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U�IVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
DEPARTAME�TO DE E�GE�HARIA CIVIL
Estabilidade em Estruturas de Aço
Trabalho apresentado ao departamento de
Engenharia Civil da Universidade Federal de São
Carlos como requisito para a obtenção do grau de
Engenheira Civil.
Michelle Magalhães Paulin
Orientador: Prof. Dr. Alex Sander Clemente de Souza
São Carlos
Junho de 2007
1
SUMÁRIO
Resumo.........................................................................................................................5
1 Introdução..........................................................................................................6
1.1 Justificativa ...................................................................................................7
1.2 Objetivos........................................................................................................7
1.3 Estrutura do Trabalho .................................................................................7
2 Conceitos Básicos ..............................................................................................9
3 Procedimentos �ormativos..............................................................................19
3.1 �BR 8800:1986 ...........................................................................................19
3.2 �BR 8800:2007 ...........................................................................................19
3.2.1 Tipos de análise estrutural ......................................................................20
3.2.2 Classificação da estrutura segunda a NBR 8800:2007...........................20
3.2.3 Análise de segunda ordem......................................................................21
3.2.4 Exemplo: ................................................................................................24
3.3 �BR 6118:200 .............................................................................................31
3.3.1 Parâmetro de instabilidade α..................................................................33
3.3.2 Coeficiente γz..........................................................................................34
3.3.3 Análise das estruturas de nós fixos.........................................................35
3.3.4 Análise de estruturas de nós móveis.......................................................35
3.3.5 Análise não-linear com 2ª ordem ...........................................................35
3.3.6 Consideração aproximada da não-linearidade física ..............................36
3.3.7 Exemplo Cálculo do coeficiente γz:........................................................37
4 Metodologia .....................................................................................................41
4.1 - Os modelos ................................................................................................41
4.1.1 Pórtico piloto ..........................................................................................42
4.1.2 Pórticos Simples .....................................................................................43
4.1.3 Pórticos de dois tramos...........................................................................46
4.2 Programa MASTA� ..................................................................................49
2
5 Resultados ........................................................................................................50
5.1 Pórtico Piloto...............................................................................................50
5.2 Pórtico 1.......................................................................................................53
5.3 Pórtico 2.......................................................................................................56
5.4 Pórtico 3.......................................................................................................59
5.5 Pórtico 4.......................................................................................................63
6 Conclusões .......................................................................................................68
7 Referências Bibliográficas ..............................................................................69
3
�DICE DE FIGURA
Figura 1– Dois tipos de efeito de segunda-ordem: P-δ e P-∆............................................................................... 10
Figura 2: Resposta da estrutura em função do modelo de análise ....................................................................... 12
Figura 3: RISA-3D P-∆ Análise ............................................................................................................................ 16
Figura 4: Modelo de pórtico para cálculo de Mnt e Mlt....................................................................................... 22
Figura 5: Modelo Piloto........................................................................................................................................ 25
Figura 6: Pórtico com as combinações das ações. ............................................................................................... 26
Figura 7: Deslocamento de Primeira Ordem........................................................................................................ 27
Figura 8: Estrutura para análise de 2ª ordem simplificada considerando imperfeições geométricas e de material
............................................................................................................................................................................... 28
Figura 9: Deslocamento de 2a ordem simplificado devido às imperfeições geométricas e de material ............... 29
Figura 10: Pórtico indeslocável (com apoios fictícios) – Local e Pórtico deslocável – Global. .......................... 29
Figura 11: Diagrama de Momento – Local. ......................................................................................................... 30
Figura 12: Diagrama de Momento – Global. ...................................................................................................... 30
Figura 13: Estrutura para análise de gama z considerando a não-linearidade física e majorando os esforços
horizontais ............................................................................................................................................................. 39
Figura 14: Deslocamento devido as imperfeições geométrica e de material pelo método Gama Z. ................... 39
Figura 15: Pórtico Piloto...................................................................................................................................... 43
Figura 16: Pórtico Simples 5 pavimentos ............................................................................................................. 44
Figura 17: Pórtico Simples 11 pavimentos ........................................................................................................... 46
Figura 18: Pórtico dois tramo 5 pavimentos ........................................................................................................ 47
Figura 19: Pórtico dois tramos 11 pavimentos..................................................................................................... 48
4
�DICE DE TABELA
Tabela 1: Parâmetro de Classificação de Estrutura segundo BBR 8800:2007 .................................................... 21
Tabela 2: Imperfeições a ser consideradas. .......................................................................................................... 24
Tabela 3: Classificação da estrutura B2 - Pórtico Piloto. .................................................................................... 27
Tabela 4: Cálculo de B1 – Pórtico piloto .............................................................................................................. 31
Tabela 5: Determinação de Msd – Pórtico Piloto.................................................................................................. 31
Tabela 6: Classificação segundo BBR 6118:2003 - Coeficiente γz ....................................................................... 35
Tabela 7- Estrutura que necessitam de análise de 2ª ordem - BBR 6118:2003 .................................................... 36
Tabela 8: Deslocamento devido ao momento de 1ª Ordem................................................................................... 37
Tabela 9- Momento 2a ordem- gama z .................................................................................................................. 40
Tabela 10 – Pórticos Analisados........................................................................................................................... 42
Tabela 11: Cálculo do γz – Pórtico Piloto. ............................................................................................................ 50
Tabela 12: Classificação da estrutura B2 - Pórtico Piloto. .................................................................................. 50
Tabela 13: Momentos Fletores - Pórtico Piloto.................................................................................................... 51
Tabela 14: Deslocamentos - Pórtico Piloto. ......................................................................................................... 52
Tabela 15: Cálculo do γz – 1 tramo 5 pavimentos ................................................................................................. 53
Tabela 16- Classificação da estrutura B2 -1 tramo 5 pavimentos ........................................................................ 53
Tabela 17: Momentos Fletores - 1 tramo 5 pavimentos........................................................................................ 54
Tabela 18: Deslocamentos - 1 tramo 5 pavimentos .............................................................................................. 55
Tabela 19: Cálculo do γz – 1 tramo 11 pavimentos ............................................................................................... 56
Tabela 20- Classificação da estrutura B2 -1 tramo 11pavimentos ....................................................................... 56
Tabela 21: Momentos Fletores - 1 tramo 11pavimentos....................................................................................... 57
Tabela 22: Deslocamentos - 1 tramo 11pavimentos ............................................................................................. 59
Tabela 23: Cálculo do γz – 2 tramo 5 pavimentos ................................................................................................. 60
Tabela 24- Classificação da estrutura B2 – 2 tramo 5 pavimentos ...................................................................... 60
Tabela 25: Momentos Fletores - 2 tramo 5 pavimentos........................................................................................ 61
Tabela 26: Deslocamentos - 2 tramo 5 pavimentos .............................................................................................. 62
Tabela 27: Cálculo do γz – 2 tramo 11pavimentos ................................................................................................ 63
Tabela 28- Classificação da estrutura B2 – 2 tramo 11pavimentos ..................................................................... 64
Tabela 29: Momentos Fletores - 2 tramo 11pavimentos....................................................................................... 64
Tabela 30: Deslocamentos - 2 tramo 11pavimentos ............................................................................................. 66
5
Resumo
Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivos analisar a estabilidade e os
efeitos de 2ª ordem em edifícios de múltiplos andares em aço. Pretende-se avaliar os métodos
para análise da estabilidade global apresentados no texto de revisão da NBR 8800:2007 e da
NBR 6118:2003, alem de verificar os softwares existentes para este tipo de análise.
Modelos representativos de estruturas de edifícios com 5 e 11 pavimentos e serão
analisados segundo as normas supracitadas, e os resultados comparados entre si e com
análises exatas de 2ª ordem realizadas no programa MASTAN. As comparações permitirão
avaliar os limites de aplicabilidade dos procedimentos simplificados, como também a
sensibilidade aos efeitos de 2ª ordem das estruturas analisadas em função da altura.
6
1 Introdução
Os projetos de estruturas em geral são tradicionalmente desenvolvidos considerando-
se a estrutura perfeita, sem imperfeições iniciais e utilizando uma análise elástica linear. Essa
é uma situação confortável para o projetista, pela facilidade de modelagem e avaliação
estrutural que, no entanto, não reflete a condição real.
Portanto para o dimensionamento de estruturas não basta apenas analisar a estrutura,
tem-se que analisar sua estabilidade, e com a evolução de hardware e software tornou
possíveis análises estáticas e dinâmicas de estruturas espaciais muito sofisticadas,
possibilitando a utilização de modelos refinados que melhor representam o comportamento
real das estruturas.
Isto se torna especialmente importante em regiões com presença de intensas
atividades sísmicas, e/ou outras solicitações dinâmicas, como algumas situações de
carregamento de vento.
Em estruturas metálicas, na maioria dos casos a instabilidade é o modo de falha
predominante, logo faz-se necessário a análise da instabilidade da estrutura.
A análise da estrutura pode ser realizada em primeira ordem ou em segunda ordem
sendo que esta última é mais apropriada para a verificação da estabilidade. A análise em
primeira ordem pressupõe, para o cálculo de esforços e deslocamentos, o equilíbrio da
estrutura em sua posição inicial indeformada. Ao contrário, a análise em segunda ordem
estabelece o equilíbrio da estrutura na posição deformada, gerando esforços adicionais devido
à ação das forças aplicadas sobre os deslocamentos.
Em estruturas de edifícios de múltiplos andares ocorrem efeitos de 2ª ordem globais
(denominados P-∆) e locais nos elementos constituintes (denominados P-δ). Esses efeitos são
oriundos dos deslocamentos que geram esforços adicionais e alteram os próprios
deslocamentos; caracterizando um comportamento geometricamente não-linear.
As análises de segunda ordem podem ser análise exata ou simplificada, sendo que a
primeira é uma análise trabalhosa e exigem programas computacionais específicos, já o
procedimento simplificado são tratados em normas.
A revisão da norma NBR 8800:2007 apresenta em seu conteúdo o método da método
da amplificação dos esforços solicitantes, e a NBR 6118:2003 o método do coeficiente γz., um
método simplificado que considera a instabilidade da estrutura.
7
1.1 Justificativa
A escolha do tema deve-se pelo interesse pessoal da aluna em estruturas metálicas e
pela continuação de um estudo realizado na bolsa de iniciação cientifica cujo tema foi estudo
das ações e solicitações do vento em estrutura de concreto. Além de haver poucos estudos
acadêmicos relacionados a esse tema. Ressaltar a importância do tema para as estruturas, e
destacar que esses procedimentos estão sendo incluídos na norma nova e não eram tratados na
antiga, pois a NBR 8800:1986 é omissa e desatualizada, o projeto de revisão da NBR
8800:2007 é mais completa e está em aprovação.
1.2 Objetivos
Apresentar e discutir os conceitos básicos sobre análise de estabilidade estrutural,
métodos de análise de segunda ordem, e os critérios de estabilidade para estruturas metálicas
apresentados na nova norma brasileira NBR 8800:2007.
Aplicar os procedimentos da norma a pórticos com diferentes configurações e
comparar os procedimentos simplificados com a analise aproximadas incluindo a não
linearidade geométrica, além de fazer uma comparação com a NBR 6118:2003, verificando se
o método do coeficiente γz pode ser aplicável a estrutura metálica.
1.3 Estrutura do Trabalho
Este trabalho é apresentado em 6 capítulos. No capítulo 1 uma breve apresentação
com introdução, justificativa e objetivo.
No capítulo 2 apresentam-se conceitos básicos sobre a estabilidade dos pórticos
planos de aço, visando ao entendimento do comportamento global dessas estruturas. São
apresentados alguns conceitos fundamentais importantes que envolvem o estudo da
estabilidade dos pórticos, incluindo as definições teóricas das análises de 2ª ordem utilizadas
no cálculo das estruturas, a classificação das estruturas aporticadas, uma revisão das análises
de 2ª ordem exatas, analise de 2ª ordem aproximada e análise de 2ª ordem simplificada.
No capítulo 3 são abordados os procedimentos normativos. Primeiramente
comparando as normas NBR 8800:1986 e a NBR 8800:2007 o que era aplicável e como esse
assunto é tratado hoje. Posteriormente o método da amplificação dos esforços solicitantes (B1-
B2) que a NBR 8800:2007 traz, e o método do Coeficiente γz, adotado pela NBR 6118: 2003.
8
No capítulo 4 são apresentados diversos casos de pórticos planos de aço, não-
contraventados, de vários andares, utilizando-se os métodos aproximados apresentados no
capítulo anterior.
No capitulo 5 analisa-se os comportamento global dos pórticos planos, de forma
qualitativa, por meio de gráficos e tabelas com o objetivo de avaliar a consistência e precisão
desses métodos aproximados.
Finalmente, no capítulo 6 são apresentadas as conclusões do trabalho, onde os
métodos aproximados de análise são avaliados e comparados com os resultados de uma
análise rigorosa em 2ª ordem, obtidos pelo programa MASTAN2v3.
9
2 Conceitos Básicos
O objetivo da análise estrutural é determinar os efeitos das ações na estrutura,
visando efetuar verificações de estados limites últimos e de serviço. A análise deve ser feita
com um modelo estrutural realista, que permita representar a resposta da estrutura e dos
materiais estruturais.
