo, dentre as cidades de Santo André, São Bernardo do

Campo e São Paulo. Nesses, foi aplicado o “Método do Cachimbo”, e dados como traço e

fornecedores de materiais foram coletados para uma melhor análise, demonstrando, assim, os

resultados graficamente para bom entendimento e visualização.

Inicialmente, serão citados dados gerais de cada obra e dados sobre o revestimento, e

então os resultados dos ensaios serão demonstrados.

6.1 Dados Gerais

6.1.1 Obra 1

- Empresa 1

- <ome: Spazio San Sebastian

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- Localização: Sacomã – São Paulo;

Figura 18 – Fachada da Empresa 1

- Sistema Estrutural: Alvenaria estrutura em blocos de concreto;

- Total de unidades: 80 apartamentos;

- Construção de uma torre com 10 andares, sendo 8 apartamentos por andar, com as

seguintes dependências: sala, 2 dormitórios, banheiro, cozinha e área de serviço;

- Aplicação do método: parede interna, localizada no banheiro;

- Aplicação do revestimento: revestimento argamassado aplicado diretamente no

bloco, para preparação do revestimento cerâmico;

- Materiais e fornecedores:

Bloco de concreto: Portital Indústria e Comércio Ltda.

Argamassa de assentamento: resistência de 10 MPa

Traço: 1 saco de cimento: Cauê - CP-II E32 - Camargo Corrêa Cimentos

300 L de areia: CPA Campos Comércio de Pedra e Areia Ltda.

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45 g de aditivo: Metremix

Argamassa de revestimento:

Traço: 1 saco de cimento: Cauê – CP-II E 32 - Camargo Corrêa Cimentos

180 L de areia: CPA Campos Comércio de Pedra e Areia Ltda.

45 g de aditivo: Metremix

6.1.2 Obra 2

- Empresa 2

- <ome: Spazio San Leopold

- Localização: São Bernardo do Campo;

Figura 19 – Fachada Empresa 2

- Sistema Estrutural: Alvenaria estrutura em blocos de concreto;

- Total de unidades: 120 sobrados;

- Construção de 120 sobrados, com as seguintes características: 60 sobrados com

sala, 3 dormitórios sendo 1 suíte, banheiro, cozinha e área de serviço; e 60 sobrados com sala,

4 dormitórios sendo 1 suíte, banheiro, lavabo, cozinha e área de serviço;

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- Aplicação do método: parede externa coberta, localizada ao lado da janela de

entrada;

- Aplicação do revestimento: revestimento argamassado aplicado diretamente no

bloco (reboco), camada “selante” (Ibratin), e grafiato (Permalit); o ensaio foi realizado na

primeira camada (reboco);

- Materiais e fornecedores:

Bloco de concreto: Portital Indústria e Comércio Ltda.

Argamassa de assentamento:

Traço: 1:8,33, sendo

1 saco de cimento – Votorantim Cimentos Brasil Ltda.

300 L de areia média – Bernardes Comércio e Transporte de Areia e

Pedras Ltda.

Argamassa de revestimento:

Traço: 1:0,5:6, sendo

1 saco de cal (15 kg) – Massacal Indústria e Comércio de Massa Fina

Ltda.

0,5 saco de cimento CP II E 32 – Votorantim Cimentos Brasil Ltda.

216 L de areia média – Bernardes Comércio e Transporte de Areia e

Pedras Ltda.

6.1.3 Obra 3

- Empresa 3

- <ome: Clima Bothânico

- Localização: Vila Guarani - São Paulo;

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Figura 20 – Fachada Empresa 3

- Sistema Estrutural: Convencional – pilar e vigas em concreto armado e alvenaria de

vedação em blocos cerâmicos;

- Total de Unidades: 388 apartamentos;

- Construção de 4 torres, sendo 1 torre com 25 pavimentos e 3 torres com 24

pavimentos, todas com 2 subsolos. Cada andar possui 4 apartamentos, com as seguintes

dependências: sala, 4 dormitórios sendo 1 suíte, 2 banheiros, cozinha, área de serviço,

depósito, banheiro de serviço; sendo possível variar as mesmas conforme o comprador do

apartamento;

- Aplicação do método: parede interna, localizada na cozinha;

- Aplicação do revestimento: revestimento argamassado aplicado após chapisco

rolado com rodopás, para preparação de revestimento cerâmico;

- Materiais e fornecedores:

Bloco cerâmico não estrutural: Cerâmica Gresca Ltda.

Argamassa de assentamento:

Traço: 1:2:1, sendo;

7,0 L de cimento – Companhia de Cimento Ribeirão Grande

66 L de areia média – Comercial Monte Sião

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5,5 L de cal – Cobrascal Indústria de Cal Ltda.

Argamassa de revestimento: massa pronta industrializada CIMPOR Revest 1

(para revestimentos com espessura até 2,0 cm) – Cimpor Cimentos do Brasil

6.1.4 Obra 4

- Empresa 4

- <ome: Ilha de Sartorini

- Localização: Bairro Jardim – Santo André;

Figuras 21 e 22 – Fachadas da Empresa 4

- Sistema Estrutural: Convencional – pilar e vigas em concreto armado e alvenaria de

vedação em blocos cerâmicos;

- Total de Unidades: 80 apartamentos;

- Construção de 1 torre com 20 pavimentos e 2 subsolos. Cada andar possui 4

apartamentos, com as seguintes dependências: sala, 3 dormitórios sendo 1 suíte, 2 banheiros,

cozinha, área de serviço e lavabo; sendo possível variar as mesmas conforme o comprador do

apartamento para 2 suítes;

- Aplicação do método: parede interna, localizada na garagem do primeiro subsolo;

- Aplicação do revestimento: revestimento argamassado aplicado sobre o bloco

cerâmico, para preparação de revestimento final e pintura;

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- Materiais e fornecedores:

Bloco cerâmico não estrutural: Cerâmica City Ltda.

Argamassa de assentamento:

Traço: 1:7, sendo;

1,0 lata de cimento Votoran CP III – Votorantim Cimentos Brasil Ltda.

7,0 latas de areia média com cal (mistura realizada no fornecedor) –

Argamais Tecnologia em Argamassas Ltda.

Argamassa de revestimento:

Traço: 1:8, sendo

1,0 lata de cimento Votoran CP III – Votorantim Cimentos Brasil Ltda.

8,0 latas de areia média com cal (mistura realizada no fornecedor) –

Argamais Tecnologia em Argamassas Ltda.

50 mL de aditivo incorporador de ar – (marca não fornecida)

6.1.5 Obra 5

- Empresa 5

- <ome: Espaço Jardins

- Localização: Bairro Campestre – Santo André;

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- 37 -

Figuras 23 – Fachada da Empresa 5

- Sistema Estrutural: Convencional – pilar e vigas em concreto armado e alvenaria de

vedação em blocos de concreto;

- Total de Unidades: 80 apartamentos;

- Construção de 3 torres com 14 pavimentos cada. Cada andar possui 4 apartamentos,

com as seguintes dependências: sala, 3 dormitórios sendo 1 suíte, 2 banheiros, cozinha, área

de serviço, lavabo e banheiro social;

- Aplicação do método: parede interna, localizada no térreo;

- Aplicação do revestimento: revestimento argamassado aplicado após chapisco em

bloco de concreto, para preparação de revestimento cerâmico;

- Materiais e fornecedores:

Bloco de concreto não estrutural: Presto Blocos e Pisos de Concreto Ltda.

Argamassa de assentamento:

Traço: 1:1:1, sendo

1,0 saco de cimento Votoran CP II E 32 (50 kg) – Votorantim

Cimentos Brasil Ltda.

1,0 saco de cal CH I (20 kg) – ICal Indústria de Calcinação Ltda.

1,0 saco de areia média lavada (20 kg) – AB Areias

Chapisco:

Traço: 1:8, sendo

1,0 saco de cimento Votoran CP II E 32 (50 kg) – Votorantim

Cimentos Brasil Ltda.