Para o dimensionamento de estruturas não basta apenas uma análise linear de
primeira ordem para determinar os esforços provenientes dos carregamentos verticais é
necessária fazer uma verificação de segunda ordem. Esta analise de segunda ordem verifica a
estabilidade de uma estrutura.
As análises estruturais realizadas na prática da engenharia, em geral têm como base a
análise elástica em 1ª ordem. A característica principal de uma análise estrutural em teoria de
1ª ordem é aquela que define que o equilíbrio da estrutura deve ser feito considerando-a na
sua posição indeslocada. Está implícito nesta definição que os deslocamentos não afetam o
equilíbrio da estrutura, ou seja, eles são pequenos e, necessariamente, vale a hipótese de
pequenos deslocamentos.
A análise elástica em 1ª ordem, para alguns casos pode ser suficientes, como para
algumas estruturas onde sua rigidez é alta, no caso de concreto, mas para estruturas metálicas
que tem sua rigidez muito menor, pode ser uma estimativa pobre dos esforços e
deslocamentos.
Na análise em teoria de 2ª ordem, a característica principal é aquela que define que o
equilíbrio deve ser feito considerando a estrutura na sua posição deslocada. Neste caso está
implícito que os deslocamentos afetam o equilíbrio da estrutura, entretanto, esta análise pode
ser feita tanto em regime de pequenos quanto de grandes deslocamentos. É importante
enfatizar que o estudo da estabilidade da estrutura só pode ser feito em teoria de 2ª ordem.
LOPES et al.(2005) afirmam que efeitos de segunda ordem pode ser ocasionado, por
exemplo pela ação do vento que propiciam o surgimento de deslocamentos horizontais.
Segundo SIMÕES (2005), na análise de primeira ordem os esforços internos e
deslocamentos são obtidos a partir da geometria inicial indeformada da estrutura, e a análise
de segunda ordem os esforços internos são influenciados pela configuração deformada da
estrutura.
Numa estrutura porticada, com elementos submetidos a esforços axiais, pelo menos
dois tipos de efeitos de 2ª ordem podem ser identificados.
10
São geralmente designados por efeitos P-∆ (efeitos globais) ou efeito P-δ (efeitos
locais ao nível do deslocamento) - Figura 1.
Figura 1– Dois tipos de efeito de segunda-ordem: P-δ e P-∆
O efeito P-∆, está relacionado com a estabilidade da estrutura (efeito global), na qual
as cargas verticais atuando no deslocamento lateral da mesma produzem momentos de
tombamento de 2ª ordem e de acordo com CAMOTIM e REIS (2001), tende a ficar com uma
configuração deformada do pórtico a uma linha poligonal definida pelas cordas das varias
barras. Estes efeitos de 2a ordem são provocados pelas cargas verticais aplicadas, são mais
preocupantes em pórticos não contraventados e originam diagramas fletores adicionais
lineares.
Já o P-δ, está relacionado com a estabilidade de cada barra (efeito local), na qual a
força normal atuando na deformação barra relativa a sua corda produz o momento de 2ª
ordem e segundo CAMOTIM e REIS (2001) estão relacionados com os deslocamentos das
configurações deformadas de cada barra comprimida do pórtico em relação à posição da
corda. Estes efeitos são provocados pelos esforços de compressão, existindo tanto em pórticos
contraventados e não contraventados e originam diagramas de momento fletores adicionais
não lineares.
Os efeitos locais e globais causam aumento de deformação e, conseqüentemente, de
tensão na barra, provocando redução em sua resistência e desestabilização na estrutura. A fim
de assegurar um dimensionamento seguro esses efeitos devem ser considerados.
Existem diversos métodos de analise linear de segunda ordem, podendo ser dividido
segundo LOPES et al.(2005) em analise de 2ª ordem exatas, analise de 2ª ordem aproximadas
e analise de 2ª ordem simplificada.
11
A análise de 2ª ordem exata ou rigorosos, as equações de equilíbrio são escritas na
configuração deformada do pórtico, a qual vai variando à medida que as cargas vão sendo
aplicadas. Esta analise são feitas através do método dos elementos finitos e trabalha com a
não linearidade geométrica. Esta forma de analise é de grande grau de complexidade e
sofisticação.
LOPES et al.(2005) apresentaram algumas técnicas para analise de 2ª ordem
aproximadas, dentre elas: o método de dois ciclos iterativos, o método da carga lateral fictícia,
o método da carga de gravidade iterativa e o método da rigidez negativa.
As equações de equilíbrio para a análise aproximada geralmente são escritas na
configuração indeformada do pórtico, sendo os efeitos geometricamente não lineares
incorporados de uma forma indireta e interativa.
O método da carga lateral fictícia, também denominado de processo P-∆ consiste de
uma série de análises lineares interativas buscando os deslocamentos finais na estrutura e
pode ser resumido nos seguintes passos:
- Análise elástica-linear em primeira ordem para determinar os deslocamentos
relativos entre pavimentos devido aos carregamentos horizontais;
- Determinação das forças horizontais fictícias, ao nível de cada pavimento,
equivalentes ao binário resultante do momento gerado pelas forças verticais sobre os
deslocamentos horizontais.
- Essas forças fictícias são somadas às forças horizontais iniciais e é feita uma nova
análise determinando novos valores de deslocamentos e de forças horizontais fictícias, que
são novamente somadas às forças horizontais iniciais.
- Este processo é repetido até a convergência dos deslocamentos.
O processo P-∆ converge rapidamente e os resultados se aproximam
satisfatoriamente daqueles obtidos em análises exatas. No entanto, como o processo considera
apenas os efeitos de 2ª ordem globais (P-∆) em estruturas muito esbeltas ou com muitas linhas
de pilares os resultados podem divergir dos obtidos em análises exatas
Os métodos simplificados os deslocamentos finais e esforços de 2ª ordem são
calculados modificando os esforços e deslocamentos obtidos em uma análise de 1ª ordem,
com fatores de modificação. O uso dos coeficientes de modificação é baseado na semelhança
entre o modo de instabilidade do pórtico e sua configuração deformada.
12
Na Figura 2 apresenta-se a resposta força x deslocamento de uma estrutura segundo
vários tipos de análise.
Figura 2: Resposta da estrutura em função do modelo de análise
Os processos simplificados de análise de 2ª ordem fazem uso dos coeficientes de
modificação que são baseados na semelhança entre o modo de instabilidade do pórtico e sua
configuração deformada e são tratados nas normas NBR 8800:2007 e NBR 6118:2033.
Na NRB 6118:2003 alguns parâmetros de instabilidades podem ser visto, como o
Parâmetro de Instabilidade α e o coeficiente γz e na NBR 8800:2007 método da amplificação
dos esforços solicitantes.
O primeiro parâmetro de sensibilidade de efeito de 2a ordem denominado parâmetro
α, que tem origem nos estudos de barras de Euler, reúne a influencia do numero de
pavimentos da edificação, dos momentos de inércia dos pilares e da carga vertical total nas
fundações.
O parâmetro de instabilidade, coeficiente γz é um processo para verificação da
estabilidade global menos simplificado do que o parâmetro α, principalmente por considerar
em seu calculo os momentos produzidos pelo carregamento incidente na estrutura e não
apenas sua geometria e a carga vertical.
O parâmetro γz pode ser determinado a partir dos resultados de uma analise linear de
1a ordem, para cada caso de carregamento.
13
O método da amplificação assume que o comportamento de cada andar seja
independente, e que o momento nos pilares decorrente dos efeitos de 2ª ordem seja
equivalente aos causados por uma força lateral igual a ∑ ∆ hFv / (binário do momento
causado pelo somatório das forças verticais no andar pelo deslocamento horizontal) pode ser
determinada a rigidez de cada pavimento fazendo:
total
vH
ordem
HhFFF
lateraltodeslocamen
horizontalforçaR
a ∆
∆+=
∆== ∑ /
1
: Equação 1
Onde
- FH : Força horizontal no andar considerado
- Fv: Forças verticais no andar considerado
- ordema1
∆ : Deslocamento horizontal de 1ª ordem
- h: Altura do pavimento
- total∆ : Deslocamento final total incluindo os efeitos de 2ª ordem
Resolvendo a equação é possível determinar o deslocamento final total∆ por:
∆=∆
∆−
=∆
∑∑ 2
1
1B
hF
F
H
v
total : Equação 2
Logo os deslocamentos finais, incluindo os efeitos de 2ª ordem globais, podem ser
estimados multiplicando-se os efeitos de 1ª ordem por um coeficiente de modificação B2.
Desde que os momentos fletores sejam proporcionais aos deslocamentos laterais, o
coeficiente B2 também pode ser aplicado aos momentos fletores de 1ª ordem para obter os
momentos fletores em 2ª ordem.
De forma análoga, é possível demonstrar que os esforços finais de 2ª ordem locais, nas
barras que compõem a estrutura, podem ser obtidos multiplicando os efeitos de 1ª ordem por
um fator de modificação B1 dado por:
14
e
m
P
P
CB
−
=
11 : Equação 3
Onde:
- P : Força normal de cálculo
- Pe : Força normal de flambagem elástica
- Cm: Coeficiente que considera o efeito da distribuição não uniforme de momento
fletor na barra (coeficiente de uniformização de momentos).
O coeficiente Cm é função das condições de vinculação das extremidades e do
carregamento na barra.
De forma geral, por este procedimento, ou seja, utilizando coeficiente de
amplificação, os esforços finais (momento fletor e força normal), considerando os efeitos de
segunda ordem locais e globais podem ser determinados pelas expressões seguintes:
ltntr
ltntr
PBPP
MBMBM
2
21
+=
+= : Equação 4
Duas análises elásticas de primeira ordem são necessárias para o cálculo das parcelas
Mnt e Mlt.
Mnt é o momento fletor solicitante de cálculo, assumindo não existir deslocamento
lateral na estrutura, ou seja, os nós são impedidos de se deslocar horizontalmente. Essa
parcela inclui os momentos de 1ª ordem devido ao carregamento total (forças ou ações
verticais e horizontais) da estrutura.Para o cálculo de Mnt utiliza-se na análise uma contenção
horizontal fictícia em cada andar.
Mlt é o momento fletor solicitante de cálculo devido ao deslocamento lateral do
pórtico e obtido também por análise elástica de 1ª ordem. Esta parcela inclui os momentos
devidos apenas ao efeito dos deslocamentos horizontais dos nós da estrutura (efeito das
reações das contenções fictícias aplicadas nos mesmos pontos e em sentido contrário).
O método aproximado B1-B2 considera na sua formulação ambos os efeitos P-δ e P-∆
quanto que o método P-Delta e o método do Coeficiente γz consideram apenas o efeito P-∆,
sendo necessário que as equações de interação considerem implicitamente o efeito P-δ.
15
Estes parâmetro serão melhor discutidos e analisados no item 3. Procedimentos
Normativos.
Todos os métodos de analise linear de segunda ordem, citados acima podem servir
para a análise de análise de 2ª ordem.
Com o grande desenvolvimento da informática, em hardwares e softwares, é possível
realizar análises mais rigorosas incluindo efeitos como as imperfeições iniciais dos elementos
da estrutura, tensões residuais, ligações semi-rígidas, efeitos térmicos, além de outros efeitos
de segunda ordem.
LOPES, et al (2005) apresentaram 4 programas comerciais que contemplam esses
efeitos de segunda ordem.
SAP2000� V.8: É necessária uma análise iterativa para determinar as forças axiais
provenientes do efeito P-Delta em estruturas reticuladas. Encontra-se, também, que as forças
axiais em cada elemento são estimadas por meio de uma análise preliminar da estrutura.
Para determinação dos efeitos P-∆, está baseado na utilização da matriz de rigidez
geométrica e embora seja capaz de analisar os efeitos P-∆ e P−δ é recomendável usar o
programa para fazer a análise do efeito P-∆ na estrutura, e usar fatores majoradores de
momentos para determinar os efeitos P−δ nos elementos.
A�SYS V.5.4: Assumem-se as hipóteses de que as deformações e rotações são
pequenas, o efeito da não-linearidade geométrica pode ser considerado adicionando-se à
matriz de rigidez elástica uma matriz denominada “matriz de rigidez de tensão” que é similar
a matriz de rigidez geométrica. A matriz de rigidez de tensão é calculada baseada no estado de
tensão das equações de equilíbrio.
ALTOQI EBERICK V.5: O processo utilizado pelo Módulo Master é o mesmo
descrito no Anexo L da NBR 8800 (Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios),
que se baseia no estudo do equilíbrio da estrutura deformada após a análise de 1ª ordem.
CAD/TQS V.11.5.53: adota o método de Newton-Raphson modificado que é um
método de controle de carga com iterações. Nesta formulação podem-se avaliar os efeitos P-∆
e P−δ.
No trabalho de SCHIMIZZE (2001), são apresentados quatro programas comerciais,
RISA-3D, ROBOT Millennium, SAP2000 Plus, STAAD-III.
16
Segundo SCHIMIZZE (2001) o programa RISA-3D o calculo de momento de
segunda ordem é feito por um processo iterativo.