8,0 sacos de areia média lavada (20 kg) – AB Areias

Argamassa de revestimento:

Traço: 1:1:16, sendo

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- 38 -

1,0 saco de cimento Votoran CP II E 32 (50 kg) – Votorantim

Cimentos Brasil Ltda.

1,0 saco de cal CH I (20 kg) – ICal Indústria de Calcinação Ltda.

16,0 sacos de areia média lavada (20 kg) – AB Areias

6.2 Resultados dos ensaios

Os ensaios foram aplicados em duas fases, sendo que na primeira, o método foi

aplicado nos dias 16, 23 e 30 de agosto de 2008, nas empresas 1, 2 e 3; e na segunda fase, o

método foi aplicado nos dias 27 de setembro, 04 e 11 de outubro de 2008 nas empresas 4 e 5.

Os dados como umidade relativa do ar, temperatura e leituras serão demonstrados a

seguir conforme cada obra, para uma melhor visualização.

6.2.1 Obra 1

- Empresa 1

Figuras 24 – Aplicação do “Método do Cachimbo” na Empresa 1

- Datas de aplicação do método: 16, 23 e 30 de agosto de 2008;

- Umidade relativa do ar: aproximadamente 23%, 32% e 34%, respectivamente;

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- 39 -

- Temperatura: aproximadamente 24°, 17° e 13°, respectivamente.

- Ensaios:

Data: 16 de agosto de 2008

Umidade Relativa: 23%

São Paulo Leituras

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 1,90 3,2 ~ 4,5

Cachimbo a 1,50 m 0,61 0,96 1,43

Data: 23 de agosto de 2008

Umidade Relativa: 32%

São Paulo Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 1,92 3,82 ~ 4,8

Cachimbo a 1,50 m 1,71 2,75 3,79

Data: 30 de agosto de 2008

Umidade Relativa: 34%

São Paulo Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 2,70 3,90 ~ 5,0

Cachimbo a 1,50 m 1,25 1,95 2,75

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- 40 -

- Análise gráfica:

Gráfico 1 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 0,40m Empresa 1

Gráfico 2 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 1,50 m Empresa 1

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- 41 -

6.2.2 Obra 2

- Empresa 2

Figuras 25 – Aplicação do “Método do Cachimbo” na Empresa 2

- Datas de aplicação do método: 16, 23 e 30 de agosto de 2008;

- Umidade relativa do ar: aproximadamente 23%, 32% e 34%, respectivamente;

- Temperatura: aproximadamente 24°, 17° e 13°, respectivamente.

- Ensaios:

Data: 16 de agosto de 2008

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- 42 -

Umidade Relativa: 23%

S. B. C. Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 0,21 0,40 0,63

Cachimbo a 1,50 m 0,46 0,75 1,09

Data: 23 de agosto de 2008

Umidade Relativa: 32%

S. B. C. Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 0,28 0,43 0,69

Cachimbo a 1,50 m 0,55 0,96 1,32

Data: 30 de agosto de 2008

Umidade Relativa: 34%

S. B. C. Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 0,39 0,65 0,76

Cachimbo a 1,50 m 0,48 0,81 1,12

- Análise gráfica:

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- 43 -

Gráfico 3 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 0,40 m Empresa 2

Gráfico 4 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 1,50 m na Empresa 2

6.2.3 Obra 3

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- 44 -

- Empresa 3

Figuras 26 – Aplicação do “Método do Cachimbo” na Empresa 3

- Datas de aplicação do método: 16, 23 e 30 de agosto de 2008;

- Umidade relativa do ar: aproximadamente 23%, 32% e 34%, respectivamente;

- Temperatura: aproximadamente 24°, 17° e 13°, respectivamente.