A solução é semelhante ao Método da Força Lateral Equivalente ou Fictícia (P-
Delta) na qual do os momentos de segunda-ordem são modelados calculando o cisalhamento
secundário, como mostra a Figura 3
Figura 3: RISA-3D P-∆ Análise
O procedimento começa resolvendo o modelo com o carregamento original aplicado,
em seguida calcula-se o cisalhamento secundário, V, para cada barra do modelo de acordo
com a equação:
V = P∆/L
Em seguida, calculado o cisalhamento secundário, adiciona-se ao carregamento
original e o modelo é resolvido novamente. Compara-se a nova solução com a anterior e este
procedimento é repetido até que eles entrem em um nível de tolerância aceitável,
normalmente 0,5 %. O programa monitora o processo e pára automaticamente se a solução
divergir drasticamente. Quando o deslocamento torna-se mais de 1000 vezes maior do que o
deslocamento máximo original, o modelo é considerado instável.
17
Esta solução procede apenas para pórticos de efeito global (P-∆) e não é capaz de
analisar os efeitos locais (P−δ). Para mais adequar, deve-se considerar todo efeito de segunda
ordem, por isso nós adicionais podem ser inseridos ao longo do comprimento barra, para que
estes se desloquem calculando-se feito P-∆.
ROBOT Millennium: O manual do usuário ROBOT apresenta uma teoria básica
compreensiva para análise do P-∆. Para considerar o efeito P-∆, o programa utiliza um
procedimento interativo que atualiza a matriz de rigidez geométrica para cada passo de
carregamento. Acrescentando, o programa considera o efeito local (P−δ) incorporando
funções de estabilidade no processo de análise.
SAP2000 Plus: o manual para SAP2000 Plus também traz que “uma análise
interativa é requerida para determinar as forças axiais P-∆ nos elemento do pórtico”. Isto
explica que a força axial de cada barra do pórtico é estimada através de análises preliminares
da estrutura. Em seguida, considerando essas forças axiais, equações de equilíbrio são
resolvidas novamente, o que pode criar diferentes forças axiais nos elementos “se a rigidez
modificada causar uma força de redistribuição”. Interações adicionais são realizadas até que
as forças axiais e desvios convirjam, com uma tolerância tipicamente de 0,01.
Adicionalmente, o manual explica que apesar do SAP2000 ser capaz de analisar tanto P−δ e
P-∆ é recomendado usar o programa para determinar o P-∆, utilizando majoração dos fatores
dos momentos aplicáveis para determinar o P−δ.
STAAD-III: este programa também tem a capacidade de analisar os efeitos de
segunda ordem P-∆. O procedimento de soluções simplificadas utiliza vetor de carga revisado
para incluir efeitos secundários. Primeiramente, os desvios são calculados baseados nos
carregamentos originais aplicados. Em seguida, os desvios são combinados com o
carregamento original aplicado para criar os carregamentos secundários. Baseado no novo
carregamento o Vetor do carregamento é revisado para incluir efeitos secundários.
Finalmente, o vetor de carregamento revisado é utilizado em uma nova análise de rigidez e
novas forças da barra e reações são calculadas baseadas nos novos desvios. Essa solução
procede apenas para P-∆ e não é possível avaliar o efeito local P−δ.
O programa MASTAN2v3 foi utilizado neste trabalho afim de realizar os efeitos de
segunda ordem e as análises lineares.
MASTA�2v3: Em muitos aspectos o programa semelhante ao de hoje disponível no
mercado softwares de funcionalidade
18
O processo utilizado pelo programa é conhecido como processo incremental e sua
análise linear e da não linearidade baseiam-se nos estudos teóricos e formulações numéricas
apresentadas no texto Matrix Structural Analysis, 2nd Edition, por McGuire, Gallagher, e
Ziemian (John Wiley & Sons, Inc. 2000).
O programa foi escrito em formato modulares, onde o leitor tem a oportunidade de
desenvolver e implementar alternativa análise rotinas diretamente dentro do programa
Foi desenvolvido pelos professores de engenharia civil Ronald D. Ziemian e
William McGuire da universidade de Bucknell e Cornell respectivamente.
19
3 Procedimentos �ormativos
Com a tendência de se projetar estruturas cada vez mais arrojadas, e com o avanço
tecnológico a área de engenharia ganha cada vez mais software capaz de representar modelos
mais sofisticados, que buscam simular o comportamento de estruturas com a realidade.
Com isso as normas estão sempre em constantes revisões em busca do que é mais de
atual em calculo de estruturas.
Neste item vamos tratar das normas NBR 8800:1986, NBR 8800:2007 e NBR
6118:2003.
3.1 �BR 8800:1986
Em 1986 a NBR 8800 em seu item 4.9.2 recomenda que deve ser garantida a
estabilidade da estrutura com um todo e a de cada elemento componente devendo também ser
considerados os efeitos significativos que resultam da deformação da estrutura ou de seus
elementos individuais, que fazem parte do sistema resistente a esforços laterais, incluindo
efeitos em vigas, pilares, contraventamentos, ligações e paredes estruturais.
Para estruturas até dois andares, as solicitações de cálculo podem ser determinadas
por análise plástica, ignorando-se os efeitos de segunda ordem (efeito P-∆).
Mas não busca explicar como essa análise de ser feita ficando a critério do projetista
decidi-la.
3.2 �BR 8800:2007
Com as revisões realizadas ao longo do tempo a NBR 8800:2007 trata-se sobre o
assunto baseado nos procedimentos AISC: 2005.
O objetivo da análise estrutural é determinar os efeitos das ações na estrutura,
visando efetuar verificações de estados limites últimos e de serviço.
A análise estrutural deve ser feita com um modelo realista, que permita representar a
resposta da estrutura e dos materiais estruturais.
20
3.2.1 Tipos de análise estrutural
A NBR 8800:2007 apresenta em seu item 4.9.2 tipos de analise estrutural pode ser
classificado de acordo com considerações do material e dos efeitos dos deslocamentos da
estrutura.
3.2.1.1 Quanto aos materiais:
Análise global elástica é sempre permitida, mesmo que os esforços resistentes da
seção transversal sejam avaliados considerando-se a plasticidade.
A análise global plástica pode ser usada para seções compactas desde que as seções e
as ligações possuam capacidade de rotação suficiente. A estabilidade da estrutura deve ser
verificada para essa condição.
A não-linearidade do material pode ser considerada em alguns casos, de forma
indireta, efetuando-se uma análise elástica reduzindo-se a rigidez das barras.
3.2.1.2 Quanto ao efeito dos deslocamentos:
Os esforços internos podem ser determinados por análise linear (teoria de primeira
ordem), com base na geometria indeformada da estrutura e análise não-linear, com base na
geometria deformada da estrutura.
A análise não-linear deve ser usada sempre que os deslocamentos afetarem de forma
significativa os esforços internos. Essa análise pode ter como base teorias geometricamente
exata, teorias aproximadas ou adaptações a resultados da teoria de primeira ordem. Nesta
norma, os três tipos de análise são denominados de segunda ordem.
Os efeitos decorrentes dos deslocamentos horizontais dos nós da estrutura são ditos
efeitos globais de segunda ordem (P-∆) e os decorrentes da não-retilinidade dos eixos das
barras, efeitos locais de segunda ordem (P-δ).
3.2.2 Classificação da estrutura segunda a �BR 8800:2007
Para NBR 8800:2007, existem estruturas com pequena, média e grande
deslocabilidade.
Estrutura de pequena deslocabilidade são aquelas deslocabilidade quando, em todos os
seus andares, a relação entre o deslocamento lateral do andar relativo à base obtido na análise
de segunda ordem e aquele obtido na análise de primeira ordem, em todas as combinações
últimas de for igual ou inferior a 1,1, ou seja, B2 < 1,1.
21
Uma estrutura é classificada como de média deslocabilidade quando a máxima relação
entre o deslocamento lateral do andar relativo à base obtido na análise de segunda ordem e
aquele obtido na análise de primeira ordem, considerando todos os andares e todas as
combinações últimas de ações forem superiores a 1,1 e igual ou inferior a 1,4, portanto
1,1<B2< 1,4.
E de grande deslocabilidade quando a máxima relação entre o deslocamento lateral
do andar relativo à base obtido na análise de segunda ordem e aquele obtido na análise de
primeira ordem, considerando todos os andares e todas as combinações últimas de ações
forem superiores a 1,4, logo B2 > 1,4.
Na Tabela 1 abaixo é possível verificar os parâmetros dos coeficientes B1 e B2
Tabela 1: Parâmetro de Classificação de Estrutura segundo �BR 8800:2007
Classificação da estrutura Deslocadilidade Critério B2
Pequena B2 < 1,1 Média 1,1< B2<1,4 Grande B2 >1,4
3.2.3 Análise de segunda ordem.
A NBR 8800:2007 traz o método da amplificação dos esforços solicitantes, dado em
seu anexo D, que pode ser considerando uma aproximação aceitável para análise de segunda
ordem.
3.2.3.1 Método da amplificação dos esforços solicitantes.
Este método da amplificação dos esforços solicitantes, para execução de análise
elástica aproximada de segunda ordem, levando em conta os efeitos global P-∆ e local P-δ.
Ao se usar o método, deve-se fazer atuar na estrutura a combinação apropriada de
ações de cálculo, constituída por ações verticais e horizontais, quando existentes,
considerando-se o efeito das imperfeições geométricas iniciais. O efeito das imperfeições
iniciais de material deve também ser considerado.
O uso do método se baseia que em cada andar das estruturas analisadas, o momento
fletor e a força axial solicitantes de cálculo, MSd e BSd, devem ser determinados pela equação
4, descrita no item 2.0:
22
tnt MMl21sd BBM += Equação 4
tnt NNl2Sd BN +=
Onde:
Mnt e �nt: são, respectivamente, o momento fletor e a força axial solicitantes de
cálculo, obtidos por análise elástica de primeira ordem, com os nós da estrutura impedidos de
se deslocar horizontalmente; (Figura 4)
Figura 4: Modelo de pórtico para cálculo de Mnt e Mlt.
Mllllt e �llllt: são, respectivamente, o momento fletor e a força axial solicitantes de
cálculo, obtidos por análise elástica de primeira ordem, correspondente apenas ao efeito dos
deslocamentos horizontais dos nós da estrutura;
0,1
N
N1
B
E
1Sd1 ≥
−= mC : Equação 3, (apresentada no item 2 )
�e: é a força axial que provoca a flambagem elástica da barra no plano de atuação do
momento fletor, calculada com o comprimento real da barra;
�Sd1: é a força axial de compressão solicitante de cálculo na barra considerada, em
análise de primeira ordem;
Cm é um coeficiente de equivalência de momentos, dado pela equação 4:
23
- se não houver forças transversais entre as extremidades da barra no plano de
flexão:
2
1m 40,060,C
M
M0 −= : Equação 5
sendo M1/ M2 a relação entre o menor e o maior dos momentos fletores solicitantes
de cálculo no plano de flexão, nas extremidades apoiadas da barra, em análise de primeira
ordem, tomada como positiva quando os momentos provocarem curvatura reversa e negativa
quando provocarem curvatura.
- se houver forças transversais entre as extremidades da barra no plano de flexão, o
valor de Cm deve ser determinado por análise racional ou ser tomado conservadoramente igual
a 1,0.
B2 é determinado pela seguinte equação 5.
∑∑⋅∆
⋅
=
Sd
Sdh1
2
H
N
h
1B
mR
1-1
: Equação 6
na qual:
∑ �Sd: é o somatório das forças axiais solicitantes de cálculo em todos os pilares e
outros elementos resistentes a cargas verticais (inclusive nos pilares e outros elementos que
não pertençam ao sistema resistente a ações horizontais), no andar considerado;
Rm: é um coeficiente de ajuste, igual a 0,85 nas estruturas onde o sistema resistente a
ações horizontais é constituído apenas por subestruturas de contraventamento formadas por
pórticos nos quais a estabilidade lateral é assegurada pela rigidez à flexão das barras e pela
capacidade de transmissão de momentos das ligações e igual a 1,0 para todas as outras
estruturas;
∆1h: é o deslocamento horizontal relativo entre os níveis superior e inferior
(deslocamento interpavimento) do andar considerado, obtido da análise de primeira ordem. Se
∆1h possuir valores diferentes em um mesmo andar, deverá ser tomado um valor ponderado
para esse deslocamento, em função da proporção das cargas gravitacionais aplicadas ou, de
modo conservador, o maior valor;
∑ HSd: é a força cortante no andar, produzida pelas forças horizontais atuantes,
usadas para determinar ∆1h.
24
h: é a altura do andar (distância entre eixos de vigas).
Determinado o valor de B2 e classificada a estrutura como citado acima, deve-se
determinar os esforços solicitantes para estados limites últimos.
Nas estruturas de pequena deslocabilidade e média deslocabilidade, os efeitos das
imperfeições geométricas iniciais devem ser levados em conta diretamente na análise por
meio da consideração, em cada andar, de um deslocamento horizontal relativo entre os níveis
inferior e superior (deslocamento interpavimento). Esses efeitos são considerados por meio da
aplicação, em cada andar, de uma força horizontal equivalente igual a 0,3% do valor das
cargas gravitacionais de cálculo aplicadas em todos os pilares e outros elementos resistentes a
cargas verticais, no andar considerado. Não é necessário somá-las às reações horizontais de
apoio.