- Ensaios:

Data: 16 de agosto de 2008

Umidade Relativa: 23%

São Paulo Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 0,46 1,15 1,47

Cachimbo a 1,50 m 0,51 1,12 1,58

Data: 23 de agosto de 2008

Umidade Relativa: 32%

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- 45 -

São Paulo Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 0,49 0,89 1,27

Cachimbo a 1,50 m 0,51 1,70 2,35

Data: 30 de agosto de 2008

Umidade Relativa: 34%

São Paulo Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 0,69 1,31 1,85

Cachimbo a 1,50 m 0,70 1,35 1,88

- Análise gráfica:

Gráfico 5 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 0,40 m na Empresa 3

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- 46 -

Gráfico 6 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 1,50 m na Empresa 3

6.2.4 Obra 4

- Empresa 4

Figuras 27 – Aplicação do “Método do Cachimbo” na Empresa 4

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- 47 -

- Datas de aplicação do método: 27 de setembro, 04 e 11 de outubro de 2008;

- Umidade relativa do ar: aproximadamente 26%, 22% e 34%, respectivamente;

- Temperatura: aproximadamente 17°, 23° e 15°, respectivamente.

- Ensaios:

Data: 27 de setembro de 2008

Umidade Relativa: 26%

Santo André Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 0,17 0,29 0,38

Cachimbo a 1,50 m 0,25 0,34 0,47

Data: 4 de outubro de 2008

Umidade Relativa: 22%

Santo André Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 0,22 0,38 0,55

Cachimbo a 1,50 m 0,28 0,40 0,62

Data: 11 de outubro de 2008

Umidade Relativa: 34%

Santo André Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 0,28 0,47 0,55

Cachimbo a 1,50 m 0,35 0,59 0,72

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- Análise gráfica:

Gráfico 7 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 0,40 m na Empresa 4

Gráfico 8 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 1,50 m na Empresa 4

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- 49 -

6.2.5 Obra 5

- Empresa 5

- A empresa não permitiu fotografias;

- Datas de aplicação do método: 27 de setembro, 04 e 11 de outubro de 2008;

- Umidade relativa do ar: aproximadamente 26%, 22% e 34%, respectivamente;

- Temperatura: aproximadamente 17°, 23° e 15°, respectivamente.

- Ensaios:

Data: 27 de setembro de 2008

Umidade Relativa: 26%

Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 0,30 0,66 0,85

Cachimbo a 1,50 m 0,25 0,48 0,70

Data: 4 de outubro de 2008

Umidade Relativa: 22%

Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 0,28 0,53 0,70

Cachimbo a 1,50 m 0,30 0,51 0,73

Data: 11 de outubro de 2008

Umidade Relativa: 34%

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Leituras (mL)

Altura 5 minutos 10 minutos 15 minutos

Cachimbo a 0,40 m 0,35 0,73 1,00

Cachimbo a 1,50 m 0,31 0,52 0,65

- Análise gráfica:

Gráfico 9 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 0,40 m na Empresa 5

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Gráfico 10 – Análise das medições através do cachimbo a uma altura de 1,50m na Empresa 5

6.3 Análise de Resultados

Para análise dos resultados foram compostos gráficos conforme as leituras

mencionadas anteriormente, reunindo-as de forma que todas as obras pudessem ser

comparadas graficamente, conforme a medição realizada (primeira medição, 7 dias e 15 dias)

e a altura de ensaio.

6.3.1 Análise gráfica

Gráfico 11 – Análise geral da primeira medição através do cachimbo a uma altura de 0,40 m

Como pode ser observado no Gráfico 11, na primeira medição realizada a uma altura

de 0,40 m, a Empresa 1 foi a que mais obteve discrepância no resultado da absorção de água x

tempo em relação aos resultados das outras empresas.

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- 52 -

A diferença dos resultados entre as Empresas 2, 3, 4 e 5 foi muito pequena, o que

mostra que o traço utilizado na argamassa destas é mais forte quando comparado ao da

Empresa 1.

Gráfico 12 – Análise geral da segunda medição através do cachimbo a uma altura de 0,40 m

No Gráfico 12, na medição de 7 dias após a primeira, realizada a uma altura de 0,40

m, a Empresa 1 novamente obteve discrepância no resultado da absorção de água x tempo em

relação aos resultados das outras empresas; e a diferença dos resultados entre as Empresas 2,

3, 4 e 5 foi novamente muito pequena.