Nas estruturas de média deslocabilidade e grande deslocabilidade, para o os
coeficientes B1 e B2, além dos efeitos de imperfeições geométricas, os efeitos das
imperfeições iniciais de material também deverá ser levados em conta na análise, reduzindo-
se a rigidez à flexão e a rigidez axial das barras para 80% dos valores originais. Nas estruturas
de pequena deslocabilidade, esses efeitos não precisam ser considerados na análise.
Ainda nas estruturas de grande deslocabilidade, deve ser feita uma análise rigorosa.
Na Tabela 2 apresentam-se as imperfeições analisada para cada caso.
Tabela 2: Imperfeições a ser consideradas.
Deslocabilidade x Imperfeiçoes Deslocadilidade Critério B2 Imperfeições
Pequena B2 < 1,1 Geométrica
Média 1,1< B2<1,4 Geométrica, Material
Grande B2 >1,4 Geométrica, Material
3.2.4 Exemplo:
A fim de ilustrar o uso dos procedimentos da NBR 8800 apresenta-se a determinação
dos esforços para o pórtico da Figura 5 que foi analisado por Simões (2005, p.26) segundo os
critérios do Eurocode.
Propriedades das seções e do aço:
- E =20500 kN/m2.
25
Seção:
- IPE 400:
- h= 400 mm - tw = 8,6 mm -A = 84,5 cm2
- b = 180 mm - tf = 13,5 mm - Ixx= 23130 cm4
HEA 260:
- h= 250 mm - tw = 7,5 mm -A = 86,8 cm2
- b = 260 mm - tf = 12,5 mm - Ixx= 10450 cm4
Figura 5: Modelo Piloto
Onde:
AV1 - cargas variáveis 1;
AV2 - cargas variáveis 2;
AP - cargas permanentes.
Para as cargas acima realizou-se a seguinte combinação, sendo esta a combinação
mais critica:
26
C = 1,35 AP + 1,40 AV2 + 1,50 . 0,70 . AV1
C = 1,35 AP + 1,40 AV2 + 1,05 . AV1
A Figura 6 mostra a pórtico com as os carregamentos correspondentes a combinação.
Figura 6: Pórtico com as combinações das ações.
3.2.4.1 Classificação da estrutura
Para classificar a estrutura é necessário fazer uma análise de primeira ordem.
Como apresentado o pórtico na Figura 6 e com o programa MASTAN2v3 realizou-se
a análise de primeira ordem. A Figura 7 mostra os deslocamentos da estrutura.
27
Figura 7: Deslocamento de Primeira Ordem.
De acordo com a equação 6 a Tabela 3 apresenta o valor de B2 e sua classificação.
Tabela 3: Classificação da estrutura B2 - Pórtico Piloto.
Cálculo de B2
Pavimentos Rm h (m) δ (cm) ∆1h Σ FV (kN) FH (kN) B2 Classificação
1 0,85 5 2,51 2,510 1498,5 65,38 1,16 Média Deslocabilidade
2 0,85 5 4,86 2,351 658,5 37,38 1,11 Média Deslocabilidade
Média 1,13
OBS: ∆1h – é a diferença entre o deslocamento do o pavimento analisado e o inferior.
Σ FV e Σ FV - É a somatória das cargas no pavimento + o pavimento inferior.
Como a estrutura foi classificada como de média deslocabilidade deve se considera as
imperfeições geométricas e do material.
Para considerar os efeitos das imperfeições iniciais de material deve-se reduzir a
rigidez à flexão e a rigidez axial das barras para 80% dos valores originais.
Portanto E = 0,8 E = 0,8. 20500 = 16400 kN/cm2
Os efeitos das imperfeições geométricas iniciais devem ser levados em conta
diretamente na análise por meio da consideração, em cada andar, de um deslocamento
horizontal relativo entre os níveis inferior e superior, para isso ocorre uma a aplicação, em
28
cada andar, de uma força horizontal equivalente, igual a 0,3% do valor das cargas
gravitacionais de cálculo aplicadas em todos os pilares e outros elementos resistentes a cargas
verticais, no andar considerado.
Logo:
1.o pavimento: ∆Fh = 0,3% . 840 = 2,52 kN
Cobertura: ∆Fh = 0,3% . 658,5 = 1,97 kN
Na Figura 8 abaixo encontra-se a estrutura para análise de 2ª ordem simplificada,
sendo que a norma permite o uso das cargas laterais como carregamento mínimo e não toma
obrigatoriamente a sua soma com a ação de vento.
Figura 8: Estrutura para análise de 2ª ordem simplificada considerando imperfeições geométricas e de
material
3.2.4.2 Análise de 2ª. Ordem:
Esta analise será feita através do método simplificado, segunda a NBR 8800:2007.
Considerando o pórtico mostrado na Figura 8 e com o programa MASTAN
determinaram-se os resultados para a análise de 1ª ordem (com imperfeições geométricas e de
material). O deslocamento da estrutura encontra-se na Figura 9.
29
Figura 9: Deslocamento de 2a ordem simplificado devido às imperfeições geométricas e de material
Para analisar a estrutura segundo a NBR 8800 deve se proceder duas análises em 1ª
ordem conforme Figura 10. Sendo uma análise com o pórtico indeslocável (com apoios
fictícios), e a segunda com o pórtico deslocável sob a ação das reações de apoio da análise
anterior.
Figura 10: Pórtico indeslocável (com apoios fictícios) – Local e Pórtico deslocável – Global.
30
Segundo os esquemas da Figura 10 anterior os resultados das análises são
apresentados nas Figura 11 e Figura 12 seguintes:
Figura 11: Diagrama de Momento – Local.
Figura 12: Diagrama de Momento – Global.
31
Os esforços finais de segunda ordem são determinados pela equação 4
3.2.4.3 Cálculo de B1
De acordo com a equação 3 apresentada no item 3.2.3.1 a Tabela 4 apresenta os
valores de B1.
Tabela 4: Cálculo de B1 – Pórtico piloto
Cálculo de B1
Elementos K L (cm) I (cm4) E (kN/cm
2) Cm Ne (kN) NSd1(kN) B1 B1 - final
P1 1,00 500 10450 20500 0,85 8457,26 715,5 0,93 1,00
P2 1,00 500 10450 20500 0,85 8457,26 317,8 0,88 1,00
P3 1,00 500 10450 20500 0,85 8457,26 783 0,94 1,00
P4 1,00 500 10450 20500 0,85 8457,26 340,7 0,89 1,00
V1 1,00 1000 23130 20500 1 4679,82 22,4 1,00 1,00
V2 1,00 1000 23130 20500 1 4679,82 88,9 1,02 1,02
Com os valores de B2 e B1 definidos e com os momentos das duas análises em 1ª ordem (primeira
considerando o pórtico indeslocável e a segunda com o pórtico deslocável Figura 10). Calcula-se o Msd de
acordo com a equação 4, os valores se encontram na
Tabela 5.
Tabela 5: Determinação de Msd – Pórtico Piloto.
Mnt Mlt Msd Elementos B1
Mnt - inicial Mnt - final B2
Mlt - inicial Mlt - final MSd - inicial MSd- final
P1 1,00 52,75 -105,30 1,16 -104,70 71,05 -68,34 -23,13
P2 1,00 166,10 -178,00 1,11 -39,94 56,37 121,85 -115,54
P3 1,00 -52,19 104,40 1,16 -104,30 70,81 -172,82 186,30
P4 1,00 -168,30 179,90 1,11 -40,06 56,38 -212,69 242,37
V1 1,00 -271,40 -272,60 1,16 111,00 -110,90 -144,33 -402,17
V2 1,02 -178,00 -179,90 1,11 56,37 -56,38 -118,99 -245,85
3.3 �BR 6118:200
Em estruturas de concreto, segundo a NBR 6118:2003 o comportamento linear pode
ser desprezado sempre que não apresentarem acréscimo superior a 10% nas reações e nas
solicitações relevantes da estrutura, ou seja, sempre que os esforços de segunda ordem não
ultrapassarem em 10% os de primeira ordem.
32
Para simplificação de cálculo costuma-se definir estruturas de nós fixos e nós
móveis.
As estruturas são consideradas de nós fixos quando os deslocamentos horizontais dos
nós são pequenos, e, por decorrência, os efeitos globais de 2ª ordem são desprezíveis
(inferiores a 10% dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas, basta considerar
os efeitos locais de 2ª ordem.
As estruturas nós móveis são aquelas onde os deslocamentos horizontais não são
pequenos e, em decorrência, os efeitos globais de 2ª ordem são importantes (superiores a 10%
dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas devem ser obrigatoriamente
considerados tanto os esforços de 2ª ordem globais como os locais e localizados.
Todavia, há estruturas em que os deslocamentos horizontais são grandes e que, não
obstante, dispensam a consideração dos efeitos de 2ª ordem por serem pequenas as forças
normais e, portanto, pequenos acréscimos dos deslocamentos produzidos por elas; isso pode
acontecer, por exemplo, em postes e em certos pilares de pontes e de galpões industriais.
O conceito de nós fixos ou de nós moveis, pode ser também aplicado às subestruturas
de contraventamento, devido a sua grande rigidez a ações horizontais, resistem à maior parte
dos esforços decorrente dessas ações.
Definem-se ainda a NBR 6118:2003 como elementos isolados:
- as peças isostáticas;
- os elementos contraventados;
- os elementos das estruturas de contraventamento de nós fixos;
- os elementos das subestruturas de contraventamento de nós moveis
desde que, aos esforços nas extremidades, obtidos numa análise de 1ª ordem, sejam
acrescentados os determinados por análise global de 2ª ordem.
No item 15.5 o texto apresenta as condições para a dispensa da consideração dos
esforços globais de 2ª ordem, sem a necessidade de calculo rigoroso.
Têm-se dois processos aproximados: o do parâmetro α e o do coeficiente γ z .
Após a determinação dos deslocamentos horizontais, verifica-se a porcentagem do
aumento dos momentos de segunda ordem e faz-se a comparação com o parâmetro de
33
instabilidade α e o coeficiente γz e classifica a estrutura como de nós deslocáveis ou
indeslocáveis.
3.3.1 Parâmetro de instabilidade αααα
Uma estrutura reticulada poderá ser considerada como sendo de nós fixos se seu
parâmetro de instabilidade α for menor que o valor α1 definido a seguir:
)I/(ENH ccktot=α : Equação 7
n.1,02,01 +=α se n ≤ 3
6,01 =α se n ≥ 4
Onde:
n - número de níveis de barras horizontais (andares) acima da fundação ou de um
nível pouco deslocável do subsolo;
H tot - altura total da estrutura, medida a partir do topo da fundação ou de um nível
pouco deslocável do subsolo;
� k -somatória de todas as cargas verticais atuantes na estrutura (a partir do nível
considerado para o cálculo de H tot ), com seu valor característico;
E c I c -somatória das rigidezes de todos os pilares na direção considerada. No caso de
estruturas de pórticos, de treliças ou mistas, ou com pilares de rigidez variável ao longo da
altura, permite-se considerar produto de rigidez E c I c de um pilar equivalente de seção
constante. O valor de E c pode ser usado como o módulo tangente dado pela NBR 6118:2003
no item 8.2.8.e com a expressão:
Ec = 5600 ckf : Equação 8
O valor de I c é calculado considerando as seções brutas dos pilares.
Para determinar a rigidez equivalente a que se refere o item 15.5.2., procede-se da
seguinte forma:
- calcula-se o deslocamento do topo da estrutura de contraventamento, sob a ação
do carregamento horizontal característico;
34
- calcula-se a rigidez de um pilar equivalente de seção constante, engastado na
base e livre no topo, de mesma altura H tot , tal que, sob a ação do mesmo carregamento, sofra
o mesmo deslocamento no topo.
O valor limite α1 =0,6 prescrito para n ≥4 é, em geral, aplicável às estruturas usuais
de edifícios. Vale para associações de pilares-parede, e para pórticos associados a pilares-
parede. Ele pode ser aumentado para 0,7 no caso de contraventamento constituído
exclusivamente por pilares-parede, e deve ser reduzido para 0,5 quando só houver pórticos.
Enquanto a norma NB1-80 previa que as ações laterais (e provavelmente os efeitos
globais de Segunda ordem) só deviam ser calculadas quando uma edificação apresentasse
altura superior a quatro vezes a menor dimensão em planta, ou quando os pórticos em uma
direção tivessem menos que quatro pilares em linha, na nova versão o critério se baseia em
valores de deformação da estrutura em si.
3.3.2 Coeficiente γz
O coeficiente γz é valido para estruturas reticuladas de no mínimo quarto andares, é
possível determinar de forma aproximada o coeficiente γ z de majoração dos esforços globais
finais com relação aos de primeira ordem. Essa avaliação é efetuada a partir dos resultados de
uma análise linear de primeira ordem, adotando-se os valores de rigidez dados em 15.7.2. O
valor de γ z é dada na equação 9:
. M
M1
1
av,1
d,totz ∆
−
=γ : Equação 9
Onde:
M tot1, ,d - momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas as forças
horizontais, com seus valores de cálculo, em relação à base da estrutura;
∆M tot ,d - soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na estrutura, com
seus valores de cálculo, pelos deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de
aplicação, obtidos da análise de 1ª ordem.
35
Considera-se que a estrutura é de nós fixos se for obedecida a condição γz ≤ 1,1, de
nós móveis se fixos 1,1 ≤ γz ≤ 1,3 e se γz ≥ 1,30 redimensionar ou fazer outra concepção
estrutural. .
Na Tabela 6 apresenta a classificação da estrutura de acordo com o critério do
coeficiente
Tabela 6: Classificação segundo �BR 6118:2003 - Coeficiente γγγγz
Coeficiente γz �ós
γz > 1,0 Fixo
1,0 < γz > 1,3 Móvel
γz > 1,3 Redimensionar
3.3.3 Análise das estruturas de nós fixos
Nas estruturas de nós fixos, de acordo com o item 15.6, permite-se considerar cada
elemento comprimido isoladamente, como barra vinculada nas extremidades aos demais
elementos estruturais que ali concorrem, onde se aplicam os esforços obtidos pela análise da
estrutura efetuada segundo a teoria de 1ª ordem.
A análise dos efeitos locais de 2ª ordem será feita de acordo com o que se prescreve
no item 15.8. Sob a ação de forças horizontais, a estrutura é sempre calculada como
deslocável. O fato de a estrutura ser classificada como sendo de nós fixos dispensa apenas a
consideração dos esforços globais de 2ª ordem, mas não sua análise como estrutura
deslocável.
3.3.4 Análise de estruturas de nós móveis
Nas analise de estruturas de nós moveis, deve-se levar obrigatoriamente em conta os
efeitos da não-linearidade geométrica e da não-linearidade física e, portanto, no
dimensionamento consideram-se obrigatoriamente os efeitos globais e locais de 2ª ordem.
3.3.5 Análise não-linear com 2ª ordem
A análise não-linear com 2ª ordem deve considerar a não-linearidade geométrica da
estrutura e, através de modificações apropriadas da matriz de rigidez da estrutura, a não-
36
linearidade física do material.
Em estruturas de edifícios, permite-se, para a consideração da não-linearidade
geométrica, o emprego do processo P − ∆ (também conhecido como N - a), tomando-se, para
levar em conta a não-linearidade física, os valores estabelecidos em 15.7.3.
Solução aproximada para a determinação dos esforços globais de 2ª ordem, válida
para estruturas regulares, consiste no cálculo do coeficiente γ z do item 15.5.3., permitindo-se
a avaliação dos esforços finais (1ª ordem + 2ª ordem) pela multiplicação por 0,95γ z dos
momentos de 1ª ordem, desde que γ z ≤ 13, .
Na Tabela 7 são apresentados as estrutura que necessitam de análise de 2ª ordem
Tabela 7- Estrutura que necessitam de análise de 2ª ordem - �BR 6118:2003
Deslocabilidade x Imperfeições
Coeficiente γz Estrutura de
�ós Imperfeições
γz > 1,0 Fixo Dispensa analise de 2a Ordem
1,0 < γz > 1,3 Móvel Geométrica, Material
γz > 1,3 Redimensionar -----------
3.3.6 Consideração aproximada da não-linearidade física
No item 15.7.3 para a análise dos esforços globais de 2ª ordem, permitem-se
considerar a não-linearidade física de maneira aproximada, tomando-se como rigidez das
peças os valores a seguir:
lajes: ( ) ,secEI E Ic c= 0 3
vigas: ccsec IE4,0)EI( = para A's ≠ As e (EI)sec = 0,5 Ec Ic para A's = As
pilares: ( ) ,secEI E Ic c= 0 8
Sendo:
- E c o módulo de elasticidade do concreto dado em 8.2.8 e Ic o momento de inércia
da seção bruta de concreto.
Alternativamente, permite-se, quando a estrutura de contraventamento é composta
exclusivamente por vigas e pilares e γz < 1,3, considerar para ambos:
(EI)sec = 0,7 EcIc
37
Os valores acima dados para (EI)sec são aproximados e não poderão ser usados para
avaliar esforços locais de 2ª ordem, mesmo com uma discretização maior da modelagem.
Devido ao comportamento do concreto armado ser, não é elástico perfeito. Isso
porque, os efeitos da fissuração, da fluência, o escoamento das armaduras, bem como outros
fatores de menor importância conferem ao mesmo um comportamento não linear, a chamada
não-linearidade física, o coeficiente a se reduzir as rigidezes é 0,7.
O aço por se tratar de um material homogêneo, industrializado onde as variações e
imperfeições são controladas, considera-se a não-linearidade física de maneira aproximada
conforme a NBR 8800:2007, reduzindo-se a rigidez à flexão e a rigidez axial das barras para
80% dos valores originais.
Portanto, (EI)sec = 0,87 EcIc
3.3.7 Exemplo Cálculo do coeficiente γγγγz:
Neste item será feito um exemplo do pórtico apresentado no item 3.2.4 na Figura 6,
que será resolvido pela NBR: 6118 fazendo as ajustes necessários por se tratar de uma
estrutura de aço e não de concreto.
3.3.7.1 Cálculo coeficiente γγγγz:
Para se calcular o coeficiente γ z de acordo com a equação 9, é necessário calcular o
momento de primeira ordem, para se obter os deslocamentos. Esse cálculo encontra-se no
item 3.2.4.1.
Na Tabela 8 é possível verifica o valor de γ z .
Tabela 8: Deslocamento devido ao momento de 1ª Ordem.
Cálculo de γz
Pavimentos FH (Kn) h (m) Σ FV (kN) δ (cm) ∆Mtot = 513,8 kN.m
1 28,00 5 840 2,51 M1tot = 53,1 kN.m
2 37,38 10 658,5 4,86 γz = 1,12
38
Para melhor compreensão:
M1tot = 658,5 x δ2 + 840 x δ1
M1tot = 658,5 x 0,0486 + 840 x 0,0251
M1tot = 53,1 kN.m
∆Mtot = 28,0 x 5 + 37,38 x 10 = 513,8 kN.m
Logo,
1
1
,1
,
av
dtot
z
M
M∆−
=γ =
8,513
1,531
1
− = 1,12
Como 12,1=zγ ≥ 1,10 logo não se podem considerar como nó fixo, assim trata-se de
estrutura de nós móveis.
Nas analise de estruturas de nós moveis, deve-se levar obrigatoriamente em conta os
efeitos da não-linearidade geométrica e da não-linearidade física e, portanto, no
dimensionamento consideram-se obrigatoriamente os efeitos globais e locais de 2ª ordem.
Uma solução aproximada para a determinação dos esforços globais de 2a ordem
consiste na avaliação dos esforços finais (1a ordem + 2a ordem) a partir da majoração
adicional dos esforços horizontais da combinação de carregamento considerada por 0,95γz.
Esse processo só é válido para γz ≤ 1,3.
Para a consideração aproximada da não-linearidade física, segundo a NBR6118:
2003 quando a estrutura de contraventamento for composta exclusivamente por vigas e pilares
e γz for menor que 1,3, permite-se calcular a rigidez das vigas e pilares por:
(EI)sec = 0,7 EciIc
Mas por se tratar de estrutura metálica, como explicado no item 3.3.6 será usado:
(EI)sec = 0,8 EciIc
Portanto na Figura 13 encontra-se a configuração final, considerando as majoração
adicional dos esforços horizontais e a não-linearidade física e a configuração deslocada da
estrutura. (Figura 14)
39
Figura 13: Estrutura para análise de gama z considerando a não-linearidade física e majorando os
esforços horizontais
Figura 14: Deslocamento devido as imperfeições geométrica e de material pelo método Gama Z.
40
Com a estrutura mostrada na Figura 13, e com o programa MASTAN, os momentos
de segunda ordem encontram-se na Tabela 9.
Tabela 9- Momento 2a ordem- gama z
M2a.Ordem - NBR 6118 Elemento
M2a.Ordem - inicial M2a.Ordem - Final
P1(0 - 5m) -51,64 -35,37
P1(5 - 10m) 125,30 -121,40
P2(0 - 5m) -157,00 174,60
P2(5 - 10m) -209,00 236,60
V1 -160,70 -383,50
V2 -121,40 -236,60
41
4 Metodologia
Será realizado um estudo detalhado dos procedimentos de análise de segunda ordem
das normas brasileiras NBR-8800:2007 e NBR-6118:2003.
Esta analise será efetuados em pórticos metálicos planos em aço, não-
contraventados, de vários andares utilizando-se os métodos aproximados de Amplificação dos
Momentos (B1-B2), Coeficiente γz, e analise exata e análise elástica em 1ª ordem, utilizando-
se do programa MASTAN.
As estrutura serão classificadas quanto a sua deslocabilidade por meio dos
parâmetros B2 e gama Z, e para isso será tomado os deslocamentos resultantes de uma análise
de primeira ordem.obtido com o programa MASTAN
Para efeito de estudo será analisada a estrutura considerando as imperfeições
geométricas e não as considerando.
Para cada pórtico considerando suas imperfeições será realizado uma analise NLG no
programa MASTAN.
Os resultados obtidos por esse programa serão então comparados com os resultados
obtidos pelos métodos aproximados em 2ª ordem, com o objetivo avaliar a eficiência e
precisão dos métodos aproximados.
Após uma analise dos pórticos será feita uma comparação entre o B2 e o γz,
verificando possíveis correlações entre esses dois parâmetros.
4.1 - Os modelos
Os modelos de pórticos analisados foram retirados de estudos e trabalhos já
realizados, e de edifícios reais, são pórticos com números de pavimentos variáveis bem como
o numero de tramos. A Tabela 10 apresenta um breve resumo desses pórticos.
42
Tabela 10 – Pórticos Analisados
Pórtico Pavimento Tramo Vão (m) Atura total (m)
Piloto 2 1 10,00 10,00
1 5 1 3,85 15,35
2 11 1 3,85 38,40
3 5 2 6,00 15,00
4 11 2 6,00 33,00
4.1.1 Pórtico piloto
O primeiro pórtico a ser analisado é o modelo piloto já apresentado por SIMÕES
(2005, p.26), trata-se de um pórtico metálico plano, de dois andares, engastados em suas
bases, como mostra a Figura 15.
Esse modelo servirá de exemplo para o cálculo detalhado segundo as normas,
explicando passo a passo o e as considerações realizadas durante o processo.
Seus pilares são constituídos por seções HEA 260 e suas vigas IPE 400.
Propriedades das seções e do aço:
- E =20500 kN/m2.
Seção:
- IPE 400:
- h= 400 mm - tw = 8,6 mm -A = 84,5 cm2
- b = 180 mm - tf = 13,5 mm - Ixx= 23130 cm4
HEA 260:
- h= 250 mm - tw = 7,5 mm -A = 86,8 cm2
- b = 260 mm - tf = 12,5 mm - Ixx= 10450 cm4
43
Figura 15: Pórtico Piloto
4.1.2 Pórticos Simples
Os pórticos planos simples metálicos são baseados no modelo SILVA (2000) suas
geometrias são representados nas Figura 16 e Figura 17, possuem 5 e 11 pavimentos com suas
bases engastadas.
4.1.2.1 Pórtico 1.
O pórtico1 é apresentado da Figura 16 possui alturas variada, sendo 4 andares de 290
cm e seu ultimo andar 375 cm, seus pilares possui até o 40 pavimento (1160 cm) um perfil
W310 x 107 e em seu último pavimento HP 310 x 97 . As vigas são constituídas por perfil W
310 x 107.
44
Propriedades das Seções:
W 310 x 107:
- h= 277 mm - tw =10,9 mm -A =135,4 cm2
- b = 306 mm - tf = 17 mm - Ixx= 24839 cm4
HP 310 x 97:
- h= 277 mm - tw =9,9 mm -A = 123,6 cm2
- b = 305 mm - tf = 15,4 m - Ixx= 22284 cm4
Figura 16: Pórtico Simples 5 pavimentos
45
4.1.2.2 Pórtico 2.
Observar-se que o pé direto e os perfis metálicos do pórtico 2 são variáveis.
Até o 4o pavimento (1160 cm), sua altura é de 290 cm e possui um perfil W 310 x
107, do 5o pavimento ao 10o pavimento (1160 cm – 3410 cm) sua altura é e 375 cm, chegando
no 11o pavimento onde seu pé direito vale 430 cm. A seção metálica do pilar considerado do
5o pavimento ao 7o pavimento (1160 cm – 2285), é um HP 310 x 97, e do 8o pavimento ao 11o
pavimento (2285 cm – 3840 cm), o perfil considerado foi um HP 310 x 79.
As vigas todas possuem um perfil de W 310 x 21, como mostra a Figura 17
Propriedades das Seções:
W 310 x 21:
- h= 292 mm - tw =5,1 mm -A = 27,2 cm2
- b = 101 mm - tf = 5,7 mm - Ixx= 3776 cm4
HP 310 x 79:
- h= 277 mm - tw =11 mm -A = 100,0 cm2
- b = 306 mm - tf = 11 mm - Ixx= 16316 cm4
46
Figura 17: Pórtico Simples 11 pavimentos
4.1.3 Pórticos de dois tramos.
Os pórticos de dois tramos estão apresentados nas Figura 18 e Figura 19, variando
também de 5 e 11 pavimentos não são estruturas contraventados e as cargas foram baseados
em cargas reais atuantes em edifícios.