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- 53 -

Gráfico 13 – Análise geral da terceira medição através do cachimbo a uma altura de 0,40 m

O Gráfico 13, mostra que a medição de 14 dias após a primeira, realizada a uma

altura de 0,40 m, obteve resultados similares aos das outras medições, com pequenos desvios,

que são tolerantes.

Gráfico 14 – Análise geral da primeira medição através do cachimbo a uma altura de 1,50 m

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- 54 -

Na primeira medição a uma altura de 1,50 m, como pode ser observado no Gráfico

14, não houve grande diferença nos resultados obtidos quando o “Método do Cachimbo” foi

aplicado.

Gráfico 15 – Análise geral da segunda medição através do cachimbo a uma altura de 1,50 m

No Gráfico 15, na medição de 7 dias após a primeira, realizada a uma altura de 1,50

m, a Empresa 1 novamente obteve discrepância no resultado da absorção de água x tempo em

relação aos resultados das outras empresas, assim como demonstrado nos resultados obtidos a

uma altura de 0,40 m.

A diferença dos resultados entre as Empresas 2, 3, 4 e 5 foi relativamente pequena,

quando demonstrado o resultado obtido com a Empresa 1.

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Gráfico 16 – Análise geral da terceira medição através do cachimbo a uma altura de 1,50 m

O Gráfico 16, mostra que a medição de 14 dias após a primeira, realizada a uma

altura de 1,50 m, obteve novamente resultados similares aos das outras medições, com

pequenos desvios, que são tolerantes, observando principalmente que a Empresa 1

demonstrou resultados maiores que as Empresas 2, 3, 4 e 5 outra vez.

Gráfico 17 – Análise geral da média de medições a uma altura de 0,40 m

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Gráfico 18 – Análise geral da média de medições a uma altura de 1,50 m

Os Gráficos 17 e 18, demonstram o resultado das médias das três medições

realizadas a altura de 0,40 m e 1,50 m.

É necessária para uma análise gráfica que seja comparada principalmente a Empresa

que demonstrou maior absorção de água x tempo em relação às outras empresas, em ambas as

alturas. Como foi observado, a Empresa 1 se destacou dentre as demais ao resultar que seu

revestimento era o mais permeável, já que a diferença de resultado das outras empresas, nas

duas alturas, foi muito pequena.

Uma hipótese para esclarecer o resultado de pior desempenho da Empresa 1 em

relação as demais é o fato de apresentar um traço muito fraco – 1:5 como já citado -, já que o

mesmo utiliza a relação de aglomerante-aglomerado muito baixo em relação as outras

empresas, que no caso seria:

- Empresa 2 - 0,5:1:6;

- Empresa 3 – massa pronta industrializada;

- Empresa 4 – 1:8;

- Empresa 5 – 1:1:16.

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A granulometria da areia é outro fator que pode ter influenciado no resultado, já que

o revestimento argamassado em análise apresentava-se muito mais poroso que os demais,

sendo desta forma, a porosidade, também, um possível fator.

É importante salientar, que a porosidade da superfície não é determinante para que o

nível de absorção de água seja maior, pois o método utilizado está relacionado diretamente a

permeabilidade do revestimento, ou seja, absorção de água do revestimento x tempo. Para

comprovar isso, no Resumo de dados (em anexo), a Empresa 4 também apresentou superfície

porosa, porém obteve bons resultados.

No resumo de dados, em anexo, é observado também que foi utilizado um aditivo no

traço do revestimento argamassado da Empresa 1, que pode ter também maximizado o efeitos

de absorção do mesmo.

Em termos gerais, as construtoras 2, 3, 4 e 5 apresentaram níveis de absorção de água

dos revestimentos argamassados compatíveis com a que a literatura exige, ou seja, entre 0,50

mL e 2,00 mL, de acordo com o método aplicado, o “Método do Cachimbo”.