4.1.3.1 Pórtico 3
Observa-se que o pórtico 3 possui um pé direito de 300 cm, e o vão de cada tramo
de 600 cm, seus pilares externos são constituídos do perfil metálico W 310 x 107, e o pilar
central d o perfil HP 310 x 97. As vigas são constituídas por Perfil W 530 x 66, como mostra
a Figura 18.
47
Propriedades das Seções:
W 310 x 107:
- h= 277 mm - tw =10,9 mm -A =135,4 cm2
- b = 306 mm - tf = 17 mm - Ixx= 24839 cm4
HP 310 x 97:
- h= 277 mm - tw =9,9 mm -A = 123,6 cm2
- b = 305 mm - tf = 15,4 m - Ixx= 22284 cm4
W 530 x 66:
- h= 277 mm - tw =11 mm -A = 100,0 cm2
- b = 306 mm - tf = 11 mm - Ixx= 16316 cm4
Figura 18: Pórtico dois tramo 5 pavimentos
48
4.1.3.2 Pórtico 4
A mesma configuração citada no pórtico 3 acima se aplica a esse pórtico,mas ao
invez de possuir 5 pavimentos possui 11 pavimentos, como é possível observar na Figura 19.
Figura 19: Pórtico dois tramos 11 pavimentos
49
4.2 Programa MASTA�
MASTAN é um programa desenvolvido para a área de engenharia onde é capaz de
analisar vários tipos de estrutura, como formas diferentes, materiais e como cada tipo de
estrutura reage sobre condições específicas de carregamentos condições difenciais.
A análise linear e da Não linearidade baseiam-se nos estudos teóricos e formulações
numéricas apresentadas no texto Matrix Structural Analysis, 2nd Edition, por McGuire,
Gallagher, e Ziemian (John Wiley & Sons, Inc. 2000).
O MASTAN baseia-se em MATLAB, um dos primeiros pacotes de softwares
numéricos computação e análise de dados e foi escrito em formato modulares, onde o usuário
tem condições de fazer seu aprendizado diretamente dentro do programa lendo apenas o
tutorial.
O processo utilizado pelo programa é conhecido como processo incremental, que
consiste em carregar a estrutura de forma gradual até que se atinja a carga critica.
Para isso são usados incrementos de carga, ou passos de carga com intensidades
adequadas, que vão se somando e alterando a configuração inicial da estrutura. Dessa forma, à
medida que um passo de carga é aplicado, são obtidas respostas da estrutura, que são usadas
para atualizar sua configuração e a partir daí ser aplicado o próximo passo de carga.
O processo interativo é responsável por tentar corrigir a solução incremental, isto é,
obter o equilíbrio entre forças internas e externas reproduzindo a trajetória não linear
50
5 Resultados
Neste tópico serão apresentados os resultados referentes aos pórticos descritos no
item 4.1, onde vai ser possível fazer uma comparação entre os valores de γz e B2, verificar a
relação entre os momentos fletores nos pilares e vigas considerando o método da revisão da
NBR8800: 2007 (amplificação dos esforços) com os outros métodos, coeficiente γz, análise
linear e o método exato.
Para os gráficos das relações entre momentos Fletores adotaram-se arbitrariamente
alguns pilares e vigas para o gráfico não ficar poluído.
5.1 Pórtico Piloto
O Pórtico 1 trata-se do pórtico piloto, mostrado na Figura 15, possui dois pavimentos
com pé-direto de 5 m de um vão de 10 m.
Na Tabela 11 e Tabela 12 são apresentados parâmetro para classificação da
estrutura.
Tabela 11: Cálculo do γz – Pórtico Piloto.
Cálculo de γz
Pavimentos FH (Kn) h (m) Σ FV (kN) δ (cm) ∆Mtot = 513,8 kN.m
1 28,00 5 840 2,51 M1tot = 53,1 kN.m
2 37,38 10 658,5 4,86 γz = 1,12
Com γz = 1,12 >1,10 considera-se a estrutura de nós móveis.
Tabela 12: Classificação da estrutura B2 - Pórtico Piloto.
Cálculo de B2
Pavimentos Rm h (m) δ (cm) ∆1h Σ FV (kN) FH (kN) B2 Classificação
1 0,85 5 2,51 2,510 1498,5 65,38 1,16 Média Deslocabilidade
2 0,85 5 4,86 2,351 658,5 37,38 1,11 Média Deslocabilidade
Média 1,13
Determinado e os momentos fletores de 1ª Ordem, e com as classificações da
estrutura segundo a NBR 8800:2007 e a NBR 6118:2003, momentos fletores de 2a Ordem
foram determinados, bem como os momentos fletores de 2a Ordem pelo método exato.
51
A Tabela 13 apresenta esses valores dos momentos fletores.
Tabela 13: Momentos Fletores - Pórtico Piloto.
M1a.Ordem M2a.Ordem - NBR
8800 M2a.Ordem - NBR
6118 M2a.Ordem - Exato
Elementos M1a.Ordem
- inicial M1a.Ordem
- Final M2a.Ordem
- inicial M2a.Ordem
- Final M2a.Ordem
- inicial M2a.Ordem
- Final M2a.Ordem
- inicial M2a.Ordem
- Final
P1 -44,95 -39,13 -68,34 -23,13 -51,64 -35,37 -65,38 -22,04
P2 128,00 -124,70 121,85 -115,54 125,30 -121,40 122,70 -115,70
P3 -150,30 170,80 -172,82 186,30 -157,00 174,60 -172,10 185,90
P4 -206,80 233,30 -212,69 242,37 -209,00 236,60 -212,60 242,80
V1 -167,10 -377,10 -144,33 -402,17 -160,70 -383,50 -144,70 -398,50
V2 -124,70 -233,30 -118,99 -245,85 -121,40 -236,60 -115,70 -242,80
O Erro! Fonte de referência não encontrada. e
Gráfico 2 apresentam a relação do método descrito na NBR 8800 com os métodos
NBR 6118 e Exato nos pilares e nas vigas.
Gráfico 1: Relação Momentos nós inferior e superior dos pilares (Pórtico Piloto).
52
Gráfico 2: Relação Momentos nas vigas á esquerda e direita (Pórtico Piloto)
Os deslocamentos obtidos para cada método simplificado encontram-se na Tabela 14.
Tabela 14: Deslocamentos - Pórtico Piloto.
Método Simplificado Método Exato
δ2a.Ordem - Gama Z δ2a.Ordem - B2 e B1 δ2a.Ordem Pavimentos δ1a.Ordem Sem
Imperfeição Com
Imperfeição Sem
Imperfeição Com
Imperfeição Sem
Imperfeição Com
Imperfeição
1 2,510 2,697 3,371 2,677 3,346 2,803 3,850
2 4,861 5,261 6,577 5,160 6,451 5,371 7,322
O Gráfico 3, apresenta os deslocamentos obtido para cada pavimento, considerando a
análise de 1ª ordem os métodos simplificados e o método exato, cabe lembrar eu para efeito
de estudo foi analisado os deslocamentos com e sem imperfeições.
53
Gráfico 3: Deslocamento x Pavimento ( pórtico piloto)
5.2 Pórtico 1
Trata-se de um pórtico que possui um tramo de 385 cm de vão, 5 pavimentos com
altura entre os pavimentos de 290 cm até o quarto pavimento, sendo que do quarto pavimento
para o quinto o pé direito possui 375 cm, como mostrado na Figura 16.
A Tabela 15 apresenta o cálculo de γz..
Tabela 15: Cálculo do γz – 1 tramo 5 pavimentos
Cálculo de γz
Pavimentos FH (kN) h (m) Σ FV (kN) δ (cm) ∆Mtot = 101,63 kN.m
1 1,891 2,90 198,660 0,099 M1tot = 3,8 kN.m
2 1,891 5,80 198,660 0,301 γz = 1,04
3 1,891 8,70 198,660 0,512
4 1,891 11,60 123,970 0,694
5 3,048 15,35 123,970 0,895
Com γz = 1,04 <1,10 considera-se a estrutura de nós fixos.
Na Tabela 16 apresenta-se a classificação da estrutura de acordo com a NBR
8800:2007, pelo método da amplificação dos esforços.
Tabela 16- Classificação da estrutura B2 -1 tramo 5 pavimentos
Cálculo de B2
Pavimentos Rm h (m) δ (cm) ∆1h Σ FV (kN) FH (kN) B2 Classificação
1 0,85 2,90 0,099 0,099 843,92 10,61 1,03 Pequena Deslocabilidade
2 0,85 2,90 0,301 0,202 645,26 8,72 1,06 Pequena Deslocabilidade
3 0,85 2,90 0,512 0,210 446,60 6,83 1,06 Pequena Deslocabilidade
4 0,85 2,90 0,694 0,183 247,94 4,94 1,04 Pequena Deslocabilidade
5 0,85 3,75 0,895 0,201 123,97 3,05 1,03 Pequena Deslocabilidade
Média 1,04
Determinou-se os momentos fletores para cada método aproximado, os valores
encontram-se na Tabela 17.
54
Tabela 17: Momentos Fletores - 1 tramo 5 pavimentos
M1a.Ordem M2a.Ordem - NBR
6118 M2a.Ordem - NBR
8800 M2a.Ordem - Exato
Elementos M1a.Ordem
- inicial M1a.Ordem
- Final M2a.Ordem
- inicial M2a.Ordem
- Final M2a.Ordem
- inicial M2a.Ordem
- Final M2a.Ordem
- inicial M2a.Ordem
- Final
P1 -3,35 -29,40 -3,14 -29,37 -8,45 -29,46 -8,00 -29,86
P2 26,22 -27,51 26,32 -27,56 24,14 -26,23 24,00 -26,22
P3 26,96 -28,23 27,01 -28,30 26,00 -26,56 26,19 -26,53
P4 26,50 -13,40 26,52 -13,46 26,29 -12,03 26,47 -12,10
P5 19,68 -32,20 19,69 -32,25 19,72 -31,37 19,70 -31,35
P6 -31,61 25,21 -31,41 25,24 -35,91 24,56 -36,24 24,71
P7 -43,62 35,40 -43,52 35,36 -46,29 36,86 -45,88 36,70
P8 -35,38 39,62 -35,32 39,56 -36,18 41,41 -36,14 41,32
P9 -30,27 23,95 -30,24 28,89 -30,33 25,20 -30,30 25,26
P10 -21,88 41,43 -21,86 41,37 -21,98 42,25 -21,86 42,27
V1 -55,62 -68,84 -55,70 -68,75 -53,99 -70,68 -53,86 -70,59
V2 -54,47 -70,75 -54,57 -70,65 -52,22 -73,09 -51,41 -72,84
V3 -54,73 -69,89 -54,82 -69,80 -52,90 -71,90 -53,00 -71,61
V4 -33,08 -45,83 33,16 -45,76 -31,76 -47,16 -31,80 -47,12
V5 -32,20 -41,43 -32,25 -41,37 -31,49 -42,38 -31,35 -42,27
Com os momentos fletores determinada para cada método aproximado, resultou o
relação dos momentos obtidos pela norma NBR 8800 com os outros momentos.
O Gráfico 4 e Gráfico 5 abaixo mostram estes resultados nos pilares e vigas.
Gráfico 4: Relação Momentos nós inferior e superior dos pilares (Pórtico 1).
55
Gráfico 5: Relação Momentos nas vigas á esquerda e direita (Pórtico 1)
Na Tabela 18 é possível verificar os deslocamentos obtidos para cada tipo de análise
aproximada, e exata.
Tabela 18: Deslocamentos - 1 tramo 5 pavimentos
Método Simplificado Método Exato
δ2a.Ordem - Gama Z δ2a.Ordem - B2 e B1 δ2a.Ordem Pavimentos δ1a.Ordem
Sem Imperfeição
Com Imperfeição
Sem Imperfeição
Com Imperfeição
Sem Imperfeições
Com Imperfeições
1 0,099 0,098 0,123 0,1221 0,153 0,127 0,160
2 0,301 0,298 0,372 0,366 0,457 0,380 0,480
3 0,512 0,506 0,632 0,617 0,771 0,641 0,809
4 0,694 0,686 0,858 0,831 1,039 0,863 1,089
5 0,895 0,884 1,105 1,062 1,328 1,100 1,388
No Gráfico 6 apresenta Pavimento x deslocamento horizontal.
56
Gráfico 6: Deslocamento x Pavimento ( Pórtico 1)
5.3 Pórtico 2
Como discutido no item 4.1.2 e mostrado na Figura 17, trata-se de um pórtico de 11
pavimento com um vão de 385cm .
A Tabela 19 traz o valor do γz , e na Tabela 20 é possível verificar o valor de B2 bem
como a classificação da estrutura.
Tabela 19: Cálculo do γz – 1 tramo 11 pavimentos
Cálculo de γz
Pavimentos FH (kN) h (m) Σ FV (kN) δ (cm) ∆Mtot = 679,47 kN.m
1 1,891 2,90 198,660 0,343 M1tot = 84,5 kN.m
2 1,891 5,80 198,660 1,092 γz = 1,14
3 1,891 8,70 198,660 2,002
4 1,891 11,60 123,970 2,986
5 3,048 15,35 123,970 4,347
6 3,048 19,10 123,970 5,663
7 3,048 22,85 123,970 6,858
8 3,331 26,60 123,970 7,910
9 3,331 30,35 123,970 8,765
10 3,331 34,10 148,995 9,424
11 3,820 38,40 183,26 9,994
Com γz >1,10 considera-se a estrutura de nós móveis.
Tabela 20- Classificação da estrutura B2 -1 tramo 11pavimentos
Cálculo de B2
Pavimentos Rm h (m) δ (cm) ∆1h Σ FV (kN) FH (kN) B2 Condição
1 0,85 2,90 0,343 0,343 1672,06 30,52 1,08 Pequena Deslocabilidade
2 0,85 2,90 1,092 0,749 1473,40 28,63 1,19 Média Deslocabilidade
3 0,85 2,90 2,002 0,910 1274,74 26,74 1,21 Média Deslocabilidade
4 0,85 2,90 2,986 0,984 1076,08 24,85 1,21 Média Deslocabilidade
5 0,85 3,75 4,347 1,361 952,11 22,96 1,22 Média Deslocabilidade
6 0,85 3,75 5,663 1,316 828,14 19,91 1,21 Média Deslocabilidade
7 0,85 3,75 6,858 1,195 704,17 16,86 1,19 Média Deslocabilidade
8 0,85 3,75 7,910 1,052 580,20 13,81 1,16 Média Deslocabilidade
9 0,85 3,75 8,765 0,855 456,23 10,48 1,13 Média Deslocabilidade
10 0,85 3,75 9,424 0,659 332,26 7,15 1,11 Média Deslocabilidade
11 0,85 4,30 9,994 0,570 183,26 3,82 1,08 Pequena Deslocabilidade
Média 1,16
57
Definidos a classificação da estrutura de acordo com as normas NBR 8800:2007 e
NBR 6118:2003, na Tabela 21 é possível analisar os momentos fletores para cada cão alem do
momento fletor para a análise NLG (exato).
Tabela 21: Momentos Fletores - 1 tramo 11pavimentos
M1a.Ordem M2a.Ordem - NBR
8800 M2a.Ordem - NBR
6118 M2a.Ordem - Exato
Elementos M1a.Ordem
- inicial M1a.Ordem
- Final M2a.Ordem
- inicial M2a.Ordem
- Final M2a.Ordem
- inicial M2a.Ordem
- Final M2a.Ordem
- inicial M2a.Ordem
- Final
P1 -42,49 -39,66 -57,26 -41,96 -47,19 -40,68 -59,49 -45,00
P2 -16,69 -25,14 -12,12 -22,66 -3,08 -24,61 -13,05 -23,37
P3 5,77 -19,71 -3,87 -13,78 3,67 -18,59 -3,60 -14,71
P4 7,68 -8,71 0,42 -3,26 5,89 -7,51 0,28 -3,40
P5 -6,35 2,18 -14,55 10,15 -8,19 3,91 -13,94 9,80
P6 4,17 2,40 -1,30 10,11 2,86 4,18 -0,89 10,20
P7 7,94 -1,04 4,01 5,59 6,97 0,61 4,64 5,89
P8 8,78 -1,51 6,01 3,77 8,05 -0,09 6,56 4,04
P9 14,06 -5,89 12,47 -2,09 13,59 -4,70 12,83 -1,70
P10 15,55 -5,33 14,64 -2,61 15,31 -4,45 15,02 -2,38
P11 30,04 -44,19 29,88 -42,53 29,97 -43,58 29,98 -42,35
P12 -70,73 14,93 -84,63 11,87 -75,44 13,90 -87,57 9,57
P13 -70,03 37,97 -82,77 40,94 -72,95 38,50 -82,93 39,80
P14 -56,36 46,67 -65,48 52,21 -58,45 47,79 -65,66 51,98
P15 -50,69 37,76 -58,34 43,53 -52,47 39,86 -58,07 43,09
P16 -38,06 39,57 -46,45 47,29 -39,90 41,24 -45,64 47,11
P17 -35,76 40,68 -41,47 48,46 -37,07 42,46 -40,82 48,47
P18 -31,31 40,90 -35,19 47,56 -32,27 42,55 -34,61 47,82
P19 -26,35 35,74 -29,08 40,94 -27,08 37,15 -28,59 41,25
P20 -25,30 33,93 -26,97 37,81 -25,77 35,09 -26,55 38,10
P21 -21,17 26,53 -21,96 29,22 -21,40 27,40 -21,69 29,44
P22 -31,77 58,89 -32,00 60,57 -31,84 59,50 -31,86 29,44
V1 -39,49 -84,96 -33,86 -90,67 -37,61 -86,85 -31,95 -92,50
V2 -30,91 -94,32 -19,64 -105,65 -28,28 -96,95 -19,78 -105,50
V3 -27,39 -97,36 -14,16 -110,72 -24,49 -100,30 -14,99 -109,80
V4 -2,37 -75,82 11,07 -89,38 0,68 -78,86 10,54 -88,73
V5 -1,99 -75,27 11,59 -88,85 1,05 -78,31 10,68 -87,93
V6 -5,54 -71,98 6,39 -83,90 -2,79 -74,74 5,56 -83,09
V7 -9,82 -67,26 -0,64 -76,91 -74,43 -69,64 -0,67 -76,41
V8 -15,57 -61,04 -8,53 -68,09 -13,68 -62,92 -8,79 -67,81
V9 -21,41 -55,09 -16,68 -59,88 -20,02 -56,49 -16,72 -59,76
V10 -35,37 -58,29 -32,49 -61,32 -34,42 -59,24 -32,36 -61,30
V11 -44,19 -58,89 -42,71 -60,14 -43,58 -59,50 -42,35 -60,73
O Gráfico 7 e Gráfico 8 mostram a relação entre os momentos fletores obtidos pelo o
método da amplificação dos esforços (NBR 8800:2007) com a análise linear, o método
coeficiente γz (NBR 6118:2003) e o modo exato, realizado no programa MASTAN.
Legenda:
58
Gráfico 7: Relação Momentos nós inferior e superior dos pilares (Pórtico 2).
Gráfico 8: Relação Momentos nas vigas á esquerda e direita (Pórtico 2)
Com o Programa MASTAN os deslocamentos da estrutura obtidos para cada análise
de segunda ordem encontram-se na
59
Tabela 22 e Gráfico 9.
Tabela 22: Deslocamentos - 1 Tramo 11pavimentos
Método Simplificado Método Exato
δ2a.Ordem - Gama Z δ2a.Ordem - B2 e B1 δ2a.Ordem Pavimentos δ1a.Ordem
Sem Imperfeição
Com Imperfeição
Sem Imperfeição
Com Imperfeição
Sem Imperfeições
Com Imperfeições
1 0,343 0,372 0,4648 0,3963 0,495 0,441 0,567
2 1,092 1,182 1,478 1,255 1,569 1,412 1,822
3 2,002 2,167 2,709 2,293 2,866 2,598 3,359
4 2,986 3,233 4,041 3,408 4,260 3,878 5,021
5 4,347 4,708 5,884 4,946 6,182 5,645 7,314
6 5,663 6,133 7,662 6,430 8,037 7,343 9,517
7 6,858 7,427 9,283 7,776 9,719 8,873 11,500
8 7,910 8,566 10,71 8,962 11,200 10,210 13,220
9 8,765 9,492 11,87 9,929 12,410 11,280 14,600
10 9,424 10,21 12,76 10,680 13,350 12,110 15,660
11 9,994 10,82 13,53 11,320 14,150 12,810 16,570
60
Gráfico 9: Deslocamento x Pavimento ( Pórtico 2)
5.4 Pórtico 3
Trata-se de uma estrutura metálica aporticada com 5 pavimentos e dois tramos, sendo
o vão de cada tramo de 6,00m como mostra a Figura 18.
A Tabela 23 é possível verificar de acordo com a NBR 6118:2007 o valor de γz.
Tabela 23: Cálculo do γz – 2 tramo 5 pavimentos
Cálculo de γz
Pavimentos FH (kN) h (m) Σ FV (kN) δ (cm) ∆Mtot = 2566,35 kN.m
1 8,700 3,00 977,679 0,044 M1tot = 8,8 kN.m
2 8,700 6,00 977,679 0,142 γz = 1,00
3 8,700 9,00 977,679 0,238
4 11,100 12,00 661,346 0,312
5 13,500 15,00 661,346 0,392
Com γz < 1,10 considera-se a estrutura de nós fixos.
De acordo com a NBR 8800:2007, na Tabela 24 encontram-se os parâmetros para o
cálculo de B2 bem como seu valor e a classificação da estrutura.
Tabela 24- Classificação da estrutura B2 – 2 tramo 5 pavimentos
Cálculo de B2
Pavimentos Rm h (m) δ (cm) ∆1h Σ FV (kN) FH (kN) B2 Condição
1 0,85 3,00 0,044 0,044 4255,73 50,70 1,01 Pequena Deslocabilidade
61
2 0,85 3,00 0,142 0,098 3278,05 42,00 1,03 Pequena Deslocabilidade
3 0,85 3,00 0,238 0,096 2300,37 33,30 1,03 Pequena Deslocabilidade
4 0,85 3,00 0,312 0,074 1322,69 24,60 1,02 Pequena Deslocabilidade
5 0,85 3,00 0,392 0,080 661,35 13,50 1,02 Pequena Deslocabilidade
Média 1,02
Os valores dos momentos fletores e dos deslocamentos para cada análise de 2a ordem
realizado encontram-se na
Tabela 25 e Gráfico 11: Relação Momentos nas vigas á esquerda e direita (Pórtico 3)
Na Tabela 26 e no Gráfico 12, são apresentados os valores dos deslocamentos
horizontais referente a cada método com e sem as imperfeições de material, ou seja reduzindo
e não reduzindo suas inércias.
Tabela 26.
Tabela 25: Momentos Fletores - 2 tramo 5 pavimentos
Elemento M1a.Ordem M2a.Ordem - NBR
6118 M2a.Ordem - NBR
8800 M2a.Ordem - Exato
62
M1a.Ordem - inicial
M1a.Ordem - Final
M2a.Ordem - inicial
M2a.Ordem - Final
M2a.Ordem - inicial
M2a.Ordem - Final
M2a.Ordem - inicial
M2a.Ordem - Final
P1 -3,69 -97,23 -1,93 -97,06 -4,50 -97,30 -4,45 -97,44
P2 76,37 -84,49 77,09 -84,86 75,67 -84,15 75,83 -84,23
P3 89,89 -83,23 90,18 -83,76 89,63 -82,73 89,76 -82,84
P4 95,69 -60,67 95,76 -61,21 95,67 -60,33 95,77 -60,38
P5 62,66 -152,20 62,58 -115,50 62,81 -115,11 62,75 -115,10
P6 -52,54 2,25 -50,91 2,18 -53,36 2,34 -53,28 2,20
P7 -32,49 21,73 -31,48 21,11 -33,38 22,40 -33,15 22,23
P8 -20,10 16,17 -19,48 25,36 -20,65 26,83 -20,42 26,70
P9 -11,38 23,61 -11,03 22,88 -11,59 24,09 -11,46 23,99
P10 -5,28 19,72 -5,12 19,11 -5,19 19,91 -5,30 19,97
P11 -106,20 64,64 -104,60 84,87 -107,18 84,69 -107,00 84,43
P12 -124,60 108,00 -123,80 107,60 -125,02 108,28 -125,10 108,30
P13 -109,20 117,50 -108,90 117,00 -109,50 117,76 -109,80 117,90
P14 -99,73 95,43 -99,68 94,90 -99,90 96,00 -99,66 95,73
P15 -57,30 136,10 -57,38 135,80 -56,93 136,18 -57,19 136,20
V1 -173,60 -211,40 -174,20 -210,90 -173,87 -212,15 -173,30 -211,70
V2 -176,70 -209,20 -177,20 -208,70 -176,97 -210,07 -176,40 -209,50
V3 -174,40 -211,00 -175,00 -210,40 -173,91 -211,79 -174,00 -211,40
V4 -169,10 -217,20 -169,80 -216,50 -168,57 -217,90 -168,70 -217,60
V5 -178,90 -206,50 -179,50 -205,90 -178,95 -208,01 -178,60 -206,80
V6 -168,90 -217,30 -169,50 -216,70 -168,78 -218,18 -168,60 -217,60
V7 -123,30 -133,40 -123,80 -132,90 -123,40 -133,82 -123,10 -133,50
V8 -104,50 -152,70 -104,90 -152,30 -104,25 -152,98 -104,30 -152,90
V9 -115,20 -164,60 -115,50 -134,30 -116,95 -136,62 -115,10 -134,70
V10 -114,90 -136,10 -115,20 -135,80 -116,40 -127,76 -114,80 -136,20
Determinado os momentos fletores estabeleceram-se as relações: NBR8800/Linear,
NBR8800/ NBR6118 e NBR8800/Exato.
Esta relação encontra-se nos Gráfico 10 e Gráfico 11.
63
Gráfico 10: Relação Momentos nós inferior e superior dos pilares (Pórtico 3).
Gráfico 11: Relação Momentos nas vigas á esquerda e direita (Pórtico 3)
Na Tabela 26 e no Gráfico 12, são apresentados os valores dos deslocamentos
horizontais referente a cada método com e sem as imperfeições de material, ou seja reduzindo
e não reduzindo suas inércias.