7 SOLUÇÕES

Como pôde ser observado com os ensaios realizados através do “Método do

Cachimbo”, as propriedades dos revestimentos argamassados trouxeram diferentes resultados

na avaliação da permeabilidade dos diferentes revestimentos utilizados.

Propriedades como aderência e endurecimento são de fundamental importância para

a argamassa de revestimento, o que induziu às diferenças entre os estudos de caso,

principalmente para a Empresa 1, que demonstrou ser um revestimento de pouca aderência.

Para que haja um bom desempenho do revestimento argamassado é importante que ele

apresente as principais propriedades, que são descritas na Tabela 1.

Tabela 1 – Propriedades inicialmente relacionadas pela RILEM, como requisitos de

desempenho das argamassas de revestimento (Saretok, 1977 apud Selmo, 1989).

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Propriedades no Estado Fresco Propriedades no Estado Endurecido

• Adesão inicial;

• Coesão;

• Consistência;

• Endurecimento;

• Exsudação de água;

• Retenção de água;

• Retenção de consistência;

• Tixotropia;

• Trabalhabilidade.

• Aderência;

• Retração por secagem, movimentos

térmicos e higroscópicos;

• Umidade de equilíbrio e máximo de

umidade adsorvida;

• Fissuração;

• Resistência superficial;

• Permeabilidade à água;

• Absorção de água;

• Textura e cor;

• Estabilidade;

• Condutibilidade térmica;

• Resistência ao congelamento;

• Resistência ao fogo.

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- 60 -

Portanto, é necessária uma verificação da areia, quanto a sua qualidade e

granulometria; verificação dos aditivos aplicados nos traços das argamassas, para que elas

tenham um bom desempenho ao acrescentá-los; verificação e correção do traço, tendo desta

forma, uma argamassa que desenvolva suas principais propriedades; e é necessário também

que o “Método do Cachimbo” tenha uma avaliação preliminar e seja bem analisado nas

diferentes aplicações, observando assim sua real eficiência.

8 CO�CLUSÃO

Através dos estudos de casos realizados, pôde ser avaliado o potencial do emprego

do “Método do Cachimbo” nas diferentes obras ensaiadas, uma vez que é um método de fácil

e rápida execução, não destrutível e de baixo custo.

Com os experimentos realizados, constatou-se que a posição do cachimbo não altera

com discrepância o resultado do ensaio, tendo uma diferença média de 0,30 mL, entre as

alturas de 0,40 m e 1,50 m.

Percebeu-se também, que não houve uma significativa diferença entre as três

medições realizadas em cada empresa, constatando que os resultados estão pertinentes com os

ensaiados. Além disso, observou-se que os diferentes preparos (traços) do revestimento

argamassado alteram as características de absorção de água x tempo, tendo desta forma

diferentes resultados nas diferentes obras onde os ensaios foram realizados.

Desta forma, é possível concluir que o “Método do Cachimbo” foi eficiente para a

análise da permeabilidade (absorção de água x tempo) dos revestimentos argamassados, tendo

resultados coerentes com a literatura, e um resultado pertinente com a baixa qualidade do

revestimento.

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- 61 -

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ARAUJO JR., J.M. Contribuição ao estudo das propriedades físico-mecânicas das

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Construção Civil) – Departamento de Engenharia Civil e Ambiental, Universidade de

Brasília. Brasília, 2004.

BAUER, E. et al. Revestimentos de argamassa: características e peculiaridades. Brasília:

UnB/Programa de Pós-Graduação em Estruturas e Construção Civil. 58 f. Texto técnico.

SOUZA, R.H.F.; ALMEIDA, I.R.; VEIGA; R. O Projeto da Estação UFF de Ensaio

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Fluminense, Rio de Janeiro, 13 f.

POLISSENI, A.E. Método de campo para avaliar a capacidade impermeabilizante de

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Construção Civil) – Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio

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Universidade Federal de Londrina, Londrina: PPG, 1993, p. 15.