Tabela 26: Deslocamentos - 2 tramo 5 pavimentos
Método Simplificado Método Exato
δ2a.Ordem - B2 e B1 δ2a.Ordem - B2 e B1 δ2a.Ordem Pavimentos δ1a.Ordem
Sem Imperfeição
Com Imperfeição
Sem Imperfeição
Com Imperfeição
Sem Imperfeições
Com Imperfeições
1 0,044 0,042 0,0527 0,0556 0,070 0,057 0,071
2 0,142 0,1373 0,172 0,175 0,218 0,178 0,223
3 0,238 0,2308 0,289 0,290 0,363 0,295 0,371
4 0,312 0,3022 0,377 0,378 0,473 0,385 0,483
5 0,392 0,3806 0,476 0,469 0,586 0,476 0,597
64
Gráfico 12: Deslocamento x Pavimento ( Pórtico 3)
5.5 Pórtico 4
De acordo com o item 4.1.3, trata-se de um pórtico metálico de 11 pavimentos de pé
direito de 3,00 m e dois tramos sendo cada vão de 6,00 m. A Figura 19 mostra sua Geometria,
bem como os perfis metálicos adotados.
Na Tabela 27 e Tabela 28 é possível verificar a classificação da estrutura.
Tabela 27: Cálculo do γz – 2 tramo 11pavimentos
Cálculo de γz
Pavimentos FH (kN) h (m) Σ FV (kN) δ (cm) ∆Mtot = 2566,35 kN.m
1 8,700 3,00 977,679 0,402 M1tot = 191,4 kN.m
2 8,700 6,00 977,679 0,981 γz = 1,08
3 8,700 9,00 977,679 1,560
4 11,100 12,00 661,346 2,107
5 13,500 15,00 661,346 2,609
6 13,500 18,00 661,346 3,048
7 14,250 21,00 661,346 3,424
8 15,000 24,00 622,629 3,732
9 15,000 27,00 622,629 3,969
10 16,100 30,00 806,256 4,132
11 8,600 33,00 174,46 4,212
65
Tabela 28- Classificação da estrutura B2 – 2 tramo 11pavimentos
Cálculo de B2 Pavimentos Rm h (m) δ (cm) ∆1h Σ FV (kN) FH (kN) B2 Condição
1 0,85 3,00 0,402 0,402 7804,39 133,15 1,10 Média Deslocabilidade
2 0,85 3,00 0,981 0,580 6826,71 124,45 1,14 Média Deslocabilidade
3 0,85 3,00 1,560 0,579 5849,03 115,75 1,13 Média Deslocabilidade
4 0,85 3,00 2,107 0,547 4871,35 107,05 1,11 Média Deslocabilidade
5 0,85 3,00 2,609 0,502 4210,01 95,95 1,09 Pequena Deslocabilidade
6 0,85 3,00 3,048 0,439 3548,66 82,45 1,08 Pequena Deslocabilidade
7 0,85 3,00 3,424 0,376 2887,32 68,95 1,07 Pequena Deslocabilidade
8 0,85 3,00 3,732 0,308 2225,97 54,70 1,05 Pequena Deslocabilidade
9 0,85 3,00 3,969 0,237 1603,34 39,70 1,04 Pequena Deslocabilidade
10 0,85 3,00 4,132 0,163 980,71 24,70 1,03 Pequena Deslocabilidade
11 0,85 3,00 4,212 0,080 174,46 8,60 1,01 Pequena Deslocabilidade
Média 1,08
De acordo com a Tabela 29 e
Tabela 30 é possível conferir os valores para os momentos fletores e deslocamento
para cada análise de 2a ordem realizada, bem como nos Gráfico 13 e Gráfico 14ª relação entre
os momentos fletores nos pilares e vigas e no Gráfico 15: Pavimento x Deslocamento
Horizontal.
Tabela 29: Momentos Fletores - 2 tramo 11pavimentos
M1a.Ordem M2a.Ordem - NBR
6118 M2a.Ordem - NBR
8800 M2a.Ordem - Exato
Elementos M1a.Ordem
- inicial M1a.Ordem
- Final M2a.Ordem
- inicial M2a.Ordem
- Final M2a.Ordem
- inicial M2a.Ordem
- Final M2a.Ordem
- inicial M2a.Ordem
- Final
P1 -48,66 -33,73 -50,89 -32,76 -75,83 -20,79 -72,80 -22,93
P2 44,09 -43,53 42,76 42,28 28,92 -28,14 27,75 -27,75
P3 49,62 -52,43 48,45 -51,20 35,87 -37,64 37,18 -37,94
P4 52,08 -36,36 51,01 -35,21 41,93 -24,87 42,54 -24,75
P5 37,61 -36,69 36,67 -35,63 28,76 -26,51 29,70 -26,97
66
P6 49,99 -45,39 49,20 -44,47 43,71 -37,73 43,84 -37,55
P7 57,69 -52,85 57,05 -52,06 52,67 -46,68 53,12 -46,70
P8 65,51 -60,08 65,02 -99,43 62,18 -55,54 62,37 -55,52
P9 73,00 -67,04 72,67 -66,55 70,97 -64,17 71,07 -63,86
P10 80,17 -75,29 80,00 -74,94 78,70 -72,38 79,29 -73,21
P11 83,05 -78,04 83,04 -77,91 84,33 -78,37 83,34 -77,62
P12 -91,87 63,45 -94,25 65,10 -118,99 83,40 -118,00 8214,00
P13 -89,16 85,02 -91,48 87,23 -118,25 113,12 -117,00 111,90
P14 -80,57 81,76 -82,76 83,89 -104,66 106,51 -103,50 105,80
P15 -74,26 76,20 -76,19 78,16 -93,48 96,21 -92,59 95,78
P16 -66,07 68,75 -67,70 70,54 -81,83 85,31 -81,07 84,84
P17 -56,50 59,64 -57,96 61,19 -68,84 72,76 -68,40 72,54
P18 -46,81 50,21 -48,03 51,52 -56,12 60,27 -55,86 60,18
P19 -36,65 40,30 -37,60 41,34 -43,24 47,58 -43,10 47,60
P20 -26,07 29,90 -26,75 30,67 -30,35 34,85 -30,28 34,87
P21 -15,42 19,14 -15,82 19,64 -17,65 21,99 -17,63 22,04
P22 -5,49 8,61 -5,63 8,84 -5,86 9,37 -5,88 9,47
P23 -121,90 107,40 -124,10 108,30 -145,20 117,07 -146,10 117,60
P24 -146,70 140,10 -148,00 141,40 -164,29 156,97 -163,10 155,90
P25 -140,10 146,80 -141,20 148,00 -152,83 161,11 -152,40 161,20
P26 -134,00 125,20 -135,00 126,30 -144,44 137,05 -143,50 136,90
P27 -109,50 117,80 -110,50 118,80 -117,72 127,24 -117,40 127,40
P28 -110,30 116,30 -111,10 117,20 -117,13 124,23 -116,50 124,10
P29 -107,00 113,30 -107,70 114,10 -111,76 119,34 -111,60 119,40
P30 -103,10 109,60 -103,60 110,30 -106,49 114,04 -106,30 114,20
P31 -98,41 104,80 -98,74 105,30 -100,53 108,13 -100,40 108,00
P32 -93,66 101,30 -93,83 101,70 -94,10 102,47 -94,53 103,30
P33 -84,52 88,27 -84,54 88,41 -85,49 89,46 -84,39 88,82
V1 -77,82 -275,90 -75,52 -277,90 -52,85 -299,05 -50,68 -299,20
V2 -123,30 -254,00 -121,30 -256,30 -102,25 -279,64 -100,10 -280,70
V3 -93,16 -264,20 -90,73 -266,30 -63,59 -290,89 -64,98 -289,10
V4 -98,50 -280,20 -96,35 -282,60 -71,74 -310,51 -73,64 -308,30
V5 -104,50 -250,00 -102,20 -252,00 -79,17 -274,51 -80,48 -271,20
V6 -93,98 -280,80 -91,95 -283,10 -71,56 -306,92 -72,85 -304,60
V7 -73,97 -159,30 -71,87 -161,10 -53,58 -177,95 -54,44 -176,60
V8 -17,00 -234,70 -15,15 -236,80 1,12 -255,66 -0,30 -254,20
V9 -86,67 -145,10 -84,83 -146,70 -69,97 -160,15 -70,81 -159,10
V10 -19,86 -228,10 -18,23 -230,00 -5,03 -244,90 -5,87 -243,90
V11 -103,10 -129,50 -101,50 -130,90 -90,31 -141,22 -90,66 -140,40
V12 -23,02 -223,30 -21,64 -224,80 -11,48 -236,43 -12,04 -235,70
V13 -118,40 -114,90 -117,10 -116,10 -108,94 -115,22 -109,10 -123,10
V14 -28,07 -216,50 -26,94 -217,70 -19,55 -226,26 -19,85 -225,70
V15 -133,10 -101,20 -132,10 -102,00 -126,74 -107,33 -126,60 -106,90
V16 -34,81 -208,00 -33,95 -209,00 -28,91 -214,89 -29,04 -214,50
V17 -147,20 -88,26 -146,50 -88,89 -143,15 -92,23 -143,20 -91,62
V18 -42,93 -198,40 -42,34 -199,10 -39,44 -202,39 -39,32 -202,50
V19 -158,30 -77,64 -158,00 -77,96 -157,35 -79,41 -156,60 -79,25
V20 -53,01 -185,90 -52,69 -186,20 -51,38 -188,23 -51,33 -187,70
V21 -78,04 8,61 -77,91 20,27 -79,48 -26,93 -77,62 -19,99
V22 -29,00 -88,27 29,11 -88,41 -23,11 -90,48 -29,45 -88,62
67
Tabela 30: Deslocamentos - 2 tramo 11pavimentos
Método Simplificado Método Exato
δ2a.Ordem - B2 e B1 δ2a.Ordem - B2 e B1 δ2a.Ordem Pavimentos δ1a.Ordem
Sem Imperfeição
Com Imperfeição
Sem Imperfeição
Com Imperfeição
Sem Imperfeições
Com Imperfeição
1 0,402 0,412 0,515 0,4545 0,568 0,493 0,629
2 0,981 1,007 1,258 1,147 1,434 1,252 1,601
3 1,560 1,601 2,001 1,821 2,276 1,986 2,541
4 2,107 2,162 2,702 2,445 3,056 2,660 3,400
5 2,609 2,667 3,347 3,007 3,759 3,261 4,165
6 3,048 3,128 3,909 3,504 4,380 3,788 4,834
7 3,424 3,513 4,391 3,928 4,910 4,234 5,398
8 3,732 3,829 4,786 4,275 5,344 4,596 5,856
9 3,969 4,072 5,090 4,541 5,676 4,872 6,204
10 4,132 4,240 5,300 4,727 5,909 5,064 6,446
11 4,212 4,322 5,400 4,852 6,065 5,192 6,608
Legenda para os Gráfico 13 e Gráfico 14.
68
Gráfico 13: Relação Momentos nós inferior e superior dos pilares (Pórtico 4).
Gráfico 14: Relação Momentos nas vigas á esquerda e direita (Pórtico 4)
69
Gráfico 15: Deslocamento x Pavimento ( Pórtico 4)
6 Conclusões
Neste trabalho foram descritos métodos de análise de segunda ordem, segundo
critério da NBR 6118:2003 e da revisão NBR 8800:2007, além de apresentar programas
comercias que fazem este tipo de análise.
Pelos resultados obtidos do parâmetro γz com a média dos coeficientes B2, pode-se
verificar a proximidade entre esses valores, e isto se deu em todos os pórticos analisados.
Isso implica dizer que para a classificação quanto ao deslocamento da estrutura,
pode-se utilizar tanto o método da NBR 8800:2007 como NBR 6118:2003.
Verificou-se uma facilidade maior em se aplicar o método da NBR 6118, coeficiente
γz, pois o resultado é único para toda estrutura, não precisando verificar em todos os
pavimentos conforme a NBR 880.
Analisando os gráficos das relações entre os momentos fletores da NBR8800/Linear,
NBR8800/ NBR6118 e NBR8800/Exato (cabe lembrar que no modelo exato, a estrutura
encontra-se com a imperfeição inicial) nos pilares e nas vigas, pode-se verificar, que a faixa
fica em torno de 1, concluindo que todos os métodos são eficazes.
70
Portanto o uso de métodos de análise simplificados é de grande importância para o
meio técnico brasileiro e pode contribuir, ainda que em uma fase de anteprojeto, para avaliar a
estabilidade estrutural e a sua sensibilidade aos efeitos de 2ª ordem, dando subsídios para uma
decisão adequada sobre a necessidade de uma análise mais rigorosa.
Mas prática de projeto os modelos ainda não estão plenamente em uso e, mesmo com
a utilização de modelos simplificados, recomendados por códigos de projeto, ainda existem
muitas incertezas. Essas incertezas estão relacionadas ao comportamento estrutural, e à
escolha do modelo de análise mais adequado, como também à própria aplicação desses
modelos e ao tratamento e avaliação da resposta estrutural que apresenta grande número de
variáveis.
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