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CARASEK, H; DIAS, L.A. Avaliação da Permeabilidade e da Absorção de Água de

Revestimento de Argamassa pelo Método do Cachimbo. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO

DE TECNOLOGIA, 5., 2003, São Paulo. Pág. 543–555.

CEOTTO, L.H.; BANDUK, R.C.; NAKAKURA, E.H. Revestimentos de Argamassas: Boas

Práticas em Projeto, Execução e Avaliação. ANTAC. Recomendações Técnicas Habitare,

v.1. Porto Alegre, 2005. 96 p.

SELMO, S.M.S.; NAKAKURA, E.H.; MIRANDA, L.F.R.; MEDEIROS, M.H.F.; SILVA,

C.O. Propriedades e Especificações de Argamassas Industrializadas de Múltiplo Uso.

São Paulo. Departamento de Engenharia de Construção Civil, Escola Politécnica da USP. 27

f. Texto técnico.

Page 64: UIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS DEPARTAMETO DE … · em edificações, principalmente em alvenaria e revestimentos de argamassa. Problemas como manchas, descolamento de revestimento,

10 A�EXO

10.1 Tabela 3 - Resumo de Dados

Resultados dos ensaios em mL a uma altura de 0,40 m

5 min 10 min 15 min Medições

Altura

medição 2ª

medição 3ª

medição 1ª

medição 2ª medição 3ª medição 1ª medição 2ª

medição 3ª medição

Média Geral

Empresa 1 1,90 1,92 2,70 3,20 3,82 3,90 4,50 4,80 5,00 4,77

Empresa 2 0,21 0,28 0,39 0,40 0,43 0,65 0,63 0,69 0,76 0,69

Empresa 3 0,46 0,49 0,69 1,15 0,89 1,31 1,47 1,27 1,88 1,54

Empresa 4 0,30 0,28 0,35 0,66 0,53 0,73 0,85 0,70 1,00 0,85

Empresa 5

h=0,40

0,17 0,22 0,28 0,29 0,38 0,47 0,38 0,55 0,55 0,49

Resultados dos ensaios em mL a uma altura de 1,50 m

5 min 10 min 15 min Medições

Altura

medição 2ª

medição 3ª

medição 1ª

medição 2ª medição 3ª medição 1ª medição 2ª

medição 3ª medição

Média Geral

Empresa 1 0,61 1,71 1,25 0,96 2,75 1,95 1,43 3,79 2,75 2,66

Empresa 2 0,46 0,55 0,48 0,75 0,96 0,81 1,09 1,32 1,12 1,18

Empresa 3 0,51 0,51 0,70 1,12 1,70 1,35 1,58 2,35 1,88 1,94

Empresa 4 0,25 0,30 0,31 0,48 0,51 0,52 0,70 0,73 0,65 0,69

Empresa 5

h=1,50

0,25 0,28 0,35 0,34 0,40 0,59 0,47 0,62 0,72 0,60

Dados gerais

Argamassa de Revestimento

Bloco

Cimento Areia Cal Dados Gerais

Local

Tipo Fabricante

Estado Superfície

Traço

Qtde Fabricante Qtde Fabricante Aditivo

Qtde Fabricante

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1

- 1 -

Empresa 1 São Paulo Concreto Portital Porosa 1:5 1 sc - 50 kg Cauê 180 L CPA Sim - -

Empresa 2 S.B.C. Concreto Portital Lisa 0,5:1:6 0,5 sc - 25

kg Vototantim 216 L Bernardes Não 1 sc - 20

kg Massacal

Empresa 3 São Paulo Cerâmico Gresca Lisa Massa Pr 1 sc - 50 kg Cimpor - - Não - -

Empresa 4 Santo André Cerâmico City Porosa 1:8 1 lt

Votoran (CPIII) 8 lt Argamais Sim ** Misturada a areia **

Empresa 5 Santo André Concreto Presto Lisa 1:1:16 1 sc - 50 kg Votoran

16 sc - 20 kg AB Areias Não

1 sc - 20 kg Ical